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/Palavras-chave: leitura, visão de mundo, cientificidade, poesia, ficção. LEITURA E VISÃO DE MUNDO 1 Lucinea Aparecida de Rezende 2 Roland Barthes, escritor, teatrólogo, estudioso da semiótica, ao iniciar sua “Lição”, ou seja, uma aula inaugural de Semiologia Literária na França, em 1977, disse que era uma honra e uma alegria estar ali. “Mais uma alegria do que uma honra”, disse ele; porque se a honra pode ser imerecida, a alegria nunca o é. Dou-me à liberdade de tomar emprestadas de Barthes, essas palavras. “É uma alegria muito grande estar aqui, com vocês.” Figura 1: leitora 1 Aula Magna proferida no curso de Pedagogia da UEL. Abril de 2004. 2 [email protected]

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/Palavras-chave: leitura, visão de mundo, cientificidade, poesia, ficção.

LEITURA E VISÃO DE MUNDO1

Lucinea Aparecida de Rezende2

Roland Barthes, escritor, teatrólogo, estudioso da semiótica, ao iniciar sua “Lição”, ou seja,

uma aula inaugural de Semiologia Literária na França, em 1977, disse que era uma honra e

uma alegria estar ali. “Mais uma alegria do que uma honra”, disse ele; porque se a honra

pode ser imerecida, a alegria nunca o é. Dou-me à liberdade de tomar emprestadas de

Barthes, essas palavras. “É uma alegria muito grande estar aqui, com vocês.”

Figura 1: leitora

1 Aula Magna proferida no curso de Pedagogia da UEL. Abril de 2004. 2 [email protected]

2

Ao focalizarmos a temática LEITURA E VISÃO DE MUNDO, iniciamos dizendo que

ver o mundo é interpretá-lo e, nesse contexto, oportunizar-se o construir nossos caminhos,

tendo-se em vista a nós mesmos, ao outro e ao meio em que vivemos, visando-se

adaptações e reconstruções para nós, seres humanos, e para o nosso ambiente. Esse

construir caminhos é mediado pela experiência dos outros; não precisamos viver tudo de

primeira mão, como se devêssemos começar do zero, sempre. Essas experiências, na

escola, na Universidade, nós as compartilhamos, freqüentemente, por meio de textos.

Textos escritos e/ou aqueles que são apresentados por imagens.

Figura 2

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Compreendida visão de mundo dessa forma, cabe a nós perguntarmos: o que leio e o que

faço com o que leio? Em outras palavras: como o texto faz parte da construção da minha

visão de mundo, de mim mesmo/a no Mundo?

Para responder a essa questão é importante que tenhamos um olhar retrospectivo e um olhar

prospectivo, ou seja, olhar o já vivido e aí procurar dados do/a leitor/leitora que sou; olhar

para o hoje e para o futuro e procurar saber que leitor/leitora desejo ser. Ao olharmos, é

bom que não nos fixemos no leitor/leitora que fomos. Ele é apenas ponto de referência para

nossa análise. Ao dizermos “apenas ponto de referência”, queremos chamar atenção para

que não fiquemos em lamentações, caso o nosso olhar aponte para uma realidade muito

aquém da desejada. Somos o que somos; nosso repertório cultural é aquilo que

vivenciamos. No entanto, não precisamos e me parece que não devemos permanecer

exatamente os mesmos hoje e por todo o tempo futuro. Se o olhar retrospectivo aponta para

uma realidade satisfatória, ótimo; basta seguir em frente. Se não o é, há que se procurar

alternativas, que nos levem a mudar esse quadro e, com ele, a nós mesmos, o que implica

nossa potencial contribuição para mudarmos o nosso meio.

Nesse jogo, cabe perguntar: - como melhorar o leitor que sou? Por onde começar? O

começo, por certo, é a nossa tomada de consciência do leitor/leitora que somos. Se, a partir

daí, entendemos que necessitamos e queremos avançar, é recomendável que passemos a ler.

Ler o quê? Ler como? Ler, acima de tudo, para nós e para a vida! Nesse universo, temos a

leitura acadêmica, científica. Que leitura é essa? Para responder a essa pergunta,

socorremo-nos com Umberto Eco, quando ele trata do que é cientificidade. Diz o autor que

um estudo é científico quando:

1º) debruça-se sobre um objeto reconhecível e definido de tal maneira que seja

reconhecível igualmente pelos outros. Lembrando que objeto reconhecível não tem

necessariamente um significado físico (p. 21). 2º) diz do objeto algo que ainda não foi dito ou revê sob uma ótica diferente o que já se

disse (p. 22). 3º) é útil aos demais (p. 22).

4

4º) fornece elementos para a verificação e a contestação das hipóteses apresentadas e,

portanto, para uma continuidade pública (Eco, 1992, p. 22).

Poderíamos dizer da ciência, pela ótica de Carl Sagan:

“A procura de regras, o único meio possível de compreender tão vasto e complexo universo, é o que se chama ciência. O universo força os que nele vivem a compreendê-lo. Aqueles que consideram a experiência de cada dia uma confusão desordenada de eventos, onde não há previsão nem regularidade, correm grave perigo. O universo pertence àqueles que, pelo menos até certo ponto, são capazes de imaginá-lo.” (Sagan, p. 30)

Com esses pressupostos temos o texto científico. Ele é formal e objetivo e tende a ser claro,

na tentativa de ajudar o leitor a compreender o que está proposto pelo autor. No entanto,

lembramos, com o auxílio de Weinberg: “A ciência ‘pode certamente ajudar alguém a

descobrir quais são as conseqüências de suas ações, mas não pode dizer a ninguém quais

são as conseqüências desejáveis.” (Steven Weinberg, físico, em entrevista a John Horgan3,

apud Rezende, 2002).

Ao nos referirmos à cientificidade, temos presente o ser humano – que faz ciência e dela

usufrui. Afinal, “a Ciência é antes um modo de pensar do que propriamente um conjunto de

conhecimentos (Sagan, p. 27). O que dizer a esse respeito? Focalizamos a idéia de que o ser

humano é um ser social e tem necessidades básicas: comer, beber, ter saúde, cultivar o

lazer, relacionar-se afetiva e sexualmente, reproduzir-se, trabalhar para o seu sustento;

enfim, subsistir, estabelecendo relações culturais no seu grupo social. No entanto, essa

complexidade parece não estar presente plenamente em nossas solicitações de leitura na

escola e na Universidade. Ao elegermos o lócus acadêmico, é importante que não

ignoremos os seres, a subjetividade, a afetividade e a vida, trazendo para nosso texto

palavras de Morin (2000A, p. 23). Para tanto, há que se estar atento para o lugar ocupado

pelo ser humano, na espiral do conhecimento, ter-se a melhoria da condição humana como

alvo contínuo e prioritário e não perder de vista as dimensões de humanidade do homem,

compreendido genericamente. No entanto, nosso olhar está impregnado de certezas,

unilateralidade, distanciamento do real, assepsia diante da vida (Rezende, 2002).

3 Horgan, John. O fim da ciência: uma discussão sobre os limites do conhecimento científico. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. 363 p., p. 101.

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Efetivar-se múltiplas leituras pode ser uma contribuição indispensável, nesse quadro, visto

que

falta-nos olhar a vida com olhar de romancista, de poeta, de místico, de sábio diante da vida!

Falta-nos um pouco do jeito de olhar a vida como o de Montaigne4. Um jeito crítico de, com

perspicácia, questionar o mundo. Ao mesmo tempo profundo e de grande abrangência. Olhar a

vida em seu imbricamento de ética e estética, de razão e sensibilidade, segurança e insegurança, relatividade, descontinuidade e complexidade (Rezende, 2002).

Figura 3: O livro dos abraços

4 Montaigne, Michel de. Ensaios. São Paulo: Nova Cultural, 2000. Coleção “Os pensadores”. v. 1. 511 p.

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Estamos, portanto, defendendo a idéia de que estudando e fazendo Ciência, penetrando-se

em seus domínios, não deixemos de lado a poesia da vida. Lembrando Drummond5: se

procurar bem, você acaba encontrando não a explicação (duvidosa) da vida, mas a poesia

(inexplicável) da vida".

Para tratarmos de poesia, nada melhor do que deixarmos a poesia falar por si mesma. Para

isso, selecionamos nosso poeta Paulo Leminski e o texto “Buscando sentido”:

O sentido, acho, é a entidade mais misteriosa do universo. Relação, não coisa, entre a consciência, a vivência e as coisas e os eventos. O sentido dos gestos. O sentido dos produtos. O sentido do ato de existir. Me recuso a viver num mundo sem sentido. Estes anseios/ensaios são incursões conceptuais em busca do sentido. Pois isso é próprio da natureza do sentido: ele não existe nas coisas, tem que ser buscado, numa busca que é sua própria fundação. Só buscar o sentido faz, realmente, sentido. Tirando isso, não tem sentido (Leminski, 1997, p. 11).

Tomemos um livro de Ciência – Física, como exemplo. Até 10, 15 anos atrás, esses textos

eram herméticos, fechados. Chegando aos nossos dias, temos, como uma referência

diferenciada, no livro de Stephen Hawking, “O Universo em uma casca de noz”, uma

aposta entre o autor e dois outros cientistas, John P. Preskill & Kip S. Thorne. Essa aposta

aparece como documento devidamente assinado pelos três cientistas, no livro. A isso estou

chamando a poesia da vida: ao dizer-se de diferentes maneiras, o que é científico; ao trazer

para o mundo da Ciência, a beleza, a sensibilidade, o lúdico e a estética, dentre outras

possibilidades.

Podemos ler também ficção em geral, inclusive a científica, que pode ter como

componente a ciência ou a política e ser uma fonte inesgotável de conhecimento. Um dos

grandes benefícios da ficção científica é transmitir ao leitor fragmentos, sinais,

insinuações de um saber que lhe é desconhecido ou inacessível (Sagan, p. 157). Um

exemplo de leitura de ficção é o livro “O mundo de Sofia”, de Jostein Gaarder. No entanto,

não podemos esquecer o quanto também aprendemos quando lemos Conan Doyle e as

5 http://artepaubrasil.uol.com.br/livraria/pesquisa_rapida.web?1727134111001338636175, 04-12- 2000.

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histórias envolvendo o famoso Sherlock Holmes. Há uma piada a respeito desse

personagem que exemplifica a idéia que defendo:

Sherlock Holmes e o Dr Watson estão acampados em plena selva. Holmes acorda no meio da

noite, agitado.

- WATSON! - grita ele.

O bom e prestativo Watson desperta, assustado.

- O que foi Holmes?

- Olhe para o céu e diga-me o que você vê!

Watson esfrega os olhos, sonolento:

- Vejo milhões de estrelas, Holmes.

- E o que você deduz disso?

- Bem, do ponto-de-vista astronômico, que há milhões de galáxias e potencialmente bilhões de

planetas. Do ponto-de-vista teológico, que Deus e Seu Universo são infinitos; e, do ponto-de-

vista meteorológico, que teremos um dia lindo amanhã.

Watson faz uma pequena pausa e vira-se para Holmes:

- E você, o que deduz disso?

Sherlock acende o cachimbo, dá uma longa baforada e responde.

- Elementar, meu caro: roubaram a nossa barraca.

Ao defender a tese de múltiplas leituras como auxiliares e complementares na constituição

contínua da nossa visão de mundo, o que se pretende é tornar significativo, para o aluno, o

conhecimento com o qual lidamos na escola/Universidade. Esta não é uma conversa nova e

é bom lembrarmos que ela se reveste de diferentes olhares e propostas. Ela já estava

presente para Galileu Galilei, quando ele insistia em escrever em língua popular, acessível

ao público, conforme vemos na peça Galileu Galilei, escrita por Brecht. O mesmo Galileu

que diz, nessa peça: “A única finalidade da ciência está em aliviar a canseira da existência

humana.” (p. 224). Por que o diz dessa maneira? Acredito que para nos levar a pensar

acerca do papel da Ciência em nossa vida. Ela é valiosa e insubstituível; no entanto, carece

de complementos. É como disse Karen Blixen, a autora do livro transformado em filme “A

festa de Babette: "Todas as dores podem ser suportadas se você as puser numa história ou

contar uma história sobre elas." A gente lê histórias e vai ampliando nossa visão de mundo,

vai entendendo a vida ...

Portanto, que complementos são esses, dos quais estamos tratando? Aqueles que dizem

respeito à poesia, à ficção, a informações de diferentes naturezas, advindas da nossa

cultura. Lemos o texto escrito e lemos a imagem! Walter Benjamim já o disse, nos anos 50,

que o homem que nas próximas décadas, não aprendesse a ler imagens seria analfabeto. É

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esse conjunto, enfim, de palavras e imagens, do papel e dos chips do computador, dos

múltiplos suportes, que nos ajuda a ver mais amplamente e a constituir um repertório

cultural significativo em nossa jornada, rumo ao aprofundamento da nossa humanidade, na

percepção cada vez mais clara de nós mesmos, do mundo em que vivemos e do que

desejamos para nós e para o nosso Planeta.

“Conforme são aprimorados os suportes materiais, a linguagem passa por mudanças. Basta pensarmos na linguagem do ser humano, escritor das paredes das cavernas, em períodos remotos da História, e a linguagem própria do mundo da computação... Há dinamismo nessa relação da linguagem e das ferramentas utilizadas para a escrita.” (Rezende, 2002).

Considerando esse dinamismo, é preciso que estejamos atentos para as diferentes

possibilidades de leitura. Podemos preferir alguns suportes para efetivarmos nossas leituras;

no entanto, não é uma questão apenas de escolha, o conhecer diferentes suportes; trata-se da

necessária familiaridade com a matéria-prima da vida acadêmica: a leitura!

Por último, cabe lembrar de como lemos. Aprendemos a ler, comumente, no início da nossa

escolaridade. Muitos de nós aprendemos a ler decodificando palavras. Uma tarefa sempre

igual, feita em um mesmo ritmo. No entanto, as palavras são como frutas ou legumes

desidratados. Em seu estado bruto não servem para o consumo. Para o consumo, há que se

reidratá-las. Com as palavras é assim; nós as reidratamos com o nosso repertório cultural.

De acordo com nossa experiência de vida, nossas leituras anteriores, vamos ao texto para

reidratá-lo, para torná–lo adequado para o consumo. É desse estado de coisas, penso eu, que

Paulo Freire falou, quando disse que a leitura de mundo precede a leitura da palavra!

Trazendo agora, para nossa reflexão, a questão técnica que a leitura envolve. Não a técnica

alheia ao processo da construção de sentidos, mas aquela que auxilia, nessa construção.

Aquela que implica o conhecimento de alguns mecanismos, que podem contribuir em nosso

diálogo com o autor, mediado pelo texto. Mecanismos esses que vão desde a perguntas-

chave que fazemos ao texto até aqueles que dizem respeito à velocidade com que

exercemos a leitura. Isso também é conteúdo de aprendizagem.

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Termos presente a técnica, ou melhor, técnicas de leitura, implica fazermos o mesmo em

relação à arte de ler.

“a arte de ler é exatamente igual à arte de tocar piano ou qualquer outro instrumento. Como é que se aprende a gostar de piano? O gostar começa pelo ouvir. (...) Pois é precisamente assim que se aprende o gosto pela leitura: ouvindo-se o artista - o que lê - interpretar o texto. Não estou usando a palavra "interpretar" no sentido comum de dizer o que o autor queria dizer, mas não conseguiu, coisa que se tenta fazer nas aulas de literatura (o que é que o autor queria dizer? Ele queria dizer o que disse. Se quisesse dizer uma outra coisa, ele teria escrito essa outra coisa). Estou usando "interpretar" no sentido artístico, teatral. O "intérprete" é o possuído. É ele que faz viver seja a partitura musical silenciosa, seja o texto teatral ou poético, silencioso na imobilidade da escrita. Disse William Shakespeare no segundo ato de Hamlet: "Não é incrível que um ator, por uma simples ficção, um sonho apaixonado, amolde tanto a sua alma à imaginação que tudo se lhe transfigura o semblante, por completo o rosto lhe empalideça, lágrimas vertam dos seus olhos, suas palavras tremam, e inteiro o seu organismo se acomode a essa mesma ficção?" Tenho a impressão de que, se os jovens não gostam de ler, é porque não tiveram a experiência de ouvir a leitura feita por um possuído (Alves, 2004).

Como leitores que conhecem diferentes maneiras de ler, que conhecem a técnica e a arte de

ler, podemos optar por qual tipo de leitura desejamos fazer, diante de um texto. Escolher

aquela que mais nos convém e pareça ser a mais apropriada naquele tempo. Ter a liberdade

de ler, ser um leitor autônomo (Pennac, 1993).

Figura 4: Internet

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Em resumo: necessitamos saber para que, o que e como lemos. Ou seja, necessitamos nos

conhecer como leitores, para sabermos se o leitor que somos nos basta, ou não, para

percorrermos os caminhos que desejamos percorrer. Esse saber é como uma bússola, que

irá nos orientar em nossa trajetória acadêmica e, em última instância, em nossa trajetória de

vida. É esse saber que estará fortemente presente na constituição contínua da nossa visão de

mundo.

Temos a considerar, a partir desses pressupostos, pelo menos duas situações em relação à

leitura: a do/a professor/a e a do/a estudante. A nós professores, cabe trazermos, nas leituras

que solicitamos, a ciência viva, imbricada do que a vida pode ter e tem de apaixonante. Não

a Ciência exclusiva, vista tão somente como acervo formal a ser dominado. Afinal, “A

finalidade da ciência não é abrir a porta ao saber infinito, mas colocar um limite à infinitude

de erro” (Brecht, 1977, p. 151). Ao estudante, por sua vez, cabe o não limitar suas leituras

àquelas indicadas e solicitadas pela Universidade. Lembrando o que foi dito no início, há

que se ler para a vida e não apenas para uma instância da nossa trajetória acadêmica. Uma

frase que já circulou em congressos de leitura e que tomei para o Programa na Rádio

Universitária FM - UEL, sob minha responsabilidade, diz: “Ler para ser”. Ë na leitura que

toma esse sentido que eu acredito!

Para finalizar, algumas imagens para brincarmos com nossa capacidade de ler.

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Figura 5: Ponto

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Figura 6: elefante

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REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. A arte de saber ler. In: Folha Sinapse, 17/02/2004 - São Paulo. Clipping 17.02.2004

BRECHT, Bertolt. 1977. Vida de Galileu. São Paulo: Abril Cultural, 1977. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 9ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1992. LEMINSKI, Paulo. Ensaios e Anseios Crípticos. Curitiba: Pólo Editorial do Paraná, 1997. ORLANDI, Eni Puccinelli (org.) A leitura e os leitores. Campinas, Pontes, 1998. PENNAC, Daniel. Como um romance. 2ª ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. REZENDE, Lucinea Aparecida de (2002). Ler ou pensar: uma escolha a ser feita na Graduação? Estudo de caso. Tese de doutoramento. Piracicaba, UNIMEP, 2002. SAGAN, Carl. O romance da ciência. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982.

CRÉDITOS DAS IMAGENS Figuras 1, 4, 5 e 6. Desconheço a autoria. Circulam pela Internet, sem citação de autor/a. Figura 2: capa do livro FADIMAN, Anne. Ex-libris: confissões de uma leitora comum. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. Figura 3: capa do livro de GALEANO, Eduardo. O livro dos Abraços. 8ª ed. Porto Alegre: L& PM, 2000. Aula Magna – UEL – Departamento de Educação, 2005. (Texto roteiro, visto que as idéias foram apresentadas com várias imagens).