3.3.2. perfil psicográfico target 2 - laccops.pro.br · mostram conectados ± 48% dos 75 milhões...

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23 está em busca da felicidade em todos os setores da vida e não se importa tanto com padrões e regras de comportamento quanto às gerações anteriores. São apontados como grandes influenciadores em todas as esferas, ditam tendências. Em outras palavras são jovens cheios de opiniões, conectados e super participativos nas redes sociais local onde buscam criar sua identidade, estabelecer protagonismo e ter a sensação de pertencimento. A geração Y é o centro do mundo atual, ela influência hábitos culturais e de consumo, tornando-se cada vez mais necessário às marcas se comunicarem especificamente com eles, através do engajamento, pois se trata de um público formador de opinião. 3.3.2. Perfil psicográfico Target 2 Possui quase que as mesmas características do target atual, entretanto, por pertencerem à classe média e a cidades que não a Capital, podem ter o acesso um pouco mais limitado, visto que a maioria não possui wi-fi em casa (somente 39% segundo Sant’Anna et al., 2015, p. 281), utilizando assim a internet prioritariamente no horário comercial. Todavia, também se mostram conectados 48% dos 75 milhões de internautas brasileiros são da classe média, da qual provêm 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos dois casos, segundo pesquisa do Instituto Data Popular (IDP) 26 . 3.4. Análise da concorrência A partir da análise de mercado realizada neste projeto, observa-se que o segmento de jeans upcycling, assim como todo o segmento em geral, ainda é novidade e possui pouca concorrência direta. Considera-se aqui concorrência direta não somente a marca que venda jeans como especialidade ou entre um de seus produtos comercializados, mas aquela que também possua uma filosofia semelhante à da Mig Jeans. Dessa maneira, não foi levado em consideração somente o ato de escolha por parte do cliente entre uma marca ou outra, já que a 26 Disponível em: http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-11-11/redes-sociais-da-internet-sao- mais-usadas-pela-classe-media. Acessado em 30 de junho de 2016.

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está em busca da felicidade em todos os setores da vida e não se importa tanto com padrões e

regras de comportamento quanto às gerações anteriores.

São apontados como grandes influenciadores em todas as esferas, ditam tendências.

Em outras palavras são jovens cheios de opiniões, conectados e super participativos nas redes

sociais – local onde buscam criar sua identidade, estabelecer protagonismo e ter a sensação de

pertencimento.

A geração Y é o centro do mundo atual, ela influência hábitos culturais e de consumo,

tornando-se cada vez mais necessário às marcas se comunicarem especificamente com eles,

através do engajamento, pois se trata de um público formador de opinião.

3.3.2. Perfil psicográfico – Target 2

Possui quase que as mesmas características do target atual, entretanto, por pertencerem

à classe média e a cidades que não a Capital, podem ter o acesso um pouco mais limitado,

visto que a maioria não possui wi-fi em casa (somente 39% segundo Sant’Anna et al., 2015, p.

281), utilizando assim a internet prioritariamente no horário comercial. Todavia, também se

mostram conectados – 48% dos 75 milhões de internautas brasileiros são da classe média,

da qual provêm 56% de acessos no Facebook e 55% no Twitter, contra 24% da A/B nos

dois casos, segundo pesquisa do Instituto Data Popular (IDP)26.

3.4. Análise da concorrência

A partir da análise de mercado realizada neste projeto, observa-se que o segmento de

jeans upcycling, assim como todo o segmento em geral, ainda é novidade e possui pouca

concorrência direta. Considera-se aqui concorrência direta não somente a marca que venda

jeans como especialidade ou entre um de seus produtos comercializados, mas aquela que

também possua uma filosofia semelhante à da Mig Jeans. Dessa maneira, não foi levado em

consideração somente o ato de escolha por parte do cliente entre uma marca ou outra, já que a

26 Disponível em: http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-11-11/redes-sociais-da-internet-sao-

mais-usadas-pela-classe-media. Acessado em 30 de junho de 2016.

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Mig carrega em seus produtos um significado maior do que o consumo em si – leva em

consideração todo o dano que aquela peça de roupa deixou de causar no meio ambiente e na

sociedade. Portanto, a concorrência indireta – que é toda aquela que possui o mesmo target

psicográfico e que trabalhe com o tecido – é forte e conta com presença de inúmeras marcas,

sendo formada por lojas especializas em jeans e lojas de departamentos, ou seja, que também

vendem outros tipos de roupa.

3.4.1. Concorrência direta

Think Blue

A marca é umas das poucas no mercado que trabalha com o jeans, da mesma forma que

a Mig Jeans, e possui filosofia semelhante. Portanto, é sua principal concorrente. Entretanto,

acreditamos que marcas como a Think Blue têm uma enorme contribuição para a indústria da

moda e para a sociedade.

Semelhante à marca estudada nesse projeto, foi criada em 2014 através de um projeto

de conclusão de curso com o tema upcycling e sustentabilidade da aluna Mirela Rodrigues

para o curso de moda da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Ocasião na qual a aluna

passou a observar os impactos ambientais e sociais da indústria têxtil, o que despertou seu

interesse e a fez buscar maneiras que pudessem diminuir os danos socioambientais em relação

às confecções.

A marca tem como principal posicionamento o desejo de fazer o diferente através da

reutilização do jeans. Possui como característica peças únicas, cleans e atemporais – por serem

básicas e sem nenhum tipo de lavagem, possibilitam o uso em qualquer ocasião, além de

diminuir a "necessidade" de descarte. Não se trata de uma customização do jeans, segundo

Mirela, mas a transformação dele em um novo produto, ou seja, cada peça passa pelo processo

de inspiração da criadora, desenho, molde e reconstrução.

25

O contato com o público se dá, principalmente nas redes sociais – Facebook e

Instagram, mídia que a dona considera “incrível” por possibilitar o contato com marcas de

todo o mundo – onde além de divulgar as coleções e engajar o público, a marca levanta

questões ambientais, tais como: formas de descarte, incentivo a não lavagem corriqueira das

roupas, dicas de cuidado com as peças para aumentar sua durabilidade, entre outras. Além

disso, a Think Blue participa de feiras, principalmente O Cluster – evento que reúne moda,

gastronomia, música, artes, design, estudantes e um público interessado em trocar experiências

– onde realiza o contato direto com os clientes, inclusive em um processo de conscientização,

e onde acontece a venda.

Figuras 8 e 9: Facebook da marca Think Blue.

Disponível em: https://www.facebook.com/thinkblueupcycled/?fref=ts

Mirela escolheu o jeans justamente pelo impacto negativo que ele gera ao meio

ambiente – pode levar até 30 anos para se decompor – , segundo a proprietária que utiliza nem

um quarto do total de água necessária a produção de uma peça em relação a indústria têxtil.

Ela comenta a disparidade entre o mercado de upcycling no exterior, onde viveu por um ano, e

o Brasil, que ainda está "engatinhando" em relação ao tema. Entre as dificuldades que a

recém-criada marca enfrenta no mercado estão: produção de peças únicas, algo que o público

em geral ainda não está acostumado, ou seja, as roupas não têm estoque e não se repetem, e a

falta de apoio da mídia dando visibilidade a projetos como esse. Entretanto, ela acredita que,

assim como o crescimento da conscientização em relação aos alimentos orgânicos no Brasil, a

moda sustentável também será o futuro do seguimento e não mais essa geração do descarte.

26

As peças da marca custam entre R$ 140,00 e R$ 266,00 e seu público alvo engloba

pessoas preocupadas com o meio ambiente, principalmente, e com a indústria da moda e seus

impactos no geral.

3.4.2. Concorrência indireta

Feranda

A marca é concorrência indireta por vender jeans, ter um público alvo jovem e por ter

em seu posicionamento a consciência sustentável.

A Feranda foi lançada em janeiro de 1970 pelo comerciante Álvaro Fernando Varanda

e a costureira Iza Fernandes na cidade serrana de Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro. Desde

seu início o objetivo central era a criação e comercialização de uma moda jovem, destacando-

se assim no mercado, visto que, as outras marcas na época produziam roupas para todas as

faixas etárias e a Feranda apostava na criatividade, modelagem diferenciada e constantes

lançamentos para esse tipo de público. Tornou-se em pouco tempo referência no mercado e,

atualmente, conta com um processo de produção própria, composto por 2 fábricas, lavanderia

e tinturaria, além de uma rede de 35 franqueados, 12 lojas próprias, mecanismo de venda

online e revendedoras autorizadas.

A marca possui como posicionamento a preocupação com questões ambientais em toda

cadeia produtiva, desde o plantio de matérias-primas que não são agressivas ao solo até um

alto investimento no sistema de tratamento de água. Devido à alta utilização do recurso para

produção de uma calça jeans, a Feranda foi a primeira empresa carioca a trazer uma nova

forma de produzir e lavar seus jeans, o ozônio, tendo como resultado 85% de economia de

água e o aumento de vida útil do tecido:

No processo com ozônio, o próprio gás é quem faz o desgaste do jeans. Fora

o benefício de não se gastar água quando se utiliza essa tecnologia, você

27

consegue chegar ao tom designado pelo estilista sem a bruta corrosão do

tecido, sendo assim, você ainda consegue aumentar a vida útil do produto.

(VARANDA, 2016)

Não se trata apenas de uma ação de marketing, a marca possui a real preocupação com

o meio ambiente e acredita na sua responsabilidade social. Aposta na transparência e deixa

aberto ao público sua lavanderia e sistema de reutilização de água. Também acredita na moda

sustentável como ação para minimizar os impactos ambientais, por isso lançou a campanha

“Quem ama cuida” a fim de promover o posicionamento da marca, ainda desconhecido por

muitos.

Figura 10: Varal de calças jeans em uma loja Feranda

C&A

A varejista, apesar de ter filosofia bem distante à da Mig Jeans, vem demonstrando

mudanças quanto a sua preocupação em relação à produção de roupas e ao meio ambiente.

Dessa forma, apesar da marca estar longe do que se considera ser o ideal para o mercado, uma

pequena mudança vinda de uma marca com grande influência pode influenciar positivamente

outras empresas do ramo.

28

A marca existe desde 1841, mas instalou-se no Brasil em 1976. Seu nome tem origem

em seus criadores, os irmãos holandeses Clemens e August. A C&A é pioneira na confecção

de “roupas prontas para usar” e está entre as maiores cadeias de varejo do mundo, somamos

mais de 1,8 mil unidades em 24 países da Europa, América Latina e Ásia. No país ela possui

289 lojas em 125 cidades e praticamente 22 mil profissionais empregados. Tem como filosofia

de trabalho oferecer o melhor da moda por preços acessíveis, atingindo diretamente o target

aspiracional da Mig Jeans. E em 2014 foi eleita a empresa mais admirada do Brasil, no prêmio

organizado pela revista Carta Capital, na categoria Varejo Têxtil. Também está entre as marcas

mais premiadas no universo publicitário, conquistando com frequência a liderança de diversas

pesquisas Top of Mind.

A C&A é reconhecida pela comunicação ousada, com destaque para o case da

campanha “AbuseUse” C&A, estrelada pelo bailarino Sebastian, e pela associação com a

garota-propaganda Gisele Bündchen. Também é conhecida pelas coleções em parceria com

estilistas reconhecidos como Alexandre Herchcovitch. A marca trabalha com roupas para

diferentes públicos, assim como toda loja de departamentos e, da mesma forma que suas

principais concorrentes, possui uma sessão dedicada ao jeans.

Figura 11: Instagram oficial C&A

Disponível em: https://www.instagram.com/p/BGzGUv6i6Ws/?taken-by=cea_brasil

29

Figura 12: Facebook oficial C&A.

Disponível em:

https://www.facebook.com/ceaBrasil/photos/a.219678904725763.75801.193944443965876/139272967

7420674/?type=3&theater

Recentemente a marca fez uma parceria com a National Geographic para produção do

documentário "For the Love of Fashion" que trata do cultivo do algodão orgânico e o impacto

de seu uso nos produtos levados ao consumidor. Além de abordar a necessidade de mudanças

de paradigma na cadeia de produção da commodity. Nesse contexto, a C&A estabeleceu a

meta de, até 2020, ter 100% dos produtos à base de algodão utilizando matérias-primas

orgânicas e/ou mais sustentáveis, como o algodão certificado BCI (Better Cotton Initiative) ou

REEL (Responsible Environment Enhanced Livelihoods).

Figura 13: Documentário "For the Love of Fashion" produzido pela C&A em parceria com a National

Geographic. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1OTzc6Ozybg

30

LEVI'S

Como apresentado no capítulo “A história do jeans”, a marca Levi’s iniciou sua

produção de jeans em 1863. Pioneira no segmento, continua até hoje com peças originais e de

qualidade. A primeira exibição internacional de suas peças foi na Segunda Guerra Mundial

quando soldados americanos utilizaram jaquetas e calças jeans. A marca ganhou força global

na década de 60 após o patrocínio do festival Woodstock, marcando o uso do jeans rasgado e

desbotado e de uma geração otimista sobre o mundo.

A primeira loja da marca – Original Levi’s Store – só foi inaugurada em 1983, na

Espanha, enquanto que nos Estados Unidos no ano de 1991, na cidade de Columbus, Ohio.

Atualmente, os produtos Levi’s são encontrados no mundo inteiro, em mais de 60 mil pontos

de venda. Além disso, a marca possui mais de 2.800 lojas próprias. Nos anos 2000 a marca

realizou uma mudança de layout dos pontos de venda e também dos produtos – jeans que se

moldam ao corpo e calças com materiais reciclados.

A empresa possui como conceito e posicionamento a sustentabilidade, para tanto tem

criado diversas linhas com a vertente de respeito ao meio ambiente, além de aconselhar seus

consumidores a não utilizar água para a lavagem do jeans Levi’s, mas outros métodos como a

colocação das peças em um freezer para matar os germes.

A Levi’s também trouxe para o mercado a linha Water™, “uma técnica de produção

que reduz em 96% o uso de água no acabamento do jeans”. Além disso, ampliou sua filosofia

através da união com a ONG Water.org, “cujo objetivo é levar água e saneamento a

comunidades carentes”27 e da promoção de uma campanha de desafio o Go WaterLess™, que

incentiva a economia de água. Prática essa que também é uma preocupação da marca desde o

plantio do algodão.

Ainda no caminho da sustentabilidade, a Levi’s criou uma linha de calças, onde 20%

da matéria-prima são de conteúdo reciclado. A mais recente criação, se deu em 2016, uma

coleção desenvolvida em parceria com a Aquafil, “marca italiana especializada na fabricação

de nylon sustentável.” (Idem) As calças dessa coleção são produzidas através do nylon Econyl,

27 Disponível em: http://www.hypeness.com.br/2014/05/para-provar-que-a-moda-pode-ser-sustentavel-marca-

lanca-projetos-de-roupas-a-pensar-no-ambiente/. Acessado dia 19 de julho de 2016.

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que é feito a partir de redes de pesca descartadas no mar, preservando assim, a vida marinha.

Esses produtos têm 61% de algodão, 38% de Econyl e 1% de elastano.

Por último, mas não menos importante, desenvolveu um projeto que busca um mundo

melhor, o Levi’s Fashion Future 202528: desafiando seus clientes a desenvolverem ações para

melhorar o mundo até 2025.

Figura 14: Site Levi’s Brasil

Disponível em: http://www.levi.com.br/brasil/

3.5. Histórico Comunicacional

Como mencionado no histórico da marca, a Mig Jeans foi criada em 2013 como um

brechó itinerante que viajava pela cidade do Rio de Janeiro, a fim de promover o consumo

consciente através da revitalização e customização de roupas – o upcycling, a palavra-chave

que guiava essa era vintage.

Figura 15 – Tumblr MigBrecho

Disponível em: http://migbrecho.tumblr.com/post/58024133607/mi

28 Disponível em: https://www.forumforthefuture.org/project/fashion-futures-2025/overview. Acessado em 19 de

julho de 2016.

32

A comunicação era baseada, principalmente, nas redes sociais – Instagram, Tumblr,

Twitter e Facebook, com destaque para o último – e se limitava a divulgação dos locais onde o

brechó estaria através de informações e foto, convidando assim, as pessoas a participar dos

eventos.

Figura 16 – Facebook Mig Jeans - Convite para brechó no bairro Gávea, Rio de Janeiro

Disponível em: https://www.facebook.com/events/557853350934852/?fref=ts

Em 2014, além da divulgação dos brechós a marca começou a direcionar a

comunicação para promover seus desfiles e passou a dar mais ênfase nas peças das coleções,

começando a conquistar espaço na mídia tradicional com matérias sobre o projeto.

Figura 17 – Matéria sobre a Mig Jeans no Blog O Último Back Power. Matéria disponível:

Disponível em: http://www.oultimoblackpower.com.br/2014/04/desfile-mig-brecho-colecao-

grafismos.html

33

A partir de novembro de 2014 a marca começou a direcionar a comunicação

diretamente para o jeans, destacando matérias e vídeos sobre o tecido e os danos

socioambientais que sua indústria gera. Contudo, somente em março de 2015, começaram a

assinar como Mig Jeans, tendo a partir desse momento como palavras-chaves: upcycling e

sustentabilidade. O lançamento da primeira logomarca também se deu nessa época.

Figura 18 – Instagram Mig Jeans.

Disponível em: https://www.instagram.com/p/1ZWrqugaoH/

Figura 19 - Primeira logo Mig Jeans.

Disponível em:

https://www.facebook.com/eventomixtape/photos/a.1643565655874367.1073741829.16046287131013

95/1651561101741489/?type=3&theater

No final de 2015, a Mig criou um site, onde é possível encontrar todas as informações

sobre a marca – sua história, processo de produção, serviços oferecidos, fotos, agenda, entre

34

outros. Em junho de 2016, o portal passou por uma reformulação no layout e ganhou nova aba

– o e-commerce que ainda não está em funcionamento.

Figura 20 – Site Mig Jeans.

Disponível em: http://www.migjeans.com.br/

O logo atual da marca foi implementado em fevereiro de 2016 e representa o

posicionamento da Mig através de símbolos e cores, sendo o verde a representação da

sustentabilidade e as setas da economia circular – o upcycling.

Figura 21 – Logo atual Mig Jeans.

Disponível em:

https://www.facebook.com/Migjeans/photos/a.453933608035150.1073741826.453492844745893/953

147064780466/?type=3&theater

A marca também possui uma conta no YouTube pouco explorada, conta apenas com

um vídeo do desfile realizado no Paraty Eco Festival de 2014.

35

Figura 22 – YouTube Mig Jeans

Disponível em: https://www.youtube.com/channel/UCdjDOaQxnQE6loZXnJBqdYA

Mais recentemente, está presente na “rede social febre do momento e dos millennials”

– Snapchat –, segundo o Meio&Mensagem29. Entre seus snaps, como são chamados os vídeos

de poucos segundos compartilhados entre seus seguidores durante 24 horas, está a cobertura

de eventos, feiras e desfiles e detalhes da produção das peças.

Figuras 23 e 24: Imagens no Snapchat Mig Jeans.

Disponível apenas através do aplicativo: https://www.snapchat.com/l/pt-br/

29 Disponível em: http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2016/03/30/os-millennials-estao-no-

snapchat-marcas.html. Acessado em 30 de junho de 2016.

36

Nos últimos tempos a Mig também vem ganhando destaque na mídia, com notícias e

parcerias. Vale destacar a união da marca com aLagarta – revista feminina colaborativa e com

foco na liberdade criativa – e com a Malha – um espaço de coworking que pensa a moda de

uma forma “sustentavel, colaborativa, local e independente” que é novidade no Rio de

Janeiro:

Figura 25 - Site aLagarta

Disponível em: http://www.alagarta.com/mig-na-malha

Também merece destaque a divulgação da marca no Instagram da ELLE Brasil, uma

das revistas de moda com maior destaque no país:

Figura 26 - Instagram oficial ELLE Brasil

Disponível em: https://www.instagram.com/p/BGzvvfZrULk/

E por fim, a participação da marca de upcycling em um dos mais notáveis eventos de

moda que acontece na cidade – o Rio Moda Rio, ocorrido no último mês de junho no Píer

37

Mauá. A MIG Jeans fez parte do Espaço Experimente, destinado a marcas independentes do

círculo fashion.

Figuras 27 e 28 – Matéria no site da Rio Moda Rio: “Moda original e acessível: conheça 18

designers fora do circuito óbvio”.

Disponível em: http://riomodario.virgula.uol.com.br/2016/06/14/espaco-

experimente/#.V2qeG1ilW4s.whatsapp

38

Mig Jeans na imprensa

Figura 29: Matéria no portal internacional A Cosmo Life “Mig Jeans - Inspiring & sustainable brand

madein Brazil”. Disponível em: https://myinexpensivefabulouslife.com/2015/11/03/mig-jeans-

inspiring-sustainable-brand-made-in-brazil/

Figura 30: Matéria no portal Menos um Lixo – “Mig Jeans: quando a peça esquecida no fundo do

armário vira a sua primeira opção”. Disponível em: http://menos1lixo.virgula.uol.com.br/mig-jeans-

um-consumo-consciente-e-mais-humano/

39

Figura 31 – Matéria no portal Rio etc – “Uma nova vida ao Jeans”.

Disponível em: http://www.rioetc.com.br/pelas-ruas/uma-nova-vida-ao-jeans/

Figura 32 – Matéria no portal da FAETEC – “Moda Sustentável: Alunas da FAETEC criam empresa

que estimula o consumo consciente com conceito de upcycling do jeans e recebem Prêmio Jovens

Empreendedores”. Disponível em: http://www.faetec.rj.gov.br/index.php/institucional/assessoria-de-

comunicacao/noticias/221-moda-sustentavel-alunas-da-faetec-criam-empresa-que-estimula-o-

consumo-consciente-com-conceito-upcycling-de-jeans-e-recebem-premio-jovens-empreendedores

Ponto de venda

A Mig Jeans não possui loja física, mas trabalha em stands que são montados de

acordo com a necessidade, principalmente nas feiras frequentadas por elas. A Babilônia Feira

Hype, seu principal ponto de venda, conta com stands padronizados que são decorados e

40

organizados por cada expositor. Geralmente, a marca monta araras simples de roupas com

cabides onde as mesmas são organizadas, além de usar quadros escritos a giz. Tudo bem

simples.

Figura 33: Stand da Mig Jeans na Babilônia Feira Hype.

Disponível em (24/06/16):

https://www.facebook.com/babiloniafeirahype/photos/a.1086147108124001.1073741867.2093

40252471362/1086147418123970/?type=3&theater

3.6. Problema

A Mig Jeans apresenta uma falha de comunicação por não dar luz à sua principal

função no mundo da moda: mostrar que é possível seguir tendências sendo responsável social

e ecologicamente. Através do histórico comunicacional da marca, pode-se observar que no

campo conceitual houve a perda da filosofia inicial da marca – sustentabilidade e upcycling.

No início da participação da mesma nas redes sociais seu conteúdo estava mais ligado aos

motivos que levam uma marca a querer diferenciar-se das tradicionais – consumismo e os

danos causados pela indústria da moda. O que ocorre agora no que se refere ao contato com

público, é a marca limitar-se a divulgar a agenda de feiras, resultados de mídia e imagens das

peças criadas, em detrimento de conteúdos que promovam um consumo consciente, perdendo

assim a essência do projeto.

Tal problema pode afetar o posicionamento da marca no mercado e a percepção do

público quanto a ela, correndo o risco de aproximação com as marcas tradicionais da moda e

fast fashions, já que a Mig começa a fazer parte de circuitos onde essas marcas estão. O

41

usuário que não conhece o histórico da mesma pode não a enxergar como uma instituição que

promova a sustentabilidade, mas sim, como uma empresa somente de customização.

Com a análise do cenário e do problema comunicacional da Mig, percebe-se que, com

o tempo, a distância entre o propósito da marca guiado pelo seu espírito inovador – que é o

que a diferencia no mercado – está afastando-se da sua comunicação com público. O valor de

seus produtos, que é o que Gorz (2005) chama de “dimensão imaterial” (p. 38), está muito

além dos gastos com a produção em si, mas sobre o que a marca representa simbolicamente na

mente do consumidor – o “valor simbólico”. (p. 38). Este, por sua vez, é o que determina,

além do preço, o posicionamento no mercado.

Essa compreensão também possui um aspecto negativo, ainda de acordo com o autor:

(..) vemos que o capital fixo imaterial é utilizado num plano inteiramente

diferente: ele funciona como um meio de produzir consumidores. Dizendo de

outro modo, funciona para produzir desejos e vontades de imagens de si e

dos estilos de vida que, adotados e materializados pelos indivíduos,

transformam-nos nessa nova espécie de consumidores que ‘não necessitam

daquilo que desejam, e não desejam aquilo de que necessitam’.”, segundo

definição de Edward Barnays (1920) (GORZ, 2005, p. 48)

A Mig Jeans, entretanto, traz ao mercado de moda uma mentalidade diferente dessa, já

que não busca somente gerar consumidores, mas conscientizá-los do que acredita ser a melhor

prática de consumo. Portanto, a pegada de sustentabilidade e do upcycling deveria ser o guia

em toda sua fala.

3.7. Objetivo

O objetivo desse planejamento estratégico de campanha institucional será dar mais

visibilidade à marca no ambiente online, local onde seu target está inserido; divulgar a

abertura da loja online e, principalmente, destacar em todas as suas ações seu posicionamento

alternativo às marcas tradicionais do mercado, dando destaque ao seu “valor imaterial”.

3.7.1. Metas

As metas de crescimento em relação às redes sociais girarão em torno da nova

campanha com geração de conteúdo constante, impulsionamento de página e de posts,

42

divulgação dessas mídias em suas semelhantes e utilização de influencers. De acordo com o

propósito das criadoras da marca o aumento nesses canais gira em torno de 500 seguidores;

entretanto, acredita-se que é possível no período de 6 meses atingir até 1.000 novos seguidores

em cada uma dessas redes com a aplicação adequada da campanha e o direcionamento aos

dois target já citados.

Rede Social Fãs/seguidores atual Fãs/seguidores desejados

Facebook 4499 5.500

Instagram 2702 4.000

Snapchat Dado não fornecido 3000

Consultado dia 18/07 às 21:24

Em relação às vendas, o norte está em aumentá-las entre 50% a 200% por mês até

março de 2017. Atualmente a Mig Jeans vende de 15 a 30 peças por mês, dependendo,

principalmente, da quantidade de feiras que participa, já que esse é seu único ponto de venda.

O aumento desejado se dará pela fidelização dos clientes atuais e pela ampliação do target

através da campanha, além da esperada expansão devido ao e-commerce. Parte expressiva do

aumento das vendas virá dessa plataforma.

Vendas Quantidade por mês Crescimento desejado

Em número de peças 15-30 peças 45 peças

Em dinheiro R$ 1000,00 à R$ 1500,00 R$ 2500,00 à R$ 3000,00

Hoje a marca só participa da Babilônia Feira Hype, deseja dentro desse mesmo prazo

duplicar a participação nas feiras introduzindo-se na O Cluster – feira com filosofia

semelhante da que frequenta atualmente. Em relação aos acessos ao site, ainda não é possível

mensurar com precisão, uma vez que, o mesmo é recém-lançado e pouco divulgado. Mas

acredita-se que com a menção maior a ele, principalmente à loja online, o crescimento seja

significativo.

Para além dos dados estatísticos, a campanha também deverá servir para fixar o

posicionamento da marca como precursora da moda upcycling no Brasil, principalmente, no

Rio de Janeiro e atingir o maior número de público simpatizante de sua filosofia, que não só