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NOÇÕES DE MANUTENÇÃO E CARGA DE BATERIAS AUTOMOTIVAS RASATRONIC ELETRÔNICA INDUSTRIAL LTDA Guaporé/RS

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NOÇÕES DE MANUTENÇÃO E

CARGA DE BATERIAS

AUTOMOTIVAS

RASATRONIC ELETRÔNICA INDUSTRIAL LTDA

Guaporé/RS

MANUTENÇÃO E CARGA DAS BATERIAS

Cada elemento de uma bateria é capaz de fornecer uma força eletromotriz de 2,2 volts aproximadamente, independente de seu tamanho, de modo que todas as aplicações que necessitam deste tipo de fonte de energia dependerão, em função da tensão desejada, do agrupamento de vários desses elementos.

Ao tratarmos de uma bateria, devemos observar dois fatores importantes:

A FORÇA ELETROMOTRIZ QUE A BATERIA

APRESENTA (CONSTITUÍDA POR DIVERSAS CÉLULAS LIGADAS EM SÉRIE)

Como vimos anteriormente, cada uma das células é capaz de fornecer cerca de 2 volts. Deste modo, a força eletromotriz de uma bateria formada por mais de uma célula é igual a 2 multiplicado pelo número de células de que a mesma é formada.

Assim, por exemplo, uma bateria de acumuladores, dos componentes usados em veículos, que é capaz de fornecer 12 volts, possui 6 elementos, ou seja 6 x 2 = 12

2. A CAPACIDADE DAS BATERIAS

A capacidade das baterias em geral, é medida em ampère-

hora. Por exemplo, a maioria usadas em veículos médios e pequenos tem a capacidade da ordem de 70 ampère-hora, o que significa que são capazes de fornecer uma corrente constante de 70 ampères durante uma hora seguida (ou ainda uma corrente constante de 1 ampère durante 70 horas), nas mesmas condições. Existem, entretanto, baterias maiores, como os usados em caminhões pesados, ônibus e outros veículos de grande porte, cuja a capacidade de energia atinge a mais de 120 ampère-hora.

RASATRONIC Eletrônia Industrial Ltda

ATENÇÃO: durante a carga das baterias desprende-se o gás

hidrogênio, que é altamente explosivo, nunca se deve produzir fogo ou faísca elétrica nas proximidades de uma bateria sob carga lenta, além disso, a instalação carregadora deve situar-se em local ventilado.

TERMINO DA CARGA: quando o eletrólito de uma bateria em

bom estado não aumenta a densidade durante 2 ou 3 horas de carga, a bateria pode ser considerada carregada.

Atenciosamente,

RASATRONIC Eletrônica Industrial Ltda CGC: 91.668.723/0001-19

Após uma carga rápida de 20 ou 40 minutos, recomenda-se

completar a carga lentamente, pois a carga rápida não carrega totalmente a bateria.

SISTEMAS DE CARGAS

O único sistema recomendado para carregar uma bateria é o

de carga lenta. Neste processo, adota-se uma corrente de 1 ampèr por placa positiva; em outras palavras, uma bateria de 12 placas seria carregadas com uma corrente de 6 ampères.

Como já foi citada, a carga rápida é um processo de emergência, que deve ser usada apenas nesses casos. Se a bateria se aquecer demasiadamente, recomenda-se desligar por alguns minutos a fonte, antes de recomeçar a carga, aliás, uma carga rápida em duas ou três etapas é menos prejudicial do que uma única mais prolongada.

Um terceiro sistema, freqüentemente usado nas oficinas especializadas, consiste em efetuar uma carga rápida de 15 minutos, completando-se depois a carga lentamente. Apesar de não ser teoricamente o mais adequado este sistema deve sua grande popularidade ao fato de proporcionar economia de tempo e energia.

Quando uma bateria se encontra muito descarregada, será necessário empregar outro processo. Este consiste em efetuar a carga lenta e descarga de bateria sucessivamente até que o eletrólito recupere ema densidade de 1250 ou mais. Nesta Bateria o eletrólito se apresenta inicialmente pouso denso, porém nunca se deve adicionar ácido durante a carga, a não ser que o processo mencionado não consiga aumentar a densidade do eletrólito acima de 1250. Neste caso, pode-se adicionar ácido para completar a densidade de 1300, porém é o indício de que a bateria se encontra próxima do fim de sua vida útil.

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A capacidade de uma bateria depende da superfície de seus

elementos (eletrodos), de modo que sua capacidade está diretamente ligada ao seu tamanho.

O limite de tensão até o qual pode se descarregar uma bateria é de 1,75 volts por célula, o que corresponde a uma densidade 1,15. Continuando-se a descarga além desse ponto, formar-se-á excessiva quantidade de sulfato e as placas ficarão cobertas com uma camada esbranquiçada que, na maioria dos casos, torna a bateria imprestável.

INSTRUMENTO PARA VERIFICAR O ESTADO DE UMA

BATERIA O densímetro mede a densidade do eletrólito de uma bateria,

a qual depende da concentração de acido. O densímetro e constituído por uma seringa de vidro no interior da qual existe um mergulhador graduado, também em vidro. Um balão de borracha permite sugar o líquido para dentro da seringa, ou expeli-lo.

Para usar, aperta-se o balão de borracha e mergulha-se o bico na solução a medir. Soltando o balão, o líquido será sugado para o interior da seringa fazendo flutuar o mergulhador. A graduação do pescoço do mergulhador que coincidir com o nível do líquido indicará a densidade em graus baume. A densidade do ácido sulfúrico puro é de 1835, enquanto que a densidade da água é 1000. Uma bateria carregada normalmente apresenta densidade igual a 1300, o que corresponde a uma proporção de 40% de ácido e 60% de água, aproximadamente. Como o ácido é absorvido pelas placas durante a descarga, a densidade do eletrólito servirá para indicar a carga da bateria.

Confrontando essas medidas com a prova feita pelo voltímetro poderá verificar-se a porcentagem de ácido no eletrólito.

Teoricamente, numa bateria totalmente descarregada, a indicação do densímetro seria igual a 1000, o que corresponde à água pura. É lógico que uma bateria em tal estado seria imprestável, pois nunca se deve deixar a densidade cair abaixo de 1100.

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O voltímetro permite medir a diferença de potencial entre os

bornes (ou terminais) das células (o voltímetro não pode medir a força eletromotriz, se bem que a diferença do potencial esteja bem próxima desse valor. Esta medição, no entanto, não deve ser feita em circuito aberto. Convém ligar uma carga que resulte numa corrente de 5 a 10 ampères. A maioria dos voltímetros para baterias usados nas oficinas possui esta carga ligada permanentemente entre seus terminais.

Assim, como no caso do densímetro, o voltímetro também pode indicar a carga de uma bateria por meio de tensão existente entre os terminais de cada célula. Deste modo temos:

* 2,2 volts - carregada * 2,1 volts - ¾ de carga * 2,0 volts - ½ de carga * 1,9 volts - ¼ de carga * 1,8 volts – descarregada

Existe ainda uma outra prova (conhecida como prova de curto-

circuito com o voltímetro, no qual uma resistência de carga já existe, e que provoca uma intensa descarga (200 ampères) no momento da medição. Esta prova permite observar o comportamento da bateria sob forte descarga e proporciona uma indicação muito importante das suas condições reais. Para que uma bateria possa ser considerada em bom estado, deve fornecer mais que 1,8 volts por célula neste tipo de prova. A diferença de medição de tensão entre as células não deve superar 0,2 volts. Se ao ser submetida a esta prova a bateria expedir gás ou ferver, isso indica que os separadores de placas provavelmente estão defeituosos, ou então que existe um excesso de detritos (lama) depositados no fundo do recipiente da bateria.

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Esta carga é feita a partir de uma fonte de corrente contínua.

No veículo, esta fonte é constituída pelo dínamo ou alternador (este último em conjunto com um retificador). Para carga estacionária de baterias em oficinas, utiliza-se equipamentos chamados de Carregadores de Baterias.

São equipamentos eletrônicos que transformam a energia da rede elétrica em corrente contínua da forma adequada a produzir a carga de bateria, possuindo chaves seletoras e um amperímetro para que se possa ajustar a corrente da carga e mantê-la dentro do padrão estabelecido para uma carga segura sem danos para a bateria e o carregador.

Existem vários modelos de carregadores de baterias, desde o que carrega apenas uma bateria, até os que carregam um grande número de baterias numa só vez. O sistema mais adequado para carga de diversas baterias de uma só vez, é o em série, pois a corrente que passa por todas as baterias e absolutamente igual ao indicado pelo amperímetro do carregador. Com o sistema série-paralelo, pode-se carregar um grande número de baterias por vez, utilizando um carregador de maior capacidade de corrente, Nesse caso, a corrente é dividida entre os grupos de baterias em série, porém, se baterias não estiverem todas em igual estado, a corrente não se dividirá igualmente entre os grupos, por exemplo, se usarmos um carregador de 12 ampères é dois e grupos de baterias em série por um grupo poderá passar 5 ampères e pelo outro 7 ampères. Esta é a desvantagem do sistema série-paralelo.

Algumas vezes é preciso executar a “carga rápida” das baterias. Os aparelhos para isso utilizam retificadores de alta potência proporcionando até 200 ampères na saída. A carga rápida só deve ser usada em emergência, pois prejudica a bateria, principalmente se for superado o limite de temperatura. Por isso esse sistema de carga deve ser feito por pessoal muito competente, mantendo a bateria sob vigilância contínua.

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