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XX 16 31/01/2012 * Derrotadas acusam a Câmara de ter direcionado licitação - p.01 * Jusça recebe pedido de liberdade de 248 presos - p.12 * Desembargadores são alvos de 1% das invesgações nos tribunais de Jusça - p.17

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XX 16 31/01/2012

* Derrotadas acusam a Câmara de ter direcionado licitação - p.01

* Justiça recebe pedido de liberdade de 248 presos - p.12

* Desembargadores são alvos de 1% das investigações nos tribunais de Justiça - p.17

o tempo - p. 04 e 05 - 31.01.2012

A presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Andrea Neves, o procurador geral de Justiça, Alceu José Mar-ques, o coordenador de Mobilização Social do Ministério Público, Paulo César Vicente de Lima e o coronel Eduardo César Reis, secre-tário-executivo da Cedec-MG, assinaram na última semana o Termo de Cooperação Técni-

ca para movimentar as contas bancárias aber-tas para atender famílias desabrigadas pelas chuvas. O convênio visa definir critérios para utilização dos recursos depositados em duas contas: uma aberta pelo Bradesco, com depó-sito de R$ 250 mil feito pelo próprio banco, e outra, no Banco do Brasil, onde estão deposi-tados, até o momento, R$ 382 mil.

o tempo - p. 27 - 31.01.2012Élder martinho

Publicidade. Empresas recorreram apontando que vencedora infringiu edital, mas reclamação não foi aceita

Derrotadas acusam a Câmara de ter direcionado licitação

Cooperação

01

cont.... o tempo - p. 04 e 05 - 31.01.2012

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cont.... o tempo - p. 04 e 05 - 31.01.2012

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cont.... o tempo - p. 04 e 05 - 31.01.2012Presidência. Segundo vereadores, maior transparência evitaria falhas

Colegas reclamam que Léo Burguês centraliza decisões

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cont.... o tempo - p. 3 - 31.01.2012

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CâmaraHenriqueLi a matéria “Contrato de publicidade da Câmara de Belo Horizonte está na mira do MP”

(Política, 30.1). Se for possível reunir os 41 vereadores no plenário (até isso é difícil, do jeito que faltam), é só colocar grades em todos os acessos, trancar e jogar a chave fora.

o tempo - p. 20 - 31.01.2012

eStado de minaS - p. 24 - 28.01.2012cartaS à redação

hoJe em dia - p. 2 - 31.01.2012

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o tempo - p. 22 - 31.01.2012

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cont... o tempo - p. 22 - 31.01.2012

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metro - p. 2 - 31.01.2012

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NATÁLIA OLIVEIRAA taxa de segurança pública co-

brada de organizadores de eventos esportivos especializados foi aboli-da pelo governo do Estado. A medi-da, que até então beneficiava apenas os times de futebol, foi comemorada por clubes que investem em esportes como vôlei, basquete, futsal e boxe.

Segundo o gerente esportivo do Minas Tênis Clube, Luiz Eymard, as taxas de segurança prejudicavam o or-çamento do clube. “Já estava na hora de as modalidades especializadas te-rem os mesmos direitos à segurança que os times de futebol”, relatou Ey-mard.

Entidades representativas tam-bém comemoraram a decisão, anun-ciada no fim de dezembro. “Essa eco-nomia vai melhorar muito o esporte em Minas”, disse o vice-presidente da Federação Mineira de Boxe, Luiz Delmindo.

Os times de futebol já tinham o benefício desde 2009, mas os espor-tes especializados eram obrigados a remunerar o Estado caso quisessem oferecer segurança aos torcedores, ou contratar segurança particular. As ta-xas variavam de R$ 4,44 a R$ 37,75 pela hora do policial ou veículo uti-lizado. A suspensão da cobrança no futebol foi concedida atendendo a pedidos dos clubes, que reclamavam do fechamento do Independência e do Mineirão para obras para a Copa do Mundo em 2014.proJeto

No ano passado, o deputado es-tadual Carlin Moura (PCdoB), por meio de projeto de lei, solicitou que a isenção fosse estendida a todas as modalidades esportivas. “Os jogos de esportes especializados são de inte-resse público e, por isso, a segurança deve ser garantida pelo Estado, sem a cobrança de nenhuma taxa”, disse.

“A isenção era um pedido antigo nosso. Ela demorou para sair, mas vai ajudar muito os clubes. Eu já paguei R$ 25 mil para realizar jogos”, rela-

o tempo - p. 23 - 31.01.2012Segurança.Lei extinguiu cobrança exigida para garantir presença da PM em jogos de esportes especializados

Clubes ganham isenção de taxa Times de futebol de Minas Gerais já eram beneficiados desde 2009

tou o diretor esportivo do time de vôlei Sada Cruzeiro, Flávio Pereira.

De acordo com o chefe da asses-soria de imprensa da Polícia Militar, tenente-coronel Alberto Luiz, os clu-bes terão que solicitar a segurança pelo menos 15 dias antes da realização da partida. “A corporação precisa saber quantos policiais serão necessários para cada evento”, explicou.

contrapartida

Dirigentes prometem novos

investimentosA torcida e os atletas serão benefi-

ciados pela isenção, de acordo com di-rigentes dos clubes e federações. “Com a economia, poderemos investir mais

nos atletas e nos espaços dos jogos”, afirmou o presidente do Mackenzie, Carlos Rocha.

O vice-presidente da Federação de Boxe, Luiz Delmindo, disse que pre-tende trazer a Minas Gerais lutas que antes eram inviabilizadas pelos gastos com segurança.

Para os fãs de vôlei, o Sada Cru-zeiro prometeu investir em promoções para a torcida e melhorias para os atle-tas. “O preço do ingresso já é baixo. Então, vamos arrumar outras maneiras de agradar a torcida e beneficiar o clu-be”, disse o diretor esportivo Flavio Pereira.

Gustavo Ferreira, 23, que é fã de vôlei, comemorou. “Fico feliz que es-tejam investindo em outros esportes além do futebol”. (NO)

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GABRIELA SALES

Depois de 20 anos, o empresário Paulo Ribeiro dos Santos foi condenado a 17 anos de prisão pela morte do sócio e primo, João Elias Filho. O crime aconteceu em julho de 1992 e fazia parte de um golpe para a retirada do prêmio de um seguro de vida. Santos recorreu da decisão e vai aguardar o julgamento em liberdade.

Elias Filho e Souza eram primos, além de sócios em uma empresa de representação de confecções no bairro Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Outras três pessoas tam-bém foram acusadas de envolvimento no homicídio - Ademir Ar-ruda (acusado de transportar o corpo, não se sabe onde o crime foi cometido), Vildênia Conceição dos Santos (mulher de Paulo), Anastácio dos Santos (acusado de falsificar documentos) - foram absolvidas pelo assassinato. crime

A vítima foi encontrada em casa, no bairro Enseada das Gar-ças, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Após uma denún-

cia anônima, policiais militares foram ao local e acharam Elias Filho enforcado e com dois tiros na cabeça. Três dias antes da morte, Souza fez uma apólice de seguro de vida para Elias Filho no valor de R$ 10 mil - ele era o único beneficiário.

Santos cometeu um outro crime, o de auto-mutilação. Três anos após o assassinato do primo, ele simulou que havia sido ví-tima de uma tentativa de homicídio e deu um tiro no próprio pé - ele tentaria receber o mesmo valor por meio de um outro seguro. “Na época, foi concluído que Paulo Santos tinha como objetivo retirar os valores dos seguros feitos por ele”, explicou o promotor do caso, Francisco de Assis Santiago.Ainda segundo o promotor do caso, Santos nunca foi preso. “Agora, esperamos que, com essa decisão da Justiça, ele responda pelo crime em regime fechado”, afirmou.

Hoje, Santos é dono de outra empresa de representação de confecções. O advogado do empresário, Marcelo Leonardo, disse que aguarda o julgamento do recurso, já dos quatro acusados, três já conseguiram absolvição.

o tempo - p. 23 - 31.01.2012

NATÁLIA OLIVEIRAA Justiça de Lavras, no Sul de Minas, recebeu na úl-

tima semana um pedido de habeas corpus solicitando a li-beração de 248 detentos do presídio da cidade. De acordo com o advogado Luiz Henrique Fernandes Santana, a ação é baseada na superlotação do local que tem capacidade ape-nas para 51 presidiários.

“Os presos estão em condições sub-humanas. Há celas com 16 detentos e nenhuma cama, outras com 20 e apenas seis camas”, disse Santana. O habeas corpus foi impetrado no último dia 28, pedindo que os presos aguardem a senten-ça em liberdade ou em prisão domiciliar.

Em 2008, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu a interdição do presídio, por causa da superlotação e fal-ta de estrutura. Por meio de uma liminar, os presos foram transferidos para cadeias de outras cidades do Sul de Minas. Porém, três meses depois a Justiça cassou a liminar e os detentos voltaram para o presídio de Lavras.

“Esse problema acontece há anos. Não acho que deve-riam fechar o presídio, mas manter somente a capacidade”, relatou o advogado.

De acordo com ele, a Prefeitura de Lavras conseguiu um terreno para construir um presídio maior, porém aguar-da verba do governo do Estado.

o tempo - p. 27 - 31.01.2012

Golpe do seguro.Crime aconteceu há 20 anos; motivação seria o resgate de uma apólice no valor de R$ 10 mil

Empresário que matou sócio é condenado a 17 anos

lavras

Justiça recebe pedido de liberdade de 248 presos

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O estudante que atropelou e matou um policial militar na BR-356, no Belvedere, na região Centro Sul de Belo Horizonte, vai a júri popular. A decisão, que cabe recurso e vai de acordo com pedido do Ministério Público, é do juiz do I Tribunal do Júri de Belo Horizonte.

O acidente ocorreu no dia 20 de abril de 2009. Por volta de 00h15 dessa data, o veículo conduzido pelo estudante atingiu o militar D.G.O, que trabalhava em uma ocorrência policial de um acidente ocorrido na mesma rodovia.

O Ministério Público denunciou o estudante por homicí-dio doloso, definido no artigo 121 com artigo 18 do Código Pe-nal, considerando que ele assumiu o risco pelo resultado morte, dolo eventual, por meio de sua conduta ao conduzir o veículo. Na acusação, o órgão argumentou que o estudante conduzia o automóvel em alta velocidade, com faróis apagados e, após a batida, quando abordado, apresentava sinais de embriaguez.

A denúncia afirma que o local estava devidamente sina-

lizado e outros carros se aproximavam com cautela do ponto onde houve o acidente, mas o veículo de F.J. L. bateu em outro ao se aproximar do lugar do desastre e, em razão da velocidade excessiva, o veículo continuou em movimento e colidiu com mais três automóveis parados em função do acidente. O veículo atingiu violentamente o militar, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

Ao analisar a denúncia, os documentos e depoimentos, o juiz concluiu que não havia provas, apresentadas pela defesa, “suficientes para afastar liminarmente” a configuração do dolo eventual, requerida pelo Ministério Público. Para o juiz, com-pete ao Tribunal Popular decidir com exclusividade sobre a existência ou não do “dolo eventual”.

Como o réu respondeu o processo em liberdade até essa fase, é réu primário, indica residência fixa e ocupação lícita, o juiz manteve seu direito de se manter solto até realização de seu julgamento.

o tempo - mG - conamp - 31.01.2012

Estudante que atropelou e matou policial militar no bairro Belvedere vai a júri popular

hoJe em dia - p. 2 - 31.01.2012

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hoJe em dia - p. 2 - 31.01.2012

o eStado de Sp - p. e3 - 31.01.2012

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São PauloUma investigação do Conselho Nacional de Justiça

(CNJ) descobriu que em torno de R$ 6,4 milhões em bens doados pelo órgão a tribunais estaduais desapareceram.

Relatório inédito do órgão revela que as cortes regionais não sabem explicar onde foram parar 5.426 equipamentos, entre computadores, notebooks, impressoras e estabilizado-res, entregues pelo CNJ para aumentar a eficiência do Judi-ciário.

A auditoria mostra ainda que os tribunais mantêm pa-rados R$ 2,3 milhões em bens repassados. Esse material foi considerado “ocioso” pelo conselho.

O CNJ passa por uma crise interna, envolvendo, entre outras coisas, a fiscalização nos Estados, principalmente os pagamentos a magistrados. A conclusão da auditoria revela que o descontrole no uso do dinheiro pelos tribunais pode ir além da folha de pagamento.

Diante da situação, o CNJ decidiu suspender o repasse de bens a quatro Estados: Paraíba, Tocantins, Rio Grande do

Norte e Goiás. Os três primeiros estão com um índice acima de 10% de bens “não localizados”, limite estabelecido para interromper o repasse. Já o tribunal goiano, segundo a audi-toria, descumpriu regras na entrega de seus dados.

Além desses quatro, a investigação atingiu outros 12 Estados que, numa análise preliminar, também apresentaram irregularidades.

Investigação. Dos 12 investigados, apenas Espírito Santo e Rio Grande do Sul encontraram todos os bens. Os demais não foram punidos com bloqueio, mas têm até maio - quando uma nova auditoria será feita - para mostrar as provi-dências que estão tomando para localizar os equipamentos.

O tribunal da Paraíba é o campeão de equipamentos de-saparecidos. A investigação abrangeu um universo de R$ 65 milhões em bens doados entre 2010 e 2011.

Segundo a resolução que regulamenta a doação de ma-teriais, “o CNJ poderá destinar recursos ou oferecer apoio técnico aos tribunais com maior carência, visando o nivela-mento tecnológico.”

o tempo - on line - 31.01.2012Auditoria.Cerca de 5.000 equipamentos foram repassados às Cortes para aumentar a eficiência do Judiciário

R$ 6,4 mi em doações do CNJ a tribunais sumiram

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o tempo - p. 11 - 31.01.2012

o Globo - p. 4 - 31.01.2012

o tempo - p. 25 - 31.01.2012

STF deve julgar polêmica sobre poder de fiscalização do CNJEliana Calmon afirma que corregedorias estaduais funcionam como “ilhas”

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o eStado de Sp - p. a4 - 31.01.2012

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carta capital - p. 14 - 01.02.2012

iSto É - Sp - p. 26 - 01.02.2012

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iSto É - Sp - p. 46 - 01.02.2012

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carta capital - p. 08 e 09 - 01.02.2012

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cont.... carta capital - p. 08 e 09 - 01.02.2012

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carta capital - p. 30 e 33 - 01.02.2012

iSto É - Sp - p. 26 - 01.02.2012

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carta capital - p. 34 e 35 - 01.02.2012

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folha de Sp - p. a5 - 31.01.2012

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Gabriel Wedy - Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), mestre em direito pela PUC RS e autor do livro O princípio constitucio-nal da precaução como instrumento de tutela do meio ambiente e da saúde pública

O princípio da separação e independência dos poderes remonta a Aristóteles, que distinguia a as-sembleia geral, o corpo de magistrados e o corpo ju-diciário. Esse princípio foi sistematizado por Montes-quieu no seu célebre O espírito da leis no capítulo VI do livro XI.

No entendimento de Montesquieu tudo estaria perdido se aqueles três poderes – o de criar leis; o de executar as políticas públicas e o de julgar – se reunissem num só homem ou associação de homens. Questionado se realmente o princípio teria de Mon-tesquieu a paternidade, o grande Madison, no célebre O federalista (The federalist) referiu que: “Se não foi ele o autor desse valioso preceito da ciência política, teve ao menos o mérito de expô-lo e recomendá-lo do modo mais eficaz à atenção da humanidade”.

O princípio da separação e independência dos poderes foi positivado no século 18 com a Declara-ção de Direitos da Virgínia (Virginia bill of rights), de 12 de junho de 1776. Alcançou tal prestígio que o artigo 16 da Constituição Francesa, de 3 de setembro de 1791, quando se refere à Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, dispõe: “Toda sociedade na qual não esteja assegurada a garantia dos direitos do homem nem determinada a separação dos poderes não possui Constituição”.

No Brasil, o princípio vem previsto desde a Cons-tituição do Império (1824). Até mesmo as Constitui-ções do regime militar (1964 e 1967), não deixaram de prevê-lo em seu texto. Na Constituição de 1988, a separação e independência dos poderes foi inserida já no seu artigo 2º. O princípio foi erigido nas democra-cias visando a evitar o absolutismo dos monarcas, as ditaduras e tiranias para que um poder estatal pudesse contrabalançar o outro, sem suplantá-lo, no sentido de haver harmonia nas suas funções executoras, julgado-ras e legisladoras.

Nos últimos anos, observa-se no Brasil um Po-der Executivo cada vez mais hipertrofiado, com uma força imensa sobre o Congresso, que precisa de libe-ração de recursos de emendas parlamentares – para não falar na constante edição de medidas provisórias – aprovando tudo o que for de seu interesse, nem que para isso o texto constitucional seja objeto de maus-tratos.

Tivemos no último ano um clássico exemplo disso quando o Poder Executivo deixou de enviar ao Congresso Nacional a proposta orçamentária apre-sentada pelo presidente do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), ministro Cezar Peluso, nos exatos termos dos artigos 84, XXIII, e 99 da Constituição Federal de 1988.

A presidente da República não encaminhou a proposta como determinado na Constituição cidadã, mas “mensagem”, sem garantir recursos, alegando “a crise internacional” e a “falta de dinheiro”. Acontece que a arrecadação para os cofres da União, nos últi-mos anos, apenas na Justiça Federal, foi de cerca de R$ 10 bilhões, somente nas varas de Execução fiscal. A proposta orçamentária do Poder Judiciário era de R$ 7, 7 bilhões, para ser executada ao longo de quatro anos. Deu a lógica, prevaleceu a vontade do Poder Executivo, e o Poder Judiciário ficou sem orçamento para 2012.

Como se não bastasse, o artigo 37, X, da Consti-tuição Federal também foi descumprido. Esse artigo foi criado com a participação da Associação dos Jui-zes Federais do Brasil (Ajufe), pela Emenda Cons-titucional 45/05, estipulando um teto remuneratório moralizador para o funcionalismo público. Essa dis-posição determina a revisão do teto anualmente e, mais uma vez, mais um ano, o teto não foi atualizado como determina, de forma cogente, o texto constitu-cional. Com isso, a magistratura é a única categoria no país que tem perda real do seu subsídio, nos úl-timos seis anos, superior a 33% (um terço dos seus rendimentos).

Todavia, parece que pouco importa a Constitui-ção ao Executivo que, com forte influência e poder de pressão sobre o Legislativo, impediu a votação dessa matéria. De outro lado, o Poder Executivo conseguiu a aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) e pode gastar 20% do seu orçamento como bem quiser, como se não existissem os princípios constitucionais que regem a administração pública, em especial o da legalidade (artigo 37).

O Executivo acumula agora superpoderes nunca antes vistos, mas nada o molesta, a sua força ganhou habeas corpus e agora até “o controle social e popular da mídia” é cogitado pelo governo. É de lembrar-se, por fim, da frase de Rui Barbosa, que, reencarnado, poderia reproduzi-la na sua voz de grande orador, que um dia, como a grande águia, encantou Haia: “Deste feito, o presidencialismo brasileiro não é senão dita-dura em estado crônico”.

eStado de minaS - p. 01 - direito & JuStiça - 30.01.2012A independência dos poderes

O princípio foi erigido nas democracias visando a evitar o absolutismo dos monarcas as ditaduras e tiranias para que um poder estatal pudesse contrabalançar o outro, sem suplantá-

lo, no sentido de haver harmonia nas suas funções executoras, julgadoras e legisladoras

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diÁrio do comÉrcio - p. 14 - 31.01.2012

cont.... diÁrio do comÉrcio - p. 14 - 31.01.2012

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