31 dias vocacionais

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31 Dias Vocacionais

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31 Dias Vocacionais

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    31Dias

    Vocacionais

  • 2 3

    31Dias

    Vocacionais

  • 4 5

    Este livro, ou parte dele, pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorizao escrita do Editor desde que mantida a referncia e respeita-dos os direitos de auto- ria e edio de acordo com as Leis Brasileiras.

    Tiragem: xxxxx exemplares

    Expediente

    Elaborao UNIO MARISTA DO BRASIL (UMBRASIL)

    Presidente do Conselho Superior Ir. Wellington Mousinho de Medeiros

    Diretoria Ir. Claudiano Tiecher Ir. Humberto Lima Gondim Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos

    Secretrio Executivo Ir. Valter Pedro Zancanaro

    rea de Vida Consagrada e Laicato Ir. Natalino Guilherme de Souza - Coordenador Paulo Quermes - Assessor Sonia Vidal - Analista

    Colaborao lvaro Fernando Loureiro, Ir. Demilton Barbosa dos Santos, Ir. Dener Rodrigues de Souza, Ir. Edvaldo Ferreira de Lima, Ir. Fbio Soares do Nascimento, Fbio Viviurka, Ir. Fabrcio Barbosa da Fonseca, Glria Maria Nunes Bessa, Ir. Gustavo Pinto Gomes Ferreira, Ir. James Pinheiro dos Santos, Jorge Luis Vargas dos Santos, Ir. Jolson de Souza Toledo, Junior Franck, Ir. Paulo Henrique Martins de Jesus, Luciene Borges Ortega, Mar-gareth Maria Arajo Mendes, Marydelman Ilrio de Lucena, Raquel Pulita Andrade da Silva, Washington Gullit da Silva e Silva

    Sugestes [email protected]

    Projeto grfico, ilustraes e diagramao Vlvula Agncia Interativa www.valvulainterativa.com.br

    Reviso xxxxxx

    Impresso xxxxxx

    Unio Marista do Brasil (UMBRASIL)SCS Quadra 4 Bloco A 2 Andar

    Edifcio Vera Cruz Asa Sul Braslia DF 70304-913Telefax: (61) 3346-5058

    www.umbrasil.org.br [email protected]

  • 6 7

    Apresentao

    Somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter. Engenheiros do Hawaii

    Voc j parou para pensar nos sonhos, na sua vida, nos seus projetos? Quanta coisa bonita voc pode construir, pode fazer brotar, pode transfor-mar... Entretanto, preciso se atentar ao cotidiano, aos apelos que a vida nos faz, s escolhas que nos deparamos diariamente. Falar dessas coisas falar de vocao, de chamado, opo e projeto de vida.

    Fomos acostumados, ao longo dos tempos, a pensar a vocao apenas como escolha de um modo de vida Padre, Irm, Irmo, por exemplo e nos esquecemos de olhar para ela em sua plenitude, em falar de vocao como chamado de Deus, de dom da vida, de sonho de Deus para ns em vista da nossa felicidade.

    Nesse sentido, queremos apresentar a voc este material dedicado refle-xo sobre o tema, construdo a muitas mos. Mos de jovens e daqueles que os acompanham na caminhada para a construo do projeto de vida.

    Ele foi pensado, tambm, a partir de outras experincias da Provncia Ma-rista Brasil Centro-Norte: 31 dias com Maria, 31 dias com So Jos e Junho com Champagnat. um subsdio de fundamentao e, mais ainda, de vivn-cia do chamado que, no ms de agosto, somos convidados a retomar.

    A publicao 31 Dias Vocacionais quer ajudar as Unidades Maristas Co-munidades, Colgios, Faculdades, Obras Sociais, Centros de Juventude, entre outros, a refletir diariamente sobre esse aspecto importantssimo na vida de todo cristo: a vocao.

    A proposta de um material dirio, na linguagem juvenil, que sirva de instru-mento para as oraes transmitidas nos equipamentos de som das Unida-des, nas reunies grupais da Catequese, PJM, MChFM, Ncleo Vocacional, equipes, grupos de jovens das comunidades e demais espaos.

    Queremos que ele seja um instrumento de reflexo vocacional e contribua, significantemente, na vida de inmeras pessoas, em especial na dos jovens.

    O Deus da vida, Maria, me das vocaes, e So Marcelino Cham-pagnat nos ajudem na vivncia e partilha da nossa vida, sonhos e vocao.

    Ir. James Pinheiro dos Santos

    Sumrio

  • 8 9

    Tema: Corao aberto para acolher o desejo de Deus em minha vida

    As coisas que acontecem na vida, mesmo as mais simples, tm sentido e significado para cada um de ns. Por exemplo: o abrir os olhos no incio de mais um dia de muito estudo, trabalho, descanso, diverso, namoro, etc. Durante o dia, acontecem coisas e fatos concretos que mexem com os nossos pensamentos, sentimentos, desejos e muitas inquietaes, que chegam ao nosso corao.Podemos fazer analogia com a gua de um rio, que passa. Uma vez que pas-sa, no volta a correr debaixo da mesma ponte. O rio tem um caminho, ou melhor, uma misso a cumprir, que chegar a seu destino: desaguar no mar, matar a sede de muitos animais e pessoas, dar vida a seres que necessitam dele pra viver. Em nossa vida acontecem coisas, que vo e jamais voltam. Outras so desviadas pelas pedras que existem debaixo de nossas pontes. Devemos olhar a gua que passa debaixo da ponte com um olhar diferen-ciado, observando o sentido que existe em tudo isso, e fazer um parale-lo com o sentido que a vida tem. Alm de sentido, a vida tem objetivos, nossos pessoais e de Deus, para cada um de ns. Temos tambm desejo de ser mais, colocando-nos disposio para ajudar as pessoas que ns amamos. Qual o desejo de Deus pra cada um de ns? Ser que no temos misso, sonho, um desejo de Deus a cumprir? Estamos apenas vi-vendo por viver e fazendo o bem por fazer?O desejo de Deus muito ntimo. Ele faz o convite a cada pessoa. Cabe a ns ouvir esse chamado. Chamado a viver, trabalhar, respirar, sentir, falar, namorar, amar, se apaixonar, a ser feliz. Ficai atentos, pois esse convite pode vir a ns de vrias formas e jeitos, e a qualquer momento. S vamos conseguir ouvi-lo se estivermos atentos e de corao aberto.

    Texto iluminativo para orao: Lc 1, 26-38

    Para aprofundar o tema:

    Quais so os seus desejos? Est atento a eles? Diante das coisas que vo acontecendo na sua vida, como vai re-

    agindo? Como est seu corao? Quais so os desejos de Deus para a sua vida? Est de corao

    aberto para acolh-los, como o fez Maria?

    Msica:

    Desejo

    Flvia Wenceslau

    Eu te desejo vida, longa vidaTe desejo a sorte de tudo que bomDe toda alegria ter a companhiaColorindo a estrada em seu mais belo tom

    Eu te desejo a chuva na varandaMolhando a roseira pra desabrocharE dias de sol pra fazer os teus planosNas coisas mais simples que se imaginar

    E dias de sol pra fazer os teus planosNas coisas mais simples que se imaginar

    Eu te desejo a paz de uma andorinhaNo vo perfeito contemplando o marE que a f movedora de qualquer montanhaTe renove sempre, te faa sonhar

    Mas se vier as horas de melancoliaQue a lua to meiga venha te afagarE a mais doce estrela seja tua guiaComo me singela a te orientar

    Eu te desejo mais que mil amigosA poesia que todo poeta esperouCorao de menino cheio de esperanaVoz de pai amigo e olhar de av

    Corao de menino cheio de esperanaVoz de pai amigo e olhar de av

    Orao:

    Senhor da vida, ajuda-nos a ir sempre, em busca daquilo que tu queres de mim. Senhor! Conserva em mim guas puras que sempre esto em busca de encontros. Senhor! D-me um corao puro e bondoso, semelhante ao de Maria, para sempre dizer Sim ao que tu queres de mim.

    8 9

    Dia1

  • 10 11

    Tema: Deus age por intermdio do amor!

    Toda pessoa que j passou pela experincia de apaixonar-se, sabe que esse acontecimento modificou a vida em algum aspecto.

    O amor nos faz enxergar o mundo de outra forma. medida que nos abrimos para ele, somos capazes de ver o outro como ser de sentimen-tos; e o melhor ainda: podemos ser recprocos, deixarmo-nos ser ama-dos tambm. O amor inerente ao ser humano. algo que nos transforma, mexe com nossa estrutura. difcil descrever a experincia de apaixonar-se; faltam-nos palavras. Muitos apaixonados preferem traduzir seus sentimentos por meio de msicas, poesias...Tambm pode acontecer de estarmos apaixonados sem sabermos. Mas algumas reaes, porm, podem nos sinalizar. Por exemplo, ao ver ou pensar na pessoa amada, o gostinho bom que vem boca, batidas mais aceleradas do corao, frio na barriga, pernas bambas.Que ama alegra-se no encontro com a pessoa amada; o tempo passa sem que ambos percebam. E, mesmo depois de muito tempo juntos, vem o sentimento de que foi pouco, a sensao de no ter dito tudo o que esta-va no corao...Quem ama sente saudade. Quando estamos distantes da pessoa amada, sentimos sua falta, vontade de estar junto, de ver. A relao de amor uma relao de bem querer; a pessoa que ama, luta pela felicidade da ou-tra. Deus age por intermdio do amor. Toda experincia de amor expe-rincia de Deus. Deus amor, arrisquemos viver por amor. Deus amor, Ele afasta o medo! (Mantra).Desde a nossa criao Deus vem nos modelando com seu amor, assim como podemos rezar em Jr 18, 1-6; Como barro nas mos do oleiro, as-sim est a sua vida em minhas mos. E depois de nos modelar, sopra em nossas narinas o sopro de vida.Necessitamos do amor gape, de nos relacionarmos com Deus. A partir dessa experincia, somos capazes de sentir Deus presente na realidade. O amor de Deus est em ns, e cabe a cada um dar espao para que ele realize sua graa.

    Texto iluminativo para a orao: 1Jo 4,17-21

    Para aprofundar o tema:

    Que sentimentos a experincia de amar suscita em voc? Como amar e deixar-se amar? Como voc se relaciona com

    quem o ama? Quais os sinais presentes do amor Deus em sua histria, em sua

    vida?

    Msica:

    Caminho das guas

    Maria Rita

    Leva no teu bumbar Me leva Leva que quero ver meu pai Caminho bordado f Caminho das guas Me leva que quero ver Meu pai...

    A barca segue seu rumo lenta Como quem j no Quer mais chegar Como quem se acostumou No canto das guas Como quem j no Quer mais voltar...

    Os olhos da morena bonita Agenta que t chegando j Na roda conta com o seu Ouvir a zabumba Me leva que quero ver Meu pai...

    Leva no teu bumbar Me leva Leva que quero ver meu pai

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    Caminho bordado f Caminho das guas Me leva que quero ver Meu pai...

    A barca segue seu rumo lenta Como quem j no Quer mais chegar Como quem se acostumou No canto das guas Como quem j no Quer mais voltar...

    Os olhos da morena bonita Agenta que t chegando j Na roda conta com o seu Ouvir a zabumba Me leva que quero ver Meu pai...

    Leva no teu bumbar Me leva Leva que quero ver meu pai Caminho bordado f Caminho das guas Me leva que quero ver Meu pai...

    Orao:

    Senhor, Deus de amor, queremos hoje te bendizer, pelo teu imenso amor, que graa em nossa vida. Quando tu nos criaste, sopraste em ns o sopro da vida, e assim o teu Esprito passou a habitar nosso ser, por isso podemos encontrar-te em nossa intimidade. Ajuda-nos a cultivar o amor que tu depositaste em nosso corao. Que ns possamos ser sinais dele para o mundo e as pessoas. Amm.

    Dia2

  • 12 13

    Tema: Experincias que permeiam a vida

    Dizem por a que experincia um conjunto de reaes afetivas que as pessoas tm quando veem ou interagem com algo ou algum. Para ou-tros, experincia o mesmo que lanar-se, conhecer buscando desco-brir, por exemplo, se uma opo feita boa ou ruim.Existe tambm aquela experincia exigida quando voc procura um tra-balho, ou seja, o tempo gasto no exerccio de uma determinada funo, que revela se voc tem aptido para realizar alguma tarefa. E, ainda, aque-la que queremos saber se algum alimento bom ou no, a experincia de saborear alguma coisa profundamente.Infelizmente na busca do xito nas experincias, muitas vezes somos pa-ralisados pelo medo. Ele nos faz desistir de algo sem pelo menos termos tentado. Gera dvida e no nos permite realizar o que planejamos. Ainda, nos ilude fazendo-nos achar que somos limitados ou incapazes, deixando-nos infelizes e a lamentar pelo que no conseguimos fazer.Certa vez, um rapaz optou por fazer uma experincia religiosa com os Irmos Maristas, mas ele tinha muito medo. A pessoa que o estava aju-dando no discernimento, vendo que o rapaz estava inseguro para entrar na vida religiosa, disse: Entre, faa a experincia, l voc vai descobrir se dar conta ou no! preciso ir l, saborear, vivenciar essa possibilidade para que voc possa optar. No d para desistir sem antes ter experimen-tado!. Na vida temos que abrir mo de nossos medos em alguns momentos e, assim, deixar que nossas limitaes sejam superadas. O primeiro passo sempre importante e somos ns que temos de realiz-lo. Somos os res-ponsveis por lutar pelo que queremos e, quando queremos de verdade, conseguimos.

    Texto iluminativo para orao: Ex 3, 1-14;

    Para aprofundar o tema:

    Para voc, o que experincia? Que sentimentos voc tem quando se depara com novas experincias?Qual foi a experincia mais surpreendente que voc j teve na vida?

    Msica:

    Coisas Que Eu Sei

    Danni CarlosEu quero ficar perto De tudo que acho certo At o dia em que eu Mudar de opinio A minha experincia Meu pacto com a cincia Meu conhecimento minha distrao...

    Coisas que eu sei Eu adivinho Sem ningum ter me contado Coisas que eu sei O meu rdio relgio Mostra o tempo errado Aperte o Play...

    Eu gosto do meu quarto Do meu desarrumado Ningum sabe mexer Na minha confuso o meu ponto de vista No aceito turistas Meu mundo t fechado Pra visitao...

    Coisas que eu sei O medo mora perto Das idias loucas Coisas que eu sei Se eu for eu vou assim No vou trocar de roupa minha lei...

    Eu corto os meus dobrados Acerto os meus pecados Ningum pergunta mais Depois que eu j paguei Eu vejo o filme em pausas Eu imagino casas

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    Depois eu j nem lembro Do que eu desenhei...

    Coisas que eu sei No guardo mais agendas No meu celular Coisas que eu sei Eu compro aparelhos Que eu no sei usar Eu j comprei...

    As vezes d preguia Na areia movedia Quanto mais eu mexo Mais afundo em mim Eu moro num cenrio Do lado imaginrio Eu entro e saio sempre Quando t a fim...

    Coisas que eu sei As noites ficam claras No raiar do dia Coisas que eu sei So coisas que antes Eu somente no sabia... Coisas que eu sei As noites ficam claras No raiar do dia Coisas que eu sei So coisas que antes Eu somente no sabia...

    Agora eu sei... Agora eu sei... Agora eu sei... Ah! Ah! Agora eu sei... Ah! Ah! Agora eu sei... Ah! Ah! Agora eu sei... Ah! Ah! Eu sei!

    Orao:

    Senhor Deus, obrigado por estar comigo nos momentos de medo, de dificuldades e de superaes. Escuta-me do mesmo modo que escutas-te a Moiss, igual a um pai que escuta o filho, e o atendeste, sobretudo por que era um pedido feito em nome de um povo, possibilitando-lhe o crescimento e a certeza de que, a partir daquele momento, poderia contar sempre contigo. Estando tambm contigo Senhor, tenho certeza de que po-derei fazer qualquer experincia, pois tu tambm estars: aconselhando-me, dando-me fora e sendo meu amigo. Obrigado pela vida, pelas experincias que j tive, e conto contigo para ser luz naquelas que ainda viro.

    Dia3

  • 14 15

    Tema: Crise, oportunidade de crescimento

    Quem que nunca se viu desesperado diante de algumas situaes? Quem nunca se viu dividido entre diversas possibilidades sem saber qual escolher? Ainda, quem nunca se fechou no quarto, chateado, inseguro, angustiado, muitas vezes sem saber o porqu? Quem nunca chamou de crise uma dessas situaes?Na vida nem tudo acontece da forma que imaginamos ou sonhamos. H situaes que geram desconforto na busca constante que fazemos pela nossa felicidade. Esses momentos em que rompemos o nosso equilbrio so chamados de crise. Parece que as crises surgem, com enorme intensidade, na etapa da juven-tude. Por ser uma fase de escolhas, o jovem tem alguns conflitos internos e, com isso, passa a ser um tempo difcil de tomar decises.Devemos admitir que temos dificuldade em lidar com as crises, seja em que idade for. Elas so questes muito particulares e variam de pessoa para pessoa. Contudo, uma coisa podemos afirmar: ningum passa ileso neste processo; h sempre mudana. No tem como sair, do mesmo jeito que se entrou.As crises nos possibilitam fazer uma reflexo da nossa vida, da nossa his-tria, de nossas opes. Puxam-nos para o cho da realidade, a fim de nos fazer ver, por outro prisma, o caminho que estamos traando. Tambm podem nos paralisar, nos tirar da realidade e no permitir que demos os passos necessrios para sair do lugar. Tudo depende da forma como nos relacionamos com as crises, de como as enfrentamos.As crises so parecidas com tneis escuros cortando a estrada, noite, num carro sem faris. Mesmo sendo desconfortvel e causando medo, s teremos a alegria de vislumbrar o outro lado da situao ou do tnel se continuarmos. Permanecer parado no nos permite sair do lugar, ficar estagnado na crise, na escurido, sem possibilidades de vislumbrar o ou-tro lado da situao, do tnel.Portanto, para alcanarmos nosso porto seguro, passaremos por vrias crises, sendo complexas para aqueles que as enfrentam pela primeira vez e desconfortveis para os que se encontram a caminho do autoconhe-cimento. Precisamos ter claro que, ao fazermos a travessia de um tnel escuro, estaremos prontos para enfrentar outros que venham a surgir, a qualquer momento.

    Texto iluminativo para orao: Mt 26,36-46

    Para aprofundar o tema:

    Por que somos levados a entrar em crise?Com quem voc conta nos momentos de crise?O que as crises trazem de ensinamentos para a sua vida?

    MsicaLanterna Dos Afogados

    Os Paralamas do Sucesso

    Quando t escuro E ningum te ouve Quando chega a noite E voc pode chorarH uma luz no tnel Dos desesperados H um cais de porto Pra quem precisa chegarEu estou na lanterna dos afogados Eu estou te esperando V se no vai demorarUma noite longa Pra uma vida curta Mas j no me importa Basta poder te ajudar E so tantas marcas Que j fazem parte Do que eu sou agora Mas ainda sei me virarEu t na lanterna dos afogados Eu t te esperando V se no vai demorar

    Orao:

    Deus da vida, ajuda-nos a purificar nossas atitudes e a maneira de ver os momentos de crise, passando de algo que nos destri e nos leva ao abis-mo para a possibilidade de crescimento. Ajuda-nos a ver teu Filho Jesus superando as crises internas e as dvidas existenciais para que, a exem-plo dele, tambm possamos saber viver as nossas. Que diante de cada momento difcil em nossa vida, vejamos o crescimento e o fortalecimento que adquirimos para nossa dimenso de f. Amm.

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    Dia4

  • 16 17

    Tema: Sonhos, a seiva da vida.

    Uma existncia sem sonhos uma semente sem solo, uma planta sem nutriente. Os sonhos no determinam que tipo de rvore voc ser, mas do foras pra voc entender que no h crescimento sem tempestades, perodos de dificuldades e incompreenses.[...] Brinquem mais, sorriam mais, imaginem mais. Lambuzem-se com a terra dos seus sonhos. Sem terra, a semente no germina. (Augusto Cury)Ao ler o livro O Vendedor de Sonhos e a Revoluo dos Annimos, de Au-gusto Cury, tive a oportunidade de questionar meus sonhos. Conta o livro que, um dia inconformado com a formao e a personalidade dos jovens, o Vendedor de Sonhos invadiu, no final do expediente, uma escola parti-cular de Ensino Fundamental, cujos alunos eram filhos de pais de classe alta e mdia alta.Eram caractersticas prprias da escola: cho de granito, colunas de mr-more, vidros escuros nas janelas e ar condicionado nas salas de aula, e cada aluno tinha seu computador pessoal. Imaginem um ambiente insu-portvel, sem convivncia e lazer.Os alunos, ao ouvirem o sinal, batiam em retirada, pareciam estar em uma priso. Os pais, ao buscarem os filhos, no tinham um minuto a perder. Davam broncas quando se atrasavam. O Vendedor de Sonhos burlou o sistema de segurana, colocou um nariz de palhao, comeou a correr, pular, danar e fazer palhaadas no ptio. Ao ver o maluco na escola, muitas crianas de nove, dez e onze anos se esqueceram de sair e o acompanharam.Dentre toda a brincadeira, ele tirou do bolso uma semente e disse: Se voc fosse uma semente, que tipo de rvore voc gostaria de ser? Feche os olhos e imagine. Cada criana imaginou uma rvore em particular. De-pois de um tempo ele incitou as crianas a meterem as mos no barro e a sujarem a cara.Os pais, ao verem a cena, logo chamaram os seguranas, que com brutali-dade expulsaram o homem da escola. Mas antes disso, Juliana, garota de 9 anos, correu ao encontro dele e gritou: Gostaria de ser uma videira. No forte e bonita como voc. Mas qualquer um pode alcanar seus frutos. Escutando isso, ele disse: Voc ser uma grande vendedora de sonhos.Na medida em que nos tornamos adultos, ficamos surdos em relao a nossa criana interior, essa que sonha com um mundo de possibilidades. J dizia Champagnat: No olhar de uma criana, brota a esperana do amanh. A carta de So Paulo aos Corntios, no captulo 13, diz que, de-pois que nos tornamos adultos, deixamos o que era prprio de criana.Envelhecemos no por causa do tempo, mas porque muitas vezes aban-donamos nossos sonhos. A semente dos sonhos que foi plantada quando criana, s amadurecer se for cultivada.

    Texto iluminativo para orao: 1Cor 13, 1-13

    Para aprofundar o tema:

    Qual a semente dos seus sonhos?Que tipo de rvore voc gostaria de ser?Relendo o texto de 1Cor 13, quais os sonhos de criana que em voc foram calados?

    Msica:

    Certas coisas pra dizer

    Jorge Trevisol

    Vou falar certas coisasQue o corao no dizSe no amar a verdadeE se alma no for feliz que a vida tem certas coisasReservadas s pra depoisQuando a gente se encontrar com outras Que tambm conheceram o amorE no h sentimento escondidoQue no venha provar seu valorUns confundem e outros consolamEles veem pra dizer quem eu sou.

    Vou lembrar outra coisaQue tambm aprendiFechando os olhos da almaE sem querer resistirNo h nada sereno e seguroQue no tenha passado por DeusMesmo quando o caminho escuroH uma luz apontando pro cuBasta olhar como surgem as coisas

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    Onde que elas vo terminarSe o amor quem conduz seu destinoElas so portadoras de paz.

    Tenho enfim outra coisaQue eu no posso esquecerMesmo sem ter certezaMas eu prefiro dizer

    O que eu penso a respeito da vida que um dia ela vai perguntarO que que eu fiz com meus sonhos?E qual foi o meu jeito de amar?O que eu que eu deixei pras pessoas Que no mundo vo continuar?Pra que eu no tenha vivido a toaE que no seja tarde demais

    Orao:

    Senhor, Deus dos sonhos, que sonhaste a criao, ajuda-me a ouvir a criana sonhadora que vive dentro de mim. D-me condies para con-tinuar a cuidar dessa planta que tem como base meus sonhos, para que eles possam amadurecer a cada dia, e que sejam sinais do teu chamado em minha vida. Amm.

    Dia5

  • 18 19

    Tema: Cativar e ser cativado

    Diz uma bela cano que uma palavra to linda, j quase esquecida me fez.... Como belo sentir que temos a capacidade de cativar o outro. Seja ele algum que no conhecemos ou aqueles com os quais j temos con-tato. uma experincia muito boa. Tudo isso que associamos ao termo cativar vem da capacidade de amarmos nosso semelhante.Conta uma histria:

    (...) Vem brincar comigo - props o prncipe - Estou to triste...- Eu no posso brincar contigo, disse a raposa. No me cativaste ainda.- Ah! Desculpa, disse o principezinho.Aps uma reflexo, acrescentou:

    - O que quer dizer cativar?- Tu no s daqui, disse a raposa. Que procuras?- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?- uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laos...

    - Criar laos?- Exatamente. Tu no s para mim seno um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu no tenho necessidade de ti. E tu no tens necessi-dade de mim. Mas, se tu me cativas, ns teremos necessidade um do outro. Sers pra mim nico no mundo. E eu serei para ti a nica no mundo...A partir do dilogo entre o Pequeno Prncipe e a raposa, na obra do Antoi-ne de Saint-Exupry, percebemos que o ato de cativar algo importante em nossas relaes. uma responsabilidade que temos com as pessoas que esto ao nosso lado, com quem dividimos nossas tristezas e alegrias, sofrimentos e esperanas. Criar laos implica deixar de ser mais um para se tornar algum especial. se tornar nico, amado! Num outro trecho da histria, a raposa diz ao Prncipe: que quem cativa al-gum torna-se responsvel por ele. Por isso, a dinmica de cativar e ser cati-vado perpassa por esse caminho da responsabilidade consigo mesmo e com o outro. Somos chamados por Deus e devemos ter o corao disponvel para estabelecer laos com os outros, com Deus e com toda a criao.

    Texto iluminativo para orao: Jo 15, 7-16a

    Para aprofundar o tema:

    O que tem feito para cativar o seu semelhante?Como acontecem as suas relaes de amizade?Nas relaes, voc quer ter amigo ou ser amigo? Por qu?

    MsicaPra Voc Guardei o Amor

    Nando Reis

    Pra voc guardei o amor Que nunca soube dar O amor que tive e vi sem me deixar Sentir sem conseguir provar Sem entregar E repartirPra voc guardei o amor Que sempre quis mostrar O amor que vive em mim vem visitar Sorrir, vem colorir solar Vem esquentar E permitirQuem acolher o que ele tem e traz Quem entender o que ele diz No giz do gesto o jeito pronto Do piscar dos clios Que o convite do silncio Exibe em cada olharGuardei Sem ter porque Nem por razo Ou coisa outra qualquer Alm de no saber como fazer Pra ter um jeito meu de me mostrarAchei Vendo em voc E explicao Nenhuma isso requer Se o corao bater forte e arder No fogo o gelo vai queimarPra voc guardei o amor Que aprendi vendo meus pais O amor que tive e recebi E hoje posso dar livre e feliz Cu cheiro e ar na cor que arco-ris Risca ao levitarVou nascer de novo Lpis, edifcio, tevere, ponte Desenhar no seu quadril Meus lbios beijam signos feito sinos

    18 19

    Trilho a infncia, tero o bero Do seu larGuardei Sem ter porque Nem por razo Ou coisa outra qualquer Alm de no saber como fazer Pra ter um jeito meu de me mos-trarAchei Vendo em voc E explicao Nenhuma isso requer Se o corao bater forte e arder No fogo o gelo vai queimarPra voc guardei o amor Que nunca soube dar O amor que tive e vi sem me dei-xar Sentir sem conseguir provar Sem entregar E repartirQuem acolher o que ele tem e traz Quem entender o que ele diz No giz do gesto o jeito pronto Do piscar dos clios Que o convite do silncio Exibe em cada olharGuardei Sem ter porque Nem por razo Ou coisa outra qualquer Alm de no saber como fazer Pra ter um jeito meu de me mos-trarAchei Vendo em voc E explicao Nenhuma isso requer Se o corao bater forte e arder No fogo o gelo vai queimar

    Orao:

    Deus de amor, d a cada um de ns a graa de amar nosso semelhan-te como teu Filho Jesus nos amou. Abre o nosso corao para que os acolhamos sempre com alegria e simplicidade. Abenoa o teu povo aqui reunido. Por Cristo Nosso Senhor, Amm!

    Dia6

  • 20 21

    Tema: Famlia, lugar da presena de Deus

    Na educao de nossos filhos, todo exagero negativo. Responda-lhe, no o instrua. Proteja-o, no o cubra. Ajude-o, no o substitua. Abrigue-o, no o esconda. Ame-o, no o idolatre. Acompanhe-o, no o leve. Mostre-lhe o perigo, no o atemorize. Inclua-o, no o isole. Alimente suas espe-ranas, no as descarte. No exija que seja o melhor, pea-lhe para ser bom e d exemplo. No o mime em demasia, rodeie-o de amor. No o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo. No fabrique um caste-lo para ele, viva todos com naturalidade. No lhe ensine a ser, seja voc como quer que ele seja. No lhe dedique a vida, viva todos. Lembre-se de que seu filho no o escuta, ele o olha. E, finalmente, quando a gaiola do canrio se quebrar, no compre outra... Ensina-lhe a viver sem portas. (Eugnia Puebla)

    A famlia sempre um espao bom. Desde criana, aprendemos de nos-sos pais um pouco das experincias que eles tiveram. Mas, cada um de ns dar continuidade a esses ensinamentos iniciados no bero familiar, na medida em que formos vivendo.Os momentos que vivemos como criana formam um perodo muito pro-missor, que servir como alicerce de uma educao para toda a vida.Algumas vezes, podemos ouvir: esse rapaz igualzinho me, ou; ele tem o sorriso, atitudes e jeitos do pai. Na verdade, isso que realmente acontece, somos influenciados pelo meio em que vivemos e, quando con-vivemos com outras pessoas, adquirimos delas, modos de falar, atitudes e at brincadeiras. Na famlia a mesma coisa, com mais intensidade, no entanto, a ela estamos ligados por laos que vo alm do contato com outras pessoas: o lao familiar. E, por isso, eles sero nossa referncia por toda a vida. Isso no se esgota no simples fato de sermos o que eles (os pais) quiserem. Ao desenvolver nossas personalidades, seremos tambm responsveis por traar planos para pensarmos que tipo de pessoas nos queremos tornar, e o desejo dos nossos pais vai se finalizando nesta eta-pa, quando os filhos comeam a se tornar independentes.

    Certa vez, o coordenador de um grupo de jovens, ao acompanhar um grupo que estava comeando os encontros, ouviu uma moa de 15 anos queixando-se do relacionamento que mantinha com a me. A jovem no conseguia entender por que sua me pegava-lhe tanto no p, no a dei-xava namorar, ficar com as amigas at muito tarde na rua, e no confiava nela. Angelina dizia, A minha me antiquada, parece que ela no evo-luiu. O coordenador, ouvindo a fala da garota, disse: Angelina, s vezes, ns cobramos muito de nossos pais, queremos que eles sejam pessoas ideais, ainda mais quando os comparamos a outros modelos existentes. Contudo, ns temos de ter a sensibilidade de perceber que a maioria dos pais, e os nossos tambm, no tiveram a formao e o acesso aos meios de comunicao, que ajudam a propagar conhecimento apurado das no-vas realidades. No seria interessante ns, que temos essas informaes, conversarmos com nossos pais sobre seus posicionamentos? Ns no podemos cobrar do passado as ferramentas que temos hoje. Ento, se ns queremos o diferente em nossas relaes, vamos procurar transform-las. A garota foi para casa com aquele questionamento e resolveu p-lo em prtica, e seu relacionamento com os pais em especial sua me, aos

    poucos foi se transformando. Assim, encontrou em sua me uma grande amiga. comum nossos pais, principalmente na fase de nossa adolescncia, te-rem um sentimento de super proteo em relao aos filhos. Mas eles s querem nosso bem e que sejamos bons filhos. Entretanto, uma relao construda com dilogo, sentimento e confiana, que as pessoas vo adquirindo com o tempo e, quando partilham a vida com transparncia. este o desafio em nossa famlia, tem que haver confiana por parte, tanto dos pais quanto dos filhos; do contrrio, o ambiente familiar ficar pe-sado, com discusses constantes. O amor precisa ser superior nos laos familiares, se no tornar-se- um desafio.

    As coisas so executadas com xito quando so construdas em grupo. Que possamos estar unidos tambm, nas nossas relaes familiares, sem-pre evitando os excessos. O equilbrio tem de ser sempre o objetivo, os filhos tambm podem opinar nas intervenes dos pais, mas para isso tero de construir a mesma confiana que adquirimos nas nossas relaes com os amigos. Alm de pais, temos que encontrar neles, amigos com quem sempre poderemos contar.

    Texto iluminativo para orao: Ecl 11, 7-10

    Para aprofundar o tema:

    Como est sendo o relacionamento com os seus pais?Existem situaes de desconforto em sua famlia? Como voc lida com esses momentos?Qual o sentido de famlia que temos hoje, para um mundo contempor-neo?

    Musica:

    Pais e FilhosLegio Urbana

    Esttuas e cofres E paredes pintadas Ningum sabe O que aconteceu...Ela se jogou da janela Do quinto andar Nada fcil de entender...Dorme agora Uuummhum! s o vento L fora...

    Dia7

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    Quero colo! Vou fugir de casa! Posso dormir aqui com vocs Estou com medo, tive um pesadelo S vou voltar depois das trs...Meu filho vai ter Nome de santo Uummhum! Quero o nome mais bonito... preciso amar as pessoas Como se no houvesse amanh Por que se voc parar Pra pensar Na verdade no h...Me diz, por que que o cu azul Explica a grande fria do mundo So meus filhos Que tomam conta de mim...Eu moro com a minha me Mas meu pai vem me visitar Eu moro na rua No tenho ningum Eu moro em qualquer lugar...J morei em tanta casa Que nem me lembro mais Eu moro com os meus pais Huhuhuhu!...ouh! ouh!... preciso amar as pessoas Como se no houvesse amanh Por que se voc pararPra pensar Na verdade no h...Sou uma gota dgua Sou um gro de areia Voc me diz que seus pais No entendem Mas voc no entende seus pais...Voc culpa seus pais por tudo Isso absurdo So crianas como voc O que voc vai ser Quando voc crescer?

    Orao:Senhor Deus, Pai de infinita bondade, que nos doas teu Filho Jesus como aliana de amor na construo do Reino, levas-nos a alimentar esta prtica de doao do amor mtuo para com os nossos familiares, pelos exemplos deixados pelo Cristo irmo, Jesus. Amm.

    Tema: Amizade: um tesouro valioso

    Um amigo fiel uma poderosa proteo: quem o achou, descobriu um tesouro. (Eclo.6,14)

    Vamos tratar neste dia da amizade. E vem a pergunta, o que amizade? Ouvimos alguns chaves ou afirmaes sobre amizade: A verda-deira amizade aquela que o vento no leva e a distancia no separa; Quem tem um amigo tem um tesouro; S feliz quem tem amigos...; Muitos amigos levam para a desgraa, mas existem amigos mais queridos que um irmo (Prov.18,24); O que um amigo? Uma nica alma habitando dois corpos. (Aristteles); No amigo aquele que alardeia a amizade: traficante; a amizade sente-se, no se diz. (Machado de Assis); Amizade ddiva de Deus.Falar de amizade, em amizade geralmente nos remete a pensar em pes-soas, em algum que de uma forma ou outra nos deixou algo, uma re-ferencia, uma palavra, um presente, uma lembrana, deixou saudade e tantas coisas nos faz refletir sobre essa palavra - AMIZADE. Na histria do Pequeno Prncipe uma frase muito conhecida e que nos deixa uma grande reflexo, Tu s eternamente responsvel por aquilo que cativas. O que cativar? Como ser responsvel por algum? Ou alguma coisa? O que essa frase tem haver com amizade? Vejamos como foi a amizade de Jesus com seus seguidores ou apstolos. Amizade dom, ento podemos considerar que Jesus tem o dom de con-quistar, da confiana, do cuidado, de estar ao lado. Alguns sinais da ami-zade de Jesus, com sua me na festa de casamento das Bodas de Can, o companheirismo com os pescadores, a amizade com seu primo Joo Batista, o respeito com Pedro e Judas, o cuidado e carinho que Jesus teve ao lavar os ps de seus discpulos e tantos outros exemplos que podemos ter como referencia de amizade. Falar de amizade ter afinidade, e Jesus tinha afinidade com os seus.

    O texto bblico de Eclesistico nos convida a uma reflexo sobre Amizade: um tesouro valioso. Partilhe este texto tendo como referencia as questes do texto acima e suas experincias de amizade.

    Dia822

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    Texto iluminativo para orao: Eclo 6, 5-17

    Para aprofundar o tema:

    O que amizade para voc?Podemos dizer que amizade dom, afinidade. Como voc est exercitan-do esse dom? Quais os sinais de amizade que voc proporciona no seu dia-a-dia?

    Tema: Cuidar da nossa casa: o planeta

    Somos corresponsveis pela criao que Deus nos deu, o Planeta terra, a nossa casa comum precisa de cuidado, de amor, de preservao para assim continuar viva e manter todas as vidas que fazem parte da natureza. Como nos diz Leonardo Boff:

    A nossa casa comum mostra uma profunda rachadura que a atravessa de cima para baixo. Ela pode ruir. Que tipo de conserto devemos aplicar a ela? Fechamos simplesmente as rachaduras com massa e cal e depois dis-faramos seus sinais com pintura? E se as razes estiveram no fundamento da casa, que se rompeu? No ser unicamente a partir de l que devemos trabalhar e , assim, salvar a casa com tudo o que estiver dentro dela? nessa direo que queremos que a nossa reflexo siga.

    Todos os seres da Terra esto ameaados, a comear pelos pobres e mar-ginalizados. E dessa vez no haver arca de No que salve alguns e deixe perder outros. Ou todos nos salvamos, ou todos corremos o risco de nos perder.H um perigo global, e por isso se faz necessria uma salvao global. Para que ela seja possvel faz-se mister uma revoluo global e uma liber-tao integral. A ecologia quer ser uma resposta a essa questo global, de vida e de morte. Lentamente surge uma cultura ecolgica, de com-portamentos e prticas incorporados na viso do mundo e que tem como efeito mais suavidade e benevolncia na relao para com a natureza, a qual forma conosco um todo orgnico. A natureza no est s fora, mas tambm dentro de ns. Pertencemo-nos mutuamente. Qualquer agres-so Terra significa tambm uma agresso aos filhos e filhas da Terra. (Leonardo Boff - Ecologia, Mundializao e Espiritualidade - Ed. Record, 2008)Esse sem dvida um dos maiores desafios da atualidade, reverter a l-gica de destruio do planeta terra, para uma lgica de preservao. A ausncia de valores humanos e da tica o que est por trs das aes de destruio, de acmulo, de arrogncia e de consumo exacerbado. Feliz-mente, algumas ONGs j conseguiram chamar a ateno da comunidade global para a urgncia de reconstruir o equilbrio ecolgico, de cuidar/salvar o planeta, e de implantar uma nova lgica de convivncia global baseada na cooperao e no cuidado.Somos chamados a refletir e agir no sentido de apontar caminhos que reconstruam e recriem o que por longos anos destrumos. Se Deus cria-dor e nos faz a sua imagem e semelhana, somos corresponsveis pela criao, por isso, devemos ter sempre atitudes de cuidado com todos os seres viventes que compe a nossa casa comum. Cabe a ns decidir por onde queremos caminhar.

    Texto iluminativo para orao: Gen 1, 24-31. Para aprofundar o tema: Na criao, Deus nos presenteou com grande jardim, o Planeta, e nos es-colheu seus jardineiros para cuidar. Em sua opinio, por que no cuida-mos desse jardim como deveramos?

    Dia9

    Msica:

    Cano da AmizadeChitozinho e XororA terra precisa da chuva A rosa precisa do espinho Ningum pode existir nesse mundo Vivendo sozinhoUm amigo uma jia to rara No se encontra em qualquer lugar um tesouro guaradado na alma De quem sabe amarNa alegria quando pra sorrir Na tristeza quando pra chorar Um amigo a fora que leva voc a lutar

    No momento em que a solido Faz silncio no seu corao Sempre existe um amigo Trazendo carinho nas mosRefro: Somos amigos pra valer Amigos sempre vamos ser E entre ns no pode haver Nenhum perigoSomos amigos pra valer Por toda vida at morrer E quem dvida pode ver Somos amigos

    Orao:

    Deus da Aliana. D-nos amor e compreenso entre ns. Que a paz e a amizade sejam nossa fora nas tempestades da vida! Faze que ningum alimente no corao o dio contra ns e ns no tenhamos dio a nin-gum, pois tu s nossa paz, hoje e sempre! Amm! (Ofcio da Juventude)

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    Que sinais denunciam que a Terra est em destruio; que sinais anun-ciam que ela comea a se recuperar? Que compromisso voc pode assumir hoje e aqui para cuidar e sensibili-zar outras pessoas a tambm cuidarem da nossa casa?

    Tema: A histria se constitui de memria.

    Ningum nasce pronto sabendo de tudo. A histria dada, mas necessita de ser construda nas diversas relaes que erigimos. Quando nascemos herdamos histrias, costumes, hbitos, sentidos e significados, conforme uma determinada cultura. Quando pequeno ouvia meus pais narrarem histrias do tempo em que eles eram crianas, de como se conheceram, como foi o namoro, como foi meu nascimento, sobre as dificuldades da vida que enfrentaram etc. Observava que tais fatos eram narrados sem nenhum registro docu-mentado. A nica ferramenta que permitiu recordar momentos to fortes de nossas vidas foi memria. Hoje temos outros meios eficazes que nos ajudam a situar no es-paotempo. Todavia, a memria ainda mais confivel do que qualquer mquina manipulvel. Ccero, filsofo romano, dizia que a memria di-minui... se no for exercitada. O mesmo diria sobre a histria: a histria diminui... se no for memorizada. Faamos uma rememorao: Onde eu nasci? Quem escolheu o meu nome? Por que esse nome? Que fato marcou a minha vida? Que lu-gar pra mim inesquecvel? Quem foi ou a pessoa mais importante da minha vida? Qual o melhor livro que li? Quem foi o meu primeiro amor? Enfim, so essas e outras recordaes que constituem as nossas histrias de vida e nos fazem ser aquilo que somos. A memria cardeal na constituio da nossa histria. Ela nos sinaliza o que precisamos cuidar e do que necessitamos progredir. Como dizia o sbio Mahatma Gandhi se queremos progredir, no devemos repetir a histria, mas fazer uma histria nova.

    Texto iluminativo para orao: Jr 1, 4-10

    Para aprofundar o tema:

    Qual a importncia da memria em sua histria de vida?O que voc tem feito para cuidar das pessoas que fazem parte da sua histria?Que contribuies voc tem dado para que a histria da humanidade seja mais justa, solidria e sustentvel?

    Dia10 Msica:

    O Sal da terra

    Beto GuedesAnda! Quero te dizer nenhum segredo Falo nesse cho, da nossa casa Vem que t na hora de arrumar...Tempo! Quero viver mais duzentos anos Quero no ferir meu semelhante Nem por isso quero me ferirVamos precisar de todo mundo Pr banir do mundo a opresso Para construir a vida nova Vamos precisar de muito amor A felicidade mora ao lado E quem no tolo pode ver...A paz na Terra, amor O p na terra A paz na Terra, amor O sal da...

    Terra! s o mais bonito dos planetas To te maltratando por dinheiro Tu que s a nave nossa irmCanta! Leva tua vida em harmonia E nos alimenta com seus frutos Tu que s do homem, a ma...Vamos precisar de todo mundo Um mais um sempre mais que dois Pr melhor juntar as nossas foras s repartir melhor o po Recriar o paraso agora Para merecer quem vem depois...Deixa nascer, o amor Deixa fluir, o amor Deixa crescer, o amor Deixa viver, o amor O sal da terra.

    Orao:

    Deus, pai e me de toda a criao, agradecemos por tudo o que crias-te: dos frutos aos filhos da terra, mas tambm pedimos perdo por toda a destruio que causamos por nossa ganncia e nosso individualismo. Ajuda-nos a partilhar o que temos com equilbrio e sabedoria e sem des-perdcio. Queremos hoje nos comprometer com a preservao de tudo o que criaste, para que voltemos a conviver harmoniosamente com toda a natureza. Que a solidariedade e o respeito sejam os princpios que orien-taro todas as nossas aes de cuidado com o meio ambiente, pois cui-dando da vida que estaremos cuidando de todo o universo. Amm, Ax, aleluia, Auer.

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    Msica:

    A ListaOswaldo Montenegro

    Faa uma lista de grandes amigos Quem voc mais via h dez anos atrs Quantos voc ainda v todo dia Quantos voc j no encontra mais...Faa uma lista dos sonhos que tinha Quantos voc desistiu de sonhar! Quantos amores jurados pra sempre Quantos voc conseguiu preservar...Onde voc ainda se reconhece Na foto passada ou no espelho de agora? Hoje do jeito que achou que seria Quantos amigos voc jogou fora?Quantos mistrios que voc sondava Quantos voc conseguiu entender? Quantos segredos que voc guardava Hoje so bobos ningum quer saber?Quantas mentiras voc condenava? Quantas voc teve que cometer? Quantos defeitos sanados com o tempo Eram o melhor que havia em voc?Quantas canes que voc no cantava Hoje assobia pra sobreviver? Quantas pessoas que voc amava Hoje acredita que amam voc?

    Orao:

    Senhor nosso Deus, fonte de eterna misericrdia, sabemos que a histria se constitui de memria. Ilumine atravs do Esprito Santo a nossa me-mria, para que jamais nos esqueamos da vossa bondade com a nossa histria de vida. Agradecemos pela ddiva da vida e pedimos que nos fortalea na misso de tornar seu Filho Jesus Cristo conhecido e amado. Amm.Vocacional

    Tema: A nossa vocao um Caminho a ser percorrido

    Deus nos chama a discernir nossa vocao, uma vocao de amor, de en-contro com o outro, de cuidado, de afeto, de carinho, de paz, de solidarie-dade, de realizao pessoal e comunitria, de vida e de total despojamen-to para misso, esse o caminho que devemos seguir para contribuirmos com um mundo melhor. A Cada dia, nos deparamos com uma nova jornada, que se d nessa ca-minhada que a vida. Somos sempre convidados a dar passos e a estar atentos ao que acontece ao nosso redor, pois podem ocorrer fatos signifi-cativos que influenciaro, mais adiante, nosso ser e as nossas tomadas de decises. possvel afirmar que o convite caminhada vem com vrios ques-tionamentos que nos interpelam diariamente ou com certa frequncia. Na maioria das vezes, envolvem assuntos como: estudo, emprego, namoro e outras coisas que nos chamam a constituir um caminho. Em certos momentos, por influncia do contexto que vivemos, nos falta pacincia no processo, uma vez que esperamos um resultado ime-diato em tudo que fazemos e no damos conta de viver o percurso que tambm importante. Somos convidados a fazer caminho e procurar, assim, sermos melhores, estando atentos para perceber que o prprio Cristo caminha conosco, e nos chama a algo maior do que simplesmente viver: viver de maneira intensa qualquer opo de vida que faamos.

    Texto iluminativo para orao: Lc 24, 13-35.

    Para aprofundar o tema:

    Quando est caminhando, voc tem a sensibilidade de perceber o que est margem do caminho? E na sua vida?Voc vive intensamente os momentos de sua vida ? Consegue perceber a presena de Cristo na sua caminhada? Como?

    Dia11

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    Msica:

    Por onde andei

    Nando Reis

    Desculpe Estou um pouco atrasado Mas espero que ainda d tempo De dizer que andei errado E eu entendoAs suas queixas to justificveis E a falta que eu fiz nessa semana Coisas que pareceriam bvias At pra uma crianaPor onde andei Enquanto voc me procurava? Ser que eu sei Que voc mesmo Tudo aquilo que me faltava?Amor, eu sinto a sua falta E a falta a morte da esperana Como um dia que roubaram o seu carro Deixou uma lembranaQue a vida mesmo Coisa muito frgil Uma bobagem Uma irrelevncia Diante da eternidade Do amor de quem se ama

    Tema: A busca pelo que essencial

    No livro de Antoine de Saint-Exupry, O Pequeno Prncipe, o segredo da vida muito simples: s se v bem com o corao. O essencial invisvel aos olhos. O convite tentador, voc topa?Vivemos, a todo momento, buscando a to difcil e desafiadora felicida-de. Achamos que, ao encontr-la, chegaremos a um fim, que possu-la. Nossa tendncia achar que isso, ou esse fim, o essencial de nossa vida.

    Nas reunies de grupo, em que so abordados temas relacionados ao crescimento humano, podemos ouvir: O que voc quer ser quando cres-cer? E dentre as respostas, mesmo variadas, sempre existe uma que se destaca: quero ser feliz. Est certo quem responde dessa forma, pois o objetivo da vida o de sermos felizes, e para isso que Deus nos criou, no verdade? Mas bem verdade tambm, que nunca seremos felizes constantemente nessa vida.No existe frmula para felicidade, mas existem ingredientes: as virtudes, alegria e simplicidade que juntas com a reflexo e o desejo de ser, tor-nam-na mais sentida no cotidiano. Mas afinal o que essencial em nossas vidas? Alguns podero responder que constituir uma famlia, outros que ter um bom emprego, e outros ainda, que ter um carro. Porm, h tambm quem diga que o essencial est no que sentimos e no no que vemos ou tocamos.Estamos sempre procurando o amor ideal, as pessoas ideais, amigos ide-ais, mas quase no procuramos ser a pessoa ideal para os outros, no mergulhamos em nossos sentimentos, em nossas dificuldades, em nosso ser. Como iremos amar os outros se no conseguimos amar a ns mes-mos?Quando comearmos a mergulhar em nossa personalidade, no eu pes-soal, comearemos a descobrir de verdade o que a felicidade. Fazendo isso iremos alm do que vemos ou tocamos; descobriremos que o essen-cial invisvel aos olhos, e que precisamos dos outros para concretiz-la. Na verdade, as pessoas mais felizes so aquelas que veem com o corao.

    Texto iluminativo para orao: Mt 19, 16-22

    Para aprofundar o tema: Tem procurado o essencial nas outras pessoas? O que essencial nas pessoas?Est gastando tempo com voc, com seus sentimentos, com seus amigos? O que isso faz voc refletir?

    Em sua vida o que est sendo essencial? E o que voc est buscando, percebe que deixa voc feliz?

    Dia12

    Por onde andei Enquanto voc me procurava? E o que eu te dei? Foi muito pouco ou quase nada E o que eu deixei? Algumas roupas penduradas Ser que eu sei Que voc mesmo Tudo aquilo que me faltava?Amor, eu sinto a sua falta E a falta a morte da esperana Como um dia que roubaram o seu carro Deixou uma lembranaQue a vida mesmo Coisa muito frgil Uma bobagem Uma irrelevncia Diante da eternidade Do amor de quem se amaPor onde andei Enquanto voc me procurava? E o que eu te dei? Foi muito pouco ou quase nada E o que eu deixei? Algumas roupas penduradas Ser que eu sei Que voc mesmo Tudo aquilo que me faltava?

    Orao:

    Senhor, que nas propostas de caminho apresentadas a mim, eu consiga escolher aquela que faz arder meu corao. Que eu consiga caminhar percebendo o que est margem, valorizando todo o percurso, e no somente o lugar onde quero chegar. Que eu possa perceber e permitir que Jesus tambm faa caminho comigo e que a sua companhia reflita, e me ajude, em todas as minhas decises. Amm.

  • 32 33

    Msica:

    Caador de mim

    Milton Nascimento

    Por tanto amor Por tanta emoo A vida me fez assim Doce ou atroz Manso ou feroz Eu, caador de mimPreso a canes Entregue a paixes Que nunca tiveram fim Vou me encontrar Longe do meu lugar Eu, caador de mimNada a temer seno o correr da luta Nada a fazer seno esquecer o medo Abrir o peito a fora, numa procura Fugir s armadilhas da mata escuraLonge se vai Sonhando demais Mas onde se chega assim Vou descobrir O que me faz sentir Eu, caador de mim

    Orao:

    Senhor, obrigado pela vida, pelos amigos e pessoas com quem posso contar.Assim como o jovem rico procurou-o para conversar, tambm quero ter mais momentos contigo. Ajuda-me a amar verdadeiramente as pessoas e a mim mesmo. Que eu descubra o que essencial em minha vida e auxi-lia-me a promover momentos de felicidade entre as pessoas. Amm.

    Tema: Discernimento, caminho de escolhas e hori-zontes

    Numa manh tranquila, um amigo saiu de casa para visitar o irmo. Ele j havia percorrido um longo caminho quando percebeu que no seu itine-rrio existia uma bifurcao. E agora que caminho seguir? sua frente, estavam dois caminhos que o levariam casa do irmo. Um era longo e isso lhe permitia contemplar, durante o percurso, a beleza da natureza exuberante; o outro, um atalho, reduzia o tempo da viagem, mas neste caminho no tinha muito o que contemplar.Quando falamos para o pblico juvenil sobre discernimento, estamos fa-lando sobre as escolhas que fazemos no decorrer da nossa caminhada. Mas, para o discernimento acontecer, ele deve partir do prprio jovem, com o desejo e o querer pessoal de trilhar determinada via de acesso para elaborao de um projeto de vida, uma vez que pretendemos chegar realizao pessoal.No fcil fazermos escolhas, pois iremos optar entre duas coisas boas para o caminho que pretendemos seguir. Temos que abrir mo de uma das opes. Assim, para o discernimento acontecer, j que parte daquilo que queremos, ser preciso fazer instantes de silncio e reflexo sobre aquilo que desejo, para uma deciso mais acertada.Mas, vale ressaltar, que alguns jovens se perdem ao longo do caminho e precisam voltar para seguir, quem sabe, outro caminho ou refazer o mes-mo com um olhar diferente, considerando os erros cometidos.Portanto, quando trilharmos caminhos desejados, temos que nos pergun-tar: Esse caminho escolhido ser um meio ou um fim para aquilo que de-sejo? Respondendo a esta pergunta, ser possvel ento dar sequncia caminhada do discernimento.Na caminhada chega um momento em nossa vida, no qual percebemos que deixamos de ser infantis e nos tornamos pessoas adultas. Sentimos nesta etapa a capacidade de responder alguns questionamentos diante daquilo que vem amadurecendo em vista do discernimento. Deus quem chama cada um para uma vocao particular, atravs de um processo de discernimento. O discernimento nos levar a uma instncia crtica sobre o horizonte a percorrer, uma autenticidade na opo do caminho que pretendemos se-guir. Portanto, sabendo que ao discernir, estaremos em uma caminhada de amadurecimento e escolhas significativas para um bom crescimento...

    Texto iluminativo para orao: Lc 24, 13 - 35

    Dia13

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    Para aprofundar o tema:

    Que sentimentos esse texto provoca em voc?Quais caminhos tenho trilhado para favorecer meu discernimento voca-cional?A partir das reflexes do tema, quais posturas devo assumir em meu ca-minho vocacional?

    Tema: O Sentido da vida.

    O maior desafio do ser humano dar um sentido verdadeiro vida. Voc j deve ter se perguntado: de onde vim e para onde vou? Somos seres in-completos, caminhamos para algo que nos complete, assim procuramos preencher os vazios que fazem parte da nossa existncia. Como nos diz Fernando Sabino:

    De tudo ficam trs coisas: a certeza de que estamos sempre comeando, a certeza que preciso continuar e a certeza que podemos ser interrom-pidos antes de continuarmos. Fazer da interrupo um caminho novo, da queda um passo de dana, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro. E assim ter valido a pena existir. (Fernando Sa-bino)S que na sociedade criamos diversos sinais e estruturas de morte que impedem a vida. crescente o individualismo, consolidado pelo capita-lismo, e a ausncia de sentido, alimentada no consumismo desenfreado. So as principais escravides do mundo contemporneo, que ditam: para sermos felizes preciso ter, consumir mais e mais.Em um encontro ouvi a parbola do homem de corao vazio, que pode nos ajudar a pensar o sentido da vida. mais ou menos assim:

    Havia um homem rico, que gastou sua vida em construir seu patrimnio, era casado e j tinha todos os filhos criados. Certo dia percebeu que no era feliz, sentia um enorme vazio em seu corao. Ento certo de que ain-da poderia encontrar a felicidade, resolveu rodar o mundo. Ele conheceu vrios lugares e pessoas, deu a volta ao mundo, mas nunca se sentiu reali-zado. At que um dia resolveu subir uma montanha para ver a paisagem a sua volta. Ao chegar ao topo avistou uma linda fazenda. Bateu uma vonta-de de chegar at aquele lugar. No caminho, na medida em que se aproxi-mava da casa, sentia seu corao arder. Chegando a casa, descobriu que era o lar da sua famlia, de onde ele tinha sado.Moral da histria, o homem precisou sair de si mesmo e dar a volta ao mundo para se encontrar. Ali estava o sentido da sua vida. Muitas vezes como o homem do corao vazio, buscamos o sentido nas coisas de fora, mas na verdade por que no fazemos o encontro conos-co mesmos. Pois as coisas de fora podem nos ajudar a preencher o nosso vazio, mas isso ser momentneo, logo cairemos em outro vazio. A vida s valer a pena se conseguirmos dar sentido ao que estamos vivendo. A vida tem sentido porque foi idealizada e criada por Deus, o primeiro chamado que ele nos fez foi o chamado vida. E a nossa grande primeira resposta o compromisso em viver o projeto de Deus.Jesus d sentido vida, buscando vida para todos: Eu vim para que to-dos tenham vida, e a tenham em abundncia. (Jo 10,10)A parbola do homem de corao vazio faz recordar a parbola do filho prdigo (Lc 15, 11-31). O filho percebe que a sua escolha gerou sua morte, ele reconhece o seu erro e volta para a casa do pai. Este o recebe com alegria: ... meu filho estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado. (Lc 15, 11).Deus alegra-se com o retorno dos seus filhos. Chama-nos a misso de construo do seu Reino, a adeso da proposta de Jesus. E Jesus deu

    Dia14

    Msica:

    Meu ErroOs Paralamas do Sucesso

    Eu quis dizer Voc no quis escutar Agora no pea No me faa promessas...Eu no quero te ver Nem quero acreditar Que vai ser diferente Que tudo mudou...Voc diz no saber O que houve de errado E o meu erro foi crer Que estar ao seu lado Bastaria! Ah! Meu Deus! Era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome No me abandone...Mesmo querendo Eu no vou me enganar Eu conheo os seus passos Eu vejo os seus erros No h nada de novo Ainda somos iguais Ento no me chame No olhe pra trs...

    Voc diz no saber O que houve de errado E o meu erro foi crer Que estar ao seu lado Bastaria! Ah! Meu Deus! Era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome No me abandone jamais...Mesmo querendo Eu no vou me enganar Eu conheo os seus passos Eu vejo os seus erros No h nada de novo Ainda somos iguais Ento no me chame No olhe pra trs...Voc diz no saber O que houve de errado E o meu erro foi crer Que estar ao seu lado Bastaria! Ah! Meu Deus! Era tudo o que eu queria Eu dizia o seu nome No me abandone jamais...No me abandone jamais... (3x)

    Orao:

    Meu Deus, eu te agradeo a oportunidade do discernimento diante de tantos sinais visveis e invisveis que experimento. Dou-te graas pela ca-minhada e pelo chamado particular que tu faz a cada um dos teus filhos e filhas, para a construo do teu Reino de amor.

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    exemplo que vale a pena entregar a vida por esta misso, pois de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se perde o sentido da prpria vida? (Mc 8,36).

    Texto iluminativo para orao: Lc 15, 11-31.

    Para aprofundar o tema:

    Quais encontros voc precisa fazer em sua vida? E com quem?Qual o tempo que voc dedica para pensar na vida?Quais sinais de Deus em sua caminhada te ajudam a dar sentido vida?

    Msica:

    A EstradaCidade NegraVoc no sabe O quanto eu caminhei Pra chegar at aqui Percorri milhas e milhas Antes de dormir Eu nem cochilei Os mais belos montes Escalei Nas noites escuras De frio chorei, ei , ei

    A vida ensina E o tempo traz o tom Pra nascer uma cano Com a f do dia a dia Encontro a soluo Encontro a soluo...Quando bate a saudade Eu vou pro mar Fecho os meus olhos E sinto voc chegar Voc, chegar...Quero acordar de manh Do teu lado E aturar qualquer babado Vou ficar apaixonado No teu seio aconchegado

    Ver voc dormindo E sorrindo tudo que eu quero pra mim Tudo que eu quero pra mim...Quero! Quero acordar de manh Do teu lado E aturar qualquer babado Vou ficar apaixonado No teu seio aconchegado Ver voc dormindo to lindo tudo que eu quero pra mim Tudo que eu quero pra mim...Voc no sabe O quanto eu caminhei Pra chegar at aqui Percorri milhas e milhas Antes de dormir Eu nem cochilei Os mais belos montes Escalei Nas noites escuras De frio chorei, ei , ei

    Meu caminho s meu pai Pode mudar Meu caminho s meu pai Meu caminho s meu pai...

    Orao:

    Deus criador, que ama tudo o que criastes, obrigado pelo dom da vida. Ajuda-nos a viver nosso primeiro chamado na sua totalidade. Que a cada dia possamos dar mais sentido s nossas vidas e sermos perseverantes no seguimento de Jesus, encontrando conosco mesmos, valorizando as pessoas em nossa vida e reconhecendo a sua beleza presente nelas. Que sempre, possamos ser felizes e fazer os outros felizes. Amm.

  • 38 39

    Tema: Ter dvida significa ter possibilidades

    Somos seres humanos, e por isso estamos sempre diante de conquistas, desafios, escolhas e xitos na vida, tudo isso, nos leva a viver a dinmica da dvida que permeia por toda a nossa histria diante das escolhas que fazemos. Como nos diz Irisbel Correia:

    Complicado explicar o verdadeiro significado da dvida. Ela pode estar presente em nossa vida em diversas formas, na questo da prova que no sabemos em qual marcar, em uma trilha que tenha dois caminhos, entre dois doces, ou qualquer outro objeto que queiramos comprar e que no conseguimos decidir entre um ou outro, at mesmo nas cores, no tem uma explicao plausvel para algo que no vemos, apenas sentimos, e com isso a pior das dvidas a que est dentro de ns, no em relao a objetos ou coisas palpveis, mas sim as nossas nsias e desejos, de que-rermos estar com algum, mas que tambm no queiramos deixar a nossa vida para trs, essa dvida mais perturbadora quando no conseguimos entender o que realmente o outro sente, tornando mais difcil tomar uma posio e nesse ciclo de dvidas, acabamos indo de encontro a outra pa-lavra complicada, a escolha, queremos e no queremos, como saber se a escolha tomada foi a mais certa. Isso impossvel, o que torna cada dia, minuto e segundo uma grande aventura, cheia de dvidas e escolhas, e que nunca saberemos se tudo na vida seria diferente se tomssemos o outro caminho. (Irisbel Correia)Em vrios momentos de nossa vida, nos deparamos com situaes que despertam em ns um sentimento, muitas vezes difcil de ser sentido: a dvida.Com esse sentimento, acabamos divididos, pois a dvida existe em con-sequncia das escolhas que fazemos. Quando estamos prestes a tomar uma deciso em meio a uma variedade de opes, ou a resolver algo que apresenta vrios modos de resoluo, estamos, perante a dvida.Na juventude, so constantes os momentos de dvida: nas escolhas dos relacionamentos, das profisses, entre outras. Porm, isso positivo, pois nos possibilita a oportunidade de pensar mais e melhor, podendo perce-ber o que realmente bom pra mim e evitando tomar concluses preci-pitadas.Dessa forma, vlida a preocupao em no deixar que a dvida se trans-forme em medo, uma vez que esses sentimentos no esto muito distan-tes um do outro.Somos convidados a rezar e refletir sobre as dvidas, para que elas no assombrem nossa vida. Quando tivermos oportunidade, possamos expe-rimentar aquilo que achamos que a nossa praia e nos faz bem: deciso ser tomada, de uma forma mais pensada.

    Texto iluminativo para orao: Mt 14, 22-32

    Para aprofundar o tema:

    Quais so suas dvidas hoje?O que voc faz para respond-las?Voc deixa o medo influenciar suas decises?

    Msica:

    Dvidas em mimCatedral

    Se eu deixar a porta aberta e o desejo ento mandar no esquea a luz acesa para amar Mas se tudo der errado e a certeza estagnar Vou ousar at a vida duvidarQuero duvidas em mim Quero duvidar enfim Quero duvidar do nosso amor Quero esquecer de mim Quero me esconder enfim Desaparecer em teus braosSe teus olhos me chamarem no importa onde estiver Te encontrarei sentindo a pulsao Na partida leve e solta De um passaro a voar No sentido livre de uma paixo

    Orao:

    Senhor Deus, diante dos apelos e de tudo que ocorre ao meu redor, que eu possa dar continuidade ao processo de amadurecimento da f, con-fiando no que acredito ser o caminho. Que eu no tenha dvida na cami-nhada ao encontro de Jesus, independente das agitaes que ocorrem ao meu redor; que eu consiga manter os olhos fixos no Mestre e coloc-lo frente de todas as minhas escolhas e aes. Que a f sustente minha vocao. Amm

    Dia15

  • 40 41

    Tema: Projeto de Vida, tua vida em tuas mos

    Em vrios momentos da vida, alguns convites nos so apresentados. Cabe a ns aceita-los ou no. Um dos convites que recebemos aquele que nos chama a cuidar de nossa vida, ou seja, que nos leva a pensar e organizar o nosso modo de ser, para vivermos melhor.Nessa perspectiva, bom tomarmos conscincia de que a vida uma preciosidade, uma riqueza que a ns foi confiada e por isso, cabe a cada um administr-la. O projeto de vida uma maneira de organizar a vida, pondo em pratica essa administrao. Somos convidados a sonhar e for-mar como devemos viver e a partir da ir busca da concretizao des-se sonho. Assim quando organizamos nossa vida e nosso projeto, temos maior capacidade de cuidar do nosso prximo: amigos, familiares e ou-tras pessoas.Projetar tomar conscincia, assumir o controle da histria de vida. dar sentido existncia. Isso uma ousadia nos dias atuais uma vez que te-mos as coisas todas prontas e no somos incentivados a pensar e projetar. Nossa vida deve ser vista de forma diferente; no vale a pena deixar que o existir nos leve; importante termos controle sobre a nossa caminhada.Projetar tambm usar nossos pensamentos, a inteligncia para o segui-mento de um bem maior. Isso exige passos cautelosos e ateno ao que se encontra ao longo dessa caminhada. Convida-nos a fazer algumas re-flexes: quem sou eu? De onde vim? De que gosto?... Isso tudo consciente de minhas potencialidades e limitaes, sabendo quais passos posso dar. A entra a pergunta: onde dou conta de ir?

    Esses questionamentos so importantes para que o projeto no se torne uma iluso; na sua elaborao no devemos ser pessimistas, mas tambm no devemos faz-lo com hipocrisia.Para ns jovens que gostamos de ser autnomos, essa uma oportu-nidade de decidirmos onde queremos ir e de que forma queremos agir para buscar meios e formas para chegarmos a esse lugar. Afinal, somos administradores de nossa vida.

    Texto iluminativo para orao: Lc 4,14-21

    Para aprofundar o tema:

    Diante do que o texto prope, voc j pensou seu Projeto de Vida?Diante do atual momento em que vivemos, o nosso projeto est de acor-do com a vontade de Deus para nossa vida? Que relao voc estabelece entre seu projeto de vida e o projeto de Jesus?

    Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vemS sei que o mundo vai de l pra c Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vem (no vem)S sei que o mundo vai de l pra c Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vemS sei que o mundo vai de l pra c Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vemCada um sabe dos gostos que tem Suas escolhas, suas curas Seus jardins De que adianta a espera de al-gum? O mundo todo reside Dentro, em mimCada um pode com a fora que tem Na leveza e na doura

    Dia16

    Msica:

    Onde IrVanessa da MataEu no sei o que vi aqui Eu no sei pr onde ir Eu no sei porque moro ali Eu no sei porque estouEu no sei pr onde a gente vai Andando pelo mundo Eu no sei pr onde o mundo vai Nesse breu vou sem rumoS sei que o mundo vai de l pra c Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vemS sei que o mundo vai de l pra c Andando por ali Por acol Querendo ver o sol que no chega Querendo ter algum que no vem (no vem)Eu no sei o que vi aqui Eu no sei pr onde ir Eu no sei porque moro ali Eu no sei porque estouEu no sei pr onde a gente vai Andando pelo mundo Eu no sei pr onde o mundo vai Nesse breu vou sem rumoS sei que o mundo vai de l pra c De ser feliz.

    Orao:

    Deus de bondade, obrigado pelo dom da vida que nos destes e por estar sempre presente conosco. Ajudai-nos a caminhar como teus filhos e filhas, que buscam discernir o projeto pessoal de vida em sintonia com a tua vontade, ajudai-nos tambm a termos como maior inspirao teu filho Jesus que nos deu testemunho de um verdadeiro projeto. Amm

  • 42 43

    Tema: A Vida e suas escolhas

    No so os nossos talentos que mostram aquilo que realmente somos, mas sim nossas escolhas... (Joanne Rowling)

    A vida feita de escolhas. Sempre estamos diante de vrias opes e te-mos que escolher uma. E so as nossas escolhas que determinaro quem seremos.Fazer escolha uma tarefa difcil, pois ao optar no campo profissional, por exemplo, pela carreira de engenheiro preciso abrir mo de uma boa carreira de advogado. A mesma coisa acontece no aspecto vocacional. Se fizermos opo pela vida religiosa, no podemos viver como um leigo, casado ou no, e nem como um presbtero.Temos que investir em nossas escolhas, dedicar nossa vida e nosso tem-po. Existem alguns passos que nos podem ajudar em nossas escolhas:

    Ser. Como sou? Gosto de qu? Esse primeiro passo exige um aprofunda-mento de si mesmo, o autoconhecimento.Conhecer. A partir do que sou, procurar saber e pesquisar sobre as possi-bilidades de tal escolha. Conviver. fazer a experincia, o estgio; fundamental para uma opo, pois atravs da vivncia, vou sentindo a minha vocao.Discernir. A ltima etapa de uma escolha, dizer se isso ou no que quero para minha vida.No temos garantia de que uma escolha seja para sempre. No somos sempre os mesmos, mas tambm no d para se viver indeciso, ou sem-pre fazendo estgios. Tambm existem escolhas que precisam ser feitas e refeitas. O caminho sempre o mesmo, ou seja, nossa vida, mas existe um jeito novo de caminhar, de conduzir essa vida. Toda escolha um risco. Somos livres para fazer nossas escolhas, mas Deus espera algo de ns. Cabe a cada um descobrir. A passagem de Lucas 10, 38-41, mostra a escolha de Marta, que se preocupa em fazer; e de sua irm Maria, que escolhe ser discpula. Jesus alerta Marta: Marta, Marta! Voc se preocupa e anda agitada com muitas coisas; porm, uma s coisa necessria. Maria escolheu a melhor parte, e esta no lhe ser tirada. (Lc 10,41)A dinmica do mundo no nos possibilita uma parada. As coisas so to rpidas: tempo dinheiro. Surge o pensamento de que no precisamos escolher; podemos ter tudo. Na verdade, isso uma dificuldade na es-colha, no d para viver querendo tudo. Corremos o risco de cair no ativis-mo, no tendo tempo de pensar em ns, na vida, nas escolhas, no temos tempo de ser, no escolhemos a melhor parte. Precisamos respeitar os processos da vida.

    Para aprofundar o tema: Lc 10, 38-42.

    Nas escolhas que voc fez na vida, em que pontos elas consideram o projeto do Reino de Deus?Com base no texto de Lucas, que parte voc tem escolhido na sua vida?Voc j fez alguma escolha? Quais os sentimentos diante das vrias opes que voc precisa fazer?Onde Deus quer que voc esteja? Onde voc quer estar?

    Msica:

    preciso saber viver TitsQuem espera que a vida Seja feita de iluso Pode at ficar maluco Ou morrer na solido preciso ter cuidado Pra mais tarde no sofrer preciso saber viverToda pedra do caminho Voc pode retirar Numa flor que tem espinhos Voc pode se arranhar Se o bem e o mal existem Voc pode escolher preciso saber viver preciso saber viver preciso saber viver preciso saber viver Saber viver, saber viver!

    Orao:

    Deus da vida, que preparas cada um de ns para uma misso especfica e que nos ds a liberdade de escolher, acolhe nossa vida e nossas escolhas. Que elas abracem tua proposta de um mundo mais fraterno, humano, so-lidrio e de compromisso com a vida. Amm.

    Dia17

  • 44 45

    Tema: Evangelizar com criatividade

    O poeta Cazuza cantava: O tempo no pra, no pra, no, no pra. A evangelizao tambm no pode paralisar. Ela a anamnese da misso de Jesus Cristo. Evangelizar a razo de ser da Igreja. Ela existe para evangelizar (EN, n. 14). Ns temos uma rdua misso: evangelizar no espao-tempo da contem-poraneidade. Pois, os desafios de hoje no so os mesmos de ontem e possivelmente no sero os de amanh. Diante deste cenrio, no pode-mos nos acomodar em nossa misso, cada vez mais precisamos redesco-brir com criatividade novas possibilidades e caminhos para o encontro vivo com Jesus Cristo.Tempos atrs, fui testemunha de dois fatos simples, mas que nos ilustram a eficcia da criatividade e nos ajudam a refletir sobre o nosso jeito de evangelizar. O primeiro fato foi cmico, mas repleto de sentidos e sig-nificados. Era final de um puxado dia de trabalho, estava dentro de um nibus lotado retornando para minha casa. Quem refm do sistema p-blico de transporte, sabe como estressante ficar de p dentro de um nibus lotado, sem contar o risco que corremos de ser assaltados e outros constrangimentos. A tendncia cada um se fechar em si com a ajuda dos fones de ouvido e tentar esquecer que existem outras pessoas ao nosso lado. Voltando ao relato, tudo estava normal, at que surge um jovem mal vestido com uma caixa de paoca na mo e com voz forte exclama: Ei! Estou aqui pra duas coisas: uma pra roubar e outra pra matar. Todos se assustaram e, os olhos perdidos do nada se voltaram para o jovem da pa-oca que rapidamente esboou um sorriso e continuou: Vim pra roubar ateno de vocs e matar a vontade de vocs comerem uma paoquinha. Ufa! Foi expresso da maioria dos passageiros do nibus. Depois do ufa um sorriso e o sucesso. O jovem da paoca conseguiu chamar ateno de todos/as e com xito vendeu todas as suas paocas. Ele desarmou todas as pessoas estressadas do trabalho e da vida moderna, abstraiu do rosto humano, preocupado com os problemas existenciais, a alegria e o prazer de viver.O segundo fato tambm cmico, mas repleto de significados. Estava na rodoviria de Vitria aguardando o nibus para ir ao interior do Estado do Esprito Santo. Com um olho no livro e outro na bolsa com medo do ladro, eis que num piscar de olhos recebo um beijo no rosto de uma criana desfigurada. Quase que pulei de susto. Nunca imaginei que po-deria receber um beijo no rosto de algum desconhecido na rodoviria de Vitria. De fato, nunca havia visto antes aquele menino. Talvez fosse mais uma criana fadada ao mundo do crime. Sua escola aprender beijar estranhos e receber moedas em troca do pseudo carinho. Mas, a criativi-dade do menino nos tocou. Quase todos os viajantes doaram uma esmola para o garoto. Com sabedoria, o menino nos despertou que ainda pode-mos tocar as pessoas. Estes dois fatos so considerados normais da cotidianidade da vida mo-derna, mas repletos de significados para a evangelizao. No primeiro caso o produto oferecido ao consumidor o mesmo produto de tantos outros trabalhadores que diariamente vendem paoca nos nibus ou nas ruas. Todavia, o sucesso da venda no necessariamente est ligado mar-ca da paoca, mas a criatividade de como oferecer o produto ao consu-

    midor. A misso se assemelha com o trabalho do paoqueiro. S evan-geliza quem vai ao encontro do outro. S vende paoca quem oferece para algum. S evangeliza quem explicita com palavras e testemunho o contedo da evangelizao. S alcana bom xito na venda aquele que comunica com segurana e criatividade seu produto. A eficcia da evan-gelizao se reflete na mudana de vida, ou seja, no seguimento a Jesus Cristo e adeso ao seu Reino. O bom xito da venda se reflete no lucro do vendedor. Todavia, a evangelizao transcende ao trabalho do pao-queiro, quando mais do que saciar a fome material, deve saciar a fome espiritual e fomentar no ser humano a vontade de ser uma pessoa melhor. No segundo caso, aparentemente a criana pedinte no estava diferen-te de tantas outras que clamam por uma esmola. Ela estava desfigurada e seu objetivo era uma ajuda, mas a forma que escolheu para pedir foi determinante para conquistar a empatia e as moedas das pessoas. No foi a roupa suja que conseguiu a esmola, mas o beijo molhado nos rostos secos que tocou na carncia humana. A Evangelizao no clama s por bons intelectuais para nos escritrios teorizarem a misso. preciso ir ao encontro do outro, preferencialmente dos mais necessitados. Tocar no outro com um abrao e um beijo na misso significa sentir o outro na sua condio de humano, encarnar na sua realidade e deixar que o amor de Jesus Cristo seja transbordado.A Igreja que por natureza missionria precisa aprender com esses dois sbios populares, como reinventar novos caminhos para evangelizar e al-canar bom xito na sua misso. No precisamos deixar de ser cristos para evangelizar. No precisamos perder valores, renunciar a caridade e reproduzir as injustias sociais pra se aproximar dos outros. Talvez devs-semos mudar nossa conduta de como se aproximar do outro, se que estamos prximos uns dos outros. Pois, como usar a criatividade preso a lei e com um discurso moralista? Quem cansado e estressado ir nos ouvir com um discurso arcaico, chato, excludente e desumanizante? De quem iremos saciar a carncia se mal samos de nossos quintais paroquiais? Estamos num tempo de mudanas. A evangelizao no pode estagnar e deixar que a misso pare de evangelizar. preciso criar outro mundo possvel fundamentado em virtudes cardeais que garantam ao ser huma-no a dignidade de serem filhos (as) de Deus. Para o profeta D. Pedro Ca-saldliga a humanidade precisa ser humanizada, e a concretude deste evento depende intrinsecamente da evangelizao criativa e encarnada na realidade do nosso povo. Oxal a Igreja ajuste o seu relgio com o relgio da humanidade e seja iluminada pela ao do Esprito Santo para anunciar a esperana e denun-ciar as injustias, sobretudo aos mais pobres e necessitados.

    Texto iluminativo para orao: Mt 13, 3-9

    Para aprofundar o tema:

    Como no cotidiano voc percebe a presena de Deus?Voc evangeliza com o seu jeito de ser e agir?O que esses textos fazem voc refletir sobre a sua vida?

    Dia18

  • 46 47

    Msica:

    PacinciaLenineMesmo quando tudo pedeUm pouco mais de calmaAt quando o corpo pedeUm pouco mais de almaA vida no para...

    Enquanto o tempoAcelera e pede pressaEu me recuso fao horaVou na valsaA vida to rara...

    Enquanto todo mundoEspera a cura do malE a loucura finge

    Que isso tudo normalEu finjo ter pacincia...

    O mundo vai girandoCada vez mais velozA gente espera do mundoE o mundo espera de nsUm pouco mais de pacincia...

    Ser que tempoQue lhe falta para perceber?Ser que temos esse tempoPara perder?E quem quer saber?A vida to raraTo rara...

    Mesmo quando tudo pedeUm pouco mais de calmaAt quando o corpo pedeUm pouco mais de almaEu sei, a vida no paraA vida no para no...

    Ser que tempoQue lhe falta para perceber?Ser que temos esse tempoPara perder?E quem quer saber?A vida to raraTo rara...

    Mesmo quando tudo pedeUm pouco mais de calmaAt quando o corpo pedeUm pouco mais de almaEu sei, a vida no paraA vida no para...A vida no para...

    Orao:

    Senhor, d-me a graa de perceb-lo em tudo e em todos. Ajuda-me a cultivar a pacincia como sinal da tua presena em minha vida. Que eu seja sinal da tua misericrdia e paz no cotidiano em que vivemos. Amm

  • 48 49

    Tema: Somos chamados a servir Jesus levanta-se da mesa, depe o manto e, tomando uma toalha, cinge-se com ela, depois coloca gua numa bacia e comea a lavar os ps dos discpulos e a enxug-los com a toalha com a qual estava cingido (Jo13, 4-5).Toda a vida de Jesus foi servio e Ele levou isso at s ltimas consequn-cias. Essa forma de viver se expressa bem no jantar que fez com seus ami-gos antes de morrer. Jesus, empregando os gestos de acolhida e servio que eram usados em seu tempo, lava os ps dos seus Apstolos! Somos convidados a colocar-nos no meio deles, que tm os ps lavados, que re-cebem o incomparvel servio de Cristo. As palavras e os gestos de Jesus manifestam o que h de mais profundo na pessoa humana. Jesus est todo inteiro na menor das suas aes, no menor dos seus gestos. Suas palavras so acompanhadas por atitudes e gestos concretos, no ficam vazias, sem sentido, sem convencer ningum. Tudo nele manifesta o amor.Jesus se pe a nossos ps... Pede-nos permisso para amar-nos, pois nada pode realizar sem o nosso consentimento... Deixa-me lavar teus ps....E ns: queremos sempre manifestar a Deus o nosso amor, sem entender-mos que Ele nos amou primeiro. Trata-se de receb-lo a nossos ps para que Ele nos mostre com que amor Ele nos ama.No gesto do lava-ps, se oculta o Mistrio do despojamento do Filho de Deus, que vem para servir e purificar...

    Jesus quer que seus discpulos aceitem e continuem esse ato de despoja-mento e amor. Ao mesmo tempo em que se coloca aos ps de sua criatu-ra, Ele nos mostra com que amor nos devemos amar uns aos outros, pois cada pessoa , no ntimo, aquela mesma diante da qual Jesus se pe de joelhos, para que aprendamos por este gesto a grandeza do homem. Je-sus se coloca de joelhos diante do homem para que descubramos a sua dignidade e nos amemos como Ele nos amou!Se, portanto, Eu vos lavei os ps, tambm vs deveis lavar os ps uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que como Eu vos fiz, tambm vs o faais (Jo13,14).Humildade no quer dizer que o inferior se disponha a prestar servio ao superior. A verdadeira humildade diferente; nela, o superior serve ao inferior. A humildade reveste-se da forma mais sublime, quando ela se curva diante do pecador, no como juiz, mas como Salvador e Libertador. Toda a vida de Jesus no outra coisa seno esse nico e sublime ato de verdadeira humildade.O seguimento de Cristo pressupe disponibilidade para o servio frater-no. No Reino de Deus no cabem ambies de domnio e de fazer carrei-ra. No discpulo de Jesus h de se prolongar e permanecer operante o sentimento de humildade e servio.

    Texto iluminativo para orao: Jo 13,1-17

    Para aprofundar o tema:

    Quais sentimentos brotam em voc, a partir dessas leituras?O que o gesto de Jesus diz a voc?Como posso servir mais ao meu prximo?

    Msica:

    Depende de NsIvan LinsDepende de ns Quem j foi ou ainda criana Que acredita ou tem esperana Quem faz tudo pra um mundo melhor

    Depende de ns Que o circo esteja armado Que o palhao esteja engraado Que o riso esteja no ar Sem que a gente precise sonharQue os ventos cantem nos galhos Que as folhas bebam orvalhos Que o sol descortine mais as manhsDepende de ns Se esse mundo ainda tem jeitoApesar do que o homem tem feito Se a vida sobreviverQue os ventos cantem nos galhos Que as folhas bebam orvalhos Que o sol descortine mais as manhsDepende de ns Se esse mundo ainda tem jeito Apesar do que o homem tem feito Se a vida sobreviverDepende de ns Quem j foi ou ainda criana Que acredita ou tem esperana Quem faz tudo pra um mundo melhor

    Orao:

    Senhor de ternura e bondade, somos chamados a servir e a anunciar o teu Reino. Ajudai-nos a viver a dinmica do servio inspirados no teu amor e em suas atitudes para assim vivermos em nossa vida a profunda dinmica da doao. Ajudai-nos a viver a fidelidade do nosso discipulado. Amm!

    Dia19

  • 50 51

    Tema: A mstica do seguimento

    Ser mstico nos dias de hoje, requer de ns despojamento, humildade, simplicidade, capacidade de perceber a presena de Deus nas realida-des, percebendo nos fatos da vida sinais de Deus. Viver em profunda sin-tonia e harmonia com o projeto de Jesus que abrange toda a realidade humana, sabendo assim, relacionar humano e divino. O seguimento no contexto da vocao importante para entendermos as pessoas que fizeram sua histria a partir do conhecimento do prprio Deus e da pessoa de Jesus Cristo. A experincia de seguimento est no grau de f que se tem naquele em quem se confia. Normalmente as pes-soas que conseguem fazer esse movimento, so as que esto sensveis ao mistrio da vida em uma atitude de abertura e disponibilidade (gua da Rocha, n 46), essas podemos chamar de msticas. Elas buscam em Deus a inspirao que as colocam diante de si e do ou-tro. Dessa forma, tornam-se testemunhas da luz, entre seus companhei-ros de jornada (gua da Rocha, n 47). No caso dos cristos, cr-se que o mesmo Esprito que inspirou os apstolos, tornando-os entendidos da mensagem de Jesus, o mesmo que nos inspira hoje para segui-lo e par-ticiparmos da sua misso. Os msticos cristos reconhecem em Jesus o sentido de sua f. a partir da experincia de Jesus no mundo, vivendo e convivendo com as pesso-as, que seus seguidores aprendem que no podem viver de aparncia e de maneira superficial. Inserem-se no que mais Jesus possui de profundo, sua relao com o Pai e o mergulho na imensido do amor de Deus. O mstico confia, entrega-se a infinita misericrdia do Senhor que quer fazer histria com os homens.

    Texto iluminativo para orao: Mt 4 18-22

    Para aprofundar o tema:

    O que ser mstico pra voc?Que atitudes uma pessoa precisa ter para ser considerada mstica? E como perceber que estas atitudes esto diretamente sintonizadas com a mensagem de Jesus?No momento atual da sua vida que mais te causa anseios e preocupaes? A resposta dos apstolos foi rpida e radical. Como voc est entenden-do e respondendo o seu chamado hoje?

    Msica:

    Nova Gerao

    Padre Zezinho

    Eu venho do sul e do norte, Do oeste e do leste. de todo lugar Estrada da vida eu percorro Levando socorro a quem precisar Assunto de paz meu forte Eu cruzo montanhas mas vou aprender O mundo no me satisfaz o que Eu quero a paz, o que eu quero viver.No peito eu levo uma cruz, No meu corao o que disse Jesus No peito eu levo uma cruz, No meu corao o que disse JesusEu sei que no tenho a idade Da maturidade de quem j viveu Mas sei que j tenho a idade De ver a verdade o que eu quero ser eu O mundo ferido e cansado De um negro passado de guerras sem fim Tem medo da bomba que fez, E da f que desfez mas aponta pra mimEu venho trazer meu recado, No tenho passado mas sei entender Um jovem foi crucificado Por ter ensinado a gente viver Eu grito ao mundo descrente que eu ser gente, Que eu creio na cruz Eu creio na fora do jovem Que segue o Caminho de Cristo Jesus

    Orao:

    Deus de amor e de bondade, sabemos o quo difcil seguir o teu chama-do.Queremos, pela experincia da peregrinao e da misso, seguir tua voz que nos chama diante de tantos desafios. Colocamo-nos a disposio nossa vida e nossa esperana, com a audcia de se aproximar cada vez mais de uma realidade que nos convida a ser transformada. Como msti-cos reconheamos como grande o teu amor. Amm! CRISTO

    Dia20

  • 52 53

    Tema: O chamado de Deus na comunidade

    Voc com certeza j ouviu a frase: Voc no uma ilha! para falar da im-portncia de viver em grupo, conviver com outras pessoas e reconhecer tambm a presena de Deus, que se revela atravs da comunidade.Todos ns desde que nascemos j fazemos parte de um grupo, que a famlia e medida que vamos crescendo o nosso espao de socializao tambm vai aumentando, a rua, a escola, a comunidade eclesial. Todos esses lugares so espaos de crescimento, que nos ajudam a sermos ns mesmos e a reconhecer o outro em sua dignidade. Os diversos grupos que participamos propiciam experincias nicas em nossas vidas e que iram marcar para sempre nossa histria.Um espao de grande crescimento pessoal a comunidade que partici-pamos. L fazemos grandes amigos e alimentamos nossa f atravs da palavra de Deus e da eucaristia. Para muitos de ns a comunidade se tor-na nossa segunda casa. Nesse espao nos sentimos bem e encontramos companheiros de caminhada para toda a vida. Nossos grupos possibili-tam momentos de formao, vivncia, lazer e aprofundamento de nossa identidade crist. Cada um de ns guarda na mente e no corao a lembrana daquele en-contro que marcou sua vida, seja pelas amizades feitas ou pela profunda experincia de Deus que realizou. Na comunidade tambm vivemos mo-mentos engraados, outros tristes, momentos tensos e s vezes at algu-mas decepes, mas como uma grande famlia, cada um do seu jeito, com suas qualidades e limitaes, vamos aprendendo a nos amar e perdoar mutuamente. na comunidade que vamos descobrindo o chamado de Deus e assumi-mos o compromisso com a transformao da realidade. Assim como nas primeiras comunidades crists Deus vai se revelando a ns quando nos reunimos para celebrar sua palavra, partilhar vida e so-nhos. E quando nossas comunidades so sinais de fraternidade e unio, do testemunho do prprio Cristo, que se revela ao partir do po.

    Texto iluminativo: At 2, 42- 47 Para aprofundar o tema:

    Como a comunidade ajuda na construo de minha identidade?Quais as experincias significativas que vivemos em comunidade?

    Os primeiros cristos eram assduos aos ensinamentos dos apstolos, comunho fraterna e frao do po. Como vivemos esses elementos em nossa comunidade?

    Msica:

    Baio das ComunidadesZ Vicente)Somos gente nova vivendo a unio, Somos povo semente de uma nova nao , .... Somos gente nova vivendo o amor, Somos comunidade, povo do senhor, , ... 1.vou convidar os meus irmos trabalha-dores: Operrios, lavradores, bisca-teiros e outros mais. E juntos vamos celebrar a confiana Nossa luta na esperana de ter terra, po e paz, , . 2. Vou convidar os ndios que ainda existem, As tribos que ainda insistem no direito de viver. E juntos vamos reunidos na memria, Celebrar uma vitria que vai ter que acontecer, , . 3. Convido os negros, irmos no sangue e na sina; Seu gingado nos ensina a dana da redeno. De braos dados, no terreiro da irmandade, Vamos sambar de verdade, enquanto chega a razo, , .

    Orao:

    Senhor Deus, Trindade Santa, modelo de comunidade, ajuda para que nossas comunidades sejam sinal do Teu amor. Ensina-nos a amar e acolher nossos irmos e irms, como Tua imagem. E que, na diversidade de dons e talentos, anunciemos Teu Reino. Que nossas comunidades sejam ver-dadeiras famlias e que nunca falte o vinho da alegria e o leo do perdo para curar nossas feridas. Isso pedimos, Por Cristo, Teu Filho e Nosso irmo, Amm!!!

    Dia21

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    Tema: Amor a Deus e ao prximo

    O mundo moderno com todos seus avanos e transformaes colocou a tnica sobre a individualidade do sujeito, seus sonhos e desejos pes-soais. Por um lado, isso muito positivo, pois refora a valorizao do sujeito e sua dignidade. Por outro lado, a mundo capitalista refora essa viso numa perspectiva muito individualista, onde s o que importa so minhas necessidades e o outro s serve medida dos meus interesses. Isso torna as relaes vazias e faz do outro objeto. At mesmo no mundo religioso algumas experincias ficam voltadas apenas para relao inti-mista com Deus sem reflexo nenhum na vida das pessoas e desconecta-do da realidade.Diante de tudo isso, como viver uma f encarnada na realidade? Jesus diz que o maior mandamento amar a Deus e ao prximo. Quem o prximo numa sociedade marcada pelo individualismo e competio, onde o outro se torna uma ameaa para minha vida?Hoje em dia complicado perceber e reconhecer o outro no como ameaa, mas como companheiro de caminhada. s vezes, j difcil aju-dar familiares e amigos em suas necessidades, imagine pessoas estra-nhas e desconhecidas. Muitas vezes, quando estamos diante de alguma situao que algum precisa de ajuda preferimos fingir que no vemos, que no temos nada a ver com a situao, ou ento, que ir aparecer algum para ajudar. Por algum motivo deixamos de ser solidrio com o outro e somos omissos diante da realidade.Cristo nos prop