3. vigilância em saúde
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3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em Saúde3. Vigilância Em SaúdeTRANSCRIPT
Vigilância em saúdeConceitos
Morbidade É a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento;
Número de casos de uma doença em um grupo populacional; Conjunto dos indivíduos que adquiriram doenças num dado
intervalo de tempo Desdobra-se nos coeficientes de incidência e de prevalência; Coeficiente de morbidade;
Incidência Ou casos incidentes; Número de casos novos; Frequência (número) de novas ocorrência de doença; Incidência normal: o que é esperado para a doença (apresenta-se
dentro dos limites superior e inferior da incidência normal >> incidência em nível endêmico); Ao ultrapassar o limite superior >> epidemia;
coeficiente de incidência=57
Prevalência Ou casos prevalentes ou ainda prevalência no ponto; ≠ prevalência no período: pessoas que tinham a doença em
qualquer tempo em um intervalo de tempo específico; Número de casos existentes; Número de pessoas, em determinada população, que tem uma
doença específica ou condição em um ponto do tempo;Mortalidade Conjunto dos indivíduos que morreram num dado intervalo de
tempo; Coeficiente de mortalidade - Relação entre a frequência absoluta de
óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer;Letalidade Maior ou menor poder que uma doença tem de provocar a morte
das pessoas;
número deóbitos resultantes de determinada causa
númerode pessoas que foramrealmente acometidas pela doença A letalidade da escabiose é nula, e a da raiva é de 100%;
Surto, epidemia, endemia e pandemia
Surto Início de determinada doença em determinada região;Epidemia Ocorrência incomum ou inesperada de uma doença; (Gr. “sobre
uma população”); Se uma doença foi erradicada, ou está quase sendo eliminada de
uma área e tem o potencial para se disseminar, a notificação de um único caso na região geográfica é “inesperado” e causa de preocupação >> qualquer ocorrência dessa doença pode ser considerada uma epidemia; Ex: varíola erradicada no mundo; poliomielite paralítica
erradicada no hemisfério oeste; Doença infecciosa e transmissível que ocorre numa comunidade ou
região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de outras regiões, originando um surto epidêmico;
Doença atinge várias pessoas ao mesmo tempo; Epidemia explosiva: aumento expressivo do número de casos em
curto intervalo de tempo; Epidemia lenta;
Endemia Doença ocorre em determinada população com regularidade e em um nível usual; (Gr. “dentro da população”);
Pandemia É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras;
Em resumo Quando uma doença existe apenas em uma determinada região é considerada uma endemia (ou proporções pequenas da doença que não sobrevive em outras localidades). Quando a doença é transmitida para outras populações, infesta mais de uma cidade ou região, denominamos epidemia. Porém, quando uma epidemia se alastra de forma desequilibrada se espalhando pelos continentes, ou pelo mundo, ela é considerada pandemia;
Coeficiente de ataque
Curto período de exposição (menor que 1 ano); Proporção de pessoas expostas que se tornaram doentes;
nº decasos novosda doença
nº de pessoas expostasaum surto em particular
Vigilâncias
Vigilância epidemiológica
Desde séculos, a humanidade, de tempos em tempos, vive epidemias que dizimam grande parcela da população: peste negra (XIV), gripe espanhola (1918 e 1919), cólera (XIX), tuberculose (“peste branca” XVII) e sífilis (XV e XVI);
No Brasil, a vigilância epidemiológica foi institucionalizada com a Campanha de Erradicação da Varíola (1966-73) e teve seu principal êxito no controle da poliomielite na década de 80;
Conjunto de atividades que permite reunir a informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente;
Reconhecer e intervir nos fatores do meio predisponentes a doenças e observar nos indivíduos os primeiros sinais de infecção;
Função da vigilância epidemiológica:
1. Produzir dados que permitam conhecer a magnitude, a distribuição, a sazonalidade e a evolução das doenças, bem como apontar os grupos da população sob maior risco;
2. Desenvolver e executar ações que permitam o controle do problema;
3. Avaliar medidas de saúde pública (desde a promoção e prevenção até a recuperação);
Responsável por acompanhar o comportamento das doenças na sociedade, reunindo informações com objetivo de conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores condicionantes do processo saúde-doença, bem como identificar a gravidade de novas doenças à saúde da população;
De posse dessas informações deverá então, propor medidas de intervenção para reprimir ou amenizar os danos à população, elaborar ações e estratégias em saúde;
Vigilância sanitária Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e prestação de serviço de interesse a saúde; Controle de bens de consumo (processo, produção e consumo); Controle da prestação de serviço que se relaciona com a saúde;
É a parcela do poder de polícia do Estado destinado à defesa da saúde >> impedir que a saúde humana seja exposta a riscos ou, em última instância, combater as causas dos efeitos nocivos;
Conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários; Controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; Medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos; Alimentos, bebidas e água mineral; Portos, aeroportos e fronteiras;
Controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde;
Sangue e hemoderivados são claramente de competência da ANVISA;
ANVISA se insere no SUS, de certa forma, contra seus princípios, mostrando-se centralizadora e deixando estados e municípios subalternos às suas decisões;
Vigilância ambiental É um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente e que interferem na saúde humana >> identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos ambientais;
Articulação constante com os diferentes atores institucionais públicos, privados e com a comunidade >> ações integradas sejam implementadas de forma eficiente;
Universo de atuação: todos os fatores ambientais de riscos que interferem na saúde humana;
Fatores ambientais biológicos: Vetores, hospedeiros, reservatórios, animais peçonhentos;
Fatores ambientais não biológicos: Contaminantes ambientais; Qualidade da água para consumo humano; Qualidade do ar; Qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos e perigosos; Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos;
Notificação compulsória
Notificação compulsória = obrigatória; Principal fonte de dados da vigilância epidemiológica;
Notificação >> dados >> análise e interpretação >> informação >> decisão >> ação >> modificação e/ou controle >> evento >> notificação...
Comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, da lista de agravos relacionados na Portaria;
Deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doenças ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória;
Médico: preenche uma ficha específica para cada doença e repassa à Secretaria Municipal de Saúde e esta à Secretaria de Estado de Saúde;
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica: integrantes do SUS (setor público + privado) >> notificação de doenças e agravos e prestam serviço de assistência e orientação;
Lista de doenças de notificação compulsória é obrigatória em todo o território nacional, sendo que estados e municípios podem acrescentar doenças que apresentem importância epidemiológica em sua região;
Critérios para inclusão de doenças na lista de notificação compulsória: Magnitude; Potencial de disseminação; Transcendência;
3 expressões: Severidade (<< taxa de letalidade, internação e sequela); Relevância social (medo, indignação, repulsa); Relevância econômica;
Vulnerabilidade; Compromissos internacionais; Epidemias, surtos e agravos;
Notificação negativa: exigência para certas doenças; notificação de que não houve casos notificados;
Notificação imediata (suspeita do diagnóstico) e não imediata (confirmação do diagnóstico) << rapidez com que a doença pode se espalhar;
Notificação compulsória no mundo: cólera, peste, febre amarela e varíola;
SINAN O Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) é o sistema de informação utilizado pelo Ministério da Saúde no armazenamento e processamento de dados referentes a doenças de
notificação compulsória; Para cada doença de notificação existe uma ficha individual de
investigação própria, que investiga dados específicos do agravo em questão;
Lista de Notificação Compulsória - LNC
1. Acidentes por animais peçonhentos;
2. Atendimento antirrábico;
3. Botulismo;
4. Carbúnculo ou Antraz;
5. Cólera;
6. Coqueluche;
7. Dengue;
8. Difteria;
9. Doença de Creutzfeldt-Jakob;
10. Doença Meningocócica e outras Meningites;
11. Doenças de Chagas Aguda;
12. Esquistossomose;
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação;
14. Febre Amarela;
15. Febre do Nilo Ocidental;
16. Febre Maculosa;
17. Febre Tifóide;
18. Hanseníase;
19. Hantavirose;
20. Hepatites Virais;
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana -HIV em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical;
22. Influenza humana por novo subtipo;
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados);
24. Leishmaniose Tegumentar Americana;
25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose;
27. Malária;
28. Paralisia Flácida Aguda;
29. Peste;
30. Poliomielite;
31. Raiva Humana;
32. Rubéola;
33. Sarampo;
34. Sífilis Adquirida;
35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante;
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS;
38. Síndrome da Rubéola Congênita;
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino;
40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
41. Tétano;
42. Tuberculose;
43. Tularemia;
44. Varíola; e
45. Violência doméstica, sexual e/ou outras violências.Lista de Notificação Compulsória Imediata - LNCI
Devem ser notificados a Secretaria Municipais de Saúde em no máximo, 24 horas;
Caso suspeito ou confirmado de:
1. Botulismo;
2. Carbúnculo ou Antraz;
3. Cólera;
4. Dengue nas seguintes situações:
- Dengue com complicações (DCC),
- Síndrome do Choque da Dengue (SCD),
- Febre Hemorrágica da Dengue (FHD),
- Óbito por Dengue
- Dengue pelo sorotipo DENV 4 nos estados sem transmissão endêmica desse sorotipo;
5. Doença de Chagas Aguda;
6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação esporádica no território nacional que não constam no Anexo I desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis, Ilhéus, Mormo, Encefalites Eqüinas do Leste, Oeste e Venezuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Febre Amarela;
8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Hantavirose;
10. Influenza humana por novo subtipo;
11. Peste;
12. Poliomielite;
13. Raiva Humana;
14. Sarampo;
15. Rubéola;
16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao Coronavírus (SARS-CoV);
17. Varíola;
18. Tularemia; e
19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).
Surto ou agregação de casos ou óbitos por:
1. Difteria;
2. Doença Meningocócica;
3. Doença Transmitida por Alimentos (DTA) em embarcações ou aeronaves;
4. Influenza Humana;
5. Meningites Virais;
6. Outros eventos de potencial relevância em saúde pública, após a avaliação de risco de acordo com o Anexo II do RSI 2005, destacando-se:
a. Alteração no padrão epidemiológico de doença conhecida, independente de constar no Anexo I desta Portaria;
b. Doença de origem desconhecida;
c. Exposição a contaminantes químicos;
d. Exposição à água para consumo humano fora dos padrões preconizados pela SVS;
e. Exposição ao ar contaminado, fora dos padrões preconizados pela Resolução do CONAMA;
f. Acidentes envolvendo radiações ionizantes e não ionizantes por fontes não controladas, por fontes utilizadas nas atividades industriais ou médicas e acidentes de transporte com produtos radioativos da classe 7 da ONU.
g. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver desalojados ou desabrigados;
h. Desastres de origem natural ou antropogênica quando houver comprometimento da capacidade de funcionamento e infraestrutura das unidades de saúde locais em conseqüência evento.
Doença, morte ou evidência de animais com agente etiológico que podem acarretar a ocorrência de doenças em humanos, destaca-se entre outras classes de animais:
1. Primatas não humanos
2. Eqüinos
3. Aves
4. Morcegos
Raiva: Morcego morto sem causa definida ou encontrado em situação não usual, tais como: vôos diurnos, atividade alimentar diurna, incoordenação de movimentos, agressividade, contrações musculares, paralisias, encontrado durante o dia no chão ou em paredes.
5. Canídeos
Raiva: canídeos domésticos ou silvestres que apresentaram doença
com sintomatologia neurológica e evoluíram para morte num período de até 10 dias ou confirmado laboratorialmente para raiva. Leishmaniose visceral: primeiro registro de canídeo doméstico em área indene, confirmado por meio da identificação laboratorial da espécie Leishmania chagasi.
6. Roedores silvestres
Peste: Roedores silvestres mortos em áreas de focos naturais de peste;
Lista de Notificação Compulsória em Unidades Sentinelas LNCS
1. Acidente com exposição a material biológico relacionado ao trabalho;
2. Acidente de trabalho com mutilações;
3. Acidente de trabalho em crianças e adolescentes;
4. Acidente de trabalho fatal;
5. Câncer Relacionado ao Trabalho;
6. Dermatoses ocupacionais;
7. Distúrbios Ostemusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)
8. Influenza humana;
9. Perda Auditiva Induzida por Ruído - PAIR relacionada ao trabalho;
10. Pneumoconioses relacionadas ao trabalho;
11. Pneumonias;
12. Rotavírus;
13. oxoplasmose adquirida na gestação e congênita; e
14. Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho;
Fontes:
http://www.infoescola.com/doencas/endemia-epidemia-e-pandemia/ Epidemiologia, bioestatística e medicina preventiva; Jubilut; http://www.inf.furb.br/sias/saude/Textos/Conceitos.htm http://www.saude.ap.gov.br/lista.php?cd_area=3&cd_dominio=12 http://notificacao.pbh.gov.br/