2_dip - histórico e fontes 2015.1

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aula

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  • DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

    Prof Ludmilla R. Amanajs

    Aspectos HistricosHistricos

    Fontes

  • Principais Tpicos da aula anterior

    Conceito do DIP e sua Evoluo

    Sociedade Internacional e suas caractersticas

    Caractersticas da Sociedade Internacional X Eficciado DIP

  • Principais Tpicos da aula anterior Fundamentos do DIP Concluso

    Teoria baseada no pacta sunt servanda (os acordosdevem ser cumpridos) Dionsio Anzilotti : um Estado obrigado no plano internacional apenas se tiverconsentido em vincular-se juridicamente.consentido em vincular-se juridicamente.

    O Estado dotado de soberania

    INTERNAMENTE, o Estado encontra-se acima dos demais

    sujeitos de direito -> autoridade mxima em seu territrio.

    EXTERNAMENTE, est em igualdade jurdica com os

    demais Estados que constituem a Sociedade

    Internacional.

  • HISTRICO Embora parte dos juristas reconhea a existncia de

    um Direito Internacional apenas a partir da Paz deVestflia (1648), marco histrico do Estado-Naomoderno, inegvel que os povos da Antiguidademantinham relaes exteriores: comerciavam,enviavam embaixadores, assinavam tratados, etc..

  • Histrico

    Os romanos:

    jus gentium (direito dos

    povos ou das gentes): aplicao das leis

    romanas aos povos conquistados e no o

    reconhecimento de um Direito Internacional

    que o imprio deveria seguir.

  • Histrico

    Idade Mdia:

    A Igreja Catlica foi a

    grande influncia no desenvolvimento do

    Direito Internacional durante a Idade Mdia. O

    Papa era considerado o rbitro por

    excelncia das relaes internacionais e

    tinha autoridade para liberar um chefe de

    Estado do cumprimento de um tratado.

  • CLERO: terra + poder poltico + poder ideolgico (salvao)

    NOBREZA: terra + poder poltico+ poder poltico

    SERVOS: obrigaes

    Alm do territrio sob sua jurisdio poltica a Igreja tinha opoder espiritual sobre quase todo o territrio europeu.

  • Principais contribuies da Igreja Catlica na Idade Mdia

    Humanizao da guerra

    Paz de Deus: proibindo a destruio de colheitas(respeito aos camponeses, aos viajantes e s mulheres)

    Trgua de Deus: suspenso de combates durante asfestas religiosas (Pscoa, Natal, etc.) e nos dias santos.

    Guerra Justa: caso tivesse por causa a violao de umdireito e pretendesse reparar um mal.

  • Histrico

    Idade Moderna:

    o Direito Internacional

    como o conhecemos hoje. Surgimento das

    noes de Estado Nacional. A partir de ento,noes de Estado Nacional. A partir de ento,

    os Estados abandonariam o respeito a uma

    vaga hierarquia internacional baseada na

    religio e no mais reconheceriam nenhum

    outro poder acima de si prprios (soberania)

  • Histrico

    Sculo XVII:

    Paz de Vestflia: Catlicos x Protestantes

    Primeira paz Pan Europeia. Primeira paz Pan Europeia.

    Reconheceu os princpios da soberania e da

    igualdade interestatal (Estados-nao) como as

    bases do equilbrio poltico europeu, (iderio do

    respeito e coexistncia entre os diversos entes

    polticos)

  • HistricoSculo XIX:

    Congresso de Viena (1815): redefinio das

    fronteiras polticas europias aps a Era

    Napolenica (favorecendo vencedores ustria,

    Rssia, Prssia e Inglaterra) e relativa paz noRssia, Prssia e Inglaterra) e relativa paz no

    contexto da poca;

    Criao dos primeiros Organismos

    Internacionais.

    Primeira das Convenes de Genebra (1864).

    Conferncia de Berlim de 1885 (neo-

    imperialismo na frica).

  • Congresso de Viena (1815)

  • Conferncia de Berlim (1885)

  • HistricoSculo XX:

    Consolidao do DIP:

    Liga das Naes

    Organizao das Naes UnidasOrganizao das Naes Unidas

    Intensificao da codificao do DIP

    (Convenes de Viena sobre o Direito dosTratados e a proliferao de tratadosresultante do intenso intercmbiointernacional do mundo contemporneo.)

  • Liga das Naes (1920)

  • Organizao das Naes Unidas (1945)

  • FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

    Definio: Os fatos e atos que produzem uma norma jurdica internacional.

    ConcepoPositivista/Voluntarista

    ConcepoObjetivista

    Fontes MateriaisVontade comum dos Estados

    Fontes Materiais

    verdadeiras fontes do Direito ex. tradio, a

    cultura, a histria

    Fontes Formais meios de comprovao art. 38 ECIJ

  • FONTES DO DIP (Formais) Estatuto da Corte Internacional de Justia de

    Haia (Art 38 ):

    Tratados

    CostumesConvencionais

    Princpios Gerais do Direito

    Decises Judiciais e a Doutrina

    Equidade*

    * A presente disposio no restringe a faculdade da Corte paradecidir um litgio ex aequo et bono, se convier s partes.

    Auxiliares

  • Obs:

    Fontes:

    Auxiliares x Convencionais

    Ausncia de hierarquia entre as fontes do DIP

  • Obs: Doutrina Moderna expande o rol de fontes do DIPprevisto no art 38 do ECIJ:

    Atos unilaterais: a notificao, a renncia e o reconhecimento noso norma mas produzem conseqncias jurdicas -> obrigaes aosEstados;

    Decises de Organizaes Internacionais Intergovemamentais

    O rol de fontes previsto no artigo 38 do ECIJ refletia arealidade de 1920, quando foi lavrado. -> DIP evoluiu e o rol no podeser taxativo

  • Tratados O tratado internacional um acordo

    resultante da convergncia das vontades de

    dois ou mais sujeitos de Direito Internacional,

    formalizada num texto escrito, com o objetivo

    de produzir efeitos jurdicos no planode produzir efeitos jurdicos no plano

    internacional.

    TRATADO

    Vontade de A

    Vontade de B

    Vontade de C Produo de

    efeitos Jurdicos

    Internacionalmente

  • Tratados - Irrelevncia da denominaoTratado

    Conveno

    Declarao

    AcordoAcordo

    Pacto

    Protocolo

    Concerto

    Memorando de entendimento,

    Troca de notas, etc.

  • COSTUMES

    O costume jurdico definido como a prticasocial reiterada e obrigatria. Trata-se, emgeral, de regras no escritas, introduzidaspelo uso continuado e com o consentimentode todas as pessoas que as admitiram comonorma de conduta. Sua violao acarretauma responsabilidade jurdica.

  • Costumes Momentos Histricos

    O Direito Internacional foi, at meados dossculo XIX, em sua maior parte um direitocostumeiro e no escrito. Os tratados eramepisdicos e, sempre bilaterais, no criavamregras universais de conduta, ao contrrio doregras universais de conduta, ao contrrio docostume. A situao inverteu-se com acelebrao dos primeiros tratadosmultilaterais.

  • Costumes

    Repetio de

    Convico de obrigatoriedade

    FONTE DO de condutas

    idnticas

    obrigatoriedade

    (Elemento Subjetivo)

    DO DIP

  • Observaes

    - Quem alega o costume tem o nus da prova;

    - Princpio da subordinao dos novos Estados ao costume existente

  • Princpios Gerais do DireitoO Direito Internacional acata certos princpios reconhecidos pelamaioria dos Estados Nacionais como obrigatrios:

    princpio da no-agresso;

    da soluo pacfica de controvrsias;

    da autodeterminao dos povos;

    da coexistncia pacfica;

    da obrigao de reparar o dano;

    do cumprimento de boa f; e

    pacta sunt servanda (os acordos devem ser cumpridos).

  • Decises Judiciais e Doutrina

    Decises Judiciais: jurisprudncia dos tribunaisarbitrais, alm das decises dos tribunais e organizaesinternacionais.

    Doutrina: dos publicistas de maior competncia das Doutrina: dos publicistas de maior competncia dasdistintas naes .

  • Equidade

    Princpio ex aequo et bono, mencionadoexpressamente pelo artigo 38 do Estatuto da CorteInternacional de Justia.

    o exato ponto de equilbrio entre as partes, sendoessencial lembrar que sua aplicao, no DireitoInternacional Pblico, depende da anuncia dosenvolvidos.

    senso de justia - respeito igualdade de direito daspartes