2ªfoab dtributario aula10 alessandrospilborghs 27012014 matmon gustavo

5
2ª FASE OAB – Direito Tributário – Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria 2ª FASE OAB – DIREITO TRIBUTÁRIO Disciplina: Direito Tributário Prof. Alessandro Spilborghs Aula nº. 10 MATERIAL DE APOIO - MONITORIA Índice I. Anotações de Aula II. Lousa Eletrônica I. Anotações de aula: TESE Nº14 – QUAL A BASE DE CÁLCULO? Artigo 38/CTN: A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Conceito: Valor da venda do imóvel em condição normais de mercado. STJ: a base de cálculo deve corresponder ao valor real do bem imóvel transmitido. Leilã de imóvel: a base de cálculo do ITBI adquirido em hasta pública deve corresponder ao valor do arremate. O arrematante responde apenas pelo valor do lance, não tendo responsabilidade pela dívida, ainda que o valor da arrematação seja inferior ao montante da dívida. Art. 35. O imposto, de competência dos Estados, sobre a transmissão de bens imóveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador: I - a transmissão, a qualquer título, da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis por natureza ou por acessão física, como definidos na lei civil; II - a transmissão, a qualquer título, de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia; III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos I e II. Parágrafo único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários. Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub- rogação ocorre sobre o respectivo preço. TESE Nº 15 – QUEM PAGA O IMPOSTO? Contribuinte: Qualquer uma das partes da operação tributada. Comprador: adquirente (geralmente é o contribuinte). Vendedor: transmitente (normalmente é o responsável)

Upload: yanamoura

Post on 24-Nov-2015

16 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

  • 2 FASE OAB Direito Tributrio Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria

    2 FASE OAB DIREITO TRIBUTRIO Disciplina: Direito Tributrio

    Prof. Alessandro Spilborghs

    Aula n. 10

    MATERIAL DE APOIO - MONITORIA

    ndice

    I. Anotaes de Aula

    II. Lousa Eletrnica

    I. Anotaes de aula:

    TESE N14 QUAL A BASE DE CLCULO? Artigo 38/CTN: A base de clculo do imposto o valor venal dos bens ou direitos transmitidos.

    Conceito: Valor da venda do imvel em condio normais de mercado.

    STJ: a base de clculo deve corresponder ao valor real do bem imvel transmitido.

    Leil de imvel: a base de clculo do ITBI adquirido em hasta pblica deve corresponder ao valor do

    arremate.

    O arrematante responde apenas pelo valor do lance, no tendo responsabilidade pela dvida, ainda que o

    valor da arrematao seja inferior ao montante da dvida.

    Art. 35. O imposto, de competncia dos Estados, sobre a transmisso

    de bens imveis e de direitos a eles relativos tem como fato gerador:

    I - a transmisso, a qualquer ttulo, da propriedade ou do domnio til

    de bens imveis por natureza ou por acesso fsica, como definidos na

    lei civil;

    II - a transmisso, a qualquer ttulo, de direitos reais sobre imveis,

    exceto os direitos reais de garantia;

    III - a cesso de direitos relativos s transmisses referidas nos incisos

    I e II.

    Pargrafo nico. Nas transmisses causa mortis, ocorrem tantos fatos

    geradores distintos quantos sejam os herdeiros ou legatrios.

    Art. 38. A base de clculo do imposto o valor venal dos bens ou

    direitos transmitidos.

    Art. 130. Os crditos tributrios relativos a impostos cujo fato gerador

    seja a propriedade, o domnio til ou a posse de bens imveis, e bem

    assim os relativos a taxas pela prestao de servios referentes a tais

    bens, ou a contribuies de melhoria, subrogam-se na pessoa dos

    respectivos adquirentes, salvo quando conste do ttulo a prova de sua

    quitao.

    Pargrafo nico. No caso de arrematao em hasta pblica, a sub-

    rogao ocorre sobre o respectivo preo.

    TESE N 15 QUEM PAGA O IMPOSTO? Contribuinte: Qualquer uma das partes da operao tributada.

    Comprador: adquirente (geralmente o contribuinte).

    Vendedor: transmitente (normalmente o responsvel)

  • 2 FASE OAB Direito Tributrio Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria

    Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao

    contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

    Municpios:

    (...)

    3 - As vedaes do inciso VI, "a", e do pargrafo anterior no se

    aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, relacionados com

    explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a

    empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou

    pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o

    promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao

    bem imvel.

    ISS

    TESE N 16 SERVIOS. PRESTAO DE FAZER ISSQN: SERVIOS QUALQUER NATUREZA, SALVO 155, II, CF (ICMS = COMUNICAO; TRANSPORTE

    INTERESTADUAL e TRANSPORTE INTERMUNICIPAL).

    STJ: aps a entrada em vigor da LC 116/03, a franquia passou a ser considerada como prestao de fazer

    e, portanto, incide ISS.

    Cesso de andaimes: Smula vinculante n 31 - INCONSTITUCIONAL A INCIDNCIA DO IMPOSTO

    SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS SOBRE OPERAES DE LOCAO DE BENS MVEIS.

    Art. 3, Lei 8.078/90 (CDC): Fornecedor toda pessoa fsica ou

    jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os

    entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo,

    montagem, criao, construo, transformao, importao,

    exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao

    de servios.

    (...)

    2 Servio qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,

    mediante remunerao, inclusive as de natureza bancria, financeira,

    de crdito e securitria, salvo as decorrentes das relaes de carter

    trabalhista.

    TESE N 17 LIMITES DAS ALQUOTAS

    Art. 156/CF. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:

    3 Em relao ao imposto previsto no inciso III do caput deste

    artigo, cabe lei complementar:

    I - fixar as suas alquotas mximas e mnimas

    Art. 8/LC 116/03 As alquotas mximas do Imposto Sobre Servios

    de Qualquer Natureza so as seguintes:

    I (VETADO) II demais servios, 5% (cinco por cento).

    Art. 88. Enquanto lei complementar no disciplinar o disposto nos

    incisos I e III do 3 do art. 156 da Constituio Federal, o imposto a

    que se refere o inciso III do caput do mesmo artigo:

    I - ter alquota mnima de dois por cento, exceto para os servios a

    que se referem os itens 32, 33 e 34 da Lista de Servios anexa ao

    Decreto-Lei n 406, de 31 de dezembro de 1968;

    II - no ser objeto de concesso de isenes, incentivos e benefcios

    fiscais, que resulte, direta ou indiretamente, na reduo da alquota

    mnima estabelecida no inciso I.

  • 2 FASE OAB Direito Tributrio Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria

    TESE N 18 IMUNIDADE OU ISENO?

    Art. 156/CF. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:

    3 Em relao ao imposto previsto no inciso III do caput deste

    artigo, cabe lei complementar:

    II - excluir da sua incidncia exportaes de servios para o exterior.

    Princpio da vedao das isenes heternomas:

    Art. 151. vedado Unio:

    III - instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do

    Distrito Federal ou dos Municpios.

    TESE N 19 COMO ENTENDER A LISTA ANEXA

    taxativa

    exemplificativa

    Item 15 da Lista Anexa da LC 116/03 Servios relacionados ao setor bancrio ou financeiro, inclusive aqueles prestados por

    instituies financeiras autorizadas a funcionar pela Unio ou por quem

    de direito.

    Smula 424 DO STJ. LEGTIMA A INCIDNCIA DE ISS SOBRE OS

    SERVIOS BANCRIOS CONGNERES DA LISTA ANEXA AO DECRETO-

    LEI 406/68 E LC 56/87.

    Smula 588 DO STF. O IMPOSTO SOBRE SERVIOS NO INCIDE

    SOBRE OS DEPSITOS, AS COMISSES E TAXAS DE DESCONTO,

    COBRADOS PELOS ESTABELECIMENTOS BANCRIOS.

    TESE N 20 MERCADORIAS COM SERVIOS

    ISS - Servio na lista NO SIM SIM

    ICMS SIM Se lista mencionar ICMS Lista no fala de ICMS

    Imposto ICMS ISS e ICMS ISS

    Exemplo Restaurante Conserto de relgio Hotel

    Base de clculo Valor total da operao ICMS valor da mercadoria

    ISS valor total da operao menos o valor

    da mercadoria

    Valor total da operao

  • 2 FASE OAB Direito Tributrio Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria

    TESE N 21 MUNICPIO COMPETENTE PARA ISS

    Regra: De acordo com a LC 116/2003, o ISS dever ser recolhido para a cidade local do estabelecimento

    prestador.

    Exceo: o ISS deve ser pago para o local onde o servio prestado.

    Nesse sentido:

    LC 116/2003 - Art. 3 O servio considera-se prestado e o imposto devido no local do estabelecimento

    prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domiclio do prestador, exceto nas hipteses

    previstas nos incisos I a XXII, quando o imposto ser devido no local

    Ateno: local do estabelecimento prestador no significa dizer que se trata da sede da empresa.

    Fundamentao: Art. 156, III, CF c/c art. 3 e 4 da LC 116/03

    Tese n 22 - TRABALHO PESSOAL DO PRESTADOR

    Trata-se de benefcio oferecido apenas aos profissionais liberais que prestam servios de carter pessoal

    que podem optar por uma tributao fixa ou a partir do preo do servio.

    Sociedade uniprofissional: se um dos scios no tiver a profisso, no haver o direito ao benefcio.

    Fundamentao: Art. 9, 1 e 3 do DL 406/68 c/c S. 663, STF e precedentes do STJ

    TESE N 23 ISS DIRETO OU INDIRETO

    TRIBUTO DIRETO: quem pratica o fato gerador o mesmo que paga o tributo

    TRIBUTO INDIRETO:

    Art. 166. CTN.

    A restituio de tributos que comportem, por sua natureza, transferncia do respectivo encargo financeiro

    somente ser feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de t-lo transferido a

    terceiro, estar por este expressamente autorizado a receb-la.

    Vale lembrar que o art. 166 refere-se apenas a tributos indiretos.

    Segundo o STJ, se a base de clculo for um valor fixo, o ISS considerado um tributo direto. Por outro

    lado, se o tributo calculado pelo preo de servio o ISS ser considerado um tributo indireto.

    Fundamentao: Art. 5 da LC 116/03 c/c art. 9, 1 do DL 406/68 c/c art. 166, CTN e precedentes do

    STJ

    IMPOSTOS ESTADUAIS

    ITCMD, ICMS, IPVA

    TESE N 24 ESTADO COMPETENTE. ITCMD tranismisso causa mortis ou por doao. Tratando-se bem imveis o Estado competente ser sempre aquela da situao do bem.

    Quando tratar-se de bem mvel, o local competente ser o local do processamento do invetrio ou

    arrolamento.

    Ser o bem imvel for doado, o local compente ser o domc

  • 2 FASE OAB Direito Tributrio Alessandro Spilborghs Material elaborado pela monitoria

    No h LC, o estado se valero da sua competncia legislativa plena (CF, art. 24, 3).

    Fundamentao: art. 155, I c.c. art. 155, 1, CF e art. 24, 3, CF.

    TESE N 24 LEGISLAO APLICVEL AO ITCMD. Fundamentao: art. 155, I, CF c/c art. 35, pargrafo nico, CTN c/c art. 1.784 CC e Smula 112 do STF.

    TESE N 25

    Como se diferencia o ITCMD do ITBI?

    Ambos so impostos sobre transmisso.

    O ITBI apenas incide sobre transmisso de bens imveis. O ITCMD pode incidir, por sua vez, sobre a

    transmisso de bens imveis ou imveis.

    Se a transmisso for de natureza onerosa, o imposto a ser cobrado o ITBI.

    Se tratar-se de doao ou morte, o imposto a ser cobrado o ITCMD.

    Fundamentao: art. 155, I c/c art. 156, II, CF.

    TESE N 27 IMPOSTO, SEPARAO E DIVRCIO. Fundamentao: art. 155, I art. 156, II, CF e art. 35 c/c art. 38, CTN e art. 1.672 e ss do CC.