2ª faseoab direitopenal aula01 rogériocury matprof

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  • 8/12/2019 2 FaseOAB DireitoPenal Aula01 RogrioCury Matprof

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    ORIENTAES PARA A 2. FASE DO EXAME DE ORDEM.

    Na prova prtico-profissional permitida, exclusivamente, a consulta legislao semqualquer anotao ou comentrio. No permitido o uso de material didtico, tais comoManuais, Livros de Doutrina, sendo tambm vedado o uso de apostilas ou material que possuamodelos de peas prticas, informativos de Tribunais, anotaes pessoais, manuscritas,impressas ou transcries, cpias reprogrficas, impresso da internet, jurisprudncias,dicionrios ou qualquer outro material de consulta. Os examinandos devero trazer os textos deconsulta com a partes no permitidas j isoladas, por grampo ou fita adesiva.

    permitidoutilizar legislao no comentada, cdigos, leis de introduo dos cdigos, ndiceremissivo, instrues normativas, exposio de motivos, smulas, enunciados, regimentointerno, resolues de tribunais, marca texto, trao ou simples remisso a artigos ou a lei eseparao de cdigos por cores, marcador de pgina, post-it com remisso apenas a artigo ou alei, clipes ou similares.

    Sugerimos o uso do Vade Mecum Penal Ed. Rideel OrganizadorRogrio Cury.

    1 - Fique atento leitura do problema proposto e fase processual que se encontra. Voc deveutilizar somente os dados fornecidos pelo problema, sem acrescentar algo alheio ao enunciado.No assine a pea e nem fornea quaisquer outros dados pessoais.

    2 - Reserve cerca de 3 hs para a elaborao da pea prtico-profissional e aproximadamente 25 a30 minutos para cada questo, quando a prova tiver durao de 5 horas.

    3 - Antes de iniciar a elaborao da pea realize um pequeno rascunho, contendo um esquemado que vai ser produzido, ou seja, anote qual a pea, para quem vai ser encaminhada, qual atese, qual o pedido etc. Aps, inicie a feitura da pea.

    4 - Durante a elaborao da pea e questes no utilize palavras repetidas. Cuidado para norepetir a mesma palavra no incio de pargrafos prximos, como tambm no mesmo pargrafo.Cite artigos de lei e Smulas, no bastando fazer constar seu contedo.

    5 - Cuidado com os erros de grafia, acentuao e portugus. Eles podem levar reprovao.

    6 - Na prova prtico-profissional, os examinadores avaliaro o endereamento, teses(preliminares e mrito), raciocnio jurdico, a fundamentao e sua consistncia, a capacidade deinterpretao e exposio, a correo gramatical, pedido e a tcnica profissional demonstrada.Lembramos aos candidatos que, seja na(s) tese (s) e pedido(s), sempre devem citar artigos de leie/ou smulas no corpo da pea, tendo em vista que isto vem sendo exigncia da FGV.

    7 A procura dos temas nos Cdigos deve ser feita a partir do ndice alfabtico remissivo. Istoagiliza sua procura e, conseqentemente, o tempo de prova ser melhor aproveitado.

    8 Cada pargrafo feito deve ser analisado para que no reste nenhum erro, como tambm paraque o pargrafo seguinte no seja repetio do anterior.

    9 A letra apresentada pelo candidato deve ser legvel, pois poder correr o risco doexaminador no entend-la ou at mesmo interpret-la de modo diverso do que est realmenteescrito.

    10 As questes devem ser respondidas de forma objetiva, indo ao cerne do tema proposto.

    Lembramos aos candidatos que na respostas devem citar artigos de lei e/ou smulas, tendo emvista que isto vem sendo exigncia da FGV.

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    11 O candidato deve iniciar a prova com a elaborao da pea profissional e, em seguidaresponder as questes.

    12 Importante lembrar que o examinador far a correo da prova analisando a conduta de umprofissional. Portanto, o uso de tcnica profissional imprescindvel (boas frases, bonspargrafos, comentrios tcnicos e adequados para o caso, citao de artigos e smulas).

    13 O candidato deve utilizar de raciocnio jurdico, amparado por legislao e Smulas do STJe STF.

    14 - Para a redao da pea profissional, o examinando dever formular texto com extensomxima de 150 (cento e cinquenta) linhas; para a redao das respostas s questes prticas, aextenso mxima do texto ser de 30 (trinta) linhas para cada questo. Ser desconsiderado,para efeito de avaliao, qualquer fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado ouque ultrapassar a extenso mxima permitida.

    15 - Quando da realizao das provas prtico-profissionais, caso a pea profissional e/ou asrespostas das questes prticas exijam assinatura, o examinando dever utilizar apenas a palavra"ADVOGADO". Ao texto que contenha outra assinatura, ser atribuda nota 0 (zero), por setratar de identificao do examinando em local indevido.

    16 - Na elaborao dos textos da pea profissional e das respostas s questes prticas, oexaminando dever incluir todos os dados que se faam necessrios, sem, contudo, produzirqualquer identificao alm daquelas fornecidas e permitidas no caderno de prova. Assim, oexaminando dever escrever o nome do dado seguido de reticncias (exemplo: "Municpio...","Data...", "Advogado...", "OAB...", etc.). A omisso de dados que forem legalmente exigidos ounecessrios para a correta soluo do problema proposto acarretar em descontos na pontuao

    atribuda ao examinando nesta fase.

    17 - Nos casos de propositura de pea inadequada para a soluo do problema proposto,considerando, neste caso, aquelas peas que justifiquem o indeferimento liminar por inpcia,principalmente quando se tratar de ritos procedimentais diversos, como tambm no se possaaplicar o princpio da fungibilidade nos casos de recursos, ou de apresentao de respostaincoerente com situao proposta ou de ausncia de texto, o examinando receber nota ZEROna redao da pea profissional ou na questo.

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    Observaes imprescindveis

    A Reposta Escrita Acusao ser apresentada aps a citao do acusado,

    dentro do prazo de 10 (dez) dias.

    Tambm recebe a denominao, por alguns autores, de Defesa Preliminar ou

    Resposta Preliminar.

    A dica mais comum para se saber se o caso de apresentao da pea em tela

    que houve a citao do acusado.

    Na resposta acusao pode haver discusso do mrito da causa, argies de

    teses preliminares. Ademais, devem ser arroladas as testemunhas, sob pena de precluso. As

    excees devem ser articuladas em arrazoado separado.

    JRI

    H Resposta Escrita Acusao na primeira fase do Jri (sumrio de culpa). Tal

    pea vem prevista no art. 406 do CPP e possui prazo de 10 (dez) dias.

    Aqui, a Resposta Escrita Acusao possui nmero mximo de 8 testemunhas.

    Na Resposta da primeira fase do Jri, podem ser argidas preliminares e teses

    de mrito. Vale lembrar, que a excludente de ilicitude da inimputabilidade, desde que seja a

    nica tese da defesa, poder levar absolvio sumria, nos termos do pargrafo nico do art.

    415 do CPP.

    Casos Prticos

    A Dino foi citado na data de ontem. Apresente a medida processual cabvel.

    B O magistrado recebeu a ao penal e determinou a citao do acusado, fato

    que ocorreu na data de ontem.

    Modelo Prtico

    Excelentssimo Senhor Juiz de Direito da _____ Vara Criminal da Comarca de

    ______________, Estado de _______.

    ou

    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ____ Vara Federal da Subseco Judiciria de

    _______, do Estado de _______,

    (pular 2 linhas)Processo n __/__

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    (pular 8 linhas)

    _______, qualificado nos autos da Ao Penal que lhe move a

    Justia Pblica, processo em epgrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve,

    vem, mui respeitosamente presena de Vossa Excelncia, apresentar RESPOSTA ESCRITA,

    a que alude o artigo 396-A do Cdigo de Processo Penal (ou a Legislao Especial ou art. 406

    CPP Jri) expondo e requerendo o que segue:

    (pular 1 linha)

    DOS FATOS:

    Narrar os fatos em pargrafos de ate 4 ou 5 linhas, no

    repetindo a mesma palavra dentro do mesmo pargrafo.

    (pular 1 linha)

    DA PRELIMINAR:

    Narrar a preliminar, tal como citao defeituosa, hiptese de

    rejeio da ao penal etc.

    Na narrativa da preliminar, pode ser citada doutrina e

    jurisprudncia, alem de ficar bem esclarecido o motivo que deu ensejo para essa alegao.

    (pular 1 linha)

    DO MERITO:

    Narrar a tese de mrito, como, por exemplo, hiptese de

    absolvio sumria, nos termos do art. 397 do CPP.

    (pular 1 linha)

    DOS PEDIDOS:

    Nesta fase, havendo a argio de preliminar, deve ser feito o

    pedido preliminar e de mrito. No havendo argio de preliminar, mas somente tese de

    mrito, o pedido ser apenas em relao a tese alegada.

    Fique atento no pedido, para a presena das hipteses do art.397 do CPP, pois aps a apresentao da resposta escrita, os autos sero enviados ao juiz que

    decidira sob a hiptese de absolvio sumria ou no.

    No se esquea de arrolar testemunhas, realizando a

    qualificao e requerendo as devidas intimaes, como por exemplo:

    ROL DE TESTEMUNHAS:

    Nome ___________ ; qualificao ________; Endereo __________ .

    Nome ___________ ; qualificao ________; Endereo __________ .Nome ___________ ; qualificao ________; Endereo __________ .

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    Nome ___________ ; qualificao ________; Endereo __________ .

    Nestes termos,

    Pede deferimento.

    (pular 2 linhas)

    Local e data

    (pular 2 linhas)

    Advogado _________________

    O . A . B. / ______. n _________

    CASOS REFERENTES MATRIA

    1 - Alessandro, de 22 anos de idade, foi denunciado pelo Ministrio Pblico como incurso nas

    penas previstas no art. 213, c/c art. 224, alnea b, do Cdigo Penal, por crime praticado contra

    Geisa, de 20 anos de idade. Na pea acusatria, a conduta delitiva atribuda ao acusado foi

    narrada nos seguintes termos: "No ms de agosto de 2000, em dia no determinado, Alessandro

    dirigiu-se residncia de Geisa, ora vtima, para assistir, pela televiso, a um jogo de futebol.

    Naquela ocasio, aproveitando-se do fato de estar a ss com Geisa, o denunciado constrangeu-a

    a manter com ele conjuno carnal, fato que ocasionou a gravidez da vtima, atestada em laudo

    de exame de corpo de delito. Certo que, embora no se tenha valido de violncia real ou de

    grave ameaa para constranger a vtima a com ele manter conjuno carnal, o denunciando

    aproveitou-se do fato de Geisa ser incapaz de oferecer resistncia aos seus propsitos

    libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que deficiente

    mental, incapaz de reger a si mesma." Nos autos, havia somente a pea inicial acusatria, os

    depoimentos prestados na fase do inqurito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz

    da 2. Vara Criminal do Estado XX recebeu a denncia e determinou a citao do ru para sedefender no prazo legal, tendo sido a citao efetivada em 18/11/2008. Alessandro procurou, no

    mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procurao ad juditia com a finalidade

    especfica de ver-se defendido na ao penal em apreo.

    Disse, ento, a seu advogado que no sabia que a vtima era deficiente mental, que j a

    namorava havia algum tempo, que sua av materna, Romilda, e sua me, Geralda, que moram

    com ele, sabiam do namoro e que todas as relaes que manteve com a vtima eram consentidas.

    Disse, ainda, que nem a vtima nem a famlia dela quiseram dar ensejo ao penal, tendo o

    promotor, segundo o ru, agido por conta prpria. Por fim, Alessandro informou que no haviaqualquer prova da debilidade mental da vtima.

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    Em face da situao hipottica apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constitudo(a)

    pelo acusado, a pea processual, privativa de advogado, pertinente defesa de seu cliente. Em

    seu texto, no crie fatos novos, inclua a fundamentao legal e jurdica, explore as teses

    defensivas e date o documento no ltimo dia do prazo para protocolo.

    2 Tcio foi preso em flagrante pela prtica do crime de furto. Houve a decretao de priso

    preventiva, que fora revogada a pedido do Ministrio Pblico quando do oferecimento da

    denncia. A exordial acusatria imputou a Tcio a figura tpica prevista no art. 155 caput do

    CP, em razo de ter subtrado quatro CDs de msica de uma loja especializada, sendo avaliados

    em R$ 25,00 (vinte e cinco reais) cada qual, totalizando o importe de R$ 100,00 (cem reais). O

    objeto do furto foi integralmente devolvido vtima. Foram testemunhas dos fatos e da

    devoluo dos CDs vtima os Srs. Mvio de Rivera e Sassoferrato de Brtolo.

    Na data de ontem, Tcio, que primrio e de bons antecedentes criminais, foi citado e recebeu

    cpia da denncia.

    Questo: Apresente a pea cabvel para a defesa de Tcio.

    CASO OAB / FGV

    PEA PRTICO-PROFISSIONAL

    A Polcia Civil do Estado do Rio Grande do Sul recebe notcia crime identificada, imputando aMaria Campos a prtica de crime, eis que mandaria crianas brasileiras para o estrangeiro comdocumentos falsos. Diante da notcia crime, a autoridade policial instaura inqurito policial e,como primeira providncia, representa pela decretao da interceptao das comunicaestelefnicas de Maria Campos, dada a gravidade dos fatos noticiados e a notria dificuldade deapurar crime de trfico de menores para o exterior por outros meios, pois o modus operandienvolve sempre atos ocultos e exige estrutura organizacional sofisticada, o que indica aexistncia de uma organizao criminosa integrada pela investigada Maria. O MinistrioPblico opina favoravelmente e o juiz defere a medida, limitando-se a adotar, como razo dedecidir, os fundamentos explicitados na representao policial.

    No curso do monitoramento, foram identificadas pessoas que contratavam os servios de MariaCampos para providenciar expedio de passaporte para viabilizar viagens de crianas para oexterior. Foi gravada conversa telefnica de Maria com um funcionrio do setor de passaportesda Polcia Federal, Antnio Lopes, em que Maria consultava Antnio sobre os passaportes queela havia solicitado, se j estavam prontos, e se poderiam ser enviados a ela. A pedido daautoridade policial, o juiz deferiu a interceptao das linhas telefnicas utilizadas por AntnioLopes, mas nenhum dilogo relevante foi interceptado.O juiz, tambm com prvia representao da autoridade policial e manifestao favorvel doMinistrio Pblico, deferiu a quebra de sigilo bancrio e fiscal dos investigados, tendo sidoidentificado um depsito de dinheiro em espcie na conta de Antnio, efetuado naquele mesmoano, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais). O monitoramento telefnico foi mantido peloperodo de quinze dias, aps o que foi deferida medida de busca e apreenso nos endereos de

    Maria e Antnio. A deciso foi proferida nos seguintes termos: diante da gravidade dos fatos eda real possibilidade de serem encontrados objetos relevantes para investigao, defiro

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    requerimento de busca e apreenso nos endereos de Maria (Rua dos Casais, 213) e de Antnio(Rua Castro, 170, apartamento 201). No endereo de Maria Campos, foi encontrada apenasuma relao de nomes que, na viso da autoridade policial, seriam clientes que teriam requeridoa expedio de passaportes com os nomes de crianas que teriam viajado para o exterior. Noendereo indicado no mandado de Antnio Lopes, nada foi encontrado. Entretanto, os policiaisque cumpriram a ordem judicial perceberam que o apartamento 202 do mesmo prdio tambmpertencia ao investigado, motivo pelo qual nele ingressaram, encontrando e apreendendo aquantia de cinquenta mil dlares em espcie. Nenhuma outra diligncia foi realizada.Relatado o inqurito policial, os autos foram remetidos ao Ministrio Pblico, que ofereceu adenncia nos seguintes termos: o Ministrio Pblico vem oferecer denncia contra MariaCampos e Antnio Lopes, pelos fatos a seguir descritos: Maria Campos, com o auxlio doagente da polcia federal Antnio Lopes, expediu diversos passaportes para crianas eadolescentes, sem observncia das formalidades legais.Maria tinha a finalidade de viabilizar a sada dos menores do pas. A partir da quantia dedinheiro apreendida na casa de Antnio Lopes, bem como o depsito identificado em sua contabancria, evidente que ele recebia vantagem indevida para efetuar a liberao dos passaportes.Assim agindo, a denunciada Maria Campos est incursa nas penas do artigo 239, pargrafo

    nico, da Lei n. 8069/90 (Estatuto da Criana e do Adolescente), e nas penas do artigo 333,pargrafo nico, c/c o artigo 69, ambos do Cdigo Penal. J o denunciado Antnio Lopes estincurso nas penas do artigo 239, pargrafo nico, da Lei n. 8069/90 (Estatuto da Criana e doAdolescente) e nas penas do artigo 317, 1, c/c artigo 69, ambos do Cdigo Penal.O juiz da 15 Vara Criminal de Porto Alegre, RS, recebeu a denncia, nos seguintes termos:compulsando os autos, verifico que h prova indiciria suficiente da ocorrncia dos fatosdescritos na denncia e do envolvimento dos denunciados. H justa causa para a ao penal,pelo que recebo a denncia. Citem-se os rus, na forma da lei. Antnio foi citado pessoalmenteem 27.10.2010 (quartafeira) e o respectivo mandado foi acostado aos autos dia 01.11.2010(segunda-feira). Antnio contratou voc como Advogado, repassando-lhe nomes de pessoas(Carlos de Tal, residente na Rua 1, n. 10, nesta capital; Joo de Tal, residente na Rua 4, n. 310,nesta capital; Roberta de Tal, residente na Rua 4, n. 310, nesta capital) que prestariam relevantes

    informaes para corroborar com sua verso.Nessa condio, redija a pea processual cabvel desenvolvendo TODAS AS TESESDEFENSIVAS que podem ser extradas do enunciado com indicao de respectivosdispositivos legais. Apresente a pea no ltimo dia do prazo.

    GABARITO

    O candidato dever redigir Resposta Acusao endereada ao Juiz de Direito da 15 VaraCriminal de Porto Alegre, RS, com base nos artigos 396 e/ou 396-A do Cdigo de ProcessoPenal. indispensvel a indicao do dispositivo legal que fundamenta a apresentao da pea.Peas denominadas Defesa Previa, Defesa Preliminar e Resposta Preliminar semindicao do dispositivo legal no sero aceitas. Peas com fundamento simultneo nos artigos

    406 e 514 do Cdigo de Processo Penal, ou em qualquer artigo de outra lei no sero aceitas.Quando se indicava os artigos 396 e/ou 396-A, as peas eram aceitas independente do nome,salvo quando tambm se fundamentavam no art. 514 do Cdigo de Processo Penal ou em outroartigo no aplicvel ao caso.Admitiu-se a resposta acompanhada da exceo de incompetncia, pontuando-se os argumentosconstantes de ambas as peas. A primeira questo preliminar que dever ser arguida incompetncia da Justia Estadual paraprocessar o feito, eis que o crime de competncia federal, nos termos do que prev o artigo109, V, da Constituio Federal. Relativamente a esse tema, admitiu-se tambm a arguio deincompetncia com base no inciso IV do art. 109, da Constituio. Em ambos os casos, serconsiderada vlida a indicao da transnacionalidade do crime ou a circunstncia de ser umaacusao de crime supostamente praticado por funcionrio pblico federal no exerccio dasfunes e com estas relacionadas. Admite-se tambm a simples referncia ao dispositivo daConstituio, ou at mesmo Smula n. 254, do extinto mas sempre Egrgio Tribunal Federal

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    de Recursos. No ser aceita, por outro lado, a referncia ao art. 109, I da Constituio nem sSmulas 122 e/ou 147 do STJ. A segunda questo preliminar que dever ser arguida nulidade na interceptao telefnica.Aqui, foram pontuados separadamente os dois argumentos para sustentar a nulidade: (a) falta defundamentao da deciso nos termos do que disciplina o artigo 5, da Lei n. 9.296/96 e artigo93, IX, da Constituio da Repblica; no mesmo sentido; (b) impossibilidade de se decretar amedida de interceptao telefnica como primeira medida investigativa, no respeitando oprincpio da excepcionalidade, violando o previsto no artigo 2, II, da Lei n. 9.296/96. Nanulidade da interceptao no se aceitar o argumento do art. 4, acerca da ausncia deindicao de como seria implementada a medida. Tambm no se aceitar a nulidade decorrenteda incompetncia para a decretao, eis que o argumento da incompetncia era objeto depontuao especfica. A terceira questo preliminar que dever ser arguida a nulidade da deciso que deferiu abusca e apreenso nula, eis que genrica e sem fundamentao, fulcro no artigo 93, IX, daConstituio da Repblica. A quarta questo preliminar que dever ser arguida a nulidade da apreenso dos cinquentamil dlares, eis que o ingresso no outro apartamento de Antnio, onde estava a quantia, no

    estava autorizado judicialmente. Relativamente a este ponto, era indispensvel que se associassea ilegalidade ao conceito de prova ilcita e consequentemente requerendo-se a desconsideraodo dinheiro l apreendido. A quinta questo preliminar que dever ser arguida a inpcia da inicial acusatria, eis que aconduta genrica, sem descrever as elementares do tipo de corrupo passiva e sem imputarfato determinado. Isso viola o previsto no artigo 8, 2, b, do Decreto 678/92, o qual prevcomo garantia do acusado a comunicao prvia e pormenorizada da acusao formulada. Almdisso, limita o exerccio do direito de defesa, em desrespeito ao previsto no artigo 5, LV, daConstituio da Repblica. Por fim, h violao ao artigo 41, do Cdigo de Processo Penal. Em relao ao crime de corrupo passiva, previsto no artigo 317, 1, do Cdigo Penal, ocandidato dever apontar a falta de justa causa para a ao penal. Afirmaes genricas de faltade justa causa no sero consideradas suficientes para obteno da pontuao. Com efeito,

    preciso que o candidato faa um cotejo entre o tipo penal (com seus elementos normativos,objetivos e subjetivos) e os fatos narrados no enunciado da questo. So exemplos deargumentos: no h prova suficiente de que o ru recebia vantagem indevida para a emisso depassaportes de forma irregular; no h nenhuma prova de que os passaportes fossem emitidos deforma irregular; nenhum passaporte foi apreendido ou periciado na fase de inqurito policial;no h prova de que os passaportes supostamente requeridos por Maria na ligao telefnicaforam, efetivamente, emitidos; no h prova de que houve o exaurimento do crime, nos termosdo que prev o 1 do artigo 317, do Cdigo Penal, ou seja, que Antnio tenha efetivamentepraticado ato infringindo dever funcional. No que tange ao crime previsto no artigo 239, pargrafo nico, da Lei n. 8.069/90 (Estatuto daCriana e do Adolescente), no h qualquer indcio da prtica delituosa por parte de Antnio,eis que no h sequer referncia de que ele tivesse cincia da inteno de Maria. Em outras

    palavras, o candidato dever indicar que no havia conscincia de que Antnio estivessecolaborando para a prtica do crime supostamente praticado por Maria, inexistindo, dessa formadolo. Assim como no caso do crime anterior, afirmaes genricas de falta de justa causa nosero consideradas suficientes para obteno da pontuao. Com efeito, preciso que ocandidato faa um cotejo entre o tipo penal (com seus elementos normativos, objetivos esubjetivos) e os fatos narrados no enunciado da questo. Dessa forma, relativamente atipicidade do crime do art. 239, indispensvel que o candidato apontasse a ausncia de doloou falasse do elemento subjetivo do tipo. Argumentos relacionados exclusivamente ao nexocausal no sero considerados aptos. Ao final, o candidato dever especificar provas, indicando rol de testemunhas. Osrequerimentos devem ser de declarao das nulidades, absolvio sumria e, alternativamente,instruo processual com produo da prova requerida pela defesa. Para pontuar o pedido no necessrio que o candidato faa todos os pedidos constantes do gabarito, mas que seus pedidosestejam coerentes com a argumentao desenvolvida na pea. Por outro lado, se houver

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    argumentos flagrantemente equivocados em maior nmero do que adequados, o pedido deixarde ser pontuado. No pedido, no foi admitida absolvio com fulcro no art. 386 e do 415 doCdigo de Processo Penal, j que ele trata das hipteses de absolvio aps o transcurso doprocesso, e no na fase de resposta. O ltimo dia do prazo 08.11.2010, eis que a contagem inicia na data da intimao pessoal.No sero aceitas datas como 06 ou 07 de novembro, pois o enunciado claro ao especificarque a petio deveria ser protocolada no ltimo dia do prazo, o qual se prorrogou at o dia tilsubsequente. Erros como 08 de outubro e 08 de setembro (ou qualquer outra data) seroconsiderados insuscetveis de pontuao. Por fim, o gabarito no contempla nenhuma atribuio de pontuao para as argumentaesrelativas :(1) ausncia de notificao para apresentar resposta preliminar (art. 514, Cdigo de ProcessoPenal);(2) nulidade da deciso que decretou a quebra do sigilo bancrio. Tambm no ser atribudapontuao simples narrativa dos fatos nem s afirmaes genricas de que no havia justacausa para a ao penal.

    ITENS DE CORREO- Incompetncia da Justia Estadual. Artigo 109, V, CF. 0,75- Nulidade da deciso que decretou a interceptao telefnica como primeira medidainvestigatria. Artigo 2, II, da Lei n. 9.296/96. 0,25- Nulidade da deciso que decretou a interceptao telefnica sem fundamentaoadequada. Basta indicar um dos seguintes dispositivos: artigo 5, da Lei n. 9.296/96 eartigo 93, IX, da Constituio da Repblica. 0,25- Nulidade da deciso que deferiu a busca e apreenso por ser genrica e sem devidafundamentao. Artigo 93, IX, da Constituio da Repblica. 0,50- Nulidade na apreenso dos cinquenta mil dlares em endereo para o qual no haviaautorizao judicial. 0,50

    - Inpcia da denncia, eis que genrica. Basta indicar um dos seguintes dispositivos:artigo 8, 2, b, do Decreto 678/92, artigo 5, LV, da Constituio da Repblica, eartigo 41, do Cdigo de Processo Penal. 0,50- Falta de justa causa para ao penal em relao ao crime previsto no artigo 317, 1,do Cdigo Penal. 0,75- Atipicidade do artigo 239, pargrafo nico, da Lei n. 8.069/90, eis que sem dolo. 0,50- Apresentao de requerimento de declarao de nulidades, absolvio sumria e,alternativamente, sendo instrudo o feito, produo das provas em direito admitidas. 0,25- Apresentao de rol de testemunhas. 0,25- Prazo: 08/11/2010. 0,50

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    MEMORIAS/ALEGAES FINAIS

    Observaes preliminares sobre a pea: As Alegaes Finais ou Memoriais Escritos a

    pea a ser utilizada aps o final da instruo criminal e antes da prolao de sentena. Nela as

    partes fazem um resumo do que consta dos autos, sendo a ltima oportunidade, antes da

    sentena, para as partes frisarem suas teses preliminares e de mrito.

    Com a reforma do CPP (lei 11.719/08), haver apresentao de Alegaes Finais

    (Memoriais Escritos), quando no puderem ser realizadas de maneira oral (regra atual). Desta

    feita, apenas em casos complexos, ou de grande nmero de acusados, haver a converso dos

    memoriais orais em escritos, nos termos do art. 403, 3 do CPP.

    Aqui, para a apresentao da pea em questo, existe processo e existe momento

    processual especfico, ou seja, aps o trmino da instruo criminal.

    Fundamentos Legais

    Art. 403, 3 do Cdigo de Processo Penal, sendo o rito ordinrio. Porm em

    caso de procedimento de competncia do Jri (primeira fase do Jri), o respaldo legal

    encontrado no art. 411 do CPP, no havendo previso de converso de memorial oral em

    escrito. Contudo, tal converso admitida pela doutrina e na prtica forense.

    Endereamento

    encaminhada a um juiz de Direito (ou Juiz Federal) competente da Vara

    Criminal onde tramita o processo (procedimento comum ordinrio) ou da Vara do Jri

    (procedimento especial do jri crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os

    crimes conexos).

    Denominao do postulante

    Como na Resposta Escrita, a denominao utilizada pelo indivduo que

    apresenta as Alegaes Finais, ACUSADO, RU ou IMPUTADO.

    Prazo

    Quando h converso de memoriais orais em escritos, so 5 (cinco) dias

    sucessivos para cada parte (acusao e defesa).

    Hiptese

    a ltima manifestao das partes antes da prolao de sentena, ou seja, o

    momento processual adequado para as partes argirem suas teses (preliminares e mrito), antesque se d uma soluo de 1 instncia para o caso.

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    (pular 8 linhas)

    _____________, qualificado nos autos da Ao Penal que lhe

    move a Justia Pblica, por infrao ao artigo ____ do ou da ________ , via de seu advogado e

    procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente douta presena de Vossa

    Excelncia, com fulcro no art. 403 do Cdigo de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS

    ESCRITOS, expondo e requerendo o quanto segue:

    (pular 1 linha)

    DOS FATOS:

    (pular 1 linha)

    O presente processo, diz respeito a suposta prtica do crime de

    _____________ e, segundo consta na exordial, o ora imputado ____________ (narrar os fatos,

    sem que haja a repetio da mesma palavra dentro do mesmo pargrafo, como tambm que o

    pargrafo tenha, no maximo, entre 4 ou 5 linhas).

    (pular 1 linha)

    DA PRELIMINAR:

    (pular 1 linha)

    Narrar a tese preliminar, com a meno de doutrina e

    jurisprudncia.

    (pular 1 linha)

    DO MERITO:

    Via de regra este o momento de articular tese que redunde na absolvio do cliente

    (pular 1 linha)

    *no esquecer de reservar, conquanto no haja consulta, espao

    especfico para colocao de doutrina e jurisprudncia, que deve ser assim enunciada, por

    exemplo:

    A jurisprudncia j afirmou que nos crimes materiais contra a

    ordem tributria imprescindvel o lanamento, que condiciona a prpria tipicidade da conduta(Smula Vinculante 24 do STF)

    Ou

    A doutrina de Guilherme Nucci tem merecido reiteradas

    citaes dos Tribunais. O eminente autor entende que... (Cdigo Penal, p....,).

    Obs. Importante: o candidato s deve citar jurisprudncia ou doutrina que conhea, desde que

    saiba exatamente o nome do livro, do autor ou o nmero do recurso criminal enfrentado pelacorte.

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    (pular 1 linha)

    SUBSIDIARIAMENTE

    Aqui o candidato deve mencionar todas as teses alternativas anulao do processo e a

    absolvio pura e simples. A pertinncia da tese depender do caso concreto.

    Apenas para ilustrar, aqui vo algumas teses que o candidato deve saber manusear na

    hora da prova:

    Desclassificao (ateno com eventual prescrio ou decadncia que dela derivar e com a

    smula 337 do STJ). Afastamento de qualificadoras. Circunstncias judiciais favorveis.

    Reconhecimento de atenuantes. Afastamento de agravantes e causas de aumento.

    Reconhecimento de causas de diminuio. Concurso de crimes mais favorvel ao agente.

    Regime inicial de cumprimento de pena menos gravoso. Substituio da pena por

    restritiva de direitos, ou pena de multa. Sursis. Recurso em liberdade. Negativa de

    indenizao. Negativa aos efeitos do art. 91 do CP.

    CONSIDERAES FINAIS (CONSIDERAES

    DERRADEIRAS):

    (pular 1 linha)

    A acusao no logrou provar o que imputara na denncia e as

    provas produzidas impe a prolao de uma sentena absolutria (pular 1 linha)

    imprescindvel, para uma condenao criminal, um juzo de

    certeza. Meras suposies no bastam para levar a uma sentena penal condenatria. Entretanto,

    se V. Exa. entender de forma diversa, a condenao no pode ser nos termos que pretende o

    Parquet,devendo ser considerados os argumentos acima expendidos.

    (pular 1 linha)

    DOS PEDIDOS:

    (pular 1 linha)Por tudo quanto foi exposto e inequivocamente provado, a

    defesa requer:

    a) preliminarmente a .... nulidade absoluta ..........b) Caso V. Exa entender de forma diversa, afastando a nulidade apontada, quanto ao

    mrito, postula-se a absolvio do acusado, com fulcro no inciso __, do artigo 386 do

    Cdigo de Processo Penal.

    c) Apenas pela eventualidade, em caso do no acatamento da tese meritria,subsidiariamente requer a substituio da pena privativa de liberdade por restritiva de

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    direitos, nos termos do art. 44 do CP (ou suspenso condicional da pena art. 77 CP; ou

    causa de diminuio de pena etc).

    OBS Sendo caso de rito especial do Jri, alm de preliminares, a defesa poder requerer a

    impronncia (art. 414 CPP); absolvio sumria (art. 415 CPP) ou desclassificao (art. 415

    CPP). Em verdade, plenamente possvel requerer como tese principal a absolvio sumria

    (art. 415 CPP) e, subsidiariamente, a desclassificao (art. 419 CPP).

    (pular 1 linha)

    Nestes termos,

    Pede deferimento.

    (pular 2 linhas)

    Local e data

    (pular 2 linhas)

    Advogado _________________

    O.A.B. / ____. n _____________

    CASOS REFERENTES MATRIA

    1 Mariano Pereira, brasileiro, solteiro, nascido em 20/1/1987, foi denunciado pela prtica de

    infrao prevista no art. 157, 2., incisos I e II, do Cdigo Penal, porque, no dia 19/2/2007, por

    volta das 17 h 40 min, em conjunto com outras duas pessoas, ainda no identificadas, teria

    subtrado, mediante o emprego de arma de fogo, a quantia de aproximadamente R$ 20.000,00

    de agncia do banco Zeta, localizada em Braslia DF.

    Consta na denncia que, no dia dos fatos, os autores se dirigiram at o local e convenceram o

    vigia a permitir sua entrada na agncia aps o horrio de encerramento do atendimento ao

    pblico, oportunidade em que anunciaram o assalto.

    Alm do vigia, apenas uma bancria, Maria Santos, encontrava-se no local e entregou o dinheiro

    que estava disponvel, enquanto Mariano, o nico que estava armado, apontava sua arma para ovigia.

    Fugiram em seguida pela entrada da agncia. Durante o inqurito, o vigia, Manoel Alves, foi

    ouvido e declarou: que abriu a porta porque um dos ladres disse que era irmo da funcionria;

    que, aps destravar a porta e o primeiro ladro entrar, os outros apareceram e no conseguiu

    mais travar a porta; que apenas um estava armado e ficou apontando a arma o tempo todo para

    ele; que nenhum disparo foi efetuado nem sofreram qualquer violncia; que levaram muito

    dinheiro; que a agncia estava sendo desativada e no havia muito movimento no local.

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    O vigia fez retrato falado dos ladres, que foi divulgado pela imprensa, e, por intermdio de

    uma denncia annima, a polcia conseguiu chegar at Mariano. O vigia Manoel reconheceu o

    indiciado na delegacia e faleceu antes de ser ouvido em juzo.

    Regularmente denunciado e citado, em seu interrogatrio judicial, acompanhado pelo advogado,

    Mariano negou a autoria do delito. A defesa no apresentou alegaes preliminares.

    Durante a instruo criminal, a bancria Maria Santos afirmou: que no consegue reconhecer o

    ru; que ficou muito nervosa durante o assalto porque tem depresso; que o assalto no demorou

    nem 5 minutos; que no houve violncia nem viu a arma; que o Sr. Manoel faleceu poucos

    meses aps o fato; que ele fez o retrato falado e reconheceu o acusado; que o sistema de

    vigilncia da agncia estava com defeito e por isso no houve filmagem; que o sistema no foi

    consertado porque a agncia estava sendo desativada; que o Sr. Manoel era meio distrado e ela

    acredita que ele deixou o primeiro ladro entrar por boa f; que sempre ficava at mais tarde no

    banco e um de seus 5 irmos ia busc-la aps as 18 h; que, por ficar at mais tarde, muitas vezes

    fechava o caixa dos colegas, conferia malotes etc.; que a quantia levada foi de quase vinte mil

    reais.

    O policial Pedro Domingos tambm prestou o seguinte depoimento em juzo: que o retrato

    falado foi feito pelo vigia e muito divulgado na imprensa; que, por uma denncia annima,

    chegaram at Mariano e ele foi reconhecido; que o ru negou participao no roubo, mas no

    explicou como comprou uma moto nova vista j que est desempregado; que os assaltantes

    provavelmente vigiaram a agncia e notaram a pouca segurana, os horrios e hbitos dos

    empregados do banco Zeta; que no recuperaram o dinheiro; que nenhuma arma foi apreendida

    em poder de Mariano; que os outros autores no foram identificados; que, pela sua experincia,

    tem plena convico da participao do acusado no roubo.

    Na fase de requerimento de diligncias, a folha de antecedentes penais do ru foi juntada e

    consta um inqurito em curso pela prtica de crime contra o patrimnio.

    Na fase seguinte, a acusao pediu a condenao nos termos da denncia.

    Em face da situao hipottica apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) de Mariano, a

    pea processual, privativa de advogado,pertinente defesa do acusado. Inclua, em seu texto, afundamentao legal e jurdica, explore as teses defensivas possveis e date no ltimo dia do

    prazo para protocolo, considerando que a intimao tenha ocorrido no dia 23/6/2008, segunda-

    feira.

    2 Abravamel, empresrio, com 45 anos de idade, teve por vrias vezes sua residncia

    assaltada. No dia 25/09/00, ao retornar para sua residncia, notou que a porta de sua casa estava

    aberta, momento em que viu um vulto caminhando em sua direo. Indagou algumas vezes

    quem era tal pessoa, no logrando xito, porm o citado vulto continuava a caminhar em suadireo, quando de imediato, o empresrio saca de sua arma e atira. Aps o ocorrido, apurou-se

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    que tal vulto era de um deficiente mental. Instaurou-se processo, e no final da instruo, o

    representante do Ministrio Pblico requereu a pronncia do empresrio.

    Questo: Como advogado, e intimado na data de hoje aplique a medida cabvel ao caso.

    3 Barriga, com 22 anos de idade, desempregado, genitor de trs filhos, passando por grandes

    dificuldades financeiras, segundo narra a denncia, cometeu o crime de furto, pois se dirigiu at

    um comrcio na cidade de Brotas-SP, e l chegando subtraiu para si duas mas, sendo

    posteriormente denunciado como incurso no artigo 155 do Cdigo Penal. No obteve a

    suspenso condicional do processo, por ser reincidente em crime que praticou de forma dolosa.

    Durante a instruo criminal, as testemunhas arroladas pela acusao foram unssonas em

    afirmar que no presenciaram a prtica do crime. O representante do Ministrio Pblico pugnou

    pela condenao nas penas do art. 155, capudo CP.

    Questo: Como advogado de Barriga apresente a pea cabvel, tendo em vista ter sido intimado

    na data de ontem.

    5 Carlos, com 33 anos de idade, est sendo processado na cidade de Mogi Mirim, pelo crime

    de falsidade ideolgica, pois serviu de testemunha instrumentria do registro de nascimento do

    recm nascido, do qual Alberto dizia ser o genitor, pois segundo ele havia mantido relaes

    sexuais com a me do recm nascido.

    Questo: No transcorrer do processo, o Parquet opinou pela condenao de Carlos nas penas

    da lei. Defenda-o.

    6 Caim, enfermeiro, do Hospital sem Base, responde processo por praticar ato que se adequa

    ao que dispe o artigo 121, pargrafo 2, inciso III, 1 parte, c.c. o artigo 14, inciso II do CP,

    pois segundo narra a denncia, tal enfermeiro tentou matar Abel, mediante aplicao de injeo

    intravenosa. Feito o laudo, para apurar o carter da substncia utilizada, este concluiu que tal

    substncia no possua potencialidade lesiva, no podendo, atravs de seu uso, causar a morte

    de ningum. O representante do Ministrio Pblico apresentou suas Alegaes Finais,requerendo a pronncia de Caim, conforme versava a denncia.

    Questo: Advogue para Caim.

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    ordem econmica e financeira; art. 109, X da CF; crimes praticados contra servidores pblicos

    no exerccio da funo, etc.

    Importante frisar que em matria de competncia devem ser tambm estudadas

    Smulas do STJ e STF.

    JECRIM

    Vale lembrar que as infraes penais de menor potencial ofensivo e as

    contravenes penais, sero julgadas pelos Juizados Especiais Criminais, da Justia

    Comum Estadual ou Federal, a depender da natureza da infrao penal.

    Eventuais recursos contra as decises/sentenas do JECrim, devem ser

    endereados ao Colgio Recursal do JECrim da respectiva comarca/subseco judiciria

    e no a Tribunais (TJs ou TRFs).

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    APELAO

    Observaes Preliminares sobre a pea: Tal pea cabvel quando, no processo, houve

    sentena definitiva ou com fora de definitiva, porm ainda no h trnsito em julgado. Ento,

    h processo, sentena que ainda no transitou em julgado.

    Fundamentos Legais:

    Encontra respaldo nos artigos 593 e seguintes do CPP. Contudo, h previso

    legal em legislao especial, dependendo do caso que a OAB trata, como por exemplo, Lei

    9099/95.

    Ademais, vale lembrar que temos previso do recurso de Apelao no art. 416

    do CPP (apelao contra deciso de absolvio sumria e de impronncia primeira fase do

    Jri).

    Endereamento:

    Diferentemente das peas outrora analisadas, a apelao endereada ao juiz a

    quoe tambm ao respectivo Tribunal, ou seja, a petio de interposio dirigida ao juiz que

    proferiu a sentena e as razes, onde so expostas as teses (preliminares e de mrito)

    endereadas ao Tribunal de Justia, Tribunal Regional Federal ou ao Colgio Recursal/Turma

    Recursal do Juizado Especial Criminal.

    Denominao do Postulante:

    Quem recorre da deciso, recebe a denominao de APELANTE, j a outra

    parte ser conhecida como APELADO.

    Prazo:

    Para a petio de interposio o prazo de 5 (cinco) dias. Para as razes, o

    prazo de 8 (oito) dias, todavia na prova da OAB, por bvio que tais peas so

    interpostas/apresentadas no mesmo prazo, ou seja, conjuntamente.

    O prazo para a interposio de apelao se inicia a partir da intimao dasentena (Smula 310 STF e art. 798 CPP)

    Em se tratando da Lei 9.099/95, o prazo para a apelao ser de 10 dias.

    Em se tratando de assistente de acusao, o prazo ser o seguinte:

    - estando habilitado o assistente 5 dias (a partir do trmino prazo MP);

    - no estando habilitado o assistente 15 dias (a partir do trmino prazo MP);

    Hiptese:

    A apelao cabvel contra sentena definitiva ou com fora de definitiva sem

    trnsito em julgado. Nesta pea, a parte buscar a reforma total ou parcial da deciso a quo.

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    Forma:

    Compe-se de duas peties, quais sejam, petio de interposio, dirigida ao

    juiz que prolatou a sentena, e razes endereada ao respectivo Tribunal (TJ ou TRF).

    Observaes Imprescindveis:

    Devemos sempre atentar que quando caso para se apelar, existe processo,

    sentena, porm no h trnsito em julgado.

    Os efeitos da apelao podem ser devolutivo e suspensivo. Excepcionalmente

    aceita o efeito extensivo.

    Alm das hipteses mais conhecidas, lembre-se que cabe apelao contra

    sentena que julga pedido de restituio de coisas apreendidas, que concede reabilitao, que

    acolhe o pedido de seqestro ou especializao de hipoteca legal, que autoriza ou nega o pedido

    de levantamento de seqestro e sentena que indefere pedido de explicaes e de justificao

    criminal.

    Casos Prticos:

    A Joo, aps ser processado por crime, foi condenado por sentena recorrvel.

    B Paulo, condenado, ficou sabendo que a sentena transitou em julgado para a

    acusao.

    C Pedro foi condenado por sentena que no transitou em julgado, tendo sido

    intimado, assim como seu defensor, na data de ontem.

    Modelo Prtico:

    *petio de interposio:

    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Criminal da Comarca de _________,

    Estado de So Paulo,

    Excelentssimo Senhor Doutor Juiz Federal da ___ Vara Criminal da Seo Judiciria de

    ________, Estado de So Paulo,

    (pular 1 linha)

    Processo n __/__(pular 8 linhas)

    ______________________, qualificado nos autos do processo

    em epgrafe, via de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente

    Douta Presena de Vossa Excelncia, dentro qinqdio legal, interpor recurso de

    APELAO, com fulcro no artigo 593 do Cdigo de Processo Penal, data vnia, por no se

    conformar com a r. sentena condenatria.

    Em anexo, seguem as razes recursais.(pular 1 linha)

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    Nestes termos,

    Pede deferimento.

    (pular 2 linhas)

    Local e data

    (pular 2 linhas)

    Advogado__________

    O . A . B ./ ____. n___

    *roteiro de Razes de Apelao:

    Egrgio Tribunal de Justia, Seo Criminal, do Estado de So Paulo,

    ou

    Egrgio Tribunal Regional Federal da ___ Regio.

    (pular 2 linhas)

    Comarca de ____________________

    Cartrio do ____ Ofcio Criminal

    Processo n __/__

    (pular 1 linha)

    Apelante: ______________________

    Apelado: ______________________

    (pular 3 linhas)

    DOUTO PROCURADOR,

    (pular 2 linhas)

    COLENDA CMARA(justia estadual)

    COLENDA TURMA(justia federal)

    (pular 2 linhas)

    EMRITOS JULGADORES:

    (pular 3 linhas)

    A r. sentena condenatria de fls. no deu ao caso o conforto dajustia e merece ser reformada, seno vejamos:

    ou

    Em que pese o zelo do magistrado a quo,este no deu ao caso

    a soluo adequada, assim vejamos:

    ou

    A r. sentena de fls. injusta e necessita de reparo.

    Verifiquemos:

    (pular 1 linha)DOS FATOS:

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    (pular 1 linha)

    DO DIREITO:

    Aqui o candidato deve organizar seu raciocnio da mesma

    maneira que em uma alegao final: higidez do processo (preliminares) mrito (absolvio,

    normalmente) e subsidirias (outras teses que melhorem de alguma forma a situao do

    condenado, como desclassificao, afastamento de qualificadora, alterao de regime de

    cumprimento, etc.).

    (pular 1 linha)

    *no se esquecer de reservar, conquanto no haja consulta,

    espao especfico para colocao de doutrina (desde que o candidato tenha conhecimento de

    alguma) e jurisprudncia, que deve ser assim enunciada, por exemplo:

    A jurisprudncia j se pronunciou no sentido de que o regime

    integralmente fechado no compe com o princpio da individualizao da pena (HC no. ... do

    C. STF ou STJ)

    Ou

    Doutrina respeitada sobre este tema a de Jlio Fabbrini

    Mirabete. O eminente autor entende que... (CP interpretado p....,).

    Obs. Importante: o candidato s deve citar jurisprudncia ou doutrina que conhea, desde que

    saiba exatamente o nome do livro do autor ou o nmero do recurso criminal enfrentado pela

    corte.

    :

    ou

    CONCLUSO:

    (pular 1 linha)* este tpico serve para reforar a sua tese.

    REQUERIMENTO:

    Por tudo que dos autos consta, requer o conhecimento e

    provimento do recurso para que haja a total reforma da r. sentena condenatria, sendo

    imprescindvel a imposio da absolvio ao caso em tela, alicerado no inciso _____ do artigo

    386 do Cdigo de Processo Penal.

    OU (pode ser requerida a reforma parcial do julgado recorrido); (pode haver pedido

    subsidirio); (pode haver pedido alternativo - preliminar e mrito).(pular 1 linha)

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    DE FORMA ALTERNATIVA:

    (pular 1 linha)

    *neste tpico, deve-se requerer algo alm da absolvio, ou

    seja, suspenso condicional da pena; aplicao da pena mnima; perdo judicial; substituio da

    pena privativa de liberdade por restritiva de direitos; aplicao de regime prisional mais brando.

    Enfim, a aplicao de benefcios cabveis ao caso em questo.

    Local e data

    (pular 2 linhas)

    Advogado_____________

    O . A . B ./ ____. n______

    *a apelao, em suas razes, pode ser confeccionada com preliminar e mrito, dependendo do

    caso. Neste caso, haver, no mnimo, dois pedidos (preliminar e mrito).

    CASOS REFERENTES MATRIA:

    1 Adroaldo, com 20 anos bem vividos, praticou a figura tpica do artigo 155 em sua forma

    qualificada do CP. Tal fato ocorreu em 20/12/00, portanto, perto do natal. A data do

    recebimento da denncia foi 20/11/01, e o processo teve seus trmites normais. A sentena

    datada de 10/12/05 condenou Adroaldo h 2 anos de recluso com concesso de sursis. Durante

    o processo, o ru negou a autoria, e as testemunhas nada esclareceram. A sentena transitou em

    julgado para a acusao. Questo: Intimado na data de ontem, defenda Adroaldo.

    2 Sassofereto, quando em poca de IP, permaneceu calado. Na fase seguinte, foi condenado

    como infrator do artigo 157, pargrafo 2, incisos I e II c.c o artigo 14, inciso II, do CP. A pena

    aplicada foi de 1 ano, 9 meses e 10 dias de recluso, alm do pagamento de 4 dias multa. As

    provas produzidas eram frgeis, porm, o magistrado que compe a 5 Vara Criminal da

    Comarca de Colina-CE, alicerou o seu decisrio na presuno de culpa por Fernando terpermanecido em silncio na fase policial. Questo: A sentena foi publicada h 5 dias. Como

    advogado, defenda Fernando.

    3 Guapo morador da cidade de Jaboato foi denunciado como incurso nas penas do artigo 155,

    pargrafo 4, inciso I do CP, sob a acusao de ter adentrado na residncia do senhor Manoel

    Luiz. Guapo subtraiu uma TV. Na polcia confessou o delito mas, em juzo, negou o fato,

    esclarecendo ao magistrado que a confisso ocorreu, pois foi ameaado pelos policiais. O

    advogado do acusado apresentou resposta escrita em momento oportuno. Quando ouvidas, astestemunhas arroladas pela acusao nada esclareceram, ao passo que as arroladas pela defesa

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    confirmaram que Guapo trabalhador, boa pessoa e no que este no tiveram notcia alguma

    que este praticou o crime em questo. Quando da fase do artigo 402, do CPP, nada foi requerido

    pelas partes. Na fase do artigo seguinte, o Parquet requereu a condenao do acusado nos

    exatos termos da denncia. Intimado, o defensor do acusado no apresentou alegaes finais.

    Sem tomar qualquer tipo de providncia, o magistrado prolatou sentena condenando Guapo e

    concedendo-lhe sursis. Intimado o ru, de prprio punho recorreu.

    Questo: Como advogado de Guapo, oferea as razes recursais.

    4 - Lauro foi denunciado e, posteriormente, pronunciado pela prtica dos crimes previstos no

    art. 121, 2., incisos II e IV, em concurso material com o art. 211, todos do Cdigo Penal

    Brasileiro (CPB). Em 24/6/2008, Lauro foi regularmente submetido a julgamento perante o

    tribunal do jri. A tese de negativa de autoria no foi acolhida pelo conselho de sentena e

    Lauro foi condenado pelos dois crimes, tendo o juiz fixado a pena em 16 anos pelo homicdio

    qualificado e, em 3 anos, pela ocultao de cadver. O Ministrio Pblico no recorreu da

    deciso. A defesa ficou inconformada com o resultado do julgamento, por entender que havia

    prova da inocncia do ru em relao aos dois crimes e que a pena imposta foi injusta.

    Considerando a situao hipottica apresentada, indique, com os devidos fundamentos jurdicos:

    < o recurso cabvel defesa de Lauro;

    < a providncia jurdica cabvel na hiptese de o juiz denegar o recurso

    5 - Paulo, analista de sistemas, 36 anos, caminhava pela Praa Joo Mendes em SP, Capital,

    quando repentinamente foi abordado por um morador de rua. Paulo, surpreendido pela conduta

    e achando que tratava-se de roubo, para defender-se, desferiu um empurro na vtima, de nome

    Carlos, que bateu a cabea no meio fio e morreu.

    Aps a instaurao do IP, o MP houve por bem denunciar Paulo, como incurso nas penas do art.

    121, 2, I e IV do CP. As qualificadoras alinhavadas na denncia seriam motivo ftil (mero

    pedido de esmola) e recurso que impossibilitou a defesa da vtima (surpresa).

    A denncia foi, aps citao regular, recebida pelo Juzo Competente. Produzida a prova oral, ojuiz admitiu a acusao, dizendo que no era crvel a verso do ru de ter se assustado com a

    abordagem. Submetido a julgamento, o ru afirmou que jamais pretendeu a morte da vtima,

    reagiu instintivamente abordagem, para se defender do que imaginou ser uma tentativa de

    assalto.

    O laudo necroscpico atesta a morte por trauma crnio enceflico, que evoluiu junto a

    septicemia, com bito dias depois. As condies de higiene da vtima eram precrias e ficou

    bem demonstrado que era alcolatra, com vrias internaes. No foi produzida prova oral em

    juzo.

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    O ru foi condenado por homicdio, nos termos da denncia. A pena aplicada foi de 14 anos de

    recluso em regime integralmente fechado. Pesou em desfavor do ru a circunstncia de possuir

    processo em trmite, por roubo circunstanciado. O julgamento ocorreu no dia 05/02/2010. Na

    condio de advogado de Paulo, tome a medida adequada, apontando o ltimo dia do prazo

    legal para demonstrao de inconformismo.

    CASOS OAB - FGV

    PEA PRTICO-PROFISSIONAL

    1. Tcio foi denunciado e processado, na 1 Vara Criminal da Comarca do Municpio Niteri-RJ,pela prtica de roubo qualificado em decorrncia do emprego de arma de fogo. Ainda durante a

    fase de inqurito policial, Tcio foi reconhecido pela vtima. Tal reconhecimento se deu quandoa referida vtima olhou atravs de pequeno orifcio da porta de uma sala onde se encontravaapenas o ru. J em sede de instruo criminal, nem vtima nem testemunhas afirmaram terescutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram unssonas no sentido de assegurar que oassaltante portava uma. No houve percia, pois os policiais que prenderam o ru em flagranteno lograram xito em apreender a arma. Tais policiais afirmaram em juzo que, aps escutaremgritos de pega ladro!, viram o ru correndo e foram em seu encalo. Afirmaram que, durantea perseguio, os passantes apontavam para o ru, bem como que este jogou um objeto nocrrego que passava prximo ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada. Oru, em seu interrogatrio, exerceu o direito ao silncio. Ao cabo da instruo criminal, Tcio foicondenado a oito anos e seis meses de recluso, por roubo com emprego de arma de fogo, tendosido fixado o regime inicial fechado para cumprimento de pena. O magistrado, para fins de

    condenao e fixao da pena, levou em conta os depoimentos testemunhais colhidos em juzo eo reconhecimento feito pela vtima em sede policial, bem como o fato de o ru ser reincidente eportador de maus antecedentes, circunstncias comprovadas no curso do processo.Voc, na condio de advogado(a) de Tcio, intimado(a) da deciso. Com base somente nasinformaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija apea cabvel, apresentando as razes e sustentando as teses jurdicas pertinentes. (Valor: 5,0)

    GABARITO

    O examinando deve redigir uma apelao, com fundamento no artigo 593, I, do Cdigo de

    Processo Penal. A petio de interposio deve ser endereada ao juiz de direito da 1 varacriminal da comarca de Niteri/RJ. Nas razes de apelao o candidato dever dirigir-se aoTribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro, argumentando que o reconhecimento feito nodeve ser considerado para fins de condenao, pois houve desrespeito formalidade legalprevista no art. 226, II, do Cdigo de Processo Penal. Dessa forma, inexistiria prova suficientepara a condenao do ru, haja vista ter sido feito somente um nico reconhecimento, em sedede inqurito policial e sem a observncia das exigncias legais, o que levaria absolvio comfulcro no art. 386, VII, do mesmo diploma. Outrossim, de maneira alternativa, dever postular oafastamento da causa especial de aumento de pena decorrente do emprego de arma de fogo, poisesta deveria ter sido submetida percia, nos termos do art. 158 do Cdigo de Processo Penal, oque no foi feito, de modo que no h como ser comprovada a potencialidade lesiva da arma.

    ITENS DE CORREO

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    Estrutura correta (diviso das partes /

    indicao de local, data, assinatura)

    0 / 0,25

    Indicao correta do prazo e dispositivos legais

    que do ensejo apelao, na petio de

    interposio (art. 59, I, do !"")

    0 / 0,25

    Enderea#ento correto da interposio $ %&

    'ara !ri#inal do unicpio *

    0 / 0,25

    Enderea#ento correto das raz+es $ ri-unal

    de ustia do Estado

    0 / 0,25

    esenvolvi#ento jurdico acerca da 0alta de

    o-serv1ncia da 0or#alidade legal (2,3) /

    prevista no art. 44, II, do !"" (2,4)

    0 / 0,2 / 0,8 / 1,0

    esenvolvi#ento jurdico acerca da aus6ncia da

    apreenso da ar#a (ou de aus6ncia de

    potencialidade lesiva), o que i#pede o e7a#e

    pericial da ar#a, nos ter#os do art. %53 do !"".

    (2,) / 8ingu# a0ir#ou que a ar#a ten:a

    e0etuado qualquer disparo (percia indireta)

    (2,;).

    0 / 0,4 / 0,6 / 1,0

    "edido argu#ento > -ase legal

    0 / 0,5

    "edidos (2,5 cada) $ no #ni#o pedidos $

    #?7i#o %,5 ponto -ase legal

    @ #udana de regi#e > -ase legal

    @ nulidade da prova > -ase legal@ a0asta#ento da agravante > argu#ento > -ase

    legal

    0 / 0,5 / 1,0 / 1,5

    PEA PRTICO-PROFISSIONAL

    2. Em 10 de janeiro de 2007, Eliete foi denunciada pelo Ministrio Pblico pela prtica docrime de furto qualificado por abuso de confiana, haja vista ter alegado o Parquet que adenunciada havia se valido da qualidade de empregada domstica para subtrair, em 20 de

    dezembro de 2006, a quantia de R$ 50,00 de seu patro Cludio, presidente da maior empresado Brasil no segmento de venda de alimentos no varejo. A denncia foi recebida em 12 dejaneiro de 2007, e, aps a instruo criminal, foi proferida, em 10 de dezembro de 2009,sentena penal julgando procedente a pretenso acusatria para condenar Eliete pena final dedois anos de recluso, em razo da prtica do crime previsto no artigo 155, 2, inciso IV, doCdigo Penal. Aps a interposio de recurso de apelao exclusivo da defesa, o Tribunal deJustia entendeu por bem anular toda a instruo criminal, ante a ocorrncia de cerceamento dedefesa em razo do indeferimento injustificado de uma pergunta formulada a uma testemunha.Novamente realizada a instruo criminal, ficou comprovado que, poca dos fatos, Elietehavia sido contratada por Cludio havia uma semana e s tinha a obrigao de trabalhar ssegundas, quartas e sextas-feiras, de modo que o suposto fato criminoso teria ocorrido noterceiro dia de trabalho da domstica. Ademais, foi juntada aos autos a comprovao dos

    rendimentos da vtima, que giravam em torno de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais.Aps a apresentao de memoriais pelas partes, em 9 de fevereiro de 2011, foi proferida nova

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    sentena penal condenando Eliete pena final de 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de recluso. Emsuas razes de decidir, assentou o magistrado que a r possua circunstncias judiciaisdesfavorveis, uma vez que se reveste de enorme gravidade a prtica de crimes em que se abusada confiana depositada no agente, motivo pelo qual a pena deveria ser distanciada do mnimo.Ao final, converteu a pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, consubstanciada naprestao de 8 (oito) horas semanais de servios comunitrios, durante o perodo de 2 (dois)anos e 6 (seis) meses em instituio a ser definida pelo juzo de execues penais. Novamenteno houve recurso do Ministrio Pblico, e a sentena foi publicada no Dirio Eletrnico em 16de fevereiro de 2011.Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo casoconcreto acima, redija, na qualidade de advogado de Eliete, com data para o ltimo dia do prazolegal, o recurso cabvel hiptese, invocando todas as questes de direito pertinentes, mesmoque em carter eventual.(Valor: 5,0)

    GABARITO

    O candidato dever redigir uma apelao, com fundamento no artigo 593, I, do CPP, a serendereada ao juiz de direito, com razes inclusas endereadas ao Tribunal de Justia. Nasrazes recursais, o candidato dever argumentar que a segunda sentena violou a proibio reformatio in pejus configurando-se caso de reformatio in pejus indireta , contida no artigo617 do CPP, de modo que, em razo do trnsito em julgado para a acusao, a pena no poderiaexceder dois anos de recluso, estando prescrita a pretenso punitiva estatal, na forma do artigo109, V, do Cdigo Penal, uma vez que, entre o recebimento da denncia (12/01/2007) e aprolao de sentena vlida (09/02/2011), transcorreu lapso superior a quatro anos.Superada a questo, o candidato dever argumentar que inexistia relao de confiana ajustificar a incidncia da qualificadora (Eliete trabalhava para Cludio fazia uma semana) e quea quantia subtrada era insignificante, sobretudo tomando-se como referncia o patrimnio

    concreto da vtima. Em razo disso, o candidato dever requerer a reforma da sentena, de modoa se absolver a r por atipicidade material de sua conduta, ante a incidncia do princpio dainsignificncia/bagatela.O candidato deve argumentar, ainda, que, na hiptese de no se reformar a sentena para seabsolver a r, ao menos deveria ser reduzida a pena em razo do furto privilegiado,substituindo-se a sano por multa.Em razo de tais pedidos, considerando-se a reduo de pena, o candidato deveria requerer asubstituio da pena privativa de liberdade por multa, bem como a aplicao da suspensocondicional da pena e/ou suspenso condicional do processo.Deveria ainda o candidato argumentar sobre a impossibilidade do aumento da pena baserealizado pelo magistrado sob o fundamento da enorme gravidade nos crimes em que se abusada confiana depositada, pois tal motivo j foi levado em considerao para qualificar o delito,no podendo a apelante sofrer dupla punio pelo mesmo fato bis in idem.Por fim, o candidato deveria requerer um dos pedidos possveis para a questo apresentada, taiscomo:1- absolvio;

    2- reconhecimento da reformatio in pejus, com a aplicao da pena em no mximo 2 anos e aconsequente prescrio;

    3- atipicidade da conduta, tendo em vista a aplicao do princpio da bagatela;

    4- no incidncia da qualificadora do abuso da confiana, com a consequente desclassificaopara furto simples;

    5- aplicao da Suspenso Condicional do Processo;

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    6- no sendo afastada a qualificadora, a incidncia do pargrafo 2 do artigo 155 do CP;

    7- a reduo da pena pelo reconhecimento do bis in idem e a consequente prescrio;

    8- aplicao de sursis;

    9- inadequao da pena restritiva aplicada, tendo em vista o que dispe o artigo 46, 3, do CP.

    Alternativamente, o candidato poder elaborar embargos de declarao.

    ITENS DE CORREO

    Estrutura correta (diviso das partes / indicao

    de local, data, assinatura)

    0 / 0,25

    Indicao correta dos dispositivos legais que do

    ensejo apelao (art. 59, I, do !"")

    2 / 2,5

    Enderea#ento correto da interposio 2 / 2,45

    Enderea#ento correto das raz+es 0 / 0,25Indicao de reformatio in pejus (2,42). 0 / 0,20

    esenvolvi#ento jurdico acerca da ocorr6ncia

    de reformatio in pejus (2,;2) =rt. %A do !""

    (2,%5)

    0 / 0,15 / 0,40 / 0,55

    Incid6ncia da prescrio da pretenso punitiva.

    (2,2) esenvolvi#ento jurdico. (2,;5)

    0 / 0,30 / 0,45 / 0,75

    8o incid6ncia da quali0icadora de a-uso de

    con0iana OU desclassi0icao para 0urto

    si#ples. (2,) esenvolvi#ento jurdico. (2,;5)

    0 / 0,30 / 0,45 / 0,75

    =tipicidade #aterial da conduta OU "rincpio da

    -agatela (2,). esenvolvi#ento jurdico. (2,;5)

    0 / 0,30 / 0,45 / 0,75

    esenvolvi#ento jurdico acerca da incid6ncia,

    e# car?ter eventual, da 0igura do 0urto

    privilegiado

    0 / 0,25

    esenvolvi#ento jurdico acerca da su-stituio

    da pena privativa de li-erdade por #ulta OU

    suspenso condicional da pena (sursis) e do

    processo OU di#inuio da pena por bis in idem

    0 / 0,25

    "edido correto, conte#plando as teses

    desenvolvidas

    0 / 0,25

    PEA PRTICO-PROFISSIONAL

    . Grvida de nove meses, Ana entra em trabalho de parto, vindo dar luz um meninosaudvel, o qual imediatamente colocado em seu colo. Ao ter o recm-nascido em suas mos,

    Ana tomada por extremo furor, bradando aos gritos que seu filho era um monstro horrvelque no saiu de mim e bate por seguidas vezes a cabea da criana na parede do quarto do

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    hospital, vitimando-a fatalmente. Aps ser dominada pelos funcionrios do hospital, Ana presa em flagrante delito.Durante a fase de inqurito policial, foi realizado exame mdico-legal, o qual atestou que Anaagira sob influncia de estado puerperal. Posteriormente, foi denunciada, com base nas provascolhidas na fase inquisitorial, sobretudo o laudo do expert, perante a 1 Vara Criminal/Tribunaldo Jri pela prtica do crime de homicdio triplamente qualificado, haja vista ter sustentado oParquet que Ana fora movida por motivo ftil, empregara meio cruel para a consecuo do atocriminoso, alm de se utilizar de recurso que tornou impossvel a defesa da vtima. Em sede deAlegaes Finais Orais, o Promotor de Justia reiterou os argumentos da denncia, sustentandoque Ana teria agido impelida por motivo ftil ao decidir matar seu filho em razo de t-loachado feio e teria empregado meio cruel ao bater a cabea do beb repetidas vezes contra aparede, alm de impossibilitar a defesa da vtima, incapaz, em razo da idade, de defender-se.A Defensoria Pblica, por sua vez, alegou que a r no teria praticado o fato e, alternativamente,se o tivesse feito, no possuiria plena capacidade de autodeterminao, sendo inimputvel. Aoproferir a sentena, o magistrado competente entendeu por bem absolver sumariamente a r emrazo de inimputabilidade, pois, ao tempo da ao, no seria ela inteiramente capaz de seautodeterminar em consequncia da influncia do estado puerperal. Tendo sido intimado o

    Ministrio Pblico da deciso, em 11 de janeiro de 2011, o prazo recursal transcorreu in albissem manifestao do Parquet.Em relao ao caso acima, voc, na condio de advogado(a), procurado pelo pai da vtima,em 20 de janeiro de 2011, para habilitar-se como assistente da acusao e impugnar a deciso.Com base somente nas informaes de que dispe e nas que podem ser inferidas pelo casoconcreto acima, redija a pea cabvel, sustentando, para tanto, as teses jurdicas pertinentes,datando do ltimo dia do prazo. (valor: 5,00)

    GABARITO

    O candidato deve redigir uma apelao, com fundamento no artigo 593, I CPP (OU art. 416

    CPP) c/c 598 do CPP.A petio de interposio deve ser endereada ao Juiz de Direito da 1 Vara Criminal/Tribunaldo Jri.Na petio de interposio da apelao, o candidato dever requerer a habilitao do pai dacriana como assistente de acusao.

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    Acerca desse item, cumpre salientar que ser atribuda a pontuao respectiva se o pedido dehabilitao tiver sido feito em pea apartada.Todavia, tambm resta decidido que no ser pontuado o item relativo estrutura se o indivduoque solicitar a habilitao como assistente de acusao no possuir legitimidade para tanto.Por fim, a petio de interposio dever ser datada de 31/01/2011 OU 01/02/2011.No tocante s razes recursais, as mesmas devero ser dirigidas ao Tribunal de Justia.Nelas, o examinando deve argumentar que o juiz no poderia ter absolvido sumariamente a rem razo da inimputabilidade, porque o Cdigo de Processo Penal, em seu artigo 415, pargrafonico, veda expressamente tal providncia, salvo quando for a nica tese defensiva, o que no o caso, haja vista que a defesa tambm apresentou outra tese, qual seja, a de negativa de autoria.Tambm dever argumentar que a incidncia do estado puerperal no considerada causaexcludente de culpabilidade fundada na ausncia de capacidade de autodeterminao. O estadopuerperal configura elementar do tipo de infanticdio e no causa excludente deimputabilidade/culpabilidade.As duas teses principais da pea, acima citadas, somente sero passveis de pontuao integralse preenchidas em sua totalidade, descabendo falar-se em respostas implcitas.Do mesmo modo, dever o examinando, em seus pedidos, requerer a reforma da deciso com o

    fim de se pronunciar a r pela prtica do delito de infanticdio, de modo que seja ela levada ajulgamento pelo Tribunal do Jri.Ao final, tambm dever datar corretamente as razes recursais.Acerca desse ponto, tendo em vista o prazo de trs dias disposto no art. 600, 1, do CPP, seroaceitas as seguintes datas nas razes: 31/01/2011; 01/02/2011; 02/02/2011; 03/02/2011 e04/02/2011 (essa ltima data s ser aceita se a petio de interposio tiver sido datada de01/02/2011).Cumpre salientar que tais datas justificam-se pelo seguinte: o dia 16 de janeiro de 2011 (termofinal do prazo recursal para o Ministrio Pblico) foi domingo e por isso o termo inicial doassistente de acusao ser dia 18 de janeiro de 2011 (tera-feira), terminando em 1 defevereiro de 2011. Todavia, considerando que nem todos os examinandos tiveram acesso aocalendrio no momento da prova, permitiu-se a contagem dos dias corridos e, nesse caso, o

    prazo final para a interposio da apelao seria dia 31 de janeiro de 2011.Por fim, ainda no tocante ao item da data correta, somente far jus respectiva pontuao oexaminando que acertar as hipteses (petio de interposio e razes recursais).

    ITENS DE CORREODistribuio dos Pontos: Quesito Avaliado Faixa de valoresIte# % @ Estrutura correta (diviso das partes /

    indicao de local, assinatura).

    B-s.< a 0alta de legiti#idade para requerer a

    :a-ilitao i#plicar? na no atri-uio de pontos

    nesse ite#.

    2,22 / 2,45

    Ite# 4 @ Indicao correta dos dispositivos legais que

    do ensejo apelao (art. 59, I, do !"" BC art. ;%

    do !"" (2,42) E art. 593 do !"" (2,2)

    2,22 / 2,42 /2,2 / 2,52

    Ite# @ Enderea#ento correto da interposio (%&

    'ara !ri#inal /ri-unal do Dri)

    2,22 / 2,45

    Ite# ; @ Enderea#ento correto das raz+es (ri-unal

    de ustia).

    2,22 / 2,45

    Ite# 5 @ "edido de :a-ilitao, na interposio, do pai

    da vti#a co#o assistente de acusao.

    B-s.< no ser? pontuado o pedido de :a-ilitao 0eito

    nas raz+es do recurso.

    2,22 / 2,45

    Ite# @ esenvolvi#ento jurdico acerca dai#possi-ilidade de se a-solver su#aria#ente pela

    2,22 / 2,95 /%,45

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    ini#puta-ilidade por no ser a Dnica tese de0ensiva

    alegada na pri#eira 0ase do jDri (2,95) e consequente

    violao ao art. ;%5, par?gra0o Dnico, do !"" (2,2).

    B-s.< a #era indicao do artigo no pontua.

    Ite# A @ esenvolvi#ento jurdico acerca da

    i#possi-ilidade de se a-solver su#aria#ente pela

    ini#puta-ilidade por no ser o estado puerperalconsiderado co#o tal (2,95), j? que ele#ento do tipo

    no art. %4 do !".(2,2).

    B-s.< a #era indicao do artigo no pontua.

    2,22 / 2,95 /%,45

    Ite# 3 @ "edidos