29 - higiene boas maneiras e etiqueta_org

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Higiene, Boas Maneiras e Etiqueta por Rubem Queiroz Cobra.ndice de assuntos: Higiene: Higiene pessoal Higiene ambiental Mesa: Roteiro de um jantar completo Lugares mesa Os talheres Boas maneiras mesa Ao restaurante Celebraes Noivado Casamento: agendamentos O casamento religioso O casamento civil Recepes Convites Recepo do casamento Homenagens aos noivos Recebendo para o Ch Coquetis Bebidas Escolher e oferecer vinhos Aperitivos, coquetis e licores Discursos e brindes Vesturio: Vestir-se bem Ambiente de trabalho Clima frio Combinao de cores Tipos e cores OUTROS: Conversao Deferncias e apresentaes Pronomes de tratamento Viagens Educao no trnsito NOTAS COMPLEMENTARES Anel de noivado Beijar a mo Canaps de caviar Convite para recepo de homenagem aos noivos Documentos para o casamento religioso Efeitos do vinho Fabricao do vinho Garrafas, rtulos e rolhas Menu servido francesa Menu servido em buf Lista para bagagem Ordem oficial de precedncia Ovos a la coque Pratos e vinhos Sanduche multicolorido Uvas brasileiras Uma lista bibliogrficaHigiene: PESSOAL INTRODUO A base para as Boas Maneiras a auto-estima. Se a pessoa no se valoriza, ento ela no se cuida; se ela no d trato a si mesma e se a sua prpria figura e os seus mod os ofendem pela inadequao o sentimento de sociabilidade de seus semelhantes, cair por terra toda possibilidade de que seus gestos possam significar deferncia e respeit o para com os outros. Os cuidados consigo mesma, includa a higiene pessoal e a higiene d o ambiente pelo qual a pessoa responsvel, devem ser, portanto, nosso ponto de parti da. O Brasil tem ainda, no campo e nas cidades, muita gente de hbitos muito primitivos de higiene, o que me obriga, dentro do propsito destas minhas pginas, a abordar alguns costumes que as pessoas mais cultas acharo detestveis. No tomem como desrespeito e insensibilidade, pois desejo mostrar uma realidade a aqueles que podem, atravs do ensino, contribuir para que tais hbitos sejam mudados. Abaixo esto listados alguns tpicos relativos higiene do corpo e ao asseio ambiental, para ateno em relao s crianas e aos jovens, em casa e na escola, e a adultos assistidos. O CORPO Alm de fundamental para o intercmbio social, a higiene do corpo tambm importante para a sade. Inmeras doenas, principalmente da pele, dermatoses, impetigo, larva geogrfica e micose de praia, por exemplo, decorrem de falta de hi giene. Manter o corpo asseado e perfumado, e as roupas limpas, o primeiro preceito a se r ensinado s crianas e jovens, no lar e na escola, e um imperativo para os adultos. Cheiro do corpo. O cheiro do corpo pode afetar o relacionamento social, como o caso do cheiro de suor, a bromidrose, (suor malcheiroso) e do mau hlito, ou pode afetar apenas o relacionamento entre duas pessoas, como o caso dos odores em partes ntimas. Origem do odor. Como a maioria dos animais, o homem tem dois tipos de glndulas sudorparas, as glndulas ecrinas, que produzem apenas lquido refrescante para o corpo, e as glndulas apocrinas, cuja secreo transporta gorduras e protenas da s clulas para o exterior do corpo. As glndulas ecrinas esto distribudas por todo o corpo e abrem diretamente na superfcie da pele. Elas respondem prontamente a tenses ou ao calor. O suor que produzem um plasma filtrado incolor que 99% gua e 1% outras substncias qumicas como compostos de sdio, cloro, potssio, clcio, fsforo e cido rico. As glndulas apocrinas, ao contrrio, concentram-se em certas reas peludas: nas axilas, na parte cabeluda da cabea, e nas regies umbilical, pubiana e anal. O suor que produzem vaza para os folculos capilares (raiz dos cabelos), e no diretamente sobr e apele. A secreo das glndulas apocrinas alimento para as bactrias que esto na epiderme, e os produtos do metabolismo das gorduras e protenas secretadas, digeri das pelas bactrias, que produzem o cheiro desagradvel do suor. Raas. Nos estudos sobre caractersticas raciais, -uma das preocupaes mais fortes da sociologia em fins do sculo XIX e primeira metade do sculo XX -, indicar am que so os europeus e africanos que possuem maior quantidade de glndulas sudorparas do tipo apocrina. A raa mongol tem menor quantidade, e nas axilas, onde a concentrao normalmente maior nas duas primeiras raas, os mongois podem no ter nenhuma, ou ter muito poucas. Os japoneses quase no tem odor nas axilas. Ao tempo da escravatura, os negros africanos se queixavam do cheiro dos mercadores france ses queiam comprar negros na frica: diziam que cheiravam a "galinha molhada". No entanto , algumas etnias negras tm odor mais forte que os brancos. Gentica. Alm da tendncia racial, a gentica individual faz variar a intensidade do odor entre membros do mesmo grupo tnico. Variam individualmente a distribuio, a quantidade e a intensidade da atividade das glndulas sudorparas. Algumas pessoas tm hiperidrose axilar, ou excesso de suor nas axilas, que deixa grandes manchas na roupa. Essas pessoas geralmente no tm bromidrose porque a sudorese das glndulas crinas lava as secrees produzidas pelas glndulas apcrinas que so as responsveis pelo cheiro forte de suor. Atividade fsica intensa. As pessoas de qualquer raa que caminham muito, ou passam muito tempo em ambientes quentes e fechados, adquirem cheiro de corpo; o suor se acumula sobre a pele e impregna as roupas, quando essas so pouco ventiladas ou muito absorventes, e as secrees rapidamente deterioram devido a alimentarem as bactrias que existem na pele. Alimentao. Outro fator a alimentao. O que a pessoa come como base de sua alimentao pode provocar cheiro do corpo. Eu prprio constatei, em uma rea onde a populao consumia muita rapadura, - embora no fosse uma regio canavieira -, que as pessoas tinham um intenso odor de aucar mascavo. Fungos. So causa do mau cheiro nos ps os fungos, que provocam fissuras entre os dedos ou se concentram em pequenos ndulos na base dos artelhos na micose conhecida como p de atleta. , no entanto, um cheiro diferente do cheiro produzido porbactrias a partir do suor. intil tentar resolver o problema com qualquer tipo d e talco. necessrio um bom fungicida, que um farmacutico experiente saber indicar. Vesturio. As roupas retm o calor do corpo e por isso favorecem o suor e a conseqente produo dos resduos bacteriolgicos que geram o mau cheiro. Mas o odor pode inclusive provir da prpria roupa, e no do suor. Alguns tecidos sintticos usado s em camisas ficam mau cheirosos quando aquecidos pelo calor do corpo. Tambm a roupa que lavada mas no perde todo o sabo, ou que demora a secar, principalmente na poca de chuva, adquire odor desagradvel. Outras causas . Alguns problemas de sade so causas menos comuns da bromidrose. SOLUES: O banho dirio utilizando-se uma escova para escovar as axilas com espuma de sabo e a aplicao de um desodorante comum ao local, aps o banho, talvez a melhor soluo para se evitar o mau cheiro axilar. Se no houve cuidados prvios, e j est formado um revestimento amarelado em cada pelo, ento necessria a remoo dos pelos com um aparelho de barbear. Os pelos que nascero depois se mantero limpos se forem tomados os cuidados acima indicados. necessrio distinguir entre desodorante e antitranspirante. O primeiro cobre ou absorve os odores sem limitar a transpirao. O segundo inibe ou restringe a transpi rao por reduzir as dimenses dos poros ou por obstruir e retardar sua secreo.Hidroclororeto de alumnio o composto mais usado em desodorantes e antitranspirantes. O talco tambm absorve a umidade e o odor, porm com menor resultado. Existe tambm a soluo cirrgica, que consiste na eliminao de parte das glndulas sudorparas. Mau hlito. So apontadas causas variadas para o mau hlito. atribudo a refluxos do estmago que alcanam a garganta, inflamao das gengivas, simples presena de alimentos envelhecidos retidos entre os dentes, crie dentria e tambm as amgdalas que, mesmo que estejam sadias, em alguns casos tm uma estrutura que facilita a reteno de resduos (pequenos carocinhos branco-amarelados) e neste caso onico modo de eliminar o mau hlito definitivamente com a extirpao desses pequenos rgos. A pessoa deve ser encorajada a procurar junto aos profissionais em cada rea a possvel causa do problema. Na escola as crianas podem ser ensinadas a escovar os dentes de modo a deixar os interstcios limpos (comprimindo a escova e fazendo pen etrar seus fios nos espaos entre os dentes, ou usando fio-dental) e as gengivas (na par te superior e mais alta, ou na parte inferior e mais baixa) bem massageadas; a mest ra deve enviar um alerta aos pais, se o problema for persistente. Cabelos. O cabelo, independentemente do estilo, deve estar sempre limpo e bem cortado, e a barba feita. Barba e cabelos crescidos e sujos geram, alm de mau che iro, coceiras devidas foliculite e a parasitas do couro cabeludo. Aps um dia de suor e poeira, tomar um bom banho lavando bem a cabea. Prestar ateno permanentemente, principalmente quanto s crianas que freqentam a escola, para verificar se h contaminao por piolhos. O rosto. O rosto nosso carto de apresentao principal. Contem um grande nmero de informaes de interesse social. Uma pessoa sagaz, analisando os traos, os movimentos e o tratamento do rosto de algum, pode intuir muita coisa sobre a sua personalidade, de modo que suas respostas em relao ao outro sero influenciadas por esses sinais. No cabe aqui analisar essas mensagens porm apenas ressaltar os aspectos relativos higiene. Acne. Lavar bem o rosto (e esfregar as costas com uma escova macia) certamente uma medida eficaz para diminuir o nmero de espinhas ou acne, pois elim ina a oleosidade excessiva da pele, pode desobstruir os poros e evitar o crescimento e a disperso das bactrias na pele. Limpeza do Nariz e da Garganta. Este um tpico atroz, no que diz respeito aos hbitos da gente comum, pouco educada e por isso pouco respeitadora da sensibilida de alheia, da higiene pessoal em locais privados e pblicos. Ficou-me a lembrana de, a o me dirigir certa vez a uma seo no interior do prdio do Departamento dos Correios e Telgrafos para recolher uma encomenda especial, caminhando ao longo de um corredo r iluminado por vidraas de janelas altas, ver as paredes revestidas de escarros ressecados, at a altura de cerca de meio metro do cho. Os funcionrios, ao passarem diariamente por ali, displicentemente apertavam o nariz e o assoavam com violncia na direo da parede, e cada um l deixava a sua marca o que, ao longo dos anos, criou aquela crosta repugnante. Dava pena que isto acontecesse em um edifcio cujo exter ior, com sua imponente torre adornada por seu relgio, na esquina da avenida principal com a rua que beirava o largo rio, fronteiro a uma bonita ponte, era o carto postal pri ncipal da cidade. Infelizmente, seus funcionrios no ouviram da professora na escola primria q ue no se escarra no cho nem nas paredes. Essa inpcia com a limpeza do nariz somente dos brasileiros? Apesar dosestrangeiros de regies civilizadas detestarem ver tal coisa no Brasil, tambm em ou tros pases o povo rude tem hbitos igualmente reprovveis, que podem persistir em uma pessoa mesmo depois de ela adquirir um verniz doutoral. Vi um professor universi trio, originrio de uma ex-colnia britnica, que limpava o nariz com as mos e esfregava os dedos na parede atrs da sua cadeira. Visto de frente no seu escritrio, ele estava sentado tendo por fundo uma aurola de pequenos dejetos petrificados. No menos repugnante aspirar ruidosamente o muco do nariz para o fundo da garganta e engolir, o que muitos fazem sem se importar onde esto, mesmo que estej am mesa das refeies! Outro pssimo hbito escarrar na pia do banheiro, cuja bacia, nos banheiros de restaurantes ou de locais pblicos, no raro mostram restos desses fluxos orgnicos. S ej est dentro de um banheiro, a pessoa deve usar o papel higinico para assoar o nari z e lanar o papel usado no vaso e dar descarga. Desculpem-me chamar a ateno to cruamente para hbitos to chocantes, mas to comuns em nossa gente. Perdeu-se o hbito de as pessoas levarem consigo um leno de cambraia, que deveria ter sido substitudo modernamente pelo leno de papel mas que foi simplesmente esquecido. Deve-se ter leno de papel mo para limpeza do nariz e tambm para o muco da garganta que deve ser discretamente cuspido no papel , que ser suficiente para embalar a carga a ser lanada com segurana na cesta de lixo ou em um vaso sanitrio. No tendo lenos, folhas dobradas de papel higinico, ou mesmo guardanapos de papel, podem ser levados na bolsa ou no bolso, para as emergncias. Com certeza conta-se entre os gestos mais elevados de caridade ajudar a esse respeito s pessoas doentes e invlidas. Coriza. Se a criana ou o adulto est sempre de nariz escorrendo, isto sem dvida os prejudica no relacionamento social. Se a causa um resfriado, resfriados, nece ssita que seja includa em sua alimentao elementos fortificantes como clcio e vitaminas pri ncipalmente vitamina "C". O Ministrio da Sade distribui o p multi-mistura, rico em elementos nutricionais e vitaminas, para ser includo nas refeies. Mos e unhas. O aperto de mo quando esta est suada, suja e pegajosa e as unhas dos dedos esto crescidas e abrigam sujeira, causa repulsa. Desde muito cedo os meninos e as meninas devem ser ensinados a cuidar das unhas dos ps e das mos. Aos meninos basta aprender a usar um cortador de unhas e a mant-lo em sua caixinha ou gaveta pessoal, em casa. Os homens podem utilizar esse mesmo instrumento, simple s e barato, em lugar de tentar cortar as unhas com tesouras grandes ou ponta de faca ou canivete. Ter um cortador de unhas em casa conveniente mesmo para os que prefere m pagar o servio nas barbearias que oferecem manicuras para limpeza, corte, polimen to e verniz. As meninas e as mulheres, mais que os homens, atentam para o cuidado com as unhas, mas no deveriam esperar at que a pintura fique em muito mal estado para refaz-la. Esmaltes de cores claras contribuem mais para o aspecto de limpeza e elegncia das mos femininas, que os esmaltes de cores escuras. Defeitos fsicos que chamam ateno e por isso desequilibram o relacionamento pela averso natural que possam despertar nas outras pessoas, podem na maioria das vezes ser corrigidos pela cirurgia plstica. Os pais de uma criana que tenha nascid o com lbios leporinos, ou o jovem portador de algum defeito fsico hoje facilmente corrigv el pela cirurgia, devem ser encorajados e auxiliados nesse particular. O mesmo se a plica a verrugas e plipos. NOTAS: Dermatoses. A pele est sujeita a uma grande quantidade de doenas comoresultado da falta de asseio agravada por fatores ligados idade, ao sexo, ambien te de moradia, trabalho e transporte, e outras condies. Esses males, que constituem o gr upo das dermatoses, so principalmente as piodermites, que so infeces inflamatrias diretamente provocadas por bactrias nas diversas camadas da pele, alm de certas verminoses e micoses. Resultam de contgio e so transmissveis por contcto, sendo mais freqentemente incidentes durante a poca mais quente e mida do ano. Foliculites so piodermites representadas por folculos pilosos inflamados que produzem forte coceira na barba ou em qualquer rea pilosa da pele (bordas do cour o cabeludo na nuca, zona cabeluda do pbis, etc.). Pessoas mais sujeitas s foliculite sdevem lavar com mais freqncia os cabelos nessas partes mais susceptveis de serem afetadas. Impetigo. O impetigo, tambm conhecido por impetigem e salsugem, comum em crianas, contrado por contagio ao contacto da pele com superfcies contaminadas. Pode ocorrer em qualquer local da pele, porm mais freqente na face e extremidades e nas reas do corpo expostas a objetos engordurados pelo uso pblico, como os assento s no transporte coletivo (contaminao na curva interna do joelho). Formam-se na pele bolhas que do lugar a feridas planas, cobertas de um crosta tipicamente cor do me l. Larva geogrfica (Larva migrans) um verme cujos ovos so freqentemente encontrado nas fezes de ces e gatos, depositadas na areia ou na grama. Em ambient e quente e mido produzem as larvas que penetram na pele de quem se deita ou rola no s gramados ou na praia. As larvas se deslocam sob a primeira camada da pele, e pro duzem coceira. Os ps, as costas e as ndegas so as partes do corpo mais comumente contaminadas. Como preveno bom evitar caminhar descalo em terrenos e nas praias que se sabe freqentada por ces. Deve-se deitar no diretamente sobre a areia ou a grama, mas sobre uma toalha, quando no se estiver vestido. Um farmacutico experiente pode indicar uma pomada apropriada ao combate da larva e, caso no se obtenha o resultado esperado, recomendada a consulta mdica a um dermatologista. Micose de praia (epitirase versicolor). Esta uma micose muito comum em crianas e jovens que no vivem em condies timas de higiene. Apesar de ser conhecida como "micose de praia", apresenta-se tambm em outros ambientes. A causa est num desequilbrio da flora natural da pele, fazendo com que uma espcie de fungo acabe proliferando. Por isso, o problema no surge necessariamente na praia. A pel e contaminada pelo fungo apresenta manchas brancas arredondadas e ovaladas, nos braos, na nuca e base do pescoo, nas costas, no peito e no ventre. O tratamento fe ito com antimicticos de receita mdica. Evita-se com banhos dirios e secando-se bem o corpo, principalmente quando se vive em regies de clima quente e mido. Ministrio da Sade. O Ministrio da Sade mantm uma Coordenao de Alimentao Alternativa, sob a responsabilidade da notvel pediatra e nutrloga Dra. Clara Takaki Brando. Ela vem desenvolvendo, em vrios Estados do pas, um trabalho de recuperao de desnutridos atravs de alternativas alimentares, com excelentes resultados. Uma forma de minorar a desnutrio foi encontrada por Dra. Clara com a utilizao do p multi-mistura, fabricado a partir de fontes naturais de clcio e outros sais minerais, vitaminas e protenas, como a casca do ovo, as folhas secas de verduras de cor verde escura, sementes e gros. Utiliza produtos regionais para fabricar vrios tipo s do p, para serem acrescentados dieta como suplemento alimentar, portanto sem nenhuma mudana radical dos hbitos alimentares. As receitas esto no livrinho Alimentao Alternativa, cuja primeira edio foi feita pela Diviso Nacional de Educao para a Sade, do Ministrio da Sade, Braslia, em 1988. Parasitas do couro cabeludo. Os dois parasitas mais comuns das reas peludas docor po so o piolho e o chato. muito comum crianas de qualquer classe social serem infestadas por piolhos. Estes, assim como os percevejos, passam aos assentos doscoletivos, s poltronas do cinema e s carteiras escolares e da so levados para contaminar as residncias. Basta que uma pessoa, que tenha os cabelos infestados, coce a cabea ou use o pente para que algum piolho caia por perto. Chapus e bons, escovas de cabelo, pentes, travesseiros, encostos de cadeiras, assentos de carros so as v ias de disseminao mais comuns. Os ovos do piolho, as lndeas, so branco amarelados ecolados firmemente aos fios do cabelo, e isso faz que, nas grandes infestaes, parea que a pessoa tem cabelos claros ou esbranquiados. Ao sugar o sangue da pessoa infestada, o piolho injeta saliva na pele, a fim de diluir o sangue da vtima no l ocal da mordida, o que provoca a coceira. Tal como os percevejos, os piolhos no transmite m doena: apenas causam tremendo incmodo pessoa cuja aparncia obviamente passar a imagem de desleixo e falta de higiene. Existem muitos medicamentos, sob forma de shampoos, eficazes na eliminao dos piolhos. Porm, onde no estiverem disponveis, a limpeza feita com o uso continuado do pente fino e a paciente eliminao dos ovos ou lndeas, praticamente fio a fio de cabelo, e troca freqente da roupa usada por roupa limpa. A criana que tem piolhos no deve ser levada escola antes que o mal esteja completamente debelado. Uma variedade do piolho, popularmente chamado "chato" tambm infesta as partes cabeludas do corpo. Localiza-se principalmente nos plos pubianos e nas axilas. Ca usam intenso prurido e pequenas inflamaes da pele nos locais infestados. Existem medicamentos capazes de eliminar o parasita prontamente P-de-atleta. Caracterizado pela coceira, um tipo de micose que se manifesta entre os dedos e propaga-se para a planta do p, na vizinhana das inseres dos dedos contaminados. Os sinais comuns so a descamao da pele formando placas esbranquiadas, manchas vermelhas e rachaduras que coam ou ardem. Em estado avanado de contaminao formam-se pequenos nichos circulares e dolorosos na pele, nos locais afetados. A contaminao em geral ocorre ao caminhar descalo por pisos midos, banheiros de hotis, de vestirios, ou em piscinas e saunas de clubes. Secar bem os ps entre os dedos, aps o banho, usar sandlias sempre que possvel, ajuda o combate ao fungo. O uso de talcos anti-spticos no parece dar resultado, e muitas v ezes at parece que, por absorverem o suor do p, pioram o mau cheiro. Chega-se a melhor resultado com um antimictico lquido, que geralmente remove o fungo e a parte super ior da pele afetada. Mas, isto que se sabe na prtica, na verdade precisa ser confirma do por um mdico. Higiene: O AMBIENTE Lembrando o aspecto da dignidade da pessoa, ao qual aludimos repetidas vezes, no digno do ser humano um ambiente para viver que no tenha seu desenho e condies marcados pela sua racionalidade e condizentes com sua dignidade. A casa deve ter uma arquitetura que lhe traga conforto e facilite o cumprimento de suas tarefas, inclusive a de bem abrigar e criar sua famlia quanto a todas as suas necessidades . A boa higiene marca dessa racionalidade e do empenho pela dignidade.. A casa. Os compartimentos da casa devem ser mantidos varridos e encerados, livres de animais que trazem parasitas, espalham plos e oleosidade mau cheirosa p or onde andam. Os sofs e poltronas, os carpetes e tapetes, e o assoalho devem estar limpos com produtos de limpeza adequados, de modo a que restos de comida, cabelo s, gordura e clulas deixadas pela epiderme humana no alimentem os caros e no retenham a poeira que contem fezes desses minsculos e invisveis artrpodes.O quarto de dormir. O conforto para um bom descanso no depende s de como o quarto de dormir est equipado, mas principalmente de que seja um ambiente limpo e isento de insetos parasitas. Um costume que est muito difcil de ser aceito no Bras il atelagem das janelas dos quartos. Nem a indstria se empenha em produzir materiais adequados e baratos para esse fim, nem o Ministrio da Sade liga a mnima importncia questo. No entanto, faz uma diferena enorme um quarto telado, cuja porta d para um corredor que tenha a porta sempre fechada, se apenas as janelas dos quartos fore m teladas (O ideal que a casa tenha todas as janelas e portas teladas). A diferena est em no ser a pessoa incomodada pelos mosquitos (muriocas) enquanto descansa ou dorme. Se o hbito fosse implantado, a mais modesta famlia no teria dificuldade em adquirir um metro quadrado de tela e quatro sarrafos aproveitados de um caixote de madeira para telar a janela do seu barraco. No se trata de evitar doenas como fila riose, dengue, malria, e outras transmitidas pelos mosquitos, embora a tela na janela po ssa diminuir os ricos da picada desses insetos transmissores; trata-se do conforto p ara dormir. Alm da tela na janela, o quarto precisa ser mantido limpo. No havendo tempo pela manh para arrumar a cama, melhor que os lenis, cobertas e cobertores sejam apenas dobrados e deixados sobre a cama para serem postos mais tarde, num horrio em que a pessoa possa fazer a arrumao com calma, examinado o colcho e tambm agrade d o estrado da cama procura de insetos. comum a pessoa trazer do transporte coletivo e dos cinemas percevejos e pulgas. Arrumar a cama com cuidado, colocand o inseticida se necessrio, fundamental para a higiene do quarto. Ao varrer o quarto preciso evitar levantar poeira. Para isso varre-se levemente as partculas maiores que estejam no assoalho diariamente e pelo menos uma vez por semana passa-se pano mido no cho e flanela mida nos moveis. Nas frestas do cho e dos mveis abrigam-se os caros, as pulgas, as midas mariposas que se transformam em traas, e as aranhas que se alimentam daquelas. Borrifar inseticida caseiro se notar que os cuidados acima no foram suficientes. Banheiros. Banheiro se usa de porta fechada. Os rudos inevitveis devem ficar abafados entre as quatro paredes do banheiro, por mais ntimos que sejam os morado res, e mesmo que esteja em casa apenas o casal. Os homens normalmente se esquecem desse cuidado e, com a porta aberta, deixam ressoar pela casa o rudo de grossas vertentes sobre a gua do vazo da privada. Em banheiros no centro do apartamento, ou de casas pequenas, mesmo necessrio dar descarga no vazo ou abrir a torneira para dissimular outros rudos. Se a pessoa est s em casa e precisa deixar a porta entreaberta para ouvir o toque da campainha da rua ou do telefone, deve certific ar-se de que a porta de entrada da casa est trancada e no ter a surpresa de algum que entre inesperadamente. O banheiro deve estar sempre impecavelmente limpo. No o lugar para acumularroupa suja em sestas, pois d mau cheiro. necessrio que haja pelo menos um tapete, preferencialmente de cor clara ou branca, ao p da pia. Alguns frascos de louo ou colnia bem desenhados podem ser deixados sobre o balco, dispostos esteticamente, mas vidros comuns devem ser mantidos dentro do armrio. A escova de cabelo com cab o de prata pode fazer parte da decorao do balco, mas uma escova comum prefervel que seja guardada numa gaveta; em um e noutro caso, no entanto, deve estar absolutamente limpa, sem um nico fio de cabelo. O mesmo se aplica aos pentes, cujas hastes tambm precisam ser limpas do resduo de poeira oleosa que retiram dos cabelo s. Havendo uma banheira, esta precisa estar limpa daquela leve ptina gordurosa que se forma ao nvel da gua, quando usada. O mesmo com a pia, que no deve ficar com manchas de dentifrcio e espuma seca de sabo, ou com fios de cabelo espalhados na bacia. O sabonete tambm deve ser lavado aps o uso, para no ficar com manchas de sujo, nem odores de partes ntimas em que tenha sido usado. O tubo de dentifrcio deve ser bem fechado e deixado no armrio, como tambm a escova de dentes; no so peas para ficar em exibio.Ao terminar de usar o banheiro, corra os olhos pelo ambiente e veja o que pode s er limpo e reposto nos lugares. O tapete deve ser deixado bem estendido, o vaso san itrio limpo, com a tampa baixada. Os banheiros pblicos. Os donos dos banheiros pblicos so aqueles que deles se utilizam, e que devem, no seu interior, ter o mesmo cuidado e o mesmo respeito p elos outros que tambm iro us-lo, tal como fariam em suas prprias casas. Mas h uma dificuldade compreensvel para o usurio do banheiro pblico: a averso natural que se tem em utilizar instalaes que foram usadas por estranhos e o seu receio de se contaminar com alguma molstia contagiosa. As pessoas ento recorrem a posies acrobticas para evitar o contacto com qualquer pea no banheiro, e no querem tocar sequer no boto ou alavanca de descarga. Porm, se no falta papel higinico, ele pode ser utilizado na soluo do problema. Um pedao de papel permitir pessoa abrir a torneira da pia ou apertar o boto de descarga sem tocar diretamente no metal. Se h um mnimo de limpeza no banheiro, pode inclusive forrar com a fita do papel higinico o assento do vaso e utiliz-lo com mais conforto. Ateno, porm, para no exagerar no uso do papel, deixando pouco ou nenhum para quem vier depois. Se voc esgotou o rolo d e papel, avise o responsvel ou o atendente a fim de que seja reposto. Se voc encontra um banheiro sujo, com o boto ou alavanca de descarga que no funciona, ou faltando gua, papel higinico, pia e sabo para lavar as mos, voc no deve reclamar com o proprietrio nem com a administrao local. Isto jamais funciona, e voc corre o risco de sofrer um desacato. Voc deve telefonar para o Servio de Fiscalizao da Prefeitura, e denunciar a irregularidade. O nmero desse telefone deve estar afixado, por Lei, de modo bem visvel no interior do banheiro e se no estiver , essa mais uma irregularidade que voc, como um bom brasileiro, deve denunciar prontamente. Quando todos os brasileiros aprenderem a ter higiene e a ter sua pe ssoa respeitada, o nosso pas certamente vai mudar de rosto. NOTAS: caros. Esses minsculos animais artrpodes, os caros, tm sido, recentemente, objeto de muitas referencias nos meios de informao, principalmente em relao a doenas alrgicas. Seu papel no desencadeamento de reaes asmticas atravs da poeira tem sido muito difundido. So invisveis vista desarmada, devido ao seu taman ho quase microscpico, tendo apenas cerca de 0,3 mm de tamanho. Os nomes cientficos de algumas espcies mais comuns: dermatophagoides farinae, blomia tropicalis e dermatophagoides pteronyssinus. Os caros no so diretamente responsveis por qualquer doena, porm o so indiretamente; o que integra a poeira e causa as alergias respiratrias so as suas fezes. Alimentam-se de farelos de comida retidos nos cantos e gretas dos sofs e poltrona s, nos carpetes e tapetes, gretas do assoalho e dos rodaps; de clulas da epiderme humana retidas nas cobertas das camas, tatames, em brinquedos como ursinhos de pelcia, e nosforros dos assentos; e tambm de fungos que se desenvolvem no interior das residnci as. Algumas pessoas so particularmente afetadas pela poeira que contem os micro excrementos de caros, e em conseqncia sofrem de surtos de asma e rinite crnica, entre outros males. Os caros so combatidos eliminando-se a poeira do piso, dos mveis, dos tecidos e tapetes, e o mofo em paredes e armrios. Existem vrios produtos anti-caros, inclusive capas especiais para colches e travesseiros e almofadas. No parece que seja muito eficiente o aspirador de p, uma vez que, devido ao seu tama nho minsculo, os caros podero no ficar retidos no filtro e assim voltar ao ambiente. Passar pano mido no assoalho talvez seja a melhor soluo, o que permite a adio de produtos acaricidas.Percevejos de cama. Os percevejos fazem uma mordida capaz de deixar um sinal na pele e mesmo causar inflamao por vrios dias. So arredondados e tm uma carapaa crnea, sendo do tamanho de at meio centmetro de dimetro. Foram uma grande praga na Europa e mesmo hoje, podem ocorrer em hotis pouco higinicos ou de alta rotatividade, e mesmo em dormitrios de internatos; viajando nas malas e nas roupas das pessoas, passam aos assentos dos coletivos e so da levados por elas para contaminar suas residncias. Nos ambientes onde o forro de madeira ou de trelia, os percevejos podem morar no teto e descer noite para as camas. Porm mais comum que fiquem nas frestas e nos engates das laterais da cama, na prega das costuras do colcho, etc. Ficam escondidos durante o dia e noite saem a procura de um hospedei ro. Escondem-se com grande rapidez. Porque costumam subir pelos ps da cama, picam principalmente na perna da pessoa que dorme, junto ao tornozelo, ou na regio de pescoo. Apesar de sugar o sangue da vtima, no se detectou doena da qual o percevejo seja o transmissor. ROTEIRO DE UM JANTAR COMPLETO O roteiro de um jantar segue prescries prticas, e por isso mais um bom exemplo de como as regras da Etiqueta tm fundamentos que se pode dizer so "tcnicos", como sustento no meu livrinho de Definies (*). Efetivamente, nosso corpo precisa de uma variedade de nutrientes, nosso paladar exigente, e nosso sistema digestivo tem l suas peculiaridades. Para harmonizar tu do isto so necessrias certas regras como as que se aplicam a uma refeio completa: ela variada, e essa variedade consumida numa ordem segundo a natureza do alimento e em consonncia com os estgios fisiolgicos sucessivos que se desenvolvem no organismo ao longo da refeio. Os pratos so escolhidos conforme o ensejo, sendo um cardpio mais adequado a um jantar a dois, outro prprio para uma celebrao como uma recepo de casamento, dependendo ainda de que seja um almoo ou jantar. Quanto ao que se bebe, tem que haver uma combinao correta, por exemplo, entre pratos e vinhos, ou que outra bebid a for a preferida. Salgadinhos e aperitivos. A refeio completa tem incio e tem fim com uma etapa de descontrao, e nesta fase inicial, em que os convivas se renem e se conhecem, so servidos os petiscos que chamamos "salgadinhos", os amuse-gueule dos franceses, como os canaps, pequenos sanduches, biscoitinhos salgados ou po de queijo revestidos com algum pat, e que so acompanhados de whisky, champanhe, vinhos aperitivos, coquetis como o Martini, suco de laranja, etc. Hors-d'oeuvre. o estgio preparatrio; em portugus ou italiano: o antepasto. Do antepasto no se espera que seja particularmente nutritivo, mas que excite o apare lho digestivo, que o torne exigente, e que aguce o apetite. Por isso no antepasto se rvem-se alimentos de aspecto atraente, que excitam o apetite, que estimulam as glndulas salivares e gstricas: folhas de alface, tomates, limes fatias de ovos, escargots, pezinhos, que so precedidos ou acompanhados de pequena dose de aperitivos: caipirinha, Campari com suco de laranja (se vo alm de uma pequeninsssima dose, os aperitivos fazem efeito contrrio: anestesiam e paralisam as glndulas digestivas, embotam o paladar e matam o apetite, e causam dor de cabea!...).A sopa. - A refeio propriamente comea com uma pequena quantidade de sopa que continua o trabalho de preparao iniciado com o hors d'oeuvre: destina-se a dil atar, com seu calor, os vasos sangneos da boca e estmago, e a estimular as glndulas e, principalmente, fornecer o volume de lquido que o processo digestivo ir consumir. Um caldo quente, o consomm, tem o mesmo papel e finalidade da sopa, mas requer utenslio prprio para ser servido: uma chvena larga de fundo plano e provida de duas alas. Nela se toma o consomm (essencialmente caldo de carne fervido com alguns ingredientes depois filtrados que podem lhe emprestar diferentes sabores) com um a colher ou simplesmente levando a chvena boca com as duas mos, segura pelas duas alas. Nas regies mais quentes do Brasil no se tem l grande necessidade de um caldo quente para as finalidades acima indicadas, e esta uma etapa do menu que geralme nte saltada sem que isto signifique que a refeio no foi completa. Entre: Etapa da refeio entre o hors d'oeuvre e o prato principal. Tudo preparado para a degustao e a digesto do alimento, apresentado o "primeiro prato" ou entre, que consiste de alimento um pouco mais leve que o do prato principal, que se lhe haver de seguir. Carnes mais leves como souffl, peixes e aves, ostras, siris, servidos com alcachofras, aspargos, etc. Este prato acompanhado de um vinho mais leve que o v inho que depois acompanhar o prato principal. Geralmente servido vinho branco seco, nunca vinho doce, nem mesmo os suaves. H mesmo quem prefira o vinho verde, para aguar ainda mais o apetite para o prato principal. Po branco e manteiga pode ser p arte do acompanhamento. Em longos jantares de cerimnia podem ser servidas duas ou trs entradas. NOTA: H duas observaes que precisam ser feitas a respeito da Entrada. A primeira o emprego da palavra entremets. Em seu livro de 1940, Der Mensch gesund und krank ("O corpo humano", Cia Ed. Nacional, S. Paulo, 1949) muito popular na dcada de 50, Fritz Kahn, ao explicar detalhadamente as propriedades dos alimentos refe re-se a "entremets" como a etapa na srie salgada entre a sopa e o prato principal. At ento o termo correspondia ao que hoje a "Entre". O emprego mudou, principalmente na Frana: entremets passou a constituir a etapa de frutas e doces aps o prato de quei jos, ou seja, sobremesa. A segunda observao que, curiosamente, os restaurantes americanos servem a Entre j como o prato principal e dele passam diretamente sobremesa. O prato principal. - O prato principal (le plat de rsistance ou plat principal, p ara os franceses e "entre" para os americanos) o que representa realmente a refeio, ou seja, contem o alimento que ir ocupar de modo integral todas as funes digestivas do organismo e do qual este ir obter os principais nutrientes de que necessita: carb ohidratos, protenas e gorduras (As vitaminas j adquiriu com a alimentao mais leve e estimulante dos pratos precedentes). O prato principal em geral base de carnevermelha (carne de gado) ou carne de porco e de animais de caa, que fornecem protenas completas. Podem ter por base carnes de aves mais densas, como a de pato , ganso e peru. As carnes so acompanhadas de legumes como arroz, batata e feijo, e verduras mais consistentes como a couve: farofa com passas e castanhas ou pastei s de carne so outros tantos acessrios. O prato principal acompanhado de um vinho mais denso (incorpado), geralmente vinho tinto, que alguns preferem que seja bastante rascante. Queijos. Aps o prato principal vem o prato de queijos (le plateau de fromages). O s cheiros e sabores fortes do prato principal precisam ser dissipados e os queijos se prestam para isso. Duas ou trs variedades podem ser oferecidas para atender aspreferncias de cada um. As variedades mais consistentes so preferveis porque precisam ser mastigados fortemente e formam um bolo um pouco spero que limpa a lngua e tambm a garganta ao ser deglutido. Ainda de quebra, seu poder nutritivo no deixa de enriquecer a alimentao. Para quem no aprecia queijos ou est proibidos de com-los, algumas frutas podem substitu-lo muito bem na sua funo. Trs a quatro uvas, ameixas ou morangos, meia ma ou pra, e nozes, tm bom efeito. A sobremesa. Removidos os vestgios da fase salgada da alimentao, esta prossegue com a fase doce, que tem lugar ainda mesa da refeio: a sobremesa (le dessert). Compotas, sorvetes, mousses, etc. Caf, licores e cognac. Fora da mesa de refeies, no living, so servidos o caf, os licores(em geral so oferecidas pelo menos duas variedades), e o cognac, cuja f uno ajudar a digesto das gorduras e cortar a sonolncia uma refeio tende a causar. Podem ser servidos ainda mesa da refeio, quando se deseja abreviar o encontro social ensejado pela refeio, o que geralmente acontece quando se trata de um almoo. No caso do jantar, porm, mais freqente o propsito de prolongar o encontro, estimular a conversao e por esta razo o living ou uma biblioteca ampla ser o local mais prprio para o caf, os licores e o cognac exercerem seu poder de estimular a conversao e excitar a imaginao. Saber se servir adequadamente quando uma refeio completa servida importante questo em Boas-maneiras mesa LUGARES MESA Pela sua complexidade, a disposio dos lugares mesa um dos principais problemas do cerimonial oficial ou privado. Em sua soluo esto envolvidas trs disciplinas: Etiqueta, Protocolo e Boas-maneiras (*) e, indiretamente, tambm a Hi stria. A Etiqueta faz a qualificao da posio dos assentos. Diz, por exemplo, que as cabeceiras da mesa, devido a terem vista de todo o salo, por estarem no meio de u m numero igual de assentos de um e outro lado; e por contarem com espao mais amplo e melhores condies para serem servidas, e um maior nmero de interlocutores, so os lugares mais importantes ou mais valiosos ...... e ......; a partir destes, qual ifica os demais assentos em ordem decrescente de importncia. O Protocolo determina ...... e ..... . como assentos cativos dos anfitries .. os promotores do evento .., e aos demais, ..lug ares de honra.., para convidados. Verifica ento a hierarquizao da importncia das pessoas par a distribu-las corretamente de acordo com o valor correspondente dos assentos. Em eventos oficiais, essa hierarquia determinada por um Protocolo criado por decret o, ou pelo Protocolo que segue algum critrio naturalmente reconhecido entre os membros de um clube, funcionrios de uma empresa, e objeto de um estatuto interno.Em eventos no oficiais, Boas-maneiras poder, por um motivo sutil para o qual o protocolo tecnicamente cego, deslocar um convidado e coloc-lo em mais evidncia que seus ttulos justificariam. Por uma deferncia segundo os seus sentimentos, o anfitrio poder ceder seu lugar a um convidado que ele queira reconhecer de modo especial, (por exemplo, um general, uma autoridade civil, um prelado) o qual pod er aceitar ou no a deferncia - mas a troca jamais ser uma obrigao do anfitrio. Historicamente, duas disposies de lugares se consagraram, a inglesa e a francesa, ambas mostradas na Fig. 1. A primeira disposio, a inglesa, tem A e B nas cabeceiras; na segunda, francesa, A e B se confrontam no centro da mesa. A dispo sio inglesa .. o chefe da famlia ocupando a cabeceira da mesa, "A", e sua mulher, "B" .. tradicionalmente observada no Brasil desde a poca colonial. Foi adotada em Portug al, cuja corte teve intimidade histrica com a corte da Inglaterra .. pas que chegou a ter uma rainha portuguesa .., e depois se deslocou para o Brasil. Mas em um almoo com mui tas pessoas em uma mesa longa, pode ser mais conveniente a etiqueta francesa. Neste caso, ningum senta nas pontas da mesa. regra tambm da Etiqueta que os assentos sejam alternadamente para homens e para mulheres, evitando-se um homem sentado ao lado de outro, ou uma mulher ao l ado de outra, e tambm que um homem seja colocado frente a uma mulher. Essa regra s quebrada quando o grupo no corresponde idealmente a um nmero de casais completos. Devido a essa alternncia obrigatria na ocupao dos assentos, resultar que o anfitrio ter uma mulher sua esquerda e outra sua direita, e a anfitri ter um convidado de cada lado. Ambos devem colocar sua direita o convidado ou convidada mais importante, e sua esquerda o convidado ou convidada que sejam os segundos e m importncia. Se, em mesas retangulares, para a observncia dessa regra for necessrio, a anfitri deve ceder sua posio B, a fim de manter a alternncia a partir do anfitrio em A, e a disposio frente a frente do mesmo sexo. Este problema surge quando o nmero de casais em uma mesa retangular par. Se ocorreu a necessidade da anfitri ter o seu lugar deslocado, ela deve ocupar o extremo lateral direito, de modo que o convidado de honra .. que o mais importan te .. ficar sua direita ao ocupar a cabeceira B. A anfitri que recebe sozinha, o Protocolo a coloca no lugar ...... pois este o ma is adequado para supervisionar o evento e coloca o convidado de honra na posio B. Se h mais de uma mesa, o convidado de honra ser mantido direita da anfitri, no assento direita de ....... O anfitrio que recebe sozinho proceder do mesmo modo, colocando o convidado de honra em B, no caso de se tratar de uma nica mesa. No caso de mais d e uma mesa, colocar o convidado de honra na sua prpria mesa, prximo de si, porm no nos dois lugares imediatamente ao seu lado, os quais sero ocupados pela mulher de primeira importncia sua direita, e pela segunda em importncia, sua esquerda, como dito acima. A anfitri a primeira a sentar-se, e ser seguida pelas demais mulheres. Antes de se sentarem, os homens devem ajudar a senhora sua direita a se sentar, posicionando e empurrando convenientemente a cadeira, a fim de que ela possa ter as duas mos livres para acomodar o vestido enquanto se senta. Feita esta gentileza, devem ag uardar que o anfitrio se sente para ocuparem seus lugares. Alguns dos homem talvez tenha m que ajudar a duas senhoras, primeiro sua direita, depois sua esquerda. Se mais de uma mesa so usadas na recepo .. como em geral ocorre em um Ch, ou em jantares de homenagem e jantares do ensaio, por exemplo .., os lugares cativos A e B (reservados anfitri e ao anfitrio) so os lugares extremos que se olha m de cada uma de duas mesas diagonalmente mais afastadas no recinto (A e B na fig. 2). Lugares de honra so direita de cada um, e outros, de importncia secundria, em cadauma das demais mesas, a partir da posio mais privilegiada, em cada uma delas, em relao viso do ambiente, proximidade dos servios, etc. ("a" na fig. 2). Os lugares cativos so, portanto, os que tm condies mais privilegiadas, esto em oposio e so destinados aos anfitries. Situam-se nos extremos da mesa retangular, quando se segue a etiqueta inglesa, ou no centro de seus lados opost os, quando se segue a etiqueta francesa. O assento principal A estar mais prximo da entrada de servio da copa que o assento B. Os membros de um casal e os amigos no so colocados juntos, mas separados e preferencialmente em mesas diferentes, havendo vrias mesas Cabe aos anfitries, preferencialmente anfitri, a indicao dos lugares aos convidados segundo seu conhecimento dos valores de cada assento e sua sensibilidade para a hierarquizao d a ocupao deles conforme um critrio de importncia dos convidados que tem. Cartes com o nome da pessoa qual o lugar est reservado muito prtico, quando h um grande nmero de lugares (mais de seis pessoas). Os dizeres devem reduzir-se a dua s ou trs palavras que so o sobrenome do convidado ou convidada precedido de Sr. ou Sra. O primeiro nome ou o nome do meio pode ser acrescentado quando for necessrio distinguir entre homnimos. No utilizando cartes, o anfitrio ou a anfitri convidam as pessoas a sentar, acompanhando-as aos lugares que lhes cabe. A pessoa que convida amigos para uma refeio, seja em sua casa, seja em um restaurante, no deve fugir da prtica de sugerir os lugares mesa; e os convidados devem, tambm, aguardar que a anfitri indique os lugares em que deseja ver cada um deles. De um modo geral a prioridade dada de acordo com a importncia social ou poltica do convidado, e por isso as regras do Protocolo precisam ser lembradas. P orm, nas reunies no oficiais, Boas Maneiras leva em conta fatores individuais a serem respeitados, e no apenas uma fria hierarquizao de precedncias baseada em determinado Protocolo. Por isto, a disposio de lugares pode considerar o grau de cultura, colocando-se frente e frente, ou na mesma mesa, pessoas de mesmo nvel cultural, ou que se sabe terem afinidades ou interesses comuns. Os mais velhos p odem necessitar de algum ao seu lado que lhes d assistncia; a surdez unilateral de um convidado precisa ser levada em conta; um membro da famlia que tenha estado fora do pas ou uma pessoa que tenha coisas para contar que interessam a todos precisa de uma posio mais privilegiada; um visitante estrangeiro precisa ter prximo de si algum que fale sua lngua, etc. Deve-se, no entanto, respeitar o mais possvel as determinaes da Etiqueta quanto a importncia dos lugares, - inclusive a regra de distribuio alterna da de homens e mulheres, - e do Protocolo, quanto graduao para sua ocupao. Saber o lugar que lhe cabe ocupar mesa, quando os assentos no esto marcados e o anfitrio no cuidou de indic-los, prova de um bom conhecimento de Boas maneiras mesa. Ao final da refeio, ao tempo do caf e licores, as pessoas naturalmente se libertaro para conversar em grupos de conhecidos que tm interesses comuns.OS PRATOS E OS TALHERES Os talheres variam em tamanho e forma segundo suas finalidades, e so dispostos numa certa ordem sobre a mesa, junto ao prato da refeio (fig. 1). A ordem simples, apesar de que so dois sistemas. No Brasil: correspondentes s mos que vo utiliz-los na mo esquerda, retm a pea que cortada a faca, ela passada levemente na borda do garfos e facas ficam nos lados para cortar, no para comer. O garfo, seguro com a faca segura na mo direita. Utilizada garfo, para que fique limpa, e deixadadescansando sobre a borda superior direita do prato (fig. 3) e o garfo volta par a a mo direita, para levar o alimento boca. Quando for cortar novamente uma poro, a pesso a volta o garfo para a mo esquerda e utiliza a faca com a mo direita. O procedimento acima descrito, dito ..ingls.., prprio do nosso pas desde a poca colonial, pois era usado em Portugal, que teve profunda ligao histrica com a Inglaterra, qual apoiava em suas guerras contra a Frana. Nos pases de cultura francesa, porm .. e na prpria Frana .., o garfo usado na mo esquerda no apenas quando se corta a carne ou outro alimento, mas igualmente para comer, e com uma particularidade a mais: mostrando grande habilidade, os franceses conseguem equi librar a comida sobre o que, para ns, o lado contrrio do garfo. Para levar a comida boca, ajeitam um montinho dela nas costas do garfo seguro pela mo esquerda, com o auxlio da faca, segura pela mo direita. Portanto, para imitar os franceses, no basta come r com a mo esquerda: preciso tambm saber utilizar o garfo com o lado convexo para cima. Ao prepararem a mesa, os franceses colocam sobre a toalha o garfo com os dentes voltados para baixo, e nessa posio tambm ele deixado sobre o prato, ao final da refeio. Em nosso sistema, os dentes so voltados para cima. A diferena explicada por vrios autores como modo de exibir as armas da famlia: os franceses faziam a gravao nas costas do garfo, enquanto os ingleses as imprimiam no lado oposto. O uso no Brasil do garfo na mo direita, embora tenha sido renegado ao final do Imprio pelo neo-colonialismo francs de nossas elites , um trao original da cultura brasileira que ainda predomina, tem fundamento histrico importante, e deveria ser .. por que no? .. adotado por todo bom brasileiro como um valor cultural autntico e corre to de brasilidade. A disposio dos talheres junto ao prato, e a posio dos copos e do pratinho de po seguem o esquema da figura 1.Uma refeio completa compreende vrios pratos e esta a razo de tantos talheres, e de eles variarem de forma e tamanho, como mostra a figura 1. Na figu ra esto dispostos os talheres para um almoo ou jantar informal de quatro pratos: a ostra como aperitivo, uma sopa ou caldo como entrada, o primeiro prato e o prato principal. Os copos so para gua e duas qualidades de vinho. A ordem dos talheres e dos copos a mesma em que os pratos sero servidos: os primeiros talheres a serem usados so os mais afastados do prato. O pequeno garfo de trs dentes (1) o usado para comer ostras; a colher (2), para a sopa; a faca e o garfo mais externos (3 e 4) sero para o primeiro prato, geralm ente uma carne branca como peixe ou frango. Se for peixe, esse jogo de talheres ser tr ocado pelo que prprio para comer peixe. A faca e o garfo mais prximos do prato (5 e 6) so para o prato principal. Os demais talheres e utenslios so a faca de manteiga (7); o guardanapo (8); o sous pl at ou prato de servio (9); o prato de po (10); e os copos, o de p maior (11), para gua;. o copo mdio (12) para o vinho tinto que acompanha o prato principal;. e o copo de p menor (13), para o vinho branco que acompanha o primeiro prato. O prato de servio ou sous-plat (pron. supl do francs, significando "debaixo ou sob o prato") funciona como uma bandeja para os pratos de refeio. Em geral utiliza do apenas em ocasies formais e nos bons restaurantes, era originalmente apenas de pr ata, mas hoje os materiais variam, sem perder sua caracterstica de robustez. Sobre ele colocado o prato de sopa e, na seqncia, o primeiro prato e o prato principal. remo vido junto com este ltimo, antes da sobremesa. A taa da sobremesa ter seu prprio prato de servio por baixo. Neste caso, a colher, ao final, deixada sobre esse prato de servio, e no na taa em que a sobremesa foi servida. O talher usado nunca deixado sobre o forro da mesa. Nos intervalos em que no est a ser usada, a faca deixada obliquamente em dois pontos de apoio sobre a bord a do prato em uso, na posio da corda de um arco, a ponta para o lado mais afastado d o prato e o cabo na borda direita. Se voc descansa ambos os talheres por algum motivo, como para usar o guardanapo, partir o po, etc., o garfo colocado fazendo um tringulo com a faca, es ta na posio oblqua j descrita da corda de um arco de flecha, e o garfo direcionado para a frente, com o cabo voltado para voc (Fig. 2). Durante uma troca de pratos, ou se a pessoa estende o prato para facilitar ser servida, ou se vai ao buf servir-se uma segunda vez, os talheres usados no devem s erdeixados sobre a toalha da mesa. igualmente ruim sujar o sous plat ou prato de servio com alguma partcula ou gordura dos talheres. Existem vrios tipos de descansos paratalheres, em metal e mesmo esculpidos em gata, para serem usados nesses momentos (fig. 3). Se no houver descansos para talheres, a pessoa deve ret-los consigo,segurando-os juntos, na mo esquerda., em posio horizontal ao nvel da mesa, e no na vertical. O que nesse caso se aplica aos talheres, aplica-se tambm aos pauzinhos, na comida japonesa. Porm, como os pauzinhos so redondos, o descanso cncavo, na forma de lua crescente; para os talheres ele pode ser horizontal, mas o modelo a rqueado mais seguro para evitar que as peas caiam sobre a toalha. Ao terminar uma refeio, a pessoa deixa o garfo e a faca unidos em paralelo, dentro do prato, com os cabos apoiados na borda do lado direito, aproximadamente na direo 4:20 horas. A etiqueta recomenda que o lado cortante da faca esteja voltado para o interior do prato e o garfo com os dentes para cima (Fig. 4). considerado repr ovvel deixar os talheres inclinados, com as pontas apoiadas nas bordas, do lado de for a e de cada lado do prato, como as asas abertas de uma ave. Os talheres de sobremesa so trazidos mesa junto com o prato de sobremesa. Mas podem tambm ser deixados sobre a toalha desde o incio da refeio, colocados logo acima do prato de servio, linearmente entre o pratinho de po (ou de manteiga) e os copos. Os cabos da colher e da faquinha de sobremesa so voltados para a direita e o cabo do garfo para a esquerda. A taa da sobremesa ter por baixo seu prprio prato de servio. Neste caso, a colher utilizada deixada, ao final, sobre esse prato de servio, e no na taa em que a sobremesa foi servida. Escolher e utilizar corretamente os talheres fundamental para as boas-maneiras mesa. BOAS MANEIRAS MESA: algumas observaes No se servir antes do anfitrio Ao sentar-se mesa no lugar que lhe foi indicado, o convidado pode logo tirar o guardanapo do prato e coloc-lo em posio, mas no pode comear a se servir antes do anfitrio ou da anfitri, e antes que os convidados j estejam em boa parte servidos. Em uma mesa de menos de dez pessoas, espera at que todos estejam servidos para comear a comer. Tratando-se de longas mesas com vrias dezenas de convivas, espera que perto de dez estejam servidos, para comear. Tomar assento Durante uma refeio podero surgir vrias oportunidades para os homens demonstrarem ateno e deferncia com as senhoras presentes. Uma delas est no momento de tomar assento mesa, quando devem auxiliar as senhoras a sentar-se, afastando a cadeira para lhes dar espao e depois ajudando-as a encontrar a posio mais cmoda borda da mesa. Como o anfitrio prestar essa gentileza convidada de honra sua direita, o homem que est no assento seguinte tambm auxiliar a senhora sua direita, e o mesmo faro os demais. Algumas observaes pertinentes a deferncias e apresentaes esto em minha pgina desse ttulo.Posio mesa As cadeiras mesa do jantar j facilitam a postura certa para a pessoa sentar-se mesa: elas tm encosto reto, e assento curto. O convidado deve sentar com o tronco na vertical, descansar os ps sobre o piso sem apoi-los nas travas frontal ou laterais da cadeira, por uma perna sobre a outra, e jamais afastar a cadeira para cruzar as pernas colocando o tornozelo de uma sobre o joelho da outra, ou balanar a cadeira inclin ando-a para trs. Propriedade no uso dos talheres Ao ver o grande nmero de talheres colocados na mesa junto ao prato, a pessoa pode recear se confundir. Mas h uma regra geral bem simples. O talher a ser usado o que est mais afastado do prato. Alguns talheres podero ser retirados pelo garom ou substitudos por outro de modelo diferente, e isto depender do prato escolhido para a refeio. Porm ele os colocar na mesma ordem. Apesar dessa regra simples, conveniente a pessoa procurar conhecer os vrios tipos de talheres e a quais prato s seu uso se relaciona, a fim de poder proceder com mais desembarao. Quanto ao seu mane jo e posies de descanso, falo disso um pouco na minha pgina Os talheres, a qual em breve pretendo ampliar e completar. Conversao mesa, converse tanto com seu vizinho da esquerda quanto da direita, e com os convivas sua frente, e participe preferencialmente do interesse geral pelo que d izem o anfitrio e a anfitri. Conserve uma atitude atenta sem ser tensa ou ansiosa. Cuidad o com os efeitos das bebidas e do caf. Veja ainda minha pgina sobre Conversao. Os cotovelos No colocar os cotovelos sobre a mesa um preceito bastante conhecido. Cotovelos sobre a mesa enquanto mastiga, principalmente com o garfo e a faca nas mos, compem uma pssima postura mesa. Apenas as mos e os punhos podem apoiar-se sobre a mesa enquanto a pessoa come. Ao utilizar a faca e o garfo para cortar, mantenha os cotovelos prximo do corpo, para evitar tocar o vizinho de mesa Aps os discursos e brindes, se houver, ou se no, a partir da sobremesa, durante o cafezinho e os lic ores, tolervel uma postura menos formal e a atitude pode ser um pouco mais vontade. Falar enquanto come necessrio saber falar enquanto se est comendo. No falar com a boca cheia, e no mastigar com a boca aberta, e no mastigar ruidosamente so preceitos bastante conhecidos. Poucas palavras e frases curtas quando se tem comida na boca, e inte rromper a refeio quando tiver que ser mais extenso, deve ser a regra. Falar enquanto come podeinduzir a pessoa a engolir muito ar, resultando dores no estmago e no peito, alm d e outros inconvenientes. A pessoa deve manter os talheres na mo: garons inexperiente s costumam retirar o prato de quem descansa os talheres enquanto fala. Repetir pratos Nas refeies informais e no caso do buf, no h restrio para se repetir um prato. Porm, quando esto previstos vrios pratos na ordem prpria de uma refeio completa servida francesa, somente se repete um prato se o garom oferecer uma segunda vez. Caso contrrio, no se pede para repetir a sopa ou qualquer dos pratos. Em uma refeio completa um prato completa o precedente, de modo que a fome no ser aplacada com o primeiro deles, mas somente ao fim da refeio, includa a sobremesa. Servir-se no buf O buf, seja em um restaurante seja em uma recepo, permite pessoa servir-se na mesma ordem dos pratos de uma refeio completa servida francesa (Os bufs tm as entradas, sopas, os comestveis do primeiro prato e do prato principal). Quem no se apercebe disto, enche o prato de comida misturando todos os sabores, quando pode ria irao buf as vezes necessrias para comer na ordem prpria de uma refeio completa, cuja seqncia a mais apropriada digesto, evitando tambm o exagero de um prato transbordante de comida. Remoo de resduos Est obviamente despreparada para comer em companhia de outras pessoas aquela que mete o dedo na boca para limpar entre os dentes com a unha, limpa o n ariz no guardanapo ou a boca no forro da mesa, e comete outras imprudncias repulsivas mesa. No se pega indiscriminadamente com os dedos nem se cuspe no guardanapo partes no comestveis do que foi levado boca. A regra geral : do mesmo modo que se levou um alimento boca, retirada da boca qualquer sobra dele que seja necessrio remover. Se uma fruta comida com as mos, sem uso de talher, ento o caroo dessa fruta, ou qualquer parte indesejvel que tenha que ser retirada da boca, ser apanha da com os dedos. O que se leva boca com um garfo (por exemplo, a carne), retira-se (por exemplo, um pedao de nervo ou de cartilagem) passando da boca ao garfo e deste a um canto do prato; se h o que retirar da boca que foi levado com a colher, retira-se passando para a colher. Em qualquer desses casos busca-se proteger o gesto fazen do-se concha com a outra mo. A espinha de peixe uma exceo: pode ser apanhada entre os lbios com a mo. O caroo, a cartilagem, casca, etc., retirados da boca so deixados em um canto do prato em que se come, e no no pratinho de po, nem no "sous-plat". Acidentes de deglutio gua, saliva, farinha, bebida alcolica forte, fragmentos de comida, so as mais freqentes causas de engasgo. A espinha de peixe um problema especial. Ela no causa de engasgo, mas de leses na deglutio. preciso assegurar-se de que a poro a ser levada boca esteja livre de espinhas. Justamente por isso a faca para peix e no uma faca para cortar, mas para separar. A reentrncia do talher de peixe na forma de esptula, serve para separar com cuidado a carne das espinhas ou dos ossos. Uma espinha de peixe pode inclusive ferir a boca e, como dito acima, pode ter que se r retirada com os dedos. Se sentir necessidade, a pessoa deve ir ao banheiro para cuidar ma is vontade do problema; basta pedir licena aos que esto prximos, levantar-se e sair (no necessrio dizer que vai ao banheiro), e retornar to rpido quanto possvel. Ao levantar-se, deve deixar o guardanapo sobre a mesa direita do prato, e somente s air com o guardanapo protegendo os lbios se isto se fizer irremediavelmente necessrio. Se o caso for mais srio, assim como tambm em casos de engasgo com risco de ficar sufocada, a pessoa no deve hesitar em pedir socorro. Bebida alcolica O copo de coquetel ou drinques aperitivos no so levados para a mesa de refeio. Igualmente no se solicita bebida destilada (whisky, cognac, etc.), nem bebi das alcolicas doces (licor, vinho do porto, etc.) como acompanhamento dos pratos principais. O acompanhamento em um jantar formal sempre foi principalmente o vinho. Deve-se beber apenas o que oferecido como acompanhamento a cada estgio da refeio, no momento oportuno. O anfitrio oferecer bebidas destiladas quando forem exigidas por pratos especiais (sak, para comida japonesa, cachaa para feijoada e churrascos gordurosos, etc.). Brindes e discursos Uma pessoa educada capaz de proferir palavras de saudao, brinde ou discurso quando solicitada a faz-lo em um almoo ou jantar, ou quando percebe que oportuno e esperado que tome tal iniciativa. O brinde por isso um tpico de Boas-maneiras mes a, tanto quanto postura para o gesto de brindar como quanto ao modo de responder ao brinde. Tenho algumas observaes a respeito em minha pgina Brindes e discursos.Agradecimento Aps participar de um jantar ou festa a que foi convidado(a), sempre envie no dia seguinte uma mensagem de agradecimento ou telefone para comentar e cumprimentar a anfitri pelo que voc puder elogiar do evento. Sal e pimenta No coloque na comida sal, pimenta leo ou qualquer tempero que estiver na galheta sobre a mesa, antes de prov-la. Aps usar a galheta de leo, sal e pimenta, recoloque frente ao seu lugar, no meio da mesa. Por favor, obrigado(a) Ter palavras gentis para as pessoas que o servem ou lhe do alguma ajuda mesa uma mostra de considerao indispensvel. Deve-se agradecer ao garom que remove o prato usado ou a cada momento que serve a bebida ou um novo prato. Empregue "por favor", ou "por gentileza" antes do pedido para que algum lhe passe a cesta de po, uma travessa de comida, a galheta, etc. e agradea com ateno, olhando a pessoa. Salvados No pea para levar um pouco do que sobrou de um jantar ou almoo, ou um pratinho de doces, ou pedao de bolo. Ter olhos para o que possa sobrar de uma fes ta mostra de muita necessidade econmica e, embora a comparao possa parecer muito rude, um papel de esmoler. Despedida Em considerao aos anfitries, despea-se na hora oportuna, sem prolongar demasiado sua presena. Permanecer muito tempo aps o servio de jantar, ch ou coquetel obriga a anfitri, certamente j cansada, a pensar em algo mais para oferec er. Higiene pessoal Cabelos presos para no carem pontas sobre o rosto e o prato, unhas limpas ao segurar os talheres para comer, pouco batom para no manchar os copos nem deixar marcas notrias no guardanapo, so cuidados que se deve ter ao participar de uma refeio, ainda que seja informal ou da rotina diria, e inclusive no lar. Comida cada do prato A pessoa que deixa cair um pouco de comida do seu prato sobre o forro da mesa, deve recolher a poro cada com o mais apropriado de seus talheres e coloc-la na margem do prato em que come. Vestimenta A roupa que a pessoa est usando deve ser a apropriada para o evento de que participa. Nunca se usa bon, chapu ou camiseta sem mangas mesa da refeio. Mesmo em um quiosque na praia a pessoa que tem um mnimo de considerao com seus amigos e amigas coloca uma blusa ou camisa leve para uma refeio mesa. O mesmo vale para a refeio com a famlia, no recesso do lar.Rudos Soprar a sopa quente, ou tomar ruidosamente qualquer lquido reprovvel. Se faz involuntariamente qualquer rudo (tosse, regurgitamento, etc.), a pessoa no precisa fazer mais que pedir desculpas aos seus vizinhos de mesa. Telefones celulares devem se r desligados e religados somente aps a pessoa deixar a mesa. Se precisa manter seu aparelho ligado, a pessoa deve, de preferncia, deix-lo na bolsa ou sobre algum pon to suficientemente prximo da mesa para que escute a chamada, e pedir desculpas e levantar-se quando precisar atend-lo.Ao restaurante entrada Usualmente o chefe dos garons, o maitre, recebe o casal e vai frente para mostrar a mesa que ocupar. Segue-o a mulher, e o homem que a acompanha fecha o cortejo. Quando h mais de um casal, o casal anfitrio o primeiro a seguir o garom chefe, pois dever indicar os lugares para seus convidados. Se uma pessoa solteira anfitri, ela se antecipa aos casais do mesmo modo, e com a mesma finalidade. Espe rar pela indicao de uma mesa pelo maitre ou por um garom obrigatrio em muitos restaurantes, principalmente no exterior. No sendo recebido entrada pelo maitre, nos estabelecimentos em que a escolha de lugar livre, o homem assume a liderana e mostra mulher as opes de mesas vagas, convidando-a a escolher a que ocuparo, e ento ela segue sua frente at a mesa escolhida. No entanto, poder estar previsto um coquetel aperitivo, com a finalidade de reunir os convidados, ensejar que sejam apresentados pelo anfitrio, ou que conver sem um pouco enquanto estimulam o apetite para o jantar. As bebidas tm carter de aperi tivo (martines, usque, etc.) e so acompanhadas por salgadinhos leves, como castanha dec aju, amendoins, fatias de torradas com manteiga, azeitonas, etc. servido, no bar entrada do restaurante, ou no terrao, e os convidados al permanecero at serem chamados para a mesa do jantar. importante voc saber um pouco sobre os profissionais que vo atend-lo em um restaurante. Maitre No que diz respeito ao restaurante, como se ele fosse um anfitrio para os clientes. Deve distinguir-se por sua educao, suas boas maneiras e sua cortesia. El e supervisiona e controla todo o trabalho executado no restaurante, garantindo a q ualidade do servio. Cabe-lhe recepcionar o cliente na entrada do restaurante, observar e i ndagar do cliente, durante a refeio, se tudo corre a seu gosto, atender a uma reclamao. Despede-se do cliente sada deste, ao trmino da refeio. Sommelier o que apresenta a carta de vinhos e sugere ao cliente, na faixa de preos desejada , qual poder ser o melhor para acompanhar o prato que foi escolhido. Cabe-lhe dirim ir dvidas e atender as reclamaes pertinentes bebida. Assiste degustao do vinho pelo anfitrio e serve as taas depois daquele aprovar a qualidade do vinho escolhido. Se o sommelier apresentar-se com a tastevin (Veja na pgina Escolher e Oferecer vinhos) , o anfitrio pode pedir que ele experimente e aprove o vinho, em seu lugar. GaromAcomoda o cliente, inclusive juntando mesas ou providenciando cadeiras, ajudado pelo commis. Anota os pedidos dos clientes (a notinha chamada "comanda") e serve ospratos escolhidos; quem apresenta a conta quando solicitado, ao final da refe io. parte do trabalho do garom esclarecer o cliente sobre os pratos constantes do men u. O cliente no deve recear pedir informaes sobre cada item que lhe interessar, seja um prato, seja um vinho ou coquetel. Commis o auxiliar do garom no servio aos clientes, principalmente na sua acomodao, na chegada. Limpa as mesas vazias, troca as toalhas, junta mesas para grupos mai ores de pessoas, transporta a comida da cozinha at o guridon (mesinha ou carrinhocolocado junto ao cliente para facilitar o servio). como auxiliar do Commis que o pretendente carreira de garom e maitre inicia seu aprendizado. Servios H vrios tipos de servio de restaurante. A refeio pode ser servida a la carte ou seguir um menu preestabelecido, como o que combinado para uma recepo, ou o cardpio semanal de hotel que inclua refeies na hospedagem. Na modalidade a la carte, cada cliente examina o menu, escolhe o prato, e o indica ao garom. Alm dess a distino, os servios tambm variam no modo como o alimento chega ao prato do convidado ou cliente. O servio mesa, tanto em um restaurante quanto em uma recepo, pode ser Russa, Inglesa, Francesa ou Americana. Servio russa. A comida a ser servida ao cliente vem da cozinha pronta ou com alguma parte a ser completada diante do cliente. As travessas so colocadas sobre fogareiros ( rchauds) em uma mesinha (guridon) junto mesa a ser servida, vista das pessoas sentadas. A comida mantida quente e o garom, terminados os preparativos, faz o prato de cada pessoa e o coloca diante dela. Carnes, crepes, etc. so flambados a chama alta. Esse modo de servir costuma ser um flamejante espetculo, estimulante do ape tite pelos vapores e o cheiro de temperos que espalha, e pelo seu exotismo. Em seu vo para o Oeste, pousou primeiro em Paris. Essa a razo porque, esquecida a sua verdadeira origem, muitas vezes chamado erroneamente servio francesa. Servio inglesa. Neste servio o garom leva uma bandeja com a comida desejada ou de acordo com um menu fixo. Ele mantm a travessa na palma da mo esquerda enquanto com a direita, segurando juntos dois talheres que funcionam como uma garra, serve cada um dos convivas. Em um jantar em casa, para poucas pessoas sentadas inglesa (V. Mes a, lugares), o procedimento tem importante variao chamada Servio do Anfitrio, em que, antes de serem servidas, as carnes so cortadas ou trinchadas pelo prprio anfitrio. Servio francesa. O servio francesa, semelhante ao ingls. O garom leva uma bandeja com a comida desejada ou de acordo com um menu fixo (e a apresenta ao cliente, no prim eiro caso). Os cabos dos talheres de servir ficam voltados para o cliente ou convidad o, e este serve a si prprio. Nas modalidades francesa e inglesa o garom, depois de servir a primeira vez, deixa a bandeja na mesa, e tanto pode voltar para refazer o prato como cada pessoa poder se servir. Servio Americano. O servio americano completamente diferente do russo, do ingls e do francs. A comida colocada em pratos individuais na cozinha, e estes so levados pelo garom ao respectivo cliente. Porque o prato j vem pronto, ele colocado diante do cliente p ela direita (o mesmo lado em que as bebidas so servidas e os pratos usados so retirado s). Esse o modo de servir que d ao Chef a melhor oportunidade de apresentar a sua art e culinria, inclusive dentro de um designe que contribui para a atratividade do pra to tanto quanto o seu cheiro e o seu sabor. Por esse motivo, o sistema mais adequado quan dose trata de uma refeio formal, com a sucesso de vrios pratos, em que no conta a quantidade de comida, mas a qualidade. Ao fim de cada estgio os talheres usados so removidos junto com o prato, e novos so trazidos para o estgio seguinte. Obviament e, o prato individual servido dessa forma no pode ser confundido com o chamado ..prato feito..ou ..prato do dia.., que os restaurantes eram obrigados, por uma lei de interess e social, a oferecer como prato accessvel aos clientes mais pobres. Excetuado o americano em que o lado direito facultado porque o prato j vem feito, nos demais servios o cliente servido pelo lado esquerdo do assento, e os p ratos so retirados pela direita. Servio com buf. O buf um modo bastante prtico: no restaurante, a comida preparada previamente evita a longa espera que acontece quando o prato solicitado a la car te. Muitos restaurantes funcionam com esse sistema, outros combinam o buf, que tem preo fixo, ao atendimento a la carte. Em uma recepo, o modo mais prtico quando o nmero de convidados grande. Permite tambm oferecer uma variedade de pratos que correspondero aos estgios de uma refeio completa. O cliente ou convidado pega a loua na pilha em um dos extremos da mesa, ou no lugar que lhe foi destinado nas m esas no salo. Pega tambm o guardanapo e os talheres, que segura por baixo do prato enquanto se serve. Em uma recepo realizada em um restaurante ou salo, em geral a loua encontra-se nas mesas onde os convidados iro se sentar, juntamente com os talheres e o guardanapo, em lugares marcados. Com seu prato na mo, o convidado se dirige ao buf, com o cuidado de observar o trajeto a seguir, para no ir de encontr o a outras pessoas ou passar frente indevidamente. O servio de buf no dispensa inteiramente os garons. Alguns estaro junto ao buf servindo os pratos mais concorridos, outros serviro a bebida ao cliente depois que este toma seu lugar me sa. Embora isto seja pouco comum em restaurantes, o buf pode ser dividido em dois ou mais centros, em pontos diferentes do recinto, por exemplo: um para os rechauds dos pratos da Entrada; um segundo para os rechauds do Prato-principal, e um terceiro para a Sobremesa. O maior incomodo do buf est em que, para fazer sua prpria sucesso de pratos, passando do prato de entrada sobremesa, o convidado estar obrigado a algu mas idas e vindas s mesas do buf. Ao faz-lo, deixa os talheres sobre a mesa que ocupa, se houver descanso para talheres. No havendo, e o mais comum que no haja, leva-os consigo, uma vez que no deve deix-los sobre o forro da mesa nem sobre o sousplat. Sopas. Sopas j no prato so servidas pela direita do comensal. Porm quando servida mesa pelo garom, a partir de uma terrina, o servio pela esquerda. Na pgina Roteiro de um jantar completo est detalhada a seqncia de pratos de uma refeio completa. O restaurante em geral oferece todos os pratos que integram u ma refeio completa. Mas, nos almoos ou jantares formais, comum o nmero de pratos limitar-se a dois, os chamados primeiro e segundo pratos, precedidos por um serv io de salgadinhos como azeitonas, fatias de po com pat ou manteiga, etc. Nos restaurante s mais sofisticados, a quantidade de comida de cada prato menor, prevendo-se que o cliente pedir a refeio completa com sua seqncia de pelo menos dois pratos. Os pratos so preparados levando em conta a qualidade, no a quantidade, e so verdadeiras criaes artsticas do Chefe da cozinha. O garom anota o pedido dos dois pratos como primeiro e segundo, e os apresentar na seqncia, o segundo depois de retirar e repor a loua e os talheres utilizados no primeiro. Somente depois de fr eqentarum restaurante um certo nmero de vezes, o cliente descobrir o que ele tem de melho r a oferecer e como fazer seu pedido. Em geral, no Brasil os pratos so preparados em quantidade que vale por uma refeio, prevendo-se que o cliente pedir apenas um prato e no um curso de dois. Neste caso, um casal pode solicitar que o prato seja servi do uma metade para cada pessoa, e organizar sua sequncia. O primeiro prato pode ser uma massa, por exemplo, ignoc. O segundo prato, por exemplo, escalopinhos ao molho madeira com arroz grega. uma boa norma perguntar ao seu anfitrio que prato ele recomendaria. Conforme o que ele recomendar, voc ficar sabendo quanto ele pensa despender e poder escolher o indicado ou qualquer outro na mesma faixa de preo. grosseiro pedir um prato caro sem que o anfitrio encoraje voc a faz-lo. Se ele no sugerir nada, o convidado procura entre os pratos de preos mdios. No salta prontamente para um prato de lagosta, por exemplo, sem que lhe seja recomendado. Os talheres esto postos pelo garom na ordem em que devero ser usados pelo cliente em uma refeio completa. As facas e colheres, direita do prato que marca o lugar; e esquerda, os garfos. A colher a ser usada com a sopa, que constitui ou parte d a entrada, estar na posio mais afastada, direita. Depois de usada ser deixada dentro do prato de sopa vazio que ser retirado pelo garom. O talher seguinte ser a faca ma is externa, a que antes tinha a colher ao lado. Ser usada juntamente com o garfo mai s externo no lado esquerdo do prato, para o primeiro prato. Se o primeiro prato fo r peixe, o garom trocar esse jogo de talheres pelo que prprio para peixe. Depois de usados, esses talheres sero deixados sobre o prato, na posio que indicada na figura que est na pgina Pratos e Talheres. Com os talheres para o segundo prato, que podero ser u m pouco maiores, o procedimento o mesmo. Os talheres para a sobremesa so normalmente posicionados na frente do prato, do lado oposto ao da borda da mesa. Os demais talheres e utenslios so a faca de manteiga sobre o prato de po, o guardanapo, e o prato de servio ou sous plat. O pratinho para o po colocado esquerda, acima dos garfos e do guardanapo. Sobre ele colocada uma faca pequena para manteiga ou outro revestimento que seja servido. um erro deplorvel a pessoa apropriar-se do guardanapo e do pozinho que esto sua direita, e que no so os seus, porque os que lhe cabem esto do lado esquerdo. O prato de servio, quando corresponde ao tamanho dos pratos maiores mais conhecido por sous-plat (do francs, significando "debaixo ou sob o prato"; pronun cia-se "supl"). Funciona como uma bandeja para os pratos da refeio, e retirado ao final, para dar lugar ao prato de servio pequeno, prprio para a taa de sobremesa. O talher da sobremesa, depois de usado, deixado sobre esse pratinho e no dentro da taa. Se o restaurante francs, ou em um pas colonizado pela Frana, deve-se respeitar o uso do garfo na mo esquerda, com os seus dentes voltados para baixo. Se o restaurante em um pas colonizado ou influenciado culturalmente pela Inglaterra, o uso do garfo na mo direita e com os dentes para cima; trocado para a mo esquerda apenas no momento de cortar a carne. No Brasil, pessoas que esto sob a influncia d o neo-colonialismo francs do final do sculo XIX usam o garfo na mo esquerda, como os franceses. A maioria dos brasileiros, porm, segue o hbito herdado de Portugal .. q ue por sua vez o assimilou atravs de seu relacionamento com a Ingleterra .., de usar o garfo na mo direita, excetuado no momento de cortar a carne (Veja mais sobre o assunto na pgina Pratos e Talheres). A utilizao dos copos segue a mesma regra dos talheres, quanto ordem em que so usados. O primeiro direita, que tambm o menor, ser para o vinho branco que acompanha o primeiro prato (geralmente carnes brancas). O do meio, de tamanho mdi o, para o vinho tinto que acompanha o prato principal (geralmente carne vermelha),e o terceiro e ltimo, o maior dos trs, para gua. Mas a ordem em que so cheios pelo garom um pouco diferente, porque o primeiro servido o maior esquerda, o copo para gua , e depois, acompanhando o primeiro prato, servido o menor, que o primeiro direita. O garom, - ou o somellier nos restaurantes que tem esse profissional -, apresenta o vinho ao anfitrio voltando-lhe o rtulo da garrafa. Confirmado que o vinho deseja do, a garrafa aberta e lhe apresentada a rolha. Ele deve conferir se a rolha tem cheir o diferente do vinho (cheiro de vinagre ou cheiro de mofo, dois fortes indcios de q ue o vinho est estragado). Aps a aprovao quanto a esse aspecto, um pouco do vinho vertido em sua taa e ele far discretamente o teste do aroma (se diz buqu para os vinhos tintos) e a prova do paladar (degustao). Se o vinho satisfaz, autoriza o ga rom a servi-lo a seus convidados. A propsito desse ritual, o leitor encontrar mais detal hes na pgina sobre escolha do vinho e na pgina sobre garrafas, rtulos e rolhas. Em um restaurante de boa categoria, o cliente servido pela esquerda, e os pratos so retirados pela direita. Este um procedimento padro. As senhoras so servidas antes dos homens, primeiro as convidadas de mais importncia, direita e esquerda d o anfitrio, a anfitri por ltimo. Os homens so servidos por ordem a partir do convidado de honra o qual estar sentado direita da anfitri, o anfitrio por ltimo. Para cada novo prato a ser servido, deve ser colocado um prato limpo diante do cliente. O jantar formal para vrias pessoas em um restaurante deve ser combinado previamente com o gerente da casa. imperativo ter um contacto prvio com o maitre, ouvir suas sugestes e discuti-las, escolher quais pratos constituiro a seqncia a ser servida, os vinhos para cada etapa, as sobremesas, aperitivos e licores; verific ar o melhor posicionamento para a mesa nica, se for o caso, e providenciar as flores p ara sua decorao. oportunidade tambm para se combinar a colocao dos cartes indicadores do lugar de cada convidado, assunto da pgina Lugares mesa. Esta indicao pode ser uma boa medida, para evitar que o anfitrio precise definir na hora onde cada convidado dever sentar-se. medida imprescindvel nos jantares altamente formais, para evitar ferir susceptibilidades. Finalmente combina-se o modo de pagar, para que o acerto seja feito de mododiscr eto, depois da sada dos convidados. uma boa idia oferecer previamente aogerente um a parte do pagamento guisa de cauo. provvel, no entanto, que ele no aceite, mas o fato de ter sido feita a proposta positivamente j ser motivo de maio r confiana para ele adiantar providncias como o tempero prvio de grandes pores de carne, de legumes, etc., de modo a reduzir o tempo de espera do servio de mesa. Gorjeta. O costume no nosso pas uma gorjeta de 10 % da despesa efetuada nos restaurantes e bares. Em geral essa percentagem vem indicada ao final da nota e na maioria das vezes j est includa no total a ser pago. Porm, 10% parecer irrisrio, se a despesa foi relativamente pequena (um chope e um pratinho de salgados, ou mesmo apenas um cafezinho e uma gua mineral) e o cliente foi servido com eficincia e cortesia,. Em tal situao seria justo gratificar com um pouco mais, pelo menos 20%. Em outros pases a gorjeta mnima comumente de 15% ou 20%, e mesmo que no esteja includa na nota da despesa, seu pagamento esperado pelo garom e constitui quase uma desonestidade deixar de pag-la. NOIVADO O noivado dificilmente chegar a ser um acontecimento to bem planejado quanto pode ser um casamento. Acontece de uma maneira cheia de imprevistos, romantismo, muita esperana e s vezes um pouco de medo. Por isso h pouca coisa a colocar sistematicamente a respeito do noivado, seno que tradicionalmente o namorado propeo casamento namorada e, se aceito, providencia alianas para ambos, ou um anel par a a noiva, ou ambas as coisas, para logo se entregarem ao planejamento do casament o e da futura vida em comum. As alianas tero gravados os nomes do noivo e da noiva, cada um dos dois usar aquela com o nome do parceiro. A data do casamento ser gravada mais tarde. O anel do noivado, de uma pedra preciosa ou semipreciosa, natural ou artificial, de cor cl ara ou nomuito escura (a partir do diamante at o topzio passando por uma variedade de cores que inclui a gua-marinha) no receber gravao alguma. uma tradio que acrescenta certo valor moral ao casamento, e uma emoo a mais nos seus preparativos, o ..pedir a mo da noiva... Nesse particular, no se seg ue hoje o mesmo rito de antigamente. Na verdade, o que se faz uma participao respeitosa aos pais, da deciso do noivado tomada pelo casal de namorados. Essa participao esperada no somente por cortesia, ou porque enseja noiva receber para si e para o seu futuro companheiro as bnos dos pais, ou porque seja uma questo de etiqueta, etc., mas por razo de coerncia. Porque, se os namorados decidem se casar, isto que r dizer que eles prezam a instituio da famlia e, portanto, para serem coerentes com e sse sentimento, espera-se que mostrem amor por suas prprias famlias. Como prova, faro que seus pais sejam os primeiros a saber do seu projeto, antes de participarem a deciso a quaisquer outras pessoas.. Tomada a deciso do noivado, tudo geralmente comea por uma visita informal da namorada famlia do namorado (mais tarde haver outra visita que ser formal), o qual apresenta aos seus pais ..a moa com quem deseja se casar... Outras visitas no mes mo estilo informal podero ser feitas aos avs, tios, casais amigos do noivo e, reciprocamente, pelo lado dos parentes e amizades da noiva, aps se decidirem a no ivar. Note-se que o noivo e a noiva somente devem tomar essa iniciativa s vsperas do noivado, quando as pessoas possam perceber qual o verdadeiro propsito da visita, embora no se possa ainda pronunciar a palavra ..noivado... Caso contrrio, a visita ser inoportuna, porque permeada pela dvida do que realmente ir acontecer... e dvidas assim causam constrangimento nas famlias bem constitudas. Na primeira vez que o namorado visita a me de sua namorada, ele ser levado naturalmente a cumpriment-la com carinho e respeito, ao lhe ser apresentado. Para expressar esses sentimentos, talvez ele deseje lhe beijar a mo .. um modo de cumprimentar enfaticamente condenado pelas pessoas de costumes mais avanados, modernamente chics e charmosamente espontneas. Porm esta forma de cumprimento pode se tornar irresistvel quando realmente se deseja mostrar de modo especial o afeto por uma senhora, no caso a me da pessoa amada. A fase entre as apresentaes prvias e o noivado propriamente dito extremamente importante. ocasio para se discutir com as famlias aspectos como religio (se a de uma diferente da religio do outro), recursos (com que rendimentos contam para a vida de casados), cultura (em que dificuldades pode implicar difer enas de nacionalidade), e outros possveis tpicos que possam preocupar a uma ou outra famlia em relao ao noivo ou noiva. Embora os noivos j tenham amadurecido questes dessa natureza antes da deciso do noivado, ainda assim ser bom para eles ouvirem a opinio de pessoas mais velhas, ou daqueles que tenham vivido situaes semelhantes em que se encontram. Mesmo que um conselho no mude nada, poder trazer uma viso nova da situao e habilit-los a tratar ainda melhor com o problema. Caso um dos noivos ou ambos tenham filhos, comunicam a eles a inteno do casamento, e conduzem com habilidade as crianas a simpatizarem com o futuro padrastro ou madastra. O "consentimento" deles ser o mais delicado e difcil de obt er,uma vez que sentiro que algo lhes imposto, e as reaes podero variar dependendo da idade que tiverem, e de inmeros fatores psicolgicos influentes em tais circunstncias. Se apenas um dos noivos tem filhos, poder ser melhor no os envolver nos encontros informais prvios ao noivado. Porm, se ambos os tm, e so de pouca idade, um convvio prvio entre eles, conduzido no sentido de quebrar quaisquer preconceitos, poder dar muito bons resultados. Aps esse curto prembulo de encontros informais, o ..pedido.. ou comunicao oficial das intenes do casal j ser esperado pelos pais da noiva. Estes podero preparar um almoo ou jantar para a ocasio e inclusive convidar os pais e irmos donoivo para que estejam presentes, alm dos seus prprios parentes mais prximos, e alguns amigos mais chegados da famlia.. Mesmo que seja uma recepo muito simples, ela obviamente formal, uma vez que ensejar o ritual de formalizao do noivado. No modo mais simples, com carter apenas de uma visita formal, os pais da noiva, como anfitries nesse encontro, podero reservar uma garrafa de champanhe para um brinde, aps a esperada comunicao. Se existem convidados na ocasio, o modo como o anncio da inteno do noivado feito aos pais da noiva pode ser reservado .. os noivos dizem aos pais d a noiva que desejam conversar com eles sobre o futuro do namoro e so levados a um local m ais reservado (o escritrio do pai, se houver), ou o noivo pede a palavra e diz sua in teno frente aos presentes. Em qualquer dos casos, os pais podem responder com um pequ eno discurso (dizer o quanto se sentem felizes com a escolha da filha, por exemplo) ou simplesmente abraarem o rapaz significando com isto que o aceitam como filho. Tradicionalmente, depois de receber a aprovao do pai da noiva, os noivos se colocam mutuamente suas alianas, e em seguida o noivo oferece noiva o presente do anel de noivado. Ao fim desse encontro, ao despedir-se o noivo, os pai da noiva despede-se dele com um abrao e a me da noiva o atrai para si e despede-se com um beijo no rosto. O beijar a mo j estaria fora do contexto. Ele pode tomar a iniciativa dos beijinhos de despedida, que ser o modo mais apropriado de cumprimentar a sogra da em diante. Noivado antes matria de notcia circulante que de participao formal s pessoas. A notcia pode ser dada pelos prprios noivos ou por seus parentes e .. se so pessoas conhecidas .., atravs da coluna social dos jornais. Mas h um cuidado a tom ar: muita propaganda pode levar a um nmero excessivamente grande de pessoas a convidar, e gerar problemas na escolha de quantos e quais recebero o convite espe cial para a recepo aps a cerimnia. Um segundo jantar de noivado oferecido pouco tempo depois pelos pais do noivo (que renem seus parentes mais prximos e os amigos mais chegados) aos pais e parentes mais prximos da noiva. No uma festa, mas uma recepo com a mesma formalidade que teve o evento em que se deu o noivado, e pode ter uma presena mai s restrita de pessoas. Trata-se agora de celebrar o projeto de unio das duas famlias , que ir concretizar-se mais tarde, com o casamento. Os pais do noivo mostram aos pais da noiva as dependncias de sua residncia, um gesto que tem o significado de integr-los no seu convvio. Esta no uma ocasio para convidar parentes da noiva alm dos muito prximos, nem suas amigas ou amigos de seus pais. Apenas os parentes mais prximos e os amigos mais chegados presenteiam os noivos por ocasio do noivado, e geralmente o fazem com artigos de custo mais mode sto, uma vez que esperam a proximidade do casamento para presente-los com algo de maio r valor. Em geral, so objetos para a decorao da casa, equipamentos para o bar (balde para gelo ou para garrafa, um abridor com um designe original, copo misturador,etc.), ou artigos para o enxoval da noiva. Por serem os mais chegados, podem consultar a n oiva, quando a escolha do presente recai sobre artigos de cama, mesa e banho, onde as preferncias dela precisam ser conhecidas. ocasio um pouco prematura para presentes como o custeio da viagem de npcias, ou mquinas em geral, geladeiras, freezers, etc., que so mais apropriados como presentes de casamento. Os cursos para noivos, ministrados praticamente por todas as denominaes religiosas, proporcionam momentos de reflexo sobre muitos temas relativos ao casamento, cujo conhecimento com certeza ser muito til aos nubentes. Rompimento A revogao d