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23 . JUL . 2015 13 1 ABES cria Câmara Temática de Reúso de Água e Dessalinização, que terá painel no Congresso 28º CBESA Com a iniciativa de implantar uma Câmara Te- mática de Reúso de Água e Dessalinização, em parceria com a Asociación Latinoamericana de Desalación y Reuso del Agua (ALADYR), a ABES entra em uma nova discussão sobre um tema importante, atual e irreversível para o Brasil, de acordo com o presidente nacional da entidade, Dante Ragazzi Pauli. A Câmara, que já está sen- do composta, formulará um texto para ser de- batido no 28º Congresso da ABES, que ocorrerá entre os dias 4 e 8 de outubro no Rio de Janeiro (veja mais em http://abes-dn.org.br/28cbesa/in- dex.php). O painel abordando o tema do reúso já está confirmado. Em março, Dante participou da abertura da Conferência “Reúso e Dessalinização para o De- senvolvimento da América Latina”, promovida pela Associação Internacional de Dessalinização (International Desalination Association – IDA), no Rio de Janeiro. No encontro, o representante da ALADYR, Renato Ramos, lançou uma proposta de parceria com a ABES para realização de ações conjuntas dentro do tema reúso e dessalinização. “Eu imediatamente aceitei e tive a ideia da Câma- ra. Eles concordaram, as conversas foram se de- senvolvendo e a Câmara nasceu”, conta Dante. O presidente ressalta a importância da inicia- tiva no cenário brasileiro. “Este é um tema que está sendo muito debatido. O saneamento sem o reúso não tem mais volta no Brasil, principal- mente em São Paulo. Acredito que este assun- to toma cada vez mais corpo e é necessário um grande aprendizado. Temos pouquíssima expe- riência”, afirma. “A ideia é que a ABES comece a criar propostas para levar para a sociedade, pa- ra as autoridades governamentais, para disse- minar e acelerar a utilização da água de reúso”. Segundo Dante, estão sendo estudadas as presenças de especialistas internacionais não apenas para a CT de Reúso e Dessalinização, mas também para o Congresso. “Essas pessoas têm uma vasta experiência em mudança climá- tica e reúso.” Os textos e cartas criados a cada Congresso passam a integrar os anais da ABES. “A ideia é criar uma biblioteca e a ABES ser uma propulso- ra de documentos para discussão e para leitura da sociedade e dos associados.” A ideia da Câmara de Reúso surgiu a partir da participação de Dante em um evento internacional

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ABES cria Câmara Temática de Reúso de Água e Dessalinização, que terá painel no Congresso

28º CBESA

Com a iniciativa de implantar uma Câmara Te-mática de Reúso de Água e Dessalinização, em parceria com a Asociación Latinoamericana de Desalación y Reuso del Agua (ALADYR), a ABES entra em uma nova discussão sobre um tema importante, atual e irreversível para o Brasil, de acordo com o presidente nacional da entidade, Dante Ragazzi Pauli. A Câmara, que já está sen-do composta, formulará um texto para ser de-batido no 28º Congresso da ABES, que ocorrerá entre os dias 4 e 8 de outubro no Rio de Janeiro (veja mais em http://abes-dn.org.br/28cbesa/in-dex.php). O painel abordando o tema do reúso já está confirmado.

Em março, Dante participou da abertura da Conferência “Reúso e Dessalinização para o De-senvolvimento da América Latina”, promovida pela Associação Internacional de Dessalinização (International Desalination Association – IDA), no Rio de Janeiro. No encontro, o representante da ALADYR, Renato Ramos, lançou uma proposta de parceria com a ABES para realização de ações conjuntas dentro do tema reúso e dessalinização. “Eu imediatamente aceitei e tive a ideia da Câma-ra. Eles concordaram, as conversas foram se de-senvolvendo e a Câmara nasceu”, conta Dante.

O presidente ressalta a importância da inicia-tiva no cenário brasileiro. “Este é um tema que está sendo muito debatido. O saneamento sem o reúso não tem mais volta no Brasil, principal-mente em São Paulo. Acredito que este assun-to toma cada vez mais corpo e é necessário um grande aprendizado. Temos pouquíssima expe-riência”, afirma. “A ideia é que a ABES comece a criar propostas para levar para a sociedade, pa-ra as autoridades governamentais, para disse-minar e acelerar a utilização da água de reúso”.

Segundo Dante, estão sendo estudadas as presenças de especialistas internacionais não apenas para a CT de Reúso e Dessalinização, mas também para o Congresso. “Essas pessoas têm uma vasta experiência em mudança climá-tica e reúso.”

Os textos e cartas criados a cada Congresso passam a integrar os anais da ABES. “A ideia é criar uma biblioteca e a ABES ser uma propulso-ra de documentos para discussão e para leitura da sociedade e dos associados.”

A ideia da Câmara de Reúso surgiu a partir da participação de Dante em um evento internacional

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CT Prestação de Serviços promoverá discussão sobre qualidade e inovação

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ABES Acontece - Quais são as atividades progra-madas pela Câmara para o Congresso?

Samanta e Juliana - A Câ-mara prevê inovar em uma roda de discussão abordan-do os assuntos inovação na remuneração de contratos e desempenho dos servi-ços prestados. Participa-rão empresas com diversos modelos de contratação por performance, remuneração por execução, contratos de risco, qualidade da presta-ção de serviços do modelo, qualidade da execução e do processo de relacionamen-

to com clientes, rentabili-dade e alinhamento com o momento do mercado e previsões futuras.

ABES Acontece - O que a

Câmara espera da realização deste Congresso, num ano crucial para o saneamento?

Samanta e Juliana - Que-remos promover a troca de experiência com modelos inovadores de contratação e o impacto na qualidade de serviços prestados.

Esperamos que o Con-gresso seja o fórum ideal para a discussão de uma revisão do modelo de atu-

A Câmara Temática de Prestação de Serviços e Re-lacionamento com Clientes do Saneamento realizará uma discussão sobre quali-dade e inovação nos servi-ços durante o 28º Congres-so Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que será realizado de 4 a 8 de outubro no Riocentro, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao ABES Acontece, Samanta Olivei-ra, coordenadora da CT, e Juliana Almeida Dutra, co-ordenadora adjunta, falam sobre os preparativos da Câmara.

(continua na página 3)

A CT de Serviços em painel no Congresso da ABES em Goiânia, em 2003

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ABES Acontece - Que as-pectos são fundamentais para a melhoria dos servi-ços de saneamento?

Samanta e Juliana - A consciência primordial à prevenção de manuten-ções corretivas e no uso eficiente dos recursos. Que a prestação de serviço está diretamente ligada ao re-lacionamento e a satisfa-ção do cliente final. O setor está se deparando com um novo formato de atuação e se ajustando a ele. Neste novo cenário, o relaciona-mento com o cliente é pri-mordial, já que este, após a crise hídrica, desenvolveu outras formas de abasteci-mento e analisará o custo x benefício pelos valores expressados e praticados pelas companhias. Além disso, água se tornou um bem mais valorizado neste novo cenário, muitas pes-soas passaram a olhar pa-ra o produto de outra for-ma. Considerando o tema da prestação de serviços, é importante que se evite a redundância na atuação em campo, fazendo mais o preventivo e agindo com total resolutividade. É im-portante que se estabele-çam novas formas de se trabalhar. Acreditamos que o mercado vai mudar ainda

mais e que para sobreviver todos os prestadores terão que rever seus processos, forma de prestar serviços, gestão de pessoas, atuação com o cliente entre outros.

ABES Acontece - Como

as discussões e propostas resultantes do Congresso podem contribuir para a melhoria da prestação de serviços de saneamento no país?

Samanta e Juliana - Bus-camos promover novos modelos que promovam a agilidade na prestação de serviços e que promovam resultados antecipadamen-te. O Congresso será im-portante para dar visibili-dade ao tema

“Prestação de Serviços X Relação com o cliente”, co-locar em evidência de que é necessário ter clareza de que aquele que executa o serviço está intervindo di-retamente na melhoria da qualidade de vida da popu-lação, e em muitas vezes diretamente em sua rotina e dia a dia.

Para informações e ins-crições para o 28º Congres-so Brasileiro de Engenha-ria Sanitária e Ambiental, acesse http://abes-dn.org.br/28cbesa/index.php.

ação em um mercado que deve se formar com outra estrutura de prestação de serviços, rentabilidade contratual, seleção de ta-refas por parte dos pres-tadores, negociação de contratos, visão do clien-te etc. Esperamos que se possa analisar, nesta no-va etapa do setor, como se configura a partir de 2016, a gestão de processos, gestão do negócio, ges-tão de pessoas, gestão de operações técnicas e ges-tão de clientes principal-mente agora que este está começando a se conscien-tizar do papel enquanto consumidor.

ABES Acontece - E como

o segmento de serviços en-contra-se neste cenário de crise de escassez hídrica e crise econômica? O mo-mento pode ser uma opor-tunidade para o segmento se aprimorar?

Samanta e Juliana - O momento atual promove a discussão e o desenvolvi-mento de novas tecnologias com vistas na melhoria da qualidade do serviço presta-do, bem como a melhoria da operação do sistema de dis-tribuição de água, através da realização de serviços de manutenção preventiva.

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Reunião discute saneamento no PPA 2016-2019 e apresenta primeiro relatório anual de avaliação do Plansab

GTI PLANSAB

tário nacional de Recursos Hídricos, Paulo Ferreira, e Ernani Ciríaco de Miranda; Ministério do Meio Ambien-te, com Zilda Maria Faria Ve-loso, Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cuja representante é a enge-nheira Maria Lúcia Bernar-des Coelho Silva, da ABES--RS, e Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), com Julio Thadeu Silva Ket-telhut, além dos Ministérios da Fazenda, do Planejamen-to, Orçamento e Gestão e da Integração Nacional, Caixa Econômica Federal, Con-selho Nacional de Saúde e Conselho Nacional das Cida-des (Concidades).

No encontro, foram apre-sentados informes sobre a participação da SNSA/MCi-dades nas oficinas, reuniões e discussões sobre o sanea-mento básico nos programas do PPA 2016-2019, em espe-cial no Programa Saneamen-to Básico, no Programa de Gestão de Riscos e Desastres e no Programa Segurança Alimentar e Nutricional.

“Além disso, foi exibida a proposta de estrutura para o primeiro relatório anual de avaliação do Plansab, que já possui cerca de trinta pági-nas, com informações preli-minares para todas as cinco dimensões de avaliação do Plano”, explica Campani.

a ABES é uma das entidades membros, é o colegiado do Ministério do Meio Ambien-te que desenvolve regras de mediação entre os diversos usuários da água sendo um dos grandes responsáveis pela implementação da ges-tão dos recursos hídricos no País.

O Grupo de Trabalho In-terinstitucional de Acompa-nhamento da Implementação do Plano Nacional de Sanea-mento Básico (GTI-Plansab) realizou sua sétima reunião de 2015 no último dia 18 de junho, para discutir, entre outros temas, saneamento básico no PPA 2016-2019 e apresentar o primeiro rela-tório anual de avaliação do Plansab. O presidente da Se-ção Rio Grande do Sul, Darci Campani, é o representante da ABES no GTI.

A reunião teve participação de diversos órgãos públicos e entidades, como Ministé-rio das Cidades (MCidades), com a presença do secre-

A engenheira Célia Regina Alves Rennó, presidente da ABES Seção Minas Gerais, é a nova representante da ABES no Conselho Nacional de Re-cursos Hídricos, para o man-dato 2015-2018. Célia substi-tuirá Paulo Paim.

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos, do qual

Célia Rennó é a nova representante da ABES no Conselho

CNRH

Celia representará a ABES no CNRH

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Sucesso de público, encontro nacional promovido pela ABES-RS ressalta preocupação com o futuro da água no Brasil

PERDAS DE ÁGUA

Água, evento organizado pela ABES-RS, por meio de sua Câmara Técnica de Gestão de Perdas de Água, nos dias 13 e 14 de julho, em orto Alegre.

Com mais de 200 presen-tes nos dois dias do evento, o 1º Seminário Nacional de Gestão e Controle de Per-

das de Água foi um suces-so de realização. Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Gestão de Per-das da ABES-RS e organi-zador da capacitação, Ri-cardo Rover Machado, isso se deveu aos debates di-recionados aos problemas frequentes em todas as

A importância de inves-timentos em controles de perdas e vazamentos de água foi apresentada e destacada por diversos profissionais da área do saneamento brasileiro no encerramento do 1º Semi-nário Nacional de Gestão e Controle de Perdas de

Encontro discutiu soluções e formas de trabalho conjuntas para enfrentar as perdas de água

(continua na página 6)

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importância da discussão. Em certos setores as per-das são valores normais, mas isso não é um conso-lo, não podemos mascarar a realidade, porque as per-das ainda são muito gran-des”, salientou Campani.

Para saber mais sobre as palestras, acesse http://www.abes-rs.org.br/novo/index.php?p=noticias

A necessidade de con-trole das perdas de água foi trazida pelo engenheiro eletricista e representante da Coester Soluções Ino-vadoras em Automação, Regis Veit Somensi. De acordo com o engenheiro, as malhas dos ciclos de água são muito extensas, com muitas tubulações. Estes projetos são feitos para durar muitos anos. Por isso, é essencial apre-sentar controles de fluxo, de pressão e de vazão. O engenheiro também apre-sentou casos de sucesso de instalações realizadas na Sabesp, em São Paulo, na ETA Pirapama, no Re-cife, e no ETE Serraria, em Porto Alegre.

“Automatizando as eta-pas, temos como visuali-zar, através de uma sala de comando. Assim, pode-mos tornar as ações mais rápidas. Os casos mostram muitos benefícios. A auto-

mação diminui a necessi-dade de deslocamento, re-duz o número de equipes, reduz o tempo de aciona-mento de válvula, tem a possibilidade de identificar e isolar geograficamente para minimizar transtor-nos”, demonstrou Regis Veit Somensi.

O engenheiro eletricis-ta, sócio proprietário das empresas Lamon Produ-tos Ltda. e Isoil Lamon, Gustavo Lamon, lembrou que 81% da população têm água potável. As regiões com menos acesso à água são a Norte e a Nordeste do país. Já a região com mais gasto é a Sudeste. Para diminuir as perdas e melhorar a distribuição, o controle é uma das solu-ções.

“A estimativa é que apro-ximadamente 37% da água seja perdida. Porém, mui-tas empresas nem reali-zam controles. Então não podemos apenas acreditar nesses dados sem deba-ter a forma de medição. Temos a necessidade de investir em tecnologias e formas de medição”, des-tacou Gustavo Lamon.

A engenheira assistente técnica do diretor opera-cional do DMAE, Rosane Coimbra, coordenou o pai-nel “Gestão operacional

empresas de saneamento. “O resultado positivo ocor-reu por conta da comissão organizadora, que esco-lheu com muito carinho os assuntos. Aqui foram debatidos os trabalhos de todos. Sabemos que aqui somos todos irmãos e en-frentamos adversidades parecidas nas nossas roti-nas. A questão das perdas nos deixa indignados. Por isso, buscamos trabalhar conjuntamente uma solu-ção”, avaliou Rover.

O encontro contou com palestras de diversos espe-cialistas no tema de órgãos públicos, universidades e empresas, como Corsan, DMAE, SANEPAR, SABESP e Universidade Federal do Ceará, entre outros. En-cerrando o seminário, Ri-cardo Rover coordenou a elaboração de um docu-mento que será entregue no 28º Congresso Brasilei-ro de Engenharia Sanitária e Ambiental, apresentando propostas para o segmen-to. O 28º CBESA ocorrerá entre 4 e 8 de outubro, no Rio de Janeiro.

O presidente da ABES--RS, Darci Campani, desta-cou a necessidade cada vez maior de aportar investi-mentos nessa área. “É um setor que precisa de mui-to investimento, por isso a

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reparo ocorra o quanto an-tes. Apresentamos redu-ção de energia elétrica, de reclamações, de vazamen-tos. Só para ter uma ideia, em 2010 eram 170 serviços pendentes, hoje não pas-sam de cinco serviços pen-dentes. Em outras cidades, 41% das reclamações são por falta de água. Hoje, em Canoas, essas reclama-ções não passam de 20%”, salientou Eduardo Barbosa Carvalho.

O engenheiro civil e pro-fessor titular da Univer-sidade Federal do Ceará, Marco Aurélio Holanda de Castro, conversou com os presentes sobre a im-portância de controlar todo processo de abas-tecimento para melhorar a distribuição de água. Ele lembrou que, quando perdemos energia desne-cessariamente, perdemos massa também. Quando

à Política Nacional de Re-síduos Sólidos (PNRS). Pa-ra o presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pauli, o país tem que elaborar um

perde energia, gasta mais massa de água na hidrelé-trica.

“Só controla e economi-za o que você conhece. O grande problema das com-panhias de saneamento no Brasil é que muitas não co-nhecem as redes e os sis-temas que têm. Como vai controlar sem conhecer?”, alertou Marco Aurélio Ho-landa de Castro.

O engenheiro Mário Au-gusto Bággio falou sobre a gestão e administração das empresas de saneamento.

“As organizações muitas vezes têm muita facilida-de em planejar, mas nem sempre têm capacidade de executar o planejado. Mui-tos gestores não sabem mais de onde a água vem ou pra onde ela vai. Esse gestor precisa colocar su-as botas e voltar ao barro, ao operacional”, ressaltou Mário Augusto Bággio.

desenho novo para o sanea-mento”. Leia em nosso site a matéria completa, com a opi-nião da CT Resíduos Sólidos.Acesse aqui.

no controle de perdas”. Segundo ela, o DMAE tra-balha com a questão das perdas de água dentro do planejamento estratégico do departamento.

A preocupação com o futuro foi tema da pales-tra do engenheiro químico e diretor de Operações da Corsan, Eduardo Barbosa Carvalho. Ele apresentou o caso do Centro de Controle de Operações de Canoas. Na cidade da Região Me-tropolitana de Porto Ale-gre, os números positivos dos últimos anos animam a Corsan e possibilitam um planejamento mais abran-gente e eficaz.

“O futuro pode não che-gar se o presente não for bem cuidado. A questão do saneamento no Brasil é histórica. Temos que tra-balhar para evitar conser-tos e vazamentos frequen-tes. É fundamental que o

O Senado Federal aprovou no começo de julho projeto de lei que prorroga, de for-ma escalonada, o prazo para os municípios se adaptarem

“Falta capacidade técnica e financeira para solucionar as questões de resíduos sólidos”, afirma Dante

FIM DOS LIXÕES

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Lançada a 10ª edição do DIADESOL e a Cartilha da Política Nacional de Resíduos Sólidos voltada para Crianças

ABES-SP

A Cartilha da Política Nacional de Resíduos Sólidos para Crianças está disponível no site da ABES-SP

no site da ABES-SP .A coordenadora da Câmara

Técnica de Resíduos Sólidos da ABES-SP, Roseane Gar-cia, explica que a publicação é um meio de fazer com que o DIADESOL chegue efetiva-mente às escolas. “Desta vez nós queremos difundir todo o

saber e o conhecimento téc-nico da ABES em um âmbito maior, fazendo com que a in-formação chegue para um nú-mero maior de pessoas”.

Para saber mais sobre co-mo participar do DIADESOL, acesse aqui.

A Câmara Técnica de Re-síduos Sólidos da ABES--SP lançou em 24 de junho o DIADESOL-2015, campanha de conscientização sobre as questões envolvendo os resí-duos sólidos com concursos de desenho e vídeo voltados a crianças, adolescentes e jo-vens.

Na ocasião, também foi lançada a Cartilha da Política Nacional de Resíduos Sólidos para Crianças, desenvolvida pela ABES-SP, com patrocínio do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Esta-do de SP (SELUR), que tem como objetivo esclarecer in-formações acerca da Política Nacional de Resíduos Sólidos de forma didática. A Cartilha já está disponível para download

Baseado nos encaminhamen-tos do 2° Simpósio de Reúso de Água - SIRA 2015, realizado em abril deste ano em Curitiba-PR, o seminário online irá debater a regulação, políticas, tecnologias e tendências no Reúso de Água, considerando também as expe-riências já vividas no Brasil e em outros países.

As inscrições para quem de-seja assistir ao seminário online

podem ser feitas no site. Durante as palestras os parti-

cipantes podem fazer perguntas escritas pelo chat.

A ABES promoverá, no dia 28 de agosto, das 11h às 12h30, o seminário online “Reúso de água - debate provocativo“.

O seminário contará com pa-lestras de três especialistas: O Prof. da PUC-PR e diretor da ABES-PR, Pedro Franco, o Prof. da UFPR e diretor da ABES - Di-retoria Nacional, Miguel Aisse, e a Prof. UP e diretora da ABES--PR, Selma Cubas.

ABES promove seminário online sobre reúso de água com especialistas da Seção Paraná

ABES NA WEB

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Abertas as inscrições para trabalhos no CICC 2016

AIDIS

O 2º Congreso Interamericano de Cambio Climático AIDIS (CICC 2016), que será re-alizado no México, de 14 a 16 de março de 2016, abriu inscrições para trabalhos técni-cos. O período encerra-se em 31 de agosto.

Para mais informações, acesse https://webext.iingen.unam.mx/aidiscongresos/in-dex.php/cc/mex15

EXP

EDIE

NTE

ABES Acontece é um informativo eletrônico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, atualizado mensalmente e enviado via internet para todos os sócios da entidade.

RESPONSÁVEIS:Dante Ragazzi Pauli Presidente Nacional da ABESMaria Isabel Pulcherio Guimarães Diretora Executiva

EDITOR DE CONTEÚDO: Ana Rogers (MTB 27.666-SP)

REPORTAGENS: Sueli Melo

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA:Vinícius Prado

e-mail: [email protected]

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