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23 . JUN . 2015 12 1 Câmara Temática de Resíduos Sólidos: setor amplia participação no Congresso 28º CBESA O ABES Acontece está mostrando um pouco do trabalho que as Câmaras Temáticas da ABES irão desenvolver durante o 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que será realizado de 4 a 8 de outubro no Rio de Janeiro. Apresentamos, nesta edição, parte da progra- mação da Câmara Temática de Resíduos Sólidos (CTRS) para o evento. Segundo o coordenador da Câmara, Geraldo Reichert, haverá, dentro da programação geral do Congresso, a realização de uma mesa-redonda, além do IV Fórum Nacional de Resíduos Sólidos, para o qual estão previstos quatro painéis com pa- lestrantes e temas a serem confirmados. Entre os principais assuntos na pauta da Câ- mara para o Congresso estão: o estágio atual da implementação da Lei 12.305/2010 – Política Na- cional de Resíduos Sólidos; a regulação e o con- trole como instrumentos de avanço no setor de resíduos sólidos; o reaproveitamento mássico e energético dos resíduos sólidos, em especial a re- ciclagem dos resíduos orgânicos e o tratamento térmico dos rejeitos; o uso de diferentes formas de coleta e sua importância no estabelecimento de rotas sustentáveis de gerenciamento de resí- duos; a contratação de cooperativas de catadores na realização de serviços de gestão de resíduos; e a questão da necessária sustentabilidade finan- ceira dos sistemas, por meio da cobrança de taxas e tarifas. “São todos temas importantes para que possamos no Brasil discutir os avanços e os desa- fios para mudar a realidade atual, na qual cerca de 40% da massa de resíduos sólidos municipais ain- da têm disposição final inadequada (em lixões) e a reciclagem e o reaproveitamento de recicláveis e orgânicos somados não chega 3 %”, ressalta. Para mudar esta realidade, de acordo com o coordenador, é preciso adotar novas rotas tecno- lógicas, as quais implicarão em custos maiores. Atualmente, explica ele, somente metade dos municípios brasileiros tem alguma forma de co- brança pelos serviços de gestão de resíduos. “Não há como sustentar novas formas de coleta, trata- mento e disposição adequada sem a garantia de recursos financeiros. Assim, não só a questão de disponibilidade de recursos para financiamento de novas estruturas é importante, mas também a necessária cobrança de taxas ou tarifas para ga- rantir a operação ao longo da vida útil dos novos sistemas a serem implantados”. Em relação à presença dos resíduos sólidos no Congresso da ABES, Geraldo destaca a necessi- dade de reforçar a importância do setor ao longo das edições do evento. Este é um dos campos com o maior número de trabalhos técnicos aprovados e apresentados. ““Nos PAC1 e PAC2 (Programas de Aceleração do Crescimento, do Governo Fede- ral), dos cerca de R$ 90 milhões disponibilizados para o setor de Saneamento, menos de 2% foram destinados aos resíduos sólidos”, pontua. “Está na hora de mostrarmos também a importância e a força do setor de resíduos sólidos, colocando o assunto na ordem do dia, propondo e implantando novas tecnologias e formas de gestão e sensibi- lizando os setores governamentais responsáveis para a urgente necessidade de aporte de recursos (humanos e financeiros).” Geraldo Reichert, coordenador da Câmara: “Está na hora de mostrarmos também a importância e a força do setor de resíduos sólidos”

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Câmara Temática de Resíduos Sólidos: setor amplia participação no Congresso

28º CBESA

O ABES Acontece está mostrando um pouco do trabalho que as Câmaras Temáticas da ABES irão desenvolver durante o 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que será realizado de 4 a 8 de outubro no Rio de Janeiro. Apresentamos, nesta edição, parte da progra-mação da Câmara Temática de Resíduos Sólidos (CTRS) para o evento.

Segundo o coordenador da Câmara, Geraldo Reichert, haverá, dentro da programação geral do Congresso, a realização de uma mesa-redonda, além do IV Fórum Nacional de Resíduos Sólidos, para o qual estão previstos quatro painéis com pa-lestrantes e temas a serem confirmados.

Entre os principais assuntos na pauta da Câ-mara para o Congresso estão: o estágio atual da implementação da Lei 12.305/2010 – Política Na-cional de Resíduos Sólidos; a regulação e o con-trole como instrumentos de avanço no setor de resíduos sólidos; o reaproveitamento mássico e energético dos resíduos sólidos, em especial a re-ciclagem dos resíduos orgânicos e o tratamento térmico dos rejeitos; o uso de diferentes formas de coleta e sua importância no estabelecimento de rotas sustentáveis de gerenciamento de resí-duos; a contratação de cooperativas de catadores na realização de serviços de gestão de resíduos; e a questão da necessária sustentabilidade finan-ceira dos sistemas, por meio da cobrança de taxas e tarifas. “São todos temas importantes para que possamos no Brasil discutir os avanços e os desa-fios para mudar a realidade atual, na qual cerca de 40% da massa de resíduos sólidos municipais ain-da têm disposição final inadequada (em lixões) e a reciclagem e o reaproveitamento de recicláveis e orgânicos somados não chega 3 %”, ressalta.

Para mudar esta realidade, de acordo com o coordenador, é preciso adotar novas rotas tecno-lógicas, as quais implicarão em custos maiores. Atualmente, explica ele, somente metade dos

municípios brasileiros tem alguma forma de co-brança pelos serviços de gestão de resíduos. “Não há como sustentar novas formas de coleta, trata-mento e disposição adequada sem a garantia de recursos financeiros. Assim, não só a questão de disponibilidade de recursos para financiamento de novas estruturas é importante, mas também a necessária cobrança de taxas ou tarifas para ga-rantir a operação ao longo da vida útil dos novos sistemas a serem implantados”.

Em relação à presença dos resíduos sólidos no Congresso da ABES, Geraldo destaca a necessi-dade de reforçar a importância do setor ao longo das edições do evento. Este é um dos campos com o maior número de trabalhos técnicos aprovados e apresentados. ““Nos PAC1 e PAC2 (Programas de Aceleração do Crescimento, do Governo Fede-ral), dos cerca de R$ 90 milhões disponibilizados para o setor de Saneamento, menos de 2% foram destinados aos resíduos sólidos”, pontua. “Está na hora de mostrarmos também a importância e a força do setor de resíduos sólidos, colocando o assunto na ordem do dia, propondo e implantando novas tecnologias e formas de gestão e sensibi-lizando os setores governamentais responsáveis para a urgente necessidade de aporte de recursos (humanos e financeiros).”

Geraldo Reichert, coordenador da Câmara: “Está na hora de mostrarmos também a importância e a força do setor de resíduos sólidos”

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Conselho vota calendário para a 6ª Conferência Nacional das Cidades

CONCIDADES

Conferências Municipais. O calendário foi votado le-vando em consideração o processo eleitoral no se-gundo semestre de 2015. A etapa Estadual deverá ocorrer no final do ano de 2015, após as eleições, ou no início de 2016, até o final de março de 2016. A Con-ferência Nacional ocorre-rá em maio de 2016, tendo em vista que o mandato da atual gestão do Conse-lho vai até junho de 2016, quando deverá tomar pos-se a próxima composição do Conselho.

“Para a ABES é muito im-portante participar deste processo, para garantir a sua manutenção no Conse-lho, pois as entidades que irão compor o Conselho são votadas na própria Confe-rência, levando em consi-deração aspectos como a participação no período an-terior e a representativida-de na própria Conferência, o que se concretiza com o número de delegados elei-

tos a partir dos municípios, que elegem os delegados para as Conferências Esta-duais, que elegerão os De-legados para a Nacional”, ressalta Campani.

O Conselho das Cidades tem sido o Fórum de arti-culação do Governo Fede-ral para as políticas para os municípios, principal-mente o saneamento. Pela participação no Conselho, a ABES atualmente integra o Grupo de Trabalho Inter-ministerial de acompanha-mento do Plano Nacional de Saneamento, que prevê 508 bilhões de reais para o saneamento nos próximos 20 anos. “Neste momento, quando o Governo Federal está elaborando o Plano Plurianual, para o período de 2016 a 2019, tem sido essencial a participação da ABES no Conselho, pa-ra fortalecer a luta pela Universalização do Sane-amento, conforme prevê a lei 11445/07”, complemen-ta Campani.

O Conselho das Cidades, reunido na semana passa-da, na sede do Ministério das Cidades, teve como um dos principais pontos de pauta a votação do calen-dário para a realização da 6ª Conferência das Cida-des. Como nas edições an-teriores, a Conferência se-rá composta de uma etapa municipal, uma estadual e a nacional, sendo que as municipais elegem os de-legados para a estadual e a estadual para a nacional.

A primeira etapa da Con-ferência já foi votada, com a eleição da Comissão Exe-cutiva da Conferência, na qual a ABES estará repre-sentada pelo Presidente da ABES-RS, Eng. Agr. Darci Barnech Campani, que hoje representa a ABES no Con-selho das Cidades. A próxi-ma etapa é a divulgação e a elaboração dos documen-tos preparatórios durante o segundo semestre de 2015.

No primeiro semestre de 2016 deverão ocorrer as

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ABES participa de evento em El Salvador sobre resíduos sólidos

CONGRESSO AIDIS

qual relatou a Gestão dos Re-síduos de Serviços de Saúde na Nigéria, durante a Cam-panha de Combate ao vírus Ebola. No segundo dia, re-presentantes do Ministério de Meio Ambiente de El Sal-vador apresentaram a Políti-ca de Resíduos Sólidos e os avanços conseguidos no seu país. Durante o Congresso, mais de cem trabalhos foram apresentados de países de três continentes.

“O aspecto positivo foi a evolução da organização do evento, que consolidou a arti-culação de um grupo de técni-cos no país sede do Congres-

so, além de ter sido fechado acordo com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS) para desenvolvimento de estudos sobre a geração de resíduos em serviços de saúde em situação de calami-dade e o gerenciamento des-tes”, afirmou Campani.

O evento ocorreu entre 19 a 22 de maio em El Salvador. O Brasil teve a segunda maior delegação do Congresso e o Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro com a maior dele-gação no evento. Outras in-formações sobre o evento po-dem ser obtidas no site http://www.congresodirsa.com.

ABES e a Seção Rio Gran-de do Sul, representadas pelo presidente da ABES-RS, Dar-ci Campani, participaram do VI Congresso Interamericano de Resíduos Sólidos, orga-nizado pela Associação Inte-ramericana de Engenharia Sanitária e Ambiental. Cam-pani, que também é diretor de Resíduos Sólidos da AI-DIS, destacou a importância do debate sobre o tema para o desenvolvimento humano nos países.

A palestra de abertura foi realizada por Babacal Ndoye, da UNDP, United Nations De-velopment Programme, na

Reunião aprova resoluções sobre recuperação de ambientes hídricos e reclassificação dos resíduos de tintas

CONAMA

Duas propostas de Resoluções foram aprova-das na 118ª reunião ordinária do CONAMA, rea-lizada no dia 27 de maio:

- a revisão da resolução CONAMA nº 307/2002, para inclusão das embalagens vazias de tin-ta imobiliária na Classe B. Esta proposta teve emenda do Ministério da Saúde, com o endosso do Ministério do Meio Ambiente, em que consi-deram-se embalagens vazias de tintas imobili-árias aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu revestimento interno sem acúmulo de resíduo, e as embalagens de

tintas usadas da construção civil deverão ser submetidas a sistema de logística reversa, con-forme e requisitos da lei 12.305/10.

- e a Proposta de Resolução CONAMA, que dispõe sobre o controle da utilização de produ-tos ou processos para recuperação de ambien-tes hídricos. Estas resoluções foram aprovadas com emendas, após votação nominal.

No início da reunião, a ministra do Meio Am-biente, Izabela Teixeira, enfatizou a importância do combate ao desmatamento da mitigação das mu-danças climáticas e da proteção à biodiversidade.

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Câmara de Perdas promove seminário nacional com os maiores especialistas do Brasil

ABES-RS

da ABES-RS, Ricardo Ro-ver, Mário Augusto Bag-gio, Cesar Rehnolt Meyer, Marcelo Depexe, Ricardo Popov, Antônio Luiz Gorki, Adnaldo S. Fraga, Gustavo Lamon, Eduardo Carvalho e Marco Aurélio H. de Cas-tro.

No primeiro dia, os te-mas serão direcionados às perdas aparentes (perdas comerciais por submedi-ção e ligações clandesti-nas) e às perdas reais (per-das físicas, vazamentos). No segundo dia, os assun-tos serão relacionados a

materiais e equipamentos, tecnologia e sistematiza-ção das informações.

Ao final será redigida uma carta para o 28º Con-gresso Brasileiro de Enge-nharia Sanitária e Ambien-tal da ABES, que será rea-lizado de 4 a 8 de outubro, no Rio de Janeiro. O docu-mento levará um posicio-namento e possibilitará a intermediação junto aos órgãos federais na busca de recursos para o setor.

Para mais informações e inscrições para o seminá-rio, acesse aqui

A ABES-RS, através de sua Câmara Técnica de Gestão de Perdas de Água, promoverá, nos dias 13 e 14 de julho, o I Seminário Nacional de Gestão e Con-trole de Perdas de Água.

O encontro reunirá espe-cialistas de diversas áreas do saneamento do Brasil, que discutirão o cenário atual e soluções para o problema das perdas de água no país, entre eles, o presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pau-li, o coordenador da CT Gestão de Perdas de Água

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Dante palestra em evento da Câmara Técnica de Recursos Hídricos

ABES-SP

Dante: “A crise hídrica é uma oportunidade para o setor de saneamento.’

há perdas comerciais como nós temos. “Quando estive em Tóquio, perguntei aos ja-poneses qual era o número de fraudes por ano: eram 10, uma situação muito diferen-te da nossa.”

O grande desafio do sane-amento no momento atual, para o especialista, é unir o setor. “Temos que agar-rar esta oportunidade, uma tarefa que a ABES vem ten-tando fazer. Temos que dar passos firmes no sentido de reestruturar as companhias estaduais, que têm um papel chave. E é preciso que todos os níveis de governo assu-mam sua responsabilidade, não só o federal, mas o esta-dual e o municipal.”

Dante enfatizou que o 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Am-biental, que a ABES promo-verá no Rio de Janeiro en-tre 4 e 8 de outubro, terá a crise hídrica e as perdas de água como alguns dos temas

principais da programação, sempre reforçando o caráter propositivo dos debates da entidade.

Nesse sentido, a Câmara Técnica de Recursos Hídri-cos da ABES-SP, criada com o intuito de ser um ambiente de discussão qualificado e de excelência técnica, acompa-nhando os temas do sanea-mento, como a crise de es-cassez hídrica, tem um papel muito importante, como afir-ma o presidente da ABES. “Esta Câmara está indo mui-to bem, participando das dis-cussões do setor, reunindo profissionais competentes, que têm muito a contribuir.”

Paulo Nobre, superinten-dente da Unidade de Negócio de Tratamento de Esgotos da Metropolitana (SABESP), também palestrou a con-vite da CT, sobre o tema “O Conflito dos Usos da Água na Bacia do Rio Pinheiros – Pensando em Alternativas de Solução”.

“A crise hídrica que atin-ge várias regiões do Brasil e preocupa países em todo o mundo é uma oportunida-de para o setor de sanea-mento. A afirmação foi feita pelo presidente nacional da ABES, Dante Ragazzi Pauli, em palestra promovida pela Câmara Técnica de Recursos Hídricos da ABES-SP, em 28 de maio. “Temos que par-ticipar do debate, provocar a discussão propositiva dos temas do setor, procurar po-líticos que se engajem, via-bilizar investimentos. Muita coisa pode mudar a partir da crise para que o setor de saneamento deixe de ser o primo pobre das áreas de in-fraestrutura no Brasil”, res-saltou.

Abordando o tema “Per-das de água”, Dante dis-correu sobre o cenário do saneamento no país, onde os índices podem chegar a 60% em algumas regiões. “Há municípios sem quadros profissionais, sem recursos, sem conhecimento de tecno-logia disponível, fatores que impactam diretamente nos índices de perdas de água.”

No Brasil, um fator que agrava o índice são as per-das comerciais. Em países como o Japão, explicou, não

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CT Resíduos Sólidos lança a 10ª edição do DIADESOL

ABES-SP

A Câmara Técnica de Resíduos Sólidos da ABES-SP realizará, no dia 24 de junho, a aber-tura do 10º DIADESOL-2015.

O Dia Interamericano de Limpeza e Cidada-nia, também conhecido como DIADESOL das Américas (da expressão de origem espanho-la Dia de los Desechos Sólidos) foi idealizado com objetivo de desenvolver atividades que despertem a consciência das populações so-bre as questões relativas aos resíduos sólidos.

O lançamento contará com a palestra ‘O Município e sua atribuição na PNRS, o que de-vemos fazer’, ministrada pelo Superintenden-te do SEMASA – Santo André e Conselheiro da ABES-SP, o engenheiro Sebastião Ney Vaz Junior.

Na oportunidade também será lançada a Cartilha da Política Nacional de Resíduos Só-lidos para Crianças.

Para mais informações acesse aqui.

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Saneamento Rural é tema de seminário em CampinasABES-SP

O presidente da ABES-SP, Alceu Guérios Bittencourt, participou da abertura do seminário

se articulem esforços numa questão que não é institucio-nalizada como a questão do saneamento rural. Nós temos condições de começar a falar em universalização de atendi-mento sanitário no Estado de SP. Nós devemos reconhecer que temos um caminho muito longo na questão do sanea-mento rural e conseguimos ter uma atuação sistemática, uma organização de soluções de tecnologia e gestão. É funda-mental que haja um mínimo de assistência técnica no que se vai implantar. Esperamos que esse seminário contribua para essa articulação, para essa dis-cussão de soluções de capaci-tação técnica, de busca de ade-quação institucional e formas de financiamento”, afirmou.

Para Ana Lúcia Brasil, coor-denadora da Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas, esse ti-po de evento, relacionado ao te-ma saneamento e realizado no

interior do Estado, é muito im-portante, pois promove a dis-cussão em nível regional. “Nós temos hoje muita gente - inclu-sive os prefeitos, os técnicos, o pessoal da universidade e do Ministério Público -, que es-tá junta aqui exatamente para discutir soluções para as áre-as rurais. Para o meio urbano a gente já tem a solução, mas com o rural, ainda não se sabe o que fazer, não se sabe quem vai tomar conta. Você não po-de deixar sempre a critério do usuário, para que ele tome conta de tudo sozinho, é im-possível. Então nós temos que buscar soluções para eles.”

O segundo dia de debates conta com a participação de mais um especialista da ABES: Mônica Bicalho Pinto Rodri-gues, coordenadora da Câma-ra Temática de Saneamento Rural da ABES (leia na página 8 sobre a palestra).

Leia mais sobre o evento aqui.

A ABES-SP, por meio de sua Câmara Técnica de Sanea-mento e Saúde em Comunida-des Isoladas, em parceria com a Coordenadoria de Assistên-cia Técnica Integral (CATI), Co-mitês PCJ, Agência das Bacias PCJ e ABES-SP – Subseção Campinas, está promovendo, nesta segunda e terça-feira (22 e 23 de junho), o Seminário Regional de Saneamento Ru-ral. O encontro, realizado no Auditório CATI, em Campinas (interior do Estado), visa co-nhecer e discutir modelos de gestão em saneamento rural, resultados, arranjos institu-cionais, fontes de recursos e sustentabilidade ambiental.

A abertura foi realizada na tarde desta segunda-feira, dia 22, e contou com a presença dos representantes das insti-tuições organizadoras, entre eles o engenheiro Alceu Gué-rios Bittencourt, presidente da ABES-SP. “O que nós bus-camos é contribuir para que

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Mônica Bicalho aborda desafios e oportunidades em seminário da ABES-SP

SANEAMENTO RURAL

Monica Bicalho defende atuação em conjunto dos governos para superar os desafios do saneamento rural

junto para encontrar meios que não só atendam à sua demanda, mas que tam-bém entre em acordo com as capacidades e necessi-dades dos demais. “Nós te-mos que ter em mente que somos estados diferentes, realidades diferentes e de-safios diferentes. E assim a gente aprende e reaprende a lição de que tem que haver essa compreensão entre os estados, para que criemos um modelo de gestão o mais adaptado possível para cada tipo de realidade, sem-pre levando em considera-ção as capacidades locais e o nosso conhecimento, bem como o da população.”

A coordenadora ainda ressaltou a importância

do encontro para o setor. “Quando fomos convidados para participar deste even-to, nós vimos a importância de que isso acontecesse, pelo fato de ser a primeira vez que se faz um seminário regional aqui em São Paulo, em conjunto com os Comi-tês de Bacias do PCJ, que é justamente onde se concen-tra o Cantareira, que hoje está sofrendo esse colapso, de conhecimento geral. En-tão a gente vê a importância de discutir o rural e quais as opções, os modelos que a gente tem no Brasil hoje, para que São Paulo possa traçar seu plano estadual de saneamento rural, que se encontra atualmente em fase de estudos.”

A coordenadora da Câma-ra Temática de Saneamen-to Rural da ABES, Mônica Bicalho Pinto Rodrigues, abriu, nesta terça-feira, dia 23, o segundo e último dia do Seminário Regional de Saneamento Rural.

Mônica deu início ao Pai-nel Modelos de Gestão em Saneamento Rural, com a palestra ‘Saneamento Ru-ral: Mitos, Problemas, De-safios e Oportunidades’. Em sua apresentação, a espe-cialista destacou a falta de um consenso universal de quais são as regiões que de-vem ser classificadas como rurais como um dos maio-res desafios do setor. “Nós temos muitos critérios para definir o rural e isso é, real-mente, um dificultador para nós. Não para a Câmara em si, mas para as companhias de saneamento e para os próprios ministérios. Como nós podemos definir metas e resultados para a popula-ção rural se cada estado do país os trata de uma forma? Se são os vereadores, se são os municípios que definem o que é rural?”

Ela pontuou que, apesar de cada região rural possuir características próprias, que exigem soluções espe-cíficas, é necessário que os governos atuem em con-

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ABES-BA e CT Saneamento Rural presentes no VI Seminário de Gestão dos SISARs e Centrais

ABES-BA

Representantes das centrais, no seminário da Bahia

A Câmara Temática de Saneamento Rural da ABES e a ABES Bahia marcaram presença no VI Seminário de Gestão dos SISARs e Centrais, reali-zado nos dias 16 e 17 de abril, em Seabra, municí-pio na região da Chapada Diamantina - Bahia, pro-movido pela Central de Associações Comunitárias para Manutenção dos Sistemas de Saneamento de Seabra, em parceria com os Sistemas Integra-do de Saneamento Rural do Ceará – SISAR/CE, do Piauí – SISAR/PI e Central de Jacobina.

Sob tema central “20 Anos de Gestão Participa-tiva em Saneamento Rural: Avanços, Desafios e Perspectivas”, o Seminário de Gestão dos SISARs e Centrais, que acontece uma vez ao ano, reuniu os oito SISARs do Ceará, o SISAR do Piauí, as duas Centrais da Bahia, representantes do poder públi-co federal, estaduais e municipais, universidades, consultores, representantes de entidades sociais, profissionais e estudantes com interesse na área de saneamento rural.

O objetivo deste fórum é compartilhar e discu-tir experiências de gestão desenvolvidas visando o fortalecimento do Modelo SISAR/Central. Este ano, o VI Seminário comemorou também os 20 anos de fundação da Central de Seabra, conside-rada “mãe dos SISAR’s”.

A Câmara Temática de Saneamento Rural da

ABES esteve representada por Helder Cortez, gerente de Saneamento Rural da Companhia de Água e Esgoto do Ceará - CEGECE, Márcia Aze-vedo, gerente da Divisão de Saneamento Rural da Companhia Espírito Santense de Saneamento – CESAN, e pela coordenadora Geral Mônica Bi-calho, com participação em vídeo na abertura do seminário.

A abertura do evento contou ainda com a pre-sença do deputado estadual Joseildo Ramos, que se reuniu com as Centrais ao longo do evento es-tabelecendo um plano de ação para fortalecimen-to das Políticas de Saneamento Rural.

O evento teve palestras distribuídas em 5 pai-néis: “Central de Seabra – 20 Anos de Gestão Par-ticipativa em Saneamento Rural”, “Saneamento Rural na Bahia – Desafios para a Gestão Susten-tável”, “Avanços e Perspectivas para o Fortaleci-mento do Modelo Central na Bahia”, “Modelo de Gestão para os Serviços de Saneamento Rural – SISAR/Central” e ‘Experiências em Saneamento Rural.”

Foi apresentada a História da Central de Seabra, com destaque para a participação de Hans Van de Graaf e Marjo Van Bentem, ex consultores do Ban-co KfW, que acompanharam a Central desde sua fundação. No painel que discutiu os desafios para

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EXP

EDIE

NTE

ABES Acontece é um informativo eletrônico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES, atualizado mensalmente e enviado via internet para todos os sócios da entidade.

RESPONSÁVEIS:Dante Ragazzi Pauli Presidente Nacional da ABESMaria Isabel Pulcherio Guimarães Diretora Executiva

EDITOR DE CONTEÚDO: Ana Rogers (MTB 27.666-SP)

REPORTAGENS: Sueli Melo

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Vinícius Prado

e-mail: [email protected]

uma gestão sustentável do saneamento rural na Bahia destaca-se a presença de representantes da FUNASA da Bahia e de Brasília, representante da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Sanea-mento da Bahia, Prof. Dr. Luiz Roberto Moraes, e da Profª. Dra Patrícia Borja, da Universidade Fe-deral da Bahia, além do presidente da ABES-BA, Renavan Andrade Sobrinho.

O painel Avanços e Perspectivas para o For-talecimento do Modelo Central na Bahia ganhou destaque com a participação do Sr. Marcos Miran-da, Coordenador Geral de Programas e Projetos Especiais da Secretaria de Desenvolvimento Re-

gional do Ministério da Integração Nacional, coor-denador do Programa Água Para Todos, apresen-tando o estudo do modelo de gestão para os siste-mas de abastecimento de água nas zonas rurais que está sendo desenvolvido pelo consultor do MI, Luiz Martius, além de contar com a participação da Companhia de Desenvolvimento e Ação Re-gional da Bahia – CAR, que apresentou o Projeto Bahia Produtiva em apoio às Centrais, financiado pelo Banco Mundial.

Os Modelos de Gestão dos SISARs e Centrais foram discutidos em um painel específico, com destaque para a apresentação da Rede SISAR, or-ganização social fundada no Ceará para apoiar os SISARs;

Para enriquecer as discussões, o último painel contou com experiências em Saneamento Rural do Espírito Santo pela Companhia Espírito San-tense de Saneamento - CESAN, de Alagoas pela Companhia de Saneamento de Alagoas - CASAL e da Colômbia. Esta última representada pela Profª. Ana Patrícia Quintana Ramirez da Universidad Tecnologica de Pereira.

Mais de 150 pessoas estiveram presentes no VI Seminário de Gestão dos SISARs e Centrais nos dois dias de evento, e fruto das discussões e en-caminhamentos, está sendo elaborada a Carta de Seabra, documento que irá subsidiar as ações em busca de políticas públicas de saneamento rural.

O vídeo de abertura, com Monica Bicalho