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Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:49hs Juiz pede saída de Figueira e Governo decide mantê-lo Secretário estadual de Saúde é alvo de ação de dois médicos. Estado anunciou que irá recorrer por discordar da sentença expedida pela 1ª Vara da Justiça Federal Carol Brito O juiz da 1ª Vara da Justiça Federal, Roberto Wanderley, determinou a suspensão do fechamento do Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e a anulação da nomeação do secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, um dos potenciais candidatos à sucessão do governador Eduardo Campos (PSB). A sentença questiona o fechamento do Centro e a transferência dos serviços de transplantes de médula óssea para o setor privado. O Governo de Pernambuco, através da Procuradoria Geral do Estado, anunciou que irá recorrer à segunda instância e não afastará Figueira do cargo. A ação popular foi impetrada pelo ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Antonio Jordão de Oliveira Neto, e a médica Liliane Medeiros Viana Peritore, em dezembro de 2011. Na época, os médicos argumentaram que o encerramento foi feito sem licitação ou consulta aos conselhos de Saúde Estadual e Federal. A defesa do Estado de que melhora na eficiência do atendimento foi rejeitada pelo juiz e a transferência do serviço público para o setor privado foi questionada. Segundo Roberto Wanderley, que expediu a sentença, o Sistema Único de Saúde (SUS) não permite o Executivo passar a responsabilidade da saúde pública para a iniciativa privada. “É livre à iniciativa privada prestar assistência à saúde, mas essa modalidade de serviço só deve participar do SUS de modo complementar, jamais substituindo o sistema público de igual prestação de serviço. A inversão dessa lógica é inconstitucional”, avaliou. A decisão de invalidar a nomeação de Antônio Figueira na Secretaria da Saúde é baseada na vinculação dele com o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (IMIP), entidade privada com a qual o Estado estabelece contratos. De acordo com os médicos que ingressaram com a ação, as parcerias entre o Executivo e o hospital teriam dobrado após a nomeação do auxiliar. O magistrado defende que o fato configura “conflito de interesses”. “Há conflito de interesses entre a função do secretário de Estado da Saúde e as estreitas ligações, mesmo permanentes, do nomeado com o IMIP, uma das entidades privadas que mais prestam serviços à Administração Pública no Estado de Pernambuco”, diz o texto de Roberto Wanderley.

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Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:49hs Juiz pede saída de Figueira e Governo decide mantê-lo Secretário estadual de Saúde é alvo de ação de dois médicos. Estado anunciou que irá recorrer por discordar da sentença expedida pela 1ª Vara da Justiça Federal Carol Brito

O juiz da 1ª Vara da Justiça Federal, Roberto Wanderley, determinou a suspensão do fechamento do Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) e a anulação da nomeação do secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira, um dos potenciais candidatos à sucessão do governador Eduardo Campos (PSB). A sentença questiona o

fechamento do Centro e a transferência dos serviços de transplantes de médula óssea para o setor privado. O Governo de Pernambuco, através da Procuradoria Geral do Estado, anunciou que irá recorrer à segunda instância e não afastará Figueira do cargo. A ação popular foi impetrada pelo ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Antonio Jordão de Oliveira Neto, e a médica Liliane Medeiros Viana Peritore, em dezembro de 2011. Na época, os médicos argumentaram que o encerramento foi feito sem licitação ou consulta aos conselhos de Saúde Estadual e Federal. A defesa do Estado de que melhora na eficiência do atendimento foi rejeitada pelo juiz e a transferência do serviço público para o setor privado foi questionada. Segundo Roberto Wanderley, que expediu a sentença, o Sistema Único de Saúde (SUS) não permite o Executivo passar a responsabilidade da saúde pública para a iniciativa privada. “É livre à iniciativa privada prestar assistência à saúde, mas essa modalidade de serviço só deve participar do SUS de modo complementar, jamais substituindo o sistema público de igual prestação de serviço. A inversão dessa lógica é inconstitucional”, avaliou. A decisão de invalidar a nomeação de Antônio Figueira na Secretaria da Saúde é baseada na vinculação dele com o Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (IMIP), entidade privada com a qual o Estado estabelece contratos. De acordo com os médicos que ingressaram com a ação, as parcerias entre o Executivo e o hospital teriam dobrado após a nomeação do auxiliar. O magistrado defende que o fato configura “conflito de interesses”. “Há conflito de interesses entre a função do secretário de Estado da Saúde e as estreitas ligações, mesmo permanentes, do nomeado com o IMIP, uma das entidades privadas que mais prestam serviços à Administração Pública no Estado de Pernambuco”, diz o texto de Roberto Wanderley.

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Folha Resume A notícia de que o secretário de Saúde, Antônio Figueira, deve se afastar do cargo, por ordem judicial, pegou o Governo de surpresa. A saída foi anunciar que o Estado recorreria da sentença e que o secretário continuará no cargo. O pedido de afastamento foi devido ao fechamento de a unidade de transplante ósseo do Hemope. Saiba Mais LIMINAR - Em janeiro de 2012, o mesmo juiz Roberto Wanderley expediu uma liminar determinando a reabertura do Centro de Transplante de Medula Óssea, questionando a transferência do serviço para o setor privado. A decisão foi derrubada em segunda instância.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:51hs Campos soube da notícia em evento Chefe do Executivo questionou que o Estado não teve o direito ao contraditório. Contudo, a sentença mostra a defesa do Governo Carol Brito e Mirella Araújo Surpreendido pela determinação da 1° Vara da Justiça Federal, o governador Eduardo Campos (PSB) comentou a decisão judicial ao afirmar que a responsabilidade era da Procuradoria-geral do Estado. O socialista afirmou que tomou conhecimento do recurso durante a inauguração do Instituto Confúcio, no Recife. Ele fez questão de ressaltar que a medida cabe recurso e pode ser derrubada em segunda instância. O Chefe do Executivo questionou que o Estado não teve o direito ao contraditório. Contudo, a sentença mostra a defesa do Governo. “É uma decisão de primeira instância onde cabe vários recursos. E a Procuradoria do Estado falará exatamente, pedindo recursos à instância superior e colocando as contrarrazões que não teve a oportunidade de fazer, e vai fazer agora. Isso afronta, ao meu ver, o estado de direito quando o contraditório é elementar na Justiça”, destacou. Questionado sobre o assunto, o líder do Governo Waldemar Borges (PSB) rebateu as acusações contra o secretário de Saúde, Antônio Figueira, e disse que “a luz do erário a situação de interesse dos pacientes que precisam de transplante é cristalinamente positiva”. “Antes um transplante custava R$ 700 mil, e eram feitos apenas sete por ano. Hoje, esse custo é de R$ 33 mil e a produtividade também aumentou”, disse Borges. Sobre as denúncias impetradas no processo, alegando que, após Antônio Figueira assumir a pasta de Saúde, o IMIP - do qual era presidente - teria dobrado o número de contratos com o Executivo, o socialista disse que esse assunto já tinha sido levantado e “nunca houve nenhum tipo de ingerência ou mistura de interesses por parte do secretário”. “A rede de saúde vinculada ao Governo do Estado cresceu como um todo, a partir das UPAs, construção de novos hospitais. Por consequência disso, as entidades também crescem, é natural. Seria estranho se o IMIP não tivesse acompanhado esse crescimento também”, relatou o líder do Governo.

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Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:53hs Sindicato acredita que há desvio de função Lobo: “Não é a melhor forma de prestar o serviço Marcelo Montanini e Mirella Araújo A transferência dos serviços da Saúde Pública para o setor privado é alvo de polêmica e conta com a rejeição de parte da classe médica no Estado. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Mário Jorge Lemos de Castro Lobo, se posicionou contra ao que ele considera desvio do serviço público e a privatização. “O Sindicato dos Médicos entende que é necessário um serviço público de referência e somos contra o Governo e a forma de governar baseada na privatização. A gente entende que não é a melhor forma de prestar o serviço”, afirmou Castro Lobo. Nos bastidores, o nome do secretário Antônio Figueira não seria bem visto por parte da classe que critica a atuação do auxiliar na pasta devido à transferência da Saúde para o setor privado. Já a oposição na Assembleia Legislativa solicitará uma cópia da ação popular que determina o afastamento do secretário Antônio Carlos Figueira. Líder da bancada oposicionista, Daniel Coelho (PSDB) afirmou que, do ponto de vista judicial, caberá ao Governo do Estado recorrer ou cumprir a sentença da Justiça Federal, mas que irá investigar se há repercussão política no caso. “É fato que existe uma reprovação muito grande com o serviço público de Saúde no Estado. O que vamos avaliar é quais são os argumentos apontados nesta ação e qual a repercussão política do caso”, disse o tucano.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:55hs Procurador: sentença é “absurda” Procurador ainda apontou “desconhecimento” das atribuições do Sistema Único de Saúde Carol Brito Responsável por se posicionar sobre a decisão da Justiça Federal, o procurador-geral do Estado, Thiago Norões, questionou a decisão do juiz Roberto Wanderley que determina a reabertura do Centro de Transplante de Médula Óssea (CTMO) do Hemope e pede o afastamento imediato do secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira. O procurador classificou a sentença como “absurda” e se disse surpreso com o conteúdo da ação. Ainda contestou o fato do magistrado expedir uma sentença, após uma liminar dele ser cassada pelo Tribunal Regional Federal da 5° Região, o que, segundo Norões, pode ser considerado ilegal. O procurador ainda apontou “desconhecimento” das atribuições do Sistema Único de Saúde. Ele cita a Lei 8080/90 que regulamenta o sistema e permite a parceria com o setor privado quando o serviço público e entidades filantrópicas forem insuficientes. O procurador ainda contestou a acusação de conflito de interesses do titular da pasta de Saúde na sentença. Segundo ele, as afirmações são “levianas” e “sem fundamento”. Norões afirmou que o fato do auxiliar ter sido diretor do IMIP é o que “o credencia” a assumir o posto. “O aparelho do Estado não pode ficar sujeito a saltos dessa natureza. Afastar o secretário é quase que insultoso. Se questiona a própria idoneidade do secretário o que é um absurdo”, disse.

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Thiago Norões afirmou que o órgão foi desativado por produtividade baixa em relação aos custos do serviço. De acordo com dados oferecidos pela Secretaria de Saúde, foram realizados 112 transplantes por mês, no último ano de funcionamento do CTMO do Hemope. Em 2012, o número aumentou para 162.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:29hs Fogo Cruzado Magistrado inflexível Pelo tempo em que se encontra na magistratura, o juiz da 1ª Vara Federal de Pernambuco, Roberto Wanderley Nogueira, já poderia estar integrando o TRF da 5ª Região que tem sua sede no Recife. Mas é tido como “independente demais” para ser promovido a desembargador. Foi dele, aliás, a sentença divulgada ontem mandando anular o ato de nomeação de Antonio Carlos Figueira para a Secretaria de Saúde. O Governo do Estado vai recorrer da decisão ainda hoje.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:46hs Folha Política CRAVANDO... -O senador Humberto Costa articulou a liberação de emendas de sua autoria da ordem de R$ 10 milhões para Pernambuco. Serão 19 municípios beneficiados. O valor será destinado a obras de infraestrutura, compra de tablets para alunos e obras em Unidades Básicas de Saúde. ..A MARCA - “São ações importantes para os municípios e a presidente Dilma tem mostrado a sua prioridade com nosso Estado. Essas emendas são fruto das andanças que estamos fazendo em Pernambuco e das necessidades dos municípios”, declara o senador. NO ALVO - O Governo do Estado vai recorrer da sentença da 1ª Vara da Justiça Federal que determinou a anulação da nomeação do secretário de Saúde, Antônio Figueira, questionado pelo fechamento do CTMO do Hemope. O auxiliar é um dos cotados para sucessão de Eduardo Campos.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:44hs Folha da Cidade Hemope - A Fundação Hemope comemora, amanhã, 36 anos de atividades, no Estado, e homenageia os doadores de sangue e outros parceiros. Às 19h30, na Fundaj, em Casa Forte.

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 08:09hs Impressão 3D começa a se popularizar no uso médico Modelos tridimensionais para auxiliar nos tratamentos de saúde Danilo Aguiar O uso da impressão 3D na área da saúde está em crescimento no mundo. No início deste mês, o portal de notícias CBS News publicou uma matéria sobre um pai que criou para

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o filho um braço mecânico com peças feitas em uma impressora tridimensional. Mas essa inovação não é restrita a países do exterior. No Brasil, já é realidade a impressão de próteses 3D tanto para o tratamento de doenças, como no treinamento de médicos em cirurgias e procedimentos específicos. Em Pernambuco não podia ser diferente. Só em 2012, foram realizados 34 procedimentos no Estado, de um total de 480 casos em todo o país. Esses números são do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), unidade de pesquisa ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que fica em Campinas, São Paulo. No local é desenvolvido o software livre InVesalius, que transforma imagens de tomografias por ressonância magnética de partes do corpo em réplicas tridimensionais, para que sejam produzidas em impressoras com essa tecnologia. O CTI já desenvolveu peças para outros países da América Latina como Chile, Equador, México, e Paraguai. Cinco unidades de saúde de Pernambuco já trabalharam com impressões 3D. Essa prática é recente nos Hospitais de Câncer de Pernambuco (HCP), da Restauração (HR), Oswaldo Cruz (HUOC) - ligado à Universidade de Pernambuco (UPE)-, Getúlio Vargas (HGV) e das Clínicas (HC) - da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A maioria dos casos tratados envolvem traumas e tumores na área da face. A vantagem trazida pelos modelos é que o cirurgião pode obter uma cópia exata do problema do paciente, segundo o chefe da divisão de Tecnologias Tridimensionais do CTI Renato Archer, Jorge Vicente. “O profissional vai saber exatamente como fazer a abordagemcirúrgica e onde devem ser feitas as incisões, por exemplo. Isso garante maior precisão na hora de realizar uma cirurgia”, comenta. Segundo Jorge Vicente, a ideia é disponibilizar a tecnologia no sistema público de saúde brasileiro. “É um projeto piloto e de alcance limitado, já que só foi aplicado em hospitais de referência”, revela. Ainda é inviável o tratamento de casos com o uso de peças 3D em escala nacional. “Precisamos fazer treinamentos de especialistas da área da saúde, como cirurgiões e enfermeiros. Outro ponto é o custo desses protótipos, que, apesar de trazerem benefícios, precisam ter um custobenefício mais equilibrado”, explica. Mas Jorge garante que tem sido feita a difusão para o conhecimento dessas tecnologias pelo Brasil. “A novidade deve ser levada a todo o País, incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), com a colaboração do Ministério da Saúde”, relata. A impressão 3D é usada desde 1986 para desenvolvimento de protótipos, mas só em 2002 virou foco de pesquisas na área de saúde brasileira. A revolução no modo como essas peças são utilizadas não vai parar por aí, segundo Jorge Vicente. “Existe a tentativa de produzir tecidos humanos sem precisar de doadores, chamada de bioprodução. Apesar de uma realidade muito distante e que necessita de anos e anos em pesquisas, seria a primeira evolução das próteses 3D”, declara. Folha resume Com a popularização e a redução de custos nas técnicas e aparelhos para impressão em 3D, o uso da tecnologia na realização de procedimentos e tratamentos médicos têm se popularizado. Até o momento, apenas hospitais de referência contam com tal aparato, mas o intuito futuro é viabilizar o uso para todo o SUS.

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Diario de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 03:00hs Justiça determina volta do centro de medula Sentença do juiz Roberto Wanderley Nogueira prevê ainda saída de Figueira da Secretaria de Saúde

Em mais um capítulo da novela que se tornou a tentativa de reabertura do Centro de Transplantes de Medula Óssea de Pernambuco (CTMO), a Justiça Federal decidiu, pela terceira vez, que o órgão da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) deve voltar a funcionar. Na mesma decisão fica anulada a nomeação do secretário de Saúde do estado, Antônio Carlos Figueira, que deveria ser afastado

em caráter imediato. O juiz Roberto Wanderley Nogueira baseia a sentença de afastamento no fato de ele ter sido, até um dia antes de assumir a pasta, presidente do Imip - uma entidade filantrópica que atua nas áreas de assistência médico-social, ensino, pesquisa e extensão comunitária. "Há conflito de interesses entre a função do secretário de estado da Saúde e as estreitas ligações do nomeado com o Imip, uma das entidades que mais prestam serviços à administração pública no estado de Pernambuco", declarou o magistrado. O impasse foi provocado por uma ação pública que se arrasta desde a interrupção de atendimentos do CTMO em dezembro de 2011, quando a Secretaria Estadual de Saúde decidiu transferir os atendimentos para o setor de transplantes do Hospital Português, via SUS. O governo alega que o serviço estava aquém da realidade estrutural e tecnológica necessária. A Justiça entende, no entanto, que houve transferência de

competência do estado para o setor privado. A ação foi realizada em nome do ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Antonio Jordão de Oliveira Neto, e da presidente da Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea, Liliane Medeiros Viana Peritore, que diz ter esperanças de que o pleito seja atendido. "O estado recorreu e ganhou uma vez, mas esta é a terceira vitória que obtivemos, inclusive em Brasília", afirma.

A Procuradoria Geral do Estado anunciou que irá recorrer da decisão do juiz federal sobre o afastamento do secretário, que permanecerá exercendo suas funções. O recurso será interposto no Tribunal Regional Federal da 5ª Região. "Nunca deixei de cumprir a lei. Mas quantas decisões de primeira instância foram revistas na segunda E da segunda na terceira", questionou o governador Eduardo Campos. De acordo com o procurador-geral do estado, Thiago Norões, há confiança de que o efeito será revertido. O governo anunciou ontem a entrega do novo Centro de Transplante de Medula Óssea, construído dentro do Hospital do Câncer de Pernambuco. Quando do fechamento do CTMO, a unidade foi prometida para este ano, mas a inauguração dos 10 leitos agora está agendada para março de 2014.

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Diario de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 03:00hs Diario Político Menos um O afastamento de Antônio Figueira da Secretaria de Saúde determinado pelo juiz federal Roberto Nogueira tem uma consequência imediata: o secretário sai do páreo da sucessão estadual. O governo recorreu, mas independentemente do resultado final da ação, não se investe em candidatos com pendências judiciais. É complicação garantida.

Diario de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 03:00hs Diario Urbano Quem há de discordar Luce Pereira Embora caiba recurso, a decisão liminar do juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, mandando que a Secretaria Estadual de Saúde reabra o Centro de Transplantes de Medula óssea de Pernambuco (CTMO), foi comemorada e com razão, ontem. Porque a Fundação Hemope, o Sindicato dos Médicos (Simepe) e a Associação dos Amigos do Transplante de Medula Óssea nunca engoliram o argumento da SES de que a mudança do serviço do Hemope para o Hospital Português tornaria mais ágil a assistência aos pacientes. Não foi bem assim e o cúmulo de reclamações acelerou a ação pública movida por estas entidades e instituições. O fato de a sentença haver levado em conta o caso do garoto Matheus Henrique, ocorrido neste fim de semana, reflete um olhar mais demorado da Justiça sobre o dia a dia de sofrimento enfrentado pela população que depende dos serviços da rede pública de saúde. Matheus, de um ano e meio, teria falecido em decorrência da dificuldade de acesso a medicamentos essenciais, sem os quais pacientes de trombofilia (púrpura) não resistem, em caso de agravamento da doença, como foi o caso do menino. Sensível nos argumentos usados para embasar a decisão, o juiz escreveu: "Não é a primeira vez que o Estado de Pernambuco vem sendo crispado de responsabilidade pública por desassistência à saúde da população". Quem há de discordar

Folha de S. Paulo - SP 27/11/2013 às 07:25hs Secretário da Saúde é afastado em Pernambuco Para juiz, Figueira tem ligações com instituto Reynaldo Turollo Jr. A Justiça Federal em Pernambuco ordenou o afastamento imediato do secretário da Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira (PSB), nomeado em 2011 pelo governador Eduardo Campos (PSB). O juiz Roberto Nogueira, da 1ª Vara Federal no Recife, considerou que a nomeação de Figueira feriu princípios da impessoalidade e da moralidade porque ele presidiu, até a véspera de sua nomeação ao governo, o Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), organização social que administra a maior parte dos serviços de saúde do Estado. Mesmo depois de se afastar da direção do Imip, Figueira continuou, segundo o juiz, a

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ter ligações com a entidade, pois é filho do fundador, possui parente no comando do instituto e está afastado só temporariamente da entidade. Figueira é citado como um dos possíveis candidatos do PSB a governador em 2014. A sentença de ontem é resultado de ação popular movida pelos médicos Liliane Peritore e Antônio Jordão. O processo tramitava sob sigilo. Os autores da ação alegam que o Imip, que já mantinha contratos de cerca de R$ 500 milhões com o governo do Estado antes de Figueira assumir a secretaria, passou a receber o dobro um ano depois. Ainda segundo a ação, o Imip foi contratado pelo Estado sem licitação. "A nomeação do então presidente do Imip para o cargo de confiança de secretário da Saúde fere, frontalmente e de modo indiscutível, a moralidade e a impessoalidade enquanto preceitos da administração", escreve o juiz Nogueira. O Imip gerencia hoje quatro hospitais estaduais --três deles desde antes de 2011, segundo a entidade--, sete UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) desde 2010 e uma oitava desde 2011. Durante o processo, afirmou o juiz, a "única defesa" do Estado foi a de que o ato de nomeação é "discricionário" --ou seja, compete por lei ao governador escolher profissionais para a gestão. Para o juiz, o argumento não confere ao administrador poderes ilimitados a ponto de atuar "de forma contrária ao interesse público". Questionado sobre a decisão, Eduardo Campos afirmou que somente a Procuradoria-Geral do Estado iria se manifestar. Em nota, o órgão informou que irá recorrer da decisão.

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:17hs Ação popular atinge Figueira Juiz Roberto Wanderley, da 1ª Vara Federal, determina afastamento de secretário de Saúde. Governo recorre da decisão Gabriela López

O juiz da 1º Vara Federal, Roberto Wanderley, decidiu pelo afastamento imediato de Antônio Figueira do cargo de secretário de Saúde de Pernambuco, em resposta a uma ação popular impetrada pelos médicos Liliane Peritore (diretora da Associação Amigos do Transplante de Medula Óssea de Pernambuco) e Antônio Jordão (ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco). Os profissionais questionaram o fato de o auxiliar do governador Eduardo Campos

(PSB) assumir o posto tendo relação com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) - do qual já foi presidente -, que possui contratos com o governo do Estado. O governo informou que vai recorrer.

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Além de decidir pelo afastamento, o magistrado determinou a reabertura do Centro de Transplantes de Medula Óssea (CTMO) do Hemope, fechado desde o dia 1º de dezembro de 2011, quando o governo Eduardo Campos decidiu transferir para um hospital do setor privado pacientes sob a tutela do Estado que precisavam do transplante. Na época, a gestão socialista argumentou que poderia aumentar a quantidade de procedimentos e fez a promessa de reabrir o CTMO - que era referência - este ano, no Hospital do Câncer. Nas vésperas do fechamento, insatisfeitos com a iniciativa, os médicos ingressaram com a ação popular. No texto, o advogado responsável, Mauro Feitosa, argumentou que o CTMO só poderia ser fechado por meio de lei, já que o órgão ao qual ele é vinculado, o Hemope, foi criado com este aparato. Na sentença, proferida na última segunda-feira (25), o juiz avaliou que "o fato de o secretário nomeado dispor de laços com a instituição em relação a qual tem o vínculo temporariamente suspenso, mesmo em tese, retira toda a isenção na escolha dos hospitais e serviços a serem contratados/conveniados por parte da Secretaria de Estado da Saúde, por ele ora comandada". Figueira comandou o Imip de 2005 até a véspera da posse como secretário, em 2011. Além disso, ele é filho do fundador da instituição, o ex-professor e ex-médico Fernando Figueira. Na ação, os médicos argumentaram que o valor dos contratos do governo do Estado com o Imip passou de R$ 500 milhões para o dobro em menos de um ano após Antônio Figueira ser nomeado secretário estadual. Em relação ao CMTO, Roberto Wanderley determinou que o Centro fosse reaberto até a construção da nova sede, prometida pelo Estado na ocasião do fechamento, e que os pacientes atendidos atualmente pelo setor privado não tivessem os cuidados interrompidos.

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:19hs Governo reage e mantém secretário "Recurso que o Estado vai oferecer nos próximos dias tem efeito suspensivo, o que quer dizer que essa decisão, em tese, só poderá ser executada após o trânsito em julgado" Bruna Serra e Gabriela López O Governo de Pernambuco se pronunciou por meio de nota sobre a determinação da Justiça Federal de afastar Antônio Figueira do comando da Secretaria de Saúde e de reabrir o Centro de Transplantes de Medula Óssea (CTMO) do Hemope. O procurador-geral do Estado, Thiago Norões, afirmou que recorrerá da sentença ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e, por isso, manterá Figueira no cargo. "O recurso que o Estado vai oferecer nos próximos dias tem efeito suspensivo, o que quer dizer que essa decisão, em tese, só poderá ser executada após o trânsito em julgado", argumentou o procurador-geral Thiago Norões, no texto enviado aos jornais. Ele repetiu o discurso de que o CTMO foi fechado porque "possuía índice de produtividade totalmente inaceitável", sendo empregado "muitos recursos para se

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realizar poucas cirurgias" e que o espaço não tinha capacidade de passar por expansão. Segundo ele, o atendimento transferido para o setor privado possui o dobro de leitos do que quando funcionava no Hospital dos Servidores "de forma improvisada", segundo o procurador-geral do Estado. Thiago Norões disse ainda que no último ano de funcionamento do CTMO, em 2011, foram realizados 112 transplantes, com média de 9,3 procedimentos por mês, enquanto que este ano, até outubro, os transplantes passaram para 145, com média de 14,5 mensais. De acordo com o procurado-geral do Estado, em março do próximo ano, será inaugurada a nova unidade do Centro, dentro do Hospital do Câncer de Pernambuco, no bairro de Santo Amaro, e contará com dez leitos, portanto sete a mais do que o antigo. "Além disso, o governo está incentivando a abertura de novos serviços em hospitais universitários, a exemplo de Hospital das Clínicas, Oswaldo Cruz e Imip, como preconiza a Política Nacional de Oncologia", completa a nota do procurador-geral do Estado. Questionado sobre a decisão judicial em entrevista à imprensa durante inauguração de um instituto no Recife, o governador Eduardo Campos (PSB) - responsável pela nomeação do secretário Antônio Figueira - limitou-se a responder que cabe aos advogados do Estado falar sobre a questão e destacou a possibilidade de recurso. "Não tenho OAB", resumiu.

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:20hs Pinga-Fogo Pergunta conveniente Fase de inferno astral. Acossado por repórteres que pediam a posição oficial sobre a decisão do juiz Roberto Nogueira, que ordenou a perda do cargo pelo secretário de Saúde Antônio Figueira, governador Eduardo Campos aparentou desconhecer a ação popular. Leu a sentença em iPad de assessor, no ato pelo consulado chinês e o ensino de mandarim. Perguntas em série, foi salvo por repórter da imprensa oficial: "Qual a importância do Instituto Confúcio?". Releases que abriam "O governador fará...", ontem abriam: "O Estado vai recorrer...".

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:52hs Escolaridade influencia fumo Estudo compara as prevalências de tabagismo na população Apesar de o percentual de fumantes ter caído no Brasil a quase metade do que era no fim da década de 1980, essa diminuição foi consideravelmente menor entre pessoas com

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baixa escolaridade. É o que aponta uma análise lançada ontem pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) e Universidade Federal Fluminense. O dado sugere que políticas antitabagismo elaboradas nas últimas décadas tiveram alcance maior entre pessoas de maior escolaridade. O estudo compara as prevalências de tabagismo na população de 15 anos ou mais encontradas em duas pesquisas nacionais - uma feita em 1989 e a outra, em 2008. Nesse intervalo, no Brasil todo o percentual de fumantes passou de 32% para 17,2%. Segundo o estudo, a presença do fumo caiu 57,2% entre pessoas com pelo menos um ano de ensino universitário (12 anos de estudo no total). Em 2008, o tabagismo alcançava 10,9% dessa faixa. Entre brasileiros com oito a 11 anos de escolaridade, a queda do tabagismo foi de 49%, fixando-se em 13,6%. E entre pessoas com até sete anos de estudo (até o fundamental incompleto), a redução registrada foi de 36,7%, ficando em 22,1% em 2008. O estudo coordenado pela Fiocruz sugere que, apesar de as políticas adotadas por governos e pelo Congresso terem sido bem-sucedidas como um todo, faltou um olhar focado nas desigualdades. "Não houve abordagens sensíveis às desigualdades socioeconômicas da população, o que pode ter sido uma das razões para a atual concentração da epidemia de tabaco na população mais desfavorecida", diz um trecho da pesquisa. A preocupação com a concentração de fumantes entre pessoas de menor escolaridade já foi mencionada, mais de uma vez, pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde). MAIS SENSÍVEL A análise também considera uma maior vulnerabilidade dos brasileiros com menor escolaridade às doenças relacionadas ao tabagismo. O trabalho destaca que, em 2011, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão entre pessoas com até oito anos de estudo foi 3,8 vezes maior do que entre as com oito anos ou mais de escolaridade. No caso de doença pulmonar obstrutiva crônica (como enfisema), a mortalidade no grupo com menos anos de estudo foi sete vezes maior em relação aos que ficaram mais tempo na escola.

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:29hs Hemobrás recebe 1º registro da Anvisa Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o Hemo-8r, que foi desenvolvido a partir de engenharia genética para tratar pessoas com hemofilia tipo A A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) conseguiu o registro do seu primeiro medicamento na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É o Hemo-8r, o nome do fator VIII recombinante, um medicamento feito a partir da engenharia genética, o mais moderno usado no tratamento de pessoas com hemofilia tipo A. "É um marco na transferência da tecnologia", resume o gerente de Incorporação de Tecnologia e Processos da estatal, Antonio Lucena. Poucas empresas no País têm o registro de um medicamento desse tipo.

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"O Brasil não tinha acesso aos recombinantes porque eram muito caros. É mais uma parceria que fizemos para passarmos a ser produtores desse medicamento", conta Antonio. O registro de um medicamento é bastante trabalhoso. O processo do registro continha mais de 20 mil páginas. "Foi uma atividade complexa, porque foi necessário incluir documentos muito extensos, como estudos clínicos e relatórios do produto", afirma. A Hemobrás adquiriu a tecnologia para produzir o medicamento de uma empresa chamada Baxter International. Por enquanto, a estatal continuará comprando o medicamento até chegar a produzi-lo localmente. Importado desde junho último pela Hemobrás para ser usado no Sistema Único de Saúde (SUS), o fator VIII recombinante é um remédio biológico. No Brasil, esse tipo de medicação (os biológicos) representa 4% das importações de remédios e 20% do valor pago pelas importações do setor. "Essas parcerias que trazem novas tecnologias vão mudar esses percentuais", diz. A partir de 2014, a estatal passará a fazer o controle de qualidade do fator VIII recombinante, quando o laboratório for finalizado em Goiana. Também no próximo ano, a estatal vai fazer o projeto do prédio que abrigará a fábrica dos recombinantes, incluindo o Hemo-8r. A expectativa é que sejam gastos entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões nessa edificação, localizada no mesmo terreno da fábrica de hemoderivados que está sendo implantada em Goiana, a 60 km do Recife. A fábrica de hemoderivados deve ficar pronta em 2016 e a de recombinantes em 2018. A primeira vai demandar um investimento de cerca de R$ 800 milhões. Nela, está em funcionamento uma câmara fria que trabalha a 35° C negativos e armazena todo o plasma (matéria-prima dos hemoderivados) recolhido nos hemocentros brasileiros. Além do fator VIII recombinante, serão processados na planta industrial de Goiana os hemoderivados plasmáticos: albumina, imunoglobulina, fator IX, fator VIII, fator de von Willebrand e complexo protrombínico. A maioria é usada no tratamento da hemofilia.

Jornal do Commercio - PE 27/11/2013 às 07:51hs Repórter JC Próteses faciais Eliane Revorêdo, chefe do setor de Odontologia do Hospital de Câncer de Pernambuco, está na França para um curso de "Próteses faciais em silicone sobre implante".

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:27hs Escolarizados são minoria Segundo o estudo, a presença do fumo caiu 57,2% entre pessoas com pelo menos um ano de ensino universitário (12 anos de estudo no total) Apesar de o percentual de fumantes ter caído no Brasil à quase metade do que era no fimda década de 1980, essa diminuição foi consideravelmente menor entre pessoas com baixa escolaridade. O dado sugere que políticas antitabagismo elaboradas nas últimas décadas tiveram alcancemaior entre pessoas de maior escolaridade. É o que aponta uma

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análise lançada ontempela Fiocruz, Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) e Universidade Federal Fluminense. Segundo o estudo, a presença do fumo caiu 57,2% entre pessoas com pelo menos um ano de ensino universitário (12 anos de estudo no total). Em2008, o tabagismo alcançava 10,9% dessa faixa. Entre brasileiros comoito a 11 anos de escolaridade, a queda do tabagismo foi de 49%, fixando-se em 13,6%. E, entre pessoas com até sete anos de estudo, a redução registrada foi de 36,7%, ficando em 22,1% em 2008. O estudo sugere que faltou um olhar focado nas desigualdades. A análise também considera uma maior vulnerabilidade dos brasileiros com menor escolaridade às doenças relacionadas ao tabagismo, entre elas o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica (como enfisema).

Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 07:56hs Hemobrás registra remédios Este processo foi anunciado em outubro de 2012, fruto de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo, e deverá durar dez anos Amanda Claudino A partir de março do próximo ano, o nome “Hemobrás” começará a aparecer nas caixinhas de remédio. Isso porque a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) conseguiu, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aprovação do registro de seu primeiro medicamento, o Hemo-8r. O remédio, referente ao fator VIII recombinante, é utilizado no tratamento de pessoas com hemofilia tipo A. Hoje, o Hemo-8r empregado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é produzido pela Baxter International e importado pela Hemobrás desde junho, operação prevista dentro do processo de transferência de tecnologia entre a empresa americana e a estatal brasileira. A previsão, no entanto, é que o Hemo-8r comece a ser produzido no Brasil em 2018. Para isso, a fábrica da Hemobrás, que está sendo construída em Goiana e que deverá começar a operar em 2016, contará com um laboratório exclusivo, o B-06, cujos projetos de construção serão iniciados em julho do próximo ano. Como registro em mãos, no entanto, a Hemobrás já é a responsável farmacêutica do produto no Brasil, que hoje é distribuído para dez mil pacientes hemofílicos. O processo do registro, protocolado na Anvisa em junho, foi composto por 20 mil páginas. “Quando detemos o registro, assumimos uma parte da transferência de tecnologia, nós que responderemos por ele, inclusive por alguns procedimentos de qualidade”, explicou o gerente de Incorporação Tecnológica e Processos da Hemobrás, Antonio Edson Lucena. “Esse processo será feito emetapas. Por enquanto, analisamos os laudos de controle. Em 2014, iremos elaborar todos os processos”, afirmou. Saiba mais CUSTO - O Hemo-8r se enquadra na categoria de medicamentos biológicos, que representam, em volume, 4% de toda a importação de remédios do Brasil. Em termos financeiros, no entanto, eles somam mais de 40%.

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Folha de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 08:15hs Folha econômica INTERIOR - A quarta empresa do Polo Farmacoquímico, em Goiana, começou a ser construída. A Multisaúde, que investirá inicialmente R$ 5 milhões, está sendo erguida pela construtora Correia e Peixoto desde o fim da semana passada. A planta ocupará uma área de 4,2 hectares e a operação está prevista para 2013.

Diario de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 03:00hs Hemobrás amplia parque Planta em Goiana contará com o 13º bloco para produzir o fator VII recombinante, que é 100% importado André Clemente A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) terá um investimento extra no parque industrial em construção no Polo Farmacoquímico de Goiana. Além dos 12 blocos para fabricar os medicamentos a partir do plasma sanguíneo, a estatal planeja a construção de um 13º bloco, no qual será produzido o fator VIII recombinante. O produto utiliza engenharia genética na fabricação e, atualmente, é 100% importado em um acordo de transferência tecnológica escalonada com a Baxter International sob custo sigiloso. O projeto da nova estrutura ainda está sendo elaborado, mas estima-se um investimento em torno de R$ 200 milhões e produção agendada para 2018. O fator VIII recombinante é, assim como o similar fator VIII (que utiliza plasma sanguíneo na fabricação), destinado ao tratamento de hemofilia A, distúrbio na coagulação do sangue que atinge 10 mil brasileiros, de acordo com o cadastro no Sistema Único de Saúde (SUS). Ambos são importados atualmente. O recombinante, por sinal, é muito mais oneroso aos cofres da união justamente por não utilizar o sangue como matéria-prima. O primeiro pacote a ser importado (iniciado em junho deste ano) reúne 350 milhões de Unidades Internacionais (UI), das quais 70% já chegaram ao Brasil. Cada UI corresponde a um miligrama de plasma. De acordo com o diretor de incorporação tecnológica e processos da Hemobrás, Antônio Edson Lucena, o plano da estatal é, em três anos, elevar esse volume a 600 milhões de UIs no sistema público de saúde. "A projeção é, em 2018, quando a produção for local, que o volume atenda o Brasil e todo o Mercosul", assegurou. O processo de tranferência tecnológica do fator VIII recombinante está no início, mas já dá um passo representativo. A Hemobrás conquistou, junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aprovação do registro fator VIII recombinante. Com isso, a estatal vinculada ao Ministério da Saúde passa a deter o registro deste tipo de produto no Brasil. A previsão é que o insumo traga não só o nome Hemo-8r em sua embalagem, mas também o da Hemobrás, na área de segurança da caixa, já no ano que vem. "Trata-se da validação da Hemobrás como agente farmacêutico. Esse processo exige uma série de responsabilidades. Antes, a atividade era importar e distribuir. Agora, será a Hemobrás a responsável por fazer os testes antes de entrar no Brasil e liberar para o

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SUS, por exemplo", explicou Lucena. Segundo o diretor, o calendário destaca a atuação da unidade de Goiana no processo de transferência de tecnologia. "Vamos rotular o produto em Pernambuco em 2015 em envasar em 2016. Essas duas etapas (rotulagem e envase) serão nos mesmos blocos dos hemoderivados. A produção, por sua vez, exigirá o novo prédio por questões de vigilância sanitária. Este, entregue em 2018", finalizou.

Diario de Pernambuco - PE 27/11/2013 às 03:00hs Força Nacional do SUS reforçada Ação da FN-SUS pode ser solicitada tanto pelo gestor local, quanto pelo governo federal por meio do Ministério da Integração Nacional O Ministério da Saúde reforçou a Força Nacional do SUS (FN-SUS) para a temporada das chuvas, quando há risco de enchentes em vários estados brasileiros. Para a assistência às populações necessitadas, a pasta preparou 200 kits de medicamentos e insumos, cada uma com capacidade para atender a 1,5 mil pessoas em um mês de assistência. A ação da FN-SUS pode ser solicitada tanto pelo gestor local, quanto pelo governo federal por meio do Ministério da Integração Nacional. Quase 1,5 mil voluntários estão preparados para atuar em condições de desassistência e surtos epidêmicos. Por conta das fortes dos últimos das, oito municípios do Rio de Janeiro decretaram estado de alerta.