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26 de março de 2019

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A GAZETA / ES - POLÍTICA - pág.: A22. Ter, 26 de Março de 2019TJES

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A GAZETA / ES - POLÍTICA - pág.: A22. Ter, 26 de Março de 2019TJES

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A TRIBUNA / ES - POLÍTICA - pág.: A28. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

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A TRIBUNA / ES - POLÍTICA - pág.: A28. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

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A GAZETA / ES - OPINIÃO - pág.: A20. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

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PROJETO FECHA CERCO A"FANTASMAS" NOS PODERES

RÁDIO CBN VITÓRIA 92.5 FM / ES - CBN VITÓRIA. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Natália Devens

TAG: PROJETO, LEI, LEGISLATIVO, DEPUTADOSESTADUAIS, PORTAIS, TRIBUNAL DE CONTA DOES, MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO,

Multimídia:

http://midia.smi.srv.br/audio/2019/03/26/RDIOCBNVITRIA

925FMES-09.35.09-09.37.48-1553610505.mp3

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Homem é condenado a 30 anos de prisão porencomendar morte do sogro (Notícias)

PORTAL SBN / ES / BA. Ter, 26 de Março de 2019TJES

A 1ª Vara Criminal de Aracruz condenou, à penadefinitiva de 30 anos de prisão, o réu N.A.O., pelocrime de homicídio praticado contra o próprio sogro, ofazendeiro A.G., que foi morto a tiros em 2009. Ojulgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri daComarca de Aracruz, reunido na sexta-feira (22/3).

Ao final, o Conselho de sentença decidiu que os réuscometeram o crime, que aconteceu na localidade deCórrego do Retiro, zona rural de Aracruz. O réuA.F.M., intermediário do crime, também foi condenado,na mesma sessão, à pena de 30 anos de reclusão.

A prisão preventiva foi decretada no final da sessão noSalão do Júri e os réus foram presos ainda no local,pela Polícia Militar.

De acordo com a denúncia, no dia 12 de novembro de2009, por volta das 6h30m, o Sr. A.G. foi atingido pordisparos de arma de fogo enquanto estavaordenhando as vacas no curral, às margens daestrada, nas proximidades de sua residência.

Segundo os autos, dois homens não identificadoschegaram ao local do crime numa moto vermelha edirigiram-se até o curral onde a vítima estavatrabalhando e desferiram os tiros que mataram ofazendeiro.

Ainda de acordo com a denúncia do MPES, amotivação do crime teria sito a herança da vítima, umavez que N.A.O. acreditava ser o seu único herdeiro e,na data em que ocorreu o homicídio, a vítima e suaesposa concretizariam a adoção de duas crianças.

PERVERSO

Na sentença, o juiz Tiago Fávaro Camata destaca queN.A.O. revelou um comportamento extremamenteperverso, covarde, cruel, ganancioso e frio, "(.)chegando ao ponto de praticar ato de tamanhabarbárie contra pessoa que, segundo o próprio réu,nesta data, em Plenário, tinha muita estima, tendo,ainda, personalidade de pessoa altamente calculista,chegando ao ponto de, após um crime de tamanhabarbárie, ter tido a frieza de ir ao velório da vítima,encenar sofrimento e beijá-la na face", destacou.

Consta ainda dos autos que o segundo réu, A.F.M.,teria abordado diversas pessoas oferecendo R$ 5 mil

pela morte de um senhor na Zona Rural de Aracruz eteria, então, contratado os executores do crime.

Segundo a sentença, A.F.M. seria um indivíduo ligadodiretamente ao submundo do crime, mantendo laçosestreitos com criminosos e se tratando, ainda, depessoa temida na comunidade em que residia e querevelou comportamento extremamente perverso,covarde, cruel, ganancioso e frio.

"O acusado também demonstrou personalidade depessoa altamente perigosa, chegando ao ponto de, atémesmo pessoas em alto nível de inserção criminosatemerem com ele se envolver em atividade criminosa,cientes que também seriam alvos da práticapopularmente conhecida por queima de arquivo",destacou o magistrado em sua sentença.

Ainda de acordo com os autos, o delito foi executadopor no mínimo 4 autores, que agiram mediante divisãode tarefas: um contratante, um intermediário e doisexecutores.

JULGAMENTO

O julgamento iniciou às 9h do dia 22 /03/2019,encerrando-se às 01h45min do sábado (23/03/2019).Ao final, os réus N.A.O. e A.F.M. foram condenados,pela prática do crime previsto no art. 121, §2º, incisos Ie IV, do Código Penal, c/c art. 1º, inciso I, da Lei8.072/90, a 30 anos de reclusão, a ser cumprido emregime inicial fechado.

Os acusados N.A.O. e A.F.M., que respondiam aoprocesso em liberdade, tiveram as prisões preventivasdecretadas na sentença e foram presos em Plenáriopela Polícia Militar.

PORTAL SBN | COM INFORMAÇÕES DA ASCOMTJES

Site: https://portalsbn.com.br/noticia/homem-e-

condenado-a-30-anos-de-prisao-por-encomendar-morte-

do-sogro

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Justiça nega indenização a homemsupostamente impedido de entrar em banco

(Notícias)

PORTAL SBN / ES / BA. Ter, 26 de Março de 2019TJES

Um homem supostamente impedido de entrar em umainstituição financeira teve seu pedido de indenizaçãonegado pela Vara Cível de Marataízes, no Sul doEstado. O requerente narra que se dirigiu a umaagência do banco réu com o intuito de retirar umaquantia em dinheiro, contudo o local estava lotado,com número reduzido de funcionários e o aparelho ar-condicionado sem capacidade de refrescar oambiente.

Pelas circunstâncias, resolveu sair do estabelecimentopara comprar uma garrafa de água e retornar. Aoretornar à instituição financeira ré, foi impedido deentrar no local com a justificativa de término doexpediente daquele dia, o que, segundo o autor, foiuma si tuação constrangedora, v isto que fo isurpreendido com o travamento da porta giratória eteve que solicitar uma intervenção do gerente daagência.

Em contestação, a requerida defendeu que asalegações do autor não refletiram a realidade doocorrido. O juiz da Vara Cível de Marataízes,responsável pelo julgamento do processo, decidiu pelaimprocedência da ação.

DOCUMENTOS

Em sua decisão, ele examinou todos os documentosjuntados pelas partes, como forma probatória doacontecimento. O magistrado analisou o pedido dereparação por danos morais, ajuizado pelo requerente,e entendeu que o autor não foi capaz de confirmar oprejuízo de ordem moral causado a ele.

"Centrando ao caso em questão, entendo que autornão foi feliz em desvencilhar-se do ônus probatórioque lhe competia, ou, antes, o teor das provascolhidas não fornece sustentáculo adequado àpretensão deduzida na exordial", destacou.

Ainda, o magistrado verificou que o autor poderia terrealizado o saque da quantia desejada nos terminaisde autoatendimento, sem necessariamente utilizar oserviço de atendimento com funcionários do banco réue assim, evitaria filas e permanência em um ambienteprejudicado pela temperatura alta.

Contudo, tal alternativa não foi demonstrada nos autoscomo uma tentativa de solução do problema por partedo requerente. Por essas motivações, o pedidoindenizatório não foi acolhido, sendo julgadoimprocedente.

PORTAL SBN | COM INFORMAÇÕES DA ASCOMTJES

Site: https://portalsbn.com.br/noticia/justica-nega-

indenizacao-a-homem-supostamente-impedido-de-

entrar-em-banco

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Lojista de Cachoeiro será indenizada em R$3 mil após corte de energia elétrica

AQUI NOTÍCIAS ONLINE / ES - CIDADES. Seg, 25 de Março de 2019TJES

A proprietária de uma loja no Shopping Sul emCachoeiro de Itapemirim deverá receber umaindenização no valor de R$ 3 mil a título de danosmorais da EDP, após a suspensão no fornecimento deenergia no imóvel. A decisão é do juiz Murilo RibeiroFerreira, da 5ª Vara Cível da Comarca.

De acordo com o processo, a concessionáriainterrompeu o fornecimento de energia na loja com oargumento de que havia dívidas no pagamento dasfaturas, pertencentes ao antigo locatário do imóvel. Eque para fazer a religação, seria necessário quitar osdébitos pendentes.

No entanto, em sua decisão, o juiz citou o artigo 128, §1º, da Resolução 414 de 2010 da Agência Nacional deEnergia Elétrica para esclarecer que as cobrançaspelo consumo de energia elétrica são pessoais,cabendo a quem realmente utiliza os serviços. E que,por esse motivo, a empresa não poderia exigir do novolocatário o pagamento das dívidas, como condiçãopara prestar um serviço público que é essencial.

"Tal proceder, a meu ver, demonstra a existência dedano moral indenizável, pois, como visto, a proprietáriada loja não deu causa à suspensão do fornecimentode energia, não sendo dela, mas de um terceiro, aobrigação de pagar a dívida", explicou o juiz.

E m c o n s o n â n c i a c o m o s p r i n c í p i o s d aproporcionalidade e razoabilidade, o magistrado fixoua indenização em 3 mil reais e determinou que aempresa procedesse de imediato à religação dofornecimento de energia.

*Fonte: TJES

Site: https://www.aquinoticias.com/2019/03/lojista-de-

cachoeiro-sera-indenizada-em-r-3-mil-apos-corte-de-

energia-eletrica/

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Foragido da Justiça se envolve em acidente eacaba preso em Colatina (Noroeste)

GAZETA NOROESTE ONLINE / ES. Seg, 25 de Março de 2019TJES

Um acidente em Colatina acabou em prisão. Nestasegunda-feira (25), um caminhão tombou na ES-248com três pessoas dentro. Entre elas, estava o auxiliarde motorista Felipe dos Santos Ferreira, de 23 anos.Com ferimentos leves, ele recusou ser socorrido pelaambulância e levantou suspeita dos policiais pelaatitude - tomada por ser considerado foragido daJustiça.

"A viatura chegou e ele estava sentado no meio-fio.Em certo momento, ele começou a pedir ajuda a umcondutor que passava pela rodovia para tentar retornarà empresa, o que gerou estranhamento na guarnição",explicou o Soldado Colen, que conduziu a ocorrência eauxiliou no atendimento ao acidente.

A detenção aconteceu após a Polícia Militar consultaro sistema e averiguar um mandado de prisãopreventiva em aberto contra ele, desde junho do anopassado, expedido pela 4ª Vara Criminal deCariacica , na região da Grande Vitória . A suspeita éde que ele tenha cometido um homicídio duplamentequalificado.

Já sob responsabilidade da PM, ele confessou terficado detido, apenas, por tráfico de drogas. Em nota,a Secretaria de Estado da Justiça (SEJUS) informouque Felipe dos Santos Ferreira esteve no Centro deDetenção Provisória (CDP) de Vila Velha, exatamentepor tal crime, entre junho e outubro de 2012, quandofoi liberado por decisão judicial.

O ACIDENTE

O caminhão tombou por volta das 12h30 na alça deacesso da ES 248 , já praticamente na entrada da ES-259, na altura da Ponte Sério Ceotto (Segunda Ponte).O motorista teria perdido o controle do veículo aotentar fechar a porta, que se abriu por alguma falha,durante o trajeto. Na curva, o caminhão subiu nocanteiro e tombou em seguida.

Site:

https://www.gazetaonline.com.br/noticias/policia/2019/03

/foragido-da-justica-se-envolve-em-acidente-e-acaba-

preso-em-colatina-1014173779.html

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Após ser preso e solto, criminoso volta aarrombar loja em Vitória

GAZETA ONLINE / ES - POLÍCIA. Ter, 26 de Março de 2019AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Uma semana depois, a história se repete. Namadrugada desta terça-feira (26), por volta das 5horas, um homem arrombou uma loja na Reta daPenha, em Vitória, e acabou preso. No último dia 20de março, o mesmo criminoso já havia sido preso apósfurtar R$ 20 mil em roupas em uma loja na Praia doCanto , mas foi solto menos de 24 horas depois.

Nesta terça (26), a Políc ia Mi l i tar fazia umpatrulhamento de rotina na região do bairro SantaLúcia, em Vitória , e prendeu Roberto Nogueira daSilva, de 34 anos, em flagrante. Além dele, umamulher participou do crime e conseguiu fugir com partedo material roubado. A dupla roubou celulares e cercade mil reais em dinheiro.

Esse é o segundo arrombamento na loja em umintervalo de seis meses. O proprietário afirma queRoberto é conhecido na região e que cometearrombamentos diariamente, cada dia em uma lojadiferente.

Roberto é alvo de investigações da Divisão deRepressão a Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP),uma coletiva para falar sobre o crime cometido nestaterça-feira (26) foi marcada para às 11 horas.

Roubo na Praia do Canto

Na semana passada, Roberto Nogueira da Silva foisolto, em audiência de custódia, menos de 24 horasa p ó s s e r p r e s o , a c u s a d o d e a r r o m b a restabelecimentos em Vitória . Na madrugada de terça-feira (19), no bairro Praia do Canto, ele arrombou aporta de uma loja de roupas e furtou cerca R$ 20 milem peças. Câmeras de v ideomonitoramentoregistraram toda a ação.

No mesmo dia, policiais da Delegacia Especializadaem Crimes Contra Estabelecimentos Comerciais(DCCEC) localizaram o suspeito, na Curva da Jurema,e o detiveram por volta das 14h. Ele foi autuado emflagrante, mas acabou solto por volta das 12h destaquarta (20), após passar por audiência de custódia.

Na abordagem, realizada na Curva da Jurema, omaterial furtado não foi encontrado e a polícia acreditaque ele tenha trocado em drogas. Com o homemforam apreendidas pedras de crack.

Há também registros de crimes praticados por Robertoem Jardim da Penha e Jardim Camburi. Em 5 defevereiro ele foi preso acusado de arrombar e furtaruma loja de chocolates na Avenida Vitória. No dia 20,e l e f o i p reso novamen te po r i n vad i r umestabelecimento de utensílios de cozinha em Jardimda Penha. Além desses, o suspeito furtou umcomércio de produtos naturais em Jardim Camburi.

A Polícia Civil investiga ainda outros crimes pelosquais ele é suspeito: arrombamento em uma loja derevestimento de veículos e venda de motos

Site:

https://www.gazetaonline.com.br/noticias/policia/2019/03

/apos-ser-preso-e-solto-criminoso-volta-a-arrombar-loja-

em-vitoria-1014173844.html

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Julgamento de acusados do assassinato dosindicalista Edson Barcellos começa nesta

terça

TRIBUNA DO CRICARÉ / ES - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Seg, 25 de Março de 2019TJES

Wellington Prado

O julgamento de cinco acusados de envolvimento noassassinato do sindicalista barrense Edson José dosSantos Barcellos começa nesta terça-feira (26), às 9h,no Fórum de Linhares. Sequestrado no dia 5 de julhode 2010, pouco antes das 7h, na porta da casa ondemorava, o dirigente do Sindicato dos ServidoresPúblicos Municipais teve o corpo encontrado namanhã do dia seguinte, a menos de 100 metros daRodovia Adolpho Serra, próximo a um pesque-e-pague.

De acordo com a 1ª Vara Criminal de Linhares, foramreservados três dias seguidos para o julgamento dosréus Diego Ribeiro Nascimento, Janes Antônio deAlmeida, Ozéias Oliveira da Costa, RodolphoNascimento do Amaral Ferreira e Rondinelli Ribeiro doNascimento Amaral Ferreira. O julgamento seráconduzido pelo juiz André Bijos Dadalto.

Na época do assassinato, em 2010, familiaresrelataram que Edson foi tirado do carro dele, umSantana, quando se preparava para levar a esposa aotrabalho. O veículo foi encontrado queimado emAracruz. O corpo do sindicalista foi encontrado combocas e olhos vendados, além de pés e mãosamarrados com fita adesiva.

Neste caso de homicídio qualificado, o ex-prefeitoJorge Donati, falecido em 3 de novembro de 2016 eque negou o crime, chegou a ser condenado comomandante, recebendo a pena de 19 anos de prisão.

Site: https://tconline.com.br/julgamento-de-acusados-do-

assassinato-do-sindicalista-edson-barcellos-comeca-

nesta-terca/

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Justiça do Maranhão passa por inspeção doCNJ

O PROGRESSO / ON LINE / MA - JUSTIÇA. Ter, 26 de Março de 2019TJES

O estado do Maranhão recebe nesta semana, noperíodo de 25 a 29 de março, a equipe daCorregedoria Nacional de Justiça para a inspeçãoordinária de verificação do funcionamento dos setoresadministrativos e judiciais do Tribunal de Justiça doMaranhão (TJMA) e das serventias extrajudiciais doestado.

O procedimento consta da Portaria n. 06, de 14 defevereiro de 2019, e é coordenado pelo corregedornacional de Justiça, ministro Humberto Martins. Oobjetivo é verificar a situação atual do PoderJudiciário do Maranhão, havendo ou não evidênciasde irregularidades, assim como a evolução dostrabalhos judiciais após a última inspeção realizada notribunal estadual.

Além de Martins, compõem a equipe de inspeção: adesembargadora federal Daldice Maria Santana deAlmeida, conselheira do Conselho Nacional deJustiça; o juiz federal Miguel Ângelo Alvarenga Lopes,do Tribunal Regional Federal da 1ª região; o juiz dedireito Jorsenildo Dourado do Nascimento, do Tribunalde Justiça do Amazonas; a juíza de direito SandraAparecida Silvestre de Frias Torres, do Tribunal deJustiça de Rondônia; o juiz de direito Sérgio Ricardode Souza, do Tribunal de Justiça do Espírito Santoe seis servidores.

O estado do Maranhão é o oitavo a receber a inspeçãoda Corregedoria Nacional de Justiça sob o comandode Humberto Martins. Sergipe, Piauí, Amapá, DistritoFederal, Rio Grande do Norte, Espírito Santo eAlagoas já foram inspecionados pelo atual corregedornacional e sua equipe.

Durante o procedimento, os trabalhos forenses e osprazos processuais não serão suspensos.

Atendimento ao público

No dia 27 de março, quarta-feira, Humberto Martinsestará à disposição dos cidadãos maranhenses paraorientações, recebimento de denúncias, sugestões oureclamações. O atendimento ao público será feito apart i r de 10h e 30min. , na sede do TJMA.(Corregedor ia Nacional de Just iça)

Site: http://www.oprogressonet.com/justica/justica-do-

maranhao-passa-por-inspecao-do-cnj/103298.html

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Procon|ES tem soluções online para registrode reclamações e orientação do consumidor

(Tecnologia)

SÃO MATEUS NEWS / ES. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Redacao São Mateus News

12:02 h

A internet tem facilitado o acesso do consumidor aosseus direitos. A falta de tempo e dificuldade com odeslocamento não são impedimentos para deixar debuscar a solução dos problemas de consumo. Asdenúncias e reclamações podem ser feitas pelainternet a qualquer hora. Muitos casos sãosolucionados sem que o consumidor tenha que sedeslocar até um órgão de defesa.

O App Procon-ES aproxima o consumidor dos seusdi re i tos. Após os dez pr imeiros d ias desdeo lançamento, 56 reclamações já foram registradas naplataforma. Por meio do aplicativo, é possível tirardúvidas, registrar denúncias e reclamações dequalquer lugar. O aplicativo permite que o consumidorenvie fotos que comprovem a denúncia e dedocumentos. O aplicativo já está disponível naplataforma Android e, no f inal de abr i l , osconsumidores poderão encontrá-lo na versão iOS.

A diretora-presidente do Procon-ES, Lana Lages,informou que o prazo para retorno, após o envio dademanda, é de até 72 horas úteis e que oacompanhamento pode ser feito pelo link "consultaprocesso", no site do Procon-ES.

"Buscamos avanços técnicos, institucionais e éticos. Oregistro de reclamações pela internet é uma tendênciae já estamos tratando para tornar o aplicativo aindamais completo", disse Lana Lages.

Atendimento Eletrônico

No site do Procon-ES, os consumidores tambémpodem buscar a solução dos seus problemas deconsumo. Basta acessar o site www.procon.es.gov.br ,clicar no link "Atendimento Eletrônico" e preencher ocadastro,informando os dados pessoais, e relatar ofato.

A comunicação eletrônica entre consumidor efornecedor é muito mais rápida quando realizada pelainternet. Em muitos casos, o problema é solucionado

sem que o consumidor tenha que se deslocar até àsede do Procon. Há situações em que o consumidorsó comparece ao Instituto para participar de audiênciade conciliação.

Plataforma do Ministério da Justiça

Por meio do site www.consumidor.gov.br , plataformaoficial do Ministério da Justiça, também é possívelregistrar reclamações e solucionar os problemas deconsumo. No site, é possível negociar diretamentecom as empresas em até dez dias.

Além de registrar a insatisfação, o consumidor tambémpode consultar o índice de reclamação e resolutividadedas empresas inscritas no serviço, o prazo médio pararesposta e a avaliação de outros consumidores sobrea satisfação com o atendimento. Concluído oatendimento é muito importante que o consumidor façaa sua avaliação.

Por se tratar de um serviço provido e mantido peloEstado, com ênfase na interat iv idade entreconsumidores e fornecedores para redução deconflitos de consumo, a participação de empresas noconsumidor.gov.br só é permitida àqueles que aderemformalmente ao serviço, mediante assinatura de termono qual se comprometem em conhecer, analisar einvestir todos os esforços disponíveis para a soluçãodos problemas apresentados.

"O Procon-ES e a Associação Nacional do MinistérioPúblico do Consumidor (MPCON), firmaram umaparceria para aprimorar a plataforma online. Vamosconvidar as empresas mais demandadas no Proconque atuam exclusivamente no Espírito Santo paraapresentá-las os benefícios de integrar à plataforma",disse Lana Lages.

Essa p la ta fo rma apresen ta a l to índ ice deresolutividade e satisfação dos consumidores.Segundo Boletim 2017, divulgado pela SecretariaNacional do Consumidor, de junho de 2014, mês dolançamento do Consumidor.gov.br , a dezembro de2017, mais de 980 mil reclamações foram registradasna plataforma, mais de 780 mil usuários cadastraram-se no site e mais de 400 empresas já atendiam seus

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SÃO MATEUS NEWS / ES. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

consumidores por este canal.

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https://saomateusnews.com.br/tecnologia/procones-tem-

solucoes-online-para-registro-de-reclamacoes-e-

orientacao-do-consumidor/

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Witzel é intimado em palácio por dever R$115 mil a ex-sogra

O ANTOGONISTA - BRASIL. Seg, 25 de Março de 2019TJES

Wilson Witzel foi intimado na manhã de hoje, noPalácio Guanabara, por uma dívida de R$ 115.140,82com sua ex-sogra, informa o UOL.

Mariasita de Souza Marques, mãe da ex-mulher dogovernador do Rio, tem 86 anos e sofre de mal deAlzheimer. Ela cobra a dívida na Justiça desde 2005 -oempréstimo foi feito cinco anos antes, para quitaçãode um imóvel.

Com a intimação, Witzel terá que se manifestar sobreo débito e poderá ter suas contas bancáriasbloqueadas pela Justiça para que o pagamento sejaexecutado.

Por meio de sua assessoria, o governador confirmou aintimação, mas disse que não a comentaria por setratar de "questão familiar".

Site: https://www.oantagonista.com/brasil/witzel-e-

intimado-em-palacio-por-dever-r-115-mil-ex-sogra/

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Desjudicializar o direito do consumidor, massem precarizá-lo

ESTADÃO / ON LINE / SP - ÚLTIMAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Luciano Benetti Timm*

As relações de consumo são parte integrante doprocesso de escalada da judicialização de conflitos noBrasil, uma realidade que provoca efeitos desastrosospara a aplicação efetiva da lei, para o funcionamentodo sistema de Justiça, para o ambiente econômico e, oque é pior, para o próprio consumidor.

As causas que podem ser apontadas para essecenário de judicialização exagerada são: a) falta decoordenação entre os mais de 900 órgãos do SistemaNacional de Defesa do Consumidor (SNDC) -que incluia Senacon, Procons municipais e estaduais,defensor ias públ icas, Ministério Público eorganizações civis; b) pouca efetividade do BancoCentral (para o setor bancário) e das agênciasreguladoras (cada uma em seu respectivo setor) nadefesa do consumidor; c) falta de precedentes clarosdo próprio Poder Judiciário; d) algum grau delitigância estratégica ou mesmo predatória promovidapor agentes econômicos e mesmo por uma minoria deescritórios de advocacia.

A alta insatisfação dos cidadãos para com a atividadereguladora do Estado e a busca pela Justiça temfundamento na realidade. A divisão de tarefas entreesse grande número de órgãos, sem a existência delimites claros para cada um nem de hierarquia entreeles, faz com que sejam tomadas medidas poucoeficientes para assegurar as relações de consumo e adefesa das garantias do consumidor, definidas noartigo 4.º do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

O resultado é desastroso. Cada processo movido naJustiça custa ao erário cerca de R$ 2 mil ao ano,segundo a literatura especializada. O CNJ informa quecorrem nos tribunais brasileiros mais de 80 milhões deprocessos. Cada ação judicial demora de 3 a 4 anospara ter uma decisão definitiva nos JuizadosEspeciais e de 4 a 5 anos na Justiça comum. A últimafase, de execução da sentença, demora em média 7anos. É só fazer a conta. O Poder Judiciário custa aocontribuinte brasileiro cerca de R$ 85 bilhões de reais,ou seja, mais do que o orçamento da grande maioriade municípios e mesmo de alguns Estados brasileiros.Tudo isso sem que os direitos do consumidor pareçamsuficientemente respeitados espontaneamente.

O Brasil precisa que o SNDC e que as instituições

reguladoras bastem para assegurar o corretofuncionamento do mercado e que o Judiciário sejatemido e acionado apenas em último caso. Isso sópoderá ser feito com um SNDC forte e coordenado eque esteja integrado às agências reguladoras; etambém que soluções ainda incomuns em direito doconsumidor sejam mais explorados, como os métodosalternativos (ou mais corretamente adequados) desolução de disputas - como mediação e arbitragem - emesmo convenções coletivas (previstas no artigo 107do CDC).

A aposta em tutelas coletivas e sua efetiva vinculaçãoaos juízes e aos agentes econômicos é um caminho aser aprofundado. Finalmente a tecnologia deve serincorporada ao direito do consumidor. Com efeito, sãomuitas as possibilidades de solução extrajudicial deconflitos trazidas pela internet e pela "economia 4.0".Ilustram isso as plataformas digitais de negociação,mediação e até mesmo de arbitragem para disputascoletivas, como já ocorre em diversos países. Opróp r io gove rno , po r me io da fe r ramen taconsumidor.gov.br , disponibiliza um meio seguro eeficaz para os cidadãos e empresas resolverem deforma ágil suas questões.

Por fim, é hora, dentro de certos consensos, deestabelecermos a política nacional de defesa da livreconcorrência e do consumidor, prevista no CDC, paraque as empresas saibam que não vale a penadescumprir a lei, mas que tenham segurança jurídica eprevisibilidade para empreender, distribuir empregos econtribuir com impostos que poderão ser gastos comeducação. Com políticas públicas eficientes, é possívelp roduz i r um amb ien te de deses t ímu lo aodescumprimento da lei e no qual apenas casosresiduais cheguem ao Judiciário.

Esse o raciocínio que tem orientado os trabalhos daSecretaria Nacional do Consumidor do Ministério daJustiça e que foi apresentado a todo SNDC na últimasemana, durante o seu vigésimo Encontro Nacionalem Brasília. Ainda terão outros três encontros mas oprimeiro passo para chegarmos onde o consumidorbrasileiro espera já foi dado!

*Luciano Benetti Timm, professor da FGV e daUnisinos, é doutor em direito e atual secretárionacional do Consumidor do Ministério da Justiça eSegurança Pública

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Após 23 anos, Fiat indeniza donos porincêndio no Tipo

O ESTADO DE S. PAULO / SP - ECONOMIA E NEGÓCIOS - pág.: B08. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Após 23 anos de espera, a Justiça deu ganho decausa aos donos do Fiat Tipo que viram seus carrospegarem fogo de forma involuntária entre 1993 e 1996.

Importado da Itália e um dos modelos mais vendidosno País na época, o Fiat Tipo apresentou defeito namangueira de alta pressão do fluído da direçãohidráulica, que passava muito perto das partesquentes do motor.

Com isso, ela derretia e jogava o fluído nestas partesquentes, levando o carro a pegar fogo.

Em abril de 1996 a Fiat iniciou recall de 155 milunidades, após vários relatos de incêndios.

O pedido de indenização foi feito naquele mesmo anopela Associação de Consumidores de Automóveis eVítimas de Incêndio do Tipo (Avitipo), criada paradefender os direitos dos proprietários. O Tribunal deJustiça do Rio de Janeiro (TJRJ) deu ganho à causa eo último recurso da Fiat foi julgado e negado peloSuperior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo a Avitipo, havia na época cerca de 70registros de incêndios. O problema agora está sendo anotificação judicial, pois muitos proprietários nãomoram mais no mesmo endereço e alguns jámorreram.

Todas as vít imas têm direito a reivindicar aindenização, mas precisam comprovar os prejuízos.

A Fiat informou que "cumprirá com as determinaçõesjudiciais" e que, até o momento, registrou dois pedidosde habilitação judicial individual para pagamento.Ambos estão em trâmite judicial.

Site: http://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo

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Intimação eletrônica

VALOR ECONÔMICO /SP - LEGISLAÇÃO E TRIBUTOS - pág.: E01. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

DESTAQUES

As intimações por meio eletrônico aos previamentecadastrados no Processo Judicial eletrônico (PJe) -inclusive integrantes da Fazenda Pública - serãoconsideradas intimações pessoais para todos osefeitos legais, conforme prevê o parágrafo 6º do artigo5º da Lei 11.419, de 2006. A decisão é da 3ª Turma doSuperior Tribunal de Justiça (STJ), que negouprovimento a recurso (REsp 1574008) da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos (ECT) quequestionava a validade de intimação de advogadocadastrado no sistema PJe. Segundo os autos, emuma ação de cobrança ajuizada pela ECT contraprestadora de serviços postais, o juízo de primeirograu determinou que fosse certificado o trânsito emjulgado da sentença, porque a ECT não recorreu,tendo sido contado o prazo a partir da intimaçãoeletrônica realizada na pessoa do advogado daempresa. A decisão foi mantida pelo Tribunal RegionalFederal da 5ª Região, que reconheceu a validade daintimação realizada na pessoa que se encontravacadastrada no PJe como advogado da empresa.

Site: http://www.valor.com.br/impresso

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Cálculo de honorários deve obedecer regrasvigentes à época da sentença, diz STJ

JOTA INFO - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ)definiu a prolação da sentença como o marco temporaldefinitivo a ser levado em conta para o cálculo doshonorários de sucumbência. De acordo com a decisãoproferida pelo colegiado em sessão realizada no dia20, a determinação dos valores a serem pagos aosadvogados deve obedecer as regras em vigor à épocada sentença. A decisão foi unânime.

O entendimento foi firmado em ação que teveandamentos antes e depois do Código de ProcessoCivil (CPC) de 2015. A decisão de mérito na primeirainstância foi proferida em 2011, quando ainda estavavigente o código de 1973. O acórdão de segundo grau,no entanto, só saiu em 2016, quando já estava emvigor a nova lei. A norma alterou as regras de cálculode honorários sucumbenciais.

No caso em questão uma das partes era a FazendaPública, e os dois códigos tinham dispositivos distintossobre o cálculo dos honorários. O CPC/73 previa, emcasos envolvendo a Fazenda Pública, determinaçãodos honorários pelo juiz, levando em conta questõescomo o zelo do advogado, o local de prestação doserviço e a importância da causa. Já o CPC/15determina, nesses casos, o cálculo de acordo comporcentagens que vão de 3% a 20% do valor da ação.

No caso em questão, o juízo de segundo graudeterminou a aplicação do CPC/73 para o cálculo dosvalores. Os advogados recorreram ao STJ mas adeterminação foi mantida por decisão monocrática doministro Francisco Falcão. Os autores entãoapresentaram embargos de divergência, e o casochegou à Corte Especial.

No dia 20 o relator, ministro Luis Felipe Salomão, semanifestou pela aplicação das regras vigentes à épocada prolação da sentença e foi seguido por todos osministros presentes. Para o relator, não é possívelpermitir que a alteração nas regras com o processo jáem curso possa prejudicar a parte.

"Não se pode olvidar que tal princípio está ligado, nocaso em epígrafe, ao princípio da não surpresa.Aplicar uma regra nova depois da sentença fere demorte, penso eu, o artigo 10 do CPC, que diz: 'O juiznão pode decidir, em grau algum de jurisdição, combase em fundamento a respeito do qual não se tenhadado às partes oportunidade de se manifestar'",

afirmou durante o julgamento.

Pedro Alves - Repórter

Site: https://www.jota.info/jotinhas/calculo-honorarios-

regras-sentenca-26032019

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Delações contra crime organizado violentosão efetivas?

JOTA INFO - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Em 2009, Orlando Mota Júnior se colocou do outrolado da Justiça. 'Macarrão', como é conhecido peloscompanheiros na facção Primeiro Comando da Capital(PCC), passou de líder da organização criminosa adelator, de comandante a alvo. Parte do PCC desdeos primórdios, Mota Júnior chegou a ser um dosprincipais comandantes da maior facção criminosa dopaís. No entanto, desentendimentos internos olevaram a fechar acordo de delação premiada com oMinistério Público do Estado de São Paulo (MPSP) ea dividir detalhes de um crime cometido peloscomparsas.

O desfecho foi trágico. Preso na penitenciária deAvaré, 'Macarrão' foi colocado em uma cela protegidae conseguiu sobreviver a um plano para executá-lo.No entanto, em 2010, sua esposa, Maria Jucinéia daSilva, foi assassinada. Morta a tiros na casa ondemorava, em São José dos Campos (SP), por membrosdo PCC. O motivo: retaliação pelo acordo decolaboração fechado entre o marido e o MP.

Casos como o de Macarrão levantam uma discussãono mundo jurídico: a efetividade da colaboraçãopremiada no combate ao crime organizado violento. Oinstrumento vem se espalhando rapidamente eminvestigações que apuram crimes como corrupção elavagem de dinheiro, mas ainda não tem a mesmainserção no enfrentamento a facções criminosas comoo PCC, o Comando Vermelho e a Família do Norte,por exemplo.

A questão voltou à tona após comentário recente doministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandrede Moraes, que aposta na ineficácia da medida.

Para especialistas ouvidos pelo JOTA , as delaçõespremiadas são instrumento importante no combate aessas organizações e já se mostraram cruciais emalguns casos. O uso delas contra o crime violento, noentanto, esbarra no desinteresse dos criminosos pelosacordos, seja por medo de retaliações violentas, sejapela indiferença quanto aos benefícios previstos em leiaos delatores.

"É muito mais difícil obter sucesso, por causa docontexto da ação criminosa e da natureza dessasorganizações", afirma o procurador de Justiça doMPSP Marcio Sérgio Christino. Atuando no combateao PCC desde 1999, ele teve participação em

delações como a de Macarrão e na primeiracolaboração de um líder da organização, a de JoséMarcos Felício, o 'Geleião'. "Ainda há muitaresistência. É diferente lidar com uma organizaçãocriminosa que tem um grau tóxico tão forte em relaçãoa outra que se dedica à corrupção", afirma.

Segundo o procurador, um dos obstáculos que seimpõe ao uso das colaborações nesses casos é adiferença de perfil dos criminosos. "Você nãoconsegue [a delação] só oferecendo um benefício x ouy. Até porque eles não estariam sequer aptos, porexemplo, a receber uma prisão domiciliar", explicaChristino. No caso do PCC, por exemplo, a maioriadas delações só foi possível por causa de disputasinternas na facção.

Segundo a Lei 12.850/2013, que regulamenta ascolaborações premiadas, delatores podem serbeneficiados com redução de dois terços da penaprivativa de liberdade ou substituição dela por medidasrestritivas.

Para ter acesso às vantagens, porém, o colaboradorprecisa auxiliar voluntariamente e efetivamente asinvestigações, fornecendo informações que possamlevar a outros participantes da organização criminosa;à hierarquia do grupo; à recuperação total ou parcialde produto ou proveito das infrações penais; àprevenção de novos crimes; e por fim, à recuperaçãode vítimas em casos de sequestro.

Segundo o procurador Marcio Sérgio Christino, osbenefícios da delação são pouco atrativos paraintegrantes de facções criminosas violentas. "Muitosdeles estão presos há 10, 15 anos. É um cara que nãose intimida com a cadeia, por exemplo", explica. "AOperação Lava Jato pegou um perfil de criminoso queé diferente, um executivo de uma alta empresa,alguém ligado à área de finanças. Mas não pegaaquele traficante que tem um perfil psicológicocompletamente distinto. Não é tão simples".

Outro aspecto é levantado pelo advogado criminalistae professor da Universidade de São Paulo (USP)David Teixeira de Azevedo. Ele explica que alegislação não prevê diferenças na aplicação dadelação premiada a crimes distintos. No entanto,afirma que pode existir certo constrangimento naconcessão de benefícios a réus por crimes violentos,

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em relação à opinião pública.

"Ninguém vai estranhar uma delação premiada em umcrime de corrupção, organização criminosa oulavagem de dinheiro. Já em uma colaboração emcrime de roubo ou extorsão mediante sequestro, porexemplo, é diferente", analisa. Para o especialista, aconcessão de benefícios como perdão judicial ou penarestritiva de direitos a esses delatores pode sercontroversa. "Em crimes cometidos com violência egrave ameaça, causa uma espécie de resistência",continua.

O medo de retaliações violentas também desencorajadelatores pertencentes a essas facções. Antes docaso de Macarrão, outro líder do PCC e a esposa delejá haviam assassinados por causa de um possívelacordo de colaboração, que ainda nem havia sidofechado, em 2003. José Eduardo Moura da Silva, ou'Bandejão', como era conhecido, foi esfaqueado emuma cela na Penitenciária Orlando Brando Felinto, emIaras, no interior de São Paulo, onde estava preso.

Logo antes do crime, ele havia recebido uma visita daesposa, Cláudia Bonani, assassinada a tiros nocaminho de volta, a cerca de 2 quilômetros dopresídio. Segundo o procurador de Justiça MarcioSérgio Christino, 'Bandejão' havia demonstradointeresse em colaborar com o Ministério Público e,por isso, foi morto.

Nos casos em que há ameaça à vida, o Estadogarante proteção às testemunhas em risco. Quandoestão presos, os colaboradores geralmente sãoenviados a celas do "seguro", ala das penitenciáriasem que ficam os detentos jurados de morte. Jáaqueles que estão soltos são inseridos em programasde assistência e proteção a vítimas e testemunhas, osProvitas.

Normalmente, as testemunhas ganham novaidentidade e podem ser enviados, junto da famíliapróxima, para outros estados. Além disso, recebemuma quantia mensal do poder público.

Segundo dados tornados públicos pela Lei de Acessoà Informação, em outubro do ano passado, 519pessoas faziam parte do Provita, dentre elas réuscolaboradores. Ainda de acordo com os dados, desdeque o programa foi criado, em 1999, nenhumatestemunha foi assassinada por seus algozes.

Os sistemas de proteção, no entanto, tem brechas. "Aestrutura do Estado nessa área ainda é precária. Paracolher um depoimento, você precisaria ter umprograma de proteção de testemunhas eficaz, eficientee convincente. Hoje, ele não é. As pessoas nãoquerem f icar" , argumenta Dermeval Far ias,

conselheiro do Conselho Nacional do MinistérioPúblico (CNMP) e presidente da Comissão doSistema Prisional, Controle Externo da AtividadePolicial e Segurança Pública.

Entre os problemas, segundo Farias, estão adificuldade na adaptação das testemunhas à novaidentidade, o isolamento imposto ao delator e arestr ição a contatos famil iares. No caso doscolaboradores presos, a proteção geralmente não seestende a familiares, o que os deixa vulneráveis.Segundo o procurador Marcio Sérgio Christino, o enviodos delatores para o "seguro" de penitenciárias podeacabar como punição, o que também in ibecolaborações.

Apesar dos obstáculos, todas as fontes ouvidas peloJOTA afirmam acreditar na eficiência das informaçõesfornecidas por meio de delações, quando efetuadas,para a solução desses tipos de crimes.

Para a professora da Universidade de Brasília AnaFrazão, nesse tipo de crime coletivo, a grandedificuldade é identificar precisamente a infração eaqueles que fazem parte dela. "Muito da necessidadeda delação premiada no âmbito das organizaçõescriminosas vem dessa impossibilidade de que oEstado sozinho, e se utilizando dos meios tradicionaisde investigação, consiga de fato identificar todos oscrimes ocorridos nessa seara", afirma.

O conselheiro do CNMP Dermeval Farias acredita que,no caso de crimes violentos, o Ministério Públicopossui mais capacidade de encontrar autores dedelitos por meio de técnicas tradicionais, semnecessidade da delação. Mas pondera que oinstrumento é eficaz em parte dos casos e acreditaque a falta de maior garantia de proteção àstestemunhas é um fator inibitório ao crescimento donúmero de colaborações.

A opinião é espelhada pelo procurador de Justiça doMPSP Marcio Sérgio Christino. "Tudo isso poderia serrepensado. Poderíamos ter um presídio ou algumaunidade destinada a abrigar os delatores", argumenta."E, também, uma reformulação desse programa deproteção às testemunhas para que seja comparável,ou, pelo menos, tenha as mesmas ferramentas que oWitness Security Program tem nos Estados Unidos.Lá, o sistema funciona".

Pedro Alves - Repórter

Site: https://www.jota.info/justica/delacoes-crime-

organizado-violento-efetivas-questionaveis-26032019

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STJ recebe pedido de Habeas Corpus denúmero 500.000

CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

O Superior Tribunal de Justiça recebeu, na sexta-feira(22/3), o Habeas Corpus de número 500.000,impetrado contra decisão do Tribunal de Justiça deSão Paulo relacionada ao tráfico de drogas. A cortesuperior completa 30 anos de funcionamento em duassemanas.

Instalado em 7 de abril de 1989, o STJ levou 19 anospara chegar ao HC de número 100.000. Para acumularos últimos 100 mil e completar meio milhão de HabeasCorpus, foram apenas um ano e dez meses.

Segundo o ministro Rogerio Schietti Cruz, presidenteda 3ª Seção, que reúne as duas turmas do STJespecial izadas em Direi to Penal, o aumentoexpressivo do número de Habeas Corpus é umatendência difícil de ser revertida, e a marca de meiomilhão de impetrações é significativa.

"O HC 500.000 aborda o tipo de crime mais comum, otráfico de drogas, e tem origem no tribunal que maisgera a impetração de HCs, que é o TJ-SP", explica.

Na opinião do presidente da 6ª Turma, ministro NefiCordeiro, é preciso repensar o sistema para que osrecursos com contraditório possam tramitar de formamais célere. Por outro lado, a marca de 500 miltambém demonstra o lado positivo do crescenteacesso à Justiça, diz.

"É a concretização da cidadania aos criminalmenteprocessados. Nenhum dano à liberdade, direto ouindireto, pode permitir demora em sua reparação: sejasoltando, seja excluindo o ilegal, ainda é o habeascorpus a via rápida e eficaz."

Momento de reflexão

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, presidenteda 5ª Turma, diz que a marca histórica exige uma"reflexão dos atores do direito, a fim de que possamosencontrar critérios de racionalização e valorizaçãodesse remédio constitucional fundamental ao tecidosocial".

Segundo o ministro, a existência do HC garante oexercício do direito fundamental à liberdade e o próprioEstado Democrático de Direito. Entretanto, alerta, oHabeas Corpus não pode servir de sucedâneorecursal, "nem sua utilização pode enfraquecer a

função constitucional principal do STJ, que é dizer odireito infraconstitucional, por meio do julgamento dosrecursos especiais".

Rogerio Schietti Cruz explica que o Brasil é o país quetalvez tenha a maior abrangência quanto à utilizaçãodo HC, prática referendada pela doutrina jurídica.

"Em outros países, o HC é usado especificamente emsituações de violação do direito à liberdade. No Brasil,a legislação permite a impetração para questionar umasérie de ilegalidades que poderiam ser questionadaspor meio de recurso ordinário."

Atualmente, o HC é normatizado por alguns artigos doCódigo de Processo Penal, como o 647, e ajurisprudência dos tribunais tem admitido suaimpetração em situações bastante diversas.

Reforma da lei

Na Câmara dos Deputados, tramita desde 2010 oprojeto de lei do novo Código de Processo Penal, o PL8.045/2010. A proposta teve origem em anteprojetoelaborado por uma comissão de juristas presidida pelomin is t ro do STJ Hami l ton Carvalh ido, ho jeaposentado.

Na primeira versão apresentada ao Congresso, aproposta vinculava o HC às hipóteses de prisão ouameaça de prisão ilegal, mas houve forte resistênciade setores que enxergaram aí uma tentativa decercear o uso desse instrumento constitucional.

Para o ministro Nefi Cordeiro, independentemente dareforma que seja feita para regulamentar o HabeasCorpus, "jamais se poderá permitir que a Justiça sejabuscada por meios injustos, que o abuso se façapresente na persecução criminal, que formalidadesimpeçam a proteção do acusado", preservando-se apossibilidade de impetração com fins de sanarilegalidade patente. Com informações da Assessoriade Imprensa do STJ.

Site: http://www.conjur.com.br/2019-mar-26/stj-recebe-

pedido-habeas-corpus-numero-500000

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O ESTADO DE S. PAULO / SP - ECONOMIA E NEGÓCIOS - pág.: B03. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

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O ESTADO DE S. PAULO / SP - ECONOMIA E NEGÓCIOS - pág.: B03. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

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Em ação que envolve direito à saúde,astreinte pode ser transmitida a herdeiros

CONSULTOR JURÍDICO - NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Em ações que envolvem direito à saúde, a multa pordescumprimento de decisão judicial pode sertransmitida aos herdeiros quando morre a partedemandante. De acordo com a 1ª Turma do SuperiorTribunal de Justiça, nesses casos a astreinte temnatureza patrimonial, não se confundindo com anatureza personalíssima do pedido principal.

O entendimento foi aplicado ao negar um recurso deSanta Catarina contra decisão que havia permitido aexecução do valor da multa diária pelos herdeiros daparte originalmente beneficiada.

A penalidade foi fixada para compelir o governo deSanta Catarina a fornecer medicamento a umapaciente. Como a decisão não foi cumprida, abeneficiária moveu ação de execução, cobrando opagamento da multa acumulada.

Porém, a mulher morreu durante o processo, e oestado de Santa Catarina não aceitou que osherdeiros prosseguissem no polo ativo da execução,alegando ser intransmissível o direito em questão.

Na primeira instância, os embargos dos herdeirosforam julgados parcialmente procedentes. O Tribunalde Justiça de Santa Catarina, no entanto, reformou asentença, acolhendo a argumentação de que o créditoseria intransmissível.

Em decisão monocrática, o recurso dos herdeiros foiprovido no STJ, mas o ente público recorreu comagravo interno insistindo na tese de que a multa diárianão poderia ser executada pelos sucessores.

O relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, afirmouque, nas demandas cujo objeto é a efetivação dodireito à saúde, a multa diária - prevista no artigo 461do Código de Processo Civil de 1973, aplicável aocaso - tem natureza de crédito patrimonial, não serevestindo da mesma natureza personalíssima quepossui a pretensão principal.

Ele explicou que a ação que envolve a necessidade det ra tamento ou medicamento é cons ideradapersonalíssima porque somente o autor precisa delaem razão de suas condições pessoais de saúde.

"Quanto às questões patrimoniais, por outro lado, eainda que se relacionem de alguma forma com o

direito à saúde em si, a solução é diversa. Isso porque,havendo nos autos pretensão de caráter patrimonial,diversa do pedido personalíssimo principal, o direitosubjetivo que embasa a pretensão é um crédito emobrigação de pagar quantia, sendo, por isso,plenamente transmissível aos herdeiros", ressaltou.

O ministro destacou que, se fosse acolhida aargumentação da agravante, a multa diária perderiasua força coercitiva, notadamente nos casos em que obeneficiário da tutela antecipada apresentasse quadroclínico mais grave ou mesmo terminal.

"Nos casos em que a morte fosse decorrência dessailícita omissão estatal, seria criado um cenáriocompletamente esdrúxulo, em que o réu sebeneficiaria da sua própria torpeza, deixando defornecer o medicamento ou tratamento determinadojudicialmente e sendo recompensado com a extinçãodos valores pretéritos da multa diária", comentou.

Para o relator, em observância à natureza de créditopatrimonial da multa e à necessidade de preservar seupoder coercitivo, "é possível a execução do valor pelosherdeiros da parte originalmente beneficiária da tutelajurisdicional que fixou as astreintes, sendo inviável aextinção do processo sem resolução de mérito".

Ao negar o recurso, a turma, por unanimidade, admitiua habilitação dos herdeiros da parte (ou do espólio,conforme o caso) como seus sucessores processuais.Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.

AREsp 1.139.084

Site: http://www.conjur.com.br/2019-mar-26/acao-saude-

astreinte-transmitida-herdeiros

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Promotor facilita registro de pai em certidãode nascimento em São Paulo

FOLHA / ON LINE - NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Ricardo Kotscho

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Encontre seu pai aqui , diz uma placa na parede sobreuma mesa entulhada de processos no segundo andardo Fórum de São Bernardo do Campo, no ABCpaulista.

Lá trabalha o promotor público Maximiliano RobertoErnesto Fuhrer, que espalhou o projeto de busca pelapaternidade por 78 postos do Poupatempo de SãoPaulo. Desde 2006, já foram feitos 3.991 atendimentospara a abertura de processo de investigação ereconhecimento de paternidade .

Com base na taxa de crianças nascidas sem o nomedo pai no registro civil em 2017, de cerca de 4%, opromotor estima que 750 mil paulistas de zero a 30anos não tenham o nome do pai na certidão -existem20,4 milhões de pessoas nessa faixa etária em SP. Éuma epidemia , diz Fuhrer.

As fichas preenchidas pelas mulheres no Poupatempoem busca do pai dos filhos são encaminhadas àPromotoria de suas cidades para a abertura doprocesso, que é totalmente gratuito. Até mesmo oteste de DNA, quando necessário, é custeado peloEstado.

Não há prazos. Se o pai já estiver morto e for precisofazer exame de DNA, o Ministério Público poderequisitar amostras do código genético de parentes.

Preciso fazer alguma coisa , decidiu o promotor, de 65anos, assim que chegou à comarca, em 2002, ereparou no grande número de certidões de nascimentoque passavam pelas suas mãos sem o nome do pai noregistro civil.

Calculou que haveria umas 200 pessoas nessasituação e levou um susto ao fazer seu primeirolevantamento nas escolas da cidade, com a ajuda dediretores e professores.

Encontramos mais de 10 mil alunos sem a filiaçãopaterna. Dava um exército de crianças sem pai ,lembra ele, ao contar à Folha como iniciou estetrabalho sozinho, antes do Poupatempo adotar oprograma de reconhecimento de paternidade.

O próximo passo planejado por ele é uma parceriacom a Secretaria da Educação paulista para incorporarneste trabalho todas as escolas públicas do estado.Um convênio foi assinado com o governo anterior, masainda não está implantado. Fuhrer vai tentar de novoagora com o novo governo.

O que mais dificulta a ampliação do serviço é a faltade informações das mulheres interessadas em dar onome dos pais aos filhos --uma lacuna que cria todotipo de constrangimentos nas escolas, nos empregos eoutros lugares onde se exige o registro civil e sepergunta com frequência: Cadê o nome do pai?

Por iniciativa do promotor, cartazes foram afixados emlocais públicos ensinando o caminho das pedras:Reconhecimento de paternidade Um gesto de amor erespeito. Mãe: procure a escola do seu filho. Processointeiramente gratuito e sigilo absoluto .

Fuhrer constatou em sua cruzada que muitas mãesdesistiam no meio do caminho por não terem dinheiropara pagar a averbação do nome do pai no registrocivil, já que muitos cartórios cobravam uma taxa, o queé proibido.

Ao receber das diretoras das escolas de São Bernardodo Campo as fichas preenchidas pelas mães, opromotor ia atrás da localização dos pais, onde elesestivessem, por meio de cartas precatórias.

Em 60% dos casos, os pais reconheciam apaternidade, sem problemas, e era feita a averbaçãono registro civil. As mães recebiam seus documentosaqui, eu mesmo entregava, mas como sempre ficavaemocionado com a cena, pedi para um funcionáriofazer isso. Só quando os pais se recusavam areconhecer filhos e a fazer o exame de DNA, eramovida uma ação judicial , diz.

Até hoje ele fica com lágrimas nos olhos ao recordarde alguns casos, como a de um senhor bem idoso quepediu o registro dos quatro filhos legítimos, que játinham entre 50 e 60 anos.

Veio a família inteira... Este senhor explicou que, comosempre viajou muito a trabalho, não estava em casaquando os filhos nasciam, e depois não tinha tempopara fazer a averbação, foi esquecendo... .

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FOLHA / ON LINE - NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Já bastante doente, não queria morrer antes deregistrar os filhos, o que foi providenciado compresteza pelo promotor. Ao receberem os documentos,todos choraram e se abraçaram numa cena que ocircunspecto promotor nunca vai esquecer na vida.

Nestas horas, ele volta no tempo e lembra comosurgiu a ideia do cartaz afixado à sua frente. Tinha umigual no saguão do Mappin [antigo magazine do centrode São Paulo, na praça Ramos de Azevedo, que jáfechou faz tempo] para crianças que se perdiam dospais naquela imensidão da loja...

Hoje, é diferente. Milhões de crianças pelo Brasil aforanão chegam a se perder dos pais simplesmenteporque nem chegaram a conhecê-los, e não têmnotícias deles.

Segundo o último censo do IBGE, 11,6 milhões delares no Brasil são chefiados por mulheres com paisausentes.

Numa declaração polêmica na última campanhaeleitoral, o atual vice-presidente, general HamiltonMourão, chegou a dizer que família sem pai ou avô éfábrica de elementos desajustados .

Maximiliano Fuhrer não se conforma com a quantidadede crianças sem o registro do pai e faz a sua partepara mudar este cenário de um Brasil sem pai --e,muitas vezes, também sem mãe.

Sim, há no Brasil não se sabe quantas crianças órfãsde pai e mãe, sem origem, perambulando pelas ruas,que sonham com uma família adotiva. E há até casosde mães que se recusam a reconhecer os filhos,descobriu o promotor em suas pesquisas.

Diante dessa realidade, ele não desanima. Estásempre pronto a atender quem bate à sua porta namodesta sala do Fórum que que divide com umcolega.

Site:

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/promot

or-facilita-registro-de-pai-em-certidao-de-nascimento-

em-sao-paulo.shtml

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As reações ao projeto anticrime

ESTADÃO / ON LINE / SP - ÚLTIMAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Mário de Magalhães Papaterra Limongi*

Com o ambicioso e genérico nome de projeto de leianticrime , o ministro Moro apresentou, em cerimôniaconcorrida, anteprojeto contendo um conjunto demedidas que altera mais de uma dezena de leis e que,no dizer do seu artigo 1.º "estabelece medidas contraa corrupção, o crime organizado e os crimespraticados com grave violência à pessoa".

A reação ao pacote, como hoje é comum neste paístão dividido, varia do apoio incondicional ao repúdioveemente.

Os admiradores do ministro, certamente em razão desua postura na Operação Lava Jato, afirmam queagora os criminosos serão tratados com o rigor quemerecem, que a impunidade acabará e, emconsequência, a violência vai diminuir .

Já os adversários do ministro, pela mesma razão-postura de Moro como juiz- afirmam que nada mudaráe que o endurecimento levará a um aumento inútil napopulação carcerária e só afetará aos pobres eadversários políticos. Também o novo conceito delegítima defesa (o MPD já se posicionou em notapública contra a mudança), faz com que algunsconsiderem imprestável todo o projeto.

A toda evidência, as duas posições são indefensáveis.

Como é sabido, o endurecimento da lei penal, por sisó, não redunda em diminuição da violência, o quenão significa, no entanto, que a legislação dispenseatualização.

Não é de hoje que o legislador tem estabelecidonormas mais duras para a repressão penal.

No já distante ano de 1990, surgiu a Lei dos CrimesHediondos, estabelecendo penas mais duras paradeterminados crimes, tornando-os insuscetíveis deanistia e indulto, além de estabelecer maior rigor paraa progressão de regime. Não se pode dizer, apesardos méritos da lei, que houve expressiva diminuiçãona prática de latrocínios, homicídios qualificados,sequestros e estupros, todos crimes hediondos.

Dois anos depois, surge a chamada Lei deImprobidade Administrativa com a ambição decombater atos de corrupção. Também aqui, apesardos méritos da lei, não se pode dizer que o receio depunições (suspensão dos direitos políticos e proibição

de contratar com a Administração, entre outras) tenhaacarretado a diminuição da corrupção.

A interceptação telefônica, prevista como excepcionalna Constituição Federal, foi regulamentada em 1996 e,sem dúvida alguma, deu aos órgãos responsáveis pelainvestigação criminal, melhores meios para a apuraçãode crimes gravíssimos.

Pouco depois, em 1998, surgiu a primeira lei quetipificou a conduta de lavagem ou ocultação de bens,direitos e valores com a criação do Conselho deContro le de At iv idades F inancei ras (Coaf ) ,curiosamente hoje criticado por muitos dos queinsistem no endurecimento das leis.

Já no século 21, foram editados o Estatuto doDesarmamento- 2003-, que criminalizou o porte eposse de arma de fogo, a Lei de Drogas- 2006-, quepassou a punir com mais rigor os traficantes e,principalmente, em 2013 a Lei que ampliou o conceitode crime organizado e introduziu a polêmica delaçãopremiada.

Pois bem.

Todas as leis mencionadas, pelo projeto apresentado,sofrerão mudanças, o que vale dizer que as mudançasrealizadas ao longo dos anos, todas elas voltadas paraum melhor combate ao crime, não foram suficientes.

É evidente que todas as leis podem ser aperfeiçoadas.

Mas, também é evidente que a simples mudança dalei, ainda que voltada para uma maior repressão, nãotrará, necessariamente, diminuição na corrupção, nocrime organizado e nos crimes praticados comviolência à pessoa.

Todos os estudiosos sérios do fenômeno da violênciaapontam outras causas para a sua existência. A ideiade que pessoas só praticam crimes porque as penassão leves não se sustenta. As pessoas praticamcrimes ou por impulso momentâneo ou porque, emmomento algum, imaginam que possam ser sequerprocessados, quanto mais condenados.

A constatação óbvia de que o pacote de mudançaslegislativas apresentadas não é uma panaceia, comoapregoam alguns, não significa que não tenhaaspectos positivos e que deva ser simplesmenterejeitado.

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Ainda que outras medidas não legais (investimento naeducação, melhor distribuição de rendas, etc.) sejamnecessárias, não há como negar que, em váriosaspectos, o projeto apresenta avanços importantes,tais como, por exemplo, a possibilidade de execuçãoprovisória da condenação após julgamento emsegunda instância, a maior efetividade das decisõesdo Tribunal do Júri, a possibilidade de introduzirsoluções negociadas no processo penal e arealização, como regra, de interrogatório porvideoconferência.

O caso do feminicídio é emblemático.

Ninguém contesta o acerto do legislador ao criar afigura do feminicídio e estabelecer penas maisrigorosas contra seus autores. Nem por isso, houvediminuição dos casos de homicídios praticados contraas mulheres por seus maridos ou companheiros.

É possível se afirmar até que nos últimos meses, háuma sensação de que houve aumento nos crimescontra as mulheres.

Ora, o fato de a nova lei não ter, ao menos até agora,causado impacto significativo no combate à violênciacontra a mulher, não significa que a mudança nãoseja oportuna.

A violência contra as mulheres, como de resto aviolência em geral, tem causas diversas. O estudodessas causas precisa ser aprofundado, sem prejuízoda modificação da legislação penal.

Esta deve ser a posição dos operadores do direito comrelação ao projeto apresentado: sem preconceitos ouposições já estabelecidas, reconhecer seus méritos,seus defeitos e contribuir para seu aperfeiçoamento.

*Mário de Magalhães Papaterra Limongi, procuradorde Justiça e diretor do Movimento do MinistérioPúblico Democrático

Site: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

macedo/as-reacoes-ao-projeto-anticrime/

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Editorial do Estadão: A harmonia entre osPoderes

VEJA / ON LINE / SP. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Augusto Nunes

Para voltar aos trilhos do desenvolvimento econômicoe social, o País tem claras e imediatas necessidades.É preciso realizar reformas estruturantes, a começarpela reforma da Previdência. É preciso restabelecerum ambiente de normalidade e estabilidade jurídico-institucional. Há ainda um longo caminho no combateà criminalidade e à impunidade, mas nem tudo écorrupção ou podridão, e tratar o cenário nacionalcomo terra devastada, além de injusto, significa pôr aperder muitas coisas boas construídas ao longo dotempo. É preciso também amenizar a polarizaçãopolítico-ideológica. Compreensível numa campanhaeleitoral, o clima de conflito, se estendido ao longo dotempo, esgarça as relações sociais e gera danos emtodas as esferas da vida nacional.

Se as atuais necessidades do País são evidentes, estáclaro também que os Três Poderes têm sido incapazes ao menos, até o momento de atender a contento aessas demandas. Na semana passada, houve umalmoço em Brasília que reuniu a cúpula dos TrêsPoderes a respeito dos possíveis caminhos para,diminuindo as tensões entre Executivo, Judiciário eLegislativo, torná-los mais funcionais. É preciso, porexemplo, trabalhar coordenadamente para que areforma da Previdência, prioridade nacional, seja defato aprovada pelo Congresso.

"Há um intuito de todos de construir uma nova agendae de aprovar a reforma da Previdência. Este encontroé um sinal importante, estamos construindo um pactopara governar o Brasil", afirmou o presidente daCâmara dos Deputados, Rodrigo Maia, anfitrião doalmoço.

Nessa trajetória de união e cooperação entre osPoderes é indispensável que o Executivo cumpra oseu papel. Desde a posse, tem causado perplexidadeo fato de o presidente Jair Bolsonaro, em vez debuscar a união nacional, continuar alimentandopolêmicas e fissuras, num clima de guerrilha eleitoral.No dia anterior ao almoço, por exemplo, o presidenteda República compartilhou em sua conta no Twittervídeo em que seu filho Carlos criticava a decisão doSupremo Tribunal Federal (STF) a respeito dacompetência da Justiça Eleitoral. Não é disso que oPaís precisa.

Nesse reequilíbrio institucional em busca de maiorfuncionalidade, é também evidente a necessidade de oMinistério Público (MP) adequar-se às suascompetências institucionais, sem que alguns de seusmembros invadam outras searas ou agravemdesnecessariamente as tensões.

A Suprema Corte tem sido alvo de ataques, nas redessociais, de grupos que desmerecem, desautorizam eridicularizam todos aqueles que ousam ter opiniõesdivergentes das suas. É surpreendente, no entanto,que alguns desses ataques venham de membros doMP, cuja função é defender a ordem jurídica e oEstado Democrático de Direito.

Para diminuir as tensões, é preciso também umaatitude de cooperação e de menos protagonismo dosministros do STF. Não poucas vezes, são os própriosintegrantes da Corte que alimentam divisões,promovem embates e, mais grave, ferem o carátercolegiado do Supremo. É urgente a promoção de umanova cultura no STF, mais disposta a aceitar a posiçãomajoritária, a conferir estabilidade à jurisprudência aolongo do tempo, a restringir as decisões monocráticaspara os casos imprescindíveis, a defender e a aplicar aConstituição e as leis, sem imiscuir-se com tantafrequência em trajetórias alternativas.

O Congresso tem também papel especial na busca dafuncionalidade institucional. É ele quem deveprocessar com diligência as reformas de que tanto oPaís precisa. A renovação ocorrida nas eleiçõespassadas deve servir para banir velhos costumes quesão absolutamente deletérios para o interessenacional. No entanto, tanto os antigos parlamentarescomo os novos não podem se furtar de fazer política,na melhor acepção da palavra. A decisiva contribuiçãodo Congresso para o País decorre precisamentedessa busca por encontrar os consensos e propostaspossíveis para os problemas nacionais. Não é no grito,na intolerância e, muito menos, na violência, física ouverbal, que o Legislativo cumprirá o seu papel.

É essencial o diálogo entre Executivo, Judiciário eLegislativo. Mas o principal fruto que se espera dessediálogo é que cada um dos Poderes cumpra seudever. Essa é a harmonia institucional de que o Paísprecisa.

Site: https://veja.abril.com.br/blog/augusto-

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VEJA / ON LINE / SP. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

nunes/editorial-do-estadao-a-harmonia-entre-os-

poderes/

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Moro considera positivo que crimes conexosa caixa dois sejam levados para Justiça

comum

O GLOBO / ON LINE / RJ - ULTIMAS NOTICIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

RIO - O ministro da Justiça, Sergio Moro defendeu amudança da legislação para levar crimes conexos àprática de caixa dois para a Justiça comum . Moroendossou a solicitação feita pela procuradora-geral daRepública, Raquel Dodge , ao Tribunal SuperiorEleitoral (TSE), de que juízes federais possam exercerfunção eleitoral. Tudo que melhore o processo deinvestigação deve ser analisado em atenção , afirmouMoro na manhã desta terça-feira ao ressalvar queainda não conhece em detalhes o teor do pedido daprocuradora.

- Embora a Justiça Eleitoral faça um trabalho digno deelogios na organização das eleições, na redução dascontrovérsias eleitorais, eu acho que ela não estámuito bem preparada para julgar esses casos. Agora,a decisão do Supremo e dos ministros deve serrespeitada - disse o ministro em entrevista à RádioBandNews .

A proposta de Raquel Dodge para que juízes possamexercer função eleitoral acontece dias depois que oSupremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os crimesconexos a caixa dois devem ser julgados pela JustiçaEleitoral e não pela Justiça comum, o que foi alvo decríticas das forças-tarefas da Lava-Jato por conta doreceio de que isso enfraqueça a punição dos casos decorrupção.

Moro também afirmou que o atrito envolvendo ele e opresidente da Câmara, Rodrigo Maia , sobre atramitação do projeto anticrime, está resolvido. Maiahavia dito que o ministro descumpriu um acordo com ogoverno ao sugerir que o projeto tramitaria em paralelocom a reforma da Previdência e que Moro conhecepouco a política e está passando daquilo que é suaresponsabilidade como ministro.

Site: https://oglobo.globo.com/brasil/moro-considera-

positivo-que-crimes-conexos-caixa-dois-sejam-levados-

para-justica-comum-23550870

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Gilmar Mendes substitui preventiva deinvestigada em operação contra doleiros

JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

O fato de uma pessoa estar foragida não pode ser oúnico obstáculo para revogar prisão preventiva. Comesse entendimento, o ministro Gilmar Mendes, doSupremo Tribunal Federal, substituiu a prisãopreventiva de uma investigada por fiança no valor deR$ 1 milhão.

Na decisão de sexta-feira (22/3), o ministro fixa outrascautelares, como a proibição de sair do país e demanter contato com os outros investigados.

Claudine Spiero foi denunciada na operação câmbio,desligo, que investiga um esquema de transaçõesfinanceiras ilegais no Brasil e no exterior com dólar-cabo . Ela estava foragida e foi presa preventivamente...

Site: https://consultor-

juridico.jusbrasil.com.br/noticias/690133621/gilmar-

mendes-substitui-preventiva-de-investigada-em-

operacao-contra-doleiros?ref=news_feed

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Experiências internacionais em JustiçaRestaurativa são compartilhadas em Lages

JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

O tema Justiça Restaurativa ainda é recente no Brasil.Projetos e programas começaram a surgir a partir dosanos 2000. Santa Catarina é um dos poucos Estadosque busca conhecer o processo cujo objetivo é daratenção plena às vítimas e suas necessidades diantede um crime ou conflito.

Nesta segunda-feira (25/03), em Lages, um público dequase 500 pessoas ouviu atentamente sobreexperiências desta natureza em desenvolvimento tantono Brasil como no Canadá - país precursor do método.Autoridades no tema, três pesquisadores canadensesfalaram como é o trabalho desenvolvido em Quebec,durante o Seminário Internacional sobre JustiçaRestaurativa , que ocorreu ao longo do dia, no TeatroMarajoara.

Theophilos Rifiotis, professor titular do Programa dePós-Graduação em Antropologia Social e coordenadordo Laboratório de Estudos das Violências daUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foiquem mediou a vinda dos canadenses a Lages. Eleesclarece que não se buscou trazer um modelodaquele país, mas experiências capazes de ajudar naatuação de quem trabalha com Justiça Restaurativapor aqui.

No Canadá, com mais de 40 anos de JustiçaRestaurativa, existe a mediação cidadã, na qualpessoas da comunidade fazem a justiça restauradora.Lá, ONGs credenciadas pelo sistema judiciário colhemprovas para processos judicializados. Em casos deviolência de gênero, por exemplo, a mulher decide sea justiça pode usá-las ou não. É preciso criarmos essacoexistência de organizamos , destacou Rifiotis, aocomentar a palestra de Serge Charbonneau, diretor deEquijustice (Rede de Justiça Restaurativa e MediaçãoCidadã) de Quebec e pesquisador do CentroInternacional de Criminologia Comparada daUniversidade de Montreal.

Charbonneau diz que o objetivo da justiça restaurativaé a t ransformação. No processo em que apossibil idade de comunicação é o primordial,buscamos gerenciar a postura. E isso não significasimplesmente achar um culpado, mas produzir atransformação e a mudança de atitude , frisa. Alémdele, falaram aos participantes Catherine Rossi,professora da Universidade Laval no Departamento deServiço Social e Criminologia e Marie-Claire Belleau,

professora do Depar tamento de Di re i to daUnivers idade Laval .

O psicólogo gaúcho Paulo Moratelli, delegadointernacional para o Brasil da Sociedad Científica deJusticia Restaurativa (Espanha), também se fezpresente ao evento. Para ele, a Justiça Restaurativabusca reconstruir vínculos sociais, ambientesrelacionais harmônicos e respeitosos. É recompor, apartir da visão dos sujeitos, aquilo que eles precisampara sua vida e que, em outras situações, não voltema fazer o fizeram .

O palestrante reforça que é preciso avançar. O foco daJustiça Restaurativa ainda está no nos processoscriminais judicializados. Para mim, o ideal é que issose torne uma exceção. A justiça transformativa precisaestar nas escolas, comunidades e ambientes deconvivências mais distintos para que tenhamos cadavez menos crimes e conflitos.

Com um evento internacional, Lages possibilita apopularização do tema, especialmente no interior doestado, além de iniciar uma forma mais ampliada dediscussão e de conhecimento de projetos e açõesfeitos nessas cidades. Profissionais de várias áreas,de outras cidades e regiões, agregaram ao evento.

Titular da 2ª Vara Criminal da comarca de Lages, oju iz A lexandre Takasch ima d iz que, comoencaminhamento, uma reunião está agendada paraabril com os parceiros que surgirem do evento.Queremos fazer a formação com essas pessoas. Esseserá o primeiro encontro com a comunidade. Estamosdando passos muito importantes. Temos umalegislação municipal aprovada, que possibilita aimplantação do programa, e em breve poderemosusufruir de um espaço cedido pelo Município para osencontros comunitários .

A proposta do Seminário é do Polo de JustiçaRestaurativa de Lages, composto por profissionais dediversos órgãos. O evento teve o apoio da Prefeiturade Lages, Tribunal de Justiça de Santa Catarina(TJSC), Ministério Público de Santa Catarina(MPSC), Laboratório de Estudos das Violências daUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC) eOrdem dos Advogados do Brasil (OAB).

Ainda nesta semana, na próxima quinta-feira (28/03),

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JUS BRASIL - ÚLTIMAS NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

será a vez de Florianópolis realizar seu seminário deJustiça Restaurativa, nmarcado para acontecer nas e d e d a P r o c u r a d o r i a G e r a l d e J u s t i ç a(PGJ).Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.:SC00445(JP) Textos: Assessoria de Imprensa/NCI

Site: https://tj-

sc.jusbrasil.com.br/noticias/690119627/experiencias-

internacionais-em-justica-restaurativa-sao-

compartilhadas-em-lages?ref=news_feed

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STF mantém exigências para juiz comprararma

O ANTAGONISTA - BRASIL. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

O STF reaf irmou a exigência de que juízesapresentem atestados de capacidade técnica eaptidão psicológica para comprar armas.

Associações de juízes pediram à Corte a dispensa,concedida a policiais e militares pelo Estatuto doDesarmamento, sob o argumento que a lei damagistratura garante o porte.

"A prerrogativa funcional do magistrado de portar armade fogo não pressupõe a efetiva

habilidade e conhecimento para utilizá-la", escreveuFachin, relator da ação, ao negar o pedido.

A decisão foi referendada pelos demais ministros daSegunda Turma em julgamento virtual, com resultadopublicado ontem.

Site: https://www.oantagonista.com/brasil/stf-mantem-

exigencias-para-juiz-comprar-arma/

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Selo Justiça em Números recebe 420sugestões para aprimoramento

CNJ - NOTÍCIAS. Ter, 26 de Março de 2019CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

A consulta pública realizada pelo Conselho Nacionalde Justiça (CNJ) sobre o regulamento do Selo Justiçaem Números registrou 617 participantes, totalizando420 sugestões apresentadas, 197 manifestações deconcordância com os critérios adotados e 1.717perguntas respondidas.

As recomendações servirão de subsídio para adefinição dos requisitos para a concessão dapremiação aos tr ibunais brasi leiros e para aelaboração do regulamento que vigorará em 2019. Odocumento será publicado até junho.

Entre as sugestões apresentadas consta o pedidopara ampliação de 8 para 12 meses do período deavaliação e de realização das Reuniões de Análise daEstratégia (RAE). Outra proposta foi o pedido paraalteração na pontuação da classificação do Índice deGovernança, Gestão e Infraestrutura em Tecnologiada Informação (iGov-TIC-JUD).

Em outro quesito, e considerando as sugestões feitasna consulta pública, o CNJ estuda postergar a adoçãodo indicador de desempenho socioambiental. Sobreesse tema, o Conselho fará o acompanhamento viaindicadores relevantes de gestão ambiental.

Com as categorias Diamante, Ouro, Prata e Bronze, oSelo Justiça em Números é concedido pelo CNJ aostribunais desde 2014. No formato adotado até o anopassado, o Selo reconheceu a excelência dos tribunaisbrasileiros que mais investiram na produção, gestão,organização e disseminação de suas informaçõesadministrativas e processuais.

Leia mais: CNJ premia tribunais com Selo Justiça emNúmeros

Com a nova proposta, serão consolidadas informaçõessobre a excelência também na gestão e planejamento;na organização administrativa e judiciária; nasistematização e disseminação das informações e naprodutividade, sob a ótica da prestação jurisdicional.

Segundo a minuta do regulamento, em cada eixoserão avaliados novos requisitos, como a capacitaçãodos servidores lotados nas unidades de distribuição eautuação quanto ao uso das Tabelas ProcessuaisUnificadas, criação de ações voltadas à saúde dosmagistrados e servidores de forma a reduzir os índices

de absenteísmo e a utilização do sistema ProcessoJudicial Eletrônico (PJe), no eixo de governança.

No eixo produtividade e qualidade, serão verificadasas menores Taxas de Congestionamento e maisincentivo à conciliação, redução do tempo médio detramitação dos processos pendentes, julgamentos deações de violência contra a mulher e ações penaisde competência do júri. Já no eixo de transparência dainformação, entre os requisitos, será necessárioa lcançar o mín imo de 70% no rank ing dat ransparênc ia do Poder Judic iár io .

Ao estabelecer parâmetros para a concessão do SeloJustiça em Números, o CNJ visa incentivar oaprimoramento do sistema de estatísticas do PoderJudiciário, promover a transparência e melhoria dagestão judiciária, estimular a participação dosmagistrados e servidores no processo de formulaçãodas políticas do Poder Judiciário, fornecer subsídiosque auxiliem no planejamento estratégico dos tribunaise do CNJ e contribuir para o aprimoramento daprestação jurisdicional.

Luciana Otoni

Agência CNJ de Notícias

Site: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/88645-selo-

justica-em-numeros-recebe-420-sugestoes-para-

aprimoramento

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Dodge propõe ao TSE que juiz federaltambém possa julgar crime eleitoral

FOLHA DE S. PAULO / SP - PODER - pág.: A06. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Brasília

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,pediu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que autorizejuizes federais de varas especializadas em corrupçãoe LAVAGEM DE DINHEIRO a atuar em matériaeleitoral.

A medida é uma resposta à decisão do plenário doSupremo Tribunal Federal, que, no último dia 14,definiu que crimes de corrupção e lavagem associados(crimes comuns) a caixa dois (crime eleitoral) devemser julgados na Justiça Eleitoral, e não na Federal,como queria o Ministério Público Federal.

O julgamento no plenário consolidou, por 6 votos a 5,o que a Segunda Turma do Supremo responsávelpelos casos da Lava Jato, já vinha fazendo: processosenvolvendo corrupção e caixa dois devem serencaminhados para os tribunais eleitorais.

Para a Procuradoria, a Justiça Eleitoral não éestruturada para julgar crimes complexos como os quevêm sendo descobertos pela Lava Jato. A maioria doSTF , porém, impôs derrota ao órgão e aosprocuradores da operação.

No domingo (24), a Folha mostrou que pelo menos 14de 48 sentenças já proferidas na Lava Jato emCuritiba desde 2014 têm conexão com suspeitas sobrecaixa dois e financiamento de campanha, o que podeprovocar contestações de defesas com base nadecisão do STF.

De acordo com Dodge, a permissão para que juizesfederais acumulem a função não gera aumento dedespesa nem a necessidade de ampliar a estrutura daJustiça Eleitoral.

A ideia é garantir que fatos investigados hoje nasvaras especializadas da Justiça Federal continuemsob a responsabilidade dos mesmos juizes que estãoà frente dos processos.

Para possibilitar a mudança, a Procuradoria requereuque sejam estabelecidos juízos especializados naJustiça Eleitoral para crimes eleitorais conexos acrimes de corrupção, de LAVAGEM DE DINHEIRO ouocultação de bens e praticados por organizaçõescriminosas, e que essa jurisdição também possa ser

exercida por juizes federais lotados nas varasespecializadas nos respectivos crimes.

Site:

https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=486

81&anchor=6115091&pd=d4edf0c3be308bc4c0d2d0e9ff2

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Juiz solta Temer e diz ter de respeitargarantias mesmo sendo a favor da Lava Jato

FOLHA DE S. PAULO / SP - PODER - pág.: A04. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Anna Virgínia Balloussier, Ana Luiza Albuquerque, CatiaSeabra e Felipe Bãchtold

RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO

Quatro dias após ser preso, apontado pela Lava Jatodo Rio como chefe de uma organização criminosa queatua há quatro décadas, o ex-presidente Michel Temer(MDB) foi solto nesta segunda-feira (25) por ordem dojuiz federal Antonio Ivan Athié, do Tribunal RegionalFederal da 2ª Região.

Temer deixou a sede da Superintendência da PolíciaFederal no Rio de Janeiro às 181140 devido aohabeas corpus concedido também a outros setepresos, incluindo o ex-ministro e ex-governadorMoreira Francoe o coronel João Baptista Lima Filho.Chegou em casa, em São Paulo, às 21h40, sem falarcom a imprensa.

A decisão monocrática, dispensando a análise dosoutros dois membros da Primeira Turma do TRF-2, foitomada por Athié três dias após ele ter marcado umjulgamento conjunto para quarta-feira (27).

O juiz disse que voltou atrás e revogou as prisõesporque analisou os documentos no final de semana econcluiu que não havia justificava para esperar diantedo atropelo das "garantias constitucionais".

Ele fez questão de ressaltar que não é contra a LavaJato, que gerou os mandados de prisão expedidospelo juiz Marcelo Bretas. "Ao contrário, também querover nosso país livre da corrupção que o assola.Todav ia , sem obse rvânc i a das ga ran t i asconstitucionais, asseguradas a todos, inclusive aosque a renegam aos outros, com violação de regrasnão há legitimidade no combate a essa praga",afirmou.

O Ministério Público Federal disse que vai recorrercontra a decisão. "A força-tarefa reafirma que asrazões para a prisão preventiva são robustas econsistentes", declarou.

O advogado Eduardo Camelôs, defensor de Temer,disse que os termos da decisão "são suficientes parademonstrar quão abusivo" foi a expedição da prisãopreventiva.

Ele criticou a "ação isolada" de membros do PoderJudiciário, "os quais, infelizmente, usam a toga paraagirem como justiceiros e, a pretexto de combaterem acorrupção, violam as mais comezinhas noções dedireito e vilipendiam a honra de pessoas honestas".

A revogação da prisão preventiva é liminar -aindapode ser revertida pelo corpo de juizes. O julgamentofoi retirado da pauta de quarta e ainda não há novadata marcada.

Ao conceder a liberdade ao ex-presidente, Athiéargumentou ter tomado a decisão nesta segundaporque não teve condições de examinar as alegaçõescom segurança em apenas uma tarde -na sexta.

Afirmou que não há no ordenamento jurídicoantecipação de pena ou possibilidade de prenderpreventivamente pessoas que não representam perigoà ordem pública ou à investigação criminal.

Relembrou que Temer e Moreira Franco deixaram deocupar cargos públicos. "O motivo principal da decisãoatacada -cessar a atividade ilícita- simplesmente nãoexiste."

No pedido de prisão preventiva, Bretas usou por 19vezes o verbo "parecer", no sentido de dúvida ouincerteza. O juiz mencionou outras justificativas para aprisão preventiva que aparecem no Código deProcesso Penal, mas não disse como esses fatosteriam ocorrido com Temer.

"Os fatos que, de início na decisão se lhe 'pareciam',viraram grande probabilidade. Todavia, mesmo que seadmita existirem indícios que podem incriminar osenvolvidos, não servem para justif icar prisãopreventiva", disse Athié.

Para o juiz do TRF-2, o que se tem até o momento"são suposições de fatos antigos", possivelmenteilícitos, mas sem evidência de ação criminosa posteriora 2016 -ass im, a f i rmou, estar ia ausente acontemporaneidade que just i f icar ia a pr isãoprevent iva.

A Procuradoria afirmou na última semana, parajustificar as prisões, que o grupo de Temer estavades t ru indo p rovas e mon i to rando agen tesresponsáve is pe la inves t igação .

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Em sua decisão, Athié disse que não foi demonstradoque os envolvidos estivessem atentando contra aordem pública, ocultando provas ou embaraçando a"até agora inexistente" instrução criminal.

Além da prisão, Temer foi alvo, junto com uma de suasfilhas, de ordem do juiz Bretas para sequestro de bensmóveis e imóveis em valores de até R$ 62,6 milhões -por meio de congelamento de quantias em bancos edo bloqueio de veículos, dentre outros bens.

O valor foi calculado com base em quatro supostosfocos de desvios para garantir a reparação aos cofrespúblicos.

Além do escritório de advocacia de Temer, ela atinge aTabapuã Investimentos, da qual ele é sócio, e umconsultório de psicologia de Maristela Temer, filha doemedebista. Na eleição de 2014, a última quedisputou, Temer declarou patrimônio de R$ 7,5milhões.

O emedebista foi preso 79 dias após deixar aPresidência. Tornou-se, assim, o segundo presidentedo Brasil a ser encarcerado após investigação naesfera penal. O pioneiro foi Lula (PT), em abril de2018.

Temer, 78, é acusado de chefiar uma organizaçãocriminosa que recebeu R$ 1 milhão em propina sobreo contrato de construção da usina nuclear de Angra 3.O Ministério Público Federal afirmou que chega a R$1,8 bilhão o montante de propinas solicitadas, pagasou desviadas pelo grupo do ex-presidente daRepública.

Segundo a Procuradoria, a organização age há 40anos obtendo vantagens indevidas sobre contratospúblicos.

Em sua decisão, Athié chama a atenção para o objetoda investigação, que deve ser só a Eletronuclear. "Nãopassa desapercebido exagero na narração, na decisãoimpugnada [de Bretas], eis que em apuração, no caso,apenas os relacionados com a Eletronuclear, e nãooutras investigações."

Athié já chegou a ser alvo de ação penal acusado deter cometido crimes de formação de quadrilha eestelionato, quando juiz no Espírito Santo.

Em 2013, o STF (Supremo Tribunal Federal)determinou o tranca mento da ação no STJ (SuperiorTribunal de Justiça) por entender que o objeto era omesmo de um inquérito contra o juiz que já havia sidoarquivado em 2008.

O arquivamento ocorreu a pedido do MinistérioPúblico Federal, que concluiu não haver provas quepudessem in-criminá-lo. A suspeita era de que Athiétivesse proferido duas sentenças em conluio com umgrupo de advogados.

Ficou sete anos afastado do cargo, sendoreencaminhado por decisão do STJ de 2011.

ENTENDA O CASO

O que diz o MPF diz sobre Michel Temer? A

força-tarefa da Lava Jato no Rio afirma que o ex-presidente é chefe de uma organização criminosa quepor 40 anos recebeu vantagens indevidas por meio decontratos envolvendo estatais e órgãos públicos

O que diz a decisão que mandou soltar o ex-presidente? Para o desembargador Antonio Ivan Athié,os crimes supostamente cometidos por Temer sãoantigos, não havendo fato recente que justifique aprisão

"Sem observância das garantias constitucionais,asseguradas a todos, inclusive aos que a renegam aosoutros, com violação de regras não há legitimidade nocombate a essa praga [corrupção]" Antonio Ivan Athié,juiz do TRF da 2ª Região, em decisão que mandousoltar Michel Temer

Site:

https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=486

81&anchor=6115091&pd=d4edf0c3be308bc4c0d2d0e9ff2

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Procuradoria quer Temer preso ou comtornozeleira

O ESTADO DE S. PAULO / SP - POLÍTICA - pág.: A06. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Constança Rezende

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou que vairecorrer da decisão que soltou o ex-presidente MichelTemer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco e ocoronel reformado da PM João Baptista Lima Filho,amigo pessoal de Temer. O grupo vai pedir amanutenção da prisão preventiva dos acusados ou aprisão domiciliar, com a colocação de tornozeleiraeletrônica.

Segundo a procuradora Mônica de Ré, que integra aforça-tarefa da Lava Jato da Procuradoria Regional da2.ª Região, existem fatos mais recentes que podemjustificar a manutenção da prisão.

Entre esses fatos, ela citou a tentativa de depósito emespécie de R$ 20 milhões, em outubro do anopassado, na conta da Argeplan, do coronel Lima, queseria operador de Temer, identificado pelo Conselhode Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

"A lavagem é um crime permanente.

Ele continua porque não sabemos até hoje onde estáa maior parte desse dinheiro de propina. Os acusadoscontinuaram operando por meio da Argeplan (empresaem nome de Lima).

Temer só não foi preso antes porque era presidente."Mônica também afirmou que, apesar de dizer queestaria à disposição da Justiça, Temer nunca prestouesclarecimentos e se recusou a depor, na últimasexta-feira, na Polícia Federal.

Além disso, a procuradora disse que o ex-presidenteestá bem de saúde e que as condições da sala queera ocupada por ele na Superintendência da PF no Rio"são muito boas".

"Não teriam motivos para ele ser solto antes de o casoser analisado pela turma (1.ª Turma do TribunalRegional Federal da 2.ª Região).

Era a possibilidade de fazermos o contraditório, comos outros desembargadores da turma e para aargumentação da própria defesa. É um caso grave eexistem vários precedentes parecidos de análise pelaturma, e não monocraticamente.

Esse prende e solta gera instabilidade", disse.

Prazo. A Procuradoria tem até cinco dias para entrarcom o recurso no TRF-2. No agravo, segundo aprocuradora, o MPF vai reiterar os motivos que jáconstavam no pedido de prisão preventiva feito ao juizMarcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, efundamentar a questão da contemporaneidade dosatos praticados pela suposta organização criminosa.

A expectativa do órgão é de que o recurso contra oshabeas corpus seja julgados pela 1.ª Turma do TRF-2.A questão estava na pauta do colegiado para a sessãode amanhã, a pedido do desembargador Antonio IvanAthié, relator do caso. Ele antecipou, porém, liminar,alegando que no pedido de prisão há "suposições defatos antigos, apoiadas em afirmações do órgãoacusatório".

Já os procuradores que integram a força-tarefa daLava Jato da primeira instância do MPF divulgaramnota afirmando que receberam com "serenidade" adecisão de revogação da prisão.

Acrescentaram, porém, que as razões para a prisãopreventiva eram "robustas e consistentes".

"Justiceiro"

Ao comentar a decisão do desembargador, a defesade Michel Temer criticou, em nota, juízes que "usamtoga como justiceiros".

ANÁLISE: Marco Aurélio Nogueira

Prende e solta é ajuste de contas

Se a prisão de Temer e Moreira Franco pegou desurpresa o mundo político, embora fosse dada comocerta, a decisão do desembargador Antonio Ivan Athiéde soltá-los era esperada, mas não deverá causarmaior rebuliço no já caótico quadro político nacional.

Ela pode acalmar um pouco os políticos, antes de tudoo MDB, e, com isso, contribuir para baixar atemperatura política, em elevação desde que cresceua tensão entre Legislativo e Executivo e aumentaramas críticas à inoperância de Bolsonaro. Se tiversucesso, ajudará a introduzir mais racionalidade noexame das medidas propostas pelo governo, a

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começar da reforma da Previdência.

Um segundo efeito se associa à disputa entre setoresdo Judiciário e a Lava Jato.

A prisão de Temer foi uma declaração de que aoperação continua viva, após derrota sofrida com adecisão no STF de remeter crimes de caixa 2 à JustiçaEleitoral.

Prender Temer sem o devido processo legal foi passoousado, mas torto, do juiz Bretas, dado para indicaronde estão os focos de resistência à operação.

A decisão de Athié se apoiou no respeito às garantiasconstitucionais, mas foi proferida por alguém comtrajetória problemática.

E deixou um flanco desguarnecido ao dizer que não écontra a Lava Jato.

Elogiou a operação, mas a criticou por se basear em"caolhas interpretações".

O prende e solta de Temer se insere no processo deajuste de contas do MP com o sistema político. Omomento atual é tóxico, tende a contaminar tudo. Nãoajuda para que a luta contra a corrupção avance cominteligência estratégica e republicanismo, cedendodemais a erros de cálculo, personal ismos eradicalizações, o que só contribui para prolongar ocaos reinante.

] É CIENTISTA POLÍTICO DO NÚCLEO DEESTUDOS E ANÁLISES INTERNACIONAIS DAUNESP

Site: http://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo

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Aliviados com soltura, aliados de Temerpreveem batalha para mantê-lo fora da

cadeia

FOLHA / ON LINE - PAINEL. Ter, 26 de Março de 2019PODER JUDICIÁRIO

Leite derramado Procuradores que atuam na LavaJato do Rio estavam trabalhando em denúncia contraMichel Temer quando receberam a informação de queo juiz Antonio Ivan Athié, do TRF-2, havia determinadoa soltura do emedebista. Não pararam de escrevernem para lamentar.

À luta Aliados de Temer ficaram aliviados com alibertação -o emedebista parecia deprimido- maspreveem dura batalha judicial para mantê-lo fora docárcere.

Vai que dá Como Athié havia levado o pedido deliberdade de Temer à sua turma no TRF-2, o meiojurídico avalia que sinais enviados por ministros detribunais superiores no fim de semana teriam"estimulado" Athié a conceder ele mesmo um habeascorpus ao ex-presidente.

Vai que dá 2 Em privado, alguns membros do STF edo STJ classificaram a prisão de Temer, decretada porMarcelo Bretas, como "insustentável".

Leia mais notícias do Painel aqui.

Site: https://painel.blogfolha.uol.com.br/?p=30244

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