25 de maio. dia da indústria - fiergs · movido pelo sistema fiergs, por meio do sesi-rs, senai-rs...

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Porto Alegre, 22 de maio de 2015 / 20 / Ano XX / www.fiergs.org.br S . E . M . A . N . A Todas as estatísticas são declinantes. A produção industrial no Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, é a mesma de 2004. O que cresce no País é a carga tributária e a burocracia, que pesam cada vez mais sobre as empresas e os cidadãos. Diante de tão sérios desafios, o que podemos celebrar está na força dos industriais e na sua tenacidade. As crises passam. A vocação empreendedora fica. Confiamos na sensibilidade dos governantes, dos políticos , no conjunto dos Poderes Constituídos, e na sociedade como um todo para reconhecer e valorizar a importância da indústria e de seus industriais e industriários. Até porque onde há indústria, tem desenvolvimento. Então, juntos, poderemos mudar as estatísticas já para o ano que vem. 25 DE MAIO. DIA DA INDÚSTRIA. FELIZ DIA DA INDÚSTRIA O QUE HÁ PARA COMEMORAR? DE 2016.

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Po r t o A l e g r e , 2 2 d e m a i o d e 2 0 1 5 / n º 2 0 / A n o X X / w w w. f i e r g s . o r g. b r

S . E . M . A . N . A

Todas as estatísticas são declinantes.

A produção industrial no Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, é a mesma de 2004.

O que cresce no País é a carga tributária e a burocracia, que pesam cada vez mais sobre as empresas e os cidadãos.

Diante de tão sérios desafios, o que podemos celebrar está na força dos industriais e na sua tenacidade.

As crises passam. A vocação empreendedora fica.

Confiamos na sensibilidade dos governantes, dos políticos , no conjunto dos Poderes Constituídos, e na sociedade como um todo

para reconhecer e valorizar a importância da indústria e de seus industriais e industriários.

Até porque onde há indústria, tem desenvolvimento.

Então, juntos, poderemos mudar as estatísticas já para o ano que vem.

25 de maio. dia da indústria.

FELIZ DIA DA INDÚSTRIA

o QUe HÁ Para Comemorar?

DE 2016.

As exportações gaúchas recuaram 1% em abril, em comparação com o mesmo perío-do de 2014, e somaram US$ 1,65 bilhão. O resultado foi puxado pela queda de 5,1% da indústria, responsável por US$ 923 milhões das vendas totais, que atingiram o menor patamar para o mês desde 2009, quando foram sentidos os efeitos da crise financeira internacional. “A economia brasileira passa por uma crise de competitividade que é agravada pela falta de acordos comerciais relevantes. Nesse cenário, a taxa de câmbio mais desvalorizada ainda não tem sido su-ficiente para alavancar as vendas externas da indústria”, afirmou o presidente da Fede-ração das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial do Estado.

De um total de 24 segmentos da indústria gaúcha, apenas cinco tiveram crescimento, enquanto 11 caíram e oito ficaram estáveis. Os principais desempenhos negativos vieram de: Materiais Elétricos (-48,0%),

ExpoRTAçõES gAÚchAS REcuAm 1% Em AbRIL

Máquinas e Equipamentos (-15,9%), Tabaco (-15,6%), Couro e Calçados (-12,5%), Veícu-los Automotores, Reboques e Carrocerias (-10,7%). Os destaques positivos foram de Metalurgia (33,3%) e Químicos (30,3%).

Já as vendas externas de produtos bási-cos (commodities) evoluíram 5,5% (total de US$ 705 milhões), influenciadas pelo aumen-to da demanda externa por soja (18,1%). O resultado só não foi melhor em função da queda das exportações de milho (-87,5%).

Em relação aos destinos das vendas ex-ternas do Estado, a China garantiu a liderança (US$ 612,8 milhões), um aumento de 6,1%, adquirindo basicamente soja. A segunda posição ficou com a Argentina (US$ 101,1 milhões), que diminuiu em 7,5% as encomen-das e recebeu principalmente polietilenos. Na sequência vieram os Estados Unidos (US$ 91,1 milhões), ao reduzir em 4,6% sua solicitação, cujos produtos destaques foram blocos de cilindros para motores.

Ainda sobre abril, as importações

totais caíram 25,4%, somando US$ 927 milhões – também o valor mais baixo para o mês desde 2009. Todas as categorias de uso apresentaram queda, com destaque para Bens de Consumo (-46,4%), Bens de Capital (-34,4%) e Bens Intermediários (-26,5%). “Essa retração nas compras está atrelada à desaceleração da atividade eco-nômica e ao pessimismo dos empresários em relação ao futuro e à recomposição da alíquota do IPI sobre veículos automotores”, avaliou Müller.

ACumulADO DO AnONos quatro primeiros meses de 2015, em

comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações totais do Estado desaceleraram 3,8%, com a indústria retrain-do 7,7%. Os principais destaques negativos vieram de Coque e Derivados de Petróleo (-92,8%), Materiais Elétricos (-28,8%), Celulo-se e Papel (-25,5%), Máquinas e Equipamen-tos (-17,1%) e Químicos (-13,4%).

PrinciPais Estados ExPortadorEs Em abril(em US$ milhões)

Abr 2014 Part (%) Abr 2015 Part (%) Var (%) uS$ milhõesSão Paulo 4.424 22,4 3.238 21,4 26,8 -1.186Rio Grande do Sul 1.664 8,4 1.647 10,9 -1,0 -17Minas Gerais 2.402 12,2 1.601 10,6 -33,3 -801Paraná 1.671 8,5 1.383 9,1 -17,2 -288Rio de Janeiro 1.397 7,1 1.382 9,1 -1,1 -15Mato Grosso 1.951 9,9 897 5,9 -54,0 -1.054Pará 1.181 6,0 849 5,6 -28,1 -332Espírito Santo 929 4,7 798 5,3 -14,1 -131Santa Catarina 884 4,5 787 5,2 -11,0 -97Bahia 757 3,8 632 4,2 -16,5 -125Total do grupo 17.260 87,5 13.214 87,2 -23,4 -4.046Total geral 19.724 100,0 15.156 100,0 -23,2 -4.568

Rowan Gibson, o Mr. Innovation, apresentou nesta quarta-feira, no Teatro do Sesi, as quatro lentes da inovação, durante o 2º Fórum de Inovação, pro-movido pelo Sistema FIERGS, por meio do Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS. Desafiar ortodoxias, aproveitar tendências, ala-vancar recursos e entender necessidades são consideradas por ele “perspectivas específicas que todas as empresas podem usar sistematicamente para revelar novos insights inspiradores e oportunidades de crescimento poderosas”. Autor dos best-sellers Rethinking the Future e Inovação: Prioridade nº 1, Gibson disse que essas quatro lentes fornecem uma metodologia provada para inovação que pode inspirar a criação de novos produtos, serviços, estratégias e modelos de negócios. “Elas permitem que empresas considerem coi-sas a partir de uma perspectiva diferente, revelando novas e radicais oportunidades de inovação que, de outra forma, elas perderiam”, salienta.

Cada uma das lentes foi recheada por exemplos de empresas que seguiram este caminho. Na primeira lente, desafiar ortodoxias, ele explicou que é usar a sa-bedoria tradicional e modificá-las, como a Amazon, a Apple, a Google e outras. Estar atendo às tendências e aproveitá--las, criando valores, foi a segunda lente que Gibson apresentou. “É ver o futuro no presente”, disse. Na terceira, alavancar recursos, deu como exemplo a Disney e Mc Donalds, que tendo a competência de algo puderam ampliar seus negócios.

FóRum ApRESENTA FERRAmENTAS pARA INovAR

E a última lente, entender necessidades. “Você deve olhar para o seu produto da perspectiva do cliente. Quais as frustra-ções e necessidades que ele te traz. E a partir daí ser um solucionador”, observou.

O vice-presidente do CIERGS, Ricardo Felizzola, lembrou que há dez anos o Sistema FIERGS trabalha a questão da inovação. “Já fizemos aqui seis congressos e tantos outros eventos que receberam 14 mil pessoas. Não é um assunto apenas de tecnologia, mas um conceito. Somos to-

Evento realizado no Teatro do Sesi discutiu características das empresas inovadoras

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dos agentes com abordagens práticas de inovação”, destacou ele ao abrir o fórum.

O evento também contou com pales-tra do executivo do Instituto Fraunhofer, Markus Will, abordando o Capital Intelec-tual na Gestão da Inovação; o designer industrial Dave Hakkens, da Holanda, que mostrou o Smartphone Modular: Inovação e Sustentabilidade; e Willian Bond, diretor da Bondmann Química, que revolucionou o mercado de usinagem ao lançar o único lubrificante para usinagem livre de óleo.

O presidente do Sistema Ocergs Sescoop-RS (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio Grande do Sul), Vergilio Frederico Perius, esteve na FIERGS na segunda-feira. Em reunião com o presidente da entidade, Heitor José Müller, tratou do Projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural, idealizado por sua entidade e encaminhado ao governo do Estado, entre outros assuntos. Perius esteve acompanhado do diretor-secretário da Ocergs, Paulo Pires.

pRESIDENTES DA FIERgS E Do SISTEmA ocERgS SEScoop ANALISAm pRojETo DE ExTENSão RuRAL

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EcoNomISTA DA ASSocIAção coNTAS AbERTAS

ALERTA pARA ESTAgNAção DA EcoNomIA

EntraVEs Para inVEstimEnto Em 2015

COnjunTuRAIS• Perspectiva de crescimento negativo e inflação elevada• Atrasos de pagamento do governo federal• Ajuste fiscal• Operação Lava Jato

ESTRuTuRAIS• Projetos básicos mal elaborados• Desapropriações• Legislações ambiental, indígena e do patrimônio público• Excesso de funções comissionadas e má distribuição• Formação inadequada de gestores públicos• Cultura de judicialização/morosidade da Justiça

O economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, abordou no Fórum de Economia FIERGS/CIERGS, nessa sexta-feira, o orçamento da União e as pers-pectivas para 2015, analisando os impactos sobre o Estado do Rio Grande do Sul. “A expectativa para esse ano é de uma queda de 1% a 1,3% do PIB e no próximo ano o crescimento deverá ser modes-to, em torno de 0,9%. Nós vamos entrar em 2017 numa situação pior do que estávamos em 2014. Então, as perspectivas de curto e médio prazos não são favoráveis. Há preocupação de que o con-tingenciamento anunciado pelo governo atinja os investimentos, e isso possa ainda causar mais dificuldades para a economia, que já está inclusive estagnada, e até em retrocesso”, afirmou Branco no encontro com industriais, que contou com a participação do presidente da FIERGS, Heitor José Müller. Ele fez ainda uma análise sobre a conjuntura brasileira (quadro ao lado).

Outro ponto destacado por Branco é a falta de unidade do Legislativo e do Executivo em relação às soluções que a economia brasileira precisa. “Ao mesmo tempo em que o governo federal pro-move um ajuste fiscal, por exemplo, o Congresso Nacional autoriza novas despesas, como o aumento dos salários da cúpula dos três poderes, triplica os recursos do fundo partidário e altera o fator pre-videnciário”, relatou. “Isso não nos deixa tranquilos, porque mostra que, as opiniões não são convergentes, de modo que continuamos sujeitos às turbulências e esse ajuste fiscal pode ser muito mais difícil do que imaginamos inicialmente”, lamentou.

A Associação Contas Abertas, que acompanha a execução orçamentária e financeira da União, fomentando a transparência,

o acesso à informação e o controle social, foi fundada em 9 de de-zembro 2005. Recebeu distinções nacionais e internacionais, como o Prêmio do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (2008), o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa (2007), o Prêmio Transparência e Fiscalização Pública (pela Mesa Diretora e Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados), além de ter sido finalista do prêmio Faz Diferença, do jornal O Glo-bo (2007). Matérias produzidas pela ONG foram repercutidas nos periódicos Financial Times, The Wall Street Journal e The Economist.

Gil Castelo Branco realizou uma apresentação a industriais gaúchos durante o Fórum de Economia FIERGS/CIERGS

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O Instituto Euvaldo Lodi, integrante do Sistema FIERGS, promove nos dias 19 e 20 de junho o Fórum IEL de Carreiras, em parceria com IEL Nacional, Sesi e Senai, no Shopping Praia de Belas, em Porto Ale-gre. A intenção é dialogar sobre desenvolvimento de carreiras e a orientação profissional para jovens que buscam entrar no mercado de trabalho. Volta-do a estudantes universitários, do Ensino Médio e técnico, além de profissionais em início de carreira, o evento gratuito contará com uma programação em espaços distintos e concomitantes: uma arena, com painéis de especialistas mediados por Gabriel Pensador, e oficinas centradas no desenvolvimento de carreiras. Também haverá rodadas de coaching

individual. O Sesi e o Senai terão ainda com um espaço interativo.

O primeiro painel, intitulado Para onde Caminha a Humanidade, às

14h do dia 19, será conduzido por Jean Rosier, um dos fun-dadores da Perestroika no Rio de Janeiro, Alessandro Rizzato, pesquisador do La-boratório de Química Física e Especialista em Desenvol-

vimento e Implementação de Novos Produtos no Centro

de Pesquisa e Tecnologia da Rhodia, e Du Migliano, criador da

99jobs, uma comunidade colaborativa online de recrutamento e seleção. O segundo painel, Inquietos e Produtivos, terá Tomás de Lara, cogestor do Siste-ma B – Brasil; William Bond, da Indústria Bondmann Química, e Edgar Gouveia Jr., mobilizador da Play The Call, uma gincana mundial online que preten-de envolver 2 milhões de pessoas em quatro anos. O terceiro painel, Conectando e Empreendendo a Carreira, contará com Ligia Giatti, umas das líderes do projeto Mesa & Cadeira, especializada em organizar workshops focados; Eduardo Bier, fundador da Dado Bier; e Tallis Gomes, criador do Easy Taxi.

Paralelamente, dia 19, será realizado o Encontro de Líderes de Recursos Humanos, evento fechado para convidados, que terá nomes referências em RH para explanar suas práticas de desenvolvimento e inovação em gestão de pessoas. Os palestrantes são Eugenio Mussak, Bruno Bragazza (Bosch), Eduardo Kuntz (Artecola) e Gilvan Menegotto (Automatus). No dia 20, empresários falarão sobre carreira, opor-tunidades e a indústria como uma excelente opção de engajamento ao mercado de trabalho. Haverá depoimentos de industriais mais experientes como Nelson Eggers (Fruki), David Randon (Randon), Ricardo Felizzola (HT Micron), Claudio Guenther (Stihl) e Suzana Freitas (Rede Globo). A palestra de encerramento será da empreendedora Bel Pesce, no dia 20, às 19h30min. A programação completa pode ser acessada pelo site www.ielrs.org.br.

FóRum IEL DE cARREIRAS DIScuTE ENTRADA DE jovENS No muNDo Do TRAbALho

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (Senai-RS) será representado em duas modalidades profissionais na 43ª edição do Worldskills Competition, que ocorre entre 11 e 16 de agosto, em São Paulo: Diego Basso e Mateus Gaspary, da ocupação de Mecatrônica, do Centro Tecnológico de Mecatrônica Senai, de Caxias do Sul; e Victor Bernardo, de Tec-nologia de Mídia Impressa, do Centro de Educação Profissional Senai de Artes Gráficas, de Porto Alegre, tiveram seus nomes confir-mados nesta sexta-feira pelo Senai Nacional.

O Worldskills Competition é a maior competição de educação profissional do mundo, e é realizado a cada dois anos des-de 1950. Na capital paulista, serão mais de 1.2 mil competidores, de 63 países, que se dividirão entre 50 ocupações diferentes rela-

cionadas a profissões técnicas. A delegação brasileira terá 56 integrantes. A competição, que tem um público estimado em 200 mil pessoas, ocupará 213 mil metros quadrados do Anhembi Parque, abrangendo Pavilhão de Exposições, Sambódromo e Palácio de Convenções. Na competição, que ocorre ela primeira vez na América Latina, os com-petidores, com idade entre 16 e 22 anos, simulam desafios de suas profissões que devem ser cumpridos dentro de padrões in-ternacionais de qualidade. Eles demonstram habilidades técnicas individuais e coletivas para executar tarefas específicas de cada uma das ocupações.

Um dos objetivos principais do Worldskills é promover a importância da educação pro-fissional como instrumento de transformação socioeconômica. Quem organiza a Com-

petição é o Senai, que possui um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo, e também a WorldSkills Interna-tional, organização global, atualmente com 74 países e regiões membros, que promove educação e formação de serviços técnicos e sociais. Aproximadamente 17 mil pessoas estão envolvidas na organização do evento. Na última edição, realizada na Alemanha, em 2013, o Brasil levou sua maior delegação ao evento desde 1983, ano de início da participação na disputa mundial. Foram 41 competidores de todo o país distribuídos em 37 ocupações. Os brasileiros ganharam 12 medalhas, sendo quatro de ouro, cinco de prata e três de bronze, além de 15 certificados de excelência.

Outro representante gaúcho em 2015 será Ricardo Dornelles, da ocupação Cozinha, do Senac.

SENAI-RS SERá REpRESENTADo Em DuASocupAçõES No WoRLDSkILLS 2015

O Programa de Desenvolvimento Asso-ciativo (PDA), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), reuniu nessa terça-feira, em Porto Alegre, representantes de 20 sindicatos industriais do setor de calçados de várias regiões do País. No encontro, denominado Intercâmbio de Lideranças Setoriais, foram compartilhados conhecimentos e experiên-cias, além de analisados os principais desafios para a competitividade. ”Hoje, enfrentamos um momento atípico no cenário brasileiro.

Com a regulamentação, em março, da Lei Anticorrupção Bra-sileira (12.846/2013), as empresas precisam estar preparadas para programas de integridade e combate à corrupção em seu meio. Em vista disso, a FIERGS, por meio do Conselho Técnico de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros (Contec), realizou nesta quinta--feira, em sua sede, o seminário “Lei de Combate à Corrupção no Cotidiano das Organizações: sua Empresa está Preparada?”. Ao abrir o evento, o diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Alexandre Guerra (foto), alertou para as consequências à empresa que for enquadrada dentro da nova lei, entre elas pesadas multas e a proibição de participar de licitações públicas. Guerra destacou ser inegável que o Brasil precisa de medidas de combate à corrupção, mas por se tratar de uma norma recente, é fundamental maiores esclarecimentos. Por isso, a importância do seminário, que reuniu representantes da FIERGS, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Controladoria Geral da União (CGU), empresários e advogados.

A coordenadora-geral de Integridade Substituta da CGU, Renata Alves de Figueiredo, afirmou que a Controladoria Geral da União não pode ficar distante da realidade das empresas. “Estamos lá para dar suporte, esse é o nosso papel, auxiliar nas medidas que precisam ser tomadas. Mas a mensagem que a lei traz é de que as empresas têm

SINDIcAToS INDuSTRIAIS Do cALçADo No bRASIL

TRATAm DoS DESAFIoS pARA A compETITIvIDADE

Um momento crítico que desafia a nossa capacidade de superação. Como sempre, os maiores problemas estão fora das sedes dos sindicatos e muito além dos portões das fábricas. Temos que reordenar a finalidade in-correta que foi imposta aos sindicatos, como se tivessem sido criados apenas para tratar de dissídios coletivos. Na FIERGS entendemos que os sindicatos existem para a promoção e a defesa dos interesses dos segmentos que representam, sendo importantes na com-

posição do sistema democrático”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller.

Segundo ele, a indústria calçadista ainda acumula questões próprias, como o dumping de produtos estrangeiros. “Então, como mudar esse cenário para que o próximo ano seja mais favorável? As empresas - individu-almente - não teriam qualquer avanço, pois a força estaria dispersa. Por isto, e para isto, existem os sindicatos, que se filiam às fede-rações, formando um sistema que multiplica a nossa força pela união. E a nossa união se reforça através da CNI. Assim, este intercâm-bio setorial tem o mesmo sentido: buscar o fortalecimento da indústria calçadista como resultado da troca de experiências, do apren-dizado conjunto e da cooperação”, reforçou.

No evento, realizado pela FIERGS em parceria com a CNI, nortearam as discussões gestão sindical, defesa de interesses, nego-ciação coletiva e serviços aos associados. “Os sindicatos precisam se reinventar e se reposicionar para representar com sucesso as empresas diante de tantos novos desafios que surgem”, salientou a gerente de De-senvolvimento Associativo da CNI, Camilla Cavalcanti. Entre as boas práticas na área, ocorreu a apresentação do presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Igre-jinha, Renato Klein.

EmpRESAS buScAm EScLAREcImENToS SobRE A LEI ANTIcoRRupção

papel importante nessa luta. O governo precisa de apoio contra a corrupção”, disse Renata.

Para Cesar Galiza, da Unidade de Relações Governamentais da CNI, a Confederação Nacional da Indústria levou ao governo federal sete propostas para serem incluídas no decreto, e quatro acabaram contempladas. “A CNI sabe que é uma oportunidade para que o País adote uma cultura de integridade social”, enfatizou.

Presidente da FIERGS ressalta a importância das organizações sindicais

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Desburocratizar e promover a melhoria do ambiente institucional para os pequenos negócios do Rio Grande do Sul são alguns dos objetivos do Anteprojeto do Estatuto Estadual das Micro e Pequenas Empresas. A proposta foi apresentada pela Frente Parla-mentar das Micro e Pequenas Empresas em encontro realizado nesta segunda-feira, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre, com a presença de lideranças políticas e empre-sariais, incluindo o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.

O anteprojeto prevê a unificação da legislação atual, e propõe o fortalecimento da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), para agilizar o proces-so de início e de fechamento de empresas. Atualmente, são necessários mais de 190 dias para abrir uma companhia. “Estamos fortemente engajados nesta ação que, certamente, irá promover mudanças subs-tanciais às MPEs”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar, o deputado estadual Tiago Simon. Outros itens previstos são políticas de créditos especiais e tratamento favorecido às MPEs em licitações de até R$ 80

ANTEpRojETo bENEFIcIA mIcRo E pEquENAS EmpRESAS gAÚchAS

mil nas compras públicas e governamentais, acesso à Justiça de forma facilitada para as pequenas empresas, fiscalização orientado-ra – que estima um tempo para ajustes em casos onde atualmente a punição é aplicada imediatamente.

No Rio Grande do Sul, as MPEs geram 66,2% dos empregos formais, percentual

superior à média nacional, que é de 52%. Por aqui, 99,1% das empresas são de pequeno porte e os segmentos são representados por 40% no setor de serviços, 40% no comércio, 11% na indústria, 5% na construção civil e 4% na agropecuária. Além disso, 85% dos novos empregos são oriundos de micro e pequenos negócios.

Líderes empresariais e políticos debateram proposta que busca unificar a legislação atual

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cIENTISTA poLíTIco cARLoS mELo

FAZ ANáLISE DA REALIDADE bRASILEIRA

O cientista político e professor do Institu-to de Ensino e Pesquisa de São Paulo (Insper), Carlos Melo, participou como convidado da Reunião de Diretorias FIERGS/CIERGS, nesta terça-feira (foto). Melo apresentou a palestra “Brasil, a casa caiu?”, analisando a realidade brasileira.

Melo não vê com muito otimismo o futuro imediato do País. Segundo ele, é evidente que tudo pode melhorar no Brasil e a economia se recuperar rapidamente. Entretanto, ele acredita ser pouco provável isso acontecer. Com a popularidade em baixa e sem conseguir pacificar o Congresso

Nacional, a presidente Dilma Rousseff tem problemas para governar. No cenário atual, além de enfrentar dificuldades políticas, ela tem de administar, ainda, as graves crises hídrica e energética, bem como o aumento do desemprego e da inflação, por exemplo. Segundo o palestrante, é preciso apostar em uma possível reforma política, acreditar na possibilidade de “recomeçar o jogo”, e que todas as Federações de Indústrias e empresários têm um papel importante nesta tarefa. “É preciso intervir, na política nacional, com qualidade e percepção dos problemas em busca de diálogo e criação de consenso. Esse processo de mudança é um desafio”, enfatizou.

COnjunTuRA CAFÉCarlos Melo também esteve, na quarta-

-feira, no Conjuntura Café, realizado pelo Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul, na sede da FIERGS. O tema da apresentação foi “Relações Governamentais: ontem, hoje. E amanhã?”. Fo

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Unidade de Comunicação do Sistema FIERGS - Av. Assis Brasil, 8787 - CEP 91140-001 - Porto Alegre-RSFone (51) 3347.8681 - Fax (51) 3347.8779 - E-mail: [email protected] - www.fiergs.org.br

mISSÃO À ITÁlIAA FIERGS colabora com a Missão Em-presarial Brasileira à Itália, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Enter-prise Europe Network (EEN Brasil). Será entre 7 e 14 de junho, por ocasião da Exposição Universal Expo Milano 2015. O foco principal do evento envolve inovação, tecnologias e negócios, es-pecialmente no setor de alimentos e bebidas. Informações: (51) 3347-8866 ou [email protected].

CAmPAnHA SSTO Sesi-RS recebe inscrições até 30 de junho para a campanha de Segurança e Saúde no Trabalho 2015/2016 para micro, pequenas e médias empresas do Estado. A empresa poderá, ao aderir à campanha, por meio do edital publicado no site www.sesirs.org.br/campanhasst e escolher o/os serviço(s) de preferência.

a G e n d a

A conexão entre inovação e liderança de alto impacto será abordada no Programa de Educação Executiva do IEL, este ano em parceria com a Stanford University, que será realizado entre quarta-feira e sábado próximos (27 a 30 de maio), em Bento Gonçalves. A intenção é levar conteúdo de ponta e práticas globais para uma discussão compartilhada entre especialistas e empre-sários brasileiros, gerando conhecimento diferenciado para a competitividade da empresa. A Stanford University é uma das líderes globais em ensino e pesquisa e, neste curso, terá o programa mediaX, que conecta o mundo dos negócios com os mais

cAchoEIRINhA REcEbE A Ação gLobAL

A Ação Global 2015 será realizada dia 30 de maio, no Centro de Atividades do Sesi de Cachoeirinha (rua Vereador José Stuart da Silva, 1015), promovida pelo Sistema FIERGS, por meio do Sesi, juntamente com a Rede Globo. O tema deste ano é “Qualidade de Vida” e o evento ocorre simultaneamente em todos os Estados do País. As atividades serão realizadas das 9h às 17h. Cerca de 15 mil visitantes devem participar da programação desta que será a 28ª edição. A expectativa do Sesi-RS é de realizar mais de 45 mil atendimentos nas áreas de embelezamento, saúde, documentação, utilidade pública e cidadania, educação, cultura e lazer. O show de encerramento será de Klaus e Vanessa.

Os visitantes terão os seguintes serviços: embelezamento (pintura de unhas; maquiagem, corte de cabelo, etc), saúde (testes rápidos de HIV, hepatite B e C, aferição de pressão arterial, teste de glicose e colesterol, entre outros) e documentação (carteira de identidade, emissão da CTPS, etc.). Além disso, haverá à disposição orientações sobre utilidade pública e cidadania (vagas de emprego, divulgação de cursos, orientação jurídica, Programa Cozinha Brasil, etc.), educação e cultura (Centro Cultural do Sesi, oficina de informática, hora do conto, entre outros) e lazer (brinquedos e apresentações culturais, demonstrações esportivas e shows, etc.).

SESI E Tv gLobo REALIZAm cAmINhADAS Do pRojETo mEDIDA cERTA

No sábado, dia 23 de maio, o Sesi e a TV Globo promovem o projeto Medida Certa – A Caminhada, para o Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. A ideia é incentivar as pessoas a ter uma vida mais saudável, a partir da realização de atividades físicas leves, cálculo do índice de massa corporal (IMC), medição de circunferência abdominal, dicas de reeducação alimentar e uma caminhada de aproximadamente 3 quilômetros. Também haverá aten-dimento da Pastoral da Criança, com medição da altura das crianças de zero a seis anos e orientações para os pais. O projeto tem a participação do preparador físico Márcio Atalla ou da atriz Fabiana Karla.

IEL E STANFoRD uNIvERSITy pRomovEm

cuRSo SobRE EDucAção ExEcuTIvArenomados pensadores da universidade, buscando soluções para CEOs e executivos. A diretora-executiva do mediaX, Martha Russel, e os pesquisadores visitantes da instituição Chuck House e Neil Jacobstein serão os ministrantes.

Martha Russel tem em seu currículos inúmeras iniciativas no desenvolvimento de negócios, transferência de tecnologia em ciências da informação, comunicações e mi-croeletrônica na Universidade de Minneso-ta, Universidade do Texas, Universidade de Stanford e seus seus parceiros empresariais. Ela estuda o capital do relacionamento utili-zado em tecnologias persuasivas utilizadas

para modificar o modo dos consumidores e em ecossistemas para inovação. Concebeu diversos programas a partir de atividades de consórcio e dirigiu startups. Fundou e dirigiu a Rede de Ecossistemas de Inovação da Stanford.

Chuck House conta com ampla expe-riência acadêmica e profissional e uma longa carreira no empreendedorismo, intraempreendedorismo e turnarounds (recuperação de empresas). Ganhador de diversos prêmios da indústria, ele é mais conhecido por obter a Medalha de Desafio HP de David Packard por concluir uma caixa gráfica pioneira de computador.