24/09/2014 - jornal semanário - edição 3.065

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BENTO GONÇALVES Quarta-feira 24 DE SETEMBRO DE 2014 ANO 47 N°3065 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br SILVIA DALMAS Fundo Municipal de Cultura Repasse de verbas volta à pauta Prefeitura oferece R$ 607 mil através da URM, enquanto conselho fará proposta para receber R$ 783 mil Página 5 Uma chance para o aprendizado Parceria entre prefeitura, Senac e Hospital Tacchini forma portadores de deficiência para atuar no quadro funcional da casa de saúde Oportunidades Páginas 10 e 11

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24/09/2014 - Jornal Semanário - Edição 3.065 - Bento Gonçalves/RS

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BENTO GONÇALVESQuarta-feira24 DE SETEMBRO DE 2014ANO 47 N°3065 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

SILVIA DA

LMA

S

Fundo Municipal de Cultura

Repasse de verbas volta à pautaPrefeitura oferece R$ 607 mil através da URM, enquanto conselho fará proposta para receber R$ 783 mil Página 5

Uma chance para o aprendizado

Parceria entre prefeitura, Senac e Hospital Tacchini forma portadores de deficiência para atuar no quadro funcional da casa de saúde

Oportunidades

Páginas 10 e 11

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Ferramentas de cidadaniaEditorial

Nos dias de hoje, é comum vermos a população recla-mando dos problemas com a educação e a falta de oportu-nidades para os deficientes. E, se olharmos a nossa volta, isto realmente é uma verdade. Porém, muitas pessoas da comunidade e instituições públicas e privadas deixam de lado o senso comum e a reclamação diária para fazer algo que mude esta condição.

São as chamadas ferramentas de cidadania. Pequenas ações ou mesmo grandes atos que podem fazer a diferença e mudar o destino de muitas pessoas, prin-cipalmente das crianças. Sabemos que em Bento Gonçalves há muitos abnegados fa-zendo trabalhos voluntários e ajudando ci-dadãos sem pedir nada em troca, mas vale destacar a parceria realizada pela prefeitu-ra, Senac e Hospital Tacchini para mudar a realidade de portadores de deficiência.

A iniciativa do poder público e destas duas instituições de enorme tradição é louvável, inicialmente, por permitir que estas crianças e adolescen-tes acometidos por uma deficiência tenham a oportunida-de de um aprendizado. Mais do que isso, de se sentirem úteis, de fazerem novos amigos, entre outros tantos benefí-cios que estas atividades fora da escola proporcionam.

Muitos deles, se não for a maioria, ficam em suas casas, ociosos, sem contato com o restante do mundo. Agora, grande parte está aprendendo uma atividade, um trabalho e poderá até fazer parte do quadro funcional do Hospital

É preciso que mais empresas participem desta iniciativa, para

que mais pessoas sejam beneficiadas

Tacchini. Algo impensado até por seus familiares. É a opor-tunidade de integração social, de convivência com o mundo real, da possibilidade de evolução, se não física, mas psico-lógica, com toda a certeza.

É preciso que nossos empresários comecem a olhar para os portadores de deficiência com outros olhos. Ser deficien-te não significa ser um inútil. Muito pelo contrário, suas outras habilidades podem ser exploradas de forma positiva e se tornar uma ferramenta de avanço para a empresa. Par-

ticipar deste projeto vai muito além de uma ação social. É, sim, o jeito correto de tratar nossos portadores de deficiência com a dig-nidade que eles realmente merecem.

Por estas e outras, novos parceiros são sempre bem-vindos para este tipo de proje-to, que hoje conta somente com o Hospital Tacchini. O envolvimento da iniciativa pri-vada se faz necessário para que esta ideia seja ampliada e mais pessoas, não somente

os portadores de deficiência, sejam beneficiadas. A forma-ção através de cursos profissionalizantes e orientações edu-cacionais é uma alternativa fundamental para que tenha-mos cidadão corretos e engajados com o desenvolvimento de nossa sociedade como um todo.

A educação faz com que nossas crianças não voltem os olhos para a drogas e para ações que levem ao desvio de caráter e conduta. E a ocupação, através da formação, evita que o interesse por coisas ruins também se acentue.

Quarta-feira, 24 de setembro de 20142 Opinião

Eleição é isso, mesmo?Salta aos olhos, ao bom senso e à razão o que está

acontecendo no Brasil, neste período eleitoral. Estamos vendo a tal de “propaganda gratuita” (que de “gratui-ta” não tem absolutamente nada, já que nós, povão, estamos pagando regiamente essa conta) que é um autêntico festival de impropriedades. São candidatos a mandatos proporcionais – deputados e senadores – prometendo coisas que estão anos-luz distantes das atribuições de parlamentares. Raros são os que comen-tam sobre reforma política, via reforma constitucional, que é a forma única de se fazer qualquer reforma, desde que sob a responsabilidade de uma Assembléia Consti-tuinte Exclusiva – algo que dá brotoeja nos políticos, já que se assim fosse eles, certamente, perderiam muito das benesses que usufruem largamente. E os que fa-lam e/ou prometem são aqueles que não têm a menor chance de conquistar o mandato. E, como sempre, as figuras folclóricas, que provocam risos, abundam por todo o país. Aliás, na verdade são figuras que alegram os programas políticos, tão maçantes. E não faltam os ataques pessoais, claro. Candidatos que até ontem es-tavam num lado, não hesitam nas contradições. Alguns “isentos”, agora mostram a sua cara e nos fazem enten-der suas posições dúbias quando militavam na impren-sa. Já outros, que estão no parlamento há várias déca-das sem jamais terem feito nada para o Estado do Rio Grande do Sul, agora se apresentam como solução para

todos os problemas. E se chegarmos aos candidatos aos cargos executivos veremos que apresentam TUDO, me-nos propostas, planos de governo, projetos, que é o que a população e os eleitores com um mínimo de consci-ência sobre o que representam as eleições e seus votos gostariam de saber. Os ataques pessoais, agressões, ofensas, calúnias, difamações, injúrias, enfim tudo está em pauta, menos o que realmente interessa. A inter-net, com suas redes sociais onde existem milhares de analfabetos políticos e com cultura geral bem abaixo da média, facilmente manipuláveis, portanto, oferece de tudo, menos elementos confiáveis para se adqui-rir conhecimentos. Nessas redes sociais, onde fakes se apresentam com toda a sua estupidez e ignorância, poder-se-ia mobilizar o judiciário centenas de vezes por segundo. Incrível o ponto de irracionalidade a que pode chegar uma pessoa, movida pelo ódio – não raramen-te, gratuito – contra um candidato ou partido. E os que são regiamente pagos para atacar e ofender partidos ou candidatos contam, também, com a ignorância desses irracionais a que me refiro que sequer se dão ao traba-lho de conferir a veracidade do que recebem ou leem. Sem dúvida, estamos diante do que de pior poderia um processo eleitoral oferecer: a estupidez e a ignorância das pessoas “sem noção”. E, o pior, são essas que que-rem “mudar o Brasil”. Que tal começar por elas pró-prias? Seria um bom começo.

Antô[email protected]

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Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 3Opinião

O prazo para as inscrições do concurso fotográfico “80 Anos Farroupilha em Foco”, que en-cerraria no dia 30 de setembro, foi prorrogado para o dia 28 de novembro.

Entre os objetivos do concurso está o incentivo à prática da foto-grafia e, ao mesmo tempo, a pos-sibilidade de serem mostradas as belezas de Farroupilha.

As imagens precisam ter sido registradas dentro do prazo do concurso, com tema livre, e com a possibilidade de utilização de recursos complementares como lentes, filtros especiais e amplia-ção. A exigência é que os parti-cipantes tenham, no mínimo, 16

Concurso fotográfico

Painel

anos e cada um pode inscrever até duas fotografias. Outras in-formações informações estão disponíveis no site http://www.farroupilha.rs.gov.br/novo/con-cursodefotografia/

REPROD

UÇÃ

O

A Reserva Biológica Dár-vin João Geremia, localizada no bairro Planalto, em Bento Gonçalves, passará por ações de remanejo. Entre os traba-lhos que serão realizados está a colocação de painéis que iden-tifiquem a fauna existente no local, o cercamento em espaços onde a tela encontra-se danifi-cada e a confeccção de material didático para ser utilizado em sala de aula.

Ações de remanejo na ReservaARQUIVO

Não está na hora da comunidade bento-gonçalvense saber os motivos da dificuldade em tornar a Fenavinho uma entidade sem fins lucrativos e definir seu novo presidente? Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

Na próxima sexta-feira, 26, o Instituto de Planejamento Urbano (Ipurb) e a Procura-doria-Geral do Município (PGM) não rea-lizarão atendimento externo em função da transferência de endereço para o prédio do Banco do Brasil, na praça Walter Galassi, 510, no Centro de Bento Gonçalves.

Com foco na centralização dos serviços públicos, se instalarão no local também os departamentos de Desenvolvimento Econômico e o setor de fiscalização, a Con-troladoria Interna, o Gabinete da Primeira Dama e a área administrativa e de Fiscali-zação da Secretaria de Meio Ambiente.

Mudança de endereço

Basta dar uma volta pelas ruas de Bento Gon-çalves para perceber que a Primavera, que ini-ciou na segunda-feira, 23, está deixando ainda mais bonitos vários ce-nários do município.

A imponência da Igreja Cristo Rei (foto acima) ago-ra está acompanhada do colorido das árvores flores-cendo. Beleza que pode ser conferida pela comunidade também na praça Vico Bar-bieri (foto ao lado).

Estação das flores

Já na Via del Vino, no Centro (foto ao lado), um dos locais mais movimen-tados da cidade, a beleza das flores deixa o ambiente ainda mais aconchegante.

FOTO

S FRAN

CINE BO

IJINK

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Paulo Vicente Caleffi

Crônica

Quarta-feira, 24 de setembro de 20144 Geral

Áreas do município vão ser detalhadas

Bento Gonçalves vai come-çar 2015 com um plano

detalhado de todas as áreas da cidade. O Projeto Carto-grafia Regional, que abrange 14 municípios da Serra Gaú-cha, tem por objetivo unificar a base cartográfica da região, que é identificar detalhada-mente a geografia de todas as cidades. A iniciativa é realiza-da pela Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul (AUNe) juntamente com a Universidade de Caxias do Sul (UCS). As cidades escolhidas são as de abrangência da insti-tuição de ensino.

Em Bento Gonçalves, o ma-peamento na área urbana já foi realizado. O trabalho deve continuar, nas próximas sema-nas, na área rural. As cidades mapeadas são Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Bar-bosa, Farroupilha, Fagundes Varela, Flores da Cunha, Gari-baldi, Guaporé, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, Nova Roma do Sul, São Marcos, Santa Te-reza e Veranópolis. Das 14, oito estão em fase final do projeto, Bento é uma delas.

O início

O levantamento iniciou ain-da em 2010 e tem prazo de en-trega até 2015. De acordo com o professor Carlos Eduardo Pedone, um dos responsáveis pela medida, a partir do estu-do, é possível que se aponte informações preciosas para a cidade sobre sua vegetação, hidrografia e topografia. “As informações são muito va-liosas, principalmente para o poder público que pode, a partir disso, buscar soluções para os eventuais problemas que poderão ser apresenta-dos”, aponta.

Um dos softwares utilizados para a realização do trabalho é o Environment for Visuali-zing Images (ambiente para visualização de imagens) (ENVI), que permite a visua-lização detalhada e especia-lizada na agricultura, campo essencial para a região.

Mapeamento

Projeto Cartografia Regional está em fase final em Bento Gonçalves

IMAG

ENS REPRO

DU

ÇÃO

Vitória [email protected]

Possibilidades do estudo com o programa ENVI

O Environment for Visualizing Images (ENVI) é o softwa-re utilizado para a realização da cartografia da região. O programa possui ferramentas de imagens hiperespectrais proporcionando uma fonte de informação segura no campo da vigilância agrícola, quali-dade do cultivo e previsão da produção, ideal para a Serra Gaúcha, já que a produção agrícola é muito forte aqui. Com ele é possível:

Analisar o estado das superfícies e reconhecer cultivos;Superposição e criação de informação da produção ou cultivos;Cálculo instantâneo dos índices de vegetação;Análise com o objetivo de avaliar um possível estresse da colheita;Criação de grade de superfície a partir de dados adquiridos pon-

to a ponto;Estudo topográfico com o objetivo de extrair canais, poços e ou-

tras propriedades de drenagem do terreno.

O programa possui tarefas de análise e processamento digital de imagens

Além da agricultura, a viação do município também pode ser mapeada

Terra de negociantesO sucesso de Bento Gonçalves muito deve a capacidade de

seu povo em fazer negócios. Saber comprar e saber vender é o complemento necessário para quem sabe produzir.

Aprendemos com nossos pais a “pechinchar”, a honrar nossos compromissos e aprendemos, principalmente, a caminhar com segurança mesmo em mercados instáveis.

Deu o que deu: Bento tem um povo aguerrido e vencedor.Vou contar um caso que muito marcou meu passado (anos 60):

Pois recebi um telefonema de meu irmão, Nelson, informando que um tal de Roberval, seu amigo, iria se transferir para a Europa e, estaria vendendo um equipamento de foto completo, marca CANON.

Fui conferir: coisa de primeira. O preço do vendedor, segundo meu mano: Cr$ 2.500.000,00. Isto mesmo, dois milhões e meio de cruzeiros, na época das notas de MIL, apelidadas de “CABRAL”.

Vendi o equipamento em Estrela por CR$ 3,5 milhões (muita grana).

Separei “quinhentão” para meu bolso e fui até o Nelson para entregar os 2,5 do Roberval e repartirmos o lucro sobre 3 mi.

Enquanto o Nelson separava os CR$ 250 mil para cada um, tive “dor de consciência” e fui claro:

- “Nelson! Pode ficar com os CR$ 500 mil pois vendi foi por 3,5 e não por três, como te falei. Tenho ‘quinhentão’ guardado no carro.”

Ele nem se assustou e com calma continuou repartindo nosso lucro.

- “Pode ficar. O Roberval também só quer 2 milhões e não 2,5!”

......No começo foi só SILÊNCIO e depois uma GOSTOSA RISADA.

Somos filhos da mesma mãe, a Dona Blandina, baita negociante, e aprendemos os mesmos princípios. Estudamos no mesmo colégio e observamos as mesmas Leis de Deus. Ainda bem que falamos os números pois, se não, teríamos um mau segredo para o resto da vida.

Desde então, Nelson e eu temos feito muitos e bons negócios, todos com a maior lisura. Confiança é fundamental.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 5Geral

Repasse ao Fundo volta à discussão

O repasse de recursos para o Fundo Municipal de Cul-

tura vota a ser discutido entre prefeitura e os integrantes da classe artística. O poder públi-co definiu que os valores serão oriundos da Unidade de Re-ferência Municipal (URM) e as sobras de final de ano terão que ser devolvidas aos cofres do município. Porém, o Conselho Municipal de Políticas Cultu-rais quer promover alterações na proposta apresentada pelo Executivo. Um encontro para a definição de um acordo deve ocorrer na próxima semana.

De acordo com o presidente do conselho, Cristian Bernich, ainda no mês de agosto a prefei-tura enviou uma proposta oficial para análise do grupo de conse-lheiros. Na proposta, o Execu-tivo sugere que seja repassado ao fundo o montante de 6.200

Cultura

Prefeitura oferece R$ 607 mil, mas Conselho Municipal quer que o montante a ser repassado seja de R$ 783,6 milJO

SIAN

E RIBEIRO, ARQ

UIVO

Presidente Cristian Bernich deve apresentar uma contraproposta para a prefeitura na semana que vem

Marcelo [email protected]

URMs, o equivalente a R$ 607 mil. Além disso, a prefeitura exi-ge que a sobra de valores ao final de cada exercício seja devolvida aos cofres municipais.

O presidente afirma que a

oferta foi muito bem recebida pelos conselheiros, mostrando que há uma preocupação do poder público com as questões culturais da cidade. Porém, os conselheiros pretendem fazer

algumas considerações para que o projeto seja finalizado e enviado à Câmara de Verea-dores. Bernich revela que o conselho entende que o valor a ser repassado não é suficiente.

Para isso, irão sugerir o repas-se de 8 mil URMs, o equivalen-te a R$ 783,6 mil.

Os conselheiros acreditam que com este valor será possí-vel atender aos inúmeros pro-jetos apresentados para análi-se do conselho. Bernisch revela que para 2015 cerca de 40 projetos estarão aptos a rece-ber recursos do Fundo Muni-cipal de Cultura. O presidente adianta que o conselho tam-bém pretende definir com a prefeitura que as sobras de re-cursos permaneçam no fundo ao final de cada exercício. Para isso quer uma reunião com o prefeito Guilherme Pasin para que se chegue a um consenso. “Pela legislação, o conselho pode utilizar até 5% dos recur-sos do fundo para a aquisição de materiais, promoção de cur-sos, entre outras atividades. Gostaríamos que estes valores ficassem a nossa disposição”, finaliza o presidente.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 20146 Geral

Quando o caminhoneiro Mario Arbusti comprou sua propriedade nas proximida-des da rua Avelino Signor, há mais de 20 anos, não imagi-nava que o crescimento da cidade lhe traria tantos pro-blemas. Nas proximidades da residência onde mora, corre um riacho que corta o bairro Vila Nova II. O local é afetado pela falta de infraestrutura e saneamento. A expansão obri-gou os moradores a despejar esgoto no córrego, poluindo a água e aniquilando toda a vida que existia. “Há mais de 12 anos que reivindicamos a limpeza e a verificação do des-pejo de esgoto no córrego, mas

solução o que falta é dinheiro público ou vontade por parte da prefeitura?”, questiona.

De acordo com Helena, a quantidade de poeira no ar é tão grande que foi obrigada a abandonar sua plantação de alfaces, fonte de grande parte do lucro da família. “A poeira é tão intensa aqui que para conseguir entregar um produto limpo teríamos que instalar uma estufa de prote-ção, o que devido ao custo é completamente inviável”, diz.

Reclamação é antiga

A aposentada Irene Guizzo Bianchi, moradora da Linha Cruzeiro, ainda recorda das

primeiras reuniões de bairro convocadas para elaborar um pedido de solução junto à pre-feitura, há mais de 20 anos. Segundo ela, a primeira pro-messa de melhorias foi efetua-da durante a campanha políti-ca de Fortunato Rizzardo, em 1982. “Entra prefeito, sai pre-feito e a história permanece a mesma. Nós já cansamos de esperar por uma resposta do poder público então resolve-mos comprar a matéria-prima e instalar o calçamento por nossa conta”, diz.

Irene também destaca as di-ficuldades enfrentadas anual-mente durante as comemora-ções da Semana Farroupilha. “O movimento praticamente

triplica, no ano passado eu fiz questão de sentar em frente a minha casa e anotar quantos carros passaram para mostrar os números ao poder público na tentativa de chamar a aten-ção, novamente sem resulta-do”, comenta.

Buracos continuam a aparecer

Outro problema antigo que permanece sem solução é o grande número de buracos abertos por toda a extensão da rua. É o que destaca Maria Amin, moradora do bairro há mais de 18 anos, que devido às condições péssimas condi-ções de tráfego na rua, preci-sa desviar sua rota ao Centro da cidade em mais de três quilômetros. “É uma situação complicada, pois para dimi-nuir o problema da poeira, semanalmente, um caminhão da prefeitura umedece a rua. O problema é que a via mo-lhada favorece a abertura de novos buracos, isso cria um ciclo infinito”, explica.

Uma barreira para os negócios

Um dos moradores mais pre-judicados pela sujeira que o trá-fego de veículos provoca é o flo-ricultor Mauricio Alves Ceppo,

Apesar de todos os protes-tos já realizados, pedidos

de recurso encaminhados à Secretaria de Obras e inter-venções na Câmara de Verea-dores, os problemas de bura-cos e poeira enfrentados pelos moradores da rua do Imigran-te, no Bairro Barracão, pa-recem estar longe de ter fim. A situação, que já se estende por mais de uma década, se agrava ainda mais durante as comemorações da Semana Farroupilha, quando o fluxo de veículos que passavam pelo local que dá acesso ao ABCTG praticamente triplicou.

Segundo a agricultora He-lena Osmarin, as janelas da casa, que beira a rua, tiveram que ficar fechadas durante as duas semanas de intenso mo-vimento para não agravar o quadro de saúde de seu neto, que sofre de Bronquite Asmá-tica “É uma vergonha, desde que o CTG se instalou aqui, há sete anos, nós não temos mais sossego. Não é por falta de pedidos às autoridades, pois até na Câmara de Vereadores já fomos protestar com fai-xas, mas a desculpa é sempre a mesma que não existe verba no momento. Será que após 10 anos de queixas e pedidos de

que mesmo após investir em es-tufas e galpões de proteção para as flores, continua tendo prejuí-zos nos negócios. “Já imaginou comprar um buquê de rosas para o dia dos namorados com poeira dentro? Certamente nin-guém quer. Já investi mais de R$ 12 mil em lonas de proteção para a sujeira, mas infelizmen-te não obtive o resultado espe-rado. Enquanto as autorida-des continuarem nos dando as costas e fingindo que está tudo bem, não conseguirei prosperar nos negócios”, lamenta.

De acordo com o secretário de Viação e Obras Públicas, Sérgio Gabrielli, até o mo-mento, não existem projetos para o calçamento ou pavi-mentação da rua. “Existem diversos pontos na cidade que também necessitam de obras de pavimentação e infeliz-mente a prefeitura não dispõe de verba para executar todas as melhorias”, explica.

Na tentativa de diminuir o problema, a Secretaria de Viação e Obras Públicas (SMVOP) disponibilizou um caminhão-pipa para ume-decer a rua duas vezes por semana. “É uma medida mo-mentânea para minimizar o problema enquanto aguarda-mos a criação do projeto e a liberação de verbas para ini-ciar a obra”, destaca.

Esgoto

Bairro Barracão

Escoamento ilegal desagrada moradores

Esgoto despejado em riacho descontenta moradores como Toyler

Cristiano [email protected]

Irene desistiu de esperar e pagará pelo calçamento em frente a sua casa

Moradores reivindicam calçamento na rua do Imigrante desde 1983, mas providências não são tomadas pela prefeitura

Há duas décadas “comendo poeira”

permanecemos sem respostas. Foram encaminhados mais de três pedidos tanto para a Corsan quanto para a SMVOP e nada foi feito. Antigamen-te, nós podíamos pescar no rio, hoje, o que nos sobra é a companhia dos mosquitos, atraídos pelo mau cheiro que a água exala”, explica.

Segundo o secretário Ga-brielli, o problema já é co-nhecido pelo poder público e terá fim com a instalação da nova central de tratamento de esgoto no bairro Vila Nova, ainda sem data de conclusão prevista.

Ainda na rua Avelino Signor, o problema do caminhoneiro

Ademir Toyler é outro. Segun-do ele, a tubulação instalada nas entradas dos bueiros após uma reforma na rua é muito estreita, entupindo facilmen-te e inundando a rua com fre-quência. “ Foi deixado muito barro na beira da rua e sempre que chove isso aqui vira uma verdadeira lagoa. Foi instalado um cano de 20 centímetros, o que é óbvio que não daria conta da grande quantidade de barro que é carregada pelas águas da chuva”, protesta.

A SMVOP informou que o encanamento na rua está den-tro do padrão instalado na ci-dade e que enviará um técnico para efetuar uma vistoria.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 20148 Geral

Educação continuada e preparação para a vida são ferramentas de cidadaniaEscola integral

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Na expectativa da inauguração da instituição, os alunos ensaiam uma coreografia para apresentar na ocasião

Maria Inês está feliz com o resultado e espera os próximos passos

Vitória [email protected]

Na escola São Roque, 39 alunos tem aulas regulares desde o início de setembro e a equipe de professores e funcionários está trabalhando para que, no próximo ano, em torno de 300 estudantes passem a frequentar a nova instituição modelo

Uma boa estrutura e mais tempo para aplicar o con-

teúdo em sala de aula é o desejo de todo professor. A Escola Inte-gral São Roque, que está em fun-cionamento desde o início de se-tembro, é a primeira da cidade a trabalhar nos períodos da manhã e da tarde e, ainda em forma ex-perimental, aplica um novo mé-todo de aprendizagem. A nova forma de ensino visa fazer com que o conteúdo visto em sala de aula seja aplicado em situações do cotidiano, além de resgatar algumas lições de bons hábitos e respeito.

Com crianças do primeiro ao quinto ano do Ensino Funda-mental, a escola conta com 39 estudantes neste primeiro se-mestre mas, para 2015, a pro-posta é o número aumente para 300 alunos. A diretora da escola, Maria Inês Accorsi, relata que as aulas se estendem das 8h às 17h e, para que o tempo não seja mal utilizado, atividades diferentes são propostas ao longo do dia. “Aqui teremos tudo o que é ne-cessário para uma aprendizagem de melhor qualidade, porque teremos oito horas por dia para ensinar o que antes era oferecido

A diretora Maria Inês relata que o processo de implanta-ção da escola e de construção do plano de ensino demandou tempo e muita pesquisa. A sua equipe e ela visitaram a escola integral de Caxias do Sul e de outras cidades do Estado para buscar novas ideias e para aprender com que já estava na prática. Para auxiliar a direto-ra, o supervisor do local, Luís Minozzo, foi escolhido devido a um projeto educacional rea-lizado no exterior.

Maria Inês conta que a ideia de começar um projeto ino-vador foi estímulo suficiente para ela querer desenvolver a iniciativa da melhor maneira possível. “Eu sempre gostei de desafios, acredito que foi por isso que fui nomeada para ser a diretora da escola. O problema é que esse era um desafio dos

“É uma grande conquista para Bento Gonçalves”grandes, em que foi preciso muito planejamento e cautela, para que a partir do momento em que os alunos entrassem pelo portão, nada de errado ocorresse”, relata.

O educandário, segundo ela, foi planejado para suprir uma necessidade na Zona Norte de Bento, onde havia muitas crianças que não conseguiram vagas nas escolas próximas e estavam indo até o interior para ter aula no Vale dos Vi-nhedos. “A situação estava um pouco complicada porque quem estudava no turno da tarde precisava sair de ônibus às 11h da manhã para chegar a tempo na escola do interior”, conta a diretora.

Com o primeiro desafio cum-prido, as crianças terão au-las até o final do ano, quando abrem as inscrições para as

turmas do próximo semes-tre. “Por enquanto são poucos alunos, desafio também será administrar a escola com 300 alunos, aí tudo será em maior quantidade, inclusive os pro-blemas, que precisam ser re-solvidos um a um”, coloca. Maria Inês destaca que estu-dantes de todos os locais da cidade podem ser inscritos pe-los pais, mas que, dependendo da quantidade de inscrições, a preferência é oferecida para os moradores da Zona Norte.

A diretora lembra que, ape-sar de ser uma grande con-quista para Bento, este é só um primeiro passo para a inovação da educação tanto na cidade, quanto no Brasil. A inaugura-ção está prevista para o dia 9 de outubro, às 18h30min. Na data, os alunos realizarão al-gumas apresentações.

em quatro. O tempo a mais é de extrema importância, já que po-deremos desenvolver atividades mais complexas”, explica.

A diretora conta que a ideia é sair da escola com os estu-dantes, levá-los para o bairro, ensinar sobre o trânsito, fazer

um passeio à praça e falar sobre a convivência e comunidade. “Nós queremos levá-los ao su-permercado para ensinar sobre os preços, o comportamento adequado nos locais, alimen-tação e qualquer outro assunto que possa estar relacionado com

o local”, comenta. Além das saídas da sala de

aula, a diretora conta que have-rá aulas de trabalhos manuais, como de costura por exemplo. “É de grande valia ensiná-los a pregar um botão em uma ca-misa, ou quaisquer outras ativi-

dades simples que são úteis no decorrer da vida, mas que, por falta de tempo, não são ensina-das nas escolas”, destaca. Além dos trabalhos manuais, a arte- educação estará muito presen-te com aulas de dança, teatro e música.

As lições sobre meio ambiente serão intensificadas, já que eles terão uma horta para plantar seus próprios temperos para o almoço. No local, as crianças fazem quatro refeições: café da manhã, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, e todas são planejadas por uma nutricionista. Maria Inês diz que é nesse momento que são ensinadas as boas maneiras à mesa, o valor dos alimentos e a importância de comer bem. A diretora destaca que a vice--diretora, Mari Cavanus Lazzari, tinha experiência nos Centros de Atendimento à Criança e ao Ado-lescente da cidade, onde são ofe-recidos almoços, e a experiência auxiliou muito.

Ela enfatiza que as primeiras semanas de aulas estão sendo muito satisfatórias e que a expec-tativa é de melhora e crescimen-to. “Não existe alegria maior do que ver um sonho concretizado, melhor ainda é quando um aluno chega perto de ti e diz que parece que ele está no paraíso”, afirma.

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Educação continuada e preparação para a vida são ferramentas de cidadania

Ensino com base nas boas maneiras

CRISTIAN

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Vitória (E) e Bruna foram monitoras e ajudaram na limpeza do refeitório

Na escola São Roque, 39 alunos tem aulas regulares desde o início de setembro e a equipe de professores e funcionários está trabalhando para que, no próximo ano, em torno de 300 estudantes passem a frequentar a nova instituição modelo

Depois do lanche da ma-nhã, Bruna, do 4º ano e Vitó-ria, do 1º ano, não voltaram com os colegas para a sala de aula. Elas colocaram uma touca e o crachá que as iden-tifica como monitoras do dia. Caracterizadas, a sua respon-sabilidade era deixar o refei-tório limpo e organizado para que o almoço, mais tarde, pu-desse ser servido. As peque-nas realizaram a tarefa com alegria e disseram se sentir importantes por poderem es-tar ajudando.

“Eu fico feliz quando sou a monitora porque gosto de ajudar a profe a deixar tudo limpo”, conta Bruna, sorrin-

Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 9Geral

do. Ao lado de Vitória ela pas-sou pano nas mesas, e ambas conferiram se havia sujeira nos bancos ou no chão. “Eu gos-to de ajudar porque podemos ficar aqui com uma profe e eu me sinto importante com isso”, comenta ela.

A professora Luciane Sberse diz que a alegria dos pequenos é ser monitor, já que é uma ati-vidade diferente e que só aquele aluno irá realizar naquele dia, fazendo com que eles se sin-tam especiais de alguma forma. “A escolha dos monitores faz parte do programa integrado de educação e boas maneiras, onde eles sabem que é preciso manter todos os ambientes em

ordem. A motivação, para eles é ser parte da escola, se senti-rem integrantes da instituição”, explica.

As crianças não fazem a mes-ma atividade todos os dias, a professora enfatiza que há uma rotina e um cronograma a se-rem seguidos. “Cada monitor faz uma atividade diferente, dois organizam o refeitório, ou-tros dois organizam as salas, ou os objetos da educação física, há sempre um ciclo”, ressalta. Ela lembra que nenhum aluno é obrigado a realizar determi-nada atividade, mas que a re-sistência nunca ocorreu já que eles chegam na escola pedindo quem é o ajudante da vez.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 201410 Geral

Inclusão social

Oportunidades para deficientesParceria entre Senac, Hospital Tacchini e prefeitura prepara jovens de 14 a 25 anos para o mercado de trabalho

Débora Cristina Palma, 18 anos, costumava passar

as tardes em casa, geralmen-te assistindo televisão. Desde junho, porém, uma atividade diferente vem alterando sua rotina. A jovem agora tem muito mais responsabilidades e deveres, mas isso, que pode soar como um incômodo para muitas pessoas, para ela é pra-zeroso e gratificante.

Débora é uma das parti-cipantes do Programa de Aprendizagem Profissional para Deficientes, uma ini-ciativa da Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão So-cial da Pessoa com Deficiência (Caispede), em parceria com o Hospital Tacchini e o Servi-ço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A iniciati-va tem como objetivo prepa-rar os jovens para o mercado de trabalho, por meio de aulas ministradas no Senac.

“Gosto muito das aulas,

Silvia [email protected]

Sobre a iniciativaO Programa de Aprendizagem Profissional para Deficientes é

uma parceira entre a Caispede, o Senac e o Hospital Tacchini. O objetivo é preparar os jovens com deficiência intelectual para tra-balhar na casa de saúde.

O programa foi desenvolvido dentro do Plano Nacional dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite, o qual foi lançado em 2011 (Decreto Nº 7.612) pelo Governo Federal, com o objetivo de implementar novas iniciativas e intensificar ações.

O plano tem ações desenvolvidas por 15 ministérios e a parti-cipação do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Defi-ciência (Conade). O Viver sem Limite envolve todos os entes fede-rados e prevê um investimento total de R$ 7,6 bilhões até 2014.

Segundo resultados divulgados pelo IBGE, do Censo 2010, o país possui 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que representa 23,91% da população.

O que diz a Lei das Cotas: A Lei de Inclusão Social, aprovada em 2004, obriga as empre-

sas com mais de 100 funcionários a ocupar de 2% a 5% das va-gas com deficientes.

A inclusão é efetivada por meio de políticas públicas, que devem viabilizar a inserção dos indivíduos aos meios sociais. Para isso, é necessário que sejam estabelecidos padrões de acessibilidade nos diferentes espaços (escolas, empresas, serviços públicos), assim co-mo é necessário o investimento em formação dos profissionais en-volvidos no processo de inclusão.

SILVIA DA

LMA

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Hospital é pioneiro no projeto

aprendo um monte de coisas novas e além disso fiz novos amigos”, diz Débora.

O projeto já formou outras

Desde julho, a turma de 24 alunos tem aulas diariamente, durante as tardes, buscando uma capacitação

duas turmas, mas este novo grupo tem foco especial nos deficientes intelectuais, con-forme explica a coordenadora

Marise Dorigon Gaspari. “De-pois de reuniões com o Minis-tério do Trabalho, percebemos que era preciso mais qualifi-

cação profissional para eles. Fizemos então um trabalho de rede, em parceira com várias secretarias e escolas. O Senac e o Tacchini foram nossos gran-des parceiros nisso”, diz.

As aulas começaram em ju-lho e, depois de capacitados, todos os alunos trabalharão no Hospital. “Eles já são con-tratados, têm carteira assina-da e recebem salário. A ideia é que, mais adiante, eles tam-bém visitem a instituição para ter aulas práticas sobre a fun-ção. Se não gostarem, poderão ser redirecionados para outro setor onde realmente se sin-tam bem”, explica.

Os participantes têm até dois anos para aprender sobre sua função, mas, se os profes-sores sentirem que já estão capacitados, podem começar a trabalhar antes disso. “O curso dará um olhar diferente para esses jovens. Acredito que to-dos vão se capacitar antes de dois anos, pois os professores já estão muito satisfeitos com o resultado”, comenta.

Hoje, o Hospital Tacchini é a única empresa parceira da prefeitura dentro do Programa de Aprendizagem Profissional para Deficientes. Mas além de oferecer as vagas, a instituição também desenvolve um treina-mento interno com os seus fun-cionários.

“Estamos treinando e capaci-tando o pessoal daqui para fa-zer um acolhimento dos jovens com deficiência intelectual”, diz Maciel De Toni, analista de re-crutamento e seleção do hospi-tal. Ele explica que cada aluno terá um padrinho, o qual será um funcionário do Tacchini ca-pacitado para lhe ajudar e ensi-nar as funções que irá exercer. O preparo dos gestores iniciou ainda em março e também fo-ram realizadas reuniões com os pais dos jovens.

“Consideramos importante a inclusão social desses jovens, sempre prezamos por isso, até porque muitos funcionários têm filhos com deficiências e é preciso dar oportunidade a to-dos”, ressalta De Toni.

Marise Dorigon Gaspari elo-gia a iniciativa do hospital e espera que isso sirva de exem-plo para mais empresas se tor-narem parceiras. “Realizamos vários seminários entre a em-presa e funcionários do Cras, para explicar a lei. O Tacchini contrata e através do Senac eles aprendem o que é preciso. Ago-ra, estamos analisando a pos-sibilidade de abrir outras duas turmas em parceria com outras empresas”, comenta.

Papel da família é fundamental

De Toni também elogia o pa-pel da família nessa questão. “Está sendo fantástica a parti-cipação deles. No início, tinham até certo receio de dar mais li-berdade para os filhos, mas isso é bom para o desenvolvimento da criança. Hoje, eles têm um envolvimento grande, acompa-nham de perto e até buscam por mais informações junto com o hospital. Antes, a criança ficava presa dentro de casa e isso não

é bom. Agora eles veem que elas são capazes, que têm condições de sair e aprender coisas no-vas”, conta o analista.

Marise destaca que é impor-tante a conscientização da so-ciedade sobre a inclusão social. “Não é a pessoa com deficiência que precisa se adequar à socie-dade, mas sim a sociedade que deve se adequar para ela. Pre-cisamos ter essa mudança de paradigmas, pois eles têm con-dições sim e são cidadãos como todos nós. Temos muitos casos de deficientes intelectuais que têm duas faculdades, outros que falam três línguas e assim por diante”, afirma.

A família, segundo a coorde-nadora, também deve ser res-ponsável por mudar isso. “Os pais precisam acreditar nos seus filhos. Às vezes, mesmo com boas intenções, acabam criando eles com muito zelo e isso prejudica o desenvolvi-mento. A autonomia e a inde-pendência devem sempre ser estimuladas por eles. ”, orienta Marise.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 11Geral

Motivados por se sentirem úteis

Para os estudantes Ezequiel Rauber Krenn, 15, Débora Cris-tina Palma, 18, e César Augusto Postal, 22, participar das aulas está sendo uma experiência de-safiadora e, ao mesmo tempo, estimulante. Eles comentam que ainda não encontraram dificuldades e que a melhor parte, até o momento, foram os novos amigos que fizeram.

“Agora não fico mais todo dia em casa. Aqui é como se a gen-te tivesse uma nova família”, diz Débora. “Fizemos muitas amizades novas e eu gosto por-que aqui todo mundo se ajuda, todo mundo é amigo”, comple-menta Ezequiel. Ambos não escondem a empolgação com a oportunidade e comentam que

Coordenadoras e os alunos Ezequiel, Débora e César já percebem os resultados positivos da iniciativa

estão ansiosos para trabalhar no hospital, pois acreditam que será “muito legal”.

A psicóloga do Senai, Caro-lina Todeschini, já percebe um grande avanço, principalmente na questão do relacionamento entre a turma. “Eles cuidam uns dos outros, se ajudam bas-tante e quem está mais avan-çado, senta ao lado dos cole-gas que têm mais dificuldades. Com isso, os alunos se sentem úteis e responsáveis”, comenta.

Ela, a enfermeira Letícia Lo-pes e a pedagoga Noeli Kinalski são unânimes ao afirmar que a maior dificuldade foi com-preender a particularidade de cada aluno. “Assim como acon-tece em todas as turmas, nós

não sabíamos com quem iría-mos lidar, precisávamos apren-der a trabalhar com cada um. Muitos não eram alfabetizados e outros já cursavam a oitava série”, lembra Noeli.

Nas aulas, os alunos apren-dem sobre a função específica que irão exercer no trabalho, mas também têm disciplinas diferentes, como relações in-terpessoais, mundo do traba-lho, técnicas de vendas, serviço de escritório, entre outras.

“Procuramos passar bastan-te atividades lúdicas, para que eles aprendam brincando. Nos-so objetivo é desenvolver mais autonomia, responsabilidades e independência entre eles”, cita Noeli.

SILVIA DA

LMA

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Quarta-feira, 24 de setembro de 201412 Geral

Semana para agilizar processosJustiça do Trabalho

Até sexta-feira, 26, o foro trabalhista de Bento Gonçalves dá prioridade a ações mais propensas a uma conciliação

Nas duas Varas do Traba-lho de Bento Gonçalves,

são aproximadamente oito mil processos que estão em ativi-dade atualmente. Na tentativa de desafogar esse número, o Conselho Nacional de Justiça realiza, há quatro anos, a Se-mana Nacional de Execução Trabalhista. As atividades ini-ciaram na segunda-feira, 22, e segue até sexta-feira, 26.

A execução é a etapa proces-sual que visa garantir, forçada-mente, o pagamento de uma dívida trabalhista que não foi paga espontaneamente pelo condenado. Nessa fase, a Jus-tiça pode recorrer à penhora de bens e de valores em contas bancárias. Segundo Fabio Pla-cotiniki, diretor da Primeira Vara, o objetivo é dar priorida-de a processos que estão trami-tando há muito tempo ou àque-les em que o reclamante ainda tem dinheiro a receber. “Rea-lizamos uma espécie de força--tarefa para resolver esses casos mais complicados. Na verdade, já vínhamos fazendo isso ao longo do ano, mas nesta sema-na todo o Tribunal concentra esforços nessas ações”, afirma.

João Francisco Gonsales Galvao, diretor da segunda vara, comenta que são 11 pro-cessos inclusos na pauta deste ano. “Mas os interessados tam-bém podem entrar em contato conosco, por meio de uma pe-

Silvia [email protected]

Hoje, o município tem cerca de oito mil processos ativos e o objetivo do evento é diminuir esse número

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Sobre o eventoA Semana é organizada há

quatro anos pelos tribunais re-gionais do trabalho em todo o país. O objetivo é agilizar as ações, na tentativa de desafo-gar o número de processos e diminuir a inadimplência.

O evento acontece nas duas Varas do Trabalho de Bento Gonçalves e também em outras 65 cidades do Es-tado onde existe Justiça do Trabalho.

A Semana iniciou na se-gunda-feira, 22, e segue até sexta-feira, 26.

A Justiça do Trabalho esco-lhe os processos que serão in-cluídos na pauta. São selecio-nados aqueles considerados mais propensos a uma con-ciliação ou aqueles em que o reclamante ainda não re-cebeu sua indenização.

Interessados em ter sua ação incluída na pauta po-dem entrar em contato com o foro trabalhista de Bento, por meio de uma petição fei-ta por seu advogado. Mais in-formações pelo telefone: (54) 3451.1590.

tição feita pelo advogado, e pe-dir a inclusão”, orienta.

Nos casos escolhidos pela Justiça, as partes já foram in-timadas, mas os interessados podem solicitar audiência tam-bém pelo site www.trt4.jus.br. A possibilidade de ter audiên-cia marcada ainda para esta semana depende da disponibi-lidade do juiz.

O Rio Grande do Sul possui 202 mil processos em anda-

mento. O número de inadim-plentes cadastrados no Banco Nacional de Devedores Traba-lhistas (BNDT) chega a 97 mil no Estado, entre pessoas físi-cas e jurídicas.

Inadimplência

As Varas do município não têm contabilizados quantos ca-sos estão inadimplentes, mas Galvão comenta que o número

não dever ser elevado. “Aqui em Bento é muito difícil as em-presas não realizarem o paga-mento ao reclamante. Temos um nível bom de encerramento sem dívidas”, comenta.

Desde 2010, o diretor perce-be um aumento na demanda dos processos trabalhistas. “O acesso à Justiça ficou mais fácil e o pessoal está se informando mais. A tendência é que isso au-mente ainda mais”, comenta.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 13Segurança

Incêndio atinge casa no Vila Nova

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Após novas denúncias sobre som abusivo praticado por jovens na avenida Presidente Costa e Silva, no bairro Planalto, por volta das 3h de sábado, 20, policiais militares abordaram um veículo

Focus acusado de perturbação do sossego alheio. Durante o proce-dimento, uma mulher acabou re-cebendo voz de prisão por desa-cato após insultar repetidamente os agentes de segurança.

BM detém mulher por desacato no Planalto

Durante patrulhamento na rua Ângelo Salvador, no Ouro Verde, por volta das 20h20min de sábado, 20, policiais militares abordaram dois adultos e um menor que caminhavam pela via pública. Na revista pes-soal nada foi encontrado, porém no chão, próximo aos pés dos suspeitos foi encontrada uma carteira de cigarros contendo 10 pedras de crack. Nenhum dos três abordados assumiu a posse do entorpecente. O trio foi conduzido à delegacia para esclarecimentos e registro da ocorrência.

Trio detido por posse de entorpecentes

Por volta das 10h20min de domingo, 21, policiais militares foram cha-mados em um supermercado na rua Horácio Mônaco, no Centro, para atender uma ocorrência de furto. O vigilante do estabelecimento encon-trava-se com uma mulher acusada de tentar furtar 15 barras de choco-late, no valor de R$ 59,85. O vigilante relatou que havia um cúmplice na ação criminosa. Após buscas na região, foi localizado um menor de idade com as características citadas. O adolescente foi identificado como filho da acusada. Ambos os acusados foram conduzidos à delegacia.

Mãe e filho detidos por furto em mercado

Última instância

Caso Kasmiriski não irá para júri popularApós decisão, processo será tratado como homicídio culposo de trânsito

Leonardo [email protected]

O caso envolvendo a morte dos irmãos Itamar, Rodri-

go e William Kasmiriski, ocor-rido em 11 de abril de 2009, não será levado a júri popular. A decisão foi tomada, de forma unânime, pelo Tribunal de Jus-tiça do Estado e não cabe mais recurso. Com tal determinação, o processo será tratado como homicídio culposo de trânsito.

A decisão dos desembarga-dores é datada de 29 de maio. Segundo o relator do proces-so, desembargador Jayme Weingartner Neto, “não há como imputar agir doloso ao agente que, inobservando de-ver objetivo de cuidado, não fiscaliza se todos os compo-nentes do veículo estão de acordo com as normas de se-gurança, ainda que se trate de um caminhão-guincho, auto-motor cuja operação deman-da especial conhecimento técnico. Não vejo como esta-belecer um nexo entre a even-tual negligência/imperícia do agente e a assunção do risco do resultado morte”.

Acompanharam o voto do re-

Uma ação policial na tarde de segunda-feira, 22, resultou na prisão de um casal acusado de tráfico de entorpecentes na rua Adelaide Basso Pasquali, no bairro Tancredo Neves. Fo-ram apreendidas aproximada-mente 96g de crack, R$ 595 e uma balança de precisão.

A operação foi planejada pela Seção de Investigação da 1ª Delegacia de Polícia (1ª) com reforço de efetivo da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM). A delegada Maria Isabel Zerman, titular da 1ª DP, ressalta que a prisão só foi possível graças a denún-cias anônimas. “A maioria das

Após denúncias

Casal é preso por tráfico de drogas no Tancredo

Um jovem de 19 anos também acabou detido durante a ação policial

investigações iniciam pelas de-núncias que recebemos. Esta é uma informação recente, que veio completa e o nosso trabalho foi só de solicitar o mandado de busca e apreensão”, relatou.

Na residência os policiais fla-graram um homem de 30 anos no momento em que embalava a droga para a venda. O acusado tem antecedentes criminais por lesão, ameaça e furto. Uma mu-lher de 22 anos também foi cap-turada na casa. Além do tráfico, ela responderá por desacato após ofender e ameaçar os policiais.

Na ação um jovem de 19 anos foi detido, porém foi liberado após prestar depoimento.

lator os desembargadores Ne-reu José Giacomoli e João Ba-tista Marques Tovo. A decisão corrobora a determinação da juíza Fernanda Ghiringhelli de Azevedo, titular da 1ª Vara Cri-minal e da Vara de Execuções Criminais de Bento Gonçalves, que desclassificou a conduta do réu para crime diverso, não doloso contra a vida.

Relembre o caso

Na noite do dia 11 de abril de 2009, por volta das 20h,

no quilômetro 4 da ERS-444, próximo ao trevo de acesso ao Barracão, os irmãos Itamar, Rodrigo e William Kasmiris-ki foram atingidos pela haste do guicho de um caminhão. O veículo era conduzido pelo motorista Cledson Martins de Matos, que teria fugido do lo-cal após o acidente.

Rodrigo teve morte ins-tantânea, enquanto Itamar e William chegaram a ser enca-minhados ao Hospital Tacchi-ni, porém não resistiram aos ferimentos.

Irmãos morreram após serem atingidos por guincho de um caminhão

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Chamas consumiram o sofá da sala e danificaram o forro do telhado

O Corpo de Bombeiros com-bateu um incêndio em resi-dência na rua Arlindo Mene-gotto, no bairro Vila Nova II, na manhã desta terca-feira, 23. As chamas consumiram o sofá da casa e o calor acabou por danificar o forro do telha-do e alguns outros móveis do recinto.

O princípio de incên-dio ocorreu por volta das 10h30min. Ao perceber a ocorrência, os próprios mo-radores vizinhos da residên-cia iniciaram o combate ao fogo utilizando extintores de incêndio dos automóveis pró-ximos e uma mangueira com água do terreno. Apesar do susto, ninguém ficou ferido no sinistro.

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Segundo o Corpo de Bom-beiros, a suspeita é que um adolescente que estava desa-

companhado na residência te-ria iniciado as chamas ao brin-car com acetona e isqueiro.

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Quarta-feira, 24 de setembro de 201414 Esportes

Resultados de domingo: ClassificaçãoQuadro ABarracão 1 x 1 Inter da Leopol. Ouro Verde 0 x 1 Estrela Faria Lemos 1 x 0 SertorinaQuadro BBarracão 3 x 1 Inter da Leopol. Ouro Verde 3 x 3 Estrela Faria Lemos 1 x 0 Sertorina

Quadro A1º - Estrela 62º - Inter da Leopoldina 43º - Sertorina 3 4º - Faria Lemos 35º - Barracão 16º - Ouro Verde 0

Quadro B1º - Barracão 6 2 32º - Estrela 4 2 13º - Inter da Leopoldina 3 2 24º - Faria Lemos 3 2 05º - Ouro Verde 1 2 -36º - Sertorina 0 2 -2

Resultados de sexta-feira:

Classificação final

São Valentim 4 x 2 AlcântaraBarracão 2 x 1 Eulália

1º - São Valentim2º - Alcântara3º - Barracão4º - Eulália

Classificação1º América – 162º Alaf – 133º BGF – 134º Cachoeira – 95º Sananduva – 8

6º Teutônia – 57º S. Luiz Gonzaga – 48º Assaf – 49º Afusca – 2

São Marcos é o favorito para ficar com o título da competição

O Bento Gonçalves Futsal (BGF) conquistou sua primeira vitória fora de casa na Copa Lupi-cínio Rodrigues. No sábado, 20, a equipe comandada pelo técnico Vaner Flores venceu o Cachoeira Futsal por 2 a 1, com gols de Fop-pa e Silon.

Com a tranquilidade de estar classificado antecipadamente, o BGF decidiu a partida válida pela oitava rodada logo no primeiro

tempo. Em cobrança de falta en-saiada, Foppa abriu o placar. No final da primeira etapa, Silon ca-beceou para ampliar.

Na segunda etapa, Leflor con-seguiu marcar para o Cachoeira, porém a boa atuação do goleiro Léo garantiu a vitória bento-gon-çalvense. No próximo sábado, 27, às 20h, o BGF recebe o São Luiz no Ginásio Municipal na última partida válida pela primeira fase.

BGF vence o Cachoeira e segue em terceiro lugar

Copa Lupicínio Rodrigues

Futsal

São Valentim goleia e é tricampeão distritalEm boa partida de Ederson Fronza, equipe venceu o Alcântara por 4 a 2

Leonardo [email protected]

Pelo terceiro ano consecu-tivo, o São Valentim con-

quistou o título do Distrital de Futsal na categoria masculino livre. A façanha foi confirmada na noite de sexta-feira, 19, com a vitória de 4 a 2 sobre a equipe do Alcântara.

Favorita ao título, o São Va-lentim já havia vencido a par-tida de ida e teve tranquilidade para confirmar o título. A equi-pe também celebrou o jogador destaque da final, Ederson Fronza, e o artilheiro da compe-tição, Elton Tibola, com 27 gols.

Na disputa pelo terceiro lu-gar, a equipe do Barracão vol-tou a vencer o Eulália, desta vez por 2 a 1. A Alcântara aca-bou como a equipe mais disci-plinada do certame, enquanto o Barracão terminou com a de-fesa menos vazada.

Com uma vitória de 9 a 1 so-bre a equipe do Excluídos, o São Marcos foi o destaque da primeira rodada das finais do 3º Campeonato Municipal de Futsal de Pinto Bandeira. Ape-sar do placar expressivo, a dis-puta da categoria masculina livre ainda está em aberto, pois o saldo de gols não é critério de desempate.

O destaque da partida foi mais uma vez o goleador Pepe, que ampliou a sua vantagem na

Campeonato Municipal

Futsal de Pinto Bandeira será decidido nesta sexta

artilharia do campeonato com os quatro gols marcados contra o Excluídos. Pepe totaliza 24 gols marcados na competição.

Na categoria Veteranos, Videi-ra e São Gabriel empataram sem gols. Méritos do goleiro menos vazado da categoria, Fabiano Marini, do São Gabriel, que so-freu apenas 7 gols até agora.

Os jogos de volta acontecerão nesta sexta-feira, 26, a partir das 18h30min, novamente no Ginásio do Clube Rosário.

Jogadores comemoram o terceiro título consecutivo no Distrital

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Resultado de sábado Cachoeira 1x2 BGFAlaf 2x0 TeutôniaAfusca 2x2 Assaf Amanhã, às 20h Sananduva x América

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A segunda rodada do Campeo-nato Distrital de Futebol de Cam-po foi marcada pelo equilíbrio. O destaque ficou para o emocio-nante empate em 3 a 3 entre as equipes do Ouro Verde e Estrela, em partida válida pelo Quadro B. Neste grupo, o final de sema-na foi bom para o Barracão, que venceu o Inter da Leopoldina por 3 a 1 e é líder. Na outra partida, o Faria Lemos venceu o Sertorina pelo placar mínimo.

O placar se repetiu no duelo do Faria Lemos e Sertorina pelo Quadro A. Já Barracão e Inter da Leopoldina empataram em 1 a 1. E o Estrela assumiu a liderança isolada com a vitória por 1 a 0 so-bre o Ouro Verde. Barracão e Inter da Leopoldina ficaram no 1 a 1 pelo Quadro A

Equilíbrio marca a segunda rodadaDistrital de Futebol

Jogos de Ida LivreVeteranos - Disputa de 3ºRosário 2 x 1 Nacional do 28FinalVideira 0 x 0 São Gabriel

Disputa de 3º lugarS. Gabriel 1 x 4 Nacional do 28FinalSão Marcos 9 x 1 Excluídos

Page 15: 24/09/2014 - Jornal Semanário - Edição 3.065

Quarta-feira, 24 de setembro de 2014 15Esportes

Serviço:Bento Vôlei/Isabela x

APEO/Sest Senat/FasurgsQuando: sexta-feira, às 19hOnde: Ginásio Municipal

de Bento GonçalvesIngresso: R$ 5

ResultadosIpiranga 7 x 2 SertorinaInter da Eulália 1 x 3 EstrelaCruzeirinho 1 x 1 Ouro Verde Barracão 1 x 1 Rosário

*O São Pedro foi a equipe que fol-gou na rodada

Hora de torcer

Bento Vôlei estreia no Campeonato GaúchoEquipe masculina recebe o representante de Passo Fundo nesta sexta

Leonardo [email protected]

Meninas derrotadas no tie-breakJogo emocionante em Santa Maria

Apesar de uma uma grande reação, a equipe feminina do Bento Vôlei acabou derrota-da pelo AVF/Totem, por três sets a dois. A partida, válida pela terceira rodada do Cam-peonato Gaúcho Adulto, foi disputada no domingo, 21, em Santa Maria.

Após perder os dois pri-meiros sets, por 25 a 21 e 27

a 25, as meninas comandadas pelo técnico Mauricy Jacobs reagiram e empataram a parti-da, com parciais de 23 a 25 e 20 a 25. Porém, no tie-break, a AVF/Totem fez valer seu man-do de quadra e fechou a partida com o placar de 15 a 13.

Com quatro pontos conquis-tados em três partidas dispu-tadas fora de casa, a represen-

Em sua preparação para Cam-peonato Gaúcho 2014 e a

Superliga B 2015, a equipe mas-culina do Bento Vôlei/Isabela anunciou mais dois reforços. O ponteiro Willian Reffatti, de 27 anos, e o oposto Athos Costa, 25, são as novas opções no grupo do técnico Fernando Rabelo.

O mineiro Athos Costa, que atuava pelo Montes Claros, chega a Bento Gonçalves com a credencial de ter sido o quarto melhor bloqueador da Superli-ga na temporada 2009/10. Já o gaúcho Willian Reffatti, na-tural de Três de Maio, se des-tacou na temporada 2012/13, quando foi campeão pelo Ben-fica da Liga A e da Supertaça Portuguesa.

A estreia do Bento Vôlei/Isa-bela na competição estadual ocorre nesta sexta-feira, 26, quando enfrentará o APEO/Sest Senat/Fasurgs no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves, a partir das 19h. O ingresso custará R$ 5.

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Bloqueio duplo funcionou em amistoso contra o Bolívar, da Argentina

Willian Reffatti da CostaNascimento: 01/05/1987Naturalidade: Três de MaioPosição: ponteiroAltura: 1,93mPeso: 88kg

Motovelocidade

Pedro Sampaio assume a vice-liderança na GP 600

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Bento-gonçalvense terminou na quarta colocação do GP Goiânia

O bento-gonçalvense Fábio Sampaio terminou na quarta colocação do GP Goiânia, quin-ta etapa do Moto 1000 GP, dis-putado neste domingo, 21. Com o resultado Sampaio assumiu a segunda posição na classificação, porém viu o uruguaio Maximilia-no Gerardo ampliar a vantagem na liderança. São 102 pontos contra 73 do piloto gaúcho.

Marciano Santin, outro ben-to-gonçalvense na categoria, terminou a corrida na nona co-locação. Com 35 pontos, San-tin aparece na sétima posição da classificação.

A vitória no Autódromo In-ternacional Ayrton Senna foi do argentino Juan Manuel So-lorza. A corrida abriu a segunda metade da temporada da cate-

goria GP 600 no Campeonato Brasileiro de Motovelocidade.

Tonini é terceirona GPR 250

Pela GPR 250, Giovandro Tonini terminou na nona co-locação, apenas 5s545 atrás do vencedor da corrida, o paulista Lucas Torres. O piloto bento--gonçalvense ocupa a terceira posição na classificação da ca-tegoria, com 60 pontos.

O líder da GPR 250 é o pau-lista Meikon Kawakami, com 102 pontos. Ele terminou o GP Goiânia na terceira colocação. Com o resultado o pilito paulis-ta conquistou uma vaga para o Red Bull MotoGP Rookies Cup na Espanha no mês de outubro.

tante da Capital do Vinho agora se prepara para sua estreia em casa na competi-ção. No domingo, 28, o Ben-to Vôlei recebe a BSBIOS/UPF no Ginásio Municipal de Bento Gonçalves.

Os ingressos para essa partida custarão R$ 3 ou um quilo de alimento não perecível.

A vitória do Ipiranga de Pau-lina por 7 a 2 sobre o Cruzeiro da Sertorina foi o destaque da rodada de final de semana do Campeonato Distrital de Futebol de Campo na categoria Vetera-nos. Apesar da vitória expressiva, quem assumiu a liderança foi a equipe do Estrela da Serra, que tem um saldo de gols maior.

Distrital de Campo

Estrela assume a liderança do Campeonato de Veteranos

Times 1º Estrela da Serra 2º Ipiranga da Paulina 3º São Pedro 4º Rosário 5º Cruzeiro da Leopoldina 6º Barracão 7º Ouro Verde 8º Inter da Eulália 9º Sertorina

PG666542210

J S2 53 32 33 23 52 03 -13 -43 -13

Classificação

Athos Ferreira da CostaNascimento: 29/11/1988Naturalidade: Belo HorizontePosição: OpostoAltura: 2,03mPeso: 88 kg

Os reforços:

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Page 16: 24/09/2014 - Jornal Semanário - Edição 3.065

Cidadania em tempo integral

A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

32 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasVariedades .............................. 4 páginasClassificados .......................... 12 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira24 DE SETEMBRO DE 2014ANO 47 N°3065R$ 3,00

Voleibol

Bento Vôlei estreia sexta no Estadual

Página 15

CRISTIAN

O M

IGO

NEducação

Páginas 8 e 9