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30/03/2022 Metodologia e Técnicas de Pesquisa 1 Apresentação Disciplina: Metodologia e Técnicas de Pesquisa Mestrado Engenharia de Edificações e Ambiental Alunos: Graziela Esteves Magalhães Lutero Paes de Barros

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Apresentação

Disciplina: Metodologia e Técnicas de Pesquisa

Mestrado Engenharia de Edificações e Ambiental

Alunos: Graziela Esteves Magalhães Lutero Paes de Barros

Para compreender a ciênciauma perspectiva histórica

Maria Amália Andrey. Nilza MichelettoTereza Maria Pires Sério

Denize Rosana Rubano. Melania MorozMaria Eliza Pereira. Silvia Catarina Gioia

Mônica Gianfaldoni. Márcia Regina SavioliMaria de Lourdes Zanotto

Parte IVA HISTÓRIA E A CRÍTICA

REDIMENSIONAM O CONHECIMENTO:O CAPITALISMO NOS SÉCULOS XVIII E XIX

Capítulos 19 a 22

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Revolução na economia e na políticaSéculos XVIII e XIX

Revolução industrialEconômica

Revolução FrancesaPolítica

Produz transformações das atividade econômica

Afirmação do capitalismo

Revolução no processo de trabalho

Revolucionou não só a França mas o mundo e

atingi até hoje

• Revolução ocorreu no Estado mais populoso da Europa

• Revolução social de massa• Revolução ecumênica

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Capítulo 19 As possibilidades da razão: Immanuel kant (1724-1804)

• Nome completo Immanuel Kant• Data de nascimento: 22 de abril de 1724 .

Local: Königsberg• Data de falecimento 12 de fevereiro de

1804 (79 anos). Local:Königsberg• Principais interesses: epistemologia,

metafísica, ética

• Trabalhos notáveis Criticismo, Idealismos transcendentais, Imperativo categórico, Imperativo hipotético

• Influenciado por: Berkeley, Descartes, Hume, Leibniz, Locke, Spinoza, Montaigne, Pietismo, Rousseau, Voltaire

• Influências:Hegel, Fichte, Schelling, Marx, Schopenhauer, Nietzsche, Peirce, toda Filosofia Contemporânea

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Capítulo 19 As possibilidades da razão: Immanuel kant (1724-1804)• Kant viveu em uma época onde o pensamento moderno

tinha como elementos fundamentais o homem, a liberdade e o individualismo, visão de mundo que desenvolveu com a burguesia.

• Expresso de forma específica em cada país:

• Na Inglaterra - empirismo e o sensualismo;• Na França e Alemanha - racionalismo,

• Em função das condições econômicas, sociais e políticas de cada um deles.

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• As condições econômicas, sociais e a participação da burguesia no poder político já no século XVII, que favoreceram a ocorrência da Revolução Industrial na Inglaterra antes de outros países, justificam também ter aí se desenvolvido o empirismo e o sensualismo.

• Hobbes, Locke, Newton, Berkeley e Hume tomaram como elemento fundamental na elaboração do conhecimento a sensação, o empirismo (observação).

• A razão era enfatizada como forma de alcançar o desenvolvimento necessário, a razão projetaria o ideal daquilo que deve ser.

• Para isso acreditavam nas leis priori (são juízos que se caracterizam por serem necessários e universais, que independem de toda a impressão dos sentidos, como as leis da física).

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• O sistema filosófico de Kant pertence a escola racionalista da burguesia alemã que enfatiza a liberdade e o individualismo , e a possibilidade de existirem condições a priori e da ação moral (valores filosofia alemã).

• Os Racionalistas consideravam que tudo o que decorresse do sensível era uma noção confusa.

• Kant critica os Racionalistas por elaborarem explicações máximas morais a partir de condições a priori , sem examinar os limites desses usos da razão.

• Kant propõe a critica das capacidades da razão, sob Influencia de Hume (1711-1776) empirista Inglês que nega a possibilidade da razão pensar a partir de conceitos a priori a conexão causa e efeito.

• Segundo Hume a conexão causa e efeito surge a partir do empírico, repetição da experiência, a noção do habito. Tal suposição o leva para a desprezar qualquer metafísica.

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• Kant discorda de Hume na impossibilidade da existência da metafísica , pois há problemas em que a experiência esta inteiramente ausente, e a razão age fora dos limites da experiência, concebendo realidades transcendentais.

• Kant propõe que o conceito de causa não decorre da experiência, mas que é uma capacidade que o homem possui a priori, um conceito de causa seria uma forma do pensamento do homem que só ocorre no interior da experiência. Assim é o homem, e não um ser superior, que se torna o principio da explicação.

•Kant transfere a preocupação com o mundo como objeto da ciência para o homem como capaz de fazer a ciência do mundo.

•Na produção do conhecimento é necessária a existência do objeto que desencadeia a ação do nosso pensamento e ao qual conhecimento deve referir; e fundamental, a existência de um sujeito ativo que pense, conecte o que é captado pelas impressões sensíveis, fornecendo, para isso, algo da sua própria capacidade de conhecer.

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• A razão para Kant não está subordinada à experiência, mas determinando segundo suas experiências o que deveria ser observado.

• Kant apresenta três obras onde crítica a razão:

• Crítica a razão pura – investiga uso teórico da razão, que se aplica ao pensamento científico, pensamentos que as possibilitem a razão ao conhecer;

• Crítica da razão pratica – investiga o seu uso prático, onde a razão determina a vontade e os princípios do comportamento moral;

• Crítica do juízo – analisa a ação da razão nas formas de pensamento teológico, dedicando-se ao sentimento de prazer e dor.

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• Kant analisa o método de produção de conhecimento das ciências naturais.

• A Física e matemática conseguem explicar com segurança seus fenômenos unindo experiência e razão.

• Kant denomina sensibilidade à faculdade por meio da qual a nossa mente recebe, passivamente, representações, e o objeto nos é dado de forma diversa, dispersa, múltipla; é a faculdade das intuições.

• O entendimento é a faculdade que organiza o diverso , o múltiplo, e pensa as representações da sensibilidade, desempenhando uma função ativa.

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• O conhecimento produzido pela ciência deve ser referido a objetos.

Assim, entendimento e sensibilidade não têm , cada qual , seu objeto próprio; conceitos e intuições são necessários para a elaboração do conhecimento, não tendo, nenhum desses elementos, preponderância sobre o outro.

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• Se retirarmos da sensibilidade tudo o que provém da sensação (cor, dureza, etc.), portanto tudo o que a matéria lhe fornece, restarão as formas da sensibilidade, ou seja, a intuição pura , única coisa que a sensibilidade nos fornece a priori como condição de captação- - espaço e tempo.

• Kant justifica espaço e tempo como condições a priori de toda a sensibilidade, pois são as únicas que independem de algo empírico.

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• Para kant o homem é afetado pelo objeto, segundo as condições de sensibilidade, espaço e tempo, intuímos as coisas como elas nos aparecem, e não como elas são.

• Kant apresenta uma nova relação entre sujeito e objeto no processo de conhecimento.

• Para os racionalistas o que unia as idéias as coisas era Deus, o princípio da harmonia.

• Para kant o objeto é necessariamente submetido ao sujeito.

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• Segundo kant a união de experiência e razão ocorre a partir da ação conjunta da faculdade que o homem possui.

Entendimento pode gerar conceitos a priori e a posteriori.

a posteriori - elaborados a partir de abstrações ou composições das percepções empíricas.Expressam o que é dado a perceber.

a priori - são conceitos abstraídos da percepção, mas o homem dispõem deles antes de qualquer experiência.Determinam a forma de pensar as experiências.Aplica o conhecimento para além da percepção

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• Foram descritas três faculdades envolvidas na produção do conhecimento:

• Sensibilidade – possibilita que o conhecimento se inicie por meio de intuições.

• Imaginação – produz esquemas dos conceitos e sínteses das intuições.

• Entendimento – que julga, que dá unidade aos fenômenos.

• Finalmente a razão, agi sobre os conceitos do entendimento, possibilitando a unidade das leis empíricas.

Diferente do entendimento que busca uma unidade baseada na intuição, a razão busca uma unidade total e definitiva.

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• O uso lógico não é o único a que a razão pode se propor.

• Ela pode formar ideias fora da experiência – ideias puras – que levam aos conceitos do entendimento ao máximo de extensão e de unidade.

• Kant discute a dialética, a ilusão da razão ao tentar conhecer a alma - a possibilidade de conhecer o ser homem – e Deus – se é possível provar a existência de Deus.

• Conclui que é impossível resolver essa questão pela razão pois ideias não são passíveis de ser objeto da experiência possível.

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• O uso pratico da razão seria a possibilidade de ela elaborar um conjunto de princípios a priori para uso adequado de suas faculdades fora dos limites da experiência.

• Isto significa, que se a razão erra ao pretender conhecer além dos limites do sensível, no seu uso prático , no que se refere às ações do homem no mundo, ela deve atuar tendo como móvel não a sensibilidade, mas sim princípios necessários e universais.

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• Kant supunha que as ações humanas seriam determinadas por certas leis naturais universais.

• Somente em sociedade, e principalmente naquela que permite maior liberdade( ou seja, a que permite a coexistência da liberdade de todos), o homem conseguiria alcançar o mais alto grau de desenvolvimento de suas disposições.

• Isto seria garantido por uma constituição civil, que seria a mais elevada tarefa da espécie humana.

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• Essa preocupação com a ação moral, a liberdade, reflete uma assimilação feita por Kant de algumas ideias da Revolução Francesa, principalmente das de Rousseau, que não atribuía às ciências e às artes a possibilidade de o homem atingir o Bem e acreditava ser a moral determinada pelo interior do homem e não exteriormente a ele.

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As proposições de Kant não tiveram apenas efeitos filosóficos, mas refletiram no campo científico, gerando uma nova forma de ver e interpretar os fatos que impulsionaram o desenvolvimento de ciências globalizantes, totalizadoras e abstratas, que atenderam às necessidades tecnológicas da Segunda Revolução Industrial.

Integrar sistema global as várias áreas da ação humana – moral, científica e estética -, por meio de diferentes papéis que assumem as diferentes faculdades, é uma marca do seu pensamento.

Mas a marca fundamental é a busca de limites da ação humana, tentando mostrar que a liberdade do homem está em usar a razão dentro de seus limites.

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Capitulo 20O Real é edificado pela razão: Georg Wilhelm Friedrick Hegel (1770-1831)

• Nascimento 27 de agosto de 1770• Estuttgart, Alemanha• Morte 14 de novembro de 1831 (61 anos)• Berlim, Alemanha• Influências: Platão, Aristóteles, Neoplatonismo

Descartes, Spinoza, Leibniz, Kant, Fichte, Schelling, Goethe, Hölderlin, Schiller, Vico, Rousseau, Montesquieu, Böhme

• Influenciados: Bauer, Bradley, Breton, Camus, Croce, Danto, Deleuze, Derrida, Dewey, Dilthey, Emerson, Engels, Feuerbach, Fukuyama, Savigny, Kojève, Koyré, Lacan, Lenin, Lévi-Strauss, Marx, Nietzsche, Sartre, Stirner,

• Trabalhos notáveis Fenomenologia do Espírito• Escola/tradição Idealismo alemão,

hegelianismo (fundador); historicismo

• Principais interesses Epistemologia, Lógica, Filosofia da história, Filosofia política, religião, consciência, Metafísica

• Ideias notáveis Dialética, idealismo absoluto

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...Nada há no céu e na terra, ao mesmo tempo, o ser e o nada. Hegel

• Hegel nasceu em Stuttgart 1770 e morreu em 1831 em Berlim estudou teologia formando em pastor em 1793 tinha formação em grego, latim, história e filosofia, foi professor da universidade de Iena, e reitor na de Berlim.

• Hegel tinha a pretensão ambiciosa de sepultar as doutrinas que o precederam, dando um fim definitivo as respostas desse saber absoluto que é a ciência.

• Havia uma Alemanha não unificada, com resquícios da velha ordem feudal, em contraste com a França e Inglaterra, com os pensamentos de Igualdade, Fraternidade, e Liberdade.

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• Assim surge o pensamento hegeliano que buscava a libertação do homem como sujeito autônomo capaz de dirigir seu próprio desenvolvimento, sua atividade racional livre, sem autoridade externa.

• No pensamento hegeliano, o empirismo Inglês é contestado pelo idealismo alemão, que buscava leis universais onde a razão poderia chegar a conceitos universais.

• Hegel buscava ênfase na razão colocando o homem com livre e capaz de se desenvolver por uma vontade racional, transformando a realidade de acordo com critérios racionais.

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• Hegel também manifesta uma objeção ao kantismo, no que se refere a impossibilidade de conhecer a coisa em si, limitaria a razão, mantendo-a vulnerável as críticas empirismo.

• A dialética hegeliana envolve a realidade é essencialmente negativa.

• Tal processo de transformação expressa o movimento em três fases:

• Em si ( TESE)- está a limitado as qualidades que possui, distingue dos outros seres.

• Para si ( ANTÍTESE)- é o ser que se nega e se transforma, adquire novas qualidades.

• Em si-para si (SÍNTESE)- recupera a essência que se preservou nesse fluxo de transformação, por meio da negação da negação

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• Este novo conceito filosófico sustenta-se pois tudo que existe é ser, rompendo a ideia de um mundo composto por coisas ou seres cuja a identidade se mantem até que o ser deixe de existir.

• Com Hegel rompe-se a ideia de que uma coisa só pode ser ela mesma e que a se transformar perde sua identidade.

• O ser é fundamentalmente um vir- a- ser.

• As preocupações de Hegel não se dirigem a aspectos específicos da vida humana, suas origens ou inserção no mundo. Seu sistema revela preocupação mais ampla, voltada ao direito, à historia, à política, enquanto âmbitos diversos da realização do homem em seu mundo, esta sim o foco primordial.

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• Como todos os seres, o homem também está em processo de contínua transformação.

• O conhecimento é um processo contínuo que ele não pode ser desvinculado das condições históricas que o determinaram. É também progressivo, não existindo verdades eternas. 

• O sistema hegeliano busca reproduzir a trajetória do espírito em direção à apreensão do mundo em sua totalidade.

• Assim entendida, a Natureza é o elemento mediador entre o Ser e o Espírito. 

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• A Ideia constitui-se a própria realidade, na medida em que o mundo real nada mais é que exteriorização deliberada da Ideia.

• Decorre daí que o pensamento não depende das coisas, mas estas é que dependem dele.

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CAPÍTULO 21 HÁ UMA ORDEM IMUTÁVEL NA NATUREZA E O CONHECIMENTO O REFLETE: AUGUSTE COMTE (1798-1857)

• Nome completo Isidore Auguste Marie François Xavier Comte

• Nascimento 19 de janeiro de 1798• Montpellier, França• Morte 5 de setembro de 1857 (59 anos)• Paris, França

• Influências: David Hume, Conde de Saint-Simon Marquês de Condorcet, René Descartes, Galileu Galilei, Denis Diderot, Francis Bacon

• Influenciados: John Stuart Mill, George Elliot, Harriet Martineau, Pierre Laffitte, Emile Littré, Léon Gambetta, Jules Ferry, Marie Curie

• Escola/tradição Sociologia, Positivismo• Ideias notáveis Lei dos Três Estados,

Sociologia, síntese subjetiva, humanismo28

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Amor por principio e a Ordem por base; o Progresso por fim. COMTE

• Comte vive na França num momento pós-revolucionário, quando a burguesia havia ascendido o poder.

• Comte toma partido da parcela mais conservadora da burguesia, que defendia um regime ditatorial e não parlamentarista que buscava criar as condições para se fortalecer no poder e impedir quaisquer ameaças, identificadas com todas as tentativas democratizantes ou revolucionárias.

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Sua proposta de uma filosofia e de reforma das ciências tem como objetivo sustentar essa ideologia.

Suas idéias reforma da sociedade, e até de uma nova religião são coerentes com essa visão.

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Comte elabora, também, uma proposta para as ciências, pretende ser o fundador de uma nova ciência, a sociologia e funda uma religião.

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Apesar de ser discutível o peso do positivismo para o estabelecimento da República no Brasil, é inegável seu papel, pelo menos no que diz respeito à influência de alguns homens que abraçavam o positivismo e que foram importantes nesse momento histórico, é o caso de Benjamim Constant e dos militares brasileiros.

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• A palavra “positivo” e os significados a ela associados marcam diversos temas discutidos por Comte, como a história, a filosofia, a ciência e a religião.

O pensamento positivo, que ele considera já existir no século XIX, em vários ramos do conhecimento é visto como fruto de uma longa historia do desenvolvimento do pensamento

O pensamento humano passaria por três momentos, três formas de conhecimento ( teológico, metafísico, e o positivo), sendo caracterizado, em cada estado, por aspectos diferentes, até atingir, no seu ultimo momento, o estado positivo.

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Comte fundamenta a noção positivista com a evolução histórica do desenvolvimento do espirito, e do conhecimento gerando dois conhecimentos básico:

A ORDEM_ transformação ordeira sem sobressaltos, flui de modo contínuo.

O PROGRESSO _ leva ao melhoramento linear e cumulativo.

São princípios inseparáveis entre si, o progresso constituiu com a ordem uma das condições fundamentais da civilização moderna.

O estado positivo, o espírito humano limitado em obter noções absolutas renuncia a procura da origem e destino do universo, a conhecer as causas

intimas dos fenômenos, preocupando-se unicamente em descobrir suas leis efetivas, explicações dos fatos reduzidas aos seus termos reais

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• Assim, para Comte, trata-se de descobrir que métodos os homens têm empregado para chegar ao conhecimento, para, desses métodos, extrair sua base correta.

• Comte descobre essa base metodológica nos fatos, agora desprovidos de quaisquer roupagens que o obrigue a discuti-los em sua relação com o sujeito que produz conhecimento.

Mas não acredita que acumulação de fatos leve à ciência, (critica ao empirismo) somente depois de relacionados a hipóteses por meio do raciocínio é transformado em conhecimento.

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• O conhecimento científico é, portanto, para Comte, baseado na observação dos fatos e nas relações entre fatos que são estabelecidas pelo raciocínio.

• Essas relações excluem tentativas de descobrir a origem, ou uma causa subjacente aos fenômenos, e são, na verdade, a descrição das leis que os regem.

• As leis dos fenômenos devem traduzir necessariamente, o que ocorre na natureza e, como dogma, Comte parte do principio de que tais leis são invariáveis.

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• O conhecimento científico positivo, que estabelece as leis que regem os fenômenos de forma a refletir de modo como tais leis operam na natureza.

• Conhecimento sempre certo, não admiti conjecturas, conhecimento sempre tem algum, grau de precisão,

• Embora assumindo que o conhecimento científico é certo, Comte o afirma, também relativo.

• Porque o homem só alcança o conhecimento na medida da sua possibilidade, é limitado.

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• Estabelece divisão da ciência:

• Ciências abstratas.

• Ciências concretas.

Comte defendia de que todas as ciências devem se utilizar de um método único.

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A unidade do método não significa que Comte defenda que todas as ciências devam se submeter aos mesmos procedimentos de investigação; ao contrário, procedimentos específicos são vistos como adaptados estreitamente aos objetos a que se referem, assim, por exemplo, a química deve utilizar da experimentação, enquanto a biologia deve utilizar da comparação e classificação.

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• Comte distinguia o individuo do coletivo, e que somente os objetivos relevantes ao grupo são relevantes em detrimento do individual.

• O que demonstra o espirito positivista, a felicidade individual só é alcançada pela felicidade do grupo.

• O desenvolvimento da humanidade, passa pelos três estados( o teológico, o metafísico e o positivo).

• Resumindo, o desenvolvimento do espírito.

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• Seu programa social deve ser compreendido em dois aspectos fundamentais a educação universal (especialmente para os trabalhadores), e trabalho para todos.

• O poder espiritual é superior ao poder material ou temporal.

• Combinando ciência positiva e religião positiva, ao sustentar que os dogmas da sua religião são alcançados pela investigação científica ( princípios e leis imutáveis da natureza)

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• Comte é visto como um grande representante da burguesia, na segunda metade do século XIX, ao se envolver com a política assumia um papel conservador.

• As estruturas econômicas, sociais e políticas estabelecidas por essa burguesia que permitia o acumulo de capital, mas para se perpetuarem precisavam de um ideário, de um conjunto de explicativo que afastasse as ameaças contidas nas lutas sociais e políticas emergentes e nas propostas de transformação que o próprio capitalismo gerara.

• Comte foi quem assumiu esse papel.

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CAPÍTULO 22 A PRÁTICA, A HISTORIA E A CONSTRUÇÃO DO

CONHECIMENTO: KARL MARX (1818-1883)• Nome completo Karl Heinrich Marx• Nascimento 5 de Maio de 1818• Tréveris, Renânia-Palatinado Alemanha• Morte 14 de março de 1883 (64 anos)• Londres, Inglaterra• Ocupação: escritor, economista, sociólogo, historiador

e filósofo

• Influências : Epicuro, Spinoza, Kant, Hegel, Feuerbach, Rousseau, Vico, Charles Fourier, Dante, Goethe, Balzac, Adam Smith, Charles Darwin, Bruno Bauer, Thomas Malthus

• Influenciados: Marxistas, Leon Trotsky, Vladimir Lênin, Henri Lefebvre, Lucien Goldman, Max Weber, Ernst Bloch, Theodor W. Adorno, Claude Lévi-Strauss, Jean-Paul Sartre, Eagleton, Eric John Hobsbawm, Wilhelm Reich

• Obra Principal: O Capital• Escola/tradição Marxismo (coofundador, junto com

Engels)• Principais interesses Filosofia, Sociologia,

economia, história, política, teoria social• Ideias notáveis transição gradual para o

comunismo,ditadura do proletariado,materialismo histórico, materialismo dialético, socialismo científico, modo de produção, mais-valia, luta de classes, teoria marxista da ideologia, teoria marxista da alienação, Fetichismo da mercadoria

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• Marx viveu e desenvolveu seu pensamento em uma época de expansão do capitalismo, onde crescia a classe trabalhadora que cresceu em número, em pobreza e em consciência política.

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• A vida de Marx não foi marcada apenas por um intenso trabalho intelectual.

• Ele sempre esteve presente na cena política , participando da organização e da reivindicações da classe trabalhadora, colaborando nos principais acontecimentos do período.

• Seus textos demonstram essa relação ativa e profunda com o movimento operário de sua época e com a luta política pela transformação da sociedade.

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• Em manifesto comunista, são: Salário, preço e lucro, conferencia feita por Marx na Organização Internacional dos Trabalhadores.

• Ao compreender o pensamento de Marx temos que reconhecer seu trabalho intelectual, sua atuação política e as influencias de Hegel, Feuerbach, Adm Smith, Owen, e outros.

Max recorre a categorias hegelianas na produção da sua própria concepção;

poderia sintetizar a relação do pensamento de Marx com o de Hegel na recuperação e proposição da dialética como perspectiva para se compreender o real e para se construir conhecimento.

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• Dos socialistas utópicos e da análise de suas propostas, surge o problema enfrentado por Max, de basear a possibilidade de construção de uma nova sociedade numa abordagem científica da sociedade capitalista e das condições de sua transformação.

• Engels desempenhou na vida de Max um papel fundamental, ele foi um grande interlocutor, colaborador, coautor em várias obras, editor, companheiro de lutas políticas, foi amigo.

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• Todos os textos de Max compõem uma unidade, para ele a compreensão da sociedade deveria basear-se na compreensão de suas relações econômicas, e no entendimento de suas relações históricas, políticas e ideológicas.

• Para Max a base da sociedade está no trabalho.

• O trabalho passa ser essencial para explicar o mundo a sociedade, o passado e a constituição do homem. 47

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• Ao lado disso ele estabelece que a transformação da sociedade se dá pela contradição, antagonismo e conflitos.

• Essa transformação não é linear, não é espontânea, não é harmônica, não é dada de fora da sociedade, mas é consequência das contradições criadas dentro dela, e é sempre dada por saltos, é sempre revolucionária , é sempre fruto da ação dos próprios homens.

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Para Marx, o homem é parte da natureza, mas não se confunde com ela.

O homem é um ser natural porque foi criado pela própria natureza, porque depende da natureza, da sua transformação, para viver.

Por outro lado, o homem não se confunde com a natureza, o homem diferencia-se da natureza, já que usa a natureza transformando-a conscientemente segundo suas necessidade e, nesse processo faz-se homem.

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• O conhecimento não se produz do reflexo do fenômeno, da forma como aparece para o homem;

• o conhecimento tem que desvendar, no fenômeno,

• o método para a produção desse conhecimento assume, assim , um caráter fundamental: deve permitir tal desenvolvimento, deve permitir que se descubra por trás da aparência o fenômeno tal como é realmente.

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• Para Marx , o método leva a produção de conhecimento não especulativo porque se refere ao real.

• O conhecimento não é contemplativo exatamente por referir-se ao real pressupõem, exige, implica a possibilidade de transformar o real.

• O conhecimento científico envolve “teoria” e “práxis”.

• Envolve a compreensão do mundo através da prática que depende do conhecimento.

• O conhecimento deve promover os meios para se transformar o mundo.

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• Apreender o real deve parti dos fenômenos da realidade, dos fenômenos que existem e que são externos ao homem, e não do existe na cabeça dos homens.

• Marx admite o homem como produtor de bens materiais , de relações sociais, de conhecimento, como produtor de si mesmo.

• Marx representa um marco, opor-se ou alinhar-se ao marxismo, mas não ignorá-lo.

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• O conhecimento científico adquire, em Marx, o caráter de ferramenta a serviço da compreensão do mundo para sua transformação, transformação que deve ocorrer em direção dos trabalhadores que está em antagonismo com os donos do capital.

Com Marx, perde-se a expectativa de produzir um conhecimento neutro.

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Concluindo• Hoje a ciência é apresentada como :

• Força de progresso;• Fonte de benefício para a humanidade;• Força de opressão;• Destruição do homem e da humanidade.

• A ciência é avaliada pelos seus produtos tecnológicos, frutos de suas atividades e presentes nos nossos dias.

• Ciência- tecnologia está atrelada, o que desqualifica a ciência como essa fosse a sua única marca na história.

• O produto, o resultado da ciência é a explicação. 54

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• Descobrir as leis que regem os fenômenos é a marca fundamental da ciência em todos os momentos da história.

• Essa explicação racional, deve por meio do trabalho humano, desvendar as leis que expõem o fenômeno para a compreensão humana.

• A explicação elimina o mistério, e coloca o fenômeno “nas mãos” do homem, que lhe permite intervir naquilo que conhece.

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Ciência

Explicação dos fenômenos

racionalmente

Atividade humana que busca conhecer o mundo e nele intervir

Produto do homem que

transforma e é transformado

Método expressa concepção do

homem, natureza, sociedade

Permite desvendar as exigências que a ciência defrontou.

Conhecimento cientifico

Depende do momento histórico que é produzido

A maneira com que o homem se relaciona com o objeto define a produção do

conhecimento

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Para compreender a ciência hoje é preciso recuperar a história

Como se dava o relacionamento homem-natureza

Antigas civilizações Egito, Mesopotâmia ,

Índia e da China

• Produziram conhecimento em diversa áreas, usaram métodos menos inferidos.

• Nessas civilizações as características econômicas e a organização social não tornaram possível a reflexão sobre os métodos que permitiram tais realizações.

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Grécia

O povo grego ponto de partida para a historicidade do método

O fato do povo grego ter sido capaz, sob condições históricas muito especiais, de refletir sobre o método que está necessariamente contido na produção de conhecimento.

Da Grécia, deriva a construção racional de conhecimento.

Foi onde surgiu a preocupação com o método na produção de conhecimento

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Contradições marcaram a história na elaboração dos métodos científicos

Busca das causas dos fenômenos com conotação teológica, qualitativa, procurando essências.

Estudo das propriedades dos objetos do conhecimento;construção de leis gerais universais que expressam claramente e matematicamente essas propriedades.

Casualidade

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Impregnado de misticismo, a crença é a via para a construção do saber

Com ênfase na racionalidade, questiona avalidade da observação, o uso dos sentidos e da razão como vias para o saber, nítida preferencia pela razão

Meio de como se chegar ao conhecimento

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Razão x Observação

Refere-se ás diferentes maneiras de se conceber o papel do observador na produção do conhecimento.

O sujeito que é ativo na produção do conhecimento esteve sempre associada a uma valorização da razão

A observação como procedimento para produzir

conhecimento reflete um sujeito que apenas reproduz o mundo como ele era ou se apresenta

para o homem

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• Essas contradições foram surgindo ao longo do da história e ajudaram a compreender como a atividade científica, em certos momentos carregada de misticismo, indistinta da filosofia, desvinculada da prática , chega hoje com uma racionalidade em alto grau, ocupando um lugar próprio, distinta da filosofia, reconhecida e valorizada, e com um vínculo tão estreito com a produção que hoje em dia não é possível falar em ciência sem falar em tecnologia e vice-versa.

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• Embora tais características tornem a produção científica sofisticada, e diferenciado em relação ao que foi em outros momentos históricos, parece lícito supor que as concepções metodológicas hoje têm suas origens no século passado.

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• Hoje a deferentes métodos coexistem, e são explorados ao máximo, surgem novas teorias, que revolucionam áreas inteiras do saber, surgem novas áreas de conhecimento, a produção de conhecimento adquiriu velocidade e volume jamais vistos.

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Obrigado

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