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SIGMAIS :: out/2019 | 2ª SÉRIE :: ENSINO MÉDIO | 22_4_S+_08_2019_atv.docx 1 LÍNGUA PORTUGUESA 1. Luís Soares reparava que quando os seus dedos tocavam os da prima, esta experimentava uma grande emoção: corava e empalidecia. Era um grande navegador aquele rapaz nos mares do amor: conhecia-lhe a calma e a tempestade. Convenceu-se de que a prima o amava outra vez. A descoberta não o alegrou; pelo contrário, foi-lhe motivo de grande irritação. Receava que o tio, descobrindo o sentimento da sobrinha, propusesse o casamento ao rapaz; e recusá-lo não seria comprometer no futuro a esperada herança? A herança sem o casamento era o ideal do moço. "Dar-me asas, pensava ele, atando-me os pés, é o mesmo que condenar-me à prisão. É o destino do papagaio doméstico; não aspiro a tê-lo." Realizaram-se as previsões do rapaz. O major descobriu a causa da tristeza da moça e resolveu pôr termo àquela situação propondo ao sobrinho o casamento. Soares não podia recusar abertamente sem comprometer o edifício da sua fortuna. — Este casamento, disse-lhe o tio, é complemento da minha felicidade. De um só lance reúno duas pessoas que tanto estimo, e morro tranquilo sem levar nenhum pesar para o outro mundo. Estou que aceitarás. — Aceito, meu tio; mas observo que o casamento assenta no amor, e eu não amo minha prima. (Luís Soares. Machado de Assis) O fragmento acima exemplifica uma característica da estética realista, porque o narrador explora A o casamento como um negócio por meio da ironia ao Romantismo como comprova a metáfora “mares do amor”. B o dinheiro como medida de todas as coisas principalmente da liberdade, ideia explícita na metáfora “Dar-me asas”. C o materialismo burguês decadente na ironia romântica quando se refere ao casamento por amor, na última fala. D a descrição psicológica de Luís Soares e do tio, respectivamente, nas formas verbais “receava” e “reúno”. E a hipocrisia humana, evidente na irritação de Luís Soares e no receio da proposta de casamento. 2. Rubião fitava a enseada – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra cousa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade. – Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça... Machado de Assis. Quincas Borba Considere as seguintes afirmações sobre o fragmento de texto acima. I. Ao dizer que suas conquistas são obra de Deus, o personagem apresenta um traço romântico, ainda que inserido na lógica realista. II. No trecho, fica evidente a preocupação dos escritores realistas não apenas com uma verdade verossímil, mas exata. III. A descrição psicológica feita pelo narrador revela uma visão materialista do mundo. IV. O personagem apresenta uma visão idealizada do mundo burguês, um dos traços do Realismo. São corretas as afirmações A II e III apenas. B I e III apenas. C III e IV apenas. D I, II e III apenas. E II, III e IV apenas. 2ª série Ensino Médio • Módulo 8 • 4º período ESTE SIGMAIS TEM DE SER ENTREGUE NO DIA 07/10, ATÉ ÀS 7H15.

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SIGMAIS :: out/2019 | 2ª SÉRIE :: ENSINO MÉDIO | 22_4_S+_08_2019_atv.docx 1

LÍNGUA PORTUGUESA 1.

Luís Soares reparava que quando os seus dedos tocavam os da prima, esta experimentava uma grande emoção: corava e empalidecia. Era um grande navegador aquele rapaz nos mares do amor: conhecia-lhe a calma e a tempestade. Convenceu-se de que a prima o amava outra vez. A descoberta não o alegrou; pelo contrário, foi-lhe motivo de grande irritação. Receava que o tio, descobrindo o sentimento da sobrinha, propusesse o casamento ao rapaz; e recusá-lo não seria comprometer no futuro a esperada herança? A herança sem o casamento era o ideal do moço. "Dar-me asas, pensava ele, atando-me os pés, é o mesmo que condenar-me à prisão. É o destino do papagaio doméstico; não aspiro a tê-lo."

Realizaram-se as previsões do rapaz. O major descobriu a causa da tristeza da moça e resolveu pôr termo àquela situação propondo ao sobrinho o casamento.

Soares não podia recusar abertamente sem comprometer o edifício da sua fortuna. — Este casamento, disse-lhe o tio, é complemento da minha felicidade. De um só lance reúno duas pessoas que tanto estimo, e

morro tranquilo sem levar nenhum pesar para o outro mundo. Estou que aceitarás. — Aceito, meu tio; mas observo que o casamento assenta no amor, e eu não amo minha prima.

(Luís Soares. Machado de Assis)

O fragmento acima exemplifica uma característica da estética realista, porque o narrador explora

A o casamento como um negócio por meio da ironia ao Romantismo como comprova a metáfora “mares do amor”.

B o dinheiro como medida de todas as coisas principalmente da liberdade, ideia explícita na metáfora “Dar-me asas”.

C o materialismo burguês decadente na ironia romântica quando se refere ao casamento por amor, na última fala.

D a descrição psicológica de Luís Soares e do tio, respectivamente, nas formas verbais “receava” e “reúno”.

E a hipocrisia humana, evidente na irritação de Luís Soares e no receio da proposta de casamento.

2.

Rubião fitava a enseada – eram oito horas da manhã. Quem o visse, com os polegares metidos no cordão do chambre, à janela de uma grande casa de Botafogo, cuidaria que ele admirava aquele pedaço de água quieta; mas, em verdade, vos digo que pensava em outra cousa. Cotejava o passado com o presente. Que era, há um ano? Professor. Que é agora? Capitalista. Olha para si, para as chinelas (umas chinelas de Túnis, que lhe deu recente amigo, Cristiano Palha), para a casa, para o jardim, para a enseada, para os morros e para o céu; e tudo, desde as chinelas até o céu, tudo entra na mesma sensação de propriedade.

– Vejam como Deus escreve direito por linhas tortas, pensa ele. Se mana Piedade tem casado com Quincas Borba, apenas me daria uma esperança colateral. Não casou; ambos morreram, e aqui está tudo comigo; de modo que o que parecia uma desgraça...

Machado de Assis. Quincas Borba

Considere as seguintes afirmações sobre o fragmento de texto acima.

I. Ao dizer que suas conquistas são obra de Deus, o personagem apresenta um traço romântico, ainda que inserido na lógica realista.

II. No trecho, fica evidente a preocupação dos escritores realistas não apenas com uma verdade verossímil, mas exata.

III. A descrição psicológica feita pelo narrador revela uma visão materialista do mundo.

IV. O personagem apresenta uma visão idealizada do mundo burguês, um dos traços do Realismo.

São corretas as afirmações

A II e III apenas.

B I e III apenas.

C III e IV apenas.

D I, II e III apenas.

E II, III e IV apenas.

2ª série

Ensino Médio • Módulo 8 • 4º período

ESTE SIGMAIS TEM DE SER ENTREGUE NO DIA 07/10, ATÉ ÀS 7H15.

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3.

Parece-lhe então que o que se deu comigo em 1860, pode entrar numa página de livro? Vá que seja, com a condição única de que não há de divulgar nada antes da minha morte. Não esperará muito, pode ser que oito dias, se não for menos; estou desenganado.

Olhe, eu podia mesmo contar-lhe a minha vida inteira, em que há outras coisas interessantes, mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel, e eu só tenho papel; o ânimo é frouxo, e o tempo assemelha-se à lamparina de madrugada. Não tarda o sol do outro dia, um sol dos diabos, impenetrável como a vida. Adeus, meu caro senhor, leia isto e queira-me bem; perdoe-me o que lhe parecer mau, e não maltrate muito a arruda, se lhe não cheira a rosas. Pediu-me um documento humano, ei-lo aqui. Não me peça também o império do Grão-Mogol, nem a fotografia dos Macabeus; peça, porém, os meus sapatos de defunto e não os dou a ninguém mais.

Já sabe que foi em l860. No ano anterior, ali pelo mês de agosto, tendo eu quarenta e dois anos, fiz-me teólogo - quero dizer, copiava os estudos de teologia de um padre de Niterói, antigo companheiro de colégio, que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa. Naquele mês de agosto de 1859, recebeu ele uma carta de um vigário de certa vila do interior, perguntando se conhecia pessoa entendida, discreta e paciente, que quisesse ir servir de enfermeiro ao Coronel Felisberto, mediante um bom ordenado. O padre falou-me, aceitei com ambas as mãos, estava já enfarado de copiar citações latinas e fórmulas eclesiásticas. Vim à corte despedir-me de um irmão, e segui para a vila.

Chegando à vila, tive más notícias do coronel. Era homem insuportável, estúrdio, exigente, ninguém o aturava, nem os próprios amigos. Gastava mais enfermeiros que remédios. A dois deles quebrou a cara. Respondi que não tinha medo de gente sã, menos ainda de doentes; e depois de entender-me com o vigário, que me confirmou as notícias recebidas, e me recomendou mansidão e caridade, segui para a residência do coronel.

Achei-o na varanda da casa estirado numa cadeira, bufando muito. Não me recebeu mal. Começou por não dizer nada; pôs em mim dois olhos de gato que observa; depois, uma espécie de riso maligno alumino-lhe as feições, que eram duras. Afinal, disse-me que nenhum dos enfermeiros que tivera, prestava para nada, dormiam muito, eram respondões e andavam ao faro das escravas; dois eram até gatunos!

Machado de Assis. O enfermeiro (Domínio público)

Assinale a opção em que os termos destacados no texto desempenham a mesma função sintática.

A “que se deu comigo em 1860” e “que foi em l860”

B “de que não há de divulgar nada antes da minha morte” e “de gente sã”

C “se não for menos” e “se conhecia pessoa entendida”

D “que assim me dava, delicadamente, casa, cama e mesa” e “que remédios”

E “que eram duras” e “que nenhum dos enfermeiros (...)”

4.

Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco; estes, sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam.

Antônio Vieira. Sermão do bom ladrão (Domínio público)

Quanto ao uso dos sinais de pontuação, assinale a alternativa que possui a análise correta.

A “, que por ali andava roubando os pescadores,” – As vírgulas foram utilizadas para separar a oração com a função de restringir o termo a que se refere.

B “Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele” – O ponto e vírgula foi usado inadequadamente, pois, no contexto, o autor deveria usar a vírgula para estar de acordo com a norma gramatical.

C “respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”” – Os dois-pontos foram utilizados para introduzir um termo com a função sintática de aposto enumerativo.

D “Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto” – A vírgula foi utilizada para separar a oração subordinada adverbial deslocada. Nesse caso, o seu uso é obrigatório.

E “Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno],” – A s vírgulas são optativas, pois a oração subordinada adverbial aparece depois da oração principal.

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5.

Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!…"

Castro Alves. Navio Negreiro (Domínio público)

Com relação as estruturas morfossintáticas do texto, têm-se os seguintes versos: “Ouvem-se gritos” (v. 11), "Vibrai rijo o chicote, marinheiros!” (v. 23) e “Fazei-os mais dançar!…" (v. 24), a alternativa que apresenta esses verbos no imperativo negativo e mantendo a pessoa gramatical dos versos originais é:

A Não ouviam, não vibrais, não faça.

B Não ouvem, não vibrem, não façam.

C Não ouçam, não vibreis, não façais.

D Não ouvi, não vibres, não faça.

E Não ouvirdes, não vibrardes, não fazei.

HISTÓRIA 6. A onda revolucionária que abalou a Europa em 1848, também conhecida como "Primavera dos Povos", significou

A o avanço das ideias liberais e nacionalistas, a consolidação da burguesia no poder e a entrada do proletariado industrial no cenário político.

B a vitória das diversas correntes socialistas que fundaram, a seguir, a Comuna de Paris.

C a expansão dos setores conservadores que restauraram o Antigo Regime na Áustria, Prússia e Rússia, afastados do poder desde o Congresso de Viena.

D a conquista do Estado pela aliança constituída pela burguesia financeira e pelo proletariado industrial em detrimento dos setores conservadores do Antigo Regime.

E um retrocesso que retardou, na Europa ocidental, a ascensão do liberalismo político e do nacionalismo, ideologias características das burguesias nacionais.

7. No contexto histórico da geração de 1848, a França tornou-se palco inicial e de expansão de revoltas em toda a Europa que enfraqueceram definitivamente os movimentos

A anarquistas, que defendiam o fim do poder político e o domínio superior do ideal humanista.

B socialistas, que pregavam o fim da propriedade privada e da sociedade sem classes.

C nacionalistas, que procuravam enfraquecer a política intervencionista da Santa Aliança.

D conservadores, que procuravam restaurar o Antigo Regime desde o Congresso de Viena.

E liberais, que ganhavam força política com a restauração dos Estados Absolutistas.

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8.

“Os proletários nada têm a perder com ela [a revolução], a não ser as próprias cadeias. E têm um mundo a ganhar. Proletários de

todo os países, uni-vos.” (Karl Marx e Friedrich Engels)

Neste trecho do Manifesto Comunista escrito há 150 anos, estão expressos alguns dos fundamentos do socialismo científico, cujos princípios são:

A internacionalismo e dialética idealista.

B ditadura do proletariado e organização dos Sovietes.

C corporativismo e materialismo dialético.

D comunismo e nacional-socialismo.

E materialismo histórico e luta de classes.

9. O movimento de Owenismo (Robert Owen), no chamado socialismo utópico do século XIX, caracterizou-se por:

A pretender a conquista do poder imediatamente e através da luta armada.

B pretender destruir o sistema capitalista, através de sua paralisação por uma greve universal e de duração indeterminada.

C pretender a criação de comunidades-modelo, a base da cooperação nas quais não haveria a instituição do lucro.

D pretender chegar ao socialismo, através de barganhas entre a cúpula sindical e os representantes dos patrões, unicamente.

E sustentar que havia o capitalismo em virtude de os homens terem sido condenados à miséria terrena, sendo o mundo celestial socialista, daí a abdicação de qualquer movimento de rebelião ou greve.

10. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está correta em relação ao processo de unificação italiana, concluída na segunda metade do século XIX.

A O Congresso de Viena concluiu o processo de integração nacional italiano na medida em que este veio ao encontro dos interesses das elites locais.

B O processo de unificação nacional resultou das fortes pressões da burguesia do sul do país, cuja economia demandava um mercado interno homogêneo, dinâmico e integrado para a colocação da sua moderna produção industrial.

C A construção do Estado Nacional implicou enfrentar e expulsar as tropas de ocupação pertencentes aos impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na Península Itálica desde os acontecimentos de 1848.

D O movimento de unificação partiu das áreas mais industrializadas, teve forte presença de uma burguesia interessada na ampliação do mercado interno e foi sustentado pela ideologia do nacionalismo.

E A consolidação da formação do Estado nacional italiano ocorreu com a anuência do papa Pio IX e o reconhecimento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência e da soberania do Estado do Vaticano, após as negociações da Questão Romana.

GEOGRAFIA As cidades são o principal local onde se dá a reprodução da força de trabalho. Nem toda melhoria das condições de vida é acessível

com melhores salários ou com melhor distribuição de renda. Boas condições de vida dependem, frequentemente, de políticas públicas

urbanas – transporte, como mobilidade urbana, moradia, saneamento, educação, saúde, lazer, iluminação pública, coleta de lixo e

segurança. Ou seja, a cidade não fornece apenas o lugar, o suporte ou o chão como substrato espacial para essa reprodução social. Suas

características e até mesmo a forma como se realizam fazem a diferença. Revista Fórum, número 73, agosto de 2013.(Adaptado)

11. Sobre os elementos citados no fragmento textual que se reproduzem no substrato espacial:

A a cidade é um espaço complexo, onde diversos interesses estão em jogo: aqueles que dela necessitam para sua reprodução (os trabalhadores) e aqueles que dela retiram lucro (os capitalistas).

B as políticas públicas são as únicas responsáveis pela melhora de vida nas cidades, pois possibilitam aos que nela vivem uma maior qualidade de vida.

C as políticas públicas citadas no texto se distribuem igualmente pelo tecido urbano, elastecendo-o de acordo com as condições salariais de seus habitantes, tornando universalizada a acessibilidade do espaço urbano.

D o acesso a bens coletivos urbanos é uma forma de distribuição direta de renda àquela parcela da população inativa que tem o espaço como reprodução de sua força de trabalho.

E a reprodução da força de trabalho deriva da cidade em seus setores econômicos intitulados de primário, secundário e terciário.

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A configuração do espaço urbano da região do Entorno do Distrito Federal assemelha-se às demais aglomerações urbanas e regiões metropolitanas do pais, onde é facilmente identificável a constituição de um centro dinâmico e desenvolvido, onde se concentram as oportunidades de trabalho e os principais serviços, e a constituição de uma região periférica concentradora de população de baixa renda, com acesso restrito às principais atividades com capacidade de acumulação e produtividade, e aos serviços sociais e infraestrutura básica.

M. C. Caiado. A migração intrametropolitana e o processo de estruturação do espaço da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e

Entorno. In: D. J. Hogan. et al. (Org.). Migração e ambiente nas aglomerações urbanas. Campinas: Nepo/Unicamp, 2002.

12. A organização interna do aglomerado urbano descrito é resultado da ocorrência do processo de

A expansão vertical.

B polarização nacional.

C emancipação municipal.

D segregação socioespacial.

E desregulamentação comercial.

O processo de concentração urbana no Brasil em determinados locais teve momentos de maior intensidade e, ao que tudo indica, atualmente passa por uma desaceleração do ritmo de crescimento populacional nos grandes centros urbanos.

R. Baeninger. Cidades e metrópoles: a desaceleração no crescimento populacional e novos arranjos regionais. Disponível em:

www.sbsociologia.com.br. Acesso em: 12 dez. 2012 (adaptado).

13. Um motivo para o processo socioespacial mencionado no texto é o(a)

A carência de matérias-primas.

B degradação da rede rodoviária.

C aumento do crescimento vegetativo.

D centralização do poder político.

E realocação da atividade industrial.

No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.

R. Rémond. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).

14. Uma consequência geográfica do processo socioespacial descrito no texto é a

A criação de condomínios fechados de moradia.

B decadência das áreas centrais de comércio popular.

C aceleração do processo conhecido como cercamento.

D ampliação do tempo de deslocamento diário da população.

E contenção da ocupação de espaços sem infraestrutura satisfatória.

15. O fluxo migratório representado está associado ao processo de

A fuga de áreas degradadas.

B inversão da hierarquia urbana.

C conurbação entre municípios contíguos.

D busca por amenidades ambientais.

E desconcentração dos investimentos produtivos.

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MATEMÁTICA 16. Na figura, o cone reto está inscrito em um cubo de área total igual a 54 cm².

Supondo 3,π = o volume do cone, em centímetro cúbico, é igual a A 81/2. B 27/2. C 9/4. D 27/4. E 81/4.

17. No trapézio ABCD da figura a seguir, os ângulos internos em A e B são retos, e o ângulo interno ˆADC é tal que a tangente dele vale 5/6.

A B

C

D

2a

a

Se AD = 2AB, o volume do sólido obtido ao se girar o trapézio em torno da reta suporte de BC é igual a

A

33.

4

aπ B

35.

8

aπ C

36.

5

aπ D

320.

13

aπ E

38.

5

18. O proprietário de uma fazenda quer construir um silo com capacidade para 770m³, para armazenamento de grãos. O engenheiro encarregado do projeto mostrou-lhe o esquema do silo, composto de um cilindro reto acoplado a um tronco de cone, como mostra a figura a seguir.

2 m

45°

8 m

H

Se, em seus cálculos, o engenheiro considerou22

7=π , então a altura H do silo, em metro, é igual a

A 15. B 16. C 17. D 18. E 19.

19. A soma e o produto das raízes da equação de segundo grau ( ) ( )24 3 5 2 0m n x nx m+ ⋅ − + − = valem, respectivamente,

5/8 e 3/32. O valor de m n+ é igual a

A 9. B 8. C 7. D 6. E 5.

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20. João, Maria e Antônia tinham, juntos, R$ 100 000,00. Cada um deles investiu sua parte por um ano, com juros de 10% ao ano. Depois de creditados seus juros ao final deste ano, Antônia passou a ter R$ 11 000,00, mais o dobro do novo capital de João. No ano seguinte, os três reinvestiram seus capitais, ainda com juros de 10% ao ano. Depois de creditados os juros de cada um no final desse segundo ano, o novo capital de Antônia era igual à soma dos novos capitais de Maria e João. O capital inicial de João era de

A R$ 18 000,00.

B R$ 20 000,00.

C R$ 22 000,00.

D R$ 24 000,00.

E R$ 26 000,00.

FÍSICA 21. Na figura, O é um ponto objeto virtual, vértice de um pincel de luz cônico convergente, que incide sobre um espelho

esférico côncavo E, de distância focal f. Depois de refletidos no espelho, os raios desse pincel convergem para o ponto I

sobre o eixo principal do espelho, a uma distância 4

f de seu vértice.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, é correto afirmar que a distância focal desse espelho é igual a

A 150 cm.

B 160 cm.

C 120 cm.

D 180 cm.

E 200 cm.

22. Um objeto foi colocado em duas posições a frente de um espelho côncavo de 10 cm de foco. A imagem do objeto, conjugada pelo espelho, quando colocado na primeira posição, foi invertida, com ampliação de 0,2 e, quando colocado na segunda posição, foi direita, com ampliação de 5.

Considerando o exposto e, utilizando o referencial e as equações de Gauss, assinale a opção correta que completa as lacunas da frase a seguir.

A imagem conjugada do objeto na primeira posição é _______ e _______ que o objeto. A imagem conjugada do objeto na segunda posição é _______ e _______ que o objeto.

A real – menor – virtual – maior

B real – menor – real – maior

C virtual – maior – real – menor

D virtual – maior – virtual – menor

E virtual – menor – real – maior

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23. Um raio de luz monocromática de frequência f = 1,0 1015 Hz, com velocidade v = 3,0 105 km/s, que se propaga no ar,

cujo índice de refração é igual a 1, incide sobre uma lâmina de vidro (nvidro = 2 ), formando um ângulo de 45° com a

superfície da lâmina. O seno do ângulo de refração é

A 0,5.

B 0,7.

C 1,0.

D 3,0.

E 2.

24. Um raio de luz monocromático propaga-se por um meio A, que apresenta índice de refração absoluto nA = 1, e passa

para outro meio B, de índice de refração Bn 2,= conforme figura.

Considere que o raio incidente forma com a normal à superfície o ângulo de 45°. Nessas condições, o ângulo de desvio (d),

indicado na figura, é igual a

A 60°.

B 30°.

C 45°.

D 15°.

E 90°.

25.

A refração da luz, ao passar por meios transparentes, pode ser modelada matematicamente pela Lei de Snell-Descartes, conforme a figura apresentada.

Acerca do exposto, assinale a opção correta.

A Se 1θ θr

> é correto afirmar que a velocidade da luz é maior no material 1.

B A velocidade da luz é constante e igual em ambos os materiais.

C Se 1θ θr

> é correto afirmar que o índice de refração nr é negativo.

D Se 1n nr

> é correto afirmar que não haverá refração.

E O ângulo crítico (a partir do qual ocorrerá o fenômeno da reflexão total) é obtido quando 1θ 90= ° e, assim, 1n n .r

>

× ×

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QUÍMICA 26. (FUVEST – adaptada) O ano de 2017 marcou o trigésimo aniversário de um grave acidente de contaminação

radioativa, ocorrido em Goiânia, em 1987. Na ocasião, uma fonte radioativa, utilizada em um equipamento de radioterapia, foi retirada do prédio abandonado de um hospital e, posteriormente, aberta no ferro-velho para onde fora levada. O brilho azulado do pó de césio-137 fascinou o dono do ferro-velho, que compartilhou porções do material altamente radioativo com sua família e amigos, acarretando consequências trágicas. O tempo necessário para que metade da quantidade de césio-137 existente em uma fonte se transforme no elemento não radioativo bário-137 é de trinta anos.

Em relação ao fato narrado de 1987, a fração de césio-137, em porcentagem, que existirá na fonte radioativa 120 anos após o acidente será:

A 3,12%.

B 6,25%.

C 12,5%.

D 25,0%.

E 50,0%.

27. (MACKENZIE – adaptada) O isótopo 238 do plutônio ( Pu����� ), cujo tempo de meia-vida é de, aproximadamente, 88

anos, é caracterizado por sua grande capacidade de emissão de partículas do tipo alfa (α). Entretanto, não é capaz de emitir partículas do tipo beta (β) e radiação gama (γ). A respeito desse radioisótopo, têm-se as seguintes afirmações.

I. Ao partir-se de 1 kg de plutônio-238, após 176 anos, restarão 250 g desse isótopo.

II. A equação Pu�����

�⎯� U��

��� � α��� representa a emissão que ocorre nesse isótopo.

III. A quantidade de nêutrons existentes no núcleo do plutônio-238 é de 144.

Considerando-se os conhecimentos adquiridos a respeito do tema de radioatividade e das afirmações supracitadas, é

correto afirmar que:

A não há nenhuma afirmação correta.

B são corretas apenas as afirmações I e II.

C são corretas apenas as afirmações I e III.

D são corretas apenas as afirmações II e III.

E todas as afirmações são corretas.

28. O berquélio (Bk) é um elemento químico cujo isótopo 247-berquélio ( Bk����� ) é o de maior longa vida, tendo meia-vida

de 1.379 anos. O decaimento radioativo desse isótopo envolve emissões de partículas α e β sucessivamente, até chegar

ao isótopo estável chumbo-207 ( Pb����� ).

O número de partículas α, β emitidas e o tempo decorrido para que certa quantidade inicial se reduza a 14� são,

respectivamente: A 10 α; 4 β e 1.379 anos.

B 5 α; 10 β e 5.516 anos.

C 10 α; 5 β e 2.758 anos.

D 5 α; 6 β e 5,516 anos.

E 4 α; 10 β e 690 anos.

29. Reações de oxirredução que envolvem íons, além de igualar o número de elétrons envolvidos na oxidação com o

número de elétrons envolvidos na redução, necessita-se que o somatório das cargas dos íons dos reagentes seja igual ao somatório das cargas dos íons dos produtos.

Dessa forma, considere a reação de oxirredução a seguir, que ocorre em meio básico, isto é, na presença de íons *+,.

Br� .l0 � OH, .aq0 �⎯⎯� Br, .aq0 � BrO�

, .aq0 � H�O .l0

Com base nessas informações, assinale a opção que corresponde ao somatório dos menores coeficientes estequiométricos

inteiros que tornam a reação química representada balanceada.

A 36

B 18

C 24

D 37

E 25

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30. Considere a reação de oxirredução representada pela equação química já balanceada:

3 C�H5O .l0 � 2 K�Cr�O� .aq0 � 8 H�SO� .aq0 �⎯⎯⎯�

�⎯⎯⎯� 3 C�H�O� .aq0 � 2 Cr�.SO�0� .aq0 � 2 K�SO� .aq0 � 11 H�O .l0

Com relação a essa reação, assinale a opção que corresponde, respectivamente, à espécie que é oxidada e à espécie que é

reduzida.

A K�Cr�O� e C�H5O.

B H�SO� e C�H5O.

C K�Cr�O� e H�SO�.

D C�H5O e K�Cr�O�.

E H�SO� e K�Cr�O�.

BIOLOGIA 31. Uma das razões atribuídas ao grande sucesso evolutivo e ecológico das angiospermas é a exploração dos insetos como

polinizadores. Nesse processo, a planta sinaliza ao inseto a disponibilidade de um recurso energético ou nutritivo e, no processo de coleta desse recurso, o inseto leva o pólen de uma flor para a outra. Com relação a esse processo, assinale a opção correta.

A A estrutura sinalizadora mais comumente utilizada pela planta é o cálice, formado por sépalas. O pólen é levado do estigma de uma flor para a antera de outra flor.

B A estrutura sinalizadora mais comumente utilizada pela planta é o androceu, formado por pétalas. O pólen é levado do estigma de uma flor para a antera de outra flor.

C A estrutura sinalizadora mais comumente utilizada pela planta é o estigma, formado por pétalas. O pólen é levado da corola de uma flor para o cálice de outra flor.

D A estrutura sinalizadora mais comumente utilizada pela planta é a corola, formada por pétalas. O pólen é levado da antera de uma flor para o estigma de outra flor.

E A estrutura sinalizadora mais comumente utilizada pela planta é o estigma, formado por pétalas. O pólen é levado do cálice de uma flor para a corola de outra flor.

32. Nas plantas, sempre ocorre alternância de gerações, isto é, existe uma fase haploide e outra diploide. Uma delas é originada por gametas e a outra, por esporos. A esse respeito, são feitas as seguintes afirmações.

I. Os gametas são formados por meiose e os esporos, por mitose.

II. Em todas as criptógamas, a fase predominante é a esporofítica.

III. Em todas as fanerógamas, a fase predominante é a esporofítica.

IV. A fase gametofítica é haploide, enquanto a fase esporofítica é diploide.

Estão corretas apenas

A I e II.

B II e III.

C I e III.

D II e IV.

E III e IV.

33. A fertilização em angiospermas é “dupla”, porque:

A um núcleo espermático une-se a dois núcleos polares, e o outro fecunda a oosfera.

B duas células espermáticas penetram no citoplasma de uma sinérgide.

C das três células antípodas, uma degrada-se, permanecendo apenas duas.

D o tubo polínico contém duas células espermáticas haploides.

E a flor contém gametófitos femininos e gametófitos masculinos.

34. Leia o trecho do poema a seguir.

— Trabalhando nessa terra, tu sozinho tudo empreitas: serás semente, adubo, colheita. — Não levas semente na mão: és agora o próprio grão.

J. C. Melo Neto. Morte e Vida Severina. Universidade da Amazônia, NEAD – Núcleo de Educação à Distância. p.21-13. Disponível em:

<www.nead.unama.br>. Acesso em: 28 ago. 2017.

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A semente é considerada uma estrutura reprodutiva originada a partir do desenvolvimento do óvulo. Com base nos conhecimentos sobre sementes, assinale a opção correta.

A Nas angiospermas, a semente é um óvulo imaturo envolvido por cinco camadas de tecidos parenquimáticos que formam os estróbilos masculino e feminino.

B A dependência de água para a fecundação nas gimnospermas possibilita a dispersão de suas sementes nas mais diferentes regiões do planeta.

C À semente das angiospermas, é atribuído um valor significativo de sobrevivência porque ela confere nutrição ao embrião até que ocorra a germinação.

D As sementes das gimnospermas são protegidas por um carpelo queratinizado, o que dificulta a ingestão delas e adispersão pelos animais frugívoros.

E A germinação das sementes de gimnospermas ocorre na forma hipógea, ou seja, os cotilédones são trazidos para fora do solo, o que lhes confere uma vantagem evolutiva.

35. Observe o esquema da flor a seguir e marque a opção incorreta a respeito dessa estrutura reprodutora.

A 1 e 2 representam, respectivamente, a antera e o filete.

B 3 representa o estigma, uma parte do androceu.

C A estrutura 4 é chamada estilete.

D O ovário está representado pelo número 5.

E A estrutura 6 é conhecida por sépala.