· 2017. 9. 1. · considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no...

147
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TAIRINE BERGMANN GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Santa Rosa 2016

Upload: others

Post on 31-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

0

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

TAIRINE BERGMANN

GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Santa Rosa 2016

Page 2:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

1

TAIRINE BERGMANN

GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.

Orientador Esp. Rogério Silva dos Santos

Santa Rosa 2016

Page 3:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

2

TAIRINE BERGMANN

GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.

Santa Rosa, 06 de Dezembro de 2016.

Page 4:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meus pais que sempre estiveram ao meu lado, e a todas as pessoas que de uma ou outra forma auxiliaram e estiveram presentes durante estes quatro anos. Da mesma forma, agradecer aos amigos e colegas que trilharam estes quatro anos junto cultivando amizades.

Page 5:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

4

AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecer a Deus por ter me guiado durante estes anos, em mais esta etapa de minha vida.

A minha família pelo incentivo e apoio que me ofertaram nos momentos mais difíceis para que eu fosse possível a conclusão desta graduação.

Agradecer de modo geral a todos os professores pelo empenho e dedicação que tiveram no decorrer desta caminhada, repassando conhecimentos importantes em nossa formação, de forma especial ao professor Rogério Silva dos Santos, pela paciência e excelente orientação.

Agradecer também a Prefeitura Municipal de Cândido Godói e seus servidores por permitirem a realização do estagio e auxiliando na busca de todas as informações necessárias.

Page 6:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

5

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências"

Pablo Neruda

Page 7:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

6

RESUMO

Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no

setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado na Prefeitura Municipal de Cândido Godói buscou tratar da gestão de custos nas escolas municipais da cidade de Cândido Godói / RS. O principal intuito do trabalho foi demonstrar qual o melhor método de custeio a ser utilizado, e apresentar o custo por aluno, por escola que se tem atualmente no município, trazendo sugestões para a otimização na utilização dos recursos, mantendo a qualidade no ensino. Quanto a metodologia, trata-se de um estudo de caso, onde os dados coletados são ordenados de acordo com sua relevância para o trabalho, buscando alcançar os objetivos propostos. Em função de ser um estudo de caso, fez-se necessário um estudo bibliográfico, buscando embasamento teórico para dar sustentação ao trabalho e conhecimento ao pesquisador. Foram desenvolvidos os tópicos: serviço público, que trata da prestação de serviços a população, com ênfase na educação, contabilidade geral, um apanhado histórico, e conceitos básicos da contabilidade, a contabilidade pública e suas particularidades, a contabilidade de custos, visando verificar os métodos de custeio aplicáveis ao caso, e o tratamento dos custos no setor público em relação a normatização da utilização do subsistema de custos e a valorosa contribuição que estes podem trazer ao setor público. Através do referencial foi possível perceber como é importante à boa gestão pública e como as informações de custos podem auxiliar no processo de tomada de decisão, e na otimização dos recursos públicos, em benefício da população. Com os dados coletados junto ao setor da contabilidade, setor pessoal e secretaria de educação foi possível efetuar cálculos de métodos de custeio, apresentado o custo por aluno por escola do município, permitindo uma análise comparativa entre as escolas e por fim propor sugestões de melhorias, buscando a otimização dos recursos e a prestação de serviços de qualidade.

Palavras- chave: Serviço Público - Educação - Custos - Gestão Pública

Page 8:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

7

RESUMEN

Considerando la imposición de la utilización de la información de costos en el sector público y la implementación de un subsistema de costos, el trabajo realizado en la prefectura de la ciudad de Cândido Godói buscó abordar la gestión de costos en las escuelas municipales de Cândido Godói/ RS. El principal objetivo del trabajo fue demostrar cual es el mejor método de costeo a ser utilizado y presentar el costo por estudiante por escuela que actualmente tiene el municipio, con sugerencias para optimizar el uso de los recursos, manteniendo la calidad en la educación. Cuanto a la metodología, es un estudio de caso en que los datos recogidos se ordenan en función de su relevancia para el trabajo, buscando alcanzar los objetivos. Tratándose de un estudio de caso, se hizo necesario un estudio bibliográfico mediante la búsqueda de bases teóricas para sostener el trabajo y el conocimiento para el investigador. Los temas que se han desarrollado: servicio público, que se ocupa de la prestación de servicios a la población, con énfasis en la educación, contabilidad general, una visión histórica y conceptos básicos de la contabilidad, contabilidad pública y sus características y la contabilidad de costos, con el fin de verificar los métodos de costeo aplicables al caso y el tratamiento de los costos en el sector público en relación con la normativización del uso de los costos del subsistema y la valiosa contribución que pueden aportar al sector público. Por el referencial fue posible darse cuenta de la importancia de un buen gobierno y como las informaciones de costos puede ayudar en el proceso de decisiones y la optimización de los recursos públicos en beneficio de la población. Con los datos recogidos en el departamento de contabilidad, sector personal y de la secretaría de educación, fue posible hacer cálculos de los métodos de costeo, presentando el costo por estudiante por escuela en el municipio, lo que permite un análisis comparativo entre las escuelas y, finalmente, proponer sugerencias de mejora, en la búsqueda de la optimización de recursos y la prestación de servicios de calidad.

Palabras clave: Servicio Público - Educación - Costos - Gestión Pública

Page 9:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - A obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação

brasileira. ................................................................................................................... 49

Ilustração 2 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 53

EMEI Pingo de Gente ................................................................................................ 53

Ilustração 3 - Custos Diretos da EMEI Pingo de Gente ............................................. 54

Ilustração 4 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 55

EMEF General Osório ............................................................................................... 55

Ilustração 5 - Custos Diretos da EMEF General Osório ............................................ 55

Ilustração 6 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 57

EMEF São Luiz Gonzaga .......................................................................................... 57

Ilustração 7 - Custos Diretos da EMEF São Luiz Gonzaga ....................................... 57

Ilustração 8 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 58

EMEF São Miguel ..................................................................................................... 58

Ilustração 9 - Custos Diretos da EMEF São Miguel .................................................. 59

Ilustração 10 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da .............. 59

EMEF Tiradentes ...................................................................................................... 59

Ilustração 11 - Custos Diretos da EMEF Tiradentes ................................................. 60

Ilustração 12 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da .............. 61

SMEC ........................................................................................................................ 61

Ilustração 13 - Repasses de Verbas para Manutenção da Educação ....................... 61

Ilustração 14 - Repasses de Verbas para Manutenção da Educação ....................... 62

Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 62

Ilustração 15 - Custos para Manutenção da Educação Infantil ................................. 62

Ilustração 16 - Custos para Manutenção da Educação Infantil ................................. 63

Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 63

Ilustração 17 - Custos para Manutenção do Ensino Fundamental ............................ 64

Ilustração 18 - Custos para Manutenção do Ensino Fundamental ............................ 64

Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 64

Ilustração 19 - Custos Gerais para Manutenção do Ensino ...................................... 65

Page 10:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

9 Ilustração 20 - Custos Gerais para Manutenção do Ensino ...................................... 65

Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 65

Ilustração 21 - Salário dos Motoristas do Transporte Escolar ................................... 66

Ilustração 22 - Salário dos Motoristas do Transporte Escolar ................................... 66

Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 66

Ilustração 23 - Custeio por Absorção EMEI Pingo de Gente ..................................... 68

Ilustração 24 - Custeio por Absorção EMEF General Osório .................................... 69

Ilustração 25 - Custeio por Absorção EMEF São Luiz Gonzaga ............................... 70

Ilustração 26 - Custeio por Absorção EMEF São Miguel .......................................... 71

Ilustração 27 - Custeio por Absorção EMEF Tiradentes ........................................... 72

Ilustração 28 - Custeio por Departamentalização EMEF General Osório ................. 74

Ilustração 29 - Custeio por Departamentalização EMEF São Luiz Gonzaga ............ 75

Ilustração 30 - Custeio por Departamentalização EMEF São Miguel ........................ 77

Ilustração 31 - Custeio por Departamentalização EMEF Tiradentes ......................... 78

Ilustração 32 - Custeio por Absorção – Custo por Aluno ........................................... 80

Ilustração 33 - Gráfico: Custeio por Absorção – Custo por Aluno ............................. 81

Ilustração 34 - Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno ..................... 82

Ilustração 35 - Gráfico: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno ....... 82

Ilustração 36 - Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno ..................... 83

Ilustração 37 - Gráfico: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno ....... 84

Page 11:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

10

LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.

FEMA – Fundação Educacional Machado de Assis

p. – página

RS – Rio Grande do Sul

ABC - Activity Based Costing

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

CF – Constituição Federal

PNE – Plano Nacional de Educação

Art. – Artigo

§ - Parágrafo

CPM – Círculo de Pais e Mestres

EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil

EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental

IEE – Instituto Estadual de Educação

Nº - Número

Km - Quilometro

SMEC – Secretaria Municipal de Educação e Cultura

h – Hora

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

RH – Recursos Humanos

Page 12:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

11

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 14 1.1 TEMA .................................................................................................................. 14 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 14 1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 14 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 16 1.6.1 Categorização Da Pesquisa ........................................................................... 17 1.6.2 Dados Gerados ............................................................................................... 20 1.6.3 Análise e Interpretação De Dados ................................................................ 21 1.6.4 Apresentação Da Organização ...................................................................... 21 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 23 2.1 SERVIÇO PÚBLICO ........................................................................................... 23 2.2 CONTABILIDADE GERAL .................................................................................. 31 2.3 CONTABILIDADE PÚBLICA ............................................................................... 33 2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 36 2.5 CUSTOS NO SETOR PÚBLICO ......................................................................... 47 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 51 3.1 A ORGANIZAÇÃO E SUAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS .................. 51 3.2 APURAÇÃO DE CUSTOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS .................................. 67 3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS POR ALUNO POR ESCOLA ....................... 79 4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 85 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 87 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 APÊNDICES ............................................................................................................. 92 APÊNDICE A – Entrevista ......................................................................................... 93 APÊNDICE B – Planilha de Coleta de Dados ........................................................... 94 ANEXOS ................................................................................................................... 96 ANEXO A – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ...................................... 97

Page 13:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

12

INTRODUÇÃO

Como a escassez de recursos no setor público vem aumentando a cada ano,

assim também os gestores enfrentam dificuldades para lidar com esta escassez,

buscando atender os anseios da população com as verbas que são disponibilizadas.

O uso das informações de custos já faz parte da legislação, porém o setor público

tem um período não determinado para adaptar-se a nova situação, as informações

de custos podem ser muito úteis para auxiliar os gestores na tomada de decisão,

otimizando a utilização do recurso público, tendo uma visão mais precisa de onde

podem ser cortados gastos.

Com o propósito de auxiliar o setor público na adequação ao novo subsistema

de custos aplicado ao setor público e indicar o melhor método de custeio para área

da educação, buscando a otimização do uso do recurso público. O tema do deste

estudo é: Gestão de custos nas escolas municipais da cidade de Cândido Godói /

RS, sendo que foi utilizado como parâmetro para a pesquisa o primeiro semestre de

2016.

Este trabalho objetiva apurar os custos das escolas municipais e o custo

médio por aluno de cada escola comparando os dados entre as escolas do

Município de Cândido Godói, RS, buscando soluções para a redução do custo, sem

perda na qualidade do ensino. Para tanto será necessário coletar os gastos de cada

escola, classificando-os, aplicar os métodos de custeio por absorção e

departamentalização, demonstrando os dados, e elaborando uma média de custo

por aluno por escola. Atualmente o setor público busca a adequação a nova

legislação sobre utilização das informações de custos, para auxiliar na tomada de

decisão e na otimização na utilização dos recursos.

É relevante destacar a importância do estudo teórico, assim como o trabalho

trata de custos na educação, iniciou-se pelo serviço público, pois a educação é um

serviço público prestado a população, e espera-se um serviço de qualidade,

baseado na LDB, lei que estabelece as diretrizes e bases para uma educação de

qualidade. Como o estudo traz as informações de custos, é necessário um estudo

aprofundado sobre contabilidade, a contabilidade aplicada ao setor público,

Page 14:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

13 especificando a contabilidade de custos e por fim aos custos no setor público,

inteirando-se do assunto a ser trabalhado, embasado nos autores: Antônio Cezar

Bornia, Eliseu Martins, Antônio Lopes de Sá, Cezar Volnei Mauss e Marcos Antônio

de Souza, Inaldo da Paixão Santos Araújo e Daniel Gomes Arruda.

A estruturação do trabalho está disposta na seguinte maneira, na

primeiramente tem-se a introdução, que traz um apanhado geral do trabalho, na

sequência a apresentação do tema, sua delimitação, os objetivos geral e

específicos, justificativa, e por fim a metodologia que será aplicada, tudo para

garantir o sucesso do trabalho.

Em um segundo momento tem-se o referencial teórico, que é responsável

pela sustentação do trabalho, buscando um estudo para conhecimento prévio das

questões a serem pesquisadas, dentro do referencial foram abordados alguns temas

que tem relação direta com a pesquisa, que são: serviço público, contabilidade geral,

contabilidade pública, contabilidade de custos e custos no setor público.

A terceira parte do trabalho apresenta o diagnóstico e análise, onde trata da

pesquisa em si, onde são apresentados os dados coletados e de que forma eles

foram utilizados, buscando sempre atingir os objetivos propostos.

Findando o estudo, segue a parte de recomendações, onde pode-se propor

sugestões de melhorias para o setor público, buscando otimizar a utilização dos

recursos, atendendo de maneira mais eficiente aos anseios da população. Segue

ainda a conclusão, apêndices e anexos. A partir da interação entre teoria e prática, a

vivência do estudo, traz uma visão diferente dos fatos, contribuindo

significativamente para o processo ensino aprendizagem.

Page 15:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

14 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO

Neste trabalho foram desenvolvidos os seguintes tópicos: tema, delimitação

do tema, o problema estudado, os objetivos geral e específicos, a justificativa, a

metodologia utilizada na pesquisa, assim como sua classificação, abrangendo a

categorização da pesquisa, os dados gerados, análise e interpretação de dados e a

apresentação da organização onde realizou-se o estudo. Posteriormente, é

apresentado o referencial teórico, em seguida o estudo segue com o diagnóstico e

análise dos dados coletados, apresentando recomendações e sugestões para

melhorias dentro da organização.

1.1 TEMA

Nota-se a grande dificuldade de se administrar o setor público nos dias atuais,

sendo que os recursos escassos são o fator mais relevante, prejudicando os

serviços básicos prestados a população, como, saúde e educação. Desta forma o

tema do presente estudo é: Gestão de custos nas escolas municipais da cidade de

Cândido Godói / RS.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A educação é a base de uma sociedade, é através dela que o indivíduo

aprende a conviver em sociedade, promovendo o desenvolvimento da sua região,

tendo uma visão crítica dos fatos, assim, quanto maior a qualidade da educação,

melhor e mais desenvolvida será a sociedade que a norteia. Desta forma, no

presente trabalho o tema se delimita a: Gestão de custos nas escolas da rede

municipal de ensino da cidade de Cândido Godói, RS, a partir de dados coletados de

Janeiro a Junho de 2016.

1.3 PROBLEMA

A sociedade vive atualmente um cenário de crise, o poder público conta com

recursos escassos e serviços básicos como a educação encontram-se há anos

defasados, mas apesar de todo cenário conflituoso é possível propor melhorias para

Page 16:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

15 a otimização na utilização dos recursos disponíveis. Assim sendo, o problema a ser

abordado é: Como a gestão de custos auxiliará a administração municipal a gerir

melhor os recursos destinados a educação, e a apuração de custos por aluno

comparando entre escolas municipais de Cândido Godói ?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral elaborado para a presente pesquisa é: Apurar os custos das

escolas municipais e o custo médio por aluno de cada escola comparando os dados

entre as escolas do Município de Cândido Godói, RS.

1.4.2 Objetivos Específicos

a) Coletar os gastos de cada escola municipal do presente município;

b) Classificar os gastos, aplicando os sistemas de custeio por absorção e

departamentalização, para demonstração dos dados;

c) Demostrar a quantidade de alunos matriculados, verificando o custo que

estes representam para o ente público.

1.5 JUSTIFICATIVA

Atualmente o setor público busca se adaptar a nova legislação, que obriga

estado, municípios e união e terem um subsistema de custos, buscando sanar os

gargalos existentes, e desenvolvendo estratégias para redução dos custos nos

diversos setores, porém a maioria dos entes públicos ainda não se adequaram a

esta nova legislação. A referida lei estabelece que os custos sejam alocados por

setor, considerando suas particularidades, e assim analisando formas de redução

nos custos.

Nota-se que os municípios vem buscando se adequar as novas condições, no

município de Cândido Godói o sistema de custos ainda não foi implantado, e os

custos vem sendo apurados de maneira superficial, muitas vezes não levando em

consideração todos os critérios necessário para apuração da forma mais adequada,

Page 17:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

16 neste sentido o trabalho vem beneficiar o ente público com apuração dos custos

voltados a educação.

Para a acadêmica, o estudo vem agregar conhecimento a sua formação,

incentivando a busca constante pela pesquisa e atualização, o encontro entre teoria

e prática, sua aplicação no dia a dia, o que acarretará no desenvolvimento e

crescimento pessoal e profissional. Assim este estudo será de grande relevância a

qualquer interessado no assunto, seja para aperfeiçoar conhecimento ou para

promover crescimento pessoal e profissional.

Para a Fundação Educacional Machado de Assis, o presente projeto traz mais

conhecimento aos seus educandos, tratando de um tema atual que vem sendo um

desafio para o setor público, estimulando a pesquisa e a busca por conhecimento e

pelas mudanças que vem ocorrendo no meio, buscando a formação de profissionais

capacitados para buscar soluções para os problemas identificados, incentivando a

busca constante por conhecimento em temas atuais.

Para o meio acadêmico, este trabalho vem ser de grande relevância a todo e

qualquer acadêmico que demonstre interesse pelo setor público, mais precisamente

a área de custos, que poderão utilizar o acervo para agregar conhecimento, sanar

dúvidas, para pesquisas bibliográficas, e para o crescimento pessoal e profissional.

Para a sociedade em geral, por ser um tema atual e de grande impacto no

setor público, considerando que ainda não há profissionais especializados dentro do

setor público, a qualquer pessoa que se interesse pelo assunto tratado, ou que

venha futuramente a ocupar um cargo público nesta área este estudo será de

grande valia.

1.6 METODOLOGIA

A metodologia científica esta baseada na descrição dos métodos que serão

usados para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso. A metodologia

busca demonstrar quais técnicas e métodos contribuirão para atingir os objetivos

propostos, obtendo a solução para o problema que levou a construção deste projeto

de pesquisa.

Desta forma, o pesquisador se utiliza da metodologia para definir os melhores

e os mais adequados mecanismos que irão ajuda-lo no desenvolvimento da

pesquisa, buscando solucionar os problemas que levaram a construção deste

Page 18:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

17 estudo. A metodologia tem a função de categorizar a pesquisa e definir os métodos

a serem usados na coleta dos dados, podendo assim realizar a análise e

interpretação desses dados, para emitir sua opinião.

1.6.1 Categorização Da Pesquisa

A categorização da pesquisa tem por objetivo explicitar o tipo de pesquisa

realizada, consiste em delimitar as técnicas e os procedimentos utilizados no

decorrer do trabalho a fim de atingir os objetivos propostos. Nesta etapa do estudo,

é fundamental a categorização da pesquisa, dando um direcionamento ao trabalho,

como afirmam Marconi e Lakatos: “Constituem etapas mais concretas da

investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos

fenômenos menos abstratos.” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 204)

De acordo com Vianna, a escolha do tipo de pesquisa é muito importante,

pois é através dela que se pode ter uma base para realizar um bom

desenvolvimento da mesma. Há vários tipos de pesquisa, é necessário estabelecer

qual o tipo que mais convém a seu problema, pois será ela que orientará o caminho

mais vantajoso para a obtenção dos resultados desejados (VIANNA, 2001).

A pesquisa pura ou básica, é indicada para os casos de não aplicabilidade do

estudado, onde o objetivo é aprofundar-se no assunto, obter mais conhecimento em

determinada área, como Vianna, quando afirma que a pesquisa pura: “Consiste em

ler sobre determinado assunto e registrar as ideias mais interessantes dos escritos

dos autores com destaque na área.” (VIANNA, 2001, p. 118)

A pesquisa aplicada, diferentemente da pura, faz um estudo de um problema

e busca a solução através de estudos teóricos aplicados na prática, de acordo com

Vianna: “É, portanto, uma pesquisa com fins práticos, de aplicação, geralmente

imediata, dos resultados obtidos para a resolução de problemas da realidade.”

(VIANNA, 2001, p. 119)

Nota-se que no presente estudo há um problema, portanto é utilizada a

pesquisa aplicada. Com este tipo de pesquisa é possível a interação entre teoria e

prática, pois através da análise e interpretação dos dados são apresentadas

sugestões que buscam sanar os problemas relacionados ao uso das informações de

custos no setor público.

Page 19:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

18

A pesquisa ainda pode ser classificada como quantitativa e qualitativa, Vianna

fundamenta que a pesquisa quantitativa “Trabalhará com propostas de investigação

detalhada nos objetivos e procedimentos de pesquisa, hipóteses, variáveis,

significância estatística, plano estruturado e detalhado dos procedimentos de

trabalho, contagens, medidas.” (VIANNA, 2001, p. 122)

Já no modo qualitativo, é responsável pela ligação do pesquisador e a

organização neste método são aplicados entrevistas e conversas, com a finalidade

de obter maior conhecimento da organização, assim afirmam Marconi e Lakatos,

quando descrevem que “A entrevista tem como objetivo principal a obtenção de

informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou problema.” MARCONI E

LAKATOS, 2010, p. 179)

Na pesquisa utiliza-se o tipo quantitativa e qualitativa, sendo que os dados

levantados, serão classificados de acordo com sua relevância para o trabalho,

buscando documentos que tenham significância para a pesquisa, trabalhando

através de dados seguros fornecidos pelo ente público onde se realizará a pesquisa,

entrevistas e questionários serão aplicados objetivando coletar informações de

relevância, as quais serão levadas em consideração durante o processo de análise

dos dados e resultados.

O estudo realizado tem o objetivo de buscar a solução para os problemas

identificados, neste contexto é necessário identificar os critérios da pesquisa

utilizados na busca das soluções, indicando entre exploratória, descritiva e

explicativa qual são mais adequada.

A pesquisa exploratória busca compreender fatos ou problemas, através de

estudos bibliográficos, como afirma Vianna: “Como o próprio nome indica você

desenvolverá uma pesquisa exploratória se quiser entender uma situação, um fato,

um problema, um caso, a partir de estudos feitos por diferentes autores vivenciados

por várias pessoas.” (VIANNA, 2001, p. 130)

A pesquisa descritiva, de acordo com Vianna, necessita de um estudo teórico

detalhado de uma situação-problema previamente identificada, sem que a ela emita

opinião. Na pesquisa descritiva utilizam-se técnicas padrão, como entrevistas,

questionários e observações, que forneçam os dados necessários para análise

(VIANNA, 2001).

A pesquisa explicativa é uma pesquisa de grande complexidade, pois engloba

as pesquisas exploratória e descritiva, buscando qual a origem do problema, como

Page 20:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

19 afirma Vianna: “Ao identificar fatores ou variáveis que determinam a ocorrência, as

causas, as razões de um determinado problema, esta pesquisa chegará à busca das

razões, do por quê da ocorrência da situação ou problema.” (VIANNA, 2001, p. 133)

No presente estudo são utilizadas as pesquisas, exploratória e descritiva,

onde a exploratória tem a finalidade de levar o pesquisador a conhecer melhor o

assunto através de pesquisa bibliográfica, e a descritiva apresenta os processos que

serão utilizados na coleta de dados, elencando-os, a fim de elaborar uma análise útil

e satisfatória.

Quanto aos procedimentos utilizados na pesquisa, podem ser de: pesquisa

bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental, estudo de caso e estudo

de campo, cada um deles tem suas particularidades, assim sendo se deve analisar

quais melhor se adaptam ao tipo de pesquisa que será realizado. A pesquisa

bibliográfica de acordo com Marconi e Lakatos:

“[...] abrange toda bibliografia tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética, audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 166)

De acordo com Marconi e Lakatos, a pesquisa documental tem como

característica que: “[...] a fonte de coleta de dados esta restrita a documentos,

escrita ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem

ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.” (MARCONI;

LAKATOS, 2010, p. 157)

A pesquisa experimental consiste na manipulação de dados, neste contexto

Vianna afirma que: “[...] na pesquisa experimental você deve manipular,

propositadamente, as variáveis definidas, no sentido de identificar os efeitos, e as

consequências destas manipulações no seu objeto de investigação.” (VIANNA,

2001, p. 138)

O estudo de caso é um dos principais procedimentos da pesquisa, pois ele

representa a interação com a prática cotidiana, estuda uma situação real, presente

no dia a dia das organizações, ele permite ter uma visão global, identificando

Page 21:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

20 possíveis falhas, como também se a teoria previamente estudada é condizente com

as práticas da organização, assim Fachin considera que:

Este método é caracterizado por ser um estudo intensivo. No método do estudo de caso, leva-se em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto investigado. Todos os aspectos da casa são investigados. Quando o estudos é intensivo, podem até aparecer relações que, não seriam descobertas. (FACHIN, 2006, p. 45)

De acordo com Vianna, a pesquisa de campo, terá como fonte de dados

pessoas, através de entrevistas ou outro método que se julgue adequado fará a

coleta de dados para posterior análise, este procedimento de pesquisa também se

aplica a grupos, comunidades, instituições que emitam sua opinião ou parecer sobre

o tema que esta sendo desenvolvido (VIANNA, 2001).

Os procedimentos adotados para o trabalho em questão são bibliográfico,

devido a utilização de pesquisa bibliográfica, buscando conceitos e estudos

realizados por autores renomados e com grande conhecimento na área, como

também documental, pois há a coleta de documentos e registros que que auxiliem

no estudo da situação, para atender os objetivos propostos, podendo emitir uma

análise segura sobre o assunto, estudo de caso, considerando que há uma entidade

envolvida e um problema anteriormente identificado, para o qual se busca soluções,

ou sugestões que possam melhorar o quadro atual.

1.6.2 Dados Gerados

Esta etapa é muito importante, pois ocorre a coleta de dados que sustentam

as análises. No TCC em questão forma utilizadas as técnicas de documentação

indireta, em função da necessidade da coleta de documentos pertinentes ao setor

contábil, como, relatórios de gastos da educação, relatórios de gastos do transporte

escolar, no setor de recursos humanos, buscando relatórios de folha de pagamento,

de professores, motoristas e demais funcionários ligados diretamente a educação,

assim como com a SMEC, dados referentes a registros de matrículas dos alunos e

lotação de professores e funcionários.

Faz-se necessária a utilização da técnica de documentação direta,

considerando que serão realizadas entrevistas do tipo despadronizada com o

Page 22:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

21 contador da administração municipal e o responsável do setor de recursos humanos,

como também com funcionários da SMEC, buscando mais conhecimento,

informações, e fatos importantes ao bom desenvolvimento da pesquisa.

1.6.3 Análise e Interpretação De Dados

Após determinar o tipo de pesquisa, e como foram coletados os dados, fez-se

necessário definir os métodos de abordagem da pesquisa e os métodos de

procedimentos utilizados, analisando a adequação de cada um deles com a

pesquisa realizada.

Desta forma, o estudo em questão, considerando o problema identificado,

utiliza do método dedutivo, pois a partir da identificação do problema buscou-se um

estudo para o conhecimento mais aprofundado sobre o problema. O método

dialético também é utilizado, por sua referência as transformações do meio, que

podem ocorrer, modificando a visão dos fatos.

Os métodos de procedimentos auxiliarão na organização da pesquisa. A

escolha dos métodos de procedimento vai depender da situação ou problema

estudado e também dos objetivos que se deseja alcançar. A pesquisa possibilita a

utilização de um ou mais métodos de procedimentos.

Considerando a adequação dos métodos de procedimento, no presente

estudo, é utilizado o método estatístico, pois é necessária a manipulação de dados

numéricos. A utilização do método comparativo também é utilizado, na comparação

dos custos totais com o custo por aluno matriculado e a comparação entre escolas.

1.6.4 Apresentação Da Organização

A Prefeitura Municipal de Cândido Godói está localizada na Rua Liberato

Salzano, número 387, centro de Cândido Godói. O município possui uma área total

de 247 Km² e uma população total de 7.092 pessoas. Cândido Godói foi emancipado

em 09 de outubro de 1963, sendo que o plebiscito com a finalidade de emancipar

Cândido Godói foi votado em 25 de agosto de 1963, e o Sim obteve a vantagem de

400 votos. Até então, Cândido Godói pertencia à Santa Rosa - RS.

O primeiro prefeito foi o Professor Ignácio Edgar Kerkhoff e vice-prefeito o Sr.

Gilberto Casarim, na gestão de 25/01/1964 á 31/01/1969. Na atual gestão, o prefeito

Page 23:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

22 é o Sr. Guerino Backes e o vice-prefeito é o Sr. Afonso Nikoden. As principais

fontes de renda provêm da agricultura, seguida do comércio local e de indústrias

instaladas no município.

A prefeitura contém atualmente o número de 266 funcionários em atividade,

entre eles servidores e contratados, das mais diversas secretarias. A secretaria da

Educação conta com 55 professores em seu quadro, é coordenada pelo Sr, Fausto

Fank, sendo responsável pelas cinco escolas que o município mantém.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz Gonzaga, conta com

346 alunos matriculados, distribuídos entre educação infantil, séries iniciais e séries

finais, localizada na área urbana de Cândido Godói.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental General Osório, conta com 150

alunos matriculados, distribuídos entre educação infantil, séries iniciais e séries

finais, localizada na Linha Timbaúva, área rural do município, a cerca de 8 km da

área urbana.

A Escola Municipal de Educação Infantil Pingo de Gente, conta com 98 alunos

matriculados, atende na modalidade creche, crianças de 1 a 4 anos de idade,

situada na área urbana, conta com 8 professoras e 8 monitoras.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, conta com 20 alunos

matriculados, distribuídos entre educação infantil e séries iniciais, localizada na

Linha São Pedro, área rural do município, a cerca de 10 km da área urbana.

A Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel, conta com 77 alunos

matriculados, distribuídos em educação infantil, séries iniciais e anos finais,

localizada na Linha São Miguel, área rural do município, a cerca de 7 km da área

rural.

Page 24:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

23 2 REFERENCIAL TEÓRICO

Com a finalidade de desenvolver o referencial teórico de qualidade, buscando

um embasamento teórico consistente, trazendo coesão e credibilidade ao TCC, a

pesquisa abordará os seguintes tópicos: Serviço Público, Contabilidade Geral,

Contabilidade Pública, Contabilidade de Custos, Custos no Setor Público.

2.1 SERVIÇO PÚBLICO

É dever Da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, fornecer os serviços

básicos a população como saneamento básico, saúde, educação, para que a

sociedade possa se desenvolver de forma digna. Para conseguir cumprir com seu

papel o Ente público necessita de uma boa administração, observando as

dificuldades de recursos limitados e escassos, fazendo com que os valores

monetários que são disponibilizados se revertam em benefícios para o bem da

população.

É responsabilidade de o setor público prestar serviços, beneficiando a

coletividade, estes devem ser prestados de forma gratuita, buscando atender as

necessidades básicas da sociedade, para Kohama: “Os serviços públicos competem

exclusivamente ao Estado são considerados “serviços públicos” propriamente ditos,

pois sua prestação visa satisfazer “necessidades gerais da coletividade” para que

ela possa subsistir e desenvolver-se [...].” (KOHAMA, 2009, p. 2)

A principal função da administração pública é prestar serviços relevantes a

coletividade, como afirmam Araújo e Arruda: “A administração pública destaca-se,

portanto, por ser um conjunto de órgãos destinados a cumprir as finalidades do

Estado, o que pode ser resumido na busca da realização do bem comum.”

(ARAÚJO; ARRUDA, 2009, p.04)

Todos os serviços prestados pelo ente público de forma gratuita, segundo

Kohama, devem buscar o bem comum, facilitando a vida da comunidade, buscando

satisfazer necessidades básicas, proporcionando conforto e bem-estar, é dever do

estado prestar serviços relevantes a população, assegurando uma vida digna

(KOHAMA, 2009).

A Constituição Da República Federativa do Brasil, com o objetivo de instituir

um Estado democrático, busca assegurar direitos sociais e individuais a população,

Page 25:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

24 conservando valores e visando uma sociedade justa e fraterna, para isto incumbe

deveres aos entes públicos, União, Estados e Municípios. A Constituição, em seu

Capítulo II, que trata Dos Direitos Sociais, onde assegura ao trabalhador, além de

outros direitos trabalhistas, o direito a assistência educacional para filhos e

dependentes até a idade escolar, como prevê o Art. 6º, inciso XXV, onde descreve:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e á infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição. XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (BRASIL, 2012, p. 10 e 11) [grifo do autor]

De acordo com Arruda Aranha, a educação formal prestada pelas escolas,

não deve de forma alguma buscar substituir a educação informal, a qual é prestada

pela família e pela sociedade, pois a educação formal transmite de forma igualitária

conceitos importantes para a vida escolar, mas não tem uma abrangência na

formação e desenvolvimento da personalidade do indivíduo (ARRUDA ARANHA,

1996). Assim como Arruda e Arranha conceituam:

Educação é um conceito genérico, mais amplo, que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social. (ARRUDA, ARANHA, 1996, p. 51)

A Constituição Federal, no que compete a União, na área da educação, no

Art. 22, em seu inciso XXIV traz: “Art. 22 Compete privativamente a União legislar

sobre: (EC nº 19/98 e EC nº 69/2012) XXIV – diretrizes e bases da educação

nacional;.” (BRASIL, 2012, p. 14) [grifo do autor]. A Constituição ainda trata das

incumbências da União para a educação no Art. 24, incisos IX e XV, onde descreve:

“Art. 24 Compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre: IX –

educação, cultura, ensino e desporto; XV – proteção a infância e a juventude;.”

(BRASIL,2012, p.15) [grifo do autor]

A educação é norteada de várias legislações, que buscam esclarecer sobre o

direito à educação e o dever de educar, dando a cada uma suas devidas

responsabilidades, a principal legislação que trata especificamente da Educação é a

Page 26:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

25 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que se encontra em anexo

na integra, que em seu Art. 9º estabelece as responsabilidades da União.

Da mesma forma, Estados tem corresponsabilidade sobre a educação,

assegurando dentro de suas possibilidades e incumbências o ensino gratuito e de

qualidade, em colaboração com os municípios atendendo os ensinos nos níveis

fundamental e médio, bem como o transporte dos alunos da rede estadual, como

assegura o Art. 10 da LDB.

Além da responsabilidade da União, Estados e Distrito Federal, os

municípios também são responsáveis por legislar, e zelar pelos direitos sociais da

população a nível local, assim a Constituição Federal traz a responsabilidade aos

municípios, tratada no Art. 30 e seus respectivos incisos:

Art. 30 Compete aos municípios: I – legislar sobre assuntos de interesse local; II – suplementar a legislação federal e estadual no que couber; III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV – criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual; V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI – manter a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII – manter a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento á saúde da população; VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual; (BRASIL, 2012, p. 17) [grifo do autor]

A incumbência dos municípios no que tange a educação, e no que regem a

LDB, os municípios devem organizar as instituições de ensino, oferecendo ensino

nos níveis de educação infantil e ensino fundamental em colaboração com o estado,

e fornecendo transporte aos alunos da rede municipal, como trata o Art. 11.

A base e os valores de uma sociedade mostram-se pela educação de seu

povo, nota-se assim a importância da educação para a vida em sociedade e para o

desenvolvimento do país. A educação é um serviço público, prestado em

cooperação entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal, os quais são

Page 27:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

26 responsáveis por prestar serviços de qualidade. Para tanto a Constituição Federal,

em seu Art. 205, trata da Educação:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 2012, p. 56) [grifo do autor]

A primeira educação vem da família, após o nascimento o ser humano inicia

um intenso caminho de aprendizagens, é necessário ensiná-lo, educá-lo, incutir

valores e princípios que nortearão sua vida em sociedade, e que através deles

seguir uma vida digna, em respeito a si e aos demais, como afirma Arruda Aranha:

O homem não possui aparelhamento instintivo como o dos animais, e por isso precisa ser socializado para sobreviver, o que é feito mediante a educação recebida das pessoas que o circundam, a partir dos modelos sociais do grupo a que pertence. De fato, desde que nasce o homem é submetido a um intenso processo de aprendizagem, que não termina, senão com a morte. (ARRUDA ARANHA, 1996, p. 56)

A fim de garantir o acesso à educação, e assegurar uma educação de

qualidade e igualitária a todos, foram instituídas inúmeras leis, que regulamentam a

prestação de serviço na área da educação, tratando do direito e das

responsabilidades, delimitando conteúdos de acordo com o nível e idade, a principal

legislação que trata da educação é a LDB.

Com vista em uma educação de qualidade, esta deve ser ministrada seguindo

alguns princípios, para que beneficie toda a população de maneira igualitária, como

trata o Art. 206 da Constituição Federal, que estabelece princípios para ministrar a

educação no Brasil:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade.

Page 28:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

27

VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (BRASIL, 2012, p. 56) [grifo do autor]

Considerando ainda os princípios que regem a educação no Brasil, a LDB faz

menção a alguns princípios adicionais, levando não só o todo, mas também as

particularidades que surgirão em cada escola, atendendo particularidades e visando

a valorização da carga de conhecimento que o aluno já traz com ele, suas vivencias

valores e princípios, isto é apresentado no Art. 2º e Art. 3º e seus incisos.

É dever do Estado fornecer educação gratuita e de qualidade a toda criança a

partir dos 4 anos de idade até os 17 anos de idade, assim como a educação infantil

gratuita para as crianças até 5 anos. Esta educação é ilimitada, prestando

atendimento a crianças com deficiência ou transtornos, ou fora da faixa etária

estabelecida, que não tenham recebido esta educação anteriormente. Todos estes

direitos estão assegurados na LDB, Art. 4º e seus incisos.

Da mesma forma que é dever do Estado, fornecer serviços de educação

básica a toda população, também é dever de pais ou responsáveis efetuar a

matrícula das crianças dentro da idade definida pela lei, que atualmente é obrigatória

a partir dos 4 anos de idade, acompanhando a vida escolar das crianças. Como

define o Art. 5º e seus incisos e o Art. 6º da LDB.

Ainda de acordo com a LDB, escola e sociedade e família devem estar

integradas, na educação, desta forma esta surtirá mais efeito e será mais bem

absorvida pelo aluno, a escola deve ser uma mediadora, estabelecendo

comunicação constante com os pais ou responsáveis sobre a vida escolar das

crianças. Neste sentido a LDB descreve as incumbências das instituições de ensino,

em seu Art. 12 e incisos.

Dentro da instituição de ensino juntamente com a direção, estão os

professores, que é o profissional da educação, prestador de serviços, que está

relacionando-se diariamente com os alunos, buscando cumprir os conteúdos

mínimos, e fornecer uma educação de qualidade. Mas o professor não é

responsável pelo aprendizado, ele é apenas um mediador, que deve buscar

Page 29:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

28 métodos que facilitem o entendimento do conteúdo. Este profissional também tem

responsabilidade perante a educação como trata o Art. 13 da LDB.

O grande objetivo da educação básica é o desenvolvimento do ser humano,

prepara-lo para a vida em sociedade, o professor é o mediador deste processo,

como se confirma no Art. 22 da LDB.

Para alcançar os objetivos da educação, mais precisamente sobre a

universalização do ensino, é criada a base nacional comum, instituída pelo Plano

Nacional de Educação (PNL), sendo assim fixados conteúdos mínimos que serão

trabalhados em todo o país, respeitando as particularidades de cada região, cultura,

economia, entre outros fatores, como trata o Art. 26 da LDB.

O PNE traz os conteúdos mínimos a serem trabalhados em sala de aula, para

todos os níveis de ensino, desde a educação infantil, ensino fundamental e ensino

médio, trazendo como diz a Constituição Federal, um ensino igualitário, dando

condições iguais a todos os educandos do país. O PNE traça diretrizes a serem

alcançadas, pelo tempo que perdurar este plano, como trata em sua Lei própria, Lei

13.005, de 25 de Junho de 2014, Art. 2º:

Art. 2o São diretrizes do PNE: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (BRASIL, 2014)

Assim este Plano, traça diretrizes, metas e estratégias, para alcançar uma

educação com mais qualidade, melhorando as políticas educacionais, no prazo de

10 anos, a contar da data de publicação, Lei nº 13005, de 25 de Junho de 2014,

como traz o Art. 3º do PNE: “Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei serão

cumpridas no prazo de vigência deste PNE, desde que não haja prazo inferior

definido para metas e estratégias específicas.” (BRASIL, 2014).

Page 30:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

29

Para atingir as diretrizes estabelecidas no PNE, e garantir o máximo esforço

para alcançar as metas, e cumprir o Plano Nacional de Educação, o governo

estabelece no Art. 5º do PNE, que o Plano será monitorado e fiscalizado

periodicamente, este monitoramento e fiscalização serão feitos por órgãos

governamentais de várias instâncias, como esclarece o referido artigo e seus

incisos:

Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: I - Ministério da Educação - MEC; II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal; III - Conselho Nacional de Educação - CNE; IV - Fórum Nacional de Educação. (BRASIL, 2014)

A educação no Brasil é dividida em níveis de ensino, cada qual atendendo um

grupo de educandos diferentes, estes níveis foram estabelecidos de acordo com a

idade, desenvolvimento e capacidade dos indivíduos. Assim sendo, a educação no

Brasil encontra-se dividida da seguinte forma: educação infantil, ensino fundamental

e ensino médio, contando também com outras formas de educação, contemplando

os indivíduos que por ventura não possam, ou, não tenham sido atendidos nos

níveis citados, que tratam da educação especial, e a educação de jovens e adultos

(EJA).

A Educação Infantil vem promover a socialização do indivíduo, sua adaptação

no meio escolar, sua familiarização com as rotinas escolares, promovendo o

desenvolvimento como um todo. Considerando a socialização do indivíduo, Arruda

Aranha afirma: “O processo de socialização se inicia por meio da ação exercida pela

comunidade sobre os homens.” (ARRUDA ARANHA, 1996, p. 16). Desta forma a

LDB, também estabelece as finalidades da educação infantil em seus Art. 29 e Art.

30.

O segundo nível estabelecido, trata-se do ensino fundamental, onde ocorre a

alfabetização, o conhecimento da sociedade, uma compreensão de mundo, neste

nível deve-se despertar no indivíduo o pensamento crítico, conhecimentos básicos,

mas principalmente a leitura, escrita, interpretação e cálculos, como trata o Art. 32

da LDB.

Page 31:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

30

O ensino em nível médio servirá para aprofundar os conhecimentos

estudados no ensino fundamental, ter uma visão global, percebendo o mundo em

que vive, preparando assim o indivíduo para uma fase nova, a busca de uma

profissão, o mercado de trabalho, a independência. A escola nestes níveis de

ensino, em muitos casos é a “segunda família” do educando, a escola está ali não

somente para repassar conhecimento, mas para acolher, educar e preparar o

indivíduo para vida em sociedade. Referente ao ensino em nível médio, a LDB, em

seu Art. 35, traz mais esclarecimentos.

A educação no Brasil, além dos 3 níveis principais, conta ainda com

atendimento diferenciado e especializado na educação de jovens e adultos,

atendendo pessoas que não tiveram a oportunidade de frequentar as instituições de

ensino na idade adequada, como assegura o Art. 37 da LDB.

Também é assegurada pela LDB a educação especial, para toda criança que

possui deficiências, transtornos, superdotação ou altas habilidades. O ensino deve

ser oferecido preferencialmente na rede regular, caso não seja viável poderá ser

encaminhado a uma escola especial, onde receberá atendimento especializado, de

acordo com suas capacidades, como estabelecem os Art. 58 e Art. 59.

A educação é mantida pela União, Estado e Municípios, cada um destinar

uma parcela de suas receitas para educação, para manter as instalações,

funcionários e financiar a aquisição dos materiais. Desta forma o Art. 68 da LDB

estabelece qual a origem dos recursos públicos que serão utilizados para estes

repasses.

Cada instância é responsável por um percentual mínimo fixado em lei, que

deve ser destinado à educação, garantindo uma educação de qualidade e que

atenda as necessidades da sociedade. Neste contexto, o art. 69 da LDB traz os

percentuais fixados, assim como a regulamentação dos repasses prazos e punições.

Com a má gestão dos recursos disponíveis, e a corrupção existente no Brasil,

fez-se necessária a identificação, mesmo que geral, do que pode ser considerados

gastos com manutenção escolar, buscando inibir práticas ilícitas na aplicação dos

recursos públicos, como estabelece o art. 70 da LDB, que se encontra em anexo.

A educação é um serviço prestado pelo ente público, e é devida uma

fiscalização por parte do poder público, e da própria sociedade sobre a correta

destinação dos recursos. Pois como se nota, a sociedade parte da educação, quanto

mais educação, mais as pessoas são capazes de discernir valores e

Page 32:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

31 comportamentos, obtendo uma visão crítica e pensante dos fatos, buscando o

desenvolvimento da sociedade como um todo. Neste contexto a contabilidade pode

ser muito útil, pois é nela que são registradas todas as variações do patrimônio,

podendo auxiliar na fiscalização e até mesmo na alocação dos recursos.

2.2 CONTABILIDADE GERAL

A contabilidade é uma ciência que objetiva registrar as variações ocorridas no

patrimônio, fornecendo informações importantes no processo de tomada de decisão.

Mas nem sempre foi assim, historicamente, a contabilidade era usada para o

controle de bens, posteriormente para atender o fisco, somente após muitos anos

notou-se sua função gerencial.

A contabilidade surgiu da necessidade de controle do patrimônio, de acordo

com Schmidt, os povos antigos já demonstravam necessidade de contabilizar seus

bens, mas não detinham conhecimento para isso, assim foram desenvolvendo

técnicas para registrar seu patrimônio, estas técnicas nem sempre funcionavam,

mas foram sendo aprimoradas com o passar dos anos, aumentando a precisão das

informações. Desta maneira a forma de contabilizar foi se desenvolvendo, tornando-

se mais eficiente e precisa (SCHMIDT, 2000).

De acordo com Ribeiro, quando os povos antigos faziam registros de seus

bens, por mais simples que fosse, através de riscos e pontos, ao rever suas escritas

já tinha capacidade de reconhecer, e memorizar o que ali estava representado. Este

entendimento foi um grande passo para evolução humana, considerando que de

certa forma hoje ainda temos marcas desta forma de registro, ao invés de desenhos,

utilizamos contas, e ao invés de riscos ou pontos utilizamos números para

representar a quantidade (RIBEIRO, 2009).

O método das partidas dobradas é muito antigo, e apesar da evolução,

continua sendo utilizado, sem sofrer qualquer tipo de alteração, pois é o que melhor

compreende a forma de contabilizar, sendo esta informatizada ou não. Neste longo

período, não foi apresentado método melhor para contabilização, do que o método

das partidas dobradas, como afirma Marion: “[...] Nos últimos 500 anos observamos

as maiores descobertas e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na

Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que nunca

sofreu qualquer ameaça de substituição.” (MARION, 2009, p.160)

Page 33:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

32

Para Lopes de Sá, o método das partidas dobradas, foi um grande passo para

a evolução da contabilidade, estabelecendo a forma de contabilizar, este método se

tornou universal, passando a ser utilizado no mundo inteiro, onde para cada débito

existe um crédito e para cada crédito existe um débito. Este método é utilizado até

hoje, e até o momento não foi apresentada outra forma mais eficiente de contabilizar

(LOPES DE SÁ, 2009).

De acordo com Ribeiro, a tecnologia foi avançando, tentando suprir as

necessidades das pessoas, que vivem em um mundo cada vem mais acelerado. O

surgimento da informática, que proporcionou um maior conforto na contabilidade,

tornando o processo contábil mais rápido e seguro, possibilitando o acesso dos

usuários as informações quase que em tempo real. Hoje os documentos que

comprovam as ações realizadas pela administração, são lançados em um sistema

de contabilidade, o qual gera relatórios para fins gerenciais, auxiliando na tomada de

decisão (RIBEIRO, 2009).

Com as novas tecnologias e a informatização, segundo Martins, a

contabilidade conseguiu grandes conquistas, resultados mais rápidos e precisos a

fim de atender as necessidades de seus usuários, deixou de atender somente o

fisco, e adquiriu papel administrativo, sendo que suas análises são muito relevantes

na tomada de decisão. Esta informatização beneficiou tanto os usuários da

contabilidade no setor privado, quanto no setor público e continua se desenvolvendo

e proporcionando melhores formas e qualidades de serviços através de seus

sistemas (MARTINS, 2010).

De acordo com Ribeiro, a contabilidade é a ciência que busca auxiliar no

controle do patrimônio, por meio de suas técnicas, registra o patrimônio, demonstra

sua depreciação ao longo do tempo, ou sua valorização, assim como também as

movimentações ocorridas dentro do ambiente da organização. Assim a aplicação da

contabilidade abrange todas as entidades, sejam elas de direito privado, ou, direito

público, como Municípios, Estados e a União (RIBEIRO, 2009).

A contabilidade no setor público, pode ser uma grande aliada na tomada de

decisão e melhor aplicação dos recursos públicos. Como já é rotineiro no setor

privado, também no setor público os gestores deveriam buscar mais os dados da

contabilidade e analisar formas de aplicar o dinheiro que seja mais rentável e

beneficie toda a população, gerando economia nos cofres público e

consequentemente a aplicação consciente dos recursos, podendo realizar mais

Page 34:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

33 investimentos e melhorias que beneficiem a todos, otimizando a utilização dos

recursos público, oferecendo mais qualidade de vida a população, buscando sanar

em primeiro lugar as necessidades básicas.

2.3 CONTABILIDADE PÚBLICA

A incumbência da administração pública é prestar serviços relevantes a

comunidade, assim a contabilidade no setor público vem zelar pelo patrimônio

público, bem de todos, efetuando registros sobre as mudanças ocorridas no

patrimônio, como também a observância do cumprimento plano orçamentário,

auxiliando a administração na tomada de decisão e na otimização da utilização dos

recursos públicos.

De acordo com Araújo e Arruda, para uma boa administração pública, é

necessário controlar o patrimônio público, assim a contabilidade tem seu papel

indispensável também no setor público. No Brasil a contabilidade pública tem

evoluído consideravelmente, utilizando de recursos tecnológicos de ponta,

aperfeiçoando a comunicação e a troca de informações (ARAÚJO; ARRUDA, 2009).

Contabilidade pública, de acordo com Castro e Garcia, é a parte da ciência

contábil responsável pelo registro, controle e demonstração de fatos ocorridos com o

patrimônio público, registrando também as mudanças ocorridas no orçamento. A

contabilidade pública presta valorosos serviços aos estados, municípios e a união,

controlando as contas públicas e efetuando os registros ocorridos no patrimônio

(CASTRO; GARCIA, 2008).

A contabilidade pública tem como principal função o controle das contas

públicas, sendo responsável também pela elaboração do orçamento, em conjunto

com a administração, como afirmam Araújo e Arruda:

A contabilidade pública é o ramo da Ciência Contábil voltada para o registro, o controle e a demonstração dos fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, ou seja, as entidades de direito público interno. (ARAÚJO; ARRUDA, 2009, p. 18) [grifo do autor]

De acordo com Mauss e Souza, a contabilidade pública busca realizar os

registros contábeis pertinentes ao setor público, onde devem ser observadas as

ações executadas pela administração pública e as mudanças que podem ocorrer no

Page 35:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

34 orçamento, zelando pelo patrimônio público e o bem comum, sempre obedecendo a

legislação e procurando inibir práticas ilícitas (MAUSS; SOUZA, 2008).

A contabilidade pública, em que o objetivo principal é tratar do controle e

registro das contas públicas, é também uma área muito complexa, por haver pouco

conhecimento sobre a contabilidade pública, e esta apresentar uma área de atuação

um pouco mais restrita que o setor privado, como afirma Kohama:

A Contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público interno, ou seja, União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, através de metodologia especialmente concebida para tal, que utiliza-se de contas escrituradas nos seguintes sistemas: Sistema Patrimonial e Sistema de Compensação (KOHAMA, 2009, p.25)

Considerando a complexidade da contabilidade pública, é possível perceber

como este ramo exige do profissional muita atenção, não só nos registros, mas na

procedência destes registros, confirmar as informações recebidas, que ainda devem

estar de acordo com o previsto no orçamento. A contabilidade pública tem uma série

de diferenças se comparado com a contabilidade voltada ao setor privado, dentre

elas está o sistema utilizado, como afirmam Mauss e Souza:

A contabilidade governamental, diferentemente da privada, em que não é utilizado o sistema orçamentário, opera como um sistema integrador de registros orçamentários, econômicos, financeiros e patrimoniais, com o objetivo de evidenciar todas as movimentações do patrimônio público, e identificar seus responsáveis com vista a futuras prestações de contas. (MAUSS; SOUZA, 2008, p. 9)

De acordo com Aquino Andrade, a função da contabilidade pública é

classificar as informações e fatos ocorridos mediante documentação, de acordo com

sua natureza, efetuando os registros contábeis pertinentes, buscando a

transparência das informações, e atendendo a legislação própria (AQUINO

ANDRADE, 2013).

A contabilidade pública atende a legislação própria, que determina a utilização

de instrumentos de planejamento, fixando valores de receitas e despesas anuais,

buscando a otimização na utilização dos recursos públicos. Desta forma o

Page 36:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

35 planejamento do orçamento dar-se-á da seguinte forma, Plano Plurianual, Lei de

Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual, como afirma Aquino Andrade:

Plano Plurianual: instrumento que estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e para as relativas aos programas de duração continuada; Lei de Diretrizes Orçamentárias: compreende as metas e as prioridades, além de orientar a elaboração da lei de orçamento anual; e Orçamento Anual: dispõe sobre a previsão da receita e a fixação da despesa, contendo programas de ação do governo e os diversos tipos de despesas necessários a cada um desses programas. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 23)

As receitas representam todas as entradas de recursos, sejam elas pelo

recolhimento de impostos, repasses obrigatórios do governo ou programas

governamentais. Dessa forma Aquino Andrade traz um conceito mais detalhado de

receita pública:

Define-se como todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos em dinheiro ou outro bem representativo de valor que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos, convênios e quaisquer outros títulos, de que seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertençam. É, pois, o conjunto de ingressos financeiros, provenientes de receitas orçamentárias ou próprias receitas extra orçamentárias ou de terceiros, que produzirão acréscimos ao patrimônio da instituição, seja União, Estados, Municípios ou Distrito Federal, suas autarquias e fundações. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 57)

As despesas são todo tipo de desembolso efetuado, no setor público em

específico são divididas em despesas orçamentárias e dispêndios extra

orçamentários, ou seja, as despesas orçamentárias são aquelas que estão previstas

no orçamento, e os dispêndios extra orçamentários são os que não estão previstos

no orçamento, mas são necessários e muitas vezes não podem ser previstos com

tanta antecedência. Assim Aquino Andrade conceitua despesa pública:

Constitui-se de toda saída de recursos ou de todo pagamento efetuado, a qualquer título, pelos agentes pagadores para saldar gastos fixados na Lei do Orçamento ou em Lei especial e destinado a execução dos serviços públicos, entre eles custeios e investimentos, além dos aumentos patrimoniais, pagamento de dívidas, devolução de importâncias recebidas a títulos de caução, depósitos e consignações. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 72)

Page 37:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

36

De acordo com Aquino Andrade, toda dívida pública é um compromisso

financeiro, no setor público a aquisição de uma dívida é justificada pela falta de caixa

para o pagamento de despesas corriqueiras. Mas principalmente para agilizar a

prestação de serviços, recursos que muitas vezes podem demorar, nestes casos

toma-se um empréstimo para agilizar a obra seja ela de infraestrutura, imobilizado

ou outra forma de prestação, mas é necessário cautela por parte da administração

pública para não gera déficit público que possa gerar problemas futuros (AQUINO

ANDRADE, 2013).

Segundo Aquino Andrade, o plano de contas vem trazer transparência as

informações contábeis, pois elas descrevem o de forma sucinta qual a natureza do

recurso, de onde veio e onde foi aplicado. Percebe-se há um despreparo no setor

público para a análise das contas e dos balanços, muitas vezes uma análise pode

trazer informações que podem aperfeiçoar a utilização dos recursos, trazendo mais

benefícios a população. A contabilidade pública poderia auxiliar muito mais na

administração, apesar de ser um ramo bastante complexo, suas informações são

preciosas para uma boa administração (AQUINO ANDRADE, 2013).

Atualmente o grande desafio no Setor público vem sendo a Implantação do

Subsistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP). De acordo com a

Resolução CFC n.º 1.437/13, obriga o setor público a manter um sistema de controle

e registro de custos (BRASIL, 2013). Assim como também define a Lei

Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, seção II, que trata da Escrituração e

Consolidação das Contas, em seu Art. 50 § 3o onde consta: “A Administração

Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da

gestão orçamentária, financeira e patrimonial.” (BRASIL, 2000)

A observância dos custos é de grande valia, pois através deles pode-se

identificar lacunas, economizar recursos e tomar decisão com mais segurança,

sabendo a realidade, e buscando formas de otimizar a utilização destes recursos,

beneficiando um maior número de pessoas.

2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS

As empresas estão enfrentando um cenário cada vez mais competitivo, onde

as mudanças ocorrem de forma muito rápida, e as organizações que desejam se

Page 38:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

37 manter no mercado devem acompanhar estas mudanças para garantir seu espaço.

Desta forma Bornia explica:

O ambiente no qual as empresas encontram-se inseridas esta continuamente se modificando. Acompanhando no tempo a direção destas mudanças, verifica-se claramente que a competição tende a ficar cada vez mais acirrada. A diminuição de barreiras alfandegárias e a criação de grandes mercados de livre comércio indicam que a concorrência tende a ocorrer mundialmente e que reservas de mercado caminham para extinção. No Brasil, onde a industrialização foi alavancada em grande parte pela criação de reservas de mercado, aliada à abundância de matérias-primas e ao baixo custo da mão-de-obra, esse fenômeno também pode ser observado. A participação no Mercosul e a diminuição de barreiras á entrada de vários produtos importados no mercado interno está tornando a competição cada vez mais forte. (BORNIA, 2009, p.1)

De acordo com Bornia, as empresas tradicionais tinham sua produção

baseada na fabricação de poucos artigos, mas alto volume de produção. As

empresas que desejam se mantiver competitiva no mercado precisam produzir uma

variedade muito grande de artigos, pequenos lotes, pois a qualquer momento podem

ocorrer mudanças que diminuam a venda de determinado produto, os produtos tem

uma vida útil menor, e são substituídos com relativa frequência, os clientes são

exigentes e querem prazos de entrega curtos e preços acessíveis, assim as

organizações tem que se adequar a esta nova realidade (BORNIA, 2009).

Na visão de Iudícibus e Mello, o melhoramento da situação financeira de uma

organização, os estudos relacionados a custos são um bom início, tendo em vista

que com base no estudo de custos podem ser identificados falhas e gargalos, que

quando solucionados poderão gerar uma economia consideráveis, possibilitando a

aplicação dos valores economizados em outras áreas (IUDÍCIBUS; MELLO, 2013).

Nota-se que a área de custos pode ser bastante complexa quando se trata de

acompanhamento de valores de certos itens, dentro deste contexto Iudícibus e Mello

trazem sua ideia “Os gerentes e analistas de custos sempre têm tido como uma de

suas preocupações principais a de estimar, discernir e acompanhar a variação, em

reais, de certos itens de custos considerados importantes, dentro da estrutura de

custos da empresa.” (IUDÍCIBUS; MELLO, 2013, p.3)

De acordo com Ribeiro, há tempos a contabilidade de custos tinha seu foco

no produto, auxiliando na formação de preço de venda, mas não demonstra

preocupação com a administração, gerenciamento ou comercialização dos produtos,

Page 39:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

38 os fatores relacionados ao mercado, também não eram considerados (RIBEIRO,

2009).

De acordo com Bornia, a contabilidade de custos tornou-se um importante

aliado na tomada de decisões, desempenhando papel de destaque nas empresas,

que utilizam a contabilidade de custos para estudos de viabilidade, redução do preço

final dos produtos e otimização da produção. No ambiente competitivo em que as

empresas estão inseridas, e as exigências nas questões de qualidade e quantidade,

uma boa administração na área de custos faz uma grande diferença, pode-se dizer

até que dela depende a permanência ou não da empresa no mercado (BORNIA,

2009).

De acordo com Martins, o surgimento da contabilidade de custos deu-se em

função da necessidade de identificar e alocar de forma correta as despesas, gastos

e custos do processo produtivo, facilitando a formação do preço de venda e a

apuração de resultados. Com a contabilidade de custos, veio a possibilidade de

emitir relatórios a nível gerencial, buscando a otimização de resultados (MARTINS,

2010).

De acordo com Martins, habitualmente contadores a administradores buscam

na contabilidade, mais especificamente na contabilidade de custos a solução para os

problemas de mensuração dos estoques e do resultado, por não explorarem todo o

potencial que a contabilidade de custos oferece, mas esta visão esta mudando, pois

com o crescimento das empresas, os Administradores ficam cada vez mais distantes

da empresa e seus colaboradores, neste ponto, a contabilidade de custos vem

agregar forças para auxiliar administradores e contadores a não perderem o controle

de suas entidades (MARTINS, 2010).

O avanço da tecnologia trouxe novas possibilidades a Contabilidade, além de

prestar serviços ao fisco, consegue atender a administração, com relatórios que

auxiliam na tomada de decisão, ajudam no financeiro que está interligado com a

contabilidade, e tudo isso de forma rápida e precisa, Martins afirma que a

contabilidade tem funções relevantes, como demostra o trecho a seguir:

[...] a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda ás tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para a

Page 40:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

39

comparação com os valores anteriormente definidos. (MARTINS, 2010, p.21)

Atualmente para as empresas se manterem no mercado, as peças chaves

são atualização e aprimoramento, acompanhar a tecnologia, novas formas de

produção, inovação e criatividade, também as empresas devem ficar atentas aos

desperdícios, não só de materiais, mas de tempo, toda atividade pode ser

aprimorada de alguma forma, e isso as mantêm no mercado, como afirma Bornia:

No processo de melhoria contínua, a eliminação dos desperdícios é peça de fundamental importância. Para sobreviver no mercado moderno, a empresa moderna trabalha continuamente para eliminar os desperdícios, entendendo-se por desperdícios todo insumo consumido de forma não eficiente e eficaz, desde materiais e produtos defeituosos até a atividades desnecessárias. Além dos desperdícios, existem algumas atividades que são imprescindíveis á fabricação do produto, mas que não agregam valor a ele, como a preparação de máquinas e a movimentação de materiais. [...] (BORNIA, 2009, p. 3)

A contabilidade de custos busca atender as necessidades de seus usuários,

oferecendo suporte contábil e administrativo, auxiliando na tomada de decisão e na

otimização de resultados dentro da organização. Para que haja um melhor

entendimento do assunto, é importante conhecer alguns conceitos básicos

relacionados com a contabilidade de custos, como: gastos, desembolso, custos,

despesas, perda, investimento.

A nomenclatura gastos é comumente usada nas empresas, na visão de

Viceconti e Das Neves “O gasto se caracteriza quando os bens ou os serviços

adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.”

(VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p.13)

Quando uma empresa efetua uma compra, e o produto ou serviço é entregue,

não quer dizer que a empresa já tenha pago por este produto ou serviço, portanto é

preciso ter cautela para não confundir gastos com desembolso, afinal a compra pode

não modificar os valores monetários da empresa imediatamente, neste sentido

Bornia esclarece:

Gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não. Não é sinônimo de Desembolso, o qual é o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto. Por exemplo, se for efetuada uma compra de material com 60 dias de prazo

Page 41:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

40

para o pagamento, o gasto ocorrerá imediatamente, mas o desembolso só ocorrerá dois meses depois. (BORNIA, 2009, p. 15) [grifo do autor]

Na percepção de Martins, gastos é qualquer produto ou serviço que gera

desembolso financeiro, sendo ele presente ou futuro, este conceito contempla

gastos com matéria prima, mão- de- obra, honorários, compra de imobilizado, etc.

Assim é tido como gasto a partir do momento em que for devidamente registrado na

contabilidade, não considerando o pagamento e sim a aquisição (MARTINS, 2010).

Entende-se que desembolso é o pagamento efetivo da aquisição de bens ou

serviços, assim Viceconti e das Neves relatam que Desembolso é “Pagamento

resultante da aquisição de bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente com o

gasto (pagamento a vista) ou depois deste (pagamento a prazo).” (VICECONTI; DAS

NEVES, 2013, p.13)

De acordo com Martins, desembolso trata-se do pagamento efetivo de um

bem ou serviço adquirido, podendo este ocorrer antes, durante ou após a entrada do

bem ou serviço adquirido na empresa (MARTINS, 2010).

Todo bem adquirido para utilização na produção, e toda mão-de-obra

empenhada na produção, devem ser considerados custos, desta forma Martins

define custo como: “Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros

bens ou serviços.” (MARTINS, 2010, p. 25)

De fato o custo representa todo o gasto que se tem com a produção de um

bem ou serviço, assim Bornia conceitua: “Custos de Fabricação é o valor dos

insumos usados na fabricação dos produtos da empresa, Exemplos desses insumos

são: materiais, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, entre

outros.” (BORNIA, 2009, p. 15) [grifo do autor]

Os custos são todos os gastos ligados a produção de um determinado bem,

desta forma, na contabilidade, também são reconhecidos como custos, por

empregarem o preço do produto. Este custo do produto será acrescido da margem

de lucro, obtendo o preço de venda, como afirma Martins:

O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens ou serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplo: a matéria prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez é

Page 42:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

41

de novo um investimento, já que fica ativado até a sua venda. (MARTINS, 2010, p. 25)

De acordo com Viceconti e da Neves, nem sempre é fácil diferenciar custos e

despesas, mas é possível propor uma regra simples para diferenciar custos e

despesas, assim é custo, todos os valores empregados no produto em todo seu

processo de fabricação, a partir do produto acabado, os valores gastos para venda

destes produtos são despesas, que farão parte da apuração de resultado, são

contabilizados como despesas, a comissão de vendedores, comercial, financeiro e

vendas (VICECONTI; DAS NEVES, 2013). Seguindo os princípios da contabilidade,

Viceconti e das Neves conceituam custos como:

Gastos relativos à bem ou serviço utilizados na produção de outros bens ou serviços, são todos os gastos relativos a atividade de produção. Os custos são ativados e integram o estoque de produtos em elaboração e o de produtos. No momento da venda, os custos se transformam em despesas, em obediência ao Princípio da Competência (as despesas devem ser reconhecidas simultaneamente com as receitas que ajudam a gerar). (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 14) [grifo do autor]

As despesas, são gastos necessários para que a empresa possa obter

receitas com a venda de seus produtos, como conceituam Viceconti e das Neves:

“Gasto com bens ou serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos

com a finalidade de obtenção de receitas.” (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 14)

Percebe-se que as despesas não são empregadas diretamente no produto,

não fazendo parte diretamente de seu custo, assim se pode considerar a despesa

como um redutor do patrimônio liquido, como esclarece Martins: “As despesas são

itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que tem essa característica de

representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.” (MARTINS, 2010, p. 26)

Bornia conceitua despesas da seguinte forma:

Despesas é o valor dos insumos consumidos para o funcionamento da empresa e não identificados com a fabricação. Refere-se ás atividades fora do âmbito da fabricação, geralmente sendo separada em Administrativa, Comercial e Financeira. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos de fabricação pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da empresa e a comercialização do produto. (BORNIA, 2009, p. 16) [grifo do autor]

Page 43:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

42

As perdas não se confundem com as despesas, nem com os custos, pois

representam algo anormal ou involuntário, assim na visão de Martins, as perdas se

caracterizam pela anormalidade e pela involuntariedade. Desta forma não

representando um sacrifício financeiro, objetivando a obtenção de receita, e sim uma

perda não prevista como um incêndio ou uma catástrofe ambiental, um defeito raro

em um equipamento, ou a mão de obra de funcionários em período de greve, que

não podem ser identificados com antecedência e nem fazem parte da rotina normal

da entidade. (MARTINS, 2010).

Fazem parte de certa forma das perdas os materiais que por ventura possam

estragar ou serem estragados e necessitem de descarte durante a produção,

mesmo assim são casos eventuais, se forem casos que acontecem com relativa

frequência, não deveriam ser contabilizados como perdas e sim como custos, que

são alocados na produção, tornando-se parte do custo do produto. Assim Martins

conceitua perdas da seguinte forma:

São itens que vão diretamente a conta de Resultado, assim como as despesas, mas não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas a obtenção da receita. É muito comum o uso da expressão Perdas de material na produção de inúmeros bens ou serviços; entretanto a quase totalidade destas “perdas” é, na realidade, um custo [...] (MARTINS, 2010, p. 26)

De acordo com Viceconti e das Neves, perda é um gasto não intencional, ou

seja, não tem previsão, pode ocorrer durante o processo de produção ou por um

fator externo, sendo durante o processo de produção todas as perdas que não se

pode prever com antecedência, como um defeito em matéria prima ou

equipamentos, e por fator externo, pode ser fatores climáticos, incêndios e outros

incidentes não esperados (VICECONTI; DAS NEVES, 2013). Neste contexto, Bornia

conceitua perda como:

Perda normalmente é vista na literatura contábil como o valor dos insumos consumidos de forma anormal. As perdas são separadas dos custos, não sendo incorporadas nos estoques. Exemplificando, se, por um motivo qualquer, houver consumo anormal de matéria-prima, isso é caracterizado como perda. Na literatura de Engenharia, muitas vezes, esse termo significa o trabalho que aumenta os gastos e não agrega valor ao produto, do ponto de vista do consumidor e nem do empresário, ou seja, gastos não eficientes. (BORNIA, 2009. p. 17)

Page 44:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

43 A matéria-prima, assim que adquirida é um investimento circulante, que vem

agregar valor a empresa, antes de se tornar um custos e formar o valor do produto

acabado, assim Bornia afirma que “Investimento é o valor dos insumos adquiridos

pela empresa não utilizados no período, os quais poderão ser empregados em

períodos futuros.” (BORNIA, 2009, p. 18) [grifo do autor]

Para que uma empresa se mantenha no mercado de forma competitiva,

necessita de constante aprimoramento, tanto de seus funcionários, como também de

seus equipamentos, para tanto as empresas vem investindo em tecnologias para

melhorar seus resultados. Os investimentos podem se apresentar de diversas

maneiras, como afirma Martins:

“Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como circulante ou não circulante, dependendo da intenção que levou a sociedade a aquisição.” (MARTINS, 2010, p. 25)

Percebendo adequadamente as terminologias e seus significados, sendo

estes contabilizados de maneira adequada, é possível melhorar o desempenho da

empresa, mas é necessário atentar a outros elementos a serem observados como a

classificação adequada dos custos, que pode impactar de forma significativa nos

resultados das entidades, Os custos podem ser classificados de várias maneiras,

considerando o produto e a quantidade produzida, segundo Bruni e Famá:

Os sistemas, formas e metodologias aplicadas no controle e gestão de custos podem ser classificados em função da forma de associação dos custos aos produtos elaborados (unidade do produto), de acordo com a variação dos custos em relação ao volume de produtos fabricados (comportamento em relação ao volume), em relação aos controles exercidos sobre custos (contabilidade), em relação a alguma situação específica (decisões especiais) e em função da análise do comportamento passado (base monetária). (BRUNI; FAMÁ, 2008, p. 29).

Os custos podem ser classificados como diretos e indiretos, considerando sua

apropriação no produto que é fabricado. Os custos diretos são identificados com

facilidade, conforme a sua alocação, e pode ser apropriado ás unidades produzidas

e distinguir que este custo pertence á determinado produto, como afirma Bornia:

Page 45:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

44

Custos Diretos são aqueles facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos (produtos, processos, setores, clientes, etc.). Exemplos de custos diretos em relação aos produtos são a matéria-prima e a mão-de-obra direta. A alocação e a análise desses custos são relativamente simples [...]. (BORNIA, 2009, p. 21) [grifo do autor]

De acordo com Viceconti e das Neves, custos diretos podem ser apropriados

diretamente no produto, pois tem uma medida exata, sabe-se com precisão qual foi

o valor investido para obtenção do produto acabado, já nos custos indiretos, é

necessária a realização de cálculos, rateios ou estimativas para apropriação destes

custos nos diferentes produtos (VICECONTI; DAS NEVES, 2013).

Pode-se entender que não é possível dividir na proporção adequada os

custos indiretos, considerando que sua apropriação é feita por unidade produzida é

efetuada por meio de rateios. Uma entidade para realizar suas atividades tem uma

série de gastos, que são utilizados para a fabricação de todos os produtos e

serviços, não podendo ser apropriado somente a um, estes gastos são os custos

indiretos, necessários para a produção, mas pertencentes a todos os produtos e

serviços simultaneamente, para isso são realizados os cálculos de rateio, para a

apropriação de forma mais justa, como demostra Bornia:

Os custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos ás unidades, necessitando de alocação para isso. Exemplos de custos indiretos, em relação aos produtos são a mão-de-obra indireta e o aluguel. As alocações causam a maior parte das dificuldades e deficiência dos sistemas de custos, pois não são simples e podem ser feitas por vários critérios [...] (BORNIA, 2009, p. 21) [grifo do autor]

De acordo com Viceconti e das Neves, os custos fixos são aqueles que não

são alterados conforme o volume das atividades na empresa, ou seja, estes custos

continuam sempre com os mesmos valores, independe se a produtividade for alta ou

for baixa. As características e definições dos custos fixos, que tem a tendência de se

manterem constantes quando existem alterações nas atividades operacionais

(VICENONTI; DAS NEVES, 2013).

Os custos variáveis sofrem aumentos e diminuições de acordo com a

quantidade produzida, por exemplo, quando há um aumento na produção, o

consumo de matéria-prima aumenta proporcionalmente, ocasionando um aumento

dos custos variáveis, mas não alterando o custo final do produto, como afirmam

Bruni e Famá:

Page 46:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

45

Seu valor altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matérias-primas e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos (BRUNI; FAMÁ, 2008, p.30).

Há ainda uma classificação diferenciada, mencionada por inúmeros autores,

que utilizam a classificação de custos semifixos e semivariáveis, acompanhando as

variações da produção, para Viceconti e das Neves:

Custos semivariáveis são custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido [...] Custos semifixos ou custos por degraus são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas que variam se há uma mudança desta faixa [...]. (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 20) [grifo do autor]

As entidades vem buscando nos mais diversos setores das empresas,

aperfeiçoamento dos seus método de custeio, com a finalidade de reduzir os custos

e aumentar a eficiência da produção. Este método se tornou muito importante e

fundamental para as empresas, podendo elas através deste meio analisar onde os

custos estão acima da média, para posteriormente fazer um projeto para diminuí-los,

podendo assim aumentar sua lucratividade.

De acordo com Bruni e Famá, os sistemas de custeio servem para fazer uma

alocação de custos de acordo com os produtos produzidos, buscando demonstrar de

forma fiel e precisa a realidade da produção (BRUNI; FAMÁ, 2008). A contabilidade

de custos apresenta vários métodos de custeio, dos quais serão conceituados os

seguintes: Custeio por Absorção Integral, Custeio Variável, ABC,

Departamentalização.

O método de custeio por absorção integral considera o valor total dos custos

dos produtos em sua fabricação, tanto de forma direta como de forma indireta. Sobre

o custeio por absorção integral, Ribeiro define: “Esse sistema contempla como

custos incorridos no processo de fabricação do período, sejam eles diretos ou

indiretos.” (RIBEIRO, 2009, p.58). Neste sentido Bornia ainda complementa quando

afirma:

No custeio por absorção integral, ou total, a totalidade dos custos (fixos e variáveis) é distribuída aos produtos. Esse sistema relaciona-se principalmente com a avaliação de estoques, ou seja, com o uso da contabilidade de custos como apêndice da contabilidade financeira, a qual

Page 47:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

46

se presta para gerar informações para os usuários externos à empresa. Assim podemos simplificadamente identificar esse princípio com o atendimento das exigências da contabilidade financeira para a avaliação dos estoques. Muitas vezes, entretanto, suas informações são, também, utilizadas para fins gerenciais. (BORNIA, 2009, p. 35) [grifo do autor]

O método de custeio variável, não considera os custos fixos, este método é

utilizado para fins gerencias. O método de custeio variável considera que os custos

fixos não se alteram, por isso não devem ser alocados no produto e sim

considerados despesas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), de

acordo com Viceconti e das Neves:

O custeio variável (também conhecido como custeio direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são consideradas como custos de produção e sim como despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período. Deste modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p.131).

De acordo com Bornia, o custeio por atividades se caracteriza por separar a

empresa por atividades, calculando o custo de cada atividade, e descobrir o que

levou a geração de tais custos nesta atividade, após distribuir os custos de acordo

com a intensidade de uso. O método de custeio ABC, tem por objetivo principal a

redução de custos e desperdícios (BORNIA, 2009).

O método de custeio ABC, trata-se da apuração por atividades, buscando

aumentar a precisão das informações, como afirma Martins, “O custeio baseado em

atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é um método de custeio

que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário

dos custos indiretos [...]”. (MARTINS, 2010, p. 87)

O método de custeio ABC, tem por finalidade a demonstração dos custos de

acordo com a atividade e a quantidade de recursos consumidos, buscando

identificar os centros de custos para melhorar a aplicação de recursos e alocação

dos custos, a fim de gerar dados que representem fielmente a realidade da

produção, podendo assim o gestor se utilizar das informações de custos com mais

segurança, como afirma Martins:

Page 48:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

47

Pode acontecer de cada centro de custos desenvolverem uma atividade e, assim, o trabalho já fica bastante facilitado; porém, normalmente, isso costuma acontecer mais nos centros de custos de produção. Como o foco do ABC são os custos indiretos, e estes estão mais concentrados nos centros de custos de apoio (de serviços), não é muito comum encontrar-se, nos sistemas de custos, esse nível de detalhamento. (MARTINS, 2010, p. 93)

No método de departamentalização, a entidade é dividida em segmentos, ou,

tecnicamente em departamentos, sendo um método muito qualificado quando se faz

a alocação dos custos indiretos. Este método tem como característica principal

separar a empresa em departamentos, assim como afirma Crepaldi:

Consiste em dividir a fábrica em segmentos, chamados departamentos, aos quais são debitados todos os custos de produção nele incorridos. [...]. Departamento é a unidade mínima, representada por homens e máquinas, em que os custos indiretos são acumulados para posterior alocação aos produtos. Departamentos produtivos- são os departamentos que promovem algum tipo de modificação sobre o produto. Exemplo: departamento de corte, departamento de costura, departamento de acabamento, prensas, usinagem. Departamento de serviços – são os departamentos por onde não passam os produtos. Suas funções são basicamente prestarem serviços aos demais departamentos produtivos. Exemplos: Manutenção, Almoxarifado, Limpeza, Expedição, Administração Geral da Fábrica. (CREPALDI, 2010, p. 95)

Assim como no setor privado os custos são de grande relevância, no setor

público não é diferente, atualmente com a obrigatoriedade da implantação de um

sistema de custos também no setor público, União, Estados, e Municípios vem

buscando se adequar as novas exigências, para que também o setor público possa

se beneficiar da agilidade dos sistemas, buscando a diminuição dos custos e o

melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.

2.5 CUSTOS NO SETOR PÚBLICO

A obrigatoriedade do uso das informações de custos no setor público é

recente, estas informações sobre os custos não eram empregados no setor público,

muitas vezes prejudicando a segurança na tomada de decisão dos gestores

públicos, isso começou a ser visto de outra forma a partir da Lei 4.320, de 17 de

março de 1964, que a contabilidade de custos passou a integrar a contabilidade

pública, limitando-a a área industrial:

Page 49:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

48

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira comum. (BRASIL, 1964)

De acordo com o Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, que diz:

“Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar

os resultados da gestão.” (BRASIL, 1967). Assim as informações sobre os custos

deixam de ser aplicada somente a área industrial, passando a ter caráter gerencial,

porém sem nenhuma normatização. Desta forma o Decreto Presidencial nº

93.872/1986, traz esclarecimentos e punições em caso do descumprimento:

Art. 137. A contabilidade deverá apurar o custo dos projetos e atividades, de forma a evidenciar os resultados da gestão. § 1º A apuração do custo dos projetos e atividades terá por base os elementos fornecidos pelos órgãos de orçamento, constantes dos registros do Cadastro Orçamentário de Projeto/Atividade, a utilização dos recursos financeiros e as informações detalhadas sobre a execução física que as unidades administrativas gestoras deverão encaminhar ao respectivo órgão de contabilidade, na periodicidade estabelecida pela Secretaria do Tesouro Nacional. § 2º A falta de informação da unidade administrativa gestora sobre a execução física dos projetos e atividades a seu cargo, na forma estabelecida, acarretará o bloqueio de saques de recursos financeiros para os mesmos projetos e atividades, responsabilizando-se a autoridade administrativa faltosa pelos prejuízos decorrentes. (BRASIL, 1986)

O tratamento dos custos no setor público é consideravelmente diferente do

setor privado, sendo que até 2011, o setor público não era obrigado a prestar

informações sobre os custos. De acordo com a Resolução CFC Nº 1.366/11, Aprova

a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos no Setor Público, publicada em

25 de novembro de 2011, diz:

“Art. 2º Esta resolução entra em vigor a partir da dada de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de Janeiro de 2012, a entidade que esteja sujeita a legislação que estabeleça prazo distinto para início de sua adoção pode adotar esta Norma a partir do prazo estabelecido por aquela legislação.” (BRASIL, 2011)

Page 50:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

49

A Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101/2000, traz sobre a

obrigatoriedade, no Art. 50, onde consta: “§ 3º a Administração Pública manterá

sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão

orçamentária, financeira e patrimonial.” (BRASIL, 2000). Em consonância com a

Redação dada pela Resolução CFC nº 1.437/13, utiliza-se a nomenclatura “[...]

Subsistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP).” (BRASIL, 2013).

Quanto a obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação brasileira,

a tabela a seguir traz as seguinte informações:

Lei nº4320/1964 – Art. 85 “Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros” Lei nº4320/1964 – Art. 99. “Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.” Decreto Lei nº2000/1967 – Art. 79. “A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços, de forma a evidenciar os resultados da gestão.” Decreto nº 9.3.879/1986 – Art. 137 “A contabilidade deverá apurar o custo dos projetos e atividades, de forma a evidenciar os resultados da gestão.” Lei Complementar nº101/2000 – LRF – Art. 50. “Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: § 3º A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.” Lei nº10180/2001 – Art. 15. - O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. Acórdão nº 1078/2004 do Tribunal de Contas da União (TCU) “determina a adoção de providências para que a administração pública federal possa dispor com a maior brevidade possível de sistemas de custos, que permitam, entre outros, a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária e financeira”. Decreto nº 6976/2009 – Art. 3º “O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade, utilizando as técnicas contábeis, registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: VI - os custos dos programas e das unidades da administração pública federal”

Ilustração 1: A obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação brasileira.

Fonte: Monteiro et al, 2016

Para Mauss e Souza, a utilização da contabilidade de custos no setor público

é muito importante, pois através dela é possível demonstrar os resultados

econômicos obtidos pela gestão, sem contar suas vantagens a nível gerencial, na

tomada de decisão e mesmo na elaboração do orçamento. Em 2010, foi lançada a

Page 51:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

50 primeira versão do sistema de custos do governo federal, o sistema será implantado

de maneira decrescente e gradual, iniciando nas esferas Federal, Estadual e

Municipal, sendo disponibilizado pelo governo federal treinamento para operar o

sistema. De acordo com Mauss e Souza:

As informações que a atual contabilidade governamental gera não são satisfatórias para a tomada de decisão, nem para o controle operacional e estratégico da atividade pública. Ito ocorre porque não há uma integração entre as funções de planejamento, orçamento e contabilidade, além da completa ausência do acompanhamento perante os aspectos físicos da execução orçamentária. (MAUSS; SOUZA, 2008, p.21)

De acordo com Lima e Castro, o setor público carece de um sistema que

possibilite: “[...] verificar os resultados obtidos com a utilização dos recursos

financeiros, humanos, materiais e institucionais empregados, bem como os custos

unitários dos produtos/serviços oferecidos pela máquina pública ao cidadão.” (LIMA;

CASTRO, 2000, p.182)

Mauss e Souza, afirmam que não se faz necessária a implantação de um

novo sistema ou subsistema de custos, considerando que com uma pequena

alteração no software existente seria suficiente para apuração dos custos de forma

satisfatória, nesta sistemática não haveria alteração, somente complementação do

sistema já existente, atendendo a legislação vigente (MAUSS; SOUZA, 2008).

A implantação de um subsistema de custos no setor público será de grande

valia na elaboração do projeto orçamentário, assim como na tomada de decisão,

pretendendo prestar melhores serviços à comunidade, com mais qualidade,

buscando a otimização dos recursos disponíveis.

Page 52:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

51 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE

Neste tópico, faz-se necessária à integração entre a teoria e a prática,

baseando-se na ideia dos autores para analisar as ações praticadas no ente público,

buscando atingir os objetivos propostos, sugerindo ações de melhorias, e a

otimização na utilização dos recursos públicos.

No primeiro momento, foi realizada a coleta dos dados referentes a salário

dos professores, merendeiras, faxineiras, nutricionista, e envolvidos na secretaria da

educação, material de expediente, alimentação, manutenção, material de limpeza,

internet, telefone, água, luz, entre outras. Após isso feita à tabulação dos custos por

escola.

Após a alocação dos custos por escola, classificados os gastos tabulados e

realizados os cálculos pelos métodos de custeio por absorção e

departamentalização, sendo assim atingido o segundo objetivo proposto.

Para completar o estudo, os custos encontrados por escola, são divididos

pelo número de alunos de cada escola, gerando assim o custo por aluno por escola,

o qual após analisado, foram feitas algumas recomendações e ações a fim de

otimizar a utilização dos recursos, percebendo que os recursos disponíveis são cada

vez mais escassos.

3.1 A ORGANIZAÇÃO E SUAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS

A implantação de um sistema de custos torna-se obrigatória também no setor

público, como já se vê no setor privado, as informações de custos são de grande

valia na tomada de decisões, da mesma forma se pretende que os gestores públicos

utilizem as informações de custos para tomarem decisões mais seguras, buscando

melhorias e a otimização na utilização dos recursos.

A educação vem sendo um desafio cada vez maior, considerando que o modo

de vida das pessoas mudou muito nos últimos anos, e isso vem influenciando

diretamente a educação nas escolas. Os gestores precisam planejar muito bem o

uso dos recursos disponíveis para que sejam atendidas as necessidades básicas

dos alunos, como estabelece a legislação pertinente.

Para uma tomada de decisão, o gestor deve estar norteado de informações

seguras e confiáveis, contando com o auxílio direto da contabilidade e do setor de

Page 53:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

52 finanças, onde pode perceber a real situação do ente público, a fim de tomar a

decisão mais coerente para aquele momento, preservando a entidade e

satisfazendo os anseios da população, nem sempre é fácil tomar uma decisão,

muitas vezes ela exige um estudo aprofundado das consequências boas e ruins que

ela poderá trazer, a curto e longo prazo, assim tendo mais segurança nas escolhas.

Um sistema de custos traz informações preciosas para entidade, seja ela

privada ou pública, busca demonstrar onde os recursos foram gastos e o montante

que gerou, permitindo a identificação de algum eventual desperdício de recurso, ou

má gestão em sua aplicabilidade, promovendo análises que podem aperfeiçoar a

utilização dos recursos, trazendo maiores benefícios a um maior grupo de pessoas,

como no caso do setor público.

Buscando informações para a realização do trabalho, para a coleta de dados

na Prefeitura Municipal, alguns relatórios contábeis sobre verbas destinadas a

compra de merenda escolar, gastos com manutenção, material de expediente para

as escolas foram solicitados. Assim como também se buscou informações junto a

secretaria municipal de educação, sobre numero de alunos matriculados por escola

e a lotação dos professores por escola. Da mesma forma, buscou-se o setor de

recursos humanos a fim de obter dados e relatórios sobre o salário de todos os

envolvidos com a educação, professores, diretores, cozinheiros, faxineiros,

nutricionista, entre outros, após estes dados coletados deu-se início a classificação e

rateio dos mesmos.

A contabilidade de custos conta com diferentes sistemas para apuração de

custos, considerando que o sistema de custos no setor público tem finalidade

gerencial, para auxiliar na tomada de decisão, não havendo um padrão pré-

estabelecido para seu cálculo, assim se decidiu pela utilização dos sistemas por

absorção e departamentalização. Após a finalização dos cálculos, é possível

perceber o sistema de custeio que melhor puder demonstrar os gastos referentes a

educação, transmitindo com maior clareza a situação atual da educação no

município.

Para efetuar os cálculos, fez-se necessária a separação das informações em

tabelas, sendo separados os custos destinados diretamente a cada escola e os

custos gerais. A alocação dos salários foi feita através de relatórios fornecidos pelo

responsável do setor de RH, e a lotação atual dos professores foi fornecida pela

Page 54:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

53 Secretaria Municipal de Educação, como segue a ilustração 2 apresenta o quadro de

professores e funcionários e seus respectivos salários:

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL PINGO DE GENTE

PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Adélis Lunkes 1.994,66 1.841,36 3.543,50 3.108,37 3.108,37 3.685,33

Andréia Cristina Eckhardt 880,00 963,47 1.096,50 956,10 956,10 956,10

Daíse Bourscheid 880,00 880,00 1.020,40 880,00 880,00 880,00

Daniela Solange Jung 1.209,02 2.057,70 - - - -

Daniela S. Jung Vier – 8h - - 427,38 427,38 427,38 427,38

Edinir T. Anschau Thum 2.383,25 1.787,44 2.463,51 1.990,51 1.990,51 1.990,51

Edinir T. Anschau Thum 1.295,00 1.295,25 1.736,53 1.442,40 1.442,40 2.019,36

Eliete Stolarski 1.997,02 1.497,77 1.896,34 1.617,58 1.617,58 1.617,58

Fernanda A. Mollmann 1.994,66 1.496,00 2.061,91 1.665,97 1.665,97 1.810,21

Fernanda Kunkel 1.180,38 885,29 1.160,73 995,93 995,93 995,93

Jaqueline Fernandes 1.209,54 2.057,70 - - - -

Ledi Eberhardt Pies 1.727,00 1.295,25 1.785,51 1.442,40 1.442,40 1.586,64

Lilia M. M. Zimmermann 2.141,05 1.605,79 2.033,64 1.734,24 1.734,24 1.734,24

Lúcia I. Finger Lebens - 352,00 908,16 880,00 880,00 880,00

Marciane Elisa Lenz 1.727,00 1.640,61 3.339,22 2.956,92 2.956,92 2.956,92

Marciane Ines Henz 1.551,85 1.208,08 1.525,36 1.304,72 1.304,72 1.304,72

Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17

Neiva Maria Royer – 4h - 69,08 317,33 346,17 346,17 346,17

Rosane Maria Jahn 951, 51 1.032,83 1.274,01 1.115,45 1.110,14 1.115,45

Rosângela M. Ames Berres 4.152,46 3.114,35 4.292,90 3.468,15 3.468,15 3.756,63

Rosângela M. Ames Berres 3.030,86 2.273,15 3.241,80 2.639,59 2.639,59 2.639,59

Roselaine de F. Reschke 1.791,76 1.295,25 1.900,69 1.550,58 1.622,70 1.586,64

Rosmeri Maria Fank Fogel 2.335,45 1.751,59 2.191,24 1.891,71 1.891,71 1.891,71

Silvane E. Ludescher Vieira 811,54 - - - - -

Tairine Bergmann 959,44 959,44 1.285,44 1.068,44 1.068,44 1.068,44

Terezinha Matte – 4h - 34,53 211,55 288,48 288,48 288,48

Patrícia Schein - - - 414,31 956,10 956,10

SOMA MÊS 31.444,88 31.668,52 40.109,21 34.604,65 35.140,17 36.840,30

Ilustração 2: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEI Pingo de Gente

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Page 55:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

54

Na ilustração 2, foram selecionados os professores que trabalham na Escola

Municipal de Educação Infantil Pingo de Gente, e seus respectivos salários do

primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor citado

tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais de uma

escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos utilizou-

se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida multiplicadas

pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A ilustração 3, traz mais

informações de custos diretos desta escola:

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Internet 65,00 65,00 65,00 65,00 65,00 65,00

Telefone 70,72 66,62 76,57 76,24 73,38 66,22

Água 56,57 62,12 104,51 103,12 95,93 89,62

Luz 250,15 212,01 590,80 592,49 365,47 349,98

SOMA MÊS 442,44 405,75 836,88 836,85 599,78 570,82

Ilustração 3: Custos Diretos da EMEI Pingo de Gente Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 3 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz

da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada

escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Na Escola Municipal de Ensino

Fundamental General Osório a ilustração 4 demonstra o quadro de professores e

funcionários e seus respectivos salários:

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSÓRIO

PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Anelise B. Pasztetnik – 8h 797,86 598,40 824,80 666,39 666,39 666,39

Clarimundo Hein 3.384,92 2.884,05 4.981,12 4.269,50 4.269,50 4.269,50

Fabiane B. Hammerschmidt 1.295,25 1.640,61 3.218,10 1.442,40 1.875,03 3.181,30

Jaqueline Fernandes 0,00 0,00 108,18 1.442,40 1.442,40 1.442,40

Jerônimo Kunkel – 4h 408,08 17,56 465,82 383,57 383,57 383,57

Lúcia Maria Roiek Zidek 5.525,41 4.144,06 5.712,61 4.614,86 4.614,86 4.614,86

Maria C. Artus Dahmer – 4h 516,37 404,16 627,24 450,03 450,03 450,03

Page 56:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

55 Marisa Cecília Speth 880,00 880,00 1.032,83 912,31 912,31 912,31

Mirtes Magali Horn – 10h 1.290,93 1.034,57 1.479,23 1.215,22 1.215,22 1.215,22

Mônica Langer Hartmann 1.994,66 1.544,57 2.247,65 1.846,26 1.846,26 1.846,26

Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17

Neuza Maria Strieder 1.610,16 1.208,07 1.529,36 1.304,72 1.299,41 1.304,72

Odi Maria Bobrzyk 2.564,57 2.355,13 4.463,40 3.904,88 3.904,88 3.904,88

Ricardo Medeiros Rocha 2.383,25 1.942,87 2.856,12 2.365,51 2.365,51 2.365,51

Simone Cristina Mombach - 556,95 1.649,80 1.586,64 1.586,64 1.586,64

Solange T. K. de Andrade 2.383,25 1.836,01 2.735,90 2.257,34 2.257,34 2.257,34

Valdir José Zidek 3.030,86 2.273,15 3.133,62 2.531,41 2.028,07 2.028,07

SOMA MÊS 28.410,97 23.894,75 37.461,34 31.612,69 31.463,59 32.775,17

Ilustração 4: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF General Osório

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 4, foram separados os professores e funcionários que

trabalham na Escola Municipal de Ensino Fundamental General Osório, e seus

respectivos salários do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a

mês. Cada professor citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns

trabalham em mais de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada

escola, para estes casos utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas

semanais, em seguida multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em

cada escola. A ilustração 5, traz mais informações de custos diretos desta escola:

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25

Telefone 35,60 5,40 34,02 25,37 21,99 24,34

Água - - - - - -

Luz 26,35 170,84 571,49 210,43 463,73 571,49

SOMA MÊS 438,20 252,49 681,76 312,05 561,97 672,08

Ilustração 5: Custos Diretos da EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 5 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz

da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada

escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Os valores referentes a água,

não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres (CPM), paga a conta mensalmente

Page 57:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

56 como forma de contribuição para a escola. Os meses de Janeiro e Fevereiro

apresentam valores menores que os demais meses em função das férias escolares

no mês de Janeiro e o recesso escolar em uma parte do mês de Fevereiro,

causando assim essa diferença. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São

Luiz Gonzaga a ilustração 6 demostra o quadro de professores e funcionários e seus

respectivos salários:

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO LUIZ GONZAGA

PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Anelise B. Pasztetnik – 8h 797,86 598,40 824,80 666,39 666,39 666,39

Bruna Cristina Dutra – 12 h 0,00 0,00 528,82 881,36 881,36 881,36

Cátia Regina Damer 2279,64 1758,30 2541,95 2084,25 2084,25 2084,25

Claudia Mombach 1994,66 1496,00 2061,97 2505,48 1810,25 1954,45

Claudia Mombach 1634,60 1225,95 1639,38 1665,97 1442,40 1442,40

Daniela S. Jung Vier 0,00 303,42 1335,50 1335,54 1335,54 1335,54

Daniela S. Jung Vier – 12h 0,00 0,00 641,06 641,06 641,06 641,06

Daniele V. Rockenbach 1813,34 1360,01 1874,61 1514,52 1658,76 2091,48

Debora Welter Strieder 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1335,51

Dirce M.Rockenbach 3384,92 2538,69 3600,88 2928,07 2928,07 2928,07

Eliane Lorete Willsen 0,00 720,09 2920,32 2360,89 2306,89 2306,89

Elisangela de Bittencourt 1727,00 1704,53 3541,47 3151,90 3151,90 3151,90

Jaime Magerl 0,00 0,00 1468,94 1468,94 1468,94 1468,94

Jaqueline Guerin Mombach 1599,08 1591,02 3299,94 3543,65 3205,32 3205,32

Jerônimo Kunkel – 8h 816,16 635,12 931,65 767,13 767,13 767,13

Leani Inês Beck 2581,85 2069,15 2958,46 2430,43 2430,43 2430,43

Liria Ana Arenhardt 1994,66 1534,85 2210,47 1810,21 1954,45 2098,69

Liria Ana Arenhardt 3626,69 2720,02 3749,04 3029,04 3029,04 3029,04

Maria C. A. Dahmer – 12h 1549,11 1215,48 1881,72 1350,08 1350,08 1350,08

Mirtes Magali Horn – 10h 1290,93 1034,57 1479,23 1215,22 1215,22 1215,22

Mônica Langer Hartmann 1295,25 1295,25 1736,54 1442,40 1586,64 1730,88

Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17

Neiva Maria Royer – 4h 0,00 69,08 317,33 346,17 346,17 346,17

Romi Solange Graf Budni 2762,21 2071,66 2855,28 2307,02 2307,02 2307,02

Romi Solange Graf Budni 3264,02 2448,02 3374,22 2726,13 2726,13 2726,13

Rosane Inês Goulart 1813,34 1360,01 1874,46 1514,52 1514,52 1514,52

Rosane Inês Goulart 3143,12 2357,34 3249,91 2625,16 2625,16 2625,16

Page 58:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

57 Tarcisio Bender 2532,89 1899,67 3935,91 3183,92 3248,03 3248,03

Terezinha Matte 1295,25 1295,25 1789,17 1442,40 1586,64 1730,88

Terezinha Matte – 16h 0,00 138,11 846,21 1153,92 1153,92 1153,92

Valdir José Zidek 3384,92 2629,35 3610,72 2928,07 2928,07 2819,89

Volmir Menzel 1679,02 1259,27 1735,34 1402,32 1402,32 1402,32

Miria 1946,56 1459,92 1848,44 1576,72 1571,41 1566,10

Adair 880,00 880,00 1008,00 880,00 880,00 880,00

Terezinha Finger 2011,41 1508,56 1909,89 1629,25 1629,25 1629,25

Salete Maria Gabriel 1551,84 1208,07 1525,36 1304,72 1304,72 1299,41

Carmen Dewes Correa 1996,02 1497,79 1895,53 1616,77 1616,77 1616,77

TOTAL MÊS 56.991,75 46.157,54 73.398,08 63.848,87 63.100,42 65.326,77

Ilustração 6: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF São Luiz Gonzaga

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 6, foram separados os professores e funcionários que trabalham

na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz Gonzaga, e seus respectivos

salários do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada

professor citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham

em mais de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para

estes casos utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em

seguida multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A

ilustração 7, traz mais informações de custos diretos desta escola:

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Internet - - - - - -

Telefone 142,72 98,74 124,85 162,10 184,08 163,67

Água 57,88 72,12 178,48 313,24 213,25 175,64

Luz 173,28 171,10 1.008,53 982,91 559,17 510,31

TOTAL MÊS 373,88 341,96 1.311,86 1.458,25 956,50 849,62

Ilustração 7: Custos Diretos da EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 7 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz

da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada

escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Os valores referentes a internet,

não constam, pois o Governo Federal disponibiliza este recurso através de um

Page 59:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

58 projeto. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel a ilustração 8

apresenta o quadro de professores e funcionários e seus respectivos salários:

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO MIGUEL

PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Adair Antônio Zidek 4.055,21 3.041,41 4.192,38 3.386,93 3.386,93 3.386,93

Anelise B. Pasztetnik – 4h 398,93 299,20 412,40 333,19 333,19 333,19

Bruna Cristina Dutra – 8h 0,00 0,00 352,55 587,58 587,58 587,58

Debora Welter Strieder 0,00 441,34 1.412,31 1.362,22 2.697,72 1.335,51

Janete Weis Bresch 2.581,85 2.069,15 2.958,46 2.430,43 2.430,43 2.430,43

Janete Weiss Bresch 1.295,25 1.295,25 1.844,72 1.514,52 1.622,70 1.586,64

Jaqueline Fernandes 0,00 408,00 1.929,60 1.622,70 1.694,82 1.428,95

Jerônimo Kunkel – 4h 408,08 317,56 465,82 383,57 383,57 383,57

Márcia T. Szynwelski 2.279,64 1.709,73 2.356,10 1.903,96 1.903,96 1.903,96

Maria C. A. Dahmer – 4h 516,37 404,16 627,24 450,03 450,03 450,03

Neiva Bervian 1.599,08 1.244,28 1.824,78 1.502,47 1.502,47 1.502,47

Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17

Rosane Feit Strieder 2.806,36 2.182,48 3.198,23 2.632,36 2.632,36 2.632,36

Roselaine de F. Reschke 2.797,73 2.176,01 3.189,35 2.625,16 2.625,16 2.769,40

Saleti Hartmann 2.374,62 1.780,97 2.450,48 1.983,28 3.318,83 3.318,83

Terezinha Szynwelski 1.404,25 1.031,32 1.308,31 1.113,83 1.108,52 1.113,83

Elaine Bernadete Gaspari 2.192,94 1.644,71 2.082,81 1.776,29 1.776,29 1.776,29

TOTAL MÊS 25.055,71 20.320,16 31.001,10 26.027,77 28.800,73 27.286,14

Ilustração 8: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF São Miguel

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 8, foram alocados os professores e funcionários que trabalham

na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel, e seus respectivos salários

do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor

citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais

de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos

utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida

multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A

ilustração 9, traz mais informações de custos desta escola:

Page 60:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

59

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25

Telefone 17,76 6,13 23,84 27,77 20,46 13,95

Água - - - - - -

Luz 414,05 373,19 433,76 331,47 443,29 473,38

TOTAL MÊS 508,06 455,57 533,85 435,49 540,00 563,58

Ilustração 9: Custos Diretos da EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 9 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz

da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada

escola. Os valores referentes à água, não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres

(CPM), paga a conta mensalmente como forma de contribuição para a escola. Na

Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes a ilustração 10 apresenta o

quadro de professores e funcionários e seus respectivos salários:

ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL TIRADENTES

PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Eunice M. Schneider 6.113,00 4.662,46 6.617,67 5.417,30 5.417,30 5.417,30

Fernanda A. Mollmann 2.383,25 1.787,44 2.571,69 2.098,69 2.170,81 2.134,75

Maria C. A. Dahmer – 4h 0,00 345,36 576,96 324,36 432,48 432,48

Irmi T. Lunkes Angst 880,00 880,00 880,00 880,00 880,00 880,00

TOTAL MÊS 9.376,25 7.675,26 10.646,32 8.720,35 8.900,59 8.864,53

Ilustração 10: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF Tiradentes

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 10, foram alocados os professores e funcionários que trabalham

na Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, e seus respectivos salários

do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor

citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais

de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos

utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida

Page 61:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

60 multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A

ilustração 11 traz mais informações de custos diretos desta escola:

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25

Telefone 18,17 5,09 7,09 12,01 9,97 12,57

Água - - - - - -

Luz 120,42 121,42 127,56 167,71 214,90 141,34

TOTAL MÊS 214,84 202,76 210,90 255,97 301,12 230,16

Ilustração 11: Custos Diretos da EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 11 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz

da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada

escola. Os valores referentes à água, não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres

(CPM), paga a conta mensalmente como forma de contribuição para a escola.

Assim como há o custo de cada escola, também há custos gerais que devem

ser divididos entre as escolas, necessários para manutenção do ensino, um exemplo

são os profissionais que trabalham na secretária de educação, que destinam sua

atenção às necessidades das escolas municipais, com outros profissionais, como

nutricionista que elabora cardápios de merenda balanceada para as crianças, e a

equipe de apoio da secretaria, como traz a ilustração 12 onde apresenta os

profissionais dedicados ao bom funcionamento da educação e seus respectivos

salários:

TODAS AS ESCOLAS

PRFESSORES E FUNCIONÁRIOS

SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Beatriz I. H. Hermann 2.403,32 1.802,49 2.503,24 2.026,54 2.026,54 2.026,54

Cerlete Maria Welter 2.142,13 1.650,79 2.085,86 1.782,86 1.782,86 1.782,86

Fausto José Fank 5.051,22 3.788,42 4.798,53 4.091,50 4.091,50 4.091,50

Ilaine Harlos Hanatski 1.790,94 1.343,21 1.851,37 1.495,81 1.495,81 1.495,81

Jerônimo Kunkel - 4h 408,08 317,56 465,82 383,57 383,57 383,57

Loiva M. S. Kotz 4.974,10 3.730,58 5.132,62 4.143,90 4.143,90 4.143,90

Page 62:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

61 Loiva M. S. Kotz 1.813,34 1.360,01 1.874,01 1.514,52 1.514,52 1.514,52

Maria Â. Braun 1.970,04 1.477,53 2.036,17 1.645,39 1.645,39 1.645,39

Neiva M. Royer - 12h 777,00 207,22 951,98 1.038,53 1.038,53 1.038,53

Neiva M. Royer – 4 h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17

Rosane T.B.Kotowski 5.025,83 5.025,83 6.726,24 7.448,32 5.586,24 5.586,24

Tathiane Nutricionista 6.831,17 5.123,38 6.712,57 5.756,73 5.756,73 5.756,73

Iracema Maria Frolich 1.813,34 1.360,01 1.874,01 1.514,52 1.514,52 1.514,52

Iracema Maria Frolich 3.626,69 2.720,02 3.749,03 3.029,04 3.029,04 3.029,04

Loraine Behling 1.084,57 1.084,57 1.343,46 1.171,34 1.774,25 1.771,34

Anisia Kapron 880,00 1.370,06 989,00 880,00 880,00 880,00

Jaqueline Jung Smit 2.581,85 2.069,15 2.958,46 2.430,43 2.430,43 2.430,43

SOMA MÊS 43.519,02 34.705,42 46.447,93 40.772,25 39.440,00 39.437,09

DIVIDE POR 5 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

Ilustração 12: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da SMEC

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 12, é demonstrado o salário da equipe da Secretaria Municipal

de Educação e Cultura (SMEC), que tem sua atenção voltada a todas as 5 escolas

do município, não considerando o número de alunos de cada escola, fazendo-se

presente nos eventos promovidos pelas escolas. Desta forma foi dividido igualmente

estes gastos salariais entre as 5 escolas do município.

Na ilustração 13 podem-se perceber outros gastos que serão divididos

proporcionalmente ao número de alunos de cada escola. As verbas destes recursos

são repassadas pela União e estados em remessas no decorrer do ano e devem ser

gastos para manutenção do ensino das escolas públicas municipais, por este motivo

os valores não são mensais e dependem de repasse:

PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO SOMA MÉDIA

MÊS Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Mat. Exp. 14.847,83 11.219,94 835,00 17,70 4.419,20 0,00 31.339,67 5.223,28

Alimentação 33.463,64 0,00 11.842,18 37,76 51,48 88,83 45.483,89 7.580,65

Manutenção 0,00 0,00 0,00 0,00 3.655,00 0,00 3.655,00 609,17

Mat. Limp. 3.124,26 1.531,41 0,00 0,00 393,36 0,00 5.049,03 841,50

TOTAL MÊS 51.435,73 12.751,35 12.677,18 55,46 8.519,04 88,83 85.527,59 14.254,60

Ilustração 13: Repasses de Verbas para Manutenção da Educação Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Page 63:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

62

Na Ilustração 13, nota-se que as verbas são repassadas de forma desigual

nos meses apresentados, portanto fez-se um cálculo de média, afim de distribuir

estes repasses nos 6 meses, buscando valores reais para o correta aplicabilidade

dos métodos de custeio. Em cima dos valores de média, forma calculado

proporcionalmente ao número de alunos a parte que corresponde a cada escola,

como demonstra a ilustração 14:

PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Pingo de Gente – 98 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76

General Osório – 150 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00

São Luiz Gonzaga – 246 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52

São Miguel – 77 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24

Tiradentes – 20 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40

Ilustração 14: Repasses de Verbas para Manutenção da Educação Proporcional ao Número de Alunos

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 14 demonstra o rateio dos custos demonstrados na ilustração 13.

Após obter o cálculo de média, os valores encontrados foram divididos por 591, que

representa o número de alunos matriculados nas 5 escolas do município, obtendo a

custo por aluno, multiplicado pelo número de alunos de cada escola.

Dentre os relatórios fornecidos pelo setor de contabilidade, pode-se perceber

que existem repasses específicos para educação infantil, desta forma obteve-se os

dados da ilustração 15, que demonstram alguns custos que forma especificamente

destinados a manutenção do ensino da educação infantil:

EDUCAÇÃO INFANTIL RELATÓRIO 6.1

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

CARTÃO ALIMENTAÇÃO 2.292,73 2.051,39 2.747,21 2.747,21 3.320,58 2.736,00

MANUTENÇÃO / CONSUMO 0,00 2.404,39 10.093,59 6.846,05 3.620,52 5.471,29

OBRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

PERMANENTE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

SERVIÇOS 0,00 800,00 3.090,00 1.468,43 860,00 0,00

SOMA MÊS 2.292,73 5.255,78 15.930,80 11.061,69 7.801,10 8.207,29

Ilustração 15: Custos para Manutenção da Educação Infantil Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Page 64:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

63 A ilustração 15 demonstra os gastos com cartão vale-alimentação dos

professores e funcionários que trabalham com a educação infantil, assim como

manutenção da frota do transporte escolar, consumo de materiais, brinquedos,

concerto nos prédios, serviços de terceiros, manutenção do imobilizado das escolas

e alimentação dos alunos.

Nota-se que no período pesquisado não houve aquisição de ativos

permanentes e nem obras de melhorias para educação infantil. Os valores mensais

foram rateados entre os alunos da educação infantil, proporcionalmente aos número

de alunos de cada escola como apresenta a ilustração 16:

PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Pingo de Gente – 98 1.321,04 3.030,16 9.183,58 6.376,86 4.497,22 4.731,44

General Osório – 21 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88

São Luiz Gonzaga – 39 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92

São Miguel – 3 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84

Tiradentes – 9 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52

Ilustração 16: Custos para Manutenção da Educação Infantil Proporcional ao Número de Alunos

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 16 demonstra a divisão dos valores proporcionalmente ao

número de alunos, para isso se utilizou os valores totais mês a mês, dividiu-se por

170, que representa o número total de alunos matriculados na educação infantil no

município, obtendo-se o valor por aluno, multiplicando-se pelo número de alunos de

cada escola, obtendo-se assim uma divisão justa dos custos da educação infantil.

Seguindo os mesmos pressupostos, o ensino fundamental apresenta seus custos

próprios na ilustração 17:

ENSINO FUNDAMENTAL RELATÓRIO 6.2

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

CARTÃO ALIMENTAÇÃO 2.654,74 2.654,74 9.398,35 3.180,98 3.355,02 912,00

MANUTENÇÃO / CONSUMO 0,00 11.982,76 28.427,18 17.564,25 18.581,53 6.294,82

OBRAS 0,00 604,86 11.017,81 5.031,40 3.291,50 0,00

RESSARCIMENTO 0,00 0,00 513,40 481,90 739,32 911,26

PERMANENTE 0,00 0,00 119,90 0,00 125,00 0,00

Page 65:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

64 SERVIÇOS 1.335,85 9.301,00 8.257,48 22.512,56 27.323,98 3.484,05

SOMA MÊS 3.990,59 24.543,36 57.734,12 48.771,09 53.416,35 11.602,13

Ilustração 17: Custos para Manutenção do Ensino Fundamental Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 17 demonstra os gastos com cartão vale-alimentação dos

professores e funcionários que trabalham com o ensino fundamental, assim como

manutenção da frota do transporte escolar, consumo de materiais (material elétrico,

azulejos, tinta, rolo, entre outros), serviços de terceiros, manutenção do imobilizado

das escolas e alimentação dos alunos, ressarcimentos sobre gastos em viagens.

Os valores mensais foram rateados entre os alunos do ensino fundamental,

proporcionalmente aos números de alunos de cada escola como apresenta a

ilustração 18:

PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Pingo de Gente – 00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

General Osório - 129 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24

São Luiz Gonzaga - 207 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92

São Miguel – 74 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44

Tiradentes – 11 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16

Ilustração 18: Custos para Manutenção do Ensino Fundamental Proporcional ao Número de Alunos

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 18 demonstra a divisão dos valores proporcionalmente ao

número de alunos, para isso utilizaram-se os valores totais mês a mês, dividiu-se por

421, que representa o número total de alunos matriculados no ensino fundamental

no município, o resultado foi o valor por aluno, assim multiplicou-se o valor

encontrado pelo número de alunos de cada escola, proporcionalmente ao número de

alunos matriculados no ensino fundamental que cada uma tem, obtendo-se assim

uma divisão justa dos custos do ensino fundamental. Existem ainda alguns custos

gerais, que destinam-se a todas as escolas, como apresenta a ilustração 19:

GERAL RELATÓRIO 6.5 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Page 66:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

65

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

CONSUMO 0,00 12.423,36 20.704,05 12.404,98 12.363,34 23.075,36

EQUIPAMENTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

SERVIÇOS 0,00 7.180,00 18.650,74 46.696,17 34.527,38 62.016,61

SOMA MÊS 0,00 19.603,36 39.354,79 59.101,15 46.890,72 85.091,97

Ilustração 19: Custos Gerais para Manutenção do Ensino Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 19 demonstra alguns gastos gerais, como consumo, que trata da

merenda escolar e manutenção de veículos destinados ao transporte escolar,

equipamentos, não há aquisição de permanentes no período e serviços, trata dos

pagamentos do serviços de transporte escolar terceirizado, seguros, licenciamentos

e manutenção do transporte escolar, dividido proporcionalmente pelo número de

alunos, como mostra a ilustração 20:

PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Pingo de Gente – 98 0,00 3.250,66 6.525,82 980,00 7.775,32 14.110,04

General Osório – 150 0,00 4.975,50 9.988,50 1.500,00 11.901,00 21.597,00

São Luiz Gonzaga – 246 0,00 8.159,82 16.381,14 2.460,00 19.517,64 35.419,08

São Miguel – 77 0,00 2.554,09 5.127,43 770,00 6.109,18 11.086,46

Tiradentes – 20 0,00 364,87 1.331,80 200,00 1.586,80 2.879,60

Ilustração 20: Custos Gerais para Manutenção do Ensino Proporcional ao Número de Alunos

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 20 demonstra o rateio dos custos demonstrados na ilustração 19.

Os valores encontrados foram divididos por 591, que representa o número de alunos

matriculados nas 5 escolas do município, assim obtendo o valor por aluno, este valor

foi multiplicado pelo número de alunos matriculados em cada escola, de acordo com

os dados fornecidos pela secretaria municipal de educação.

O custo do transporte escolar, como já foi apresentado, faz parte do custo por

alunos que se busca encontrar, para tanto se fez necessário buscar as informações

salariais dos motoristas do transporte escolar, como apresenta a ilustração 21:

TODAS AS ESCOLAS

Motoristas SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO

Page 67:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

66

jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Ademir Ivan Smit 0,00 0,00 1.081,46 963,66 1.196,70 1.228,58

Amaro D. de Campos Neto 1.244,34 933,26 1.181,57 1.171,27 1.049,34 1.049,34

Cesar luis Royer 1.273,50 933,26 1.204,27 1.075,61 1.051,75 1.051,75

Eliseu Giehl 2.789,09 2.091,82 3.409,08 2.929,74 2.709,76 2.818,61

Erni Oswaldo Wilmsen 2.217,93 1.763,25 2.707,41 2.335,47 2.335,47 2.389,37

Jaci Mombach 2.376,34 1.782,26 3.250,08 2.924,04 2.937,06 2.917,97

Luis Carmo Ames 2.953,29 2.214,97 3.936,82 3.364,14 3.395,32 3.523,70

Miguel Woskiewicz 1.428,32 1.159,61 1.657,94 1.392,89 1.502,83 1.538,71

Romeu Bourscheid 3.048,34 2.286,26 4.180,18 4.046,88 3.658,46 3.776,63

SOMA MÊS 17.331,15 13.164,69 22.608,81 20.203,70 19.836,69 20.294,66

Ilustração 21: Salário dos Motoristas do Transporte Escolar Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 21 apresenta as informações salariais dos motoristas do

transporte escolar, mês a mês, a fim de efetuar o rateio entre os alunos, como

apresenta a ilustração 22:

PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)

Pingo de Gente - 98 1.666,00 1.266,16 2.174,62 1.943,34 1.908,06 1.952,16

General Osório - 150 2.550,00 1.938,00 3.328,50 2.974,50 2.920,50 2.988,00

São Luiz Gonzaga - 246 4.182,00 3.178,32 5.458,74 4.878,18 4.789,62 4.900,32

São Miguel - 77 1.309,00 994,84 1.708,63 1.526,91 1.499,19 1.533,84

Tiradentes - 20 340,00 258,40 443,80 396,60 389,40 398,40

Cristos Redentor - 428 7.276,00 5.529,76 9.497,32 8.487,24 8.333,16 8.525,76

Ilustração 22: Salário dos Motoristas do Transporte Escolar Proporcional ao Número de Alunos

Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 22 demonstra o rateio realizado, utilizando a soma total dos

meses, dividindo por 591, que representa o número total de alunos matriculados na

rede municipal de ensino, com uma particularidade, o mesmo transporte que leva os

alunos das escolas municipais, também leva os alunos da escola estadual, assim

sendo foi contatado o Instituto Estadual de Educação Cristo Redentor, o qual

forneceu o número de alunos que frequentam a instituição, são 428 matrículas.

Considerando este fato julgou-se adequado que o rateio dos salários dos motoristas

fosse rateado entre estes alunos também, as despesas com manutenção dos

Page 68:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

67 veículos já estava em um relatório a parte, o qual foi desconsiderado por não ser o

foco da pesquisa.

Observa-se ainda que os dados constantes nas ilustrações 1, 3, 5, 7, 9,

11 e 20, foram fornecidos pelo responsável do setor pessoal, através de relatórios.

Em relação às ilustrações 2, 4, 6, 8, 10 e 12, foram fornecidas pelo contador, através

de preenchimento manual de tabelas elaboradas pelo pesquisador. Os dados das

ilustrações 14, 16 e 18 foram fornecidos pelo contador da prefeitura.

Os dados referentes às estruturas das escolas, imobilizado e permanente, e

sua respectiva depreciação não foram considerados, por não haver dados

consistentes sobre seu valor real.

A princípios não foram considerados os valores referentes a previdência

patronal, os quais representam em média aproximadamente 5,95% de aumento no

custo por aluno, calculado sobre o salário, e sobre o custo médio por aluno do

município.

Desta forma obtiveram-se todos os dados necessários para a realização dos

cálculos, aplicando os métodos de custeio por absorção e departamentalização, que

forma os mais adequados para as informações que estavam disponíveis.

3.2 APURAÇÃO DE CUSTOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS

Os custos representam informações importantes dentro de uma entidade,

muito úteis no processo de tomada de decisão, dando mais segurança aos gestores

sobre o caminho mais adequado a seguir. Considerando a necessidade da

implantação de um subsistema de custos no setor público e o uso de suas

informações para tomada de decisão, optou-se por utilizar os métodos de absorção

e departamentalização para aplicar neste trabalho de pesquisa, por serem os

métodos que mais se adequaram ao tipo de informações disponíveis.

O método de custeio por absorção considera o valor total dos custos,

demonstrando tanto os custo diretos como indiretos. No caso das escolas, fez-se um

rateio dos custos comuns a todas, dividindo-os proporcionalmente por escola, que

representam os custos indiretos, e os custos alocados diretamente nas escolas,

representando os custos diretos.

A EMEI Pingo de Gente é uma escola de educação infantil, que atende na

modalidade creche, crianças de 0 a 5 anos, localizadas na área urbana, e que de

Page 69:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

68 acordo com o método de custeio por absorção demonstrou os seguintes dados, de

acordo com a ilustração 23:

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 31.444,88 31.668,52 40.109,21 34.604,65 35.140,17 36.840,30

13º 2.620,41 2.639,04 3.342,43 2.883,72 2.928,35 3.070,03

ILUSTRAÇÃO – 2 442,44 405,75 836,88 836,85 599,78 570,82

SOMA MÊS 34.507,73 34.713,31 44.288,52 38.325,22 38.668,30 40.481,15

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29

ILUSTRAÇÃO – 13 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76

ILUSTRAÇÃO – 15 1.321,04 3.030,16 9.183,58 6.376,86 4.497,22 4.731,44

ILUSTRAÇÃO – 17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 3.250,66 6.525,82 980,00 7.775,32 14.110,04

ILUSTRAÇÃO – 21 1.666,00 1.266,16 2.174,62 1.943,34 1.908,06 1.952,16

13º 138,83 105,51 181,22 161,95 159,01 162,68

SOMA MÊS 14.918,75 17.535,76 30.492,71 20.659,89 25.248,70 31.864,79

DIRETOS + INDIRETOS 49.426,48 52.249,07 74.781,23 58.985,11 63.917,00 72.345,93

Ilustração 23: Custeio por Absorção EMEI Pingo de Gente Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 23 pode-se perceber que o valor referente a salário, foi extraído

da ilustração 1, considerando os salários de todos os professores que trabalham na

creche, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para

as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,

dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias está incluso no

salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o

período de férias escolares.

Na ilustração 17, não constam valores, pois estes se referem ao ensino

fundamental. Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e

funcionários diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao

salário dos motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os

alunos da EMEI Pingo de Gente é disponibilizado, mas a minoria dos alunos o

utiliza, por se tratarem de crianças pequenas, a maioria dos pais prefere levar e

buscar da escola.

Page 70:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

69

A EMEF General Osório é uma escola de ensino fundamental completo, que

atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano, localizada

na área rural, a cerca de 8 km da cidade, e que de acordo com o método de custeio

por absorção demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 24:

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 28.410,97 23.894,75 37.461,34 31.612,69 31.463,59 32.775,17

13º 2.367,58 1.991,23 3.121,78 2.634,39 2.621,97 2.731,26

ILUSTRAÇÃO – 4 438,20 252,49 681,76 312,05 561,97 672,08

SOMA MÊS 31.216,75 26.138,47 41.264,88 34.559,13 34.647,53 36.178,51

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29

ILUSTRAÇÃO – 13 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00

ILUSTRAÇÃO – 15 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88

ILUSTRAÇÃO – 17 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 4.975,50 9.988,50 1.500,00 11.901,00 21.597,00

ILUSTRAÇÃO – 21 2.550,00 1.938,00 3.328,50 2.974,50 2.920,50 2.988,00

13º 212,50 161,50 277,38 247,88 243,38 249,00

SOMA MÊS 17.315,62 26.382,52 46.935,06 27.266,39 44.559,42 41.565,83

DIRETOS+ INDIRETOS 48.532,37 52.520,99 88.199,94 61.825,52 79.206,94 77.744,34

Ilustração 24: Custeio por Absorção EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 24 nota-se que o valor referente a salário, foi extraído da

ilustração 3, considerando os salários de todos os professores que trabalham na

escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para

as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,

dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no

salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o

período de férias escolares.

Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários

diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos

motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da

EMEF General Osório é disponibilizado, e a maioria absoluta dos alunos se utiliza do

transporte.

Page 71:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

70

A EMEF São Luiz Gonzaga é uma escola de ensino fundamental completo,

que atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano,

localizada na área urbana, e que de acordo com o método de custeio por absorção

demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 25:

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 56.991,75 46.157,54 73.398,08 63.848,87 63.100,42 65.326,77

13º 4.749,31 3.846,46 6.116,51 5.320,74 5.258,37 5.443,90

ILUSTRAÇÃO – 6 373,88 341,96 1.311,86 1.458,25 956,50 849,62

SOMA MÊS 62.114,94 50.345,96 80.826,45 70.627,86 69.315,29 71.620,29

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29

ILUSTRAÇÃO – 13 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52

ILUSTRAÇÃO – 15 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92

ILUSTRAÇÃO – 17 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 8.159,82 16.381,14 2.460,00 19.517,64 35.419,08

ILUSTRAÇÃO – 21 4.182,00 3.178,32 5.458,74 4.878,18 4.789,62 4.900,32

13º 348,50 264,86 454,90 406,52 399,14 408,36

SOMA MÊS 22.381,22 38.330,00 70.334,68 39.051,41 67.239,12 62.793,83 DIRETOS + INDIRETOS 84.496,16 88.675,97 151.161,12 109.679,27 136.554,41 134.414,11

Ilustração 25: Custeio por Absorção EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 25, pode-se verificar que o valor referente a salário, foi extraído

da ilustração 5, considerando os salários de todos os professores que trabalham na

escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para

as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,

dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no

salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o

período de férias escolares.

Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários

diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos

motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da

EMEF São Luiz Gonzaga é disponibilizado, e não se tem dados precisos de quantos

alunos utilizam o transporte escolar, por ter alunos da cidade e do interior.

Page 72:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

71

A EMEF São Miguel é uma escola de ensino fundamental completo, que

atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano, localizada

na área rural, a cerca de 7 km da cidade, e que de acordo com o método de custeio

por absorção demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 26:

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 25.055,71 20.320,16 31.001,10 26.027,77 28.800,73 27.286,14

13º 2.087,98 1.693,35 2.583,43 2.168,98 2.400,06 2.273,85

ILUSTRAÇÃO – 8 508,06 455,57 533,85 435,49 540,00 563,58

SOMA MÊS 27.651,75 22.469,08 34.118,38 28.632,24 31.740,79 30.123,57

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29

ILUSTRAÇÃO – 13 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24

ILUSTRAÇÃO – 15 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84

ILUSTRAÇÃO – 17 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 2.554,09 5.127,43 770,00 6.109,18 11.086,46

ILUSTRAÇÃO – 21 1.309,00 994,84 1.708,63 1.526,91 1.499,19 1.533,84

13º 109,08 82,90 142,39 127,24 124,93 127,82

SOMA MÊS 13.446,40 17.415,54 29.328,89 18.315,95 27.662,67 25.334,35

DIRETOS + INDIRETOS 41.098,15 39.884,61 63.447,26 46.948,19 59.403,46 55.457,91

Ilustração 26: Custeio por Absorção EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 26, percebe-se que o valor referente a salário, foi extraído da

ilustração 7, considerando os salários de todos os professores que trabalham na

escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para

as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,

dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no

salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o

período de férias escolares.

Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários

diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos

motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da

EMEF São Miguel é disponibilizado, e a maioria absoluta dos alunos se utiliza do

transporte.

Page 73:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

72

A EMEF Tiradentes é uma escola de ensino fundamental incompleto, que

atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 5º ano, localizada

na área rural, a cerca de 10 km da cidade, e a uma distância de 2 a 3 km da EMEF

São Miguel, aplicado o método de custeio por absorção demonstrou os seguintes

dados, de acordo com a ilustração 27:

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 9.376,25 7.675,26 10.646,32 8.720,35 8.900,59 8.864,53

13º 781,35 639,61 887,19 726,70 741,72 738,71

ILUSTRAÇÃO – 10 214,84 202,76 210,90 255,97 301,12 230,16

SOMA MÊS 10.372,44 8.517,63 11.744,41 9.703,02 9.943,43 9.833,40

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42

13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29

ILUSTRAÇÃO – 13 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40

ILUSTRAÇÃO – 15 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52

ILUSTRAÇÃO – 17 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 364,87 1.331,80 200,00 1.586,80 2.879,60

ILUSTRAÇÃO – 21 340,00 258,40 443,80 396,60 389,40 398,40

13º 28,33 21,53 36,98 33,05 32,45 33,20

SOMA MÊS 10.505,45 9.566,29 14.710,63 11.275,71 12.845,07 13.075,99

DIRETOS + INDIRETOS 20.877,89 18.083,91 26.455,04 20.978,72 22.788,50 22.909,39

Ilustração 27: Custeio por Absorção EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 27, percebe-se que o valor referente a salário, foi extraído da

ilustração 9, considerando os salários de todos os professores que trabalham na

escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para

as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,

dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no

salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o

período de férias escolares.

Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários

diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos

motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da

EMEF Tiradentes é disponibilizado, e a maioria dos alunos utiliza o transporte.

Page 74:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

73 No método de custeio por departamentalização consideram-se os custos

diretos e indiretos, mas a técnica é dividir a entidade em segmentos, buscando

analisar qual apresenta maior custo e por que, tendo uma análise mais detalhada.

No caso das escolas utilizou-se este método, dividindo cada escola em dois

segmentos, educação infantil e ensino fundamental, onde é possível perceber os

gastos separadamente, esta separação foi definida por rateio com os custos que

cada escola apresentou proporcional ao número de alunos, exceto as verbas das

ilustrações 14 e 16, que tratam de verbas específicas para cada departamento, o

qual sofreu rateio entre as escolas nas ilustrações 15 e 17.

A EMEI Pingo de Gente, não se aplica a departamentalização, pois os

departamentos forma divididos entre educação infantil e ensino fundamental e nesta

escola há somente a educação infantil, portando o resultado obtido pelo custeio por

departamentalização seria igual ao custeio por absorção, por este motivo não forma

realizados cálculos do método de custeio por departamentalização para esta escola.

A EMEF General Osório conta com 150 alunos, sendo 21 da educação infantil

e 129 do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por

departamentalização, a ilustração 28 apresentou os seguintes resultados:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 0,00 556,95 1.649,80 1.586,64 1.586,64 1.586,64

13º 0,00 46,41 137,48 132,22 132,22 132,22

ILUSTRAÇÃO – 4 61,35 35,35 95,45 43,69 78,68 94,09

ILUSTRAÇÃO – 15 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88

SOMA MÊS 344,43 1.288,03 3.850,64 3.129,02 2.761,23 2.826,83

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 1.122,18 872,50 1.158,47 956,46 955,72 956,46

13º 93,51 72,71 96,54 79,71 79,64 79,71

ILUSTRAÇÃO – 11 1.218,53 971,75 1.300,54 1.141,62 1.104,32 1.104,24

13º 101,54 80,98 108,38 95,14 92,03 92,02

ILUSTRAÇÃO – 13 506,52 506,52 506,52 506,52 506,52 506,52

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 696,57 1.398,39 210,00 1.666,14 3.023,58

ILUSTRAÇÃO – 21 357,00 271,32 465,99 416,43 408,87 418,32

13º 29,75 22,61 38,83 34,70 34,07 34,86

SOMA MÊS 3.429,04 3.494,96 5.073,66 3.440,58 4.847,31 6.215,71

DIRETOS + INDIRETOS 3.773,47 4.782,99 8.924,30 6.569,60 7.608,54 9.042,54

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)

Page 75:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

74

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 20.395,40 17.105,67 27.536,74 23.194,16 23.050,37 24.356,64

13º 1.699,62 1.425,47 2.294,73 1.932,85 1.920,86 2.029,72

ILUSTRAÇÃO – 4 376,85 217,14 586,31 268,36 483,29 577,99

ILUSTRAÇÃO – 17 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24

SOMA MÊS 23.694,79 26.268,98 48.108,84 34.120,93 41.822,05 30.519,59

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 6.893,39 5.359,63 7.116,33 5.875,43 5.870,86 5.875,43

13º 574,45 446,64 593,03 489,62 489,24 489,62

ILUSTRAÇÃO – 11 7.485,27 5.969,33 7.989,05 7.012,83 6.783,68 6.783,18

13º 623,77 497,44 665,75 584,40 565,31 565,27

ILUSTRAÇÃO – 13 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 4.278,93 8.590,11 1.290,00 10.234,86 18.573,42

ILUSTRAÇÃO – 21 2.193,00 1.666,68 2.862,51 2.558,07 2.511,63 2.569,68

13º 182,75 138,89 238,54 213,17 209,30 214,14

SOMA MÊS 21.064,11 21.469,02 31.166,80 21.135,00 29.776,36 38.182,21

DIRETOS + INDIRETOS 44.758,90 47.738,00 79.275,64 55.255,93 71.598,40 68.701,80

Ilustração 28: Custeio por Departamentalização EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 28, percebe-se que a EMEF General Osório foi segmentada em

2 departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino

fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,

somente o salário da professora titular da turma, como salário nos custos indiretos,

foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos (as) funcionários (as)

responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número de

alunos da educação infantil.

No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os

salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e

como salário em custos indiretos, foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos

(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola

proporcionalmente ao número de alunos do ensino fundamental.

A EMEF São Luiz Gonzaga conta com 246 alunos, sendo 39 da educação

infantil e 207 do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por

departamentalização, a ilustração 29 apresentou os seguintes resultados:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)

Page 76:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

75

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 4.924,51 4.017,20 5.490,52 5.613,85 4.839,29 5.127,73

13º 410,38 334,77 457,54 467,82 403,27 427,31

ILUSTRAÇÃO – 6 59,27 54,21 207,98 231,19 151,64 134,70

ILUSTRAÇÃO – 15 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92

SOMA MÊS 5.919,88 5.612,06 9.810,73 8.850,59 7.183,91 7.572,66

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 2.686,39 2.056,80 2.909,56 2.413,65 2.422,97 2.421,28

13º 223,87 171,40 242,46 201,14 201,91 201,77

ILUSTRAÇÃO – 11 1.379,87 1.100,42 1.472,74 1.292,78 1.250,54 1.250,44

13º 114,99 91,70 122,73 107,73 104,21 104,20

ILUSTRAÇÃO – 13 940,68 940,68 940,68 940,68 940,68 940,68

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 1.293,63 2.597,01 390,00 3.094,26 5.615,22

ILUSTRAÇÃO – 21 663,00 503,88 865,41 773,37 759,33 776,88

13º 55,25 41,99 72,12 64,45 63,28 64,74

SOMA MÊS 6.064,05 6.200,50 9.222,71 6.183,79 8.837,18 11.375,23

DIRETOS + INDIRETOS 11.983,93 11.812,56 19.033,44 15.034,38 16.021,09 18.947,88

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 35.122,29 29.166,65 49.554,93 43.010,49 42.977,80 44.926,33

13º 2.926,86 2.430,55 4.129,58 3.584,21 3.581,48 3.743,86

ILUSTRAÇÃO – 6 314,61 287,75 1.103,88 1.227,06 804,86 714,92

ILUSTRAÇÃO – 17 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92

SOMA MÊS 40.326,11 43.953,05 83.176,37 61.823,24 73.628,30 55.090,03

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO – 3 14.258,56 10.916,89 15.443,07 12.810,89 12.860,36 12.851,43

13º 1.188,21 909,74 1.286,92 1.067,57 1.071,70 1.070,95

ILUSTRAÇÃO – 11 7.323,93 5.840,66 7.816,84 6.861,67 6.637,46 6.636,98

13º 610,33 486,72 651,40 571,81 553,12 553,08

ILUSTRAÇÃO – 13 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 6.866,19 13.784,13 2.070,00 16.423,38 29.803,86

ILUSTRAÇÃO – 21 3.519,00 2.674,44 4.593,33 4.104,81 4.030,29 4.123,44

13º 293,25 222,87 382,78 342,07 335,86 343,62

SOMA MÊS 32.186,12 32.910,35 48.951,31 32.821,65 46.905,01 60.376,20

DIRETOS + INDIRETOS 72.512,23 76.863,40 132.127,68 94.644,90 120.533,32 115.466,23

Ilustração 29: Custeio por Departamentalização EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 29, percebe-se que a EMEF São Luiz Gonzaga foi segmentada

em 2 departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino

fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,

Page 77:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

76 foram somados somente os salário das professoras titulares das turmas, e como

salário nos custos indiretos, foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos (as)

funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza, e da secretária da escola,

sendo estes divididos de forma proporcional ao número de alunos da educação

infantil.

No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os

salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e

como salário em custos indiretos, foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos

(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza, e da secretária da

escola, sendo estes divididos proporcionalmente ao número de alunos do ensino

fundamental.

A EMEF São Miguel conta com 77 alunos, sendo 3 da educação infantil e 74

do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por

departamentalização, a ilustração 30 apresentou os seguintes resultados:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 0,00 408,00 1.929,60 1.622,70 1.694,82 1.428,95

13º 0,00 34,00 160,80 135,23 141,24 119,08

ILUSTRAÇÃO – 8 19,79 17,75 20,80 16,97 21,04 21,96

ILUSTRAÇÃO – 15 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84

SOMA MÊS 60,23 552,51 2.392,33 1.970,10 1.994,76 1.714,83

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 298,15 222,76 295,46 244,56 244,35 244,56

13º 24,85 18,56 24,62 20,38 20,36 20,38

ILUSTRAÇÃO – 11 339,11 270,43 361,93 317,71 307,32 307,30

13º 28,26 22,54 30,16 26,48 25,61 25,61

ILUSTRAÇÃO – 13 72,36 72,36 72,36 72,36 72,36 72,36

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 99,51 199,77 30,00 238,02 431,94

ILUSTRAÇÃO – 21 51,00 38,76 66,57 59,49 58,41 59,76

13º 4,25 3,23 5,55 4,96 4,87 4,98

SOMA MÊS 817,97 748,15 1.056,42 775,93 971,31 1.166,89 DIRETOS + INDIRETOS 878,20 1.300,66 3.448,75 2.746,03 2.966,07 2.881,72

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 17.403,31 14.194,72 21.488,00 18.128,02 20.834,17 19.580,14

13º 1.450,28 1.182,89 1.790,67 1.510,67 1.736,18 1.631,68

ILUSTRAÇÃO – 8 488,27 437,82 513,05 418,52 518,96 541,62

Page 78:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

77 ILUSTRAÇÃO – 17 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44

SOMA MÊS 20.043,37 20.129,63 33.940,08 25.062,57 32.478,43 23.792,88

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 7.354,25 5.494,68 7.288,04 6.032,49 6.027,39 6.032,49

13º 612,85 457,89 607,34 502,71 502,28 502,71

ILUSTRAÇÃO – 11 8.364,69 6.670,65 8.927,65 7.836,74 7.580,68 7.580,12

13º 697,06 555,89 743,97 653,06 631,72 631,68

ILUSTRAÇÃO – 13 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 2.454,58 4.927,66 740,00 5.871,16 10.654,52

ILUSTRAÇÃO – 21 1.258,00 956,08 1.642,06 1.467,42 1.440,78 1.474,08

13º 104,83 79,67 136,84 122,29 120,07 122,84

SOMA MÊS 20.176,57 18.454,32 26.058,43 19.139,59 23.958,95 28.783,31 DIRETOS + INDIRETOS 40.219,94 38.583,96 59.998,51 44.202,16 56.437,38 52.576,19

Ilustração 30: Custeio por Departamentalização EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 30, percebe-se que a EMEF São Miguel foi dividida em 2

departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino

fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,

somente o salário da professora titular da turma, como salário nos custos indiretos,

foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos (as) funcionários (as) responsáveis

pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número de alunos da

educação infantil.

No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os

salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e

como salário em custos indiretos, foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos

(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola e dividido

proporcionalmente ao número de alunos do ensino fundamental, gerando assim o

valor a ele correspondente.

A EMEF Tiradentes conta com 20 alunos, sendo 11 da educação infantil e 9

do ensino fundamental, esta em funcionamento somente por meio período, ou seja

20h, em decorrência do número reduzido de alunos, de acordo com o método de

custeio por departamentalização, de acordo com a ilustração 31 apresentou os

seguintes resultados:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)

Page 79:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

78

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 2.383,25 1.787,44 2.571,69 2.098,69 2.170,81 2.134,75

13º 198,60 148,95 214,31 174,89 180,90 177,90

ILUSTRAÇÃO – 4 118,16 111,52 116,00 140,78 165,62 126,59

ILUSTRAÇÃO – 15 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52

SOMA MÊS 2.821,34 2.326,19 3.745,38 2.999,99 2.930,34 2.873,75

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 3.133,76 2.335,97 3.330,40 2.670,20 2.670,20 2.670,20

13º 261,15 194,66 277,53 222,52 222,52 222,52

ILUSTRAÇÃO – 11 4.787,09 3.817,59 5.109,27 4.484,95 4.338,40 4.338,08

13º 398,92 318,13 425,77 373,75 361,53 361,51

ILUSTRAÇÃO – 13 265,32 265,32 265,32 265,32 265,32 265,32

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 200,68 732,49 110,00 872,74 1.583,78

ILUSTRAÇÃO – 21 187,00 142,12 244,09 218,13 214,17 219,12

13º 15,58 11,84 20,34 18,18 17,85 18,26

SOMA MÊS 9.048,83 7.286,32 10.405,22 8.363,03 8.962,72 9.678,78 DIRETOS + INDIRETOS 11.870,16 9.612,51 14.150,60 11.363,03 11.893,06 12.552,53

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)

CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

SALÁRIO 1.295,25 1.640,61 2.019,36 1.766,76 1.874,88 1.874,88

13º 107,94 136,72 168,28 147,23 156,24 156,24

ILUSTRAÇÃO – 4 96,68 91,24 94,91 115,19 135,50 103,57

ILUSTRAÇÃO – 17 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16

SOMA MÊS 1.604,15 2.509,87 3.791,09 2.773,22 3.562,30 2.437,85

CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

ILUSTRAÇÃO - 3 2.563,99 1.911,24 2.724,87 2.184,71 2.184,71 2.184,71

13º 213,67 159,27 227,07 182,06 182,06 182,06

ILUSTRAÇÃO – 11 3.916,71 3.123,49 4.180,32 3.669,50 3.549,60 3.549,34

13º 326,39 260,29 348,36 305,79 295,80 295,78

ILUSTRAÇÃO – 13 217,08 217,08 217,08 217,08 217,08 217,08

ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 164,19 599,31 90,00 714,06 1.295,82

ILUSTRAÇÃO – 21 153,00 116,28 199,71 178,47 175,23 179,28

13º 12,75 9,69 16,64 14,87 14,60 14,94

SOMA MÊS 7.403,59 5.961,53 8.513,36 6.842,48 7.333,14 7.919,00 DIRETOS + INDIRETOS 9.007,73 8.471,40 12.304,45 9.615,70 10.895,44 10.356,85

Ilustração 31: Custeio por Departamentalização EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Na ilustração 31, percebe-se que a EMEF Tiradentes foi dividida em 2

departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino

Page 80:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

79 fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,

somente o salário da professora titular da turma.

Por ser uma escola com número reduzido de alunos, a diretora leciona nas

turmas do ensino fundamental, em decorrência deste fato, utilizou-se o salário de

convocação de 20h, para ser alocado no departamento B, como salário de

professores do ensino fundamental, e o restante do salário foi discriminado como

sendo referente a função de direção, como salário nos custos indiretos, foram

somados o salário do (a) diretor (a), a parte que compete, e dos (as) funcionários

(as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número

de alunos da educação infantil.

No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os

salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental,

da diretora, a parte que compete, e como salário nos custos indiretos, foram

somados o salário do (a) diretor (a), a parte que compete, e dos (as) funcionários

(as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número

de alunos do ensino fundamental.

Com estes dados é possível perceber o custo total de cada escola, e sua

relativa proporcionalidade ao número de alunos, a partir destes dados já é possível

utilizar as informações de custos para analise de otimização de recursos e tomada

de decisão. Mas para que estes dados sejam mais precisos e demonstrem melhor a

rela situação é indicado que se divida os valores dos custos encontrados pelo

número de alunos de cada escola, a fim de trazer mais clareza às informações.

3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS POR ALUNO POR ESCOLA

Aplicando o método de custeio por absorção, obteve-se os valores mensais

dos custos diretos e indiretos de cada escola nos meses de janeiro, fevereiro,

março, abril, maio e junho de 2016, ou seja, do 1º semestre do corrente ano. Através

da soma dos custos diretos e indiretos de cada mês obteve-se o valor total dos

gastos de cada escola, que dividida pelo número de alunos de cada escola, gera o

custo por aluno, que permite a comparabilidade dos custos entre as escolas, como

apresenta a ilustração 32:

Page 81:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

80

CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)

EMEI Pingo de Gente JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 49.426,48 52.249,07 74.781,23 58.985,11 63.917,00 72.345,93

POR ALUNO – 98 504,35 533,15 763,07 601,89 652,21 738,22

EMEI General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 48.532,37 52.520,99 88.199,94 61.825,52 79.206,94 77.744,34

POR ALUNO – 150 323,55 350,14 588,00 412,17 528,05 518,30

EMEI São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 84.496,16 88.675,97 151.161,12 109.679,27 136.554,41 134.414,11

POR ALUNO – 246 343,48 360,47 614,48 445,85 555,10 546,40

EMEI São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 41.098,15 39.884,61 63.447,26 46.948,19 59.403,46 55.457,91

POR ALUNO – 77 533,74 517,98 823,99 609,72 771,47 720,23

EMEI Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 20.877,89 18.083,91 26.455,04 20.978,72 22.788,50 22.909,39

POR ALUNO – 20 1.043,89 904,20 1.322,75 1.048,94 1.139,42 1.145,47

Ilustração 32: Custeio por Absorção – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 32 demonstra os custos totais e o custo por aluno, mês a mês,

dados referentes ao primeiro semestre de 2016, onde podemos perceber que a

EMEF General Osório é a que apresenta menor custo por aluno, variando entre 320

e 520 reais mensais por aluno matriculado aproximadamente.

Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito

semelhantes, com valores que variam de 340 á 610 reais por aluno

aproximadamente.

A EMEI Pingo de Gente demonstra custos entre 500 e 750 reais por aluno,

aproximadamente, isso se justifica em função das rotinas diferenciadas desta

escola, pois disponibiliza almoço para as crianças e lanche e frutas de 2h em 2h, por

se tratarem de crianças muito pequenas e precisam de cuidados e alimentação

diferenciada, recomendada pela nutricionista, ainda conta com uma monitora e uma

professora por turma, atendendo a legislação.

A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que variam entre

510 e 820 reais aproximadamente, tem número menor de alunos que a maioria das

escolas e conta com turmas multisseriadas.

A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as

demais escolas do município, valores que variam entre 900 e 1300 reais

Page 82:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

81 aproximadamente, trabalhando com 2 turmas, que atendem crianças da educação

infantil e ensino fundamental, assim nota-se que existem turmas multisseriadas.

Essas diferenças são mais bem visualizadas na ilustração 33, que apresenta

um gráfico de barras:

Ilustração 33: Gráfico: Custeio por Absorção – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Aplicando o método de custeio por departamentalização, obteve-se os valores

mensais dos custos diretos e indiretos por departamento de cada escola nos meses

de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho de 2016, ou seja, do 1º semestre do

corrente ano.

O departamento A, representa a educação infantil, onde foram alocados

custos proporcionalmente ao número de alunos, em cada mês obteve-se o valor

total dos gastos do departamento, que dividido pelo número de alunos da educação

infantil, gera o custo por aluno do departamento A, que permite a comparabilidade

dos custos entre as escolas, como apresenta a ilustração 34:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)

EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 3.773,47 4.782,99 8.924,30 6.569,60 7.608,54 9.042,54

Por Aluno – 21 179,69 227,76 424,97 312,84 362,31 430,60 EMEF São Luiz

Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 11.983,93 11.812,56 19.033,44 15.034,38 16.021,09 18.947,88

R$0,00

R$200,00

R$400,00

R$600,00

R$800,00

R$1.000,00

R$1.200,00

R$1.400,00

EMEI Pingo de Gente

EMEI General Osório

EMEI São Luiz Gonzaga

EMEI São Miguel

EMEI Tiradentes

Page 83:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

82

Por Aluno – 39 307,28 302,89 488,04 385,50 410,80 485,84

EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 878,20 1.300,66 3.448,75 2.746,03 2.966,07 2.881,72

Por Aluno – 3 292,73 433,55 1.149,58 915,34 988,69 960,57

EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 11.870,16 9.612,51 14.150,60 11.363,03 11.893,06 12.552,53

Por Aluno – 11 1.079,11 873,86 1.286,42 1.033,00 1.081,19 1.141,14

Ilustração 34: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 34 demonstra os custos do departamento A, educação infantil,

mês a mês e o custo por aluno, dados referentes ao primeiro semestre de 2016,

onde podemos perceber que a EMEF General Osório é a que apresenta menor

custo por aluno, variando entre 180 e 430 reais mensais por aluno matriculado

aproximadamente.

Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito

semelhantes, com valores que variam de 400 á 500 reais por aluno

aproximadamente. A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que

variam entre 300 e 1150 reais aproximadamente.

A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as

demais escolas do município, valores que variam entre 1000 e 1300 reais

aproximadamente. Essas diferenças são melhor visualizadas na ilustração 35, que

apresenta um gráfico de barras:

Ilustração 35: Gráfico: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

R$0,00

R$200,00

R$400,00

R$600,00

R$800,00

R$1.000,00

R$1.200,00

R$1.400,00

EMEF General Osório

EMEF São Luiz Gonzaga

EMEF São Miguel

EMEF Tiradentes

Page 84:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

83

O departamento B representa o ensino fundamental, onde foram alocados

custos proporcionalmente ao número de alunos, em cada mês obteve-se o valor

total dos gastos do departamento, que dividido pelo número de alunos do ensino

fundamental, gera o custo por aluno do departamento B, que permite a

comparabilidade dos custos entre as escolas, como apresenta a ilustração 36:

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)

EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 44.758,90 47.738,00 79.275,64 55.255,93 71.598,40 68.701,80

Por Aluno - 129 346,97 370,06 614,54 428,34 555,03 532,57 EMEF São Luiz

Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

DIRETOS + INDIRETOS 72.512,23 76.863,40 132.127,68 94.644,90 120.533,32 115.466,23

Por Aluno – 207 350,30 371,32 638,30 457,22 582,29 557,81

EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 40.219,94 38.583,96 59.998,51 44.202,16 56.437,38 52.576,19

Por Aluno – 74 543,51 521,40 810,79 597,33 762,67 710,49

EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 9.007,73 8.471,40 12.304,45 9.615,70 10.895,44 10.356,85

Por Aluno – 9 1.000,86 941,27 1.367,16 1.068,41 1.210,60 1.150,76

Ilustração 36: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

A ilustração 36, demonstra os custos do departamento B, ensino fundamental,

mês a mês e o custo por aluno, dados referentes ao primeiro semestre de 2016,

onde podemos perceber que a EMEF General Osório é a que apresenta menor

custo por aluno, variando entre 350 e 620 reais mensais por aluno matriculado no

departamento aproximadamente.

Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito

semelhantes, com valores que variam de 350 á 640 reais por aluno

aproximadamente. A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que

variam entre 520 e 810 reais aproximadamente, tem número menor de alunos que a

maioria das escolas e conta com turmas multisseriadas.

A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as

demais escolas do município, valores que variam entre 1000 e 1370 reais

aproximadamente, trabalhando com turmas multisseriadas, que atendem crianças

do ensino fundamental, tendo em uma sala alunos de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano. Essas

Page 85:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

84 diferenças são mais bem visualizadas na ilustração 37, que apresenta um gráfico de

barras:

Ilustração 37: Gráfico: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)

Nota-se que o município dispõem de recursos escassos para todas as áreas,

inclusive para educação, assim, através da utilização das informações de custos, é

possível uma avaliação do quadro geral das escolas por ele mantidas, buscando

uma gestão de custos eficiente, identificando gargalos e otimizando a utilização dos

recursos públicos disponíveis.

R$0,00

R$200,00

R$400,00

R$600,00

R$800,00

R$1.000,00

R$1.200,00

R$1.400,00

R$1.600,00

EMEF General Osório

EMEF São Luiz Gonzaga

EMEF São Miguel

EMEF Tiradentes

Page 86:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

85 4 RECOMENDAÇÕES

Por meio do estudo realizado na Prefeitura Municipal de Cândido Godói,

referente aos custos das escolas e o custo por aluno, utilizando os dados fornecidos,

que foram trabalhados e analisados, pode-se fazer algumas recomendações, e

sugestões de melhorias, que vem de encontro à otimização na utilização dos

recursos públicos, podendo gerar economia e mais investimentos.

No diagnóstico e análise foi possível perceber claramente o custo elevado

que a EMEF Tiradentes vem apresentando ao longo do período pesquisado, que em

comparação com a EMEF General Osório, que representa menor custo do período,

ficou 60% mais elevado, ainda percebendo que a escola trabalha somente meio

período, 20 h semanais, e com turmas multisseriadas, o que prejudica muito a

qualidade do ensino.

De acordo com os dados coletados, o reduzido número de alunos, e a

proximidade da EMEF Tiradentes com a EMEF São Miguel, que é de 2 a 3 km

aproximadamente, recomenda-se a realocação dos alunos da EMEF Tiradentes

para a EMEF São Miguel, e o consequente fechamento desta escola, com a

realocação de seus funcionários em outras escolas e setores que necessitem destes

profissionais.

Recomenda-se que seja implantado um sistema de custos, capaz de suprir as

necessidades da organização, respeitando as normas de contabilidade aplicadas ao

setor público. Seguindo o princípio da Prudência, onde se utiliza sempre o maior

valor para custos, despesas e ativos, sempre que surgirem hipóteses válidas de

avaliação, sugere-se a utilização do método de custeio por absorção, já que pode

ser aplicado a todas as escolas e demonstrou valores um pouco mais elevados por

aluno.

De acordo com a lei da transparência, Lei Federal nº 12.527 de 18 de

novembro de 2011, os dados no setor público devem ser disponibilizados a toda e

qualquer pessoa que os queira saber, o portal da transparência visa disponibilizar

esses dados. Para tanto se recomenda que todos os dados sobre gastos públicos

sejam disponibilizados no portal da transparência de forma clara, a trazer mais

segurança por parte da população com o setor público.

Recomenda-se também que este estudo incentive a utilização das

informações de custos no setor público, servindo como base para realização de

Page 87:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

86 estudos futuros nos demais setores, bem como sua utilização em outras entidades

públicas.

Page 88:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

87

CONCLUSÃO

O setor público vem buscando a adaptação as novas leis, que visa a

implantação de um subsistema de custos e a utilização de seus dados para tomada

de decisão e elaboração do orçamento anual, considerando a importância das

informações de custos para uma tomada de decisão segura, conhecendo a real

situação da entidade pública, e a otimização na utilização dos recursos públicos.

O presente estudo buscou analisar os dados fornecidos sobre a educação,

calculando o custo por escola e por aluno matriculado, permitindo uma

comparabilidade entre elas, assim como indicar o método de custeio mais adequado

para o setor da educação, respeitando as normas de contabilidade aplicadas ao

setor público e aos princípios da contabilidade.

O objetivo Geral foi atingido, com o auxilio dos objetivos específicos, a coleta

de dados foi realizada na prefeitura através de solicitação de dados e relatórios

repassados por via impressa ou verbalmente os quais foram dispostos em planilhas

buscando apresentadas no tópico 3.1. O segundo objetivo específico tratava de

realizar os cálculos pelos métodos de absorção e departamentalização, os quais

através dos dados dispostos nas planilhas do tópico 3.1, foram rateados e

demonstrados em novas planilhas. O terceiro objetivo visava demonstrar o custo por

aluno, onde se utilizou os resultados obtidos no tópico 3.2, dividido pelo número de

alunos de cada escola, descrevendo uma breve análise dos dados e os

demonstrando de forma mais clara através de gráficos.

O problema apresentado no estudo foi suprido, pois foram apresentados os

custos por escola por aluno, e indicado o método de custeio mais adequado ao

setor. Destacando ainda a importância da utilização das informações de custos no

setor, e as possibilidades de redução de custos e otimização de recursos.

Fica evidente a necessidade da utilização das informações de custos para a

tomada de decisão. Nota-se também que o setor tem um custo bastante elevado no

geral, podendo ser comparado que o custo de um aluno na rede pública, em muitos

casos, é mais elevado que a mensalidade paga em uma escola particular.

Page 89:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

88

Finalmente, pode-se concluir que estudos na área pública são muito válidos,

trazendo contribuições importantes para os administradores, no processo de tomada

de decisão. Para o acadêmico agrega conhecimento, e uma visão diferente dos

fatos vividos na prática. As informações contidas neste trabalho podem ser utilizadas

para tomada de decisão, redução dos custos e otimização de recursos públicos.

Page 90:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

89

REFERÊNCIAS

AQUINO ANDRADE, Nilton de. Contabilidade Pública na Gestão Municipal. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2013. ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos; ARRUDA, Daniel Gomes. Contabilidade Pública: da teoria á prática. 2. ed.rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2009. ARRUDA ARANHA, Maria Lúcia de. Filosofia da Educação. 2. Ed.rev e ampliada. São Paulo: Moderna, 1996. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. BRASIL, 1964. Lei 4320, de 17 de Março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm> . Acesso em: 21 jun. 2016. ______, 1967. Decreto nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>. Acesso em: 21 jun, 2016. ______, 1986. Decreto Presidencial nº 93.872, de 23 de Dezembro de 1986. Dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.htm>. Acesso em: 21 Jun, 2016.

______, 1996. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 22 Jul, 2016

______, 2000. Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 101, de 04 de Maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em: 21 Jun, 2016.

Page 91:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

90 ______, 2011. Resolução CFC nº 1.366, de 25 de Novembro de 2011. Aprova a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos do Setor Público. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1366.doc>. Acesso em: 21 Jun, 2016. ______, 2012. Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 70/2012 e pelas Emendas de Revisão nº 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, 2012. ______, 2013. Resolução CFC nº 1.437, de 22 de Março de 2013. Altera, inclui e exclui itens as NBCs T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5, 16.6, 16.10 e 16.11 que tratam das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas aplicadas ao Setor Público. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1437.doc>. Acesso em: 21 Jun, 2016. ______, 2014. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 28 Jul, 2016. BRUNI, Adriano Leal; FAMÀ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2008. CASTRO, Domingos Poubel de; GARCIA, Leice Maria. Contabilidade Pública na Goveno Federal. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo; Atlas, 2010. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MELLO, Gilmar Ribeiro de. Analise de Custos: Uma Abordagem Quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013. KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: Teoria e Prática. 10. ed. 4 reimpr. São Paulo: Atlas, 2009. LIMA, Daiana Vaz de; CASTRO, Róbson Gonçalves de. Contabilidade Pública: Integrando União,, Estados e Municípios (SIAFI, SIAFEM). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LOPES DE SÁ, Antônio. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2009 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Page 92:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

91 MAUSS, Cezar Volnei; SOUZA, Marcos Antonio de. Gestão de custos aplicada ao setor público: modelo para mensuração e análise da eficiência e eficácia governamental. São Paulo: Atlas, 2008. MONTEIRO, Bento Rodrigo Pereira, et al. O Processo de Implantação do Sistema de Informação de Custos do Governo Federal do Brasil. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/Sistema_Informacao_custos/downloads/PROCESSO_DE_IMPLANTACAO_DO_SIC.pdf> Acesso em : 21Jun, 2016. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2010. SCHMIDT, Paulo. História do pensamento contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000. VIANNA, Ilca Oliveira de A. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático da produção científica. São Paulo: EPU, 2001. VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2013

Page 93:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

92

APÊNDICES

Page 94:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

93

APÊNDICE A – Entrevista

1 – Existe hoje um sistema de custos na prefeitura? 2 – As informações de custos são utilizadas na tomada de decisão? De que forma?

3 – As informações de custos são utilizadas no plano orçamentário do município? 4 – Como está estruturado o sistema de custos? 5 – Qual o método de rateio utilizado atualmente? 6 – Na educação os recursos disponíveis são suficientes? 7 – O salário dos profissionais envolvidos com a educação vem da onde? 8 – É feita a alocação dos custos por escola? 9 – Qual o controle sobre os gastos das escolas e de que forma se dá a distribuição dos recursos? 10 – Como você considera a importância dos custos no setor público e sobre a implantação do subsistema de custos no setor público

Page 95:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

94

APÊNDICE B – Planilha de Coleta de Dados General Osório Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz São Luiz Gonzaga Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Tiradentes Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz São Miguel Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Pingo de Gente Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Todas as escolas Jan Fev Mar abr maio Jun Mat. Exp. Alimentação Manutenção Mat. Limp. (após ter os dados da última planilha, dividir pelo número total de alunos e multiplicar pelo número de alunos de cada escola, dividindo proporcionalmente).

Page 96:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

95

APÊNDICE C – Planilhas de Comparação de Métodos de Custeio

CUSTEIO ABSORÇÃO

EMEI Pingo de Gente JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

POR ALUNO – 98 R$ 504,35 R$ 533,15 R$ 763,07 R$ 601,89 R$ 652,21 R$ 738,22

EMEI General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

POR ALUNO – 150 R$ 323,55 R$ 350,14 R$ 588,00 R$ 412,17 R$ 528,05 R$ 518,30

EMEI São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

POR ALUNO – 246 R$ 343,48 R$ 360,47 R$ 614,48 R$ 445,85 R$ 555,10 R$ 546,40

EMEI São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

POR ALUNO – 77 R$ 533,74 R$ 517,98 R$ 823,99 R$ 609,72 R$ 771,47 R$ 720,23

EMEI Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

POR ALUNO – 20 R$ 1.043,89 R$ 904,20 R$ 1.322,75 R$ 1.048,94 R$ 1.139,42 R$ 1.145,47

CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A + B /2

EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Por Aluno – 21 R$ 263,33 R$ 298,91 R$ 519,76 R$ 370,59 R$ 458,67 R$ 481,59

EMEF São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Por Aluno – 39 R$ 328,79 R$ 337,11 R$ 563,17 R$ 421,36 R$ 496,55 R$ 521,83

EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Por Aluno – 3 R$ 418,12 R$ 477,48 R$ 980,19 R$ 756,34 R$ 875,68 R$ 835,53

EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO

Por Aluno – 11 R$ 1.039,99 R$ 907,57 R$ 1.326,79 R$ 1.050,71 R$ 1.145,90 R$ 1.145,95

Page 97:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

96

ANEXOS

Page 98:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

97

ANEXO A – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)

1 ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA A ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.

(Vide Adin 3324-7, de 2005)

(Vide Decreto nº 3.860, de 2001) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) (Vide Lei nº 12.061, de 2009)

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I Da Educação

Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na

vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e

pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas

manifestações culturais.

§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,

predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.

§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática

social.

TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

Page 99:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

98 desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o

pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII - valorização do profissional da educação escolar;

VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação

dos sistemas de ensino;

IX - garantia de padrão de qualidade;

X - valorização da experiência extra-escolar;

XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796,

de 2013)

TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado

mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não

tiveram acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

II - universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei nº

12.061, de 2009)

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com

necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis

anos de idade;

Page 100:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

99

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)

anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de

2013)

a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de

idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,

preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de

2013)

IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os

que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de

2013)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com

características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades,

garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência

na escola;

VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de

programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e

assistência à saúde;

VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por

meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,

alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e

quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do

processo de ensino-aprendizagem.

Page 101:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

100

X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais

próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)

anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).

Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo

qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,

entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público,

acionar o Poder Público para exigi-lo.

§ 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com

a assistência da União:

I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os

jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;

Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,

podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização

sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério

Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796,

de 2013)

§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa,

deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem

como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada

pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - fazer-lhes a chamada pública;

III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em

primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo,

contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as

prioridades constitucionais e legais.

§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade

para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição

Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.

§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o

oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de

responsabilidade.

Page 102:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

101

§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder

Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,

independentemente da escolarização anterior.

Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a

partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.

Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a

partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº

11.114, de 2005)

Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na

educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº

12.796, de 2013)

Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo

sistema de ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;

III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da

Constituição Federal.

TÍTULO IV Da Organização da Educação Nacional

Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em

regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.

§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação,

articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa,

redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.

§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta

Lei.

Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)

I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios;

II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema

federal de ensino e o dos Territórios;

Page 103:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

102

III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento

prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;

IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental

e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo

a assegurar formação básica comum;

IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e

atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas

habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)

V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;

VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino

fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino,

objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;

VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;

VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação

superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este

nível de ensino;

IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,

os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu

sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação,

com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.

§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a

todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos

educacionais.

§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados

e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior.

Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus

sistemas de ensino;

II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino

fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das

Page 104:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

103 responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos

financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;

III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com

as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas

ações e as dos seus Municípios;

IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,

os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu

sistema de ensino;

V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino

médio.

VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio

a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação

dada pela Lei nº 12.061, de 2009)

VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela

Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes

aos Estados e aos Municípios.

Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:

I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus

sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos

Estados;

II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;

III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;

IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema

de ensino;

V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o

ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente

quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de

competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela

Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.

VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído

pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)

Page 105:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

104

Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao

sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação

básica.

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as

do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de

integração da sociedade com a escola;

VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos

alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso,

os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como

sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei

nº 12.013, de 2009)

VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da

Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos

que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual

permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino;

II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional;

Page 106:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

105

VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a

comunidade.

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do

ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e

conforme os seguintes princípios:

I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de

educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e

administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito

financeiro público.

Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento)

I - as instituições de ensino mantidas pela União;

II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa

privada;

III - os órgãos federais de educação.

Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal

compreendem:

I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público

estadual e pelo Distrito Federal;

II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal;

III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela

iniciativa privada;

IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.

Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil,

criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.

Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:

I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil

mantidas pelo Poder Público municipal;

II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa

privada;

III – os órgãos municipais de educação.

Page 107:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

106

Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas

seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento)

I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e

administradas pelo Poder Público;

II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas

ou jurídicas de direito privado.

Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes

categorias: (Regulamento) (Regulamento)

I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e

mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não

apresentem as características dos incisos abaixo;

II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de

pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de

professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da

comunidade;

II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de

pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de

pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora

representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 11.183, de 2005)

II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de

pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas

educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora

representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)

III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de

pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação

confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;

IV - filantrópicas, na forma da lei.

TÍTULO V Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino CAPÍTULO I Da Composição dos Níveis Escolares

Page 108:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

107

Art. 21. A educação escolar compõe-se de:

I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e

ensino médio;

II - educação superior.

CAPÍTULO II DA EDUCAÇÃO BÁSICA Seção I Das Disposições Gerais

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos

semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados,

com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de

organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o

recomendar.

§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de

transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como

base as normas curriculares gerais.

§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive

climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso

reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada

de acordo com as seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um

mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado

aos exames finais, quando houver;

II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino

fundamental, pode ser feita:

a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

Page 109:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

108

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita

sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo

sistema de ensino;

III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o

regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada

a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;

IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas,

com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas

estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do

aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados

pelas instituições de ensino em seus regimentos;

VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu

regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência

mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;

VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares,

declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de

cursos, com as especificações cabíveis.

Parágrafo único. A carga horária mínima anual de que trata o inciso I

do caput deverá ser progressivamente ampliada, no ensino médio, para mil e

quatrocentas horas, observadas as normas do respectivo sistema de ensino e de

acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas e as estratégias de implementação

estabelecidos no Plano Nacional de Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

Page 110:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

109

Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar

relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as

condições materiais do estabelecimento.

Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições

disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para

atendimento do disposto neste artigo.

Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base

nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características

regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.

Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino

médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de

ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida

pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos

educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o

estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e

natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente,

o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e

natural e da realidade social e política, especialmente da República Federativa do

Brasil, observado, na educação infantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental,

o disposto no art. 32, e no ensino médio, o disposto no art. 36. (Redação dada pela

Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural

dos alunos.

§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,

constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação

básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação

dada pela Lei nº 12.287, de 2010)

§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,

constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino

Page 111:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

110 fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos

alunos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às

condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas

etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos

noturnos. (Redação dada pela Lei nº 10.328, de 12.12.2001)

§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa

ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é

componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental,

sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis

horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de

1º.12.2003)

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar,

estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de

1º.12.2003)

IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de

1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)

§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das

diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das

matrizes indígena, africana e européia.

§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir

da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja

escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da

instituição.

Page 112:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

111

§ 5º No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir

do sexto ano. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do

componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº

11.769, de 2008)

§ 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que

constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação

dada pela Lei nº 13.278, de 2016)

§ 7o Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os princípios

da proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma integrada aos conteúdos

obrigatórios. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)

§ 7º A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os temas transversais

que poderão ser incluídos nos currículos de que trata o caput. (Redação dada pela

Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente

curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua

exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº

13.006, de 2014)

§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as

formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas

transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como

diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do

Adolescente), observada a produção e distribuição de material didático

adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na

Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de

Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação, ouvidos o

Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed e a União Nacional de

Dirigentes de Educação - Undime. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-

Brasileira. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o

estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura

Page 113:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

112 negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a

contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à

História do Brasil. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de

Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. (Incluído pela Lei nº

10.639, de 9.1.2003)

§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,

públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira

e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da

África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura

negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes

à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em

especial nas áreas de educação artística e de literatura e história

brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).

Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as

seguintes diretrizes:

I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres

dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada

estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-

formais.

Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de

ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades

da vida rural e de cada região, especialmente:

Page 114:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

113

I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e

interesses dos alunos da zona rural;

II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às

fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;

III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.

Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas

será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de

ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a

análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade

escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014)

Seção II Da Educação Infantil

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus

aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família

e da comunidade.

Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como

finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus

aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família

e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 30. A educação infantil será oferecida em:

I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.

II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de

idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e

registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o

acesso ao ensino fundamental.

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes

regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Page 115:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

114

I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das

crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino

fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um

mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº

12.796, de 2013)

III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno

parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796,

de 2013)

IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a

frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído

pela Lei nº 12.796, de 2013)

V - expedição de documentação que permita atestar os processos de

desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de

2013)

Seção III Do Ensino Fundamental

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e

gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:

Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e

gratuito na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica

do cidadão mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos,

gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo

a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274,

de 2006)

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

Page 116:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

115

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em

ciclos.

§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem

adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da

avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do

respectivo sistema de ensino.

§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,

assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e

processos próprios de aprendizagem.

§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado

como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

§ 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo

que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei

no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do

Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático

adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007).

§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal

nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011).

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos

horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem

ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos

alunos ou por seus responsáveis, em caráter:

I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu

responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e

credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou

II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades

religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.

Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da

formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas

públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural

religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela

Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

Page 117:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

116

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição

dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e

admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino

religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)

Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro

horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o

período de permanência na escola.

§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de

organização autorizadas nesta Lei.

§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo

integral, a critério dos sistemas de ensino.

Seção IV

Do Ensino Médio

Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima

de três anos, terá como finalidades:

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no

ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para

continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas

condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste

Capítulo e as seguintes diretrizes:

Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional

Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a serem definidos pelos

sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas de conhecimento ou de

atuação profissional: (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

Page 118:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

117

I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da

ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade

e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao

conhecimento e exercício da cidadania;

I - linguagens; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa

dos estudantes;

II - matemática; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,

escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das

disponibilidades da instituição.

III - ciências da natureza; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de

2016)

IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em

todas as séries do ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)

IV - ciências humanas; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de

2016)

V - formação técnica e profissional. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de

2016)

§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão

organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:

I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção

moderna;

II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao

exercício da cidadania. (Revogado pela Lei nº 11.684, de 2008)

§ 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus currículos com base em

mais de uma área prevista nos incisos I a V do caput. (Redação dada pela Medida

Provisória nº 746, de 2016)

§ 2º O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-

lo para o exercício de profissões

técnicas. (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Revogado

pela Lei nº 11.741, de 2008)

Page 119:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

118

§ 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao

prosseguimento de estudos.

§ 3º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas

competências, habilidades e expectativas de aprendizagem, definidas na Base

Nacional Comum Curricular, será feita de acordo com critérios estabelecidos em

cada sistema de ensino. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 4º A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação

profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino

médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação

profissional. (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 5º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do

aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de

vida e para a sua formação nos aspectos cognitivos e socioemocionais, conforme

diretrizes definidas pelo Ministério da Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

§ 6º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum

Curricular não poderá ser superior a mil e duzentas horas da carga horária total do

ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino. (Incluído pela

Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 7º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26,

definida em cada sistema de ensino, deverá estar integrada à Base Nacional

Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social,

ambiental e cultural. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 8º Os currículos de ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da

língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo,

preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e

horários definidos pelos sistemas de ensino. (Incluído pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

§ 9º O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três

anos do ensino médio. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 10. Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede,

possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar, no ano letivo subsequente

ao da conclusão, outro itinerário formativo de que trata o caput. (Incluído pela

Medida Provisória nº 746, de 2016)

Page 120:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

119

§ 11. A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação a que se refere o

inciso V do caput considerará: (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

I - a inclusão de experiência prática de trabalho no setor produtivo ou em

ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável,

de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem profissional;

e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

II - a possibilidade de concessão de certificados intermediários de qualificação

para o trabalho, quando a formação for estruturada e organizada em etapas com

terminalidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 12. A oferta de formações experimentais em áreas que não constem do

Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos dependerá, para sua continuidade, do

reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação, no prazo de três

anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco

anos, contados da data de oferta inicial da formação. (Incluído pela Medida

Provisória nº 746, de 2016)

§ 13. Ao concluir o ensino médio, as instituições de ensino emitirão diploma

com validade nacional que habilitará o diplomado ao prosseguimento dos estudos

em nível superior e demais cursos ou formações para os quais a conclusão do

ensino médio seja obrigatória. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 14. A União, em colaboração com os Estados e o Distrito Federal,

estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que serão

referência nos processos nacionais de avaliação, considerada a Base Nacional

Comum Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 15. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio

poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas

com terminalidade específica, observada a Base Nacional Comum Curricular, a fim

de estimular o prosseguimento dos estudos. (Incluído pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

§ 16. Os conteúdos cursados durante o ensino médio poderão ser

convalidados para aproveitamento de créditos no ensino superior, após

normatização do Conselho Nacional de Educação e homologação pelo Ministro de

Estado da Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

§ 17. Para efeito de cumprimento de exigências curriculares do ensino médio,

os sistemas de ensino poderão reconhecer, mediante regulamentação própria,

Page 121:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

120 conhecimentos, saberes, habilidades e competências, mediante diferentes formas

de comprovação, como: (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

I - demonstração prática; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

II - experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora

do ambiente escolar; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

III - atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de

ensino; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais; (Incluído pela

Medida Provisória nº 746, de 2016)

V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras;

e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

VI - educação a distância ou educação presencial mediada por

tecnologias. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)

Seção IV-A

Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio

(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino

médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício

de profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a

habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de

ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação

profissional. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida

nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino

médio. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá

observar: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Page 122:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

121

I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais

estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; (Incluído pela Lei nº

11.741, de 2008)

II - as normas complementares dos respectivos sistemas de

ensino; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto

pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista

no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de

forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino

fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação

profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se

matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja

cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo

ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades

educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades

educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de

intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto

pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível

médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento

de estudos na educação superior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio,

nas formas articulada concomitante e subseqüente, quando estruturados e

organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados

de qualificação para o trabalho após a conclusão, com aproveitamento, de cada

etapa que caracterize uma qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei nº

11.741, de 2008)

Page 123:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

122 Seção V

Da Educação de Jovens e Adultos

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não

tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade

própria.

§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos

adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades

educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.

§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do

trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.

§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente,

com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº

11.741, de 2008)

Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que

compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento

de estudos em caráter regular.

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:

I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze

anos;

II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.

§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios

informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.

CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Da Educação Profissional e Tecnológica

(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 39. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação,

ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de

aptidões para a vida produtiva. (Regulamento)

Page 124:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

123

Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental,

médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a

possibilidade de acesso à educação profissional.

Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos

da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação

e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela

Lei nº 11.741, de 2008)

§ 1o Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser

organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes

itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de

ensino. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 2o A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes

cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; (Incluído

pela Lei nº 11.741, de 2008)

II – de educação profissional técnica de nível médio; (Incluído pela Lei nº

11.741, de 2008)

III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-

graduação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

§ 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-

graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração,

de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho

Nacional de Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)

Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o

ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições

especializadas ou no ambiente de

trabalho. (Regulamento)(Regulamento) (Regulamento)

Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no

trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para

prosseguimento ou conclusão de estudos. (Regulamento)

Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível

médio, quando registrados, terão validade nacional. (Revogado pela Lei nº

11.741, de 2008)

Page 125:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

124

Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica,

inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação

para prosseguimento ou conclusão de estudos. (Redação dada pela Lei nº

11.741, de 2008)

Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares,

oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à

capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de

escolaridade. (Regulamento) (Regulamento)

Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus

cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada

a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de

escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)

CAPÍTULO IV DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do

pensamento reflexivo;

II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a

inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da

sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;

III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o

desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,

desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;

IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos

que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,

de publicações ou de outras formas de comunicação;

V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e

possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão

sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de

cada geração;

Page 126:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

125

VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular

os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e

estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;

VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à

difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa

científica e tecnológica geradas na instituição.

VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação

básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de

pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que

aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)

Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e

programas: (Regulamento)

I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de

abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas

instituições de ensino;

I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de

abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas

instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou

equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007).

II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio

ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;

III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado,

cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos

diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições

de ensino;

IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos

estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.

Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II

do caput deste artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior,

sendo obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva

ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de

acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo

edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006)

Page 127:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

126

§ 1º. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste

artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo

obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de

classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo

com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo

edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006) (Renumerado do parágrafo

único para § 1º pela Lei nº 13.184, de 2015)

§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as instituições públicas de

ensino superior darão prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter renda

familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais

de um candidato preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei nº 13.184, de

2015)

§ 3º O processo seletivo referido no inciso II do caput considerará

exclusivamente as competências, as habilidades e as expectativas de aprendizagem

das áreas de conhecimento definidas na Base Nacional Comum Curricular,

observado o disposto nos incisos I a IV do caput do art. 36. (Incluído pela Medida

Provisória nº 746, de 2016)

Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino

superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou

especialização. (Regulamento) (Regulamento)

Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o

credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo

renovados, periodicamente, após processo regular de

avaliação. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004)

§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente

identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que

poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em

intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia,

ou em descredenciamento. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei

nº 10.870, de 2004)

§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua

manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos

adicionais, se necessários, para a superação das deficiências.

Page 128:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

127

Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil,

tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo

reservado aos exames finais, quando houver.

§ 1º As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo,

os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração,

requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de

avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições.

§ 1o As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo,

os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração,

requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de

avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser

feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente: (Redação dada

pela lei nº 13.168, de 2015)

I - em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da instituição de

ensino superior, obedecido o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título “Grade e Corpo

Docente”; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da

oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo

seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a página

específica prevista neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar

página específica para divulgação das informações de que trata esta

Lei; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

d) a página específica deve conter a data completa de sua última

atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino superior, por meio

de ligação para a página referida no inciso I; (Incluído pela lei nº 13.168, de

2015)

III - em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao

público; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a

duração das disciplinas de cada curso oferecido, observando o

seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)

Page 129:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

128

a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação

deve ser semestral; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das

aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das

aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alterações; (Incluída pela

lei nº 13.168, de 2015)

V - deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei nº 13.168, de

2015)

a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino

superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as

respectivas cargas horárias; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada curso, as

disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação,

abrangendo a qualificação profissional do docente e o tempo de casa do docente, de

forma total, contínua ou intermitente. (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos,

demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos,

aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos

seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.

§ 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas

de educação a distância.

§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno,

cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período

diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a

necessária previsão orçamentária.

Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados,

terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.

§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias

registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão

registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.

§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras

serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e

Page 130:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

129 área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou

equiparação.

§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades

estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de

pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em

nível equivalente ou superior.

Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de

alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante

processo seletivo.

Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da

lei. (Regulamento)

Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas,

abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que

demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo

prévio.

Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas como

universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de

estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do

ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino.

Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos

quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e

cultivo do saber humano, que se caracterizam

por: (Regulamento) (Regulamento)

I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos

temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural,

quanto regional e nacional;

II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de

mestrado ou doutorado;

III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.

Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por

campo do saber. (Regulamento) (Regulamento)

Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades,

sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições:

Page 131:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

130

I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação

superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o

caso, do respectivo sistema de ensino; (Regulamento)

II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes

gerais pertinentes;

III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção

artística e atividades de extensão;

IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as

exigências do seu meio;

V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as

normas gerais atinentes;

VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;

VII - firmar contratos, acordos e convênios;

VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos

referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar

rendimentos conforme dispositivos institucionais;

IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de

constituição, nas leis e nos respectivos estatutos;

X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira

resultante de convênios com entidades públicas e privadas.

Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das

universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos

recursos orçamentários disponíveis, sobre:

I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;

II - ampliação e diminuição de vagas;

III - elaboração da programação dos cursos;

IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão;

V - contratação e dispensa de professores;

VI - planos de carreira docente.

Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da

lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura,

organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de

carreira e do regime jurídico do seu pessoal. (Regulamento) (Regulamento)

Page 132:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

131

§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo

artigo anterior, as universidades públicas poderão:

I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim

como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os

recursos disponíveis;

II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas

gerais concernentes;

III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos

referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos

alocados pelo respectivo Poder mantenedor;

IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;

V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de

organização e funcionamento;

VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do

Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos;

VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem

orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho.

§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a

instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com

base em avaliação realizada pelo Poder Público.

Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral,

recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de

educação superior por ela mantidas.

Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio

da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos,

de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.

Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento

dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da

elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de

dirigentes.

Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará

obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. (Regulamento)

Page 133:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

132 CAPÍTULO V DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a

modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de

ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a

modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de

ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e

altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de

2013)

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola

regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços

especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não

for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início

na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades

especiais:

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou

superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização

específicos, para atender às suas necessidades;

II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível

exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e

aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os

superdotados;

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,

para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular

capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na

vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem

Page 134:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

133 capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os

órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade

superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares

disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.

Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com

altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação

superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao

desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado. (Incluído pela Lei nº

13.234, de 2015)

Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou

superdotação, os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido

no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os

mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as políticas de desenvolvimento

das potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos em

regulamento.

Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios

de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com

atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo

Poder Público.

Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a

ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria

rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições

previstas neste artigo. (Regulamento)

Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a

ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular

de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste

artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO VI Dos Profissionais da Educação

Page 135:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

134

Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos

objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada

fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: (Regulamento)

Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela

estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos,

são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em

serviço;

I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na

educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redação dada pela

Lei nº 12.014, de 2009)

II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de

ensino e outras atividades.

II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com

habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação

educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas

áreas; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)

III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou

superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou

superior em área pedagógica ou afim; e (Redação dada pela Medida Provisória nº

746, de 2016)

IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de

ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação para atender o

disposto no inciso V do caput do art. 36. (Incluído pela Medida Provisória nº 746,

de 2016)

Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a

atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos

das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como

fundamentos: (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos

fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; (Incluído

pela Lei nº 12.014, de 2009)

Page 136:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

135

II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e

capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições

de ensino e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em

nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e

institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício

do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino

fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade

Normal. (Regulamento)

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em

nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e

institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício

do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino

fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (Redação

dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de

colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos

profissionais de magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).

§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério

poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído pela

Lei nº 12.056, de 2009).

§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao

ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de

educação a distância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).

§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão

mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de

docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. (Incluído

pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 5o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a

formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública

mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes

matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de

educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

Page 137:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

136

§ 6o O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame

nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o

ingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho

Nacional de Educação - CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a

Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de

2016) (Vide Medida Provisória nº 746, de 2016)

Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61

far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou

superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de

2013)

Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a

que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e

superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação

plena ou tecnológicos e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de

2013)

Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Regulamento)

I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o

curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e

para as primeiras séries do ensino fundamental;

II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de

educação superior que queiram se dedicar à educação básica;

III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos

diversos níveis.

Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,

planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação

básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-

graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base

comum nacional.

Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática

de ensino de, no mínimo, trezentas horas.

Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível

de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.

Page 138:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

137

Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de

doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico.

Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da

educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de

carreira do magistério público:

I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;

II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento

periódico remunerado para esse fim;

III - piso salarial profissional;

IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação

do desempenho;

V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga

de trabalho;

VI - condições adequadas de trabalho.

§ 1o A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de

quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de

ensino. (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)

§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da

Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por

professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas,

quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis

e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade

escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei

nº 11.301, de 2006)

§ 3o A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos

profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)

TÍTULO VII Dos Recursos financeiros

Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:

I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e

dos Municípios;

Page 139:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

138

II - receita de transferências constitucionais e outras transferências;

III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;

IV - receita de incentivos fiscais;

V - outros recursos previstos em lei.

Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas

respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos,

compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento

do ensino público.

§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados,

ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios,

não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do

governo que a transferir.

§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas

neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de

impostos.

§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos

neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual,

ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais,

com base no eventual excesso de arrecadação.

§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente

realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios,

serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.

§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão

responsável pela educação, observados os seguintes prazos:

I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o

vigésimo dia;

II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até

o trigésimo dia;

III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o

décimo dia do mês subseqüente.

§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à

responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.

Page 140:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

139

Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino

as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das

instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:

I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais

da educação;

II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e

equipamentos necessários ao ensino;

III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao

aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;

V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas

de ensino;

VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;

VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao

disposto nos incisos deste artigo;

VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de

transporte escolar.

Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do

ensino aquelas realizadas com:

I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando

efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao

aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;

II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,

desportivo ou cultural;

III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam

militares ou civis, inclusive diplomáticos;

IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-

odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;

V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou

indiretamente a rede escolar;

VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio

de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.

Page 141:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

140

Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino

serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos

relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.

Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de

contas de recursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição

Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na

legislação concernente.

Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o

ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de

assegurar ensino de qualidade.

Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela

União ao final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando

variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.

Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida

de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão

mínimo de qualidade de ensino.

§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público

que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo

Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do

desenvolvimento do ensino.

§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão

entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e

desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de

qualidade.

§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer

a transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o

número de alunos que efetivamente freqüentam a escola.

§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do

Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área

de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do

art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de atendimento.

Page 142:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

141

Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará

condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do

disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.

Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo

ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos,

bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou

pretexto;

II - apliquem seus excedentes financeiros em educação;

III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,

filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas

atividades;

IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de

estudo para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem

insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede

pública de domicílio do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir

prioritariamente na expansão da sua rede local.

§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio

financeiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo.

TÍTULO VIII Das Disposições Gerais

Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências

federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas

integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e

intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:

I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas

memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de

suas línguas e ciências;

II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações,

conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades

indígenas e não-índias.

Page 143:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

142

Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no

provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo

programas integrados de ensino e pesquisa.

§ 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades

indígenas.

§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos Planos Nacionais

de Educação, terão os seguintes objetivos:

I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de cada comunidade

indígena;

II - manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à

educação escolar nas comunidades indígenas;

III - desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os

conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades;

IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e

diferenciado.

§ 3o No que se refere à educação superior, sem prejuízo de outras ações, o

atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e

privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência estudantil, assim como de

estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. (Incluído pela

Lei nº 12.416, de 2011)

Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia

Nacional da Consciência Negra’. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)

Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de

programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de

educação continuada. (Regulamento)

§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será

oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.

§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e

registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.

§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de

educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos

respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os

diferentes sistemas. (Regulamento)

Page 144:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

143

§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão

sonora e de sons e imagens;

I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão

sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam

explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder

público; (Redação dada pela Lei nº 12.603, de 2012)

II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;

III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos

concessionários de canais comerciais.

Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de ensino

experimentais, desde que obedecidas as disposições desta Lei.

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos

estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua

jurisdição.

Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não

estabelecem vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio,

estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na

legislação específica. (Revogado pela nº 11.788, de 2008)

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de

estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria. (Redação

dada pela Lei nº 11.788, de 2008)

Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência

de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.

Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em

tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de

monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.

Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a

abertura de concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição

pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não concursado, por

mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da

Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Page 145:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

144

Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como universidades

integrar-se-ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema

Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica.

TÍTULO IX Das Disposições Transitórias

Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da

publicação desta Lei.

§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei,

encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes

e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre

Educação para Todos.

§ 2º O Poder Público deverá recensear os educandos no ensino fundamental,

com especial atenção para os grupos de sete a quatorze e de quinze a dezesseis

anos de idade.

§ 2o O poder público deverá recensear os educandos no ensino fundamental,

com especial atenção para o grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e de

15 (quinze) a 16 (dezesseis) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 11.274,

de 2006) (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)

§ 3º Cada Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá:

I - matricular todos os educandos a partir dos sete anos de idade e,

facultativamente, a partir dos seis anos, no ensino fundamental;

I – matricular todos os educandos a partir dos seis anos de idade, no ensino

fundamental, atendidas as seguintes condições no âmbito de cada sistema de

ensino: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)

a) plena observância das condições de oferta fixadas por esta Lei, no caso de

todas as redes escolares; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)

b) atingimento de taxa líquida de escolarização de pelo menos 95% (noventa e

cinco por cento) da faixa etária de sete a catorze anos, no caso das redes escolares

públicas; e (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)

c) não redução média de recursos por aluno do ensino fundamental na

respectiva rede pública, resultante da incorporação dos alunos de seis anos de

idade; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)

Page 146:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

145

§ 3o O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletivamente, a União,

devem: (Redação dada pela Lei nº 11.330, de 2006)

I – matricular todos os educandos a partir dos 6 (seis) anos de idade no ensino

fundamental; (Redação dada pela Lei nº 11.274, de

2006) (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)

a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

b) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

c) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)

II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos

insuficientemente escolarizados;

III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício,

utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância;

IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território

ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar.

§ 4º Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores

habilitados em nível superior ou formados por treinamento em

serviço. (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)

§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes

escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de

tempo integral.

§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos

Municípios, bem como a dos Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao

cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes

pelos governos beneficiados.

Art. 87-A. (VETADO). (Incluído pela lei nº 12.796, de 2013)

Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua

legislação educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um

ano, a partir da data de sua publicação. (Regulamento) (Regulamento)

§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos

dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos

por estes estabelecidos.

§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III

do art. 52 é de oito anos.

Page 147:  · 2017. 9. 1. · Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado

146

Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas

deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao

respectivo sistema de ensino.

Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que se

institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante

delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a

autonomia universitária.

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de

1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de

24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs

5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis

e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras disposições em contrário.

Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Renato Souza

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.1996