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MATERIAL TÉCNICO CIENTÍFICO DE DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA À CLASSE MÉDICA. Cód.: 7020105. Veiculação: Janeiro/2017. MITOS E VERDADES SOBRE A LABIRINTITE MITOS SOBRE A LABIRINTITE VERDADES Gravidez e lactação: Não há dados suficientes sobre o uso da betaistina durante a gravidez que permitam avaliar possíveis efeitos deletérios. Não há evidências de efeitos prejudiciais em testes com animais. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O dicloridrato de betaistina está enquadrado na categoria de risco B. Não há informações sobre a passagem de betaistina para o leite materno. Uso em idosos: Não existem cuidados específicos para pacientes idosos. Reações adversas: Sistema imunológico: reação de hipersensibilidade (por exemplo reação anafilática). Sistema gastrintestinal: em alguns casos foram observadas queixas gástricas leves. Estes efeitos podem ser controlados administrando-se o medicamento durante as refeições ou reduzindo as doses. Pele ou tecidos subcutâneos: foram ob- servados casos raros de reação cutânea, tais como edema angioneurótico, rash cutâneo, prurido e urticária. Posologia: Os comprimidos de BETADINE são brancos, biconvexos e circulares. As doses recomendadas de BETADINE para adultos variam de 24-48 mg por dia, divididos em duas ou três tomadas. A dosagem deve ser individualmente adaptada de acordo com a resposta terapêutica. A melhora, algumas vezes, só pode ser observada após algumas semanas de tratamento. Em alguns casos os melhores resultados são obtidos após alguns meses. Existem evidências de que o tratamento realizado desde o início da doença previne a sua progressão e/ou a perda de audição em fases avançadas da doença. Caso o paciente se esqueça de tomar o medicamento no horário estabelecido, oriente-o a tomar a dose esquecida o mais rapidamente possível. “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS - 1.0573.0410. “Material técnico científico de distribuição exclusiva a profissionais de saúde habilitados à precrição e/ou dispensação de medicamentos”. Para informações completas, consultar a bula na íntegra através da Central de Atendimento ao Cliente. MB 02 - SAP 4396200 - 01/12. BETADINE, dicloridrato de betaistina, 8 mg, 16 mg e 24 mg comprimidos. USO ORAL. USO ADULTO. Indicações: BETADI- NE é indicado para: tratamento da Síndrome de Ménière caracterizada pela tríade de sintomas vertigem (com náuseas e vômito), perda de audição e zumbido. Tratamento sintomático da tontura de origem vestibular. Precauções e advertências: Portadores de feocromocitoma e pacientes com asma brônquica precisam ser cuidadosa- mente monitorados durante a terapia. São recomendados cuidados especiais no tratamento de pacientes com história de úlcera péptica. Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas. BETADINE não altera ou apresenta efeitos mínimos na habilidade de dirigir ou operar máquinas. Interações medicamentosas: Não há da- dos de interação medicamentosa em es- tudos in vivo. Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Baseados em dados de estudos in vitro, não são esperadas ini - bições das enzimas do citocromo P450. Referências Bibliográficas: 1. BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RE nº 1.101, de 9 de abril de 2015. Concede Certificação de Boas Práticas de Fabricação ao Aché. Diário Oficial da União, Brasília, DF, P. 133, 9 abril 2015. 2. Kairos Web Brasil. Disponível em: <http://brasil.kairosweb.com>. Acesso em: Novembro 2016. 3. DJELILO- VIC-VRANIC, J. et al. Betahistine or Cinnarizine for treatment of Meniere’s Disease. Med Arh, v. 66, n. 6, p. 396-398, 2012. 4. BRADOO, R. A. et al. Management of acute vertigo with betahistine. Indian Journal of Otolaryngology and Head and Neck Surgery, v. 52, n. 2, 2009. Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos compo- nentes da fórmula. Menores de 18 anos.

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MATERIAL TÉCNICO CIENTÍFICO DE DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA À CLASSE MÉDICA.Cód.: 7020105. Veiculação: Janeiro/2017.

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MITOS

S O B R E A L A B I R I N T I T E

VERDADES

Gravidez e lactação: Não há dados suficientes sobre o uso da betaistina durante a gravidez que permitam avaliar possíveis efeitos deletérios. Não há evidências de efeitos prejudiciais em testes com animais. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O dicloridrato de betaistina está enquadrado na categoria de risco B. Não há informações sobre a passagem de betaistina para o leite materno. Uso em idosos: Não existem cuidados específicos para pacientes idosos. Reações adversas: Sistema imunológico: reação de hipersensibilidade (por exemplo reação anafilática). Sistema gastrintestinal: em alguns casos foram observadas queixas gástricas leves. Estes efeitos podem ser controlados administrando-se o medicamento durante as refeições ou reduzindo as doses. Pele ou tecidos subcutâneos: foram ob-servados casos raros de reação cutânea, tais como edema angioneurótico, rash cutâneo, prurido e urticária. Posologia: Os comprimidos de BETADINE são brancos, biconvexos e circulares. As doses recomendadas de BETADINE para adultos variam de 24-48 mg por dia, divididos em duas ou três tomadas. A dosagem deve ser individualmente adaptada de acordo com a resposta terapêutica. A melhora, algumas vezes, só pode ser observada após algumas semanas de tratamento. Em alguns casos os melhores resultados são obtidos após alguns meses. Existem evidências de que o tratamento realizado desde o início da doença previne a sua progressão e/ou a perda de audição em fases avançadas da doença. Caso o paciente se esqueça de tomar o medicamento no horário estabelecido, oriente-o a tomar a dose esquecida o mais rapidamente possível. “SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.” VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MS - 1.0573.0410. “Material técnico científico de distribuição exclusiva a profissionais de saúde habilitados à precrição e/ou dispensação de medicamentos”. Para informações completas, consultar a bula na íntegra através da Central de Atendimento ao Cliente. MB 02 - SAP 4396200 - 01/12.

BETADINE, dicloridrato de betaistina, 8 mg, 16 mg e 24 mg comprimidos. USO ORAL. USO ADULTO. Indicações: BETADI-NE é indicado para: tratamento da Síndrome de Ménière caracterizada pela tríade de sintomas vertigem (com náuseas e vômito), perda de audição e zumbido. Tratamento sintomático da tontura de origem vestibular.

Precauções e advertências: Portadores de feocromocitoma e pacientes com asma brônquica precisam ser cuidadosa-mente monitorados durante a terapia. São recomendados cuidados especiais no tratamento de pacientes com história de úlcera péptica. Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas. BETADINE não altera ou apresenta efeitos mínimos na habilidade de dirigir ou operar máquinas.

Interações medicamentosas: Não há da-dos de interação medicamentosa em es-tudos in vivo. Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Baseados em dados de estudos in vitro, não são esperadas ini-bições das enzimas do citocromo P450.

Referências Bibliográficas: 1. BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução - RE nº 1.101, de 9 de abril de 2015. Concede Certificação de Boas Práticas de Fabricação ao Aché. Diário Oficial da União, Brasília, DF, P. 133, 9 abril 2015. 2. Kairos Web Brasil. Disponível em: <http://brasil.kairosweb.com>. Acesso em: Novembro 2016. 3. DJELILO-VIC-VRANIC, J. et al. Betahistine or Cinnarizine for treatment of Meniere’s Disease. Med Arh, v. 66, n. 6, p. 396-398, 2012. 4. BRADOO, R. A. et al. Management of acute vertigo with betahistine. Indian Journal of Otolaryngology and Head and Neck Surgery, v. 52, n. 2, 2009.

Contraindicações: Hipersensibilidade conhecida a qualquer um dos compo-nentes da fórmula. Menores de 18 anos.

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BLOCODurante as crises de vertigem,os pacientes fi cam extremamente incapacitados para realizar atividades diárias ou sociais.3

Após o tratamento com betaistina por 3 semanas, a frequência média de ataques de vertigem diminuiu em 95,3% com relação à linha de base.4

A betaistina com preçoacessível e qualidade Aché.1,2

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MITOS E VERDADES SOBRE TONTURAMITOS E VERDADES SOBRE TONTURA

MITO! A tontura ocorre quando algo abala o equilíbrio, o qual depende da harmonia entre o labirinto, a visão e a propriocepção. Cada um fornece informações sobre os movimentos corporais para o cérebro interpretar e ajus-tar a postura. Problemas em um deles podem alterar o equilíbrio e causar tontura. O labirinto pode ser agredido por várias substâncias tóxicas ao ouvido, tanto alimenta-res (intolerância/alergia a doces, cafeína, gorduras, ta-baco, álcool, lactose, glúten) como medicamentosas (an-tibióticos, diuréticos, antinflamatórios, quimioterápicos, anticoncepcionais ou estimulantes sexuais); infecções das vias respiratórias; diabetes; hipertensão arterial; hipotiroidismo; aterosclerose; traumatismos cranianos; alterações hormonais (TPM, menopausa, andropausa), ou ainda, problemas psicológicos. Por isso, só uma ava-liação médica completa poderá identificar o(s) fator(es) causal(is) para direcionar melhor o tratamento.

MITO! Tontura ocorre em qualquer idade. Nas crianças, ela é mais “disfarçada” e aparece como medo do escuro/altura, dores abdominais idiopáticas, falta de atenção e concentração na escola ou recusa de brincadeiras que precisam do equilíbrio: bicicleta, pular corda ou elástico, amarelinha, parque de diversões etc. De fato, a tontura nos idosos tem um detalhe a mais do que em outras ida-des: como ela ocorre pela associação do envelhecimento

MITO! A tontura por labirintopatia pode ser de vários ti-pos. Os exames de imagem e laboratoriais podem facili-tar o diagnóstico, mas a história clínica continua sendo preciosa para reconhecermos os tipos principais. Tam-bém vale a pena realçar que um indivíduo pode ter asso-ciação de quadros.

VERDADE! Muitas pessoas só querem (e muitos médicos só prescrevem) um medicamento para abolir a tontura. De fato, alguns medicamentos são muito úteis para eliminar as crises de tontura e restabelecer prontamente a qualidade de vida, mas corrigir o que as está causando é fundamental para diminuir a recidiva. Dependendo da causa, o melhor tratamento pode ser a correção de hábitos alimentares, o uso de medicamentos ou as manobras de reposição canalicular. Se for de difícil controle, indica-se a reabilitação vestibular, que é uma sequência de exercícios específicos para recuperação do equilíbrio. Em paralelo, adotar um estilo de vida saudável (alimentação equilibrada + atividade física regular + controle de estresse) também costuma ser muito benéfico para o tratamento e prevenção.

MITO! Tontura é uma ilusão de movimento, ou seja, é a sensação de que o indivíduo ou o ambiente estão se mo-vendo. Pode dar a sensação de vertigem, instabilidade, desequilíbrio, oscilação, flutuação, sensação de queda ou desvio ao andar. Já é desagradável, mas ainda pode pio-rar quando se associa a náuseas, vômitos, zumbido, perda auditiva ou sensação de ouvido tampado! Labirintite signi-fica “inflamação do labirinto”, portanto, nem toda tontura é labirintite! O nome correto das tonturas causadas por problemas do labirinto é labirintopatias.

TONTURA É LABIRINTITE

TONTURA SIGNIFICA FALTA DE CIRCULAÇÃO CEREBRAL

TONTURA PODE SER TRATADA

TONTURA É TUDO IGUAL

TONTURA É SINTOMA DE IDOSOS

VERDADE! Tontura afeta 20 a 30% da população mundial e prejudica as atividades diárias, o trabalho e a quali-dade de vida. Pode ocorrer em homens e mulheres de qualquer idade. Além de incomodar, ela assusta, deixa as pessoas com medo de fazerem as coisas sozinhas e au-menta o risco de queda em idosos, por isso vai limitando muito a qualidade de vida do indivíduo.

TONTURA É UM PROBLEMA COMUM

NOMESENSAÇÃO

TÍPICADURAÇÃO DESENCADEANTES OUTROS SINTOMAS

Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB) Vertigem Segundos Movimentos rápidos: deitar,

levantar, virar para os lados Não tem

Síndrome de Ménière Vertigem ou instabilidade

Minutosa horas

Hipertensão endolinfática por erros alimentares, alterações

hormonais, estresse ou alterações cervicais

Sensação de ouvido tampado

Neurite vestibular Vertigem Dias Infecção de Vias Aéreas Superiores Náuseas e vômitos

Migrânea vestibular Vertigem ou instabilidade

Minutosa horas Não tem Cefaleia, zumbido e vômitos

do labirinto com a dificuldade de locomoção própria des-sa faixa etária, o risco de quedas é maior e pode levar a consequências desastrosas.

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• Diretora do Instituto Ganz Sanchez• Professora livre-docente e associada da Disciplina de Otorrinolaringologia

da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo• Autora do livro: Quem disse que zumbido não tem cura?• Apresentadora do site de vídeos TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br)• Coordenadora do Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido (Ganz)

CONTEÚDO DESENVOLVIDO PELA DOUTORA TANIT GANZ SANCHEZ | CRM-SP: 69.992

MITOS E VERDADES SOBRE ZUMBIDO

MITO! Idiopático é o termo usado para expressar causas não identificadas dentro do conhecimento atual. Na verdade, existem várias causas que podem ser identificadas, inclusive em associação no mesmo paciente: causas otológicas, me-tabólicas, hormonais, neurológicas, cervicais, odontológi-cas, emocionais etc. O “quarteto básico” indispensável para investigar as possíveis causas é composto por:1) história clínica específica sobre zumbido e sintomas

associados;2) exame físico otorrinolaringológico;3) avaliação audiométrica, preferencialmente acompa-

nhada de acufenometria (medida da frequência e inten-sidade do zumbido) e do Limiar de Desconforto a Sons;

4) exames de sangue: hemograma, glicemia de jejum com hemoglobina glicada, estudo do colesterol e tri-glicérides, hormônios tireoideanos com anticorpos an-tiperoxidade + antitireoglobulina. Dependendo dos re-sultados desse quarteto, pode ser necessário avançar com exames eletrofisiológicos e/ou de imagem, além da avaliação por equipe multidisciplinar.

VERDADE! Zumbido normalmente reflete uma resposta de hiperatividade da via auditiva central como consequên-cia de uma lesão da via auditiva periférica (principalmente na cóclea). Portanto, o principal sintoma acompanhante do zumbido é a perda auditiva, mesmo que ela só seja detec-

1. Bittar RS, Santos MD, Mezzalira R. Glucose metabolism disorders and vestibular manifestations: evaluation through computerized dynamic posturography. Braz J Otorhinolaryngol. 2016 Jul-Aug;82(4):372-6. 2. Sanchez TG, Moraes F, Casseb J, Cota J, Freire K, Roberts LE. Tinnitus is associated with reduced sound level tolerance in adolescents with normal audiograms and otoacoustic emissions. Sci Rep. 2016 Jun 6;6:27109. 3. Sanchez TG; Oliveira JC; Kii MA; Freire K; Cota J; Moraes FV. Tinnitus in adolescents: the start of the vulnerability of the auditory pathways. CoDAS, v. 27, p. 5-12, 2015. 4. Sanchez TG. What to expect from your physician and healthcare professionals. In: Richard Tyler. (Org). The Consumer Handbook on Tinnitus - 2nd edition. 2ed.Sedo-na: Auricle Ink, 2015, v. 1, p. 183-197. 5. Bittar RS, Lins EM. Clinical characteristics of patients with persistent postural-perceptual dizziness. Braz J Otorhinolaryngol. 2015 May-Jun;81(3):276-82. 6. Hall DA, Láinez MJ, Newman CW, Sanchez TG, Egler M, Tennigkeit F, Koch M, Langguth B. Treatment options for subjective tinnitus: self-reports from a sample of general practitioners and ENT physicians within Europe and the USA. BMC Health Serv Res. 2011 Nov 4;11:302. 7. Lundy-Ekman L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2000. p.69-86: Sistema somato-sensorial. 8. Bittar RSM, Sanchez TG, Santoro PP, Medeiros IRT. O metabolismo da glicose e o ouvido interno. Arquivos da Fundação Otorrinolaringologia 1998; 2(1):4-8. 9. Valentini Jr M, Bittar RSM, Sanchez TG, Formigoni LG, Figueiredo LAP. Neurotransmissores do sistema vestibular e drogas com ação no ouvido interno. Rev. Bras. ORL, 63(2): 108, 1997.

VERDADE! Zumbido é um som que as pessoas escu-tam no ouvido ou na cabeça, especialmente no silên-cio (apito, chiado, cigarra etc.). Algumas só o ouvem se prestarem atenção; outras o percebem o dia todo. A prevalência de zumbido aumentou de 15% para 24% na população, muito mais do que a asma, diabetes, surdez, cegueira ou Alzheimer, mas muitas pessoas ainda não ouviram falar sobre isso.

ZUMBIDO É UM PROBLEMA COMUM

ZUMBIDO É IDIOPÁTICO

MITO! Há vários tratamentos: alguns são simples, outros sofisticados. Nenhum deles funciona para todos os casos, portanto personalizar é a palavra de ordem (consideran-do causas e presença de outros sintomas). Crianças e adolescentes devem ter tratamentos diferentes de adul-tos e idosos. As opções mais fáceis e viáveis são: corre-ção de hábitos alimentares, medicamentos e as diversas formas de terapia sonora, dependendo do caso. Quanto antes o indivíduo tratar, possibilitará uma maior chance de resultados positivos. Acesse também os vídeos gra-tuitos da TV Zumbido e do GANZ (Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido) no link www.tvzumbido.com.br. Você entenderá mais sobre o zumbido e sobre como tra-tar e prevenir o sintoma.

ZUMBIDO NÃO TEM TRATAMENTO, É PRECISOSE ACOSTUMAR COM ELE

MITO! Pesquisas mostraram que 37% das crianças e 54% dos adolescentes têm ou tiveram zumbido. Diferente dos adultos e idosos, muitas crianças e adolescentes não se incomodam com o zumbido e, portanto, nem buscam ajuda médica. Uma possível explicação para isso seria a adaptação mais fácil ao sintoma. De qualquer jeito, esses ouvidos parecem ser mais sensíveis a lesões, por isso re-querem mais cuidado.

ZUMBIDO É SINTOMA DE IDOSOS

VERDADE! Ele é um “sinal de alerta”: em adultos e ido-sos, geralmente é consequência de alguma perda audi-tiva (mesmo que não seja percebida no dia a dia). Nas crianças e adolescentes, ele vem antes da perda de au-dição. Várias causas já são conhecidas (algumas até são fáceis de tratar) e uma única pessoa pode ter associação de causas. Ex. 1: jovem de 20 anos com zumbido porque ouve música alta, come muitos doces, é ansioso e tem bruxismo. Ex. 2: senhora de 70 anos com zumbido por diabetes, hipertensão, abuso de cafeína e depressão. A avaliação médica precoce pode identificar os fatores que estão afetando o ouvido, pois tudo que puder ser rever-tido ou controlado tem chance de melhorar o zumbido. Evite apostar na melhora espontânea: quanto antes co-meçar o tratamento, maior a chance de melhorar.

ZUMBIDO TEM VÁRIAS CAUSAS

ZUMBIDO E TONTURA ACONTECEM JUNTOS

tada na audiometria, e não na história clínica. Entretanto, quando o agente agressor da cóclea também agride o labi-rinto, o paciente tende a ter a associação de tontura e zum-bido. Portanto, todo o raciocínio investigativo e terapêutico de um sintoma também costuma ser válido para o outro. Um outro sintoma que vale a pena investigar nesses casos é a hipersensibilidade auditiva, ou seja, intolerância a sons comuns do dia a dia.