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RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @jornal_metrocps CAMPINAS Sexta-feira, 21 de junho de 2013 Edição nº 775, ano 4 MÍN: 14°C MÁX: 27°C Estação é depredada Tropa de Choque da PM chega à prefeitura para conter vandalismo Manifestante provoca GMs VANDALISMO FRUSTRA PROTESTO Depredação do Paço, saques e confrontos que deixaram feridos apagaram o brilho do protesto que levou 30 mil às ruas PÁG S. 02 E 04 THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

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THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

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CAMPINAS Sexta-feira, 21 de junho de 2013Edição nº 775, ano 4

MÍN: 14°CMÁX: 27°C

sunny

hazy

snow rain partly sunny

cloudy sleet thunder part sunny/showers

showers

thunder showers

windy

Estação é depredada

Tropa de Choque da PM chega à prefeitura para conter vandalismo

Manifestante provoca GMs

VANDALISMO FRUSTRA PROTESTODepredação do Paço, saques e confrontos que deixaram feridos apagaram o brilho do protesto que levou 30 mil às ruas PÁG S. 02 E 04

THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINASTHOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |02| {FOCO}

O jornal Metro circula em 23 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos e Campinas, somando mais de 480 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por SP Publimetro S/A. Endereço: avenida Engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, 2799, CEP 13045-541, Jardim São Gabriel. Tel.: 019/3779-7421. O jornal Metro é impresso na Log&Print Gráfica e Logística S.A.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145). Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini. Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior. Gerente Executivo: Ricardo Adamo. Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor de Arte: Vitor Iwasso.

Metro Campinas. Editora-Executiva: Zezé de Lima (MTB: 16.231). Editor de Arte: Gustavo Moura. Gerente Comercial: Simone Monfardini.Grupo Bandeirantes de Comunicação Campinas - Diretor Geral: Rodrigo V. P. O. Neves.

A tiragem e distribuição desta edição de 30.000 exemplares são auditadas pela BDO.

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3779-7518

COMERCIAL: 019/3779-7421

Manifestantes se concentram na Avenida Francisco Glicério | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

Cerca de 30 mil pessoas ocuparam as ruas centrais de Campinas. Os primei-ros manifestantes come-çaram a aparecer por vol-ta das 15h. Eles chegaram com cartazes que expressa-vam que o movimento que surgiu como um ato contra o aumento da tarifa de ôni-bus extrapolou para mos-trar a insatisfação dos bra-sileiros contra um leque de direitos que têm sido des-respeitados pelos governan-tes nas áreas de educação, saúde, segurança. O fim da corrupção é outra exigência dos manifestantes.

Com esse objetivo, os moradores de Campinas fo-ram chegando ao Largo do Rosário com os rostos pinta-dos, os corpos enrolados na bandeira brasileira e com palavras de ordem. Jovens, crianças e idosos se mistura-vam na multidão que foi se formando no principal pon-to histórico de grandes pro-testos populares.

A marcha começou às 17h no Largo do Rosário. Animados, os manifestan-tes entoavam o Hino Nacio-nal e cobravam participação dos moradores e comercian-tes da avenida Moraes Salles por volta das 17h30. “De ca-marote, não. A luta é aqui no chão”, cantavam, apon-

tando para as janelas. Não havia registro de

ocorrências graves até a chegada ao Centro de Con-vivência, ponto em que um grupo maior se reuniu pa-ra chegar à prefeitura. Uma bomba caseira chegou a ser lançada em direção aos repórteres do Metro e da Band Campinas. Ninguém foi atingido.

Eram 17h58 quando um grupo grande de manifes-tantes cercou o Paço.

De um lado, na aveni-da Francisco Glicério e nas ruas próximas, uma multi-dão fazia um ato pacífico. Na prefeitura, o Paço mu-nipal virou um campo de guerra.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), disse lamentar o vandalismo em detrimento da organização de milhares de pessoas que voltaram às ruas motivadas por outros brasileiros que também já tiveram o mes-mo gesto. METRO CAMPINAS

DIA D. Ato começou no Largo do Rosário. Manifestação terminou com vandalismo e irritou os próprios manifestantes

Banca do Alemão termina o expediente mais cedo | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO

30 mil pessoas nas ruas “A manifestação é um primeiro passo para mudar o cenário do Brasil. E acho que as coisas vão mudar.” MIRIAM GEA, 60, APOSENTADA

Apático e sem foco Sempre fui a favor das manifestações nas ruas. Fui ao protesto. Depois de ter ido a São Paulo, na última segunda-feira, percebi diferenças em relação ao protesto cam-pineiro. A primeira foi a idade. Em São Paulo, a média era de 27 anos. Em Campinas, 16 anos.

O que mais me cho-cou foi o clima... de festa. Parecia final de Copa de Mundo. Nada de manifes-tação pacífica. Uma pas-seata sem foco. A maioria não cantava, apenas an-dava. Ao chegar à avenida Anchieta vi que a maioria dos manifestantes ainda era pacífica. Porém, um grupo decidiu depredar. O foco era vandalizar por vandalizar. Destruir por destruir. Fui embora, mas antes ouvi de um vânda-lo: “O pessoal está cantan-do o Hino Nacional. Va-mos entrar lá no meio e começar de novo.”

LUIS FELIPE MAGALHÃES

Minha visão

A indicação da Acic (Associa-ção Comercial e Industrial de Campinas) era a de que o comércio fechasse as portas a partir das 16h. Entretanto, o que se viu nas ruas foi, a partir das 15h, uma série de estabelecimentos fechados e se protegendo do que es-tava por vir.

Uma agência do ban-co Santander, localizada na rua General Osório, insta-lou tapumes como forma de evitar o quebra-quebra.

O medo dos comercian-tes ficou mais evidente a partir das 15h15, hora em

que a avenida Francisco Gli-cério foi tomada pela pri-meira vez. Os manifestan-tes, exaltados, fecharam a General Osório às 15h25. Era o primeiro sinal do mo-vimento que estava marca-do para ser iniciado às 17h.

A Emdec afirmava, por volta das 15h40, que pou-co mais de 600 pessoas es-tavam na concentração do movimento. No entan-to, a balanço do movimen-to já apontava mais de mil manifestantes ocupando o Centro.

METRO CAMPINAS

Comerciantes baixaram as portas por precaução

1FOCO

Dólar + 1,71%

(R$ 2,25)

Bovespa + 0,67% (48.214 pts)

Euro + 2,11%

(R$ 2,97)

Selic (8,00%)

Salário mínimo(R$ 678)

Cotações

Dilma Rousseff

Viagens adiadasA presidente Dilma

Rousseff decidiu cancelar a agenda de viagens dos próximos dias em função da onda de protestos. Ela iria hoje a Salvador (BA) lançar o Plano Safra para o Semiárido, e faria, na próxima semana, uma

viagem ao Japão.

leia mais na pág. 08

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |04| {FOCO}

Rastro de sangue na entrada do Paço | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS Vidraça da prefeitura foi toda destruída | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS Pedras se acumularam na entrada da prefeitura | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO

Extra foi saqueado por ladrões | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

Houve tumulto e confusão na via | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO CAMPINAS

A imagem de uma multi-dão pacífica em passeata pe-las ruas centrais de Campi-nas foi apagada ontem no momento em que cerca de 3 mil vândalos – número es-timado por policiais mili-tares – se aglomeraram na escadaria do Paço, começa-ram a apedrejar o prédio e jogar bombas caseiras no Palácio dos Jequitibás, onde 120 guardas municipais fa-ziam a segurança, desarma-dos e atônitos.

As cenas de horror come-çaram às 18h05, momento em que a primeira bomba foi disparada contra a GM. Foram oito explosões até os guardas darem início à rea-ção com spray de pimenta, bombas de gás lacrimogê-neo e balas de borracha.

A partir daí, a destruição foi geral por todo o entor-no. A estação de transferên-cia da avenida Anchieta foi inteiramente depredada. As pedras portuguesas das cal-çadas das ruas vizinhas vi-raram armas de combate de vândalos. Cinco ônibus fo-ram depredados. Lixeiras, radares, placas e semáforos foram ao chão. Comércios próximos foram invadidos e saqueados. Até o fechamen-to desta edição, a polícia fa-lava em pelo menos seis es-tabelecimentos violados, a

começar pelo supermerca-do Extra, que fica na ave-nida Anchieta. Nossa equi-pe de reportagem flagrou invasores saindo do local com carrinhos de compras cheios. Uma agência do ban-co Itaú também foi destruí-da e, em seguida, incendia-da. Até então, a GM tentava, sem sucesso, conter os ma-nifestantes. Em seguida che-gou a PM (Polícia Militar). Veio primeiro a Força Táti-ca, mas foi inevitável a che-gada da Tropa de Choque.

A batalha campal tomou conta e se revezava entre a avenida Benjamin Constan-te e a rua Barreto Leme. Pra-ticamente toda a vidraça da prefeitura foi atingida por pedras e rojões. Pequenas barricadas se multiplica-

ram ao redor do Paço. Ape-sar dos gritos de “sem vio-lência”, o que se viu foi um cenário de guerra, já que os curtos momentos de calma-ria eram seguidos de explo-sões, correria e pânico.

Acuado, o grupo de ar-ruaceiros partiu para o que-bra-quebra e saques nas ruas próximas. Além da destrui-ção, deixaram feridos. Não se sabe o número exato. Ao menos oito GMs foram atin-gidos. Outras pessoas passa-ram mal e oito foram pre-sos. METRO CAMPINAS

Luta campal. Manifestantes depredaram prédio da prefeitura, cinco ônibus e comércios na região central. Houve confronto com a PM

Vândalos atacam prefeitura

O clima ainda estava ten-so no Paço quando chegou a cavalaria da PM, às 21h45. No entanto, minutos depois o caos chegou à avenida Francisco Glicério, quando uma multidão aproveitou para saquear lojas.

O repórter Flávio Bote-lho, da rádio CBN, foi agre-dido no local pelos saquea-dores que não queriam os ataques reportados. Bote-lho estava no hospital até o fechamento desta edição Após a agressão, a PM che-gou à avenida para conter os aproveitadores e prote-ger a Base Comunitária da corporação no Largo da Ca-

tedral. A polícia pediu à im-prensa que não seguisse para a Glicério porque, na-quele momento, só havia “bandidos” na região e ela não poderia garantir prote-ção aos jornalistas. Mas câ-meras da Band registraram correria e tumulto quando os policiais dispersaram os vândalos usando viaturas e motos. METRO CAMPINAS

Avenida Glicério foi alvo de saques no fim da noite

VOX POP Por que você ainda protesta?

“Eu apoio os jovens neste movimento. Não é só a redução das tarifas. Queremos acabar com a corrupção no país.”

FLÁVIO LEITE, 72 ANOS, ENGENHEIRO

“Isso é fruto de uma indignação social. Todos querem dar voz às suas ideias.”

PABLO MARCELO, 39 ANOS, BANCÁRIO

“A mobilização é o primeiro passo para a população saber como reagir às indignações. ”

FERNANDA BRONZEADO, 29 ANOS, PUBLICITÁRIA

“Não esperava que o protesto terminaria com esse vandalismo. Enquanto reclamamos da Copa, essa quebradeira provoca prejuízos.”JOSÉ PEDRO BARBOSA, 23 ANOS, ESTUDANTE

“Eu estava nas Diretas Já. Como poderia não participar de um momento desses em Campinas?”

SORAIA CONTI, 50 ANOS, SUPERVISORA

22hviaturas da PM rondavam a região central na tentativa de impedir saques e violência.

3 milpessoas atacaram diretamente o Paço Municipal, segundo a PM.

18h05foi a horário em que a 1ª bomba foi lançada contra o prédio.

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |06| {BRASIL}

PMDB FAZ CHANTAGEM E EXIGE R$ 23 BI EM EMENDA. Preocupada com a dissi-dência crescente em sua bancada na Câmara, a cú-pula do PMDB vai reu-nir sua Executiva Nacio-nal, na próxima terça (25), para discutir eleições esta-duais e a reedição da alian-ça com o PT em 2014. Será uma conversa difícil. O PMDB cobra o compromis-so da presidenta Dilma de liberar R$ 23 bilhões até dezembro: R$ 15 bilhões previstos em emendas para este ano e R$ 8 bi-lhões de “restos a pagar”.

IMPOSITIVO. O Planalto prometeu liberar R$ 1 bilhão em emendas por mês, mas políticos alia-dos não aceitam. Querem no mínimo o dobro.

BANDEIRA AMARELA. Perde-ram validade as pesquisas anteriores aos protestos. Entrou na pista o “safety car”: bandeira amarela na corrida dos candidatos.

ENFRAQUECIDA. O PMDB acredita que, com a enxur-rada de protestos no País e a queda na popularidade, a presidenta Dilma preci-sará negociar com a base.

BIG BROTHER. Diante da in-competência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que sequer detec-tou manifestações com-binadas nas redes sociais, as Forças Armadas se mo-bilizaram para monitorar a realização dos atos.

FIFA É QUE MANDA. Reco-nhecida pela sólida de-mocracia, a Suíça não autorizou a realização de um protesto de brasi-leiros diante da sede da Fifa, em Zurique. A Fifa manda tanto no gover-

no da Suíça que se dá ao luxo de não pagar impos-tos, apesar do faturamen-to espetacular, e nem se deixa fiscalizar.

FORTUNAS. A quebra de sigilo de mais de 600 políticos, por hackers, mostrou que se Renan Calheiros, presidente do Senado, declarou R$ 2,1 milhões ao IR, a fortuna do senador Eduardo Bra-ga (PMDB-AM) somava R$ 16,9 milhões em 2010 e a do senador Ivo Cassol (PP--RO) R$ 29,9 milhões.

Quando se viu sem di-nheiro em 1988, na cam-panha para prefeito de São Paulo, Jânio Quadros resolveu advertir empre-sários conservadores pa-ra a “ameaça comunista” dos adversários Eduardo Suplicy (PT) e, imaginem, de Fernando Henrique Cardoso (PMDB). Reuniu

potenciais financiadores que não se impressiona-vam com o apelo. Jânio explodiu:- Os senhores são tão mi-seráveis que quando veem um pobre lhes pe-dem as horas!Acabou conseguindo to-dos os recursos de que necessitava.

PODER SEM PUDORA apelação de Jânio

COM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

Política

CLÁUDIO [email protected]

“PENSARAM QUE IAM NOS DIVIDIR,

MAS NÓS NOS UNIMOS.”

AÉCIO NEVES (PSDB-MG) E O PACTO COM EDUARDO CAMPOS E MARINA SILVA

CONTRA O PT

Renan Calheiros | DIVULGAÇÃO

Protestos. Maior manifestação desde o início dos atos pela redução da tarifa teve apenas pequenos confrontos envolvendo militantes de partidos políticos

Em SP, festa nas ruas tem 100 milA manifestação para come-morar a redução da tarifa de ônibus, metrô e trens na cidade reuniu o maior nú-mero de pessoas desde que os protestos começaram. Cerca de 100 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, to-maram as avenidas Paulista e Consolação.

O ato, que começou às 17h, transcorreu de forma pacífica, com alguns peque-nos confrontos entre inte-grantes de partidos políticos e manifestantes contrários ao uso de bandeiras dos par-tidos na manifestação.

De acordo com a PM, não foram registrados atos de vandalismo nem saques até as 22h30 de ontem.

Os protestos, que come-çaram tendo como bandeira a redução das tarifas, ontem ganharam um caráter mais heterogêneo. “Fora Felicia-no”, “Não à PEC 37 (que tira do MP o poder de investiga-ção)”, “Respeite os direitos dos animais”, “Pela extinção da corrupção” e “Por um fu-turo melhor” eram alguns dos cartazes que se viam en-tre os manifestantes.

Cantando o hino nacio-

nal e em meio a fogos de ar-tifício, a multidão que to-mou as ruas incluía idosos, crianças, drag queens e até pastores tentando pregar em meio à multidão.

Prédios e torres de TV fo-ram iluminados de verde e e amarelo e chuva de papel picado podia ser vista cain-do de muitos edifícios.

Com a maior parte do co-mércio fechado com receio

de novos tumultos, ambu-lantes faturavam venden-do lanches e bebidas. “Em menos de uma hora, vendi mais de 200 latinhas de cer-veja”, afirmou José Maria dos Santos, de 43 anos.

Os tumultos acontece-ram quando um grupo de militantes partidários que estava no vão do Masp saiu em direção à rua da Conso-lação e se encontrou com a maior parte dos manifes-tantes. Aos gritos de “o po-vo unido não precisa de partidos” algumas pessoas arrancaram e incendiaram algumas das bandeiras dos militantes.

Foi o caso do estudante de direito Gabriel do Nasci-mento, de 27 anos, que es-tava no meio de um con-fronto entre militantes do PT e um grupo que hostili-zou os integrantes do parti-do durante toda a passeata. Ele foi atingido na cabe-ça e deixou a manifestação sangrando.

Quem tentava voltar pa-ra casa sofreu com blo-queios nas vias. Pequenos grupos de manifestantes fe-charam avenidas como a 23 de Maio, Interlagos e Sena-dor Teotonio Vilela na noite de ontem.

METRO

Multidão ocupa a avenida Paulista, em São Paulo | ANDRE PORTO/METRO

Confrontos no Rio deixam 40 feridosApesar de os protestos terem sido pacíficos na maior parte do país, manifestações em al-gumas capitais saíram do con-trole. No Rio, uma multidão de 300 mil pessoas (a maior entre todos os atos do país) tomou a região da Candelá-ria por volta das 17h. Ao se dirigir para a sede da prefei-tura, a multidão encontrou um cenário de guerra. Mani-festantes entraram em con-fronto com a Polícia Militar.

Por volta das 19h, ataca-ram os PMs da cavalaria, que reagiram com violência. A ação da PM provocou um cor-re-corre grande. Por causa da confusão, o metrô e vias da região foram interditados por cerca de uma hora. Também houve confusão com inte-grantes da CUT (Central Úni-ca de Trabalhadores) e com

militantes de partidos, agre-didos por manifestantes. Um carro de uma emissora de TV foi incendiado e um repórter da GloboNews foi atingido no rosto por uma bala de borra-cha disparada por policiais.

Os confrontos deixaram pelo menos 40 feridos. En-tre eles um PM, quatro GMs e uma mulher não identificada. Sete pessoas foram detidas.

Em Salvador, uma multi-dão estimada em 30 mil pes-soas organizou um protesto nos entornos da Arena Fonte Nova, onde jogaram Uruguai e Nigéria. Para impedir o aces-so ao estádio, a polícia insta-lou barreiras a partir de uma distância de 3 quilômetros. A confusão começou quando os manifestantes tentaram fu-rar o bloqueio.

METRO Policiais tentam dispersar multidão no Itamaraty | RICARDO MARQUES/METRO BRASÍLIA

Em Brasília, alvo foi o ItamaratyEm Brasília, mais de 30 mil pessoas participaram de protesto. Cerca de 3,5 mil policiais militares fizeram a proteção.

Às 19h, homens da tro-pa de elite da corporação fo-ram vaiados pela multidão e foi iniciado um confronto com os PMs. A tropa respon-deu com spray de pimen-

ta, balas de borracha e gás lacrimogêneo. Pedras, paus e rojões foram jogados nos policiais. Cerca de 200 pes-soas partiram para a depre-dação do Itamaraty, prédio onde a segurança era bem menor do que no Congresso ou no Palácio do Planalto. Duas pessoas conseguiram invadir o prédio. METRO

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |08| {BRASIL}

Atos levam 1 milhão às ruas em 80 cidades

MANIFESTAÇÕES PELO BRASILVeja as cidades onde ocorreram protestos ontem

CURITIBA

GOIÂNIA

CAMPO GRANDE

CUIABÁ BRASÍLIA

PORTO ALEGRE

FLORIANÓPOLIS

VITÓRIA

RIO DE JANEIRO

BELO HORIZONTE

PALMAS

MANAUS

BOA VISTA

PORTO VELHO

BELÉM

SALVADOR

MACEIÓ

ARACAJU

TERESINA

SÃO LUÍS

FORTALEZA

JOÃO PESSOA

RECIFE

NATALAM

AC

RR

PA

AP

BA

MG

PR

SC

RS

TO

MA

PI

RN

PE

CE

SEAL

PB

RO

MT

ES

RJ

GO

MS

SP

80CIDADES

TOTAL

CARAGUATATUBA

SÃO PAULO SÃO JOSÉ DOS CAMPOSSANTOS

PIRACICABA

RIO CLARO

SÃO CARLOS

SERTÃOZINHO RIBEIRÃO PRETO

CARAPICUÍBASOROCABAITUINDAIATUBA

BOTUCATU TAUBATÉ

LORENA

GUARATINGUETÁ

FRANCA

CAMPINAS

AMERICANA

O Brasil parou na tarde de on-tem. A quinta-feira, 20 de ju-nho, foi marcada por manifes-taçõ em cerca de 80 cidades do país. Pelo menos 1 milhão de pessoas ocuparam as ruas.

Os atos extrapolaram a questão dos transportes. Os manifestantes exigiam, en-tre outas coisas, transpa-rência com os gastos para Copa do Mundo, o fim da violência e da corrupção.

Em Belo Horizonte (MG), 20 mil pessoas ocuparam a praça Sete, no centro. Por volta de 15 mil pessoas se con-centraram em frente à sede da prefeitura de Porto Alegre. No

Recife, 52 mil tomaram a praça em frente à Assembleia. O mes-mo ocorreu em Goiânia, onde um grupo de 20 mil manifes-tantes se concentrou na praça do Bandeirante.

Na lista de manifestações ainda estão ainda Vitória (100 mil), Belém (25 mil), Curiti-ba (3,5 mil), Manaus (60 mil), Campinas (30 mil), Brasília (30 mil), e Salvador (20 mil).

Em Ribeirão Preto, em São Paulo, o ato, que contou com 20 mil pessoas, terminou com a morte de um jovem de 18 anos. Ele foi atropelado por um motorista que tentou furar o bloqueio. METRO

Pelo Brasil. Protestos contra gastos da Copa, a corrupção e transporte público ruim tomaram as ruas do país

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |10| {BRASIL}

Quatro integrantes do Dacam (Diretório Acadêmico de Co-municação e Artes do Mac-kenzie) foram presos em fla-grante por depredações e saques no centro da cidade e na avenida Paulista durante a manifestação de terça-feira. Além do grupo, o skatista pro-fissional Luis Fernando Mar-tins Calado, o Apelão, de 25 anos, também foi acusado de incêndio, incitação ao crime, desacato, dano ao patrimô-nio, desobediência, lesão cor-poral, resistência.

Por conta das suspostas convocações para que adoles-centes participassem das de-predações, eles também so-frem acusação de corrupção de menores.

Segundo a polícia, eles da-nificaram e incendiaram um

quiosque da Coca-Cola na pra-ça do Ciclista, na avenida Pau-lista. Depois, teriam jogado pedras e garrafas de vidro em uma viatura da PM e em sol-dados. Os estudantes dizem que são inocentes. O skatista foi acusado de jogar líquido inflamável sobre o quiosque.

Nas seis manifestações an-teriores que ocorreram em São Paulo desde o último dia 6, ficou clara a presença de dois grupos bem distintos. Um, pacífico, formado pela maioria. Outro pequeno era composto por pessoas enca-puzadas que depredavam o patrimônio público, realiza-vam saques e confrontavam policiais.

A Secretaria da Segurança Pública informou que as in-vestigações para identificar se

houve orquestração nos ata-ques são conduzidas pelas de-legacias para onde os detidos foram levados.

Dos 61 detidos (oito deles menores) na terça, 14 tinham passagem pela polícia por fur-to e roubo.

A diferença foi notada no primeiro ato na avenida Pau-lista, no dia 6. Enquanto um grupo maior seguia pela via, outro depredava agências bancárias, quebrava entradas do metrô e colocava fogo em sacos de lixo na rua. No Pa-lácio dos Bandeirantes, na se-gunda-feira, a tentativa de in-vasão foi organizada por um pequeno grupo encapuzado. O mesmo ocorreu na tentati-va de invasão da sede da pre-feitura e dos saques no centro da cidade. METRO

Violência. Os quatro universitários estão entre os 61 detidos pela polícia acusados de atos de depredação durante os protestos

Pierre atira objeto contra porta da prefeitura | FABIO BRAGA/FOLHAPRESS

Alunos do Mackenzie são presos por vandalismo

Líder de ataque à prefeitura se entregaUm dos detidos por depre-dação da sede da prefeitura na terça-feira é o estudante de arquitetura Pierre Ramon de Oliveira, de 20 anos. Fi-lho de um pequeno empre-sário do setor de transportes, ele foi um dos que iniciou os ataques contra os guarda ci-vis que defendiam o edifício. Ele se entregou em um pos-to de gasolina na marginal Tietê. Prestou depoimento, e por não ter sido preso em fla-grante, foi solto em seguida. A polícia disse que ele não tem antecedentes criminais, não é ligado ao Movimento Passe Livre e nem pertence a qualquer partido. METRO

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |12| {ECONOMIA}

A taxa de desemprego no Bra-sil mostrou resistência em maio ao continuar em 5,8%, ao mesmo tempo em que o rendimento da população caiu pelo terceiro mês segui-do, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística). Embora seja o me-nor para o mês de maio des-de o início da série histórica em 2002, o resultado marca o quinto mês seguido em que a taxa não cede.

A última vez que o desem-prego caiu foi em dezembro, quando atingiu 4,6%, a menor taxa da história, com os quatro meses seguintes mostrando al-ta e agora se estabilizando.“O momento em que o merca-do de trabalho vai reagir ao aquecimento da economia está mais difícil para os ana-listas vislumbrarem”, afir-mou o coordenador do IBGE Cimar Pereira Azeredo.

O rendimento médio da população ocupada caiu 0,3% no mês passado ante

abril, mas subiu 1,4% sobre maio de 2012, atingindo R$ 1.863,60. Segundo o IBGE, a inflação elevada tem afetado nos últimos meses o poder de compra do trabalhador.

“A inflação mais alta ex-plica novamente a queda no rendimento, que no nomi-nal sobe mas, quando defla-cionada, cai”, disse Azeredo.

O nível da ocupação (pro-porção de pessoas ocupa-das em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em 53,8% em maio nas seis regiões pesquisadas, abai-xo dos 54,2% registrados no mesmo mês do ano passado. Em abril, estava em 53,6%.

Para ele, esse indicador mostra como o mercado de trabalho está perdendo for-ça em 2013. “Na compara-ção anual, aumentou a po-pulação ocupada, mas o emprego não está crescen-do”, afirma. Foi a segunda queda consecutiva nesse ti-po de comparação. METRO

ESTABILIDADE Taxa de desemprego

FONTE: IBGE

SALVADOR

BELO HORIZONTE

RECIFE

RIO DE JANEIRO

SÃO PAULO

PORTO ALEGRE

TOTAL

8,0%

5,1%

5,9%

5,2%

6,2%

4,5%

5,8%

7,7%

4,2%

6,4%

4,8%

6,7%

4,0%

5,8%

8,4%

4,3%

6,1%

5,2%

6,3%

3,9%

5,8%

REGIÃO METROPOLITANA

MAI2012

ABR2013

MAI2013 São Paulo recebe feira

de imóveis de PortugalMais de mil imóveis de norte a sul de Portugal serão apre-sentados ao público brasileiro durante a Mostra do Imobiliá-rio de Portugal (MIP 2013). En-tre hoje e domingo, São Pau-lo recebe a segunda edição do evento, que já foi realizado no Rio de Janeiro e gerou vendas de 30 milhões de euros em dezembro passado.

Ao todo, mais de mil imó-veis que contabilizam um bi-lhão de euros estarão dispo-níveis para o público nos três dias da mostra. Os visitantes poderão adquirir imóveis a va-lores que vão desde 150 mil a 10 milhões de euros – R$ 436 mil a R$ 29 milhões, segundo cotação do último dia 18. Entre as opções estão antigas residên-

cias da nobreza portuguesa, apartamentos de luxo e flats.

A compra de um imóvel em Portugal é uma oportu-nidade para quem quer ter livre circulação na Europa. Quem adquirir um imóvel no país valor igual ou supe-rior a 500 mil euros pode ob-ter uma autorização de resi-dência temporária. METRO

MIP 2013

• Data. 21 a 23 de junho

• Horário. - Hoje: das 13h às 21h - Amanhã e domingo: das 11h às 21h

• Local. - Consulado Geral de Portugal em São Paulo - Rua Canadá, 324 – Jardim América

Serviço

TURBULÊNCIAReação do dólar e da Bolsa

FONTE: BM&FBOVESPA E CMA

DÓLAR COMERCIAL, EM R$/US$ IBOVESPA, EM PONTOS

1,8

2,0

2,2

2,4

20/JUN19/JUN10/JUN29/MAI40.000

46.000

52.000

58.000

40.000

46.000

52.000

20/JUN19/ JUN10/JUN29/MAI

2,1142,148

2,22 2,25854.634

51.316

47.89348.214

ALTA ALTA 0,67%1,71%

Cenário ruim.Desemprego fica estável e rendimento cai

O dólar comercial subiu pelo quinto dia consecu-tivo e alcançou o patamar de R$ 2,25, refletindo o nervosismo global dian-te dos sinais de que o pro-grama de estímulo dos Es-tados Unidos pode estar perto do fim. Mesmo após o Banco Central atuar três vezes para conter a alta, a moeda norte-americana fe-chou em alta de 1,71%, pa-ra R$ 2,258 na venda. Esta é a maior cotação de fe-chamento desde o dia 1.º de abril de 2009, quando a moeda estava cotada a R$ 2,281 para a venda.

A alta da divisa levou o BC a fazer um leilão de swap cambial tradicional. Após o anúncio do leilão,

o dólar atingiu a mínima do dia de R$ 2,2233, mas a moeda voltou a ganhar for-ça e ultrapassou os R$ 2,27 pela primeira vez desde 1º de abril de 2009.

O BC voltou, então, a atuar nos mercados, reali-zando desta vez dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra, no valor de US$ 3 bilhões.

Para operadores, no en-tanto, as atuações do BC de-vem ter efeito limitado na cotação do dólar, uma vez que os mercados globais es-tão muito estressados e in-vestidores estão revendo suas estratégias.

Na última quarta-feira, o Federal Reserve (banco cen-tral americano) anunciou

que poderá começar a re-duzir ainda neste ano seu programa de compra de tí-tulos públicos, de US$ 85 bilhões mensais, o que re-duziria a oferta de dólares no mercado.

Na contramão dos merca-dos externos, que fecharam em baixa, a Bolsa brasileira fechou em alta de 0,67%, pa-

ra 48.214 pontos. É a menor pontuação do Ibovespa des-de 30 de abril de 2009, quan-do ficou em 47.289 pontos.

O índice chegou a cair mais de 4% ao longo do dia, mas reverteu a queda com a percepção de que o merca-do brasileiro ficou “barato” em dólar.

METRO COM AGÊNCIAS

Mercados. Moeda americana fechou em alta de 1,71% e fechou a R$ 2,258, mesmo com mais intervenções do BC. Em dia de turbulência nos mercados internacionais, bolsa brasileira chega a cair mais de 4%

Dólar sobe pelo quinto dia seguido

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |14| {MUNDO}

Segundo um relatório divul-gado ontem pela Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), mais de um terço de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual, o que confere proporções epi-dêmicas para o problema.

Outro dado alarmante é que a maioria dessas mu-lheres é atacada ou abusada por seus maridos ou namo-rados. “Essa é uma realidade cotidiana para muitas, mui-tas mulheres”, afirmou Char-lotte Watts, especialista em políticas de saúde e uma das autoras do relatório. Ela lem-brou um caso recente dos no-ticiários: o da chef-celebrida-de Nigella Lawson tendo sua garganta presa por seu mari-do, o curador de arte Charles Saatchi, acusado de assédio.

“Ainda não sabemos os de-talhes sobre o episódio, mas ele ilustra que isso ocorre com todas as mulheres, e não

apenas com as mais pobres.”O relatório revela ainda

que 38% das mulheres assassi-nadas no mundo foram mor-tas por seus parceiros e que 42% das que foram atacadas por eles carregam algum ti-po de sequela do ataque, co-mo ossos quebrados, proble-mas na gravidez, hematomas, depressão e doenças mentais.

Também coautora do es-tudo, Claudia Garcia-Moreno lembrou dos casos recentes de estupro na Índia e na Áfri-ca do Sul que ganharam re-percussão mundial. No Brasil, há ainda o casos de mulhe-res que foram estupradas em transportes coletivos no Rio.

“Esses episódios desper-tam atenção, o que é impor-tante, mas temos que lembrar que há centenas de mulheres que são estupradas todos os dias nas ruas e em suas casas e que não chegam às manche-tes”, disse. METRO COM AGÊNCIAS

OMS. Relatório mostra que problema tem proporções epidêmicas e que maior parte das vítimas é agredida por maridos ou namorados

Uma em cada três mulheres sofre algum tipo de violência

MAPA DA VIOLÊNCIA Porcentagem de mulheres que sofreram algum abuso ao longo da vida, por região

PAÍSES DESENVOLVIDOS

PAÍSES DESENVOLVIDOS

EUROPA

AMÉRICA

ÁFRICA

SUDESTEASIÁTICO

MEDITERRÂNEOORIENTAL

PACÍFICOOCIDENTAL

MEDITERRÂNEOORIENTAL OCIDENTAL

23,2 12,6

29,8 10,7

36,6

37

11,9

37,7 4,9

24,6 6,8

25,4 5,2

Violência física ou sexual por parte

do companheiro

Violência sexualpor outra pessoa

FONTE: OMS

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |16| {CULTURA}

MúsicaBatucada DezVinte. Com sete anos de

estrada, o grupo se apresenta neste domingo no Kabana Bar e promete movimentar a noite com muita música em homenagem ao movimento do Tropicalismo, tão influente em nosso país na década de 60. O show, que tem entrada gratuita, está marcado para as 23h, mas a entrada para o bar estará liberada a partir das 18h. Vinicius Geribello, percussionista e “mestre de cerimônia rítmica”, é mais conhecido no meio artístico como Ding Dong e está à frente do Batucada DezVinte, emprestando ao projeto sua experiência de vida e anos de música. Kabana Bar. Av. Romeu Tórtima, 485. Domingo, às 23h. Entrada gratuita.

Sinfônica de CampinasApresentação no Castro Mendes. A

Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas encerra neste final de semana os concertos do primeiro semestre pela temporada oficial de 2013. As apresentações serão na sexta-feira e no sábado, dias 21 e 22 de junho, no Teatro Municipal José de Castro Mendes. Rua Conselheiro Gomide, nº 62 (Praça Corrêa de Lemos, s/nº), Vila Industrial. Hoje e amanhã, às 20h. As entradas são vendidas na bilheteria do Castro Mendes por R$ 30.

Peça infantilO Pequeno Polegar no Teatro Sotac.

Apresentação de um antigo e conhecido conto de

fadas europeu. Rua Barão de Jaguara, 2. Amanhã (às 17h) e domingo (às 11h e 16h). Os ingressos são vendidos por R$ 20 (a meia-entrada custa R$ 10).

Stand-upSérgio Mallandro no Teatro Liceu. Sérgio

Mallandro volta neste final de semana a Campinas com o espetáculo “Sem Censura”. É a terceira vez que o humorista se apresenta no Teatro Liceu. As outras duas passagens ocorreram no final do ano passado e no início de 2013. Ambas foram sucesso absoluto, com nove sessões. Desde o retorno de Mallandro aos palcos, através do stand up, ele tem cativado a plateia jovem e adulta. Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330. Amanhã (às 19h) e domingo (às 20h). Preço das entradas: R$ 40.

O Metro indica

2CULTURA

Ryan Gosling é um pouco tímido, mas se abre quan-do fala sobre seu novo fil-me, “O Lugar Onde Tudo Termina”, seu segundo tra-balho com o diretor Derek Cianfrance e que chega hoje aos cinemas. “Nós fizemos ‘Namorados para Sempre’ (2010)”, lembra. “Na épo-ca eu tinha uma ideia sobre roubar um banco e sumir com tudo. E eu parecia mui-to sem medo da prisão. E ele disse que isso era louco e que tinha acabado de es-crever um roteiro parecido. Então, sinto como se nós ti-véssemos feito isso juntos.”

Em “O Lugar Onde Tudo Termina”, Gosling interpre-ta Luke, um motoqueiro ta-tuado que, logo no começo, descobre que uma de suas farras resultou em um filho. Em um esforço para estar ao lado do bebê, e na espe-rança de voltar para a mãe dele (Eva Mendes), o jovem se torna um assaltante de bancos. Esse é apenas o pri-meiro ato do filme, e suas ações repercutem em todas as mudanças na narrativa.

“É tudo sobre consequên-cia,” explica Gosling. “Ele é uma pessoa que carrega todos os clichês masculinos: múscu-los, tatuagens, motos, armas, facas. Mas ele sabe que essas coisas não o tornam um ho-mem de verdade.”

Em seu decorrer, o filme revela algo muito maior do que se espera inicialmen-te, mas Gosling tentou não pensar muito sobre isso. “Prefiro não ter uma ideia pré-concebida sobre os fil-mes de Derek. Ele espera da gente um certo nível de na-

turalidade e não sentimen-tos pré-planejados e respos-tas definitivas.”

Em uma cena, Gosling rouba um banco com fun-cionários e clientes reais. Uma boa chance de o tiro sair pela culatra. “Eu olha-va para o banco e todos es-tavam rindo e usando seus celulares, curtindo o mo-mento”, diz. “E então De-rek me culpava, dizendo que eu não era assustador o suficiente.”

“Uma grande coisa sobre Derek é que ele nunca es-

creve em seu roteiro situa-ções que envolvem relações muito emocionais”, diz Gos-ling. E, ainda assim, muitas das ideias sobre o persona-gem vieram do diretor. “Ele te faz pensar que as ideias são suas. Ele acha um jeito de você se tornar responsá-vel por tudo, mas esse é um método secreto dele. É uma colaboração, difícil separar qual ideia é de quem.”

Estreia. Em ‘O Lugar Onde Tudo Termina’, astro vive um homem que faz escolhas erradas

Luke conta o dinheiro após “trabalhar” | DIVULGAÇÃO

Ryan Gosling se tornaum sensível assaltante

MATTPRIGGE METRO INTERNACIONAL

Estreias no cinema

UNIVERSIDADE MONSTROS 3DEUA, 2013, 107 min, livre. De Dan Scanlon.O filme conta como a amizade de Mike Wazowski e James P. Sullivan, de Monstros S.A., começou. Ironia: quando se conheceram na universidade, os dois monstros inseparáveis se detestavam.

MINHA MÃE É UMA PEÇABrasil, 2012, 85 min, 12 anos. De André Pellenz.Sem um trabalho, um companheiro ou filhos pequenos para se ocupar, Dona Hermínia passa o dia todo desabafando sobre seus problemas com a tia idosa, a vizinha fofoqueira e a amiga confidente.

Mais cinema

‘Jards’A vida e obra do cantor,

músico e ator Jards Macalé é celebrada no documentário “Jards”,

dirigido por Eryk Rocha. O longa retrata um pouco

do processo criativo do último album do autor

de canções como “Vapor Barato”, “Gothan City” e “Movimento dos Barcos”

e sua destreza com diversos instrumentos

musicais. O filme estreia hoje.

A irreverência e acidez de Danilo Gentili vão ganhar novos ares com a estreia de sua coluna, que será publicada às segundas, em todas as cidades onde o Metro circula.

Como vai ser sua coluna no Metro?A ideia é levar para o jornal o espírito do “Agora é Tar-de”. Vou pegar as principais notícias da semana e co-mentá-las de um modo bem humorado, do jeito que es-tou acostumado a fazer.

Quais assuntos serão coloca-dos em pauta?Tudo. Por exemplo: nessa se-mana falamos nos progra-mas sobre os protestos, a chegada do Adriano ao In-ternacional, o empurrão do William Bonner... Tudo em formato de piada.

Existe alguma restri-ção de temas ou é tudo liberado?Tudo liberado. Quanto mais delicado o assunto, melhor para fazer piada. METRO

DANILOGENTILIApresentador do

‘Agora é Tarde’, da Band, fala sobre sua

nova coluna no Metro

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Massa: 2 cubos de fermento biológico

fresco 1 colher (café) de açúcar ½ copo de água 1 lata de milho-verde 1 copo de leite levemente aquecido 1 ovo 3 colheres (sopa) de margarina 1 tablete de caldo de legumes 2 xícaras (chá) de farinha

de milho (fubá) 3 ½ xícaras (chá) de

farinha de trigo

Cobertura: água para pincelar ½ xícara (chá) de fubá

CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |18| {VARIEDADES}

Metro pergunta

Metro web

O futebol da Seleção Brasileira convenceu você?

Leitor fala

@MarcilioPassosSim, me convenceu. Aos poucos nos-sos craques vão ganhando entrosamen-to. Com certeza vão brilhar contra os italianos.

@maranhaoantonioSem dúvidas. Marcelo e Neymar, en-trosados, podem render bons frutos ao Brasil.

@ma_libuOs primeiros jogos animaram a torci-da. Prefiro esperar a partida contra a Itália para tirar conclusões.

Protesto Os políticos estão pensando que os protestos são apenas contra a tarifa da passagem. Acontece que essa foi ape-nas uma das variáveis e que gerou o estopim. O povo está cansado.EDIVALMIR MASSA - CAMPINAS, SP

Preços no BrasilOntem estava lendo o fórum do New York Times, que destacou os protestos pelo Brasil. Lá, vi o relato de um ame-ricano espantado com os preços ab-surdos de alguns produtos no Brasil, como diária de hotel, comida (restau-rante e também nos supermercados), roupa, calçado, gasolina e automó-vel. Isso tudo não é novidade para nós, mas quero dizer que temos que lutar muito, pois temos muita coisa para co-locar nos seus devidos lugares. JOSÉ VITAL - CAMPINAS, SP

FiscalizaçãoArtur Orsi, desde que foi eleito, man-tém uma mesma posição: a de fisca-lizar o uso (ou seja, o mau uso) do dinheiro público, exigindo transparên-cia nos atos dos governantes. CELSO ARRUDA - CAMPINAS, SP

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

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Este é um mês de atenção especial com as finanças, especialmente com questões ligadas a proje-tos, ganhos associados a trabalho e a negócios que possua.

O período do aniversário é sempre um divisor de águas no ano por apontar mais oportunidades para realizar os objetivos e para dar andamento a assuntos difíceis.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Momento propenso a maior envolvimento com assuntos familiares e ajustes em questões do lar. Evite que más lembranças interfiram na disposição para novos momentos afetivos.

Apesar de muitos citarem este período como inferno astral, o momento do ano é especial para refletir so-bre alguns valores. Boa hora para exercitar mais seu lado solidário.

Convívio com amizades tende a ser in-tenso, retomando contatos ou conhecendo pessoas. Cuide para que a preocupação com projetos não provoque atitudes precipitadas.

Período importante para revisões em assuntos financeiros e temas materiais. Também são grandes as chances para esclarecer e ajustar parcerias no seu trabalho.

Este é o período em que o Sol está em Câncer, ou seja, o momento do ano associado ao seu signo oposto, possibilitando mais convivências com pessoas diferentes.

O momento é para motivações no trabalho. Época de valorizar as despesas mais essenciais na roti-na, especialmente com as coisas domésticas e com saúde.

Um pouco mais ousadia e criatividade serão positivos em desafios profissionais. O meio familiar tende a ser marcado por ajustes em questões financeiras e materiais.

Novas prioridades profissionais tendem a tomar sua atenção neste período, com oportunidades para re-conhecimento e para lidar com responsabilidades diferentes.

O contato com pessoas à distân-cia, planos para viagens ou atividades que envolvam vínculos com outros lugares deverá ser mais frequente em seu dia a dia.

A época do ano é positiva para se en-volver com novos estudos, se aprofundar em conhecimentos que há tempos tem interesse e que favoreçam seu trabalho.

INGREDIENTES

Modo de Preparo:Para a massa: bata no liquidi-ficador ½ lata do milho com a água e reserve. Em uma vasi-lha, dissolva o fermento com o açúcar, coloque o milho pro-cessado, o leite, o ovo, a mar-garina e misture bem com um garfo. Então acrescente o cal-do de legumes, o fubá e mistu-re. Na sequência coloque a fa-rinha e vá misturando até que fique uma massa homogênea. Neste instante, coloque o mi-lho, incorpore e disponha em uma assadeira. Para a cobertu-ra, pincele a massa com água, polvilhe o fubá, faça riscos com uma lâmina ou faca e dei-xe a massa fermentar por 30 minutos. Leve ao forno quen-te (200º) por aproximadamen-te 1 hora ou até que ele esteja bem dourado.

Receita Minuto

DANIEL [email protected]

PÃO DE MILHOPara a receita desta semana minha inspiração foram as viagens pelas estradas deste nosso Brasil. Que, aliás, demorou mas está manifestando seus desejos de maneira ordeira e patriótica com diversas manifestações públicas. Quem já não parou naquelas lanchonetes maravilhosas de beira de estrada cheias de gostosu-ras? Pois então: sempre comprei o pão de milho e, com a consul-toria do meu amigo chef Julio Cruz, desenvolvemos uma recei-ta de qualidade profissional com uma maneira bem simples de preparar especialmente aos amigos leitores. Grande abraço.

Daniel Bork apresenta o programa Dia Dia de segunda a sexta às 8h, na Band

LUANA LACERDA/DIVULGAÇÃO

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com {ESPORTE} |19|◊◊3

ESPORTETorcedora ergue cartaz durante jogo entre Brasil e México, em Fortaleza | JEFFERSON BERNARDES/PREVIEW.COM/FOLHAPRESS

Após declarações pedindo que o povo esquecesse as manifestações, Pelé usou o seu perfil no Facebook para se explicar. O Rei do Futebol disse que os torcedores de-veriam apenas apoiar a Se-leção Brasileira na Copa das Confederações.

“Por favor, não me enten-dam mal. Eu sou 100% a fa-vor deste movimento pela justiça no Brasil! Eu somen-te peço a todos que apoiem a nossa Seleção Brasileira e não descontem as frustra-ções neles (vaiando etc)”, de-fendeu-se Pelé.

“Eu sempre lutei contra a corrupção. No meu milé-simo gol, eu falei sobre a importância da educação de nossas crianças”, com-pletou o ídolo na mensa-gem, que foi publicada tan-to em português quanto em inglês. METRO

O craque tem 1,7 milhão de seguidores no Facebook | CELSO PUPO/FOTOARENA

No Face. Pelé diz que apoia as manifestações

“Por favor, não me entendam mal. Eu sou 100% a favor deste movimento pela justiça no Brasil!”PELÉ

Sem problemas. Entidade proíbe manifestações políticas e ideológicas

nos estádios, mas não coíbe as ações

No Brasil, Fifa ignora o próprio regulamento

A Fifa veta, mas os torce-dores brasileiros têm le-vado cartazes aos estádios durante a Copa das Confe-derações, apoiando os pro-testos que acontecem em todo o país.

As motivações são di-versas: pedidos pelo fim da corrupção, críticas ao valor da passagem de ônibus e suposições sobre os gastos para as realizações da Co-pa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014.

As manifestações no in-terior do estádio, no en-tanto, ferem o código de conduta dos torcedores, elaborado pela entida-de máxima do futebol. No item 5.6, a Fifa determi-na que os torcedores não estão autorizados a divul-gar qualquer mensagem

política, ideológica ou assistencial.

Mas não foi o que acon-teceu nos dois jogos do Brasil até aqui – contra Ja-pão, no estádio Mané Gar-rincha, em Brasília, e Mé-xico, no Castelão, no Ceará –, e também em outros duelos do torneio.

No entanto, funcioná-rios da Fifa ignoraram os protestos e não houve rela-tos de seguranças retiran-do cartazes ou torcedores, punição estabelecida no código.

De acordo com informa-ções obtidas pela “Folha de S.Paulo”, a ordem da enti-dade era para se preocupar com “problemas maiores” do que pessoas com carta-zes ou faixas com críticas.

METRO

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |20| {ESPORTE}

‘Pior do mundo’ adota o Taiti A Seleção do Taiti, considerada a pior da Copa das Confederações, ganhará um reforço na sua passagem pelo Recife (PE), domingo, contra o Uruguai: o apoio de torcedores do Íbis, que se gaba de ser “o pior time do mundo”. Uma camisa foi criada para uniformizar a torcida, com a inscrição “Taitíbis” e os escudos do clube e da equipe taitiana. | REPRODUÇÃO

Fernando Torres foi o artilheiro do jogo, com quatro gols | WAGNER MEIER/AGIF/FOLHAPRESS

Reina; Azpilicueta, Sergio Ramos (Jesus Navas), Albiol

e Monreal; Javi Martínez, Cazorla (Iniesta) e David Silva; Juan Mata (Fàbregas), Fernando Torres e David Villa. Técnico: Vicente del Bosque

Roche; Aitamai, J.Tehau, Vallar, Ludivion e Lemaire

(Vero); Vahirua, Bourebare (L. Tehau) e Caroine; Chong Hue e A. Tehau (T. Tehau). Técnico: Eddy Etaeta

10

0• Gols. Fernando Torres aos 5 e aos 33, e David Silva aos 31 e 38

minutos do 1o tempo; David Villa aos 3 e aos 19, Fernando Torres aos 13 e aos 33, Mata aos 21 e David Silva aos 44 minutos do 2º tempo.

ESPANHA

TAITI

“Evidente que não teríamos como vencer esse jogo. Sabíamos quem estava do outro lado do campo. Mas, mesmo assim, não poderíamos ter errado tanto.”

EDDY ETAETA, TÉCNICO DO TAITI

“Jogamos bem, levamos o jogo bastante a sério e nossa superioridade ficou evidente. Mas a presença do Taiti na competição mostra a beleza do nosso esporte.”

VICENTE DEL BOSQUE, TÉCNICO DA ESPANHA

“Foi muito difícil, do outro lado era o melhor time do mundo. Quero agradecer o apoio da torcida, que abraçou a nossa equipe. É algo que guardaremos para sempre.”

ROCHE, GOLEIRO DO TAITI

Abertura

Prejuízo de R$ 20 milhõesApesar de comemorar o lucro com a realização da abertura da Copa das Confederações, em Brasí-lia – vitória do Brasil so-bre o Japão por 3 a 0 no último dia 15 no estádio Mané Garrincha – o go-verno do Distrito Fede-ral gastou muito mais do que o valor que o evento trouxe à cidade.

A Secretaria de Turis-mo do DF informou ao “UOL”, que a abertura in-jetou na economia da ca-pital federal cerca de R$ 22 milhões com a “movi-mentação da rede produ-tiva” – a maior parte no setor hoteleiro.

Já a o gasto, nas con-tas do próprio governo, custou quase R$ 42 mi-lhões aos cofres públi-cos. METRO

Apesar da vitória por 2 a 1 sobre o Uruguai, con-quistada no último domin-go, nem todos os jogado-res da Seleção Espanhola deixaram o Recife comple-tamente felizes. Seis de-les foram furtados dentro do hotel Golden Tulip, em que estavam hospedados, durante a estadia na capi-tal pernambucana. Cerca de mil euros foram leva-dos. A informação foi con-firmada ontem pela Fifa.

Apenas o zagueiro Ge-rard Piqué teve a sua iden-tidade revelada, enquan-to os outros cinco atletas que foram vítimas do rou-bo permanecem incógni-tos. Os jogadores que fo-ram roubados deixaram o dinheiro fora dos cofres, em envelopes.

A Fifa é a responsável

por escolher a hospeda-gem das seleções, que não podem dar palpites sobre o assunto durante as compe-tições da entidade. METRO

Piqué foi um dos espanhóis furtados| BRENDAN MCDERMID/REUTERS

Recife. Seis jogadores da Espanha são furtados

Tudo bem, 10 a 0 não é um placar que se repete com fre-quência. Mas há de se com-preender: foi um duelo entre a atual bicampeã da Europa e do mundo contra uma peque-na seleção da Oceania, forma-da por atletas amadores. Re-sultado: Espanha 10 x 0 Taiti.

As apostas antes do jogo era de quanto seria a golea-da. E até que a Fúria, que en-trou com time reserva – uma formação que deixa muitas equipes titulares nacionais no chinelo –, economizou no esforço, mas não no nú-mero de bolas na rede.

Fernando Torres, que ain-da perdeu um pênalti, foi o ar-tilheiro, com 4 gols. Villa (3), Silva (2) e Mata completaram a goleada, a maior da história da Copa das Confederações. A marca pertencia ao Brasil, que em 1999, no México, ven-ceu a Arábia Saudita por 8 a 2.

O jogo foi excepcional den-tro de campo. E também nas arquibancadas. A exemplo do que aconteceu na estreia con-tra a Nigéria, quando perdeu por 6 a 1, no Mineirão, o Taiti foi adotado pelos mais de 70 mil torcedores presentes no Maracanã. Com direito a can-tos de incentivo e gritos de “olé” a cada troca de passes.

Os taitianos, anti-heróis do torneio, ainda pegam o Uruguai, mas já estão elimi-nados da competição. Volta-rão para casa com muitos gols contra e muitos fãs na bagagem. METRO

Recorde. Espanha atropela Taiti por 10 a 0 e aplica a maior goleada da história da Copa das Confederações. Torcida adota time da Oceania

Massacre anunciado

27finalizações efetuou a Espanha no duelo contra o Taiti, enquanto o time da Oceania chutou apenas uma vez.

ESPANHA, ROUBADO Faltavam menos de 10 minutos para acabar o clássico entre Espanha e Taiti, nem me lembro se estava 9 ou 10 a 0 – me recuso dizer pra quem – e o Fernando Torres já tinha perdido um pênalti. Uma arrancada fenomenal do atacante do Taiti, já dentro da área, e ele cai. E o juiz simplesmente manda seguir o jogo.

Como assim???E daí que não foi

pênalti? O jogo tava 10 a 0, meu irmão! Dá o pênalti para o Taiti! Se os caras ficaram felizes em fazer um gol na Nigéria, imagina só marcar um tento na campeã do mundo, a Espanha! Pô, juizão, é muita falta de consideração.

Pelo menos a torcida mostrou sensibilidade e deu um presente aos taitianos que eles jamais esquecerão. Mais de 70 mil pessoas de pé aplaudindo um time que perdeu por 10 a 0. Dificilmente isso se repetirá num templo como o Maraca.

Você, que trabalha no banco, é gari, garçom ou qualquer outra profissão. Nem nos seus melhores sonhos você pensaria em jogar pra 70 mil pessoas, no Maracanã, contra a campeã do mundo.

Os caras poderiam até ter perdido de 20, que sairiam com um sorriso no rosto. E se juizão tivesse coração, poderia ser 20… a 1.

Deixo aqui também uma lágrima de tristeza pela derrota por 4 a 3 do Japão para Itália. Aquele gol que perderam no finalzinho (estava 3 a 3 ), até o Taiti faria.

Toco y me voy.

Toco y me voy

FELIPE ANDREOLI

Felipe Andreoli, repórter do CQC (segunda-feira, às 22h30) e apresentador do Deu Olé! (sábado, às 13h), com cobertura especial da Copa das Confederações.

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CAMPINAS, SEXTA-FEIRA, 21 DE JUNHO DE 2013www.readmetro.com |22| {ESPORTE}

O coordenador-técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira, admitiu que já projeta um duelo en-tre Brasil e Espanha na Co-pa das Confederações. Há a possibilidade de ambas se encontrarem na semifinal – se um dos dois se classificar com o 2º lugar – ou, o mais provável, na final.

“A Espanha é o melhor time do mundo. Não é só o principal, tem o Sub-21, o Sub-19 que estão ganhando títulos também. Eles man-têm base há seis anos. Estou doido para que o jogo con-tra eles aconteça” afirmou Parreira, sem citar os títu-los das Eurocopas de 2008 e 2012 e da Copa do Mundo de 2010 conquistados pelos espanhóis.

Mas não vamos pen-sar nisso agora, deixa pa-ra depois da semifinal”, acrescentou.

As duas seleções lideram seus grupos. O Brasil define a ponta da chave com a Itá-lia amanhã. A Fúria lidera o Grupo B com 6 pontos e pe-ga, domingo, a Nigéria.

Fonte vetadaDevido às más condições do gramado, a Seleção Brasileira não treinará amanhã na Fon-te Nova, local do jogo contra a Itália amanhã. A atividade será no estádio de Pituaçu, em Sal-vador. Antes dos duelos contra Japão e México, o Brasil trei-nou nos palcos dos jogos – Ma-né Garrincha, em Brasília, e Castelão, em Fortaleza, respec-tivamente. METRO

Garantidos nas semifinais da Copa das Confederações, Bra-sil e Itália se enfrentam ama-nhã, às 16h, na Fonte Nova. E, pelo fato de a partida va-ler apenas para definir quem terminará a fase de grupos do torneio em primeiro lu-gar, ambas as equipes devem enviar reservas à Fonte Nova.

“Não vamos forçar ne-nhum jogador. É importante ter o time inteiro contra a Itá-lia, mas já precisamos pensar nas semifinais. Ainda não se cogitou isso de uma maneira clara. Falamos muito generi-

camente sobre a possibilida-de de poupar um, dois ou até três jogadores”, disse o coor-denador-técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira.

“Não é definitivo, mas existe essa possibilidade”, completou ele.

O discurso se repete no la-do italiano: “Acho que tere-mos uma semana para nos recuperar”, disse o atacan-te Giaccherini, referindo-se à data da semifinal. Além dis-so, o volante Pirlo sofreu uma lesão na panturrilha direita e está vetado. O também vo-

lante De Rossi está suspenso e também não joga hoje.

Três possibilidadesO volante Paulinho é um dos atletas que podem ser poupa-dos, por conta de uma torção no tornozelo esquerdo. Já o zagueiro David Luiz, que que-brou o nariz durante a vitó-ria contra o México, quarta--feira, tem condições de jogo.

Neymar, que deixou a partida no Castelão com dores na coxa direita, tam-bém poderia ser utilizado.

METRO Paulinho é um dos que podem ser poupados | MARCELO MACHADO DE MELO/FOTOARENA

Brasil e Itália devem poupar para as semis

Parreira: ‘doido’ para pegar a Espanha

Parreira é o coordenador-técnico do Brasil | MARLON FALCÃO/FOTOARENA/FOLHAPRESS

GRUPO A

P V GP SG1º BRASIL 6 2 5 5

2º ITÁLIA 6 2 6 2

3º MÉXICO 0 0 1 -3

4º JAPÃO 0 0 3 -4

GRUPO B

P V GP SG1º ESPANHA 6 2 12 11

2º NIGÉRIA 3 1 7 4

3º URUGUAI 3 1 3 0

4º TAITI 0 0 1 -15

Classificados para semi

1ª fase

3ª rodada

AMANHÃ

16h - Salvador

XI T Á L I A B R A S I L

16h - B. Horizonte

XJ A P Ã O M É X I C O

DOMINGO

16h - Fortaleza

XN I G É R I A E S P A N H A

16h - Recife

XU R U G U A I T A I T I

Grupo A

Grupo B

Hoje!16h

Treinamento

• Equipe treina no estádio de Pituaçu, em Salvador, de olho na partida contra a Itália, amanhã, pela 3ª e última rodada da fase de grupos da Copa das Confederações. Após a atividade, o técnico Luiz Felipe Scolari concederá entrevista coletiva na Fonte Nova, por conta do protocolo da Fifa.

Forlán chegou ao seu 100º jogo pela Seleção Uruguaia | WILLIAM VOLCOV/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

Os uruguaios se recupera-ram da derrota na estreia da Copa das Confederações pa-ra a Espanha, na Arena Per-nambuco. Jogando nova-mente de branco, a Celeste bateu a Nigéria por 2 a 1, na Fonte Nova, e ganhou força dentro do Grupo B.

Os uruguaios empata-ram em pontos com a equi-pe africana: ambos os times têm 3, porém, os sul-ameri-canos terão pela frente o Tai-ti, no domingo. Os nigeria-nos, a Espanha.

Precisando vencer para seguir vivo, o Uruguai abriu o placar aos 18 minutos de jogo. A equipe chegou ao gol com o zagueiro Lugano. O capitão da Celeste aprovei-tou cruzamento de Forlán da esquerda e completou pa-

ra o gol vazio, após falha de Cavani ao chutar.

A Nigéria, que antes de ser vazada havia assustado os sul-americanos, empatou com Mikel aos 36: ele rece-beu na área, limpou Lugano e fuzilou.

Veio o 2º tempo e aí quem brilhou foi Forlán. O camisa 10, que não atuou na estreia

da competição, disputava seu 100º jogo pela Seleção. Foi de-le o gol da vitória, seu 34º ten-to pela Celeste.

E foi um golaço! Aos 5 mi-nutos, Suárez roubou a bola na intermediária e rolou pa-ra Cavani, que, centralizado, passou para Forlán na esquer-da. O atacante bateu forte e saiu para o abraço. METRO

Em Salvador. Sul-americanos vencem a Seleção da Nigéria por 2 a 1 e acirram a disputa pela vaga nas semifinais da Copa da Confederações

Uruguai vence e segue na briga

Enyeama; Ambrose, Oboabona, Omeruo e

Echiéjilé; Mikel, Ogu (Mba), Ogude, Oduamadi (Babatude ) e Musa; Ideye (Akbala ). Técnico: Stephen Keshi

Muslera; Lugano , Godín e Cáceres; Maxi Pereira,

Arévalo Ríos, González e Rodríguez (Álvaro Pereira); Forlán, Suárez (Coates ) e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez

12

• Gols. Lugano aos 18 e Mikel aos 36 minutos do 1º tempo; Forlán aos 5 minutos do 2º tempo.

• Arbitragem. Björn Kuipers (HOL)

NIGÉRIA

URUGUAI

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