20140922_br_metro campinas

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Fábio Santos anotou dois de pênalti na vitória corintiana sobre o São Paulo no Itaquerão | ANDERSON RODRIGUES/FRAME/FOLHAPRESS MÍN: 12°C MÁX: 22°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CPS CAMPINAS Segunda-feira, 22 de setembro de 2014 Edição nº 1.086, ano 5 Erro do IBGE foi ‘banal’, diz Dilma Rousseff Presidente defende sindicância para apurar falha nos dados sobre desigualdade social PÁG. 07 Candidato do PV, Natalini promete cortar secretarias Na disputa pelo governo de SP, o vereador diz que Alckmin foi ‘frouxo’ no combate ao crime organizado PÁG. 06 2014 ELEIÇÕES ELEIÇÕES Micro-empresas dominam pregões da prefeitura Incentivo. Dos 278 processos licitatórios feitos no ano passado, 79,5% foram concedidos a empresas de pequeno porte. Legislação federal obriga o poder público a reservar um percentual das licitações para o setor, cuja receita varia de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões ao ano PÁG. 02 CONSUMO DE CAFÉ VAI CRESCER 4,7% NO PAÍS ANTE 2,5% NO MUNDO PÁG. 10 DEPOIS DO ‘NÃO’ LÍDER NACIONALISTA ESCOCÊS REAGE PÁG. 09 Polônia campeã Brasil, de Bernardinho, perde final do Mundial de vôlei por 3 sets a 1 PÁG. 16 KACPER PEMPEL/REUTERS NA RAÇA E NO GRITO Timão vence por 3 a 2 e são-paulinos reclamam da arbitragem; Palmeiras leva 6 a 0 do Goiás PÁGS. 14 E 15 CAROS AMIGOS ‘FRIENDS’ FAZ 20 ANINHOS HOJE. RELEMBRE ALGUNS MOMENTOS INESQUECÍVEIS PÁG. 12 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR

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Fábio Santos anotou dois de pênalti na vitória corintiana sobre o São Paulo no Itaquerão | ANDERSON RODRIGUES/FRAME/FOLHAPRESS

MÍN: 12°CMÁX: 22°C

www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CPS

CAMPINAS Segunda-feira, 22 de setembro de 2014Edição nº 1.086, ano 5

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Erro do IBGE foi ‘banal’, diz Dilma RousseffPresidente defende sindicância para apurar falha nos dados sobre desigualdade social PÁG. 07

Candidato do PV, Natalini promete cortar secretarias Na disputa pelo governo de SP, o vereador diz que Alckmin foi ‘frouxo’ no combate ao crime organizado PÁG. 06

2014

ELEIÇÕES

ELEIÇÕES

Micro-empresas dominam pregões da prefeitura Incentivo. Dos 278 processos licitatórios feitos no ano passado, 79,5% foram concedidos a empresas de pequeno porte. Legislação federal obriga o poder público a reservar um percentual das licitações para o setor, cuja receita varia de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões ao ano PÁG. 02

CONSUMO DE CAFÉ VAI CRESCER 4,7% NO PAÍS ANTE 2,5% NO MUNDO PÁG. 10

DEPOIS DO ‘NÃO’LÍDER NACIONALISTA ESCOCÊS REAGE PÁG. 09

Polôniacampeã

Brasil, de Bernardinho,

perde fi nal do Mundial de vôlei

por 3 sets a 1 PÁG. 16

KACPER PEMPEL/REUTERSNA RAÇA E NO GRITOTimão vence por 3 a 2 e são-paulinos reclamam da arbitragem; Palmeiras leva 6 a 0 do Goiás PÁGS. 14 E 15

CAROS AMIGOS ‘FRIENDS’ FAZ 20 ANINHOS HOJE. RELEMBRE ALGUNS MOMENTOS INESQUECÍVEIS PÁG. 12

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO

As micro-empresas e as EPP (Empresas de Peque-no Porte) têm dominado os pregões da Prefeitura de Campinas. De acordo com dados da Administração municipal, dos 278 pre-gões, 79,5% (221) deles fo-ram ganhos no ano passa-do por este segmento.

Segundo o secretário Municipal de Administra-ção, Silvio Bernardin, as contratações são as mais diversas possíveis: vão de serviços, passam por lo-cação de veículos a for-necimento de material e produtos.

A concentração se dá porque o governo federal aprovou uma legislação que criou licitações exclu-sivas para micros e peque-nas empresas, além de criar um gatilho que per-mite ao segmento dar um novo lance, em caso de em-pate no pregão, com valor até 10% superior ao já ofer-tado por ela e que possa igualar o valor da concor-

rente que tenha porte mé-dio ou grande.

Segundo Silvio Glauco Rezende Rosa, analista de Negócios e Políticas Públi-cas do Sebrae (Serviço de Apoio às Micros e Peque-nas Empresas), o princi-pal objetivo da lei de 2006, que sofreu modificações em agosto deste ano, é dar ao setor a vantagem com-petitiva e fomentar o mer-cado interno nos municí-pios. “As prefeituras são sempre um plus para este setor”, disse Rosa.

Bernardin, por sua vez, disse que muitas empresas acabam mudando o perfil após um ano de contrato

com a prefeitura. “Elas aca-bam assumindo novos ser-viços com valores maiores de contratos”, disse. As mi-cros têm uma receita bruta de até R$ 360 mil. Já as pe-quenas o faturamento va-ria de R$ 360 mil a R$ 3,6 milhões.

Nos bastidores, o que se comenta é que o merca-do por ser promissor, tem feito com que muitas em-presas de médio e gran-de portes montem outras com perfil de micros e pe-quenas para abocanharem mais licitações. O consul-tor do Sebrae explicou que as prefeituras têm de criar mecanismos de controle para evitar esse problema. Em Campinas, Bernardin diz que a legislação tem si-do cumprida e que os pre-gões são ganhos por EPPs e micros.

Licitações. Legislação federal facilitou entrada de empresas de pequenos portes na prestação de serviço

Prefeitura compra serviços de micros e pequenas empresas | METRO CAMPINAS

Micros ganham 79,5% dos pregões da prefeitura

R$ 3,6milhões é o valor máximo da receita bruta de uma pequena empresa. Já as micros têm um teto de R$ 360 mil ao ano

ROSE GUGLIELMINETTI METRO CAMPINAS

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: avenida Engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, 2799, Jardim São Gabriel, CEP 13045-541, Campinas, SP.Tel.: 019/3779-7421. O jornal Metro é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes JuniorGerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Campinas. Editora-Executiva: Zezé de Lima (MTB: 16.231) Editor de Arte: Cláudio Machado. Gerente Comercial: Simone MonfardiniGrupo Bandeirantes de Comunicação Campinas - Diretor Geral: Rodrigo V. P. O. Neves

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

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Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

IBGE

Erro ‘banal’A presidente Dilma

Rousseff defendeu ontem a investigação sobre o erro apontado no

cálculo na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios), do IBGE.

Leia mais pág. 7

VOCÊEssa semana que passou, especificamente, foi terrível pa-ra mim. Tipo esses dias que você tem vontade de dar um chute em tudo e correr para um lugar que literalmente ninguém encha sua paciência. Mas aí lembrei dos dias que passei à beira da morte no hospital e tive uma segunda chance, da mesma maneira que centenas de pessoas que leem essa coluna, enfrentando problemas de saúde, no tra-balho e na família, esperando por dias melhores.

E aí pensei: não é justo achar que só você tenha pro-blemas no mundo, é claro que o seu problema (exatamen-te por ser seu) é de fato o maior deles. Por isso mesmo te-mos que acreditar que existe uma força maior, que rege as leis do Universo, para levar nosso barquinho de papel pe-las águas de um rio lamacento e revolto até o mar tranqui-lo, azul, límpido e cristalino.

Tipo isso: não é possível que depois da meia-noite escu-reça mais, ou o mais famoso “pior do que está não pode fi-car”, e lembre-se que você, com seus problemas ou suas vitórias, é de fato o centro do Universo. E que por isso, mesmo numa fase difícil, ainda pode ajudar quem precise.

Ajudar sempre é bom e, no fundo, ajudando alguém vo-

cê esquece um pouco de si. Quer dizer, mesmo sem solu-ção, o seu problemão fica menor. A coisa mais difícil do mundo não é a paz mundial, e sim a paz interior, mesmo porque, se todos alcançarem as suas, o entendimento en-tre os homens fica profundamente mais fácil.

Esteja sempre pronto para estender a mão ou receber uma mão estendida. Eu, por exemplo, confio muito em Deus. Se você não confia, pelo menos acredite em você mesmo, já é algo muito importante.

Conversando um dia com meu amigo Paulo Coelho, um dos escritores que mais vendem livros no mundo in-teiro, recebi dele um conselho: o de jamais desmerecer aquilo que você está fazendo. A sua obra, por menos im-portante que pareça, é a maior de todas, porque é sua. Quanto a quem não acredita em você, quem diminui o seu trabalho, a quem te critica sem ter razão... esqueça. Ponha na prateleira do destino e de vez em quando ti-re o pó da inveja só para lembrar que vale a pena seguir em frente.

Acredite mais, que o caminho será mais fácil. Aliás, às vezes o caminho é muito mais importante do que o lugar para onde ele vai. Falando nisso, quem gostou desse texto aproveite e o use e, quem não gostou, sinceramente, que se exploda ou coisa do gênero.

Olhar cidadão

JOSÉ [email protected]

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Com medo da pior crise hí-drica do Estado de São Pau-lo, os moradores de Cam-pinas estão investindo em tambores e caixas para ar-mazenar água. Levantamen-to realizado pelos lojistas mostra que, comparando os primeiros oito meses deste ano com o mesmo período do ano passado, as vendas dos reservatórios aumenta-ram em até 150%.

Gerente comercial da Le-roy Merlin em Campinas, Edson Rodrigues de Sousa disse que a procura por cai-xas d’água com grande ca-pacidade foi o que mais sur-preendeu. De acordo com ele, as vendas de caixas que armazenam de 2.500 a 5 mil litros de água cresceram 89%. Já aquelas que reser-vam de 6 a 20 mil litros ti-veram aumento de 123% na

procura. “Já tem 90 dias que o movimento ficou aqueci-do. Logo quando começou a se falar em crise hídrica notamos aumento das ven-das”, relata Sousa.

Ainda segundo o gerente comercial, as caixas meno-res, com capacidade de ar-mazenamento entre 500 e 1 mil litros, registraram cres-cimento de vendas de 84%.

Já as vendas de cisterna, reservatório de instalação enterrada, apresentaram elevação de 150%. “Não é co-

mum vender dessa maneira nesse período. As pessoas es-tão preocupadas com a falta de água e nós estamos apro-veitando o momento”, rela-ta Sousa, que também afir-ma mudanças na rotina da loja por causa da intensa procura. “Antes eu não tinha estoque desses produtos e ti-ve que criar espaços alterna-tivos porque os clientes não querem esperar. Até o nosso estacionamento virou esto-que”, afirma.

A artista plástica Kelly Rodrigues comprou caixa de 6 mil litros e gostou da escolha. “Paguei média de R$ 3 mil, mas valeu a pena porque economizo água po-tável”, conta Kelly.

Contudo, quem não tem muito dinheiro pode buscar opções mais baratas como fez o aposentado Antônio

Marques da Cruz. “Fui no ferro velho e comprei qua-tro tambores. Eu deixo per-to das calhas e coleto água da chuva. Uso essa água pa-ra lavar quintal e carro e re-gar as plantas”, explica o aposentado.

Segundo a Sanasa – em-presa que faz o abasteci-mento em Campinas –, essas medidas são bem-vin-das. Dados mostram que desde março a população economizou 20% de água. Atualmente, o uso domésti-co é o principal consumidor em Campinas. Das 318 mil ligações que recebem água, 285 mil são do tipo residen-cial. As demais são comer-ciais, industriais e públicas.

Abastecimento. Com medo do tempo seco, população investe em reservatórios. Lojas de Campinas notaram crescimento nas vendas

Antônio reduziu em 50% o consumo de água potável | THOMAZ MAROSTEGAN/METRO

Crise hídrica faz aumentar procura por caixa d’água

47milhões de litros de água por dia é o quanto a população está economizando, de acordo com levantamento da Sanasa

HIDAIANAROSAMETRO CAMPINAS

Mesmo após chuva, Cantareira baixa nível

Chuva chegou fraca, mas constante |THOMAZ MAROSTEGAN/METRO

Mesmo com dois dias de chuvas regulares na região, o reservatório do Sistema Cantareira não teve nenhu-ma recuperação no período. Na tarde de ontem, o nível estava em 7,79%.

A preocupação das au-toridades é que o volume não resista muitos dias. A Sabesp fez a solicitação às agências reguladoras para a retirada de mais 106 bi-lhões de litros do volume

morto para amenizar a cri-se, mas ainda não teve pare-cer favorável.

Nas últimas semanas, o Consórcio PCJ (Bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) realizou um ma-peamento na região para encontrar lagos e cavas mi-nerais que serviriam de al-ternativa. Do montante en-contrado, nenhum com água potável foi encontra-do na região de Campinas.

Mesmo assim, a Sanasa já se pronunciava demonstran-do que essa seria uma alter-nativa rasa para a cidade, já que conseguiria atender poucas pessoas.

O fator positivo foi a umidade do ar que chegou a baixar dos 20% na última se-mana e na tarde de ontem estava em 65,8%. A região do PCJ também começou a receber vazão maior do re-servatório. Ontem, 4,58 m3/s estavam sendo direcio-nados à região, acima dos 4m3/s da semana passada. O acordado é que esse valor chegaria até 5m3/s.

METRO CAMPINAS

65,8%era a umidade do ar ontem na cidade de Campinas

Câmara vota projeto de lei que altera zoneamento

Vereadores se reúnem hoje, às 18h, para votar propostas | METRO CAMPINAS

Os vereadores de Campi-nas votam hoje projeto de lei, de autoria do Executivo, que altera a Lei do Zonea-mento que, se aprovado, vai permitir o uso industrial no TIC (Terminal Intermo-dal de Cargas), local em que a atividade está proibida.

De acordo com o Execu-tivo, a proposta vai apenas adequar a legislação à uma situação que já está conso-lidada, corrigindo distor-ções, já que existem vários exemplos na cidade em que

determinado local já es-tá ocupado por área indus-trial, mesmo sem a previsão legal.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), expli-cou que a mudança atende

a uma demanda da Associ-tic (Associação dos Proprie-tários de Imóveis do Termi-nal Intermodal de Cargas de Campinas). A entidade fez a solicitação por entender que proibição de uso indus-trial no TIC tem obstruído o crescimento de indústrias na região.

Tanto a Secretaria de Pla-nejamento e Desenvolvi-mento Urbano quanto a de Urbanismo liberaram a mu-dança porque o uso indus-trial já é permitido na Zona

14, onde está inserido o TIC. O projeto ainda tem de

passar por segunda vota-ção (mérito), antes de ser sancionado pelo chefe do Executivo.

Os vereadores vão anali-sar ainda outros seis proje-tos como o que obriga que sejam mantidos bombeiros civis em estabelecimentos com capacidade de receber mais de 150 pessoas. A pro-posta atinge shopping cen-ter, supermercados, entre outros. METRO CAMPINAS

7projetos estão na pauta da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Campinas

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O CPqD está desenvolven-do uma nova tecnologia de amplificador óptico subma-rino que, na prática, irá agi-lizar a transmissão de da-dos entre continentes e deve melhorar, por exem-plo, a qualidade da internet e do envio e recebimento de arquivos.

O projeto, desenvolvi-do em parceria com o Cife (Centro Internazionale Del-la Fotonica Per L’Energia) de Milão, trará um modelo mais compacto do que o uti-lizado até agora e de menor custo operacional. “Com es-sa nova tecnologia, podere-mos reduzir os custos em até dois terços do valor. Isso vai baratear bastante o am-plificador”, explica Juliano Rodrigues de Oliveira, ge-rente de tecnologia óptica do CPqD.

O projeto utiliza a tec-nologia de fotônica inte-grada e deverá estar con-cluído em três anos. Ele irá operar com largura de ban-da alta, de 80 nanômetros (nm) – capacidade que per-mite passar mais de 200 ca-nais de 100 Gbps cada um.

Na prática, deve agilizar a transmissão de dados, entre um continente e outro, por exemplo.

“A transmissão por fibra óptica traz segurança e per-mite enviar e receber os si-nais. No caso de satélites, por exemplo, que são outra opção, é possível receber o sinal, mas mandar não é uma coisa simples”, explica Oliveira. O sistema poderá ser usado por vários setores, como governos e empresas de comunicação.

Segundo o pesquisador, em um futuro próximo a ca-pacidade de transmissão de-ve triplicar.

Após a pesquisa, os re-sultados serão transferi-dos para a Padtec, empre-sa do universo CPqD, que irá produzir e comercializar amplificador.

METRO CAMPINAS

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |04| {FOCO}

Cerca de 20 mil pessoas fo-ram ao Centro de Campinas ontem para participarem da 14ª LGBT (Parada do Orgu-lho de Lésbicas, Gays, Bis-sexuais, Travestis e Transe-xuais. Os dados referem-se à contagem feita por vol-ta das 20h de ontem. No ano passado, a parada mo-bilizou 13 mil pessoas, de acordo com a Prefeitura de Campinas.

Neste ano, o evento te-ve como tema “Povo cam-peão é povo sem preconcei-to”, em defesa à aprovação do Projeto de Lei 5002/2013, que, se aprovado no Con-gresso Nacional, determina que as pessoas sejam trata-das de acordo com sua iden-tidade de gênero.

Os organizadores do evento disseram que o ato tem o objetivo de chamar

a atenção da população à causa LGBT. Segundo eles, o grupo não quer privilégios, mas apenas implementar uma sociedade em que to-das as pessoas tenham os seus direitos assegurados, independentemente da orientação sexual.

Os representantes do CR LGBT (Centro de Referên-cia de Lésbicas, Gays, Bis-sexuais, Travestis e Transe-xuais), ligado à Prefeitura de Campinas, disseram que a manifestação também

quer mostrar que eles que-rem é “pedir paz”.

“Os discursos dos ativis-tas em vários momentos deste evento têm batido em dois temas: igualdade de direitos e fim da violência contra os homossexuais”, disse Gabriel Rapassi, dire-tor de Cultura da Prefeitura de Campinas.

Segundo ele, neste ano houve menos atendimen-to da organização da para-da por excesso de álcool. Porém, a polícia registrou algumas ocorrências du-rante o evento. Duas pes-soas foram detidas por rou-bo de celulares e outros dois foram presos por tráfico de drogas. De acordo com a as-sessoria de imprensa da pre-feitura, a dupla foi detida com 31 papelotes de cocaí-na e outros 14 de maconha.

Dois participantes ainda foram levados ao PS (Pron-to- Socorro) do São José após se envolveram em uma bri-ga. Eles trocaram socos e ti-veram ferimentos leves.

Percurso A concentração começou

, às 13h, no Largo do Pará. A manifestação seguiu pe-las avenidas Francisco Gli-cério, Dr. Moraes Sales, rua Irmã Serafina e avenida An-chieta (pistas internas), Rua Benjamin Constant e aveni-da Francisco Glicério.

O encerramento foi no Largo do Rosário. Neste lo-cal, teve um show com DJs, performances de drag queens e bandas.

Colorido. Evento pediu a aprovação de projeto que estabelece que as pessoas sejam tratadas de acordo com sua identidade de gênero

Passeata percorreu as ruas do Centro | CÓDIGO19/FOLHAPRESS

Parada LGBT reúne 20 mil pessoas em Campinas

14anos é o período de realização do evento que tem o objetivo de chamar atenção da população à causa LGBT

Mais de 7.760 audiências de conciliação para acor-dos trabalhistas estão agen-dadas nas unidades do TRT (Tribunal Regional do Traba-lho) da 15ª Região, dentro 4ª Semana Nacional da Execu-ção Trabalhista que começa hoje e vai até sexta, dia 26. Desse total, 4.848 envolvem processos que estão na fase de execução.

De acordo com a assesso-ria de imprensa, além das audiências de conciliação em processos em fase de execução, liquidados e não pagos, e de leilões judiciais, durante esse período são in-tensificadas também a iden-tificação de devedores e seus bens. Com isso, os juí-zes trabalhistas tentam efe-tivar via Internet a quitação da dívida. A penhora on-li-ne permite penhorar o va-lor devido diretamente em contas correntes ou aplica-ções financeiras de titulari-dade do devedor.

Durante a 3ª Semana Na-cional da Execução Traba-lhista, que aconteceu em agosto do ano passado, o tri-bunal formalizou acordos

em 4.589 processos. Foram homologados aos reclaman-tes um total de R$ 100,5 mi-lhões Dos valores concilia-dos, R$ 77,9 milhões foram obtidos em processos que se encontravam em fase de execução, incluídos os R$ 14,4 milhões arrecadados com o leilão nacional.

Ao todo foram realizadas 4.527 audiências de tentati-va de conciliação em ações nessa fase processual e cele-brados 2.551 acordos. O ín-dice de conciliação em exe-cução do regional foi de 56,3%. METRO CAMPINAS

Prédio do TRT da 15ª região | METRO CAMPINAS

TRT. Justiça inicia hoje mutirão para acordos trabalhistas na região

Laboratório do CPqD |DIVULGAÇÃO

3 anosé a duração do projeto, realizado no CPqD

CPqD amplia tecnologia para a transmissão de dados

ROSE GUGLIELMINETTI METRO CAMPINAS

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |05|◊◊

Um adolescente morto e ou-tro preso, ambos com 17 anos, foi o saldo de uma troca de tiros entre os po-liciais do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) e um dos bandidos no fim da manhã de ontem, no DIC 6, em Campinas. A suspeita é a de que eles integrem uma quadrilha especializada em roubos de motos de grande porte na região da rodovia Santos Dumont.

De acordo com a PM, os dois adolescentes trafega-vam na avenida Mercedes Benz, no Distrito Industrial, em uma motocicleta Yama-ha XT660 roubada, no últi-mo dia 16, quando foram surpreendidos por uma via-tura do Baep. Os dois fugi-ram e a perseguição termi-nou no Jardim Melina.

A dupla abandonou a moto próximo de um cór-rego. Os dois adolescen-tes correram em direções opostas. Um deles foi deti-do. O outro, que estava ar-

mado com um revólver ca-libre 38, atirou contra a viatura, atingindo a porta traseira. A polícia revidou e o adolescente foi atingi-do por dois disparos.

O adolescente preso, que já tinha passagens pela po-lícia por tráfico de drogas e roubos, disse que na ho-ra da abordagem os dois es-tavam procurando uma víti-ma para assaltar.

A moto apreendida foi roubada no Jardim Itatin-ga. A vítima esteve ontem na delegacia e reconheceu o revólver que estava com os menores como sendo a mes-ma arma utilizada no rou-bo. METRO CAMPINAS

Baep. Um outro menor foi preso. Eles roubavam motos na rodovia Santos Dumont

Viatura da PM é atingida por tiro disparado por um dos bandidos | DIVULGAÇÃO

Adolescente morre em troca de tiros com a Polícia

Em um intervalo de dois dias, duas pessoas foram ví-timas de latrocínio – rou-bo seguido de morte – em Campinas. O primeiro foi o vigilante Wellington Braz Santos Martins. Ele fazia es-colta de um caminhão que transportava uma carga de eletrônicos e foi assassina-do na quarta-feira durante um assalto. E na sexta-fei-ra, foi a vez do comercian-te Odair Rovere Vasques Pe-rez, de 49 anos, quando ele foi baleado dentro de sua própria loja de materiais de construção, no bairro São Judas, por bandidos que in-vadiram o seu comércio.

O comerciante foi enter-rado no último sábado, no Cemitério das Acácias.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, os funcioná-rios fechavam os portões

da loja quando dois crimi-nosos anunciaram o assal-to. Eles levaram dinheiro e o carro do comércio.

O empresário foi assas-sinado quando os bandidos iriam trancá-los dentro de um quartinho.

METRO CAMPINAS

Número de casos aumenta | METRO CAMPINAS

2 dias. Duas pessoas são vítimas de latrocínio

2012É o ano em que o revólver calibre 38 foi roubado. O adolescente preso disse comprou a arma por R$ 1,2 mil

Page 6: 20140922_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASIL}

C om 1% na última pesquisa Datafolha, o vereador Gilberto Natalini, candidato do PV (Partido Ver-

de) ao governo do Estado, é um franco atirador na cam-panha eleitoral. Apesar de já ter sido do PSDB, e ocu-pado a secretária de Partici-pação e Parcerias na gestão de José Serra, em 2005, ele critica a política de seguran-ça do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “O gover-no é frouxo com o crime or-ganizado.” Para conquistar seu eleitorado, promete cor-tar secretarias e ampliar o número de reservatórios pa-ra evitar uma nova crise no abastecimento de água. Na-talini é o terceiro entrevis-tado da série publicada pe-lo Metro Jornal. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

Que avaliação faz da atual gestão da crise hídri-ca? Onde o governador falhou?O governo estadual não soube se preparar para a crise. Eles não deram prio-ridade política para a ques-tão, fizeram corpo mole. O governador deveria ter decretado o racionamen-to e ter sido sincero com a população.

E qual seria a solução? Construir novos reserva-tórios e captar água de re-giões mais distantes. O rio São Lourenço é uma opção. O Paraíba do Sul é outra possibilidade. Mas para cap-tar água desse rios, é pre-ciso recuperá-los. Também vamos aumentar o trata-mento de esgoto na cidade, modernizar a tubulação da Sabesp e incentivar o uso da água de reuso em situa-ções como lavagem de ruas, por exemplo.

Em relação à segurança pública, que medidas o se-nhor pretende tomar pa-ra diminuir os roubos e aumentar os índices de crimes esclarecidos pela polícia?Vamos combater a crimi-nalidade primeiro. A polí-cia tem que ser mais inteli-gente que os bandidos. Sou favorável a trabalhar poli-ticamente para unificar as polícias. Nem o banco de dados delas está unificado.Depois tem que trabalhar com a questão da qualifica-ção e da melhoria salarial da polícia.

O senhor acha que o gover-no estadual é leniente com o crime organizado? Nessa questão, o governo do Estado falhou. O crime organizado atualmente vi-rou uma instituição, o quin-to poder. Hoje, ele manda, se infiltrou, se enraizou e se

WANEZZA SOARES

espalhou pelo Brasil todo, com a leniência do poder público. No meu governo, será tolerância zero com o crime organizado.

Se eleito, como vai lidar com o MTST e outros gru-pos de sem-teto?Esse MTST é um braço mais virulento do PT. Faz o jogo do PT. Eu votei contra o Plano Diretor por causa da molecagem que o MTST fez com o apoio do PT.

O senhor está com 1% das intenções de voto nas pes-quisas. Quem é o melhor para governar São Pau-lo entre os dois mais bem colocados nas sondagens: Geraldo Alckmin (PSDB) ou Paulo Skaf (PMDB)? Eu acredito que o gover-no do PSDB em São Pau-lo já teve um certo cansa-ço de material. Já não tem mais grandes coisas pa-ra oferecer ao povo paulis-ta. O Skaf é a velha política maquiada.

E na disputa pela presi-dência, quem é o melhor candidato?Você está querendo ar-rancar uma declaração de apoio. Eu já sei em quem eu não voto. No PT eu não voto jamais. No

PSDB eu tenho dificulda-des imensas de votar.

O PV se arrepende de não ter mais Marina no partido?Não, não tem arrependi-mento. Aconteceu um em-bate pela direção do partido. O grupo do Pena (presiden-te do PV) estava na lideran-ça. Eu não participei dessa disputa.

Qual seria a primeira me-dida que o senhor tomaria ao assumir o Palácio dos Bandeirantes? Diminuir de 25 para 16 se-cretarias. Não seria cortar, seria juntar. Por exemplo: unir a Gestão com Planeja-mento, juntar Energia, Re-cursos Hídricos e Sanea-mento. Ao mesmo tempo, com uma canetada extin-guir 5 mil cargos comissio-nados em São Paulo. No lu-gar desses apadrinhados

políticos, colocar profissio-nais de carreira para va-lorizar o funcionalismo público.

Quais os seus planos para a área de educação? Vamos ampliar o ensino técnico profissionalizan-te, que atrai muito o estu-dante porque o prepara pa-ra o mercado de trabalho. Vamos fazer mais Etecs e Fatecs. Além disso, vamos mudar a maneira de avaliar o aluno.

Manteria a política de pro-gressão continuada nas escolas?Não. Progressão continuada se definiu falida. Os alunos estão saindo das escolas co-mo analfabetos funcionais.

O senhor é a favor do bô-nus por desempenho do professor? Sou favorável primeiro à

qualificação dos professo-res. Também vou melhorar o padrão salarial dos pro-fissionais da educação, que ainda é baixo.

Na área da saúde, que me-didas tomar para acabar com a demora para consul-tas e exames?A primeira medida que to-maríamos seria, em quatro anos, aumentar de 12% para 15% a verba estadual da saú-de. Hoje é 12%, o mínimo constitucional. Nós aumen-taríamos gradualmente até chegar a 15%. Isso colocaria, em 4 anos, R$ 5,6 bilhões a mais no SUS estadual. Hoje são R$ 18 bilhões. Iria para R$ 24 bilhões.

Mas apenas mais dinheiro resolveria o problema?Com esse dinheiro a mais nós ampliaríamos o progra-ma de saúde da família. Em 4 anos, a cobertura passaria de 37% para 60% no Estado. Isso seria feito em parceria com as prefeituras porque os gestores municipais não têm mais de onde tirar di-nheiro para colocar na saú-de. Alguns 35% do seu orça-mento na área de saúde.

E a questão das Santas Casas?Vamos aumentar a verba

de custeio. O que o gover-no hoje dá é muito pouco. As Santas Casas gastam R$ 100 e recebem do SUS R$ 60. Todo mês tem R$ 40 de prejuízo, não dá para tra-balhar. Melhorando as San-tas Casas, é possível am-pliar o número de leitos e a oferta de exames de espe-cialidades, diminuindo as filas para internação e para operação.

O sr. não acha que existem problemas de gestão?O dinheiro é pouco para o SUS e não dá. E é claro que somado a isso tem má ges-tão, tem corrupção, tem des-vio de verba. O Estado é ges-tor do SUS e tem que fazer a integração com a rede mu-nicipal. Se juntar as duas, dá para fazer milagres. Tam-bém farei um combate feroz à corrupção. Hoje ainda tem muito desvio de dinheiro na área que passa batido pelo governo.

Falando em corrupção, o que acha das denúncias de cartel em contratos do Me-trô e da CPTM?Eu acho que o governador Alckmin é um homem éti-co, de bem. Mas o governo dele, do ponto de vista da moralidade pública, pisou na bola e deixou acontecer uma situação que está aí. Não é invenção de promo-tor. Aconteceu um proble-ma sério nas barbas do go-verno do Estado.

Mas as denúncias não se referem apenas ao período do governo Alckmin.Sim, mas por quanto tem-po o Alckmin está no po-der? 11 anos. Eles falam que houve cartel. Cartel é uma coisa que acontece fo-ra do governo. Mas, para que o cartel acontecesse, teve gente de dentro do go-verno que deixou seguir. Aí que mora o perigo. Os tuca-nos devem essa explicação ao paulista.

É favorável a segurar a ta-rifa do metrô e da CPTM?Não tem tarifa de graça. Se a pessoa não pagar, al-guém vai pagar. O cofre pú-blico é formado pelo impos-to de todos. Então isso tem que ser discutido com a po-pulação. Até quanto a popu-lação quer que a tarifa seja paga com o imposto de to-dos ou que cada um pague sua tarifa? O que o senhor avalia que é melhor?Tem que ser equilibrado. Tem um setor da socieda-de que não consegue pagar e tem gente que tem mui-to dinheiro. Esse equilíbrio que tem que se buscar na sociedade. METRO

GILBERTO NATALINICandidato do PV promete extinguir 5 mil cargos comissionados

no governo estadual e valorizar os funcionários públicos

‘VOU CORTAR SECRETARIAS’

Saiba mais sobre o candidato

• Idade. 62 anos

• Família. Casado, tem dois filhos

• Formação. Médico cirurgião especialista em gastrocirurgia

• Vida pública. Vereador desde 2000.

Perfil

2014

ELEIÇÕES

ELEIÇÕES

Leia a entrevista completa com Gilberto Natalini em: www.metrojornal.com.br

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |07|◊◊

PETROLÃO: CASSAÇÃO DE MANDATOS FICA PARA 2015. A oposição vai deixar para fevereiro de 2015 o pedi-do de cassação de manda-to de deputados acusados pelo ex-diretor Paulo Ro-berto Costa de participar de esquema de corrupção na Petrobras. O presiden-te do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), aler-tou Chico Alencar (PSOL--RJ), que sempre ingressa com representações, que processos abertos este ano são arquivados com fim da legislatura, em dezembro.

TEMPO JOGA CONTRA. Tam-pouco recomenda aposta em cassação, ainda este ano, o prazo de 90 dias entre instauração e tér-mino do processo. Não haveria tempo.

MAIS DE SESSENTA. O ex--diretor da Petrobras de-nunciou mais de sessen-ta autoridades apenas na primeira fase da delação premiada. Mas tem mui-to mais.

FIGURÕES. Entre os delata-

dos figuram o deputado Henrique Alves (RN) e os senadores Renan Calhei-ros (AL), do PMDB, e Delcí-dio Amaral, PT-MS.

MAIS DOIS. Outros citados, segundo a revista IstoÉ, fo-ram o governador do Cea-rá, Cid Gomes (Pros) e o lí-der do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

ADVERSÁRIOS TÊM MAIS TEMPO DE PT QUE DILMA. Seis dos onze adversários de Dilma na corrida pre-sidencial têm mais tempo de militância no PT que a candidata petista: Eduar-do Jorge (PV) e Mauro Iasi (PCB) foram filiados ao partido por 24 anos, entre sua fundação em 1980 até 2004; Marina Silva (PSB), 23 anos; Rui Costa Pimen-ta (PCO), ficou 15 anos no partido de Lula; e Zé Ma-ria, do PSTU, foi PT por 13 anos. Dilma somente se fi-liou ao PT em 2001.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOS WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

PODER SEM PUDORHomem de palavra

Voz destemida, que en-frentava o coronelismo alagoano, Mendonça Ne-to certa vez, em campa-nha, foi a Flexeiras, re-duto do temido Paulo Calheiros, dono da vida e da morte na região e ami-go de Divaldo Suruagy, então governador. Ca-lheiros foi ao encontro de Mendonça:- O que o sr. pretende ga-nhar com esse comício, deputado?- Votos, Paulo. Vivo disso. É a minha reeleição.

- Mas o sr. vai esculham-bar o Divaldo e isso não fica bem...- Preciso sair daqui com uns 150 votos por aqui – arriscou Mendonça.- Deputado, se o proble-ma é esse, dou 300 votos para o sr. não fazer esse comício – propôs o dono dos votos de cabresto.Acordo fechado, Calheiros cumpriu o trato: Mendon-ça, que não contava ser votado na cidade, naque-la eleição teve 305 votos em Flexeiras.

“NÃO PERCEBEMOS O

ERRO.”CIMAR AZEREDO, DO IBGE, SOBRE A

VEXATÓRIA MUDANÇA DA PESQUISA RUIM PARA O GOVERNO

Política

Paulo Roberto Costa | FABIO RODRIGUES /AGÊNCIA BRASIL

CLÁUDIO [email protected]

A presidente Dilma Rous-seff (PT) classificou ontem como “banal” e “de fácil detecção” por “quem me-xe com estatística” o erro do IBGE (Instituto Brasi-leiro de Geografia e Esta-tística) na divulgação da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílio) referente a 2013.

O instituto revisou, na última sexta-feira, núme-ros divulgados no dia an-terior, que apontavam in-terrupção no processo de queda da desigualdade en-tre ricos e pobres no Bra-sil. De acordo com a corre-ção, a tendência de queda não parou.

O governo já anunciou a formação de duas comis-sões de sindicância para apurar as responsabilida-des sobre o erro.

Dilma não quis apon-tar culpados, mas também não fez questão de defen-der a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, que já pe-diu desculpas à sociedade, mas não colocou o cargo à disposição. “Não julgo ninguém antes das pro-vas”, disse a petista, em entrevista no Palácio da Alvorada. “Mas a decisão a respeito do conforto [de não se demitir] é dela, não minha. Mas, se caracteri-zar qualquer falta, é óbvio que ela não pode ficar”, completou.

A presidente não co-mentou diretamente as críticas dos adversários da campanha presidencial, como o tucano Aécio Ne-ves, que havia acusado o governo petista de “na ân-sia de se manter no poder, não hesitar em colocar em xeque instituições que são guardiãs da memória da sociedade brasileira”.

“Ficamos tão surpre-sos quanto todo mundo”, disse Dilma, que também negou haver um proces-so de sucateamento do IBGE e disse que o órgão é independente.

Até dois mesesA criação de duas comis-sões para investigar o er-ro foi anunciada pelo go-verno ainda na sexta-feira. “A comissão tem um pra-zo para analisar e estabe-lecer a recomendação ao governo. Só depois disso,

PNAD. Presidente evita defender a gestora do IBGE, que não pediu demissão do cargo após reconhecimento de erros em dados relacionados a desigualdade social

Dilma disse que ficou “surpresa” com erro | ALAN MARQUES/FOLHAPRESS

Dilma diz que erro do IBGE foi ‘banal’

o governo tomará qual-quer providência. Gosta-ria de não fazer juízos an-tecipadamente”, disse a ministra do Planejamen-to, Miriam Belchior, em entrevista no sábado.

O prazo para a busca das responsabilidades é de 30 dias, que podem ser prorrogados pelo mesmo período. O resultado, por-tanto, fica para depois das eleições.

A comissão terá repre-sentantes da Casa Civil, dos ministérios do Plane-jamento e da Justiça e da CGU (Controladoria-Geral da União).

METRO BRASÍLIA

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |08| {BRASIL}

NA HISTÓRIA

54%

Acompanhe o comportamento doCongresso no período pós-redemocratização:

José Sarney (1985/1990)

Fernando Collor(1990/1992)

PMDB, Frente Liberal25

Partidos aliadosNúmero deministérios

Popularidade aofim do mandato

32%PRN, PSC, PTR e PST25

Itamar Franco(1992/1994) 41%PMDB

19

Fernando Henrique Cardoso(1995/2002) 35%PSDB, PMDB, PFL

e PPB

25

Luiz Inácio Lula da Silva(2003/2010) 80%PT, PCdoB, PL, PMN,

PCB e PSB

37

Dilma Rousseff(2011/2014) 37%

PT, PMDB, PDT, PSB, PR, PRB, PTN, PSC,

PTC e PCdoB

39

Entregar-se a uma grande aliança ou fazer um tra-balho de formiguinha? A relação com o Congresso, afeita às turbulências cos-tumeiras, impõe um dile-ma aos três principais can-didatos à presidência da República.

A experiência recen-te demonstrou que nem sempre ter uma base alia-da numerosa é garantia de sucesso das votações ou de fracasso retumban-te. Há exemplos de ambos os lados.

No período pós-rede-mocratização, a presiden-te Dilma Rousseff mon-tou a base mais numerosa, com apoio de 14 partidos, que, pelo menos em te-se, garantiriam os votos de 372 dos 513 deputados e de 60 dos 81 senadores.

Mesmo assim, por exem-plo, nenhuma reforma foi aprovada.

Se reeleita, a petista sa-be que, apesar de ter que reestruturar a base alia-da, ainda terá um apoio maciço. O maior prestí-gio tem sido usado como trunfo na campanha, re-metendo à experiência do ex-presidente Fernan-do Collor, que, com uma bancada de dois senadores e 40 deputados, sucumbiu ao impechment.

A candidata do PSB, Ma-rina Silva, projeta a mes-ma dificuldade, e atrair os partidos derrotados no primeiro turno ganha con-tornos de sobrevivência política para aprovar um simples projeto de lei. A ex-senadora aposta em um ‘coalizão de propostas’ e projeta uma renovação su-perior a 50% dos cargos no Congresso para a estraté-gia prosperar.

Para o candidato do PSDB, Aécio Neves, caso seja eleito, voltar a ser go-verno após 12 anos ainda é uma interrogação. A úni-ca certeza é de que, lide-rada pelo PT, a atual base aliada será mais incômoda do que a oposição aos três últimos governos. O tuca-no mira PMDB, PSD e PP para formar maioria.

O ex-presidente Itamar Franco é considerado, até hoje, o mais habilidoso na interlocução com o Po-der Legislativo. O manda-to tampão teria o afastado de riscos.

Os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva fize-ram alianças duradouras, mas não escaparam de re-beliões e escândalos.

Como agir? Assunto nas trincheiras da campanha, a relação do governo com o Congresso é uma das maiores preocupações dos presidenciáveis

Base aliada vira desafio

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

ELEIÇÕES2014

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Militantes do EI (Estado Is-lâmico) apertaram o cerco a uma cidade no norte da Sí-ria ontem, enquanto a ONU disse que o número de cur-dos sírios que se dirigiam à Turquia pode ter chegado a 100 mil e deverá subir.

Moradores da cidade fron-teiriça de Ayn al-Arab e seus arredores disseram que mili-tantes estavam executando pessoas “de todas as idades” na região que conseguiram controlar e na qual criaram um “clima de medo”.

Políticos curdos na Tur-quia renovaram apelos para que os jovens do sudeste do país, região de maioria cur-da, se dirigissem à cidade para ajudar sua etnia a ex-pulsar o EI, que tomou con-

ta de faixas do Iraque e da Síria nos últimos meses e proclamou um califado.

“EI continua a avançar. Por cada lugar que passam eles matam, ferem e se-questram. Muitas pessoas estão desaparecidas e acre-ditamos que tenham sido sequestradas”, disse à Reu-ters o médico Welat Avar.

“Mais do que uma guerra isso é um genocídio. Eles es-tão entrando nos vilarejos e cortando a cabeça de uma ou duas pessoas para mostrá-las aos moradores”, disse à Reu-ters Ibrahim Binici, do parti-do turco pró-curdo HDP. “É realmente uma situação ver-gonhosa para a humanida-de”, disse, pedindo interven-ção internacional.

SíriaOs EUA promoveram ata-ques aéreos contra o EI no Iraque e disseram que pode-riam ampliá-los para a Síria, mas não está claro quando e onde isso pode ocorrer. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, dis-se ontem que outros países pretendiam se unir a Wa-shington nos ataques.

“Não faremos os ataques aéreos sozinhos”, disse ela à rede de TV CBS. “Mas vamos deixar outros países anun-ciarem seus comprometi-mentos específicos com a coalizão”. METRO

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

O líder nacionalista escocês Alex Salmond acusou líderes políticos da Grã-Bretanha ontem de enganar os escoce-ses e levá-los a não optar pe-la independência depois de uma disputa sobre quando e como dar mais poderes à Es-cócia. Com a derrota do mo-vimento pró-independência, Salmond anunciou que es-tá deixando o cargo de líder do Partido Nacional Escocês (SNP), depois de não conse-guir convencer os escoceses a deixar de fazer parte do Reino Unido.

No referendo da última quinta-feira, pouco mais de 55% dos escoceses votaram no “não”, decidindo que o status atual será mantido. Para Salmond, os três prin-

cipais partidos políticos da Grã-Bretanha fizeram fal-sas promessas de conceder novos poderes para conse-guir o resultado. “Acho que a promessa foi algo inven-tado por desespero nos úl-timos dias da campanha, e acho que todos na Escócia agora percebem isso”, disse.

O premiê David Came-ron e outros líderes prome-teram, antes da votação, que a autonomia escocesa seria ampliada rapidamente em caso da vitória do “não”.

“As pessoas que foram convencidas a votar ‘não’ foram seduzidas, foram en-ganadas de forma eficaz”, disse Salmond à BBC. Se-gundo ele, a promessa de úl-tima hora influenciou o re-

sultado do referendo.Salmond sugeriu que se

o Reino Unido votar a favor de deixar a UE em um refe-rendo prometido por Came-ron para 2017, os adeptos da independência escocesa podem pressionar para ou-tra votação separatista.

PromessasOs principais partidos estão unidos na promessa de trans-ferir novos poderes, mais im-postos e políticas de bem-es-tar social para a Escócia. Mas a oito meses da eleição nacio-nal, conservadores se envolve-ram em uma disputa rancoro-sa com o Partido Trabalhista, de oposição, sobre quando e como isso poderia acontecer.

A disputa ofuscou o iní-

cio da conferência anual do Partido Trabalhista, a úl-tima antes da eleição. O lí-der Ed Miliband foi for-çado a esclarecer a sua posição sobre dar mais po-deres para a Escócia e se en-volveu no que muitos elei-tores consideram rusgas político-partidárias.

Cameron, sob pressão de alguns de seus próprios legisladores e com a amea-ça de perda de votos para o Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), con-dicionou na sexta-feira no-vos poderes à Escócia com um consenso sobre novos arranjos constitucionais pa-ra o restante do Reino Uni-do, incluindo a Inglaterra.

METRO

Referendo. Para Salmond, que renunciou após resultado da votação, políticos britânicos prometeram autonomia para forçar vitória do ‘não’, que foi confirmada por 55% dos votos

Salmond anunciou renúncia após resultado de referendo | REUTERS

‘Escoceses foram enganados’, diz líder nacionalista

Soldado turco vigia fronteira diante de refugiados sírios curdos | REUTERS

Estado Islâmico amplia cerco a cidade no norte da Síria

Presidente da Catalunha vai pedir referendo ‘logo’. Leia no www.metrojornal.com.br

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |10| {ECONOMIA}

Empreendedorismo

Ivan Hussni é diretor técnico do Sebrae-SP

IVAN HUSSNI

A CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS PARA O NATALO resultado do faturamento das micro e pequenas em-presas paulistas do comércio não tem sido muito ani-mador. De janeiro a julho deste ano houve queda de 3,8% na comparação com o mesmo período de 2013, se-gundo pesquisa do Sebrae-SP. Diante dessa situação, o Natal, tradicionalmente a melhor época do ano para o setor, ganha importância ainda maior para tentar recu-perar o terreno perdido. No entanto, quem quiser apro-veitar ao máximo a oportunidade de elevar as vendas com a data terá de fazer um bom planejamento, o que inclui montagem da equipe, em grande parte dos casos, reforçada com funcionários temporários.

É estratégico que o processo de seleção do pessoal comece agora. Assim, haverá tempo suficiente para fa-zer uma boa escolha ou a concorrência levará vanta-gem no recrutamento de mão de obra mais qualificada. Além disso, dará condições de, sem atropelos, treinar os novatos e integrá-los ao grupo. Permitirá ainda con-tar com eles para assumirem suas funções a partir de novembro, quando muitos consumidores recebem a primeira parcela do 13º salário e vão às compras. Dei-xar para a última hora só vai tornar precário todo esse procedimento.

Além desses cuidados, é preciso estar atento à legis-lação. Pela lei, a contratação de temporários deve ser feita por meio de uma agência especializada. É necessá-rio certificar-se de que a intermediadora está regulari-zada no Ministério do Trabalho e que o funcionário tem registro no regime da CLT, ou o contratante responderá solidariamente por problemas trabalhistas.

Também é importante vincular o pagamento à agên-cia à apresentação de nota fiscal de serviços, recibo de quitação de salário e benefícios e comprovação de reco-lhimento de FGTS e INSS.

Desde 1º de julho está em vigor a extensão do prazo de contratação de empregados temporários. A medida permite o recrutamento do profissional por três meses podendo haver mais duas prorrogações até o limite de nove meses. Antes, era liberado para três meses apenas com um acréscimo de mais três.

Em caso de dúvida, o Sebrae-SP está a postos para orientá-lo.

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O consumo de café no Brasil, principal produtor e segun-do maior mercado global, deverá crescer 4,7% em 2014 com relação ao ano passado, atingindo mais de 707 mil toneladas número bem aci-ma do crescimento estima-do mundialmente, de 2,5%. A informação foi divulgada recentemente pelo Euromo-nitor International, empresa de inteligência de mercado.

Na opinião de Nathan Herszkowicz, diretor execu-tivo da Abic (Associação Bra-sileira da Indústria de Café), o consumo do produto vem crescendo mundialmente em função de uma moder-nização do café e também de mudanças no hábito dos consumidores. “Em vez de ser uma bebida matinal, o café tem passado a ser apre-ciado também pelo seu sa-bor, aroma. É inclusive asso-ciado à melhora de aspectos de saúde”, diz. “O motor do consumo é a qualidade e a diferenciação, e agora há também certificações”.

Segundo a Enromonitor, a maior parte do café é con-sumida no Brasil nos domi-cílios. Segundo Herszkowi-cz, dados da Abic mostram que nos últimos 15 anos o consumo no lar passou de 90% para cerca de 64%,

apontando um crescimento do hábito de tomar café em panificadoras, restaurantes e casas de café, uma nova tendência no país.

Cafés gourmetA alta no consumo no Brasil ocorrerá depois de um cres-cimento de 4% em 2013 ante 2012, segundo a Euromonitor.

A alta é expressiva se com-parada com os EUA, maior consumidor do produto em termos de volume, onde a Euromonitor disse esperar um crescimento modesto, de 1,8%, para um total de 828 mil toneladas em 2014.

Na comparação entre 2013 e 2018, segundo a em-presa, o consumo de café no

Brasil deverá subir 20%, para cerca de 808 mil toneladas, principalmente devido a uma alta na demanda por ca-fés gourmets e de alta quali-dade. O índice é bastante su-perior à alta projetada para os EUA, de 5% no mesmo pe-ríodo, para um total de mais de 835 mil toneladas.

Consumidores brasileiros estão cada vez mais mudan-do seus hábitos para consu-mir café arábica, variedade mais nobre usada em cafés torrados e moídos, em detri-mento do robusta, mais co-mum na fabricação de cafés solúveis e de baixo custo.

“Aquele café de consumo doméstico passou por uma mudança importante: cafés

gourmet, de alta qualidade, como os vinhos de primeira linha, com muito mais carac-terísticas de qualidade, como aroma, sabor, sabor residual, finalização, corpo etc”, disse Herszkowicz. Segundo ele, essas qualidades não eram valorizadas há 20 ou 30 anos no Brasil. “Hoje o consumi-dor tem sido estimulado a procurar essas qualidades na experimentação diária”.

“A sofisticação se espalha para o consumo de forma rá-pida”, diz o diretor da Abic. “O café é muito democrático, com custo muito baixo pode--se ter a sensação de prazer”.

Os números refletem es-sa tendência. No ano 2000, segundo Herszkowicz, o Brasil não tinha nenhuma marca gourmet. “Hoje, 14 anos depois, temos cerca de 250 marcas”, diz.

Seca históricaA alta na demanda domés-tica no Brasil ocorre depois que o país registrou uma se-ca histórica que afetou cafe-zais no início do ano.

A estiagem sem prece-dentes no país reduziu a produção e levou a indús-tria global a alterar suas previsões de um exceden-te global para um déficit na temporada. METRO

Vanguarda. Segundo mercado do mundo, Brasil terá alta maior que média global, de 2,5%, segundo Euromonitor; nos EUA, principal consumidor, crescimento deve ser de 1,8%

BRASIL TOMANDO MAIS CAFÉ

FONTES: EUROMONITOR E ABIC *PROJEÇÃO ANUAL COM BASE EM 2013

CRESCIMENTO DO CONSUMO EM 2014*

CRESCIMENTO DO CONSUMO EM 2018*

Brasil EUA

Brasil EUA

Global4,7%

20% 5%

2,5% 1,8%

Consumo de café vai crescer 4,7% no país

O G20 disse estar perto de adi-cionar US$ 2 trilhões extras à economia global e de criar mi-lhões de novos postos de tra-balho, mas a estagnação pro-longada da Europa continua a ser um grande obstáculo. Mi-nistros das Finanças e presi-dentes de bancos centrais re-unidos no fim de semana na cidade australiana de Cairns apontaram progresso na blin-dagem do sistema financeiro mundial e em reduzir as bre-chas fiscais exploradas por multinacionais.

“Estamos determinados a elevar o crescimento e os paí-ses estão dispostos a usar to-das as alavancas macroeco-nômicas para enfrentar esse desafio”, disse o ministro do Tesouro australiano, Joe Hoc-key, que sediou o evento.

Quase mil medidas foram propostas para impulsionar o crescimento global em até 1,8% até 2018, aproximando--se da ambiciosa meta de 2 pontos percentuais adotada em fevereiro.

As propostas seguem ago-ra para a aprovação formal na cúpula de líderes do G20 em Brisbane, em novembro. A principal delas é uma ini-ciativa global que visa au-mentar o investimento priva-do em infraestrutura, um dos assuntos de destaque para os australianos. Em meio à crise na Ucrânia, os líderes decidi-ram manter a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin, embora deixando a porta aberta para sua partici-pação na cúpula em novem-bro. METRO E AGÊNCIAS

G20: Estagnação prolongada da Europa segue sendo problema

Os secretários de Finanças dos EUA e da Austrália | LINCOLN FEAST/REUTERS

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CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {SAÚDE BEM-ESTAR} |11|◊◊

Obstrução nasal, coriza, dores de cabeça, coceira no nariz, na garganta, no céu da boca, nos olhos. Esses são os principais sintomas da rinite, inflama-ção da mucosa nasal, causa-da por vírus, bactéria, ou por alergia (a mais comum). Espe-cialistas alertam que as crises podem piorar na primavera por três motivos: maior dis-persão de pólen, clima seco e variações de temperatura.

“Existem diversos tipos de rinite, as alérgicas tendem a aumentar sua incidência na primavera, assim como as va-somotoras (relacionadas com o clima), diz Fernando Chami, mestre em otorrinolaringolo-gia pela Unifesp (Universida-de Federal de São Paulo).

A rinite alérgica é a res-posta do organismo a um componente nocivo. “O na-

riz funciona como um fil-tro que impede a entrada de agentes que possam preju-dicar a saúde dos pulmões”, explica o otorrinolaringolo-gista Cícero Matsuyama.

Enfermidade crônica, po-de ser provocada por inú-meros motivos. Além do pó-len, contato com os ácaros da poeira doméstica, pelos de animais, fungos, mofo, perfume, alguns alimentos, medicamentos, bactérias, vírus e mudanças bruscas de temperatura podem de-sencadear as crises.

Terapias e prevençãoO tratamento, em geral, é fei-to por medicação oral ou na-sal. Em alguns casos requer cirurgia. As crises devem ser tratadas para evitar complica-ções, como sinusites e farin-

gites. Prevenção é o melhor tratamento. “Casos mais le-ves podem ser combatidos de maneira simples”, diz Caroli-na de Oliveira, fisioterapeuta especialista em medicina do sono. A regra é manter a casa sempre limpa e arejada. Quartos merecem maior atenção, pois é o ambiente mais contaminado por áca-ros. “Quem tem rinite está sujeito a dormir mal, por is-so os travesseiros, por exem-plo, devem ser trocados a cada dois anos”.

Outra solução é adotar uma decoração que dispen-se cortinas, tapetes, almofa-das e objetos que acumulem poeira difícil de limpar. Na faxina, use sempre másca-ra e prefira pano úmido pa-ra remover o pó dos móveis e do chão. METRO

Previna-se. Crises são agravadas por maior dispersão de pólen, oscilações típicas de temperatura e o clima seco

Aumentam casos de rinite na primavera

Na primavera, maior dispersão de pólen favorece crises | IMAGE SOURCE/FOLHAPRESS

ESPECIAL+

Tratamentos

NaturaisA acupuntura,

reconhecida desde 1995 pela Associação Médica Brasileira, é uma opção

de tratamento, sem riscos de efeitos colaterais

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SALÁRIOS (por ator)episódio temporada

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |12| {CULTURA}

2CULTURA

Festival reúne mais de 50 atrações

João Bosco encerra o festival com show | DIVULGAÇÃO

Com uma programação ar-tística gratuita e aberta para toda a população, a 15ª edi-ção do Feia (Festival do Ins-tituto de Artes da Unicamp), vai exibir mais de 50 atra-ções culturais até o dia 28 de setembro na cidade. O festival vai oferecer um car-dápio com atividades nas áreas de artes visuais, músi-ca, dança, cinema e artes cê-

nicas, além das oficinas e pa-lestras. Para Renan Martins Giaconi de Souza, coordena-dor do evento, o evento per-mitirá a melhora no diálogo da Unicamp e do Instituto de Artes com a população. “As atividades vão aproximar a população da universidade e proporcionar um contato que no dia a dia é pratica-mente nulo”, disse.

O destaque da programa-ção fica por conta do show de encerramento do festival, no dia 27 de setembro, com o ícone da MPB João Bosco e Banda, na Concha Acústica da Lagoa do Taquaral.

A programação completa do evento e as inscrições pa-ra oficinas podem ser feitas através do site: www.feia.art.br. METRO CAMPINAS

‘Primavera dos Museus’ começa hoje

Macc receberá atividades do movimento | DIVULGAÇÃO

A 8ª edição da “Primavera dos Museus” começa hoje na cidade. Com o tema “Mu-seu Criativo”, o movimento vai atingir o Macc (Museu de Arte Contemporânea de Campinas) , Museu do Café, Museu da Cidade e Museu de História Natural com ex-posições, palestras, oficinas, seminários e ações educati-vas relacionadas ao tema.

Para dar inicio às ativida-des, o Ceprocamp “Prefeito Antonio da Costa Santos” (Av. Avenida 20 de novem-

bro 145, no Centro) recebe a exposição “Cafeicultura em Campinas: trabalho escravo e trabalho imigrante”, do Museu do Café.

A mostra que é compos-ta de 19 banners com fo-tos, textos e cronologia da história do café em Campi-nas, fica aberta das 10h às 20h, até o dia 26. A entra-da é gratuita.

O Macc (rua Benjamin Constant, 1633, Centro) também recebe programa-ção. Hoje, a partir das 14h,

será realizada uma mesa re-donda com o tema “O livro de artista visto sob aspectos da pesquisa e do processo da criação, dos meios e mo-dos de publicação e divulga-ção e da especificidade do projeto expográfico”.

Os palestrantes do even-to serão Galciani Neves, Fernanda Grigolin, Rafaela Jemmene. A mediação fica-rá sob a responsabilidade de Lúcia Fonseca e Sylvia Fure-gatti. A entrada é gratuita. METRO CAMPINAS

Nem parece que, há exa-tos 20 anos, uma patrici-nha vestida de noiva entra-va destrambelhada no café Central Perk para afetar a rotina de cinco amigos de 20 e poucos anos tentando a vida em Nova York.

Assim começava “Friends”, sitcom que deslocou o eixo da comédia na TV das famí-lias para o círculo de amigos e se tornou um sucesso in-ternacional. O segredo esta-va na química do elenco. Não foi à toa que Courtney Cox, Matthew Perry, Lisa Kudrow,

Matt LeBlanc, Jennifer Anis-ton e David Schwimmer en-cerraram a 10ª e última tem-porada da série recebendo US$ 1 milhão por episódio.

O humor de “Friends” po-de até soar pueril para os jo-vens de hoje, mas marcou uma geração pré-redes sociais que começava a se virar sozi-nha. Se você não pode ir a NY para tomar um café no Cen-tral Perk aberto temporaria-mente no SoHo para celebrar a data, mate a saudade com o Metro Jornal. METRO SÃO PAULO COM METRO INTERNACIONAL

Memória. Há exatos 20 anos estreava nos Estados Unidos a série de TV que daria popularidade às sitcons baseadas em núcleos de amigos. O Metro Jornal embarca na nostalgia e olha para fatos icônicos que fizeram de ‘Friends’ um fenômeno internacional

A M I G O SPARA

SEMPRE

US$ 22,5 MILUS$ 540 MIL

US$ 960 MIL US$ 20 MIL A US$ 40 MIL

US$ 75 MILUS$ 1,8 MILHÃO

US$ 85 MILUS$ 2 MILHÕES

US$ 100 MILUS$ 2,4 MILHÕES

US$ 125 MILUS$ 3,1 MILHÕES

US$ 750 MILUS$ 18 MILHÕES

US$ 750 MILUS$ 18 MILHÕES

US$ 1 MILHÃOUS$ 24 MILHÕES

US$ 1 MILHÃOUS$ 18 MILHÕES

1ª TEMPORADA

2ª TEMPORADA

3ª TEMPORADA

4ª TEMPORADA

5ª TEMPORADA

6ª TEMPORADA

7ª TEMPORADA

8ª TEMPORADA

9ª TEMPORADA

10ª TEMPORADA

Foo Fighters

De volta ao Brasil

Após figurar como principal atração do Lollapalooza

Brasil 2012, o grupo liderado por Dave Grohl

(foto) retorna ao país para apresentar o novíssimo

álbum “Sonic Highways”, que será lançado em 10 de novembro. Serão quatro shows em janeiro, em

Porto Alegre (dia 21), São Paulo (23), Rio (25) e Belo

Horizonte (28). Locais, preços de ingressos e data de início das vendas não

foram divulgados.

6ª TEMPORADA

Matt LeBlanc, Jennifer Anis-ton e David Schwimmer en-

nostalgia e olha para fatos icônicos que fizeram de ‘Friends’ um fenômeno internacionalUS$ 750 MILUS$ 18 MILHÕES

7ª TEMPORADA

8ª TEMPORADA

7ª TEMPORADA

ton e David Schwimmer en-cerraram a 10ª e última tem-porada da série recebendo

O humor de “Friends” po-de até soar pueril para os jo-

US$ 750 MILUS$ 18 MILHÕES

8ª TEMPORADA ton e David Schwimmer en- 8ª TEMPORADA

de até soar pueril para os jo-vens de hoje, mas marcou uma geração pré-redes sociais que começava a se virar sozi-nha. Se você não pode ir a NY para tomar um café no Cen-

9ª TEMPORADA de até soar pueril para os jo- 9ª TEMPORADA

tral Perk aberto temporaria-mente no SoHo para celebrar a data, mate a saudade com o

METRO SÃO PAULO

10ª TEMPORADA para tomar um café no Cen-tral Perk aberto temporaria- 10ª TEMPORADA

CURIOSIDADES

A estátua de cão branco de JoeyA peça pertencia, na verdade, à atriz Jennifer Aniston

Nomes prévios“Friends Like Us”, “Six of One”, “Across the Hall”, “Once Upon a Time in the West Village” e “Insomnia Cafe” foram cotados para batizar a série

Episódio de Dia de Ação de GraçasA segunda temporada foi a única a não ter um desses

“Shiny Happy People”A canção do R.E.M. era a música-tema original, mas foi substituída por “I’ll Be There For You”, do The Rembrandts

Page 13: 20140922_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {PUBLIMETRO} |13|◊◊

Leitor fala

Transporte coletivoVenho aqui expressar minha total in-dignação no que se refere à extinção dos cobradores e consequentemen-te a obrigatoriedade da utilização de cartões nos ônibus, proibindo assim o usuário de pagar sua passagem com di-nheiro. É simplesmente inimaginável alguém não aceitar o pagamento de al-gum serviço em espécie. Então quer di-zer que se por algum motivo uma pes-soa necessitar tomar um ônibus, não tiver o cartão e só possuir o dinheiro, ela não poderá viajar? Caso isto acon-teça comigo chamo a polícia. O que foi levantado por alguns vereadores é que se a pessoa tiver o dinheiro e não possuir o cartão, este passageiro pode-rá viajar gratuitamente. O problema é se a moda pega, todo mundo vai di-zer que não tem cartão para viajar de graça.SILVANA XAVIER, CAMPINAS – SP

Metro Pergunta

A Emdec abrirá 102 novas vagas de táxi na cidade. Você acha que esse aumento na frota é suficiente para melhorar a qualidade do serviço?

@adriancpnsPara uma cidade com um tamanho co-mo a nossa pode até ajudar, mas creio que não seja o suficiente.

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Siga o Metro no Twitter:

@MetroJornal_CPS

O momento é de ponderação para que falsas impressões não movam atitudes. O exercício da ponderação

será essencial.

Tendências a momentos mais intensos de lazer, vivência de novos círculos sociais e tudo que afaste qualquer ideia de

isolamento.

Período para exercitar a compreensão com manias de outras pessoas. Lembre-se que tem as suas, especialmente,

com pessoas mais próximas.

Informações precisas devem ser priorizadas. Não crie alardes por falsas especulações, especialmente

em temas do trabalho e finanças.

Seja cuidadoso para evitar gestos pegajosos e de ciúme com quem tem vínculo afetivo. Assuntos financeiros

propensos a ajustes.

A dedicação com atividades culturais, religiosas, espirituais e que enriqueçam seus

conhecimentos preencherá seu dia positivamente.

Há tendências para ter mais impulsos. Fique atento com o jeito de se expressar ou não deixar má

impressão com o que disser.

Cuide para dosar sua dedicação aos problemas das pessoas que tem mais convivência. É bom deixá-las

resolver assuntos sozinhas.

Cuide para que a ansiedade não faça intervir demais em assuntos de quem gosta, por melhor que

seja sua intenção.

Com a Lua em seu signo, sua postura detalhista e observadora estará acentuada em diversos assuntos. Evite

se exceder nas críticas.

Momento para superar receios em lidar com assuntos e sentimentos, especialmente na vida amorosa,

propensa a decisões importantes.

O envolvimento com grupos e mesmo a retomada de convívio com amizades será mais frequente

e algo que fará muito bem.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

O momento é de ponderação para

Os invasores

CruzadasEU ACREDITO NO IBGE, NA DILMA E NO PAPAI NOEL!Bom dia, caros e inflacionados leitores! Está no ar o Pânico no Jornal!

FRASE DA SEMANA! Está tão QUENTE aqui em São Paulo, que liguei para uma ex-namorada para ser tratado com FRIEZA.

ELEIÇÕES 2014! Saiu mais uma pesquisa do DataFolha. “QUEM VOCÊ PREFERE PEGAR?”Dilma: 1%. Marina: 3%. Dengue: 27%. Gripe: 69%. Eu prefiro pegar gripe! Ou como disse o meu cunhado: “Se eu ficasse sozinho com a Marina numa ilha deserta, eu ia preferir namo-rar o coqueiro!” O coqueiro é mais sensual!Aliás, a Marina é tão magra, mas tão magra que se espirrar, desidrata! E a Dilma Fiona? Um cara chegou perto da Dilma com um cigarrinho na mão e perguntou:”Tem fogo?” “Tenho sim.” “Então cospe, dragão!” 

E O OTÁRIO ELEITORAL? Festival de promessas absurdas! Todos os candidatos falam a mesma coisa: acabar com a violência, acabar com a corrupção, acabar com o trânsito. Já sei, não vai sobrar nada! Eles vão acabar com tudo! E ATENÇÃO! OLHA ESSA AMEAÇA! O Agnaldo Timóteo disse que, se não for eleito, vai voltar a cantar. O quêêê? Pelo amor de Deus, leitores, votem no Agnaldo!

E o meu vizinho quer fundar um novo partido: o PQP, Partido das Questões Populares. E um amigo quer fundar o PUTA: Partido Universal dos Trabalhadores Autônomos!

E POR FALAR EM ABSURDOS, VOCÊS VIRAM O ERRO DO IBGE?Eu acredito no IBGE, nas urnas eletrônicas e nas taxas de inflação divulgadas pelo governo. Ah...e no Papai Noel também!

PRA TERMINAR! Sabe qual a diferença entre a pomba, a mulher e o homem? A pomba é a paz. A mulher não tem paz na pomba! E o homem não deixa a pomba da mulher em paz! 

Por hoje é só! Ciro Botelho e Bernardo Penteado! Os Colunáticos! Direto da redação do Pânico na Band!

Twitter: @ciraobotelho/@bernardpenteado

CIRO & BERNARDO

Ciro Botelho e Bernardo Penteado são redatores de humor no programa ‘Pânico na Band’, autores de sátiras como ‘Video Soul’, ‘Jornal dos Dois Echás’, ‘Jô Suado’, entre outros. Juntos há dez anos na TV, lançaram os livros ‘Piadas Fantárdigas de Tiririca’ e As Melhores Piadas de Bêbado’ (ed. Matrix). Também escrevem o blog ‘Colunáticos’ no site do ‘Pânico na Band’ (paniconaband.band.uol.com.br)

Soluções

Sudoku

Page 14: 20140922_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |14| FOCO

3ESPORTE

A situação do Palmeiras, que já não era das melhores, fi-cou ainda mais dramática no Campeonato Brasileiro. No Serra Dourada, o Verdão foi atropelado pelo Goiás, perdeu por implacáveis 6 a 0 e caiu para a última posição na tabe-la de classificação.

E nem precisou de muito tempo – nem de muita for-ça – para o time goiano impor mais uma derrota ao time co-mandado por Dorival Júnior.

O Goiás foi para o interva-lo vencendo por 4 a 0. E pa-ra isso contou com trapalha-das dos palmeirenses. Ramon abriu o caminho, e Esquer-dinha, aproveitando erro de

Victorino, ampliou. Depois, em falha de Victor Luis, foi a vez de Erik estufar as redes. Em ritmo de treino, os goia-nos fizeram o quarto com Da-vid, em cobrança de falta.

Na volta do intervalo, o Goiás parou de vencer e pas-sou a humilhar. Fez o quinto com Thiago Mendes sobre o Palmeiras, que seguia sem ver a cor da bola.

E viu menos ainda depois que Allione deu carrinho vio-lento em Ramon. Com um a menos, o Palmeiras ainda “teve tempo” de levar o sex-to. Welinton Junior, com di-reito a falha de Deola, fechou o caixão. METRO

Que fase! Palmeiras joga mal mais uma vez e é atropelado pelo Goiás por 6 a 0 e cai para última colocação no Campeonato Brasileiro

Lúcio e Renato lamentam mais uma derrota alviverde no Brasileiro | ADALBERTO MARQUES/AGIF/FOLHAPRESS

Verdão vai de mal a pior

Renan; Moisés , Pedro Henrique, Jackson e Léo

Veloso; Amaral, David , Thiago Mendes (Murilo) e Esquerdinha; Ramon (Welinton Junior) e Erik (Samuel). Técnico: Ricardo Drubscky

Deola; João Pedro, Lúcio, Victorino e Victor Luis;

Renato e Josimar (Bernardo, intervalo); Allione , Diogo e Juninho (Bruno César, intervalo); Cristaldo (Henrique). Técnico: Dorival Júnior

60

• Gols. Ramon, aos 6, Esquerdinha, aos 11, Erik, aos 27, e David, aos 37 minutos do 1o tempo; Thiago Mendes, aos 3, e Welinton Junior, aos 46 minutos do 2o tempo

GOIÁS

PALMEIRAS

metrojornal.com.br

UFCO anúncio da

aposentadoria de Wanderlei Silva provocou

reação de diversos personagens. Entre eles,

Chael Sonnen. O falastrão americano e desafeto de longa data do brasileiro postou uma frase que,

para muitos, se tratou de uma ironia: “Meu respeito a Wanderlei Silva por uma carreira de Hall da Fama”

Page 15: 20140922_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |15|◊◊

Depois de empatar com o Grêmio por 0 a 0 na última rodada, o Santos entrou em campo ontem e passou pe-lo Figueirense por 3 a 1, na Vila Belmiro, pela 23ª roda-da do Campeonato Brasilei-ro. Os gols do time da Baixada Santista foram anotados por Leandro Damião, Robinho e Lucas Lima. Giovanni Augus-to descontou.

Com o resultado, o Peixe chegou aos 33 pontos, mas segue na nona colocação, en-quanto o Figueirense conti-nua na 13ª posição, com 26.

Após cobrança de escan-teio curta, Lucas Lima fez o cruzamento e Leandro Da-mião, de cabeça, abriu o pla-car. O Figueira empatou com Giovanni Agusto, de pênalti.

Na etapa complementar, Robinho colocou o Peixe na frente, em lindo chute de fo-ra da área. Ainda deu tempo de Lucas Lima fazer o tercei-ro, encobrindo o goleiro Tia-go Volpi.

O Santos volta a campo na quinta-feira, às 20h30, contra o Atlético-MG, no estádio In-dependência. METRO

Robinho fez o segundo gol santista | RICARDO SAIBUN/AGIF/FOLHAPRESS

Robinho marca e Santos derrota o Figueirense

Aranha; Cicinho, David Braz, Neto e Caju

(Leandrinho); Alison, Souza e Lucas Lima; Robinho, Gabriel (Cicinho) e Leandro Damião (Thiago Ribeiro). Técnico: Enderson Moreira

Tiago Volpi; Leandro Silva, Thiago Heleno, Marquinhos

(Nirley) e Marquinhos Pedroso; Paulo Roberto , Marco Antônio (França), Giovanni Augusto, Pablo, Clayton (Felipe) e Everaldo. Técnico: Argel Fucks

31

• Gols. Leandro Damião,aos 40, e Giovanni Augusto, aos 48 minutos do 1o tempo; Robinho, aos 11, e Lucas Lima, aos 44 minutos do 2o tempo

SANTOS

FIGUEIRENSE

ONTEM

1 X 1FLAMENGO FLUMINENSE

1 X 0SPORT CORITIBA

3 X 2CORINTHIANS SÃO PAULO

2 X 3CRUZEIRO ATLÉTICO-MG

2 X 1 VITÓRIA BAHIA

3 X 1SANTOS FIGUEIRENSE

1 X 0GRÊMIO CHAPECOENSE

6 X 0GOIÁS PALMEIRAS

Brasileirão 23ª rodada

CLASSIFICAÇÃOSÉRIE A

P V GP SG1º CRUZEIRO 49 15 47 23

2º SÃO PAULO 42 12 40 12

3º INTERNACIONAL 41 12 28 10

4º CORINTHIANS 40 10 29 13

5º GRÊMIO 39 11 19 5

6º ATLÉTICO-MG 37 10 30 6

7º FLUMINENSE 36 10 37 13

8º SPORT 35 10 21 -6

9º SANTOS 33 9 27 7

10º GOIÁS 30 8 23 0

11º FLAMENGO 30 8 20 -7

12º ATLÉTICO-PR 28 7 27 -3

13º FIGUEIRENSE 26 7 20 -13

14º VITÓRIA 24 6 24 -7

15º CHAPECOENSE 24 6 17 -9

16º BOTAFOGO 23 6 25 -4

17º CORITIBA 23 5 21 -1

18º BAHIA 23 5 19 -4

19º CRICIÚMA 23 5 12 -16

20º PALMEIRAS 22 6 18 -18

Classificados para a Libertadores Rebaixados para a Série B

SÁBADO

0 X 1ATLÉTICO-PR INTERNACIONAL

1 X 1CRICIÚMA BOTAFOGO

ARTILHEIROSMarcelo Moreno, 11 golsRicardo Goulart, 11 gols

metrojornal.com.br

Tá na redeConfira os detalhes da rodada do Brasileirão

Foi a primeira visita do São Paulo ao Itaquerão. E não vai guardar boas lembranças: derrota por 3 a 2 para o Corin-thians, que se consolidou no G-4 e brecou a busca do Tri-color ao líder do Brasileirão, o Cruzeiro. Os tricolores, no entanto, elegeram o árbitro Luiz Flávio de Oliveira como responsável pelo resultado. Ele marcou dois pênaltis para o Corinthians e expulsou um de cada lado. O Corinthians entrou disposto a pressionar o São Paulo, que mostrava di-ficuldades da saída de bola. Mas não demorou até o vice--líder do campeonato esfriar os ânimos corintianos.

Aos 7 minutos, Kaká cobra

falta da esquerda, a bola so-bra para Toloi, que ajeita para Souza, cara a cara com Cássio, encher o pé.

O Timão – desfalcado de Elias, com amigdalite –, não parecia sentir o golpe. Os co-mandados de Mano Menezes controlavam a bola, mas não passavam da linha de marca-ção tricolor e pouco assusta-vam o gol de Dênis. Rogério Ceni, que não se recuperou de tendinite no joelho, ficou de fora do confronto.

E conseguiu chegar lá aos 33, quando a bola resvalou na mão de Antonio Carlos e o ár-bitro anotou pênalti – para re-volta dos visitantes. Fábio San-tos converteu para igualar.

Mas o São Paulo ainda iria para o intervalo na frente. Aos 44, em um lance semelhante ao do primeiro gol, Kaká co-bra falta, dessa vez da direita, e Edson Silva aparece livre pa-ra balançar as redes.

No 2o tempo, a dinâmica da partida seguia a mesma: o Corinthians em cima e o São Paulo buscando os contra-ata-ques. Mas, aos 19, Alvaro Pe-reira derrubou Guerrero den-tro da área para evitar o chute do peruano e acabou expulso. Novo pênalti, novamente co-brado por Fábio Santos e, de novo, tudo igual no placar.

Com um a mais, o Timão se lançou de vez ao ataque. E a virada veio, aos 28, em um belo gol: Guerrero faz trian-gulação precisa com Danilo e só tira do alcance de Dênis.

Nervoso, o São Paulo não conseguia atacar. Não igualou o placar, mas o número de atletas. Fábio Santos foi expul-so após carrinho em Osvaldo. Mas o Tricolor não teve forças para reagir.

Clássico. No primeiro Majestoso no Itaquerão, Corinthians vence São Paulo por 3 a 2, com direito a dois de Fábio Santos de pênalti e um de Guerreiro. Tricolores culpam arbitragem pela derrota. Dois foram expulsos

Fábio Santos, ao centro, anotou dois gols contra o São Paulo | EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

Melhor para o Timão

Cássio; Fagner, Anderson Martins, Gil e Fábio

Santos ; Ralf, Bruno Henrique , Renato Augusto e Danilo (Uendel); Malcom (Luciano) e Guerrero (Romero). Técnico: Mano Menezes

Dênis; Auro, Rafael Toloi (Antônio Carlos), Edson

Silva e Alvaro Pereira ; Denilson (Osvaldo), Souza, Ganso e Kaká ; Alan Kardec e Luis Fabiano (Michel Bastos). Técnico: Muricy Ramalho

32

• Gols. Souza, aos 6 minutos, Fábio Santos aos 34 e Edson Silva aos 44 do 1º tempo; Fábio Santos aos 20 e Guerrero aos 28 do 2º tempo

• Arbitragem. Luiz Flávio de Oliveira

CORINTHIANS

SÃO PAULO

WILSONDELL’ISOLA METRO SÃO PAULO

Page 16: 20140922_br_metro campinas

CAMPINAS, SEGUNDA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

Em um jogo emocionante, o Guarani foi buscar o em-pate em 3 a 3 contra o Mo-gi Mirim após sair perdendo por 3 a 0. Agora ficou per-to de escapar de vez do re-baixamento. Depois do bom resultado, o time ainda pen-sa na classificação e terá de buscá-la nas duas últimas rodadas

O começo do Guarani foi terrível para as pretensões do clube. Logo aos 7 minu-tos, Valdir colocou nas redes em cobrança de falta e já co-locava o Sapão na frente do marcador. Cinco minutos depois, Wanderson ainda fez boa defesa, mas no rebo-te Everton Heleno fez mais um para o time da casa e já deixava a vantagem em dois gols com menos de 15 mi-nutos. E não parou por aí, o mesmo Everton fez o tercei-ro aos 22 minutos.

Quando a noite parecia terminar em tragédia, o Bu-gre tratou de reagir. Silas,

de cabeça, aos 24, e Tiago Benardi, também de cabeça, aos 30, diminuíram a vanta-gem. William Pop, do Mogi Mirim, foi expulso aos 44 e deu vantagem numérica de jogadores aos campineiros.

No segundo tempo, com um jogador a mais, o Guara-ni foi dono da partida, mas não conseguia converter o domínio na posse de bola e no volume de jogo em chan-ces claras de gol.

O técnico Marcelo Vei-ga tentou mexer no time e apostou no colombiano Obregon na metade da se-gunda etapa. Mas o volante Tiago Carpini foi expulso no mesmo momento e desfez a vantagem numérica do Bu-gre em campo.

Sem conseguir marcar o terceiro, Veiga tentou a ve-locidade de Joãozinho no ataque, para tentar vencer o bloqueio do Mogi Mirim,

mas não foi a solução.O cenário de ataque con-

tra defesa fez com que a pressão do Bugre desse cer-to aos 50 minutos do segun-do tempo. Fumagalli pegou a sobra na entrada na área, matou no peito, e bateu cru-zado para romper a barreira do Sapão e empatar o jogo.

Com o resultado, o Gua-rani fica mais perto de fu-gir do rebaixamento, já que restam seis pontos a serem disputados e o Guarani es-tá cinco pontos na frente do São Caetano. O time ainda sonha com a classificação e para tentar a façanha te-rá de vencer as duas últimas partidas e torcer contra tro-peços dos adversários dire-tos pela vaga no G-4. METRO

Guarani chegou ao empate no último minuto | DIVULGAÇÃO

A ascensão da Ponte Preta no Campeonato foi confir-mada com a goleada por 5 a 1 diante do Oeste de Itá-polis. A Ponte está na 3ª co-locação e encosta no líder Joinville.

Os gols da Macaca foram marcados por Adrianinho, Alexandro (duas vezes), Ro-dinei e Roni. Fábio Santos diminui para o adversário.

Apesar da moral para a sequência da competição,

o técnico Guto Ferreira não quer saber de euforia. Quer a equipe concentrada para não ser surpreendida. “Te-mos que manter os pezi-nhos no chão sem empol-gação. A hora em que você achar que é um super time, é quando começar a cair”, finaliza”.

A Ponte volta a jogar na terça-feira, quando enfren-ta o Vila Nova, em Goiânia.

METRO CAMPINAS

Série B. Macaca ganha moral no G-4 após goleada

O Brasil Kirin está imbatí-vel. Ainda sem perder esse ano, o time campineiro fez 3 sets a 0 no Sesi na última sexta-feira (parciais de 25-20/25-17/27-25) e agora terá a condição de decidir o pla-yoff de semifinais, disputa-do em dois jogos, em casa.

Agora a equipe espera os

duelos das quartas-de-final para definir o adversário.

A partir de hoje, os due-los são eliminatórios em dois jogos. Se houver uma vitória para cada lado, se-rá disputado o Golden Set (Set de Ouro) que vai deci-dir quem avança na compe-tição. METRO CAMPINAS

Vôlei. Brasil Kirin segue sobrando no Paulista

Guarani sai atrás, alcança empate e ainda sonha com G-4

GUARANI MOGI MIRIM

3 3

Poloneses vibram após a vitória sobre o Brasil na decisão do Mundial de vôlei | IREK DOROZANSKI/REUTERS

Corredor polonêsPara delírio total de sua fa-nática e onipresente torcida, a Polônia se sagrou ontem, depois de 40 anos de jejum, campeã mundial de vôlei. A Seleção Brasileira masculina, por outro lado, ficou com o vi-ce-campeonato e deixou o so-nho do tetra para a próxima vez. A vitória dos poloneses ocorreu de virada por 3 sets a 1 (18/25, 25/22, 25/23 e 25/22).

Com um primeiro set ar-rasador e confiante, tudo in-dicava que o roteiro do jogo seria diferente para o Brasil. A Polônia, contudo, disper-sou o nervosismo e voltou pa-ra a partida melhor, variando suas jogadas. Para cada ponto brasileiro, havia um polonês e assim foi até o momento em que eles abriram a vanta-gem que chegou a ser de qua-tro pontos.

O “toma lá, dá cá”, per-meado por ralis emocionan-tes, terminava sempre nas mãos de Mika, o grande des-taque e maior pontuador do jogo, com 22 pontos anota-dos. Por parte do Brasil, Luca-relli estava afiado, ainda que falhasse em momentos deci-

sivos e o oposto Wallace as-sumiu o comando do ataque. Os dois foram os maiores pon-tuadores da equipe, com 18 bolas no chão.

O Brasil errou muito quan-do não podia: desperdiçou sa-ques e não conseguia encaixar o bloqueio. Nem mesmo Lipe, quando substituía Murilo pa-ra forçar o saque, conseguia debilitar o ataque polonês. A torcida vaiava, pressionava e, por fim, o grito da “Polska” prevaleceu.

Bernardinho desabafaEm entrevista ao SporTV, o técnico do Brasil, Bernardi-nho, comentou sobre possível “perseguição” da FIVB (Fede-ração Internacional de Vôlei). Segundo o treinador, um dos indícios disso será a presença de árbitros que já haviam pre-judicado o Brasil na Liga Mun-dial -- na qual a seleção tam-bém ficou em segundo lugar. “Preocupa muito o futuro do vôlei brasileiro”, disparou, pa-ra em seguida admitir: “Per-demos porque eles jogaram mais bola, jogaram inteligen-temente”. METRO

Vôlei. Donos da casa vencem a Seleção Brasileira masculina, de virada, por 3 sets a 1