2011 e de resultados relatório de atividades - imaflora.org · esse projeto faz parte do plano de...
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Relatório de atividadese de resultados2011
INTRODUÇÃO
1. ATIVIDADES POR OBJETIVO ESTRATÉGICO
1.1. Projetos de desenvolvimento local sustentável
1.2. Certificação socioambiental
1.3. Mercado e desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis
1.4. Políticas de interesse público
2. USO DO FUNDO SOCIAL
3. NOVIDADES NA GESTÃO
4. DESTAQUES DA COMUNICAÇÃO
5. INDICADORES DE DESEMPENHO
6. BALANÇO SOCIAL
7. RESUMO FINANCEIRO 2011
8. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 2010
9. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
Sumário 03
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Introdução
ano de 2011, no Imaflora, marcou-se como umperíodo de transições. Em janeiro, passamos aexecutar um novo Plano Estratégico trianual(2011-2013), que coloca desafios na direção de
um novo posicionamento institucional e de uma novaforma de organizar nossas atividades, de modo a voltá-las aos impactos e às mudanças que queremos causar.
Além disso, a renovação da Secretaria Executiva edo Comitê de Gestão Estratégica foi um processo quedemandou bastante comprometimento, abertura paramudança e paciência de toda a equipe, possibilitandouma transição com pouca turbulência, marcada pormuitos aprendizados.
Iniciamos, em 2011, uma nova organização, cujaestrutura institucional foi construída em torno denossos quatro objetivos estratégicos: certificação
Osocioambiental; projetos de desenvolvimento local;políticas públicas e mercado. Essa nova estruturademanda junção de áreas, homogeneização deabordagens e, principalmente, uma nova lógica para atomada de decisões estratégicas. Por tudo isso, 2011constituiu o início de uma caminhada, que esperamosencerrar ao final do período do atual PlanoEstratégico.
Nos resultados em campo, destacam-se a criação dequatro novos conselhos de unidades de conservação daCalha Norte do Pará; o estabelecimento de relaçõescomerciais diferenciadas e promissoras entre empresase comunidades extrativistas da Terra do Meio; oprimeiro ano do projeto de promoção de boas práticasde produção de cacau, em São Félix do Xingu e arealização de vários eventos públicos em Piracicaba,
que estimularam uma maior participação da sociedadecivil nos debates sobre políticas públicas.
Na Certificação Agrícola, as novidades foram odesenvolvimento e a utilização-piloto do Módulo Climana Fazenda de Café Da Terra, adicionando-se, aoscritérios de certificação da RAS, as melhores práticasde produção, que visem a reduzir a emissão de gases doefeito estufa. Além disso, nesse ano, começamos autilizar a ferramenta da certificação em fazendas depecuária, por enquanto apenas no primeirodiagnóstico, em uma fazenda no norte do Mato Grosso.De fato, essa nova atividade apresenta grande potencialde influenciar positivamente o setor. Em 2011, a áreacertificada aumentou em 14 mil hectares, com deznovos certificados emitidos.
No setor florestal, certificamos a Editora Saraiva,
uma das maiores no mercado de livros didáticos,universitários e jurídicos. Além disso, realizamos osprimeiros casos de certificação de pequenos produtoresflorestais, associados a programas de fomento florestalde grandes empresas de papel e celulose, o querepresentou um passo importante para ampliar astransformações socioambientais associadas ao setor.Nos projetos de carbono, a demanda por validaçãoaumentou muito e merece destaque a primeiraverificação de um projeto de REDD+ em territórioindígena, o Projeto de Carbono Florestal Suruí, emRondônia. Esse projeto faz parte do Plano de GestãoTerritorial do povo Suruí para os próximos 50 anos e avalidação, independente do projeto, irá contribuir paraa geração de renda e a proteção do território.
Este relatório apresenta, em maiores detalhes, esses
e outros resultados das atividades do Imaflora em2011. Entendemos que este Relatório Anual deAtividades seja uma forma de comunicar, à sociedade,o que o Imaflora vem realizando para alcançar seusobjetivos, direcionados a promover a mudança quequeremos causar no mundo. Além disso, este relatóriopretende constituir as bases para um produtivodiálogo, que propomos. Aproveite a leitura e, porfavor, entre em contato conosco para tirar qualquerdúvida, enviar comentários, sugestões e críticas.
Esse diálogo é fundamental para melhorarmosnossa atuação e ampliarmos os impactos positivos doImaflora!
Atividadespor objetivoestratégico
1.
1.1. Projetos de desenvolvimentolocal sustentável
Imaflora atua em projetos que contribuempara a criação de modelos de desenvolvimentolocal sustentável, passíveis de replicação. Dentreeles, destacam-se os desenvolvidos em São Félixdo Xingu, na Calha Norte Paraense, na Terra do
Meio, no Sul da Bahia e em Piracicaba. Nessas regiões,atua para ampliar a transparência e a participaçãosocial nas políticas públicas locais, para fortaleceratores locais de modo a que promovam o usoresponsável dos recursos naturais, aliado ao aumentode renda e à melhoria na qualidade de vida dapopulação.
Por meio desse objetivo, o Imaflora busca trabalharpráticas de gestão e de uso da terra e do território quepromovam o desenvolvimento local sustentável. Nessesprojetos, buscamos utilizar todos os nossos
Oconhecimentos acumulados e as ferramentas de quedispomos para causar uma mudança real no processode desenvolvimento local, fortalecendo a relação daspopulações locais com o poder público e os atoresprivados, de modo a que, dessa relação, resultem amelhor qualidade de vida, associada à conservação e aouso sustentável dos recursos florestais e agrícolas.
Os principais resultados esperados são: o apoio àconsolidação de Unidades de Conservação, a proteçãoa áreas de alto valor de conservação e o fortalecimentoe a qualificação da atividade produtiva de populaçõestradicionais e de agricultores familiares, estabelecendo,como decorrência, melhorias na qualidade de vida euma relação mais eficiente e harmoniosa entre acomunidade e o meio ambiente.
As regiões prioritárias são aquelas com grande
importância para a conservação, onde o aumento daqualidade na produção e nas normas de certificação,ou de diferenciação nos produtos ou na produçãopossa contribuir para aumento na qualidade de vida deprodutores, comunidades, trabalhadores e suasfamílias.
As atividades em Piracicaba visam a ampliar, para oambiente urbano, a atuação rural, em função dapresença do Imaflora no município e dasoportunidades de inovação e de aprendizado.
Unidades deConservação da CalhaNorte no Pará e Amapá
O Imaflora desenvolve projetos em Unidades deConservação, por assumir que essas áreas protegidaspodem funcionar como indutoras do desenvolvimentolocal sustentável. A sua atuação busca promover aconservação ambiental, a proteção às espécies e àspaisagens naturais, o respeito aos direitos daspopulações tradicionais, a criação de alternativaseconômicas sustentáveis e o fornecimento dos serviçosambientais à sociedade.
O Imaflora concentra sua atuação em Unidades deConservação na Calha Norte paraense e amapaensepor, juntas, formarem um dos maciços de florestas maisbem preservadas do país e com grande diversidade depopulações, incluindo indígenas, quilombolas ecampesinos.
O Imaflora entende que a participação da
comunidade local no gerenciamento das Unidades deConservação constitui condição fundamental paraprotegê-las e para gerar benefícios sociais. Com esseobjetivo, o trabalho focou-se na formação continuadados conselhos gestores e das comunidades do interior edo entorno das Unidades de Conservação, aliadas àimplantação de práticas agrícolas e florestais maissustentáveis.
O foco do trabalho na Calha Norte são as FlorestasEstaduais de Faro, do Trombetas, do Paru e do Amapáe as Florestas Nacionais de Mulata, Saracá Taquerá eAmapá, que somam 11 milhões de hectares (duas vezesmais que a extensão do estado do Rio de Janeiro).Ressalte-se, ainda, que o Imaflora também vemtrabalhando na formação, em legislação, do ConselhoDeliberativo da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns.
A atuação do Imaflora na região começou em 2006,com o apoio ao governo do estado do Pará, no sentidode realizar as consultas públicas, quando da criaçãodas três Florestas Estaduais da Calha Norte. Logo noinício de 2007, o Imaflora deu continuidade aotrabalho na região, em consórcio com o governo doestado do Pará e com ONGs parceiras. Por fim, em2011, ampliamos nossa atuação também para asUnidades de Conservação do Amapá, pois seencontram conectadas às da Calha Norte paraense,formando um corredor de biodiversidade, incluído, noPlano Nacional de Áreas Protegidas, como deimportância biológica extremamente alta e prioritáriade ação.
público diretamente envolvido no trabalhodo Imaflora constituiu-se de 318conselheiros e demais participantes dasreuniões dos conselhos de Unidades de
Conservação, além de 1.154 moradores do interior edo entorno das Florestas Nacionais e Estaduais.
Como resultado importante do projeto, instituíram-se quatro novos Conselhos de Unidades deConservação, abertos à participação de todas as partesinteressadas e de ativos (Florestas Estaduais do Paru,do Trombetas e de Faro e da Flona de Mulata). Alémde instituir-se esse espaço de participação, o projetoobteve outro impacto positivo: o processo de formaçãodos conselheiros, visando a que se posicionem, commaior embasamento técnico e jurídico, nas reuniõesdos Conselhos e em outras instâncias de participação.Por último, deve-se citar a colaboração do Imaflora em
Unidades de Conservação, Terras Indígenas e Terras Quilombolas da Calha Norte Paraense
O
formular propostas e em coordenar ações paraconsolidar as Unidades de Conservação.
Já no trabalho realizado diretamente com osmoradores do interior e do entorno das Unidades deConservação, dentre os impactos positivos, observou-sea adoção de práticas agrícolas e florestais maissustentáveis, que exigiu mudanças de paradigmas, taiscomo a diversificação dos roçados e a eliminação dofogo como prática agrícola. Outro impacto foi ofortalecimento das organizações locais, por meio deações tais qual reestruturar a associação do Projeto deDesenvolvimento Sustentável (PDS) Paraíso emAlenquer, responsável pelo trabalho de regularizaçãofundiária e demais iniciativas nesse PDS; avançar naestruturação da Associação de Remanescente de
Quilombos de Oriximiná (ARQMO), que agregou 34comunidades para, junto à Prefeitura e a outros órgãospúblicos, trabalharem meios de acessar as políticaspúblicas, tais qual a venda da produção local paramerenda escolar e beneficiar-se delas.
Em 2012, a previsão é que sejam efetivadas asprimeiras vendas de produtos dos agricultoresfamiliares locais para a alimentação escolar, de forma adiversificar a renda das comunidades quilombolas e aproporcionar uma alimentação mais saudável para ascrianças. E, ainda, essas mesmas comunidades devemefetivar as primeiras vendas de castanha e de óleo decopaíba para empresas, com base em acordosdiferenciados, que reconhecem a cultura local e as boaspráticas de manejo.
Valorização dos Recursos Florestaiscomo Instrumento de Consolidaçãodas RESEX da Terra do Meio
Executado pelo IMAFLORA, no período desetembro de 2009 a outubro de 2011, comfinanciamento do Fundo Vale e da Fundação Porticus,o projeto teve, como objetivo fundamental, ofortalecimento das cadeias produtivas da floresta,manejadas por comunidades tradicionais das ReservasExtrativistas do Rio Xingu, do Rio Iriri e do Riozinhodo Anfrísio. Para tanto, estimularam-se as boas práticasde produção e apoiou-se a comercializaçãodiferenciada, com maior valor agregado, como formade contribuir para o processo de consolidação dasUnidades de Conservação.
A região do projeto é conhecida como “Terra doMeio”, localiza-se no coração do Estado do Pará,abrangendo os municípios de Altamira e São Félix doXingu, e é considerada, pelo Ministério do MeioAmbiente, como região de alta prioridade para aconservação da biodiversidade. As ReservasExtrativistas, foco de atuação do projeto, totalizam1,54 milhão de ha e localizam-se no município deAltamira.
A localização
As comunidades tradicionais extrativistas,moradoras nas três Reservas somam,aproximadamente, 90 famílias, organizadas em trêsassociações (AMORA, AMORIRI e AMOREX).
Unidades de Conservação e Terras Indígenas da Terra do Meio - Pará
População beneficiada
Atualmente, vive-se uma enorme pressão, nasResex, por grilagem de terras e exploração ilegal demadeira, que constituem um fator de altavulnerabilidade dessas áreas protegidas. Nessecontexto, a consolidação das unidades de conservaçãopassa, necessariamente, pela melhoria na qualidade devida das populações que nelas residem, de forma a quetenham, também, alternativas econômicas para manter-se, de forma digna, na floresta e que continuem seurelevante papel na proteção das mesmas.
Para viabilizar, de forma integrada, as ações dediversas instituições na região, em 2006, foi estruturadaa Rede Terra do Meio. Essa rede de instituições traz apossibilidade do fortalecimento interinstitucional
regional, com oportunidades de: planejamentoregional/territorial, identificação conjunta de gargalosregionais, posicionamento conjunto frente a açõesexternas ou internas, definição de ações prioritárias,formação de Grupos de Trabalho (GT)interinstitucionais, divisão de agendas, planejamentointegrado e estruturação processual de uma visãocomum para o desenvolvimento regional. O Imafloraparticipa da rede desde 2010, mobilizando eenvolvendo diferentes atores para participarem doGrupo de Trabalho de produção e comercialização, quetem, como foco principal, as cadeias produtivas,definindo ações prioritárias e investimentos necessáriospara consolidar as cadeias produtivas de produtos dasociobiodiversidade da região.
Contexto As principais atividades doprojeto, executadas em 2011:
• Identificação de parceiros comerciais, interessadosem uma relação comercial diferenciada com ascomunidades extrativistas, e manutenção dasparcerias atuais;
• Apoio ao estabelecimento de relações comerciaisdiferenciadas entre as comunidades e as empresas:entendimento das demandas de ambas as partes(empresa e comunidade) e facilitação daconstrução de contratos diferenciados de compra evenda entre empresa e comunidade;
• Concretização de duas parcerias comerciaisdiferenciadas para os produtos comunitários daregião (óleo de copaíba e borracha), com pagamentode “preço justo”;
• Apoio e facilitação para a construção coletiva(ONGs, governo, comunidades, instituições depesquisa e outras) de um plano de ação parafortalecer as principais cadeias extrativistas deprodutos não-madeireiros da região da Terra doMeio;
• Apoio à realização de intercâmbios e de capacitaçãosobre processamento (funcionamento de miniusinas)e boas práticas de manejo de borracha e babaçu,entre os produtores do Projeto Sementes da Florestacom os extrativistas da Resex do Rio Iriri;
• Apoio à capacitação para produzir manta deborracha seca, visando à agregação de valor aoproduto;
• Articulação e participação no Grupo de Trabalho(GT) de Produção e Comercialização da Terra doMeio, visando a assegurar a implementação dasdiretrizes do plano de ação para fortalecer a cadeiaprodutiva dos produtos não-madeireiros;
• Participação em fóruns de discussão sobre otrabalho infantil nas cadeias produtivasextrativistas;
• Participação em discussões com a UEBT (Uniãopara o Biocomércio Ético) sobre protocoloscomunitários para a comercialização diferenciada ea condução de um piloto na região.
Como principais desafios, ou dificuldades,enfrentados em 2011, citamos os impactos decorrentesdo início da construção da hidrelétrica de Belo Monte,gerando um aumento significativo dos custos paraexecutar as atividades na região e um aumento,
também significativo, na pressão por atividades ilegaisdentro das Resex (principalmente com madeira epeixe).
Por outro lado, como principais avanços, valemencionar que, durante o desenvolvimento do projeto,no âmbito da rede Terra do Meio e do GT de produçãoe comercialização, surgiu a demanda por desenvolver-se uma ferramenta de certificação de origem, para osprodutos da região do corredor do Xingu, comomecanismo de agregação de valor aos principaisprodutos não-madeireiros. O Imaflora foi apontadocomo a instituição com maior acúmulo deconhecimento no tema e foi-lhe solicitado o apoio paradesenvolver essa ferramenta. Assim, elaborou-se umnovo projeto e captaram-se recursos específicos para anova atividade, aprovada no final de 2011, e que seráfinanciada até 2013 pelo Fundo Vale.
Produção e Mercadode Cacau comResponsabilidadeSocioambiental:São Félix do Xingucomo local dedisseminação depráticas inovadoraspara a Amazônia
O projeto é executado em São Félix do Xingu, noEstado do Pará, e 2011 foi seu primeiro ano deatividades. A extensa área geográfica do município(segundo maior município do país e maior que algunspaíses da Europa) é palco de intensos conflitosfundiários e já foi classificado como o município commaior índice de desmatamento no Brasil. O municípiotem a maioria do seu território ocupado por terrasindígenas e unidades de conservação federais eestaduais (76% da área). A economia local tem base naatividade agropecuária, na extração mineral e naextração ilegal de madeira. A área rural caracteriza-sepela produção extensiva de gado, realizada tanto nasgrandes propriedades, como nos catorze projetos deassentamento e nas pequenas propriedades. Os cultivosagrícolas e o extrativismo são realizados em pequena
escala por famílias e indígenas, destacando-se a coletade castanha-do-pará.
O público envolvido diretamente pelo projeto sãoos produtores familiares, representados pelaCooperativa Alternativa dos Pequenos ProdutoresRurais e Urbanos (CAPPRU). Indiretamente, osimpactos gerados beneficiarão os cacauicultores domunicípio, pois os extensionistas de diversasorganizações participam das capacitações realizadaspelo Imaflora. Adicionalmente, existirão benefíciospara toda comunidade, seja ela rural, seja urbana,através da melhoria das condições de uso do solo, dadiminuição do uso do fogo, da recomposição de áreasdegradas e da produção de alimentos.
A maioria dos produtores de cacau é provenientede outros estados do país e se estabeleceram, em geral,
na década de 90, dedicando-se à atividade pecuárialeiteira, e que, hoje, buscam alternativas de rendaatravés da diversificação da produção rural.
Devido a essa complexidade, as atividadesrealizadas e propostas pelo projeto fazem parte de umaestratégia para obter resultados de melhoria contínua ecrescente no médio e no longo prazo. Na fase em que oprojeto se encontra, observa-se um avanço naconscientização dos produtores e técnicos envolvidospara a necessidade de adaptação dos costumes e daprodução a uma conduta mais correta e adequada àscondições atuais, visando a mitigar os impactosnegativos acumulados e a proporcionar melhorias naqualidade de vida.
O Imaflora vem atuando de maneira participativa eestratégica, para atender às iniciativas de geração de
renda e de governança, identificadas pelo publico-alvoe para aliar a conservação da biodiversidade aodesenvolvimento local. O Imaflora realizou umplanejamento participativo, com utilização dametodologia do programa de Desenvolvimento deMeios de Vida Sustentáveis (DMVS), com a propostade colocar as pessoas no centro do desenvolvimento,ou seja, dar, a elas, o papel de agentes em um contextode vulnerabilidade, fazendo-as refletir sobre seusobjetivos, sobre o alcance e as prioridades das açõespara o desenvolvimento (DFID, 1999 ). Portanto,nessa atividade, estavam reunidos os representantes dacooperativa, que, por meio da ferramenta, indicaramos principais recursos sociais, naturais, financeiros ehumanos disponíveis para os pequenos proprietáriosde São Félix do Xingu e, a partir deles, elaboraram um
1
planejamento estratégico para a tomada de ação. Valedestacar ainda as capacitações sobre poda e conduçãodo cacaueiro e sobre as boas práticas de pós-colheitado cacau, incentivando a melhoria da qualidade e ageração de renda adicional.
As comunidades e os parceiros locais demonstramgrande comprometimento e interesse nas atividades,incentivando uma ação mais ampla, com a execução deatividades mais intensivas e investimento nas ações debenefício social, como saneamento, geração de renda eempoderamento das organizações locais.
1. Ministério para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DFID),1999. Disponível em http://community.eldis.org/.59c21877/PO-GS1.pdf
O Imaflora busca, com o Projeto “PiracicabaSustentável”, contribuir para a sustentabilidade domunicípio de Piracicaba/SP, por meio de ações deeducação ambiental, do fortalecimento da capacidadede participação da sociedade civil local na elaboração,na implementação e na avaliação de políticas públicas eda criação de instrumentos de transparência e decontrole social. O Projeto foi iniciado em 2009, quandoo Imaflora decidiu intervir, de forma mais ativa, nomunicípio.
O projeto ainda não obteve sucesso em captarrecursos para custear suas atividades, principalmenteem função de sua natureza, mais relacionada a temasurbanos, que, portanto, requer a busca por um perfildiferenciado de financiadores. Em 2011, o Imafloracontinuou cobrindo, com recursos próprios, 100% das
despesas do projeto, com as atividades abaixodestacadas e com o salário de um profissional dedicadoapenas a esse projeto. Neste ano, dedicamos bastanteenergia na captação de recursos para financiá-lo etemos, ao final do ano, boas perspectivas de sucessopara 2012, em especial com a Fundação Caterpillar.
Em 2011, ampliaram-se os temas trabalhados e asparcerias, em relação aos anos anteriores. Ao atuarcom questões transversais, como Controle Social,Transparência Pública e Mobilidade Urbana, oImaflora pode estabelecer relações de parceria comorganizações sociais e indivíduos que atuam emdiferentes áreas, como saúde, cultura, assistência sociale direitos humanos.
O maior desafio para o próximo período éaprimorar esses processos de mobilização e proposição,
para que se transformem, efetivamente, as políticaspúblicas locais, voltadas para a construção de umaPiracicaba mais sustentável, justa, transparente edemocrática.
As principais frentes de trabalho conduzidas peloImaflora, em parceria com as instituições locais, foram:
. Realizadaem outubro de 2011, com a participação de mais de140 pessoas, a Consocial aprovou um conjunto de vintepropostas que, se implementadas, permitirão umavanço significativo na transparência pública, naparticipação e no controle social, bem como nocombate à corrupção em Piracicaba. O Imafloraparticipou ativamente da mobilização, da elaboração
1ª Conferência Municipal sobre Transparência e
Controle Social de Piracicaba (Consocial)
Projeto PiracicabaSustentável
de propostas e da organização da Conferência. Emparceria com diversas organizações da sociedade civil ecom conselhos de políticas públicas, foram realizadoscinco encontros preparatórios, que se mostraramessenciais para o sucesso da Conferência. Além disso, oImaflora integrou a comissão organizadora daConsocial, contribuindo com a metodologia utilizadano evento
Participação no Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente (COMDEMA). Em julho de 2009, oImaflora assumiu a presidência do Conselho, pautadonas diretrizes de intensificação da análise das políticasambientais do município, na criação de um suporteadministrativo, na capacitação contínua dosconselheiros e na valorização da diversidade dasinstituições representadas. Nesse período,intensificaram-se as ações do COMDEMA nomunicípio. Foi elaborado um número maior depareceres sobre as diferentes políticas ambientais,houve um aumento da participação de conselheiros econvidados nas reuniões e o COMDEMA passou acontar com o apoio administrativo e a estrutura físicada Prefeitura. Em julho de 2011, o Imaflora foi reeleitopara um período de mais dois anos na presidência do
Conselho, o que permitirá uma intensificação dotrabalho iniciado em 2009.
Para promover reflexões e debates sobre o excesso deveículos nas ruas, o respeito aos pedestres, aosdeficientes e aos idosos, o transporte público, asciclovias e as ciclofaixas, dentre outras questões,realizou-se, de 17 a 25 de setembro de 2011, a ISemana de Mobilidade Urbana de Piracicaba. Feita,conjuntamente, por diversas organizações da sociedadecivil, pelo poder público, por instituições de ensino epor cidadãos interessados no tema, a semana contoucom palestras, mesas-redondas, oficinas, intervenções,bicicletadas, passeata e atividades culturais. Comoparte da programação da semana, o I Fórum de
I Semana de Mobilidade Urbana de Piracicaba.
Mobilidade Urbana de Piracicaba, elaborou uma cartacom 38 propostas para a política municipal demobilidade urbana.
Fórum de Gestão de Resíduos de Piracicaba. Dando
continuidade às ações iniciadas em 2010, o Imaflora,em parceria com outras organizações do município,promoveu, em 2011, mais dois encontros, chamados“Fóruns de Gestão de Resíduos de Piracicaba”, cujoobjetivo foi ampliar a participação social, elaborarpropostas e acompanhar o processo de Licitação e oPlano Municipal de Resíduos de Piracicaba,Participaram desses eventos 180 pessoas de mais de 80instituições (associações de bairro, entidades de classe,instituições do município que atuam com questõesambientais e de resíduos, como universidades, setorespúblicos, privados e organizações não-governamentais,dentre outras). As propostas elaboradas pelosencontros pautaram-se nos princípios de transparência,de participação e de controle social, de redução do
volume gerado, de fortalecimento da reciclagem cominclusão social, das ações de educação ambiental e daexistência de indicadores e de metas de gestão.
. Nodia 09 de dezembro, Dia Internacional de Combate àCorrupção, nove entidades da sociedade civil edezenas de cidadãos piracicabanos realizaram, emfrente ao terminal central de ônibus, o ato “PiracicabaContra a Corrupção!”. O ato foi uma manifestaçãocontra os frequentes casos de corrupção no Brasil ebuscou sensibilizar a sociedade e o poder público dePiracicaba para a necessidade de avançarmos napromoção da transparência pública, em medidasanticorrupção, na participação e no controle sociais.
Ato Público “Piracicaba Contra a Corrupção!”
Projeto Boas Práticasde Produção de Cacauno Sul da Bahia
No Sul da Bahia, devido à disponibilidade derecursos e à estratégia desenvolvida em 2010, asatividades de campo do Imaflora estão concentradas naCooperativa Agrícola de Gandu, sediada no municípiode mesmo nome.
A Cooperativa é uma das mais antigas da região epolariza mais de 900 cooperados, dos quais uma partepequena comercializa suas amêndoas de cacau pormeio da instituição.
As principais atividades na região estão centradas napromoção de boas práticas de produção de cacau,visando a melhorar a condição de vida dos produtores,através da conservação dos recursos ambientais e dageração de renda adicional, devido à melhoria daqualidade do produto final. A meta é aumentar-se aprodutividade e, futuramente, obter-se a certificação.
Além das capacitações realizadas juntamente com acooperativa e seus fornecedores, a atuação do Imaflorana região pretende difundir o conceito da produçãomais sustentável junto à cadeia do cacau, através dapromoção de eventos, materiais e apresentações.
Dentre essas iniciativas, vale destacar a publicaçãodo Guia de Boas Práticas e Certificação emPropriedades de Cacau (disponível emhttp://www.imaflora.org/index.php/biblioteca/detalhe/380), bem como a promoção do Primeiro Fórum sobreSustentabilidade da Cadeia do Cacau, promovido emSão Paulo, que propôs a discussão, com as empresas dosetor cacau e chocolate, de ações que valorizem aprodução sustentável do cacau no Brasil.
Mesmo com o empenho do Imaflora em atuar naregião, existem ainda grandes desafios para a captação
de recursos e a ampliação do número de produtores ede instituições atendidos. A região acomoda dezenasde assentamentos rurais, bem como comunidadestradicionais, que possuem pouco acesso à assistênciatécnica. Além disso, com a oscilação dos preços docacau e os custos de produção, os produtoresencontram-se ou pouco motivados, ouimpossibilitados, para investimentos que possamaumentar a produtividade e garantir, a conservaçãoambiental e a melhoria nas condições de saúde, como,por exemplo, o investimento na qualidade da águaconsumida.
Nesse sentido, continuamos buscando parcerias eapoios para, junto com as comunidades, oferecersoluções que possam beneficiar a região.
1.2. Certificação socioambiental
Imaflora iniciou suas atividades com acertificação florestal FSC e é membro fundadore certificador da Rede de AgriculturaSustentável (RAS), sistema aplicável ao setoragropecuário. Nos últimos anos, passou a
realizar, também, auditorias de validação e verificaçãode projetos de carbono, VCS e CCBA, sempre atuandojunto a sistemas independentes, voluntários e não-discriminatórios.
A certificação socioambiental é considerada, peloImaflora, um meio para promover a sustentabilidadenos setores produtivos com os quais trabalhamos.Entendemos que mecanismos de certificaçãodiferenciam os produtores comprometidos com asustentabilidade, reduzem os impactos socioambientaisda produção, ampliam o diálogo entre os
Oempreendimentos e as comunidades vizinhas, agregamtransparência às formas de produção e influenciam,positivamente, o setor como um todo.
Certificação agrícola
Durante 2011, a Certificação Agrícola auditoufazendas produtoras de café, laranja, chá, pupunha,castanha, cacau, seringueira, uva, abacate, cenoura,cebola, lichia, alho e cana-de-açúcar. Na área de cadeiade custódia, foram auditadas indústrias de produção deóleos essenciais, torrefadoras de café, armazéns geraisde café e processadores de laranja, chá, pupunha ecacau.
A inovação do ano foi a inclusão do Módulo Climano escopo da certificação da Fazenda de café DaTerra,localizada no Cerrado Mineiro. O Módulo Clima écomposto de critérios adicionais da norma da Rede deAgricultura Sustentável, que tratam das práticas deprodução associadas à emissão ou à captura de gasesde efeito estufa pelo empreendimento. A DaTerra foi aprimeira fazenda do Brasil a ser certificada peloMódulo Clima, assim como foi a primeira a secertificar pela RAS, em 2003.
Outro destaque foi o primeiro diagnóstico(auditoria preliminar) de uma fazenda de pecuária, noMato Grosso, com áreas no bioma Amazônico e noCerrado. A auditoria de certificação deve ocorrer noinício de 2012 e ser a primeira do mundo a certificar-sepelo sistema da RAS.
Por outro lado, o Imaflora passou, durante o ano de2011, por um processo de avaliação, visando a tornar-seum organismo de certificação acreditado pela RAS. Aabertura de um sistema de acreditação na RASconstitui um processo importante para possibilitar oseu crescimento no mundo e o Imaflora participou deum grupo-piloto de organizações interessadas em seacreditarem no sistema. O organismo de acreditaçãoda RAS é o IOAS, organização que faz a acreditaçãopara o sistema orgânico IFOAM. Esse processo forçouuma revisão minuciosa dos procedimentos internos daequipe de certificação agrícola, resultando em ganhosde eficiência e de organização. Após passar por todo oprocesso de avaliação, a IOAS sinalizou que o Imaflorahavia cumprido todas as exigências do sistema. Assim,a acreditação deve ser outorgada em 2012,
representando uma importanteconquista para o Imaflora.
Houve um aumento significativo dacertificação em grupo, tanto para o caféquanto para o chá, na Argentina.Embora não tenha havido um grandeaumento no número de certificados, onúmero e a área certificadosaumentaram em função do aumento donúmero de membros nos grupos jácertificados. Encerramos 2011 com deznovos certificados de produção agrícola,totalizando 83 certificados válidos entreBrasil e Argentina. Seis certificadosforam cancelados – Figura 1.
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
10 20 30 40 50 60 70 80 90
155
77
106
83
321
67
72
20
82
13
21
5
2
3
1
1
162
36
Figura 1.Evolução do número de
empreendimentos deprodução agrícola
certificados.
Anual Cancelado Acumulado
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Seis empreendimentos tiveram sua certificaçãocancelada, num total de 1.645 hectares. Quatroeram fazendas de café de pequeno e médio porte,um produtor de uva e o projeto comunitárioRECA, em Rondônia. O cancelamento do RECAdeveu-se à ausência de benefícios econômicos dacertificação RAS, em contrapartida à certificaçãoorgânica.
A área certificada aumentou em 14 milhectares, totalizando aproximadamente 180 milhectares, sendo 28% dedicados à conservação –Figura 2. Vale destacar que esse valor inclui 17 milhectares certificados de chá na Argentina, onde alegislação de proteção florestal é inexpressiva e aporcentagem de áreas dedicadas à conservação emflorestas é significativamente menor.
Figura 2.Evolução da área de
empreendimentosde produção agrícola
certificados.
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
20 40 60 80 100
120
140
160
180
200
Área certificada RAS (Mil ha)
Área
deCo
nser
vaçã
o(m
ilha)
Acum
ulado
Área
deCu
ltiva
da(m
ilha)
Acum
ulado
Área
Tota
l(m
ilha)
Acum
ulado
2,81 2,80 7,47
7,10 7,66 19,54
8,69 8,94 23,32
11,62 12,99 33,06
20,53 25,13 61,48
27,16 33,12 80,40
37,68 46,27 114,19
49,68 73,61 164,54
50,37 90,39 178,77
A área dos empreendimentoscertificados distribui-se 50% naMata Atlântica, 48% no Cerradoe 2% na Caatinga. A maior partelocaliza-se em Minas Gerais,seguida por São Paulo, Argentinae Bahia. O café continua sendo oprincipal cultivo certificado, compouco mais de 50% da área,seguido pela cana-de-açúcar,embora exista apenas uma usinae uma pequena fazendacertificadas – Figura 3.
Uva
10 20 30 40 50 60
Figura 3.Distribuição relativada área certificada
por cultivo
Seringueira
Pupunha
Citros
Chá
Cenoura
Cebola
Cana-de-Açúcar
Café
Cacau
Alho
Abacate
Lichia
0,97
0,60
0,13
0,37
10,07
8,79
0,07
0,05
23,92
53,29
1,25
0,04
0,39
O número de trabalhadores em empreendimentoscertificados chegou próximo de 30 mil pessoas – Figura 4. Éum número expressivo, pois trabalhamos com cultivos de altademanda por mão-de-obra, apesar do avanço damecanização na colheita do café, da cana, da laranja e dochá. Como esse é um processo transitório, ainda se empregaum grande número de trabalhadores temporários, para osquais a certificação tem um importante papel, pois garantecondições de trabalho e alojamento dignos. O número demulheres em fazendas certificadas também é relevante, porvolta de 20% do total – 6073 mulheres.
Figura 4.Número de trabalhadores em empreendimentos certificados
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
1.836
14.170
4.237
9.140
6.073
23.310
Homens Mulheres
Permanente Temporário Total Geral
Verificou-se um crescimentosignificativo da certificação decadeia de custódia,majoritariamente de empresas dacadeia produtiva do café (armazénse torrefadores), aumentando arastreabilidade do produtocertificado. Foram dezessete novasempresas certificadas e apenas trêscancelamentos, totalizando sessentaempreendimentos com certificadosválidos no final de 2011 – Figura 5.
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
10 20 30 40 50 60 70
103
44
173
60
27
37
0
4
2
4
2
2
6
10
Anual Cancelado Acumulado
Figura 5.Evolução do número de
empreendimentos certificadosem cadeia de
custódia agrícola
Certificação FlorestalCadeia de custódia florestal
A certificação de cadeia de custódia (CoC) nomeia ascertificações feitas nas indústrias. Segundo o FSC, até dezembrode 2011, haviam sido emitidos mais de oitocentos certificados decadeia de custódia no Brasil, dos quais 32% sob a gestão doImaflora. Em 2011, o Imaflora emitiu trinta novos certificadosde cadeia de custódia, um aumento de, aproximadamente, 12%.
Seguindo uma tendência mundial, a participação das gráficase dos distribuidores no aumento do número de certificação deCoC é bastante expressiva, correspondendo a 48% doscertificados emitidos pelo Imaflora.
O destaque do ano de 2011 foi a certificação da EditoraSaraiva, líder no segmento de Livros Jurídicos e uma dasmaiores no mercado de Livros Didáticos e Paradidáticos paraEnsino Fundamental e Médio, além de destacar-se entre as mais
importantes na publicação de Livros Universitários ede editar Obras de Referência e de Interesse Geral, deFicção e de Não Ficção.
Saindo do setor gráfico, os outros 52% doscertificados de CoC, emitidos pelo Imaflora,distribuem-se entre grandes empresas do setor depapel e celulose (Suzano Papel e Celulose, Klabin,Kimberly Clark, entre outras) madeira serrada epainéis (Cikel, Cooperfloresta e Laminados Triunfo),móveis e utensílios (Sindmóveis, Tora Brasil eTramontina), revendas de madeira (Léo Madeiras eEspaço da Madeira) e instrumentos musicais (OELA),entre outros.
Mais um destaque importante é o engajamento dosetor da construção civil em pautas relacionadas àsmudanças nos hábitos de consumo de madeira e seus
derivados. Nesse sentido, o Imaflora também temtrabalhado para influenciar políticas de compras, noâmbito do The Global Forest & Trade Network/WWF,realizando processos de “verificação independente” emconstrutoras e incorporadoras e suas obras, paradetectar oportunidades de mudança de consumo emrelação à madeira e seus derivados, considerando aperspectiva socioambiental.
Como destaque do ano de 2011, temos a verificaçãoda política de compra da Tecnisa, uma das maioresconstrutoras e incorporadoras do Brasil, com mais detrinta anos de experiência, mais de cinco milhões de m²lançados e mais de 10.000 clientes. A empresa, pormeio desse processo, tornou-se líder no setor, no quese refere a processos de verificação da origem legal damadeira utilizada nas obras da construção civil.
Plantações Florestais
O Brasil possui 6,5 milhões de hectares deplantações florestais, essencialmente das espéciespinus e eucalipto, com várias finalidades industriais,entre as quais a principal é o uso no setor de papel ecelulose. Desse total, 57% são certificados pelosistema FSC, enquanto 42% de todas as florestasplantadas brasileiras são certificadas pelo Imaflora.
A certificação cresce ano a ano e, em 2011,verificou-se um pequeno crescimento da certificaçãode plantações florestais no Imaflora, correspondente auma área de 11.650 ha, conforme se pode observar nográfico abaixo. Apesar de a área certificada em 2011representar um percentual muito reduzido, são osprimeiros casos de certificação florestal FSC de
pequenos produtores que aderiram aprogramas de fomento de grandes empresascertificadas.
A questão do fomento a pequenosprodutores é uma tendência no setor deplantações florestais: grandes empresascertificadas têm estimulado e apoiadopequenos produtores a obterem a certificaçãode suas florestas.
Do ponto de vista das transformaçõessocioambientais, a certificação de pequenosprodutores florestais traz grandes impactospositivos sobre a propriedade rural, entre eles,o aumento na renda e a fixação do homem nomeio rural.
1998
1999
2000
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
337,61
343,62
355,39
416,05
492,22
835,63
860,14
984,43
1.021,40
1.067,46
1.132,60
1.542,04
1.553,69
Crescimento da Área em Manejo dePlantações no Imaflora (ha)
Florestas Naturais - Empresas
A área de florestas naturais na Amazônia, manejadapor empresas e certificadas pelo Imaflora, soma 611.036hectares, em sete empreendimentos de manejo florestal.Em 2011, não houve crescimento e entrada de novasempresas, mas a estimativa, para os próximos dois anos, édobrar esse número.
Em 2011, várias áreas de concessão florestal federal eestaduais foram licitadas e a expectativa, confirmada poralguns contatos, é que os concessionários de florestaspúblicas busquem a certificação florestal FSC.
Como destaques, em 2011, o processo de recertificaçãoda Cikel, agora denominada CKBV Florestal Ltda., e oinício do processo de avaliação para certificar a empresaRondobel, de médio porte e atuante no Pará.
Florestas Naturais - Comunidades
Atualmente, o Imaflora é o único organismo noBrasil que se dedica à certificação florestal FSC decomunidades, formadas por populações tradicionais oupequenos produtores, que, reunidos em associações oucooperativas, vivem do extrativismo. São oitocomunidades certificadas na Amazônia, não tendoocorrido, em 2011, novas certificações de comunidades.
A área sob o manejo comunitário totaliza 1.591.520hectares, dos quais 1.543.460 correspondem à TerraIndígena do Baú. Essa comunidade teve seu processode recertificação realizado em 2011, porém, devido aalguns problemas, o certificado foi suspenso, emboradeva ser reemitido em 2012, caso a comunidadecumpra as pré-condicionantes.Já na reserva dos índios
Kaiapós, que trabalham com a coleta de castanhas, acertificação tem funcionado como uma forma deblindagem contra as pressões exercidas sobre a área.
O Programa, iniciado em 2009, tem, por objetivo,aperfeiçoar o potencial dos mecanismos existentes parareduzir as emissões por desmatamento e degradação(REDD) e outras atividades de uso do solo. Oprograma tem duas vertentes: a) o fortalecimento daspolíticas públicas relacionadas ao pagamento porserviços ambientais e b) a certificação de projetos nomercado voluntário de carbono.
Em 2011, verificou-se uma grande demanda porvalidação e verificação de projetos de carbono, pelos
Certificação de Carbono (VCS e CCB)
padrões VCS (Verified Carbon Standards) e CCB(Climate, Community and Biodiversity Alliance). OImaflora conduziu, ao todo, seis processos de avaliação(validação e verificação) em quatro empreendimentos,nos Biomas Amazônia e Mata Atlântica.
O Imaflora realizou a primeira verificação decarbono em um território indígena, o Projeto deCarbono Florestal Suruí, do povo indígena PaiterSuruí, no Nordeste de Rondônia. O projeto faz partedo Plano de Gestão, desenvolvido pelos Suruí para ospróximos cinquenta anos, que incluiu uma validaçãoindependente.
1.3. Mercado e desenvolvimento decadeias produtivas sustentáveis
trabalho do IMAFLORA na área de mercadovisa a influenciar cadeias produtivas, para quea demanda por produtos florestais e agrícolas,seja no setor privado, seja em compras
públicas, resulte em transformações na cadeiaprodutiva, causando impactos socioambientaispositivos nas áreas de produção.
O foco dessas atividades são as cadeias produtivasde alta relevância, ou seja, aquelas responsáveis porgrandes impactos socioambientais, ou que podem sergrandes promotoras de benefícios para pequenosprodutores, ou para comunidades tradicionais. Em2011, o Imaflora trabalhou com tal abordagem nascadeias produtivas de madeira tropical e de café.
OMadeira tropical
O trabalho do Imaflora com a cadeia produtiva damadeira tropical visa a reduzir a ilegalidade e aaumentar a sustentabilidade das formas de produção.Para isso, atuamos de modo a influenciar a demandapor madeira certificada, promovemos capacitaçõespara técnicos e comunidades que atuam na região edesenvolvemos estudos estratégicos para influenciar osetor.
O principal projeto do Imaflora na área de mercadode madeira tropical é o TAA — The AmazonAlternative, em andamento desde 2010 e comconclusão prevista para o final de 2012. O TAA é umprojeto do governo holandês, FSC Holanda e empresas
holandesas, numa parceira público-privada holandesa,de incentivo à Certificação Florestal FSC naAmazônia.
O principal objetivo do programa é estimular oaumento da área certificada e de produtos certificadosFSC, tanto no mercado nacional quanto no holandês eeuropeu. No Brasil, o Imaflora e o IFT (InstitutoFloresta Tropical) são as únicas organizações não-governamentais a atuar no programa.
As principais ações do Imaflora no programafocam-se na realização de um estudo inédito sobre omercado nacional de madeira tropical certificada FSC,em que se analisarão a oferta, a demanda e o potencialde consumo de madeira tropical no país, além darealização de cursos e de publicações relacionados aotema Certificação FSC.
Em 2011, as principais atividades, realizadas peloImaflora, no âmbito do programa foram:
• Início de um estudo nacional sobre o mercadode madeira tropical certificada FSC;
• Elaboração do conteúdo de uma publicaçãosobre os requisitos sociais para a certificaçãoFSC, que será lançada em 2012;
• Realização de diversos cursos e desensibilizações sobre o tema CertificaçãoFlorestal FSC na Amazônia e concessõesflorestais, conforme quadro ao lado:
Nome do Curso
Curso de certificação FSC emCadeia de Custódia
Curso de requisitos sociais nacertificação FSC
Curso de certificação e manejo florestalFSC para empresas na Amazônia
Curso de certificação FSC paracomunidades na Amazônia
Sensibilização sobre manejo econcessão florestal
-
-
IFT – Instituto Floresta Tropical
-
IFT – Instituto Floresta Tropical
Parceria Duração
1 dia
2 dias
5 dias
3 dias
1 dia
Participantes
17
10
21
15
22
TOTAL 85
Vale destacar a importância de um doador, como oatual, financiando essas ações que promovem acertificação florestal FSC. Esses recursos permitiram,ao Imaflora, em 2011, potencializar as ações detreinamento na área, socializar o conhecimento,acumulado pelo instituto, sobre a certificação, atravésda publicação, e iniciar um estudo inédito sobre ocomportamento do mercado brasileiro de madeiracertificada.
Com relação aos desafios enfrentados pelo projeto,destacam-se três principais pontos quecomprometeram um melhor desempenho do projeto: acrise mundial, o desaquecimento do mercado demadeira tropical e, principalmente, a competição damadeira certificada com a madeira ilegal (oufalsamente legalizada), levando o setor ao desestímulo.
Contando com o apoio financeiro do FundoMundial para a Biodiversidade (GEF) e daNestlé/Nespresso, o objetivo deste projeto é aumentara demanda dos consumidores e das empresas por caféssustentáveis, provenientes de regiões ricas embiodiversidade. A partir das atividades de promoção,do desenvolvimento de mercado e de treinamentos —iniciadas em 2005 —, a área certificada empropriedades cafeeiras, no Brasil, avançou mais de400%.
Essa área de atuação do Imaflora demanda umaforte parceria com empresas, tanto na parte definanciamento (Nespresso), quanto na da execução das
atividades, já que as exportadoras de café possuemgrande interesse na mobilização de produtores com oobjetivo de certificar seus produtos.
Este projeto também se destaca por funcionarcomo agente de disseminação do conceito decertificação em grupo, na área agrícola, uma vez quepor meio dessa estratégia, uma série de produtores depequena escala puderam agregar-se ao processo.
Em 2011, entre as mais de 50 atividades realizadas,destacamos:
A divulgação do projeto Café e Biodiversidade edos conceitos de sustentabilidade e certificação foi oprimeiro passo para despertar o interesse do público-
Promoção
Projeto Café e Biodiversidade
alvo. Em 2011, participamos de alguns eventos, bemcomo promovemos outros, que contemplavam osdiferentes elos da cadeia produtiva do café:
• Dia de campo da Cooperativa “Coopermonte”(mais de 350 produtores);
• IV Prova de Cafés Certificados Imaflora/Rainforest Alliance Certified (produtores etécnicos);
• 1º Simpósio de Certificação da Coocacer(produtores, técnicos e agentes de mercado);
• 6º Espaço Café Brasil (cafeterias, restaurantes econsumidor final);
• Fórum Produção, Conservação e Lucratividade(técnicos);
• Entrevista no Canal Rural (diversos públicos).
Desenvolvimento de Mercado
O aumento na demanda por cafés sustentáveis —foco do projeto global — deve manter sinergia com odesenvolvimento da certificação nos países produtores.Nessa atividade, reforçamos antigas alianças econstruímos novos relacionamentos com instituiçõesestratégicas na cafeicultura nacional. Dentre elas:
• Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro;• Cooperativa Capal (Araxá/MG);• Cooperativa Cooxupé (Guaxupé/MG);• Cooperativa Coopermonte (Monte
Carmelo/MG);• Cooperativa Expocaccer (Patrocínio/MG);• Corretora de Café Gonzalez;• Associação Hans Neumann.
Treinamentos
Os treinamentos têm, por objetivo, transformar apercepção dos profissionais do agronegócio. Por meio datransferência dos conceitos preconizados pela Norma RAS,pretendemos criar capacidade técnica suficiente paraassistir os cafeicultores interessados na certificação. Em2011, atingimos um público superior a 200 técnicos. Dentreos treinamentos realizados, destacamos:
• Curso online sobre certificação de café, em parceriacom o site CaféPoint;
• Norma RAS e Norma de Grupos para os técnicos daCooperativa Cooxupé;
• Norma RAS para técnicos da Cooperatica Coocacer;• Normas RAS para técnicos da exportadora Stockler.
1.4. Políticas de interesse público
Políticas Florestais:Concessões eFundo Nacional deDesenvolvimentoFlorestal
Imaflora cumpriu, em 2011, o último ano do mandato derepresentante do GT Floresta, do Fórum Brasileiro de ONGs eMovimentos Sociais (FBOMS), no Conselho Gestor de FlorestasPúblicas (CGFLOP), organizado e presidido pelo Serviço Florestal
Brasileiro. Com a posição de suplente do IMAZON, o Imaflora participou,em 2011, de duas reuniões em Brasília, quando se discutiram os novoseditais de licitação de Concessões Florestais, previstos para lançamento em2012. Além disso, nessas reuniões, também se debateu sobre os desafiospara implementar concessões no Brasil, além de propostas para agilizar maisos processos.
Em 2012, o Imaflora buscará renovar sua participação nesse colegiado,com o intuito de intensificar sua participação e sua influência naimplementação dessa política pública, uma vez que o período passa a serfundamental pois, finalmente, existe a perspectiva de um aumentosignificativo de escala nas áreas de concessão florestal no Brasil.
Além disso, o Imaflora possui um assento titular no Conselho Consultivo
O
do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal(FNDV), também organizado e presidido peloServiço Florestal Brasileiro. Esse fundo, compostoprincipalmente por recursos provenientes daarrecadação dos royalties das concessõesflorestais, poderá tornar-se um importantemecanismo de fomento florestal no Brasil, desdeque as concessões ganhem escala. Em 2011,primeiro ano de existência do Conselho, oImaflora participou de duas reuniões em Brasília,cujo foco foram a revisão dos procedimentos parao uso do fundo e as orientações para os critériosde seleção de projetos. Em 2012 o Imafloracontinuará participando desse ConselhoConsultivo.
Código Florestal
m 2011, influenciamos o processo de definiçãodo Código Florestal no Congresso de algumasformas, comentadas a seguir:
A iniciativa do diálogo sobre questões ambientaisentre ONGs e empresas de base florestal acabouproduzindo um documento contendo propostas sobre oCódigo ao Congresso Nacional. O documento foiacordado inicialmente e enviado à Câmara por 34
EONGs e 30 empresas de base florestal, após umprocesso de negociação que durou oito meses. Aproposta apoia-se nos estudos que indicam que oBrasil possui um banco de ativos e passivos florestaisem áreas privadas, cujo saldo geral indica um superávitde área florestal no país, em todos os biomas. Emseguida, apresenta uma lógica que busca equilibrarexigências e restrições com incentivos para proteger asflorestas (priorizando as mais ameaçadas) e pararestaurar as áreas essenciais para a conservação dosolo, da água e da biodiversidade. Busca inverter alógica de que a floresta, em uma fazenda, hoje possavaler mais derrubada do que de pé. Os documentoscompletos da proposta, seu posicionamento e a lista deorganizações que o subscrevem estão disponíveis emwww.dialogoflorestal.org.br.
Diálogo Florestal
No trabalho do Diálogo, participamos daconstrução da sua proposta, seu lançamento, e suasdiscussões públicas na Câmara e no Senado.Destacamos as reuniões entre os membros do diálogo,quando, por diversas vezes, foi necessário alinhar osacordos entre as ONGs e as empresas, especialmentena fase de negociações no Senado.
No dia 7 de novembro, entrou no ar a primeiraplataforma de ativismo digital do Brasil, voltada para omeio ambiente: a www.revela.org.br. Baseada natecnologia da plataforma Ushahidi, de software livre,
utilizada para o mapeamento de situações de perigo,em emergências ou calamidades (usada pela CruzVermelha no terremoto do Haiti, por exemplo), aRevela permite a inclusão de informações simultânease em tempo real por qualquer pessoa que disponha,naquele momento, de um telefone ou computador.Com isso, constrói-se, de forma colaborativa, umgrande mapa georreferenciado, que alerte parainformações sobre desmatamentos, queimadas,contaminações de rios, de solos, ameaças às espéciesem extinção, para citar alguns exemplos. A iniciativapartiu de um grupo de comunicadores e artistas, queganhou o apoio das ONGs Instituto de Manejo eCertificação Florestal e Agrícola — Imaflora — eInstituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia —Imazon — e de David Kobia, o desenvolvedor da
Plataforma Revela
Ushahidi, listado, pela revista Technology Review, doMIT, como uma das 35 pessoas mais inovadoras domundo. O lançamento da plataforma foi acompanhadode três filmes, disponíveis nas redes sociais, na web ena MTV, para explicar como funciona a plataforma epara mobilizar o público jovem sobre o CódigoFlorestal. Os roteiros são de Caco Galhardo e adireção, de Bia Guedes e Gustavo Guimarães. Oobjetivo da iniciativa foi tocar, principalmente, opúblico jovem, muito sensível às causassocioambientais, mas que dispõe de poucos canais paraexercer seu ativismo e expressar suas propostas.
A Revela foi lançada em um momento muitodesafiador para o Brasil: próximo à Rio +20 e àdefinição do Código Florestal no Congresso. Alémdesses temas, espera-se que a Revela sirva como
plataforma de comunicação e engajamento para outrostemas, postos no dia-a-dia de cada um: a reciclagem dolixo, o saturamento dos aterros sanitários, a poluiçãoatmosférica, entre outros. Por meio do envio de umtorpedo, um e-mail, uma fotografia tirada de umaparelho celular, qualquer pessoa poderá participar,visando ao fortalecimento da cidadania e dademocracia.
Embora seja um projeto muito inovador epromissor, a Revela não atingiu os seus objetivos em2011. Devido a problemas no seu desenvolvimentotecnológico e no conceito do seu uso, a plataforma nãose tornou totalmente funcional e não conseguiu engajaro público e influenciar o Código Florestal. Em 2012, asua estrutura e estratégia precisarão ser revistas.
Participamos de algumas manifestações sobre oCódigo em Piracicaba, de maneira coordenada comoutras lideranças locais, em especial os estudantes daEsalq e outras ONGs. Também contribuímos para adiscussão pública, por meio da publicação de artigosde opinião e da adesão a movimentos coletivos, comoo Floresta Faz Diferença e o Comitê Nacional emDefesa das Florestas.
Outras atividades
m 2009, o Imaflora iniciou sua participação naConferência das Partes (COP), da ONU, arespeito das Mudanças Climáticas. Em 2011, aCOP 17 ocorreu em Durban – África do Sul, de
28 de novembro a 09 de dezembro. Nesse ano, oInstituto participou oficialmente como organizaçãoobservadora registrada na UNFCCC. Neste ano, oImaflora não apresentou uma agenda específica para oevento, porém, ao longo da Conferência, seurepresentante participou de diversas reuniões com asdemais organizações da sociedade civil, envolvidas na
Políticas de Clima eParticipação na COP-17
temática de mudanças climáticas e nas discussõessobre mercado de carbono, florestas, agricultura eclima.
A principal contribuição do Imaflora na discussãointernacional sobre mudanças climáticas tem sido naárea de salvaguardas socioambientais de REDD+.Após ter facilitado o processo nacional multissetorialde elaboração de salvaguardas, o Imaflora elaborou,em 2010, um guia metodológico, que orienta sobrecomo conduzir processos multissetoriais participativose que consigam envolver, de forma efetiva, os povosindígenas e as comunidades locais. Esse guia,traduzido para quatro idiomas, tem despertadointeresse nos participantes das COPs desde 2010, emespecial de representantes de países de florestatropical, onde também existem processos para elaborar
E
as salvaguardas. O guia tem influenciado essesprocessos em alguns países, como Papua Nova Guiné,Equador, Peru e, em especial, República Democráticado Congo. Neste país, formou-se um grupo dasociedade civil para conduzir processo semelhante aorealizado no Brasil, e o seu coordenador visitou oImaflora, em 2011, em busca de orientações, uma vezque se decidiu utilizar o processo brasileiro, comoreferência metodológica.
Além disso, também na área do debateinternacional sobre salvaguardas socioambientais deREDD+, o Imaflora participa do ComitêInternacional de Normas do Sistema Social andEnvironmental Standards for REDD+ (REDD+SES). Esse sistema desenvolveu um conjunto dePrincípios e Critérios e um pacote de procedimentos
MudançasClimáticas
para serem utilizados por países que queiramdesenvolver suas salvaguardas socioambientais, atravésde processos com ampla participação da sociedade. NoComitê Internacional de Normas, o Imaflora buscagarantir que esse sistema seja robusto e tecnicamenteconsistente e possa ser reconhecido internacionalmentecomo referência para países de florestas tropicais. Ospaíses/estados envolvidos com a iniciativa, até omomento, são: Equador, Nepal, Tanzânia, CentralKalimantan (Indonésia) e Acre (Brasil).
No Brasil, o Imaflora acompanhou, em 2011, adiscussão do governo federal para a elaboração de umaEstratégia Nacional de REDD+. Além disso,participou de uma oficina técnica no Mato Grosso paradiscutir a formulação de uma política estadual deREDD+. O Imaflora ainda é membro-fundador e tem
acompanhado as atividades do Observatório deREDD+, uma rede da sociedade civil que buscaacompanhar as políticas e as iniciativas de REDD+ noBrasil, estabelecendo e divulgando referênciassocioambientais para elas.
Influência em Sistemasde Certificação
m junho de 2011, o Imaflora participou da 6ªAssembleia Geral do FSC, em KotaKinabalu, Malásia. Com três representantespresentes, o Imaflora atuou de forma ativa
para influenciar e fortalecer o sistema. Destaque para aaprovação de uma moção apresentada pelo Imaflora,que busca maior efetividade e transparência naexecução das moções aprovadas na AG.
O texto abaixo, um resumo dos resultados daAssembleia, foi publicado em 06/07/2011, no siteSociedade Sustentável.
Terminou, na última sexta-feira, em Kota Kinabalu,Malásia, a 6.ª assembléia-geral do FSC, evento que
ocorre a cada três anos e traça os rumos do sistema decertificação florestal mais reconhecido e de maiorinserção de mercado no mundo. Em um sistemademocrático de tomada de decisões, a assembleia doFSC reconhece e respeita os interesses dos trêsprincipais setores envolvidos com a questão florestal:os ambientalistas, as empresas e os movimentos sociais.
Este ano, a assembleia teve uma missão singular:avaliar o gigantesco crescimento do FSC no mercadonos últimos anos e definir as medidas necessárias paragarantir que esse crescimento não afete a suacredibilidade no médio e no longo prazos. Essecrescimento, nos últimos cinco anos, ocorreu emfunção da permissão de se misturarem materiaiscertificados com não-certificados, para a fabricação deprodutos mistos, o que possibilitou um grande
Forest Stewardship Council (FSC)
E
crescimento de produtos FSC no mercadointernacional. Os materiais não-certificados devemseguir as normas de madeira controlada, que visam agarantir que a madeira não é ilegal e não vem de áreasde desmatamento.
Em Kota Kinabalu, o sistema foi colocado emxeque, especialmente pelas ONGs ambientalistas, quequestionaram fortemente o quanto o FSC tinharealmente o controle sobre a madeira nesses casos,apontando falhas no sistema que, se não resolvidas,representariam um forte risco à credibilidade do FSC,no longo prazo. Após dias e dias de intensa discussão,os membros do FSC aprovaram uma moção querepresenta uma correção de rumo no sistema demadeira controlada. Se bem implementada, a moçãocertamente fortalecerá o FSC, inclusive sua imagem no
mercado de produtos florestais.Além desse, outros assuntos marcaram a discussão
na assembleia-geral do FSC, entre eles, a questão douso de biotecnologia e transgênicos em florestascertificadas, prática vetada pelo FSC. Mesmo apósmuita discussão e insistência por parte de empresasflorestais, os membros do FSC decidiram por nãoreabrir o diálogo sobre transgenia em florestascertificadas. O acesso à certificação por parte depequenos produtores e comunidades florestais tambémfoi um tema de grande relevância, durante a semanapassada.
Foi aprovada uma moção para que o FSC invistaenergia e recursos nos próximos três anos para criarcondições que ampliem o acesso e a certificação depequenas florestas e comunidades extrativistas.
Mais do que as 26 moções aprovadas, que definemos rumos do FSC para os próximos anos, o principalresultado da assembleia-geral foi o fortalecimento dopróprio sistema. Os membros que participaram —representantes das maiores ONGs ambientalistas, dasprincipais empresas do setor florestal e de movimentossociais de todo o mundo — saem de Kota Kinabalucom um sentimento de missão cumprida. Como asdecisões são tomadas por consenso, no FSC, nãoexistem vitoriosos ou derrotados. Todos os queparticiparam são corresponsáveis pelos resultadosalcançados e, portanto, se sentem parte do sistema.Isso fortalece o FSC, garantindo a continuidade dosistema de certificação florestal de maior credibilidadedo mundo.
Rede de Agricultura Sustentável (RAS)
O Imaflora é membro-fundador da RAS e faz partede seu Conselho Diretor. Além disso, atua, no Brasil,como organismo de inspeção da RAS (cujas atividadesjá foram descritas no item 2.2 deste relatório). Aparticipação no Conselho Diretor da rede permite umnível elevado de influência em suas decisõesestratégicas e operacionais.
A RAS teve, em 2011, um ano de grandestransformações, causadas, em especial, pelo grandecrescimento do sistema no mundo, experimentado nosúltimos anos, cada vez com maior reconhecimento nomercado internacional de commodities agrícolas. Aprincipal alteração no sistema, para dar conta desse
crescimento, foi a abertura para um sistema deacreditação de organismos certificadores, processo quepode ter grande influência na credibilidade da RAS eem seu potencial de promover mudançassocioambientais em campo. Essa abertura demandou,do conselho diretor, um acompanhamento próximo euma grande dedicação para elaborar os documentos eas políticas.
Além disso, a RAS criou novas instâncias degovernança para lidar com os processos de elaboraçãoe revisão de normas e políticas de certificação. Assim,foram criados um Comitê Internacional de Normas —do qual a associada do Imaflora, Laura Prada, participa— e um Comitê Técnico Operacional, em que tambémhá um assento para o Imaflora. A participação nessasinstâncias de governança da RAS demanda grande
dedicação por parte da Secretaria Executiva e de todaa equipe agrícola do Imaflora. Essa participação éconsiderada, hoje, um investimento importante doImaflora em um sistema que consideramostransformador, gerador de mudanças socioambientaisno setor agrícola.
O Imaflora continua representando a RAS noconselho diretor da ISEAL Alliance (organização queagrega os principais sistemas de certificaçãosocioambiental do mundo). Em 2011, essa participaçãoesteve voltada, principalmente, a contribuir para asolução de desafios internos da ISEAL, relacionados àsua governança e à gestão organizacional.
Uso doFundo Social
2.
“Fundo Social do Imaflora” foi criado quando
da fundação do Instituto. O Fundo tem, como
objetivo, apoiar, financeiramente,
empreendimentos de comunidades e de
produtores familiares que mantenham algum tipo de
relacionamento com o Imaflora.
O Fundo Social é alimentado pela cobrança de um
adicional de 5% em todos os serviços de certificação
oferecidos para empresas, seja na área agrícola, seja na
florestal. O volume disponível para o uso anual é
calculado somando-se os rendimentos financeiros do
fundo com 50% do valor arrecadado no ano anterior.
O valor utilizado em 2011 foi de R$ 147.150,00 para
subsidiar custos da certificação e de R$ 81.378,00 para
fomentar projetos comunitários.
O recurso é destinado, prioritariamente, a apoiar
Oesse público por meio do pagamento de parte dos
custos do processo de certificação socioambiental
(RAS e FSC), uma vez que o Imaflora acredita em que
essa certificação possa promover melhorias nas práticas
socioambientais e na qualidade de vida dos produtores,
a partir da agregação de valor aos produtos manejados
e o consequente incremento de renda. Além disso, o
Imaflora trabalha com a premissa de que os sistemas de
certificação devem ser acessíveis a qualquer fazenda ou
empreendimento florestal que adote boas práticas e
cumpra os critérios de certificação, independente do
seu tamanho, da sua localização ou do perfil do
proprietário.
Diante da importância do Fundo, em 2006, o
Imaflora foi finalista no prêmio Empreendedor Social
Ashoka-Mckinsey, com o objetivo de viabilizar a
elaboração de um plano de negócios para manter acertificação florestal a comunidades e pequenosprodutores, que implicou um estudo detalhado paramanter o fundo social, no longo prazo.
Contudo, diante da redução do número deempreendimentos comunitários certificados, aolongo dos últimos anos, a partir de 2011, o Imafloradecidiu destinar o recurso excedente anual doFundo (que não foi utilizado para custear acertificação) ao “Financiamento de PequenosProjetos Comunitários”, que fortaleçam asatividades do público-alvo, em consonância com amissão, os objetivos e o Plano Estratégico vigentesno IMAFLORA.
A tabela ao lado apresenta os empreendimentoscomunitários e os projetos beneficiados em 2011:
Lista de beneficiáriosdo Fundo Social em 2011 01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
Projeto de Assentamento AgroextrativistaChico Mendes (PAE CACHOEIRA)
Apoio à certificação de Madeira tropical comunitária Xapuri - AC
PROJETO PRODUTO / PROJETO LOCAL
Projeto de Assentamento AgroextrativistaPorto Dias (PAE PORTO DIAS)
Apoio à certificação de Madeira tropical comunitária Acrelândia - AC
AMARCA - Associação de Moradores eAgroextrativistas do Remanso de Capixaba
Apoio à certificação de Madeira tropical comunitária Capixaba - AC
Projeto de Assentamento AgroextrativistaEquador (PAE EQUADOR)
Apoio à certificação de Madeira tropical comunitária Xapuri - AC
Terra Indígena do Baú (TI Baú) Apoio à certificação de Castanha comunitária Altamira - AP
Cooperfloresta - Cooperativa dos ProdutoresFlorestais Comunitários
Apoio à certificação de Madeira tropical comunitária Rio Branco - AC
OELA - Oficina Escola de Lutheria da AmazôniaApoio à certificação de Instrumentos musicais
de jovens carentes Manaus - AM
Projeto Surui REDD+Apoio à certificação de Créditos de carbono de
um projeto indígena Cacoal - RO
Projeto Sementes da FlorestaApoio a capacitação para estruturar a cadeia produtivade coleta de sementes florestais para comercialização
de produtos extrativistasAltamira - PA
Projeto GanduApoio para a reforma de armazém de cacau
da cooperativa Sul da Bahia
Fundo rotativo borracha Terra do MeioApoio para a criação de um capital de giro para compra da
borracha das 3 Resex na TM, a fim de viabilizar acomercialização do produto com uma empresa.
12
13
Cooperativa de São Félix do Xingu Apoio a compra de equipamentos parabeneficiamento de castanha
São Félix doXingu
Sementes do XinguApoio para realizar uma oficina para coletadores desementes na região de Altamira e apoiar a compra
de equipamentos de coletaTerra do Meio
Novidadesna Gestão
3.
om a antecipação do término do mandato deLuís Fernando Guedes Pinto, que ocupou aposição de secretário executivo de 2005 a 2010,Mauricio de Almeida Voivodic substitui-o, em
janeiro de 2010, e indicou Eduardo Trevisan Gonçalvespara a posição de secretário executivo adjunto.Durante todo o primeiro semestre do ano, LuísFernando apoiou a transição na secretaria executiva,sendo fundamental para possibilitar a boa continuidadedas ações e dos processos.
O Comitê de Gestão Estratégica (CGE) foiformado por Mauricio e Eduardo, pela SecretariaExecutiva, José Marcos de Carvalho, como gerenteadministrativo e financeiro, Luis Fernando, Gerente deCertificação Agrícola, e Patrícia Cota Gomes,Coordenadora Sênior de projetos. O CGE reuniu-se ao
C
Secretaria Executiva eequipe gerencial
longo do ano, a cada 15, 20 dias, e tratou detomar decisões operacionais, necessárias paraa gestão da organização, assim como de dar oapoio à reestruturação das diferentes áreasde trabalho. O CGE também apoia aSecretaria Executiva, no relacionamento como Conselho Diretor e na preparação dasreuniões de Conselhos e a Assembleia Geral.Na área gerencial, outra novidade, nacomposição da equipe, foi a indicação deLeonardo Sobral para a posição de Gerentede Certificação Florestal, responsável pelasáreas de certificação de manejo florestal eplantações, comunidades, cadeia de custódiae de projetos de carbono.
Conselhos
Em 2011, foi aprovada a renovação na presidênciado Conselho Diretor. André Villas-Bôas assumirá apresidência do Imaflora, a partir de janeiro de 2012, eCélia Cruz, a vice-presidência. Além disso, osconselheiros Marcelo Paixão e Marilena Lazzarinipediram o seu afastamento do conselho diretor epermanecem, agora, como associados e membros doconselho consultivo. Ricardo Abramovay foi convidadoa tornar-se associado do Imaflora e integrará oConselho Diretor, a partir de 2012.
Em reunião desse Conselho, foi recomendado, àSecretaria Executiva, que trabalhasse para fortalecer acomposição e o papel do Conselho Consultivo naestrutura de governança do Imaflora, de modo agarantir momentos de reflexão e debate com osconselheiros consultivos sobre temas estratégicos quedesafiam o Instituto. Isso implicou reservar os temasmais operacionais e estatutários às reuniões apenascom membros do Conselho Diretor.
Destaques daComunicação
4.
urante o ano, a comunicação buscou incluir adiversidade de pessoas, de percepções e deculturas com as quais trabalha em seus canais.Nesse processo, a participação e a interação
com os públicos do Imaflora foi uma preocupaçãoconstante. Para isso, diversificamos os espaços e osformatos de interação, explorando as redes sociais(https://twitter.com/Imaflora ehttp://www.facebook.com/imaflora). A inserção doImaflora nessas redes tem conquistado um númerocrescente de pessoas que o acompanham, totalizando3020 seguidores no Twitter e 997 amigos no Facebook,ao final de 2011.
O compromisso de sistematizar e de compartilhar oconhecimento, construído junto a diversos parceiros,esteve presente em 10 publicações, 5 vídeos, 11 artigos,
D27 eventos, 213 matérias publicadas, sendo 15 nagrande imprensa, com destaque para a série dematérias realizadas, na Calha Norte, pelo programaRepórter Eco, da TV Cultura. Todos esses produtosestão disponíveis para consulta e download no sitewww.imaflora.org e são registrados em creativecommons, podendo ser copiados e utilizados paraqualquer finalidade, desde que citada a fonte.
Além das matérias supracitadas, foram realizados19 processos de consulta pública, divulgadas na regiãoonde os empreendimentos certificados se inserem,provocando entrevistas realizadas em rádio de longoalcance e outros veículos de médio e grande porte.Essa mudança no formato e na abordagem dasconsultas resultou em maior participação etransparência nos processos do Imaflora.
Qualidade das relações:foco da comunicação doImaflora em 2011
Publicações 2011Artigos de opinião publicados no ano:
• Janeiro – Qualidade e Certificação – Cafepoint -Oséias Mendes da Costa
• Fevereiro - Luz e esperança para o Código Florestal– Envolverde - Luís Fernando Guedes Pinto
• Fevereiro - O mundo da certificação socioambientalvai mudar, e muito. – Sociedade Sustentável - LuísFernando Guedes Pinto
• Fevereiro - Novo código florestal é uma grandeoportunidade – Jornal de Piracicaba - LuísFernando Guedes Pinto
• Abril - A importância da participação social nasações de REDD no Brasil – Sociedade Sustentável eEnvolverde - Maurício de Almeida Voivodic
• Abril - O Setor de Plantações Florestais e asComunidades Locais: desafios e perspectivas. –Sociedade Sustentável – Ricardo Camargo Cardoso
• Abril - Compra de terras por estrangeiros –Envolverde - Luís Fernando Guedes Pinto
• Julho - Mercado Internacional valorizasustentabilidade na produção de cacau – Cafepoint -Matheus Couto
• Julho – Os novos rumos da certificação florestalFSC – Sociedade Sustentável – Mauricio deAlmeida Voivodic
• Setembro - Agricultura Sustentável ou AgricultorSustentável? – Cafepoint – Rodrigo Cascalles
• Setembro - Cacau é receita para gerar renda e frearo desmatamento no Pará - Cafepoint – EduardoTrevisan
• Guia de Boas Práticas e Certificação empropriedades de cacau
• Norma para a Agricultura Sustentável• Política de Certificação para propriedades agrícolas• 7 Radares Imaflora (boletim externo de informação
sobre nossas atividades)• Vídeo “O que são unidades de conservação”
(divulgado em 2011, produzido em 2010)• Vídeo “O trabalho em unidades de conservação”
(divulgado em 2011, produzido em 2010)• Vídeo “A criação das unidades de conservação”
(divulgado em 2011, produzido em 2010)• Vídeo “A consolidação das unidades de
conservação” (divulgado e produzido em 2011)• Vídeos das entrevistas realizadas durante o
Seminário Imaflora
Acreditamos em que os próximos dois anos serãointensos, mas fundamentais para construir o alicercedesse novo modelo de comunicação do Imaflora,proposto no planejamento estratégico 2011-2013.
Outros materiais publicadosdurante o ano:
Indicadores deDesempenho
5.
sentido dos indicadores é medir e monitorar odesempenho institucional quanto aosresultados operacionais e aos aspectosinternos. A avaliação quantitativa dos
resultados externos é anual, em função dos programasde certificação, conforme a tabela abaixo. Esseprocesso de monitoramento ainda não inclui osresultados quantitativos das atividades de projetos, eisso limita bastante o nosso conhecimento, o registro eo monitoramento do desempenho.
Além disso, o sistema de monitoramento não avaliaos impactos das ações do Imaflora. A necessidade deum sistema de monitoramento de impactos foiidentificada no Plano Estratégico e estamostrabalhando para desenvolver e implementar umaprimeira fase dele em 2012.
O Total de empreendimentos certificados comverificação de práticas socioambientais -empreendimentos florestais certificados peloImaflora/SmartWood - FSC e agrícolas, certificadospelo Imaflora/RAS - Rede de Agricultura Sustentável.
Indicadores externos
2006 2007 2008 2009 2010 2011Total de empreendimentos certificados com verificação depráticas socioambientais*
Área total de empreendimentos certificados com verificação depráticas socioambientais
Número de famílias, de comunidades e de agricultores familiares
Estados do país com empreendimentos certificados
Biomas com empreendimentos certificados
Maior área certificada
Menor área certificada
Área de ecossistemas naturais protegidos, ou sendo recuperados,em empreendimentos certificados(somente considera plantações florestais e agricultura)
Proporção média da área de ecossistemas protegidos, ou sendorecuperados, em empreendimentos certificados(somente considera plantações florestais e agricultura)
Área de ecossistemas naturais sob o manejo certificado(** em 2008 passamos a contabilizar as áreas efetivamente sob manejo)
Número de assalariados em empreendimentos empresariaiscertificados (não inclui safristas e terceiros)
58
2.848.825ha
148
13
Mata Atlântica,Amazônia e Cerrado
1.543.460ha
69ha
325.849ha
35%
1.927.034ha
18.860
63
2.941.214ha
219
14
Mata Atlântica,Amazônia e Cerrado
1.543.460ha
14ha
352.527ha
35%
401.093ha
19.993
88
3.001.902ha
310
14
Mata Atlântica,Amazônia e Cerrado
1.543.460ha
14ha
439.470ha
39%
261.060ha**
22.099
107
2.885.882 ha
380
14
Mata Atlântica,Amazônia,
Caatinga e Cerrado
1.543.460ha
14 ha
494.659,24 ha
35,63%
265.580,30 ha
28.720
132
3.800.115 ha
395
15
Mata Atlântica,Amazônia,
Caatinga e Cerrado
1.543.460,00ha
4,21 ha
1.677.634,34ha
35%
921.294,77ha
78.302
140
2.292.300 ha**
392
15
Mata Atlântica,Amazônia,
Caatinga e Cerrado
277.852 ha
4,21 ha
662.520 ha
35,89%
268.838 ha
82.712
* Não são contabilizados os certificados de cadeia de custódia. / ** Esta área é menor do que a de 2010 uma vez que, em 31 de dezembro de 2011, o certificado FSC da TI do Baú (1.543.460 ha) estava cancelado. Entretanto, ao final do ano,a comunidade apresentou evidências de cumprimento das não-conformidades e, portanto, seu certificado será reativado em 2012. Para fins de comparação, contabilizando esse certificado na soma, a área total certificada seria de 3.835.760 ha.
Os aspectos internos, tantoambientais quanto sociais, constituemuma preocupação institucional, queconduz à busca pela coerência entre ascondutas externas e as internas. Paratanto, o Imaflora toma uma série demedidas para minimizar os impactosambientais em seu escritório e procuraproporcionar condições de trabalhosatisfatórias e motivadoras. Parte dessapostura ainda não está amparada empolíticas, mas em práticas.
Essas informações estão sintetizadasna tabela ao lado.
Indicadores internos 2007 2008 2009 2010 2011Indicadores246
25,52
65
Consumo de água (m³)
Consumo de energiaelétrica (Kwh)
Consumo de papelpara impressão(x1000 folhas)***
349(286+63)*
40,2(27,6+12,5)*
69
376
42,4
75
435
48.7
80.5
499
50,4
157 3,34%
Aumento relativo (%)
41,86%(16,27)**
57,6%(8,42%)**
07/08 08/09 09/10 10/11
7,7%
5,46%
8,7%
15,69%
14,87%
7,33%
14,7%
3,4%
95%
* Consumo normal + consumo na obra;** Aumento relativo sem o gasto com a obra;*** Não considera impressões externas e impressão de livros e materiais em gráficas.
Os consumos de energia e de água foramconsistentes com o crescimento do Imaflora. Oaumento do consumo de água deveu-se,principalmente, à substituição do consumo de águamineral engarrafada pelo de água filtrada. A razãopara o aumento no consumo de papel para impressão,em 2011, estava sendo analisado até o momento dofechamento deste relatório. Não há registros deaumento de impressão nessa quantidade.Os indicadores sociais internos são organizados nomodelo do Balanço Social do IBASE. Serãoapresentados no relatório público.
– Edifício construído com madeira certificada FSC;– Edifício que procura minimizar a necessidade deiluminação artificial;– Existência de sanitário seco, que não consome águae onde os resíduos são decompostos e, depois, usadoscomo adubo no jardim;– Existência de composteira para a decomposição deresíduos orgânicos;
– Separação do lixo reciclável;– Uso de pilhas recarregáveis nas máquinasfotográficas;– Uso de tonners recarregáveis nas impressoras;– As impressoras mais utilizadas imprimem dos doislados do papel;– Os três automóveis próprios são movidos a álcool;– Uso de papel de impressão certificado FSC;– Consumo de café certificado pela Rede deAgricultura Sustentável;– Equipamentos eletrônicos obsoletos são,preferencialmente, doados para o uso por outrasentidades;
Medidas para a minimizaçãodo consumo de recursosnaturais e da produçãode resíduos
Balanço Social
6.Seguindo a prática adotada nos últimos anos,incluímos em nosso relatório anual o BalançoSocial seguindo a metodologia desenvolvidapelo IBASE. O objetivo em divulgar estasinformações é aumentar a transparência sobrea gestão interna da organização, assim comosobre os impactos de nossas atividadesexternas. Ao final destas tabelas existemexplicações para algumas das informaçõesdisponibilizadas.
1 - Identificação
Nome da instituição: IMAFLORA-Inst Man e Cert Flor e Agricola Tipo/categoria (conforme instruções): ONG
Sem fins lucrativos? [X ] sim [ ] não Isenta da cota patronal do INSS? [ ] sim [ X ] não
Possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEAS)? [ ] sim [X ] não
De utilidade pública? [X ] não Se sim, [ ] federal [ ] estadual [ ] municipal
2 - Origem dos recursos2010 2011
Valor (mil reais) Valor (mil reais)% sobre receita % sobre receita
Receitas Totais
a. Recursos governamentais (subvenções)
b. Doações de pessoas jurídicas
c. Doações de pessoas físicas
d. Contribuições
e. Patrocínios
f. Cooperação internacional
g. Prestação de serviços e/ou venda de produtos
h. Recursos Proprios
i. Fundo Social
j. Fundo Patrimonial
k. Outras receitas
9.912
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
100%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
10.515
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
100%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Natureza jurídica:[X ] associação [ ] fundação [ ] sociedade
Possui registro no: [ X] CNAS [ ] CEAS [ ] CMAS
Classificada como OSCIP (lei 9790/99)? [ ] sim [ X ] não
Notas:Os respectivos valores de origemde recursos estão detalhados naParte 7 (Resumo Financeiro)do Relatório Anual.
3 - Aplicação dos recursos2010 2011
Valor (mil reais) Valor (mil reais)% sobre receita % sobre receita
Despesas Totais
a. Projetos, programas e ações sociais (excluindo pessoal)
b. Pessoal (salários + benefícios + encargos)
c. Despesas diversas (somatório das despesas abaixo)
Operacionais
Impostos e taxas
Financeiras
Capital (máquinas + instalações + equipamentos)
Outras (que devem ser discriminadas conforme relevância)
8.625
0
0
0
0
0
0
0
0
100%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
9.861
0
0
0
0
0
0
0
0
100%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
4 - Indicadores sociais internos *1(Ações e benefícios para os(as) funcionários(as))
2010 2011Metas 2012
Valor (mil reais) Valor (mil reais)% sobre receita % sobre receita
a. Alimentação
b. Educação
c. Capacitação e desenvolvimento profissional
d. Creche ou auxílio-creche
e. Saúde
f. Segurança e medicina no trabalho
g. Transporte
h. Bolsas/estágios
i. Seguro de vida
j. Confraternização
Total - Indicadores sociais internos
173
48
31
9
258
9
7
11
18
19
583
1,75%
0,48%
0,31%
0,09%
2,60%
0,09%
0,07%
0,11%
0,18%
0,18%
5,88%
218
47
68
10
336
9
14
23
27
44
796
2,07%
0,45%
0,65%
0,10%
3,20%
0,09%
0,13%
0,22%
0,26%
0,42%
7,15%
manter
aumentar
aumentar
manter
manter
manter
manter
manter
manter
manter
0
Notas:Os respectivos valores de aplicaçãodos recursos estão detalhados naParte 7 (Resumo Financeiro) doRelatório Anual.
Notas:Item b:
Item j:
Meta aumentar, a partir demaior estimulo e proatividade daorganização.
Corresponde a despesascom reuniões internas com toda aequipe, confraternizações mensaise anual, sendo que em 2011 houveum evento externo com toda aequipe e convidados (SeminárioImaflora), impactando assim noaumento do custo deste ítem.
Nº total de alunos (as)
Nº de alunos (as) com bolsas integrais
Valor total das bolsas integrais
Nº de alunos (as) com bolsas parciais
Valor total das bolsas parciais
Nº de alunos (as) com bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa
Valor total das bolsas de Iniciação Científica e de Pesquisa
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
NA
5 - Projetos, ações e contribuições para a sociedade(Ações e programas aqui listados são exemplos,ver instrução)
2010 2011Metas 2012
Valor (mil reais) % sobrereceita
32,90%
16,82%
1,34%
8,70%
11,29%
2,63%
73,68%
Adequação socioambiental de empreendimentos florestais. *2
Adequação socioambiental de empreendimentos agricolas. *3
Adequação socioambiental de empreendimentos de comunidadese produtores familiares *4
Treinamento e Capacitação
Incentivo a Políticas Públicas
Incentivo ao Consumo Responsável
Valores totais
R$ 3.2612,1 milhões de hectares
18.674 trabalhadores rurais
R$ 1.667162 mil hectares
24.000 trabalhadores rurais
R$ 1331,6 milhão de hectares
395 famílias
R$ 862Sem método
de mensuração
R$ 1.119Sem método
de mensuração
R$ 261Sem método
de mensuração
R$ 7.303
Valor (mil reais) % sobrereceita
34,04%
17,14%
0,95%
15,99%
4,23%
74,00%
R$ 0Aumentar áreae beneficiários
R$ 0Aumentar áreae beneficiários
R$ 0Aumentar áreae beneficiários
R$ 0aumentar.
R$ 0aumentar.
R$ 0
R$ 3.5792,3 milhões de hectares
21.947 trabalhadores rurais
R$ 1.802178 mil hectares
29.383 trabalhadores rurais
R$ 1001,591 milhão de hectares
392 famílias
R$ 1.681Sem método
de mensuração
R$ 445Sem método
de mensuração
R$ 174Sem método
de mensuração
R$ 7.781
6 - Outros indicadores 2010 2011 Metas 2012
Notas:a) Todos os valores destequadro referem-se aos custosoperacionais das atividades,sem considerar os gastos daAdministração e Direção.
b) Item Incentivo a PolíticasPúblicas: A redução verificadaem 2011 se deve areclassificação da categoria dealguns projetos, os quais com aimplementação do novo PLanoEstratégico Trianual, passaram aser controlados dentro doPrograma de DesenvolvimentoLocal.
7 - Indicadores sobre o corpo funcional 2010 2011 Metas 2011
Nº total de empregados (as) ao final do período
Nº de admissões durante o período
Nº de prestadores (as) de serviço
% de empregados (as) acima de 45 anos
Nº de mulheres que trabalham na instituição
% de cargos de chefia ocupados por mulheres *5
Idade média das mulheres em cargos de chefia
Salário médio das mulheres
Idade média dos homens em cargos de chefia
Salário médio dos homens
Nº de negros (as) que trabalham na instituição
% de cargos de chefia ocupados por negros (as) *5
Idade média dos (as) negros (as) em cargos de chefia
Salário médio dos (as) negros (as)
Nº de brancos (as) que trabalham na instituição
Salário médio dos (as) brancos (as)
Nº de estagiários (as)
Nº de voluntários (as)
Nº portadores (as) necessidades especiais*
Salário médio portadores (as) necessidades especiais
49
11
43
13,00%
22
36,00%
36
R$ 3.791
40
R$ 4.993
5
0,00%
0
R$ 2.313
44
R$ 5.302
2
0
0
N/A
55
7
52
13,00%
24
33,00%
39
R$ 4.200
40
R$ 5.538
5
0,00%
0
R$ 2.640
50
R$ 5.450
3
0
0
N/A
aumentar
manter
aumentar
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
vide nota
aumentar
manter
vide nota
vide nota
Notas:
1) O nº de negros(as) correspondeao somatório do nº de pessoasclassificadas/autodeclaradas comode cor de pele preta e parda; e o nºde brancos(as) como o somatório donº de brancos(as) e amarelos(as),ambos conforme informadosanualmente na RAIS.Salario homens e mulheres namesma função é igual.
2) Mulheres e homens, negros oubrancos com mesmo cargo,percebem salarios iguais.
3) Mudança de critério paradefinição de cargo de chefia,impactou na redução do % em 2011.
4) Itens da linha 4 a 16 e linhas 19 e20: O Imaflora estimula e valoriza adiversidade em sua equipe. Nãoforam definidas metas para estesindicadores uma vez que o Imaflorareconhece a complexidade destetema e irá buscar, ao longo dospróximos dois anos, um maioraprofundamento no tema quepossibilite a elaboração de umapolítica pró-ativa de valorização dediversidade em sua equipe.
A organização desenvolve alguma política ou ação de valorizaçãoda diversidade entre alunos (as) e/ou beneficiários (as)? *10
8 - Qualificação do corpo funcional *6 2010 2011 Metas 2012
Nº total de docentes
Nº de doutores (as)
Nº de mestres (as)
Nº de especializados (as)
Nº de graduados (as)
Nº total de funcionários (as) no corpo técnico e administrativo
Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores)
Nº de graduados (as)
Nº de graduandos (as)
Nº de pessoas com ensino médio
Nº de pessoas com ensino fundamental
Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto
Nº de pessoas não-alfabetizadas
0
NA
NA
NA
NA
49
22
18
5
2
2
0
0
0
NA
NA
NA
NA
55
24
22
5
2
2
0
0
0
0
0
0
0
aumentar
aumentar
aumentar
manter
diminuir
diminuir
manter
manter
9 - Informações relevantes quanto à ética,transparência e responsabilidade social 2012 Metas 2013
Relação entre a maior e a menor remuneração.*7
O processo de admissão de empregados(as) é: *8
17,5
29% por indicação | 71% por seleção/concurso
manter
diminuir a proporção de contratação por indicação
A instituição desenvolve alguma política ou ação devalorização da diversidade em seu quadro funcional? *9
[ ] sim, institucionalizada[ x ] sim, não institucionalizada [ ] não
Se "sim" na questão anterior, qual?[ x ] negros [ x ] gênero [ x ] opção sexual[ ] portadores (as) de necessidades especiais[ ] _______________________
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada[ ] não
[ ] sim, institucionalizada[ x ] sim, não institucionalizada [ ] não
[ x ] negros [ x ] gênero [ x ] opção sexual[ ] portadores (as) de necessidades especiais[ ] _______________________
[ x ] sim, institucionalizada[ ] sim, não institucionalizada[ ] não
Notas:
Relação entre a maior e a menorremuneração - COM Beneficios: 6,9
Relação entre a maior e a menorremuneração - SEM Beneficios: 17,5
[ ] não são considerados[ x ] são sugeridos [ x ] são exigidos
[ ] não ocorre [ ] ocorre em nível de chefia[ x ] ocorre em todos os níveis
[ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente[ ] ocorrem somente p/cargos intermediários
[ ] todas ações/atividades [ ] ensino e pesquisa[ ] experimentação animal/vivissecção[ x ] não tem
[ ] não são considerados[ x ] são sugeridos [ x ] são exigidos
[ ] não ocorre [ ] ocorre em nível de chefia[ x ] ocorre em todos os níveis
[ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente[ ] ocorrem somente p/cargos intermediários
[ ] todas ações/atividades [ ] ensino e pesquisa[ ] experimentação animal/vivissecção[ x ] não tem
Na seleção de parceiros e prestadores de serviço, critérios éticose de responsabilidade social e ambiental: *11
A participação de empregados (as) no planejamento da instituição:
Os processos eleitorais democráticos p/a escolha doscoordenadores (as) e diretores (as) da organização: *12
A instituição possui Comissão/Conselho de Éticapara o acompanhamento de:
Se "sim" na questão anterior, qual?[ ] negros [ ] gênero [ ] opção sexual[ ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] comunidades e agricultores familiares
[ ] negros [ ] gênero [ ] opção sexual[ ] portadores(as) de necessidades especiais[ x ] comunidades e agricultores familiares
10 - Outras Informações
*1 - manter significa ter o mesmo nível de investimentos,seguindo as politicas e benefícios existentes. Aumentarsignifica ter aumento do benefício ou do investimentorelativo na política.
*2. Despesas do programa de certificação florestal paraempresas. (de acordo com a missao do Imaflora, asatividades de certificação trazem beneficios para asociedade,contribuindo para a adequação socioambientalde produtores. Os valores correspondem aos gastosoperacionais das atividades de certificação.
*3. Despesas do programa de certificação agrícola paraempresas. (de acordo com a missao do Imaflora, asatividades de certificação trazem beneficios para asociedade,contribuindo para a adequação socioambientalde produtores. Os valores correspondem aos gastosoperacionais das atividades de certificação.
*4. Despesas dos programas de certificação florestal eagrícola para comunidades e agricultores familiares.
*5 Foram considerados cargos de chefia (liderança)aqueles que excercem funções de gestão e liderança deequipe.
*6 A intenção é estimular o aumento do nível deescolaridade da equipe, o que não significa aimpossibilidade de entrada de pessoas com baixaescolaridade ou formação inicial.
*7 17, 5 vezes para Salários comparativos tomando-seapenas remuneração total e 6,9 vezes entre o menor emaior, comparando-se remuneração total mais benefíciostotais.
*8. O IMAFLORA possui uma política de admissão quepermite a realização de processo seletivo público ouprocesso de avaliação individual para contratações.Em 2011 de 7 novas contratações 2 profissionais, que jáatuavam como consultores, foram contratadosdiretamente, tendo sido dispensados do processo deseleção via Edital público, entretanto foram submetidos aomecanismo de avaliação/qualificação.
*9 O IMAFLORA possui uma política de gênerodesatualizada, que consideramos obsoleta. Portanto,entendemos que ela não tem mais o caráter de política. OIMAFLORA tem entre seus valores formais oreconhecimento e valorização da diversidade.
*10 Se refere ao Fundo Social, recurso oriundo deserviços prestados de empresas, destinados para osubsídio de serviços de certificação para comunidades eagricultores familiares e outros projetos para este público.
*11 O IMAFLORA tem critérios norteadores para seleçãofinanciadores e empreendimentos candidatos acertificação. também faz uma análise de seus potenciaisparceiros, mas não possui critérios escritos para tal. Exigee monitora cumprimento de aspectos legais, remuneraçãoe condições de segurança do trabalho similares aos dosfuncionários do IMAFLORA.
*12 Os processos democráticos se referem a escolha denovos membros para os conselhos diretor, fiscal econsultivo e para a presidência do conselho diretor. Omesmo ocorre para a Secretaria Executiva, feito peloConselho Diretor
ResumoFinanceiro2011
7.
RESULTADO OPERACIONAL GERENCIAL REALIZADO (JAN A DEZ) %
RECEITAS TOTAIS R$ 10.514.796Certificação Florestal
Certificação Agricola
Projetos
Outras Receitas
5.511.357
2.125.943
2.642.821
234.674
52,4
20,2
25,1
2,2
DESPESAS R$ 9.861.548Certificação Socioambiental
Projetos de Desenvolvimento Local
Cadeias Produtivas
Politicas de Interesse Publico
Comunicação
Secretaria Executiva
Administração
5.481.561
1.681.011
173.815
444.896
300.199
282.854
1.497.212
56%
17%
2%
5%
3%
3%
15%
R$ 653.248RESULTADO OPERACIONAL 6,2%DEDUÇÕES:
Incorporação Fundo Social
Investimentos em Ativo Fixo
Incoporação Rendimento Financeiro Fundo Patrimonial
Ajustes Provisões
311.364
119.145
118.423
83.471
R$ 20.845RESULTADO LÍQUID0
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS DO IMAFLORA
6.000.000
5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
2007 2008 2009 2010 2011
CERTIFICAÇÃOAGRÍCOLA
CERTIFICAÇÃOFLORESTAL
INSTITUCIONAL PROJETOS RECEITASFINANCIAMENTO
48%
11%
4%
6%4%
5%
7%
9%
3% 2%1%
ORIGEM POR
FINANCIADOR DOS
RECURSOS UTILIZADOS
EM PROJETOS | 2011
FUNDO VALE
PORTICUS
ICCO INSTITUCIONAL
ICCO - TAA
RA - GEF
OVERBOOK
NESTLÉ - NESPRESSO
EMBAIXADA BRITÂNICA
IMAFLORA
FUNDO SOCIAL
DIVERSOS
Movimentação de fundos em 2011:
SALDO INICIAL R$ 939.994Creditos Rend. Financ.
Incorporação s/ Fat 2011
Utilização Cert. Comunidades
Utilização Projetos Comunidades
89.268
222.096
- 147.150
- 81.378
FUNDO SOCIAL
Saldo Fundo Social 31-Dez-2011 R$ 1.022.830
SALDO INICIAL R$ 1.132.426Incorporação resultado 2010
Creditos: Rend. Financ.
Saldo Final Cta. Aplic. Financ. Dez/2011
Saldo Cta. Ativo Fixo (Terrenos)
260.000
118.423
1.510.848
523.717
FUNDO PATRIMONIAL
Saldo Fundo Patrimonial 31-Dez-2011 R$ 2.034.565
Contingências Atualizadas:
Fiscal:
Trabalhistas:
1.156.204
551.204
605.000
Investimentos em Ativo Fixo 2011:
Computadores / impressoras / monitores
Reestruturação prédio 1
Melhorias em infra estrutura
Softwares
Câmeras digitais / gps / etc
TOTAL DE INVESTIMENTOS EM ATIVO FIXO
42.429
54.051
11.458
7.618
3.590
119.145
Demonstraçõescontábeis em31 de dezembrode 2011 e 2010
8.
Perfil daOrganização
9.
Quadro Resumo deFuncionários em 2011:
Nº. de funcionários em Dez-2011
Admissões em 2011
Desligamentos em 2011
Licença Maternidade
Licença Sabática
Quantidade de Mulheres
Quantidade de Homens
Estagiários
55
7
1
3
2
24
31
4
Distribuição dos funcionáriospor área institucional:
Certificação
Projetos
Suporte a Certificação
Comunicação
Secretaria Executiva
Administração
22
9
7
3
2
12
40%
16%
13%
5%
4%
22%
ComunicaçãoBeatriz BorghesiPriscila MantelattoThiago D´Ángelo
Corpo TécnicoAmanda Cotelesse SoutoAkif Raimundo de JesusAlessandro RodriguesAlexandre Sakavicius BorgesAna Patrícia Cota GomesBartira Mileo AmadoBruno Brazil de SouzaCláudia Dantas FelicianoCristiane da Silva
Daniele Renata RuaDaniella MacedoDavid EscaqueteEdson TeramotoEduardo Gonçalves TrevisanEllen Keyti CavalheriEvelin FagundesGuilherme LopesHeidi Cristina BuzatoHelga de Oliveira YamakiIsabel Garcia DrigoLeonardo Martin SobralLéo Eduardo de Campos FerreiraLisandro Inakake de SouzaLorena MangabeiraLuciana Papp
Luis Fernando Guedes PintoLuiz Antonio BrasiMarcos FroesMarcos PlanelloMariana Ribeiro BalieiroMarina PiattoMatheus CoutoMaurício VoivodicOséias Mendes CostaRenato Pellegrini MorgadoRicardo Camargo CardosoRoberto PalmieriRodrigo CascallesSonia Maria de SouzaTália Manceira BonfanteTharic Galuchi
ICCO - Organização Interclesiástica decooperação para o desenvolvimento
Financiadores de projetos
Fundo Vale
ICCO & Kernk in Actie / The AmazonAlternative
Porticus
Nestlé/Nespresso
Global Environment Facility (GEF)
The David and Lucille Packard Foundation
The Overbrook Foundation
Conservação Internacional
Embaixada Britânica
National Wildlife Federation
Climate and Land Use Alliance
Institucional
Financiadores
Feira Brasil Certificado - Amigosda Terra Amazônia Brasileira,Rainforest Alliance, FSCInternacional e Rede de AgriculturaSustentável.
Moratória da Soja – Grupo deTrabalho da Sociedade Civil – Amigosda Terra Amazônia Brasileira,Articulação Soja Brasil, ConservaçãoInternacional, Greenpeace, IPAM,Sindicato dos Trabalhadores Rurais deSantarém, The Nature Conservancy,WWF Brasil - Fundo Mundial para aNatureza.
Consórcio Calha Norte –SEMA/Pará, Ideflor/Pará, Imazon,
Parcerias multiinstitucionaisConservação Internacional, InstitutoFloresta Tropical.
Projeto Cacau Bahia – InstitutoCabruca, Cooperativa Agrícola deGandú, OCT - Organização deConservação de Terras do Baixo Sul daBahia, Fundação Odebrecht.
Projeto Cacau São Felix do Xingu– CAPPRU – Cooperativa Alternativados Pequenos Produtores Rurais eUrbanos; ADAFAX Associação paradesenvolvimento da AgriculturaFamiliar no Alto Xingu, IIEB –Instituto Internacional de Educaçãodo Brasil, CEPLAC – ComissãoExecutiva do Plano da Lavoura
Cacaueira.Rede Terra do Meio: FUNAI,
FVPP, GIZ, ICMBio, IDEFLOR,IMAFLORA, INCRA, IPAM, ISA,RESEX Xingu, Resex Rio Iriri, ResexRiozinho do Anfrísio, SAGRI,SEMAT, SEMSA, UFPA, UFPA-LAET, UFPA-CNX, USP, WWF,ADAFAX, TNC, IFT, Movimento deMulheres (MMXT).
GT de Produção e Comercializaçãoda Rede Terra do Meio
Membro de Fóruns, Redes e EntidadesComitê de Acompanhamento dos Pactos Conexões
Sustentáveis: ETHOS, Repórter Brasil, ISA, Amigos daTerra Amazônia Brasileira, Orsa Florestal, Mov. NossaSão Paulo, Instituto Akatu, Carrefour, Wall-Mart,IMAZON, Pão de Açúcar.
COSAG / FIESP – Conselho Superior doAgronegócio.
Diálogo do CacauFBOMS - Fórum Brasileiro de ONGs e
Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e oDesenvolvimento - GT Florestas.
SOS FlorestasComitê nacional em defesa das florestasFloresta Faz diferençaFórum Amazônia Sustentável.FSC Internacional
FSC Brasil - Conselho Brasileiro de ManejoFlorestal.
GT Manejo Florestal Comunitário.Rede de Biocombustíveis - Amigos da Terra-
Amazônia Brasileira, Conservação Internacional,DIEESE, ECOA, ICV (Instituto Centro Vida), QuatroCantos do Mundo, Imazon, Inesc, M’Bigua(Argentina), Mater Natura, Repórter Brasil e VitaeCivilis.
Red Puentes Brasil – IBASE (Instituto Brasileiro deAnálises Sociais e Econômicas), IDEC (InstitutoBrasileiro de Defesa do Consumidor) e InstitutoObservatório Social.
Rede de Agricultura Sustentável - Conservación yDesarrollo (Equador), Fundación Interamericana deInvestigación Tropical – FIIT (Guatemala), Instituto
Para La Cooperación y Autodesarrollo – ICADE(Honduras), Fundación Natura (Colômbia),ProNatura Sur (México), Rainforest Alliance (EUA eCosta Rica), SalvaNATURA (El Salvador).
Parcerias BilateraisABIC – Associação Brasileira da Indústria do CaféESALQ – USPFederação dos Cafeicultores do CerradoICMBioIFT – Instituto Floresta TropicalISA – Instituto SocioambientalInstituto CabrucaRainforest AllianceSustentabilidade.com.br
UNESP BotucatuWR São Paulo Eventos e CongressosCOOPERFLORESTACooperativa Agrícola de GandúOxford Centre for Tropical Forests – Universidade de OxfordGlobal CanopyUEBT – Union for the Ethical Bio TradeProjeto Sementes da Floresta / Associação Cultura Franciscana
Imaflora - Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola+55 19 3429.0800 | Estrada Chico Mendes,185
Piracicaba-SP-Brasilwww.imaflora.org