2010 elani marinho pereira - o uso das mdias no ensino de lngua espanhola uma viso dos alunos do...

40
Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Departamento de Letras Estrangeiras Modernas Licenciatura em Letras Habilitação em Língua Espanhola O USO DAS MÍDIAS NO ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: Uma visão dos alunos do curso de Letras Espanhol Elani Marinho Pereira Orientadora: Profª. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli João Pessoa Novembro de 2010

Upload: pedro-salles-iwersen

Post on 13-Sep-2015

228 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Texto relacionado ao uso das mídias no ensino de espanhol com língua estrangeira

TRANSCRIPT

  • Universidade Federal da Paraba

    Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes

    Departamento de Letras Estrangeiras Modernas

    Licenciatura em Letras Habilitao em Lngua Espanhola

    O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:

    Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol

    Elani Marinho Pereira

    Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli

    Joo Pessoa

    Novembro de 2010

  • 2

    Universidade Federal da Paraba

    Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes

    Departamento de Letras Estrangeiras Modernas

    Licenciatura em Letras Habilitao em Lngua Espanhola

    Elani Marinho Pereira

    O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:

    Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol

    Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Letras da

    Universidade Federal da Paraba como requisito para obteno do

    grau de Licenciado em Letras, habilitao em Lngua Espanhola.

    Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli

    Joo Pessoa

    Novembro de 2010

  • 3

    Catalogao da Publicao na Fonte.

    Universidade Federal da Paraba.

    Biblioteca Setorial do Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes (CCHLA).

    Pereira, Elani Marinho

    O uso das mdias no ensino de lngua espanhola: uma viso dos alunos

    do curso de Letras Espanhol. / Elani Marinho Pereira. - Joo Pessoa, 2010.

    45f. : il.

    Monografia (Graduao em Licenciatura em Letras) Universidade Federal da Paraba - Centro de Cincias Humanas, Letras e Artes.

    Orientadora: Prof. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli

    1. Lngua espanhola ensino-aprendizagem. 2. Mdias uso na aprendizagem. 3. Lngua estrangeira - aprendizagem. I. Ttulo.

    BSE-CCHLA CDU 811.134.2

  • 4

    ELANI MARINHO PEREIRA

    O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUA ESPANHOLA:

    Uma viso dos alunos do curso de Letras Espanhol

    Trabalho de concluso de curso, como requisito parcial para a obteno do grau de graduada

    em Letras do curso de Lngua Espanhola da Universidade Federal da Paraba.

    Habilitao: Letras Espanhol

    Data de aprovao

    ____/____/____

    Banca Examinadora:

    ________________________________

    Profa. Ms. Ana Berenice Peres Martorelli

    Orientadora

    Universidade Federal da Paraba

    ________________________________

    Profa. Dra. Patrcia Espinar

    Examinadora

    Universidade Estadual de Campina Grande

    ________________________________

    Profa. Ms. Maria Hortncia Murga

    Examinadora

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus em primeiro lugar, por sua sabedoria infinita, por seu cuidado e por

    rodear-me de pessoas amigas e verdadeiras. Sem Ele eu no chegaria at aqui.

    Aos meus queridos e amados pais e irmos, pelo apoio e por toda a dedicao dada a

    mim durante o curso. Obrigada!

    Aos meus tios que me acolheram com muito carinho durante estes trs anos e meio,

    sentirei saudades de titia e titio forever. E aos demais familiares.

    Agradeo aos meus amigos que oraram por mim e de longe deram-me foras e

    acreditaram em minha vitria (IASD- Itabaiana).

    Agradeo tambm a todos os amigos que tive o privilgio de conhecer neste curso, no

    citarei nomes para no ser injusta esquecendo-me de alguns.

    Agradeo a minha querida orientadora professora Ms. Ana Berenice Peres Martorelli,

    por ter aceitado trabalhar com um tema to distante de sua linha de pesquisa e mesmo assim

    ter me ajudado. Foi uma me pra mim!

    Agradeo ainda a todos os meus professores do curso de Letras Espanhol, em especial

    a: professora Dra. Maria Luiza minha eterna tutora, a professora Ms. Maria Hortncia minha

    querida coordenadora, a professora Ms. Andrea Ponte por toda a ateno quando precisei de

    textos, ao professor Ms. Marcelo Rangel pelo carinho em ceder-me sua dissertao de

    mestrado. E aos demais professores do DLEM.

    No posso deixar de citar os meus companheiros da disciplina Trabalho de Concluso

    de Curso que sofreram junto comigo, nas madrugadas escrevendo o trabalho e compartilhando

    os desabafos, dando foras uns aos outros. E a querida professora que nos acompanhou at

    aqui, Dra. Carla L. Reichmann.

    Enfim, a todos o meu muito obrigada.

  • 6

    RESUMO

    O passo a passo no processo de ensino aprendizagem da lngua estrangeira exige do

    professor muita desenvoltura. necessrio saber os mtodos e as abordagens que devem ser

    usados. Alm disso, importante saber tambm os recursos didticos necessrios para o que se

    quer ensinar. As mdias veculos de comunicao podem surtir efeito no momento da

    aprendizagem dos alunos. At que ponto as mdias ajudam, e at onde elas atrapalham? Se

    mdia veculo de comunicao, o que so mdias? A viso dos alunos do curso de Letras

    Espanhol, do bsico II e intermedirio III, sobre o uso desses recursos miditicos em sala de

    aula e sua relevncia para a aprendizagem da lngua estrangeira.

    Palavras-chaves: Ensino, Abordagens, Mtodos e Mdias

  • 7

    SUMRIO

    Introduo....................................................................................................................7

    1 ENSINO APRENDIZAGEM DE LNGUA E OS PRINCIPAIS MTODOS E ABORDAGENS ....................................................................................................9

    1.1 Ensino aprendizagem da lngua estrangeira.................................................9

    1.1.1 Processo de ensino aprendizagem....................................................9

    1.2 Principais mtodos e abordagens...................................................................11

    1.2.1 Mtodo gramtica e traduo...........................................................12 1.2.2 Mtodo direto...................................................................................13 1.2.3 Abordagem udio-lingual.................................................................14 1.2.4 Metodologia audio visual.................................................................15 1.2.5 Abordagem comunicativa.................................................................15 1.2.6 Ps-mtodo.......................................................................................17

    2 O USO DAS MDIAS NO ENSINO DE LNGUAS ESTRANGEIRAS...........19

    2.1 Mdias no ensino de lnguas............................................................................21

    3 METODOLOGIA.................................................................................................24

    3.1 Natureza da Pesquisa....................................................................................24 3.2 Contexto da Pesquisa....................................................................................25 3.3 Procedimento de coleta dos dados................................................................25 3.4 Procedimento de anlise dos dados..............................................................26

    4 ANLISE ................................................................................................................27

    4.1 Espanhol Bsico II..............................................................................................27 4.2 Espanhol Intermedirio III..................................................................................27 4.3 Anlise contrastiva.............................................................................................28

    CONSIDERAES FINAIS.......................................................................................30

    REFERNCIAS...........................................................................................................32

    ANEXOS.......................................................................................................................33

    APNDICES.................................................................................................................34

  • 8

    INTRODUO

    Este trabalho, conforme seu objetivo, pretende identificar quais os recursos miditicos

    mais utilizados na formao de professores do Curso de Letras Espanhol da Universidade

    Federal da Paraba, de acordo com a percepo dos alunos dos nveis Bsico II e Intermedirio

    III.

    A viso, do uso das mdias, engloba a perspectiva de formao e facilitao do

    aprendizado, como forma de dinamizao das aulas, entretenimento, ou, apenas, como

    atividades ldicas desenvolvidas sem a finalidade de uma possvel facilitao do aprendizado

    da lngua estrangeira.

    A busca de informaes atinge, tambm, a vida extraclasse do estudante, ou seja, como

    ele manuseia e qual a finalidade do uso de recursos miditicos em sua vida particular. O ponto

    de vista desses alunos, de Letras Espanhol dos nveis supracitados, importante porque,

    enquanto estudam na realidade, fazem uma reflexo da situao vivida por eles prprios.

    A apresentao de recursos miditicos em sala de aula faz com que o aluno entenda

    que seu uso , principalmente, um elemento facilitador do aprendizado e no apenas uma

    mudana de metodologia de ensino.

    No primeiro captulo, fizemos uma reflexo a respeito do ensino de lnguas, sobre o

    que ensinar e o como ensinar, refletindo sobre os papis que professores e alunos

    desempenham na sala de aula, para um melhor desenvolvimento da aprendizagem. Entre os

    autores que tratam do assunto, escolhemos Marcuschi para embasar nossa primeira reflexo.

    Usando tericos como Martinez, fizemos um breve repasso histrico sobre os principais

    mtodos e abordagens, pensados para o ensino de lnguas estrangeiras. So eles: gramtica e

    traduo, mtodo direto, abordagem udio-lingual, abordagem udio-visual, abordagem

    comunicativa e a era ps-mtodo.

    O segundo captulo foi marcado por uma reflexo a respeito do conceito de mdias,

    segundo Tori, que nos levou a concluir que as mesmas, sejam elas modernas ou no, esto

    presentes em todos os momentos da aprendizagem. Estudamos, entre outros autores, Gordillo

    verificando at que ponto as mdias favorecem ou dificultam o ensino aprendizagem e Rangel

  • 9

    levando em considerao o alcance que podem proporcionar na comunicao entre muitos.

    Os procedimentos de anlise dos dados levantados para a pesquisa fazem parte do

    terceiro capitulo. Como os dados foram coletados, em que contexto se enquadra a pesquisa,

    quem so seus participantes, e o processo de anlise dos dados.

    A anlise dos dados coletados para a pesquisa consta do quarto captulo, no qual

    tentamos organizar as idias de todos os pesquisados para cumprir os objetivos propostos.

    Aps o processo de anlise e contextualizao desta pesquisa chegamos a concluso a

    respeito das mdias mais usadas no ensino de lngua espanhola da Universidade Federal da

    Paraba, e as concepes do uso das mdias segundo os participantes da pesquisa.

  • 10

    CAPTULO I ENSINO APRENDIZAGEM DE LNGUA E OS PRINCIPAIS MTODOS E ABORDAGENS

    Iniciamos este captulo com uma breve reflexo sobre o ensino aprendizagem das

    lnguas estrangeiras, levando em considerao o que e o como ensinar, bem como a relao da

    motivao construida entre professores e alunos.

    Na segunda etapa deste captulo, fazemos um repasso terico dos principais mtodos e

    abordagens relacionadas ao ensino de lnguas estrangeiras desde o mtodo gramtica e

    traduo at a era ps-mtodo. Dentro desta reviso observamos os principais recursos

    miditicos usados ao longo da histria do ensino aprendizagem das lnguas estrangeiras.

    1. 1 Ensino aprendizagem da lngua estrangeira

    Dentro do processo de ensino aprendizagem da lngua estrangeira o aprendiz passa por

    muitas situaes sociais "(...) momento da fala, pelo lugar onde a fala pronunciada, pelas

    relaes de papis que ocorrem, mais ou menos implicitamente, entre os participantes, pelo

    tipo de interao que eles desenvolvem. E todos esses parmetros esto inscritos em uma

    situao social e so parcialmente definidos pelo comportamento da comunidade."

    (MARTINEZ, 2009. p. 18). O fator cultural afetar, segundo MARTINEZ, o discurso do

    aprendiz da lngua estrangeira e toda sua progresso enquanto atuante nessa lngua. O modo

    como isto se d que deveria ser respondido, pois no se sabe ao certo em que momentos o

    aprendiz reagir de forma verbal em lngua estrangeira. Mas podemos dizer que o uso das

    mdias em sala de aula pode ajudar ou melhor facilitar o contato com a lngua e o seu

    desempenho.

    Antes de adentrarmos no processo de aprendizagem da lngua estrangeira, queremos

    aqui estipular um termo nico para a lngua, chamando-, conforme MARTINEZ (2009), de

    lngua estrangeira. Para efeitos deste trabalho, ser considerada lngua estrangeira toda aquela

    que o indivduo adquire depois da sua lngua materna. Sendo assim, a lngua materna ser a

    lngua na qual o indivduo recebeu sua educao formal e informal a que aprendeu em casa

  • 11

    com seus pais e formalizou-a na escola.

    Tendo dito o que entendemos por lngua estrangeira, vejamos o processo pelo qual o

    aprendiz passa para a aquisio da lngua estrangeira.

    1.1.1 Processo de Ensino Aprendizagem

    "A lngua(gem) no pode ser nunca encarada como algo

    transparente, unicamente a servio da comunicao."

    Ucy Soto

    Quando pensamos em ensino de lngua estrangeira logo nos vem a mente o que

    ensinar; cultura, histria, gramtica, vocabulrio. Como bem frisa Marcuschi:

    (...) sempre o ensino de uma viso do objeto e de uma relao com ele. (...)

    Sempre que ensinamos algo, estamos motivados por algum interesse, algum

    objetivo, alguma inteno central; o que dar o caminho para uma produo

    tanto do objeto como da perspectiva. (MARCUSCHI, 2008 p.50 - 51 )

    O ensino plural, no sentido de que se tem muitas opes de o que ensinar, porm, a

    partir das necessidades da turma que o professor organizar o material que possa corresponder

    a tais necessidades, tendo sempre em vista que a sala um mundo no qual torna-se difcil

    abarcar todas as dificuldades. Afinal, cada indivduo tem um propsito, que o levou a estudar a

    lngua estrangeira, e de acordo com cada proposito uma necessidade distinta.

    Todas tm sua motivao, algumas podem estar mais bem fundamentadas e

    outras podem ser mais explicativas. Mas nenhuma vai ser a nica capaz de

    conter toda verdade. (MARCUSCHI, 2008 p. 51)

    Para o aluno, o processo de aprendizagem passa pela necessidade que o mesmo tem da

    lngua estrangeira. Seja para o trabalho, por status, seja por quais razes forem, haver sempre

    uma necessidade e um motivo para que este aprendiz tenha se interessado em estudar a

  • 12

    lngua.

    Mas aprender tambm decorre de uma conduta voluntria e permanente. Uma

    atitude positiva diante da L2 determina o processo desde a motivao inicial,

    mesmo que a escolha no tenha sido verdadeiramente escolha: o caso de

    quando quem escolhe a famlia do aprendiz ou uma deciso das autoridades

    polticas e educativas. (MARTINEZ, p. 34)

    Durante a aprendizagem de uma lngua estrangeira, o aprendiz tem que ter a vontade

    permanente, ou at mesmo constante, de aprender a lngua alvo. Pensando em tudo isso,

    podemos imaginar o quanto os mtodos usados pelo professor podem ser, tambm, fatores

    determinantes para que o aprendiz siga com a motivao ou construa nova(s) motivao(es)

    uma motivao ao longo do curso. O uso das mdias pode influenciar na aprendizagem do

    aluno, ajudando-o a interagir com outros.

    Outro fator influenciador na motivao dos alunos, pode ser o uso das mdias em sala

    de aula, as quais permitem a seus participantes uma maior interao com o mundo real, com a

    sociedade que norteia a lngua estrangeira e com os falantes nativos deste lugar.

    Vejamos os principais mtodos e abordagens que influenciaram, de alguma forma, o

    ensino de lnguas estrangeiras, e os recursos didticos usados em cada mtodo, averiguando

    uma possvel evoluo nos recursos didticos usados no ensino dessas lnguas.

    1.2 Principais mtodos e abordagens

    Desde que se comeou a pensar no ensino de lnguas estrangeiras que se tenta criar um

    mtodo e/ou uma abordagem que seja eficaz para esse ensino sejam essas lnguas quais forem.

    Desde as primeiras lnguas ensinadas, como o grego e o latim, as famosas lnguas clssicas,

    tenta-se desvendar uma metodologia capaz de englobar todas as dificuldades que o aprendiz

    venha a ter ao longo do aprendizado. Ao menos, (...) a impossibilidade de existncia de um

    mtodo perfeito (...) se transformou na busca de um mtodo mais adequado. (DUQUE, 2004

    apud VILAA, 2008 p. 82)

    Pensando nisto, este captulo tem como principal foco e objetivo fazer um repasso dos

    principais mtodos e abordagens que j foram pensados e desenvolvidos durante o ensino de

  • 13

    lnguas.

    Antes de revermos os principais mtodos e abordagens no ensino de lnguas,

    apresentamos os conceitos de mtodos e abordagens adotados por ns. Este enfoque no

    apresenta todos os mtodos e abordagens relativos ao ensino aprendizagem de lngua

    estrangeira. Escolhemos os mais utilizados e descritos por Martinez: gramtica e traduo;

    mtodo direto; abordagem udio-lingual; metodologia udio-visual; abordagem comunicativa

    e ps-mtodo.

    H muitos autores que definem mtodo e abordagem, porm, para este trabalho

    acreditamos que a definio de VILAA (2008) seja a mais relevante. Para tanto, vejamos a

    definio de mtodo.

    O mtodo mas especfico, ao passo que a abordagem mas ampla.

    Segundo VILAA (2008, p. 75) (....) o conceito de mtodo est relacionado a um

    caminho que, seguido de forma ordenada, visa a chegar a certos objetivos, fins, resultados,

    conceitos etc. (...) mtodo refere-se a um caminho necessrio para a obteno de um fim.

    A abordagem, por outro lado, (...) refere-se viso geral sobre o que seja uma lngua

    e sobre o que seja ensinar e aprender uma lngua.(ANTHONY, 1963 apud VILAA, 2008, p.

    76).

    1.2.1 Mtodo Gramtica e Traduo

    Um dos primeiros, seno o primeiro mtodo pensado para o ensino de lnguas

    estrangeiras foi o mtodo gramtica e traduo que surgiu no sculo XIX, no ano de 1840, e

    permaneceu forte dentro do ensino de lnguas estrangeiras at o sculo XX, no ano de 1940.

    O ensino de lnguas estrangeiras dentro desse mtodo dava-se atravs da traduo de

    textos das lnguas clssicas para a lngua materna. Dessa forma, podia-se ter um entendimento

    total do texto estudado e traduzido, visando a uma aprendizagem sobre a parte normativa da

    segunda lngua e o entendimento literrio dos textos clssicos, j que, as lnguas estudadas

    eram as clssicas, como o grego e o latim, e esta ltima, j era considerada lngua morta.

    Alguns dos principais objetivos desse mtodo, segundo RICHARDS e RODGERS,

    eram:

  • 14

    La lectura y la escrita eran los focos principales; se da poca o ninguna

    atencin sistemtica a hablar y escuchar. La seleccin de vocabulrio se basa

    solamente en los textos de lectura utilizados y las palabras se ensean a travs

    de listas bilinges, el estudio del diccionario y la memorizacin. En un texto

    tipo, se presentan e ilustran las reglas gramaticales, se presenta una lista de

    vocabulario con sus equivalencias y se realizan ejercicios de traduccin.

    (2001, p.11-12)

    Os erros nesse tipo de abordagem eram inadmissveis e o tratamento com a oralidade

    da lngua era impensado j que o objetivo era traduzir textos. A interao entre o professor e o

    aluno era precria dado que o primeiro neste tipo de abordagem, era visto como o nico

    detentor do saber e o aluno seria o que receberia todas as informaes advindas de seu mestre

    que mais parecia um instrutor.

    Aunque este mtodo crea a menudo frustracin en los alumnos, exige poco a

    los profesores. Todava se utiliza en situaciones donde la comprensin de

    textos literarios es lo ms importante en el estudio de las lenguas extranjeras

    y hay poca necesidad de hablarlas. (RICHARDS e RODGERS, 2001, p. 12)

    Sendo assim, os nicos recursos didticos usados nesse mtodo eram os textos

    clssicos. O material era: papel, lpis, dicionrio e, claro, o texto a ser traduzido. Estas eram as

    tecnologias usadas na poca.

    Esse mtodo perdurou durante muito tempo no ensino de lnguas estrangeiras. Aps

    ele, vieram muitos outros, com perspectivas e metodologias pouco diferenciadas e que apenas

    tentavam meramente substituir o antigo mtodo.

    1.2.2 Mtodo Direto

    Se nas abordagens tradicionais o foco era a leitura e traduo de textos clssicos, na

    abordagem direta o foco ser a oralidade. No primeiro dia de aula o professor entra em sala

    falando na lngua estrangeira. Agora deve-se falar a lngua e no a respeito dela. A traduo

    neste tipo de abordagem no era bem vista, j que o objetivo era fazer com que o aluno falasse

  • 15

    ou aprendesse determinadas estruturas sem precisar recorrer a sua lngua materna e nem

    traduo literal das palavras.

    A abordagem direta vai tentar resolver algumas das questes sobre as quais o

    ensino patinava em vo ou que tentava ignorar. (...) se em tal situao, tal

    palavra parece provocar tal reao (como um bom dia suscita seu equivalente), se tal enunciado em um ambiente que nos parea anlogo, sem

    passar nem pela traduo, nem pela explicao lexical ou gramatical.

    (MARTINEZ, 2009, p. 51)

    A pronncia tambm obter toda a ateno que o professor possa manifestar, j que

    atravs dela que ele verificar o avano do aluno no aprendizado da lngua estrangeira. E a

    partir (...) da observao refletida das recorrncias que so extradas as regras de

    funcionamento da lngua. (MARTINEZ, 2009, p. 52)

    Os recursos didticos usados na abordagem direta eram, basicamente: a voz do

    professor que, neste mtodo, preferencialmente, teria que ser nativo; e o livro didtico

    tambm, porm, pouco usado. A competncia lingustica do professor primordial para o

    aprendizado do aluno.

    A abordagem direta alcanou xito durante o final do sculo XIX e incio do sculo

    XX, mas logo perdeu terreno vindo, aps esse mtodo, a abordagem udio-lingual.

    1.2.3 A Abordagem udio-lingual

    Antes de entrarmos no que seria este tipo de abordagem, faz-se necessrio esclarecer a

    nomenclatura dada a cada abordagem. A abordagem udio-lingual est separada do udio-

    visual, por uma questo de diferena de autores. Martinez, que nosso principal terico, as

    separa, e ns acreditamos ser pertinente tal separao e resolvemos adot-la neste trabalho.

    O foco desse tipo de abordagem, como o prprio nome sugere, que a partir da escuta

    se obtenha uma produo oral da segunda lngua. Dentro da sala de aula o professor no pode

    falar na lngua materna, fazendo uso exclusivo da lngua estrangeira, e os alunos, a partir da,

    tentam reproduzir o que escutam.

    Richards e Rodgers (1986) resumem a metodologia que resultar dessas

  • 16

    premissas, entre 1930 e 1960, insistindo na prioridade concedida ao oral, no

    uso exclusivo da lngua alvo em classe, no fato de que os novos elementos

    introduzidos serem sempre introduzidos em situao. (MARTINEZ, 2009, p

    54)

    A gramtica entra, assim que os mdulos lingsticos estejam considerados seguros

    pelo professor, segundo o que ele observou no aprendiz da lngua estrangeira.

    O lugar do vocabulrio e da gramtica no deixado ao acaso, leitura e

    escrita intervm, to logo os meios lingsticos para tanto estejam

    assegurados. (MARTINEZ, 2009, p. 54)

    Os recursos didticos usados nesta abordagem eram, alm da voz, os gravadores, com

    exerccios estruturais em situaes que se assemelhavam ao real. A partir daqui houve um

    progresso, um avano maior e comea a surgir o uso de recursos miditicos no ensino de

    lnguas estrangeiras.

    Aps a abordagem udio-lingual, ainda na busca da melhor abordagem para o ensino

    de lngua estrangeira surge outra abordagem muito conhecida e usada, assim como todas as

    outras citadas at hoje no ensino de lnguas (a depender do professor que atua): foi a

    metodologia udio-visual.

    1.2.4 Metodologia udio-visual

    A abordagem udio-visual, como diz MARTINEZ, no foi meramente uma associao

    entre a imagem e o udio, foi alm disso. Para isso, define ainda MARTINEZ que (...) Ser

    qualificado de mtodo audiovisual aquele que, no se limitando apenas a associar a imagem e

    o som para fins didticos, una-os estreitamente, de modo que em torno dessa associao que

    se constroem as atividades. (2009, p. 57).

    E neste tipo de abordagem no se ensina de qualquer forma, qualquer coisa em

    qualquer ordem, existe uma coerncia entre as partes.

    Apresentao do contedo novo, sob uma forma viva, em uma situao de

  • 17

    comunicao e com suportes variados em que texto, imagem e som se

    encontram associados. (2009, p. 59)

    Nesta abordagem a repetio fundamental para a fixao dos contedos ensinados em

    sala de aula.

    A repetio se mantm como um dos meios de alcanar a fixao, por meio

    de procedimentos diversificados: aprendizagem de cor, individual, em grupo,

    na sala de aula ou em casa, com o auxlio do gravador, do laboratrio de

    lnguas, autnoma ou no, por meio de dramatizao ou do jogo de papis

    etc. Vemos que se podem combinar diversas possibilidades de repetio e de

    correo. (2009, p. 61)

    perceptvel que os recursos didticos usados nesta abordagem so: som com o uso de

    gravadores, e imagens que poderiam ser trazidas: a) em slides; b) em uma fita cassete e

    projetadas com o auxilio da tv, ou em um retroprojetor. Enfim, o emprego em aparelhos que

    permitam a visualizao e/ou, at mesmo, a juno entre o som e a imagem. Tambm jogos de

    papis como diz MARTINEZ. Quanto mas se avana no tempo, mais funcionais ficam sendo

    os recursos didticos usados no ensino de lnguas estrangeiras.

    Aps a abordagem udio-visual, temos a abordagem comunicativa que vem, tambm

    para inovar o ensino de lnguas estrangeiras.

    1.2.5 Abordagem Comunicativa

    A abordagem comunicativa para ns vista como o boom das abordagens, j que

    com ela que o aluno passa a interagir melhor com o professor e onde a construo do saber

    parece fazer sentido para o aprendiz.

    O aprendiz tem total liberdade neste tipo de abordagem, aprendizagem passa a ser

    autnoma, no sentido de que o aluno busca mais conhecimento sem depender tanto do

    professor. Onde o aprendiz passa a construir-se como sujeito social na lngua estrangeira,

    enfim,o aprendiz posto na situao de ser o agente autnomo de sua aprendizagem.

    (MARTINEZ, 2009. p.71)

    O papel do professor na abordagem comunicativa ser diferente, passando a exercer o

    papel de facilitador do saber e no de detentor do saber. O professor abandona o

  • 18

    protagonismo, deixando o papel central para o aprendiz.

    Diante disso, o papel do professor s poderia estar profundamente

    modificado. No h dvida de que ele ainda continua a ser a referncia

    lingstica, aquele que corrige com moderao e avalia os desempenhos, em

    um momento ou noutro. (2009, p. 71)

    A abordagem comunicativa parece respeitar as heterogeneidades da sala de aula e

    buscar maior interao entre os participantes da conversa. A interao passa a ser apenas

    orientada.

    (...) a abordagem comunicativa pode ser considerada como um sistema

    voltado para a integrao de disposies diversificadas e para aquelas que

    tm como finalidade envolver o aprendiz em uma comunicao orientada.

    (2009, p. 72)

    Os recursos didticos usados na abordagem comunicativa eram: mais uma vez a voz,

    como um dos principais recursos e que est presente em quase todos os mtodos e abordagens;

    lista de palavras que o aprendiz tinha que memorizar; e a criatividade do aprendiz faz parte do

    processo de ensino aprendizagem. Aqui, tambm, era possvel a utilizao de mdias como

    reportagens televisivas do pas da lngua estrangeira, que trouxesse, ao estudante, uma

    interao e aproximao a um contexto mais real, envolvendo-o em uma prtica social. Vale

    ressaltar que a utilizao destes recursos trouxe um avano no que concerne ao ensino de

    lnguas, visto que os alunos passaram a ter uma interao maior com o professor e a atuar de

    forma mais realista com pessoas de outros pases.

    Podemos aqui chegar a uma pequena concluso sobre todos os mtodos acima citados,

    dizendo, ou at mesmo afirmando, que nenhum mtodo puramente eficaz dentro do ensino

    de lnguas. At porque a lngua algo em constante mudana, exigindo, assim, de seus

    usurios, uma desenvoltura maior com relao ao seu uso.

    E, claro, no se esquecendo do professor que a utiliza, que deve estar em constante

    atualizao, principalmente quando a lngua que estiver sendo ensinada no a sua, materna.

    perceptvel tambm a evoluo com relao aos recursos didticos usados em sala de

    aula, passando a serem recorrentes o uso de tecnologias dentro do ensino de lnguas quando se

  • 19

    tornou possvel o acesso a elas. J que nos primeiros mtodos a utilizao era mais difcil, pela

    inexistncia e depois pela inacessibilidade das tecnologias que inovaram o ensino.

    Aps tantos mtodos criados para tentar, de alguma forma, preencher as lacunas

    deixadas pelos mtodos anteriores, chega-se era do ps-mtodo.

    1.2.6 Ps-Mtodo

    O ps-mtodo surge como forma de libertao dos professores de todos esses mtodos

    j citados, com a desobrigao de seguir um mtodo especfico, ou, at mesmo, a liberdade de

    escolher o que achar melhor, ou, ainda, usar vrios ao mesmo tempo. o mesmo que dizer, o

    mtodo adequado este ser usado, tirando o foco sobre a busca incansvel de um mtodo

    perfeito capaz de resolver todos os problemas relacionados ao ensino aprendizagem de uma

    lngua estrangeira.

    Agora com o ps-mtodo, o professor passa a ter mais autonomia no ensino, a ser

    crtico com relao a sua prpria prtica docente e, claro, assume uma responsabilidade ainda

    maior, j que no poder por a culpa em nenhum mtodo especfico caso o ensino no

    funcione; a culpa, neste caso, recair no professor, talvez no por incompetncia, mas, talvez,

    por falta de senso crtico a sua auto-formao. A partir da o professor passa a andar com as

    prprias pernas, sem estar seguindo, de alguma forma, um padro.

    A era do ps-mtodo, deve ser vista como a era onde cada educador desempenhar o

    papel que julgar melhor dentro da sua sala de aula, respeitando, assim, os ambientes sociais,

    culturais e econmicos onde ele atua.

    Os recursos usados aqui so de total escolha do professor, que tem maior liberdade

    para escolher e trazer, sua prtica docente, o que julgar melhor. A utilizao das tecnologias

    aqui maior, com a utilizao de blogs, jornais online, filmes, msicas etc.

    at possvel pensar em uma sala de aula totalmente digital, onde ao invs de se ter

    uma aula distncia se aproximam alunos, professores e outras pessoas que participam, direta

    ou indiretamente, na educao, rompendo barreiras e aproximando as fronteiras ao que

    concerne a uma lngua estrangeira.

    Ainda pensando no ensino de lnguas estrangeiras, temos hoje, assim a mdia como um

  • 20

    recurso a ajudar o professor em sua prtica e, claro, facilitar o aprendizado do aluno que atua

    ou interatua com ela.

    Vejamos o que as tecnologias podem fazer em favor desse ensino.

  • 21

    CAPTULO II UM REPASSO HISTRICO SOBRE O AVANO DAS MDIAS E O USO DELAS NO ENSINO DE LNGUAS ESTRANGEIRAS

    Neste captulo, pretendemos fazer um breve relato histrico sobre o avano das mdias

    apontando quais so as antigas e as atuais.

    Pretendemos, ainda, abordar o uso das mdias relacionadas ao ensino de lnguas

    estrangeiras, explicitando ao longo do texto as mais relevantes.

    2.1 Um pouco de histria

    As mdias que surgiram no inicio da histria da evoluo humana no so as mesmas

    usadas hoje em dia. Pois o homem continuou a evoluir e, juntamente com ele, as mdias. A

    humanidade sempre sentiu o desejo da comunicao e, para tanto, fazia-se necessrio uma

    formalizao no s da educao como tambm dos meios usados para educar e para

    armazenar as histrias narradas de pais para filhos, e os relatos sacerdotais nos templos

    antigos.

    Cada poca implementou dentro de um contexto de atividades especficas, relacionadas a certas prticas sociais concretas ferramentas que criaram novas possibilidades, e tambm limites e restries. Uma pedra lascada, um

    osso polido, uma lana, um jornal, um computador: todos eles instrumentos

    exteriores ao homem, mas que o modificam profundamente em sua forma de

    pensar e de se relacionar com o mundo. (SOTO, 2008, p. 13)

    SOTO (2008), trs como antigas tecnologias os pictogramas, o papiro, o pergaminho, o

    papel, o livro e o computador. O pictograma foi "uma primeira tentativa de representar

    idias/histrias em um suporte fora do crebro humano (MEC, 2001 apud SOTO, 2008). A

    pedra foi um dos suportes que permitiu ao homem no s a possibilidade de transmitir sua

    mensagem, mas, principalmente, de deix-la para outros homens." (SOTO, 2008, p. 14)

    O papiro, o pergaminho e o papel, segundo SOTO, foram os "(...) suportes mais

    comuns sobre os quais o homem escreveu, mo, com tinta. Mas, to importante quanto o

    material onde se escrevia, foi a idealizao e cristalizao de um determinado formato para

    guardar e transportar o que estava escrito: o cdice, que associamos, hoje, automaticamente,

  • 22

    ao livro, como se ele s estivesse existido sob essa forma." (2008, p. 15-16)

    Como toda nova mdia, o livro no tinha o preo acessivel "a possibilidade de

    produo artesanal faziam do livro algo singular alm de um bem caro e, consequentemente,

    acessvel a poucos. (2008, p. 18)

    Segundo SOTO, para que o livro fosse usado e compreendido por todos, fez-se

    necessrio a unificao do sistema de escrita. Deve-se escolher um sistema que padronize a

    lngua, tornando-a entendida por todos.

    Depois da padronizao da lngua veio o livro didtico impresso, e somente aps o

    livro impresso que surge o computador que no s modernizou o mesmo, como tambm

    facilitou o acesso a ele, atravs da sua disponibilizao na internet.

    Aps este repasso histrico sobre algumas mdias, vejamos o conceito de mdia trazido

    por TORI e sua classificao.

    2.2 Uma reflexo sobre mdia

    Eu considero que a nova mdia est transformando as maneiras de se fazer educao. Consequentemente est

    mudando como os adultos (crianas) encaram a educao.

    R. Kozma, Media and Learning, apud, TORI.

    A epgrafe acima parece pertinente se refletirmos sobre o mundo a nossa volta, e

    enxergarmos o quanto ele aparenta ter mudado. Parece lgico dizer que se o mundo muda, o

    que est nele tambm se transforma. Assim como mudaram e surgiram novos mtodos

    relacionados ao ensino, os recursos, por sua vez, tornaram-se mais avanados. No mundo

    moderno em que vivemos, as mdias que nos envolvem transformaram-se em mdias de

    tecnologias avanadas, e parece inevitvel que ns, professores, avancemos juntos. E quase

    que inadimissvel que ns, que temos a nossa disposio todos os meios tecnolgicos que

    promovam a interao, continuemos apenas no quadro negro e giz. At porque o aluno de

    ontem no o aluno de hoje e, consequentemente, no ser o de amanh. Somos conscientes

  • 23

    de que podemos fazer muito mais pelos nossos alunos.

    Este captulo tem como objetivo proporcionar uma viso suscinta no que diz respeito

    utilizao dos recursos miditicos no ensino. No entanto, faz-se necessrio, num primeiro

    momento, definirmos o termo mdia.

    Segundo TORI (2010), a mdia um veculo de comunicao, ou seja, a mdia vista

    como provedora da interao que vai mais alm do computador que conhecemos. Mdia

    qualquer recurso que promova a interao. Para esse autor:

    O jornal impresso e o livro utilizam o mesmo sistema de smbolos (letras,

    palavras e imagens), mas so mdias diferentes, uma vez que utilizam

    tecnologias distintas (formato, qualidade do papel e da impresso, por

    exemplo) e possuem capacidades de processamento diversas (um dirio e

    descartvel, o outro perene; seus processos de leitura, fsicos e cognitivos

    so distintos). O cinema, a televiso e o DVD player utilizam-se do mesmo

    sistema de smbolos (som e imagem em movimento), mas tambm se

    diferenciam pela tecnologia e pelo sistema de processamento. (TORI, 2010,

    p. 37)

    As mdias podem ser caracterizadas a partir de trs aspectos, segundo TORI (2010):

    sua tecnologia, seu sistema de smbolos e a capacidade de processamento que oferece. Dentro

    de cada caracterstica que a integram esto outras categorizaes.

    A tecnologia subdividida em, eletrnica e concreta. A eletrnica, por sua vez, est

    subidividida em digital e analgica. As digitais so: computadores, CD de udio, CD-ROM,

    DVD etc. J as analgicas so: rdio, televiso, telefone, cinema etc. A concreta est

    subdividida em material e corporal. A material so: livro; apostila; slides etc. J a corporal

    so: palestras; dana; teatro; e canto. Estas so as caractersticas da tecnologia que compe a

    mdia.

  • 24

    2.1-Tecnologia da Mdia

    (TORI, 2010; p.54)

    A simbologia est subdividida em duas partes, so elas: esttica e contnua. Compem

    a esttica, o texto trazendo: livros; apostila; partituras; transparncias etc; e a imagem com, o

    desenho; pintura; fotografa; slides. A contnua, por sua vez, trz vrias categorias. Dentre

    elas esto o discurso, trazendo as palestras (sem imagens), audiobook, telefone, chat etc. A

    msica, por sua vez, trz o CD de udio, MP3 player etc. A animao trs, desenhos

    animados, expresso corporal etc. J a performace trz a, palestra (com imagem em

    movimento), cinema, teatro, dana, show musical e etc. Para finalizar as simbologias, temos a

    exercitao que est acompanhada de simuladores, dinmica de grupos, jogos, laboratrios

    etc.

  • 25

    2.2 - Simbologia da Mdia

    (TORI, 2010; p.53)

    A capacidade de processamento est dividida em duas partes: uma de distncia e

    outra de contedo, que, por sua vez, esto subdivididas em muitas outras categorias. No

    entando, no que concerne ao corpo deste trabalho, faremos apenas a explanao quanto aos

    componentes de distncia, porque pretendemos, aqui, tentar enxergar at onde podem ser, ou

    no, rompidas as fronteiras e a questo da interao entre os participantes, professores e alunos

    usurios das mdias.

    Com relao capacidade de processamento o autor TORI apresenta seis

    subdivises: local; remota; sincrnica; assincrnica; expositiva; e interativa.

    A local so as salas de aula, laboratrio etc; as remotas so as teleconferncias,

    televiso, vdeo, cinema etc. Sendo ambas vistas sobre o enfoque da distncia espacial. A

    sincrnica so televiso, chat, teleconferncia, aula presencial etc; a assincrnica so DVD

    player, livro, correio eletrnico, cinema etc. Sendo as duas vistas como em distncia temporal.

    A expositiva so a TV, DVD player, livro, aula expositiva etc. A interativa so os jogos

    interativos, aula experimental, dinmica de grupo etc. Sendo estas categorizadas como

    distncia interativa.

  • 26

    2.3-Componentes de Distncia da Mdia

    (TORI, 2010; p.54)

    Podemos observar que, sero mdias tudo que promova a interao e que a mesma

    mdia pode ser caracterizada atravs de vrios aspectos. Tomemos como exemplo o livro.

    Quanto a sua tecnologia o livro classificado como concreto, quanto a sua simbologia

    esttico e quanto a sua capacidade de processamento pode ser assincrnico e expositivo.

    Pensando no ensino de lnguas estrangeiras, vejamos como se desenvolve a interao e

    os perigos que o emprego de determinadas mdias pode ocasionar devido ao seu mal uso.

    As mdias sobre as quais estaremos refletindo a respeito de seu uso so: e-mail; blogs;

    jornais online; redes sociais (mdias relacionadas a internet); filmes; telejornais (mdias

    relacionadas a televiso e cinema); msicas (mdia relacionada ao rdio, porm pode ser

    ouvida no computador, no mp3, na televiso, ou seja, relacionada a tudo que permita a sua

    execuo).

  • 27

    2.2.1 Internet

    A internet possibilita ao aprendiz uma maior adeso ao universo do que o faz o livro

    didtico. No entanto, importante ressaltar que, dificilmente, um material didtico poderia

    substituir o livro que h tanto tempo nos acompanha e que sempre surge de forma

    modernizada, como o caso dos livros online.

    2.2.2 Blogs

    Os blogs so meios usados por estudantes que querem manter-se em contacto real com

    a lngua. Atravs de leituras de textos produzidos em lngua estrangeira, possibilitanto um

    acesso maior a segunda lngua; permitindo ao aluno a publicao de suas prprias produes

    em lngua estrangeira.

    2.2.3 Jornais online

    Os jornais online permitem ao aluno um contato real com a lngua estrangeira. Permite,

    ainda, o conhecimento do que atualmente se passa no lugar da lngua alvo, o acesso cultura

    do outro etc. O jornal online um dos meios que oferece, alm de tudo o que foi citado, um

    contato com a variante formal da lngua estrangeira.

    2.2.4 Redes sociais

    J as redes sociais possibilitam, ao aprendiz, um contato com pessoas que esto a

    quilmetras de distncia, como se aquela pessoa estivesse a seu lado. As redes sociais

    permitem, ao aprendiz da lngua estrangeira, uma interao imediata de forma mais

    participativa e direta.

  • 28

    2.2.5 E-mail

    O e-mail tambm uma mdia que oportuniza muitos contatos com pessoas de outros

    lugares. o nosso correio online, para onde destinamos muitas coisas que transmitem a

    informao que queremos passar, como recados, cartas, sugestes de links, currculo etc. A

    lnguagem dentro do e-mail, passeia por entre o formal e o informal, a depender do

    destinatrio.

    2.2.6 Televiso

    A televiso um dos meios pelos quais os aprendizes podem entrar em contato com a

    lngua estrangeira, trabalhando a parte auditiva da lngua estrangeira e entrando em contato

    com a realidade do lugar onde falada, isso acontece atravs dos telejornais nos canais abertos

    e dos filmes que, por sua vez, podem ser vistos em outros ambientes como o cinema.

    2.2.7 Telejornais

    Os telejornais trazem para os aprendizes a mesma informao veiculadas pelos jornais

    online, s que, desta vez, de forma narrada, na qual o aprendiz tem contato com a pronuncia

    da lngua estrangeira e conhece, de forma visual e, muitas vezes, em tempo real o que est

    ocorrendo naquele lugar.

    2.2.8 Filmes

    Os bons filmes produzidos na lngua ofcicial do pas que o aprendiz est estudando,

    podem trazer, para o estudante, realidades de vocabulrio que muitas vezes passam

    despercebidas por professores e uma infinidade de expresses que fazem parte da cultura

    daquele lugar. Fazem com que o aluno tenha uma viso dinmica da lngua, constatando

    que ela no esttica. E que, de acordo com o lugar, as expresses podem, e so muitas,

  • 29

    vezes diferentes.

    2.2.9 Rdio e tudo que proporcione a escuta da msica

    A msica poder tambm ajudar o aluno de forma mais potica a visualizar no s as

    expresses da cultura de um povo como tambm lhe permite ver como so as pronncias de

    determinadas palavras. Ela trabalha, no aprendiz, a parte auditiva, acrescentando,

    ricamente, seu vocabulrio.

    Porm, o que aqui nos interessa saber em que medida o uso das mdias so vistas

    pelos alunos. Se como facilitadoras do aprendizado, meio de interao real e uma

    construo scio-virtual da realidade onde todo o meio favorece o aprendiz, ou se apenas

    como atividades ldicas e, at mesmo, simples meio de entretenimento em sala de aula.

    Interessa, mais especificamente, neste estudo, apontar se o curso de Letras Espanhol do

    CCHLA/UFPB, desde uma perspectiva dos grupos pesquisados, usa as novas mdias ou se,

    ainda, continuamos utilizando as antigas.

    2.2.10 Moodle

    No podemos deixar de citar ainda como informao das mdias relacinadas a internet

    o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment), seu idealizador foi

    Martin Dougiamas, "como parte de sua tese de doutorado em cincias da computao e

    educao na Universidade Curtin da Austrlia" (TORI, 2010).

    Para ter acesso ao moodle basta ter um provedor de internet, e para instalar o moodle

    necessrio uma plataforma Linux. Porque segundo TORI (2010), os recursos oferecidos por

    esse sistema so "(...) repositrios de contedos, correio, frum e whiteboard entre outros."

    (2010, p. 139)

    Alm de todas as facilidades no momento da instalao o custo zero para a obteno

    de uma plataforma moodle.

  • 30

    2.3 Mdias no Ensino de Lnguas

    Muito se ouve falar sobre a utilizao dos recursos miditicos dentro do ensino de

    lnguas estrangeiras, como um meio facilitador para o aprendizado, ajudando o aluno a se

    inserir na cultura, no meio social e, at mesmo, econmico do pas da lngua estrangeira.

    Pensando nisto, as mdias podem proporcionar ao aluno alguma autonomia no

    momento da aprendizagem, j que permitem ser usadas em um ambiente informal, ou seja,

    fora do contexto escolar. Permite ao aluno que busca autonomia um acrscimo de seus

    conhecimentos, aperfeioando-se na lngua estrangeira.

    Uma das mdias em alta, hoje, no ensino aprendizagem de lnguas estrangeiras a

    internet. Podemos perguntar aqui, o que necessariamente? Tudo que vecule o aprendiz em

    uma rede social, na qual possa interagir, em um ambiente social real, com pessoas que falam a

    lngua estrangeira, aproximando, assim, o aluno de uma realidade virtual.

    Todas estas mdias podemos encontrar dentro de uma nica mdia chamada internet.

    A internet pode trazer muitos beneficios como diz GORDILLO,

    (...) internet se ha diseado para permitir un acceso fcil, econmico y de

    gran flexibilidad a la ilimitada informacin que aloja y a los programas

    necesarios para la navegacin, programas pensados para que cualquier

    usuario sin apenas conocimientos informticos pueda usar todos los recursos

    de la red. (2001, pg. 19)

    Tambm pode trazer algumas desvantagens segundo GORDILLO,

    (...) internet es un espacio de intervencin pblico y libre en el que

    prcticamente no hay fiscalizacin, cualquiera puede incluir contenidos e

    informacin. Habr entonces que tener muy en cuenta el origen y las

    caractersticas de los recursos a los que accedemos. (2001, pg. 21)

    Porm por meio desse recurso didtico que o professor pode proporcionar ao seu

    aprendiz materiais didticos autnticos. Alm de desenvolver nos alunos determinadas

    habilidades que facilitem sua autocriticidade, tornando o aluno mais seletista, crtico e

    autocritico, estratgico, tcnico e etc. Assim como bem frisa GORDILLO, (2001) "(...)

    contribuye al desarrollo de habilidades, tcnicas, y estratgias de estudios en aspectos como":

  • 31

    La familiarizacin con la tecnologa, su lenguaje y sus procedimientos.

    El tratamiento de la informacin (bsqueda, seleccin, manipulacin, organizacin...).

    La competencia linguistica, al ser una fuente inmediata de recursos idiomticos, con un valor aadido, ya que los variados elementos que

    configuran el hipertexto refuerzan el aprendizaje.

    GORDILLO, (2001) constre uma lista de constribuies que o uso da internet pode

    trazer ao estudante da lngua estrangeira. importante ressaltar que atravs das chamadas

    redes sociais, os alunos passam a ter uma aprendizagem colaborativa, facilitanto assim na

    troca de conhecimentos e na interao entre os aprendizes.

    Esta representa o meio de comunicao que permite, pela primeira vez na

    histria da humanidade, a comunicao de muitos com muitos num tempo e

    espao indeterminados e escala global. (RANGEL 2008, p. 19)

    Podendo a mesma romper com as barreiras e porque no dizer fronteiras, quando

    pensamos no ensino de lnguas estrangeiras. Barreiras essas levando em considerao a

    distncia fsica. Aproximando de outras maneiras as pessoas.

    Dentro deste novo cenrio educacional, o professor assume novos papis. O professor

    agora orientador, no mais detentor do saber. O professor dentro desta nova perspectiva,

    poderia ser visto como profissional atuante na rea do ensino de forma profissionalizada e

    modernizada. Saindo de uma viso tradicionalista do ensino, onde o professor era o nico

    detentor do saber e os alunos apenas aprendizes que no tinham nada o que trocar com o

    professor, apenas aprender.

    O uso das mdias no ensino trouxe no s a modernizao para o aprendizado, como a

    facilitao do mesmo e a possibilidade de um maior alcance ao mundo real, social e

    economico cultural da lngua estrangeira.

  • 32

    CAPTULO III - METODOLOGIA

    Este captulo trata da descrio de todo o processo de desenvolvimento da pesquisa,

    explicitando os pontos relevantes para este trabalho, deixando registrada a construo do

    corpus, a pilotagem e por fim o processo de anlise dos dados recolhidos para a pesquisa, a

    contextualizao da pesquisa, a natureza da mesma, o perfil dos participantes, e o

    procedimento de coleta dos dados.

    3.1 Natureza da Pesquisa

    A pesquisa desenvolvida enquadra-se em um mbito quantitativo, pois levamos em

    considerao as respostas dadas pelos informantes desde uma anlise nmerica dos

    questionrios.

    Como a nossa pesquisa foi realizada a partir da viso dos alunos de Letras Espanhol

    dos nveis Bsico II e Intermedirio III, da Universidade Federal da Paraba, ela pode ser

    categorizada, tambm, como um estudo de caso, dado que este

    (...) uma categoria de pesquisa cujo objeto uma unidade que se analisa

    profundamente. Pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade

    bem definida, como um programa, uma instituio, um sistema educativo,

    uma pessoa ou uma unidade social. Visa conhecer o seu como e os seus porqus, evidenciando a sua unidade e identidade prprias. uma investigao que se assume como particularstica, debruando-se sobre uma

    situao especfica, procurando descobrir o que h nela de mais essencial e

    caracterstico.

    (http://mariaalicehof5.vilabol.uol.com.br/#Estudo de Caso)

    3.2 Contexto da Pesquisa

    Os participantes da pesquisa so alunos da Universidade Federal da Paraba, Centro de

    Cincias Humanas letras e Artes, do curso de Letras-Espanhol dos nveis: Bsico II e

    Intermedirio III.

  • 33

    A escolha destas turmas, em especial, deu-se para que possamos averiguar a viso que

    alunos de dois nveis tm do uso das mdias em sala de aula, no caso, alunos de um nvel mais

    avanado e alunos quase iniciantes do curso, para verificar se h contrastes de viso entre os

    grupos.

    Esta pesquisa nasceu da curiosidade da prpria investigadora, j que nenhum dos

    projetos do curso de Letras Espanhol era voltado para a rea de tecnologias. Viu-se necessrio

    saber at que ponto o aluno do referido curso encara o uso destes recursos didticos dentro da

    sala de aula, e sua possvel importncia para manter-se em constante contato com a lngua

    estrangeira.

    Veremos, mais adiante, como se procedeu a anlise e o desenvolvimento da coleta dos

    dados relevantes para a pesquisa.

    3.3 Procedimento de Coleta dos Dados

    O questionrio utilizado para colher as informaes de interesse da pesquisa foi

    construido e reconstruido diversas vezes at tornar-se adequado. Para nos assegurar de que, de

    fato, estava funcional o questionrio, foi feita uma experincia na turma de trabalho de

    concluso de curso da professora Carla Reichmann. A turma mista contemplando alunos do

    curso de ingls, francs e espanhol.

    O questionrio est composto por oito questes, sendo quatro fechadas e quatro

    abertas, portanto caracterizando o questionrio como misto.

    Como parte da diviso do questionrio temos a identificao, na qual pedimos que os

    alunos participantes da pesquisa explicitem o nvel em que esto no curso de espanhol: inicial,

    intermedirio ou avanado. Aps esta identificao partimos direto para as perguntas. O nome

    dos participantes no foi pedido, por questes de tica dentro do trabalho, acreditamos ser

    mais propcio que os alunos no se identificassem.

    Tivemos um total de vinte e dois questionrios respondidos, sendo quatorze do nvel

    Bsico II e oito do nvel IntermedirioIII.

    Aps o processo de coleta dos dados, foram computadas manualmente, as respostas

  • 34

    obtidas.

    3.4 Procedimento de anlise dos dados

    Para esclarecer a no obrigatoriedade de resposta dos alunos participantes, s

    respondeu quem de fato estava interessado em participar e contribuir, de alguma forma, para a

    realizao da pesquisa.

    A anlise dos dados foi feita, inicialmente, de forma separada (por turma) j que alm

    da identificao do uso das mdias os estudos pretendem verificar o contraste de informaes.

    De cada pergunta levantamos a quantidade de respostas obtidas para a mdia

    designada. Fazendo um levantamento quantitativo das respostas obtidas. A partir da podemos

    responder a pergunta que fizemos no inicio da pesquisa: Quais mdias so mais usadas nas

    turmas do Bsico II e Intermedirio III, do curso de Letras Espanhol da Universidade Federal

    da Paraba (UFPB)?

  • 35

    CAPTULO IV - ANLISE DOS DADOS DA PESQUISA

    4.1 Espanhol Bsico II

    Os dados analisados da presente pesquisa obtiveram os seguintes resultados, segundo o

    corpus. Para a turma de Espanhol Bsico II, com quatorze participantes1, foi possvel constatar

    que as mdias mais usadas foram: filmes, jornais online, lembrando que esses jornais, em sala

    de aula, so impressos, porque nas salas de aulas do CCHLA/UFPB no se tem computadores:

    nem para o docente e, muito menos, para o discente e msicas. As demais mdias so usadas,

    no entanto, como o objetivo desse trabalho era averiguar as mais recorrentes, achou-se

    interessante citar as mdias mais marcadas pelos participantes.

    Com relao freqncia de uso das mdias, onze pessoas responderam que o uso

    delas se d apenas s vezes.

    Os informantes entendem a utilizao objetiva desses recursos com fins prticos e

    como parte do desenvolvimento da aprendizagem.

    A importncia do uso desses recursos didticos para entender melhor a lngua, para

    uma ampliao do vocabulrio e como prtica.

    Partindo para um contexto extra-escolar, ou seja, fora da sala de aula, dos quatorze

    alunos participantes doze responderam afirmativamente dizendo fazer uso dos recursos

    miditicos fora da sala de aula. E apenas dois responderam negativamente, dizendo no fazer

    uso de nenhum dos recursos miditicos fora da sala de aula. Dos doze participantes que

    responderam afirmativamente, apenas cinco usam sempre, e sete usam s vezes. Dos

    participantes que usam sempre e s vezes as mdias, o ambiente de utilizao dessas mdias

    so suas respectivas residncias, com onze respostas obtidas para est pergunta, apenas um

    participante citou a Universidade.

    Ainda dentro do contexto extraclasse, as mdias mais usadas pelos participantes fora da

    sala de aula so: filmes, com dez respostas; msica, tambm, com dez; e e-mail com, apenas,

    quatro respostas. Outras mdias foram citadas como: revista; jornais online; dicionrio online;

    canais de tv em espanhol; e livros, todos estes com apenas uma resposta para cada.

    1 Ver Apndice 1 (Bsico II), para uma melhor visualizao dos resultados obtidos na pesquisa.

  • 36

    4.2 Espanhol Intermedirio III

    No que diz respeito ao Espanhol Intermedirio III, com oito informantes2 para a

    presente pesquisa, as respostas obtidas foram s seguintes. As mdias mais usadas em sala de

    aula de lngua espanhola, so: filmes, com seis respostas; jornais online, com quatro respostas

    e email, com cinco respostas. Considerando apenas as mdias com maiores frequncias. A

    freqncia de uso dessas mdias, segundo os participantes da pesquisa, , s vezes, de cinco

    respostas.

    Os objetivos de utilizao desses recursos em sala de aula, segundo os participantes,

    ter um maior contato com o idioma, obtendo trs respostas; e motivao pra no deixar a aula

    montona, com duas respostas. Outros dois responderam promover a interao; e um

    respondeu que facilita a aprendizagem.

    O uso desses recursos fora da sala de aula vista como forma de praticar a lngua

    estrangeira neste caso o espanhol. E os outros quatros responderam que com o uso desses

    recursos possvel se manter em contato com a lngua estrangeira, aprendizagem mais afetiva,

    aprendizagem da lngua espanhola e comunicao com os estrangeiros. Obtendo, para cada

    uma nica resposta.

    Todos os participantes da pesquisa responderam afirmativamente com relao ao uso

    dessas mdias fora do contexto acadmico. Cinco dos participantes usam sempre e trs usam

    as mdias s vezes. Seis usam em casa e duas no trabalho.

    As mais usadas fora da sala de aula so: msicas, com sete respostas, filmes, com seis

    respostas, jornais online e e-mail cada um com trs respostas.

    4.3 Anlise contrastiva

    Podemos dizer que as vises sobre a utilizao das mdias em sala de aula no to

    diferente com relao ao nvel em que os participantes se inserem, j que ambos os grupos

    pensam que com a utilizao dos recursos miditicos possvel facilitar o aprendizado, a

    2 Ver apndice 2 (Intermedirio III), para uma melhor visualizao dos resultados obtidos na pesquisa.

  • 37

    prtica e a interao. Observou-se que a viso dos alunos iniciais bem mais amadurecida do

    que a viso dos alunos intermedirios, visto que os alunos do Bsico acreditam na facilitao e

    na, interao, enquanto os avanados acreditam que serve para no ser montona a aula,

    lembrando que no a viso da maioria. No entanto, considervel rever que como estes

    poucos alunos que responderam isso, vem a utilizao dos recursos didticos extras. Ser que

    todos os recursos extras levados so para no deixar a aula montona, por usar apenas o livro

    didtico? Acreditamos ser importante refletir sobre tais respostas.

    A maioria dos alunos do nvel intermedirio v o uso das mdias como auxlio

    aprendizagem da lngua estrangeira, j que atravs das mdias que podem ter um contato

    maior com muitas pessoas diferentes, e a prtica nessas horas ajuda muito. importante

    ressaltar que as mdias que permitem um contato mais real com o mundo em volta dos que

    aprendem a lngua estrangeira so usadas, no na Universidade, e, sim, em suas casas e em

    seus locais de trabalho.

    As mdias mais usadas so, praticamente, as mesmas por ambos os grupos,

    diferenciando-se, apenas, na msica e no e-mail, sendo este usado pelos participantes do

    Intermedirio III e a msica pelos alunos do Bsico II.

    Ambos vem a utilizao desses recursos extraclasse como possibilidades de praticar a

    lngua estrangeira e, ampliao do vocabulrio. Ambos os grupos disseram fazer uso dos

    recursos miditicos fora do mbito acadmico.

    E as mais usadas por ambos os grupos so: msicas; filmes; e-mail e jornais online que

    esto presentes na resposta dos grupos participantes da pesquisa.

    Podemos dizer que nossos alunos constituem-se como alunos autnomos, j que,

    buscam, por conta prpria, que tipo de material poder ajud-los no aprendizado da lngua

    estrangeira. Acreditamos que selecionam com rigor, as informaes que devem guardar e se

    essas informaes so relevantes ou no.

    Entendemos, ainda, que o no uso das redes sociais como orkut, facebook, twiter, entre

    outras, no se d porque os alunos no as usam e sim pelo fato de que talvez no a utilizem

    para seu aprendizado na lngua estrangeira.

  • 38

    CONSIDERAES FINAIS

    Concluimos com a seguinte pesquisa que as mdias mais usadas no ensino de lngua

    espanhola do curso de Letras Espanhol, do Bsico II e Intermedirio III da Universidade

    Federal da Paraba so: msicas, jornais online lembrando que o uso desses jornais so

    impressos, e-mail e filmes. atravs destas mdias, que os alunos de letras tentam manter-se

    em total conjuntura com a lngua espanhola. Cumprindo assim os objetivos propostos a

    principio quando iniciamos a nossa pesquisa, ou seja, apontar quais os recursos miditicos,

    mais usados no ensino de lngua espanhola, desde uma perspectiva dos alunos do Bsico II e

    Intermedirio III.

    Respondendo tambm a partir da viso dos mesmos se a utilizao das mdias voltada

    para o aprendizado ou dinamizao das aulas. Obtendo as seguintes respostas a partir dos

    dados anlisados, que sim. So vistas para uma possivel facilitao do aprendizado.

    Observou-se ainda, que os participantes da pesquisa, usam as mdias para manter-se em

    contato com a lngua quando esto fora da universidade. Mostrando serem autnomos na

    aprendizagem. A viso dos alunos sobre a utilizao das mdias (que muitas vezes pode no

    refletir o porque do uso de determinadas mdias) que so mdias que favorecem no momento

    da aprendizagem, so vistas como um recurso didtico.

    As vises sobre o uso das mdias e quais mdias (usar ou ainda se) so usadas para

    aprender espanhol, bem semelhante entre os grupos. No demonstrando assim uma viso

    diferenciada entre o uso, nem de quais so mais usadas e se so usadas para aprener a lngua

    estrangeira.

    claro que houve uns e outros que em suas respostas demonstraram certa imaturidade,

    por falta at de conhecimento talvez, alegando que o uso das mdias para dinamizao das

    aulas e no para facilitar o aprendizado da lngua estrangeira. Talvez muitas destas concepes

    sejam alimentadas por falta de uso das mdias por parte dos professores de espanhol. No que

    no queiram usa-las, mas por falta de estrutura da prpria universidade.

    bem verdade que de fato as mdias so usadas em sala de aula, se observamos a

    definio de TORI de que tudo que sirva para a comunicao uma mdia. Ento nossos

  • 39

    professores fazem uso delas sim. Agora no que diz respeito as mdias com tecnologias mais

    avanadas, no podemos dizer o mesmo. J que as usadas mostram uma certa debilidade se

    olharmos para as modernas que existem hoje, como a internet, as redes sociais, que permitem

    uma interao maior entre as pessoas.

    Podemos constatar que diante de tantas mdias de tecnologias mais avanadas, as que

    usamos em sala de aula so mais antigas. Precisamos nos atualizar e dessa forma acompanhar

    o mundo moderno.

  • 40

    REFERNCIAS

    ALICE, Maria. Estudo de casos. Disponvel em:

    Acessado dia 22/11/2010 s 10h54min

    CELANI, Maria Antonieta Alba. Questes de tica na pesquisa em Lingstica Aplicada.

    Linguagem & Ensino, Vol. 8, N 1, 2005 (101-122) - Pontifcia Universidade Catlica de So

    Paulo, So Paulo, 2005.

    COELHO, Maria das Graas Pinto. Pedagogia crtica da mdia. A teia da mdia-educao nas

    redes sociais. Editoria da UFRN (EDUFRN); Natal, 2009.

    GELABERT, M Jos; BUESO, Isabel y BENTEZ, Pedro. Produccin de materiales para la

    enseanza de espaol. arco/libros. S. L., 2002, Madrid.

    GORDILLO, Carmen Rojas. Coleccin complementos serie didctica. Internet como recurso

    didtico para la clase de E/LE. Embajada de Espaa. Consejera de Educacin y Ciencia.

    Brasilia, 2001.

    MARCUSCHI, Luiz Antnio. Produo textual, a anlise de gneros e compreenso.

    Parbola editorial. So Paulo, 2008.

    MARTINEZ, Pierre. Didtica de lnguas estrangeiras. Parbola editorial. So Paulo, 2009.

    RANGEL, Marcelo Vanderley Miranda S. Fluxo interativo em curso de espanhol a distncia

    online: Anlise da Distncia Transacional. Universidade Federal Fluminense. CENTRO DE

    ESTUDOS GERAIS. INSTITUTO DE LETRAS. Ps-graduao em letras. Niteri, 2008.

    RICHARDS, Jack C. RODGERS, Theodore S. Enfoques y mtodos en la enseanza de

    idiomas.Cambridge university press. 2001, Madrid. (1986 1 edio ou publicao)

    SOTO, Ucy. Ensinar e aprender lnguas como o uso de (novas) tecnologias: novos cenrios,

    velhas histrias? In.: Novas tecnologias em sala de aula. Claraluz, So Carlos, 2008. P. 11-24.

    TORI, Romero. Educao sem distncia. As tecnologias interativas na reduo de distncia

    em ensino e aprendizagem. Editora SENAC; So Paulo, 2010.

    VILAA, Mrcio Luiz Correia. Mtodos de Ensino de Lnguas Estrangeiras: fundamentos,

    crticas e ecletismo. Revista Eletrnica do Instituto de Humanidades. UNIGRANRIO/UFF.

    Volume VII, Nmero XXVI, Jul- Set 2008.