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Concepto, instrumentos y desafíos de la edu- comunicatión para el cambio social Alejandro Barranquero Comunicar no. 29 Revista Científica de Comunicación y Educacion Málaga (Espanha) Elisangela Rodrigues da Costa Disciplina: Educomunicação - Universidade de São Paulo (ECA/USP)

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Concepto, instrumentos y desafíos de la edu-comunicatión para el cambio social Alejandro Barranquero

Comunicar no. 29 Revista Científica de Comunicación y Educacion Málaga (Espanha) Elisangela Rodrigues da Costa Disciplina: Educomunicação - Universidade de São Paulo (ECA/USP)

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O ARTIGO

• O artigo de Barranquero discorre sobre uma aproximação histórica do conceito de Educomunicação e descreve suas principais metodologias.

• O autor salienta que a Educomunicação é praticamente desconhecida em seu país.

• Aborda, inicialmente, a ideia de que a cultura e a informação são armazenadas num processo mercantilista quase sem limites, submetidos à lógica do lucro e da pseudo-cultura.

• Aponta estratégias e metodologias a serem aplicadas.

• Aborda correntes de pensamentos como a perspectiva de Freire;

• Delineia ações para uma Educomunicação que visa a transformação social.

• .

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Questionamentos e apontamentos

1.Como enfrentar, então, as necessidades de comunicação dos setores mais desprotegidos da sociedade: infância, idosos, grupos minoritários, indigentes e descapacitados?

2.Como abastecer as demandas comunicativas de uma comunidade imigrante em

constante crescimento?

Barranquero afirma que não existe receitas prontas, mas cita a Educomunicação como um exemplo para essa possibilidade de mudança social. Entende a Educomunicação como uma alternativa para a transformação social, por reunir um conjunto de ferramentas conceituais e metodológicas que pesam sobre sua larga tradição em diferentes regiões do mundo.

“Há necessidade de definir novos termos de atenção sobre uma sociedade em constante mudança, híbrida e intercultural e isso é tarefa prioritária para uma correta planificação social”, afirmou o espanhol.

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Metodologias e Estratégias

Educomunicação para mudança (troca) social: uma aproximação conceitualLinhas delineadas: metodologias e estratégias

1. O que é exatamente a comunicação para uma mudança social? O que fazemos referência quando veiculamos estas duas noções? Que significado tem a comunicação nos processos de desenvolvimento?

Barranquero acredita que o problema é complexo e para abordá-lo é conveniente para ambos os conceitos

uma descrição histórica. Derivada da concepção de progresso, a ideia surge, em sua visão, com força após a II Guerra Mundial (1945) sobretudo, no tocante a reconstrução do Ocidente. Na época do pós-guerra surgem uma infinidade de programas de desenvolvimento nos países em desenvolvimento sob o ideal de crescimento econômico e construção nacional.

O conceito de comunicação também foi muito utilizado no período de entre guerras como um instrumento bélico- propagandístico, dando prioridade ao caráter persuasivo, unilateral e autoritário.

Essa noção foi se ampliando, com a incorporação de novas correntes de pensamento (pós-estruturalismo, estudos culturais), com o foco de atenção nas práticas de resistência e ressignificação das mensagens por parte do receptor.

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O paradigma dominante e modernizador da transformação social

Final dos anos 50, os autores Everett Rogers, Daniel Lerner e Wilbur Shramm foram os principais defensores do paradigma.

O que era o paradigma? Por meio de modernas técnicas de

persuasão, incorporar a modernidade as nações e grupos sociais mais desfavorecidos, com ênfase na base econômica e na troca de atitudes individuais a favor do progresso e da técnica.

Nos anos 70, a crítica inicial foi fomentada na América latina, em um contexto histórico, muito fértil para as ideias de independência e libertação.

Autores como: Paulo Freire, Luis Ramiro Beltrán, Orlando Fals Borda e Juan Díaz Bordenale tratavam da comunicação alternativa e popular (rádios-foruns, rádio-escola, rádios-comunitárias).

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A distinção entre comunicação e informaçãoe a perspectiva de Freire

• Conceitualmente o âmbito da educomunicação para a troca social distingue de modo preciso: informação e comunicação.

Informação: é entendida como um ato unidirecional, orientando a transmissão de dados, ideias, emoções, habilidades, etc.

Comunicação é um processo de duas vias, possível quando entre os pólos da estrutura relacional segue uma Lei de ambivalência: todo transmissor pode ser receptor e todo receptor pode ser transmissor (Pasquali, 1963).

FREIRE Comunicação como sinônimo de diálogo, uma recuperação do sentido etimológico

originário da palavra (derivada do Latim “communis”): o processo de compartilhar de por em comum com o outro. Essa ideia se situa ao lado da noção de subjetividade, alteridade e a larga tradição do pensamento dialógico (Edmund Hurssel,Martin Buber, Emmanuel Lévinas, Jürgen Habermas, Karl Otto Apel, etc

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As sete premissas

2. A planificação dos processos dialógicos e participativos

Que papel joga a Educomunicação para a transformação social em um contexto altamente industrializado? Pode-se planificar processos participativos de diálogos e transformação? O que implica ser um comunicador para a transformação social nas regiões do Norte?

É necessário atender na visão de Barranquero uma série de premissas para essa planificação, são elas:

a) Interessar-se mais pelo processo de transformação do que o produto em si (programas, vídeos etc);

b) Promover o acesso e apropriação dos próprios sujeitos participantes;

c) Atender as particularidades de cada cultura e língua;

d) Estabelecer um marco local – apesar da projeção global – baseado em saberes e representações comunitárias.;

e) Relacionar o projeto local com o regional, nacional e global;

f) Utilizar as tecnologias e os meios mais apropriados a cada contexto, entende-os como instrumentos e não como fins em si mesmos;

g) Trabalhar com objetivos a médio e longo prazo.

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CONCLUSÃO

Barranquero afirma que o esforço para essa transformação social deve encaminhar-se à:

1. Avançar no estabelecimento da comunicação/educação para a transformação social como disciplina acadêmica e fomentar a formação de educomunicadores na área;

2. Promover o uso de fórmulas inovadoras de comunicação educativa, assim como novas estratégias culturais, linguagens, metodologias, para o campo dos organizadores e os grupos comprometidos com o seu desenvolvimento;

3. Aproveitar as enormes possibilidades de comunicação e organização das tecnologias como a Internet, os softwares, vídeos etc.