20 questoes direito financeiro

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03 Agosto, 200610 Questes de Direito FinanceiroA seguir, disponibilizamos 10 questes comentadas de concursos da banca Fundao Carlos Chagas. Lembramos que as questes podem constar de disciplinas com outras denominaes, tais como, Administrao Financeira e Oramentria AFO. 01. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) As disposies da Lei Complementar no 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) so aplicveis (A) exclusivamente ao Poder Executivo. (B) exclusivamente ao Poder Legislativo. (C) exclusivamente ao Poder Judicirio. (D) exclusivamente Administrao Direta. (E) ao Distrito Federal e empresas estatais dependentes. Resposta: E

Comentrio: As disposies da LRF tem o seu campo de aplicao pessoal estendido Administrao Direta, Autrquica e Fundacional, bem como s empresas estatais dependentes, abrangendo, tambm, todos os Poderes dos entes federados. o que se pode depreender do art. 1, 2 e 3, da Lei Complementar n 101/2000: "Art. 1o (...) 2o As disposies desta Lei Complementar obrigam a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios. 3o Nas referncias: I - Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, esto compreendidos: a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judicirio e o Ministrio Pblico; b) as respectivas administraes diretas, fundos, autarquias, fundaes e empresas estatais dependentes; II a Estados entende-se considerado o Distrito Federal; III - a Tribunais de Contas esto includos: Tribunal de Contas da Unio, Tribunal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municpios e Tribunal de Contas do Municpio". 2. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) O limite de gastos de pessoal e endividamento pblico sero calculados com base na Receita Corrente Lquida que composta basicamente por receitas (A) (B) tributrias, correntes e patrimoniais, de capital industriais, arrecadadas agropecurias e at o bimestre de de servios. referncia.

(C) correntes e de capital arrecadadas no bimestre de referncia. (D) correntes e de capital arrecadadas no ms de referncia e nos 11 meses anteriores. (E) tributrias, patrimoniais, operaes de crditos e decorrentes de alienao de ativos. Resposta: A

Comentrio: A Receita Corrente Lquida (RCL) encontra-se definida, para fins da Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme art. 2, inciso IV, da Lei Complementar n 101/2000, verbis: "Art. 2o Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como: (...) IV - receita corrente lquida: somatrio das receitas tributrias, de contribuies, patrimoniais, industriais, agropecurias, de servios, transferncias correntes e outras receitas tambm correntes, deduzidos: a) na Unio, os valores transferidos aos Estados e Municpios por determinao constitucional ou legal, e as contribuies mencionadas na alnea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituio; b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municpios por determinao constitucional; c) na Unio, nos Estados e nos Municpios, a contribuio dos servidores para o custeio do seu sistema de previdncia e assistncia social e as receitas provenientes da compensao financeira citada no 9o do art. 201 da Constituio. 1o Sero computados no clculo da receita corrente lquida os valores pagos e recebidos em decorrncia da Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias. 2o No sero considerados na receita corrente lquida do Distrito Federal e dos Estados do Amap e de Roraima os recursos recebidos da Unio para atendimento das despesas de que trata o inciso V do 1o do art. 19. 3o A receita corrente lquida ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no ms em referncia e nos onze anteriores, excludas as duplicidades". A Receita Corrente Lquida nada mais que a Receita Corrente Bruta (somatrio das receitas correntes arrecadadas no ms em referncia e nos onze anteriores), deduzidas algumas parcelas previstas em Lei. 3. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) O Anexo de Metas Fiscais dever integrar (A) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituio Federal, estabelecendo metas de resultados primrio e nominal para o seu perodo de vigncia. (B) a Lei Oramentria Anual (LOA), estabelecendo as metas de resultados primrio e nominal para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes. (C) o projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), estabelecendo em valores correntes e constantes a meta para o montante da dvida pblica para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes. (D) a Lei Oramentria Anual (LOA), estabelecendo as metas de resultados primrio e nominal somente para o exerccio a que se referir. (E) o Plano Plurianual (PPA) disposto pela Constituio Federal, estabelecendo as metas anuais em valores correntes e constantes relativas a receitas, despesas, resultado nominal e primrio e o

montante Resposta:

da

dvida

pblica. C

Comentrio: O Anexo de Metas Fiscais dever integrar o projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), bem como a prpria LDO, nos termos do art. 4, 1, da Lei Complementar n 101/2000: "Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias Anexo de Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes". 4. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) O limite de gastos de pessoal foi fixado do seguinte modo: (A) a despesa de pessoal global da Unio, Estados e Municpios no poder exceder a 60% da Receita Corrente Lquida. (B) o limite para as despesas com pessoal do Ministrio Pblico Estadual foi fixado em 2%, devendo a sua apurao ser efetuada quadrimestralmente. (C) o limite de gastos com pessoal para o poder executivo municipal corresponder a 54% da receita total arrecadada pelo municpio, durante o exerccio civil. (D) na esfera estadual o Poder Legislativo no poder extrapolar ao limite de 3% da Receita Corrente Lquida, excluindo-se na apurao, os gastos com pessoal do Tribunal de Contas do Estado. (E) na esfera federal o Poder Legislativo no poder extrapolar ao limite de 2,5% da Receita Corrente Lquida, excluindo-se na apurao, os gastos com pessoal do Tribunal de Contas da Unio. Resposta: B

Comentrio: A repartio dos limites globais de despesas de pessoal entre os Poderes, no mbito estadual, encontra-se definida no art. 20, inciso II, da LRF: "Art. 20. A repartio dos limites globais do art. 19 no poder exceder os seguintes (...) II na esfera a) 3% (trs por cento) para o Legislativo, includo o Tribunal de Contas b) 6% (seis por cento) para o c) 49% (quarenta e nove por cento) para o d) 2% (dois por cento) para o Ministrio Pblico dos percentuais: estadual: do Estado; Judicirio; Executivo; Estados".

5. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Para o acompanhamento dos gastos de pessoal a LRF criou mecanismos de controle e gerenciamento, estabelecendo percentuais preventivos e regras de reconduo quando verificada eventual extrapolao dos limites legais. Diante disto correto afirmar que

(A) fica vedada a contratao de pessoal a qualquer ttulo nas Fundaes Municipais, ressalvada a reposio

decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana, quando o percentual de gastos exceder a 51,3% da Receita Corrente Lquida. (B) se a despesa total com pessoal tiver extrapolado o limite legal, o percentual excedente dever ser eliminado nos 3 quadrimestres subseqentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% no primeiro quadrimestre. (C) se a despesa total com pessoal tiver extrapolado o limite legal, o percentual excedente dever ser eliminado nos 2 quadrimestres subseqentes, reduzindo-se 2/3 do excesso no primeiro quadrimestre. (D) fica vedada a concesso de aumento salarial nas Autarquias Federais, Estaduais ou Municipais, ressalvada a reviso prevista na Constituio, quando a despesa total exceder a 90% do seu limite legal. (E) durante o prazo de reduo e enquanto perdurar o excesso, o ente no poder receber transferncias voluntrias e contratar operaes de crdito. Resposta: A

Comentrio: O percentual de 51,3% da RCL, apontado pela alternativa "A", corresponde a 95% do limite de 54% da RCL estabelecido para as despesas de pessoal do Poder Executivo Municipal. O limite de 95% do limite total denominado de "limite prudencial". Ultrapassado este limite, ficam vedados os atos que impliquem aumento das despesas de pessoal (art. 22, pargrafo nico, LRF), tais como, o provimento de cargo pblico, a admisso ou contratao de pessoal a qualquer ttulo, ressalvada a reposio decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das reas de educao, sade e segurana. No tocante s alternativas "B" e "C", recomendamos a leitura do art. 23, caput, da LRF, segundo o qual a eliminao do excesso dever ser feita nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos 1/3 no primeiro quadrimestre. O Limite de 90% do limite legal, que se refere a alternativa "D", chamado de "limite de alerta". Ultrapassado este limite, os Tribunais de Contas devero promover um alerta para os rgos responsveis, sem que haja outra conseqncia legalmente prevista para a superao deste limite (art. 59, 1, II, LRF). Por fim, o art. 23, 3, da LRF, dispe que se aplica a vedao ao recebimento de transferncias voluntrias, no durante o prazo de reduo, mas se no for alcanada a reduo no prazo estabelecido por lei e enquanto perdurar o excesso. 6. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Em matria oramentria, o princpio da exclusividade, consagrado na Constituio Federal de 1988, estabelece a vedao de contedos estranhos fixao da despesa e previso da receita, excetuando (A) a autorizao para criao de estruturas administrativas. (B) a propositura de emendas parlamentares sem indicao de fontes de recursos. (C) o remanejamento de dotaes entre diferentes categorias de programao. (D) a contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei. (E) a autorizao para abertura de crditos extraordinrios para atender a despesas previstas de forma insuficiente no oramento.

Resposta:

D

Comentrio: As excees ao princpio da exclusividade esto dispostas no art. 165, 8, da CF/88, verbis: "A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa, no se incluindo na proibio a autorizao para abertura de crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receita, nos termos da lei." 7 (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) A competncia legislativa concorrente da Unio, dos Estados e do Distrito Federal recai sobre (A) os ramos de Direito: Tributrio, Civil, Financeiro, Penitencirio, Econmico e Urbanstico. (B) a poltica de educao para a segurana do trnsito. (C) o desenvolvimento urbano, inclusive habitao, saneamento bsico e transportes urbanos. (D) os ramos de Direito: Agrrio, do Trabalho, Especial e Eleitoral. (E))o Oramento. Resposta: Comentrio: Conforme art. 24, II, da E CF/88.

8. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso (A) sejam relacionados exclusivamente com os dispositivos do texto do projeto da lei de diretrizes oramentrias. (B)) indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas a que incidam sobre o servio da dvida. (C) indiquem os recursos necessrios, admitidos os provenientes de anulao de dotaes de pessoal e seus encargos. (D) sejam compatveis apenas com o plano plurianual.

(E) sejam compatveis apenas com as metas e prioridades do Anexo de Metas Fiscais. Resposta: B

Comentrio: A Constituio Federal impe restries aprovao, na Comisso de Oramento (art. 166, CF/88), de emendas ao projeto de Lei Oramentria Anual e aos projetos que o modifiquem. Com efeito, dispe o Art. 166, 3, da CF/88 que: "As emendas ao projeto de lei do oramento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: I - sejam compatveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias; II - indiquem os recursos necessrios, admitidos apenas os provenientes de anulao de despesa, excludas as que incidam sobre: a) dotaes para pessoal e seus encargos; b) servio da dvida; c) transferncias tributrias constitucionais para Estados, Municpios e Distrito Federal; ou

III a) b)

com com a os correo dispositivos de do

sejam erros texto

relacionadas: ou omisses; ou do projeto de lei".

9. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) As despesas empenhadas e no pagas at o final do exerccio financeiro so consideradas como restos a pagar. Sobre a matria correto afirmar: (A) Dividem-se em duas categorias: as processadas, aquelas que foram empenhadas e pendem de liquidao e as no processadas, aquelas que foram empenhadas e pendem de pagamento. (B) Compem-se unicamente de obrigaes a longo prazo.

(C) Os empenhos decorrentes de contratos com vigncia plurienal, que no tenham sido liquidados, sero computados pelo valor total como restos a pagar ao final do primeiro exerccio financeiro. (D) Os restos a pagar com prescrio interrompida podero ser pagos conta de dotao especfica consignada no oramento. (E) A anulao de restos a pagar no ser considerada como receita no exerccio em que se efetivar. Resposta: D

Comentrio: A resoluo da questo encontra-se nos arts. 36 a 38, da Lei n 4.320/64, verbis: "Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas no pagas at o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das no processadas. [cumpre lembrar que os restos a pagar processados referem-se s despesas que j foram liquidadas] Pargrafo nico. Os empenhos que sorvem a conta de crditos com vigncia plurienal, que no tenham sido liquidados, s sero computados como Restos a Pagar no ltimo ano de vigncia do crdito. Art. 37. As despesas de exerccios encerrados, para as quais o oramento respectivo consignava crdito prprio, com saldo suficiente para atend-las, que no se tenham processado na poca prpria, bem como os Restos a Pagar com prescrio interrompida e os compromissos reconhecidos aps o encerramento do exerccio correspondente podero ser pagos conta de dotao especfica consignada no oramento, discriminada por elementos, obedecida, sempre que possvel, a ordem cronolgica. Art. 38. Reverte dotao a importncia de despesa anulada no exerccio, quando a anulao ocorrer aps o encerramento dste considerar-se- receita do ano em que se efetivar". 10. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Em relao despesa pblica correto afirmar: (A) A ordem de pagamento da despesa ser materializada em documentos processados pelo servio de contabilidade. (B) vedada a realizao de despesa sem prvio empenho e sob hiptese alguma ser dispensada a emisso da nota de empenho.

(C) Sero indicados no empenho o nome do credor, a especificao, a importncia da despesa, os comprovantes da entrega de material ou da prestao efetiva do servio. (D) So tipos de empenhos da despesa: global, extraordinrio, estimativo e ordinrio. (E) vedada, sob qualquer hiptese, a redistribuio de parcelas das dotaes de pessoal de uma para outra unidade oramentria. Resposta: Comentrio: a) Afirmao Verdadeira. Cf. art. 64, pargrafo nico, da Lei n 4.320/64. b) Afirmao Falsa. Cf. art. 60, 1, da Lei n 4.320/64, em situaes excepcionais poder haver a dispensa de emisso do documento "nota de empenho". c) Afirmao Falsa. Cf. art. 61, da Lei n 4.320/64, a nota de empenho (NE) dever indicar o nome do credor, a representao, a importncia da despesa e a deduo da despesa do saldo da dotao prpria. d) Afirmao Falsa. As modalidades de empenho so: empenho global, por estimativa e ordinrio, conforme o art. 60, da Lei n 4.320/64. e) Afirmao Falsa. Cf. art. 66, da Lei n 4.320/64. A

21 Agosto, 2006Mais 10 questes de Direito Financeiro11. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Com o advento da LRF, a exemplo do planejamento e da transparncia fiscal, a dvida pblica constitui um dos pontos estruturais da gesto fiscal responsvel. Quanto competncia para legislar sobre a matria correto afirmar que compete ao (A) Senado Federal fixar, por iniciativa prpria, limites globais para o montante da dvida consolidada da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. (B) Congresso Nacional autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. (C) Banco Central do Brasil autorizar operaes externas de natureza financeira, de interesse da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territrios e dos Municpios. (D) Senado Federal dispor somente sobre limites globais para as operaes de crdito externo e interno da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Pblico Federal. (E)) Senado Federal estabelecer limites globais e condies para o montante da dvida mobiliria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. Resposta: Comentrio: E

A. Afirmao falsa. Nos termos do art. 52, VI, da CF/88, compete ao Senado Federal, mediante proposta (iniciativa) do Presidente da Repblica, fixar os limites globais da dvida consolidada da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios. Em consonncia com o texto constitucional, o art. 30, inciso I, da Lei Complementar n 101/2000 (LRF) estabeleceu o prazo de 90 dias aps a publicao da LRF para que o Presidente submetesse tal proposta ao Senado Federal. Tais limites devem ser fixados em percentual da Receita Corrente Lquida (RCL) para cada esfera de governo, aplicando-se, igualmente, para todos os Entes daquela esfera. Por exemplo, fixado um percentual para os municpios, tal percentual aplica-se, indistintamente, seja para o municpio de So Paulo/SP, seja para o municpio do Rio de Janeiro/RJ, seja para o municpio da Cabrob, no Rio Grande do Norte. Somente a ttulo de curiosidade, em 20.12.2001, mediante a Resoluo n 40/2001, o Senado Federal fixou os limites da dvida consolidada para os Estados e Distrito Federal (200% da RCL) e para os Municpios (120% da RCL). B. Afirmao falsa. Tal autorizao deve ser concedida pelo Senado Federal, conforme art. 52, V, da CF/88, somente podendo ser exigida das operaes de crdito externas. C. Afirmao falsa. Vide item anterior.

D. Afirmao falsa. Compete ao Senado Federal, alm da fixao destes limites, outros previstos nos incisos VI a IX do art. 52 da CF/88. E. Afirmao verdadeira. Vide art. 52, IX, da CF/88.

Cumpre lembrar que a fixao dos limites para a Dvida Mobiliria da Unio tem tratamento diferenciado, sendo competncia do Congresso Nacional com Sano do Presidente da Repblica (art. 48, XIV, da CF/88), ou seja, por meio de lei. Este tratamento diferenciado deve-se ao fato da Unio ser o ente federado responsvel pela poltica monetria e, como se sabe, um dos instrumentos desta poltica , justamente, a emisso e resgate de ttulos pblicos. 12. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentena judiciria, exceo dos crditos de natureza alimentcia, devero ser pagos na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para esse fim. Devendo observar ainda que (A) ressalvados os crditos definidos em lei como de pequeno valor e os de natureza alimentcia, os precatrios pendentes de pagamento na data da promulgao da Emenda Constitucional no 30/00 podero ser liquidados em prestaes anuais, iguais e sucessivas, no prazo mximo de dez anos, no sendo permitida a cesso dos crditos. (B) os dbitos de natureza alimentcia compreendem: salrios, vencimentos, proventos, penses, soldos, benefcios previdencirios e indenizaes por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade penal, em virtude de sentena transitada em julgado. (C)) obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito pblico, de verba necessria ao pagamento de seus dbitos oriundos de sentenas transitadas em julgado, constantes de precatrios judicirios, apresentados at 1o de julho, fazendo-se o pagamento at o final do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente.

(D) vedado sob qualquer hiptese fixar valores distintos para fins de pagamento de obrigaes definidas em lei como de pequeno valor. (E) incorrer em crime tipificado penalmente o Presidente do Tribunal competente, que retardar ou tentar frustrar a liquidao regular de precatrio. Resposta: Comentrio: A. Afirmao Falsa. Nos termos do art. 78, caput, do ADCT/88 (alterado pela EC n 30/2000), permitida a cesso dos crditos. A cesso destes crditos tem grande utilidade, pois, os mesmos podem ser usados para quitao dos tributos perante a entidade devedora, caso as prestaes anuais no sejam quitadas at o final do exerccio, conforme preceitua o art. 78, 2, do ADCT/88. B. Afirmao Falsa. O art. 100, 1- A, da CF/88 refere-se responsabilidade civil e no penal: "Os dbitos de natureza alimentcia compreendem aqueles decorrentes de salrios, vencimentos, proventos, penses e suas complementaes, benefcios previdencirios e indenizaes por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentena transitada em julgado. (Includo pela Emenda Constitucional n 30, de 2000)". C. Afirmao Correta. Vide art. 100, 1, da CF/88. C

D. Afirmao falsa. Vide art. 100, 6, da CF/88 (renumerado pela EC n 37) E. Afirmao falsa. O art. 100, 6, da CF/88 estabelece que tal conduta constitui crime de responsabilidade, no constituindo ilcito penal ordinrio. 13. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) Dvida Pblica, segundo o professor Domingos DAmore, so todos os compromissos assumidos pelo governo e os respectivos juros. correto afirmar que quanto ao aspecto temporal de sua liquidao, a dvida pode ser de longo e de curto prazo, contendo ainda as seguintes caractersticas: (A) a dvida fundada ou consolidada aquela que representa um compromisso a longo prazo, necessariamente com valor previamente determinado, garantida por ttulo do governo, que rendem juros e so amortizveis ou resgatveis, com vencimento previamente fixado. (B) o prazo de amortizao da dvida pblica irrelevante para caracterizar a sua natureza jurdica. (C) de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal vedada a contrao de dvidas no ltimo ano de mandato sem a correspondente disponibilidade de caixa. (D) a dvida flutuante caracteriza-se por indicar dbitos de curto prazo, advindos de compromissos assumidos por prazo inferior a doze meses. (E) compem a dvida flutuante: os restos a pagar, as operaes de crdito com prazo de exigibilidade superior a doze meses; os servios da dvida a pagar; os depsitos e os dbitos de tesouraria. Resposta: D

Comentrio: A. Afirmao falsa. Conforme o art. 29, inciso I, da LC n 101/2000, constitui a dvida pblica consolidada ou fundada o "montante total, apurado sem duplicidade, das obrigaes financeiras do ente da Federao, assumidas em virtude de leis, contratos, convnios ou tratados e da realizao de operaes de crdito, para amortizao em prazo superior a doze meses". B. Afirmao falsa. Via de regra, distingue-se a dvida consolidada da dvida flutuante em funo do seu prazo de amortizao. C. Afirmao falsa. O art. 42, da LRF, dispe que tal proibio refere-se, exclusivamente, aos dois ltimos quadrimestres do mandato. D. Afirmao verdadeira.

E. Afirmao falsa. Os compromissos com exigibilidade superior a 12 meses no esto includos no conceito de dvida flutuante. 14. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) As normas gerais de direito financeiro definem uma cronologia para o planejamento e execuo dos oramentos pblicos, envolvendo as suas receitas e despesas, apresentando a seguinte lgica e seqncia temporal: (A) Fase do planejamento oramentrio com a elaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Oramentria Anual (LOA) e fase da execuo oramentria com a previso da receita e sua arrecadao; e com relao s despesas a sua fixao, liquidao, empenhamento e pagamento. (B) Fase da execuo oramentria com a previso da receita e sua arrecadao, com relao s despesas a sua fixao, pagamento, liquidao e empenhamento e a fase de planejamento oramentrio com a elaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), da Lei Oramentria Anual (LOA) e do Plano Plurianual (PPA). (C)) Fase de planejamento oramentrio com a elaborao do Plano Plurianual (PPA), da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), e da Lei Oramentria Anual (LOA), e a fase de execuo oramentria com a previso da receita e sua arrecadao; e com relao s despesas a fixao, empenhamento, liquidao e pagamento. (D) Fase de execuo oramentria com a previso da receita e sua arrecadao, e com relao s despesas a fixao, empenhamento, pagamento e liquidao, e a fase de planejamento oramentrio com a elaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Oramentria Anual (LOA). (E) Fase de planejamento oramentrio com a elaborao da Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO), do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Oramentria Anual (LOA) e a fase de execuo oramentria com a previso da receita e sua arrecadao, e com relao s despesas a fixao, empenhamento, pagamento e liquidao. Resposta: C

Comentrio: A Resposta mais correta a Alternativa "C", pois apresenta seqncia da realizao da despesa pblica (fixao, empenho, liquidao e pagamento). Entretanto, a previso da receita e a fixao da

despesa ocorrem na fase de planejamento oramentrio e no na fase de execuo, conforme ilustram as alternativas acima. 15. (FCC TCE/MA - Anal-Controle-Externo 2005) De acordo com a Lei no 4.320/64 o empenho da despesa no poder exceder o limite de crditos concedidos e estes podero ser adicionados atravs de crditos. Diante disto correto afirmar: (A) vedada a realizao de despesa sem prvio empenho e este consiste na verificao do direito adquirido do credor, tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo crdito. (B) Somente os crditos suplementares e especiais dependem da existncia de recursos disponveis para a ocorrncia de despesa pblica. (C) Os crditos adicionais so classificados como suplementares quando destinados a reforo de dotao oramentria e especiais quando destinados a atender despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra ou calamidade pblica. (D) Os crditos extraordinrios sero autorizados por lei e abertos por decreto, destinando-se as despesas urgentes e imprevistas em caso de guerra e comoo intestina. (E) O empenho da despesa que consiste na verificao do direito adquirido do credor poder ser efetuado por estimativa quando o montante no possa ser determinado, ou global quando se tratar de despesas contratuais ou sujeitas a parcelamentos. Resposta: B

Comentrio: Conforme o art. 167, inciso V, da CF/88, a abertura de crditos suplementares e especiais depende de autorizao legislativa e da indicao dos recursos disponveis correspondentes. 16. (FCC TCE/MA - Procurador 2005) No setor governamental, empenhar uma despesa significa que: (A) o gasto j se encontra habilitado para pagamento do fornecedor. (B) o fornecedor de materiais, servios ou obras realizou, de fato, o pactuado em contrato ou na Nota de empenho. (C) a Contabilidade retirou da pertinente dotao oramentria o valor previsto para a despesa. (D) a Contabilidade atestou ter o fornecedor adimplido suas obrigaes contratuais relativas despesa. (E) o Controle Interno comprovou ter a despesa superado a fase da liquidao. Resposta: C

Comentrio: O empenho implica na deduo do valor empenhado do saldo disponvel da dotao oramentria, conforme ilustra o art. 61, da Lei n 4.320/64: "Para cada empenho ser extrado um documento denominado "nota de empenho" que indicar o nome do credor, a representao e a importncia da despesa bem como a deduo desta do saldo da dotao prpria" (grifo nosso). 17. (FCC TCE/MA - Procurador 2005) Em Contabilidade Pblica, Restos a Pagar

(A) (B) (C) (D) (E)

a despesa regularmente empenhada, mas no paga at o trmino do exerccio financeiro. a obrigao de despesa assumida nos oito ltimos meses dos mandatos. a despesa regularmente liquidada, mas no empenhada at 31 de dezembro. a despesa formalmente liquidada, pronta para o respectivo desembolso da Administrao. o gasto assumido nos dois ltimos quadrimestres dos mandatos, ainda que no empenhado. A

Resposta:

Comentrio: Vide art. 36, da Lei n 4.320/64, verbis: "Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas mas no pagas at o dia 31 de dezembro distinguindo-se as processadas das no processadas". Denominamos de "restos a pagar processados" as despesas empenhadas e liquidadas e de "restos a pagar no processados" as despesas empenhadas, mas no liquidadas. 18. (FCC TCE/MA - Procurador 2005) A dvida flutuante integrada pelas seguintes contas contbeis: (A) emprstimos e financiamentos contrados mediante emisso de ttulos pblicos. (B) emprstimos e financiamentos contrados a taxas flutuantes de mercado. (C) Restos a Pagar, quer processados ou no-processados. (D) Restos a Pagar, Servios da Dvida a Pagar, Depsitos e Dbitos de Tesouraria. (E) Operaes de Crdito por Antecipao da Receita Oramentria. Resposta: Comentrio: Conforme dispe o art. 92, da Lei n 4.320/64, a dvida flutuante compreende: "I II III IV os restos os os dbitos a pagar, servios excludos da os de os servios da dvida a dvida; pagar; depsitos; tesouraria". D

19. (FCC TCE/MA - Procurador 2005) Distingue-se a despesa corrente da despesa de capital porque a primeira (A) visa o engrandecimento do patrimnio pblico, enquanto a segunda busca operar e manter os servios j instalados na Administrao Pblica ou em entidades que desta recebam subvenes ou auxlios. (B) visa operao e manuteno dos servios instalados somente na Administrao Pblica e a segunda busca a aquisio de produtos oferecidos no mercado de capital. (C)) objetiva custear atividades e projetos desenvolvidos pelas entidades governamentais; enquanto que a segunda tem em mira o incremento do patrimnio governamental. (D) visa os rendimentos financeiros de curto prazo e a segunda almeja os rendimentos financeiros de longo prazo.

(E) financia gastos de custeio das entidades que cooperam com a Administrao; a segunda suporta os investimentos dessas mesmas pessoas jurdicas. Resposta: C

Comentrio: A resposta mais correta a alternativa "C". As despesas correntes objetivam custear a manuteno das atividades das entidades governamentais, enquanto a segunda tem por objetivo o incremento do patrimnio estatal. 20. (FCC TCE/MA - Procurador 2005) A Lei no 4.320, de 1964 e a Lei de Responsabilidade Fiscal, determinam a realizao da programao financeira para que (A) no se desperdice dinheiro pblico, garantindo, assim, eficincia ao constitucional princpio da economicidade. (B) se maximize os rendimentos das disponibilidades de caixa, mediante eficiente aplicao no mercado financeiro. (C) se preserve o equilbrio entre receitas coletadas e despesas compromissadas (empenhadas). (D) as unidades com dotao oramentria disponham sempre de dinheiros necessrios execuo de sua programao operacional. (E) se mantenha o equilbrio entre receitas arrecadadas e despesas aptas ao pagamento (realizadas), sendo que, adicionalmente, as unidades oramentrias disporo de recursos suficientes operao de seus programas de trabalho. Resposta: E

Comentrio: No art. 48, da Lei n 4.320/64, so apresentados os dois objetivos da programao financeira (manuteno do equilbrio entre receitas e despesas aptas ao pagamento e a disponibilizao de recursos aptos para a operao dos seus programas de trabalho): "Art. 48 A fixao das cotas a que se refere o artigo anterior atender aos seguintes objetivos: a) assegurar s unidades oramentrias, em tempo til a soma de recursos necessrios e suficientes a melhor execuo do seu programa anual de trabalho; b) manter, durante o exerccio, na medida do possvel o equilbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de modo a reduzir ao mnimo eventuais insuficincias de tesouraria".