contabilidade - questoes

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Contabilidade avanada - 5 questes do AFTN-98 Responda s questes 1 a 5, utilizando os dados do enunciado a seguir: Em 10 de janeiro de 19x8, a Cia. Alfa pagou R$ 700.000 por 100.000 aes que representavam 30% das aes da Cia. Beta. O gio pago pela Cia. Alfa ser amortizado em 10 anos. Em 31 de dezembro de 19x8, a Cia. Beta apresentou um lucro do exerccio 19x8 de R$ 300.000. Em 10 de julho de 19x8, a empresa Beta pagou, em caixa, dividendos de R$ 100.000. A Cia. Alfa exerce significativa influncia sobre a Cia. Beta e avalia seus investimentos pelo mtodo da equivalncia patrimonial. O valor apurado como Lucros e Prejuzos de Participaes em outras Sociedades reportado pela Cia. Alfa foi de R$ 80.000 em 31.12.19x8.

1) (AFTN-98-Esaf) O valor do gio pago por Alfa, por ocasio da aquisio das aes da Cia. Beta, foi de a) R$ 100.000,00 b) R$ 30.000,00 c) R$ 90.000,00 d) R$ 80.000,00 e) R$ 60.000,00 2) (AFTN-98-Esaf) Ao final do exerccio de 19x8, o valor apurado na aplicao da Equivalncia Patrimonial foi de a) R$ 30.000,00 b) R$ 60.000,00 c) R$ 100.000,00 d) R$ 80.000,00 e) R$ 90.000,00 3) (AFTN-98-Esaf) O valor registrado na Conta Participaes Permanentes em Outras Sociedades pela Cia. Alfa foi de a) R$ 700.000,00 b) R$ 300.000,00 c) R$ 600.000,00 d) R$ 900.000,00 e) R$ 800.000,00 4) (AFTN-98-Esaf) O valor nominal unitrio das aes adquiridas da Cia. Beta foi de a) R$ 8,00 b) R$ 9,00 c) R$ 2,00 d) R$ 6,00 e) R$ 3,00 5) (AFTN-98-Esaf) O valor do gio amortizado, ao final do exerccio de 19x8, pela Cia. Alfa foi de a) R$ 10.000,00

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b) R$ 90.000,00 c) R$ 70.000,00 d) R$ 30.000,00 e) R$ 60.000,00 As questes devem ser respondidas com base nas seguintes premissas, extradas do enunciado e da legislao de regncia (Instruo CVM n 247/96): 1 O valor pago , de R$ 700.000,00, compreende a parcela relativa ao investimento propriamente Ito e ao gio pago na aquisio deste investimento; 2 O gio e o desgio, quando for o caso de sua existncia, devem ser registrados segregadamente em relao ao investimento. O gio em conta de saldo devedor no ativo, logo abaixo do investimento pertinente; o desgio em conta credora (retificadora) do ativo, tambm logo abaixo do investimento a que se refere; 3 Tanto o gio quanto o desgio devem estr fundamentados economicamente. H duas hipteses com fundamento econmico previstos na legislao: 1) em virtude do valor de mercado dos bens na sociedade investida e, 2) por rentabilidade futura; 4 O gio ou desgio constitudo por rentabilidade futura deve ser amortizado em prazo mximo de dez anos, fato que coincide como disposto no enunciado. Desta forma, o gio do exerccio em questo dever ser amortizado a uma taxa anual de 10%; 5 O investimento foi adquirido em 1 de janeiro de 19X8, isto , aps ter sido efetuado o balano de 19X7, o qual abarca o resultado daquele exerccio social assim como a sua destinao; 6 O dividendo distribudo pela sociedade investida se refere ao resultado do exerccio findo em 19X7, portanto pertence aos acionistas daquela poca, isto , a sociedade investidora no faz jus a esse dividendo; 7 O percentual da participao no capital social da sociedade investidora na sociedade investida de 30%; 8 Se a sociedade investidora dona de 30% do capital da sociedade investida, ela dona, tambm, de 30% do patrimnio lquido da sociedade investida; 9 Quando a sociedade investida apurou o resultado de R$ 300.000,00, a sociedade investidora, pelo fato de ser detentora de 30% do capital daquela, deve reconhecer o seu direito na participao deste resultado, em decorrncia da aplicao da equivalncia patrimonial, pelo valor de R$ 90.000,00; 10 A contrapartida da amortizao do gio uma despesa; 11 O valor apurado como lucros ou prejuzos de participao em outras sociedades reportado pela Cia Alfa foi de R$ 80.000,00 em 31/12/19X9. 12 Veja que o lucro de Alfa foi menor em R$ 10.000,00 , em relao ao resultado da equivalncia patrimonial. Este fato se deve a amortizao do gio no valor de R$ 10.000,00. 13 Se o gio amortizado razo de 10% ao ano, ento R$ 10.000,00 representa 10%, logo o total do gio pago na aquisio do investimento foi de R$ 100.000,00 e o valor do investimento foi de R$ 600.000,00; Desta forma, as cinco questes esto resolvidas, seno vejamos:

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1) O valor do gio pago foi de R$ 100.000,00 2) O valor apurado na aplicao da equivalncia patrimonial foi de R$ 90.000,00 3) O valor registrado como participao societria, pela aquisio do investimento foi de R$ 600.000,00 4) O valor de cada ao foi de R$ 6,00 (R$ 600.000,00 / 100.000 aes) 5) O valor do gio amortizado foi de R$ 10.000,00. Por hoje s. At a prxima, com um enorme abrao a todos e bons estudos!!! 17/07/2003 - Contabilidade avanada - reorganizao societria 1 ASPECTOS LEGAIS NA INCORPORAO, CISO E FUSO O processo de reorganizao societria envolvendo as operaes de incorporao, fuso ou ciso regido pelos arts. 223 a 234 da Lei n 6.404/76. (Lei das S.As.) Ressalte-se que, embora a lei regente das operaes envolvendo reorganizao societria seja a das sociedades por aes, tais procedimentos no so vedados a outros tipos de empresas, podendo se beneficiar do processo de reorganizao qualquer empreendimento empresarial, independentemente do tipo societrio adotado. As operaes de concentrao e desconcentrao de pessoas jurdicas so igualmente importantes, tanto para as sociedades por aes quanto para as sociedades constitudas por quotas de responsabilidade limitada (Ltda) ou outra forma jurdica adotada. A Lei 6.404/76, ao regulamentar as operaes de incorporao, fuso ou ciso, deixou de ser uma lei especfica para as sociedades por aes, ao prescrever no artigo 223, e pargrafos, que: Art. 223 - A incorporao, fuso ou ciso podem ser entre sociedades de tipos iguais ou diferentes e devero ser deliberadas na forma prevista para a alterao dos estatutos ou contratos sociais. 1 - Nas operaes em que houver criao de sociedades, sero observadas as normas reguladoras da constituio das sociedades do seu tipo. 2 - Os scios ou acionistas das sociedades incorporadas, fundidas ou cindidas recebero, diretamente da companhia emissora, as aes que lhes couberem. 3. Se a incorporao, fuso ou ciso envolverem companhia aberta, as sociedades que a sucederem sero tambm abertas, devendo obter o respectivo registro e, se for o caso, promover a admisso de negociao das novas aes no mercado secundrio, no prazo mximo de cento e vinte dias, contados da data da assemblia-geral que aprovou a operao, observando as normas pertinentes baixadas pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM). 4. O descumprimento do previsto no pargrafo anterior dar ao acionista direito de retirar-se da companhia, mediante reembolso do valor das suas aes (art. 45), nos trinta dias seguintes ao trmino do prazo nele referido, observado o disposto nos 1 e 4 do art. 137. (Grifou-se). 1.1 - PROTOCOLO Segundo a Lei das Sociedades por Aes, as condies de incorporao, fuso ou ciso constaro de protocolo firmado pelos rgos da administrao ou dos scios das empresas interessadas no processo. O protocolo basicamente uma proposta ou contrato firmado pelos rgos da administrao ou pelos scios das empresas que integraro o processo de incorporao, fuso ou ciso, devendo ser, posteriormente, objeto de deliberao pelos acionistas ou scios dessas mesmas sociedades.

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O protocolo ou proposta de incorporao, fuso e ciso deve apresentar os elementos constantes no artigo 224 da Lei n 6.404/76: Art. 224. As condies da incorporao, fuso ou ciso com incorporao em sociedade existente constaro de protocolo firmado pelos rgos de administrao ou scios das sociedades interessadas, que incluir: I - o nmero, espcie e classe das aes que sero atribudas em substituio dos direitos de scios que se extinguiro e os critrios utilizados para determinar as relaes de substituio; II - os elementos ativos e passivos que formaro cada parcela do patrimnio, no caso de ciso; III - os critrios de avaliao do patrimnio lquido, a data a que ser referida a avaliao, e o tratamento das variaes patrimoniais posteriores; IV - a soluo a ser adotada quanto s aes ou quotas do capital de uma das sociedades possudas por outra; V - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou reduo do capital das sociedades que forem parte na operao; VI - o projeto ou projetos de estatuto, ou de alteraes estatutrias, que devero ser aprovados para efetivar a operao; VII - todas as demais condies a que estiver sujeita a operao. Pargrafo nico. Os valores sujeitos a determinao sero indicados por estimativa. A Lei n 6.404/76, no seu artigo 226, exige laudo pericial, para avaliao dos ativos das sociedades envolvidas no processo de reorganizao. A sociedade que tiver patrimnio absorvido por outra dever levantar balano especfico para esse fim, no qual os bens e direitos sero avaliados pelo valor contbil ou de mercado, nos termos do art. 8 da lei, na mesma data e os mesmos critrios de avaliao para todas as empresas envolvidas no processo. Assim, a forma de apurar o valor do acervo lquido tomado no processo de incorporao, fuso ou ciso opcional: contbil ou mercado. necessrio que fiquemos atentos a esse fato, pois no devemos confundir essa avaliao, que tem fim especial, com a dos ativos, cujo fim a demonstrao do Balano Patrimonial em que a regra : custo ou mercado, dos dois o menor. Tampouco devemos confundir a avaliao aqui tratada com o processo de reavaliao de ativos, cujo fim ajustar os elementos patrimoniais o mais prximo possvel ao valor de mercado ou de reposio no estado em que se encontram os bens.

1.2 - JUSTIFICAO A justificao ou justificativa vem a ser a exposio de motivos e finalidades da incorporao, fuso ou ciso, que devem ser submetidas deliberao da assemblia geral. Tambm se evidencia o interesse das sociedades. Os aspectos que constaro da justificativa esto previstos nos incisos I a IV, do art. 225 da Lei n 6.404/76: Art. 225. As operaes de incorporao, fuso e ciso sero submetidas deliberao da assemblia geral das companhias interessadas mediante justificao, na qual sero expostos: I - os motivos ou fins da operao, e o interesse da companhia na sua realizao; II - as aes que os acionistas preferenciais recebero e as razes para a modificao dos seus direitos, se prevista; III - a composio, aps a operao, segundo espcies e classes das aes, do capital das companhias que devero emitir aes em substituio s que se devero extinguir; IV - o valor de reembolso das aes a que tero direito os acionistas dissidentes.

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1.3 FORMAO DO CAPITAL Pelo que dispe no art. 226, a seguir transcrito, denota-se que a participao em processo de reorganizao de sociedades, quando h passivo a descoberto, vedada. Os patrimnios ou os patrimnios lquidos a serem vertidos, para a formao do capital social da companhia sucessora, devem ser de no mnimo iguais ao capital social a realizar. Compete aos peritos avaliadores a incumbncia de certificarem a satisfao dessa condio. Quando a sociedade incorporadora for titular de parcela das aes ou quotas da sociedade incorporada, o valor representativo dessa participao poder ser extinto ou substitudo por aes em tesouraria, visto que estar adquirindo aes de sua prpria emisso. Art. 226. As operaes de incorporao, fuso e ciso somente podero ser efetivadas nas condies aprovadas se os peritos nomeados determinarem que o valor do patrimnio ou patrimnios lquidos a serem vertidos para a formao de capital social , ao menos, igual ao montante do capital a realizar. 1. As aes ou quotas do capital da sociedade a ser incorporada que forem de propriedade da companhia incorporadora podero, conforme dispuser o protocolo de incorporao, ser extintas, ou substitudas por aes em tesouraria da incorporadora, at o limite dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal. 2. O disposto no 1 aplicar-se- aos casos de fuso, quando uma das sociedades fundidas for proprietria de aes ou quotas de outra, e de ciso com incorporao, quando a companhia que incorporar parcela do patrimnio da cindida for proprietria de aes ou quotas do capital desta. A CVM, regulamentano o assunto, por meio da Instruo 319/99 estabelece nos arts. 2 ao 5 que: DA DIVULGAO DE INFORMAES Art. 2o Sem prejuzo do disposto na Instruo CVM no 31, de 8 de fevereiro de 1984, as condies de incorporao, fuso ou ciso envolvendo companhia aberta devero ser comunicadas pela companhia, at quinze dias antes da data de realizao da assemblia geral que ir deliberar sobre o respectivo protocolo e justificao, CVM e s bolsas de valores ou entidades do mercado de balco organizado nas quais os valores mobilirios de emisso da companhia estejam admitidos negociao, assim como divulgadas na imprensa, mediante publicao nos jornais utilizados habitualmente pela companhia. 1o A comunicao e a divulgao a que se refere o caput deste artigo devero conter, no mnimo, as seguintes informaes: I - os motivos ou fins da operao, e o interesse da companhia na sua realizao, destacando-se, notadamente: a) os benefcios esperados, de natureza empresarial, patrimonial, legal, financeira e quaisquer outros efeitos positivos, bem como os eventuais fatores de risco envolvidos; b) se for o caso, e nos termos da legislao tributria, o montante do gio que poder ser amortizado a ttulo de benefcio fiscal e as condies de seu aproveitamento pela companhia; e c) a quantificao estimativa, razoavelmente discriminada em itens, dos custos de realizao da operao.

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II - a indicao dos atos societrios e negociais que antecederam a operao; III - o nmero, espcie e classe das aes que sero atribudas em substituio dos direitos de scio que se extinguiro, os critrios utilizados para determinar as relaes de substituio e as razes pelas quais a operao considerada eqitativa para os acionistas da companhia; IV - a comparao, em quadro demonstrativo, entre as vantagens polticas e patrimoniais das aes do controlador e dos demais acionistas antes e depois da operao, inclusive das alteraes dos respectivos direitos; V - as aes que os acionistas preferenciais recebero, as razes para a modificao dos seus direitos, se houver, bem como eventuais mecanismos compensatrios; VI - se for o caso de incorporao de companhia aberta por sua controladora, ou desta por companhia aberta controlada, ou de fuso de controladora com controlada, o clculo das relaes de substituio das aes dos acionistas no controladores da controlada com base no valor do patrimnio lquido das aes da controladora e da controlada, avaliados os dois patrimnios segundo os mesmos critrios e na mesma data, a preos de mercado, para efeito da comparao prevista no art. 264 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976; VII - os elementos ativos e passivos que formaro cada parcela do patrimnio, no caso de ciso; VIII - os critrios de avaliao do patrimnio lquido, a data a que ser referida a avaliao, e o tratamento das variaes patrimoniais posteriores; IX - a soluo a ser adotada quanto s aes ou quotas do capital de uma das sociedades possudas por outra; X - o valor do capital das sociedades a serem criadas ou do aumento ou reduo do capital das sociedades que forem parte na operao; XI - a composio, aps a operao, segundo espcies e classes das aes, do capital das companhias que devero emitir aes em substituio s que se devero extinguir; XII - o valor de reembolso das aes a que tero direito os acionistas dissidentes, se for o caso; XIII - o detalhamento da composio dos passivos e das contingncias passivas no contabilizadas a serem assumidas pela companhia resultante da operao, na qualidade de sucessora legal; XIV - a identificao dos peritos ou da empresa especializada, cuja nomeao ser submetida aprovao da assemblia geral, para avaliar o patrimnio lquido da companhia, com a declarao da existncia ou no, em relao aos mesmos, de qualquer conflito ou comunho de interesses, atual ou potencial, com o controlador da companhia, ou em face de acionista(s) minoritrio(s) da mesma, ou relativamente outra sociedade envolvida, seus respectivos scios, ou no tocante prpria operao; XV - se a operao foi ou ser submetida aprovao das autoridades reguladoras ou de defesa da concorrncia brasileiras e estrangeiras; XVI - todas as demais condies a que estiver sujeita a operao, bem como outras informaes relevantes referentes a planos futuros na conduo dos negcios sociais, notadamente no que se refere a eventos societrios especficos que se pretenda promover na companhia; e XVII - a indicao dos locais onde estaro disponveis o projeto ou projetos de estatuto, ou de alteraes estatutrias, que devero ser aprovados para se efetivar a operao, e a discriminao dos demais documentos colocados disposio dos acionistas da companhia para exame e cpia, a partir da data de publicao das informaes a que se refere este artigo, observado o disposto no art. 3o desta Instruo, sendo obrigatrio o envio de cpia dos documentos de que trata o presente inciso CVM e s bolsas de valores ou entidades do mercado de balco organizado nas quais os

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valores mobilirios de emisso da companhia estejam admitidos negociao. 2o Os valores sujeitos determinao sero indicados por estimativa. Art. 3o O protocolo, a justificao, bem como os pareceres jurdicos, contbeis, financeiros, laudos, avaliaes, demonstraes financeiras, estudos, e quaisquer outras informaes ou documentos que tenham sido postos disposio do controlador ou por ele utilizados no planejamento, avaliao, promoo e execuo de operaes de incorporao, fuso ou ciso envolvendo companhia aberta, devero ser obrigatoriamente disponibilizados a todos os acionistas desde a data de publicao das condies da operao (art. 2o). Pargrafo nico. As companhias abertas que divulgarem, no exterior, informaes, demonstraes financeiras ou quaisquer outros documentos adicionais, ou que, por qualquer motivo, tiverem contedo diverso em relao aos requeridos pela legislao societria e pelas demais normas expedidas pela CVM, acerca das operaes tratadas nesta Instruo, devero, simultaneamente, divulg-los no pas e disponibiliz-los aos acionistas, mediante aviso publicado nos jornais utilizados habitualmente pela companhia, e comunic-los CVM e s bolsas e entidades do mercado de balco organizado nas quais os valores mobilirios de emisso da companhia estejam admitidos negociao. Art. 4o Os laudos definitivos devero ser disponibilizados aos acionistas assim que finalizados, mediante aviso publicado nos jornais utilizados habitualmente pela companhia, at a data de publicao do anncio de convocao da assemblia geral que ir deliberar sobre os mesmos. Art. 5o As empresas e os profissionais que tenham emitido opinies, certificaes, pareceres, laudos, avaliaes, estudos ou prestado quaisquer outros servios, relativamente s operaes de incorporao, fuso ou ciso envolvendo companhia aberta, sem prejuzo de outras disposies legais ou regulamentares aplicveis, devero: I - esclarecer, em destaque, no corpo das respectivas opinies, certificaes, pareceres, laudos, avaliaes, estudos ou quaisquer outros documentos de sua autoria, se tem interesse, direto ou indireto, na companhia ou na operao, bem como qualquer outra circunstncia relevante que possa caracterizar conflito de interesses; e II - informar, no modo indicado no inciso anterior, se o controlador ou os administradores da companhia direcionaram, limitaram, dificultaram ou praticaram quaisquer atos que tenham ou possam ter comprometido o acesso, a utilizao ou o conhecimento de informaes, bens, documentos ou metodologias de trabalho relevantes para a qualidade das respectivas concluses.

12) (INSS-2001-CESPE) Julgue os itens abaixo, relativos a incorporao, ciso e fuso. 1 - Na incorporao de uma sociedade annima por outra j existente constar de protocolo firmado pelos rgos de administrao ou pelos scios de sociedade interessada, entre outras coisas, o valor do aumento ou da reduo do capital social da sociedade incorporadora. A resposta para este item se encontra no inciso X, do art. 2 da Instruo CVM 319/99, acima transcrita. 2 - Na incorporao de sociedade annima pela sua controladora, a justificao apresentada assemblia-geral da controlada dever conter, alm de outras informaes, o clculo das relaes de substituio das aes dos acionistas no controladores da controlada com base no valor do patrimnio lquido das aes da controladora e da controlada. Esses dois patrimnios devero ser avaliados segundo os mesmos critrios e na mesma data, a preos de mercado.

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A resposta a este item encontrada no inciso VI da Instruo CVM 319/99, acima transcrita. 3 - Na incorporao da controladora por sua subsidiria integral, em uma situao em que a controladora seja uma holding que possua em seu ativo apenas os investimentos na companhia incorporadora, a sociedade resultante da incorporao ir possuir, ao final do processo, suas prprias aes registradas no ativo, em contrapartida de receita de incorporao do perodo. Os lanamentos pertinentes a essa transao so: Na controladora incorporada: D - Contas de Incorporao C Participaes societrias D PL C Participaes societrias Com esses lanamentos seu patrimnio ficou zerado. Na subsidiria, os lanamentos sero: D PL C Contas de Participao D Contas de Participao C PL Vejam que os lanamentos se anulam, logo no haver registro de participao no ativo e tampouco se fala em recita. O item est errado. 4 - Na fuso de duas empresas Alfa e Beta sob controle comum de, Celta, sem que haja participao entre as fusionadas, o acionista controlador de Celta e os seus minoritrios com participao preponderante em Alfa ou Beta passam a ser os nicos acionistas da nova empresa, perdendo as suas participaes os acionistas minoritrios de Alfa ou Beta cujas participaes fossem no-preponderantes, extinguindo-se contabilmente a parcela de patrimnio liquido correspondente s aes dos acionistas que perderam suas participaes no processo, em contrapartida de lucros ou prejuzos acumulados. Novamente encontramos resposta na Instruo 319/99 da CVM. Vejam que o esprito da Lei n 6.404/76 e da Instruo da CVM de proteger os acionistas minoritrios ou no controladores nessas transaes. No pode um processo de reorganizao societria prejudicar esses acionistas minoritrios ou que no possuam poder de deciso. O item est errado. 5 - Em uma operao de ciso parcial, com a verso de parcelas patrimoniais para mltiplas empresas criadas, permitido pela Lei das Sociedades Annimas que os acionistas da empresa cindida sejam mantidos em todas as empresas resultantes do processo, com a mesma participao acionria que detinham na empresa objeto da ciso, com base em patrimnios lquidos de cada sociedade definidos no protocolo e na justificao de ciso. Vejam que a Lei no veda que os antigos acionistas participem de todas as empresas resultantes do processo de Ciso, mesmo que parcial. A ciso a transferncia de patrimnio e no de scios ou acionistas, conforme definido no art. 229 da Lei n 6.404/76. Art. 229. A ciso a operao pela qual a companhia transfere parcelas do seu patrimnio para uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim ou j existentes, extinguindo-se a

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companhia cindida, se houver verso de todo o seu patrimnio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a verso.

09/09/2003 - Contabilidade avanada Dadas as informaes a seguir: I - As Demonstraes Contbeis, de trs perodos consecutivos, da CIA. MARACAN, registram nas contas abaixo, os seguintes saldos:

SALDOS FINAIS Vendas Custo das Mercadorias Vendidas Despesa c/ Devedores Duvidosos Clientes Estoques PDD Reverso de PDD Fornecedores Despesas do Perodo Contas a Pagar Perdas com Clientes

1999 15.000.000 3.500.000 10.000 13.000.00 30.000 10.000 --1.450.000 3.000.000 220.000 ---

2000 25.000.000 14.500.000 12.000 22.000.000 65.000 12.000 --2.600.000 4.500.000 350.000 8.000

2001 32.000.000 18.000.000 15.000 26.000.000 70.000 15.000 4.000 3.900.000 5.000.000 400.000 ---

II - O Balano Patrimonial de 1998 evidenciava como saldos finais das contas a seguir os valores:

Estoques 100.000

Fornecedores 1.070.000

Clientes 3.000.000

PDD 3.000

Contas a Pagar 150.000

III - A empresa utilizava Contas a Pagar somente para registrar despesas a prazo. Com base unicamente nas informaes fornecidas, responda s questes de 01 a 04. 01) (AFRF-2002-Esaf) O valor das compras efetuadas pela empresa em 2001 : a) 18.005.000 b) 17.935.000 c) 16.705.000 d) 14.535.000 e) 13.385.000 SOLUO: A soluo deste exerccio relativamente simples, seno vejamos: Para o exerccio social de 2001 devemos considerar como estoque inicial o valor do estoque final do exerccio social anterior, como de resto para todas as contas patrimoniais. Neste caso temos que o estoque inicial (Ei) foi de R$ 65.000,00. O estoque final (Ef) fornecido no prprio balano encerrado em 2001, cujo valor de R$ 70.000,00. Alm destes valores, foi fornecido o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), no valor de R$ 18.000.000,00. Assim, partindo do conceito de CMV = Ei + Co Ef, onde Co representam as compras lquidas do

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perodo, teremos que Co a nica varivel que deve ser encontrada. Logo, substituindo na frmula os valores j conhecidos, temos: 18.000.00,00 = 65.000,00 + Co 70.000,00 Co = 18.000.000,00 65.000,00 + 70.000,00 Co = R$ 18.005.000,00 Desta forma, a opo correta a representada pela alternativa a. 02) (AFRF-2002-Esaf) O valor de ingresso no Fluxo de Caixa, nos trs perodos, proveniente das Vendas : 1999 a) 15.000.000 b) 13.000.000 c) 12.997.000 d) 9.007.000 e) 4.997.000 2000 25.000.000 22.002.000 22.000.000 21.992.000 15.982.000 2001 32.000.000 31.998.000 31.992.000 27.988.000 27.992.000

SOLUO: Percebam que foi solicitado o ingresso proveniente das vendas, logo a anlise h de ser feita em relao ao aumento de disponibilidades geradas pelas vendas, que no precisam ser, necessariamente, as vendas do perodo considerado! Vamos analisar o fato ano por ano: 1999: As vendas efetuadas foram no montante de R$ 15.000.000,00, entretanto esse valor no foi recebido integralmente, conforme se pode perceber pelo aumento da conta de clientes que passou de R$ 3.000.000,00 (1998) para 13.000.000,00 (1999). Isto pode ser interpretado da seguinte forma: Os clientes, devedores de 1998, efetuaram os seus pagamentos, e no ano de 1999 foram realizadas vendas a prazo pelo valor de R$ 13.000.000,00. Somente por esse fato poderamos dizer que houve o ingresso de R$ 5.000.000,00. Mas, no podemos nos esquecer que dos clientes devedores de 1998 no foram recebidos R$ 3.000,00 referentes a PDD. Assim, o valor efetivamente recebido em 1999, decorrente de vendas, foi de R$ 4.997.000,00, discriminados ou demonstrados da seguinte forma: Vendas no perodo = R$ 15.000.000,00

(+) Clientes (1998) = R$ 3.000.000,00

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(-) Clientes (1999) (-) PDD (1998) Total Recebido

= R$ 13.000.000,00 = R$ 3.000,00

= R$ 4.997.000,00

de se anotar, ainda, que a soma das vendas no perodo com valores a receber de clientes do perodo anterior representa o valor passvel de recebimento, considerando-se para tanto que as vendas tivessem sido realizadas vista e que os clientes pagariam, integralmente, seus compromissos, ou seja, haveria a necessidade de reverter a PDD constituda no perodo anterior. Porm, como no houve reverso da PDD do perodo anterior e as vendas no foram todas vista, os seus saldos devem ser deduzidos dos valores passveis de recebimento, cujo resultado representa o efetivo ingresso de recursos decorrentes de vendas. 2000: Seguiremos praticamente o mesmo raciocnio adotado para o ano anterior. No entanto devemos atentar ao fato de que neste ano foi baixado o valor de R$ 8.000 referentes a perdas com clientes. Tecnicamente isto quer dizer que, alm da PDD que no foi suficiente, a quantia de R$ 8.000,00 no foi recebida dos clientes. Desta forma, podemos elaborar o seguinte demonstrativo: Vendas no perodo = R$ 25.000.000,00 (+) Clientes (1999) = R$ 13.000.000,00 (-) Clientes (2000) = R$ 22.000.000,00 (-) PDD (1999) (-) Perdas (2000) Total recebido 2001: Agora j podemos ir diretamente ao demonstrativo, pois as explicaes relativas aos exerccios sociais anteriores so tambm aplicadas aqui, com a ressalva de que neste exerccio houve uma reverso de proviso no valor de R$ 4.000,00, cujo valor dever ser subtrado de PDD do perodo anterior. Vendas no perodo = R$ 32.000.000,00 (+) Clientes (1999) = R$ 22.000.000,00 (-) Clientes (2000) = R$ 26.000.000,00 (-) PDD (1999) (+) Reverso PDD Total recebido = R$ = R$ 12.000,00 4.000,00 = R$ = R$ 10.000,00 8.000,00

= R$ 15.982.000,00

= R$ 27.992.000,00

Assim, a resposta correta est contemplada na alternativa de letra e.

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Por hoje isto. Bons estudos a todos e fiquem em paz!!!

31/10/2003 - Contabilidade Avanada - INSS-2002 Enunciado para as questes de n 16 a 18: A Cia. Itaguara tem determinado nos seus estatutos que 30% dos seus lucros lquidos sero pagos a ttulo de dividendos a seus acionistas, cabendo aos acionistas de aes preferenciais classe A um dividendo fixo em R$0,15/ao e aos acionistas ordinrios um dividendo mnimo estabelecido em R$0,10/ao. Em um determinado perodo o Lucro Lquido, aps todas as incluses/dedues, obtido pela empresa foi de R$ 4.000.000,00 e os dados referentes s aes eram os seguintes:

Aes Informaes Quantidade de Aes Valor Nominal Unitrio Valor Unitrio de Mercado Valor Patrimonial Unitrio Preferenciais Classe A 2.000.000 1,00 6,00 2,50

Aes Classe B 3.000.000 1,00 8,50 2,50 Ordinrias 5.000.000 1,00 no cotado 2,50

Com base nas informaes fornecidas indique:

16- O montante a ser distribudo como dividendo para os acionistas preferenciais. a) R$600.000 b) R$640.000 c) R$650.000 d) R$660.000

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e) R$700.000

SOLUO: Diz no enunciado que a empresa distribuir 30% do Lucro Lquido e que este foi de R$ 4.000.000,00. Logo o lucro a distribuir ser de R$ 1.200.000,00. Os acionistas so de trs classes e a eles caber o dividendo total. A distribuio est assim definida: Acionistas preferenciais classe A R$ 0,15/ao x 2.000.000 de aes = R$ 300.000,00. Acionista ordinrios R$ 0,10/ao x 5.000.000 de aes = R$ 500.000,00. Por diferena, caber aos acionistas preferenciais de classe B o restante do dividendo, ou seja, a quantia de R$ 400.000,00. Desta forma, os acionistas preferenciais recebero a quantia de R$ 700.000,00 (R$ 300.000,00 A + R$ 400.000,00 B). A resposta correta a letra e. 17- O valor do dividendo por ao a ser distribudo aos acionistas portadores de aes preferenciais classe B. a) R$0,150 b) R$0,133 c) R$0,121 d) R$0,110 e) R$0,100 SOLUO: Vimos na questo anterior que os acionistas preferenciais portadores de aes de classe B recebero a quantia de R$ 400.000,00. As aes desta classe so em nmero de 3.000.000, logo o valor que recebero por ao ser de R$ 0,133 (R$ 400.000 / 3.000.000 aes). 18- Dos dividendos distribudos qual o percentual que caber aos acionistas ordinrios. a) 25,0% b) 33,3% c) 40,0% d) 41,7% e) 58,3% SOLUO: Pelo clculo que fizemos na questo 16, cabe aos acionistas ordinrios a quantia de R$ 500.000,00. Ora, se o total do dividendo a ser distribudo de R$ 1.200.000,00, ento o percentual ser obtido pela aplicao de uma simples regra de trs: R$ 1.200.000,00 -------- 100% R$ 500.000,00 -------- X

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X = R$ 500.000,00 x 100 / R$ 1.200.000,00 X = 41,66 % Com o arredondamento da resposta encontrada, o percentual dos dividendos que cabe aos acionistas ordinrios de 41,67%. Logo a resposta correta a letra d. A Cia. Itaici, controlada da Cia. Itacuru, em 02.01.2000, vende a vista, uma mquina fresadora para sua investidora, cujos dados envolvidos na transao so os seguintes:

Dados do Ativo Fixo Vendido Custo histrico Depreciao Acumulada Valor de Venda Taxa anual de depreciao

60.000.000 (30.000.000) 50.000.000 10%

Outras informaes: O perodo contbil das empresas encerrado ao final do ms de dezembro, e Ambas so companhias abertas e pertencem ao mesmo conglomerado empresarial.

Levando em conta os dados fornecidos, responda as questes de n 26 a 30. 26- Os procedimentos contbeis de consolidao das demonstraes devero contemplar: a) um lanamento de crdito, no valor de R$2.000.000, na conta de Depreciao Acumulada. b) um lanamento de dbito, no valor de R$3.000.000, na conta de Depreciao Acumulada. c) um lanamento de dbito, no valor de R$2.000.000, na conta de Depreciao Acumulada. d) um lanamento de dbito, no valor de R$5.000.000, na conta de Depreciao Acumulada. e) um lanamento de crdito, no valor de R$3.000.000, na conta de Depreciao Acumulada. SOLUO: No procedimento de conciliao os resultados positivos decorrentes de transaes intercompanhias devem ser eliminadas para serem reconhecidos no momento de sua realizao. So formas de realizao deste resultado a alienao para terceiros, a depreciao, amortizao e exausto e a baixa do bem por perecimento. Desta forma, no processo de conciliao, em a realizao do resultado ser decorrente de depreciao, a depreciao acumulada deve ser debitada em contra partida de realizao do resultado intercompanhias. Logo a resposta correta a letra c. 27- O valor lquido apurado como resultado no realizado : a) $30.000.000 b) $25.000.000 c) $24.000.000 d) $20.000.000 e) $18.000.000 SOLUO: O resultado da transao intercompanhias foi de R$ 20.000,00. Como houve a realizao de R$ 2.000,00 por depreciao, o resultado no realizado, na conciliao, ser de R$ 18.000,00. Logo, a resposta correta a letra e.

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02/12/2003 - Contabilidade avanada - recursos

No meu entender as questes de nmeros 07 e 18 merecem ser anuladas. Vejamos: 07- Para possuir a preponderncia nas deliberaes sociais de modo permanente e com segurana na Cia. Beneficiadora de Cereais, a Cia. Boreal deve possuir pelo menos: a) 50% do capital total da investida. b) 40% das aes totais da investida. c) 33,3% do patrimnio lquido da investida. d) 25% das aes ordinrias da investida. e) 16,7% do capital votante da investida. A definio de controlada nos fornecida pelo art. 243 da Lei n 6.404/76: Art. 243. O relatrio anual da administrao deve relacionar os investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificaes ocorridas durante o exerccio. ... 2 Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou atravs de outras controladas, titular de direitos de scio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. Desta forma, para possuir o controle isolado, necessrio que a controladora seja detentora da maioria do capital votante (aes ordinrias), vale dizer, mais da metade das aes com direito a voto. At a alterao introduzida pela Lei n 10.303/01, esse controle poderia ser exercido com a posse de apenas 16,7% do CAPITAL TOTAL, desde que a companhia possusse seu capital dividido em 1/3 de aes ordinrias e 2/3 de aes preferenciais. Aps a alterao introduzida por aquela lei, as aes preferenciais no podem ultrapassar a 50%. Mas, independentemente da proporo de aes ordinrias e preferenciais, necessrio que a controladora possua a maioria do capital votante. Da forma como a questo foi colocada 16,7% do CAPITAL VOTANTE da investida, no h como exercer o controle de forma soberana. Repito, o controle isolado somente pode ser exercido com a deteno de forma permanente da maioria do CAPITAL VOTANTE. A questo deve ser anulada!!! 18- A empresa Fortaleza S.A. consolida em suas demonstraes financeiras a empresa controlada Rio Branco S.A. No ano de 2002 a empresa Fortaleza comprou da empresa Rio Branco S.A. mercadorias para revenda no valor de R$ 10.000.000,00, que ainda permanecem em seus estoques. Considerando uma alquota de 25% de Imposto de Renda e 9% da Contribuio Social, totalizando 34%, indique o lanamento a ser efetuado no Balano Patrimonial Consolidado, relativo ao Imposto de Renda e Contribuio Social.

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a) Nenhum, pois o Imposto de Renda e a Contribuio Social so despesas do Perodo. b) Dbito de Lucros Acumulados e Crdito do Passivo Circulante no valor de R$ 3.400.000,00. c) Dbito no Ativo Circulante e Crdito nos Lucros Acumulados no valor de R$ 3.400.000,00. d) Dbito no Passivo Circulante e Crdito nos Lucros Acumulados no valor de R$ 3.400.000,00. e) Dbito de Ativo Realizvel a Longo Prazo e Crdito de Passivo Circulante no valor de R$ 2.500.000,00, pois somente o Imposto de Renda deve ser eliminado. A base de clculo do Imposto de Renda o Lucro. Seja ele Presumido, Real ou Arbitrado. Desta forma, houve equvoco na elaborao da questo ao tentar que se elimine o IMposto de Renda e da CSLL tendo como base de clculo o valor da venda. Sequer sabemos se esta venda foi realizada com lucro!!! Sugiro que entrem com recurso pedindo a anulao da questo.02/03/2004 - Questo 4 de contabilidade avanada

Tenho recebido diversas solicitaes de concursandos para comentar as questes de contabilidade avanada. Aproveito o meu retorno das frias para atender a esses pedidos gentis e carinhosos. 04- Na avaliao de ativos financeiros temporrios, quando da no existncia de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro, a resoluo CVM 235/95 considera como uma das formas de identificar o valor de mercado, aquele que: a) se pode obter com a negociao de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares, em um mercado ativo. b) seria obtido com a negociao em um mercado ativo que corresponda a um processo de liquidao. c) seria obtido em uma transao entre comprador e vendedor cujo valor corresponda ao valor futuro dos fluxos de caixa futuros. d) representa o valor correspondente ao valor lquido futuro ajustado com base na taxa mdia de juros vigentes projetada para o vencimento do ttulo. e) se pode obter com a negociao em um mercado ativo que corresponda a uma transao compulsria. Muita gente deve ter se assustado na hora da prova quando viu o nmero da Resoluo 235/95 e se deu conta de que no a havia estudado. Porm, o bom senso somente poderia levar a marcao da alternativa correta, pois as demais representam erros grosseiros. Seno vejamos: 1 Na alternativa b se fala em processo de liquidao. Ora, processo de liquidao um processo completamente atpico e no pode servir de parmetro para qualquer outra transao. 2 A alternativa c fala em valor futuro de um fluxo de caixa futura. Se aplicada esta regra continuaramos sem ter o valor presente do ativo financeiro. 16

3 A letra d fala quase a mesma coisa da letra c, pois fala em aplicar a taxa mdia de juros projetada para a data de vencimento. Ficaramos, igualmente sem saber o valor presente do ttulo, que o objetivo da avaliao. 4 As transaes compulsrias so tambm anomalias no mercado financeiro, logo no devem ser utilizadas como parmetro. 5 Resta, portanto, a opo da letra a, pois a nica que faz uma comparao razovel com o que se poderia imaginar na prtica. Aproveito para transcrever o texto de dita Resoluo CVM: INSTRUO CVMN 235, DE 23 DE MARO DE 1995. Dispe sobre a divulgao, em nota explicativa, do valor de mercado dos instrumentos financeiros,reconhecidos ou no nas demonstraes financeiras das companhias abertas e d outras providncias. O Presidente da Comisso de Valores Mobilirios - CVM torna pblico que o Colegiado,em sesso realizada nesta data, e tendo em vista o disposto no pargrafo 3 do artigo 177 da Lei n 6.404/76,combinado com o disposto nos itens I, II e IV do pargrafo nico do artigo 22 da Lei n 6.385/76, RESOLVEU: Art. 1 - As companhias abertas que possuam instrumentos financeiros, reconhecidos ou no como ativo ou passivo em seu balano patrimonial, devem evidenciar, em nota explicativa anexa s suas demonstraes financeiras e s informaes trimestrais- ITR, o valor de mercado desses instrumentos financeiros, nos termos do artigo 3 desta Instruo. Pargrafo nico Devem constar, ainda, em nota explicativa, os critrios e as premissas adotados para determinao desse valor de mercado, bem como as polticas de atuao e controle das operaes nos mercados derivativos e os riscos envolvidos. Art. 2 - Caracteriza-se como instrumento financeiro, para fins desta Instruo,todo contrato que d origem a um ativo financeiro em uma entidade e a um passivo financeiro ou ttulo representativo do patrimnio em outra entidade, reconhecidos ou no na forma do artigo 1. Pargrafo 1 - So considerados como ativos financeiros, para fins desta Instruo: a) disponibilidades; b) direitos contratuais recebveis em moeda ou em instrumentos financeiros de outra entidade; c) direitos contratuais de troca de resultados financeiros (swaps) ou instrumentos financeiros; e d) ttulos representativos de participao no patrimnio de outra entidade. Pargrafo 2 - So caracterizados como passivos financeiros para fins desta Instruo,as obrigaes contratuais de:

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a) pagamento de determinada importncia em moeda ou em instrumentos financeiros; e b) troca de resultados financeiros ou instrumentos financeiros. Art. 3 - Considera-se valor de mercado, para fins desta Instruo: I - o valor que se pode obter com a negociao do instrumento financeiro em um mercado ativo, em que comprador e vendedor possuam conhecimento do assunto e independncia entre si, sem que corresponda a uma transao compulsria ou decorrente de um processo de liquidao,ou II - na ausncia de um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro: a) o valor que se pode obter com a negociao de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares, em um mercado ativo, conforme referido no inciso I deste artigo; ou b) o valor presente lquido dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos, ajustado com base na taxa de juros vigente no mercado, na data do balano, para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares. Art. 4 - Excluem-se do disposto no artigo 1: a) as duplicatas a receber, nas empresas emissoras, e as duplicatas a pagar; b) os contratos de seguro, nas empresas seguradas; c) os contratos de arrendamento mercantil, na arrendatria; d) os investimentos em aes que no possuam valor de mercado nos termos do artigo 3, inciso I, desta Instruo; e e) as obrigaes com planos de penso, aposentadoria, seguro e sade dos empregados. Art. 5 - Na negociao de instrumentos financeiros feita por valor acima do valor de mercado e conjugada com operao de crdito deve ser observado o seguinte: I - nas companhias abertas vendedoras dos ttulos e financiadoras da operao de crdito, o ganho decorrente da diferena entre o valor de venda e o valor de mercado do ttulo deve ser registrado como reduo do ativo representativo de crdito, para apropriao ao resultado,como receita financeira, na mesma base e perodo em que forem apropriadas as receitas de juros relativas a essa operao de crdito; II - nas companhias abertas compradoras dos ttulos, a diferena entre o valor da aquisio e o valor de mercado do ttulo deve ser registrada em conta redutora do ativo e da obrigao devendo ser essa conta redutora da obrigao apropriada ao resultado,como despesa financeira, na mesma base e perodo em que forem apropriadas as despesas de juros relativas operao de crdito. Art. 6 - O ganho na aquisio de um instrumento financeiro cujo valor de mercado seja inferior ao seu valor de face, mesmo nos casos em que este possa ser utilizado para liquidao de dvidas, somente ser reconhecido medida em que for efetivamente realizado. Art. 7 - Esta Instruo entrar em vigor na data de sua publicao no Dirio Oficial da Unio, aplicando-se s informaes trimestrais e s demonstraes financeiras encerradas a 18

partir de junho/95, inclusive.06/02/2004 - Contabilidade Avanada Um visitante daqui solicitou que comentssemos as trs primeiras questes de contabilidade avanada do concurso AFRF-2003. Elas tratam de aplicaes financeiras temporrias e interessam a todos que estudam contabilidade, inclusive a geral. CONTABILIDADE AVANADA Com as instrues fornecidas a seguir, responder s questes de ns 01 a 03. I. A Cia. Boa Vista, companhia atuante no mercado imobilirio, em 20.10.20x1 faz uma aplicao financeira em Ttulos e Valores Mobilirios de R$ 500.000, resgatvel em 180 dias pelo valor de R$ 590.000, com Imposto de Renda Retido na Fonte de 10%; II. O imposto retido compensvel com o Imposto de Renda devido sobre o lucro apurado no perodo fiscal; III. O perodo contbil da empresa, estabelecido em seu estatuto, abrange o intervalo de tempo entre 01.01 a 31.12 de cada ano. Segundo o princpio contbil do registro pelo valor original, o custo de aquisio s pode ser de R$ 500.000,00. O ganho ou receita financeira em 180 dias ser de R$ 90.000,00. Veja o disposto no inciso I do art. 183 da Lei n 6.404/76 I - os direitos e ttulos de crdito, e quaisquer valores mobilirios no classificados como investimentos, pelo custo de aquisio ou pelo valor do mercado, se este for menor; sero excludos os j prescritos e feitas as provises adequadas para ajust-lo ao valor provvel de realizao, e ser admitido o aumento do custo de aquisio, at o limite do valor do mercado, para registro de correo monetria, variao cambial ou juros acrescidos; Esta disposio deve ser seguida, isto , devemos reconhecer as receitas j incorridas a ttulo de juros ou variaes cambiais. Ento, como em 180 dias os rendimentos sero de 90.000, em 72 dias teremos um rendimento de 36.000. O lanamento contbil do reconhecimento da receita o seguinte: Aplicaes financeiras a Receitas financeiras R$ 36.000,00 Porm, foi informado no enunciado que o valor de realizao de operaes dessa natureza alcanava no mercado a quantia de R$ 532.000,00 Ora, se ns registramos as aplicaes financeiras em R$ 500.000,00 pelo custo de aquisio e mais R$ 36.000,00 pelos rendimentos incorridos, h que se efetuar o devido provisionamento: Despesas com proviso a Proviso para ajuste ao valor de mercado 4.000,00

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Alm deste valor provisionado, h de ser efetuada uma proviso para gastos com corretagem, visto que mais um valor que no ser recebido. Esta proviso tambm considerada como ajuste ao valor de mercado, pois so cobrados R$ 2.000,00 a ttulo de corretagem, cujo valor no ser realizado com a alienao do financiamento: Despesas de proviso a proviso para corretagens R$ 2.000,00 Note que o nome utilizado no descaracteriza a proviso como proviso de ajuste ao valor de mercado, pois o valor a receber pelo investidor ser diminudo dessa quantia. Assim, temos que a aplicao financeira estar registrada, no balano de 31/12/20x1 por: Aplicaes financeiras R$ 536.000,00 ( - ) proviso p/ ajuste ao valor de mercado (R$ 4.000,00) ( - ) Proviso para corretagem (R$ 2.000,00) Desta forma, o valor contbil da aplicao financeira ser de R$ 530.000,00. Com relao ao Imposto de Renda, de salientar que as provises de ajusto ao valor de mercado no so dedutveis, sendo a sua base de clculo, em 31/12/20x1, de R$ 36.000,00, logo o imposto de R$ 3.600,00. Outro detalhe a perceber que o rendimento de R$ 36.000,00 representa 2/5 do rendimento total contratado, que foi de R$ 90.000,00 . 01- O valor a ser incorporado como custo de aquisio da operao a) R$ 590.000 b) R$ 536.000 c) R$ 534.000 d) R$ 530.000 e) R$ 500.000 Conforme comentamos acima, a resposta correta a letra e. 02- Se a empresa utilizar o critrio linear para apropriao dos rendimentos gerados por esta operao, correto afirmar que: a) o valor proporcional ao Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser computado em conta corretiva do ativo. b) em 31.12.20x1 a empresa dever ter registrado como resultado do exerccio, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos rendimentos contratados. c) os rendimentos contratados somente sero apropriados ao resultado da empresa na 20

ocasio do vencimento da aplicao. d) a empresa dever registrar como Resultado de Exerccios Futuros o valor total dos rendimentos contratados na ocasio da contratao e efetivao da operao. e) a Demonstrao do Resultado do Exerccio encerrado em 31.12.20x1 dessa empresa dever ser afetado por receitas financeiras correspondentes a 19,01% dos rendimentos. A letra b se constitui na resposta correta. 03- Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos ttulos que lastreiam essa aplicao temporria era de R$ 532.000 e as despesas de negociao e corretagem R$ 2.000. Em casos como este o procedimento contbil a ser efetivado seria: a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, j deduzido do Imposto de Renda retido na fonte, registrando o valor apurado em conta do ativo. b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao valor de mercado dos ttulos a crdito de conta de receita financeira. c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em funo do custo de oportunidade da empresa em relao a essa aplicao. d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma de avaliao aplicada a este tipo de ativo. e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparao entre o valor pago na data do balano e o valor contbil da aplicao. O valor total da proviso para ajuste ao valor de mercado de R$ 6.000,00. A resposta correta a letra d.07/02/2004 - Contabilidade Avanada

Um visitante daqui solicitou que comentssemos as trs primeiras questes de contabilidade avanada do concurso AFRF-2003. Elas tratam de aplicaes financeiras temporrias e interessam a todos que estudam contabilidade, inclusive a geral. CONTABILIDADE AVANADA Com as instrues fornecidas a seguir, responder s questes de ns 01 a 03. I. A Cia. Boa Vista, companhia atuante no mercado imobilirio, em 20.10.20x1 faz uma aplicao financeira em Ttulos e Valores Mobilirios de R$ 500.000, resgatvel em 180 dias pelo valor de R$ 590.000, com Imposto de Renda Retido na Fonte de 10%; II. O imposto retido compensvel com o Imposto de Renda devido sobre o lucro apurado no perodo fiscal; III. O perodo contbil da empresa, estabelecido em seu estatuto, abrange o intervalo de tempo entre 01.01 a 31.12 de cada ano. Segundo o princpio contbil do registro pelo valor original, o custo de aquisio s pode 21

ser de R$ 500.000,00. O ganho ou receita financeira em 180 dias ser de R$ 90.000,00. Veja o disposto no inciso I do art. 183 da Lei n 6.404/76 I - os direitos e ttulos de crdito, e quaisquer valores mobilirios no classificados como investimentos, pelo custo de aquisio ou pelo valor do mercado, se este for menor; sero excludos os j prescritos e feitas as provises adequadas para ajust-lo ao valor provvel de realizao, e ser admitido o aumento do custo de aquisio, at o limite do valor do mercado, para registro de correo monetria, variao cambial ou juros acrescidos; Esta disposio deve ser seguida, isto , devemos reconhecer as receitas j incorridas a ttulo de juros ou variaes cambiais. Ento, como em 180 dias os rendimentos sero de 90.000, em 72 dias teremos um rendimento de 36.000. O lanamento contbil do reconhecimento da receita o seguinte: Aplicaes financeiras a Receitas financeiras R$ 36.000,00 Porm, foi informado no enunciado que o valor de realizao de operaes dessa natureza alcanava no mercado a quantia de R$ 532.000,00 Ora, se ns registramos as aplicaes financeiras em R$ 500.000,00 pelo custo de aquisio e mais R$ 36.000,00 pelos rendimentos incorridos, h que se efetuar o devido provisionamento: Despesas com proviso a Proviso para ajuste ao valor de mercado 4.000,00 Alm deste valor provisionado, h de ser efetuada uma proviso para gastos com corretagem, visto que mais um valor que no ser recebido. Esta proviso tambm considerada como ajuste ao valor de mercado, pois so cobrados R$ 2.000,00 a ttulo de corretagem, cujo valor no ser realizado com a alienao do financiamento: Despesas de proviso a proviso para corretagens R$ 2.000,00 Note que o nome utilizado no descaracteriza a proviso como proviso de ajuste ao valor de mercado, pois o valor a receber pelo investidor ser diminudo dessa quantia. Assim, temos que a aplicao financeira estar registrada, no balano de 31/12/20x1 por: Aplicaes financeiras R$ 536.000,00

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( - ) proviso p/ ajuste ao valor de mercado (R$ 4.000,00) ( - ) Proviso para corretagem (R$ 2.000,00) Desta forma, o valor contbil da aplicao financeira ser de R$ 530.000,00. Com relao ao Imposto de Renda, de salientar que as provises de ajusto ao valor de mercado no so dedutveis, sendo a sua base de clculo, em 31/12/20x1, de R$ 36.000,00, logo o imposto de R$ 3.600,00. Outro detalhe a perceber que o rendimento de R$ 36.000,00 representa 2/5 do rendimento total contratado, que foi de R$ 90.000,00. 01- O valor a ser incorporado como custo de aquisio da operao a) R$ 590.000 b) R$ 536.000 c) R$ 534.000 d) R$ 530.000 e) R$ 500.000 Conforme comentamos acima, a resposta correta a letra e. 02- Se a empresa utilizar o critrio linear para apropriao dos rendimentos gerados por esta operao, correto afirmar que: a) o valor proporcional ao Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser computado em conta corretiva do ativo. b) em 31.12.20x1 a empresa dever ter registrado como resultado do exerccio, em conta de Receitas Financeiras, 2/5 dos rendimentos contratados. c) os rendimentos contratados somente sero apropriados ao resultado da empresa na ocasio do vencimento da aplicao. d) a empresa dever registrar como Resultado de Exerccios Futuros o valor total dos rendimentos contratados na ocasio da contratao e efetivao da operao. e) a Demonstrao do Resultado do Exerccio encerrado em 31.12.20x1 dessa empresa dever ser afetado por receitas financeiras correspondentes a 19,01% dos rendimentos. A letra b se constitui na resposta correta. 03- Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos ttulos que lastreiam essa aplicao temporria era de R$ 532.000 e as despesas de negociao e corretagem R$ 2.000. Em casos como este o procedimento contbil a ser efetivado seria: a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, j deduzido do Imposto de Renda retido na 23

fonte, registrando o valor apurado em conta do ativo. b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao valor de mercado dos ttulos a crdito de conta de receita financeira. c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em funo do custo de oportunidade da empresa em relao a essa aplicao. d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma de avaliao aplicada a este tipo de ativo. e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparao entre o valor pago na data do balano e o valor contbil da aplicao. O valor total da proviso para ajuste ao valor de mercado de R$ 6.000,00. A resposta correta a letra d.12/03/2004 - Questo 05 de avanada do AFRF-2003

No comentrio da questo 5 de Contabilidade Avanada aproveito para falar sobre a classificao e avaliao de investimentos. Ressalto que esse assunto compem um trecho do e-produto de avanada que est venda aqui no site. 05- So atributos necessrios para identificar a existncia dos ativos Permanente Investimento a) constiturem direitos de qualquer natureza, essncia ou forma destinados continuidade da empresa. b) representarem direitos de qualquer natureza, essncia ou forma destinados ao desenvolvimento da atividade principal da empresa. c) no possurem a caracterstica de realizao e no se destinarem manuteno da atividade da empresa. d) serem destinados ao desenvolvimento da atividade principal da empresa e capacidade de transformao em moeda. e) somente representarem direitos no destinados utilizao no desenvolvimento da atividade principal da empresa. Analisando conjuntamente as disposies dos artigos 179 e o art. 183, ambos da Lei n 6.404/76, chegamos as seguintes concluses no concernente as classificaes e modos de avaliao para os investimentos: 1 Aplicaes financeiras de liquidez imediata, como os Fundos de Renda Fixa, devem ser classificados no Ativo Circulante Disponvel e avaliados pelo custo de aquisio mais rendimentos ganhos at a data do encerramento do exerccio. Ressalte-se que os rendimentos ganhos sero computados consoante o regime de competncia, isto , ao final de cada perodo devemos reconhecer as receitas nele ganhas. Veja que no h a 24

possibilidade de provisionamento para ajuste ao valor de mercado; 2 Aplicaes financeiras com liquidez at o final do exerccio seguinte, como os Certificados de Depsito Bancrios e as Debntures, devem ser classificados no Ativo Circulante, em Aplicaes Temporrias e devem ser avaliados pelo custo de aquisio mais rendimentos auferidos no perodo considerado. Este tipo de ativo tambm no comporta proviso para ajuste ao valor de mercado; 3 Aplicaes financeiras com liquidez aps o final do exerccio seguinte, como os Certificados de Depsito Bancrios e as Debntures, devem ser classificados no Ativo Realizvel a Longo Prazo, em Aplicaes Temporrias e devem ser avaliados pelo custo de aquisio mais rendimentos ganhos no exerccio. Atente-se ao fato que na avaliao desses ativos, at este momento, no foi invocada a necessidade de se constituir proviso para ajuste ao valor de mercado quando este seja menor, isto , estes investimentos (itens 1 a 3) so avaliados pelo custo de aquisio mais rendimentos, se houver, no se considerando uma provvel reduo em face do valor de mercado por ocasio de sua avaliao; 4 O Estoque em Ouro com liquidez imediata ou no, como, por exemplo, as operaes de compra e venda de ouro, devem ser classificadas no ativo circulante ou ativo realizvel a longo prazo, conforme previso de realizao e devem ser avaliados pelo custo de aquisio e ajustados por proviso para desvalorizao quando o valor de mercado for menor; 5 Participaes Societrias com inteno de realizao at o final do exerccio social subseqente, como as aes e quotas de outras sociedades comerciais, devem ser classificados como Ativo Circulante em subgrupo de Investimentos Temporrios, cuja avaliao deve ser pelo custo de aquisio ajustado por proviso para ajuste ao valor de mercado quando este for menor; 6 Participaes Societrias com inteno de realizao aps o final do exerccio social subseqente, como aes e quotas de outras sociedades, devem ser classificadas no Ativo Realizvel a Longo Prazo e avaliadas pelo custo de aquisio e ajustados ao valor de mercado quando este for menor. interessante frisar que os investimentos relativos aos itens 1 a 6 compem o ativo realizvel ou possuem a natureza ou inteno de realizao, fato este que no est presente nos investimentos do ativo permanente; 7 Participaes societrias em empresas no controladas e cujo investimento no seja relevante, mas com inteno de permanncia, como aes ou quotas de outras empresas, devem ser classificadas no Ativo Permanente Investimentos e avaliados pelo Custo de Aquisio ajustado por proviso para perdas quando comprovadas como permanentes; 8 Participaes Societrias em empresas controladas ou em sociedades coligadas e equiparadas a coligadas quando o investimento relevante e a sociedade investidora exera influncia na administrao da sociedade investida ou cujo investimento representa 20% ou mais do capital social da investida, com inteno de permanncia ou de fazer parte do corpo social da outra empresa, como aes e quotas de sociedades controladas e coligadas ou 25

equiparadas a coligadas, devem ser classificadas no Ativo Permanente Investimento e avaliados pelo Mtodo da Equivalncia Patrimonial (MEP); 9 Outros ativos com inteno de permanncia, como obras de arte, terrenos, edificaes que no sejam de uso, devem ser classificados no Ativo Permanente Investimento e avaliados pelo custo de aquisio e ajustados por proviso para perdas provveis ou ajuste a valor de mercado (art. 183, IV). V-se que cada aplicao ou investimento possui caractersticas prprias em relao ao prazo para resgate, taxa de rendimento, forma de rentabilidade, liquidez, inteno da empresa na sua aquisio etc. Entretanto, na sua classificao nos interessa, to-somente, quando podemos dispor desses valores ou qual a inteno da empresa em relao a sua realizao. Por isso, os ttulos resgatveis de pronto devem ser classificados como disponibilidade e, quando no possuem essa caracterstica, devem classificados como investimento temporrio. Se, porm, h a inteno de permanncia, eles devero ser classificados no grupo do ativo permanente em subgrupo investimentos, onde sero separados pela sua forma de avaliao, isto , mtodo do custo ou mtodo da equivalncia patrimonial. Percebe-se que o ativo permanente representa o ativo que no possui a caracterstica de realizao, pois se possuir essa caracterstica dever ser classificado no ativo circulante ou no realizvel a longo prazo. Outros aspectos interessantes, a cuja concluso chegamos pela leitura dos dispositivos legais sob anlise, diz respeito a correta classificao de aes de coligadas. No nosso modo de entender o assunto, estas devem ser sempre classificadas no ativo permanente investimento.Desta forma, a resposta correta a letra c.25/03/2004 - Questes 06 e 07 de avanada do AFRF-2003 A questo n 7 de contabilidade avanada gerou muita polmica e deveria ter sido anulada. Porm, a banca examinadora no tomou conhecimento dos recursos apresentados o que uma lstima.

Para responder s questes de ns 06 e 07 considere a situao descrita a seguir. A Cia. Boreal, empresa agrcola atuante nesse mercado h 22 anos, no incio de 1997 participa como acionista na constituio da Cia. Beneficiadora de Cereais, cujo capital social totalmente integralizado e formado por 1.200.000 aes distribudas, de acordo com os limites legais, em aes ordinrias e preferenciais com valores nominais de R$10,00 cada uma. No incio de 2003 a diretoria da Cia. Boreal, obedecendo a seu planejamento estratgico para expanso, decide fazer uma proposta de aquisio para o controle acionrio da Cia. Transportadora Carga Pesada que, no momento, passa por problemas de gesto, apesar de ter sido constituda em janeiro de 2002, dentro dos limites mximos de classes de aes permitidos pela legislao da poca. Com capital social representado por 900.000 aes ordinrias e preferenciais com valor unitrio de R$10,00/ao, seus acionistas esto dispostos a negociar a venda do controle acionrio pelo valor nominal das aes desde que essa operao seja realizada a vista.

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06- Com base nas informaes acima, indique o valor mnimo que a Cia. Boreal deveria pagar para tornar-se a controladora da empresa transportadora. a) R$ 4.500.000 b) R$ 3.000.010 c) R$ 3.000.000 d) R$ 2.250.010 e) R$ 1.500.000 O controle acionrio exercido de forma permanente quando a sociedade investidora possuir a maioria do capital votante. Ressalte-se que, com a edio da Lei n 10.303/2001, a relao de aes preferenciais e ordinrias prescritas na Lei n 6.404/76 foi sensivelmente modificada. Antes da alterao introduzida por essa lei, o art. 15 da Lei n 6.404/76 previa a possibilidade de 2/3 das aes serem preferenciais e, em conseqncia, 1/3 de aes ordinrias. Aps a entrada em vigor da Lei 10.303/01, essa relao passou a ser de no mximo 50% de aes preferncias e de no mnimo de 50% de aes ordinrias. A Lei n 10.303/01, no concernente aplicao da nova relao de aes, assevera no art. 8, que: 1o A proporo prevista no 2o do art. 15 da Lei no 6.404, de 1976, ser aplicada de acordo com o seguinte critrio: I - imediatamente s companhias novas; II - s companhias fechadas existentes, no momento em que decidirem abrir o seu capital; e III - as companhias abertas existentes podero manter proporo de at dois teros de aes preferenciais, em relao ao total de aes emitidas, inclusive em relao a novas emisses de aes. Com relao a entrada em vigor da Lei modificadora, o art. 9 dispe: Art. 9o Esta Lei entra em vigor aps decorridos 120 (cento e vinte) dias de sua publicao oficial, aplicando-se, todavia, a partir da data de publicao, s companhias que se constiturem a partir dessa data. Desta forma, a Cia. Boreal necessita subscrever 250.001 (x R$ 10,00 = 2.500.010,00) aes ordinrias para se tornar controladora da Cia. Transportadora Carga Pesada, pois esta foi constituda sob as novas normas, conforme disposto no inciso I, do 1 do art. 8 da Lei n 10.303/2001. Assim, a resposta correta a letra d. 27

07- Para possuir a preponderncia nas deliberaes sociais de modo permanente e com segurana na Cia. Beneficiadora de Cereais, a Cia. Boreal deve possuir pelo menos: a) 50% do capital total da investida. b) 40% das aes totais da investida. c) 33,3% do patrimnio lquido da investida. d) 25% das aes ordinrias da investida. e) 16,7% do capital votante da investida. Esta questo foi mal elaborada pelo examinador, pois no h nenhuma resposta que seja digna de ser assinalada. J mencionei que antes de 2002 a proporo de aes preferenciais e ordinrias admitida era de 2/3 de aes preferenciais e de 1/3 de aes ordinrias. Neste contexto a investidora poderia tornar-se controladora da sociedade investida com a deteno de apenas 16,7 % do total das aes e desde que todas as suas aes fossem aes ordinrias e, ainda, desde que a sociedade investida tivesse seu capital dividido no limite mximo admitido pela lei. Mas, do jeito que a questo foi colocada, no h resposta correta. No gabarito oficial, apresentado pela Esaf, foi considerada correta a resposta da letra e, que aponta a necessidade da deteno de 16,7% das aes com direito a voto. Ora, 16,7% das aes com direito a voto representam apenas 16,7% de 100% das aes com direito a voto. Certamente o examinador quis se referir que com 16,7 das aes totais, desde que fossem com direito a voto, a investidora poderia controlar a sociedade investida. Mas no o disse!!! Por isso a questo deveria ter sido anulada.05/04/2004 - Contabilidade avanada (AFRF-2003) questes 8 e 9

08- Indique a opo que no corresponde a procedimentos exigidos pela Instruo CVM 247/96 para a determinao da base de clculo da equivalncia patrimonial. a) O resultado positivo includo no lucro apurado de companhia investidora que corresponda incluso no custo de aquisio de ativos imobilizados no balano patrimonial da controlada. b) O resultado positivo includo no lucro apurado de companhia controlada que corresponda incluso no custo de aquisio de estoques de matrias-primas no balano patrimonial da investidora. c) O lucro no realizado includo no lucro apurado de companhia controlada que corresponda incluso no custo de aquisio de bens no de uso no balano patrimonial de outra empresa coligada. d) O resultado positivo includo no lucro apurado de companhia controlada que corresponda incluso no custo de aquisio de ativos imobilizados no balano patrimonial da investidora. 28

e) O resultado positivo includo no lucro apurado de companhia controlada que corresponda incluso no custo de aquisio de ativos imobilizados no balano patrimonial de outra controlada. Os procedimentos que devem ser adotados na aplicao do Mtodo da Equivalncia Patrimonial so os indicados nos artigos 9 ao 11 da Instruo CVM n 247/96, a seguir transcritos. Art. 9 - O valor do investimento, pelo mtodo da equivalncia patrimonial, ser obtido mediante o seguinte clculo: I - Aplicando-se a percentagem de participao no capital social sobre o valor do patrimnio lquido da coligada e da controlada; e II - Subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros no realizados, conforme definido no 1 deste artigo, lquidos dos efeitos fiscais. 1 - Para os efeitos do inciso II deste artigo, sero considerados lucros no realizados aqueles decorrentes de negcios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando: a) - o lucro estiver includo no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por incluso no custo de aquisio de ativos de qualquer natureza no balano patrimonial da investidora; ou b) - o lucro estiver includo no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por incluso no custo de aquisio de ativos de qualquer natureza no balano patrimonial de outras coligadas e controladas. 2 - Os prejuzos decorrentes de transaes com a investidora, coligadas e controladas no devem ser eliminados no clculo da equivalncia patrimonial. 3 - Os lucros e os prejuzos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negcios que tenham gerado, simultnea e integralmente, efeitos opostos nas contas de resultado das coligadas e controladas, no sero excludos para fins de clculo do valor do investimento. Art. 10 - Para os efeitos do disposto no artigo 9, o patrimnio lquido da coligada e controlada dever ser determinado com base nas demonstraes contbeis levantadas na mesma data das demonstraes contbeis da investidora. 1 - Na impossibilidade de cumprimento ao disposto no caput deste artigo, admite-se a utilizao de demonstraes contbeis da coligada e controlada em um perodo mximo de defasagem de at 60 (sessenta) dias antes da data das demonstraes contbeis da investidora. 2 - O perodo de abrangncia das demonstraes contbeis da coligada e controlada 29

dever ser idntico ao da investidora, independentemente das respectivas datas de encerramento. 3 - Admite-se a utilizao de perodos no idnticos, nos casos em que este fato representar melhoria na qualidade da informao produzida, sendo a mudana evidenciada em nota explicativa. Art. 11 - Para a determinao do valor da equivalncia patrimonial, a investidora dever: I - Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critrios contbeis, em especial, referindo-se a investimentos no exterior; II - Excluir o montante correspondente s participaes recprocas; III - Reconhecer os efeitos decorrentes de eventos relevantes ocorridos no perodo intermedirio, no caso de demonstraes contbeis levantadas em datas diversas; e IV - Reconhecer os efeitos decorrentes de classes de aes com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciao na participao de lucros. Pela anlise da legislao percebe-se que a alternativa a corresponde a um procedimento no requerido. O resultado no realizado a ser eliminado o correspondente ao resultado da coligada ou controlada que estiver no custo de controladora ou investidora e no o resultado da investidora que est no custo da investida. 09- A Cia. ABC adquire 2% do total de aes da Cia. Lavandisca. Na ocasio da operao, o preo acordado envolvia o valor das aes e dividendos adquiridos, relativos a saldos, de Reservas e Lucros Acumulados, pr-existentes e ainda no distribudos. No momento em que ocorrer o efetivo pagamento dos dividendos referentes a esses itens, o tratamento contbil dado a esse evento dever ser: a) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita no operacional em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa. b) ajustar o resultado do exerccio e creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de desgio em aquisio de investimentos permanentes em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa. c) lanar o valor correspondente a esse dividendo a crdito da conta participao societria em contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa. d) registrar os dividendos recebidos como receita operacional em contrapartida ao lanamento de dbito na conta caixa. e) considerar o valor recebido como receita no operacional e debitando em contrapartida da conta gio em investimentos societrios. A resposta para esta questo deve ser buscada na legislao fiscal, mais especificamente no art. 380 do Regulamento do Imposto de Renda, aprovado pelo Decreto n 3.000/99 RIR/99. Diz aquele diploma legal que: 30

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurdica, em decorrncia de participao societria avaliada pelo custo de aquisio, adquirida at seis meses antes da data da respectiva percepo, sero registrados pelo contribuinte como diminuio do valor do custo e no influenciaro as contas de resultado (Decreto-lei n 2.072, de 1983, art. 2). Entende-se, pela anlise da legislao fiscal que nessa hiptese a investidora adquiriu, alm da participao, o direito ao dividendo, ou seja, o dividendo j era devido ao tempo da transao ou aquisio do investimento. Assim, por ocasio do recebimento do dividendo, nessas condies, ele no ser considerado receita operacional, mas uma reduo do prprio investimento. Este o nico caso em que o recebimento de dividendo em que reduzimos o valor do investimento no caso de ele ser avaliado pelo mtodo do custo de aquisio. Assim, a alternativa correta a letra c.19/04/2004 - Contabilidade avanada - questes 10 e 11

Dando continuidade resoluo da prova de contabilidade avanada do ltimo concurso do AFRF, apresenta as questes de nmeros 10 e 11. 10- Entre as afirmativas a seguir, indicar aquela que faz parte dos procedimentos efetuados pela investidora para a determinao do valor da equivalncia patrimonial. a) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de aes com direito preferencial ou no de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciao na participao de lucros. b) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de aes com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciao na participao de lucros. c) Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critrios contbeis, excetuando, quando se referir a investimento no exterior. d) Verificar os efeitos decorrentes de eventos no relevantes ocorridos no caso das demonstraes contbeis de mesma data e efeitos postecipados. e) Admitir a excluso do montante correspondente s participaes recprocas quando estas apresentarem carter eventual e irrelevncia. A questo versa sobre os procedimentos que devem ser adotados pela sociedade investidora na avaliao de investimentos pelo mtodo da equivalncia patrimonial. O assunto est disciplinado no art. 11 da Instruo CVM No 247, de 27 de maro de 1996. Art. 11 - Para a determinao do valor da equivalncia patrimonial, a investidora dever: I - Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critrios contbeis, em especial, referindo-se a investimentos no exterior; 31

II - Excluir o montante correspondente s participaes recprocas; III - Reconhecer os efeitos decorrentes de eventos relevantes ocorridos no perodo intermedirio, no caso de demonstraes contbeis levantadas em datas diversas; e IV - Reconhecer os efeitos decorrentes de classes de aes com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciao na participao de lucros. Percebe-se, pela simples leitura do dispositivo normativo, em face da literalidade, que a alternativa a ser assinalada a letra b. 11- A diferena verificada, ao final do perodo, entre o valor da participao societria relevante de companhia aberta e o resultante da aplicao do percentual de sua participao no patrimnio lquido da empresa investida, registrado como item do resultado operacional quando corresponder: a) a eventos que provoquem diminuio do percentual de participao no capital da investida se esta for uma coligada. b) a aumento no patrimnio lquido da empresa coligada decorrente da reavaliao de seus ativos. c) a eventos resultantes de aumentos do percentual de participao no capital social da empresa controlada. d) a variao cambial de investimento em coligada ou controlada e controlada no exterior. e) a diminuies do patrimnio lquido de coligadas provocadas por reavaliaes de ativos. A variao no percentual de participao pode gerar ganho ou perda de capital, que sempre representa receita ou despesa NO-OPERACIONAL. A reavaliao de ativos pela investida deve ser lanada na investidora a dbito de investimentos e a crdito de reserva de reavaliao de sociedades controladas e coligadas. A variao cambial de investimentos em coligada ou controlada no exterior considerada receita ou despesa operacional, logo a alternativa correta a letra d.05/05/2004 - Insubsistncias e Supervenincias

Desde a realizao da prova do concurso de AFRF 2003 uma inquietao paira em meio aos concursandos sobre o assunto insubsistncias e supervenincias. O abnegado concursando Luiz Roberto, de Belo Horizonte, inconformado com a discrepncia de informaes sobre o tema no se conteve e foi direto ao CFC solicitando um pronunciamento oficial. Obteve a resposta e nos enviou o seguinte texto que repasso a todos por ser de interesse pblico. Belo Horizonte, 03 de maio de 2004

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Acabo de receber o Relatrio da Cmara Tcnica com o parecer do CFC sobre a polmica envolvendo Insubsistncias Ativas: Receitas ou Despesas? A bem da verdade, o CFC enviou esta consulta para o Ministrio da Fazenda, aos cuidados do Sr. Isaltino Alves da Cruz, Coordenador-Geral de Contabilidade do Tesouro Nacional, atravs do memorando n 132/COTEC/CFC, de 04 de maro de 2004, haja vista que, no entendimento do CFC, o assunto tratava de matria envolvendo a contabilidade governamental. O parecer do Sr. Isaltino foi aceito na ntegra e referendado pela Cmara Tcnica, atravs do relatrio N 11/04, datado de 15 de abril de 2004. Como o meu scanner resolveu no funcionar, digitei apenas o parecer: A gesto patrimonial imprime ao patrimnio da entidade, constantes variaes. As variaes representam os acrscimos e as redues que resultam na situao lquida patrimonial. As variaes que acrescem a situao lquida patrimonial so denominadas de variaes ativas e as que reduzem variaes passivas. Dentro deste contexto, as variaes ativas so provenientes do aumento de valores do ativo e da diminuio de valores do passivo e as variaes passivas decorrem da diminuio dos valores do ativo ou do acrscimo dos valores do passivo. Desta forma afirmamos que nem toda variao ativa decorre do ativo assim como tambm a variao passiva no s provm do passivo. (grifo do CFC) A aplicao dos substantivos supervenincia e insubsistncia tem o objetivo de destacar da gesto patrimonial, os componentes das variaes patrimoniais de natureza eventual, espordico, dos normais e que todos alteram a situao lquida patrimonial da entidade. A evindenciao permite evitar a desfigurao da composio dos resultados relativos a vrios exerccios. (grifo do CFC) A supervenincia consiste em aumento e a insubsistncia em diminuio da situao lquida patrimonial. A supervenincia do ativo denominada de supervenincia ativa, porque acresce a situao lquida patrimonial. A supervenincia do passivo, denominada de supervenincia passiva, porque diminui a situao lquida patrimonial. A insubsistncia do ativo denominada de insubsistncia passiva, porque diminui a situao lquida patrimonial. Insubsistncia do passivo denominada de insubsistncia ativa, porque aumenta a situao lquida patrimonial. Resumindo as consultas informamos o seguinte: A Insubsistncia ativa uma conta de receita, portanto de natureza credora; A insubsistncia passiva uma conta de despesa, portanto de natureza devedora;

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A supervenincia ativa uma conta de receita, portanto de natureza credora; A supervenincia passiva uma conta de despesa, portanto de natureza devedora; A distino entre receitas e despesas operacionais de no operacionais sempre causa confuso e por isto h uma tendncia constante de evitar essa classificao. No entanto, h um esforo de segregao, apenas dos itens extraordinrios e dos resultados de operaes descontinuadas, rigidamente definidos. Assim sendo, dentro das supervenincias e insubsistncias podem existir tanto fenmenos operacionais quanto no operacionais. Aqueles que se referirem a ganhos e perdas na alienao de investimentos, de imobilizado, as provises para perdas correspondentes, resultados pela equivalncia patrimonial ou ganhos e perdas no ativo diferido so classificados como no operacionais. As supervenincias e insubsistncias detm as mesmas naturezas de registro contbil, devedora ou credora, em qualquer que seja o segmento de atividades econmicas, social ou administrativa. No h possibilidade de se tratar devedor na contabilidade geral e credor na aplicada, at porque a contabilidade aplicada tem como postulados, princpios, convenes, normas e sistematizao baseada na contabilidade geral. Este o parecer. ISALTINO ALVES DA CRUZ COORDENADOR-GERAL DE CONTABILIDADE21/05/2004 - Avaliao de investimentos A questo a seguir consta no e-produto de contabilidade avanada, porm ela pode ser cobrada na prova de contabilidade geral. Por isso interessante que se atenham na sua resoluo! Na prxima semana seguirei com a prova de contabilidade avanada do AFRF-2003. 29) (AFRF-2001-Esaf) A empresa Lua S.A. apresentou valores no circulantes ou permanentes, com os seguintes saldos:

Contas: Aes de Coligadas Aes de Controladas Aes em Outras Cias. Gastos Pr-operacionais Marcas e Patentes Mveis e Utenslios Proviso para Perdas em Investimentos Veculos Observaes: - no h contabilizao de correo monetria - no houve nenhuma movimentao no saldo das contas

Saldos R$ 2.000,00 R$ 5.000,00 R$ 1.000,00 R$ 200,00 R$ 400,00 R$ 800,00 R$ 100,00 R$ 1.200,00

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- apenas a participao em controladas avaliada por equivalncia patrimonial - as participaes acionrias so: PA de 40% em controladas; PA de 20% em coligadas; e PA de 10% em outras companhias. - as controladas apuraram lucro lquido de R$ 1.000,00 e distriburam dividendos de R$ 200,00; - as coligadas apuraram lucro lquido de R$ 1.000,00 e distriburam dividendos de R$ 200,00. Contabilizando-se os ajustes necessrios ao balano, no fim do exerccio, vamos encontrar essa empresa com um Ativo Permanente no valor de a) R$ 10.860,00 b) R$ 10.980,00 c) R$ 10.620,00 d) R$ 10.900,00 e) R$ 10.820,00 SOLUO: As contas do Ativo Permanente so todas as acima apresentadas. Pelas informaes prestadas, apenas os investimentos em controladas so avaliados pela equivalncia patrimonial. As controladas apuraram um lucro de R$ 1.000,00 e a participao da empresa Lua S.A. de 40%, logo, desse resultado, cabe a ela o valor de R$ 400,00, o que far com que o investimento em controladas aumente R$ 400,00, isto , debitamos investimento em contrapartida de resultado com equivalncia patrimonial. Porm, as controladas distriburam dividendos no valor de R$ 200,00. Desse dividendo a LUA S.A. faz jus a 40%, isto , R$ 80,00. O recebimento de dividendo diminui o valor do investimento, pois ele contabilizado mediante dbito em conta do AC e crdito em investimento. Os investimentos no avaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial no sofrem alterao pelo fato de a sociedade investida apurar resultado e tampouco pela distribuio de dividendos. Desta forma, os fatos apresentados alteram o Ativo permanente em R$ 320,00, cujo saldo o seguinte:

Contas: Aes de Coligadas Aes de Controladas Aes em Outras Cias. Gastos Pr-operacionais Marcas e Patentes Mveis e Utenslios Proviso para Perdas em Investimentos Veculos TOTAL

Saldos R$ 2.000,00 R$ 5.320,00 R$ 1.000,00 R$ 200,00 R$ 400,00 R$ 800,00 (R$ 100,00) R$ 1.200,00 R$ 10.820,00

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08/06/2004 - Contabilidade avanada - questes 22 a 30 Para compensar a minha prolongada ausncia deste espao, por motivos de mudana, apresento a resoluo das questes 22 a 30 de contabilidade avanada do ltimo AFRF. Instrues para resoluo das questes de ns 22 a 28. Em uma operao de verificao dos livros contbeis, realizada na Cia. Luanda, foi possvel identificar os seguintes dados: I - O Balano Patrimonial dos exerccios 20x1 e 20x2 CONTAS DO ATIVO Disponibilidades Clientes (-) Prov. p/ Crditos de Liq. Duvidosa Estoques Participaes Societrias Imveis Equipamentos Veculos (-) Depreciao Acumulada TOTAL DO ATIVO CONTAS DO PASSIVO+PL Contas a Pagar Fornecedores Dividendos a Pagar Impostos Provisionados Notas Promissrias a Pagar Financiamentos de Longo Prazo Capital Social Reservas de Lucros Lucros/Prejuzos Acumulados TOTAL DO PASSIVO+PL 20x1 8.000 12.000 (300) 2.000 5.300 12.000 15.000 20.000 (2.000) 72.000 20x1 1.000 9.000 ---1.000 10.000 16.000 30.000 4.000 1.000 72.000 20x2 6.000 22.500 (800) 6.500 5.300 12.000 20.000 20.000 (7.500) 84.000 20x2 4.000 6.000 3.000 2.000 ---22.000 40.000 0 7.000 84.000

II - A Demonstrao das Mutaes do Patrimnio LquidoCAPITAL SOCIAL Saldo em 31.12.20x1 Transferncias p/Capital Novas Subscries Incorporao do Resultado Lquido 19x2 Distribuio do Resultado Dividendos Saldo em 31.12.20x2 30.000 4.000 RESERVA DE LUCROS 4.000 (4.000) LUCROS/ PREJUZOS AC. 1.000 9.000 (3.000) 7.000 TOTAL 35.000 0 9.000 0 (3.000) 47.000

40.000

0

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III - Itens da Demonstrao de Resultado do Exerccio Itens Adicionais Vendas CMV Despesas totais do perodo Resultado antes do IR Variaes Cambiais Passivas Despesas de Depreciaes Proviso p/ pagamento do Imposto de Renda Proviso p/ Crditos de Liquidao Duvidosa 20x1 100.000 64.000 34.000 2.000 ---2.000 1.000 300 20x2 152.000 82.000 59.000 11.000 6.000 5.500 2.000 800

IV - Outras informaes adicionais As Notas Promissrias vencem em 180 dias. Os financiamentos foram contratados junto ao Banco ABC em 30.12.20x1 pelo prazo de 8 anos, com carncia de 3 anos e juros de 5% anuais, pagveis ao final de cada perodo contbil. O saldo devedor corrigido pela variao da moeda x, com pagamento do principal em 5 parcelas anuais aps o perodo de carncia.

Com base unicamente nos dados fornecidos, responder s questes de nmeros 22 a 28. 22- O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no perodo examinado foi: a) 159.500 b) 150.000 c) 141.200 d) 139.500 e) 139.200 SOLUO: As vendas efetuadas foram no montante de R$ 152.000,00, entretanto esse valor no foi recebido integralmente, conforme se pode perceber pelo aumento da conta de clientes que passou de R$ 12.000,00 (20x1) para 22.500,00 (20x2). Isto pode ser interpretado da seguinte forma: Os clientes, devedores de 20x1, efetuaram os seus pagamentos, e no ano de 20x2 foram realizadas vendas a prazo pelo valor de R$ 22.500,00. Somente por esse fato podemos dizer que em 20x2 a empresa poderia ter recebido o valor de R$ 164.000,00 (R$ 152.000,00 de vendas mais R$ 12.000,00 de clientes). Desse valor deve ser deduzido a parcela de vendas a prazo de R$ 22.500,00 e o valor da PDD de R$ 300,00, do exerccio de 20x1 que no foi recebido. Assim, o valor efetivamente recebido em 20x2, decorrente de vendas, foi de R$ 141.200,00, discriminados ou demonstrados da seguinte forma:

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Vendas no perodo = R$ 152.000,00 (+) Clientes (20x1) = R$ 12.000,00 (-) Clientes (20x2) = R$ 22.500,00 (-) PDD (20x1) = R$ 300,00 Total Recebido = R$ 141.200,00 A resposta correta a letra c. 23- Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o valor de: a) 89.500 b) 86.500 c) 85.000 d) 82.000 e) 75.500 SOLUO: Para apurarmos os pagamentos efetuados aos fornecedores precisamos saber, inicialmente, o valor das compras. Para o exerccio social de 20x2 devemos considerar como estoque inicial o valor do estoque final do exerccio social anterior. Assim. o estoque inicial (Ei) foi de R$ 2.000,00. O estoque final (Ef) fornecido no prprio balano encerrado em 20x2, cujo valor de R$ 6.500,00. Alm destes valores, foi fornecido o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), no valor de R$ 82.000,00. Portanto, partindo do conceito de que CMV = Ei + Co Ef, onde Co representam as compras lquidas do perodo, teremos que Co a nica varivel que deve ser encontrada. Logo, substituindo na frmula os valores j conhecidos, temos: 82.000,00= 2.000,00 + Co 6.500,00 Co = 82.000,00 2.000,00 + 6.500,00 Co = R$ 86.500,00 Uma vez conhecido o valor total de compras, resta-nos verificar os pagamentos efetuados aos fornecedores e, para tanto, devemos analisar a conta Fornecedores. Na anlise desta conta, devemos entender o seguinte: se houve aumento no seu saldo de um perodo anterior para o de anlise, ento nem todas as compras do perodo foram pagas; se houve diminuio no seu saldo, ento no perodo, alm do pagamento de todas as compras foram pagas compras do perodo anterior, ou ento, foram pagas contas do perodo anterior em valor maior do que as no pagas do perodo atual. Desta forma, constatado que no exerccio em anlise houve diminuio no saldo de fornecedores e para bem estruturar uma demonstrao do desembolso ocorrido pelo pagamento a Fornecedores, partimos do princpio que poderiam ser pagos todos os valores 38

devidos de exerccios anteriores mais as compras realizadas no perodo. Do montante assim obtido, subtrai-se a quantia no paga: Compras do perodo R$ 86.500,00 (+) Fornecedores (20x1) R$ 9.000,00 (-) Fornecedores (20x2) R$ 6.000,00 Total de desembolso R$ 89.500,00 Desta forma, a resposta correta a representada pela letra a. 24- Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a sada de caixa para o pagamento de despesas foi: a) 52.700 b) 50.700 c) 44.700 d) 45.500 e) 43.700 SOLUO: Do valor total das despesas do perodo devemos deduzir aquelas despesas realizadas e no pagas ou que no geraram sada de caixa. No presente exerccio temos as despesas de depreciao, variaes cambiais, aumento de contas a pagar e a despes de PDD. Assim, em forma de demonstrao, teremos: Despesas totais do perodo = R$ 59.000,00 (-) Aumento de contas a pagar = R$ 3.000,00 (-) Variaes cambiais passivas = R$ 6.000,00 (-) Proviso Devedores duvidosos = R$ 800,00 (-) Depreciao do perodo = R$ 5.500,00 = Total de despesas pagas em 2001 = R$ 43.700,00 Desta forma, a opo correta a representada pela alternativa e. 25- No perodo a empresa efetuou compras de estoques no valor de: a) 89.500 b) 86.500 c) 85.000 d) 82.000 e) 75.500 SOLUO:

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O valor das compras do perodo foi apurado na questo 23, onde encontramos o valor de R$ 86.500,00. Desta forma, a opo correta a representada pela alternativa b. 26- Com os dados fornecidos e aplicando o mtodo indireto para elaborar o fluxo de caixa, pode-se afirmar que a contribuio do resultado ajustado para a formao das disponibilidades : a) 21.300 b) 12.000 c) 17.500 d) 20.500 e) 6.000 SOLUO: Conforme pronunciamento n 20, de 30/04/1999, publicado no D.O.U. em 30/04/1999, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil IBRACON, o mtodo indireto caracteriza-se por apresentar o fluxo de caixa lquido oriundo da: Movimentao lquida das contas que influenciam na determinao dos fluxos de caixa das atividades operacionais, tais como estoques, contas a receber e contas a pagar. Movimentao lquida das contas que influenciam na determinao dos fluxos de caixa das atividades de investimentos e de financiamentos, a partir das disponibilidades geradas pelas atividades operacionais, ajustadas pelas movimentaes dos itens que no geram caixa, tais como: depreciao, amortizao, baixas de itens do ativo permanente etc. A conciliao do resultado com o fluxo de caixa lquido das atividades operacionais deve ser demonstrada tanto pelo mtodo direto como pelo mtodo indireto. Todos os ajustes de conciliao entre o resultado e o caixa gerado pelas atividades operacionais devem ser claramente identificados como itens de conciliao. Entretanto, existem autores que consideram o l