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BOLETIM SEMANAL 20 a 26 de fevereiro de 2017 Ano XX • N o 779 U m grande espetá- culo que encheu de cores e ritmos a Concha Acústica da UERJ. É assim que pode ser resumido o show "Viva UERJ", evento que reuniu mais de 100 artis- tas brasileiros e estran- geiros, entre músicos e cantores, de diferentes estilos musicais, num ato público voluntário em defesa da manutenção da UERJ, na última terça- -feira (14/02), no cam- pus Maracanã. Organizado conjun- tamente pela Asduerj, DCE, Sintuperj, Sin- dicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inova- ção em Saúde Pública (Asfoc-SN) e Movi- mento UERJ Além da Crise, o evento reuniu um público de cinco mil pessoas, dentre estu- dantes e servidores de diferentes unidades aca- dêmicas da Universidade, além de contar com a participação de parlamentares fluminenses, lideranças comunitárias, cientistas, represen- tantes da Administração Central da UERJ e de veículos de comunicação de massa, popu- lar e alternativa. Durante as mais de sete horas consecuti- vas de apresentações, foram recolhidos mate- riais de uso hospitalar para doação às unidades de saúde da UERJ, como o Hospital Univer- sitário Pedro Ernesto (HUPE), a Policlínica Piquet Carneiro e o posto de enfermagem da Vila Dois Rios, em Ilha Grande, que se encon- tram com dificuldades de funcionamento. No repertório musical, muita MPB, jazz, blues, pop, funk, rap, samba, choro, entre outros ritmos, além de poesia e discursos de protesto contrários ao sucateamento das instituições estaduais de Ensino Superior, a favor dos paga- mentos de salários, bolsas e auxílios permanên- cia e em prol das atividades de ensino, pesquisa e extensão universitárias. O estudante de História, Reginaldo Car- valho da Silva Junior, avalia que o responsá- vel pela situação de crise na UERJ é o próprio Governo do Estado. “O Governo que foi irres- ponsável com a nossa faculdade e com a educa- ção de Ensino Superior. Sou bolsista e o paga- mento está atrasado. Isso atrapalha muito”, disse. Já Victor Hugo Arona do Monte, que ingressou no curso de Geografia em 2015, tem esperança de dias melhores. “Esses eventos são importantes para chamar a atenção do pes- soal, principalmente da comunidade externa”, explicou. A diretora do Instituto de Filosofia e Ciên- cias Humanas (IFCH), Dirce Eleonora Solis, garante que a Univer- sidade é indispensá- vel para o Rio e que não é possível abrir mão de sua existên- cia. “Estamos lutando e resistindo para fazer com que a UERJ tenha uma saída. Nos- sos estudantes têm que estar conosco. Temos que continuar funcio- nando. Essa é nossa luta”, defendeu. Lúcia Schmidt, diretora do Núcleo de Informa- ções e Estudos de Con- juntura (NIESC) e professora da Facul- dade de Engenharia (FEN), destaca o cres- cimento da UERJ nos últimos anos e acredita que o apoio da sociedade é estratégico neste momento. “É ela que nos mantém, quem nos sustenta. Estamos mais interessados na socie- dade do que nos governos”, resumiu a docente. Filha de professora da casa, a cantora Isa- bella Taviani classifica o momento atual da UERJ como divisor de águas. “É um momento histórico muito forte. A gente quer vencer essa batalha e quero que a minha mãe vença tam- bém. Os sonhos não podem morrer. A UERJ não vai morrer! Ela é viva e vai permanecer junto de todos”, declarou. Formada em uni- versidade pública, a cantora Myllena, que con- cilia a carreira com a Medicina, acredita na for- mação inclusiva proporcionada pela UERJ. “Quando a gente vê uma universidade desse patamar passar por dificuldades, dá pena. Dá uma dor no coração ao imaginar que tudo isso pode ser jogado no lixo por coisas que não dependem só dela”, desabafou. Concha Acústica sedia ato histórico em defesa da UERJ Da esq. para a dir.: Tania Netto, Sub-reitora de Graduação da UERJ; Teresa Faria, vice-reitora da UENF; Luanda de Moraes e Maria de Assis, respectivamente, vice-reitora e reitora da UEZO Isabella Taviani, que é filha da Diretora de Administração Financeira da UERJ, Maria Thereza Lopes de Azevedo, e Myllena trouxeram um repertório recheado de clássicos da MPB Os cantores Leoni e Frejat fizeram o público vibrar no evento em defesa da UERJ, que reuniu a comunidade externa, estu- dantes e servidores de vários campi regionais da Universidade A cantora Teresa Cristina junto ao público de milhares de pessoas que lotou a Concha Acústica e o entorno do espaço durante mais de sete horas consecutivas Mídia Ninja/reprodução Facebook

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UERJUERJUERJUERJBOLETIM SEMANAL

20 a 26 de fevereiro de 2017Ano XX • No 779

Um grande espetá-culo que encheu de cores e ritmos

a Concha Acústica da UERJ. É assim que pode ser resumido o show "Viva UERJ", evento que reuniu mais de 100 artis-tas brasileiros e estran-geiros, entre músicos e cantores, de diferentes estilos musicais, num ato público voluntário em defesa da manutenção da UERJ, na última terça--feira (14/02), no cam-pus Maracanã.

Organizado conjun-tamente pela Asduerj, DCE, Sintuperj, Sin-dicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inova-ção em Saúde Pública (Asfoc-SN) e Movi-mento UERJ Além da Crise, o evento reuniu um público de cinco mil pessoas, dentre estu-dantes e servidores de diferentes unidades aca-dêmicas da Universidade, além de contar com a participação de parlamentares fl uminenses, lideranças comunitárias, cientistas, represen-tantes da Administração Central da UERJ e de veículos de comunicação de massa, popu-lar e alternativa.

Durante as mais de sete horas consecuti-vas de apresentações, foram recolhidos mate-riais de uso hospitalar para doação às unidades de saúde da UERJ, como o Hospital Univer-sitário Pedro Ernesto (HUPE), a Policlínica Piquet Carneiro e o posto de enfermagem da Vila Dois Rios, em Ilha Grande, que se encon-tram com difi culdades de funcionamento. No repertório musical, muita MPB, jazz, blues, pop, funk, rap, samba, choro, entre outros

ritmos, além de poesia e discursos de protesto contrários ao sucateamento das instituições estaduais de Ensino Superior, a favor dos paga-mentos de salários, bolsas e auxílios permanên-cia e em prol das atividades de ensino, pesquisa e extensão universitárias.

O estudante de História, Reginaldo Car-valho da Silva Junior, avalia que o responsá-vel pela situação de crise na UERJ é o próprio Governo do Estado. “O Governo que foi irres-ponsável com a nossa faculdade e com a educa-ção de Ensino Superior. Sou bolsista e o paga-mento está atrasado. Isso atrapalha muito”, disse. Já Victor Hugo Arona do Monte, que ingressou no curso de Geografi a em 2015, tem esperança de dias melhores. “Esses eventos são importantes para chamar a atenção do pes-soal, principalmente da comunidade externa”, explicou.

A diretora do Instituto de Filosofi a e Ciên-cias Humanas (IFCH), Dirce Eleonora Solis,

garante que a Univer-sidade é indispensá-vel para o Rio e que não é possível abrir mão de sua existên-cia. “Estamos lutando e resistindo para fazer com que a UERJ tenha uma saída. Nos-sos estudantes têm que estar conosco. Temos que continuar funcio-nando. Essa é nossa luta”, defendeu. Lúcia Schmidt, diretora do Núcleo de Informa-ções e Estudos de Con-juntura (NIESC) e professora da Facul-dade de Engenharia (FEN), destaca o cres-

cimento da UERJ nos últimos anos e acredita que o apoio da sociedade é estratégico neste momento. “É ela que nos mantém, quem nos sustenta. Estamos mais interessados na socie-dade do que nos governos”, resumiu a docente.

Filha de professora da casa, a cantora Isa-bella Taviani classifi ca o momento atual da UERJ como divisor de águas. “É um momento histórico muito forte. A gente quer vencer essa batalha e quero que a minha mãe vença tam-bém. Os sonhos não podem morrer. A UERJ não vai morrer! Ela é viva e vai permanecer junto de todos”, declarou. Formada em uni-versidade pública, a cantora Myllena, que con-cilia a carreira com a Medicina, acredita na for-mação inclusiva proporcionada pela UERJ. “Quando a gente vê uma universidade desse patamar passar por difi culdades, dá pena. Dá uma dor no coração ao imaginar que tudo isso pode ser jogado no lixo por coisas que não dependem só dela”, desabafou.

Concha Acústica sedia ato histórico em defesa da UERJ

Da esq. para a dir.: Tania Netto, Sub-reitora de Graduação da UERJ; Teresa Faria, vice-reitora da UENF; Luanda de Moraes e Maria de Assis, respectivamente, vice-reitora e reitora da UEZO

Isabella Taviani, que é filha da Diretora de Administração Financeira da UERJ, Maria Thereza Lopes de Azevedo, e Myllena trouxeram um repertório recheado de clássicos da MPB

Os cantores Leoni e Frejat fizeram o público vibrar no evento em defesa da UERJ, que reuniu a comunidade externa, estu-dantes e servidores de vários campi regionais da Universidade

A cantora Teresa Cristina junto ao público de milhares de pessoas que lotou a Concha Acústica e o entorno do espaço durante mais de sete horas consecutivas

Mídia N

inja/reprodução Facebook

Reitor: Ruy Garcia Marques Vice-reitora: Maria Georgina Muniz WashingtonDiretoria de Comunicação Social • Direção: Luiza Cruz MTb 15.651 UERJ em Dia — Redação: Priscila Domingues e Paulo Filgueiras Estagiários: Alessandra Araújo, Camila Fer-reira e Rafael Dias Revisão: Dulcileide V. do Nascimento Braga Projeto gráfi co: Paula Caetano Diagramação: Paula Caetano Fotos: Margareth Pederneiras e Nádia Mathias Tira-gem: 600 exemplares Impressão: Gráfi ca UERJ Contato para divulgação de cursos e eventos: [email protected] Os dados sobre cursos e eventos são de responsabilidade dos respectivos organizadores.

SEGUNDA, DIA 20 MINICURSO GRATUITO SOBRE DOENÇAS INFECCIOSAS: o TeleS-

Saude UERJ está com inscrições abertas para seu novo minicurso “O atendimento ao paciente com Dengue, Zika ou Chikungunya”. Dividido em dois módulos, o curso tem como objetivo a orienta-ção no atendimento a pacientes com sinais clínicos dessas doenças. Voltado para profi ssionais de nível médio e superior e estudantes de graduação da área de saúde, o curso é gratuito e oferece certifi cado. As inscrições são online e mais informações estão disponíveis no site www.telessaude.uerj.br/teleeducacao.

TERÇA, DIA 21 MBA EM GESTÃO PÚBLICA: estão abertas as inscrições para os

cursos de especialização MBA do Núcleo de Pós-Graduação da Faculdade de Administração e Finanças (NPG/FAF). Dentre os cursos oferecidos, estão “Gestão Empresarial” e “Planejamento & Finanças”, que têm como objetivo capacitar e desenvolver pro-fi ssionais do mercado empresarial. Mais informações podem ser obtidas no site: www.mba.faf-uerj.com

QUARTA, DIA 22 ESPECIALIZAÇÃO EM SOCIOLOGIA URBANA: hoje é o último dia de

inscrições para o curso de especialização em Sociologia Urbana, ofe-recido pelo Instituto de Ciências Sociais (ICS). O curso, com início no dia 4 de abril, visa fornecer uma ampla visão das questões urba-nas e de elementos teóricos da Sociologia Urbana, e será realizado no Pavilhão Reitor João Lyra Filho, Bloco B - 9º andar. Mais informa-ções no site do Centro de Produção da UERJ: www.cepuerj.uerj.br.

SEXTA, DIA 24 CURSO DE YORUBÁ: terminam, nesta sexta-feira, as inscrições

para o curso “Yorubá, a língua dos deuses - História e fragmen-tos idiomáticos”. O curso será ministrado entre 7 de março e 30 de maio, às terças-feiras, das 19h às 21h, no Centro de Capaci-tação Jaime Lisandro Pacheco – próximo ao Restaurante Univer-sitário, no campus Maracanã. Mais informações disponíveis no site: www.cepuerj.uerj.br

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: encerram-se hoje as inscrições para o curso de especialização em Ges-tão da Cadeia de Suprimentos da Faculdade de Engenharia (FEN). O curso começa no dia 1º de abril, sempre aos sábados, de 8h às 12h e de 13h às 16h30. Mais informações no site: www.cepuerj.uerj.br

20 a 26 de fevereiro de 2017AGENDA

ESDI reinaugura acesso para a Rua do PasseioOfi cinas, projeções, pintura do muro, muti-

rão na horta, aula aberta... Diversas atividades compuseram o evento “ESDI ABERTA #UER-JRESISTE”, um ato de resistência contra a pre-carização e a atual situação vivenciada pela Uni-versidade, realizado no dia 12 de fevereiro. O ato contou ainda com shows de BNegão, Jards Macalé e outros artistas.

O evento também marcou a reinaugura-ção do acesso da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) para a Rua do Passeio, proje-tado no mesmo ano de início da escola e desa-tivado há décadas, além da reativação da AexDi

- Associação de professores, ex-alunos e amigos da ESDI, do lançamento do novo website (www.esdi.uerj.br) e da identidade visual para a Escola, e de uma homenagem ao Professor Karl Heinz Bergmiller, um dos fundadores da Escola.

Localizada à Rua Evaristo da Veiga, 95, estendendo-se o terreno até a Rua do Passeio, onde tem o nº 80, a ESDI iniciou suas ati-vidades de ensino em 1963 e oferece, além da graduação em Design e em Arquitetura e Urbanismo, curso de Mestrado e Doutorado em Design, ambos com nota 4 na avaliação da Capes.

Desativado há décadas, o acesso da ESDI para a Rua do Passeio foi reinaugurado com um evento que reuniu a comunidade interna e externa da Universidade

Washington Fajardo/reprodução Facebook