2 tv digital - a desinformação e a pressa · da pela puc/rs, que é melhor, atende às demandas...

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Impressiona a quantidade de informações equivocadas que circulam pela mídia em re- lação à implantação da TV Di- gital no Brasil. Assusta também a quase inexistência de infor- mações sobre o que foi desen- volvido no país. Fala-se bas- tante de uma briga "do quem dá mais" entre europeus e ja- poneses. Fala-se, geralmente em aspas atribuídas ao minis- tro das comunicações, que o Brasil tem muita pressa para a definição do modelo, pois se tudo não for resolvido agora perderemos uma oportunidade histórica. Qual? A de ver a Copa do Mundo em TV Digi- tal? Claro. A primeira grande questão que merece esclarecimento é o argumento da pressa. O Brasil tem algumas opções para implementar um sistema com- plexo como a TV Digital: ou constrói algumas coisas e com- pra outras, ou compra um ele- fante e tenta adaptá-lo para que ele trabalhe como um cavalo. A proposta do Sistema Brasi- leiro de TV Digital (SBTVD), que reuniu 80 grupos de pes- quisa e recebeu um investimen- em pauta joão de barro abril/2006 2 TV Digital - a desinformação e a pressa Carolina Ribeiro Edison Lima Gustavo Gindre Carolina Ribeiro é jornalista e integrante do Coletivo Intervo- zes. Gustavo Gindre é jornalis- ta, mestre em Comunicação, co- ordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comuni- cação e Cultura (Indecs) e inte- grante do Coletivo Intervozes. Edison Lima é diretor do Sindi- cato dos Trabalhadores em Pes- quisa, Ciência e Tecnologia-SP (Sintpq). Publicado originalmente em Correios Caros Amigos, edição 244, www.caros amigos.com.br. vez fazer adaptações para que ele funcione no Brasil. Por que ninguém explica nada direito e não assume que o melhor padrão é o brasilei- ro? Entre as tecnologias desen- volvidas por aqui, uma delas é justamente a modulação, que equivale ao que a mídia chama de "padrão". O japonês (ISDB) e o europeu (DVB) já são bem conhecidos de nome, mas pouco explicados em re- lação às diferenças entre eles. Em 2000, o sistema japonês permitia a transmissão de sinais independentes para a TV e para receptores móveis (como o celular), enquanto o europeu era mais limitado. Isso levou a Associação Brasileira de Rá- dios e TVs (Abert) a usar o argumento da "recepção mó- vel" como mote para a defesa do ISDB. A partir de 2004, com a in- trodução do DVB-H, essa di- ferença deixou de existir. Mas a retórica continuou, e agora embolaram a discussão, com as emissoras defendendo o ISDB porque isso manteria o canal na mão deles, e as em- presas de telefonia defenden- do o DVB porque isso daria a abertura para elas participarem desse mercado. Na verdade, ambos os argumentos são fu- 2000, nenhum dos dois conse- guiu ser recebido em 100% dos pontos de teste - e eram pon- tos localizados em bairros pró- ximos ao centro. Foi isso que levou o Brasil a pesquisar no- vas alternativas, com os traba- lhos do Mackenzie (SP), Inatel (MG) e PUC (RS). Os dois primeiros trabalham com melhorias baseadas no sistemas existentes, enquanto que o úl- timo parte de uma abordagem radical - usa um equalizador baseado em inteligência artifi- cial, coisa que não existe em nenhum dos sistemas atuais (ATSC, DVB, ISDB). Isso dá mais robustez, ou seja, permi- te levar mais informação, tanto para programas em alta defini- ção quanto para ser recebido em veículos a 120 km/h. A obsessão da Globo e do ministro Hélio Costa pelo pa- drão japonês é incompreensí- vel. Se a questão é um sistema que permite levar alta definição para a TV e um programa para celulares ao mesmo tempo, com a maior qualidade possí- vel, por que então não defen- dem o Sorcer, modulação de- senvolvida pela PUC/RS, que é melhor, atende às demandas dela e é nacional, assim como o conteúdo global e a bandeira que eles tanto levantam na mídia? Fica claro que há muito mais por trás dessa preferên- cia do que a lógica acima ex- posta. Para o elefante virar cavalo Além do Sorcer, outros componentes inovadores de- senvolvidos pelos pesquisado- res brasileiros devem sofrer com a adoção de um padrão estrangeiro goela abaixo. As pesquisas que desenvolveram o FlexTV (UFPB), um middleware brasileiro, toma- ram como base o MHP (o middleware do padrão europeu - DVB), mas evoluíram consi- deravelmente, sendo elogiados inclusive por pesquisadores europeus. O middleware japo- nês é bem mais limitado. A nação tupiniquim desen- volveu ainda o Maestro (PUC Rio), um mecanismo de sincro- nização de mídias para a re- produção de programas multimídia interativos, que não existe em lugar algum no mun- do. Desenvolveu aplicativos como o TVgrama (UnB), que é um e-mail que não precisa de canal de retorno, importantís- simo para a imensa parcela da população que não tem linha telefônica. Desenvolveu apli- "Se a questão é um sistema que permite levar alta defi- nição para a TV e um programa para celulares ao mes- mo tempo, com a maior qualidade possível, por que então não defendem o Sorcer, modulação desenvolvi- da pela PUC/RS, que é melhor, atende às demandas dela e é nacional, assim como o conteúdo global e a bandei- ra que eles tanto levantam na mídia?" toca a essas questões, pode fazer qualquer coisa. É verda- de que algumas tecnologias são mais adequadas que outras para as finalidades desejadas. Não dá para rodar os aplica- tivos desenvolvidos no Brasil usando o middleware japonês, por exemplo. Mas há outro detalhe fundamental. Para que possamos mode- lar a tecnologia às demandas da sociedade, é preciso ter pleno acesso a ela. No caso do SBTVD, toda a parte de to de R$ 50 milhões do gover- no (muito pouco dinheiro se comparado à grande quantida- de e qualidade dos resultados obtidos), era justamente a pri- meira. Construir parte do sis- tema e pegar algumas coisas prontas. A proposta que vem sendo defendida pelo Ministro das Comunicações é adotar o padrão japonês (ISDB) e tal- rados. Tanto o DVB quanto o ISDB permitem a transmissão de sinais para celulares e, se as teles vão ou não participar des- se mercado, é uma coisa que depende da regulamentação, não da tecnologia. Um ponto em que tanto o DVB quanto o ISDB deixam a desejar é que, nos testes reali- zados em São Paulo no ano cativos como o museu virtual (UFPR), que apresenta ima- gens em 3-D, que podem ser manipuladas pelo usuário. É um aplicativo muito útil para finali- dades educativas, pra recriar ambientes em aulas de geogra- fia, história, biologia. Há tam- bém aplicativos nas áreas de saúde (UFSC), governo eletrô- nico (UFC, Brisa), segurança da informação (Genius, Cesar, Fitec) e muitos outros. Uma outra questão impor- tante que diz respeito à tecnologia é como ela interfere no modelo de serviços. O mo- delo de serviços é a definição de como funcionará a nova te- levisão brasileira. Se ela trará novos canais, se oferecerá mobilidade, como será a interatividade, se haverá servi- ços de governo eletrônico e educação à distância, se terá uma alta definição que só será possível ver com televisores de 10 mil reais ou se trará uma programação com qualidade de imagem de DVD, mas acessível a todo mundo. Essas questões não depen- dem tanto da tecnologia, mas sim da forma como ela é com- binada. Logo, é uma bobagem dizer que só japoneses pode- rão oferecer alta definição. Ou que só europeus oferecerão novos canais. A tecnologia, tan- to a desenvolvida lá fora, quan- to a desenvolvida aqui, no que software (e até um dos itens de hardware) foi feito em software livre. No caso dos outros siste- mas, muitos componentes estão patenteados, até com uma pa- tente da Microsoft. Isso mostra limitações para adequarmos ao que queremos - o que reforça a necessidade de termos mais tem- po para definir modelo de servi- ços antes -, para o desenvolvi- mento futuro de acordo com as demandas que surgirem e ainda nos impõe o pagamento de royalties altíssimos, o que a lon- go prazo é um rombo no orça- mento da União. A mídia e o governo deveri- am estar atentos a essas ques- tões para esclarecer à popula- ção do que realmente se trata a definição, mas também para per- ceber que a pressa não é inimiga somente da perfeição, mas tam- bém da democracia, do bom- senso, do desenvolvimento na- cional e do interesse público. "Essas questões não dependem tanto da tecnologia, mas sim da forma como ela é combinada."

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Page 1: 2 TV Digital - a desinformação e a pressa · da pela PUC/RS, que é melhor, atende às demandas dela e é nacional, assim como o conteúdo global e a bandei- ... Extraordinário

Impressiona a quantidadede informações equivocadasque circulam pela mídia em re-lação à implantação da TV Di-gital no Brasil. Assusta tambéma quase inexistência de infor-mações sobre o que foi desen-volvido no país. Fala-se bas-tante de uma briga "do quemdá mais" entre europeus e ja-poneses. Fala-se, geralmenteem aspas atribuídas ao minis-tro das comunicações, que oBrasil tem muita pressa para adefinição do modelo, pois setudo não for resolvido agoraperderemos uma oportunidadehistórica. Qual? A de ver aCopa do Mundo em TV Digi-tal? Claro.

A primeira grande questãoque merece esclarecimento é oargumento da pressa. O Brasiltem algumas opções paraimplementar um sistema com-plexo como a TV Digital: ouconstrói algumas coisas e com-pra outras, ou compra um ele-fante e tenta adaptá-lo para queele trabalhe como um cavalo.A proposta do Sistema Brasi-leiro de TV Digital (SBTVD),que reuniu 80 grupos de pes-quisa e recebeu um investimen-

em pauta joão de barro abril/2006 2

TV Digital - a desinformação e a pressa

Carolina RibeiroEdison LimaGustavo Gindre

Carolina Ribeiro é jornalista eintegrante do Coletivo Intervo-zes. Gustavo Gindre é jornalis-ta, mestre em Comunicação, co-ordenador-geral do Instituto deEstudos e Projetos em Comuni-cação e Cultura (Indecs) e inte-grante do Coletivo Intervozes.Edison Lima é diretor do Sindi-cato dos Trabalhadores em Pes-quisa, Ciência e Tecnologia-SP(Sintpq).Publicado originalmente em Correios

Caros Amigos, edição 244, www.caros

amigos.com.br.

vez fazer adaptações para queele funcione no Brasil.

Por que ninguém explicanada direito e não assume queo melhor padrão é o brasilei-ro? Entre as tecnologias desen-volvidas por aqui, uma delas éjustamente a modulação, queequivale ao que a mídia chamade "padrão". O japonês(ISDB) e o europeu (DVB) jásão bem conhecidos de nome,mas pouco explicados em re-lação às diferenças entre eles.Em 2000, o sistema japonêspermitia a transmissão de sinaisindependentes para a TV e parareceptores móveis (como ocelular), enquanto o europeuera mais limitado. Isso levou aAssociação Brasileira de Rá-dios e TVs (Abert) a usar oargumento da "recepção mó-vel" como mote para a defesado ISDB.

A partir de 2004, com a in-trodução do DVB-H, essa di-ferença deixou de existir. Masa retórica continuou, e agoraembolaram a discussão, comas emissoras defendendo oISDB porque isso manteria ocanal na mão deles, e as em-presas de telefonia defenden-do o DVB porque isso daria aabertura para elas participaremdesse mercado. Na verdade,ambos os argumentos são fu-

2000, nenhum dos dois conse-guiu ser recebido em 100% dospontos de teste - e eram pon-tos localizados em bairros pró-ximos ao centro. Foi isso quelevou o Brasil a pesquisar no-vas alternativas, com os traba-lhos do Mackenzie (SP), Inatel(MG) e PUC (RS). Os doisprimeiros trabalham commelhorias baseadas no sistemasexistentes, enquanto que o úl-timo parte de uma abordagemradical - usa um equalizadorbaseado em inteligência artifi-cial, coisa que não existe emnenhum dos sistemas atuais(ATSC, DVB, ISDB). Isso dámais robustez, ou seja, permi-te levar mais informação, tantopara programas em alta defini-ção quanto para ser recebidoem veículos a 120 km/h.

A obsessão da Globo e doministro Hélio Costa pelo pa-drão japonês é incompreensí-vel. Se a questão é um sistemaque permite levar alta definiçãopara a TV e um programa paracelulares ao mesmo tempo,com a maior qualidade possí-vel, por que então não defen-dem o Sorcer, modulação de-senvolvida pela PUC/RS, queé melhor, atende às demandasdela e é nacional, assim comoo conteúdo global e a bandeiraque eles tanto levantam namídia? Fica claro que há muitomais por trás dessa preferên-cia do que a lógica acima ex-posta.

Para o elefante

virar cavalo

Além do Sorcer, outroscomponentes inovadores de-senvolvidos pelos pesquisado-res brasileiros devem sofrercom a adoção de um padrãoestrangeiro goela abaixo. Aspesquisas que desenvolveramo FlexTV (UFPB), ummiddleware brasileiro, toma-ram como base o MHP (omiddleware do padrão europeu- DVB), mas evoluíram consi-deravelmente, sendo elogiadosinclusive por pesquisadoreseuropeus. O middleware japo-

nês é bem mais limitado.A nação tupiniquim desen-

volveu ainda o Maestro (PUCRio), um mecanismo de sincro-nização de mídias para a re-produção de programasmultimídia interativos, que nãoexiste em lugar algum no mun-do. Desenvolveu aplicativoscomo o TVgrama (UnB), queé um e-mail que não precisa decanal de retorno, importantís-simo para a imensa parcela dapopulação que não tem linhatelefônica. Desenvolveu apli-

"Se a questão é um sistema que permite levar alta defi-nição para a TV e um programa para celulares ao mes-mo tempo, com a maior qualidade possível, por queentão não defendem o Sorcer, modulação desenvolvi-da pela PUC/RS, que é melhor, atende às demandas delae é nacional, assim como o conteúdo global e a bandei-ra que eles tanto levantam na mídia?"

toca a essas questões, podefazer qualquer coisa. É verda-de que algumas tecnologias sãomais adequadas que outraspara as finalidades desejadas.Não dá para rodar os aplica-tivos desenvolvidos no Brasilusando o middleware japonês,por exemplo. Mas há outrodetalhe fundamental.

Para que possamos mode-lar a tecnologia às demandas dasociedade, é preciso ter plenoacesso a ela. No caso doSBTVD, toda a parte de

to de R$ 50 milhões do gover-no (muito pouco dinheiro secomparado à grande quantida-de e qualidade dos resultadosobtidos), era justamente a pri-meira. Construir parte do sis-tema e pegar algumas coisasprontas. A proposta que vemsendo defendida pelo Ministrodas Comunicações é adotar opadrão japonês (ISDB) e tal-

rados. Tanto o DVB quanto oISDB permitem a transmissãode sinais para celulares e, se asteles vão ou não participar des-se mercado, é uma coisa quedepende da regulamentação,não da tecnologia.

Um ponto em que tanto oDVB quanto o ISDB deixam adesejar é que, nos testes reali-zados em São Paulo no ano

cativos como o museu virtual(UFPR), que apresenta ima-gens em 3-D, que podem sermanipuladas pelo usuário. É umaplicativo muito útil para finali-dades educativas, pra recriarambientes em aulas de geogra-fia, história, biologia. Há tam-bém aplicativos nas áreas desaúde (UFSC), governo eletrô-nico (UFC, Brisa), segurançada informação (Genius, Cesar,Fitec) e muitos outros.

Uma outra questão impor-tante que diz respeito àtecnologia é como ela interfereno modelo de serviços. O mo-delo de serviços é a definiçãode como funcionará a nova te-levisão brasileira. Se ela traránovos canais, se oferecerámobilidade, como será ainteratividade, se haverá servi-ços de governo eletrônico eeducação à distância, se teráuma alta definição que só serápossível ver com televisores de10 mil reais ou se trará umaprogramação com qualidadede imagem de DVD, masacessível a todo mundo.

Essas questões não depen-dem tanto da tecnologia, massim da forma como ela é com-binada. Logo, é uma bobagemdizer que só japoneses pode-rão oferecer alta definição. Ouque só europeus oferecerãonovos canais. A tecnologia, tan-to a desenvolvida lá fora, quan-to a desenvolvida aqui, no que

software (e até um dos itens dehardware) foi feito em softwarelivre. No caso dos outros siste-mas, muitos componentes estãopatenteados, até com uma pa-tente da Microsoft. Isso mostralimitações para adequarmos aoque queremos - o que reforça anecessidade de termos mais tem-po para definir modelo de servi-ços antes -, para o desenvolvi-mento futuro de acordo com asdemandas que surgirem e aindanos impõe o pagamento deroyalties altíssimos, o que a lon-go prazo é um rombo no orça-mento da União.

A mídia e o governo deveri-am estar atentos a essas ques-tões para esclarecer à popula-ção do que realmente se trata adefinição, mas também para per-ceber que a pressa não é inimigasomente da perfeição, mas tam-bém da democracia, do bom-senso, do desenvolvimento na-cional e do interesse público.

"Essas questões não dependem tanto da tecnologia,mas sim da forma como ela é combinada."

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joão de barro abril/2006 3antena

?Vai haver CPI para a Nossa Caixa?

SANTIAGO

? ?Esse é o número de contas bancárias

simplificadas na Caixa.

R$ 4 milhões

Inclusão bancária

Poesia

PÁGINAS

www.apcefrs.com.brPágina da Associação do Pessoal

da Caixa Econômica Federal. Infor-mações e uma série de serviços àdisposição dos associados.

www.bancnet.com.brPágina da Federaçãodos Bancários do RS.

www.cnbcut.com.brPágina da ConfederaçãoNacional dos Bancários.

www.fenae.org.brPágina da Federação Nacionaldos Empregados da Caixa.

Página do Sindicato dos Bancáriosde Porto Alegre.

www.bancariospoa.com.br

www.funcef.com.brPágina da Fundação dosEconomiários Federais.

Luta por um sistema Democrático

Congresso Estadual

Para o LetraFenae Poesia, osassociados podem se inscrever até 15 demaio. Pelo regulamento, poesia é acomposição literária em versos, cujoconteúdo apresenta visão emocional,combinada ou não com conceituação deidéias, na abordagem de estados da alma,sentimento, impressões objetivas eoutros. As inscrições podem ser feitasatravés das páginas eletrônicas da Fenaee do programa PAR .

Replan alterado

www.moradiaecidadania.org.brPágina da ONG Moradia e Cidadania dosEmpregados da Caixa.

CONGRESSOSExtraordinário da Federação dos Bancários do RS

18 de abril de 2006

14 horas, Hotel Everest

(R. Duque de Caxias, 1357, Porto Alegre)

Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro(Contraf)

25 de abril de 2006

9 horas, São Paulo

Aumento real

AnimaçãoAs inscrições para o ArteFenae

Animação seguem abertas até o dia 24de abril. O tema é livre e cada candidatopode inscrever apenas uma obra. O re-gulamento e a ficha de inscrição encon-tram-se nas páginas da Fenaewww.fenae.org.br e do programa PARwww.programapar.com.br.

As contas simplificadas da Caixa con-solidaram-se no maior programa de in-clusão bancária do país. Brasileiros quenão tinham acesso ao sistema bancáriojá podem obter crédito e serviços ban-cários. A maioria dos clientes tem rendade até dois salários mínimos. A previsãoda Caixa é de que, até o final do ano,mais 900 mil contas sejam abertas, sema necessidade de comprovante de resi-dência e de renda.

No dia 4 deste mês foi constituída aFrente Nacional por um Sistema Demo-crático de Rádio e TV Digital, integra-da por 39 entidades representativas detrabalhadores, movimentos sociais, or-ganizações não-governamentais de di-versas regiões do país, engajados naluta para garantir avanços em um novomodelo de comunicação para o Brasil.

Na carta de lançamento, a Frenteressalta a importância da participa-ção da sociedade nas decisões sobrea implantação do sistema digital derádio e TV no Brasil. "Queremos de-mocratizar as mídias, com a inclusãode mais atores na produção de conte-údo em rádio e TV; queremos um mar-co regulatório que prepare o Brasilpara os desafios da convergência tec-nológica; queremos que milhões depessoas participem do maior progra-ma de apropriação social das tecno-logias de informação e comunicaçãoda história do país; queremos fomen-tar uma cultura de participação e con-trole público da mídia; queremos im-

pulsionar uma indústria audiovisualforte e plural; queremos ter na mídiaa representação da diversidade cul-tural e regional brasileira; e quere-mos desenvolver a indústria nacionale, juntamente com o incremento daprodução de conteúdo, gerar empre-gos e ajudar o país a superar o desa-fio da inclusão social. Em resumo,queremos utilizar o Rádio e TV Digi-tal para impulsionar um projeto so-berano e democrático de país garan-tindo direitos fundamentais consagra-dos pela Constituição Federal."

A atuação da Frente será, entre ou-tros aspectos,na defesa da "necessi-dade de que o Sistema Brasileiro deTelevisão Digital respeite os objetivosdispostos no Decreto 4.901 de 2003,que o criou, tais como a democratiza-ção da informação e o aperfeiçoamen-to do uso do espectro de radiofre-qüências, a inclusão social, o desen-volvimento da indústria nacional e agarantia de um processo de transiçãoque não onere os cidadãos".

As negociações salariais do iníciodeste ano, mantiveram o aumento realdo salário dos trabalhadores brasileiros.Conforme o Dieese, a expectativa é deque, com a queda dos juros e o maior fôle-go da demanda doméstica, os trabalhado-res tenham o terceiro ano consecutivo dereajustes que reponham a inflação para amaioria das categorias e o aumento realpara mais da metade delas.

A Central Única dos TrabalhadoresRS realiza seu 11º Congresso Estadualentre os dias 5 a 7 de maio. Com o temaPensar o Rio Grande, Desenvolver oBrasil, o CECUTRS será no ginásio mu-nicipal de São Leopoldo .

TV digital O que esperar ......................................2

APCEF Balanço aprovado ..........................................5

INSS Mais um prejuízo ao trabalhador..................................5

Caex Ações judiciais ...................................................7

Funcef Eleições para Diretoria e Conselhos ..........................7

Páscoa Coelhinho divertido ...........................................9

Festival Participação no MúsicaFenae ........................................9

Coral Workshop busca novos integrantes .............................10

Cinema Estréia do novo colunista ....................................11

APCEF em Cena Oficinas de teatro e voz ............................11

Desde dezembro de 2005, o redutorde benefício para aposentadoria, por nãoter completado 55 anos, não é mais apli-cado para os participantes que se asso-ciaram à Funcef até 18 de junho de 1979.

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APCEF - Nos dias 4 e 5 deste mês, os associadosda APCEF elegeram a diretoria que vai administrara Associação nos próximos três anos. A grande par-ticipação de associadas e associados mostra a im-portância da APCEF.

O processo de construção da entidade é perma-nente e exige a presença tanto daqueles que forameleitos para conduzi-la quanto dos demais associa-dos. A participação em todos os debates, nos even-tos sociais, culturais e esportivos, fortalece a Associ-ação. E uma APCEF forte tem muito mais a ofere-cer a seus associados.

A agenda de atividades da APCEF sempre apre-senta uma opção diferente para os associados, bastaescolher o programa e participar.

CAIXA - A série de denúncias que atinge a Caixadeve ser analisada criteriosamente. Muitos interes-ses estão envolvidos e dar guarida a todas as supos-tas "negociações mal feitas" é o que fazem muitosdeputados e senadores. A quebra do sigilo bancáriodo caseiro Francenildo dos Santos foi um ato que

joão de barro abril/2006 4editorial

Esta edição do João de Barro fechou na

redação no dia 11 de abril de 2006.

Fortalecimento dasinstituições

Os artigos assinados publicados no João de Barro não refletemnecessariamente o pensamento da diretoria da APCEF.

Avenida Coronel Marcos, 851, Bairro IpanemaPorto Alegre - RS - CEP: 91.760-000Fone: 51 3268.1611 Fax: 51 3268.2700E-mail: [email protected]: www.apcefrs.com.br

GESTÃO 2003-2006Presidenta: Célia Margit ZinglerVice-presidente: Ruben Danilo Pickrodt

DIRETORIA EXECUTIVATITULARESRelações de Trabalho: Devanir Camargo da SilvaAposentados e Social: Jesualda Lanzini PradoCultural: Rosaura Berni CoutoComunicação: Paulo Ricardo BelottoSaúde: Jailson Bueno ProdesEsportes: Ricardo Luis da Rocha ChristinoPatrimônio: Marcelo Marimon GonçalvesSUPLENTES: Marisa Zancan Godoy, Gustavo MaximianoCamacho Leal, Beatriz Maria Berghahn, Celso Danieli,Maria Meneghini Bueno, Geraldo Otoni Xavier Brochado,Amanda Angelica Gonzales Cardoso, Francisco SatyroValente Neto, Sergio Squeff.CONSELHO FISCALTITULARES: Patricia Strapasson Pizzolatti, Felisberto Ma-chado de Souza, Rose Mary da Cruz Rocha WegeltSUPLENTES: Dóris Caudeic Tavares, Julcemar Sitta,Regis Moreno Nogueira SantosCONSELHO DELIBERATIVORegional Porto Alegre TITULARES: Paulo DaissonGregorio Casa Nova, Carlos Alberto Trasel, Luciana Oli-veira Rosa, Fernando Centeno Leinstner, Marcelo Cardo-so Carlucci. SUPLENTES: Maria Regina P. Figueiró, Mar-cos Machnacz Ferreira, Marcos Leite de Todt, Luiz CarlosLasek, José Carlos Necchi Barcelos.Alto Uruguai: Ricardo Luiz Müller, Paulo RobertoRohenkohl. Centro: Sonia Maria Batistela Guterres, AthosRonaldo Miralha da Cunha. Fronteira Oeste: FlávioDornelles Paré, Jefferson Araujo da Silva. Fronteira Sul:Milton Flávio dos Santos Otarão, Milton Trindade Ianzer.Litoral Norte: Vera Lucia Bueno de Oliveira, Nei Gladesde Francisco. Litoral Sul: Jonas Aguiar, Maria das GraçasSouto Lages. Missões: Moacir Scheuer Deves, Jorge LuisMarcanth Cappellari. Passo Fundo: Mauro Savaris, AdemirViazi Schmitt. Serra: Nelson Schlindwein, Ana LuciaRodrigues Martins Sul: Cristina de Souza Gularte, JoniBersch. Vale do Paranhana: João Alberto Holsbach, Dir-ceu D’Ávila Sampaio. Vale do Rio Pardo: Adroaldo SchmidtCarlos, Volmar Fernando Alves Dal Santo. Taquari: LuizCarlos Born. Vale dos Sinos: Ercio Karoly, Marcos AntonioKoch.COORDENADORES DAS REGIONAISAltivo Goularte Rodrigues (Centro); Ricardo Luiz Sulzbach(Vale do Taquari); Vera Lúcia Jochims (Litoral Norte); JeffersonAraújo da Silva(Fronteira Oeste), João Bruno Schmitz (Valedo Paranhana); Jorge Luis Marcanth Cappellari (Missões);Luiz Claudio Fazenda (Passo Fundo); Luiz Roberto Portantiolo(Sul); Maria de Fatima Saracol Vieira (Litoral Sul); Milton Fla-vio dos Santos Otarão (Fronteira Sul); Nilson Roque Urban(Vale do Rio dos Sinos); Ricardo Luiz Müller (Alto Uruguai);Sandra Regina Brendler C. da Silva (Vale do Rio Pardo);Vladimir Tadeu Bettiol (Serra).

joão de barroJornal da Associação do Pessoal da CaixaEconômica Federal do Rio Grande do SulCONSELHO EDITORIAL: Célia Zingler, Jailson Prodes,Marcelo Gonçalves, Paulo Belotto, Paulo Casa Nova.PRODUÇÃO (Projeto Gráfico, reportagem, edição, foto-grafia, diagramação e composição):

Rua José do Patrocínio, 721/201, Porto Alegre, RS, CEP90050-003. Fone 51 3221 2829 Fax 51 3211 0773.E-mail: [email protected]ção: Carla Rossa (RJP 7866)Reportagem: Eduardo Magalhães (RJP 11781),Jair Giacomini ( RJP 7844)Ilustrações: Elias Monteiro Charge: Santiago.Fotolito e Impressão: Gazeta do SulTiragem: 8300 exemplaresPeriodicidade: mensalDistribuição gratuita para associados da APCEF

www.apcefrs.com.brCadastre seu e-mail para receber as informações do

boletim eletrônico e do chasque eletrônico.

1) Garantir rendimentos para você ou para quem depende de você.

2) Para complementar o benefício no caso de aposentadoria por invalidez.

3) Dar condições para a família arcar com as dívidas existentes.

4) Dar tranqüilidade para a família , que terá uma verba para administrar

as despesas fixas, até se restabelecer.

5) A família terá a certeza de possuir uma reserva que suprirá a

ausência na composição da renda familiar.

6) Para receber um valor que proporcione uma assistência enquanto

se adapta à nova condição (no caso de invalidez permanente).

7) Ter um capital para que os filhos tenham condições de continuar os estudos.

8) Ter liquidez imediata, ou seja, os beneficiários recebem o dinheiro

no ato, por não responder por dívidas ou entrar em inventário.

9) Porque o seguro de vida é um investimento para toda a vida.

10) Permite desfrutar o presente, estando despreocupado com o futuro.

DEZ MOTIVOS PARA CONTRATAR O SEGURO

DE VIDA EM GRUPO VIDA APCEF

deve ser repudiado, mas daí a transformar o fato empretexto para uma difamação conjunta de emprega-dos e empresa é muita irresponsabilidade de quemnão quer admitir que a Caixa é uma instituição pú-blica que mantém rentabilidade aliada a um suportesocial muito importante.

A defesa do papel social da Caixa é fundamentalpara o desenvolvimento do país e assegurar que con-tinue um banco público é dever de todos, especial-mente dos empregados da Caixa. A APCEF estáengajada em defender esse patrimônio do país. Paraisso, conclama seus associados a participarem dasmanifestações e subscreverem o abaixo-assinado OBrasil Precisa da Caixa.

FUNCEF - Os participantes terão a oportunida-de de, pela primeira vez, participar paritariamenteda Diretoria Executiva da Funcef. Essa conquistadeve ser comemorada e aproveitada, pois significauma luta de muitos anos. A eleição nos dias 25 a 31de maio marca o início de uma nova etapa na Fun-dação.

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joão de barro abril/2006 5em pauta

Os associados daAPCEF elegeram anova diretoria para

o período 2006-2009 nos dias4 e 5 de abril. A chapa únicatinha como candidata à presi-dência a atual presidenta, CéliaZingler, e como vice-presiden-te o atual diretor de Patrimônio,Marcelo Marimon Gonçalves.

Os 2327 associados quecompareceram às urnas vota-ram para a Diretoria Executi-va, que foi eleita com 2121 vo-tos; para o Conselho De-liberativo foram dados 2093votos válidos e para o Conse-lho Fiscal, 2073.

Para a presidenta reeleita,Célia Zingler, a nova etapa seráde "muitos desafios na defesados direitos de nossos associ-ados, ativos e aposentados, nadefesa da Caixa como impor-tante banco público e um com-promisso de melhoria constantenas atividades sociais, esporti-vas e de lazer".

O vice-presidente, Marce-lo Marimon Gonçalves desta-ca a renovação ocorrida nagestão, com a participação pelaprimeira vez na Diretoria Exe-

Desde agosto de2005, o INSSadotou uma nova

sistemática para os casos de li-cença médica. Em busca da di-minuição de custos, o Institutosempre teve como orientaçãoconceder o mínimo de benefí-cios e de licença para tratamen-to de saúde aos trabalhadores.Agora surge uma outra ênfasepara a redução de custos. ACobertura Previdenciária Esti-mada (Copes) prevê o afasta-mento do trabalho para trata-mento de saúde com alta pre-viamente marcada, determi-nada pelo sistema, retirando domédico o poder de determinarquando seu paciente poderáretornar ao trabalho. O queobriga, em muitos casos, o tra-balhador a retornar ao seu lo-cal de trabalho sem estar com-pletamente apto.

Para o diretor de Saúde daAPCEF, Jailson Prodes, a ati-tude do INSS é ultrajante, jáque passa por cima da lei."Quem tem legitimidade paradeterminar a alta é o médico eessa atribuição foi passadapara o sistema", lembra Prodes.

INSS

Doença com

prazo definido

APCEF

Atua APCEF é eleita

cutiva de técnicos bancários.Ele lembra ainda a necessida-de de mobilização dos associ-ados e empregados da Caixapara as decisões que devemocorrer no próximo período: "ofuturo da empresa como ban-co público pode ser definido,temos que nos empenhar nadefesa desse projeto e no au-mento da democratização inter-na da Caixa", avalia.

A festa de posse da novadiretoria acontece no dia 20deste mês, na Colônia A daAPCEF.

NÚMEROS

Total de votos: 2327

Diretoria Executiva

Votos válidos 2121

Brancos 146

Nulos 60

Conselho Deliberativo

Votos válidos 2093

Brancos 177

Nulos 57

Conselho Fiscal

Votos válidos 2073

Brancos 195

Nulos 59

Nova diretoria para o período 2006-2009 foi eleita com 91,14% dos votos.

Apuração dos votos foi no dia 7 na sede da APCEF.

"O INSS concede a alta e otrabalhador tem que ir atrás deseus direitos para continuar como tratamento."

O movimento sindical quergarantir o direito dos trabalha-dores de completarem o pro-cesso de recuperação da do-ença sem a pressão do retornoao trabalho. No dia 28 destemês, acontece um seminário nosalão de atos da UniversidadeFederal do RS, em Porto Ale-gre, para debater questões en-volvendo a saúde do trabalha-dor. O evento, que começa às9 horas, é organizado peloFórum de Entidades Sindicaise acontece no Dia Internacio-nal em Memória das Vítimas deDoenças e Acidentes do Tra-balho. No mesmo dia, um atopúblico vai chamar a atençãoda sociedade para o que estáacontecendo com as licençasmédicas.

A Federação dos Bancári-os do RS realiza nos dias 19 e20 deste mês, o curso de atua-ção sindical em saúde do tra-balhador. O curso vai abordaralguns conteúdos sobre legis-lação em saúde do trabalhador.

A Diretoria Executiva da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal

do Rio Grande do Sul - APCEF-RS, no uso das atribuições previstas no art. 93 do

Estatuto Social, COMUNICA a todos os seus associados que nos dias 17 e 18 de

maio de 2006 ocorrerá eleição para escolha dos Representantes da APCEF-RS

em todas as Unidades da Caixa do estado.

Os interessados em candidatar-se a tal atribuição deverão inscrever-se perante

o(a) coordenador(a) local da eleição até o dia 15 de maio de 2006.

Informa, ainda, que o horário da coleta dos votos, nos dias 17 e 18 de maio,

será durante o horário de expediente, na própria unidade

Porto Alegre, 11 de abril de 2006

Célia Margit Zingler

Diretora Presidenta

ELEIÇÃO 2006 REPRESENTANTESDA APCEF-RS

Edital de Convocação e Comunicação

Terças-feiras, 20h, na Colônia AEncontro do Núcleo de Cultura Gaúcha da APCEF

Segundas e quartas-feiras, 19h30min, no CentroCultural Cia de ArteEnsaio do grupo de teatro Caixa de Pandora

Quintas-feiras, 19h, no Centro Cultural Cia de ArteEnsaio do Coral APCEF

Primeira quarta-feira de cada mêsEncontro com aposentadas, aposentados e pensionistas

MAIO

3 - Reunião de aposentados, 14 horas, na Federação dosBancários do RS20 - Passeio do Dia das Mães no barco Cisne Branco

JUNHO

7 - Reunião de aposentados10 - Jantar Baile de aniversário da APCEF15, 16 e 17 - Etapa estadual dos Jogos de Integração

AGOSTO

12 - Baile do Queijo e do Vinho19 a 26 - Jogos da Fenae em Blumenau , Santa Catarina

AGENDA APCEF

Divulgação APCEF

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joão de barro abril/2006 6em pauta

BANCO PÚBLICO

Para o bem do BrasilA importância da Caixa no desenvolvimento nacional é ignorada por quem deseja a sua privatização.

"Funcionariozinho quebrao sigilo, por quê? Funci-onário é louco? Por que

ia fazer isso? Funcionário é de-linqüente compulsivo? Não.Alguém de cima mandou quefuncionariozinho fizesse aquilo",questiona o líder do PSDB,senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Esta declaração dadapelo senador ao telejornal BomDia Brasil, da Rede Globo, nodia 24 de março, causou indig-nação e protesto entre os em-pregados da Caixa. A APCEFrecebeu e-mails de associadosprotestando contra a declara-ção e dizendo-se ofendidospelas palavras do senador.

Esse episódio é apenas umaparte do amplo ataque que aCaixa vem sofrendo ao longodos últimos meses. As inves-tidas se intensificaram a partirde novembro do ano passadocom a declaração da economis-ta Eliana Cardoso (assessorado PSDB) ao jornal Folha deSão Paulo, de que Caixa eBanco do Brasil são um em-pecilho ao crescimento domercado financeiro no país.Várias "denúncias" surgiramdesde então. A negociação daCaixa com o banco BMG paraa compra da carteira de crédi-tos consignados de aposenta-dos, segundo o senador Álva-ro Dias (PSDB-PR), teria sidofraudulenta. O caso foi levadoà Comissão Parlamentar deInquérito (CPI) dos Bingos eas justificativas da empresa edo Tribunal de Contas daUnião (TCU) de que o negó-cio respeitou todas as regras domercado e garantiu rentabilida-de para a empresa pública fo-ram desconsideradas pelos in-tegrantes da Comissão.

Ainda mais grave foi adistorção feita em relação aocaso Gtech. O contrato com amultinacional foi feito em 1997e desde então inúmeras altera-ções ocorreram até 2002, comdesvantagens significativas

para a Caixa. Em 2003, oacordo foi rediscutido e pror-rogado até 2005, o que geroupara a Caixa uma economia deR$ 100 milhões. Na rene-gociação, a Gtech abriu mãode ações judiciais, dando pos-sibilidade de a Caixa resgataro sistema de processamento edistribuição de loterais, queestava na mão da multinacional.Essa negociação também foiaprovada pelo TCU, mas é re-petida, periodicamente, em for-ma de denúncia por deputadose senadores. Recentemente,uma fiscalização de rotina e acobrança de ações feitas peloBanco Central transformou-seem "devassa", segundo jornaisde todo o país. E na CPI, quetudo investiga menos os bingos,foi iniciada uma "nova investi-gação" sobre lavagem de di-nheiro através da compra debilhetes premiados, o que fogeda esfera da Caixa.

Um dos artíficios usadospelos defensores da priva-tização da Caixa são projetosde lei em tramitação no Con-gresso Nacional buscando di-minuir o papel da empresa emáreas importantes. O principalalvo é o Fundo de Garantia porTempo de Serviço. Entre osprojetos que tentam desvirtuara função do FGTS estão algunsque permitem o saque do Fun-do para o pagamento de men-salidades escolares, seja deensino médio ou superior. Ouainda permitindo o uso doFGTS para a quitação de dívi-das com o Imposto Predial eTerritorial Urbano. Outro pro-jeto defende que o Fundo pos-sa ser usado por motivo decasamento. O papel do Fundode Garantia é financiar habita-ção para os brasileiros.

Em 2003, o Banco Mundi-al (Bird) apresentou o docu-mento Uma Visão do Futuro doBrasil - três metas, no qual afir-mava que a Caixa deveria re-duzir ao máximo o volume de

crédito para financiamento dacasa própria e também deve-ria deixar de atua em áreas jáatendidas pela concorrência,como em caixas de atendimen-to automático. Outra sugestãodo Bird era retirar da Caixa lar-gar o monopólio de administra-ção dos recursos do FGTS. Naavaliação do Banco, a Caixadeveria se tornar um bancorestrito apenas para recebimen-to de depósitos e pagamentosde serviços. A proposta doBird foi rechaçada pela direçãoda Caixa e pelo governo bra-sileiro.

Outro ponto de ataque sãoos depósitos e custas judiciaisque a Caixa recebe. O projeto4716/04, "permite o pagamen-to de custas, devidas à JustiçaFederal, em qualquer estabe-lecimento bancário", preten-dendo modificar o artigo 2º dalei 9.289/96, que hoje regula oassunto, e que limita o recolhi-mento das custas devidas àUnião através da Caixa. Já oprojeto 5601/05, do deputadoCelso Russomano (PP-SP)propõe que o recolhimento decustas e depósitos judicais eextrajudiciais possam ser feitosem qualquer instituição bancá-ria, buscando beneficiar os ban-cos privados.

AÇÕESAs entidades representati-

vas dos empregados da Caixadiante dos ataques cada vezmais freqüentes à instituição,iniciaram uma série de açõesem defesa da Caixa e de seusempregados. A quebra do si-gilo bancário do caseiroFrancenildo dos Santos Costaé condenada por todas as en-tidades, que alertam que o fatonão deve servir de pretextopara acusar a Caixa e seusempregados.

A Fenae lançou em marçoo manifesto O Brasil precisada Caixa, que está sendosubscrito por diversas entida-des. A APCEF se engajou nes-se movimento subscrevendo omanifesto e incentivando osseus associados a também fa-zerem o mesmo. Além disso,foram enviados relises para osveículos de comunicação ques-tionando a forma como a insti-tuição está sendo tratada pelamídia. A presidenta da Associ-ação, Célia Zingler, e o diretorde Saúde, Jailson Prodes, fo-ram entrevistados pelo jornalZero Hora, onde reafirmarama defesa dos empregados daCaixa. A APCEF também par-ticipou do ato público organi-zado pelo Sindicato dos Ban-cários de Porto Alegre e a Fe-deração dos Bancários do RS,em frente à agência Praça daAlfândega, em Porto Alegre, nodia 5 de abril. O ato em defesa

da Caixa e de seus emprega-dos teve a distribuição de umacarta aberta à população e aparticipação de parlamentaresgaúchos.

A APCEF orienta seus as-sociados a participarem dosatos de defesa da Caixa comouma instituição pública. Umadas formas é subscrever o ma-nifesto elaborado pela Fenae.O documento pode ser encon-trado na página eletrônicawww.fenae.com.br. A Associ-ação propõe, ainda, que os as-sociados enviem cartas ou e-mails aos veículos de comuni-cação do estado demonstran-do a sua contrariedade com aveiculação de reportagens quedescredenciam a empresa, sema respectiva divulgação dosesclarecimentos e defesa for-necidos pela empresa. Tam-bém é necessário questionar osdeputados e senadores sobreas suas atitudes de ataque àCaixa.

O João de Barro entrevis-tou alguns empregados da Cai-xa no RS questionando sobrequal a importância da Caixapara o país. Confira na próxi-ma página.

Ato em Porto Alegre em defesa da Caixa.

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BRIQUE

Seeb/POA

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joão de barro abril/2006 7em pauta

Paulo Ricardo

de Carvalho Silva

Ag. Alegrete

"A Caixa é importante parao desenvolvimento social dopaís, pela posição de bancosocial, pela alavancagem naárea de habitação, fizemosmilhões de empréstimos, es-pecialmente para pessoas debaixa renda. Também na exe-cução dos programas sociaisdo governo, dando uma for-ma de conduta que não acei-ta desvios. E como reguladordo mercado financeiro, ofere-cendo produtos e serviços aum preço condizente com arealidade e não exorbitante,como alguns bancos fazem. ACaixa é muito importante parao país e para nós também."

Leony Maria Kist

Gitter/PO

"A Caixa é um banco sociale como tal atua em prol da so-ciedade brasileira, através deprogramas e da administraçãode fundos, da concessão definanciamento para todos ostipos de renda, da interme-diação de recursos para finan-ciamentos habitacionais, oacesso a conta bancária a todoo povo - a bancarização -, atra-

vés da administração e paga-mento do FTGS. A Caixa atuaem todas as faixas de rendae significativamente atravésde todas as suas ações."

Edemilso Luiz Simonetto

Bourbon Ipiranga

Porto Alegre

"Em um país com uma his-tória de desigualdade, de ex-clusão das classes sociaisdesfavorecidas desde o seudescobrimento, a Caixa con-segue dar conta, minimamen-te, do papel de resgatar es-sas pessoas para a cidadania.Ela consolidou essa imagemjunto à essa população, queé a maioria. É uma das últimasinstituições que correspondeà expectativa que os brasilei-ros têm do próprio Estado. Aocontrário de outras institui-ções, onde historicamente, asclasses dominantes as fali-ram, a Caixa é uma das pou-cas que consegue se manterfora dessa dilapidação do Es-tado. Também é importantepara aqueles brasileiros queapostam na opção de ingres-sar na Caixa como uma formade ascenção e de inclusãocomo cidadão cumprindo umpapel social."

Ivo Luthi

Ag. Passo Fundo

"Na parte do Fundo de Ga-rantia, o papel da Caixa é ex-tremamente importante.Com os planos econômicos eas contas inativas, muitos tra-balhadores nem sabiam dodinheiro que estava espalha-do por outros bancos e coma Caixa assumindo isso, todasas contas foram reunidas naCaixa. Quando a gente traba-lhou nisso, além das diferen-ças achou muita conta inativaque os favorecidos nem sabi-am. E é importante tambémnos outros programas sociaisdo governo que a Caixa vemdesempenhando."

Alexandre Bender

Ag. Imembuí

Santa Maria

"A Caixa tem uma açãomuito importante para fazer apolítica social do governo, deredistribuição de renda, nopagamento dos programassociais, na parte da gestão deloterias, que grande parte re-verte para as ações sociais doEstado. Também atendendoo seguro-desemprego, o Fun-do de Garantia, o financia-mento para a habitação para

ENTREVISTAS

João de Barro - Qual a importância da Caixa para os brasileiros?

Gladis BeatrizMarconatto BiccaDireito de família (inventário,separações judiciais, divórcio,pensões alimentícias), direitocivil, ações de cobrança.Desconto de 50% nas consul-tas (tabela OAB)Primeira consulta gratuita.Av. Goethe, 71 sala 805fones 51 3333 3684e 9962 8287.

NOVOS CONVÊNIOS

baixa renda, que é o únicobanco que faz esse financia-mento, que na verdade é umadistribuição de renda. E ain-da no fomento a pequena emicro empresas, concessãode empréstimos. Hoje com aconta 023, a bancarização,uma grande grande parcela dapopulação que não tinha aces-so aos bancos consegue terconta."

Eduardo Speggiorin

Gedur/PO

"A Caixa é fundamental, agente vê a importância delaem cada atendimento que sefaz dentro dos municípios, oatendimento urbano é perso-nalizado nos municípios e agente apóia tanto tecnicacomo financeiramente. A Cai-xa como entidade apoiadora,na abrangência e capilaridadeem todos os municípios é fun-damental, é o braço do gover-no federal dentro dos muni-cípios para essas ações dedesenvolvimento urbano. Agente tem apoiado muitasações de infraestrutura, sane-amento para a população debaixa renda. Temos atendi-mentos no programa de ar-rendamento residencial

(PAR), onde são abrangidasgrandes quantidade de popu-lação. Enfim, a Caixa tem umaparticipação fantástica no de-senvolvimento dos municípi-os, no crescimento da econo-mia e no atendimento às ne-cessidades básicas da popu-lação na parte de habitação einfra-estrutura urbana."

Paulo Alfredo Polis

Ag. Erechim

"A Caixa é um dos braçossociais mais fortes que tem ogoverno brasileiro. Na partede habitação, a idéia de finan-ciar a casa para uma família éalgo de mágico, que só porisso já valeria a pena. E tam-bém toda a parte de Fundode Garantia, de seguro-de-semprego, que a Caixa temque lidar. Se há uma susten-tação forte do governo fede-ral é a Caixa Federal. Não setem idéia da abrangência quea Caixa tem. Agora está atu-ando forte na área de micro epequenas empresas, a genteatua em nichos que, normal-mente, outros bancos nãoquerem. A população brasilei-ra deve agradecer todo diapor ter um banco como a Cai-xa."

O encontro estadual decaixas, tesoureiros eavaliadores da Caixa

foi realizado no dia 18 de mar-ço, em Porto Alegre. No even-to foram debatidos os problemasenfrentados pelos empregadosda Caixa, especialmente os cai-xas executivos. Além da apre-sentação das principais situa-ções vividas pelos caex desde amudança de nomenclatura e dasatribuições, foram discutidas aspossibilidades jurídicas do caso.

Os participantes definiramalguns encaminhamentos a se-rem seguidos pelas entidadesrepresentativas dos emprega-dos. Entre as definições está oencaminhamento de uma açãocivil pública pelos sindicatos epela APCEF. No encontro fo-

ram relatados problemas no ENPelotas por estar havendo pres-são por metas e avaliação dedesempenho dos caixas quantoà venda de produtos. No dia 30de março, diretores da APCEF,da Federação dos Bancários edos Sindicatos dos Bancários deCamaquã e Pelotas estiveram noEscritório. O Superintendente doEN, Mauro Roberto Bom, afir-ma que não existe nenhuma de-terminação sobre o cumprimentode metas e perda de função.

A orientação é de que proble-mas ou conflitos devem ser en-caminhados aos sindicatos de ban-cários, Federação dos Bancáriosdo RS, APCEF ou à ComissãoExecutiva dos Empregados(CEE/Caixa), através do repre-sentante do RS, Marcos Todt.

PREVENÇÃO DA GRIPEA APCEF firmou convênio

com duas clínicas para vaci-nação contra a gripe. O valorde cada aplicação é de R$ 30,com pagamento direto para asempresas.

Clínica Vacine - Av. José deAlencar, 237 - Porto Alegre -fone: 3232 1651

Mãe de Deus Center Vaci-nas - Av. Soledade, 569 - Por-to Alegre - fone: 3378 9802O

Conselho Deliberativoda Funcef aprovou,em reunião no dia 10

deste mês, o regulamento doprocesso eleitoral para os Con-selhos Deliberativo e Fiscal epara Diretoria Executiva daFundação. As eleições aconte-cem de 25 a 31 de maio.

Para o Conselho Delibe-rativo serão renovados trêsmembros - dois com mandato dequatro anos e um de dois anos;para o Conselho Fiscal serãoeleitos dois conselheiros - umcom mandato de quatro anos eum de dois anos. Também se-rão eleitos os suplentes.

A eleição da Diretoria Exe-cutiva traz uma conquista domovimento dos empregados: aparidade. A partir dessa eleição,

a Diretoria Executiva passará ater três membros indicados pelapatrocinadora e três membroseleitos pelos participantes. Atual-mente, a Diretoria é composta porcinco membros. O mandato dosdiretores é de quatro anos.

A Comissão Eleitoral é forma-da por indicados da Caixa, daFuncef e dos participantes. A ins-crição das chapas será feita en-tre os dias 12 e 24 de abril e adivulgação do resultado das elei-ções será no dia 1º de junho. Oedital e o regulamento serão pu-blicados na página eletrônica daFuncef (www.funcef.com.br) eatravés da intranet da Caixa.

ENCONTRO ESTADUAL

Em busca desoluções

ELEIÇÕES FUNCEF

Uma conquistados participantes

12 e 24 de abril - inscriçãodas chapas25 a 31 de maio - eleição

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ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERALDO RIO GRANDE DO SUL "APCEF/RS"

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31.12.2005

P A S S I V O

Circulante 306.965,19 Fornecedores 253.136,20

Fornecedores Apcef.............................. 20.472,56Fornecedores Convênios............................. 6.453,94Credores Diversos................................... 226.209,70

Obrigações Soc. e Trabalhistas 6.137,75

FGTS A Recolher........................................ 5.183,75Pis A Recolher...................................... 954,00

Obrigações Tributarias 1.724,04

Issqn a Recolher......................................... 619,67IRRF a Recolher.......................................... 577,86Cofins a Recolher.................................... 383,01Contrib. Social a Recolher........................ 143,50

Outros Débitos 45.967,20

Credores Fiança..................................... 24.053,90Acordos Fiança a Pagar........................... 21.913,30

PATRIMÔNIO LIQUIDO 5.386.431,78

Patrimônio Social.........................................5.264.099,71Ajustes de Exercícios anteriores................ 362,10Superávit do Exercício................................. 121.969,97

TOTAL DO PASSIVO....................................................... 5.693.396,97

_____________________________________ __________________________________CÉLIA MARGIT ZINGLER JOSE NEUTON DO VAL LACERDA PRESIDENTE TEC. CONTÁBIL - CRC/RS 40302

ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL "APCEF/RS" BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31.12.2005 DEMONSTRATIVO DE SUPERÁVIT OU DÉFICIT

( + )RECEITAS OPERACIONAIS 2.209.472,46 Mensalidades 1.608.268,71 Comissões Seguros 102.968,23 Financeiras 13.435,50 Diversas 200.503,31 Dividendos Fenae Corretora 23.471,96 Dividendos Brasil Telecom 276,02 Dividendos Celular CRT 177,93 Eventos sociais 29.283,00 Dir. de Esporte 28.447,60 Cultural 2.780,00 Col. Pedra Redonda 42.904,47 Col. Cassino 18.492,00 Col. São Francisco de Paula 58.627,49 Col. Tramandaí 76.233,84 Col. Itapirubá 3.602,40

( - )DESPESA OPERACIONAIS 2.095.887,51 Administrativas 896.584,51 Jornal João de Barro 68.543,92 Esportes 69.146,55 Cultural 35.260,51 Eventos Sociais 47.085,36 Col. Ferias Cassino 38.534,45 Col. Ferias Pedra Redonda 413.805,09 Col. Ferias São Fsco. Paula 110.957,56 Col. Ferias Tramandaí 92.610,71 Col. Itapirubá 37.629,47 Regional Santa Cruz do Sul 11.438,21 Regional Alto Uruguai 31.077,22 Regional Serra 67.258,66 Regional Passo Fundo 55.428,10 Regional Missões 28.454,21 Regional Centro 45.435,82 Regional Vale Taquari 29.275,94 Regional Vale Rio Pardo 17.361,22 Regional Vale Rio dos Sinos 51.720,23 Regional Fronteira sul 17.421,50 Regional Sul 19.533,28 Regional Fronteira Oeste 10.016,81 Regional Vale Paranhana 11.242,78 Regional Litoral Sul 3.910,86 Regional Litoral Norte 3.775,44

( + )Outras Receitas Operacionais 8.385,02 Rendim. Aplic. Financeira 8.385,02

( = )Resultado Operacional 121.969,97

( = ) SUPERÁVIT DO EXERCíCIO.................. 121.969,97

________________________________ _________________________________ CÉLIA MARGIT ZINGLER JOSE NEUTON DO VAL LACERDA PRESIDENTE T. CONTÁBIL - CRC/RS 40.302

joão de barro abril/2006 8em pauta

ASSEMBLÉIA

Números aprovados

No dia 25, os associa-dos presentes na as-sembléia ordinária

aprovaram as contas da AP-CEF no período de 2005. Na as-sembléia, também houve a apre-sentação do relatório da direto-ria sobre as atividades desenvol-vidas no ano passado.

Muitas atividades foram de-senvolvidas pela APCEF e pe-las Regionais. O projeto APCEFem Cena foi consolidado com asoficinas de teatro e as apresen-tações do Caixa de Pandora edo Coral APCEF. O espetáculoAuto de Natal foi apresentadopelos dois grupos em Porto Ale-gre e no interior. Além disso, oCoral levou o seu canto para asunidades da Caixa e apresentou-se em diversas oportunidadescomo no sorteio do caminhão dasorte da Caixa, nos encontros deaposentados da APCEF, nas ati-vidades da ONG Moradia e Ci-dadania, durante a SemanaFarroupilha no Parque da Har-monia em Porto Alegre, entre

Associados aprovam as contas da APCEF de 2005 e o relatório da gestão.

outros. Outro destaque do Co-ral foi a gravação do CD commúsicas da campanha pela jor-nada das 6 Horas Já, encomen-dado pela Fenae nas comemo-rações dos 20 anos da conquis-ta desse direito. Já o grupo deteatro Caixa de Pandora reali-zou várias apresentações deesquetes em eventos da APCEFe no Centro Cultural Cia deArte.

A valorização da tradiçãogaúcha encontrou seu espaçoatravés do Núcleo de CulturaGaúcha. Além das reuniões se-manais, às terças-feiras, a par-tir das 20 horas, na Colônia Ada Associação, o Núcleo reali-zou o primeiro jantar bailecampeiro e organizou o curso dedança de fandango, com bailede formatura no dia 9 de setem-bro. Para comemorar a sema-na Farroupilha, o Núcleo foipara o Parque Harmonia, emPorto Alegre, no Piquete do Sin-dicato dos Bancários. Em no-vembro, o Núcleo montou

acampamento no Encontro deArtes e Tradições Gaúcha(Enart) em Santa Cruz do Sul.Para manter os associados in-formados sobre o Núcleo foicriado o Chasque Eletrônico,boletim enviado semanalmentea todos os associados cadastra-dos na página eletrônica daAPCEF.

Na área esportiva muitasatividades foram feitas durante2005. Nas quadras de tênis e ocampo de futebol na sede B fo-ram feitas melhorias, como a ilu-minação. Foram realizadas duasetapas dos Jogos de Integração,com a participação das Regio-nais: uma preparatória para osJogos do Sul e a outra dentro daprogramação dos 20 anos daconquista das 6 horas. Além dis-so, a APCEF foi sede dos Jo-gos do Sul, que a participaçãode associados das Apcefs deSanta Catarina, Paraná e RioGrande do Sul.

O Seguro Jurídico manteveas reuniões semanais do Grupo

Estratégico da APCEF, encami-nhou novas ações e finalizououtras. Também esteve nos de-bates mensais nas reuniões comaposentados.

A Associação também este-ve presente nas discussões doprojeto de um plano de cargos esalários para os bancos públicos.

A APCEF inovou com a cri-ação de um programa de pre-paração para a aposentadoria.De agosto a novembro, associ-ados se reuniram para discutiro que fazer depois da aposenta-doria.

A campanha APCEF Sem-pre com Você reuniu 270 novosassociados e distribuiu váriosprêmios aos participantes. Naárea social muitos eventos agi-taram a Associação, com gran-de participação de associados.Foram realizados passeios, fes-tas e bailes.

Os gráficos de prestação decontas e o parecer do ConselhoFiscal estão apresentados nanesta página.

PARECER

CONSELHO FISCAL

Na qualidade de mem-bros do Conselho Fiscal daAssociação do Pessoal daCaixa Econômica Federal, eno exercício que nos confe-re o Artigo 48 do seu Esta-tuto Social, examinamos osdemostrativos financeiros,compreendendo o BalançoPatrimonial e o Demonstrati-vo de Contas e Resultados,referente ao exercício findoem 31 de dezembro de 2005.

Com base nesses examessomos de opinião que asmencionadas peças refletema situação econômico-finan-ceira da Entidade merecen-do aprovação.Porto Alegre, 10 de marçode 2006.

Regis Moreno Nogueira

Santos - presidente

Patrícia Strapasson

Pizzolatti

Felisberto Machado

de Souza

DO RIO GRANDE DO SUL "APCEF/RS"

ATIVOCIRCULANTE 332.217,17 Disponibilidades 292.796,05

Caixa .......................................................... 855,36 Bancos Conta Movimento ............................. 158.912,25 Bancos Conta Poupança .............................. 11.829,50 Aplicações Financeiras.............................. 121.198,94

Créditos 31.118,31

Débitos de Associados ................................... 5.920,24 Adiantamentos Diversos ................. ..................... 25.012,33 INSS a Recuperar ................................................. 185,74

Despesas do Exercício Seguinte 8.302,81

Prêmios de Seguros a Vencer ........................ 8.302,81

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 283.873,15 Depósitos Judiciais 14.681,97

Depósitos Judiciais Diversos ............................ 14.681,97 DEVEDORES FIANÇA E COMPUTADORES Devedores Computadores.................................... 83.514,13 Devedores Fiança................................................. 185.677,05

PERMANENTE Investimentos 53.878,87 5.077.306,65

Participações em outras Sociedades Fenae Corretora .......................................... 49.459,20 Celular CRT..................................................... 321,00 Brasil Telecom S.A.......................................... 198,67 Jóias Assoc. Atlética Banco do Brasil............. 3.900,00

Imobilizado 5.023.427,78

Bens Imóveis ....................................... 4.813.999,47Maquinas e Equipamentos .................... 67.326,11Moveis e Utensílios .............................. 97.479,04Veículos ............................................. 45.012,06Computadores e Periféricos ................. 70.570,10Sistemas de Computação .................... 15.254,86Outros bens........................................ 15.762,01Uso da Linha Telefônica....................... 2.590,30Toboagua ........................................... 11.500,00(-) Depreciação acumulada ................. 116.066,17

TOTAL DO ATIVO .................................................... 5.693.396,97

ASSOCIAÇÃO DO PESSOAL DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31.12.2005.

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enfoque joão de barro abril/2006 9

Oassociado daAPCEF e emprega-do da agência Cruz

Alta Angelino Rogério vai re-presentar a APCEF no VIIIMúsicaFenae que acontece nosdias 27, 28 e 29 de abril, emSalvador, Bahia.

Angelino foi classificadocom a música Sinal de Alerta,vencedora da seletiva do VIIIFestival de Música da APCEF,realizada no dia 16 de março.O júri foi composto pelo ma-estro do Coral APCEF, LuizCarlos Andrade, pelo maestroJoão Araújo, e pelo ator e di-retor do grupo de teatro Caixade Pandora, Artur Pinto. Trêsmúsicas foram inscritas.

Angelino Rogério participapela sexta vez do festival demúsica da Fenae. Segundo ele,

Sinal de Alerta

Angelino Rogério

A paixão é um sentimento fas-cinanteQue o olhar despertaÉ flecha certeira atingindo o alvoNa hora certaQuem sabe os Deuses do Uni-versoHabitam a alma de quem flertaOu guiam corsários nos seusbarcosNa aventura da descobertaO querer é um desejo chegadoEm hora incertaÉ vendaval que agita folhas decoqueiroNa ilha deserta...QUEM SABE O BEM DESSAMAGIADEIXA SEMPRE A PORTAABERTAE OUSA SER FELIZ,ALÉM DO SINAL DE ALERTA.A pele vibra ao " olhar felinoDa presa e da fera"...E o instinto acende a chama dodesejoQue a sedução liberaO corpo é um barco à derivaSem mastro, nem velaAo sabor da brisa, em direçãoao porto...E ao que à paixão revela.

MÚSICAFENAE

Espaço para novos talentosAssociado da APCEF quer a presença de novos colegas nos festivais de música da APCEF.

a expectativa é representarbem a APCEF e o RS. "E aci-ma de tudo tentar estimularnovos colegas compositores aparticipar dos festivais", afirmaRogério. Sobre a participaçãono festival, o compositor co-menta: "sempre faço uma mú-sica especial para concorrer no

festival da APCEF, pelo gran-de compromisso que tem ovencedor de representar o es-tado do RS em um evento na-cional como é o Músi-caFenae". Angelino Rogériosempre esteve presente nas fi-nais do festival nacional. "Émuito importante estar entre osfinalistas e no CD do Músi-caFenae, por ser um registrohistórico dentro da Caixa."

O Festival de Música daFenae iniciou em 1986, em Vi-tória, Espírito Santo. Em 1989,Porto Alegre foi sede da ter-ceira edição. A realização dofestival foi interrompida de1993 a 1998, quando os can-tores e compositores voltarama encantar os palcos com suasapresentações. A APCEF es-teve presente em todas as edi-

PÁSCOA

Muita diversão para as criançasA APCEF reuniu crian-

ças e adultos para comemo-rar a chegada do coelhinho.A Festa de Páscoa foi rea-lizada no dia 8 de abril e le-vou muitos associados comsuas crianças à Colônia Ada Associação.

A festa teve muitas brin-cadeiras, jogos e a represen-tação teatral da eterna his-tória dos Três Porquinhos.

E, claro, que o persona-gem principal não poderiadeixar de estar presente, afi-nal, a razão principal dafesta era comemorar o seudia. A chegada do "seu" co-elho e da "dona"coelha ani-mou ainda mais a garotada.

E para os papais e ma-mães apreciadores do chi-marrão, o Núcleo de Tradi-ção Gaúcha da APCEF le-vou todos os apetrechospara servir um gostoso"amargo".

ções. Este ano, o MúsicaFenaeterá a participação de 18 re-presentantes de Apcefs.

O Festival de Música daAPCEF sempre foi um mo-mento de confraternização en-tre os associados. Em ediçõesanteriores, o festival reuniucompositores e intérpretes detodo o estado. Algumas elimina-tórias foram realizadas em cida-des do interior como Tramandaí,Santa Maria e Bento Gonçalves.O representante gaúcho noMúsicaFenae deste ano apostana participação de novos cole-gas nas edições futuras. "A Cai-xa está recebendo gente nova etenho certeza de que novos co-legas poetas e músicos estarãoconosco nas próximas ediçõesdo festival da APCEF", avaliaAngelino Rogério.

Fotos Carla Rossa

Divulgação

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enfoque joão de barro abril/2006 10

O Coral APCEF reali-zou no dia 25 de mar-ço o seu primeiro

workshop com a presença dosintegrantes do Coral e de inte-ressados em fazer parte do gru-po. Depois da abertura e apre-sentação da APCEF, pelapresidenta Célia Zingler, e doCoral, pela coordenadora Te-resa Cristina Cordeiro, foramrealizadas diversas atividades.

Os participantes tiveramaula de biodança com afacilitadora Almeri Espindola,exercícios sobre o uso da vozcom o fonoaudiólogo NiloMotta e o maestro do Coral,Luiz Carlos Andrade, realizouum teste de voz com os novos

Atividade reuniu os atuais integrantes com interessadosem participar do Coral APCEF.

integrantes. Além disso, foi re-alizado o primeiro ensaio con-junto de todo o grupo.

A organizadora do work-shop, Valéria Fialho Bassols,destaca a integração que acon-teceu entre os atuais coralistase os candidatos a participar doCoral. "Para os novos, foi umdia para vivenciar o Coral, parasaber como se sentia, se acha-va interessante", diz Valéria. "Ea gente renovou algumas coi-sas, foi um trabalho muitobom", conclui. Vera Lúcia Rechdiz que se sentiu em casa aoparticipar do workshop: "Foimuito bom, me senti acolhida,bem recebida participando dasatividades e espero fazer parte

do Coral de agora em diante".Outra participante, SandraCarbonelli Palma achou inte-ressante a abrangência do

workshop: "não foi só um tra-balho de canto, mas trabalha-mos o corpo, a respiração e foidesenvolvida a confiança entre

os que estavam participando".Ela também quer continuar in-tegrada ao grupo.

O Coral APCEF já estácom diversas atividades mar-cadas para este ano. No dia 20deste mês, o grupo vai se apre-sentar na posse da diretoriaeleita da APCEF. E, no perío-do de 26 a 28 de maio, o gru-po faz um retiro na Colônia daAPCEF em Tramandaí.

Os ensaios semanais doCoral acontecem às quintas-feiras no Centro Cultural Cia deArte (rua dos Andradas, 1780),a partir das 19 horas. A parti-cipação é aberta a todos os as-sociados que quiserem testar avoz e se integrar ao grupo.

CORAL

Uma nova experiência

COLUNA DOS

APOSENTADOS

Quando criança sempre ou-via falar na voz do sangue, sem-pre pensei que isto não poderiaser verdade. Saiba, que hoje, jánão penso assim. Eu fiquei sempai e sem mãe com 13 anos. Nóséramos nove irmãos, sete mor-reram, fiquei eu e o Wilson. Eunão sabia onde ele estava e pas-sados alguns anos comecei aprocurar. Só tinha notícias pormeio de embaixadas; pelos jor-nais sabia que ele tinha se tor-nado um grande artista plásticoe que estaria na África. Maistarde soube que estava na Itá-lia. Não deixava de querer sa-ber como e onde estava. Assimforam 55 anos de procura.

Um belo dia, em 28 marçode 2000 recebo um telefonema,sabem quem era? Meu irmão!pois pela vez primeira pude ou-vir sua voz do outro lado da li-nha. Gritei: Wilson, onde vocêestá? E ele me respondeu: es-tou em Mazan, fica no Sul daFrança. E assim passamos a noscomunicar todos os dias, por e-mail ou por telefone. Disse a ele:Wilson vou te visitar; a respostafoi imediata, você não vem. Eurespondi: irei sim. Comecei atratar dos preparativos para aviagem. Enquanto esses prepa-

Por um longo temporativos eram feitos, ia imaginan-do como seria o encontro. Co-mecei a pensar no que os meuspais falavam. A "voz do sangue",eu o procurava há 55 anos eagora o encontrei, o meu últimoirmão. Comecei a descrevercomo seria o meu reencontro.

Ficarei, por certo, confusoquando o encontrar. Olharei emseus olhos cor de... como émesmo a cor? Não importa.Direi venha cá, irmão. Aperta-rei seu rosto contra o meu, comonosso pai fazia, e será como seestivesse abraçando o velho.Derramarei muitas lágrimas.Nem me importarei com os cu-riosos no aeroporto quando istoacontecer. Dois velhos se abra-çando. Pensarei que é papai queabraço, pois imagino que omano tenha a mesma figura dovelho.

Isto será assim, porque nãovejo meu mano há exatamente55 anos. Nem mesmo sei comoisto aconteceu. O que lembro édo mano desenhando tudo quevia e das broncas que levava.Mas resistia. Pintar estava nosangue. Foi para o Rio de Ja-neiro. Essa partida nos separou.Alguém se interessou por umjovem pobre e com mania depintar e resolveu acreditar queaquele seria seu futuro. Man-dou-o para a Itália.

No início, Wilson mantinhacontato, escrevia, contando dafelicidade de se dedicar àquiloque amava: a pintura. Depois, operdi. Tentei com os jornalistasque iam ao exterior, procurei nasembaixadas. Nada consegui.

Mas ele ainda não sabia dis-to. Aliás, demorou muito parasaber o quanto seu silêncio medesesperava. Ter meu único ir-mão distante, perdido em seuspincéis, me desorientava. Sen-tia-me só. A família, meus filhosnão conseguiam entender o quese passava comigo. Só eu sa-bia. Meu apego por ele era gran-de. A ausência era algo que medoía. Procurei um psiquiatrapara me ajudar, já que, sozinho,não conseguia resolver. Depoisde muitas sessões, o profissio-nal foi taxativo:

- Esquece! Ele não quer sa-ber de ti. Faz o mesmo.

Não sei se esquecia. Achoque fingia. Mas foram tantosanos, que o sonho de reencon-trar meu irmão foi se diluindocom o tempo.

Eis que, agora meu pintor, queficou famoso nas suas andançaspor diversos países, vem ao meuencontro.

Não quero pensar no queaconteceu. O importante é tê-lo aqui, como se papai retor-nasse da longa viagem.

Já quando estávamos juntos,perguntei. Wilson você voltariaao Brasil? A resposta venhologo: Não, aqui eu sou um artis-ta plástico respeitado um ho-mem, no Brasil seria um negro,simplesmente um pintor!

E assim eu passei a acredi-tar na voz do sangue, pois seique de alguma maneira ela nosfala. Tivemos um encontro cur-to, mas com muito amor. Wil-son veio a falecer no dia 20 ju-nho de 2005. Eu sempre digoque meu reencontro com Wil-son durou cinco anos, mas foi acoisa mais maravilhosa queDeus me proporcionou, depoisdo nascimento dos meus filhos.

Quem é Wilson Tiberio!Um gaúcho nascido em 24

de novembro de 1916, na cida-de de Porto Alegre, na Rua Ge-neral Salustiano, defronte aoGasômetro. Artista Plásticomorando em Mazan, no Sul daFrança, esteve na Itália, África,Rússia, China. Esteve fora doBrasil por mais de 60 anos, vin-do a falecer em 20 de junho de2005 em Mazan. Suas obrasestão espalhadas pelo mundo.Em Porto Alegre, encontra-seno Acervo da Prefeitura, comotambém na Faculdade de Artede Porto Alegre. Consta aindaseu nome no Dicionário dos Ar-tistas Plásticos de Porto Alegre.

Obs.: Após minha morte, nãopoderei doar meu coração, poisele esta cheio de saudades!

Ah, como a gente fica boboquando tem um amor, quem évelho fica novo quem é novofica sonhador.

"Quanto mais você encherseu coração de amor, mais vocêencherá a sua vida de felicida-de."Manoel Alceri Tiberio

NOTA

Na Coluna dos Aposentadosdo João de Barro de março, pu-blicamos um texto sobre doen-ças, recebido através da internet,como sendo de autoria de MárioQuintana. Retificamos que o re-ferido texto é da professora Re-nata Vilella.

Se você, colega aposentado,souber de histórias interessantese quiser contá-las, faça-o. Enviepara o e-mail [email protected] ou leve ao colegaTiberio na Rua Vigário JoséInácio, nº 368, sala 603.

Este texto contou com a co-laboração dos economiários apo-sentados:

Beatriz Borba Gonzaga, DoraLúcia Neuberger, Manoel Tiberio,Mardir de Fátima Kurrle e LuizCarlos de Aragão.

Divulgação APCEF

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enfoque joão de barro abril/200611

Canto do KleinCINEMA

Apresentando F.J.KLEIN, o novocolunista de cinema do João deBarro.

Negócio seguinte: o Casa Novase mandou por causa dessareestruturação da Caixa em Supe-rintendências Regionais. Daí queo pancada foi promovido para afutura SUPERGHA (Superintendên-cia Regional do Haiti). Parece-meque a outra escolha era uma talde SUPERBA (SuperintendênciaRegional de Bagdá). O que inte-ressa é que, mudando a Presidên-cia da Caixa quase simultanea-mente com a eleição para umnovo mandato da Célia como pre-sidente (a propósito, revisão: pre-sidente é função, daí não ter gê-nero: ou é presidente ou é direto-ra-presidente. Podem fazer a re-volução e matar os ricos que qui-serem, mas deixem a língua por-tuguesa fora disso), o machismodo Casa Nova explodiu: suasupervisora é mulher; sua geren-te de filial é mulher; sua presiden-te de empresa é mulher; sua mãeé mulher (embora seja na verda-de uma divisão Panzer disfarçada)e eu descobri que a namorada se-creta do Casa Nova – que ele visi-ta todas às terças à noite, adivi-nhem!, é mulher também. Ealemoa, malvada e mandona.

Só restou ao Casa Nova fugirdeste matriarcado indo para umparaíso tropical tranqüilo em Por-to Príncipe.

A partir dessa fuga, no João deBarro abriu-se uma lacuna: quemfaria a página de Cinema? Graçasao Programa de Incentivo aNoticiaristas, Observadores daImprensa e Afins – o Pinóia, meunome foi escolhido para ocupar avaga.

Mas vamos parar de falar demim e da minha liberdade condi-cional porque está sendo prova-do que eu nada tive a ver com adestruição do Relógio do Desco-brimento, eu estava tirando fotosde... pássaros. Isso, pássaros.

Meu tema inicial ainda serásobre Cinema, embora eu nãoseja um sujeito tão limitado quan-to o guri que me precedeu. Pre-tendo falar o quanto for possíveldas Artes em geral, não apenasdo Cinema, embora goste muitodos filmes atualmente. Pelo me-nos nisso, eu e o Casa concorda-mos: temos uma boa safra de fil-mes pela frente.

A única coisa que me incomo-da em relação ao Cinema hoje éa falta de consideração com a Ve-lha Guarda. Opa, parece-me ter

dito um palavrão. Qual seria? Dei-xe ver... Velho, Velha, Velhice!Pronto, falei!

O que há de errado com essaspalavras que, de uma geraçãopara cá, trocaram de significado;de um respeito pela Tradição parauma discriminação odiosa em re-lação a pessoas que duraram (eduram) mais tempo do que a mai-oria das outras pessoas. Hoje, atéos cientistas já provaram que avelhice é uma doença genéticaque pode ser curada! Fabuloso,não? Por isso, só resta a quemdeveria ser respeitado incondici-onalmente a defesa proporciona-da pelos Eufemismos: Melhor Ida-de, Terceira Idade,...

Só me resta provar o contrário.Vamos dar uma olhada no que

estão aprontando nove dos maio-res cineastas da atualidade. Cabeaos leitores saber se velhice édoença ou se, na verdade, é a ju-ventude uma doença que passacom o tempo. Vejamos a lista doscriminosos degenerados:Primeiro CriminosoMANOEL DE OLIVEIRA

Nascido em Portugal, na cida-de do Porto, a 11/12/1908. O maisvelho dos velhos cineastas ematividade no planeta. Com delica-deza, esse criminoso tem feito daincomunicabilidade entre as cul-turas, gêneros e gerações materi-al para produzir filmes sem parardesde 1990. É mais conhecido noBrasil pelo “Um Filme Falado”. Estáproduzindo agora “Belle Toujours”(Bonita para Sempre) e acabou delançar “Do Visível ao Invisível”.Segundo CriminosoMICHELANGELO ANTONIONI

Nascido na Itália, em Ferrara,a 29/09/1912. Não se enganem:um derrame não foi o bastantepara liquidá-lo. Só em 2004, elefez “Michelangelo Olho no Olho”e um dos três episódios de “Eros”,exatamente aquele sobre um ca-sal saído praticamente de um co-mercial de Ferrari, mas que nãotem amor nem palavra, um pelooutro.Terceiro CriminosoINGMAR BERGMAN

Nascido na Suécia, emUppsalla, a 14/07/1918. O mais si-nistro do grupo. Para quem pensaque ele deixou o Cinema de ladoem 1983 com “Fanny e Alexander”não percebeu o truque dele ter tro-cado de forma de expressão maisuma vez. Inicialmente diretor deteatro, Bergman começou a filmarsuas peças de comédias de ca-sais e eventuais dramas nos anos1940, até a consagração mundialcom os filmes “Morangos Silves-tres” e “O Sétimo Selo”.

Rico e consagrado, resolveu se

tornar recluso e comprar uma ilhasó para ele. Ao contrário da maio-ria do pessoal do Cinema, a tal ilhacomprada não fica nos mares dosul, mas perto das Ilhas Faröe,onde o verão dura um dia e a luzdo Sol apenas 15 minutos. No en-tanto, ele tornou-se um prolíficodiretor de televisão na Suécia, fa-zendo nos últimos três anos filmescomo Persona (2002), Sarabanda(2003) e a Nova Sonata deBergman (2005).Quarto CriminosoERIC ROHMER

Nascido na França, em Nancy,a 04/04/1920. Um dos mais prolí-ficos cineastas da “Nouvelle Va-gue” do Cinema Francês. Depoisde passar a década de 1990destrinchando a família burguesafrancesa, Rohmer muda a lentepara novas técnicas e novos te-mas. “A Inglesa e o Duque” (2001)fala da Revolução Francesa usan-do técnicas digitais; “O Agente Tri-plo” (2003) é um filme de espio-nagem ao estilo de Hitchcock; “OSofá Vermelho” (2005) é uma co-média em curta metragem (20minutos) sobre o amor adúltero(isso ainda acontece na França? –Só faltam fumar na minha frente!).Quinto CriminosoSIDNEY LUMET

Nascido nos Estados Unidos,em Philadelphia, a 25/06/1924.Oscarizado há uns anos atrás peloconjunto da obra, ele começou natelevisão e estreou no Cinemacom um clássico instantâneo:“Doze Homens e Uma Sentença”(1957), com Henry Fonda. Até hojeestá filmando de tudo, mas sem-pre tem um tema recorrente: acorrupção policial. Está lançando“Find Me Guilty” (2006), sobremafiosos e a justiça, com Vin Die-sel e “Whistle” (2007), um filmesobre a 2ª Guerra Mundial, com

ação passada no teatro do Pacífi-co, na luta contra os japoneses.Sexto CriminosoROBERT ALTMAN

Nascido nos Estados Unidos,em Kansas City, a 20/02/1925.Recém oscarizado pelo conjuntoda obra, nem está ligando paraisso, embora confessou na ceri-mônia de premiação que mante-ve em segredo um transplante decoração que fez dez anos atrás.As companhias de seguro o de-testam, mas ele segue fazendo fil-me atrás de filme, do drama ro-mântico ao musical, do filme demistério a la Agatha Christie até orecém “A Prairie Home Compa-.nion” (2006), uma comédia musi-cal passada na Era de Ouro doRádio, com Meryl Streep e LilyTomlin.Sétimo CriminosoLINA WERTMÜLLER

No caso, criminosa. A únicamulher do grupo nasceu emRoma, Itália, a 14/08/1926. Paratrabalhar, já se utilizou de subter-fúgios como pseudônimos mas-culinos (George H. Brown ouNathan Wich) e fez em 2004 umacomédia com F. Murray Abraham(O Salieri de “Mozart”) e Sofia Lorenchamada “Too Much Romance...It's Time for Stuffed Peppers” e quermais, já que foi a primeira mulhera ser indicada para o Oscar deMelhor Direção pelo clássico“Mimi, o Metalúrgico” (1972).Oitavo CriminosoCLINT EASTWOOD

Nascido em São Francisco, Es-tados Unidos a 31/05/1930, é omais bem sucedido, comercial-mente falando, de todo o grupo.Além dos Oscars ganhos nos últi-mos anos, também granjeou res-peito entre a crítica mundial. Seusfilmes fluem como um rio que se-gue o curso dos rios dos cineas-

tas que mais o influenciaram, DonSiegel e Sérgio Leone.

Filmes como “Os Imperdoá-veis”, “Bird”, “Menina de Ouro”,“Sobre Meninos e Lobos” e “AsPontes de Madison” nos mostramum cineasta capaz de ter controleartístico e preocupação comercialsem perder de vista sua própriaidentidade como autor, artista ehomem. Está lançando no finaldeste ano “Flags of Our Fathers”,sobre a Batalha de Iwo Jima, tra-vada entre americanos e japone-ses ao fim da 2ª Guerra Mundial.Nono CriminosoCLAUDE CHABROL

Nascido na França, em Paris,a 24/06/1930, o caçula da turmaé o mais problemático: misterio-so, com toques de suspense ehorror, seus filmes sempre têmalguma coisa em desalinho, al-gum incômodo escondido, sem-pre prestes a atacar o espectadorquando ele menos espera, sejaum susto ou uma piada, uma ex-plosão ou um beijo. Fez em 2004“A Dama de Honra”, um dramaromântico de suspense e crime e,agora em 2006, “L’Ivresse duPouvoir”, um filme policial ondeum magistrado investiga um exe-cutivo de uma grande corporação.Com Isabelle Huppert.

Para concluir, só posso lembraro dito do General Cambronne aofinal da Batalha de Waterloo,quando o Comandante Aliadopede sua rendição e a da GuardaImperial: “A Guarda Morre MasNão Se Rende Jamais!”.

Contatos com F.J.Klein só po-derão ser feitos através do en-dereço [email protected] por-quê todos os outros têm gram-pos eletrônicos. Paulo Casa Novacontinua trabalhando na GITER/PO enquanto a reestruturaçãonão vem. Depois, Haiti.

O início da oficina de voz foi

transferido para o dia 28 de abril.

A oficina proporciona o auto-co-

nhecimento no uso adequado da

voz, aprimora a sua utilização e

pode ser um elemento importan-

te para desenvolver a arte de

cantar, inclusive para quem de-

sejar integrar o Coral APCEF. As

aulas serão ministradas pelo

fonoaudiólogo Nilo Motta, no

Centro Cultural Cia de Arte, às

sextas-feiras, das 19 às 21 ho-

ras. Inscrições pelo e-mail

[email protected] ou

pelo telefone 51 3268 1611.

A oficina de teatro do pro-

jeto APCEF em Cena come-

çou animada. No primeiro en-

contro muita disposição dos

integrantes para aprender a

arte de representar. Durante

a oficina serão trabalhados a

integração, desinibição e

sensibilização, jogos dramáti-

cos, improvisação, construção

do personagem, conheci-

mentos teóricos e interpreta-

ção. As oficinas buscam apri-

morar a comunicação, a ex-

pressão corporal e propiciam

Teatrouma melhor qualidade de vida

para os participantes. As au-

las acontecem no Centro Cul-

tural Cia de Arte e são minis-

tradas pelo diretor de teatro

Artur José Pinto.

A oficina é pré-requisito

para quem deseja integrar o

grupo de teatro Caixa de

Pandora. Novas turmas de-

vem ser formadas. As inscri-

ções devem ser feitas pelo

telefone 51 3268 1611 ou

pelo e-mail eventos@

apcefrs.com.br.

Voz

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enfoque joão de barro abril/2006 12

ciano magenta amarelo preto

APCEF

Só falta vocênesse time

JOGOS DE INTEGRAÇÃO

As primeiras jogadas

ARegional Serra deuinício à fase regionaldos Jogos de Inte-

gração. O evento foi realizadonos dias 1º e 2 de abril na sededa Regional em Farroupilha.As modalidades disputadas fo-ram futebol soçaite, tênis decampo e vôlei de praia.

Além dos Jogos, a Regio-nal promoveu um acampamen-to e o tradicional Costelão. Oevento preparado pela comis-são organizadora e pelo coor-denador da Regional, WladimirBettiol, mobilizou os associa-dos. O clima de confraterniza-ção tomou conta da sede. Odiretor de Comunicação daAPCEF, Paulo Belotto, acom-panhou a festividade.

Outras Regionais já marca-ram a data para a realizaçãodos Jogos de Integração. ARegional Sul reúne seus atletasno dia 1º de maio. Nos dias 13e 14 de maio é a vez da Regio-nal Porto Alegre, que vai terjogos de futebol soçaite, futsale vôlei misto.

A etapa final estadual acon-tece de 15 a 18 de junho, emPorto Alegre.

Os Jogos de Integração or-ganizados pela APCEF sãopreparatórios para os Jogos daFenae, que acontecem de 19 a

Regional Serra inaugurou a etapa regional dos Jogos.

A campanha de asso-ciação Faça Partedo Nosso Time foi

prorrogada até 30 de junho.Devido ao sucesso da promo-ção, a Associação está reedi-tando a campanha para possi-bilitar que novos associadosfaçam parte desse grande timeque é a APCEF.

A expectativa é que novosassociados se juntem ao qua-dro e também surjam novostalentos para as diversas ativi-dades desenvolvidas pelaAPCEF nos esportes, na áreacultural e social.

Quem se associar ou indi-car novo associado ganha umacamiseta com as cortes do Bra-sil e a frase Sou do Time da

APCEF-RS. A camiseta pode-rá ser usada também para tor-cer pela seleção brasileira embusca do hexacampeonatomundial de futebol.ATLETAS - A APCEF

quer organizar melhor a suaárea esportiva. Para isso, criouum cadastro de atletas, onde osassociados ou dependentes quepratiquem ou queiram praticaralguma atividade esportiva po-dem se inscrever. Assim, sempreque a Associação realizar ou par-ticipar de algum evento esporti-vo os associados serão informa-dos e poderão participar.

Os formulários para asso-ciação e para cadastramentoestão disponíveis na página ele-trônica www.apcefrs.com.br.

O vôlei de praia foi uma das modalidades disputada.

Os atletas e familiares confraternizaram no almoço.

A APCEF vai proporcio-

nar uma oportunidade dife-

rente para mães e filhos. A

atração é um passeio pelo

Lago Guaíba, no barco Cis-

ne Branco, em Porto Alegre,

no dia 20 de maio. A progra-

mação noturna inclui, além

do deslocamento pelo lago,

um jantar às 21 horas e pis-

ta de dança. O valor do pas-

seio é de R$ 39 por pessoa.

Para participar, basta

acessar a página eletrônica

(www. apcefrs.com.br), pre-

encher o formulário e enviá-

lo para a Associação. As re-

servas devem ser feitas

com antecedência. Faça

uma surpresa para a sua

mamãe e dê a ela um pre-

sente inesquecível.

26 de agosto, em Blumenau,Santa Catarina. A delegaçãoda APCEF será composta pe-los atletas que participarem dosJogos de Integração 2006. Nasmodalidades individuais e du-

plas, os primeiros colocados seclassificam automaticamente.As equipes campeã e vice-campeã da fase estadual for-mam a base da equipe nos Jo-gos da Fenae.

HOMENAGEM

De filho para mãe

Fotos divulgação APCEF

Divulgação APCEF