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Pastoral Juvenil Salesiana - Outubro / 20182

APRESENTAÇÃO

Queridos Salesianos, Leigos e Jovens,Saúde, Santidade e Sabedoria!

O artigo 196 das Constituições Salesianas afirmam que “a nossa regra viva é Jesus Cristo, o Salva-dor anunciado no Evangelho, que hoje vive na Igreja e no Mundo, e que descobrimos presente em Dom Bosco, o qual deu a sua vida pelos jovens”. Nos dois últimos encontros do Despertar Vocacional Local refletimos sobre os temas “Vocação Cristã” e “Vocação de Cristo”. Procuramos conhecer melhor o Senhor Jesus e a dimensão cristã da vocação humana.Mas, será que de fato somos cristãos? O que muda na nossa vida conhecer Jesus Cristo? Quais atitudes concretas brotam no nosso coração? O que significa ser cristãos?Os subsídios nº 9 para os encontros do Despertar Vocacional - para educadores e jovens - trazem o tema “ser cristão”. Na Sagrada Escritura, sobretudo, nos Evangelhos, percebemos que todas as pessoas que experimentaram um verdadeiro encontro pessoal com Jesus ou ao menos tocaram n’Ele, tiveram as suas vidas totalmente transformadas pelo Senhor da Vida.Por outro lado, a experiência verdadeira de Jesus não nos deixa ficar parados. Impulsiona-nos a ir adiante, caminhando, a testemunhar com a alegria este encontro maravilhoso e transforma-dor com o Mestre (Cf. Mc 1, 45; Mc 7, 36; Lc 5,15; Jo 4,28-29). O mês de outubro é o mês missionário. É o kairós, isto é, o momento oportuno, para pensarmos no que é “ser cristão”. O Papa Francisco, na mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2018, que será celebrado no dia 21 de outubro, pede-nos que “juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos”. Lembra-nos, na sua mensagem, que a vida é uma missão, na qual anun-ciamos Jesus Cristo, transmitindo a fé até aos últimos confins da terra, onde somos chamados a testemunhar o amor. A congregação Salesiana, por sua vez, vivencia neste ano o tema “sussurrando o Evangelho”, enfatizando o primeiro anúncio e a formação profissional na Ásia.Será justamente em Outubro que será celebrado o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens. Isso é muito significativo. “Será mais uma oportunidade para vos tornardes discípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão até aos últimos confins da terra”. (Cf. Anexo: Mensagem para o dia Mundial das Missões).Convidamos aos Salesianos, Leigos e jovens, sobretudo, a Juventude Missionária Salesiana a re-zar, meditar e estudar o que é ser cristão numa perspectiva missionária, procurando levar a Boa Nova a outras pessoas, sobretudo, aquelas que mais precisam. Além do encontro do Despertar Vocacional é muito oportuna a realização de alguma atividade missionária concreta, colocando em prática o envio de Jesus: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Não esqueçam de publicar fotos e notícias dos encontros do Despertar Vocacional nas redes sociais, nos sites dos Obras e no Portal da ISJB. É importante, também, enviar para o Acontece e para o Boletim Salesiano notícias e fotos dos encontros e das atividades.Excelente mês missionário! Excelentes encontros do Despertar Vocacional.

Deus abençoe a todos(as)!!!

Belo Horizonte, 24 de setembro de 2018.

PE. JOSÉ RICARDO MOLE, SDBDelegado Inspetorial

Pastoral Juvenil Salesiana, Animação Vocacional e AJS.

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9. SER CRISTÃO

ACOLHIDA: (por conta do animador ou da animadora)

ORAÇÃO:Textos sugeridos: Jo 1, 35-51; At 2 42-47

CANTO:- Como disse o Nazareno (Disco reviravolta) https://www.youtube.com/watch?v=MxgVqRbHLkc – 36’41’’ - Os Cristãos tinham tudo em comum...https://www.youtube.com/watch?v=lFU_cb0Kn38

Dinâmica: Cinco aspectos da vida de JesusJesus Cristo Ontem, Hoje e Sempre. Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. En-carnou-se viveu na história humana o Projeto de Deus. Passou a vida fazendo o bem. Viveu para o Pai e para o próximo. Ele é o Pastor, Mestre, Guia...Amigo. Ser cristão é seguir, na história do tempo presente, os passos de Jesus Cristo.

Primeiro passo: preparar com gravuras ou símbolos1. Cinco pessoas montam cinco aspectos da vida de Jesus: o nascimento; o

batismo; as opções, escolhas, encruzilhadas...; o mistério pascal (morte e ressurreição); a missão de Jesus Cristo.

Segundo passo: pensar em grupo2. Divide-se os participantes em cinco grupos e cada grupo reflete: - sobre um ou dois aspectos da vida de Cristo; - ou sobre os cinco aspectos. Pode ajudar: Onde tal aspecto aparece na vida de Cristo? O que isso significa

para nós? Que sentido tem para nós? Onde e quando isso aparece e aconte-ce na nossa vida? Que luzes ou forças isso traz para a nossa missão? Escolher e trazer uma música que fale do aspecto refletido.


Terceiro passo: Partilhar3. Favorecer um plenário em forma de partilha: - todos e todas colocam o que refletiram nos grupos; - canta-se a música sugerida pelo grupo.

Quarto passo: Celebrar4. Ficar em pé diante dos cinco aspectos refletidos e rezar. Desses cinco as-

pectos, o que mais lhe chama a atenção? (deixar falar) Em qual deles você se encontra hoje? Onde se encontra o nosso grupo, nossa pastoral, nossa comunidade? De qual você tem medo? Qual a que mais o desafia? Formular outras questões relacionadas ao tema e à vida.

Quinto passo: considerações finais5. Todos estes aspectos acontecem em nossa vida e estão interligados.6. Poderíamos ter tomado outros aspectos. Quem sabe numa outra oportuni-

dade!7. Oração conclusiva: todos estendem as mãos sobre os símbolos e fazem seus

agradecimentos, pedidos... Rezar um ‘Pai Nosso’ de mãos dadas.

SALMO DO SEguIMENTO:

Abriste caminhos, fazendo o teu caminho! És caminho! Anunciaste a verdade, vivendo em transparência És a verdade. Comunicaste vida, sendo vida de Deus! És vida! Começaste a caminhar, em ritmo de êxodo, como teu povo.

Fizeste de tua vida uma bandeira desfraldada ao ritmo dos ventos Fizeste de teu estilo de vida um sinal de contradição. Chegaste no coração humano como espada. Fizeste de tua pessoa chamada aberta a seguir-te.

Andarilho, de pés descalços, peregrino das estradas. Andarilho, sem mochilas, sem duas túnicas de linho. Andarilho, sem uma pedra onde reclinar a cabeça. Andarilho, sem dinheiro, sem poder, livre. Andarilho de olhar fixo nas pessoas.


Tu chamas a seguir-Te. E arrancas as pessoas de sua família. Tu chamas a seguir-Te. E pedes para vender tudo e dá-lo por nada. Tu chamas a seguir-Te, carregando a cruz como revolucionário do amor. Tu chamas pelo nome e a pessoa torna-se tua para sempre. Tu chamas e queres que pessoas livres te sigam. Tu chamas e abres ao chamado a tua causa: Construir o Reino.

Aqui estou, Senhor, quero seguir-Te com meu coração rasgado. Aqui estou, Senhor da aurora, quero mudar vivendo no seguimento. Aqui estou, Senhor Jesus, dá ritmo ao meu processo.

DIvISÃO DOS gRuPOS PARA ESTuDO DO TExTO:

OS CAMELOS

Horácio olhou para o céu e disse aos amigos: “Que estrela mais rara! Parece que nos faz si-nais, pedindo que a sigamos”.

Todos eles viviam perto de um oásis, onde as suas vidas decorriam em paz, humildes e segu-ras. Tinham sempre ervas e tâmaras em abun-dância para comer e muita água para beber. Nada perturbara jamais a plácida existência des-tes camelos; agora, no entanto, davam-se con-ta de que o seu amigo estava fascinado por aquela nova estrela, rara e brilhante. Ficaram perplexos e perguntavam a si mesmos que poderia significar.

“Lembro-me de um dos meus sonhos de infância”, prosseguiu Horácio. “Vi uma estrela que se levantava no horizonte e vi distintamente que me fazia si-nais dizendo a todos para a seguirem em busca de uma nova vida, de um novo país, de uma nova pátria. Pergunto-me, a mim mesmo, se não será a mesma”.

Alguns dos seus amigos não contiveram o riso. Os que não tinham visto a estre-la chama-vam-lhe louco visionário e sonhador ingênuo.


“Como? Seguir a estrela? Nunca ninguém pensou em tal coisa. Até onde? Como? Por quanto tempo? Além disso, porque segui-la ?“

“Até onde? Até onde ela nos quiser conduzir”, respondeu ele. E para sempre, se for pre-ciso. Porque ela nos está a convidar. Sinto-me irresistivelmente atra-ído por ela... Segui-la-ei custe o que custar. Decidi-me e ninguém conseguirá deter-me”.

A maioria dos outros camelos deixaram-no só e foram comer, beber, dormir. Estavam intrigados com a nova estrela resplandecente e com o modo como se assenhorara completamente do seu amigo. Um deles perguntou: “Pensas internar-te no deserto Horácio, e deixar todas as comodidades e segurança deste famoso oásis?”

“Penso. Decidi renunciar a tudo. Olhai! Começa a desaparecer no horizonte. Tenho de me apressar. Se alguém quer seguir-me, será bem-vindo. Mas é pe-rigoso atrasar-se. Vamos. Mais um minuto e a estrela poderia passar ao largo diante de nós. Poderia desaparecer para sempre. É agora ou nunca. É a opor-tunidade de vida”. Alguns camelos estavam impressionados com a impaciência e determinação de Horácio. Resolveram então juntar-se a ele: “nós também vamos. Mas dá-nos tempos para reunirmos algumas coisas para a viagem. Pre-cisamos de muita erva, de água, tâmaras e cereais. Precisamos...”

“Olhai, o tempo está a acabar. A estrela começa a afastar-se. Não podemos es-perar nem mais um minuto. Ela, que nos chama e nos convida a segui-la, toma-rá a seu cargo as nossas necessidades. Ela olhará por nós durante a viagem. Por mim, vou-me embora imediatamente. Se alguém deseja seguir-me que venha. De outro modo, ficai-vos... cuidai de vós“.

E começou a afastar-se, internando-se no deserto ermo, hostil e interminável. Os seus olhos continuavam fixos na pequena estrela resplandecente, conforme ela ia desaparecendo do horizonte do oásis. Só dois camelos deitaram a correr e se juntaram a ele antes que fosse demasiado tarde. Os outros menearem a cabeça em gesto de desaprovação e murmuravam:

“Estão loucos. Não há dúvida de que morrerão de fome, sede e frio. E pensar que podiam ter-se deixado estar aqui conosco neste oásis, desfrutando de to-das as coisas boas com que a vida nos brinda”.


REFERÊNCIASINSPETORIA SÃO JOÃO BOSCO: Subsídio para Animadores Vocacionais. Belo Horizonte: CESAP: 2011. [Material preparado pelos Salesianos e Filhas de Ma-ria Auxiliadora das Inspetorias SDB e FMA do Nordeste do Brasil e adaptado pela ISJB].

PARA REFLETIR:

Que mensagens podemos tirar do texto? 1. O que tem a ver o texto com o SER CRISTÃO? 2. Que relação você encontra com o texto bíblico rezado?

SugESTÃO: Apresentar de maneira criativa: jogral, canto, encenação...

ORAÇÃO: Pai Nosso...

CANTO: O mesmo rosto – Jorge Trevisolhttps://www.youtube.com/watch?v=i0Sgm2mXdC4


ANExO

MENSAgEM DO PAPA FRANCISCO

MENSAgEM DE SuA SANTIDADEO PAPA FRANCISCO

PARA O DIA MuNDIAL DAS MISSÕES DE 2018

[21 de outubro de 2018]

“Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos”

Queridos jovens, juntamente convosco desejo refletir sobre a missão que Jesus nos confiou. Apesar de me dirigir a vós, pretendo incluir todos os cristãos, que vivem na Igreja a aventura da sua existência como filhos de Deus. O que me impele a falar a todos, dialogando convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sempre jovem, quan-do se abre à missão que Cristo nos confia. «A missão revigora a fé» (Carta enc. Redemptoris missio, 2): escrevia São João Paulo II, um Papa que tanto amava os jovens e, a eles, muito se dedicou.

O Sínodo que celebraremos em Roma no próximo mês de outubro, mês missionário, dá-nos oportunidade de entender melhor, à luz da fé, aquilo que o Senhor Jesus vos quer dizer a vós, jovens, e, através de vós, às comunidades cristãs.


A vida é uma missão

Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração, sobretudo quando é jovem em idade, sente como forças interiores do amor que prometem futuro e impelem a nossa existência para a frente. Nin-guém, como os jovens, sente quanto irrompe a vida e atrai. Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio. Conheço bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na minha juventude e na minha família, recordo a intensidade da esperança por um futuro melhor. O facto de nos encontrarmos neste mundo sem ser por nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (Papa Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).

Anunciamo-vos Jesus Cristo

A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que condu-zem ao sentido do viver nesta terra. Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno. Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja! Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria. Digo-vos isto por experiência: graças à fé, encontrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os realizar. Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar o rosto de tantos irmãos e irmãs. E todavia, para quem está com Jesus, o mal é um desafio a amar cada vez mais. Muitos homens e mulheres, muitos jovens entregaram-se generosamente, às vezes até ao martírio, por amor do Evangelho ao serviço dos irmãos. A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16). Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14). Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a per-guntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»


Transmitir a fé até aos últimos confins da terraPelo Batismo, também vós, jovens, sois membros vivos da Igreja e, juntos, te-mos a missão de levar o Evangelho a todos. Estais a desabrochar para a vida. Crescer na graça da fé, que nos foi transmitida pelos sacramentos da Igreja, in-tegra-nos num fluxo de gerações de testemunhas, onde a sabedoria daqueles que têm experiência se torna testemunho e encorajamento para quem se abre ao futuro. E, por sua vez, a novidade dos jovens torna-se apoio e esperança para aqueles que estão próximo da meta do seu caminho. Na convivência das várias idades da vida, a missão da Igreja constrói pontes intergeracionais, nas quais a fé em Deus e o amor ao próximo constituem fatores de profunda união.Por isso, está transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos aqueles que, longe da fé, se mostram indiferentes e, às vezes, impugnadores e contrários à mesma. Ambientes humanos, culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Jesus e à presença sacramental da Igreja constituem as periferias extremas, os «últimos confins da terra», aos quais, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus discípulos missionários, na certeza de terem sempre com eles o seu Senhor (cf. Mt 28, 20; At 1, 8). Nisto consiste o que designamos por missio ad gentes. A periferia mais desolada da humanidade carente de Cristo é a indife-rença à fé ou mesmo o ódio contra a plenitude divina da vida. Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre conse-quência da recusa de Deus e do seu amor.

Hoje para vós, queridos jovens, os últimos confins da terra são muito relativos e sempre facilmente «navegáveis». O mundo digital, as redes sociais, que nos envolvem e entrecruzam, diluem fronteiras, cancelam margens e distâncias, reduzem as diferenças. Tudo parece estar ao alcance da mão: tudo tão próximo e imediato... E todavia, sem o dom que inclua as nossas vidas, poderemos ter miríades de contatos, mas nunca estaremos imersos numa verdadeira comu-nhão de vida. A missão até aos últimos confins da terra requer o dom de nós próprios na vocação que nos foi dada por Aquele que nos colocou nesta terra (cf. Lc 9, 23-25). Atrevo-me a dizer que, para um jovem que quer seguir Cristo, o essencial é a busca e a adesão à sua vocação.


Testemunhar o amorAgradeço a todas as realidades eclesiais que vos permitem encontrar, pessoal-mente, Cristo vivo na sua Igreja: as paróquias, as associações, os movimentos, as comunidades religiosas, as mais variadas expressões de serviço missionário. Muitos jovens encontram, no voluntariado missionário, uma forma para servir os «mais pequenos» (cf. Mt 25, 40), promovendo a dignidade humana e teste-munhando a alegria de amar e ser cristão. Estas experiências eclesiais fazem com que a formação de cada um não seja apenas preparação para o seu bom-êxito profissional, mas desenvolva e cuide um dom do Senhor para melhor servir aos outros. Estas louváveis formas de serviço missionário temporâneo são um começo fecundo e, no discernimento vocacional, podem ajudar-vos a decidir pelo dom total de vós mesmos como missionários.

De corações jovens, nasceram as Pontifícias Obras Missionárias, para apoiar o anúncio do Evangelho a todos os povos, contribuindo para o crescimento humano e cultural de muitas populações sedentas de Verdade. As orações e as ajudas materiais, que generosamente são dadas e distribuídas através das POMs, ajudam a Santa Sé a garantir que, quantos recebem ajuda para as suas necessidades, possam, por sua vez, ser capazes de dar testemunho no próprio ambiente. Ninguém é tão pobre que não possa dar o que tem e, ainda antes, o que é. Apraz-me repetir a exortação que dirigi aos jovens chilenos: «Nunca penses que não tens nada para dar, ou que não precisas de ninguém. Muita gente precisa de ti. Pensa nisso! Cada um de vós pense nisto no seu coração: muita gente precisa de mim» (Encontro com os jovens, Santiago – Santuário de Maipú, 17/I/2018).

Queridos jovens, o próximo mês missionário de outubro, em que terá lugar o Sínodo a vós dedicado, será mais uma oportunidade para vos tornardes dis-cípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão até aos últimos confins da terra. A Maria, Rainha dos Apóstolos, ao Santos Francisco Xavier e Teresa do Menino Jesus, ao Beato Paulo Manna, peço que intercedam por todos nós e sempre nos acompanhem.

Vaticano, 20 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2018.

(31) 2103-1200www.salesianos.br

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