(2) hipnose cortical hipnose hernani guimarães andrade

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  • 8/6/2019 (2) HIPNOSE cortical hipnose Hernani Guimares Andrade

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    (Faria, O.A. - Manual de Hipnose Mdica e Odontolgica, Rio de Janeiro -So Paulo: Atheneu, 1979, p. 27).Como se v, o bom senso ingls j naquela poca mostrava umdiscernimento e um comportamento tico edificantes e dignos demeditao.

    O emprego da hipnose, naquela ocasio, para fins de anestesia nasintervenes cirrgicas, comeou a reduzir-se com o surgimento daanestesia qumica. Durante as primeira e segunda guerras mundiais, oemprego da hipnose nas intervenes cirrgicas sofreu um incremento,devido falta de recursos medicamentosos.Actualmente renova-se o grande empenho pelo emprego da hipnose naprtica mdica e odontolgica. Esta retomada de interesse pelohipnotismo deve-se sobretudo s investigaes em torno dos processoscerebrais ocorridos durante a hipnose.A correcta interpretao dos processos fisiolgicos concernentes hipnose resulta dos trabalhos dos reflexologistas: Pavlov, Setchenov,Frolov, Platonov, Bikov, Berkamann, Osmard A. Faria e outros.De acordo com a Escola Reflexologista, a hipnose um fenmenoexclusivamente fisiolgico. Ela motivada pela propagao, atravs docrtex cerebral, de uma inibio ocorrida numa regio limitada docrtex, resultante de uma excitao de certa intensidade e constncia.Todavia deve manter-se, durante a referida difuso inibitria, um pontovigil. Este ponto vigil permite o rapport entre o paciente e o operador.O sonoIvan Petrovich Pavlov (1849-1936) nasceu em Ryazan, na Rssiacentral, em 14 de Setembro. Doutorou-se em Medicina em 1883,

    seguindo para a Alemanha, onde trabalhou sob a orientao dosfamosos professores Karl F. W. Ludwuig (1816-1895) e RudolphHeidenheim (1834-1897).Em 1890, Pavlov retornou Rssia onde ocupou a ctedra deFarmacologia da Academia Militar de So Petersburgo e dirigiu aconstruo do primeiro centro cirrgico do mundo. Em 1891, passou aleccionar Fisiologia, obtendo uma medalha de ouro pelos seus trabalhossobre o pncreas.Em 1897 Pavlov publicou os resultados de suas pesquisas originaissobre a digesto, o que lhe valeu a outorga do Prmio Nobel deFisiologia e Medicina.A partir de 1901, Pavlov, dedicou-se pesquisa da secreo salivar,resultando em seus estudos dos reflexos condicionados. Da em diantesuas descobertas tiveram ampla repercusso na Psicologia, naPedagogia e na Psiquiatria.Foram os trabalhos de Pavlov e de seus seguidores que trouxeram umagrande contribuio para o conhecimento dos processos corticocerebraisimplicados no fenmeno da hipnose.

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    Durante suas investigaes sobre os reflexos condicionados, levadas aefeito com ces, Pavlov teve sua ateno despertada pelo facto de quealguns animais caam em estado de sonolncia, aps terem sido atadoscom as correias aos bancos de prova. Outros dormiam profundamenteao serem submetidos aos testes de reflexos condicionados. Muitos ces,

    que por uma razo ou outra haviam, vrias vezes, dormido nos bancosde prova, entravam em estado de sonolncia ao serem, em diassubsequentes, novamente introduzidos no laboratrio de provas.Depois de inmeras observaes experimentais, Pavlov chegou concluso de que os segmentos superiores do sistema nervoso central,entre eles o crtex cerebral precisamente, desempenham um papeldecisivo no processo do sono, sem que exista nenhum centro do sonoespecial. (Platonov, K. - La Palabra como Factor Fisiolgico eTeraputico, Moscovo; Ediciones en lenguas extranjeras, 1958, p. 26).O sono hipntico igualmente no foge regra. Ele tambmessencialmente um fenmeno de inibio cortical, semelhante noidntico ao que ocasiona o sono comum.As clulas do crtex possuem um mecanismo natural de defesa contra oesgotamento por excesso de excitao: a inibio. Quando excitamos asclulas corticais, elas sofrem um desgaste de substncia irritvel. Arecuperao da substncia irritvel exaurida torna-se possvel graas inibio que permite o repouso da clula extenuada.O sono comum decorre desta inibio interna difundida por todo ocrtex cerebral. Segundo Pavlov esta inibio propaga-se a amplaszonas dos hemisfrios, chegando a tom-los totalmente e, algumasvezes, a estender-se s zonas mais inferiores do mesencfalo. Pavlov

    denominou este sono de sono activo. Ele acreditava que o acmulo deprodutos do metabolismo nas clulas corticais contribua directamentepara desencadear o sono: os elementos humorais formam parte dosestmulos internos da inibio, em consequncia, uns ou outros produtosda actividade das clulas so os que provocam esta inibio. (Opus cit.p. 27).Entretanto, a causa da inibio cortical no apenas a apontadaanteriormente. Foi observado que a ausncia de estmulos internos eexternos tambm pode aparecer e desencadear a inibio sonfera. Osestmulos corticais funcionam como obstculos propagao da inibiocortical. Quando as zonas de clulas corticais excitadas desaparecem, osfocos de inibio podem propagar-se livremente mesmo s clulasdescansadas, difundindo-se pelos hemisfrios cerebrais e espalhando-sepelas zonas inferiores do crebro. Cria-se, assim, um estado passivocorrespondente ao sono. Pavlov deu-lhe o nome de sono passivo.De um modo geral, aquelas pessoas que no esto particularmente aexercer uma actividade intelectual intensa, caem em estado desonolncia, sob a aco de estmulos montonos. O sono da

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    proveniente poder difundir-se tambm a todo o crebro. um estadode sono completo. Mas podem ocorrer outros tipos de sono, oschamados sono fraccionado e sono parcial, conforme veremos maisadiante.A prolongada imobilidade do corpo pode tambm actuar como

    provocadora de sono. Nos laboratrios de Pavlov, os ces quepermaneciam muito tempo imveis, atados aos bancos de prova,costumavam cair em estado de sono. A inibio sonfera pode tambmdesenvolver-se devido influncia de estmulos breves e intensos. Osces ao serem atados aos bancos de prova, s vezes ofereciamresistncia e, aps terem sido dominados e terem sofrido excitaesmecnicas intensas, caam momentaneamente em sono completo.Em condies de viglia completa, o estado de excitabilidade de umgrupo de clulas corticais est permanentemente relacionado com oestado de inibio de outros grupos. As diferentes zonas do crtexcerebral que se encontram em diferentes estados formam um mosaicomvel complexo e as pequenas zonas de inibio existentes so as queprovocam um sono mvel fraccionado. Se no crtex cerebral existemzonas de inibio mais ou menos amplas e os pontos ou zonas de vigliase encontram isoladas entre aquelas, surge um estado de sono chamadoparcial. (Platonov, opus cit. 28).Platonov acrescenta que, desse modo, Pavlov distinguia trs graus depropagao extenso do sono, a saber: sono completo, sonofraccionado e sono parcial. Resumindo: o sono completocorresponde total difuso da inibio cortical aos hemisfrios e zonasinferiores do crebro. O sono fraccionado devido a pequenas zonas

    de inibio cortical mveis, distribudas por zonas maiores de clulascorticais em actividade. O sono parcial difere do anterior, apenas pelaextenso das zonas de inibio, corresponde a amplas zonas de inibiocortical contendo pequenas ilhas de clulas em estado de excitao; ospontos ou zonas em viglia encontram-se isolados entre as clulas quecompreendem extensas reas de inibio cortical.A vigliaO estado de viglia praticamente o oposto simtrico do sono. Odespertar equivale propagao cortical da excitao, em um crtexcerebral cujas clulas foram anteriormente inibidas. Segundo Pavlov, oestado de viglia mantm-se graas s excitaes mais ou menosrapidamente cambiantes que chegam aos hemisfrios cerebrais,provenientes em sua maioria do mundo exterior. (Opus cit. p.28).Desse modo esclarece Platonov (...) o estado de viglia representaum fenmeno de irradiao mais ou menos ampla do processo deexcitao pelo crtex cerebral, processo que em determinadas zonas seconcentra de uma maneira mvel e que est relacionado indutivamentecom os processos de inibio. (Opus cit. p. 28).

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    Sono e reflexo condicionadoConforme j havamos mencionado anteriormente, alguns animais delaboratrio adormeciam durante as provas. Quando este facto se repetiaum certo nmero de vezes, bastava ser o co introduzido na salahabitual e atado ao banco de provas, para logo cair em estado de sono.

    Podia tratar-se de um animal muito esperto e activo. Logo queadentrava o local dos testes, transformava-se inteiramente; tornava-secada vez mais sonolento medida que era atado, e acabava por dormircompletamente. Segundo Pavlov, o cachorro era hipnotizado vistado ambiente circundante. Esta observao demonstra a possibilidadeque existe de provocar a inibio sonfera do crtex cerebral por viareflexa condicionada sem esgotamento prvio daquele, acrescentaPlatonov. (Opus cit. p. 29).Em 1925, no laboratrio de Ivan Pavlov, o seu discpulo V. Krilov,administrou a um co, repetidas vezes em dias sucessivos, clisteres deuma soluo sonfera de hidrato de cloral em gua morna. Depois de umcerto nmero de enemas com o cloral, bastava fazer o clister apenascom gua morna pura, para obter-se o sono animal.Observe-se que tanto no caso dos ces que eram conduzidos aos bancosde prova, como no caso do co que recebia os clisteres, os estmulos-ambiente do laboratrio e o clister, de gua morna, eram-lheinicialmente indiferentes. Nenhum cachorro iria dormir quando, pelaprimeira vez, fosse conduzido sala onde se achava o banco de provas;do mesmo modo, caso recebesse, pela primeira vez, um enema de guamorna e pura. O sono desencadeado posteriormente, em ambas ascircunstncias descritas, teve como causa um mecanismo de reflexo-

    condicionado, sem o prvio esgotamento das clulas corticais. Acoincidncia dos estmulos sonferos com os estmulos indiferentes fezcom que estes ltimos adquirissem propriedades sonferas para os cessubmetidos s provas.Em 1928, A. Ivanov - Smolenski combinou estmulos sonferos(rtmicos, lumnicos, trmicos) com um som estridente e obteve reflexossonferos condicionados como resposta aos sons estridentes. (Opus cit.p. 29).Os estmulos sonferos condicionados podem ser muito variados.Observou-se que o estado de viglia pode resultar tambm decondicionamento. Verificou-se, ainda, que uma parte do crtexcerebral pode encontrar-se em estado de viglia, enquanto outra partese acha em estado de inibio sonfera, como acontece, por exemplo, napassagem do estdio de viglia ao de sono. (Opus cit. p. 29).A possibilidade de manifestar-se a inibio parcial das clulas cerebraisexplica a manifestao da catalepsia. Este particular estado ocorrequando a propagao da inibio se limita apenas s clulas do crtex,sem atingir a zona subcortical. Nestas condies, qualquer posio dada

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    a determinada extremidade do animal ou do paciente mantm-se semmudanas durante um tempo indefinido.A possibilidade de inibio parcial das clulas cerebrais pode ensejar aconservao de um ponto de vigilncia ou ponto vigil, cujaimportncia fundamental na hipnose.

    O ponto vigilEm 1935, B. Birman, no laboratrio de Pavlov, demonstrou a existnciado ponto vigil, mediante uma curiosa experincia com um co, cujoreflexo condicionado digestivo estava relacionado com o som de umtubo de rgo, que dava precisamente 256 vibraes por segundo.Fazia-se o cachorro dormir sob a aco de inibio provocada pelaaudio prolongada dos demais sons do rgo, diferentes daquele parao qual ele estava condicionado. O sinal de 256 vibraes era, portanto,o sinal para tomar o alimento. Assim que, no meio dos demais sons, eraaccionado o tubo do rgo, que produzia as 256 vibraes por segundo,o co despertava e tomava a sua refeio.Esta experincia mostrou que a reaco reflexo-condicionadaestritamente diferenciada, elaborada em estado de viglia ecorrespondente s 256 vibraes por segundo, conservou-se tambmdurante o sono.Desta maneira origina-se uma zona de viglia do crtex cerebralchamada por Pavlov ponto de vigilncia. Este ponto de vigilnciainduzido positivamente pela influncia do estado inibitrio das zonasvizinhas do crtex cerebral, encontra-se em estado de excitaoexaltada (sob a presso da inibio, segundo a expresso de Pavlov),com o que assegura a manuteno de relaes com o mundo exterior.

    (Opus cit. p. 30).Por conseguinte, um paciente em estado de sono parcial ter semprepossibilidade de manter um rapport com o seu meio circundante e, ipsofacto, com um operador humano.A escola de Pavlov descobriu, alm disso, que a passagem das clulascorticais, do estado activo para o de inibio no se faz subitamente esim paulatinamente. O caso oposto, da passagem da inibio para oestado activo, tambm se faz paulatinamente. O trnsito da actividadepara a inibio, e vice-versa, define vrios estados entre o sono e aviglia. Durante o desenrolar dessas fases h ocasies em que a reacoaos estmulos condicionados sofre alteraes paradoxais.Pavlov deu aos estados fsicos, originados no momento de adormecer-se ou despertar-se, o nome de estados hipnticos.Sugesto, auto-sugesto e hipnoseOs fenmenos da auto-sugesto e da sugestionabilidade acham-seestreitamente relacionados com o estado hipntico (fsico) do crtexcerebral. Como afirma Pavlov: Encontramo-nos ante dois factos, asaber, com possibilidade de influir sobre a actividade nervosa superior

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    de uma pessoa por meio de sugestes verbais feitas por outra pessoa, ecom a possibilidade da auto-sugesto, que pode em certas condiesadquirir um significado predominantemente ilcito e invencvel.(Opus cit. p. 32).A causa da sugestionabilidade reside na facilidade com que as clulas

    corticocerebrais passam do estado activo inibio e vice-versa. Assimo mecanismo fundamental da sugestibilidade relaciona-se com a fragmentao dos processos de todo o crtex cerebral. Nestascondies o sugestionado escapa s influncias ordinrias das demaispartes do crtex cerebral. A condio fisiolgica fundamental dasugestionabilidade , pois, a diminuio do tnus do crtex doshemisfrios cerebrais e a facilidade da actividade cortical.A existncia de focos de excitao nos hemisfrios cerebrais, queadquirem uma funo predominante, a essncia bsica dos fenmenosde sugesto e auto-sugesto. Segundo Pavlov: Esta excitao existe eactua, quer dizer, concretiza-se em movimentos e actos motores, noporque esteja sustentada por toda a classe de associaes, isto ,entrelaada com numerosos estmulos recentes e antigos, sensaes erepresentaes, em cujo caso o resultado seria um acto voluntrio eracional, como o natural em um crtex normal e forte, seno porquesendo o crtex dbil e de tnus baixo, esta excitao concntricaacompanha-se de uma induo negativa intensa, que a desconecta eisola de todas as influncias alheias necessrias. (Opus cit. p. 33).No estado de hipnose o crtex dos hemisfrios cerebrais, devida irradiao da inibio, caracteriza-se pela diminuio do seu tnuspositivo. Pavlov esclarece ainda, a este respeito, o seguinte: Quando

    neste estado se envia a palavra como estmulo a um ponto determinadodo crtex cerebral, como por exemplo, a ordem do hipnotizador, esteestmulo concretiza o processo excitativo no ponto correspondente e vaiacompanhado imediatamente de um processo de induo negativa, que,graas pouca resistncia que encontra, se propaga a todo o crtex;por esta razo, a palavra, a ordem, fica completamente isolada de todasas influncias e converte-se em estmulo absoluto, invencvel, que actuafatalmente, inclusive quando o sujeito recupera o estado de viglia.(Opus cit. p. 33).Assim temos explicado o processo corticocerebral que envolve ofenmeno da hipnose, de acordo com a doutrina pavloviana. Asexplicaes de Pavlov sero melhor entendidas se considerarmos osignificado da palavra no contexto da teoria dos reflexos condicionados.A funo elocutria (L.elocutione = exprimir por palavras) introduz umnovo princpio na actividade cerebral do homem e que constitui osegundo sistema de sinalizao da realidade, prprio apenas do homem.A palavra, para o homem, substitui a experincia imediata da realidade,portanto equivale aos diversos estmulos directos dados pelos sentidos,

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    que constituem o primeiro sistema de sinalizao. Em consequnciadisso, a palavra para o homem um estmulo condicionado omnmodo(L. Omnimodu = ilimitado). Os estmulos verbais representam umaabstraco da realidade. Eles permitem a generalizao e constituem asbases do pensamento, faculdade superior tpica do homem. Assim, a

    palavra, substituindo os estmulos oriundos dos sentidos melhordizendo, dos analisadores poder provocar todas as alteraesfisiolgicas produzidas pelo primeiro sistema de sinalizao.Devido possibilidade de pensar e de traduzir em termos verbais aexperincia da realidade, o homem consegue auto-sugestionar-se eatingir variados estados alterados de conscincia, entre eles a auto-hipnose.ConclusoComo acabamos de ver a Reflexologia, criada e desenvolvida pelo genialmestre, Ivan Petrovich Pavlov, e seus discpulos, trouxe novas luzesacerca da hipnose e dos provveis processos corticocerebrais implicadosno transe hipntico. Pavlov conseguiu dar uma explicao rigorosamentefisiolgica para o fenmeno hipntico, completando assim o caminhoindicado por James Braid, Abroise Auguste Libeault e Henri Bernheim.Entretanto, as hipteses de Pavlov, embora possam ser perfeitamentecorrectas, no cobrem todos os aspectos acerca da hipnose, por nolevarem em conta a funo psi. Dentro mesmo do mbito materialista efisiologista desenvolvido na Rssia, devemos assinalar a actuao deLeinid Leonidovich Vasiliev (1891-1966), professor de Fisiologia naUniversidade de Leninegrado e membro correspondente da Academia deCincias Mdicas da URSS. Pois bem, Vasiliev, a partir de 1920,

    dedicou-se, juntamente com o dr. Vladimir Bekhterev e os acadmicosAlexandre Leontovitch e Pavel Lazarev, pesquisa da sugesto mental distncia. Em 1960, foi fundado na URSS o primeiro Laboratrio Parao Estudo da Sugesto Mental, junto ao Instituto de estudos Fisiolgicosda Universidade de Leninegrado, sob a direco de L. L. Vasiliev.Anteriormente, de 1932 a 1937, Vasiliev e seus colegas j haviam feitouma srie de investigaes em um laboratrio especial do Instituto deEstudos do Crebro Bekterev, cujos resultados foram publicados emlivro. Mas, h muitos anos, tambm foram feitas observaes eexperincias de sugesto mental distncia, conforme iremos expor noprximo nmero, nesta mesma seco.Desde que se demonstre a possibilidade de transmitir ao longe, de umcrebro para outro crebro, sugestes mentais, o caso complica-se.Este facto praticamente restabelece a tese mesmerista da influncia deuma pessoa sobre outra, em virtude de alguma espcie de magnetismoanimal emanado do magnetizador e transmitido ao paciente.________Hernni Guimares Andrade Engenheiro.