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    INTRODUO

    de extrema importncia que o discpulo preste particularateno essncia da presente introduo, porque ela versa

    no somente sobre a filosofia de fenmenos, cuja explicaoser dada no corpo do manual, seno tambm sobre umasrie de experincias a realizarem-se no estado de viglia, quelhe permite adquirir gradualmente, e por fases suaves, aqueledomnio e aquela confiana em si prprio, sem os quais lheser impossvel ser bem sucedido na vida ou tornar-se umhipnotizador de sucesso. Valor do desenvolvimento da Forade Vontade - A qualidade mais admirvel que o ser humanopode adquirir a de impor a sua vontade aos outros; essa

    qualidade que denominamos fora de vontade, magnetismo,etc., firma suas razes na confiana em si mesmo, que umestudo desta srie de lies pode desenvolver at nosindivduos mais tmidos e arredios. Para Fazer me entendermais claramente, digo que a modstia e a timidez, esses doisobstculos fortuna, seja qual for o nome que se d,desaparecero por completo no carter daquele que seguircom cuidado as instrues que se ministram nesta srie delies.

    necessrio fazer experincia constantemente Ao discpulono basta, porm, s a leitura deste curso, e nem ainda deveele p-la parte, dizendo a si mesmo que j sabe o suficientepara, de futuro, poder fazer algumas pequenas experincias,quando se lhe apresentar a ocasio. absolutamenteessencial que aproveite cada oportunidade que se lhe depare,a fim de realizar cotidianamente uma ou mais experinciasdeste gnero.

    Aviso tambm que deve tornar-se perito em cada experinciaantes de passar as outras.

    O objeto destas experincias Para esse fim, apresento aquiuma srie de seis experincias Graduadas, cujo objetivo desenvolver no operador aquela ponderao no carter,

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    qual denominamos confiana em si mesmo, e mostrar-lhe, aomesmo tempo, a base das leis pelas quais o hipnotismo setornou um fato cientfico. A primeira coisa que o discpulodeve no esquecer o no haver necessidade de adormecer o

    paciente para conseguir nele a produo de fenmenos dohipnotismo nas suas primeiras fases.

    Como evitar o fracasso Muito naturalmente, o principiantetem receio, antes de tudo, do fracasso, e do ridculo que podeocorrer; mas, como acabo de dizer, pode, desde o comeo,previnir-se contra estes dois inconvenientes.

    Em primeiro lugar: - omitindo com cuidado a palavra

    "hipnotismo" e arredando a idia de que tais experincias sode carter hipntico. Pode chamar, se quiser, de experinciascuriosas sobre as atraes magnticas ou nervosas, outcnicas de relaxamento, afastando o fato real.

    Em segundo lugar: - explicando com muito cuidado este fatoto evidente, que o bom resultado da experincia dependeinteiramente da fora do poder da vontade e da concentraoexercida pelo paciente.O operador um simples guia; se o

    paciente dispe de fora de vontade para repelir com energiae afastar de sua mente todos os outros pensamentos, seguro o bom xito. Depois de explicar isto aos pacientes emostrar claramente que o interesse e o valor das experinciasse assentam inteiramente sobre a inteligncia determinada dacooperao deles.

    Se bem explicado estes fatos, evita-se o ridculo, preparando-se para o bom resultado.

    Experincia no estado de Viglia. As experincias seguintestem por fim demonstrar que uma pessoa pode exercer umimprio sobre outra pessoa, quando esta est de plena possedas suas faculdades despertas:

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    Primeira Experincia:

    Ainda que, relativamente a esta experincia, a minha opinio que conviria agir sobre um certo nmero de pessoas

    reunidas, o que permitiria ter-se maior probabilidade de seobter bons pacientes, fica subentendido que, no caso em queo operador no alcance bom xito em diversas pessoas aomesmo tempo, quer por impossibilidade, quer por embarao,pode fazer a experincia com um si indivduo.

    Provocao do afrouxamento muscular Rena um certonmero de jovens de ambos os sexos, da idade de quinze avinte anos, fazendo-os se sentarem em cadeiras confortveis,

    em semicrculo, a sua frente, tendo o cuidado de recomendarque no devem fazer nenhuma brincadeira, nem ainda a maisleve, no correr da sesso. E fao um pequeno discurso comoeste, por exemplo: - "Viemos aqui, esta noite, para fazeralgumas experincias sobre os fenmenos psquicos, e esperodos senhores que me dirijam toda ateno e inteiracooperao no desenvolvimento dos trabalhos, sejam quaisforem, que vamos fazer. Vai ser muito difcil sair-me bem, seno tiver captado toda a sua ateno e, se quiserem resistir

    de maneira absoluta a minha influncia, vai ser impossvel obom xito da experincia. Assim peo que por algunsmomentos, permaneam totalmente passivos prontos paraacatar minhas palavras, a fim de que possa produzir sobreseus crebros a impresso necessria para chegar a umresultado efetivo. Antes de comear as experincias, peocom todo meu empenho que fiquem em um estado decompleto afrouxamento muscular, porque a primeira coisa afazer para conseguir-se um afrouxamento mental perfeito."

    Como Sentar-se "Sentem-se por favor, a vontade em suascadeiras, de maneira que seus ps se fixem em toda a largurasobre o solo; ponham as mos sobre os joelhos e, quando eudisser: Direita, esquerda levantem primeiro a mo direita,depois a esquerda, e deixem cair ambas sobre os joelhos,brandas e inteiramente inertes. Recomendo que faam umasdez vezes este exerccio em cada uma das mos".

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    Em tal momento voc est sentado em uma cadeira em frenteao crculo de discpulos e levantando a mo direita cerca detrinta centmetros do joelho, dizendo: -Direita.Efeito do Sinal

    A esse sinal, assegure-se que todos os pacientes ergam amo direita, imitando voc e mantendo no ar durante dois outrs segundos; no momento em que dizer: Esquerda deixecair o brao e a mo direita molemente e sem fora sobre ojoelho e levante ao mesmo tempo a mo esquerda.Procedendo da mesma forma com esta mo, quando repetir:Direita as mos esquerdas cairo pesadas e mortas sobre osjoelhos. Os discpulos comearo a compreender que a idiade passividade que suas palavras lhe sugeriram, est agindo

    sobre seus msculos de modo que se produza um repousofsico completo; a idia que ressalta desta experincia ,portanto, toda de afrouxamento muscular. Depois de repetiristo cinco ou seis vezes, levante-se de sua cadeira e diga,passando na frente de cada membro do semicrculo: "Sejacompleto o afrouxamento", levantando, no mesmo instante, amo direita, depois a esquerda e deixando-a recair, seguro deque eles esto inertes; no caso afirmativo, conseguiu-se umafrouxamento muscular.

    Novos conselhos Diga agora: "Como vocs esto se sentindototalmente a vontade e sem nenhuma fadiga, vou pegar cadaum separadamente, para a primeira experincia importante.No quero absolutamente de cochichem ou conversem unscom os outros.

    Prestem particular ateno idia que minhas palavras votransmitir as suas mentes. E fiquem seguros disso. Entendam

    que a tendncia da mente desenvolver o pensamentosugerido. Sintam-se seguros que esto fazendo o que vosdigo, que esto sentindo o que vos digo que sintais, eobteremos fenmenos interessantes".

    Como dirigir a primeira experincia Escolha entre osparticipantes a pessoa que lhe parea melhor, a mais apta

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    por um segundo: -"Est na presena de um impulso atrativoque vai te fazer cair para frente. No resista; eu vou tesegurar, deixe ir... est caindo para frente. No pode se opora isto, est caindo para frente... deixe ir, assim". Nesse

    momento, o paciente, mantendo sempre os olhos fixos nosseus, se inclinar para frente e trate naturalmente deampar-lo para que no se machuque.Cuide para que opaciente no se machuque Em todas essas experincias,tome todo o cuidado de no deixar cair um paciente, porque,do contrrio, destruir no mesmo instante toda a confianaque ele depositou em voc, e precisamente sobre estaconfiana que est depositada toda a influncia que tem sobreele. Depois de apanha-lo, diga: "Tudo vai bem, est

    perfeitamente acordado". Mande-o sentar e no permitanenhuma discusso entre os membros do crculo. Deveproceder da mesma forma com cada indivduo, separada eindividualmente, por duas razes: a primeira que podedeterminar entre os assistentes aquele que mais fcil deinfluenciar, e a segunda, que prepara, assim, os diferentesparticipantes para as experincias que vo se seguir. Nodeixe estas tentativas at que se torne mestre nelas e deestar apto para provocar essa queda para frente, em cada

    paciente que exercer sua influncia.Como fazer face oposio e ao ceptismo No caso de sedeparar com pacientes que sejam teimosos ou quemanifestem tendncia a discusso, deve dizer-lhes: - "Se quiser, podes, sem dvida, ter resistido a essa influnciaatrativa, mas eu j disse que deve permanecer perfeitamentepassivo e no posso obter bom xito nestas experincias comvoc, se as discuti comigo ou com voc mesmo. Tudo o que

    peo o auxlio de sua imaginao e obedincia cega. Nodesejo que analise mesmo suas sensaes. Quero suaateno totalmente absorvida por minhas palavras". Isto sersuficiente para mostrar ao paciente da ndole argumentativaque no faz o menor caso da sua opinio e achareis quealgumas palavras nesse sentido bastaro amplamente parater seus assistentes completamente dispostos simples

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    obedincia.

    A experincia realizada em sentido contrrio Faa, agora, aexperincia no sentido oposto, escolhendo entre os

    assistentes aquele que acha mais apto para conseguir ummelhor resultado na queda para frente. Chame-os uns depoisdos outros, colocando-os com a cabea voltada para a paredee apresentando as costas para o crculo. Conserve-os pordetrs do primeiro, com as costas voltadas para oscircundantes e, colocando levemente o indicador da modireita na base do crebro, justamente acima do pescoo,ponha sua mo esquerda contra o lado da cabea, por cimado ouvido, de forma que os dedos se achem assentes sobre

    sua tmpora esquerda.Prova da queda para trs Diga, agora, que feche os olhos, eretire vagarosa e gradualmente sua mo, at que fiquetotalmente destacada da cabea dele e, enquanto vaidiminuindo por graus a presso que sua mo direita estexercendo e, afim de que ele mal possa senti-la, v falando:"Est, agora, sentindo-se atrado para trs, graas a minha influncia. Caia para trs, nos meus braos. Deixe ir, logo que

    perceba que a ao se torna mais forte. Est caindo paratrs." Enquanto vai dizendo isto vagarosamente, fazendo umapausa, de palavra em palavra repita lentamente a atraopara trs, com a mo esquerda sobre sua cabea. s vezes,logo, mas sempre depois que a frmula for repetida diversasvezes, o paciente se inclinar sobre os calcanhares e cair,saindo da perpendicular. Desde de que chegue a estar pensopara trs uns trinta centmetros, deve ampara-lo e dizer:"Muito bem, acorde". Deve repetir a experincia, dizendo:

    "Est bem", mas desta vez importa ir um pouco mais longe,reproduzindo o mesmo processo e dizendo: "Est caindo paratrs e no pode evitar. Caia direitinho em meus braos. Caagora!" Nesse momento,achando-se na condio mental deum executante que aprendeu a lio, cair inteiramente nosseus braos, dando a voc maior confiana. Fazendo-o voltara posio perpendicular, diga: "timo! Agora acorda".

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    Bata palmas, como um sinal Ao mesmo tempo, bata palmas,porque, mais tarde, ser bom que o paciente fique sabendoque o barulho das mos indica o fim da experincia. Aqui

    termina esta, no estado de viglia e tendes agora um guia nasduas ou trs pessoas mais facilmente influenciadas dentre oscircunstantes.

    Segunda Experincia:

    Chamando uma das trs pessoas presentes e fazendo-a ficarde costas para as restantes, diga que olhe de novo em seusolhos e no desvie o olhar. Estenda, agora, suas mos para

    ela, com as palmas para o ar e diga que as aperte combastante fora, tanta fora quanto for possvel. Ao mesmotempo, curve sua cabea um pouco para frente at que fiquea uns 15 centmetros da dela.

    Prova da juno das mos Olhe-a, ento, silenciosamentedurante dez segundos e diga, muito positiva evagarosamente. "No pode desunir nossas mos, No podetiralas das minhas. Esto ligadas as minha e no pode mexe-

    las. Perceber que os msculos esto ligados. Ainda que faafora para afasta-las, no conseguir". A influncia queexerce o seu olhar, que se dirige em cheio para ela, veda sua razo o pleno domnio das suas faculdades, e verificarque sua mente s aceita a idia de que nele penetrou, isto ;as suas mos esto, com efeito, ligadas e no lhe possvelmove-las.

    Resistncia e seu efeito Vai se produzir nele imediatamente,

    uma resistncia a sugesto, a qual se traduzir em umesfora da sua parte, tendente a desligar os olhos dos seus.Se ele consegue, dizei com vivacidade: "Muito bem, podeagora retira-las, esto frouxos os msculos". Ele pode sejulgar um pouco tolo e dizer: "Eu podia retira-las a qualquermomento se tivesse experimentado", voc deve aquiescer aoque ele diz, ass egurando-lhe, que por causa da muita

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    ateno que ele prestava s suas palavras, no lhe erapossvel desunir as mos.

    Reforo da Impresso A fim de impressiona-lo bastante e, ao

    mesmo tempo, mostrar aos outros participantes que noexiste nenhum truque na produo deste efeito, repita suaexperincia com ele, dizendo: "Vamos tentar mais uma vez, evai reconhecer que quanto mais ateno liga as minhas mos,tanto menos possvel ser dominar a suas mos, at que eudiga que o faa." Repita, ento, a experincia e ver que todasua ate no estar ao seu dispor, durante cinco ou seissegundos, no correr dos quais seu rosto ficar vermelho peloesforo feito para largar sua mo. Diga, ento: "Muito bem,

    perfe itamente calmo e a vontade, agora", e quando ele asdeixa ir, se os seus olhos ficam fixos no vosso, bata palmas,ponha vossa mo sobre sua fronte, e diga: - "Muito bem,desperte completamente".

    Exercite at a perfeio Cabe insistir sobre a importncia queh de realizar as experincias de maneira perfeita. No vcom pressa pulando de uma parte para outra.

    Pode no conseguir bons resultados em sete ou oito casossobre doze, mas isto vem de que os pacientes no adquiriramo poder de concentrao. Se seguir os nossos conselhos, afalta no vossa e achareis sempre pelo menos trs ouquatro pacientes sobre doze, que so capazes de serinfluenciados, porque a sua natureza dada obedincia dasordens dos outros.

    Terceira Experincia:

    Nas duas primeiras Experincias, reforou as suas ordens,pondo-se em contato com o paciente, isto , poispessoalmente a mo sobre ele; mas nesta terceiraexperincia, vai ver que podes demonstrar a voc mesmo quej no tem necessidade de tocar no paciente a fim deprovocar nele uma perda de domnio muscular, o que um

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    dos fenmenos mais surpreendentes produzidos no estado deviglia.

    Ao de influenciar sem contato Faa, agora, um paciente

    sentar-se na poltrona, mande-o voltar as costas para o crculoe avance sua cadeira para perto dele a fim de que seusjoelhos quase toquem os dele. Para esta experincia, emparticular, escolha aquele que mais se deixou influenciar nasexperincias anteriores. Ponha suas mos bem espalmadassobre os seus joelhos, com a palma para dentro; incline-separa frente, de maneira que impressione, tendo os vossosolhos fixos na base do nariz do paciente e dizendo a este quete olhe bem nos olhos e no desvie o seu olhar sob nenhum

    pretexto. Ordene, ento: "Junte bem estreitamente suasmos, com mais fora, o mais estreitamente que sejapossvel. Esto soldadas uma na outra e, por mais que seesforce, no vai conseguir abri-las ou separa-las". Diga istopausadamente, espaando cada palavra, afim de o que lhediz, lhe penetre na mente. Se o seu olhar vacila, significa queele est procurando resistir as sugestes; neste caso, devesuspender imediatamente a experincia e adverti-lo de quedeve prestar ateno, estritamente.

    Efeito da concentrao do olhar No esquea que se cuidarpara que seus olhos no desviem dos deles ele no poderpensar. Se l pensar, pode resistir. Nada pode fazer, a noser receber a sua idia. Entre os trs pacientes que achoumais aptos para estas experincias, no encontrarresistncia alguma. Pelo contrrio, cada um deles far omximo possvel para separar as mos, mas no conseguir.Pode, agora, permitir que se continue a experincia, fazendo-

    a durar uns quinze ou vinte minutos, de modo que se mostreaos outros que o fenmeno verdadeiro e o seu efeito duraat quando desejardes libertar o paciente.

    Anlise racional da experincia No podendo a menteapreender uma s idia em determinado tempo, se adquires ahabilidade de bem fazer penetrar uma idia na mente do

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    paciente, adquiri, por esse fato, a capacidade de proibir todaoposio que esse paciente poderia fazer; em outro termos,voc o dominou pela sua influncia e o encaminhou, assim,para a aquisio de poderes outorgados a um hipnotizador

    competente e a um homem de negcios afortunados.Chave que conduz ao bom xito De acordo com estas lies,deve saber que, na ao de influenciar a mente dos outros,est a chave que conduz ao bom xito de toda e qualquerempresa na vida. No caso em que no tenha mesmo ainteno de fazer uso do poder que o estudo destas lies lheconfere como hipnotizador, pode ser de maior utilidade peloensinamento que ele ministra de poder influenciar os homens

    e as mulheres que encontra nos negcios e na vida.Quarta Experincia:

    No tente esta experincia sem estar bem senhor dasanteriores. Escolha, dos seus pacientes, aquele que julga sero mais sensvel, e faa-o sentar em uma cadeira, de costaspara o crculo.

    Ocluso dos olhos Mantendo-se de p na sua frente, diga-lheque dirija os olhos para os seus e no os desvie. Quando eletiver olhado desta maneira durante uns dez segundos, fecheos olhos dele com seus dedos e ponha seu polegar e indicadorsobre pulso dele, dizendo-lhe que olhe, concentrando o seuolhar. Recomende, tambm, muito devagar e de modo que oimpressione: "No pense nem raciocine um minuto".Empregue t odas as foras concentradas da sua vontade e dasua imaginao em acreditar no que est dizendo: "Logo que

    eu retirar os meus dedos, perceber que j no pode abrir osolhos.

    Ter perdido o domnio dos msculos das suas plpebras, osseus olhos ficaro estreitamente fechados, inteiramentecerrados e no se abriro".

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    Resultado de uma idia fixa O paciente mover assobrancelhas, esforando-se, em vo, para abrir os olhos,visto que lhe ordenaram que no os abrisse, mas produz-se amesma falta de domnio que a unio das mos, dado

    precedentemente. Permita-lhe que faa todo o possvel paraabrir os olhos, e ele o conseguir depois de um lapso detempo de dez a doze segundos. bom fazer um duplo ensaiodesta experincia, a fim de que, depois de haver aberto osolhos, possa dizer: "Muito bem, achastes a coisa dificlima,no verdade? Vamos, agora, refazer a experincia e, destavez, no poder abri-los enquanto no lhe der permisso".Proceda, ento, exatamente da mesma forma que antes, masquando ele fizer diversas tentativas sem efeito para abrir os

    olhos, pode bater palmas e acrescentar: "Muito bem, poragora, a influncia est acabada, Recuperar agora o domnio de si mesmo. Abri os olhos; desperta completamente".

    Ao de tranqilizar o paciente Depois desta experincia quete conduz ao hipnotismo real, far bem em por as mos sobrea fronte do paciente e em falar-lhe de um modotranqilizador. Eu desejaria que pudesse fazer nascer nopaciente uma tal condio mental, que ele se sentisse

    satisfeito e com boas disposies. Eu queria que fizesse elever que seu amigo pode facilmente e que tivesse o cuidadode que nada lhe fizesse mal, seja o que for. Fazei com quesuas palavras animem nele um sentimento de relaesamistosas e de inteira confiana. Ver que, nesse perodo, elese tornar to interessado como voc nesta experincia e farsempre todo o possvel para prestar ateno quando delativer necessidade: no necessita de mais nada para retirardela todo efeito desejado.

    impossvel no ser bem sucedido Lembre de que no podefracassar em nenhuma experincia que acabo de descrever seescolhe pacientes adequados e se observa cuidadosamente,nos seus mnimos pormenores, todas as instrues que tenhodado, no omitindo nenhuma delas.

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    Quinta Experincia:

    At o presente, temo-nos ocupado com a proibio ou oafastamento da ao muscular. Interdio da palavra

    Chegamos, agora, proibio da palavra, o que no senouma manifestao um pouco mais elevada. Achareis, talvez,que difcil impedir a uma pessoa acordada que se lembre doseu nome e que o enuncie em voz alta, mas, se voc no seesquecer do que eu j havia dito antes sobre a mente noaprender seno uma nica idia num dado tempo,compreendereis como esta experincia to fcil de se levara efeito como qualquer outra das precedentes. Importaadverti-los, porm, de que s haveis de tentar nos melhores

    pacientes, isto , naqueles em que conseguiu bons resultadosnas experincias anteriores.

    Como dirigir a experincia Faa que o paciente se mantenhaem p, com as costas voltada para o crculo e coloque ecoloque suas duas mos de cada lado da sua cabea, como naprova da queda para frente e pea, como anteriormente, queolhe fixamente em seus olhos, enquanto voc dirige seu olharpara a base do nariz dele, como de costume. Incline a cabea

    ligeiramente para o seu lado e diga em tom penetrante:"Preste muita ateno. Esqueceste seu nome. No pode maispronunci-lo. J no lembra mais dele. No sabe mais. Nopode mais produzir este som, esqueceu". Retire sua mo e recue um passo. Coloque seu dedo na base do nariz dele erepita claramente: "No pode pronunciar seu nome". Deixeum tempo de trs ou quatro segundos para ele fazer a tentativa e bata palme, dizendo: "Muito bem, pode dizer, agora.Qual ?" Ento, ele o pr onunciar imediatamente em voz

    alta, em tom de grande alvio.No pode pensar nem falar No justo o pretender que elese lembrasse do seu nome e pudesse t-lo pronunciado,porque em tal caso, como j tenho achado em muitos outros,a memria e a palavra se tornaram impossveis, ainda que opaciente apresente toda a aparncia de um ser acordado.

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    Sem dvida, ele est desperto, mas incontestavelmentetambm certo que se acha em estado anormal. Ele senteque assim , mas certssimo que est num estado deconcentrao que precede o estabelecimento da hipnose, se

    desejarmos chegar a ela pelas experincias no estado deviglia.

    Sexta Experincia:

    Chegamos, agora, a uma experincia que apresenta umasignificao inteiramente particular, tanto mais que elamostra como, obtido o domnio da mente de uma pessoa emestado de viglia, podemos provocar nela uma alucinao de

    sensao que, naturalmente, tem um fim: o de fazersobressair o valor do hipnotismo como agente teraputico.

    Mtodo para afetar as sensaes do corpo a todoscompreensvel que, se no estado de viglia, podemos provocaruma sensao de calor na mo de uma pessoa, podeisfacilmente fazer uso da sugesto inversa para a febre oucasos semelhantes e, no leito dos doentes, enquanto opaciente est bem acordado, atenuar consideravelmente o

    aborrecimento causado pela febre ou calor excessivo, porsugestes positivas de frescura e bem estar. O meu interesse,nesta introduo, no fazer voc entrar nas fases dohipnotismo considerado como teraputico, mas no possoresistir oportunidade que aparece de mostrar quanto estetrabalho se relaciona de perto com as aes benficas que sepodem praticar para reconfortar os doentes. Todo experinciaque voc for aperfeioar, nesta introduo, pode e deve serdesenvolvida sem nenhuma referncia a palavra hipnotismo.

    O que fazer Mande o paciente sentar em uma poltrona, comas costas voltadas para o auditrio e, no momento que olheseus olhos, mande que deixe cair seus braos e mos sobreos joelhos, ficando inertes. Diga, ento, muitovagarosamente: "Feche os olhos e fixe sua ateno sobre suamo direita. Quando eu tocar esta mo com o meu dedo, vaiexperimentar, no mesmo instante, uma sensao de calor que

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    vem vindo de trs da sua mo, at que esta se torne quente ecomece a queimar. Lembre que ela h de te queimar,. Teruma sensao de muito calor. Ela te queimar. Fixeinteiramente sua ateno e sentir uma dor na mo".

    Havendo, com este fato, atrado a sua ateno, tocai muito deleve as costas de sua mo direita com o dedo e dizei, commuito clareza: "Est que imando. Senti calor, estexperimentando uma sensao de muito calor, e te queima,est queimando, queimando". Quando o efeito j se produziu,bata palmas e diga: "Muito bem, acorde: foi-se a sensao", etomai, ao mesmo tempo a sua mo direita na vossa e apertevivamente as costas da mo.

    Explicao H uma explicao deste fenmeno que muitospodem por inteligentemente em prtica na sua vida cotidiana;darei brevemente. Toda e qualquer concentrao da mentesobre uma parte do corpo tende a produzir um afluxo desangue para a parte onde dirigis a ateno. o quechamamos "derivao do sangue" e possvel, pela firmeconcentrao da sua ateno sobre a sensao de calor no p,por exemplo, curar-te do estado conhecido como frio nos ps,pelo simples fato da fora de sua concentrao.

    , talvez, um dos mais belos exemplos do poder da mentesobre o corpo; somente a fora da mente afetando acirculao do sangue.

    Onde se assenta a base da cura realmente sobre tal fatofisiolgico que se baseiam as cura operadas pela cinciamental e hipnotismo, assim como pela cincia crist e pelaauto-sugesto. Por isso temos a maior autoridade em falar

    que o hipnotismo nos pe na posse dos fatos concernentes aopoder de curar que existe no homem individual e baseado nopoder que tem o pensamento em produzir o fluxo de sangue.Est, agora, na presena de sua experincia que demandamsua inteira ateno e completa assimilao.

    Alguns conselhos No tenha pressa em contar aos seus

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    amigos o que pode fazer; vale mais a pena no lhes fazer amenor meno, porque eles esto dispostos a te concedermenos honra que a estranhos. Estude cuidadosamente asregras aqui consignadas.

    Lembre de que, se observar todas as instrues no empregodestas experincias, no tem como deixar de conseguir aproduo dos fenmenos. Ho de acontecer, to certo comodois e dois so quatro. a simples lei da causa e efeito.Sendo dada uma certa causa, ela deve ser seguida,logicamente, de um efeito; em verdade, ainda que os seusfenmenos sejam surpreendentes nas suas manifestaesexteriores, o hipnotismo um gnero de estudo, cujos efeitos

    so baseados sobre uma inaltervel lei. No existe fenmeno,relacionado com o hipnotismo, que seja irracional ou ilgico. o mais importante de todos os estudos, o estudo dos fatos davida.

    Concluso

    A experincia adquirida nos ensaios anteriores fortificaro suaconfiana, fazendo-o compreender os princpios do

    hipnotismo. Depois de algumas experincias, estais certos dehaverdes desenvolvido um ou mais pacientes bons que podeisfazer entrar nas fases mais adiantadas do hipnotismo, comofica indicado nas lies que se vo seguir e com as quaispodeis dar um espetculo de uma profunda impresso, napresena de estranhos e de observadores dados crtica. No prudente experimentar com pacientes novos, diante doscrticos, a no ser que j seja um mestre na arte. A suapresena exerce um efeito sobre vos e seu paciente, cujo

    interesse e ateno inteira devem, como j deixei explicado,ter um fim nico e cuja tarefa delicada assegurarabsolutamente condies harmoniosas e eliminarvoluntariamente a dvida ou anlise mental da pessoa. medida que vai se tornando experimentado no manejo depacientes que j desenvolveste, vai adquirindo,inconscientemente a "Destreza" que se ganha na

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    familiaridade de todo e qua lquer processo e os vossos bonsresultados aumentaro em proporo direta dos processosque fizerdes, tanto com os novos como com os pacientes jprovados.

    Lio I

    O hipnotismo considerado como agente na vida humana Oestudo do hipnotismo o estudo da natureza humana.Enquanto o mundo produz gente que manda e gente queobedece, pessoas fortes e pessoas fracas, certas de que sodependentes de outras que so independentes, o hipnotismoser um agente da felicidade humana. Cincia que encerrou o

    ltimo sculo, o meu mais ardente desejo que, no momentomesmo do despertar do interesse que lhe dedica ao pblico,se forme um juzo melhor dos seus benefcios e do bom usoque se fizer deste poder, assim como do conhecimento da suainfluncia benfica s poder advir proveito para a raahumana.

    Fim desta obra Estas sries de lies completas tem por fimdar ao discpulo a faculdade no s de hipnotizar com bons

    resultados, seno tambm de lhe fazer compreender algumacoisa das grandes leis que regem essa fora. Examinandouma grande parte das obras que tm sido publicadas sobrehipnotismo e sobre as cincias que dele decorrem, pareceu-me que os autores destas obras se preocuparam menos dasgrandes vantagens que se poderiam tirar delas, do que dafacilidade notvel com a qual, em certos casos, elesdeterminam estados de hipnotismo profundo. Em realidade,no h nenhum mistrio na produo da hipnose, mas os

    efeitos e resultados do hipnotismo permanecero sempreprodigiosos e cada vez maiores.

    Perfeio deste mtodo O meu maior desejo fazer-vos ver,nestas lies, quais os resultados que os velhos prticostiraram desta cincia e at que ponto tereis rao de imita-los, tendo, no obstante, sobre eles, a vantagem da grande

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    mesma razo. A outra causa atribuem os bons resultados dosmais antigos mesmeristas. Eram, invariavelmente, homens degrande elevao oral. Ressumbrava deles uma influnciabenfica que os pacientes apreciavam e recebiam com

    facilidade. Num pice, eram capazes de fazer passar para apassividade absoluta aqueles de que estavam tratando. Apureza das suas vistas, sua inteno benevolente liam-se nosrostos e eles obtinham um resultado imediato sobre asmentes perturbadoras e sobre os nervos sensveis daquelesem quem exerciam a sua arte.

    Importncia do motivo elevado nas investigaes psicolgicasQuanto mais nobre o fim almejado, tanto mais bem

    sucedido o operador.Muitos se tem ocupado do hipnotismo, mas ningum chegou aum bom xito seguro, se no trouxe, ao estudo desta cincia,corao puro e mos limpas. Por conseguinte, posso afirmarque, se o seu fim no outro seno o de satisfazer suacuriosidade, aprendeu o hipnotismo, no poders jamaisesperar receber a recompensa, que no concedida senoaqueles que aspiram o mais ardente possvel a uma luz maior

    por intermdio da psicologia.Lio II

    Mtodo de sugesto verbal Para a nossa segunda lio,vamos tomar o mtodo mais geralmente empregado peloshipnotizadores modernos e que foi primeiramente divulgadopelo DR. Libeault, da Escola de Nancy, Frana. Batizou eleseu mtodo com o nome de "sugesto verbal", e as suas

    vistas, opinies e experincias foram personificadas maistarde pelo Dr. Bernheim, seu discpulo, numa obra intitulada:Teraputica Sugestiva.

    Tomemos por um momento o lugar do Dr. Libeault esuponhamos que um doente vem procura-lo para se tratarpelo hipnotismo de uma molstia nervosa qualquer. O doutor

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    pega na mo do paciente, faz-lhe algumas perguntas e, comoeste lhe afirma que sofre muito de dores de cabea, ele lhepede que se assente confortavelmente em uma poltrona.

    Maneira de proceder de Libeault O doutor pe-se a frente dodoente, colocando levemente a mo esquerda sobre suacabea e mantendo os dois dedos da mo direita cerca detrinta centmetros dos olhos do paciente, de modo que formecom estes um ngulo bastante elevado; desta maneira opaciente obrigado a erguer um pouco os olhos para verclaramente os dedos, o que ocasiona nele, assim, a produode um certo esforo. Ento diz o doutor com voz calma e emtom montono: "No h nada que temer neste processo. Est

    prestes a passar, conforme o meu e o seu desejo, pelamesma transfigurao mental por que passais em cada noitede sua existncia, isto , passar primeiramente de umacondio de vida ativa e desperta, para um estado deentorpecimento, estado no qual ouvis, mas no d ateno aoque se est dizendo e no qual se senti pouco disposto a fazerqualquer movimento voluntrio; passar desta condio parao sono ordinrio, no qual no ter conscincia do que sepassa em seu redor, como acontece em cada noite de sua

    vida. Despertar-vos-ei deste estado quando me aprouver,grandemente aliviado e fortificado, e notar odesaparecimento da dor". Enquanto est falando, o doutormove com os dedos, dando-lhes um movimento de rotao decerca de trinta centmetros de dimetro em redor e um poucopor baixo dos olhos do paciente. Ele continua com essemovimento circular dos dedos, pedindo ao doente quemantenha os olhos e ateno fixos durante todo esse tempoem tom muito montono.

    O Objetivo deste mtodo A idia acalmar os nervos dopaciente; livra-lo de toda ansiedade do esprito que serelacione com o mistrio do tratamento que ele vai sofrer,tranqiliza-lo e p-lo vontade. A inteno tambm faze-lopassar para um estado de fadiga alegre, insinuada no crebrodo doente pela simples ao do movimento dos dedos ao qual

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    se segue a concentrao da mente sobre todo e qualquertrabalho que no acarrete aborrecimento nem excitao. Oentorpecimento apodera-se do paciente. A voz do operadorressoa calma e mais monotonia de que antes.

    Sugesto para o sono O doutor diz: "Os seus olhos estopesados; sente que o entorpecimento vem vindo; nenhumrudo do exterior vem te incomodar; o sangue se retira dasextremidades; suas mos, ps e cabea vo se refrescando; oseu corao vai batendo mais lentamente, voc respira maisfcil, tranqila e profundamente, e cai, devagar, num sononormal e saudvel". O doutor para por alguns instantes e dizmais tra nqilamente: "Feche os olhos, dorme", pondo, no

    mesmo instante e levemente, as mos sobre as plpebras dodoente. Diga, ento: "Repouse com tranqilidade, todo vaimuito bem; a sua dor est se aliviando gradualmente.Dormir muito bem dentro de alguns momentos e, quandoacordar, j no sentir mais a dor. Dormi tranqilamente.Nada vai te incomodar". Deixa o paciente por dez ou quinzeminutos e, ao voltar, verifica que este ltimo caiu do estadode entorpecimento numa condio de sono ligeiro e que aenxaqueca desapareceu inteiramente ou, pelo menos,

    diminuiu bastante. O doutor faz saber ao doente que, no diaseguinte, quando voltar para o tratamento, ele passar aindacom mais facilidade para o estado de entorpecimento e que oseu sono ser mais profundo. Alm disso, depois de algunstratamentos, ele se habilitar no somente a curar toda equalquer dor que poder agito-lo em dado momento, masainda que a sugesto verbal impedir a renovao doincmodo. Este mtodo o que invariavelmente seguido naFrana para o trabalho com um novo doente. No se fala da

    influncia hipntica; no existe nenhum ensaio que permitaidentificar se o paciente est debaixo de influncia ou no;tudo combinado para tranqiliza-lo, sossega-lo e por-lhe oesprito em estado de repouso completo. Segundo TratamentoPor conseguinte, quando o doente volta para tratar-se,senta-se na cadeira, confiado e absolutamente certo doresultado que se vai seguir; obedece em proporo, cada vez

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    mais rpida, s sugesto do doutor e mais profundamenteafetado. Na segunda sesso e depois que provocou, demaneira cima aludida, a condio de entorpecimento nodoente, o doutor diz: "Est percebendo que seus olhos esto

    pes ados e no consegue abri-los". Pondo levemente os dedossobre as plpebras do doente, ele diz: "Os seus olhos estofechando e no pode abri-los". O doente tentar, em vo,abrir os olhos e talvez, sorrindo levemente, renunciar a issoe recair num estado de sonolncia. O doutor diz: "Tudo estcorrendo perfeitamente; os seus olhos esto fort ementefechados e no tem foras para abri-los. Vai cair, agora, numestado de sono mais profundo. Ao acordar, j no vai lembrarde nada. A sua memria desaparecer por momentos. Ter

    somente conscincia do fato de ter dormido profundamente edo grande benefcio que ele dar a sua sade". O doente ficasozinho, como anteriormente, durante um quarto de hora e,quando este tempo tiver acabado, o doutor volta para oquarto e, passando a mo, delicadamente, pela fronte dodoente, diz: Concluso do segundo Tratamento "Descansoubem e o sono te reconfortou. J no ter mais dor de cabea,e as suas faculdades mentais ficaro mais brilhantes e vivas.

    Acordar quando eu contar trs e, da por diante, quando eutiver a inteno de te hipnotizar em seu benefcio; cairimediatamente num estado de sono profundo. Quero agora,desperte tranqilamente e sem abalo nervoso; um, dois,trs... acorde completamente".

    Logo que o doutor pronunciar "Trs", o paciente abre os olhose confessa que no sente dor, nem aborrecimento dequalquer natureza.

    A memria est sujeita sugesto Talvez ele olhe ao redorde si e de maneira um pouco boba, como que acordarepentinamente de um sono profundo, mas no se recorda deque algum lhe falasse desde quando fechou os olhos ataquele momento. Esse doente apresenta, por conseguinte,todas as condies necessrias para se provocar nele um

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    estado de hipnose profunda e vamos nos contentar, poragora, em deixar de lado o mtodo da escola de Nancy.

    Lio III

    A arte de aplicar o Mesmerismo Tomemos em considerao omtodo dos antigos magnetizadores, como eles se apelidam,e demos a estas instrues uma forma pessoal, como se elasfossem de mim para voc. Comece por escolher comopaciente, para a experincia, algum que seja mais moo doque voc, com que no tenha convivido por muito tempo,para no ter muito familiaridade com voc.

    O operador que tem autoridade A fim de obter algumresultado bom, cabe a voc, em primeiro lugar, depararalgum que se sinta intimidado por voc, porque o pontoessencial para ser bem sucedido no mesmerismo est naqualidade de obedincia apresentada pelo paciente. Se esteno se sente bem fisicamente e considera o Mesmerismocomo um meio possvel de alvio sua sade, isto concorrerpara aumentar a sua probabilidade de bom xito.

    Mtodo para aplicar o Mesmerismo Faa sentar o pacientenuma poltrona e se sente bem em sua frente; deixe que onvel dos olhos dele estejam um pouco acima dos seus;arrume uma maneira de que ele fique vontade e, se fornecessrio, coloque algumas almofadas por detrs das suascostas de modo que sua cabea descanse facilmente e semnenhum esforo fsico, seja qual for, na posio em que eleestiver sentado.

    Pegue a mo direita dele na sua mo esquerda e a moesquerda dele na sua mo direita. Incline-se para frente deforma que sua cabea chegue cerca de trinta centmetros dadele. Pea que olhe fixamente em seus olhos. Faa-o notarbem que no pode desviar o olhar. No deve pestanejar, ano ser que se sinta obrigado faze-lo. Fale da seguintemaneira: "A sua primeira sensao ser um formigamento

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    nas suas mos e que se este nder para seus braos, da aosombros e, enfim, um entorpecimento que se insinuar, poucoa pouco, por todo o seu corpo. No sente nenhum mal estar eafaste de voc toda disposio que te leve a querer saber

    toda e qualquer coisa que se apresentar. Nenhum prejuzo lhecausar e poder depositar em mim toda a sua confiana.Quando no puder manter os seus olhos abertos e fixos nosmeus, feche-os e eles no se abriro mais. Passar, ento,para um sono profundo, o seu corpo ficar inteiramentequente e sentir uma corrente natural que lhe parecereltrica. Quando os seus olhos estiverem fechados,empregarei sobre voc passes, cujo efeito ser duplicar ainfluncia magntica e distribu-la igualmente por todo o seu

    corpo". Como tem as mos dele nas suas apertai ligeiramenteos polegares, diminuindo ou aumentando alternativamente apresso e pondo os seus polegares entre a segunda e terceirajuntura das suas mos. Esta presso exercer uma influnciaespecial sobre ele e atrair grandemente a sua ateno para aobra em mo. Quando ele j no puder conservar os olhosabertos, solte uma das mos e feche os olhos, dizendo: "Repouse e dormi". Pode, ento, proceder ao emprego dospasses.

    Emprego dos passes longos Ao se levantar, erga ambas assuas mos acima da cabea e, tendo a extremidade de seusdedos a cerca de cinco centmetros do seu rosto, faa descerao longo de seu corpo, levando-as a fazer uma longa curvaque terminar nos joelhos. Lance, ento, as suas mos decada um dos seus lados, com as palmas para o ar e deixai-asreunir-se ainda acima de sua cabea; deixai-as tornar a cairseguindo outra curva, lentamente executada desde a cabea

    at os joelhos. Repita o mesmo processo durante cerca dedez minutos e, ao fim deste tempo, se tocais um dos seusbraos, ele permanecer provavelmente na posio em que ocolocardes. No caso em que ele recaia a seus lados, repitaesses passes longos e lentos durante ainda cinco minutos e,decorrido esse tempo, ele estar, sem dvida, no estadoconhecido como "relao", isto , estar mais ou menos

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    debaixo da influncia magntica. No tente levantar de novoa sua mo, porque pode acontecer que ele seja da espciedos pacientes letrgicos que nunca se tornam catalpticos.Como a significao destes termos ser dada mais tarde,

    sendo plenamente explicados, no necessrio insistir nissodemasiadamente. Diga-lhe tranqilamente: "Est prestes apassar para debaixo da condio magntica e, ainda que poater consc incia do lugar onde est, no poder abrir osolhos". Espere um pouco e diga, ento: "No pode abrir osolhos, ainda que tente abri-los". Pare ainda e diga: "Procuraabri-los, no se abriro". Se ver que ele se esforainutilmente para abrir os olhos, pode concluir da que o seupaciente est na mesma condio mental que aquela em que

    se achava o paciente do Dr. Libeault, mencionado na lioanterior.

    Como conhecer o sono Magntico Mas, no caso em que notaque ele no faz nenhum movimento e em que parece noprestar nenhuma ateno exortao que lhe fez de levantaras plpebras, pode estar perfeitamente certo de que provocounele um estado de sono magntico mais profundo, estado que prefervel no perturbar, diga-lhe, neste sentido: "Dormi

    profundamente e sonha que est prestes a viajar a milharesde qu ilmetros daqui, visitando lugares que nunca visitou.Deixa que seu esprito v onde quiser e quando acordar,dentro de uma hora, vai me dizer o que viu e onde esteve,cada coisa ter-vos- claramente penetrado no esprito, aoacordar. Dormi durante uma hora e, nesse tempo, acorde porsua prpria conta". Deixamos, tambm, neste ponto, odoente.

    Lio IV

    Mtodo empregado na ndia Exponho, na quarta lio, omtodo empregado por um mdico ingls, o Dr. Esdaile. Noano de 1847, fez ele um emprego to bom do hipnotismo, noHospital de Calcut, na ndia, que o governo ingls lhe ps disposio do hospital especialmente organizado para receber

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    os doentes que deveriam ser operados pela AnestesiaMesmrica. um mtodo praticamente desconhecido hoje eque nunca foi francamente exposto ao pblico. Os seusresultados so entretanto, to prodigiosos, especialmente

    para introduzirem os mais profundos graus de hipnose, queessa apostila completa lhe deve reservar um lugarimportante. Agora, retomemos de novo a posio de instrutore de discpulo.

    O que se deve fazer para induzir o sono por estes meios necessrio ter-se no aposento onde os doentes so tratados,um longo sof muito baixo, cuja cabeceira no deve ter aaltura mais de quinze centmetros que o centro. Estenda o

    doente sobre o sof e sente ao lado da cabea. Incline-se demodo que, quando os olhos do doente se encontrarem com osseus ser fcil manter os olhares fixos. Para tornar aexplicao mais clara, preciso dizer que, neste caso, necessrio que a vista do doente no seja tensa. Incline-se,agora, sobre o sof, de maneira que o seu rosto no fique amais de dez ou doze centmetros do rosto do doente. Fixeseus olhos nos dele. Ordene-lhe que fixe seus olhos nos seus.No pronuncie palavra alguma. Faa com que nenhum rudo

    venha perturba-lo.Conserve esta posio, se for necessrio, por uma ou duashoras e assentai bem no seu esprito que o doente devedormir. Dentro de meia hora ou menos ainda, as plpebrasho de tremer, mas uma palavra vossa bastar parareconduzi-lo a ateno e ele far outro esforo para conservaros olhos abertos. Os seus esforos tornar-se-o cada vezmenos pronunciados, at que a lassido se apodere dele a tal

    ponto, que no poder resistir a influncia do sono, e os seusolhos se fecharo por completo.

    Neste caso, no faa experincias Quando houver ensaiadoeste mtodo, ser intil tentar uma experincia qualquer como paciente, na inteno de verificar se ele passou ou no paraa condio hipntica. Contanto que o doente no te engane a

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    seu belprazer, este mtodo produz invariavelmente as maisprofundas fases da hipnose e aqui uma experincia absolutamente intil.O seu doente est de novo na condio aque se denomina sono magntico.

    Lio V

    Mtodo para hipnotizar diversas pessoas Firme bem em seuesprito os trs mtodos que foram ensinados acima, como teaconselhei. Rena em uma sala oito ou dez pessoas e mandea cada uma que fixe seus olhos num objeto brilhantequalquer, por exemplo, uma moeda de prata que manterona palma da mo. Proba todo gracejo dos assistentes,

    fazendo-os notar que voc deseja efetuar uma experinciasria sobre os fenmenos psquicos e explique que todatendncia distrao ter por efeito retardar os resultados,distraindo a ateno dos que tomam parte na pesquisa.

    Explicaes preliminares Explique, que no quer fazernenhuma sugesto verbal durante a seo, porm que elessentiro os seus olhos fecharem-se gradualmente; o objetobrilhante vai tornar-se indistinto e vago a sua vista e eles

    experimentaro uma sensao geral de torpor e deadormecimento. Deixe, agora, o seu auditrio entregar-seseriamente a simples tarefa que lhe assinalastes. Colocai-vosdiante do vosso crculo de pessoas e observe atentamente.

    Maneira de conhecer os sintomas Ver, pouco a pouco, umacabea adormecer; depois, sem dvida outra; algunsdaqueles que tiverem mais excitados deixaro a sua atenodesgarrar-se na direo daquelas nos quais a influncia se

    manifesta mais pronunciadamente. Tens que estar prontopara reprimir todo cochicho ou sinal de comunicao entre osmembros do crculo, porque todos os rudos e gestos tendema perturbar os bons pacientes.

    Quando notar, entre os assistentes, que dois ou mais delesesto influenciados, v mansamente para o meio deles e fale

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    com brandura para os no fazer sair do devaneio em quecaram; grave no esprito deles a idia do sono; dizendo oseguinte: "Fixando seus olhos sobre o objeto brilhante quetens na mo, restringes a circulao do sangue no crebro e,

    em conseqncia disto, vo se sentir entorpecidos e prestes adormir. Este entorpecimento aumentar e se aprofundarenquanto continuar a fixar o objeto que segura.

    Quando o sangue deixa o crebro, vai se seguir o sono. A suaateno fixa sobre o objeto que segura, produziu a mudanadesejada na circulao do sangue e agora voc vaigradualmente adormecendo. No venha nada a te perturbar".

    Mtodo para despertar os participantes Alguns daqueles quese influenciaram dormiro profundamente e, num espao dequase 5 minutos pode acordar todos os assistentes dizendo:"Quando eu contar trs vo sair todos dos seu torpor e vome dizer como e at que grau fostes influenciado". Logo quecontar trs, todos eles abriro os olhos e daro conta de suasexperincias.

    Concluses tiradas de seu testemunho Alguns deles vo dizer

    que no sentiro barulho no ouvido, outros diro que sentiroentorpecimentos, outros mais ho de declarar que dormiramprofundamente. Os primeiros cometeram a falta de deixardivagar a sua ateno; os segundos sentiro a influncia e,por tentativas reinteiradas, acabariam provavelmente pordormir. Pode-se , pois, dizer que, induzida por eles prpriosdesta vez, alcanaram a mesma condio que aquela que seproduziu pelos pacientes nas lies anteriores, e tem-seempregado meios absolutamente diferentes para determinar

    esta condio de submisso.Lio VI

    As qualidades de um bom operador Indique a voc, naslies anteriores, os quatro modos diversos de induzir ahipnose que formam a base de uma variedade de mtodos

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    que constituem uma srie, e entre os quais cada operadorelege o que melhor lhe convm para adot0lo com bom xito.Antes de estudarmos os outros mtodos, consideremos osrequisitos necessrios para se tornar um bom operador.

    A questo do sexo no tem importncia Ainda que nestaslies falemos do operador e do paciente (considerandosempre ambos como do sexo masculino), as mulheres setornam tambm timas hipnotizadoras e so influenciadas tofacilmente quanto os homens e sem apresentar no entanto,mais facilidade, se tornam bons pacientes. A minhaexperincia tem-me provado que a susceptibilidade dohomem e da mulher para a influncia quase a mesma, e

    no se pode dizer, nessa circunstncia que um sexo tem maisvantagens que o outro.

    Um bom operador deve te uma tima aparncia pessoal e hde deixar de parte dos hbitos e modos grosseiros. Importaapenas ser polido e persuasivo, tendo a sua voz e seu todo,ao mesmo tempo, a aparncia de quem comanda.

    O que o Hipnotismo? A ao de hipnotizar

    verdadeiramente a arte de produzir uma impresso sobre amente de outro e, a fim de tornar esta impresso profunda edurvel, no deve o operador aceitar ou consentir nenhumafamiliaridade com os doentes ou pacientes. Regra esta queno consente exceo.

    O poder de hipnotizar pode ser capitulado como sendo opoder de impor o respeito e a obedincia, Por esta razo eporque a sua autoridade como mdico lhe d o direito de

    mandar, o doutor torna-se um admirvel hipnotizador.Mas aquela firmeza de maneiras e de aparncia dominadoraque so indispensveis para o paciente, podem ser adquiridaspor todos aqueles que estudam estas lies, com um poucode prtica.

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    Importncia do seu procedimento As maneiras que sotomadas em primeiro lugar, mais tarde tornam-se naturais ese, desde logo, no tendes confiana em si mesmo, necessrio que adote um modo de agir e maneiras certas,

    quando tratar de um paciente.Ficar surpreendido de ver com as coisas que tem deacontecer, acontecem.

    Por exemplo, quando dizer a um paciente que ele comea aentorpecer-se, ainda que no veja nele nenhum sinal detorpor, suceder bem depressa que ele apresentar todos ossintomas de entorpecimento, e este fenmeno significa muito

    simplesmente que a sua confiana absoluta produziu uma talimpresso sobre sua mente, que a coisa que supunha ser realse tornou verdadeira.

    Como j disse, o efeito de suas palavras te espantarprimeiro, mas, depois de um pouco de prtica, comear aver que todos os seus conhecimentos so influenciados pelassugestes que lhe so feitas por outro, direta ouindiretamente. As outras qualidades indispensveis a um bom

    operador so: a honestidade, um carter integro, agindolealmente com todos, um olhar franco e, o mais importantede tudo, o hbito de encarar de frente cada pessoa, enquantotrata de influenci-la.

    Mtodo para desenvolver um olhar poderoso Paradesenvolver o poder do olhar fixo e para prtica especial dosoperadores, aconselho que faam 10 minutos de manh e 10h noite para, no seu quarto, estudar, diante de um espelho a

    maneira de fixar a sua imagem sem piscar.Depois de uma prtica regular deste estudo, suceder queeles sero capazes de olhar uma pessoa sem piscar duranteum perodo de uma a cinco e, algumas vezes, de dez a vinteminutos, sem que os olhos se cansem ou se encham d'gua.Este estudo ter tambm por efeito engrandecer os olhos

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    aumentando o afastamento das plpebras, resultadodesejado.

    Lio VII

    Quais so os melhores pacientes? A respeito da espcie demelhores individuas de que se fazem os melhores pacientes,os meus discpulos tem-me, muitas vezes, pedido de que lhesindicassem alguns meios para escolherem, numa multido depessoas, as mais capazes de passarem, num relancear deolhos, para uma condio de sonambulismo. S a prtica tetorna perito no assunto, mas a certos requisitos gerais quenunca enganam o discpulo; so os seguintes: as pessoas

    loiras caem sob a influncia com muito mais facilidade doqus as morenas. Os homens e as mulheres de aparnciadesenxabida, olhos azuis tirantes a pardos, cabelosligeiramente castanhos, mas sem reflexos dourados, boca quedeixa transparecer um carter amvel e algo curioso, formamuma classe de pacientes notveis.

    Exceo a regra Infelizmente, sobre este ponto, no se podeaceitar a generalidade como exata, porque, na prtica de

    cada um, se apresentam casos excepcionais em que aspessoas de vontade forte fazem admirveis pacientes. Elestem provado qus as de um trigueirinho muito pronunciadoso certamente sonmbulos de primeira qualidade e que ostipos inspidos se mostram refratrios e difceis de influncia.

    Ficar conhecendo todas as probabilidades de bom xito queter com o paciente, se puder julgar do efeito que causaisnele no momento de induzir a hipnose e pelo efeito que nele

    produziro as suas maneiras e aparncia, enquanto estacordado. Se mostra cordial, complacente e obediente; seentrega-se ou deixa ver, nos seus modos, que ele te tememuito, mas sem repugnncia, podeis estar certo de produziruma grande impresso sobre seu esprito. H pessoas queresistem de tal modo a hipnose, que impossvel vence-las eperder o seu tempo a trabalhar com tais pacientes. Creio

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    rapaz, confiada e firmemente. Pegue a mo esquerda dele emsua mo direita, colocando-o, ao mesmo tempo, a vossa moesquerda sobre sua fronte e fazendo inclinar a cabea paratrs at levante os olhos para voc. Ele h de ficar um pouco

    amedontrado com este processo.Diga que no tem a inteno de lhe fazer mal e que muito sedivertir durante as experincia que acontecero. Declare queno s no lhe far mal, como tambm no deixar queningum o faa; e pode depositar toda confiana em voc.Fale em tom tranqilizador, fazendo, ao mesmo tempo, fixaros olhos nos seus enquanto est em p. Diga que devepraticar tudo que ordenar e que vai adormec-lo. Declare que

    vai por ele sobre uma cadeira e que lhe dar para fixar osolhos uma moeda de prata; um objeto brilhante preencher omesmo fim. Afirme, em seguida, que no acontecer nada deextraordinrio, seno que seu sono ser absolutamentenatural. Depois, ponha-o confortavelmente em uma cadeira,pondo na sua mo o objeto brilhante e colocai-o a dezcentmetros dos seus olhos, dizendo que, depois de o terfixado por pouco tempo se entorpecer cada vez mais e,finalmente, ser obrigado a fechar os olhos e dormir.

    O que se deve dizer Repita positivamente e de maneira muitoenftica as indicaes: "Fixe os olhos sobre o objeto que tensem sua mo. No de ateno a qualquer um que venha aoaposento ou ao rudo que o faz. As sua plpebras vo tornar-se cada vez mais pesadas; entorpecer de tal maneira queficar incapaz de t-las abertas". Passe para trs de suacabea e ponha vossa mo direita sobre sua nuca,conservando a palma da mo fortemente apoiada a, mas

    arranjaivos de maneira que no os causeis nenhum mal.Como nada se ganha com a prea, deixe-o adormecer poralguns instantes. Repita, ento, a sugesto seguinte: "Osseus olhos vo tornando-se cada vez mais pesados, estentorp ecendo bastante; dentro de alguns instantes serimpossvel conservar os olhos abertos, mas no os feche

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    antes que eu ordene. O objeto quase que j no apareceagora, mas continue a fixa-lo e eu vou dizer quando deverfechar os olhos".

    O objeto deste mtodo. -Continuai a falar.lhe desta maneiracom segurana, porm com suavidade; fazei as vossassugestes em tom de voz tal que se imprimam na suaconscincia como fatos. Penetrai.o, agora, com a idia dosono. Continuai a falar.lhe, mas no oua ele seno o que lhedizeis. Em seguida s vossas sugestes reiterada. Os seusolhos tero logo um aspecto dormente e pesado. Falai.lhe,ento: "Os vos 108 olhos esto prestes a fechar-se, malpodeis manter-vos dsperto". Falai.lhe, aqui, em tom menos

    imperativo e mais montono, empregando a entoao maislenta que podeis e fazei de sorte que pareais cansado edisposto a dormir. Continuai pelo modo seguinte: "Os vossosolhos devem fecharse agora, no podeis t-los abertos; hode cerrar-se j e estareis adormecido. Fechais.Conservai avossa mo direita sobre a sua nuca como anteriormente eponde a vossa mo esquerda sobre a sua fronte, dizendo:"Dormi". Dai-lhe esta ordem com brandura, mas com firmeza.As plpebras tremero, s vezes durante alguns segundos,

    outras vezes por mais tempo. O paciente afrouxar logo osseus msculos e tornar a assentar-se sobre a sua cadeiracom um suspiro de satisfao. Deixai-o, assim, repousardurante alguns segundos, sem lhe dirigirdes a palavra.

    Guardai silncio no aposento. -Pedi pessoa que oacompanhou ao Vosso consultrio que fique muito tranqiladurante toda a sesso, que no faa o menor barulho quepossa atrair a ateno do paciente e no oferea nenhuma

    sugesto nem a ele nem a vs. Devese insistir sobre esteponto antes de comear o tratamento.

    O efeito sobre a ao muscular do rapaz. -Depois de haverpermitido ao paciente que tome alguns segundos dedescanso, dizei-lhe em tom muito baixo: "Estais dormindoprofundamente e nada vos acordar. Nada VOI far mal;

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    podeis abrir os olhos quando eu vlo disser, mas Do o podeisse para isso eu Do voa der ordem. Ficareis adormecido.Vou,agora, levantar-voa o brao e esse movimento Do voaperturbar, nada voa despertar".

    Retirai suavemente a vossa mo da sua nuca e friccionai duasou trs vezes o brao mais perto de vs, depois levantai-ovivamente a uma posio horizontal e dizei: "O Vosso braoficar Da posio em que eu o puser". Friccionai-o ainda duasou trs vezes e dizei: "Vde que o Vosso brao est rgido eDo podeis abaix-lo. Ele ficar na posio em que eu odeixar; estais profundamente adormecido e fareis tudo o queeu vos ordenar que faais, mas no podereis acordar, seno

    quando eu vo-lo ordenar". O brao ficar na posio em que otiverdes colocado e ento podereis dizer: "Ningum poderfazer-vos dobrar o brao, tem que eu o consinte".

    A primeira fase da catalepsia ou rigidez muscular. -Podeis,ento, agir no outro brao e bom meio tornar assim, osbraos e as pernas rgidas, contanto que o paciente sejajovem ou rapas bem sadio, e a experincia muscular notenha nele um efeito excitante.

    Maneira de fazer desaparecer a rigidez. -Quando todos osseus membros estiverem estendidos horizontalmente, podeisdizer.lhe: "Vou agora fazer desaparecer, pouco a pouco, essainfluncia e afrouxar-voa o brao esquerdo, correndo nelealguns passes, desde o punho at o ombro". Fazei-o e dizei,em seguida: "Est frouxo agora e podeis abaix-lo".

    Procedi da mesma forma com o outro brao e, nessa

    experincia, tende a precauo de apagar completamente noesprito do doente toda a impresso de rigidez muscular quepudestes fazer penetrar nele durante o correr da experincia.Repeti. -lhe: "Podeis dormir profundamente e fareis tudo oque vos ordenar que faais. S eu que possodespertar.voa".

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    O efeito das vossas sugestes. -Tendes agora demonstrado,no exemplo deste paciente, o poder que exerceis sobre o seusistema muscular. Pela repetio das vossas sugestes,inculcastes-lhe no esprito que ele no podia realizar certas

    coisas que podia efetuar no estado normal, como, porexemplo, abaixar o brao. Da resulta que, pela repetio dasugesto, chegou a crer que o que dizeis uma coisa real ese acha as assim, at certo ponto, em contradio consigomesmo. Parecer fazer esforos desesperados para abaixar obrao, coisa que acontece freqentemente aos pacientes;mas, pelo fato mesmo de julgar a coisa impossvel, ele incapaz de faz-la. Deveis comear, agora, a compreender opoder da sugesto positiva, quando se faz penetrar no

    esprito, no momento em que as faculdades intelectuais noesto ativas.

    A razo est afetada. -Quando a criana est dormindo, elano raciocina como faria no estado de viglia. Por isso queela aceita o fato real de que no pode abaixar os braos eabandona essa idia. O seu crebro est, ento, no estado dereceber novas sugestes e, em todas as experincias que seapresentarem, podeis demonstrar sobejamente o poder

    muscular sobre o paciente.Outras evidncias do estado receptivo do seu esprito. Porexemplo, e precisamente pela mesma forma que lheprovastes, a seu hei-prazer ou a contragosto, que ele nopodia abaixar os braos seno quando lho ordensseis,podereis provar-lhe bem como s pessoas presentes, que lhe impossvel abrir os olhos, se o vedais; que no pode fechara boca, se lha abria e lhe ordenais que a deixe aberta; que

    ele no pode arredar-se de nenhum sitio, se lhe dissestes queai fique e que incapaz de fazer um movimento.

    Mtodo para adormecer, conservando-se de p. -Fazei.o denovo manter-se de frente e dizei, passando-lhe rapidamenteaa mos da cabea aos ps, tocando-lhe levemente as vestese repetindo diversas vezes este duplo movimento: "Podeis

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    dormir to confortavelmente em p, como se estivsseisassentado numa cadeira. Abrireis os olhos quando eu vo-lodisser e vereis O que eu voa ordenar que vejais. Sentireistambm o que eu VOl disser que sintais; tudo ser a realidade

    para vs".Dizei, agora: "Ainda que eu vos mande abrir os olhos, noficareis completamente acordado; estareis dormindo ainda,vereis coisas curiosssimas, mas no vos metero medo nemficareis admirado do modo como elas se produzem; sabeissomente que as vedes e que para vs so a realidade".

    Maneira de induzir sugestes rpidas e positivas. -Nesta

    experincia, necessrio que faleis vivamente e semhesitao. A idia de imprimir no esprito do paciente que oque estais dizendo a realidade. Se hesitais ou se falais comum tom in. certo, correis o risco de que o paciente sedesperte suficientemente para questionar convosco ou vosimprimir as suas dvidas. O Vosso dever simplesmenteimpressiona-lo bem.

    Uma experincia de iluso do sentido do vista. -Tomai, agora,

    urna bengala ordinria e dai.a criana, dizendo-lhe: "Notendes medo das cobras. Podeis at desejar possuir urnacobra como brinquedo. Abri os olhos e vede a cobra queacabo de pr nas vossas mos. No vos picar, no vosatemorizar nem vos far mal algum. Segurai-a bem paraque no se escape". O rapaz abre os olhos e no lugar dabengala v urna serpente, mas como lhe inculcastes a idiade no se atemorizar, no sentir repugnncia alguma paracom o rptil e o acariciar afetuosamente. Se tal for o vosso

    desejo podeis transformar instantaneamente esse sentido deafeio em de medo, dizendo-lhe: "Tomai cuidado, ela podepicar-vos". Todos os hipnotistas de profisso agem destaforma sobre os temores e as emoes dos seus pacientes.No provoqueis o medo no paciente. - demasiado fcildemonstrar a fora do hipnotismo, no empregando senoagradveis experincias, deixando de parte as que podem

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    amedrontar o paciente. Eu no recomendo de modo algum ouso deste ltimo poder para fina menos justificveis.

    O sonambulismo ativo. -O rapaz acha.se agora na condio

    denominada "sonambulismo ativo".Fizestes-lhe passar peloesprito uma iluso, isto , destes-lhe um objeto que, pelavossa sugesto, transformastes em outro e, desta maneira,produzistes a iluso dos sentidos. Dizei-lhe agora: "Ponhamosa serpente de parte", e retirai-lha.Passai-lhe, ento,vivamente, uma ou duas vezes, a mo pelo rosto e dizei:"DOrmi"'. a nica coisa necessria para transformar acondio do sonambulismo ativo em sono profundo.

    Iluso do sentido do gosto. -Deixai.o de p por uns instantescambaleando ligeiramente, e dizei-lhe: "Gostais muito defrutas, mas e laranjas. Eis aqui trs" bonitas mas, deuma qualidade rara, e podeis com-las. Crede que nuncasaboreastes to boas e aucaradas.

    Tomai-as e comei-as".Podeis dar-lhe, ento, uma batata e elea comer com avidez. At o presente no lhe pedistes quevos falasse, mas vos lcito interrog-lo e ele vos responder.

    Perguntai-lhe se a ma lhe sabe bem e, caso no vosresponda imediatamente, sugeri.lhe que pode falar to bemcomo se estiVesse acordado. Dirvos-, ento, que a maestava excelente e desejava outra. Induzistes, assim, a ilusodo sentido do gosto.

    Mtodo para reprimir o sentido do olfato. -Podeis tomar omesmo paciente e, em pouco tempo, aperfeioa-lo tanto, quevos possvel priva-lo do sentido do olfato; um vidro de

    amonaco posto debaixo de suas narinas no produzirnenhum efeito.Podereis, pela sugesto, tomar uma garrafa deamonaco por uma de gua de Colnia, e ele respirar operfume com muito prazer. A variedade de experincias quese podem fazer pela iluso dos sentidos muito grande epara produzir tais iluses intil que eu vos ministre maisindicaes. Jamais notei que o paciente ficasse sofrendo pela

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    induo de iluses inofensivas, mas no vos aconselho que asempregueis com muita freqncia.

    Evidncia do emprgo das iluses. -Essas experincias no

    so teis seno. para demonstrar.vos sem a menor dvida,que exIste no esprito humano um poder superior ao sentidoperceptivo da vida cotidiana. Elas demonstram a verdade e opoder do hipnotismo e essa demonstrao deve bastar-vossem que procureis abusar delas.

    A alucinao da vista. -Depois de lhe haverdes permitidodescansar por alguns segundos e de lhe haverdes dado ordemde dormir, como nas experincias precedentes, podeis dizer

    criana: -"Quando abrirdes os olhos, vereis vossa meassentada no. canto do aposento.

    (Importa assegurar-vos, de antemo, muIto naturalmente,que a me do rapaz viva).

    Vossa me vem ver o que estais fazendo e ficareis muitocontente de v-la e falar-lhe Quando abrirdes os olhos, dirigir.Vos-eis para O lugar do quarto onde ela est sentada e

    conversareis com ela; contar-me-eis o que ela diz. Abri osolhos e ide para ela". Nesse momento, o rapaz v para suame, depois de ter olhado atentamente para o lado doaposento em que ele julga v-la; ter uma longa ou curtapalestra com ela, seguindo a sua disposio natural do estadode viglia. Se naturalmente tagarela, falar muito e lhe farmil perguntas o se interessar muito pelas suas respostas.Produzistes, assim, no menino uma alucinao, isto ,criastes-lhe no esprito uma imagem que no existia na

    realidade.Podeis, agora, estabelecer uma distino ntida entre a ilusoe a alucinao.

    Mtodo para converter o Sonambulismo em Sono -Aproximai-vos, agora, do rapaz, fareilhe um passe com as mos sobre

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    os olhos e deizei-lhe: -"Dormi. Depois disso, no temereis demodo algum o hipnotismo e dormireis imediatamente, aqualquer momento do dia, quando eu vo-lo ordenar e vosmanifestar o desejo. Tomareis, em seguida, para a vossa

    cadeira e caireis num sono profundo; far-vos-ei, duranteaquele tempo, as Sugestes necessrias para curarvos apreguia - Voltai para a vossa cadeira e adormecei-vosprofundamente"- Deixai-lhe cinco minutos de descanso eobservai um silncio absoluto no aposento.

    Mtodo para ministrar sugestes instrutivas. -Ponde, emseguida, fortemente a Vossa mo sobre a sua cabea e dizei:"Estais muito atrasado nos vossos estudos e sois um menino

    preguioso. No sois de ndole preguiosa e desobediente e, apartir de hoje, h-de esperar-se em vs uma transformao.A vossa aspirao nica conseguirdes muito bons resultadosnos vossos estudos; obedecereis a Vossos pais e sereis umexcelente rapaz em estudo- Gozareis de boa sade e,. desdeagora, sereis vigoroso, ativo e feliz. O vosso carter naturalmente bom e tudo quanto possuirdes de bom h demanifestar-se no exterior. Neste mesmo instante, enxotamosa preguia o a desobedincia. Dormi durante uns dez minutos

    e, ao cabo desse tempo, acordareis bem disposto e a vossamemria ficar firme nas coisas que acabam de rea1izar-se-No tereis nenhuma lembrana das sugestes que vos foramdadas e no haver no vosso esprito nenhum trao dasiluses que nele foram provocadas. Dormi profundamente eacordaivos dentro de dez minutos"- Guardando sempre osilncio no aposento, assentai-vos a alguma distncia dorapaz e, exatamente no fim de dez minutos ou talvez umpouco mais cedo, ele se despertar em boas condies -No

    caso de um Sono profundo- - rarssimo que o pacienteadormea tio profundamente que no possa despertar-se nomomento desejado- No tendes, nesse caso, seno quedirigir-vos para a sua cadeira e colocar a VOSSa mo sobre asua cabea, dizendo: "Descansastes bem, e vos sentis muito vontade Quando eu contar trs, acordareis completamente.Um, dois, trs; despertai-vos" No mesmo instante, o paciente

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    abrir os olhos e ficar talves, admirado do comprimento dotempo que decorreu desde que se assentou. No h perigoque o paciente durma por mais tempo do que o que lhesugeristes ou que o no possais despertar, a no ser que

    omitais certas prescries importantes que vos sero dadasno capitulo seguinte. Existe certo perigo e deveis bemcompreender que, em certos casos, um paciente possacontinuar a dormir e resistir todos os vossos esforostendentes a acorda-lo. Eu me proponho a explicar-vos, maistarde, causa e tambm o porque; como operador soisresponsvel pela provocao de semelhante estado.'

    Lio IX

    O esprito semiconsciente. -At o presente, no vos tenhoministrado seno mtodos caractersticos para chegar aproduzir o hipnotismo nos pacientes. Estais, agora, preparadopara a introduo seguinte, que se relaciona com o papel queo. esprito semiconsciente representa nestes fenmenos. Umasimples explicao farvos- compreender melhor a verdadeda proposio que o homem possui uma dupla conscincia;existe outra conscincia chamada "semiconscincia".

    A evidncia de uma dupla conscincia. -Compreendeisperfeitamente o fato seguinte: quando sonhais de noite,fazeis uso de uma inteligncia ou de uma conscincia que,nos seus caracteres principais, difere da conscincia desperta.O ponto capital dessa diferena descansa no fato de que aconscincia dos sonhos carece de sentido. a ausncia dainteligncia que distingue principalmente a conscincia dasemiconscincia. Por outro lado a semiconscincia tem muita

    semelhana com a conscincia; isto , a vida durante o sonoe a contraparte quase exata da vida no estado de viglia.

    As criaes da nossa conscincia durante o sonho soformadas das experincias feitas quando estamos despertos.As pessoas que nos aparecem nos sonhos e que existemrealmente so quase sempre as pessoas que temos conhecido

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    ou que conhecemos na vida real. Por isso, podemos dizer queessas duas condies de esprito, no estado de viglia edurante o sono, ainda que distintas em si mesmas, estoestreitamente ligadas uma oUtra e tm relaes comuns.

    Propriedades comuns. -Uma dessas propriedades amemria. Ao mesmo tempo que, no homem acordado, a-memria uma serva traidora e inconsciente, na vidasemiconsciente a memria se acha prodigiosamentedesenvolvida.

    Todos os eventos da vida so registra dos no esprito semi-consciente. o dirio da alma e parece que, quando se

    levantar o vu da semiconscincia com as suas penas eansiedades, essa memria semiconsciente produzirexemplos prodigiosos do seu poder. deste modo, os homensque se acham repentinamente face a face com a morte,vem, num instante, como uma vista panormica, todos oseventos da sua vida passada. O vu entre a conscincia e asemiconscincia , s vezes, de um tecido de tal maneiradelgado que muitas pessoas passam uma grande parte davida acordada em devaneios e, para elas, a semiconscincia

    , muitas vezes, mais real que a conscincia. Por meio dohipnotismo, podemos fazer desaparecer esse vu e dar aoindivduo o uso das faculdades semiconscientes em toda a suafora.

    A credulidade dos pacientes semiconscientes. -O espritosemiconsciente est sempre prestes a crer no que se lhe diz.No duvidadas sugestes nem se ope a elas, da mesmaforma que no podeis vos opor aos vossos sonhos durante a

    noite. Onde se assenta o fora. -Por isso que se pode definircomo sendo o estado de repouso consciente e da atividadesemi. consciente, e para resumir: "O hipnotismo tem valorcomo potncia curativa porque a fora do individuo repousano esprito semiconsciente. A que est a fora motriz. Oesprito desperto ordena e, imprimindo sua ordem sobre oesprito semiconsciente, este ltimo aceita, recebe a acredita

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    no que sugerido e executa a ordem. Isto verdade noindividuo na vida acordada, como no individuo, na hipnose. Afora de cura reside na semiconscincia.

    "Vis medicatrix naturoe". - lei divina que a natureza fazdesaparecer as molstias e retifica as desordens, tentandosempre faze-lo sem algum auxlio. Mas, algumas vezes, pelofalso pensamento do esprito desperto, a semiconscinciaanda de tal modo penetrada de erro e falsas crenas, que impossvel, sem assistncia desembaraar-se dos males quenos cercam. O hipnotismo um simples meio paraproporcionar ao esprito semiconsciente a assistncia exterior.As sugestes do operador agem como um guia e um

    sustentculo do esprito semiconsciente combatem as suasfalsas crenas e tomam a pr em movimento a fora divina dacura que pertenceu ao esprito semiconsciente. Lembrai-vosde que, na conscincia do estado de viglia, a fora da curano aparente. um patrimnio da economia semiconscientee pode ser desenvolvida pelo prprio indivduo em proveitopessoal, dirigindo-se a se mesmo como poderia faze-lo ooperador no hipnotismo; ou pode ser desenvolvida pelohipnotismo como acima j se deixou minuciosamente

    explicado. O que importa saber aqui se um homem cura a simesmo de uma molstia ou, antes, se curado por outro; osmeios empregados para produzirem a cura so identicamenteos mesmos, e consistem na impresso feita por um espritoconsciente. Aos primeiros meios se chama "auto-.sugesto";aos outros, "hipnotismo".

    Lio X

    Diferena entre o hipnose e o sono natural - J tratei damemria exaltada, da qual mostrei uma evidncia durante ahipnose. Sendo assim, no classifico precisamente na mesmacategoria o hipnotismo e o sono natural. Durante a hipnose, ainteligncia fica inteiramente anormal. No caso em que opaciente fique abandonado a si mesmo, sem ser desarranjadopelas vossas sugestes, ele passar sempre do estado da

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    ouvir-me falar-vos e no carecereis de acordar-vos, mastendes que me responder quando eu vos falar".

    Mtodo para dar sugestes durante o sono. -Depois de

    haverdes dado todo o tempo necessrio para deitar-se, ireisprocura-lo e, deitando-vos a seu lado, acariciar-lhe-eis afronte, a fim de instru-lo da vossa presena, sem, entretanto,desarranj-lo do seu sono a ponto de acord-lo.Naturalmente, o menor barulho o despertaria e, paradesenvolver este tratamento, ser-vos-ia, ento, necessriousar do mesmo processo que na hipnotizao do paciente.Dir-lhe-eis, pois, que tudo vai bem, que deve fechar os olhosimediatamente e que se ponha de novo a dormir. Fazei estas

    sugestes com toda a nfase, cujo efeito entorpec-lo,preparando-o para o sono; adormecer logo profundamente eno se despertar, quando lhe falardes. No h muitaprobabilidade de que ele se acorde, se souberdes conduzir aexperincia. Deveis dar provas de uma pacincia muitogrande, a fim de captar-lhe, lenta e gradualmente, toda aateno. No deveis apressar-vos em levantar a voz. Falai emtom muito lento e bem claro, mas sem precipitao.

    Processo para ministrar sugestes calmantes. -Dizeitranqilamente: "Estais dormindo profundamente e nopodeis acordar-vos; estais-me ouvindo a voz; nada do que euvos disse vos perturbar durante o sono. Quando eu vos falar,podeis responder-me. Senti-vos bem?" No vos responder,muito provavelmente, desde logo. Importa que o acostumeisa responder-vos sem acordar-se; continuareis, pois, aacariciar-lhes levemente a fronte, atraindo-vos toda a suaateno. Ponde-lhe de leve um dedo sobre a boca e dizei:

    "Quando eu vos tocar a boca, podereis falar; podeis dizersim". A criana mover, geralmente, os lbios e far menode articular um som, mas no ouvireis nenhum. Ao verdesesse movimento dos lbios podeis repetir a sugesto eafirmar-lhe, positivamente, que na noite seguinte poderfalar-vos com toda a facilidade.

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    Cura da gagueira. -Ocupai-vos, ento, em dar-lhes assugestes necessrias cura da gagueira, como as seguintes:"Vereis amanh que vos ser faclimo falar sem nenhumahesitao na vossa conversao. Falareis to bem, to

    corretamente, to claramente como eu. No gaguejareis nemhesitareis na vossa conversao". Repeti-lhe estas sugestesuma vez maia, fazendo.as muito enfticas e positivas;deixai.o, ento. Provavelmente, na manh do dia seguinte,no ter nenhuma lembrana do que lhe dissestes, maspercebereis uma sensvel melhora na sua pronunciao epode acontecer que, no correr do dia, as vossas sugestes lhevoltem ao esprito pela sua memria semiconsciente e eleseguir, ento, o que lhe dizeis e de que modo lhe dissestes.

    Pode acontecer, tambm, que no se lembre de nada do quese passou. Tudo depende, principalmente da profundeza dosono induzido. O processo torna-se mais fcil com a prtica.-Na noite seguinte e nas subseqentes, notareis que achaismenos dificuldade em obter uma resposta dle.

    Uma experincia de sonambulismo passivo. -Se desejaistentar uma experincia para vos convencer da influncia queum esprito pode exercer sobre outro durante o sono natural

    podeis dar a forma que vos aprouver ao sonho do dormente"Podereis sugerir ao menino que ele soldado e se acha frente das suas tropas e, no seu sonho, ele passar por todasas cenas empolgantes de um campo de batalha. Podeissugerir-lhe que, ao despertar, se lembre de luta e de tudo oque concernente ao inimigo e, em realidade, tudo o que lhesugeristes que podia realizar-se, e de manh ele vos contara sua viso pormenorisadamente. No se lembrar, porm,de que fostes vs que lhe sugeristes tudo isso, e acreditar

    que foi ele mesmo quem desenvolveu casa viso. Da mesmaforma que apresentastes sua imaginao o escuculo horrvelde um campo de batalha, podeis sugerir-lhe e impressionar oseu esprito com vises de descanso ameno e salutar. A lei dareceptividade do esprito semiconsciente irrefutvel. Elasegue dois caminhos. Ela pode tambm ser empregada para o

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    mal como para o bem: no deveis, por conseguinte, visarseno a emprega-1a com as melhores intenes.

    Lio XI

    As sugestes ps-hipnticas. -Entre os numerosos fenmenosdo hipnotismo, nada surpreende tanto ou deixa perplexo oespectador como as sugestes ps-hipnticas. Mas se quereisestudar com cuidado o captulo que trata da memria semi-consciente, tereis logo a prova desse notvel fenmeno. Elasdependem da perfeio da memria, que um atributo doesprito semiconsciente.

    Como dar as sugestes ps-hipnticas. -Para dar umasugesto ps-hipntica, o operador dirigir-se- ao pacientepelo modo seguinte, quando este estiver dormindoprofundamente: "Dez minutos depois que eu vos tiveracordado, sentireis um desejo ardente de pr o vosso chapue de voltar para casa. Tomareis, pois, o vosso chapu e p-lo-eis na cabea; esquecereis imediatamente o que vospropusestes a fazer e permanecereis na cadeira, falando-mecom o chapu na cabea. No sabereis que vos sugeri que

    fizsseis isto". No tempo marcado, dez minutos depois do seudespertar, o paciente olhar fixamente em redor de si paratomar o chapu e, depois de t-lo achado, o porimediatamente na sua cabea e tomar lugar de novo na suacadeira. Se o interrogais, vos dir, com toda a sinceridade,que ele no se mexeu de sua cadeira e que o seu chapu noest na cabea. Se lhe tirais o chapu e lho mostrais, por uminstante no ficar persuadido, mas, recobrando as suasidias, confessar que tentou regressar casa dele.

    O paciente pede excusas pelo seu procedimento. - o que eledir para vos convencer de que as vossas sugestes noinfluenciaram at o ponto de faz-lo realizar um atointeiramente alheio sua conscincia. Ele ficar sabendo que,posto que no se lembre do que lhe dissestes, praticouevidentemente uma coisa extravagante, de conformidade com

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    as vossas sugestes. Notareis, neste caso, e invariavelmenteem todos os outros, que o paciente ficou de tal modo vexadode parecer uma simples mquina que obedece s vossasordens, que ele trata de se excusar por todos os meios, de

    forma que vos faa acreditar que ele sabia perfeitamente oque estava fazendo. Neste caso, ele realizou uma sugestops-hipntica e como esta linha de experincias admite umgrande nmero de variaes, ser bom examina-1as aqui,sob suas vrias fases.

    Mtodo para aumentar a fora da sugesto. -Para fazer umasugesto ps-hipntica por modo mais seguro, prefervelligardes a sugesto a um de Vossos atos que duplicar a fora

    sobre a mesma sugesto. Por exemplo, suponhamos quedizeis ao paciente, enquanto ele est dormindo: "Quando mevirdes sair do quarto, levantar-vos-eis da vossa cadeira eadiantareis os ponteiros do relgio e no vos lembrareis doque fizestes". Tomareis, ento, a sugesto ps-hipnticafaclima por ligardes a realizao da vossa sugesto ao ato dedeixardes o quarto. Lembrando-vos da tenacidade damemria semiconsciente, compreendereis porque, quandodeixais o quarto, a vossa sugesto precedente volta ao

    esprito desperto do paciente sob a forma de um desejo porno se ter ele recusado a aceita-la no momento em que lhadestes.

    Quando as Sugestes no do bons resultados. -As nicassugestes ps-hipnticas que no surtem bom xito so asque foram repelidas pelo paciente no momento em que se lheministraram. Se o paciente aceita a sugesto ps-hipnticaque lhe possa ser dada, ser cumprida risca. Mas se dais ao

    paciente uma sugesto que lhe desagrada ou que contrria sua moral, ele se recusar a aceita-la no momento em quea sugesto lhe dada e ela no far completa impressosobre o seu esprito semiconsciente, por causa da oposiocom que ele a recebe.

    As sugestes podem ser recusadas. -Para que uma sugesto

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    surta bom efeito, cumpre que o paciente creia nelafirmemente e a aceite. Admito que, em certos casos, opaciente aceite sugestes desagradveis e seja forado,aparentemente, contra a sua vontade, a praticar certas coisas

    que no praticaria se estivesse acordado, mas tenho semprenotado que, num caso de sugesto ps-hipntica, o pacienteno aceita nada desagradabilssimo, seja qual for a insistnciausada pelo operador ou por mais enrgica que a sugestoseja feita. Em presena do operador, o paciente, como eu jdisse, far, s vezes, coisas que no faria se estivesseacordado, mas na ausncia dele, quando uma sugestopshipntica se realizou, ele no querer praticar os atos quelhe so sugeridos, se so desagradveis. Isto simplifica muito

    o processo, dando-lhe uma base razovel.Quanto tempo estas experincias podem durar.Uma sugestops-hipntica pode ser dada ao paciente de modo queproduza o seu efeito, uma semana, um ms ou mesmo umano, a partir do momento da leilo, e os atos sugeridos serofielente executados pelo paciente no instante mesmoindicado. Isto uma nova prova da perfeita memria de umesprito semiconsciente.

    O que se chama hipnotismo instantneo. Dou aqui outroexemplo da forma mais conhecida da sugesto ps-hipntica,a qual a mais freqentemente empregada e de que osoperadores de profisso se servem invariavelmente em cena.Se dizeis ao paciente, quando est hipnotizado: "Logo que euentrar no quarto, adormecereis, seja qual for a vossaocupao no momento", o efeito como o sugerido;quaisquer que sejam as ocupaes do paciente, ele cair

    profundamente adormecido, desde que o operador entre noquarto e lhe ordene que durma.

    Como triunfar da resistncia da paciente. -Acontece, s vezes,que o paciente resiste influncia; o operador fica, ento,posto em prova se conhece o seu ofcio ou se desanimafcilmente. Se e senhor da sua profisso e adquiriu

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    experincia nesse trabalho, apertar o paciente comsugestes verbais, sem lhe dar um minuto de reflexo e istosem hesitao, de modo que penetre o seu esprito com aidia de veracidade dos seus dizeres. Suponhamos que o

    paciente se tenha recusado a aceitar a sugesto do operadore diga sacudindo a cabea: "No quero dormir e no tendes opoder de me fazer adormecer". O operador andaria errado seficasse tranqilo e de novo lhe sugerisse-o dormir. Para bempraticar, dever pr a sua mo sobre a fronte do paciente efechar-lhe os olhos com a outra mo que ficou livre e depoisdizer, convictamente: "Tendes necessidade de dormir, estaiscochilando, e agora ides adormecer-vos. Dormisprofundamente e permaneceis de p".

    Passando a mo, uma ou duas vezes, pela fronte do paciente,o sono seguir-se- da maneira como a noite suceder ao dia.

    Porque o operador tem bom xito quando insiste. -O paciente um sonambulista, isto , aceita prontamente as sugestes.Foi hipnotizado anteriormente pelo mesmo operador e estepode, de novo, hipnotiz-lo. A sua resistncia nula, uma vezque o operador saiba imprimir-lhe as sugestes no esprito.

    Desde que hipnotizastes um paciente, podeis renovar aoperao uma segunda vez. No h seno uma exceo aesta regra; quando, por uma falsa direo e por umasugesto m, provocais um sentimento de grandenervosidade no paciente; em tal caso, nem vs ou nenhumoutro, empregando os mesmos meios, ser capaz dehipnotiz-lo de novo. J tenho, algumas vezes, feito aexperincia, mas o resultado havia sido produzido pelo humornervoso induzido no paciente pelas experincia extravagantes

    s quais tinha sido submetido.Onde reside o perigo. -Pois que falamos desse paciente,podemos indicar onde se acha o perigo quando o operadorno pode acordar o paciente que ele hipnotizou. A falta recaiinteiramente sobre n operador, como acima indiquei. Setratais de imprimir sobre o esprito do paciente uma sugesto

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    qualquer desagradvel sua ndole e que a no aceite, umavez acordado, ele far uma das coisas seguintes: ou no sedespertar imediatamente ou passar por um estado de sonomais profundo; e