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2019 Geografia
Setembro
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Geografia
Processos geomorfológicos e a formação da Terra
Resumo
A geomorfologia estuda os processos de formação do relevo terrestre em sua origem e evolução. É a
área de geografia que estuda então as erosões, os transportes de sedimentos e até mesmo os climas que
influenciam as formações e remoldurações dos relevos. Esse conhecimento é muito vasto e estuda os anos
geológicos de formação da terra, cientificando as mais diversas paisagem.
Teoria da Deriva Continental
Criada pelo alemão Alfred Wegener, na qual afirmava que há 200 milhões de anos não existia separação
entre os continentes, existia um único supercontinente, Pangéia, rodeado por um oceano, Pantalassa. Sua
teoria era fundamentada na coincidência entre os contornos dos continentes sul-americano e africano, além
das semelhanças entre os tipos de rocha e de fósseis de plantas e animais encontrados nesses continentes.
Depois de milhões de anos, houve uma fragmentação formando a Laurásia e Godwana. Infelizmente, ele não
conseguiu explicar o motivo pelo qual os continentes se movem e sua teoria foi esquecida após sua morte,
em 1930. Em 1960, os geólogos americanos, Harry Hess e Robert Dietz, resgataram a teoria de Wegener para
fundamentar sua Teoria da Expansão dos Fundo dos Oceanos. Juntando os pontinhos, criou-se a base para
Teoria das Placas Tectônicas.
Teoria da Tectônica de placas
As placas tectônicas são blocos da parte sólida da terra que se movimentam pela diferença de
temperatura e pressão do centro da terra. Elas flutuam sobre a astenosfera, onde o material pastoso está em
estado de semifusão. Com o tempo, viu-se que essas placas não estão à deriva, mas acompanham
movimentos que explicam e remontam a posição continental ao longo dos anos.
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As placas possuem três diferentes tipos de encontro. No local onde as placas se chocam formam
limites convergentes, na parte que separam, limites divergentes e na parte que as placas deslizam uma do
lado da outra, limite transformante. Esse movimento horizontal das placas tectônicas é denominado
orogênese e está associado a formação de cadeias montanhosas. O movimento vertical, que pode ocorrer no
interior da placa continental é denominado epirogênese e está associado à formação de horst (bloco
soerguido) e graben (bloco rebaixado).
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Exercícios
1. No início do século XX, um jovem meteorologista alemão, Alfred Wegener, levantou uma hipótese que
hoje se confirma, qual seja: há 200 milhões de anos, os continentes formavam uma só massa, a
Pangeia, que em grego quer dizer “toda a terra”, rodeada por um oceano contínuo chamado de
“Pantalassa”. Com a intensificação das pesquisas, também se pode afirmar que, além dos continentes,
toda a litosfera se movimenta, pois se encontra seccionada em placas, conhecidas como “placas
tectônicas”, que flutuam e deslizam sobre a astenosfera, carregando massas continentais e oceânicas.
Muitas teorias foram elaboradas para tentar explicar tais movimentos e, recentemente, descobriu-se
que a explicação está relacionada:
a) ao vulcanismo que movimenta o magma.
b) ao princípio da isostasia (ísos = igual em força + stásis = parada).
c) ao princípio formador de montanhas conhecido por orogênese.
d) aos terremotos e vulcanismos, em razão de sua força na alteração das paisagens.
e) ao movimento das correntes de convecção que ocorrem no interior do planeta.
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2. A Litosfera é fragmentada em placas que deslizam, convergem e se separam umas em relação às outras
à medida que se movimentam sobre a Astenosfera. Essa dinâmica compõe a Tectônica de Placas,
reconhecida inicialmente pelo cientista alemão Alfred Wegener, que elaborou a teoria da Deriva
Continental no início do século XX, tal como demonstrado a seguir.
As bases da teoria de Wegener seguiram inúmeras evidências deixadas na superfície dos continentes
ao longo do tempo geológico. Considerando as figuras e seus conhecimentos, indique o fator básico
que influenciou o raciocínio de Wegener.
a) As repartições internas atuais dos continentes no Hemisfério Norte.
b) A continuidade dos sistemas fluviais entre América e África.
c) As ligações atuais entre os continentes no Hemisfério Sul.
d) A semelhança entre os contornos da costa sul‐americana e africana.
e) A distribuição das águas constituindo um só oceano.
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3. Há 250 milhões de anos, no fim da Era Paleozoica, existia na Terra o supercontinente Pangeia, que era
circundado pelo Oceano Pacífico. Há 200 milhões de anos esse supercontinente teria começado a se
fragmentar em vários continentes, adquirindo, com o tempo, as configurações atuais. Essa teoria foi
idealizada pelo meteorologista Alfred Wegener. Ele concebeu a ideia de que os continentes seriam
compostos por materiais mais leves que o fundo oceânico. Desse modo, os continentes estariam
“flutuando” e migrariam sobre o fundo oceânico, tal como os icebergs. SUGUIO, K., SUZUKI, U. A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida. São Paulo: Blücher, 2009. p. 18.
A teoria citada explicita a ideia de que
a) as áreas oceânicas mantêm-se inalteradas.
b) existem ciclos de movimentação das placas tectônicas.
c) há evidências de reações nucleares no interior do planeta.
d) movimentos convergentes predominam sobre os divergentes.
e) as placas tectônicas não sofrem alterações
4.
Sobre a figura acima, ;e possível afirmar que:
a) endossa didaticamente o princípio do Atualismo, empregado na análise físico-geográfica do mundo.
b) representa graficamente um dos argumentos da teoria de Alfred Wegener, que antecedeu a hipótese da Expansão dos Fundos Oceânicos.
c) ilustra graficamente o princípio da superposição de camadas litológicas da litosfera, utilizado na análise geológica.
d) representa didaticamente o princípio da Geografia Física, conhecido como “Princípio do Catastrofismo”, defendido por Carl Troll.
e) exemplifica um sistema de projeção cartográfica, conhecido como Projeção Cilíndrica, empregado na análise geográfica.
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5. A dinâmica das áreas de convergência e divergência das placas tectônicas, associada à deriva
continental teve como consequência a
a) homogeneização da fauna marinha na Antártida.
b) desconcentração de maremotos no oceano Índico.
c) localização peculiar de formas biológicas na Austrália.
d) constituição de subducção entre as placas de Nazca e Pacífico.
e) formação de dobramentos recentes entre América do Sul e África.
6. Observe abaixo a representação do supercontinente do sul.
Em 1912, a ideia do movimento dos continentes foi seriamente considerada como uma teoria científica
designada "Derivados Continentes" e publicada em dois artigos pelo meteorologista alemão Alfred
Lothar Wegener. Ele argumentou que há cerca de 200 milhões de anos, ainda na Era Paleozoica, havia
um supercontinente do sul denominado:
a) Pantalassa.
b) Gondwana.
c) Laurásia.
d) Pangeia.
e) Litosfera.
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7. O tectonismo é definido como um movimento lento e prolongado da crosta terrestre, resultante da
movimentação do magma pastoso. Observe a figura abaixo.
Assinale a alternativa que indica o tipo de formação representado na figura.
a) Movimento resultante das forças internas horizontais, conhecido como epirogênese.
b) Formação de Horst, encontrada nas fossas tectônicas localizadas no fundo dos oceanos.
c) Resultado do movimento de compressão lateral sofrida por uma determinada área de rochas não resistentes, o qual recebe o nome de dobras.
d) Deslocamento de blocos provocado pelo choque de placas tectônicas, ocasionando a formação de
estruturas falhadas, conhecidas como Graben.
e) Soerguimento de uma falha por meio de pressões internas verticais, o que resulta em blocos montanhosos, como, por exemplo, a formação da Cordilheira dos Andes.
8. Observe o mapa abaixo
A partir do mapa, é correto afirmar que
a) a divergência das Placas Sul-Americana e Africana é responsável pela expansão do assoalho marinho no Oceano Pacífico.
b) os terremotos ocorrem com frequência nos limites das placas tectônicas, como, por exemplo, na
costa leste da América do Sul.
c) grandes dobramentos modernos são formados na convergência das Placas Euro-Asiática e Indo-Australiana.
d) o movimento das placas tectônicas indica que a crosta terrestre não é estática e apresenta maior
instabilidade no interior dessas placas.
e) Os grabens se formam na área de contato das placas tectônicas onde o movimento é estático.
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9. Tectônica de placas é uma teoria que demonstra a crosta terrestre formada por um conjunto de placa
que deslizam por causa das correntes de convecção no interior da terra. Muitas dessas falhas ocorrem
nos oceanos, embora elas possam se estender para o interior do continente, como por exemplo a Falha
de San Andréas, na Califórnia, nos Estados Unidos. Observe a gravura abaixo.
TEIXEIRA, Wilson e outros (org.) Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
Na gravura acima a letra “A” corresponde ao movimento da placa que exemplifica a origem da Falha
de San Andréas. Essa falha se movimenta com bordas
a) construtivas.
b) destrutivas.
c) transformantes.
d) divergentes.
e) Convergentes
10. Graben e Horst são formas de relevo associadas às falhas tectônicas.
Terra – feições ilustradas. UFRGS. 2003
No Brasil, os exemplos para I e II são, respectivamente,
a) Vale do Itajaí e Serra Geral.
b) Vale do Paraíba e Serra do Mar.
c) Planície Amazônica e Serra do Cachimbo.
d) Planície Amazônica e Serra do Cachimbo. e) Planície Costeira e Serra do Espinhaço.
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Gabarito
1. E O processo de formação da Terra associa-se ao fato de possuir um interior uma alta temperatura e
pressão, sendo o magma um fluido. Quanto mais para a superfície, menor a temperatura e pressão,
permitindo um adensamento que se movimenta por essa diferença.
2. D
A deriva continental resulta da dinâmica das placas tectônicas ao longo das Eras Geológicas. Uma das
evidências da deriva é o contorno dos continentes, a exemplo do “encaixe” entre a África e a América do
Sul.
3. B
A deriva continental é explicada pela movimentação ininterrupta das placas tectônicas.
4. B
A figura representa a Pangeia, grande continente existente na Era Paleozoica e que depois foi
fragmentado conforme explica a Teoria da Deriva Continental.
5. C
O alto nível de endemismo da Austrália resulta do isolamento do continente no processo de separação
da Pangeia.
6. B
Segundo a teoria da “Deriva dos Continentes”, elaborada por Alfred Wegener, havia originalmente uma
única massa emersa denominada Pangeia, que ao se dividir formou a Laurásia (América do Norte, Europa
e Ásia) e a Gondwana (América do Sul, África, Austrália, Antártica e parte da Ásia).
7. C
Quando observamos uma cadeira montanhosa, estamos percebendo muitas vezes a ponta de uma placa
tectônica em soerguimento. Quando duas placas se chocam, formam dobras no relevo. Se as rochas
forem muito resistentes acontecem as falhas e quebras.
8. C
A placa euroasiática e indo-australiana estão em convergência como mostra o mapa, formando uma área de muitos dobramentos modernos.
9. C
A gravura A ilustra o movimento conhecimento como transformante entre as placas tectônicas. O B seria
divergente e o C convergente.
10. B
O Graben indica uma área baixa, correspondente ao Vale do Paraíba. O vale sempre está próximo de
elevações como serras, podendo ser elucidado como a Serra do Mar que fica principalmente no Rio de
Janeiro.
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Vulcanismo e abalos sísmicos
Resumo
A relação entre vulcanismo e sismicismo
O vulcanismo e o sismicismo são processos que têm origem na dinâmica interna da Terra e mantêm
estreita relação entre si. Esta relação existe porque a atividade vulcânica pode ocasionar sismos no momento
em que o magma é expelido por uma alta pressão, assim como os tremores de terra podem gerar fraturas na
Terra, levando à ocorrência de atividade vulcânica. Ou seja, sismicidade e vulcanismo esculpem e/ou formam
o relevo da Terra.
O que é vulcanismo?
Vulcanismo é o nome dado ao processo geológico que ocorre no interior da Terra e que alcança a
superfície terrestre. Neste processo, há o extravasamento do magma por uma abertura na superfície terrestre,
chamada de vulcão, estrutura geralmente cônica e montanhosa. Cabe destacar que o magma, ao chegar à
superfície, é chamado de lava.
A maioria dos vulcões surgem nos limites entre placas tectônicas, já que, nos limites entre placas,
ocorre uma movimentação causada pelas correntes de convecção do magma. Isso possibilita que, nesta área
de instabilidade tectônica, seja possível o extravasamento do magma. Um exemplo claro disso é o Círculo de
Fogo do Pacífico, também conhecido como Anel de Fogo do Pacífico, uma área muito conhecida pelas
ocorrências de tremores de terra e atividade vulcânica.
Formas de liberação do magma – Derrame e Erupção
A câmara magmática, por possuir alta pressão e baixa densidade em relação às rochas em volta e altas
temperaturas, faz com que o magma seja expelido para fora do vulcão de duas possíveis
formas: derrame ou erupção. A primeira forma, o derrame, refere-se à liberação do magma de forma suave,
através de uma fenda maior, enquanto na erupção o magma é expelido de forma explosiva.
Tipos de vulcão
Os vulcões podem ser classificados em três tipos:
• Ativos: são aqueles considerados perigosos, pois a qualquer momento estão sujeitos à atividade
eruptiva.
• Inativos: são aqueles que possuem condições de entrar em erupção, mas passam por momento
de calmaria.
• Extintos: já tiveram períodos de atividade vulcânica, mas, a curto prazo, não entraram em erupção.
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Geografia
Hotspots
Os hotspots (“pontos quentes”) se referem à atividade vulcânica intraplaca tectônica. São áreas no
interior de algumas placas tectônicas em que há a ocorrência de vulcões e a possibilidade de tremores de
terra. Esse tipo de vulcanismo origina vulcões isolados no interior das placas continentais, além de ilhas e
vulcões no interior de placas oceânicas, que são placas que se movimentam sobre um ponto quente fixo.
Sismicidade
Hipocentro e epicentro de um terremoto
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Os sismos, também chamados de tremores de terra, abalos sísmicos ou terremotos, são fortes
tremores de terra originados pela liberação da energia acumulada no interior da Terra, gerando ondas
sísmicas.
O epicentro é o local na superfície terrestre pelo qual a energia consegue ser extravasada, onde se
sentem os efeitos do terremoto, e o hipocentro é o local no interior da crosta terrestre onde ocorre a liberação
da energia do choque entre as placas.
Quando os sismos ocorrem na superfície terrestre, eles se manifestam na forma de um terremoto.
Quando a origem do sismo é no fundo do oceano, ele pode ocasionar os tsunamis, grandes deslocamentos
de água do mar em direção ao continente.
Intensidade e magnitude dos sismos
A intensidade sísmica é uma medida qualitativa baseada nos efeitos destrutivos gerados pelos
terremotos em locais da superfície terrestre. Essa classificação de intensidade sísmica é feita com base
na Escala Mercalli, uma escala que possui diferente níveis e que classifica os terremotos de acordo com os
danos produzidos nas pessoas, objetos, estrutura e meio ambiente. Por sua vez, a Escala Richter é uma
medida quantitativa que mede a magnitude dos terremotos. Através desta escala, a energia liberada pelos
sismos é medida pelos sismógrafos.
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Exercícios
1. Observe a imagem da Falha de Santo André, na Califórnia (EUA).
Disponível em: http://static.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/falha-de-san-andreas.jpg
A importante Falha de Santo André está relacionada
a) ao deslizamento horizontal entre as placas do Pacífico e Norte-Americana.
b) ao rebaixamento da placa de Nazca em relação à placa do Pacífico.
c) à meteorização da plataforma continental do litoral Pacífico.
d) à corrosão das rochas que formam o substrato cristalino californiano.
e) ao ravinamento das rochas resultante da semiaridez do oeste californiano.
2. O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a
humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as
atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse
respeito, pode-se afirmar que o vulcanismo
a) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo indefinidamente na história evolutiva da Terra.
b) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece atualmente.
c) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as camadas internas da Terra.
d) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos materiais e mudanças em seus estados físicos.
e) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de materiais fluidos.
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Geografia
3. Os terremotos e os tsunamis são eventos que passaram a ser mais bem compreendidos com o estudo
da estrutura interna da Terra, especialmente a partir da
a) verificação da alta densidade dos materiais que compõem a crosta terrestre, cuja composição, rica em magnésio, ferro e silício, promove falhas e rupturas.
b) descoberta do campo magnético gerado pelo núcleo terrestre, cuja interferência provoca instabilidade na consolidação do embasamento rochoso.
c) identificação das espessuras de cada camada, cuja proporcionalidade explica a fragilidade da porção mais externa.
d) constatação de que a crosta terrestre é descontínua e fragmentada, cujos fragmentos respondem à convecção do magma.
e) coleta de amostras ao longo das diferentes camadas, cujos materiais permitiram identificar graus de porosidade e resistência distintos.
4.
TEIXEIRA et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000.
Sobre a dinâmica geológica apresentada, é correto afirmar que se
a) observa a geração de um sismo por liberação de esforços em uma ruptura.
b) evidenciam áreas de subducção com mergulho de uma camada sobre a outra.
c) percebem camadas que se comprimem e acumulam energia no núcleo terrestre.
d) destacam diferentes linhas de ruptura que propagam vibrações para a superfície.
e) ressalta uma zona de metamorfismo com deformação de rochas sedimentares químicas.
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5. As usinas geotérmicas são uma forma alternativa de geração de energia elétrica por utilizarem as
elevadas temperaturas do próprio subsolo em algumas regiões. Considere as informações do esquema
e do mapa a seguir:
O país cuja localização espacial proporciona condições ideais para amplo aproveitamento da energia
geotérmica é:
a) Islândia
b) Nigéria
c) Uruguai
d) Austrália
e) França
6. De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem
sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas,
poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo
sísmico. ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. Com Ciência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n.º
117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012.
O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos
às áreas de
a) alívio da tensão geológica.
b) desgaste da erosão superficial.
c) atuação do intemperismo químico.
d) formação de aquíferos profundos.
e) acúmulo de depósitos sedimentares.
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Geografia
7. Forte terremoto atinge a cidade do méxico no aniversário do tremor de 1985 "Um terremoto de magnitude 7.1 atingiu o México na tarde desta terça-feira (19). O forte tremor foi
sentido em 18 municípios, incluindo a Cidade do México, onde edifícios caíram e pessoas estão
soterradas. Na atualização mais recente, as autoridades do pais confirmaram que ao menos 224
pessoas morreram na região central mexicana." Reportagem do UOL noticias de 19/09/2017. Disponível em:<https://noticias.uol.com.br/internadonal/ultimas-
noticias/2017/09/19/terremoto-cidade-do mexico.htm>. Acesso em: 08 out.2017.
No que se refere à dinâmica da litosfera terrestre, podemos afirmar que
a) eventos como o que ocorreu recentemente no México estão diretamente relacionados com a dinâmica das placas tectônicas.
b) a magnitude do terremoto retratado não tem capacidade de destruição em grande proporção, os desastres ocorridos foram acarretados por ação humana.
c) os limites divergentes de placas tectônicas são os que desencadearam os maiores tremores já registrados.
d) ocorrem grandes tremores quando duas placas tectônicas colidem, mas isso não provoca deformação na sua estrutura.
e) surgem estruturas como as grandes cordilheiras, a exemplo dos Andes, Alpes e Himalaia, a partir de movimentos divergentes de placas tectônicas.
8. Observe o mapa a seguir.
Disponível em: www.gfe-potsdam.de. Adaptado
Pautado na linguagem cartográfica e em aspectos naturais do planeta, o mapa reúne informações acerca
a) da escassez hídrica, com predomínio nas parcelas meridionais das terras emersas.
b) do impacto antrópico, com ocupações urbanas concentradas nas bordas continentais.
c) do desmatamento, com maior ocorrência em áreas próximas à faixa equatorial.
d) do perigo sísmico, com maior suscetibilidade em áreas de limite de placas.
e) da poluição dos solos, com maior impacto em parcelas densamente povoadas.
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9. Geocientistas estimam que, a cada ano, o Himalaia cresça cerca de 4 mm de altura. É um fenômeno
imperceptível aos olhos humanos, mas que ocorre há milhões de anos, contribuindo para a formação
dessa importante estrutura geológica. O movimento tectônico responsável pela formação das cadeias
de montanhas, como a do Himalaia, é conhecido como:
a) Orogênese
b) Diogênese
c) Fotogênese
d) Paleogênese
e) Antrogênese
10. O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em fevereiro, provocou
mudanças significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de
Concepción se deslocou pelo menos três metros para a oeste, enquanto Santiago, mais próxima do
local do evento, deslocou-se quase 30 centímetros para a oeste-sudoeste. As cidades de Valparalso,
no Chile, e Mendoza, na Argentina, também tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4
centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente).
Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31,2010.
No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície
terrestre. Esses eventos estão concentrados em
a) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras.
b) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis.
c) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos modernos.
d) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com alterações bruscas de temperatura.
e) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões conhecidas como pontos quentes.
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Questão Contexto
Leia o seguinte texto: No último mês de março, a Terra teve um de seus piores desastres naturais: o Japão foi atingido pelo maior terremoto de sua história, seguido por um tsunami, que varreu uma vasta área da costa nordeste do país. Com uma força equivalente ao poder de 30.000 bombas de Hiroshima, os estragos foram imensos e a situação de calamidade foi potencializada pela explosão de uma usina nuclear e pelo vazamento radioativo na província de Fukushima, a 270 quilômetros ao norte de Tóquio.
Disponível em: <http://www.macroplan.com.br/Documentos/NoticiaMacroplan201146101445.pdf>. Acesso em: 25 set. 2011.
Adaptado.
a) Qual a relação entre o terremoto e o tsunami?
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Geografia
Gabarito
1. E A falha de santo André é um exemplo de movimento transcorrente em placas tectônicas, típicas de placas
continentais, que formam essa morfologia observada na imagem.
2. D
O vulcanismo pode ser compreendido didaticamente como um cano que libera a pressão do interior da
terra, expelindo o magma para fora. Ao chegar na superfície o magma se condensa podendo formar até
arcos de ilhas.
3. D
A crosta terrestre (litosfera) é fragmentada em placas tectônicas que apresentam toda uma dinâmica,
relacionada aos movimentos convectivos do magma.
4. A
A sensação de tremor provocada por um terremoto é causada pela ruptura ou movimentação de placas
tectônica, de modo que a energia liberada no hipocentro é sentida até o epicentro, se alastrando na
superfície.
5. A
A Islândia é conhecida mundialmente pela exploração de energia geotérmica, uma vez que seu território
se encontra no limite das placas eurasiana e norte americana.
6. A
Os terremotos ocorrem pela liberação da energia ocorrida numa movimentação de placas.
7. A
Terremoto é a propagação de ondas sísmicas causadas pela liberação de energia com a ruptura ou
acomodação de camadas da crosta e estão associados as placas tectônicas.
8. D O mapa indica a intensidade dos movimentos sísmicos do planeta, cujo hipocentro ocorre em bordas de
placas tectônicas quando há liberação de energia em razão dos movimentos da crosta.
9. A
O prefixo oro expressa a ideia de montanha, como por exemplo em orografia ou orogenia.
10. C
A propagação de ondas sísmicas tem sua origem em áreas de bordas de placas tectônicas, como a
Cordilheira dos Andes localizada em parte, no Chile.
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Geografia
Questão Contexto
Nas áreas próximas aos limites entre as placas em zonas convergentes das placas ocorre grande tensão
que acumula intensa energia, que ao ser descarregada pode acarretar terremotos nas áreas continentais
e tsunamis nas áreas oceânicas.
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Geografia
Agentes externos: Erosão
Resumo
A erosão consiste no desgaste, transporte e deposição de uma rocha.
Tipos de erosão:
• Pluvial: Causada pela ação das chuvas. Uma consequência deste tipo de erosão é a ocorrência dos
movimentos de massa, principalmente em encostas com pouca ou sem cobertura vegetal, responsável
por infiltrar gradualmente essa carga de água no solo.
• Fluvial: Causada pela ação dos rios. A ação dos rios pode levar à formação de vales e canyons.
• Eólica: Relacionada à ação dos ventos. Esse tipo de erosão pode levar à formação do relevo em taça.
• Marinha: Relacionada à ação das ondas. Esse tipo de erosão pode formar as chamadas falésias, forma
do relevo originada pelo processo de abrasão.
• Glacial ou nival: Relacionada à ação do gelo ou da neve. Conseguem carregar grandes massas devido
ao ar rarefeito. Um exemplo de formação do relevo associada a estes tipo de erosão são os fiordes, vales
rochosos com grandes paredões encontrados principalmente nas regiões de altas latitudes.
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Geografia
A erosão pode ainda ser agravada pelas ações antrópicas; dentre estas, cabe destacar as seguintes:
• Retirada da cobertura vegetal: em muitos casos, ao ocupar uma área, por exemplo, de encosta, o ser
humano aumenta a possibilidade de erosão. Isso ocorre porque, ao retirar a cobertura vegetal de um
solo, este se torna mais vulnerável à infiltração da água das chuvas, pois as plantas e raízes que antes
a absorveriam não existem mais.
• Atividades mineradoras: a mineração também é um exemplo de causa humana da erosão. Isso porque
uma das etapas desta atividade é a retirada de parte do solo para a descoberta de um minério, o que
ocasiona a perda da estrutura de sustentação do solo, podendo levar à erosão das áreas próximas.
Cabe destacar também que as erosões acarretam alguns aspectos visíveis no solo, como, por exemplo, os
sulcos, as voçorocas e as ravinas. De modo geral, pode-se dizer que as erosões são iniciadas pelo processo
de lavagem superficial dos solos, também chamado de lixiviação ou erosão laminar. Depois, elas são
intensificadas com o processo de ação das chuvas e dos ventos, surgindo buracos sobre a terra; são as
chamadas erosões em sulcos ou sulcos erosivos. Quando os agentes exógenos do relevo continuam a atuar,
pode ocorrer o processo de formação de ravinas e voçorocas.
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Geografia
Exercícios
1. […] causado pela água das chuvas, tem abrangência em quase toda a superfície terrestre, em especial
nas áreas com clima tropical, cujos totais pluviométricos são bem mais elevados do que em outras
regiões do planeta. O processo tende a se acelerar à medida que mais terras são desmatadas[…] uma
vez que os solos ficam desprotegidos da cobertura vegetal e, consequentemente, as chuvas incidem
direto sobre a superfície do terrenos. GUERRA, A. J. T. Geomorfologia urbana. Rio de Janeiro:Bertrand Brasil, 2011.
O texto descreve um processo que pode ser acelerado com:
a) a manutenção da vegetação.
b) a construção de curvas de nível.
c) o planejamento urbano e ambiental.
d) o aumento da matéria orgânica do solo.
e) a construção nas encostas de morros.
2.
O esquema representa um processo de erosão em encosta. Que prática realizada por um agricultor
pode resultar em aceleração desse processo?
a) Plantio direto.
b) Associação de culturas.
c) Implantação de curvas de nível.
d) Aração do solo, do topo ao vale.
e) Terraceamento na propriedade.
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Geografia
3. A superfície terrestre encontra-se em permanente evolução. Algumas mudanças que ocorrem são
imperceptíveis de observação na escala temporal humana, enquanto outras podem ser facilmente
verificadas, como a percebida no desenho esquemático a seguir. Observe-o.
Pelas características visualizadas, é CORRETO afirmar que essa encosta está submetida ao seguinte
processo físico-geográfico:
a) Erosão fluvial.
b) Movimento de massa lento.
c) Falhamento normal.
d) Desmoronamento.
e) Deslizamento.
4. Os processos geomorfológicos internos ou exógenos deixam sempre impressas de sua atuação. Eles
desenvolvem, inclusive, um conjunto de feições de relevo característico. Esse fato reveste-se de uma
particular importância, quando o pesquisador de áreas, como Biologia, Geografia, Geologia etc, volta-
se à análise de ambientes pretéritos. Com relação a esse assunto, observe, atentamente a fotografia
reproduzida a seguir e assinale, com base nas evidências morfológicas, o processo responsável pela
elaboração da paisagem visualizada em primeiro plano.
a) Erosão eólica.
b) Erosão glacial.
c) Tectonismo ruptural.
d) Neotectonismo plástico.
e) Sedimentação fluvial.
5
Geografia
5.
Disponível em: http://www.botanic.com.br. Acesso em: 08/12/2013
A imagem mostra um dos maiores problemas da atualidade, a perda de solo devido à ocupação
irregular ou o mau aproveitamento da terra. O processo de destruição do solo mostrado na figura, uma
vez iniciado, não tem retorno, há medidas para conter seu avanço, mas não há garantias de
recuperação da fertilidade perdida. Esses buracos são chamados de
a) deslizamento.
b) voçoroca.
c) afundamento.
d) assoreamento.
e) lixiviação.
6
Geografia
6. A figura representa o processo de evolução de uma forma de relevo associada à água
Assinale a alternativa que contém o tipo de paisagem, o processo geomorfológico atuante e o
resultado final.
a) Paisagem lacustre; sedimentação; desaparecimento do lago.
b) Paisagem marinha; assoreamento; falésia.
c) Paisagem fluvial; abrasão; terraço.
d) Paisagem pluvial; desmatamento; revegetação.
e) Paisagem desértica; pedimentação; dunas.
7.
A imagem representa o resultado da erosão que ocorre em rochas nos leitos dos rios, que decorre do
processo natural de
a) fraturamento geológico, derivado da força dos agentes internos.
b) solapamento de camadas de argilas, transportadas pela correnteza.
c) movimento circular de seixos e areias, arrastados por águas turbilhonares.
d) decomposição das camadas sedimentares, resultante da alteração química.
e) assoreamento no fundo do rio, proporcionado pela chegada de material sedimentar.
7
Geografia
8. Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de procurar
resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos
ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer
como a água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa,
quase sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas. GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de
bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).
A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar
catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho
contrário a essa solução é
a) a aração.
b) o terraceamento.
c) o pousio.
d) a drenagem.
e) o desmatamento.
9.
LEINZ, V. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989 (adaptado).
A causa da formação do curso-d'água encachoeirado, tal como ilustrado na imagem, é a
a) deposição de fragmentos rochosos.
b) circulação das águas em redemoinho.
c) quantidade de material sólido transportado.
d) escavação de caldeirões pelo turbilhonamento.
e) diferente resistência à erosão oferecida pelas rochas.
8
Geografia
10. O conceito de erosão apresenta definições mais amplas ou mais restritas. A mais abrangente envolve
os processos de denudação da superfície terrestre de forma geral, incluindo desde os processos de
intemperismo de todos os tipos até os de transporte e deposição de material. Outro conceito, mais
restrito, envolve apenas o deslocamento do material intemperizado, seja solo ou rocha, por agentes
de transporte como a água corrente, o vento, o gelo ou a gravidade, produzindo formas erosivas
características. R. Fairbridge. The Encyclopedia of Geomorphology, 1968. Adaptado.
Exemplo de processo ao qual se aplica o conceito mais restrito de erosão é
a) a formação de rochas.
b) a oxidação de rochas.
c) a formação de sulcos no solo.
d) a formação de concreções no solo.
e) o vulcanismo da crosta.
9
Geografia
Gabarito
1. E
A construção nas encostas de morros contribui para a aceleração do processo erosivo visto que exerce
um peso sobre o solo, solo este que em muitos casos já está instável devido à retirada de vegetação e
outras ações antrópicas somadas às condições naturais como incidência de chuvas, ocasionando os
chamados movimentos de massa.
2. D
Caso um agricultor promovesse a aração no solo representado no esquema isto intensificaria o
processo de transporte de sedimentos, isso porque a prática consiste em “soltar” a terra em que as
sementes serão depositadas, tornando ela mais fofa e permeável. Por outro lado, essa técnica contribui
para que o solo fique mais suscetível à erosão, visto que os sedimentos estarão menos agregados.
3. B
Observando-se a pouca vegetação e o grau de declividade do relevo, identifica-se que este solo está
suscetível à erosão pluvial (causada pelas chuvas) que ocasionará um movimento de massa lento. Esta
lentidão está associada à declividade não muito acentuada.
4. A
O relevo apresentado, denominado relevo de taça, é resultado da ação erosiva do vento em que estes
exercem a erosão da parte mais baixa da estrutura, promovendo a retirada de partículas e formando
assim um relevo singular.
5. B
O buraco apresentado pela imagem é chamado de voçoroca, fenômeno geológico que consiste na
formação de grandes buracos a partir da erosão, causados pela chuva principalmente, em solos onde a
vegetação é escassa e não mais protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por
enxurradas.
6. A
A evolução da paisagem apresentada evidencia uma consequência do processo erosivo em que
incialmente tem-se um lago que ao longo do tempo sofre o processo de sedimentação – acúmulo no
fundo do lago de sedimentos resultantes de processo erosivo – o que culmina no desaparecimento do
lago.
7. C
A forma resultante da ação erosiva – tendo como agente as águas dos rios – aponta que o processo
que a originou foram sucessivos movimentos circulares, com a presença de sedimentos. Sendo assim,
a única opção que faz a descrição destes movimentos é a que fala sobre as águas turbilhonares com a
presença de seixos e areias.
8. E
É necessário conhecer os impactos do desmatamento e o nome de algumas técnicas que ajudam a
conservar o solo, visando não deixa-lo sobrecarregado, como o pousio. A questão é sobre impactos
ambientais porém um conhecimento sobre os impactos da agricultura e algumas soluções auxiliariam
a resolver a questão.
10
Geografia
9. E
Conforme a figura, a formação da cachoeira deve-se a erosão diferencial provocada pela água do rio
nas rochas. A queda d’água ocorre onde a rocha oferece maior resistência à erosão remontante.
10. C
A erosão em seu conceito mais restrito limita-se ao transporte e sedimentação. Nesse sentido, a ação
da chuva pode levar a formação de feições erosivas no solo, como pequenos sulcos, que devido a
remoção de sedimentos, pode evoluir para uma ravina e, posteriormente, uma voçoroca.
1
Geografia
Agentes externos: Intemperismo
Resumo
O processo de intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na transformação das
rochas, alterando o material, transformando-o em outro.
Tipos de intemperismo
• Físico: Transformações que derivam de fenômenos físicos, tais como a temperatura e a pressão.
• Químico: Transformações que derivam de fenômenos químicos, tais como a hidrólise, acidificação e a
oxidação.
• Biológico: Transformações que derivam da ação de seres vivos e que frequentemente aparecem
associadas à um dos outros dois tipos de intemperismo. Alguns exemplos do intemperismo biológico
podem ser destacados, tais como, a ação das minhocas, da decomposição de organismos e de raízes
de árvores.
Cabe destacar que as áreas mais secas têm predomínio do intemperismo físico, a exemplo do sertão
nordestino, e as áreas mais úmidas têm o predomínio do intemperismo químico, a exemplo das áreas
litorâneas e da Amazônia brasileira.
O intemperismo relaciona-se ainda com a pedogênese, processo de formação dos solos, que ocorre com a
decomposição de rochas causada pela ação da água (chuvas) que origina os chamados horizontes do solo.
Efeitos da erosão e do intemperismo
Uma das áreas de risco de deslizamento identificada na capital da Bahia no início de 2015
Podem ser destacadas algumas consequências da erosão e do intemperismo no dia-a-dia, que por vezes
passam despercebidos.
Uma destas consequências é o deslizamento de terra, ou movimentos de massa, que ocorre em áreas de
encostas. Nestas áreas, é comum observar que há a retirada da vegetação natural para a construção de
2
Geografia
moradias de pouca estrutura e o despejo inadequado de lixo, aspectos que, somados a outros, acarretam
desastres com perdas materiais e, em alguns casos, perdas humanas.
Outro exemplo de efeito da erosão é a destruição de infraestruturas, como habitações, localizadas próximas
às praias arenosas. Causados pela erosão marinha, ou seja, pela ação das ondas, os danos podem ser
impedidos ou ao menos serem pouco impactantes com a construção de medidas de proteção, como
construções de defesa costeira ou realimentação das praias.
3
Geografia
Exercícios
1. Durante 2004, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o IME (Instituto Militar de Engenharia) realizaram novas medições, agora com GPS (Sistema de Posicionamento Global), obtendo para os pontos mais altos do Brasil, os valores da tabela abaixo.
As altitudes brasileiras que aparecem na tabela são modestas em relação às maiores altitudes do
planeta, encontradas por exemplo, no Himalaia ou na Cordilheira do Andes. Isso se deve ao fato de:
a) o Brasil possuir em seu território a atuação de movimentos orogênicos, devido ao choque de
placas tectônicas.
b) a maior parte do território brasileiro ser de formação geológica antiga, e sua superfície se
encontrar desgastada pelas forças exógenas.
c) no Brasil predominarem terrenos de estrutura geológica da era cenozóica, do período quaternário;
portanto, bastante antigos.
d) serem de origem muito recente, da era cenozóica, os maiores picos brasileiros, que apresentam
altitudes abaixo de 3.000 metros, já que ainda não houve tempo para o soerguimento e a
formação de montanhas.
e) as forças endógenas ainda predominarem no Brasil e desgastarem o relevo, deixando-o com
predominância de planícies e com altitudes modestas.
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Geografia
2. Observe o diagrama abaixo. Esse diagrama representa a relação entre o intemperismo físico e químico e o clima.
Sobre o intemperismo físico e químico, podemos afirmar:
a) as regiões localizadas em baixa latitude e que possuem climas úmidos possuem intemperismo
químico menos intenso.
b) nas florestas tropicais úmidas e nos climas de monções, o intemperismo químico é mais
significativo do que o intemperismo físico.
c) nas regiões áridas e frias, onde o intemperismo químico predomina, as rochas tendem a ser mais
pontudas, angulares e recortadas.
d) o intemperismo físico é elevado nos climas úmidos de latitudes medianas, sendo evidenciado
pela profundidade dos solos e formas arredondadas.
e) o intemperismo químico é considerado mais intenso em regiões de baixa temperatura e média
precipitação.
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Geografia
3. Intemperismo é o nome que se dá ao conjunto de processos que modificam as rochas, fragmentando-
as (intemperismo físico) ou alterando-as (intemperismo químico). O predomínio de um tipo em relação
a outro, nas diversas regiões da Terra, vai depender das temperaturas, combinadas ao volume das
precipitações e do estado físico da água
Observando o mapa, é CORRETO afirmar que nas regiões A, B e C, há predomínio, respectivamente, do
intemperismo
a) químico – físico – químico.
b) físico – químico – químico
c) químico – químico – físico
d) físico – físico – químico.
e) químico – físico – físico.
4. As reações químicas do intemperismo são, em sua grande maioria, controladas pela água. O resultado
dessas reações forma os minerais que estão presentes no regolito e podem ocorrer por
a) reversibilidade e hidrólise.
b) deslocamento e oxidação.
c) dissolução, oxidação e hidrólise.
d) deslocamento, reversibilidade e dissolução.
e) hidrólise e deslocamento
5. Tempo rei – Gilberto Gil “A letra da canção enfoca o tempo e o espaço que transcorrem e transformam tanto a matéria quanto
o pensamento. Os versos da canção de Gilberto Gil, “Pães de Açúcar/ Corcovados/ Fustigados pela
chuva e pelo eterno vento”, podem referir-se a um conceito da geografia física, o qual “constitui o
conjunto de processos operantes na superfície terrestre que ocasionam a decomposição dos minerais
das rochas, graças à ação de agentes atmosféricos e biológicos” Leinz, V. e Amaral, S. Geologia Geral.
O conceito acima referido é o:
a) Intemperismo;
b) Metamorfismo;
c) Magmatismo;
d) Maganicismo;
e) Tectonismo
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Geografia
6. "O solo não é estável, nem inerte; muito pelo contrário: constitui um meio complexo em perpétua
transformação, submetendo-se a leis próprias que regem sua formação, sua evolução e sua
destruição. Forma-se no ponto de contato da atmosfera, da litosfera e da biosfera; participa
intimamente nesses mundos tão diversos, pois mantém relações constitutivas com o mundo mineral,
assim como com os seres vivos." Extraído de DORST, Jean. Antes que a natureza morra: por uma ecologia política. São Paulo: ED. USP, 1973.
A partir do texto acima, é possível afirmar que:
a) Em áreas desmatadas, a velocidade de escoamento superficial é acelerada, e a água diminui sua
capacidade de transportar partículas sólidas em suspensão.
b) As características do solo não estão relacionadas com as formas de relevo e a drenagem da água
dos terrenos.
c) O tipo de solo predominante no Brasil é o permafrost, próprio das regiões de clima quente e úmido,
devido ao processo intenso de lavagem e dissolução dos sais minerais que o compõem - a
lixiviação.
d) O plantio de espécies leguminosas intercaladas entre os cultivos permanentes, como o café, não
garante o equilíbrio orgânico do solo e o protege da erosão.
e) Os solos se desenvolvem a partir de um processo lento de intemperismo físico e químico sobre
uma determinada rocha e sob a influência de seres vivos.
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Geografia
7.
De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual
tipo climático?
a) Tropical.
b) Litorâneo.
c) Equatorial.
d) Semiárido.
e) Subtropical.
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Geografia
8. Analise a imagem abaixo.
ECIENCIA-USP. Disponível em: <http://www.eciencia.usp.br/>. Acesso em: 24 de jul. 2013.
Trata-se da Pedra da Tartaruga, situada no Parque Nacional de Sete Cidades-PI, que retrata o
resultado do processo da desagregação de uma rocha. Nela, os minerais constituintes se dilatam
quando aquecidos e se contraem quando resfriados. Seus principais agentes de intemperismos são a
variação de temperatura e a cristalização que ocorrem nas áreas de grande amplitude térmica,
desérticas e semiáridas.
O que caracterizou essa modelagem da Pedra da Tartaruga foi o intemperismo
a) cratônico.
b) biológico.
c) químico.
d) fluvial.
e) físico.
9. As variações de temperatura ao longo dos dias e noites nas diferentes estações do ano causam
expansão e contração térmica nos materiais rochosos, levando à fragmentação dos grãos minerais.
Além disso, os minerais, com diferentes coeficientes de dilatação térmica, comportam-se de forma
diferenciada às variações de temperatura, o que provoca deslocamento relativo entre os cristais,
rompendo a coesão inicial entre os grãos.
Todos os processos que causam desagregação das rochas, com separação dos grãos minerais antes
coesos e com sua fragmentação, transformando a rocha inalterada em material descontínuo e friável,
constituem o processo de
a) intemperismo físico.
b) laterização.
c) lixiviação.
d) formação das voçorocas.
e) ravinamento.
9
Geografia
10. Ao considerar a influência da infiltração da água no solo e o escoamento superficial em topos e encostas, é correto afirmar que
a) a maior infiltração e o menor escoamento superficial retardam o processo de intemperismo físico
e aceleram a erosão.
b) a menor infiltração e o menor escoamento superficial inibem a erosão e favorecem o
intemperismo químico.
c) a menor infiltração e o maior escoamento superficial aceleram o intemperismo fisico e químico e
retardam o processo de erosão.
d) a infiltração e o escoamento superficial aceleram, respectivamente, os processos de
intemperismo químico e de erosão.
e) a menor infiltração e o escoamento superficial inibem o intemperismo físico, favorecendo a
erosão e o intemperismo químico.
10
Geografia
Gabarito
1. B
A verificação da altitude dos pontos mais altos do relevo brasileiro permite afirmar que ele está sujeito
ao processo de intemperismo e de erosão, visto que estas forças exógenas predominam sobre relevos
antigos e estáveis como é o caso do Brasil.
2. B
O intemperismo químico é mais significativo em áreas de clima úmido, como o monçônico e o tropical.
3. D
Analisando a influência da temperatura, da precipitação e do estado físico da água temos a ocorrência,
respectivamente, de intemperismo físico, físico e químico. A variação de temperatura das rochas,
principal fator do intemperismo físico, se deve ao constante aquecimento pelo sol seguido do brusco
resfriamento pelas chuvas. Com isso, as rochas contraem e dilatam continuamente, o que causa sua
fragmentação. Já nas regiões polares ou de grandes altitudes, a água congela nas fissuras das rochas
e as dilata, fragmentando-as em partes menores. A água, agente mais importante do intemperismo
químico, reage quimicamente com os minerais componentes das rochas, produzindo substâncias
ácidas que as corroem, o que favorece a degradação. Em regiões de climas tropicais, em que os índices
de umidade são elevados, o intemperismo químico é mais intenso.
4. C
O intemperismo químico se caracteriza pela ação da água sobre a rocha, o que irá resultar em processos
como dissolução, oxidação e hidrólise. As alternativas seguintes são incorretas porque no
intemperismo químico não ocorre reversibilidade ou deslocamento.
5. A
O referido trecho da canção de Gilberto Gil faz referência ao processo de intemperismo que consiste na
alteração física, química ou biológica das rochas, que promove a degradação e enfraquecimento das
mesmas, tornando-as mais suscetíveis à erosão.
6. E
O processo de pedogênese – formação de solos – se dá a partir do intemperismo que transforma uma
determinada rocha a partir da qual se desenvolve um determinado tipo de solo dotado de características
particulares.
7. D
Ao relacionar o diagrama e o mapa, é possível identificar que a região que apresenta um grau de
intemperismo muito fraco é aquela com baixas médias de precipitação (espaços de clima semiárido),
visto que a maior ocorrência do processo de intemperismo é decorrente das altas taxas de pluviosidade.
Por isso, o gabarito só poderia ser aquele que destaca o sertão nordestino brasileiro.
8. E
A imagem retrata uma área que está sujeita ao intemperismo físico, visto que ocorre a dilatação da
rocha devido à variação de temperatura.
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Geografia
9. A
O intemperismo físico é a desagregação física das rochas e seus minerais pela variação de temperatura.
Tal tipo de intemperismo predomina em regiões áridas e semiáridas.
10. D
A infiltração de água acelera o processo de intemperismo químico (água principal agente) bem como o
processo de desgaste, conhecido como erosão
1
Geografia
Estrutura Geológica (Arcabouço)
Resumo
A estrutura geológica refere-se à composição interna de uma determinada área, sua distribuição, idade e o
processo geológico que a formou, enquanto o relevo refere-se à forma que a superfície terrestre assume.
Neste sentido, uma estrutura geológica assume determinada forma do relevo; por exemplo, as bacias
sedimentares (estrutura) podem ser uma planície (forma do relevo), como é o caso da Planície do Pantanal.
As estruturas do relevo também chamadas de províncias geológicas, são importantes para se compreender
a composição de um relevo de uma determinada localidade, mesmo que se refira à uma área que pouco se
conheça o relevo. São três as estruturas geológicas conhecidas:
• Dobramentos modernos: formados a partir do choque entre placas tectônicas (movimento
convergente de placas) em que uma das placas desce e a outra soergue (dobra). Essa estrutura é
chamada de moderna pois, na escala geológica, teve origem em um período recente, o Cenozoico. A
consequência disto é a formação de um relevo pontiagudo, alto e pouco erodido e, devido à altitude e
ao gradiente de inclinação elevado, as áreas de dobramentos modernos tendem a possuir alto potencial
hidrológico. Cabe destacar ainda que são áreas propensas à ocorrência de terremotos e atividade
vulcânica. Podemos citar o Japão e o Himalaia como exemplos.
• Maciços antigos ou escudos cristalinos: estrutura do relevo formada a partir de um processo lento,
antigo e resistente de formação que data do período Arqueano (entre 3,8 a 2,5 bilhões de anos atrás)
e do Proterozoico (entre 2,5 bilhões a 542 milhões de anos), ou seja, são formações Pré-cambrianas.
O desdobramento desta estrutura é a formação de um relevo de baixa altitude, devido à ação erosiva,
e mais arredondado. Cabe destacar que estes escudos são ricos em minérios, os que datam do
Arqueano são ricos em granito e ardósia, e os que datam do Proterozoico são ricos em ouro. Além
destes minérios, no caso do Brasil, há o destaque para o ferro (Quadrilátero ferrífero e Serra de Carajás)
e para o calcário (Maciço do Urucum).
• Bacias sedimentares: são áreas mais baixas formadas pela deposição de sedimentos que levam à
formação de camadas de deposição. O acesso à esta estrutura é muito disputado pelos países, isso
porque nessas áreas chega também matéria orgânica que pela ação da pressão se transforma em
combustíveis fósseis (petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto). Um exemplo de bacia sedimentar
é a região do Golfo Pérsico, no Oriente Médio, que conta com extensas áreas de exploração de petróleo.
No caso brasileiro só existem duas estruturas geológicas que compõem o território, os maciços antigos,
representando 36%, e as bacias sedimentares, com 64%.
2
Geografia
Exercícios
1. Observe a estrutura geológica esboçada a seguir.
Nesse esboço, a seta está indicando a seguinte estrutura:
a) bacia sedimentar.
b) dobra assimétrica.
c) fiorde.
d) falha geológica.
e) domo.
2. A estrutura geológica do Brasil é basicamente constituída por crátons (ou escudos cristalinos e maciços
antigos) e bacias sedimentares. Essas últimas são predominantes, ocupando cerca de 60% do
território, o que pode indicar:
a) uma boa disponibilidade de combustíveis fósseis
b) a predominância de áreas de planície
c) a ausência de depressões relativas
d) uma acentuada amplitude altimetria
e) a não existência de terras verdadeiramente férteis
3
Geografia
3. Atente à seguinte definição de minerais:
“Minerais são elementos ou compostos químicos com composição definida dentro de certos limites,
cristalizados e formados naturalmente por meio de processos geológicos inorgânicos
Filho. J. B. M.; Atendo. D.; McReath. I. In: Teixeira, Wilson. Decifrando a Terra. São Paulo, 2000. p. 28.
Os minerais são muito importantes para o homem em todos os aspectos, desde a alimentação até os
processos industriais. No entanto, os processos e fatores ligados às suas origens
a) estão intimamente ligados às condições físicas locais e aos elementos químicos.
b) limitam-se apenas às condições presentes no interior da Terra.
c) estão presentes somente na superfície da Terra, e nas áreas oceânicas.
d) são eminentemente químicos, não sofrendo as influências das condições de temperatura e
pressão.
e) não se relacionam com a estrutura geológica e são encontrados por acaso em diferentes
condições.
4
Geografia
4. Leia o texto e analise os mapas.
As terras-raras formam um grupo de 17 elementos químicos, com propriedades muito semelhantes
entre si, em termos de maleabilidade e resistência, que permitem aplicações diversas. Indispensáveis
à indústria de alta tecnologia, elas estão no centro de uma disputa global. As maiores reservas em
potencial estão situadas no Brasil. A extração e principalmente o refino das terras-raras são, porém,
altamente poluentes; por esta razão, cientistas estudam novos meios de exploração e novas aplicações
que poluam menos.
De acordo com a leitura do texto e a observação dos mapas, é correto afirmar que as duas maiores
concentrações de reservas de terras-raras estão localizadas nas regiões de integração e
desenvolvimento do
a) Oeste e Araguaia-Tocantins.
b) Sudoeste e Sul.
c) Arco Norte e Madeira-Amazonas.
d) São Francisco e Transnordestino.
e) Sudeste e Transnordestino.
5. Leia o texto que descreve uma estrutura geológica localizada na porção ocidental da América do Sul:
Observamos como principais características da estrutura o fato de ser um relevo mais recente que o
encontrado no restante do continente, bem como o fato de apresentar áreas de instabilidade geológica.
Além do retratado observamos sinais de vulcanismo ativo e de tectonismo recente.
A leitura do texto nos permite afirmar que a estrutura geológica encontrada pode se tratar de um(a):
a) Escudo cristalino
b) Bacia Sedimentar
c) Plataforma cratônica
d) Dobramentos modernos
e) Maciços antigos
5
Geografia
6. “As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de
erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito
antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de
rochas sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul
amazônica e a São Francisco.”
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
As regiões cratônicas das Guianas e a Sul amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões
de escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras
do setor de mineração e destacam-se pela sua história geológica por
a) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês).
b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro.
c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país.
d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural.
e) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura.
7. No Brasil encontramos grandes depósitos importantes de minérios. Parte destes minerais encontrados
são metálicos e estão presente em 4% do território brasileiro. O que poucos sabem é que os minerais
metálicos não são renováveis, ou seja, a natureza não repõe.
Disponível em: <http://www.citra.com.br/minerais-metalicos-no-brasil/>Acesso em: 14 de fev. 2015
A ocorrência, no território brasileiro, do recurso natural apresentado está relacionada
a) à antiguidade de sua estrutura geológica associada a afloramentos cristalinos.
b) à formação de bacias sedimentares acompanhada de processos erosivos.
c) à geração de dobramentos modernos seguida de intemperismo físico.
d) aos processos tectônicos da era cenozoica coligada a formação de rochas metamórficas.
e) a deposição de sedimentos orgânicos ao longo do tempo geológico.
8. No território brasileiro, petróleo e gás são mais extraídos em áreas de
a) rifteamento, sobretudo na depressão sertaneja do Nordeste.
b) núcleos cristalinos, sobretudo nas planícies costeiras.
c) cinturões orogenéticos, especialmente nos planaltos residuais da Amazônia.
d) bacias sedimentares, sobretudo na plataforma continental.
e) dobramentos modernos, especialmente nos planaltos e serras do Sudeste.
6
Geografia
9. Todos os continentes têm um núcleo de crosta continental estável, total ou amplamente formado por
rochas pré-cambrianas com estruturas complexas, normalmente gnáissicas e xistosas, e injetadas por
batólitos graníticos.
ADAS, M. Panorama geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna, 2001.
Sobre a estrutura geológica descrita, pode-se afirmar:
a) Possui importantes jazidas de combustíveis fósseis e de minerais não metálicos.
b) Corresponde a grandes curvamentos, resultantes de forças tectônicas orogenéticas antigas.
c) Apresenta sedimentação contínua, causada por agentes externos, como a água, o vento e a
temperatura.
d) Configura-se como planícies fanerozoicas ou assumem feições de depressões interplanálticas.
e) Apresenta relevos rebaixados, por sofrer intenso processo erosivo, no decorrer do tempo
geológico.
10. Observe o mapa.
No mapa observa-se a distribuição das indústrias siderúrgicas no país, além de uma mancha escura
sem legenda. Essa mancha no Sul do país possui intima ligação com a distribuição desse tipo de
indústria. Essa mancha pode ser identificada como:
a) Gasoduto Bolívia-Brasil
b) Maciço do Urucum
c) Cinturão Carbonífero
d) Hidrovia Tietê-Paraná
e) Quadrilátero Ferrífero
7
Geografia
Gabarito
1. A O esboço representa uma depressão preenchida por sedimentos correspondendo, portanto, ao conceito de bacias sedimentares.
2. A
Os combustíveis fosseis são formados em áreas de bacias sedimentares que facilitam a formação de petróleo e gás natural.
3. A
Em sua maioria, os minerais apresentam formação natural, composição química definida e estado físico sólido. Geralmente, em formações de maciço antigo se encontra minerais metálicos e em bacias sedimentas, combustíveis fósseis.
4. E
A maioria das terras-raras, recursos minerais estratégicos para a indústria de alta tecnologia e com reservas limitadas na crosta terrestre, localizam-se nas regiões de integração e desenvolvimento do Sudeste e Transnordestino. São exemplos as reservas de lítio em MG e no CE.
5. D
O texto apresenta as características da estrutura chamada dobramentos modernos. Este tipo de estrutura surgiu na Era Cenozoica e corresponde às formas jovens de relevo e por isso são mais flexíveis e maleáveis. Situam-se nas regiões de encontro de placas tectônicas onde, devido à pressão ocasionada pelo movimento convergente em que uma placa desce e a outra soergue, as rochas – magmáticas e sedimentares – são deformadas, formando as montanhas. Alguns exemplos são a Cordilheira do Himalaia, os Alpes e os Andes.
6. A
Os escudos cristalinos apesar de serem uma estrutura do relevo composta por rochas resistentes, por ser a mais antiga estrutura (datam da Era Pré-cambriana), encontra-se a muito tempo exposta às intempéries e aos processos erosivos, o que origina formas do relevo mais aplainadas e de média a baixa altitude.
7. A
As principais jazidas de minerais metálicos são encontradas em áreas de maciço antigo / escudo cristalino (rochas magmáticas intrusivas e metamórficas) formados no Pré-Cambriano.
8. D
Recursos energéticos de origem orgânica como petróleo e gás natural são encontrados em bacias sedimentares. No Brasil, boa parte do petróleo e gás natural são encontrados nas bacias sedimentarias marinhas.
9. E
O texto refere-se aos Escudos Cristalinos, a estrutura geológica mais antiga (Eon Pré-Cambriano) e integrada principalmente por rochas magmáticas intrusivas (granito) e metamórficas (gnaisse). Devido à idade, estas estruturas foram bastante desgastadas pela erosão dando origem na superfície a depressões e planaltos com média e baixa altitude.
10. C O mapa mostra a localização das mais importantes reservas de carvão mineral encontrada no território brasileiro, este encontrado nas bacias sedimentares da região Sul. Neste sentido, as indústrias siderúrgicas por se utilizarem deste recurso como principal matéria prima no processo produtivo, se localizam próximas à estas reservas.
1
Geografia
Relevo brasileiro e as riquezas minerais
Resumo
O relevo brasileiro formou-se a partir de estruturas geológicas compostas, principalmente, por
formações sedimentares (64% do território) recentes e estruturas vulcânicas e cristalinas de idade muito
antiga (36% do território). O relevo brasileiro caracteriza-se pelo predomínio de áreas de médias e baixas
altitudes, já que no Brasil não houve a formação de dobramentos modernos (pelo fato do território brasileiro
se localizar sobre a placa tectônica sul-americana e apresentar uma estrutura rochosa antiga e estável, livre
de tremores de alta intensidade).
A estrutura geológica refere-se aos tipos de rochas que compõem uma determinada área, sua
distribuição, idade e o processo geológico que as formou, enquanto o relevo refere-se à forma da superfície
da terrestre. Neste sentido, a estrutura geológica indica a origem, a composição e a formação do terreno ao
longo do tempo geológico, estrutura esta que assume uma determinada forma do relevo; por exemplo, as
bacias sedimentares (estrutura) podem ser uma planície (forma do relevo), como é o caso da Planície do
Pantanal.
Classificações do relevo brasileiro
A primeira classificação do relevo brasileiro foi proposta por Aroldo de Azevedo, em 1949, e tinha por
critério a altitude, isto é, o nível altimétrico das estruturas. O relevo foi dividido em planalto e planície.
A segunda classificação foi de Aziz Ab’Saber, proposta em 1962. Adotou-se um critério baseado em
processos geomorfológicos – erosão e intemperismo. O relevo seria então formado por planícies, estas
relacionadas à sedimentação, e por planaltos, estes relacionados à erosão.
A terceira e atual a classificação foi proposta por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos anteriores
e no projeto RadamBrasil, que realizou mapeamento sistemático do território brasileiro com o auxílio de
imagens aéreas. Essa classificação utilizou como critérios o processo de formação das formas de relevo, o
nível altimétrico e a estrutura geológica do terreno. De acordo com essa classificação, o relevo brasileiro pode
ser dividido em 28 unidades, sendo elas áreas de:
2
Geografia
• Planaltos: Áreas de médias a altas altitudes, com superfícies irregulares e predomínio de processos
de erosão. De acordo com essa classificação, as áreas de planalto no Brasil constituem onze unidades
do relevo: Planalto da Amazônia Oriental, Planalto da Amazônia Ocidental, Planalto e Chapadas da
Bacia do Parnaíba, Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná, Planaltos Residuais Norte-amazônicos,
Planaltos Residuais Sul-amazônicos, Planaltos e Chapadas dos Parecis, Planalto da Borborema,
Planalto sul-rio-grandense, Planalto e Serras do Atlântico Leste, Planaltos e Serras de Goiás-Minas,
Serras Residuais do Alto Paraguai.
• Planícies: Superfícies, geralmente planas e de baixa altitude, formadas a partir do acúmulo de
sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Segundo essa classificação, o país possui seis
áreas de planície: Planície do Rio Amazonas, Planície do Rio Araguaia, Planície e Pantanal do Rio
Guaporé, Planície e Pantanal do Rio Paraguai ou Mato-grossense, Planície das Lagoas dos Patos-
Mirim, Planícies e Tabuleiros Litorâneos.
• Depressões: Áreas formadas a partir de processos erosivos nas áreas de contato entre as bacias
sedimentares (material menos resistente) e os maciços cristalinos (material mais resistentes). Nessa
classificação, o Brasil possui onze unidades de depressões: Depressões Marginal Norte-amazônica,
Depressão Marginal Sul-amazônica, Depressão do Araguaia, Depressão Cuiabana, Depressão do Alto
do Paraguai-Guaporé, Depressão do Miranda, Depressão Sertaneja e do Rio São Francisco,
Depressão do Tocantins, Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná e Depressão
Periférica Sul-rio-grandense.
3
Geografia
Outras formas do relevo brasileiro
• Escarpa: forma de relevo localizada nas bordas dos planaltos que apresenta declive acentuado.
Existem dois tipos, a escarpa de falha, originada a partir de movimento tectônico, e a escarpa de erosão,
originada pela ação dos agentes externos. Exemplo: Escarpada Serra do Mar (SP).
• Cuesta: forma de relevo com declividade suave de um lado e declividade abrupta em outro, originada
pela ação dos agentes externos sobre rochas que apresentam diferentes resistências. Exemplos:
Cuesta de Botucatu (SP).
• Chapada: relevo de altitude considerável, em formato tabular e encostas escarpadas, encontradas no
Nordeste e Centro-Oeste. Exemplo: Chapada Diamantina (BA).
• Morro ou monte: forma do relevo que corresponde a uma elevação no terreno de topo arredondado.
Exemplo: Monte Pascoal (BA).
• Montanha: relevo protuberante, com o cume definido. Na maioria das vezes tem a origem associada
ao choque entre placas tectônicas, contudo, pode ter também como origem o vulcanismo. A um
conjunto de montanhas dá-se o nome de cordilheira. Exemplo: Pico da neblina (AM).
• Inselberg: forma do relevo que é uma protuberância encontrada em áreas que apresentam o clima
árido ou clima semiárido e que foi formada pela maior resistência à erosão do que a área no seu entorno.
Exemplo: Inselberg de Itaberaba (BA).
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Geografia
Exercícios
1. “A Amazônia, até o Terciário Médio, comportava-se como um paleogolfão[1] da fachada pacífica do
continente, intercalado entre os terrenos do escudo guianense e o escudo brasileiro. Era uma espécie
de mediterrâneo de “boca larga”, voltada para o oeste. Quando se processou o desdobramento e
soerguimento das Cordilheiras Andinas, restou um largo espaço no centro da Amazônia, exposto à
sedimentação flúvio-lacustre e fluvial extensiva.”
Aziz Nacib Ab’ Saber (1924-2012) Escritos Ecológicos. São Paulo:Lazuli Editora, 2006- p. 130-131. Adaptado
Glossário:
Paleogolfão: ampla reentrância da costa, com grande abertura, constituindo em amplas baías,
constatada em antiga era geológica.
As características atuais do domínio morfoclimático amazônico têm sua origem na dinâmica dos
processos naturais que ocorreram no passado, conforme explica o geógrafo Aziz Ab ́Saber. Sobre
esses processos mencionados, avalia-se que
a) contribuíram para a formação das planícies e dos tabuleiros.
b) favoreceram a gênese da bacia sedimentar.
c) alteraram a direção da drenagem, de leste para oeste.
d) atenuaram as características do clima regional.
e) provocaram a expansão do cerrado sobre a floresta
2. “As altitudes do relevo brasileiro são, em geral, modestas. O ponto mais alto do país não ultrapassa os
3 mil metros: o pico da Neblina (2993m), perto da fronteira do Amazonas com a Venezuela. Cerca de
41% do território nacional tem, no máximo, 200m de altitude; 78% tem até 500m; e 92,7% até 900m de
altitude”.
Adaptado de: VESENTINI, J. W. Brasil: sociedade e espaço. Geografia do Brasil. 32º edição. São Paulo: Editora Ática,
2006. p.252.
As características descritas acima indicam que o relevo brasileiro é:
a) bastante acidentado, com elevada incidência de dobramentos modernos.
b) diretamente influenciado pelas ações recentes de tectonismos.
c) geologicamente antigo, portanto mais desgastado.
d) pouco transformado pelos agentes erosivos e intempéricos.
e) totalmente aplainado, com poucas áreas de depressão.
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Geografia
3. A mineração é o ato de extrair minerais existentes nas rochas e/ou nos solos. É uma atividade
econômica que tem importância significativa para muitos países. O principal minério exportado pelo
Brasil é o de ferro. A formação desse minério esta relacionada com as lentas transformações geológicas
da Terra e ele é encontrado na natureza na forma de rochas, misturado com outros compostos. Por
meio de diversos processos, esse minério é beneficiado para poder ser comercializado.
No Brasil, a extração do minério de ferro ocorre principalmente em
a) bacias sedimentares recentes.
b) dobramentos modernos.
c) depressões absolutas.
d) escudos cristalinos.
e) planícies costeiras.
4. O município de Caçapava do Sul/RS está localizado em uma formação geológica de escudos cristalinos
antigos. Suponha que a prefeitura local pretende estimular a pesquisa e o aproveitamento econômico
dessa área. Que minérios poderíam ser encontrados nesse tipo de formação geológica? Marque a
alternativa que contém os minérios encontrados nessa formação geológica.
a) Granito, ouro, quartzo, carvão mineral.
b) Ouro, cobre, zinco, chumbo.
c) Carvão mineral, ouro, xisto betuminoso, granito.
d) Calcário, granito, ouro, carvão mineral.
e) Granito, xisto betuminoso, carvão mineral, chumbo.
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Geografia
5. Para a atual proposta de identificação das macrounidades do relevo brasileiro, elaborada por Ross
(1989), foram fundamentais os trabalhos de Ab’Saber e os relatórios e mapas produzidos pelo
Projeto Radambrasil. Ross passou a considerar para o relevo brasileiro, conforme as suas origens, as
unidades de planaltos, depressões e planícies.
Adaptação: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2005.
Quais as unidades do relevo brasileiro que, de acordo com a gênese, segundo Ross, são resultantes
de deposição de sedimentos recentes de origem marinha, lacustre ou fluvial?
a) Planícies.
b) Depressões.
c) Planaltos cristalinos.
d) Planaltos orogenéticos.
e) Planaltos residuais.
6. O relevo terrestre é fortemente influenciado pela estrutura geológica. Por exemplo, o tipo de rocha e a
sua disposição na parte superficial da litosfera exercem um papel destacado na definição
das morfoestruturas, como pode ser observado na fotografia a seguir.
Pelas características morfológicas e estruturais, é possível afirmar que esse compartimento de relevo
é do tipo
a) Morfoestrutura tabular.
b) Morfoestrutura dômica.
c) Morfoescultura de planície lacustre.
d) Morfoescultura de crista dissecada.
e) Morfoestrutura de arqueamento.
7
Geografia
7. Do ponto de vista tectônico, núcleos rochosos mais antigos, em áreas continentais mais interiorizadas,
tendem a ser os mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a abalos sísmicos e deformações. Em termos
geomorfológicos, a maior estabilidade tectônica dessas áreas faz com que elas apresentem uma forte
tendência à ocorrência, ao longo do tempo geológico, de um processo de
a) aplainamento das formas de relevo, decorrente do intemperismo e da erosão.
b) formação de depressões absolutas, gerada por acomodação de blocos rochosos.
c) formação de canyons, decorrente de intensa erosão eólica.
d) produção de desníveis topográficos acentuados, resultante da contínua sedimentação dos rios.
e) geração de relevo serrano, associada a fatores climáticos ligados à glaciação.
8. As áreas de planície no Brasil estão basicamente situadas nas proximidades de grandes rios, lagos e
em algumas zonas costeiras. Dentre essas áreas, merece destaque a planície do Rio Amazonas, que
basicamente segue o leito principal do Rio Amazonas e de alguns de seus afluentes. Existe, nesse
contexto, um debate sobre a possibilidade do aproveitamento das águas desse rio para a construção
de hidrelétricas, o que pode ser considerado como algo:
a) não recomendado, pois a elevada declividade do terreno não favorece a criação de barragens.
b) recomendado, em função da possibilidade de rápido armazenamento das águas nas áreas mais
planas.
c) recomendado, pois as áreas da planície amazônica favorecem a intervenção humana sem grandes
prejuízos ambientais.
d) não recomendado, haja vista que áreas de planície não possuem uma queda d'água acentuada
para a instalação de barragens e turbinas.
e) Recomendado, em função da baixa declividade o que aumenta a velocidade do rio e a
possibilidade de geração de energia
8
Geografia
9. Esta foto ilustra uma das formas do relevo brasileiro, que são as chapadas
É correto afirmar que essa forma de relevo está
a) distribuída pelas regiões Norte e Centro-Oeste, em terrenos cristalinos, geralmente moldados pela
ação do vento.
b) localizada no litoral da região Sul e decorre, em geral, da ação destrutiva da água do mar sobre
rochas sedimentares.
c) concentrada no interior das regiões Sul e Sudeste e formou-se, na maior parte dos casos, a partir
do intemperismo de rochas cristalinas.
d) restrita a trechos do litoral Norte-Nordeste, sendo resultante, sobretudo, da ação modeladora da
chuva, em terrenos cristalinos.
e) presente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, tendo sua formação associada, principalmente, a
processos erosivos em planaltos sedimentares
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Geografia
10. Observe o mapa.
Assinale a alternativa que contém as formas de relevo predominantes em cada porção do território
brasileiro indicada, de acordo com a classificação de Ross.
a) Faixa litorânea: depressões.
b) Amazônia Legal: planícies.
c) Fronteira com o Mercosul: planaltos.
d) Região Sul: planícies.
e) Pantanal: planaltos
10
Geografia
Gabarito
1. B Quando ocorreu o afastamento do escudo das Guianas e do escudo brasileiro formou-se a bacia sedimentar amazônica, a qual foi em parte alagada, formando assim os rios da região, e possibilitando a expansão de espécies vegetais que originaram os recursos encontrados ali.
2. C
O relevo brasileiro é composto por maciços antigos, estruturas antigas que já foram bastante intemperadas e por isso perderam a altitude. Se difere dos dobramentos modernos por exemplo que são as grandes cordilheiras, formadas mais recentes no tempo geológico.
3. D
As jazidas de minerais metálicos como ferro, manganês e níquel são encontradas em Escudos Cristalinos (rochas magmáticas e metamórficas) formadas no Pré-Cambriano (Era Proterozoica).
4. B
Os minerais metálicos são recursos minerais associados aos escudos cristalinos e, portanto, ouro, cobre, zinco e chumbo são encontrados essa região.
5. A
As planícies são áreas onde predomina a sedimentação, enquanto nos planaltos predomina a erosão.
6. A Pela imagem podermos perceber a formação de chapadas, de origem sedimentar, com topo aplainado em formato tabular.
7. A
Os escudos cristalinos apesar de serem uma estrutura do relevo composta por rochas resistentes, por ser a mais antiga estrutura (datam da Era Pré-cambriana), encontra-se a muito tempo exposta às intempéries e aos processos erosivos, o que origina formas do relevo mais aplainadas e de média a baixa altitude.
8. D
A instalação de barragens deve contar com a declividade, que aumenta a potência do rio em gerar energia.
9. E
As chapadas correspondem à um relevo de altitude considerável, em formato tabular e encostas escarpadas, encontradas no Nordeste e Centro-Oeste. Exemplo: Chapada Diamantina (BA).
10. C
A partir do mapa verifica-se corretamente que na fronteira do Brasil com países como Paraguai, Uruguai e Argentina, que compõem o Mercosul, há a presença de planaltos.
1
Geografia
Clima: elementos e fatores
Resumo
Para iniciar os estudos em climatologia geográfica, é importante ressaltar a diferença entre clima e tempo.
O clima refere-se a um conjunto de variações na atmosfera em um determinado local ou região durante um
período de 30 anos. Já o tempo é definido como oscilações momentâneas na mesma atmosfera. Por
exemplo, quando se fala que uma região possui um clima quente e úmido, a referência é o clima, mas quando
é falado que hoje choveu e amanhã vai fazer sol a referência é o tempo.
Feita a diferenciação entre clima e tempo, é importante o aprofundamento sobre os fatores e elementos dos
vários tipos de clima, aspectos igualmente importantes para o estudo climático, mas distintos em relação à
posição de influência ou consequência do clima.
Os fatores climáticos são aspectos que determinam ou exercem influência sobre os elementos climáticos.
São eles que justificam as características dos tipos de clima. Entre os principais fatores climáticos, destacam-
se: latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e relevo.
Já os elementos climáticos são as principais características de um determinado tipo de clima, são os
elementos atmosféricos que variam no tempo e no espaço e que se configuram como o atributo básico para
se definir o clima da região. Os principais elementos climáticos são: radiação, temperatura, pressão e
umidade.
Fatores climáticos
• Latitude: As diferenças de latitude ou de localização das zonas climáticas podem alterar tanto a
temperatura como a pressão atmosférica. Menor latitude = maior temperatura/menor pressão. Ex.: Zona
Equatorial. Maior latitude = menor temperatura/maior pressão. Ex.: Zona Polar.
• Altitude: Menor altitude = maior temperatura/maior pressão; maior altitude = menor temperatura/menor
pressão.
• Maritimidade e Continentalidade: A influência do mar, ou maritimidade, é um importante regulador do
clima de regiões litorâneas. Essas regiões têm temperaturas mais amenas e com pequenas variações.
Os ventos carregados de umidade vindos dos oceanos tornam essas regiões mais úmidas e chuvosas.
As áreas situadas no interior dos continentes não têm essas características. No interior dos continentes,
a amplitude térmica aumenta e as chuvas diminuem, pois os ventos vão perdendo umidade, à medida
que penetram nos continentes.
• Massas de ar: Em função das diferenças de pressão atmosférica, ocorre a movimentação do ar. Quando
esse movimento ocorre em blocos de ar com a mesma temperatura e umidade, formam-se as massas de
ar, que transferem suas características para o clima dos locais por onde passam. Massas de ar frio e
2
Geografia
úmido, por exemplo, são responsáveis por diminuírem as temperaturas e aumentarem a umidade. O
encontro entre duas massas diferentes forma as frentes de ar.
• Vegetação: Interfere no clima de várias formas diferentes. As principais delas são a contenção ou
absorção dos raios solares, minimizando os seus efeitos, e a elevação da umidade por meio da
evapotranspiração, o que ajuda a diminuir as temperaturas e elevar os índices de chuva.
• Relevo: Também influencia o clima quando as regiões mais altas impedem a passagem de massas de ar,
fazendo com que algumas regiões se tornem mais secas ou até desérticas.
• Correntes marítimas: Apresentam condições específicas de temperatura, influenciando diretamente o
clima. Em regiões em que o mar é mais quente, por exemplo, a evaporação aumenta e eleva a umidade,
que se dispersa para outras regiões. Quando as correntes são mais frias, a umidade local diminui e a
pressão atmosférica e a umidade passam a ser menores, o que faz com que essa região acabe “sugando”
as massas de ar de outras localidades, que passam a sofrer alterações em seus climas.
Além de todos esses fatores, que são os de ordem natural, também é preciso lembrar que o homem acaba se
tornando um dos agentes mais intensos de transformação do clima. Ele pode ser responsável tanto por
fenômenos climáticos mais localizados (ilhas de calor, inversão térmica e outros) quanto por processos mais
amplos e diversificados.
Elementos climáticos
• Radiação: A radiação climática pode ser definida como todo o calor recebido pela atmosfera, a maior
parte advinda do Sol, mas que também recebe a influência dos seres vivos e dos elementos naturais e
artificiais que refletem o calor já existente. A radiação solar manifesta-se em diferentes tons de
intensidade ao longo do planeta, o que contribui para a formação das chamadas zonas térmicas ou
climáticas da Terra.
• Temperatura: É a quantidade de calor na atmosfera. A energia primária do Sol aquece a superfície da
Terra (a hidrosfera e a litosfera) e essa irradia calor para o ar. Portanto, a temperatura do ar é um calor
indireto, já que é irradiado da superfície para a atmosfera.
• Umidade atmosférica: É a quantidade de vapor de água existente no ar. Varia de um lugar para outro e
até em um mesmo lugar, dependendo do dia, do mês ou da estação do ano. Quando o vapor de água da
atmosfera atinge seu ponto de saturação, ocorrem as precipitações, que podem se apresentar sob várias
formas: chuva, neve e granizo. São as chamadas precipitações não superficiais, pois a condensação
acontece nas camadas mais elevadas da atmosfera. Quando a condensação ocorre na superfície,
formam-se o orvalho, a geada e o nevoeiro, que, por isso, são considerados condensações superficiais, e
não propriamente precipitações.
3
Geografia
Exercícios
1. A água é um dos fatores determinantes para todos os seres vivos, mas a precipitação varia muito nos
continentes, como podemos observar no mapa abaixo:
Robert E. Ricklefs. A Economia da Natureza, 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. p. 55)
Ao examinar a tabela da temperatura média anual em algumas latitudes, podemos concluir que as
chuvas são mais abundantes nas latitudes próximas do Equador, porque
a) as grandes extensões de terra fria das latitudes extremas impedem precipitações mais
abundantes.
b) a água superficial é mais quente nos trópicos do que nas regiões temperadas, causando maior
precipitação.
c) o ar mais quente tropical retém mais vapor de água na atmosfera, aumentando as precipitações.
d) o ar mais frio das regiões temperadas retém mais vapor de água, impedindo as precipitações.
e) a água superficial é fria e menos abundante nas latitudes extremas, causando menor precipitação.
2. Clima é a sucessão habitual dos estados do tempo meteorológico. A grande variação climática no
planeta é resultante da interação dos fatores climáticos, que são os responsáveis pela grande
heterogeneidade climática da Terra e estão diretamente relacionados com a geografia de cada porção
da superfície terrestre.
Os fatores do clima contribuem para determinar as condições climáticas de uma região do globo. São
considerados fatores climáticos a(s):
a) Correntes marítimas, temperatura do ar, umidade relativa do ar e grau geotérmico.
b) Temperatura do ar, pressão altitude, hidrografia e massas de ar.
c) Hidrografia, correntes marítimas, latitude e relevo.
d) Altitude, massas de ar, maritimidade e latitude.
e) Temperatura do ar, umidade relativa do ar, insolação e grau geotérmico.
4
Geografia
3. A altitude é um fator que influencia condições ambientais e, por isso, é levada em consideração na
prática esportiva. Nesse sentido, é possível afirmar que o aumento da altitude causa
a) aumento da longitude.
b) diminuição da latitude.
c) aumento da densidade do ar.
d) diminuição da pressão atmosférica.
e) diminuição dos valores de insolação
4.
SALGADO-LABOURIAU, M. L. História ecológica da Terra. São Paulo: Edgard Blucher, 1994 (adaptado).
Nas imagens constam informações sobre a formação de brisas em áreas litorâneas. Esse processo é
resultado de
a) uniformidade do gradiente de pressão atmosférica.
b) aquecimento diferencial da superfície.
c) quedas acentuadas de médias térmicas.
d) mudanças na umidade relativa do ar.
e) variações altimétricas acentuadas.
5
Geografia
5. A diversidade de vegetação que acontece em cada um dos sistemas indicados no mapa se dá
principalmente em relação às diferenças de
Fonte: Adapt. HUDSON, 1999
a) continentalidade.
b) longitude.
c) maritimidade.
d) idade geológica.
e) altitude.
6. O clima da Europa Ocidental é bem diferente do clima da Europa Oriental. Enquanto na primeira os
invernos são suaves e os verões apresentam temperaturas não tão elevadas, na segunda as diferenças
sazonais são maiores, com invernos mais rigorosos, temperaturas mais baixas e verões mais quentes.
O fator determinante das condições climáticas vigentes na Europa Ocidental é a
a) latitude.
b) maritimidade.
c) disposição do relevo.
d) atuação da corrente das Canárias.
e) predominância de ventos de leste.
7. De modo geral, os espaços geográficos cujo clima é influenciado pela maritimidade apresentam
a) menor amplitude térmica anual.
b) chuvas escassas e mal distribuídas durante o ano.
c) maior amplitude térmica anual.
d) menor quantidade de dias chuvosos e de nevoeiro.
e) chuvas escassas concentradas no inverno.
6
Geografia
8. O mapa adiante ilustra a localização de duas cidades paulistas: São Paulo e Campos do Jordão.
O Regime térmico apresentado por estas duas cidades contraria a regra geral, segundo a qual as
temperaturas são menores nas latitudes mais altas. Tal fato é explicado pela influência da:
a) maritimidade.
b) longitude.
c) altitude.
d) latitude.
e) pluviosidade.
9.
Disponível em: http://globalwarmingart.com. Acesso em: 12 jul. 2015 (adaptado).
Qual característica do meio físico é condição necessária para a distribuição espacial do fenômeno
representado?
a) Cobertura vegetal com porte arbóreo.
b) Barreiras orográficas com altitudes elevadas.
c) Pressão atmosférica com diferença acentuada.
d) Superfície continental com refletividade intensa.
e) Correntes marinhas com direções convergentes.
7
Geografia
10. Um dos elementos climáticos mais importantes para a humanidade é a temperatura atmosférica, ou
seja, o estado térmico do ar atmosférico, de frio ou de calor. A temperatura pode variar de um lugar
para outro, assim como em um mesmo lugar, no decorrer do tempo.
Sobre os fatores responsáveis pela variação da temperatura é correto afirmar que
a) A influência da latitude ocorre fundamentalmente devido à forma esférica da Terra. A insolação
diminui a partir do Equador em direção aos polos, assim a temperatura diminui com o aumento da
latitude.
b) A altitude exerce grande influência, pois o calor é irradiado da superfície terrestre para cima e a
atmosfera aquece por irradiação. Quanto menor a altitude, mais rarefeito se torna o ar, ocorrendo
menor irradiação e aumento da temperatura.
c) A temperatura é aumentada pela presença de serras, chapadas e planaltos nas regiões tropicais,
via de regra muito quentes, assim como, nas regiões temperadas, as altitudes acentuam ainda
mais o rigor da temperatura.
d) A diferença do comportamento térmico das rochas e da água explica o aquecimento e
resfriamento mais lento dos continentes, fazendo com que as variações de temperatura nos
oceanos sejam maiores.
e) As correntes marítimas não apresentam capacidade de provocar alterações de temperatura nas
áreas litorâneas por onde circulam, apesar de possuírem temperaturas diferentes, podendo ser
quentes, quando se formam nas áreas equatoriais, ou frias, quando formadas nas áreas polares.
Questão Contexto
Sabe-se que os fatores e os elementos climáticos são interdependentes entre eles e entre si, como
mostrado na figura abaixo, e em conjunto originam e caracterizam os climas. Neste sentido, discorra
sobre a relação existente entre eles.
8
Geografia
Gabarito
1. C As áreas de maior insolação situam-se na zona intertropical, isto é, na região entre os trópicos. Essas
áreas apresentam maior evaporação e condensação, favorecendo a precipitação. À medida que se
distancia do Equador, menor é o volume de precipitações.
2. D Dentre os aspectos considerados como “causas” dos climas podem ser destacados Altitude, massas de
ar, maritimidade e latitude.
3. D
A altitude refere-se à altura da superfície e relaciona-se com os elementos climáticos pressão, radiação e
temperatura. Quanto maior for a altitude de uma região ou local, menor será a pressão. A pressão
atmosférica refere-se à pressão exercida pela coluna de ar sobre a superfície. Essa pressão ocorre porque
o ar possui massa e peso, logo, quanto menor a coluna de ar sobre a superfície, menor será a pressão.
4. B
As brisas se formam em razão da diferença de pressão atmosférica provocada pelo aquecimento
diferencial das superfícies onde, durante o dia, o continente mais aquecido que o oceano forma áreas de
baixa pressão (ciclonais) atraindo os ventos e, durante a noite, o inverso, os ventos são atraídos em
direção ao oceano, que está mais aquecido que o continente.
5. E
A vegetação indicada no mapa está localizada em regiões montanhosas, como a Cordilheiras do Andes,
na América do Sul, as Rochosas, nos Estados Unidos e a Cordilheira do Himalaia, entre a Índia e a China.
Nesse caso, a altitude é o principal fator que pode influencia na diversidade da vegetação nessas regiões.
6. B
A Europa Ocidental sofre uma significativa influência da Maritimidade, que por causa da Corrente do Golfo,
apresenta as águas do oceano Atlântico próximo a Europa mais quente que o normal, ajudando a garantir
um inverno mais suave.
7. A
Os espaços geográficos afetados pela maritimidade apresentam uma menor amplitude térmica, enquanto
que os espaços afetados pela continentalidade, apresentam uma maior amplitude térmica.
8. C
A diferença de altitude entre as duas cidades é o fator climático determinante na menor média de
temperatura que a cidade de Campos do Jordão apresenta, mesmo estando em uma latitude menor, que
São Paulo.
9. C
Os ciclones tropicais se formam devido à diferença de pressão atmosférica.
9
Geografia
10. A
A latitude está associada à distância de um ponto em relação à Linha do Equador. Este fator climático
relaciona-se com os elementos climáticos radiação e temperatura: quanto maior a latitude, menor será a
radiação recebida e por sua vez menor será a temperatura. Isso ocorre porque os raios solares atingem
a superfície terrestre com diferentes inclinações, devido à forma esférica da Terra. Esta inclinação
aumenta conforme o afastamento da Linha do Equador em direção aos polos, ou seja, quando há o
aumento da latitude. Quanto maior a inclinação, maior a latitude e a área de abrangência dos raios solares
é maior; sendo assim, o calor deve ser distribuído por uma área maior, fazendo com que as temperaturas
sejam mais baixas.
Questão Contexto
Os fatores climáticos são aspectos que determinam ou exercem influência sobre os elementos
climáticos. São eles que justificam as características dos tipos de clima Poderiam ser chamados de
“causas” dos climas. Dentre os principais fatores climáticos, destacam-se: latitude, altitude, maritimidade,
continentalidade, massas de ar, vegetação, correntes marítimas e relevo. Já os elementos climáticos
poderiam ser chamados de “características” dos climas e dentre estas destacam-se a radiação,
temperatura, pressão e umidade.