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MANUAL TÉCNICO

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MANUAL TÉCNICO

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ÍNDICE

1.1 INTRODUÇÃO 1.2 CONCEITOS 1.3 APRESENTAÇÃO DO PRODUTO 1.4 DIMENSIONAMENTO 1.5 NOÇÕES DE HIDRÁULICA 1.6 INSTALAÇÃO 1.7 DICAS E SOLUÇÕES

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1.1 INTRODUÇÃO

Uma das principais características de nossa sociedade, ao menos sob um ponto de vista prático e material, é o aumento cada vez maior do consumo de das diferentes formas de energia. Esta é a condição para a existência de nossa indústria, dos nossos meios de transporte e até mesmo da agricultura e da vida urbana. Enfim, é a condição para a existência de nossa sociedade como a conhecemos.

A crise energética chegou ao cotidiano das grandes cidades. Novos e grandes investimentos são imprescindíveis ao setor energético brasileiro. De uma forma geral todos precisamos aprender a economizar esse precioso insumo e a utilizar alternativas viáveis. A energia solar é ecologicamente correta, limpa, inesgotável e gratuita. Com o uso da energia solar ajudamos a não sobreaquecer o globo terrestre e colaboramos com o país na economia de divisas, além de contribuir para evitar que tenhamos experiências desagradáveis como as do último “apagão”. Há mais de duas décadas a energia solar é apresentada como uma das alternativas de custo-benefício mais atraentes para o aquecimento de água. Esta tecnologia proporciona uma economia de energia capaz de garantir o retorno do investimento nos equipamentos a partir do primeiro ano de uso, dependendo da utilização.

O aquecimento de água a partir da energia solar dar-se não somente em

residências, mas em vários ramos de atividades e nos locais mais variados. Seguem abaixo alguns exemplos destas aplicações:

• Chuveiros em academias, clubes, etc. • Banheiras em hotéis, motéis, etc. • OFurôs • Piscinas em condomínios, clubes, etc. • Cozinhas • Vestiários • Pré-aquecimento industrial

A UNASOL é uma empresa criada com o objetivo de trazer para o

mercado de aquecimento solar do Brasil uma filosofia de trabalho focada na pesquisa. A empresa dispõe de uma equipe de projeto formada por engenheiros especializados que trabalham em busca do constante aprimoramento técnico de seus produtos e de soluções que sejam realmente funcionais tanto para os usuários quanto para os instaladores de seus sistemas. O nome UNASOL surgiu a partir da necessidade de um codinome que expressasse uma visão global de uma instalação, onde é necessário mais do que coletores solares e reservatório térmico para que realmente ela funcione, daí a expressão “UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR”. A idéia geral da UNASOL não é somente vender produtos, é vender soluções em aquecimento.

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1.2 CONCEITOS Antes de tratarmos sobre o produto, é interessante que tenhamos em mente alguns conceitos que são características pertinentes ao aquecimento solar. CONDUÇÃO TÉRMICA: a condução é o processo pelo qual o calor se transfere de uma região de temperatura mais alta para outra mais baixa, dentro de uma meio sólido ou fluido, em repouso, ou entre meios diferentes em contato físico direto. CONVECÇÃO TÉRMICA: o modo de transferência de calor por convecção abrange dois mecanismos. Além da transferência de energia devido ao movimento molecular aleatório (condução), a energia é também transferida através do movimento global, ou macroscópico, do fluido. A convecção é importante principalmente como mecanismo de transferência de energia entre uma superfície sólida e um fluido em movimento, quando existe uma diferença de temperatura entre eles. RADIAÇÃO TÉRMICA: a radiação térmica é o processo pelo qual o calor é transferido de um corpo a temperatura mais alta para outro de temperatura mais baixa quando tais corpos estão separados no espaço, mesmo que exista vácuo entre eles. RADIAÇÃO SOLAR TOTAL: energia solar incidente na direção normal ao plano do vidro. Esta radiação solar é composta por radiações visíveis (comprimentos de onda entre 0,38 e 0,75 µm, variando do violeta ao vermelho); radiações ultravioleta (invisíveis, de comprimento de onda variando de 0,3 a 0,38 µm) e radiações infravermelho de ondas curtas (invisíveis com comprimento de onda entre 0,75 a 2,5 µm). As porcentagens em relação à radiação total são aproximadamente 50% para a radiação visível, 3% para a radiação ultravioleta (UV) e 47% para a radiação infravermelha (IR) de ondas curtas. Acima de 2,5 µm (de 2,5 a 30 µm) existem as radiações IR longas, que não sendo emitidas pelo sol, correspondem à emissão de todos os corpos previamente aquecidos por ele. (solo, paredes, etc.)

COEFICIENTE GLOBAL DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR (U): também encontrado como COEFICIENTE DE TRANSMISSÃO TÉRMICA (K). Na literatura inglesa observa-se o "Overall Coefficient of Heat Transfer", também conhecido como "U-Value", dando origem ao termo "Valor U", encontrado em algumas tabelas técnicas de fabricantes de vidros nacionais e internacionais. É uma grandeza que mede a transferência de calor através do vidro por efeito de condução. Quando a temperatura externa (te) é maior do que a interna (ti), o calor flui para dentro do ambiente e vice-versa. U depende das condições ambientais externas e internas, sendo definidos coeficientes globais de transferência de calor para as condições de verão e de inverno pela ASHRAE nas seguintes condições:

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verão: he=22,7 W/m².ºC e hi=8,3 W/m².ºC inverno:he=25,3 W/m².ºC e hi=8,3 W/m².ºC

Em termos práticos, o "Valor U" mede a taxa do fluxo de calor através de um material e diz quão bem um vidro em particular conduzirá o calor ou isolará o ar aquecido ou resfriado do ambiente. Quanto menor o número, menor a taxa de condução de calor. EMISSIVIDADE: O termo é usado para designar quão bem um vidro reflete uma onda longa de energia infravermelha. Um número baixo de emissividade reflete bem, enquanto um número alto reflete mal. Entretanto, uma onda curta infravermelha pode passar pelo vidro.

ABSORTIVIDADE: Fração da radiação solar total, incidente na normal que é absorvida pelo vidro. TRANSMISSIVIDADE DIRETA: Fração da radiação solar total incidente na direção normal que atravessa diretamente o vidro.

TRANSMISSIVIDADE TOTAL (FATOR SOLAR): Soma da transmissão solar direta mais a parcela de energia solar absorvida pelo vidro e re-irradiada para o interior. A última parcela é função das condições ambientais externas e internas (as condições padrão de verão da ASHRAE são: coeficiente de transferência de calor na superfície externa do vidro he = 22,7 W/m2 .oC e hi=8,3W/m2 .oC). A fração da radiação solar com incidência normal que é transferida através do envidraçado diretamente por transmissividade e indiretamente pela energia absorvida que flui para dentro por re-irradiação e convecção para o interior, assumindo que o vento exterior tem velocidade de 2m/s (temperaturas interior e exterior iguais entre si).A transmissividade solar de um vidro é medida de 350 a 2100 nm e relatadas como uma porcentagem da transmissividade através do ar ao nível do mar (ASTM designação E424).

TRANSMISSIVIDADE VISÍVEL (TRANSPARÊNCIA): Parcela da radiação solar visível 0,35 a 0,70µm, incidente na normal que atravessa diretamente o vidro. O vidro incolor comum é transparente na proximidade da radiação UV, aproximadamente 90% da radiação visível e 80% da radiação IR curta; mas praticamente opaco à radiação IR longa.

CORPO NEGRO são corpos que reemitem toda a radiação eletromagnética que incide sobre eles. Quando um material qualquer tem uma alta taxa de absorção, mas também alto coeficiente de emissão para todos os comprimentos de onda este pode ser definido como CORPO NEGRO.

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1.3 ARESENTAÇÃO DO PRODUTO

A UNASOL aplica em seus produtos as mais avançadas tecnologias do

mundo sobre aquecimento solar. Uma UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR é composta basicamente por:

• Coletores • Reservatório Térmico

Coletores Especificação Técnica O coletor é um dos principais componentes do processo de aquecimento de água uma vez que este é responsável pela captação do calor e pela transferência deste para a água. A figura 1 mostra detalhadamente os componentes de um coletor solar.

Figura 1

A placa absorvedora (aleta) é a forma mais comum de captação de energia, converte a energia solar com baixo custo e de forma conveniente. O processo geral empregado é o chamado efeito estufa. Assim como as cores claras refletem a radiação, as cores escuras as absorvem e esta absorção é tanto maior quanto mais próximo estiverem da cor negra. Baseado nesta propriedade é que as placas

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absorvedoras são pintadas de preto fosco. A propriedade da superfície negra (Corpo Negro) aliada à propriedade do vidro de recuperar grande parte da radiação emitida pela superfície negra quando a lâmina de vidro está colocada acima da placa absorvedora, foi aproveitada para a conversão de energia radiante em energia térmica no coletor. Logo, a placa absorvedora capta o calor e reflete parte deste. O vidro, além de reemitir metade deste calor refletido, ainda isola a placa absorvedora da ação da convecção aérea, impedindo que o vento “roube” o calor.

O isolamento tem a função de impedir que o calor seja dissipado para fora da caixa e este seja absorvido pela água.O isolamento utilizado pela UNASOL é um dos mais eficientes do mercado, uma vez que tem um baixíssimo coeficiente de condução de calor e não sofre variação das suas propriedades ao longo do tempo. Portanto, temos a garantia de que um coletor com mais anos de uso seja tão eficiente quanto um novo.

A caixa externa complementa o conjunto fazendo o papel de conformar o produto e delimitar as fronteiras para o calor.

A linha de coletores UNASOL e as características técnicas dos mesmos seguem na tabela 1:

Tabela 1

Também disponíveis os coletores de alta eficiência (série E), com serpentina de 10 tubos e pintura especial em cromo negro.

Todos os modelos acima estão disponíveis, além da cor natural do produto, em outras cores, consulte-nos.

Marca Modelo Área (m2)

Horizontal (mm)

Vertical (mm)

P80 0,74 920 800

P100 0,97 920 1050

P150 1,41 920 1505

P200 V 1,84 920 2000

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Reservatório Térmico Especificação Técnica

O reservatório térmico, também chamado de boiler, é responsável por armazenar a água aquecida durante o período de sol, com o objetivo de manter a temperatura pelo maior tempo possível. O boiler é fabricado utilizando um cilindro interno em aço inox, para evitar corrosão e uma possível transferência de partículas para a água, logo após temos uma camada de isolamento progressivo de 60mm de PU (poliuretano expandido) e por último temos uma camada de alumínio que é responsável pelo acabamento externo. Internamente, a água quente mistura com a fria ficando a água quente sempre na parte superior. O boiler possui uma resistência elétrica que aquece a água em dias em que não há luz solar suficiente ou o consumo for maior que a demanda inicialmente projetada. Comandada por um termostato, ela liga e desliga de acordo com a temperatura da água.

Em dias com grande luminosidade, a água quente pode ficar armazenada por várias horas sem precisar acionar a resistência elétrica. A UNASOL dispõe de reservatórios térmicos de alta pressão e de baixa pressão. Os de baixa pressão trabalham até 5 m.c.a. (metros de coluna d’água) e os de alta pressão com até 40 m.c.a..

Veja na tabela 2 abaixo os modelos de reservatórios térmicos disponíveis, suas dimensões e características do sistema auxiliar de aquecimento.

Volume Diâmetro Comprimento Resistência Monofásica

Fiação até 15 metros Disjuntor

( litros ) (mm) (mm) ( w ) (p/ 220 V ) (p/ 220 V )

100 490 860 3500 2,5 mm² 25 A

200 490 1610 3500 2,5 mm² 25 A

300 690 1130 3500 2,5 mm² 25 A

400 690 1470 3500 2,5 mm² 25 A

500 690 1800 3500 2,5 mm² 25 A

600 690 2100 3500 2,5 mm² 25 A

800 850 1820 3500 2,5 mm² 25 A

1000 850 2250 3500 2,5 mm² 25 A

Tabela 2

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Volume Diâmetro Comprimento Resistência Trifásica

Fiação até 15 metros Disjuntor

( litros ) (mm) (mm) ( w ) (p/ 220 V ) (p/ 220 V )

1500 1150 1900 7000 4,0 mm² 40 A

2000 1150 2300 7000 4,0 mm² 40 A

2500 1150 2850 7000 4,0 mm² 40 A

Continuação da Tabela 2

1.4 DIMENSIONAMENTO

Não basta somente um bom produto, para que tudo funcione bem temos que ter uma instalação dentro dos padrões UNASOL e um dimensionamento adequado para cada região do Brasil. Devido à grande extensão do nosso país temos algumas variações, de região para região no dimensionamento.

O dimensionamento de uma UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR pode ser dividido em duas partes sendo:

• Dimensionamento do volume de água (demanda) • Dimensionamento da Área Coletora

Dimensionamento do volume de água

O correto dimensionamento do volume de água quente evita a falta para o consumo, por outro lado é importante evitar o superdimensionamento que encarece a instalação. Logo devemos agregar as informações à:

- Norma Brasileira de Instalação Predial de Água Quente – NB 128

- observação e bom senso

- pesquisa de hábitos dos usuários

- experiência

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É necessário descobrir qual será o consumo diário de água quente na residência. Tal tarefa requer uma interação com o usuário para definir diversos fatores relevantes, por exemplo:

1. pontos que receberão água quente na residência; 2. número de pessoas na residência (usuários); 3. hábitos de uso de chuveiros e demais pontos de água quente; 4. nível de conforto (vazão) peças sanitárias, etc.

A UNASOL através de grupos de pesquisa dispõe de alguns números pré-estabelecidos que podem orientar nos dimensionamentos:

Dimensionamento para Casas de Alto Padrão

Neste tipo de dimensionamento devemos considerar grandes tempos de utilização de cada ponto de consumo se necessário superdimensionar, com cautela e bom senso, para evitar futuros problemas e fazer com que o cliente fique satisfeito.

Eventos Consumo

Água quente para chuveiros e cozinha 100 litros/pessoa/dia

Banheira de hidromassagem simples + 100 litros/dia

Banheira de hidromassagem dupla + 200 litros/dia

Água quente para lavanderia +100 litros/dia

Tabela 3

Dimensionamento para casas de padrão médio e casas populares

No dimensionamento para casas populares considera-se somente o chuveiro e um tempo baixo de utilização do ponto de consumo de água quente. Em casas de médio porte é considerado um tempo maior de utilização de água quente.Abaixo segue a tabela de indicação para cada evento:

Eventos Consumo

Casas populares 40 litros/pessoa/dia

Casas de médio porte 80 litros/pessoa/dia

Tabela 4

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Uma observação é necessária, qualifique bem os hábitos de uso da água quente nos diversos pontos e peças sanitárias. É importante ter consciência que a definição das classes sociais quanto ao nível de conforto varia de acordo com a realidade de cada região.

Para dimensionamento de obras nos setores comerciais e industrias e em grandes obras residenciais consulte sempre a UNASOL

Dimensionamento da Área Coletora

O dimensionamento das placas coletoras é diretamente relacionado à demanda de água quente definida no item anterior, pela grande variação térmica entre os extremos do país e pela visível existência de micro-climas, o dimensionamento das placas sofre variação para cada região.

Para facilitar o trabalho do nosso revendedor, definimos números padrões específicos para cada tipo de clima:

Tipo de Clima m2/100L

Frios 1,4

Temperados 1

Quentes 0,8

Tabela 5

Os números da tabela acima indicam a quantidade em metros quadrados que devem ser considerados para cada 100 L de água a aquecer em função do tipo de clima predominante da região.

Vale lembrar que os dados da tabela podem ser utilizados em casos comuns, para médias e grandes obras é sempre importante consultar o Departamento Técnico da UNASOL. Em casos de grandes obras sempre desenvolva um Projeto Solar específico para cada cliente, contemplando suas necessidades e peculiaridades. Lembre-se que a UNASOL estará sempre à disposição para auxiliá-los em qualquer situação.

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1.5 NOÇÕES DE HIDRÁULICA

Unidades Usuais

1 kgf/cm² = 10 m.c.a 1 MPa = 10 kgf/cm² = 100 m.c.a. 1 kgf/cm² = 14,223355 lb/pol²

Materiais Indicados

Para as tubulações de água quente podem ser utilizados o cobre, o CPVC ou PEX. Os três materiais são bons, mas existem diferenças que devem ser levadas em consideração na hora da escolha.

O cobre tem maior durabilidade (cerca de 50 anos, segundo a ABNT), suporta temperaturas de até 1.100ºC sem deformação, não trinca e não desgasta. Porém, necessita de isolamento térmico, pois transmite o calor da água para a parede, podendo fazer descolar o revestimento (este serviço onera em cerca de 20% o custo de instalação e exige mão de obra qualificada).

Os canos de CPVC - policloreto de vinila clorado, material derivado do PVC - suportam temperaturas de até 80ºC (a temperatura gerada pelos aquecedores fica em torno de 60ºC, podendo atingir temperaturas ainda maiores), mas sua durabilidade é menor (de até trinta anos, segundo a ABNT). Sua vantagem, além de ser mais maleável, está na facilidade de instalação e manutenção da instalação hidráulica, que podem ser executadas por um encanador com prática.

O PEX (Polietileno Reticulado) é uma sistema que utiliza cinco camadas sobrepostas de dentro para fora com utilização de Polietileno (HDPE ou PEX), firmemente unidos com adesivo aquecido em um tubo de alumínio (alma) . Todas as camadas são extrudadas separadamente. A parte interna e externa do PEX é de PE especial, higienizado, não tóxico e completamente isento de rugosidade internas. O tubo interno de alumínio é completamente estanque ao gás, conferindo assim as vantagens do metal com o tubo plástico, eliminando-se as desvantagens, do uso destes materiais quando empregadas separadamente. Este sistema inovador confere alta resistência à corrosão e é indicado para uso em baixas e altas pressões de serviço, pois o tubo interno confere alta resistência a vazamento de gás e líquidos em geral. O sistema de estanqueidade através de porcas de pressão confere resistência a vazamento em instalações hidráulicas,

As condições de serviço dos tubos produzidos do PEX para a vida de 50 anos são especificadas na norma DIN 16892, mas em breve é possível dizer que qualquer redução da temperatura do fluido ou sobrepressão interna no tubo prolonga consideravelmente a sua vida que excede 100 anos sob as condições comuns.

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Equilíbrio Hidráulico Quando fazemos a instalação de uma UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR devemos estar atentos para os detalhes, o equilíbrio hidráulico é um destes detalhes importantes, principalmente em grandes obras. Com o objetivo de otimizar o sistema preparamos algumas regras no que diz respeito a equilíbrio hidráulico e lay out das placas coletoras. O sistema solar segue sempre a característica de alimentação na parte inferior da placa e retorno na parte diagonal superior oposta à entrada de água fria, conforme indicado na figura 3.

Figura 3

A quantidade de placas em uma mesma bateria deve ser limitada a 5 coletores, vale lembrar que, quanto menor a quantidade de placas por bateria, melhor.

Figura 4

Quando temos uma instalação com quantidade maior que 5 coletores, devemos instalar o sistema com baterias de coletores em série, para tal temos uma limitação de no máximo 3 baterias.

Figura 5

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A partir deste ponto, configura-se um sistema de grande porte e estes devem ser instalados em paralelo, sempre considerando as regras acima.

Figura 6

1.6 INSTALAÇÃO

A performance de uma UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR tem seus pilares em três fundamentos básicos, produto, dimensionamento e instalação. Dentre estes a instalação compõe um fator fundamental para o sucesso da venda. Devido a peculiaridades de obras antigas e nem sempre ser possível acompanhar o projeto novo desde o começo, a instalação tem várias nuances e variações.

Orientação

A partir das características com que a terra gira em torno do sol e de si mesma, a energia solar incidente sobre um local específico na terra, varia hora a hora, dia a dia e mês a mês. Esta variação tem, para o nosso hemisfério, os picos, máximo no verão e mínimo no inverno. O sol tem uma declinação natural para o norte no nosso hemisfério, o ângulo formado entre a incidência do sol e ao plano normal do vidro do coletor varia durante o dia e época do ano. A maior variação ocorre durante o inverno, ou seja, nesta época do ano temos a pior condição da radiação solar para o sistema. Por estes motivos sempre utilizamos coletores direcionados para o norte, utilizamos um dimensionamento focando o inverno.

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Figura 7

A utilização de uma bússola é imprescindível para profissionais do setor de aquecimento solar, os coletores devem ser instalados para o norte geográfico. A bússola indica o norte magnético, o norte geográfico está a 18º à direita do norte magnético. Ao utilizar a bússola deve-se sempre analisar a região, pois poderá ocasionar erro de leitura em regiões com predominância de minério no solo. A variação desta orientação ideal invariavelmente ocorrerá, quando temos um sistema fora da orientação ideal, a conseqüência imediata é uma gradual perda de eficiência do sistema, para corrigirmos está perda podemos; ou aumentar a área coletora ou utilizarmos suportes para ajustar a orientação. Esta “correção” deve ser analisada, considerando a viabilidade.

Em qualquer situação nunca deve instalar um coletor UNASOL com desvio acima de 40º do norte geográfico sem antes consultar o Departamento Técnico da UNASOL.

Inclinação

Outro aspecto de extrema importante é a inclinação dos coletores, da mesma forma que na orientação, os coletores têm uma inclinação ótima de funcionamento. Quanto mais inclinado estiver o coletor (máximo de 45º) melhor será a performance deste no inverno, quanto menos inclinado este estiver (mínimo de 20º) melhor será a performance do sistema durante o verão, a partir de estudos determinamos uma relação em função da latitude de cada região que pondera a performance do sistema ao longo de todos os períodos do ano.

Inclinação dos coletores= latitude do local +10º

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Segue abaixo uma tabela contendo as latitudes aproximadas de algumas capitais:

Tabela de latitudes usuais de algumas capitais

Cidade Latitude Inclinação Indicada

Belo Horizonte 20 30

Brasília 16 26

Campo Grande 20 30

Cuiabá 16 26

Curitiba 25 35

Florianópolis 28 38

Fortaleza 4 14

Manaus 2 12

Natal 6 16

Porto Alegre 30 40

Recife 8 18

Rio de Janeiro 23 33

Salvador 12 22

São Paulo 24 34

Tabela 6

Considerando as limitações de um sistema de circulação natural não devemos utilizar inclinações inferiores à 20º.

Esquemas de Instalação

Apesar de cada instalação ser um projeto a parte, temos alguns exemplos de instalação que são à base de outras variações possíveis, estes serão apresentados a seguir:

Circulação Natural ou Termossifão

A forma de instalação mais utilizada em residências é por circulação natural, também chamado de termossifão. A circulação da água através do sistema acontece apenas pela diferença de densidade da água quente em relação à água fria. A água quente naturalmente menos densa tende a “subir” formando assim um circuito fechado de circulação de água entre o boiler e as placas coletoras.

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Para que um sistema deste tipo funcione é necessário tomarmos alguns cuidados:

Figura 8

• O boiler deve estar abaixo da caixa d’água

• As placas devem estar no mínimo 30 cm abaixo do boiler • O suspiro deve ultrapassar no mínimo 10 cm acima do nível máximo da

caixa d’água • A alimentação de água fria deve passar abaixo do ponto de entrada do

boiler • Sempre disponibilizar um circuito hidráulico independente para o

abastecimento da UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR. Circulação Forçada ou Bombeada Em uma UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR funcionando a partir de circulação forçada, não temos nenhum tipo de restrição à localização do boiler em relação às placas coletoras, a circulação da água será induzida por uma micro bomba elétrica. Este tipo de instalação é geralmente utilizado em grandes obras ou locais onde o espaço disponível para instalação é limitado. Com este tipo de instalação temos maior flexibilidade e podemos garantir a utilização de um UNASOL em qualquer obra. Nesta aplicação um CDT (controlador diferencial de Temperatura) poderá ser utilizado para obter maior eficiência da bomba. O CDT irá assegurar que a bomba somente será ligada quando realmente houver necessidade.

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Figura 9

A figura acima representa um esquema genérico da instalação de um sistema utilizando circulação forçada, note que:

• O boiler pode ficar abaixo das placas • É importante a utilização de uma válvula de retenção logo após a moto

bomba • A utilização de uma ventosa é necessária para garantir a segurança da

instalação • Mantemos a mesma indicação para utilização do respiro.

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1.7 DICAS E SOLUÇÕES

Dicas

Seguem abaixo algumas dicas importantes para o dia-a-dia de um profissional do ramo solar:

• Acredite no sistema solar. Quanto mais você acredita no produto, mais você

passará esta confiança para o cliente. O melhor caminho para você acreditar no produto é verificando seu funcionamento. Instale em sua casa ou sua loja, monte um show room, compreenda o sistema, saiba bem sobre suas vantagens e limitações. O cliente terá uma idéia do que realmente está comprando a partir da visualização do sistema.

• Decida antecipadamente pelo aquecimento solar, procure construtoras,

centros e associações de engenharia e institua a filosofia da energia solar, para que todos os profissionais envolvidos na obra possam contribuir para o melhor desempenho de sua instalação solar.

• Identifique claramente as expectativas relativas ao aquecimento solar

Economia x Conforto e faça um dimensionamento detalhado da instalação.A satisfação do cliente é diretamente ligada ao sucesso do seu negócio. Faça um dimensionamento cuidadoso para o atendimento da demanda esperada de água quente.

• Faça sempre uma avaliação da inclinação e orientação otimizadas para os

coletores de cada UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR.

• Elabore sempre que julgar necessário um estudo de sombreamento para as condições de alocação dos coletores. O Departamento Técnico da UNASOL está sempre à disposição para esclarecimento de dúvidas ou execução de estudos de sombreamento. Muitas vezes é necessário aumentar a área coletora para compensar o elevado nível de sombreamento em determinados períodos do ano.

• Faça um projeto hidráulico específico para a distribuição de água quente.

• A manutenção dos vidros sempre limpos garante maior eficiência ao sistema, adote procedimentos neste sentido e aproveite para verificar o sistema de isolamento da tubulação.

• Devemos sempre levar em consideração e alertar os clientes que o sol é

grátis, mas o sistema de água por aquecimento solar tem suas limitações, uma economia no dimensionamento visando somente o preço na hora da venda, poderá incorrer em futuras insatisfações.

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Soluções O sistema de aquecimento solar da UNASOL confere a certeza de bons resultados devido à qualidade da mão de obra, a qualidade e procedência dos materiais utilizados e a constante preocupação técnica com a UNIDADE DE AQUECIMENTO SOLAR, contudo, alguns problemas podem atrapalhar o funcionamento perfeito do sistema. A tabela 7 mostra alguns problemas com as possíveis causas e as soluções indicadas:

PROBLEMA EVENTUAL CAUSA COMO RESOLVER

Sujeira excessiva nos coletores solares Lavar as placas

Sombra nos coletores solares provocada por árvores

Podar as árvores próximas aos coletores solares

Ar nas tubulações Fazer a sangria do sistema

Tubulações obstruídas (entupimentos)

Efetuar limpeza interna das tubulações

Água aquece satisfatoriamente, mas a conta de energia subiu excessivamente.

Vazão excessiva nos pontos de consumo

Regular as vazões para os valores projetados

Sistema auxiliar de aquecimento está desligado

Ligar o sistema auxiliar de aquecimento

Resistência elétrica queimada Trocar a resistência

Resistência elétrica com incrustações ou sujeira excessiva Limpar a resistência ou substituí-la

Termostato danificado Trocar o termostato

Água não aquece satisfatoriamente nos dias nublados, chuvosos, ou com consumo acima do usual (projetado)

Termostato desregulado Regular o termostato

Água quente demora a chegar aos pontos de consumo

Tubulações superdimensionadas, com trechos longos e sem isolamento.

Otimizar o projeto hidráulico. O sistema de geração funciona bem. A distribuição é que não está a contento.

Registros fechados Verifique os registros

Misturadores permitindo a comunicação de água quente e fria

Fechar ou, de preferência, eliminar definitivamente os pontos de mistura de água Não sai água quente nas

torneiras

Tubulações internas com ar

Abrir todos os pontos de consumo e deixar correr livremente para permitir a expulsão do ar até normalizar o fluxo de água

Vazamentos Dilatação térmica excessiva, falta de veda-rosca nas conexões ou solda de má qualidade

Identificar o local do vazamento e eliminá-lo, refazendo o serviço que não está a contento (se for decorrente de instalação, entre em contato com seu revendedor autorizado)

Tabela 7