2-correntes filosóficas - esquema para o estudo (1)

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correntes filosoficas no direito

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  • CORRENTES FILOSFICASConstruo do Conhecimento JurdicoIntroduo ao DireitoProf. Cludio J. P. Sanchez

  • FILOSOFIA DO DIREITOA filosofia do direito proporciona condies para que o direito seja analisado de forma diversa dos apresentados pelo Cdigos e doutrinas, essenciais para a formao do acadmico de direito.

  • JUSNATURALISMOleis naturais;normas consideradas divinas;idia da existncia de um Direito, baseado no mais ntimo da natureza humana;Acreditavam alguns pensadores, que existe um "direito natural permanente e eternamente vlido, independente de legislao, de conveno ou qualquer outro expediente imaginado pelo homem;

  • JUSNATURALISMODireito Ideal;Aspiraes de Justia;surge, a escola do direito natural clssico, tendo marcada sua evoluo, em trs perodos. O primeiro, com o advento do Protestantismo na religio, o absolutismo na poltica e o mercantilismo na economia , advindo que o direito natural ser observado pela sabedoria e no do domnio de um lder, tendo como teorias de Grotius, Hobbes e Pufendorf. A Segunda etapa, compreendida inicialmente em 1649, fez-se presente a modificao no estado poltico, aderindo ao liberalismo e ao capitalismo liberal, na economia, situando os pensamentos na proteo aos direitos naturais do indivduo, contra a explorao governamental, prevalecendo as teorias de Locke e Montesquie. E, num terceiro estgio, houve a caracterizao na democracia, onde a deciso seria a majoritria do povo, sendo Jean Jaques Rousseau, o pensador poltico do perodo, confiando o direito natural vontade geral.

  • JUSNATURALISMONo sculo XVIII e XIX a guia para discernir a forma ideal e mais perfeita do direito natural foi a razo, surgindo o racionalismo, com o objetivo de construir uma nova ordem jurdica baseado em princpios de igualdade e liberdade, proclamados como os postulados da razo e da justia.

  • JUSNATURALISMOA noo objetiva do Direito Natural pode ser encontrada muito bem figurada no texto de So Paulo: "quando os gentios, que no tm lei, cumprem naturalmente o que a lei manda, embora no tenham lei, servem de lei a si mesmos; mostram que a lei est escrita em seus coraes".

  • JUSNATURALISMOO direito natural considerado o critrio que se designa o justo;Defensores: Herclito, Aristteles, Ccero, Santo Agostinho, So Toms de Aquino, Grotius, Hobbes, Pufendorf, John Locke, Kant, Spencer e Giorgio Del Vecchio.

  • POSITIVISMO JURDICOSurge tambm como outra forma de fundamentar a natureza do direito, o direito positivo. Protgoras (481 a.C - 411 a.C.) pode ser considerado o pensador que antecipou as opinies dos positivistas modernos. Sustentava que as leis feitas pelos homens eram obrigatrias e vlidas, sem considerar o seu contedo moral.

  • POSITIVISMO JURDICONa primeira acepo, d-se este nome ao sistema de idias filosficas fundado pelo francs Augusto Comte (1789-1857) e propagado posteriormente pelo seu mais fiel discpulo, Emile Lettr (l80l-l88l). Na segunda, serve ele para designar um movimento bastante mais vasto, dentro do qual cabem numerosas escolas e tendncias do sculo XIX, dentro e fora da Frana, em matria de filosofia, de mtodos cientficos, de psicologia, de sociologia, de histria, de direito e de poltica.

  • POSITIVISMO JURDICOO direito positivo tem por base o ordenamento jurdico;O direito positivo tem em seu fundamento a teoria da coatividade do direito;No positivismo jurdico baseado no princpio da prevalncia de uma determinada fonte do direito, no caso a lei, sobre todas as demais fontes;O imperativismo da norma jurdica proclamado como a concepo que considera o Estado como nica fonte do direito e determina a lei como a nica expresso do poder normativo do Estado;

  • POSITIVISMO JURDICOO positivismo s aceita a teoria da interpretao mecanicista, valendo apenas o elemento declarativo sobre o produtivo ou criativo do direito ;O juspositivismo s enxerga quatro mtodos de interpretao, todos eles considerados meios de interpretao textual, a saber: lxico ou gramatical; teleolgico ou lgico; sistemtico e histrico;Segurana Jurdica;Valorizao do Estado e da Separao dos Poderes;

  • POSITIVISMO JURDICOProtgoras, Norberto Bobbio, Bacon, Descartes, Galileu, Hume, Augusto Comte, Hans Kelsen,

  • HISTORICISMOO historicismo Alemo, com base em Savigny;As caractersticas do historicismo de Maistre, Burke e Moser, se evidenciam: pelo sentido da variedade da histria devida diversidade do prprio homem: no existe o homem com certos caracteres fundamentais sempre iguais e imutveis, como pensavam os jusnaturalistas; existem homens, diversos entre si conforme a raa, o clima, o perodo histrico;Outra caracterstica do historicismo o elogio e o amor pelo passado: no havendo crena no melhoramento futuro da humanidade, os historicistas tm, em compensao, grande admirao pelo passado que no pode mais voltar e que aos seus olhos parece idealizado. Por isto eles se interessam pelas origens da civilizao e pelas sociedades primitivas;Ainda como caracterstica, tem-se o amor pela tradio, isto , pelas instituies e os costumes existentes na sociedade e formados atravs de um desenvolvimento lento, secular.

  • HISTORICISMOPara a escola histrica, o sentido da tradio, significa reavaliao de uma forma particular de produo jurdica, isto , do costume, visto que as normas consuetudinrias so precisamente expresso de uma tradio, se formam e se desenvolvem por lenta evoluo na sociedade. O costume , portanto, um direito que nasce diretamente do povo e que exprime o sentimento e o esprito do povo.

  • UTILITARISMOSeu maior terico foi Jeremy Bentham.Seriam justas as normas que ao serem aplicadas produzissem efeitos bons, enquanto seriam injustas as que, em sua aplicao originassem consequncias desfavorveis.

  • TELEOLOGISMODefensor Rudolf von Ihering;A concepo do direito prtica, resulta da vida social e da luta contnua que o meio da realizao do direito; sua finalidade a paz.

  • EXPERINCIA PRTICA DE OLIVER WENDELL HOLMESA lei no feita pelas ordens do soberano, mas sim por juzes sensveis aos ditames da tradio, aos costumes e da vida real.Adepto do Realismo Jurdico americano.

  • LIVRE INVESTIGAO CIENTFICA DE FRANOIS GENYDeve-se buscar a vontade do legislador, desvendando qual seu propsito ao elaborar a norma.Necessrio na aplicao da lei investigar as realidades sociais concretas. Oferta soluo diante a falta de norma regulamentadora do fato concreto.

  • REALISMO JURDICO A corrente do realismo jurdico desenvolveu-se na primeira metade do sculo passado na Escandinvia e, principalmente, nos EUA. O realismo norte-americano desenvolvido no sistema da common law, onde os juizes possuem um importante papel no plano na produo normativa. Atribui ao direito uma natureza emprica, sendo ele um conjunto de fatos, ou seja, o direito a deciso concreta tomada pelos juizes em relao ao caso concreto nos tribunais (ALF ROSS)

  • TESE SOCIAL E O PENSAMENTO JURDICO DE HERBERT L. A. HART Na segunda metade do sculo XX ocorreu na Teoria do Direito uma profunda mutao no mbito do positivismo jurdico, at ento fortemente sustentado pela tese da separao kelseniana, para explicar o fenmeno normativo. Esta ruptura foi ocasionada pela obra do filosofo do direito ingls Herbert L. A. Hart (1907-1992) The Concept of Law (1961), onde apresenta a teoria do direito como pratica social ou, simplesmente, teoria social do direito.

  • PENSAMENTO DE JOHN AUSTIN John Austin um autor mais comumente criticado do que estudado, porm sua obra de suma importncia para a Teoria do Direito e teve bastante influncia no continente europeu logo aps sua morte. Para a compreenso de sua obra fundamental ter em mente a idia do Legislador Soberano, autoridade mxima na legislao e controle das condutas sociais de dado grupo, que vai consistir na chave para a diferenciao dessas trs espcies de regramento de condutas. John Austin vai seguir a tradio deixada por Jean Bodin, Thomas Hobbes e Jeremi Bentham no que toca ao tema referente a soberania. De forma que o direito s surge aps haver o Estado, sendo este o soberano, detentos dos poderes supremos de uma sociedade.

  • A ESCOLA DA EXEGESEEssa corrente do pensamento floresceu no incio do sculo XIX, em torno do Cdigo Napolenico (1804), exercendo grande influncia no mundo ocidental, influncia ainda muito presente na mentalidade de juristas de formao tradicional que concebem o Direito como um sistema normativo, emanado exclusivamente do poder estatal, capaz de prever todas as possibilidades de relaes e conflitos humanos, e, por isso, no concebe o Direito fora dos cdigos, repositrio de toda e qualquer explicao jurdica, at porque no h Direito fora do texto legal

  • A ESCOLA DA EXEGESEA Escola da Exegese pe a Lei acima de todas as vontades, idolatrando-a, e lhe confere o atributo de instrumento de controle do poder, de tal modo que deixa como herana o Princpio da Legalidade e o da Supremacia da Lei

  • CULTURALISMOPara Carlos Cossio, o fundamento do Direito est na conduta normatizada, e no nos elementos fato, norma, valor. A conduta humana (o eu social) objeto cultural, "... e, nessa condio, comporta sempre um valor (ordem, segurana, justia, paz etc.), cujas relaes com a conduta concreta so estabelecidas atravs da norma.

  • CULTURALISMO E A TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO nicho que tambm comporta o tridimensionalismo do clebre e eterno MIGUEL REALE, para quem o Direito se situa no mundo da cultura e concebido como fato, valor e norma, de tal modo que seu estudo exige que se leve em conta seus aspectos histrico-social, axiolgico e normativo, os quais se acham integrados por uma dialtica da implicao e da polaridade

  • TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO Em linhas gerais, a formulada por Miguel Reale postula que o fenmeno se nos apresenta, e deve em conseqncia ser analisado, por meio de trs aspectos inseparveis e distintos entre si: o axiolgico (que envolve o valor de justia), o ftico (que trata da efetividade social e histrica) e o normativo (que compreende o ordenamento, o dever-ser).

  • TEORIA CRTICA DO DIREITO O chamado movimento do alternativo surgiu na dcada de 70 na Itlia, tendo como inspirao, alm do livre, o Jusnaturalismo. No Brasil, o movimento surge em meio ditadura militar (mais precisamente na dcada de 80. A Escola Histrico-Evolutiva, de Salleiles, ao lado da Escola do Direito Livre, de Hermann Kantorowicz, podem ser consideradas como as antecessoras do Movimento do Direito Alternativo. Na linha de raciocnio de Kantorowicz, o juiz deveria decidir sem limites na lei, com ampla liberdade, sendo necessrio primeiro, que se procurasse o justo, para depois utilizar a lei. Para ele, a justia estaria acima da lei, autorizando o juiz a tomar decises contra legem

  • TEORIA CRTICA DO DIREITONo h como proceder a um estudo a respeito do Direito Alternativo sem que possamos discorrer, ainda que em breves linhas, sobre o chamado PLURALISMO JURDICO.Referido estudo passou algum tempo despercebido no Brasil, vindo apenas a figurar em coletnea, j em 1980, produzida pelos professores Joaquim Falco e Cludio Souto, acarretando, a partir da, um notvel conhecimento dos ideais defendidos por Boaventura, especialmente a respeito da possibilidade da existncia de uma pluralidade de ordens jurdicas. A partir da, podemos dizer que eclodiram ideais libertrios, como os de Boaventura, no Brasil, destacando-se o movimento Crtica do Direito, especialmente na Universidade de Santa Catarina; a Nova Escola Jurdica Brasileira, de Roberto Lyra Filho, e o Direito Insurgente, de Miguel Pressburger.

  • PLURALISMO JURDICOReferncia bibliogrfica: WOLKMER, Antonio Carlos. Ideologia, estado e direito. 2.ed. rev. e amp. So Paulo: Revista dos Tribunais, 1995._. Pluralismo jurdico - fundamentos de uma nova cultura no direito. So Paulo: Alfa Omega, 1994.

  • OUTROS PENSADORESCOELHO, Luiz Fernando. Teoria crtica do direito, Editora Del Rey. CORREAS, Oscr. Ideologa jurdica. Puebla: Universidad Autnoma de Pue bla, 1983. DWORKIN, Ronald. Uma questo de princpio. So Paulo: Martins Forense, 2001.FERRAZ JR.,Trcio Sampaio. Introduo ao estudo do direito.So Paulo: Atlas, 1989.HABERMAS, Jrgen. Direito e Democracia. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.PERELMAN, Chin. tica e Direito. So Paulo: Martins Fontes, 1996.LUHMANN, Niklas, Sociologia do Direito. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.RAWLS, John. Uma teoria da Justia. So Paulo: Martins Fontes, 1997. WARAT, Luiz Alberto. Introduo geral ao direito. Porto Alegre: Srgio Fabris, 1994.