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2 APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) na perspectiva de uma concepção de
educação transformadora exige profunda reflexão e investigação a respeito das
finalidades da escola, assim como, a explicitação de seu papel social e a clara definição
de caminhos, formas operacionais e ações a serem empreendidas por todos os
envolvidos no processo educativo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças
existentes entre seus autores, sejam eles professores e professoras, agentes
educacionais, alunos e alunas, pais e mães e demais representantes da comunidade
local.
Considera-se que o PPP é um documento que não se reduz à dimensão
pedagógica, nem muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de cada
professor em sua sala de aula. É sim, um instrumento esclarecedor da ação educativa da
escola em sua totalidade que aponta um rumo, uma direção, um sentido explícito para um
compromisso estabelecido coletivamente.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN – nº 9394 do ano de
1996 prevê em seu artigo 12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e
executar sua proposta pedagógica”. No Artigo 13 está expresso que
Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Já no Art. 14, encontramos que os princípios para elaboração das normas da
gestão democrática de acordo com a especificidade de cada estabelecimento de ensino,
são eles:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Esse preceito legal está sustentado na ideia de que a escola deve assumir, como unidade, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa. É por esse caminho que vamos construindo o planejamento participativo e a estratégia de ação da escola.
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Assim, observamos que o trabalho coletivo e a gestão democrática são ações
amparadas pela LDBEN e devem permear toda a Educação Básica. Desta forma, com a
Educação de Jovens e Adultos (EJA) não seria diferente.
A EJA é uma modalidade educacional destinada àqueles que não tiveram acesso à
escola, por diferentes motivos, entre eles a repetência, problemas sócio-econômicos (que
exigem a prematura entrada no mercado de trabalho), motivos pelos quais não
concluíram seus estudos no momento hábil. Atende várias exigências do Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA). Isso acontece por meio de sua estrutura flexível que
respeita o tempo de aprendizagem de cada educando, bem como as diferentes
possibilidades e condições de reinserção no processo educativo ofertando: horário
diferenciado; aulas aos sábados; atendimento personalizado individual ou coletivo; Ações
Pedagógicas Descentralizadas (APEDs), dirigidas a grupos sociais com perfis e
necessidades próprias; APEDs especiais para educandos internos como dependentes
químicos e privados de liberdade em conflito com a lei; além de exames de suplência.
Portanto a EJA é mais uma oportunidade e um estímulo à formação de uma sociedade
mais justa e mais fraterna.
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3 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
3. 1 Escola/Colégio/Código
Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos Professora Geni
Sampaio Lemos – Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Código nº 47773.
3.2 Endereço
Rua Coronel Cecílio Rocha, nº 395
Centro
3.3 Telefone
(43) 35251937
3.4 Fax
(43) 35251937
3.5 Município
Jacarezinho – PR Código: 1190
3.6 Dependência administrativa/código
Estadual – Código: 2
3.7 NRE/Código
Jacarezinho – Código: 17
3.8 Entidade mantenedora
Governo do Estado do Paraná
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3.9 Ato de Autorização do Estabelecimento
Resolução nº 1566/89 de 15/06/1989 (EJA)
Resolução nº 1628/10 (PROEJA – Técnico em Segurança do Trabalho)
Resolução nº 5445/10 (PROEJA – Técnico em Cuidador de Idoso)
3.10 Ato de Reconhecimento do Estabelecimento
Resolução nº: 2970/2001
Resolução nº 2209/10 (Renovação do Reconhecimento)
3.11 Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar
nº 114/05 de: 14/09/2005
3.12 Distância da Instituição Escolar do NRE
2Km
3.13 Localização
Urbana
3.14 Site
www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br
3.15 E-mail
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4 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Compreender o contexto social onde a escola está inserida, seus problemas,
contradições e conflitos, imprimindo direção às ações dos educandos, educadores e
demais profissionais da comunidade escolar.
Estimular a participação efetiva dos profissionais dos diferentes segmentos da
escola, por meio da reflexão e discussão continuada e coletiva.
Definir coletivamente as grandes linhas de ação e a reorganização do trabalho
pedagógico escolar na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político-
educacional.
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5 MARCO SITUACIONAL
5.1 Organização da entidade escolar
5.1.1 Modalidade de Ensino
Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio;
Educação Especial; Educação Profissional – Curso Integrado em Técnico de Segurança
do Trabalho.
5.1.2 Número
Alunos: 472 (sede) 576 (APEDs)
Professores: 43 (sede) 31 (APEDs)
Equipe Pedagógica: 15
Funcionários: 15
Diretor: 01
Diretor-auxiliar: 01
Salas de aula: 15 (sede) 31 (APEDs)
5.1.3 Turno de Funcionamento
Setor Administrativo: período matutino de segunda-feira à sexta-feira das 8:00 às
12:00, período vespertino de segunda-feira à sexta-feira das 13:20 às 17:20 e período
noturno de segunda-feira à sexta-feira das 19:00 às 22:20.
Setor pedagógico: período vespertino de segunda-feira à sexta-feira das 13:20 às
17:20 e período noturno das 19:00 às 22:20.
5.1.4 Ambientes Pedagógicos
Biblioteca 01; sala de apoio pedagógico 01; sala de multimídia 02; laboratório de
física, química e biologia 01; laboratório de informática 01
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5.2 Histórico da Realidade
O Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos – CEEBJA Professora Geni
Sampaio Lemos, integra o Sistema Educacional de Ensino e se caracteriza como uma
modalidade educacional adequada às exigências da Lei nº 9394/96, que apresenta
diversificação do processo de ensino e de aprendizagem. Está instalado à Rua Coronel
Cecílio Rocha, nº 395, no município de Jacarezinho e abrange o referido município e os
demais pertencentes às regiões vizinhas do norte do Estado do Paraná e do sul do
Estado de São Paulo. Tem como mantenedora o Governo do Estado do Paraná. Seu
objetivo é atender a expressiva população potencial evadida de cursos da educação
comum, com predominância da classe trabalhadora formada por jovens, adultos e idosos
ou que por algum motivo não pode estudar.
Desta forma, oferta o Ensino Fundamental – Fase II, Ensino Médio, Exames
Supletivos no nível do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, Educação Especial,
Ensino Profissionalizante e Ações Pedagógicas Descentralizadas, procurando ofertar uma
educação de qualidade para que todos possam exercer a cidadania.
5.3 Dados Históricos da Instituição
O Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos – CEEBJA –
Professora Geni Sampaio Lemos, foi criado pela Resolução nº 1234/87 de 26/03/1987 e
autorizado a funcionar através da Resolução nº 1566/89 de 15/06/1989, com o nome de
Centro de Estudos Supletivos – CES. No mesmo ano obteve seu reconhecimento em 21
de dezembro, por intermédio da Resolução nº 3610/89. No ano de 1998, passa a
denominar-se Centro de Educação Continuada, à Distância – CEAD, por meio da
Resolução nº 3120/98. Um ano mais tarde, por intermédio da Resolução nº 4561/99,
passou a denominar-se Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos –
CEEBJA.
5.4 Caracterização da Comunidade Escolar
A comunidade escolar do CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos é
formada por jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à escola na idade própria,
ou não tiveram a possibilidade de continuar seus estudos por inadaptação às práticas
escolares, ingresso prematuro no mundo do trabalho, ausência de estímulo e/ou
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repetências sucessivas e, também, educandos com necessidades especiais. Para
compreender o perfil do educando da EJA devemos entendê-lo como sujeito com
diferentes experiências de vida que serão significativas ao processo educacional,
configurando-se uma forma diferenciada de ensino-aprendizagem, incluindo também o
convívio social e a realização pessoal. Vale destacar que o centro oferta também o
atendimento a educandos com necessidades especiais.
Os educandos do CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos são oriundos das
diversas camadas sociais, com predominância das menos favorecidas no Ensino
Fundamental Fase II e no Ensino Médio, de classe média, com motivações diferenciadas
para a procura da escola.
Em sua maioria, desde muito cedo, ingressam no mercado de trabalho sem
qualquer qualificação, dedicam-se a atividades à margem do mercado formal de trabalho,
cientes de que o saber permite a superação das dificuldades do cotidiano, possibilitando
uma melhor qualificação.
Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em
outras instâncias sociais que são significativas ao processo educacional, que possuem
uma temporalidade específica no processo de aprendizagem, já que possuem
características próprias. Assim, deve-se promover uma forma diferenciada de ações
pedagógicas, visando a aprendizagem como fenômeno pessoal e social, de formação de
sujeitos autônomos, capazes de buscar, criar e aprender ao longo de toda a vida e de
intervir no mundo em que vivem.
O CEEBJA é para o aluno trabalhador e se preocupa com a qualidade de ensino,
proporcionando mensalmente Grupos de Estudo e Reuniões Pedagógicas, com
momentos de reflexão conjunta a respeito do processo educativo, visando o
aperfeiçoamento da ação pedagógica do estabelecimento de ensino como: processo
reflexivo contínuo sobre as práticas escolares; indicativo para o planejamento das ações
escolares; processo sistemático de avaliação do trabalho para (re)organização das
práticas pedagógicas; tomada de decisão coletiva quanto ao processo contínuo de
avaliação, recuperação e promoção dos educandos de acordo com a Proposta
Pedagógica e os princípios estabelecidos no Regimento Escolar; capacitação continuada
da equipe escolar.
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5.5 Porte da Escola
O CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos é uma escola de porte nº 4.
5.6 Regime Escolar
Estabelecimento escolar funciona no período vespertino e no período noturno, de
acordo com a demanda de alunos do estabelecimento de ensino e com expressa
autorização do Departamento de Educação e Trabalho e Departamento da Diversidade da
Secretaria de Estado da Educação.
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas
no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este estabelecimento escolar executa ações pedagógicas descentralizadas para
atendimento de demandas específicas - autorizado pelo Departamento de Educação de
Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não há oferta
de EJA.
5.7 Classificação
A classificação no Ensino Fundamental e no Ensino Médio é o procedimento que
o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meio formal ou
informal, podendo ser realizada, independentemente da escolarização anterior, mediante
avaliação para posicionar o aluno na disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência.
Tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes ações
para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola
para efetivar o processo;
proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
comunicar ao aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
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para obter o respectivo consentimento;
arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos de avaliação
utilizados;
registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Vale destacar que o aluno que inicia o Ensino Fundamental – Fase II não pode
participar do processo de classificação.
No curso integrado de Educação Profissional, em nível médio, a classificação
será efetuada por promoção e por transferência para a mesma habilitação. É vedada a
classificação, independentemente da escolarização anterior, para série, etapas, períodos
posteriores, considerando a necessidade do domínio de incorporação de conteúdos para
a formação em Educação Profissional, no caso do CEEBJA Professora Geni Sampaio
Lemos, o Curso Técnico em Segurança do Trabalho.
O processo de classificação na modalidade da EJA poderá posicionar o aluno,
para matrícula na disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada
disciplina no Ensino Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50% e 75% da
carga horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da
Educação de Jovens e Adultos.
Do total da carga horária restante a ser cursada na disciplina, na qual o aluno foi
classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização Coletiva e de 100% na
Organização Individual.
Na Classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as
disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula inicial
no Ensino Médio.
5.8 Reclassificação
A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza por meio da
avaliação do aluno matriculado e com frequência na/as disciplina/s sob a
responsabilidade do estabelecimento de ensino que, considerando as normas
curriculares, encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s)
compatível com a experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente
do que registre o seu Histórico Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer carga horária da(s) disciplina(s) do nível da
Educação Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a
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reclassificação para conclusão do Ensino Médio.
O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de
aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na/s
disciplina(s), deverá notificar o Núcleo Regional de Educação para que este proceda a
orientação e o acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das normas que o
fundamentam.
O processo de reclassificação, na modalidade da EJA, poderá posicionar o aluno,
em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental -
Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga horária total de cada disciplina.
5.9 Promoção
Para fins de promoção ou certificação, na modalidade Educação de Jovens e
Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina e frequência
mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e
100% na organização individual.
5.10 Regime de Progressão Parcial
É vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial nos cursos de
Educação Profissional técnica de nível médio na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos.
5.11 Quantidade de profissionais em cada setor
Professores: 43 (sede) 31 (APEDs)
Equipe Pedagógica: 15
Funcionários: 15
Diretor: 01
Diretor-auxiliar: 01
5.12 Formação dos profissionais em educação
Os professores desta escola possuem curso superior e curso de especialização,
participam de Grupos de Estudo, Projeto Folhas, capacitação da SEED/DEJA; três
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professores concluíram o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – e três
professores estão em processo de finalização. Da equipe pedagógica, duas pedagogas
concluíram o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – e duas possuem
Mestrado em Educação sendo que uma delas é doutoranda. Dos Agentes Educacionais
II, apenas uma não possui o curso superior, porém está em andamento e apenas um não
participa do programa Pró-Funcionário. Quanto aos Agentes Educacionais I, uma possui
curso superior e pós graduação; duas não possuem o Ensino Médio, porém estão
cursando; cinco Agentes Educacionais I não participam da formação Pró-Funcionário
porque são contratados pelo regime CLT. Também, juntamente com os professores,
participam das capacitações e reuniões pedagógicas ofertadas pela escola e pela SEED.
5.13 Problemas existentes na escola
5.13.1 Índice de Aproveitamento Escolar
O centro não apresenta uma evasão escolar contínua. A mesma acontece durante
o período de safra agrícola, pois nossos alunos em sua maioria, trabalham no setor supra
alcoleiro, alimentício, entre outros da região. Desta forma caracteriza-se uma evasão
periódica, pois terminado o período de safra, os alunos, em sua maioria, retornam à
escola.
Segue abaixo os Gráficos 1 e 2 de matriculados, concluintes e desistentes do
Ensino Fundamental Fase II e do Ensino Médio e o Gráfico 3 do Ensino
Profissionalizante. Devemos observar que, para o Ensino Fundamental Fase II e para o
Ensino Médio, os educandos efetuam suas matrículas por disciplinas e são considerados
concluintes quando completam todas as disciplinas do curso. O Ensino Profissional é
organizado por semestres.
Desta forma necessitamos fazer uma leitura nas entrelinhas das apresentações
estatísticas abaixo.
Coluna A - Matriculados
Coluna B - Concluintes
Coluna C - Desistentes
Coluna D – Reprovados
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Gráfico 01 - Ensino Fundamental Fase II
Gráfico 02 - Ensino Médio
Gráfico 3 - Ensino Profissionalizante
1 2
0
10
20
30
40
50
60
Coluna A
Coluna B
Coluna C
Coluna D
1 2 3 4
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Coluna A
Coluna B
Coluna C
1 2 3 4
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Coluna A
Coluna B
Coluna C
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5.13.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente
A prática docente deste CEEBJA, assim como o de qualquer escola de EJA, gera
conflitos naturalmente, na medida em que os professores e as professoras, na sua
maioria, não estão preparados e preparadas para atenderem as pessoas que estudam
nessa modalidade de ensino. Existe uma diferença na forma de ensinar e de aprender
das sujeitas e sujeitos jovens, adultos e idosos. Desta forma, acreditamos ser natural, as
contradições apresentadas entre a maneira como as professoras e os professores estão
acostumadas/os a tratarem o processo de ensino e de aprendizagem na escola comum e
a maneira como devem trabalhar com as alunas e os alunos da EJA.
Entendendo a contradição como categoria do materialismo histórico-dialético,
também entendemos sua presença nas práticas pedagógicas existentes em nossa escola.
São elementos necessários ao nosso desenvolvimento pessoal e profissional.
5.13.3 Formação Inicial e continuada A formação inicial e continuada do corpo docente deste CEEBJA é feita conforme
a necessidade de cada um/a profissional. Todos e todas as pessoas que trabalham nesta
escola são incentivadas a procurarem avançar na sua formação. Para o momento temos
um quadro com 60 (sessenta) professoras e professores, a maioria possui especialização,
duas tem mestrado, uma é doutoranda e poucos ainda estão cursando a graduação (caso
de uma professora e um professor de Filosofia). Dentre os demais funcionários temos
uma com especialização, três cursando especialização, dois com Ensino Superior
completo e uma com Ensino Superior incompleto, cinco com Ensino Médio completo e
duas com Ensino Médio incompleto.
5.13.4 Organização do tempo e do espaço
Este estabelecimento de ensino tem como uma de suas finalidades a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos, que buscam dar continuidade aos seus
estudos no Ensino Fundamental – Fase II, Médio ou Profissionalizante, assegurando-lhes
oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de
vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este estabelecimento escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –
Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos
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níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo. Também oferta
cursos profissionalizantes, de forma integrada, no nível de Ensino Médio.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a
viabilizar processos pedagógicos, tais como:
pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem
como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos planos de
estudos e atividades. Tanto na organização individual como na organização coletiva, os
educandos recebem um Guia de Estudos.
Nesse sentido, a escolarização da EJA, em todas as disciplinas, será organizada
de forma coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que
melhor se adapte às suas condições e necessidades. Quanto aos cursos
profissionalizantes, serão cursados por semestres, num total de seis semestres.
5.13.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos
A Biblioteca deve ser entendida como um local privilegiado para a prática
pedagógica, não devendo ser pensada apenas como um espaço onde só aluno é
frequentador, mas também professores e a comunidade. É organizada para se integrar
com a sala de aula no desenvolvimento do currículo escolar. Além disso a Biblioteca
Escolar tem como objetivo despertar o aluno para a leitura, desenvolvendo-lhes o prazer
de ler, podendo servir também como suporte para a comunidade em suas necessidades
de in-formação.
Para que a Biblioteca Escolar exista, todos deverão cooperar, no sentido de
garantir seu espaço e seu acervo, transformando a Biblioteca num espaço dinâmico de
trabalho.
A Biblioteca é responsável pela execução de atividades que busquem a identidade
cultural da escola, assim como priorize aspectos significativos da estética, da ética, da
igualdade de cada educando.
Ciência e tecnologia são elementos essenciais para a transformação e o
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desenvolvimento da sociedade atual. Esta por sua vez, tem exigido um volume de
informações muito maior do que em qualquer época do passado, quer seja para o acesso
ao mundo do trabalho, quer para o exercício consciente da cidadania e para as atividades
do cotidiano.
Entendemos o Laboratório como local de apropriação significativa do
conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos fenômenos do
mundo natural, em diferentes espaços e tempos do planeta. Também é local para o
desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas pelo ser
humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino Fundamental e
Médio.
As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de
suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de temas ou
assuntos em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos, potencializando as
atividades experimentais e facilitando a compreensão de conceitos ou fenômenos.
Assim, seguindo o entendimento de Conselho Estadual de Educação, expresso
no parecer nº 095/99... indubitavelmente, um conceito novo para o espaço denominado
laboratório acompanha uma educação científica nova com a não obrigatoriedade de
espaço específico e materiais pré determinados, para concretização de experimentos nos
estabelecimentos de ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que
se quer implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos.
Vivemos em um período de globalização do conhecimento, quando o cidadão,
para acompanhar os avanços sociais, deve dominar as novas tecnologias existentes.
Assim sendo, a informática na escola, como um dos recursos tecnológicos, é a
possibilidade de uma construção de estratégias e de habilidades necessárias para a
compreensão e a inserção, dos homens e das mulheres, no mundo atual com as novas
formas de expressão e comunicação. Desta forma, tais recursos serão tratados para
garantir e ampliar a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
É preciso ensinar o aluno a trabalhar com a informação, utilizando-a para
colaborar na solução dos problemas da realidade. Dessa forma, o uso da tecnologia
possibilita ensinar de forma diferente, trazendo a investigação para a sala de aula.
5.13.6 Relações Humanas de Trabalho na Escola
As relações de trabalho em nossa comunidade escolar são amigáveis,
respeitosas, obedecendo à hierarquia, onde cada um desenvolve seu trabalho visando um
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ensino de qualidade. Os problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações
emergenciais são resolvidos por grupos de trabalho envolvendo a direção, equipe
pedagógica, coordenadores, professores e funcionários. A diretora exerce a função de
liderança na escola, com base no modelo participativo, dividindo o poder de decisão dos
assuntos escolares com toda a equipe.
5.13.7 Organização da Hora-atividade
O CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos organiza sua hora atividade
conforme Instrução 02/03 – SUED, concentrando o maior número possível de professores
por área de conhecimento, dando ênfase no trabalho coletivo e interdisciplinar,
favorecendo os grupos de estudo, preparação das avaliações processuais, avaliações
diagnósticas, trocas de experiências, enriquecendo assim, os trabalhos pedagógicos. O
cronograma abaixo, expressa a hora-atividade do ano de 2010, para o Ensino
Fundamental (EF) e o Ensino Médio (EM):
Tabela 1 - Hora-atividade
DISCIPLINA DIA DA SEMANA PERÍODO
Geografia
Sociologia
História
Física
Arte
Inglês
Segunda-feira Vespertino e Noturno
Língua Portuguesa
Ciências
Geografia
Biologia
Terça-feira Vespertino e Noturno
Matemática
Sociologia
Educação Física
Arte
História
Química
Quarta-feira
Vespertino e Noturno
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Geografia
Inglês
Matemática
Quinta-feira Vespertino e Noturno
5.13.8 Inclusão
Pensar uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade da raça
humana, atendendo às necessidades de todos, é concretizar a realização da sociedade
inclusiva, na qual cabe à educação a mediação deste processo.
Considerando que o CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos oferta
atendimento especializado nas áreas de Deficiência Intelectual, Visual e Auditiva o
trabalho é desenvolvido a partir da especificidade de cada deficiência. Todas as áreas da
Educação Especial primam pelo atendimento individualizado, respeitando o ritmo do
aluno, seu interesse, elaborando o planejamento de acordo com as dificuldades e
limitações dos alunos.
Na área de Deficiência Intelectual trabalhamos com alunos que apresentam
dificuldades de aprendizagem, a ponto de justificar e requerer a modificação das práticas
educacionais no sentido de desenvolver ao máximo suas potencialidades.
Na área de Deficiência Visual o trabalho se desenvolve com alunos que
apresentam cegueira ou baixa visão em ambos os olhos. Tanto os que apresentam
cegueira total, como os de baixa visão, carecem de recursos didáticos especiais como a
utilização do método de leitura em Braille e dos cálculos por meio do Sorobã, para
garantir suas possibilidades de desenvolvimento e participação.
Na área de Deficiência Auditiva trabalha-se com alunos que possuem uma perda
maior ou menor na percepção normal dos sons. A perda auditiva pode variar de leve a
profunda, ou seja, o indivíduo pode ouvir com dificuldades ou não ouvir som algum. O
surdo necessita de recursos didáticos especiais como trabalhar com a diversidade
linguística e a linguagem LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
Para o processo de inclusão trabalha-se o incentivo à autonomia, cooperação,
espírito crítico e criatividade da pessoa com necessidades educacionais especiais,
preparando os alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural dos
desportos, das artes e do trabalho. A avaliação é permanente com ênfase no aspecto
pedagógico considerando o educando em seu contexto biopsicossocial, visando a
identificação de suas potencialidades e desenvolvimento, envolvendo, sempre que
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possível, a família e toda a comunidade escolar no processo de desenvolvimento global
do educando.
5.14 Gestão Democrática
A gestão democrática é uma prática cotidiana que contempla o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve toda a comunidade escolar.
Os trabalhadores da educação se organizam na luta por uma sociedade mais justa,
democrática, solidária, buscando alargar ao máximo os espaços de participação.
Apresenta-se como um desafio para a construção de novas relações sociais, constituindo
um espaço público de decisão e de discussão, sendo, portanto, a bandeira de luta da
classe educadora que almeja uma escola democrática de qualidade e para todos.
5.14.1 Conselho de Avaliação
O Conselho de Avaliação é um órgão colegiado de natureza consultiva em
assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada educando da EJA, tendo por
objetivo avaliar o processo de ensino e de aprendizagem.
Tem por finalidade analisar os dados resultantes do processo de ensino e de
aprendizagem, constantes nesta proposta, propondo o aperfeiçoamento do mesmo, de tal
forma que vise assegurar a apropriação dos conteúdos estabelecidos.
É constituído por todos os professores que ministram aulas nas disciplinas
constantes na matriz curricular, por educandos (pelo menos dois de cada nível de ensino),
pela equipe de Professores Pedagogos.
O Conselho de Avaliação reuni-se sempre que um fato o exigir, e deverá ser
secretariado por um conselheiro ad hoc, sendo lavrada ata, em livro próprio, para registro,
divulgação ou comunicação aos interessados.
A convocação para as reuniões será feita com antecedência de 48 (quarenta e
oito) horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados.
5.14.2 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
29
ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e
dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno do PROEJA formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos
curriculares estabelecidos.
É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados
coletados a serem analisados no Conselho de classe.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão
sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde
todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades
apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela
equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa
mesma turma e/ou série, por meio de: Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala
de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s); Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da
equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de
alunos por turma e/ou série.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e
oito) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata, pelo(a) secretário(a)
da escola, como forma de registro de decisões tomadas.
5.14.3 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e
administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação
30
educacional vigente e orientações da SEED.
É composto por representantes da comunidade escolar e representantes de
movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública, presentes na
comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o(a) diretor(a) escolar. A comunidade
escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da educação atuantes no
estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e frequentando
regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos. A participação dos representantes dos
movimentos sociais organizados, presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto
(1/5) do colegiado.
Poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o compõem, maiores de
18 (dezoito) anos.
Tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante
processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos
níveis e modalidades de ensino.
As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão
em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois)
anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.
Este CEEBJA tem constituído um Conselho Escolar com representantes da equipe
técnico-pedagógica, professores, alunos e representantes da sociedade. Esse conselho é
um órgão colegiado, de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de
promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da escola, a
fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento. Funcionará conforme
Regimento Escolar.
5.14.4 Grêmio Estudantil
Conforme o exposto no Subsídio para elaboração do Estatuto do Grêmio Estudantil
da Rede Estadual de Ensino do Paraná, historicamente, o Movimento Estudantil nasce
em nosso país no século XVIII, com o retorno dos jovens que foram estudar na Europa. A
partir desse momento os estudantes começam a se organizar para culminando na União
Nacional dos Estudantes –UNE –, entidade representativa dos estudantes brasileiros até
hoje (CURITIBA, 2009, p. 05).
No mesmo documento está destacado que: “Em 1985, por Ato do Poder
31
Legislativo, o funcionamento dos Grêmios Estudantis ficou assegurado pela Lei 7.398/85,
como entidades autônomas de representação dos estudantes [...]” (Idem, p.06).
No dia 28 de setembro de 2010 foi organizada a Assembléia Geral dos Estudantes
para a formação do Grêmio Estudantil. No momento foram esclarecidos pela Direção e
Equipe Pedagógica quais são os elementos necessários para se compor um Grêmio
Estudantil. Também foi constituída a Comissão Pró-Grêmio.
O Grêmio Estudantil teve suas eleições no final do ano de 2010 e suas funções se
iniciaram neste ano de 2011. No CEEBJA é composto por alunos da EJA – Ensino
Fundamental e Médio – e por alunos do PROEJA – Curso Técnico em Segurança do
Trabalho. A proposta do Grêmio é desenvolver atividades culturais e esportivas. Foi
nominado como Grêmio Estudantil Defesa Estudantil. Seu primeiro presidente é o aluno
Ismael Galhego, RG 5730896-6 e CPF 966989189-20. Teve posse no dia 30 de novembro
de 2010, para a gestão de 2011 até 2013.
De acordo com o seu Estatuto, tem por objetivos, entre outros: representar
condignamente o corpo docente; incentivar a cultura literária, artística e desportiva de
seus membros; realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com
outras instituições de caráter educacional.
Em seu Plano de Ação está expresso, entre outras, as seguintes ações a serem
desenvolvidas: montar um espaço de leitura; realizar festivais e palestras; fazer
campanhas preventivas aos males sociais; implantar uma cantina; estimular eventos
culturais.
5.14.5 APAF
Este CEEBJA, devido às suas características próprias, possui uma Associação de
Professores, Alunos e Funcionários (APAF). A referida associação foi criada no dia 27 de
maio do ano de 1992 com o nome de Associação de Professores e Alunos (APA), data
esta na qual ocorreu a aprovação de seu estatuto.
No ano de 2005, no dia 1º de abril, em reunião dos associados foi aprovado um
novo estatuto para adequação às necessidades da escola. A APA passa ser denominada
de APAF, agregando à associação os demais funcionários da escola.
Conforme seu estatuto, a APAF é um orgão de representação dos Professores,
Alunos e Funcionários do CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, não tendo caráter
político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
Dirigentes e Conselheiros.
32
Tem como destaque em seus objetivos que as suas ações estejam em
consonância com este Projeto Político Pedagógico e com as atividades que compete à
escola.
5.14.6 Participação dos pais
Como este CEEBJA caracteriza-se por um atendimento mais individual, em
respeito às diferenças de nossos alunos e de nossas alunas, pais, mães ou outros
responsáveis pelos estudantes são chamados a comparecerem em momentos pontuais,
quando necessário.
A Direção e a Equipe Pedagógica colocam a família a par das situações
diferenciadas de nossa escola, são comunicados a respeito do andamento do aluno ou da
aluna. Quando a situação precisar, as professoras e os professores também são
solicitados para conversarem com os familiares.
5.14.7 Critérios de organização e distribuição de turmas
As turmas da EJA são organizadas de forma coletiva e individual, por disciplina e
cumprimento de carga horária. A organização coletiva é programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e
horário das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando ao
educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e
considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
A organização individual é programada pela escola por meio de um cronograma
que estipula o período, dias e horário das aulas, contemplando mais intensamente a
relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio do educando, nas suas condições de
vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
Os estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, tem como referência as
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, as quais consideram os conteúdos como
meios para que os educandos possam produzir bens culturais, sociais, econômicos e
deles usufruírem.
Visa o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a
continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
O Ensino Médio no estabelecimento escolar tem como referência em sua oferta, os
33
princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE e
nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica e da Educação de Jovens e
Adultos.
Este CEEBJA também oferta o Curso Técnico em Segurança do Trabalho,
integrado ao Ensino Médio, o qual pertence ao Programa Nacional de Integração da
Educação Nacional – PROEJA. O referido curso segue um calendário semestral e teve
início no segundo semestre do ano de 2009, com uma turma (A) de 53 alunos. No início
de 2010 formou-se outra turma (B) com 50 alunos. As aulas acontecem no período
noturno.
A EJA contempla o atendimento a educandos com necessidades educativas
especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente estes
educandos, deve-se priorizar ações educacionais específicas e que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que,
por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação
assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que
apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;
condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos; e
superdotação/altas habilidades.
Deste modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de
condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a
receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o
direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de
educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que
cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
Este estabelecimento escolar também desenvolve Ações Pedagógicas
Descentralizadas (APEDs). Tais ações são efetivadas em situações de evidente
necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias. São
34
trabalhadas onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos,
respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela
SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
Os municípios pertencentes ao Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho
contemplados com APEDs são: Barra do Jacaré (Escola Municipal Pio XII), Carlópolis
(Escola Municipal José Sales), Jacarezinho (Escola Municipal Ismênia de Lima Peixoto,
Escola Municipal Drº João de Aguiar, Escola Municipal Profº Silvestre Marques, Colégio
Estadual Marques dos Reis, Assentamento Valmir M. de Oliveira, Fazenda Califórnia,
Comunidade de Assistência aos Dependentes de Drogas – CADD e Comunidade
Feminina de Assistência aos Dependentes de Drogas), Quatiguá (Escola Municipal Bom
Pastor), Ribeirão Claro (Escola Municipal Correia de Freitas, Escola Municipal Profª Ana
Pinheiro, Colégio Estadual Sebastião L. da Silva), Ribeirão do Pinhal (Escola Municipal
Drº Marcelino Nogueira, Escola Municipal Triolândia).
O CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos oferta exames supletivos, atendendo
ao disposto na Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação.
5.15 Desafios Educacionais Contemporâneo
Os professores deste CEEBJA entraram em contato com as questões propostas
nos Desafios Educacionais Contemporâneos por intermédio de uma reunião pedagógica
no decorrer do ano letivo de 2009. Todos os professores e a equipe pedagógica
discutiram as possibilidades de trabalhos com os alunos e as alunas. Esse foi o período
inicial dos trabalhos.
A questão da implementação da Lei 10.639/03 e a consolidação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, são as disciplinas de História e
Geografia que trabalham com maior ênfase com esse desafio. Houve um momento em
que todos os professores trabalharam, mas foi uma atividade pontual.
É importante ressaltar a Lei Nº 11.645, de 10 de março de 2008, a qual
altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei n
o 10.639,
de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” (BRASIL, 2010d)
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Educação Ambiental e a Sexualidade,
35
entendidas como questões de construção social, histórica e cultural, foram discutidas na
escola pelos professores e pelas professoras. O trabalho educativo com tais questões,
emerge a partir de questionamentos dos alunos e das alunas, geram uma conversa na
sala de aula e assim sanando as dúvidas apresentadas, em sua maioria nas disciplinas
de Ciências e Biologia.
Quanto aos outros desafios, esses não foram abordados, com especificidade, até o
momento. As questões da Cidadania e Educação Fiscal são trabalhadas nos espaços de
conversa, para sanar dúvidas das alunas e dos alunos. Sendo o CEEBJA uma
modalidade diferente da escola comum, atendendo jovens, adultos e idosos, não
encontramos, para o momento, problemas como o desafio do Enfrentamento à Violência
na Escola, mas entendemos a necessidade de discutir com nossos alunos e nossas
alunas, já que os mesmos podem ser parentes de estudantes da escola comum.
5.16 Diversidade
Da mesma forma que os Desafios Educacionais Contemporâneos, as questões da
Diversidade circulam pelo CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos ainda de maneira
introdutória. Sendo uma escola que atende jovens, adultos e idosos, as questões
relacionadas à Alfabetização de Jovens e de Adultos são discutidas continuadamente,
visto que alguns alunos e algumas alunas precisam de um atendimento mais efetivo no
que se refere ao conhecimento do processo de alfabetização.
A Educação das Relações Étnico-Raciais e Afrodescendência, como já exposto
no subtítulo acima, são tratadas, de maneira sistemática, nas disciplinas de História e
Geografia. De maneira informal são tratadas em todos os setores da escola nos
relacionamentos entre os profissionais.
Quanto à Educação do Campo, ainda é uma discussão que não está presente, de
forma sistematizada e fundamentada, entre os profissionais deste CEEBJA, talvez por ser
um trabalho que ainda está em processo inicial. Algumas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas – APEDs – estão localizadas no campo e, desta maneira, os
professores e as professoras são orientados para contextualizarem suas ações de acordo
com a realidade onde a descentralização está inserida.
No caso da Educação Indígena, até o momento, não foi necessário organizar
estudos a respeito desta temática. Nossa região não contempla território indígena e desta
forma ainda não tivemos alunos ou alunas dessa etnia. Entendemos que, apesar deste
fato, é interessante termos conhecimentos a respeito das diversidades, mesmo daquelas
36
que ainda não nos rodeiam de forma acadêmica.
Em relação à Diversidade de Gênero e Sexual, as atividades são desenvolvidas
também em disciplina relacionadas com a temática, como a Ciência e a Biologia.
Questões apresentadas pela mídia, como a Parada Gay, entre outras, são discutidas em
sala de aula quando é necessário.
5.16.1 Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar deste CEEBJA foi constituída, mediante assembléia com
a comunidade escolar, no dia 15 de outubro de 2010 e homologada no dia 22 de outubro
de 2010. Na ocasião foi composta pelos seguintes profissionais da educação: Pedagoga
Ingrid Barbara Pereira Micheletto; Agente Educacional Nilda de Fátima Reis;
representante das Instâncias Colegiadas Adnan de Carvalho; Professora da área de
Humanas Solange da Costa Lima Oliveira; Professora da área de Humanas Heliana Alves
Faria Gomes; Professora da área de Exatas Nancy Nazareth Gatske; Professora da área
de Biológicas Dahiane Inocência Silveira.
Atualmente a referida equipe, mediante ata de suplência aprovada em 28 de
março de 2011, está composta por: Pedagoga Ingrid Barbara Pereira Micheletto; Agente
Educacional Nilda de Fátima Reis; representante das Instâncias Colegiadas Adnan de
Carvalho; Professora da área de Humanas Maria de Lourde Figueiredo Sousa; Professora
da área de Humanas Fumie Inouye Brabuio; Professora da área de Exatas Antonio Néia;
Professora da área de Biológicas Dahiane Inocência Silveira.
O Plano de Ação organizado pela equipe tem os seguintes objetivos: orientar e
auxiliar o desenvolvimento de ações relacionadas à Educação das Relações
Etnicorraciais e ao ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena;
articular as disciplinas da Base Nacional Comum para que fiquem em consonância com
as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Paraná, com as Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e com o ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; constituir e organizar a Agenda da
Consciência Negra por meio de planejamento e realização de atividades pedagógicas;
contribuir para que os alunos negros e indígenas valorizem sua história e de seus
antepassados, melhorando sua autoestima, por meio da valorização da história e cultura
de seu povo.
37
6 MARCO CONCEITUAL
6.1 Fundamentação Teórica e Organização Pedagógica do CEEBJA Professora Geni
Sampaio Lemos
6.1.1 Filosofia do CEEBJA
A natureza humana é imutável e determinada pela existência. A ênfase está no
educando, na vida, na atividade. Sendo natural, o homem é pensado também como
universal, dotado de capacidades e potencialidades que lhes são naturais. Desta forma, a
identidade de homens e mulheres é formada pelas experiências do meio em que vivem,
sendo modificada conforme se alteram as relações sociais.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade.
As sociedades humanas têm assim que buscar condições adequadas para o
desenvolvimento pleno de uma humanidade contida em cada um de nós. Essa condição
ideal envolve obrigatoriamente a possibilidade da liberdade do homem. Ser livre para ser
capaz de desenvolver plenamente suas vocações e potencialidades. Assim, o esforço
individual torna-se o fator importante, tornando-se o único responsável pelo seu próprio
desenvolvimento (desde que as condições ambientais sejam dadas) e as teorias
psicológicas contribuem significativamente para avaliar que aspectos psicológicos do
indivíduo podem impedir seu pleno desenvolvimento.
Como mediadora nesse processo de desenvolvimento está a sociedade. Para
viver em sociedade homens e mulheres se relacionam entre si e entre a natureza por
meio do trabalho concreto. Assim, criam novas possibilidades de cultura e de agir social a
partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Toda cultura e conhecimento produzido nessas relações são transmitidas pelas
instituições sociais, dentre elas a escola. A educação escolar é o processo pela qual uma
pessoa ou grupo de pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, artísticos,
técnicos ou especializados, com o objetivo de desenvolver suas capacidades ou aptidões.
Além de conhecimentos, a pessoa adquire também certos hábitos e atitudes. O objetivo
primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais (já produzidos)
capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela dinâmica
38
da sociedade.
Sendo assim, a escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade
reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a
que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua
realidade social.
O ensino é centrado no educando, o qual é sujeito construtor de sua
aprendizagem. Todo aprendizado deve partir do conhecimento prévio do aluno. O ensino
deve ser significativo com uma memorização compreensiva, na espontaneidade e na
qualidade do processo.
É importante destacar que o conhecimento pressupõe as concepções de homem,
de mundo e das condições sociais que o geram, configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento. Tais concepções implicam
necessariamente em nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para
obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade. O
conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece num processo social gerando
mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Para auxiliar esse processo de produção do conhecimento, temos os
instrumentos tecnológicos. A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta
sofisticada e alternativa no contexto educacional. Devemos ficar atentos ao uso
desgovernado dos novos instrumentos tecnológicos pois, ao mesmo tempo, podem
contribuir para a inserção social, se vistos como forma de estabelecer mediações entre o
aluno e o conhecimento em todas as áreas, ou contribuir para o aumento das
desigualdades e da exclusão social.A tecnologia tem um impacto significativo não só na
produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos
padrões culturais vigentes.
O grande desafio é dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão
consciente, organizados e participativos do processo de construção político-social e
cultural, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Desta forma, a EJA, por intermédio de sua filosofia humanista tem como
finalidade o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura, agregando
elementos e valores que levem o educando à emancipação e à reflexiva formação de sua
identidade, sendo capaz de interpretar as condições sócio-culturais da sociedade em que
39
vive de forma crítica reflexiva.
Nessa perspectiva, o CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, considerando o
perfil diferenciado de seus educandos jovens, adultos e idosos, o qual refere-se não
somente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade de ensino com a
diversidade sócio-cultural de seu público, considerando o tempo/espaço e a cultura de
referencia de seu alunado, tem características próprias. Para tanto, deve contemplar
ações pedagógicas específicas, nas quais a dinâmica de trabalho desenvolvida motive a
autonomia intelectual dos educandos, a fim de que se tornem sujeitos ativos do processo
educacional relacionando o saber popular com o científico. Também é importante resgatar
a cultura dos aprendizes e ampliar seus conhecimentos. Desta forma é necessário a
flexibilização de horários e organização de tempo escolar, atendendo suas necessidades
individuais, para que o acesso, a permanência e o sucesso dos estudos sejam
assegurados.
6.1.2 Concepção de Educação
A Educação de Jovens e Adultos (EJA), enquanto modalidade educacional que
atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a
formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos venham a
participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e
compromisso político, por intermédio do desenvolvimento de sua autonomia intelectual e
moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual
os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente;
agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva;
comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir
da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e
sócio-históricos (KUENZER, 2000, p. 40).
6.1.3 Princípios Norteadores da Educação
Para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
aprendizagem, na EJA seja coerente com:
40
o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores
que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural, numa
educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e
pluriétnica;
o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,
crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo.
Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos
do Estado do Paraná, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam
uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a
diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função
socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo
cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a produção
humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA ao relacionar-se com o mundo do
trabalho buscando melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos
pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função
do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos da EJA, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná:
A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e
condições de reinserção nos processos educativos formais;
O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar
um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de
informações do que na relação qualitativa com o conhecimento;
41
Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do
trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade
de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade
reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes,
de forma a que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de
transformação de sua realidade social;
O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional,
que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os
conteúdos culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o
educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes
saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do
conhecimento.
6.1.4 Objetivos do CEEBJA
Os objetivos deste CEEBJA estão em consonância com as finalidades da
Educação de Jovens e Adultos, a saber:
Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com
conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e
aprendizagem;
Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes
linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania e do trabalho;
Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos
42
e democráticos, através do desenvolvimento de atitudes, posturas e valores
que preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre
todos, sem as barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos,
estereótipos e discriminação que fecundam o terreno para a dominação de um
grupo racial sobre o outro, de um povo sobre o outro.
6.1.5 Fins Educativos
O CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos tem a finalidade de efetivar o
processo e apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos constitucionais
Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN n°
9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei n° 8.069/90 e a Legislação
do Sistema Estadual de Ensino.
O estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade de
condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de
uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino,
vedada qualquer forma de discriminação e segregação.
O princípio do direito à educação, bem como o entendimento da educação como processo de aprendizagem que acompanha o ser humano ao longo da sua vida e a compreensão de que não basta oferecer qualquer educação, tornaram-se as premissas básicas para a política de educação de jovens e adultos. Por direito à educação entende-se não somente educação de qualidade, mas também o direito a uma educação que possui relevância social e cultural para os sujeitos do processo (IRELAND, 2010).
Em texto do mesmo autor encontra-se uma passagem da Declaração de
Hamburgo, na V Confintea – Conferência Internacional de Educação de Adultos, realizada
em 1997, a qual assinala:
A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça (IRELAND, 2010).
Desta forma, e de acordo com o autor acima citado, o fim educativo maior que se
espera é a “paz baseada na justiça”. A formação humana, para viver em sociedade de
maneira a preservar a paz, a si mesma como espécie e preservar o mundo em que vive,
deve estar voltada para a educação dos sujeitos e das sujeitas que a compõem.
43
Para fundamentar tal conceito as Diretrizes Curriculares da Educação Básica da
Educação de Jovens e Adultos (EJA), apontam que:
como modalidade educacional que atende a educandos-trabalhadores, [a EJA] tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual (PARANÁ, 2010, p.27).
Assim, os fins educativos da EJA estão relacionados com a formação humana de
seus educandos, no que se refere à construção de conceitos voltados para a
disseminação da paz e da justiça. Tal construção será possível a partir do memento em
que todos sejam respeitados em suas diferenças culturais.
6.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional
Este estabelecimento de ensino tem como finalidades e objetivos, atendendo ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual, na Lei nº 9.394/96, nas Diretrizes
Curriculares Nacionais de Educação de Jovens e Adultos, instituídas pelo Parecer
011/2000 CNE, ofertar cursos de Ensino Fundamental Fase II e de Ensino Médio
destinados à preparação do jovem, do adulto e do idoso, por meio de metodologia
adequada ao desenvolvimento cultural e formação da vida cidadã dos educandos. Com
base nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual:
igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
gratuidade do ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer
natureza, vinculadas à matrícula;
garantia de uma educação básica igualitária e de qualidade.
Objetivando que o educando da EJA relacione-se com o mundo do trabalho e que
por meio deste busque melhorar sua qualidade de vida e tenha acesso aos bens
produzidos pelos homens.
Este estabelecimento oferta o Ensino Fundamental - Fase II, Ensino Médio,
Educação Especial, Educação Profissional e Exames Supletivo no nível do Ensino
Fundamental e Médio, quando credenciado pela SEED, gratuitamente, para jovens,
adultos e idosos que não puderam efetuar seus estudos em idade própria, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de
estudos em caráter regular. Os exames realizar-se-ão:
44
no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze
anos;
no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos;
Os critérios utilizados para a aplicação dos exames seguirão as normas
complementares emanadas pelo Conselho Estadual de Educação e Instruções da
Mantenedora.
Este estabelecimento escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,
efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e
necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e
idosos, respeitada a Proposta Pedagógica e Regimento Escolar, desde que autorizado
pela SEED/PR, seguindo instrução própria, poderá ofertar ações pedagógicas para
educandos em privação de liberdade, de acordo com a legislação vigente.
6.1.7 Diretrizes curriculares que norteiam a ação da escola
A ação do CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos são norteadas pelas
Diretrizes Curriculares Estaduais para Educação de Jovens e Adultos, que elegeram os
eixos cultura, trabalho e tempo como os que deverão articular toda ação pedagógico-
curricular nas escolas de EJA. Tais eixos foram definidos tendo em vista a concepção de
currículo como um processo de seleção da cultura, bem como, pela necessidade de se
atender ao perfil do educando da EJA.
“A cultura compreende toda forma de produção da vida material e imaterial e
compõe um sistema de significações envolvido em todas as formas de atividade social”
(WILLIAMS, 1992). Por ser produto da atividade humana não se pode ignorar sua
dimensão histórica. No terreno da formação humana, a cultura é o elemento de mediação
entre o indivíduo e a sociedade e nesse sentido, possui um duplo caráter: remete o
indivíduo à sociedade e é, também o intermediário entre a sociedade e a formação do
indivíduo (ADORNO, 1996).
Como elemento de mediação da formação humana, torna-se objeto da educação
que se traduz, na escola, em atividade curricular. Desse modo, podemos compreender o
currículo como a porção da cultura – em termos de conteúdos e práticas (de ensino,
avalição, etc) – que, por ser considerada relevante num dado momento histórico, é trazida
para a escola, portanto, é escolarizada (WILLIAMS, 1984). De certa forma, então, um
currículo guarda estreita correspondência com a cultura na qual ele se organizou, de
modo que ao analisarmos um determinado currículo poderemos inferir não só os
45
conteúdos que, explícita ou implicitamente, são vistos como importantes naquela cultura,
como, também, de que maneira aquela cultura prioriza alguns conteúdos em detrimento
de outros, isso é, podemos inferir quais foram os critérios de escolha que guiaram os
professores, administradores, curriculistas, etc, que montaram aquele currículo (VEIGA-
NETO, 1995).
Se a cultura abarca toda produção humana, inclui, também, o trabalho de todas as
relações que ele perpassa. O trabalho compreende, assim, uma forma de produção da
vida material a partir do qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação
pela qual o homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo.
É, portanto, produção histórico-cultural que atribui à formação de cada novo indivíduo,
também, essa dimensão histórica.
A ênfase no trabalho como princípio educativo não deve ser reduzida à
preocupação em preparar o trabalhador apenas para atender às demandas do
industrialismo e do mercado de trabalho, nem apenas destacar as dimensões relativas à
produção e às suas transformações técnicas (ARROYO, 2001). Os vínculos entre
educação, escola e trabalho situam-se numa perspectiva mais ampla, tendo em vista a
constituição histórica do ser humano, de sua formação intelectual e moral, sua autonomia
e liberdade individual e coletiva, sua emancipação.
Pensar as práticas de significação que se devem gerar na escola, impõe estar
atento à dinâmica das relações sociais com o objetivo de:
democratizar o saber, a cultura e o conhecimento, bem como conduzir o educando a aprender o significado social e cultural dos símbolos construídos, tais como, as palavras, as ciências, as artes, os valores, dotados da capacidade de propiciar-nos meios de orientação, de comunicação e de participação (ARROYO, 2001).
Para que ocorram mudanças na forma de organizar o conhecimento na escola, é
imprescindível que toda ação educativa esteja voltada para os educandos, é preciso rever
a cultura escolar em seus aspectos limitadores, como por exemplo, nas práticas formais
de planejamento que desconsideram a dinamicidade e a concretude dos processos de
ensino e aprendizagem, nas aulas distanciadas da realidade de referência do educando,
nas práticas de avaliação coercitivas e burocráticas, na ausência de interlocução entre a
escola e a comunidade, dentre outras.
O currículo, entendido como seleção da cultura, como processo ordenador e
socialização do conhecimento que engloba toda ação pedagógica, é o principal elemento
de mediação da prática dos educadores e educandos, por isso, a organização dos
espaços, dos tempos escolares e da ação pedagógica, deve ser objeto de reflexão entre
46
os educadores e educandos para que o currículo seja significativo.
Se o currículo orienta toda ação pedagógica, ele deve expressar os interesses dos
educadores e educandos: o conhecimento necessário para a compreensão histórica da
sociedade; metodologias que deem voz a todos os envolvidos nesse processo; bem como
uma avaliação que encaminhe para a emancipação.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – destaca em seu “Capítulo IV, Do
Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer [...] Art. 53. A criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.
6.1.8 Concepções das Capacitações Continuadas
A capacitação continuada dos professores e das professoras visa propiciar um
trabalho de qualidade, voltado para as reais necessidades dos alunos e das alunas que
atendemos. Para tanto é preciso desenvolver ações capacitadoras para possibilitar que os
docentes realizem atividades pedagógicas que propiciem, para além da aquisição de
conteúdos específicos, os conhecimentos que promovam o bem-estar social e a formação
da cidadania.
Os professores e as professoras devem estar seguros em seus momentos de
docência, assim é necessário estar em constante processo de atualização e de
discussões a respeito de suas práticas pedagógicas em sala de aula. Freire, ao comentar
a respeito da importância de se capacitar, destaca que:
Não posso estar seguro do que faço se não sei como fundamentar cientificamente a minha ação, se não tenho pelo menos algumas idéias em torno do que faço, de porque faço, para que faço. Se pouco ou nada sei ou a favor de que e de quem, de contra que e contra quem faço o que estou fazendo ou farei (1993, 19).
Assim, a docência é algo que se vai construindo no processo e não resulta de uma
aprendizagem individual ou de uma formação inicial e, acima de tudo, é conquista no
coletivo. É vivendo a permanente relação entre a dimensão individual e coletiva que se vai
tomando consciência da realidade concreta, problematizando-a até alcançar um nível de
conscientização.
Tendo como base esta concepção de capacitação continuada pode-se conceber
as ações docentes como ações eminentemente humanas, voltadas para capacitar os
sujeitos e as sujeitas a repensar, mudar, transformar a realidade na qual estamos
inseridos, se assim o desejarem.
47
Sendo assim, os profissionais deste CEEBJA, aproveitam os momentos de
estudos ofertados pela SEED, tais como: Reuniões Pedagógicas bimestrais, com
temáticas voltadas para a construção do Projeto Político Pedagógico e para a Avaliação
da aprendizagem; Grupos de Estudos aos sábados, conforme opção do professor;
estudos dirigidos na hora-atividade com textos sugeridos pela SEED e também com as
Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos.
6.1.9 Concepção de homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,
conhecimento, tecnologia, ensino-aprendizagem, cidadania.
Para construir a concepção de homem, buscamos as idéias de Morin (2001) a
respeito da teoria da complexidade. Para Morin (2001) o homem é um ser complexo, no
sentido de ser o resultado de um emaranhado de aspectos: ao mesmo tempo ser
totalmente biológico, ser totalmente cultural, ser totalmente social, ser totalmente
emocional. Entendendo o sujeito desta maneira, temos a intenção de desenvolver no
aluno a consciência e o sentimento de pertencer à Terra, de modo que possa
compreender a interdependência entre os fenômenos e seja capaz de interagir de
maneira crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social.
Para os profissionais deste CEEBJA, o homem é um ser social e por meio do
conhecimento consegue deixar fluir e realizar os seus anseios. Muitas vezes, é um Jovem
ou adulto trabalhador, participativo na sociedade. É um ser consciente dos problemas do
seu meio e tem capacidade para solucioná-los, sendo fundamental na construção do
processo de ensino e de aprendizagem.
Entendemos a sociedade como um grupo de indivíduos que formam um sistema,
no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao
mesmo grupo. É uma rede de relacionamentos entre pessoas, a qual forma uma
comunidade interdependente.
Acreditamos que a nossa sociedade deve ser mais justa, mais igualitária, mais
solidária e com um trabalho coletivo, portanto mais colaboradora. Deve ser encaminhada
para a preservação. Entendemos que os elementos que a compõe devem ter uma
participação ativa na entidade escolar, acompanhando o desenvolvimento dos educandos.
Uma sociedade onde todos tenham oportunidades, mais humana e mais participativa.
A comunidade organizada produz e é produzida pela cultura. Esta por sua vez dá
forma à linguagem, à arte, à religião e à história, deixando a sua marca no mais pequeno
acontecimento. Nenhum membro da sociedade, por mais mal educado que seja, está
48
desprovido de cultura, uma vez que cultura e pertencimento ao grupo social são a mesma
coisa.
Pensamos que é importante fazer do aluno sujeito participante da preservação,
construção e evolução cultural. Entendemos a cultura como a identidade de uma região,
de um país. Com o advento da globalização a forma de construção da cultura está
mudando e cabe a escola transmitir essas mudanças e conhecimentos, com suas causas
e consequências para o planeta.
Um grupo social é formado por diferentes organizações familiares. O processo de
educação começa com a família, quando aqueles que fazem o papel de pais e/ou de
mães ensinam a seus filhos e suas filhas o que julgam ser certo, como devem se
comportar, a respeitar as outras pessoas. Ou seja, é o início da formação da criança, que
aos poucos vai sendo preparada para a vida individual e em sociedade.
A escola deve continuar, complementando o processo educativo iniciado pela
família. Desta forma devemos conscientizar o aluno de que a educação é tão importante
para ele, quanto ele para a educação, pois o ensino e a aprendizagem depende de
ambos. A educação escolar tem caráter transformadora e humanizante.
Sendo a educação o início de tudo acreditamos que devemos ter mais
investimentos na instituição escolar como um todo para podermos ter uma educação de
qualidade.
No caso deste CEEBJA, a educação escolar é a continuidade da instrução
iniciada na escola comum, a qual por algum motivo foi interrompida. Os sujeitos e as
sujeitas irão adquirir conhecimentos referentes às áreas dos saberes específicos: Língua
Portuguesa, Matemática, Geografia, História, entre outras. Mas o papel da escola na
formação do indivíduo não fica restrito a esse tipo de informação. De certa forma, a escola
vai dar continuidade ao processo que foi iniciado pela família, continuando o processo de
conscientização para a vida, através da disciplina, das responsabilidades, do estímulo ao
exercício da cidadania.
A formação para a cidadania é um assunto muito comentado no meio escolar e na
sociedade. São várias as definições encontradas para cidadania e para cidadão.
Pensamos que, formar cidadão é formar uma pessoa que tem direitos e deveres,
exercendo-os na sociedade em que vive. Já a cidadania é o exercício da conquista
desses direitos e do cumprimento dos deveres. É um campo social e político em
permanente construção, onde as pessoas participam como integrantes de uma
coletividade.
Complementando as ideias acima, destacamos uma das definições de Ferreira
49
(2010), para a palavra educação: "processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual ou moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor
integração individual e social". Ou seja, educação é um passo para exercer plenamente a
sua cidadania.
O exercício da cidadania é o resultado da construção do cidadão. Portanto a
escola tem o compromisso de educar, formar o cidadão, transformando-o para atuar numa
sociedade mais justa.
Assim, é na escola que os homens e as mulheres encontram o espaço de
construção, sistematização, apropriação e socialização do conhecimento e dos demais
elementos formadores do cidadão. Ao mesmo tempo em que, pela pluralidade de ideias,
valores e as múltiplas formas de se expressar, que circulam na escola, ela torna-se
também espaço de conflitos e oposições.
Mesmo frequentando a escola, nosso conhecimento do mundo é bastante
limitado. Aquilo que sabemos, não sabemos em profundidade e de forma absoluta. Daí
concluirmos que a maior parte do nosso conhecimento é relativa e apenas provável, pois
é ousado, embora possível, admitir uma certeza ou forma de conhecimento absoluta.
A tarefa de conhecer o mundo pode ser resumida na relação entre o sujeito
cognoscente (que busca o conhecimento) e o objeto conhecido (que se dá a conhecer). O
conhecimento é produto de uma conjunção da atividade do sujeito com a manifestação de
um objeto que de alguma forma lhe interessa. É uma reação do organismo a um estímulo
conveniente.
Os profissionais deste CEEBJA acreditam que o conhecimento nunca deve ser
considerado um objetivo alcançado, mas sempre algo a se alcançar, pois ele é mutável
em qualquer área e fase da vida. Deve ser sempre a busca do homem, pois este é
incompleto. É o aprendizado que se adquire em várias áreas e etapas de ensino. Além
disso, o conhecimento não e dado de forma isolada, ele é multidisciplinar e
contextualizado.
Assim, entre os objetos produzidos pelas sujeitas e pelos sujeitos estão aqueles
considerados tecnológicos. A palavra tecnologia sugere objetos. Coisas complexas e
feitas de átomos. Locomotivas a vapor, telefones, computadores, substâncias químicas e
chips de silício.
Para o especialista em tecnologia Kevin (2010),
Esses objetos perderam recentemente parte de sua massa. Começamos a enxergá-los como ação. Hoje, o termo tecnologia sugere softwares, engenharia genética, realidade virtual, banda larga, formas de vigilância e inteligência artificial. Se uma dessas coisas caísse no seu pé, você não machucaria o dedão. A
50
tecnologia tornou-se uma força. É um verbo, não mais um substantivo. [...] Na realidade, a tecnologia é matéria, é força e é muito mais. É tudo o que criamos: literatura, pintura, música. Bibliotecas são tecnologias. Como também o são os registros contábeis, a legislação civil, os calendários, as instituições, todas as ciências, bem como o arado, as roupas, os sistemas de saneamento, os exames médicos, os nomes de pessoas e o alfinete de segurança. Tudo o que nossa inteligência produz pode ser considerado tecnologia.
Desta forma, com o avanço da ciência, acreditamos que conhecimento e
tecnologia se fundem, pois, de acordo com o autor acima citado, tudo aquilo que
produzimos pode ser denominado de tecnologia.
Sendo a escola o locus da instrução, da produção do conhecimento, é também o
espaço no qual se desenvolve o processo de ensino e de aprendizagem – ações que
viabilizam a construção do conhecimento. Para que ocorra tal produção, pensamos que a
aprendizagem deve ser centrada no estudante. É uma aprendizagem individualizada que,
uma vez transferindo o foco de atenção do professor ou da professora para o estudante,
potencializa-se as chances de que ocorra uma aprendizagem significativa.
Acreditamos que, para que aconteça realmente o processo de ensino e de
aprendizagem, o educador deve ter um olhar de pai, conhecer os limites e a maneira com
que cada um aprende, respeitando as diferenças. Deve pensar o aprendizado de forma
coletiva e interdisciplinar. O professor tem que estar bem embasado para ele ser o
mediador entre o conhecimento, o aluno e a aluna, fazendo com que os aprendizes
entendam a totalidade por meio do método dialético.
Concordamos com Freire (1996) quando afirma que o professor também aprende
enquanto ensina, que o saber deve transcender para além da disciplina escolar e que, as
práticas pedagógicas devem estar embasadas na realidade de cada educando.
Em síntese, as concepções acima descritas formam um todo complexo que
envolve a formação dos sujeitos e das sujeitas para a cidadania. Assim, acreditamos que
a escola deve pensar na totalidade (uma das categorias do materialismo histórico) para
desenvolver o seu trabalho, voltado para a transformação da sociedade.
6.1.10 Concepção de tempo e espaço no CEEBJA
Um dos fatores que leva os educandos da EJA a retornarem para a escola está
relacionado à elevação do nível de escolaridade para atender ao contexto atual do mundo
do trabalho. No entanto, cada educando que procura a EJA apresenta, em sua
particularidade, um tempo social e um tempo escolar vivido no decorrer de sua vida, o que
51
implica na reorganização curricular, dos tempos e espaços escolares para atender o perfil
daqueles que buscam a sua emancipação.
Na dimensão escolar, o tempo de cada educando compreende um tempo definido
pelo período de escolarização e um tempo singular de aprendizagem, que no caso dos
educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade
de ensino que busca atender, ainda, o tempo de que o educando dispõe para se dedicar
aos estudos.
O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar e, portanto, fazem parte da
ação pedagógica, uma vez que regulam e disciplinam educandos e educadores de formas
diferenciadas de escola para escola, ou mesmo, de sistema educacional para sistema
educacional.
A organização do tempo escolar compreende três dimensões: o tempo físico, o
tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao calendário escolar
organizado em dias letivos, horas/aula, bimestres que organizam e controlam o tempo da
ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido pelo professor nas suas
experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na ação docente propriamente dita,
bem como, o tempo vivido pelos educandos nas experiências sociais e escolares. O
último compreende o tempo que a organização escolar disponibiliza para escolarização e
socialização do conhecimento, e ainda, o tempo de que o aluno dispõe para se dedicar
aos afazeres escolares internos e externos exigidos pelo processo educativo.
6.1.11 Concepção e princípios da Gestão Democrática
A Gestão Democrática está associada ao estabelecimento de mecanismos legais
e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na
formulação deste PPP; na Proposta Pedagógica; no Plano de Trabalho Docente; na
tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na
execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política
educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a
permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a
população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação.
Os profissionais deste CEEBJA acreditam que por intermédio da Gestão
democrática é que se constrói a identidade de uma escola. É uma gestão que faz com
que o trabalho coletivo se desenvolva de maneira que, cada um dos componentes, exerça
a sua função. Todos os profissionais da escola devem saber qual é o papel de cada um,
52
respeitando-se mutuamente. Também acreditamos que todos os segmentos da unidade
escolar deve interagir num mesmo contexto pedagógico e administrativo.
6.1.12 Administração colegiada
É por intermédio de uma administração colegiada que se pode garantir a
participação de todos os segmentos da comunidade escolar, a fim de que assumam o
papel de co-responsáveis pela construção do projeto pedagógico na escola. Assim, a
comunidade escolar vivencia situações de cidadania, próprias da dinâmica social e do
papel do cidadão nessa dinâmica.
Pedagogicamente, a administração colegiada dá ênfase ao trabalho cooperativo e
solidário, indispensável à vida em sociedade. O processo da administração colegiada
vincula-se intrinsecamente ao cumprimento das funções social e política da educação
escolar, que é a formação do cidadão participativo, responsável crítico e criativo.
A administração colegiada propicia um processo permanente de reflexão e
discussão dos problemas da escola, na busca de procedimentos viáveis à concretização
dos objetivos da comunidade escolar, e tem um efeito pedagógico sobre cada um de seus
integrantes. É através do desenvolvimento do sentido cooperativo que o educador estará
contribuindo para que os educandos se tornem elementos ativos da transformação da
sociedade.
A administração colegiada tem importância não apenas como instância de natureza
administrativa, mas também como mediação de uma prática pedagógica-política, pois, ao
se firmar na decisão coletiva, constitui-se em um espaço de comprometimento dos
membros da comunidade escolar com o projeto político-pedagógico a ser assumido.
6.1.13 Concepção de Formação Continuada
A formação, inicial ou continuada (em serviço), de um professor tem aspectos
bastante singulares. O exercício profissional de professores sempre se vincula a uma
instituição com práticas sociais compartilhadas, o que exige consideração específica.
Nesse sentido basta, recordarmos que a formação inicial, em instituições de ensino
superior, produz licenciados, que só se tornarão professores por meio do pertencimento a
uma instituição educacional (CARVALHO, 2010)
Pensamos que a formação continuada é muito importante para que a dinâmica
escolar e a prática em sala de aula se dê satisfatoriamente. Seria a conciliação entre a
53
teoria a prática. No geral tudo deve estar direcionado na formação do sujeito com
consciência crítica e engajado na sua sociedade (cultural, econômica e historicamente).
Desta forma o professor se profissionaliza num processo de vivência em
determinado tipo de instituição educacional. No caso do CEEBJA encontramos uma
instituição que trabalha com alunos jovens, adultos e idosos, os quais, por algum motivo,
não conseguiram terminar com seus estudos na época adequada.
Assim, os professores que chegam para trabalhar nesta instituição educacional,
precisam continuar seu processo de formação, porém com estudos e discussões a
respeito dos aspectos singulares do CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, bem
como acompanhar a produção do conhecimento da sociedade contemporânea. Desta
forma pensamos que a formação continuada do professor não se distancia da prática em
sala de aula. Os cursos de formação continuada devem ter como objetivo a prática e não
apenas apresentar teoria dentro da sala de aula, a realidade é bem diferente,
independente de ser EJA ou ensino comum.
Para tanto, o Estado do Paraná oferta encontros possibilitando a formação
continuada de todos os seus professores e todas as suas professoras. Tais encontros
acontecem no próprio município em ações descentralizadas, na capital do estado e em
Faxinal do Céu. Também são incentivados a participarem de cursos à distância, entre eles
o Grupo de Trabalho em Rede – GTR. Ainda cada professor e cada professora é
orientado a organizar seu próprio processo de formação, participando de cursos de pós-
graduação no nível de Especialização.
6.1.14 Concepção de hora-atividade
Conforme a Lei nº 13807 de 30 de setembro de 2002, em seu Art. 3º, a hora-
atividade é o período de 20% da jornada de trabalho do professor, em que ele
“desempenha funções da docência, reservado a estudos, planejamento, reunião
pedagógica, atendimento à comunidade escolar, preparação de aulas, avaliação dos
alunos [...] devendo ser cumprida integralmente no local de exercício”.
De acordo com a Instrução nº 02/2004 da Superintendência da Educação –
SUED – “A organização da hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos
professores [...]” (PARANÁ, 2010b). Este CEEBJA entende a hora-atividade também
como um momento de formação. O pedagogo exerce o papel de orientador dos estudos e
discussões entre os professores e as professoras, que por sua vez, reúnem-se em
grupos, como o já apresentado em uma tabela no Marco Situacional.
54
6.1.15 Concepção de Plano de Trabalho Docente
O Plano de Trabalho Docente – PTD – é um elemento orientador e organizador do
trabalho do professor em sala de aula, no que se refere ao processo de ensino e de
aprendizagem. Estabelece relações entre ele (o plano), o Projeto Político Pedagógico e a
Proposta pedagógica, sendo parte desta última.
É no espaço de aprendizagem que se materializa as ações descritas no PTD.
Nesse momento, o professor e a professora transformam a teoria explícita no PTD em
ações de ensino e de aprendizagem.
No PTD co CEEBJA Geni Sampaio Lemos deve estar registrado os conteúdos
estruturantes e os conteúdos específicos, selecionados pela professora e pelo professor
da disciplina; a justificativa, expondo o conceito e a importância da sua disciplina; o
encaminhamento metodológico, descrevendo como os conteúdos serão trabalhados em
sala de aula; os critérios de avaliação, indicando o que a professora e o professor
esperam que o aluno expresse em cada conteúdo; os instrumentos de avaliação,
elencando os diferentes objetos escolhidos para avaliar o processo de ensino e de
aprendizagem; as referências utilizadas para a elaboração do PTD e também aquelas que
servirão de apoio para a prática docente.
6.1.16 Concepção de Reunião Pedagógica
A Reunião Pedagógica é um momento para se discutir a respeito das atividades
docentes e discentes da escola e também para fortalecer o trabalho coletivo. É um
espaço de reflexões e de ações, onde o pedagógico prevalece e
Sendo a escola, também um espaço de formação, nos momentos de Reuniões
Pedagógicas, os professores e as professoras estarão se capacitando de forma
continuada e ampliando o compromisso de atender aos jovens, adultos e idosos da EJA.
Professores e professoras precisam de orientação. São muitas funções e
responsabilidades que lhes competem: estudantes, conteúdos, parceiros de trabalho, sem
falar em planejamento, avaliação e registros. Ações que exigem um pensar mais
vagaroso, um olhar compartilhado e companheiro.
A reunião pedagógica é a cara que a escola resolveu mostrar aos professores.
Nela, devem ser discutidas questões que reflitam os conteúdos e papel que a mesma
desempenha para os estudantes que atende. A reunião é espaço de encontro, de escuta,
55
de trocas e de transformação. Informações que viram conhecimentos, palavras que viram
documento, vivências que viram experiências, e planos que se concretizam.
As reuniões pedagógicas são responsáveis por formar um professor que fale com
propriedade do que a escola pensa. Devem ser um espaço de debate e articulação clara
entre as questões administrativas e as pedagógicas. É fundamental esclarecer quais são
os aspectos que podem ser influenciados pelos dois campos para que se evitem
discursos trocados e argumentos atravessados.
Devemos transformar o espaço de reunião pedagógica em, efetivamente,
pedagógico, ou seja, transformador, de educação. Devemos perseguir a formação, a
transformação, o grupo, a indagação e os desafios colocados por nossa profissão.
6.1.17 Concepção de Conselho de Classe
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em
assuntos didático-pedagógicos, com a responsabilidade de analisar as ações
educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo
ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e
dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,
oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares
estabelecidos.
Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos
metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão
sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Políico-Pedagógico do
estabelecimento de ensino.
Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do
processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas
eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo
ensino e aprendizagem.
De fato, conforme o exposto acima, o Conselho de Classe:
é mais do que uma reunião pedagógica, é parte integrante do processo de avaliação desenvolvido pela escola. É o momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem (PARANÁ, 2010a).
56
Assim, o Conselho de Classe é um momento de muita importância para a
comunidade escolar e deve ser visto como oportunidade de reunir professores de
diferentes áreas para conhecer melhor os alunos, promover a integração do trabalho
pedagógico e, acima de tudo, planejar alternativas de intervenção para os alunos que
estão com dificuldades no processo ensino-
aprendizagem.
6.2 Concepção de Tempo Escolar
Encontra-se nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e de Adultos que
a mesma apresenta uma concepção de tempo voltada para “um tempo social e um tempo
escolar vivido, o que implica a necessidade de reorganização curricular, dos tempos e dos
espaços escolares, para a busca de sua emancipação” (PARANÁ, 2010).
O tempo escolar para os educandos da EJA é organizado de maneira diferente
daquele tempo escolar comum. Cada indivíduo se organiza conforme as suas
necessidades e as suas possibilidades de frequentar a escola. Esta é uma forma de
garantir a aprendizagem de maneira significativa. Assim, é interessante apontar que:
O tempo pedagógico não pode ser desperdiçado, sob pena de se assistir ao esvaziamento da prática pedagógica que impulsiona o estudante para atingir novos patamares de aprendizagens. Todos que participam da escola são responsáveis em garantir que o tempo pedagógico não seja desperdiçado ou esvaziado de sentido (BRASIL, 2010, p. 53;55).
Em suma, o tempo escolar do CEEBJA é um tempo diferenciado daquele da
escola comum e deve ser preenchido de maneira que os aprendizes, também diferentes
daqueles da escola comum, sintam-se acolhidos e motivados para aprenderem.
6.3 Organização Curricular
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas
referentes ao Ensino Fundamental Fase II, Ensino Médio e Ensino Profissionalizante,
estão dispostas nas Matrizes Curriculares, de acordo com as Diretrizes Curriculares
Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental;
Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE, para o Ensino Médio; Resolução
CNE/CEB nº 04/2005 e Parecer CNE/CEB nº 39/2004.
As disciplinas da Base Nacional Comum são Língua Portuguesa e Literatura,
Educação Artística, Educação Física, Matemática, História, Geografia, Ciências, Biologia,
57
Química e Física. A disciplina da Parte Diversificada e a Língua Moderna Estrangeira –
Inglês. As disciplinas específicas para o Ensino Profissionalizante, Curso Técnico em
Segurança do Trabalho são: Administração em Segurança do Trabalho, Desenho
Arquitetônico em Segurança do Trabalho, Doenças Ocupacionais, Ergonomia, Higiene do
Trabalho, Legislação em Segurança do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos e
Perdas, Prevenção a Sinistros com Fogo, Primeiros Socorros, Processo Industrial e
Segurança, Programas de Controle e Monitoramento, Psicologia do Trabalho, Segurança
do Trabalho, Técnicas de Utilização de Equipamentos de Medição e Estagio
Supervisionado.
6.4 Matriz Curricular
A expressão Matriz Curricular aponta para um conceito de currículo que vai além
de simples listagem de conteúdos. Apresenta a perspectiva de um currículo não-linear,
construído a partir dos princípios da prática da interdisciplinaridade. É preciso desenvolver
um trabalho que articule os conteúdos das diversas áreas de estudo em torno de
questões centrais.
Tabela 02: Matriz Curricular do Ensino Fundamental Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos. Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Jacarezinho NRE: Jacarezinho
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1920 h/a
DISCIPLINAS Total de horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336
ARTES 93 112
LEM - INGLÊS 213 256
EDUCAÇÃO FÍSICA 93 112
MATEMÁTICA 280 336
CIÊNCIAS NATURAIS 213 256
HISTÓRIA 213 256
GEOGRAFIA 213 256
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso h 1680 1920 h/a
58
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
Tabela 03: Matriz Curricular do Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos. Ensino Fundamental e Médio
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Jacarezinho NRE: Jacarezinho
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2009 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINAS Total de Horas
Total de horas/aula
LÍNGUA PORT. E LITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64
SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
TOTAL
1200 1440
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a
Para o Curso de Técnico em Segurança do Trabalho, em nível médio na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA – a Matriz Curricular se
apresenta por semestres, num total de seis, com as disciplinas de Segurança do Trabalho
460 h/a; Língua Portuguesa e Literatura e Matemática 240 h/a; Biologia e Legislação e
Normas em Segurança do Trabalho 160 h/a; Higiene do Trabalho 140 h/a; Física,
Geografia, História, Inglês, Prevenção e Controle de Riscos e Perdas e Química 120 h/a;
Ergonomia 100 h/a; Arte, Educação Física, Filosofia, Sociologia e Utilização de
59
Equipamentos de Medição 80 h/a; Desenho Técnico, Noções de Administração e
Tecnologia Industrial 60 h/a ; Primeiros Socorros 40 h/a; Estágio Supervisionado 120 h/a.
6.5 Resolução CP nº1 de 17/06/2004
A Resolução nº 1, de 17/06/2004, institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
AfroBrasileira e Africana. A Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, altera a lei que
“estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da temática 'História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena'”(BRASIL, 2010d). A Resolução e a Lei acima referidas são observadas por esta
instituição de ensino.
Constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento,
execução e avaliação da Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos
atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil,
buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de nação democrática.
A Educação das Relações Étnicoraciais tem por objetivo a divulgação e produção
de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos
quanto à pluralidade étnicoracial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos
comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade,
na busca da consolidação da democracia brasileira.
O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, tem por objetivo
o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros dos
povos indígenas, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das
raízes africanas da nação brasileira e as indígenas, ao lado das europeias e
asiáticas.
As coordenações pedagógicas promoverão o aprofundamento de estudos, para
que os professores concebam e desenvolvam unidades de estudos, projetos e
programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares.
6.6 Lei 13.381/2001
A Lei Estadual nº 13.181/2001, em seu Art. 1º institui “a inclusão dos conteúdos
de História do Paraná nos currículos da educação básica [...], objetivando a formação de
cidadãos conscientes da identidade, do potencial e das possibilidades de valorização do
60
nosso Estado”.
Conforme o Processo nº 1078/06, quando da “Declaração de Voto” expressa que,
a proposta de ensino da disciplina de História, em cada época, reflete o contexto político e
cultural em que se inserem, tentando articular o conteúdo estudado a uma finalidade
educativa que tradicionalmente tenta construir uma identidade comum, firmada numa
linha de construção de intelegibilidade do passado.
Acreditamos que a História do Paraná oferece a possibilidade de estudo do
cotidiano do homem comum, registrado nos arquivos de família e de instituições, e
também, na memória de idosos. É rica fonte de dados que expressam vivências próximas
no tempo e no espaço. Permite a percepção dos costumes, das idéias, da mentalidade
vigente num determinado espaço histórico-cultural.
Consideramos, ainda, que construir objetos de estudo centrados na História do
Paraná é uma experiência potencializadora para o currículo escolar, como uma forma de
articular um processo pela busca e confronto de dados. Tais dados, pertinentes a uma
realidade próxima que favoreça ao educando uma melhor compreensão das normas
sociais, usos, costumes e tradições que regem a comunidade onde vive. Além disso,
podem favorecer a análise das transformações ocorridas, dos avanços e retrocessos
verificados e das possibilidades de novas transformações pela ação dos sujeitos sociais
(PARANÁ, 2010c).
6.7 Lei nº 11.788/2008
Conforme a Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio - Lei no 11.788/2008 -
(BRASIL, 2010a), define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do
estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e faz parte do projeto
pedagógico do curso. É definido como pré-requisito na Matriz Curricular do Curso Técnico
em Segurança do Trabalho, para aprovação e obtenção do diploma, como consta no
“CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO [... ]. Art.
2º [..]. § 1o Estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do curso, cuja carga
horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma” (BRASIL, 2010b).
O Estágio Supervisionado é um agente contribuidor na formação do profissional,
caracterizando-se como objeto de estudo e reflexão. Ao estagiar, o futuro profissional
passa a enxergar a empresa com outro olhar, procurando entender a realidade do local e
o comportamento dos seus funcionários, em todas as diferentes funções ali exercidas.
61
Com isso faz uma nova leitura do ambiente procurando meios para intervir positivamente.
6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia
Entendemos que a Filosofia ensina a pensar o mundo, a vida e os fatos de forma
reflexiva e questionadora, na procura das razões primeiras de tudo. A sociologia ensina a
pensar o grupo social e as razões que os levam a tomar atitudes muitas vezes
consideradas como irracionais.
Ambas fazem do Ser Humano mais do que um simples elemento no grupo, já que
desenvolvem nele a habilidade necessária ao exercício da verdadeira cidadania, com
competência não só para entender o mundo e os fatos, mas também para influenciar e
participar ativamente das necessárias reconstruções sociais.
Desta formas acreditamos ser correto o aprendizado dessas duas disciplinas, que
afasta as sujeitas e os sujeitos da alienação social, ou seja, impede sua fácil manipulação
o que, infelizmente, ocorre com grande parte da humanidade.
Aprender Filosofia e Sociologia é aprender a olhar o mundo, os fatos e as
relações estabelecidas entre ele e a humanidade, com mais cuidado e mais
responsabilidade, procurando refletir a respeito de seus porquês. É aprender a analisar o
comportamento social com mais abrangência, procurando compreender as atitudes das
pessoas e dos grupos para poder interferir no momento certo e da forma mais acertada,
para alcançar os seus objetivos.
“O Parecer 38/2006 do Conselho Nacional de Educação (CNE), torna obrigatório o
ensino de filosofia e sociologia no ensino médio de todas as escolas públicas e privadas
do país”. Assim, estamos reintroduzindo o ensino crítico e oferecendo aos jovens, adultos
e idosos a possibilidade de compreender melhor o mundo em que vivem. O ensino de
Filosofia e Sociologia resgata uma reivindicação antiga dos educadores: a de dar
sequência ao que já dispunha a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e que
permite aos jovens, adultos e idosos brasileiros ampliar horizontes (BRASIL, 2010c).
Também as Diretrizes Estaduais da Educação Básica – DCE – de Filosofia e de
Sociologia expressam a sua importância no sentido de, a primeira, destacar que:
Ao pensar o ensino de Filosofia, estas Diretrizes fazem ver, a partir da compreensão expressa por Appel (1999), que não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento e o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe resistência (PARANÁ, 2010d, p. 48).
62
Complementado as ideias acima, para entender a questão democrática é
necessário situar o contexto em que elas se efetivam. Desta forma, a segunda (DCE de
Sociologia), aponta que:
Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece sem uma crítica social. A Sociologia perturba porque o conhecimento dos mecanismos de poder permite determinar as condições e os meios de uma ação destinada a dominá-los. O conhecimento exerce um efeito libertador, pois através do olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre si mesma e os agentes sociais podem saber melhor o que são (PARANÁ, 2010e, p. 67-68).
No CEEBJA Geni Sampaio Lemos, tais disciplinas são ofertadas no Ensino Médio
da EJA e no Curso Técnico em Segurança do Trabalho, conforme organização
específicas destes cursos.
Em síntese, entendemos que as disciplinas de Filosofia e Sociologia são de suma
importância para que os alunos e as alunas compreendam a sociedade em que vivem e,
se assim o desejar, tenham elementos para transformá-la.
6.9 Concepção de Ações Didático-Pedagógicas
O CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos desenvolve, durante o tempo
escolar, as seguintes ações: Aulas coletivas; Aulas individuais; Avaliações Processuais;
Avaliações Diagnósticas; Recuperação de Estudos; Avaliação da Apropriação de
Conteúdos por Disciplina; Classificação; Reclassificação; Banco de Questões como um
dos instrumentos de avaliação; Orientação individual de alunos para o encaminhamento
às disciplinas; Exames Supletivo.
6.10 Concepção de Complementação Curricular
No caso do CEEBJA Geni Sampaio Lemos foram elaborados dois Programas
Viva Escola, porém foi possível o seu desenvolvimento. No núcleo de conhecimento
Científico-Cultural foi organizado uma Atividade Pedagógica de Complementação
Curricular na área de artes visuais e no núcleo de conhecimento Integração Comunidade
e Escola foi elaborado como Atividade Pedagógica de Complementação Curricular um
curso Preparatório para o Vestibular.
63
6.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos
O trabalho desenvolvido, em algumas disciplinas, com a questão ambiental, visa
desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de
busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade
de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio bio-físico, bem como
para os problemas relacionados a estes fatores.
Quanto à questão da implementação da Lei 10.639/03 e a consolidação das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o
Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, é a disciplina de História
que trabalha com maior ênfase com esse desafio. Tem como intuito promover o
reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra paranaense,
assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das indígenas,
européias e asiáticas a partir do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer
tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido
de valores e crenças pessoais. Além da disciplina de Ciências, outras disciplinas
trabalham com a busca desse conhecimento. Desta forma educadores e educandos são
instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio
educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano
como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas,
narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
Tratando dos outros desafios, a escola está em processo de organização, com os
professores e as professoras, de uma forma de ser trabalhado em sala de aula as
questões da Cidadania e Educação Fiscal. Sendo o CEEBJA uma modalidade diferente
da escola comum, atendendo jovens, adultos e idosos, não encontramos, para o
momento, problemas como o desafio do Enfrentamento à Violência na Escola.
6.12 Concepção de Diversidade
“Diversidade: [Do lat. diversitate.] Substantivo feminino. 1.Diferença,
dessemelhança, dissimilitude. 2.Divergência, contradição; oposição. 3.Filos. Caráter do
que, por determinado aspecto, não se identifica com algum outro” (FERREIRA, 2010). A
definição parece simples, mas devemos contextualizar e historicizar seus significados e,
quanto mais complexa a sociedade em que vivemos, mais complexo é o conceito de
64
diversidade.
Entendemos diversidade como o conjunto das diferenças expressas pelos seres
humanos, que formam a nossa sociedade. É também aquilo que nos torna humanos e,
assim, concordamos com Freire (1996) quando afirma que a diversidade é a igualdade
(pois somos seres humanos) na diferença.
6.12.1 Equipe Multidisciplinar
Como está expresso na Resolução n°. 3399 / 2010 – GS/SEED, as Equipes
Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho escolar, preferencialmente
coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de
acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de
orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao
longo do período letivo.
Elas se constituem por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional
Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica e
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e
Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva
de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização
da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
6.13 Concepção de Currículo
6.13.1 Relação entre conteúdo, método, contexto socio-cultural e fins da
educação
Entendemos as relações entre conteúdo, método, contexto socio-cultural de
maneira global. Quando organizamos os conteúdos já o fazemos pensando em como
fazer a transposição para a sala de aula, assim os conteúdos dão vida aos métodos, que
por sua vez favorecem (ou não) a aprendizagem. Com isto, a maior característica deste
processo é a interdependência, onde o conteúdo determina o método por ser a base
informativa dos objetivos. Vale destacar que os conteúdos e os métodos são adequados
ao corpo discente específico da EJA, pois essa modalidade tem fins educativos próprios.
65
6. 13.2 Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo, educação,
aprendizagem e a finalidade dos conteúdos
O currículo do CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos procura estabelecer
relações entre as concepções de homem, como um ser social, o qual, por meio do
conhecimento consegue deixar fluir e realizar os seus anseios; de sociedade, onde todos
tenham oportunidades de forma mais humana e mais participativa; de um mundo
globalizado, sem fronteiras e portanto aberto para novas descobertas; de uma educação
que proporcione a construção de um sujeito cidadão por meio do processo de ensino e de
aprendizagem com conteúdos adequados à realidade dos alunos e alunas da EJA.
6.13.3 Respeito à identidade cultural do aluno na perspectiva da diversidade
cultural
As alunas e os alunos da EJA, pela própria especificidade da modalidade,
apresentam uma diversidade expressada pela experiência de vida, além daquelas já
estabelecidas entre os discentes da escola comum. O jovem, o adulto e o idoso convivem
num mesmo grupo de disciplina. Desta forma os professores e as professoras devem
respeitá-los individualmente, ao mesmo tempo em que organizam o seu trabalho de
maneira coletiva. O idoso, em destaque no grupo, é aquele sujeito que apresenta
conhecimentos da experiência, os quais devem ser levados em consideração na
organização curricular da escola. Até mesmo porque, nossa prática pedagógica deve-se
iniciar pela prática social das alunas e dos alunos, conforme o expresso nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e nas Diretrizes Curriculares da Educação de
Jovens e Adultos.
6.13.4 Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do
contexto histórico-social e a função de mediação do professor
Com base nos pensamentos do filósofo italiano Antonio Gramsci, a escola deveria
transmitir a todas e a todos que a ele tivessem acesso, sem discriminação, o saber
sistematizado e historicamente acumulado, necessário ao processo de tomada de
consciência, à emancipação e à formação do cidadão. Por sua vez, a educação brasileira
– bem como as políticas públicas, a partir das manifestações de movimentos sociais –
entendeu que este direito de acesso ao conhecimento deve tomar como referência as
66
necessidades dos sujeitos e a produção de cultura.
Entendemos que as necessidades das alunas e dos alunos deste CEEBJA estão
relacionadas ao mundo do trabalho, tendo o trabalho como princípio educativo. Isso
implica possibilitar a compreensão das contradições da sociedade capitalista, seus
processos de exclusão e exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o sujeito,
por meio do conhecimento, para agir de forma consciente sobre sua prática social no
sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.
Desta forma, cabe ao professor e à professora, enquanto detentores dos
fundamentos do conhecimento científico, a mediação entre esse conhecimento e o
conhecimento popular dos alunos e das alunas, ou seja, de desenvolver procedimentos
adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelas alunas e pelos alunos.
O conceito de mediação relaciona-se à idéia de interação e, na prática pedagógica, a
construção de significados articula as experiências do aluno e do professor, bem como os
procedimentos, recursos materiais e discursos utilizados no processo de ensino e de
aprendizagem.
Os elementos acima destacados estão expressos no Plano de Trabalho Docente
que por sua vez tem como base a Proposta Pedagógica Curricular. São documentos
construídos a partir do Projeto Político-Pedagógico e que revelam o projeto social maior
da nossa escola.
6.13.5 Relação professor-aluno
As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização
comportamental e profissional de indivíduo. Desta forma, acreditamos que uma boa
relação entre o professor e aluno é fundamental em todos os níveis e modalidades de
ensino. Uma boa relação entre docentes e discentes colabora para uma construção do
conhecimento produtivo.
Tal relação deve ser democrática, solidária, em constante interação, possibilitando
humanização, ajudando-o a se comprometer no processo de transformação social. Deve
ser uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. Alunas e alunos devem ser
considerados sujeitas e sujeitos ativos no processo de construção do conhecimento,
cabem ao professor e à professora o papel de mediador nesse trabalho.
Concordamos com Freire (1996), quando nos alerta para uma relação dialógica
entre professores e alunos, entendo o diálogo como única forma democrática de
mediação. Além disso, o mesmo autor enfatiza que devemos respeitar os saberes dos
67
educandos. No caso deste CEEBJA, são saberes de vida de jovens, adultos e idosos que
necessitam serem levados em conta no processo de ensino e de aprendizagem.
Percebemos que a escola tem evoluído no trato com seus alunos e alunas. Ela tem
aberto espaços de discussão para que o corpo discente participe de todo o processo
educativo. No CEEBJA Professora Geni Sampaio lemos, não é diferente. Assim,
acreditamos que esse é o caminho para o desenvolvimento de uma boa relação entre
professores e alunos e, como conseqüência, são ações determinantes para produção do
conhecimento.
6.13.6 Desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e a
dinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticos-pedagógicos
favorecedores da aprendizagem
As professoras pedagogas deste CEEBJA, tem como um dos seus focos no
trabalho com os professores e as professoras, oferecer elementos que auxiliem as/os
profissionais de sala de aula empregar diferentes recursos em suas ações de docência.
Entendemos que os recursos didáticos favorecem o trabalho pedagógico e provocam
situações interessantes de aprendizagem. Do uso de materiais de papelaria ao manuseio
dos novos recursos tecnológicos que a escola oferece, temos um trabalho com todas e
com todos docentes deste CEEBJA.
Além de ser elementos colaboradores do processo de ensino e de aprendizagem,
recursos como material de papelaria (papel, cartolina, eva, revistas, jornais, giz de cera,
lápis de cor, pincel atômico, entre outros) e as novas tecnologias como a TV Pendrive, o
computador e o projetor multimídia, auxiliam os jovens, adultos e os idosos a conhecerem
diferentes meios de organizarem e expressarem seus pensamentos. Tal ação possibilita a
criatividade, oportunizando uma nova forma de agir no mundo, um novo trabalho.
6.13.7 Intervenção constante do professor no processo ensino-aprendizagem.
Entendemos que uma das funções da prática docente são as atividades de
intervenção no processo de ensino e de aprendizagem. A aprendizagem das alunas e
dos alunos se dá, de forma mais adequada, a partir de boas intervenções didáticas
elaboradas pelas professoras e pelos professores. Uma boa intervenção didática deve
ser planejada, tendo como base aquilo que o aluno e a aluna já produzem (e como
produzem) em sala de aula. Para tanto, acreditamos que é preciso propor intervenções
68
individuais, pois cada aluno e cada aluna têm uma forma própria de entender o conteúdo
trabalhado e, também, intervenções didáticas em grupos de trabalho, quando esses são
agrupados de maneira produtiva. Os agrupamentos produtivos de alunos e de alunas,
organizados pela professora ou pelo professor, são favoráveis às intervenções didáticas
de boa qualidade.
6.13.8 Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua
prática em sala de aula.
As dinâmicas do tempo e espaço são encontradas na escola, assim como na
sociedade de maneira geral. O processo evolutivo do conhecimento exige que a escola
esteja sempre à frente das questões relacionadas aos saberes historicamente construídos
pela humanidade, já que é o locus desses saberes. Desta forma, entendemos que
professoras e professores necessitam estar em processo contínuo de estudo, se
capacitando, para que a sala de aula não perca o movimento social do conhecimento.
Os e as docentes, deste CEEBJA, são orientados a procurarem constantemente
programas de formação continuada no nível lato e strictu senso, bem como a
freqüentarem os encontros de capacitação oferecidos pela SEED, entre outros.
6.13.9 Interdisciplinaridade e contextualização
A construção de um currículo interdisciplinar e contextualizado é um dos principais
objetivos da Educação Básica. Também expresso nas Diretrizes Curriculares Nacionais
do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, esses dois elementos do processo de ensino
e de aprendizagem devem permear as ações docentes e discentes. O eixo pedagógico da
EJA deve ficar na perspectiva do trabalho, tempo e cultura. Assim, acreditamos que o
nosso currículo deve ser construído a partir da contextualização entre esses três eixos e
buscar a interdisciplinaridade também relacionas aos eixos aqui referidos.
6.14 Concepção de Avaliação
6.14.1 Conceito
Segundo Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico
útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção
69
de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida.
A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo contínuo,
diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino-
aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno,
mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos
sinalizadores para o seu planejamento. Assim o processo avaliativo deve estar voltado
para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil, seu papel na
transformação da cidadania e na construção da autonomia.
Segundo Boff (2000),
cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino.
O modelo social brasileiro, voltado para atender as necessidades do capital é, na
sua essência, seletivo e excludente. A escola, inserida neste modelo, pouco avalia a
aprendizagem, mas examina, pontua e classifica.
No contexto de cultura avaliativa classificatória e excludente, faz-se necessário
repensar se, no discurso de uma “escola libertadora”, esta concepção está contemplada
em sua prática, ou seja, se a escola ainda utiliza os conselhos de classe com o único
objetivo de aprovação e reprovação, se as provas são feitas para mediação e atribuição
de notas, privilegiando apenas a memorização. Todo o processo avaliativo que a escola
pratica está fundamentado em uma concepção teórica que a comunidade escolar
necessita ter clareza da mesma, para não dicotomizar discurso e prática.
Mudar a forma de avaliação, pressupõe mudar também a relação ensino-
aprendizagem e a relação educador-educando, tendo em vista que esta mudança, para
muitos, pressupõe a perda de poder. Os educadores que ainda estão presos a essas
concepções e se utilizam da coerção por meio da avaliação confundem o silêncio e a
submissão do educando com aprendizagem e reforçam a permanência de uma sociedade
excludente e seletiva.
É preciso construir uma nova cultura avaliativa, que propicie à escola questionar o
seu papel e comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento
emancipatório. A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo
contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de
ensino-aprendizagem.
Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de
70
partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das
transformações que marcarem seu trajeto educativo. A avaliação será significativa se
estiver voltada para a autonomia dos educandos.
Assim, o processo educativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar
voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função
social da EJA, isto é, seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.
6.14.2 Indicadores da Aprendizagem
Assim como o exposto no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, um
dos indicadores de aprendizagem são as análises dos resultados das atividades
avaliativas, durante o período letivo, elaboradas pelo aluno e aluna, juntamente com sua
professora ou com seu professor. Esta ação compartilhada indica avanços e também as
dificuldades, as quais norteiam novas ações pedagógicas.
Outros indicadores são os instrumentos de avaliação elaborados pelos professores
e pelas professoras. A partir de sua elaboração, o docente já antecipa quais elementos
serão necessários para que os discentes demonstrem o que já foi apreendido até
determinado momento.
Além dos exposto acima, devido à especificidade da EJA, a observação sistemática
de cada professora e de cada professor, neste caso, também é um indicador de
aprendizagem, frequentemente usado neste CEEBJA.
6.14.3 Critérios de Promoção
Os critérios de promoção são entendidos como aqueles critérios escolhidos pela
professora e pelo professor como primordiais para que o aluno ou a aluna consigam
incorporar os conhecimentos adequados e necessários para a sua construção como
sujeito social. São definidos, a priori, a partir daqueles conteúdos considerados relevantes
e então, trabalhados pelos instrumentos de avaliação.
6.14.4 Periodicidade de Registro de Avaliação
O CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, sendo uma escola da EJA, tem
suas especificidades na forma de registrar o resultado das atividades de avaliação. Cada
disciplina tem sua carga horária definida e, dentro de cada carga horária, é distribuído a
71
quantidade de registros relativos aquela carga horária. Segue abaixo as tabelas do Ensino
Fundamental Fase II e do Ensino Médio, com os números de registros de avaliação.
Tabela 2 - Ensino Fundamental – Fase II
Disciplina Horas / Aula Encontros de 4 h/a
Número de Registros
Encontros p/ Registros
Língua Portuguesa
e Matemática
272
68
06
1º - 11 enc. 4º - 11 enc. 2º - 11 enc. 5º - 12 enc. 3º - 11 enc. 6º - 12 enc.
Inglês Ciências História
Geografia
192
48
04
1º - 12 enc. 2º - 12 enc. 3º - 12 enc. 4º - 12 enc.
Artes Educação
Física
64
16
02
1º - 8 enc. 2º - 8 enc.
Ensino
Religioso
12
03
-
-
Tabela 3 - Ensino Médio
Disciplina Horas / Aula Encontros Número de Registros
Encontros p/ Registros
Língua Portuguesa
e Matemática
208
52
06
1º - 08 enc. 4º - 08 enc. 2º - 08 enc. 5º - 10 enc. 3º - 08 enc. 6º - 10 enc.
Inglês História
Geografia Química Física
Biologia
128
32
04
1º - 08 enc. 2º - 08 enc. 3º - 08 enc. 4º - 08 enc.
Arte Educação
Física Filosofia
Sociologia
64
16
02
1º - 8 enc. 2º - 8 enc.
72
6.14.5 Resultado da Avaliação
Conforme o Capítulo II, Seção X, do Regimento Escolar (2010), deste CEEBJA, O
resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação
pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Na avaliação do aluno devem ser
considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo,
expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Os resultados
das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo
professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento
de novas ações pedagógicas.
6.14.6 Encaminhamentos e Ações Concretas
O bom funcionamento das ações avaliativas deste estabelecimento de ensino
permite-nos formatar e continuar com as mesmas ações relativas ao processo de
avaliação da aprendizagem. Assim, no decorrer deste sub-item “Concepção de Avaliação”
e no sub-item seguinte “Plano de Avaliação”, tempos todas as descrições a respeito de
nossas ações avaliativas, as quais permaneceram até o momento que o processo
demonstre necessidades de adequações.
6.14.7 Procedimentos de Recuperação de Estudos
Como está expresso no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino, em
seu Capítulo II, Seção X, a recuperação de estudos é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Será de forma
permanente e concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem e organizada com
atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados. A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e
os conteúdos da disciplina.
73
6.15 Planos de Avaliação 6.15.1 Adaptação Curricular
A modalidade da EJA não apresenta adaptação curricular
6.15.2 Dependência
A modalidade da EJA não trabalha com disciplinas em dependência.
6.15.3 Progressão Parcial
É vedada a matrícula de alunos em regime de Progressão Parcial nos cursos de
Educação Profissional técnica de nível médio na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos.
6.15.4 Recuperação
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o
nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,
conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.15.5 Classificação
O Estabelecimento de Ensino realiza a classificação, dentro dos seguintes
critérios:
74
Por promoção, para os educandos que cursaram com aproveitamento
suficiente, projetos das ações descentralizadas e ações pedagógicas do
próprio Estabelecimento de Ensino, de acordo com as normas regimentais;
Por transferência, para os educandos procedentes de outras escolas, do país
ou do exterior, desde que tenha levado em conta sua experiência e nível de
aprendizagem;
Nos casos especiais, quando os instrumentos de avaliação aplicados pelo
Estabelecimento de Ensino não forem suficientes para se determinar a classificação, a
direção da escola nomeará uma comissão de três professores ou especialistas, que
darão parecer conclusivo.
Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno no nível de ensino compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
O processo de classificação poderá posicionar o educando, para matrícula na
disciplina, em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do
Ensino Fundamental Fase II e no Ensino Médio em 25%, 50%, 75% da carga horária total
de cada disciplina.
Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina na qual o educando
foi classificado, é obrigatória freqüência de 75% (setenta e cinco por cento).
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos educandos, das
escolas e dos profissionais:
proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
comunicar ao educando responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
registrar os resultados no histórico escolar do educando.
6.15.6 Reclassificação
Este estabelecimento de ensino poderá reclassificar os educandos matriculados,
75
avaliando o grau de estudos adequado à sua experiência e desempenho independente do
que registre o seu histórico escolar, considerando:
a idade para a conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação
vigente;
que o educando matriculado no Ensino Fundamental - Fase I, poderá ser
reclassificado somente para a Fase II do Ensino Fundamental, devendo iniciar
os estudos nesta Fase;
que o educando seja aprovado em prova aplicada pela escola, com base nos
conteúdos essenciais de cada disciplina constante na proposta pedagógica;
o parecer de uma comissão de três professores ou especialistas que ateste o
grau de desenvolvimento e maturidade do educando, bem como indicar quais
os conteúdo que deverá cursar em cada disciplina.
Para participação no processo de reclassificação, o educando deverá ter cursado,
no mínimo, 25% do total da carga horária estipulada para cada disciplina, exceto para o
Ensino Fundamental - Fase I.
O processo de reclassificação poderá reposicionar o educando, devendo cursar
ainda 50% ou 25% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental Fase
II ou do Ensino Médio.
6.15.7 Avaliação Final
O modelo social brasileiro, voltado para atender as necessidades do capital é, na
sua essência, seletivo e excludente. A escola, inserida neste modelo, pouco avalia a
aprendizagem, mas examina, pontua e classifica.
No contexto de cultura avaliativa classificatória e excludente, faz-se necessário
repensar se, no discurso de uma “escola libertadora”, esta concepção está contemplada
em sua prática, ou seja, se a escola ainda utiliza os conselhos de classe com o único
objetivo de aprovação e reprovação, se as provas são feitas para mediação e atribuição
de notas, privilegiando apenas a memorização. Todo o processo avaliativo que a escola
pratica está fundamentado em uma concepção teórica que a comunidade escolar
necessita ter clareza da mesma, para não dicotomizar discurso e prática.
Mudar a forma de avaliação, pressupõe mudar também a relação ensino-
aprendizagem e a relação educador-educando, tendo em vista que esta mudança, para
muitos, pressupõe a perda de poder. Os educadores que ainda estão presos a essas
concepções e se utilizam da coerção por meio da avaliação confundem o silêncio e a
76
submissão do educando com aprendizagem e reforçam a permanência de uma sociedade
excludente e seletiva.
É preciso construir uma nova cultura avaliativa, que propicie à escola questionar o
seu papel e comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento
emancipatório. A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo
contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de
ensino-aprendizagem.
Segundo Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um recurso pedagógico
útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção
de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida.
Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida
real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das transformações
que marcarem seu trajeto educativo. A avaliação será significativa se estiver voltada para
a autonomia dos educandos.
A avaliação perpassa e é perpassada pelo coletivo da escola e possibilita a
indicação de caminhos mais adequados e satisfatórios para a ação pedagógica. Em
outras palavras, a avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir ou
promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os
acertos como elementos sinalizadores para o seu replanejamento.
Assim, o processo educativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar
voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função
social da EJA, isto é, seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.
A avaliação, conforme o Regimento Escolar deste CEEBJA:
será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;
as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas
por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a
outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no regimento escolar;
nas Orientações para 2011 (documento interno deste CEEBJA), existe um
combinado pedagógico que os registros de nota devem ser distribuídos entre 4,0
pontos para atividades diversificadas e 6,0 para provas, num mínimo de duas
provas com valor de 3,0 pontos cada.
77
a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os
resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED;
o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por
seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.
78
7 MARCO OPERACIONAL
7.1 Plano de Ação de 2011
7.1.1 Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas
Conforme o expresso no Plano de Ação do Candidato à Direção da Escola pública
do Estado do Paraná, elaborado pela atual equipe diretiva da escola, os objetivos da
gestão escolar 2009/2011 é desenvolver uma gestão democrática, promovendo a
articulação entre todos os segmentos da comunidade escolar, inspirados nas finalidades e
objetivos da Escola Pública; assegurar o cumprimento da função da escola que é o
ensinar e o aprender preservando a especificidade de cada área de atuação; criar
condições político-pedagógicas para o desenvolvimento do ser humano completo em
suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.
A meta do trabalho é a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. Para
tanto focaremos a formação continuada dos professores, funcionários e conselheiros,
visando uma ação conjunta sobre o processo educativo, aperfeiçoando as ações
pedagógicas.
7.1.2 Favorecedores de aprendizagem
Para os profissionais deste CEEBJA, uma das maneiras de favorecer a
aprendizagem é considerar o cotidiano dos alunos e das alunas, para alcançar o
conhecimento científico. Para tanto é necessário que o professor e a professora
trabalhem com materiais diversificados como, por exemplo, o material dourado, os jogos
lógicos, os sólidos geométricos, a calculadora, o baralho, a dobradura, o tangram, os
cartazes, o microscópio, as palestras educativas e preventivas, os mapas, o globo
terrestre, a informatização, os textos, os eventos culturais (cinema, teatro, entre outros) e
a comemoração de datas importantes. Vale destacar o caráter lúdico de todas as
atividades acima citadas como componente favorecedor da aprendizagem.
7.1.3 Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica
Por meio de encontros organizados em tempos específicos para tal, as e os
profissionais deste CEEBJA discutirão a respeito de sua prática pedagógica, como já
79
acontece no corrente ano. Trocar idéias a respeito das práticas pedagógicas na escola é
uma ação recorrente e com orientação da pedagoga. Acreditamos que é por meio dessas
discussões que o trabalho escolar se enriquece. Desta forma propiciamos às alunas e aos
alunos uma melhor qualidade do ensino.
7.1.4 Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno
Por meio de um processo interventivo, as professoras e os professores deverão:
Proporcionar liberdade ao aluno possibilitando ao mesmo que possa manifestar
suas idéias, atitudes, habilidades, intencionalidade, criatividade;
Viabilizar momentos propícios para o desenvolvimento de suas competências na
aprendizagem;
Mediar o conhecimento empírico trazido pelo aluno e transformá-lo em saber
científico;
Aplicar metodologias adequadas à aprendizagem do aluno partindo do ponto dos
conceitos não assimilados.
Desmitificar o processo de avaliativo de forma a não contemplar o que o aluno não
sabe (forma punitiva) e sim o que ele sabe;
Oportunizar avaliações que atendam as individualidades de cada um bem como
suas diferenças;
Proporcionar um ambiente agradável em que o aluno possa sentir-se seguro,
interessado na exposição de seus trabalhos e idéias.
7.1.5. Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua
prática em sala de aula
Partindo do pressuposto que ao proporcionar ao professor e à professora a
formação continuada por intermédio de diferentes meios, o mesmo poderá dinamizar sua
prática escolar, pois com conhecimento será capaz de mudanças ou reavaliar sua
postura.
Entendemos que a partir da formação continuada aprendemos e reaprendemos a
trabalhar os conteúdos utilizando, sempre que possível: os meios tecnológicos (TV
Pendrive, filmes, computador), procurando variar as atividades e as formas (individual e
coletiva); seminários, visitas, cartazes, leitura e interpretação de textos variados,
80
construção de maquetes e material prático para facilitar a associação entre teórico e
prático.
Os cursos favorecem o conhecimento científico, ampliando nosso conceito de
ensino-aprendizado e facilitando a interação de alunos e professores.
7.1.6 Mudanças significativas a serem alcançadas
O grupo de pessoas que trabalha no CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional, acreditam que algumas ações devem ser
fortalecidas para que:
o aluno tenha prazer pela educação e conhecimento que ele esta buscando, que
essa busca venha de encontros diários, mas não cansativos e sim com várias
práticas de aprendizagem;
ocorra a interdisciplinaridade, por meio de conversas, reuniões entre as
professoras e os professores. Assim, acontece a troca de experiências e um
professor pode aproveitar as aulas de uma disciplina para estabelecer relações
com a matéria que ele trabalhará;
melhore a relação entre professor, professora, aluna e aluno. É importante saber
de onde vem o aluno, quais as suas dificuldades, quais as suas qualidades, a
maneira dele entender a disciplina para que assim o professor seja um
companheiro, uma pessoa apta a ajudar, quebrando aquela barreira de que o
docente é superior ao discente, conhecendo e valorizando sua história de vida.
Além disso, pensamos que o governo tem que proporcionar condições para as
escolas conseguirem montar oficinas de diversas disciplinas, fazendo com que os alunos
tenham prazer em estudar, em ir para a escola. Para que essas oficinas ocorram de
maneira a proporcionar o melhor entendimento aos discentes, os professores dependem
de cursos de capacitação, para que seus conhecimentos fiquem atualizados e melhore a
maneira de transmissão dos conteúdos.
7.1.7 Organização da Hora-Atividade, reuniões pedagógicas e conselhos de classe
Acreditamos que, para o bom desenvolvimento das ações educativas na escola,
precisamos de espaço para:
Uma reunião mensal por área de conhecimento: Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; Ciências
81
Humanas e suas Tecnologicas, com orientação da Pedagoga ou do Pedagogo.
Uma reunião pedagógica mensal para a interação de trocas de experiências e
estudos, como todos os funcionários da escola.
Entendemos o Conselho de Classe como o acompanhamento bimestral para a
avaliação do ensino-aprendizagem, de maneira geral, por todas as professoras e todos os
professores da escola. Esse processo acontece no PROEJA. Na EJA ocorre um Conselho
de Avaliação, no qual, a partir da solicitação da professora ou do professor da disciplina
em que a ou o aprendiz se encontra em dificuldade, é organizado um conselho com a
presença da pedagoga, das professoras e dos professores da área em questão para
decidir qual é o procedimento mais adequado para aquela ou aquele aprendiz.
7.1.8 Recuperação de estudos e progressão parcial
Conforme as nossas concepções, a oferta da recuperação de estudos significa
que, o professor e a professora, devem encarar o erro como hipótese de construção do
conhecimento. Para tanto, devem aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos.
Desta forma a recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo de
ensino e de aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos.
Entendemos que tal processo é um direito de todos os educandos, independentemente do
nível de apropriação do conhecimento por parte dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos e entrevista para melhor diagnosticar o
nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada
dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação,
conforme o descrito no Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
7.1.9 Plano de trabalho docente
Após discussão com as professoras e professores deste CEEBJA, concluímos que,
devido às características específicas da modalidade da EJA, o Plano de Trabalho Docente
deveria ser ajustado para a realidade da referida modalidade.
Assim, a partir de um trabalho elaborado durante o período da hora-atividade e em
82
conjunto aos estudos realizados nas capacitações dos meses de fevereiro e de julho,
concluímos que, cada grupo de professores e de professoras responsáveis por uma
disciplina deve selecionar conteúdos a partir da realidade vivida das sujeitas e dos
sujeitos que freqüentam este CEEBJA. Tais conteúdos terão como base as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica e as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e
Adultos.
7.1.10 Diretrizes para a avaliação geral de desempenho
Pretendemos, ao final do ano letivo, por meio de uma reunião geral, processar os
resultados dos trabalhos desenvolvidos nesse ano letivo. A partir de discussões em mini-
grupos, abordando temas específicos a serem avaliados, partiremos para uma
assembléia geral. Após esse primeiro momento de discussão oral, será construído um
instrumento de avaliação, com base nos modelos que utilizam a escala do tipo Likert
(pontuação variável entre afirmativas e negativas).
De posso dos instrumentos respondidos faremos um levantamento estatístico, cujo
resultados serão socializados com o coletivo escolar. Também serão tomadas as medidas
necessárias para a reorganização da escola, conforme o resultado do desempenho.
7.1.11 Ações envolvendo outras instituições
Como a escola está inserida em uma comunidade central do município, num
primeiro momento será feito um levantamento de todos os recursos e instituições
próximas ao CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos. Após tal levantamento, pretende-
se programa e realizar visitas, tanto para colocar a escola à disposição dessas
instituições, quanto para saber o que elas podem oferecer.
O objetivo é fazer um elo entre a escola e a comunidade na qual ela está inserida.
Entre as ações pretendidas estão palestras, concessões de estágio curricular para o
PROEJA, visitas técnicas e possíveis oficinas e cursos.
7.1.12 Recursos financeiros
Pretendemos continuar com as mesmas aplicações dos nossos recursos
financeiros. Como temos poucos recursos financeiros, usamos para manter o
funcionamento da escola de maneira adequada. Assim, mantemos em dia os materiais de
83
limpeza e higiene; os materiais de apoio didático-pedagógico; os materiais de expediente
e de informática; materiais de construção e elétricos para pequenos reparos; utensílios
para a cozinha. No momento em que aparece alguma emergência, que necessita de
recursos financeiros, a escola se organiza e busca outros meios para obtê-los.
7.1.13 Organização interna da escola
No que se refere aos professores e às professoras, dentro das possibilidades
pretendemos oportunizar uma reestruturação da hora-atividade, conforme as
necessidades internas deste CEEBJA, a fim de garantir a continuidade e o êxito da
formação continuada, com orientação e suporte da equipe pedagógica.
Para os Agentes Educacionais I e II, o trabalho deve continuar sendo realizado de
forma a atender as finalidades da escola. O secretário fará a distribuição das tarefas e
apresentará à Diretora, em tempo hábil, todos os documentos a serem assinados. Os
profissionais da merenda, da inspeção e da limpeza serão coordenados pela equipe
diretiva, cumprindo uma escala de trabalho. Deverão efetuar a limpeza, mantendo em
ordem as instalações escolares, cuidando do material de maneira econômica, mantendo a
boa qualidade da merenda escolar e não permitindo a circulação de pessoas estranhas
neste CEEBJA.
As atualizações dos documentos que formam o Currículo Escolar: Projeto Político-
Pedagógico, Proposta Pedagógica Curricular, Regimento Escolar e Plano de Trabalho
Docente, serão realizadas de forma coletiva, em momentos de reuniões pedagógicas,
envolvendo todos os segmentos da escola. O Plano de Trabalho Docente será elaborado
pelo professor e pela professora, de maneira individual, e orientadora pelas professoras
pedagogas.
Outras possibilidades de trabalho interno pretendido é o de reuniões mensais ou
bimestrais divididas em três momentos: avisos gerais, vídeos motivacionais e grupos de
professores, professoras e agentes educacionais, separados por área de trabalho, para
trocar idéias e construírem um portfólio de sugestões de melhorias em seu trabalho;
oficinas de aprendizagem interna para todos os setores da escola.
7.1.14 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos
Com a proposta da SEED de organizar capacitações com todos os profissionais da
escola participando, propiciou um melhor relacionamento entre as pessoas que trabalham
84
na escola em diferentes áreas. Assim, acreditamos que um bom relacionamento entre os
aspectos administrativos e pedagógicos, depende de um bom relacionamento entre os
profissionais da área administrativa e os profissionais da área pedagógica.
Pretendemos continuar o trabalho escolar, de maneira que todas e todos
participem, de forma harmônica, das atividades propostas por este CEEBJA. Acreditamos
que quando participamos coletivamente, de fato, nas atividades da escola, podemos ter
um trabalho mais alegre e motivador.
7.1.15 Qualificação dos equipamentos pedagógicos
A biblioteca estará em funcionamento diário no período de aula. Entendemos que é
um local privilegiado para a prática pedagógica, devendo ser freqüentada por alunos,
alunas, professoras, professores, funcionárias, funcionários e a comunidades em geral. O
acervo, na medida do possível será atualizado e esperamos que o CEEBJA Professora
Geni Sampaio Lemos participe dos programas do governo de fortalecimento das
bibliotecas públicas escolares.
Pretendemos melhorar o Laboratório de Ciências, Física, química e Biologia,
auxiliando as professoras e os professores no encaminhamento metodológico,
propiciando a participação ativa dos educandos, facilitando a compreensão do conceitos e
fenômenos.
Também manteremos o Laboratório de Informática, incentivando a sua utilização
pelos professores, funcionários e alunos, havendo a possibilidade de construir estratégias
de habilidades necessárias para compreensão e inserção no mundo atual.
Quanto às salas de aula, temos a idéia de mudarmos a disposição das disciplinas.
Nossas salas são organizadas por disciplinas e proporemos mudanças no ambiente,
entendendo esse processo como uma ação colaborativa para o processo de ensino e de
aprendizagem. As salas são amplas e agradáveis e acreditamos que a variação no
espaço é uma atitude que qualifica positivamente o trabalho pedagógico.
Os materiais existentes são adequados a EJA e sempre que necessário
procuramos adquirir mais. Temos TV Pendrive em todas as salas de aula e também uma
TV móvel; aparelho de DVD; aparelho de som; retroprojetores; aparelhos para
atendimento de alunos e de alunas com deficiência visual; livros didáticos, paradidáticos e
de literatura.
Nossa escola não possui pátio e nem quadra esportiva. O espaço para as aulas de
Educação Física e demais atividades lúdicas é um salão, arejado e organizado para tal.
85
7.1.16 Família e comunidade
Após uma discussão a respeito da temática deste item, chegamos às seguintes
ações que devemos por em prática neste CEEBJA:
Elaborar programas de conscientização da necessidade dos pais em atenderem a
solicitação da escola quando convocados para reuniões;
Promover encontros freqüentes com as famílias e os alunos, e nessas reuniões,
fazer alguns projetos que possam envolver a escola, a família e a comunidade.
Como exemplo, podemos citar: coleta de materiais recicláveis para confecção de
futuros artesanatos e depois convidando a comunidade para a exposição dos
mesmos;
Proporcionar palestras pertinentes aos interesses das famílias para que haja um
aprendizado de assuntos relevantes e que possam levar as famílias a melhorarem
seu papel de pais, ajudando os seus filhos para uma melhor qualidade de vida;
Os professores poderiam aproveitar o tema trabalhado na reunião para fazer uma
exposição na escola. Após expor esse material, enviar convite aos pais e a toda
comunidade para que possam vir apreciar o trabalho de seus filhos. E numa outra
oportunidade, os professores farão uma avaliação com os pais, filhos e escola;
Enfim, com a criatividade poderíamos desenvolver muito mais projetos
significativos para um melhor relacionamento entre alunos, família, escola e comunidade.
7.1.17 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente
No CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, o trabalho pedagógico é organizado
pela Equipe Pedagógica e pela Coordenação da escola. A Equipe Pedagógica, no
momento está composta por nove profissionais e a Coordenação está composta por seis
profissionais.
A Equipe Pedagógica é responsável pelas relações da docência, que são
estabelecidas entre o processo de ensino e de aprendizagem, entre as professoras, os
professores, as alunas e os alunos, tanto do Ensino Fundamental Fase II e o Ensino
Médio, como do PROEJA.
O trabalho de cunho preponderantemente administrativo fica sob responsabilidade
dos profissionais que compõe a Coordenação. Essa função está dividida entre a
Coordenação do Curso Técnico em Segurança do Trabalho, Coordenação de Exame
86
Supletivo, Coordenação das APEDs e Coordenação Itinerante das APEDs.
Desta forma, neste CEEBJA, a prática docente está cercada de vários
profissionais, que de forma estruturada, orientam tal ação.
7.2 Redimensionamento da Gestão Democrática
7.2.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar,
de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento da Escola/
Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola.
As reuniões ordinárias acontecem bimestralmente, convocadas pelo Presidente do
Conselho Escolar e reuniões extraordinárias quando necessário, serão convocadas com
vinte quatro horas de antecedência.
O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem como principais
atribuições:
acompanhar e avaliar o Projeto Político Pedagógico;
analisar, discutir, rejeitar ou aprovar o Projeto Político Pedagógico;
analisar projetos elaborados ou em execução, avaliando sua importância no
processo ensino-aprendizagem;
propor alternativas de solução de problemas de natureza administrativa e/ou
pedagógica;
articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para melhoria
da qualidade do processo ensino-aprendizagem;
assessorar, apoiar e colaborar com o Diretor em matéria de sua competência e em
todas as suas atribuições;
elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que necessário.
7.2.2 Conselho de Avaliação e Conselho de Classe
O Conselho de Avaliação é um órgão Colegiado de natureza consultiva em
87
assuntos didático-pedagógicos, com atuação dirigida a cada educando do
Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino e de
aprendizagem.
O Conselho de Avaliação tem por finalidade analisar os dados resultantes do
processo de ensino e de aprendizagem, constantes nesta proposta, propondo o
aperfeiçoamento do mesmo, de tal forma que vise assegurar a apropriação dos conteúdos
estabelecidos.
O Conselho de Avaliação dos Alunos será constituído por todos os professores
que ministram aulas nas disciplinas constantes na matriz curricular, por educandos (pelo
menos dois de cada nível de ensino), pela equipe de Professores Pedagogos.
O Conselho de Avaliação reunir-se-á sempre que um fato o exigir, e deverá ser
secretariado por um conselheiro ad hoc, sendo lavrada ata, em livro próprio, para registro,
divulgação ou comunicação aos interessados.
A convocação para as reuniões será feita com antecedência de 48 (quarenta e oito)
horas, sendo obrigatório o comparecimento de todos os membros convocados.
Compete ao Conselho de Avaliação:
emitir parecer sobre assuntos referentes ao aproveitamento pedagógico dos
educandos, respondendo às consultas feitas pelo Diretor, pela Equipe Pedagógica
ou pelo Educando interessado;
analisar as informações apresentadas pelos diversos professores sobre cada
educando, quanto às atitudes e domínio dos conteúdos, que afetem o rendimento
escolar na(s) disciplina(s) em curso;
analisar o desempenho dos educandos e dos professores, face aos conteúdos e
aos encaminhamentos metodológicos;
propor medidas para melhoria do aproveitamento, integração e relacionamento dos
educandos e professores;
estabelecer projetos viáveis de recuperação dos educandos, em consonância com
a proposta curricular;
opinar sobre os procedimentos a serem utilizados nas diversas áreas do
conhecimento.
7.2.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil “Defesa Estudantil”, gestão 2010/2013, conforme e exposto
88
em seu Plano de Ação, comprometeu-se em organizar um trabalho sério e engajado.
Desta forma, planejaram as seguintes ações:
montar um espaço para leitura nos horários de intervalo para que os alunos
possam interagir com o mundo dos livros;
realizar festivais, palestras de acordo com as semanas temáticas (dia do
estudante, consciência negra, entre outras);
fazer campanhas com folhetos e cartazes sobre AIDS, droga, álcool, meio
ambiente, entre outras;
melhorar e manter atualizado o site do estabelecimento;
tentar colocar o uniforme como uso obrigatório para melhor identificação dos
alunos;
implantar a cantina;
atividades relacionadas a jogos: xadrez, pingue-pongue, dama, entre outros;
promover campeonatos, gincanas e passeios culturais que visem a socialização e
integração dos alunos das sede e das APEDs;
estimular eventos culturais: teatro, oficinas literárias, concurso de redação.
Este Plano de Ação será melhorado e ampliado a medida que surgirem novas
necessidades, procurando sempre atender
7.2.4 Eleição do aluno representante de turma
Devido à especificidade da modalidade da EJA e de como é organizado, não é
possível termos um representante de sala. A proposta da escola é que, quando o
momento exigir, alguns alunos ou algumas alunas são convidados/as a participarem das
reuniões decisórias ou ainda quando necessitam de algum atendimento pela escola.
7.2.5 APAF
A Associação de Professores, Alunos e Funcionários deste Estabelecimento de
Ensino, é pessoa jurídica, de direito privado, órgão de representação do corpo docente e
discente da escola, de utilidade pública, não tendo caráter partidário, religioso, de raça, e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando-se
de trabalho voluntário.
Associação de Professores, Alunos e Funcionários deste CEEBJA tem como
89
função:
planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros da escola;
proporciona condições aos educandos de participarem de todo processo escolar;
participa da elaboração do Projeto Político Pedagógico da escola;
define em assembléia o valor da contribuição voluntária de até no máximo 10% do
salário mínimo vigente.
A contribuição voluntária não será vinculada à matrícula, cabendo a APAF a forma
de organizar o recebimento.
7.3 Formação continuada
Os processos de formação continuada acontecerão de formas diferentes e em
diferentes momentos. Nos momentos de hora-atividade, na última semana de cada mês,
os professores e as professoras serão orientados pelas Pedagogas da escola. O
planejado é seguir a Metodologia da Problematização (BERBEL, 1995) para tentar
resolver alguns problemas apresentados pelos professores e pelas professoras durante o
processo de ensino e de aprendizagem.
7.4 Ações Didático-pedagógicas
Além das atividades já citadas, pretende-se ampliar o atendimento individual do
professor e da professora, organizando as disciplinas por pedagoga. Em princípio, a idéia
é a construção de um organograma para atendimento dos profissionais pelo grupo de
pedagogas da escola.
Outra atividade está relacionada com o uso da biblioteca escolar. Fazer o momento
da biblioteca, no qual os e as profissionais deste CEEBJA permaneçam na biblioteca,
fazendo pesquisas orientadas e exploração do uso dos materiais. Vale destacar que a
biblioteca deste CEEBJA ainda não recebeu ou volumes da biblioteca do professor e,
ainda, não é rica em volumes didáticos.
O acompanhamento das atividades docentes será uma ação continuada. Nela a
pedagoga procurará estabelecer relações com as atividades desenvolvidas em sala de
aula e aquilo que está expresso no Plano de Trabalho Docente, de cada professora e de
cada professor.
Está previsto uma pesquisa, com os alunos e com as alunas, para avaliar os
professores e as professoras, seguindo o modelo das fichas avaliativas utilizadas pela
90
SEED, para avaliação dos cursos a atividades de formação.
7.5 Desafios Educacionais Contemporâneos
Dentre os Desafios Educacionais Contemporâneos, o de Prevenção ao uso
indevido de Drogas é o que a escola está mais envolvida e, pretende dar continuidade
aos trabalhos. Uma das pedagogas ofertará essa temática, como oficina, no Itinerante
2010. Pretende-se trabalhar com os/as docentes deste CEEBJA a referida oficina, em
momento de reunião pedagógica. O trabalho tem como objetivo fundamentar o/a docente
para, em determinadas situações, saber como se dirigir ao aluno e à aluna.
O trabalho com a Educação Fiscal ficará por conta daqueles professores e
daquelas professoras que participaram do curso de Educação Fiscal à distância. Em
princípio, a idéia é convidar esse profissional, o qual passou pelo referido curso, para
proferir uma palestra aos alunos e às alunas do CEEBJA. Caberá a cada professor e a
cada professora dar continuidade ao assunto para quando surgirem dúvidas em sala de
aula. O material oferecido pelo curso ficará disponível na pasta pública dos computadores
dos professores e das professoras (Paraná Digital).
Da mesma forma que a proposta acima, o CEEBJA convidará para conversar com
suas alunas e com seus alunos, os responsáveis pela Patrulha Escolar. A partir desta
primeira conversa cada professor e cada professora desenvolverá uma atividade com o
corpo discente. Vale destacar que, no caso deste CEEBJA, não encontramos focos de
violência escolar devido à especificidade da modalidade. Assim, acreditamos que o
trabalho com essa temática pode ficar no nível da informação, sem maiores
preocupações.
São as professoras e os professores de Ciências, Biologia e Geografia que
desenvolvem trabalhos voltados para a conscientização a respeito de cuidados com o
meio ambiente, de maneira mais efetiva. Além desses trabalhos a escola pretende
incentivar os professores e as professoras a participarem de cursos com essa temática
para estarem preparados e apresentarem propostas de incentivo ao trabalho com o meio
ambiente. Propostas de ações, por parte das professoras e dos professores serão bem
vindas.
Quanto à atividade com o tema Cidadania e Direitos Humanos, temos a intenção
de trabalhar a partir das atividades desenvolvidas na Hora-atividade, com as professoras
e os professores, por meio da Metodologia da Problematização (BERBEL, 1995). Um dos
pontos-chave escolhidos remete às questões da construção da Cidadania e Direitos
91
Humanos dos Jovens, Adultos e Idosos que estudam neste CEEBJA. Assim, estudaremos
textos relacionados a essa temática.
7.6 Diversidade
No que se refere á diversidade de gênero e sexual, este tema será desenvolvido
neste CEEBJA, por uma das professoras pedagoga, a qual participou do curso GDE –
Gênero e Diversidade na Escola. O plano foi elaborado a partir da Coleção Cadernos de
EJA – Diversidades e Trabalhado (MAZZEU; DEMARCO; KALIL; [Coord.], 2007) e
complementado com o material do próprio curso GDE.
A Sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural, é
discutida na escola – espaço privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio
educacional contemporâneo – pelos professores e estudantes. O trabalho educativo com
a Sexualidade emerge a partir de questionamentos dos alunos e das alunas, geram uma
conversa na sala de aula e assim sanando as dúvidas apresentadas.
Quanto à Educação no Campo, para este ano temos 5 (cinco) APEDs que
atendem esse modelo de escola. Como as professoras e os professores que atendem
essas escolas não são fixos, encontramos dificuldades em organizar um processo de
formação continuada. Desta forma os e as profissionais são atendidos(as) durante a hora-
atividade e nas reuniões mensais. Mesmo assim, a rotatividade é ainda um entrave para a
organização de estudos e discussões a respeito da referida temática.
Além das atividades acima citada, os professores e as professoras organizarão
atividades em seus Planos de Trabalho Docente, de maneira a atender os aspectos legais
que atendem aos conteúdos da diversidade, para além dos já citados, a Educação
Escolar Indígena e a Educação das Relações Étnico-raciais e de Afro-descendência.
7.6.1 Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar do deste CEEBJA tem como objetivos: orientar e auxiliar
o desenvolvimento de ações relacionadas a Educação das Relações Étnicorraciais e ao
Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; articular junto as
Disciplinas da Base Nacional Comum em consonância com as Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana
e Indígena; constituir e organizar Agenda da Consciência Negra por meio de
92
planejamento e realização de atividades pedagógicas a respeito da Educação das
Relações Étnicorraciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena, com a participação efetiva da comunidade escolar; contribuir para que os alunos
negros e indígenas valorizem sua história e de seus antepassados, melhorando sua
autoestima, por meio da valorização da história e cultura de seu povo.
Sabemos que apesar das pessoas a nossa volta se declararem não
preconceituosas e muito menos racistas, isto ainda está enraizado em nossa cultura.
Desta forma esta comissão multidisciplinar se faz necessária, para desmistificar e diminuir
o preconceito, corrigir a imagem distorcida da África ou a sua omissão nos currículos
escolares, por meio de debates, palestras, seminários e estudos sobre o ensino de
história e cultura afro-brasileira, africana e indígena.
Embora a EJA seja uma modalidade que atenda as minorias, não tendo grandes
problemas com discriminação entre os indivíduos, em que seu alunado é composto por
um grupo bastante diversificado, temos o dever ético de trabalhar na orientação e
prevenção ao necessário combate ao preconceito, racismo e a discriminação.
Para tanto organizamos os seguintes temas para estudo: Estudo e discussão para
implementação das Leis as Leis 10.639/03 e 11.645/08 e Legislações pertinentes;
Políticas Públicas e combate ao Racismo na Educação; Estudo da Relações Étnico-
Raciais (ERER) e ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; O
legado da escravidão; Religiões Afro-Brasileiras; Estudo da História e diversidade
Cultural; Identidade negra: consumo, mercantilização, globalização e a criação de culturas
negras no Brasil.
Todos os Planos de Trabalho Docente contemplam as Leis 10.639/03 e 11.645/08
assim como a consolidação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnicorraciais e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena.
Os professores relacionam a temática com suas referidas disciplinas, buscando
trabalhar de forma interdisciplinar, sempre valorizando o conhecimento do educando e a
realidade da qual faz parte, levando o mesmo a construção do seu conhecimento sobre
pluralidade cultural, desmistificação do que é ser negro e índio no Brasil e a diminuição
do preconceito racial.
Todos os professores e atores da comunidade escolar, recebem orientação da
equipe pedagógica sobre como resolver possíveis situações de discriminação
Étnicorracial e principalmente como preveni-las.
Sendo a escola para todos, temos o dever de respeitar a diversidade da raça
93
humana, atendendo às necessidades de todos, em que a educação é a grande mediadora
deste processo.
A escola utiliza os materiais Didáticos distribuídos pela Secretária de Estado da
Educação, Nucleos Regionais, Ministério da Educação e os disponibilizados no Portal do
Professor (www.diaadia.pr.govbr/nerea/ e www.diaadia.pr.gov.br/dedi/ceci ), como
subsídio ao trabalho da Educação das Relações Étnicorraciais, conforme orientações
expedidas pelo DEDI/SUED.
A avaliação será realizada constantemente no decorrer de todas as atividades,
por meio de reuniões com os professores e equipe pedagógica. A comunidade escolar
também será solicitada a verificar o cumprimento das ações e metas elaboradas pela
equipe multidisciplinar.
7.7 Metas para os Programas de Complementação Curricular
Este CEEBJA incentiva os professores e as professoras a participarem dos
Programas de Complementação Curricular apresentados pela SEED, como o Viva a
Escola e o Segundo Tempo. Por ser uma escola com especificidades que a diferenciam
das escolas comuns, o corpo docente encontra dificuldades em executar os programas
acima citados.
Assim, pretendemos organizar atividades de complementação curricular com
outros formatos para favorecer nossas alunas e nossos alunos. Uma das idéias é
organizar um Clube de Alunos/as e, por meio de parcerias, fazer oficinas de artesanatos,
culinária, informática dentre outras atividades, sem fins lucrativos. Compartilhar
conhecimentos que nossas alunas e nossos alunos jovens, adultos e idosos trazem de
suas experiências cotidianas.
94
8 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
8.1 Plano de acompanhamento do PPP e de informação à comunidade
Este Projeto Político-Pedagógico terá acompanhamento de todos os funcionários
da escola. Aproveitaremos os momentos de encontros já organizados pela escola para
discutirmos se nossas práticas caminham na mesma estrada descrita por este projeto.
Nesses momentos serão convidadas algumas pessoas que participam da comunidade
escolar para que as propostas de trabalho sejam socializadas.
Disponibilizaremos cópia eletrônica deste material, no Portal do Professor, bem
como cópias impressas para aqueles que desejam tomar ciência das concepções e
propostas aqui descritas.
8.2 Participação das instâncias colegiadas
Da mesma maneira descrita no relato acima, as pessoas que compõe a APAF e o
Conselho Escolar serão convidadas a participarem da socialização e das discussões a
respeito das idéias contidas no PPP. Também serão convidadas a colaborarem com novas
idéias para o crescimento das propostas ali expressas.
8.3 Periodicidade
A avaliação institucional deste PPP se realizará semestralmente, durante as
reuniões pedagógicas. Caso necessite, todos os sujeitos e as sujeitas envolvidas com o
processo de ensino e de aprendizagem deste CEEBJA e, consequentemente,
construtoras deste texto, serão convidados a discutirem a respeito do referido projeto.
95
9 BIBLIOGRAFIA
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. Metodologia da problematização: uma alternativa metodológica apropriada para o ensino superior. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v.16, n.2, Edição Especial, p.9-19, out.1995.
BOFF, Leonardo. Depois de 500 anos: Que Brasil queremos? Petrópolis: Vozes, 2000.
BRASIL. Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio . (Lei no 11.788/2008) . Disponível em: www.estagiarios.com/pdfs/CARTILHA_ESTAGIO_MTE.pdf. Acesso em 28 abr. 2010a. ______. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/dedi/ceei/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=20. Acesso em 29 abr. 2010d. ______. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm. Acesso em 28 abr. 2010b. ______. MEC homologa obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=6823. Acesso em 28 abr. 2010c. ______. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. v.4. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12619%3Apublicacoes-dos-conselhos-escolares&catid=195%3Aseb-educacao-basica&Itemid=859. Acesso em: 14 abr. 2010. CARVALHO, José Sérgio Fonseca de Carvalho. Uma idéia de formação continuada em educação e direitos humanos. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/fundamentos/28_cap_3_artigo_06.pdf. Acesso em: 25 abr. 2010.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. Disponível em: http://aurelio.ig.com.br/dicaureliopos/home.asp?logado=true&pesquisa=. Acesso em: 14 abr. 2010. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. ______ . Professora sim, tia não. São Paulo: Olho d’ Água, 1993. ______. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1996. IRELAND, Timothy D.. Educação de jovens e adultos como direito: vencer as barreiras da exclusão e da inclusão tutelada. Disponível em: www.alb.com.br/anais16/prog_pdf/prog01_01.pdf. Acesso em 14 abr. 2010. KEVIN, Kelly. A tecnologia nos faz melhor. Disponível
96
em:http://veja.abril.com.br/especiais/tecnologia_2007/p_046.html. Acesso em 19 abr. 2010. MAZZEU, Francisco José Carvalho; DEMARCO, Diogo Joel; KALIL, Luna (Coord.). Diversidades e Trabalho. São Paulo: Unitrabalho; Brasília: MEC, 2007. (Coleção Cadernos de EJA). Impressão: Governo do Estado do Paraná. MORIN, Edgar. Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3. ed.. São Paulo: Cortez, 2001. PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Processo nº 1078/06. Disponível em: www.celepar7cta.pr.gov.br/.../_p8himoqb2clp631u6dsg30dpd68o30dg_.pdf. Acesso em 27 abr. 2010c. ______. Conselho de Classe. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=68. Acesso em: 14 abr. 2010a. ______. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/ceja/. Acesso em 14 abr. 2010. ______. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica: Filosofia. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=98. Acesso em 28 abr. 2010d. ______. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica: Sociologia. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=98. Acesso em 28 abr. 2010e. ______. Instrução nº 02/2004 – SUED. Disponível em: http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=63. Acesso em: 26 abr. 2010b. ______.Lei nº 13807. Disponível em: http://www.pedagogia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=63. Acesso em: 26 abr. 2010. ______. RESOLUÇÃO N°. 3399 / 2010 – GS/SEED. Disponível em: http://www.nre.seed.pr.gov.br/cascavel/arquivos/File/NEREA/5E8F11AAd01.pdf. Acesso em: 24 mai. 2011.
97
10 PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES
10.1 Arte (Ensino Fundamental)
10.1.1 Apresentação
A dimensão histórica da Arte, apresentada nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica do Paraná – Arte – (PARANÁ, 2009), destaca alguns marcos do desenvolvimento
da Arte no âmbito escolar. O ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos
nos mais diversos espaços sociais são influenciados, também, por movimentos políticos e
sociais.
Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte
Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos
nacionalistas da época.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o
processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a
arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura
popular brasileira.
O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e
criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente
incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da
Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, inspiração
e sensibilidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da
escola tradicional.
Entretanto, somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos, o
ensino de Arte se generalizou e uma mesma metodologia foi adotada na maioria das
escolas brasileiras.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino
da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e, entre eles,
artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte
aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da
sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização
da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
98
compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a
um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e
terapia. Assim, o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de
abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos
sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto
artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Arte
Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do
fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes
momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar
contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento
estético seja melhor compreendido em relação às representações artísticas; o
conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da
criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas
raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber
científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de
disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de
contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas
como artes visuais, dança, música e teatro
Desde o princípio da humanidade a arte sempre esteve presente em todas as
formações culturais. Diante desse aspecto o ser humano que não conhece a arte tem
uma experiência limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força dos objetos a sua
volta, da poesia, das criações musicais das cores e formas, dos gestos e luzes que
buscam o sentido da vida. Sendo assim a arte contribui para o desenvolvimento da
dimensão social fazendo necessária como perspectiva de compreensão do mundo em
que vivemos.
A expressão por meio das atividades artísticas, as vivencias emocionais devem
desenvolver habilidades para leitura e interpretações dos códigos artísticos das 4
linguagens que compõe a Arte: Artes Visuais (desenho, pintura, escultura, artesanato,
fotografia, cinema e arte digital), música, dança e teatro para descobrir e apreciar os
valores estéticos adquirindo hábitos de disciplina natural e concentração no trabalho
individual e grupal.
A arte proporciona ao educando a criação de nuances de cores em seus desenhos;
99
demonstrando imaginação e gosto artístico, sentindo a importância das letras e números
na comunicação visual; executando aplicações com o uso de linhas retas, formas da linha
com desenhos; reproduzindo graficamente aquilo que vê ou imagina, com suas formas e
cores; identificando manifestações da arte folclórica brasileira.
Como objetivo, pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a
diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de
criação e desenvolver o pensamento crítico.
10.1.2 Conteúdos
a) Artes Visuais
Arte rupestre e Arte indígena; Arte Popular e Arte Paranaense; Cores e
Linguagens; Ponto, linha, forma, cor; Textura; Simetria, bidimensional e tridimensional;
Técnica de desenho e pintura.
b) Teatro
História do teatro; Dramatização e improvisação; Gênero Tragédia e Comédia;
Dramaturgia, cenografia, sonoplastia iluminação e figurino;
c) Música
História da música; Música Popular brasileira e contemporânea; Música folclórica;
Instrumentos musicais; Elementos sonoros;
d) Dança
Origem da dança; Movimento corporal; Danças folclóricas e Indígenas; Danças
modernas.
e) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
f) Diversidade: Relações étnico-raciais, Sexualidade.
100
10.1.3 Encaminhamento Metodológico
O trabalho será desenvolvido a partir dos fatos cotidianos situados no espaço
cultural e social das diversas culturas e sociedades, ampliando o conhecimento estético,
através dos conteúdos estruturantes das diretrizes curriculares, buscando-se desenvolver
a percepção com a realidade do aluno.
Ensinar e aprender baseados pela teorização, percepção apropriação e trabalho
artístico deve superar a visão reprodutivista ou arte finalista.
O ensino da arte deve ter com fonte a humanização fundamentada pela interação
análise e fazer artístico possibilitando a todos os alunos acesso a arte, cultura orientando
os alunos na apreensão viva e significativa de noções e habilidades culturais da arte,
leitura das linguagens artísticas, contextualizando exemplos conhecidos o que é e como
se faz e fazendo a ligação do conhecimento em arte com a realidade do aluno.
Recursos Didáticos: Quadro de giz, TV pendrive, DVD, pendrive, rádio, CD,
fotografia,linha,lã, agulhas(trico,croche) tear, textos , Livros Didático Público de Arte,
imagens de obra de Arte, revistas e materiais de ensino para arte e materiais de apoio
pedagógico.
10.1.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
101
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Arte deve contemplar 02 (dois) registros de notas.
a) Critérios
Espera-se que o educando compreenda as estruturas e organização da música,
dança; teatro e artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Compreenda as diferentes formas musicais, e suas origens até os dias atuais,
visando a função social como veículo de divulgação.
Produza trabalhos artísticos resgatando Arte Visual como fator de transformação
102
social e cultural.
Represente a linguagem teatral e sua relação com os movimentos artísticos nos
quais se originam suas emoções sentimentos e interação com as pessoas e o ambiente.
Aproprie-se da prática de ritmos corporais, relacionando a dança das mídias para
estimular a socialização afirmação de alto estima e da vivencia grupal.
b) Instrumentos
Textos escritos; Pesquisas; Trabalhos em grupos; Produção de trabalhos
artísticos; Debates; Leitura de textos artísticos; Avaliações escritas; Exposição dos
trabalhos realizados; Relatórios.
10.1.5 Referências
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. 7. ed. São Paulo: Ática, 2002. JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. ______. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. (Digitado). ______. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1996. PARANÁ. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008. ______. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Livro Didático Público: Arte, Curitiba: SEED, 2008. XAVIER, Natália AGNER, Albano. Viver com artes. São Paulo: Ática, 1991.
103
10.2 Arte (Ensino Médio)
10.2.1 Apresentação
A dimensão histórica da Arte, apresentada nas Diretrizes Curriculares da Educação
Básica do Paraná – Arte – (PARANÁ, 2009), destaca alguns marcos do desenvolvimento
da Arte no âmbito escolar. O ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos
nos mais diversos espaços sociais são influenciados, também, por movimentos políticos e
sociais.
Nas primeiras décadas da República, por exemplo, ocorreu a Semana de Arte
Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos
nacionalistas da época.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o
processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista europeia e a
arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura
popular brasileira.
O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e
criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente
incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito na pedagogia da
Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, inspiração
e sensibilidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões estéticos da
escola tradicional.
Entretanto, somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos, o
ensino de Arte se generalizou e uma mesma metodologia foi adotada na maioria das
escolas brasileiras.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino
da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e, entre eles,
artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas, como a aplicação da Arte
aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da
sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização
da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma transformação no
ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e ações que permitam a
compreensão da arte como campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a
um meio de comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entretenimento e
104
terapia. Assim, o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para
se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
Diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a necessidade de
abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido estudos
sobre ela, quais sejam: o conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto
artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na Arte
Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a respeito do
fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em consonância com os diferentes
momentos históricos e formações sociais em que se manifestam. Pode-se buscar
contribuições nos campos da Sociologia e da Psicologia para que o conhecimento
estético seja melhor compreendido em relação às representações artísticas; o
conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da
criação, toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas
raízes históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber
científico e o nível técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de
disponibilizar a obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de
contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas
como artes visuais, dança, música e teatro
Desde o princípio da humanidade a arte sempre esteve presente em todas as
formações culturais. Diante desse aspecto o ser humano que não conhece a arte tem
uma experiência limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da força dos objetos a sua
volta, da poesia, das criações musicais das cores e formas, dos gestos e luzes que
buscam o sentido da vida. Sendo assim a arte contribui para o desenvolvimento da
dimensão social fazendo necessária como perspectiva de compreensão do mundo em
que vivemos.
A expressão por meio das atividades artísticas, as vivencias emocionais devem
desenvolver habilidades para leitura e interpretações dos códigos artísticos das 4
linguagens que compõe a Arte: Artes Visuais (desenho, pintura, escultura, artesanato,
fotografia, cinema e arte digital), música, dança e teatro para descobrir e apreciar os
valores estéticos adquirindo hábitos de disciplina natural e concentração no trabalho
individual e grupal.
A arte proporciona ao educando a criação de nuances de cores em seus desenhos;
demonstrando imaginação e gosto artístico, sentindo a importância das letras e números
na comunicação visual; executando aplicações com o uso de linhas retas, formas da linha
105
com desenhos; reproduzindo graficamente aquilo que vê ou imagina, com suas formas e
cores; identificando manifestações da arte folclórica brasileira.
Como objetivo, pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a
diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de
criação e desenvolver o pensamento crítico.
10.2.2 Conteúdos
a) Artes Visuais
Pré-história; História da Arte do Egito, Roma, Grécia, Arte Bizantina, Românico e
Gótico, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Realismo, Impressionismo,
Expressionismo, Movimento de Vanguarda europeia, Arte Abstrata e Pop-art; História da
Arte e cultura brasileira; Arte Paranaense; Principais Artistas brasileiros; Artesanatos –
Trico – Crochê – Tear e Bordados;
b) Música
Música no Brasil dos anos 30 até os dias de hoje com suas principais referências e
artistas; Elementos sonoros; Ritmo, melodia, e harmonia.
c) Dança
Dança – História da dança enfocando os períodos históricos – pré-história à dança
contemporânea; As principais danças brasileiras; Danças e rituais indígenas e afro-
descendente; Gênero da dança – Étnica – folclóricas;
d) Teatro
Gêneros e técnicas teatrais; Teatro – história do teatro: Greco-Romano, Medieval,
Oprimido, Popular, Brasileiro.
e) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
106
e) Diversidade: Relações étnico-raciais, Sexualidade.
10.2.3 Encaminhamento Metodológico
O trabalho será desenvolvido a partir dos fatos cotidianos situados no espaço
cultural e social das diversas culturas e sociedades, ampliando o conhecimento estético,
através dos conteúdos estruturantes das diretrizes curriculares, buscando-se desenvolver
a percepção com a realidade do aluno.
O processo de ensino e aprendizagem baseado pela teorização, percepção
apropriação e trabalho artístico deve superar a visão reprodutivista ou arte finalista.
O ensino da arte deve ter com fonte a humanização fundamentada pela interação
análise e fazer artístico possibilitando a todos os alunos acesso a arte, cultura orientando
os alunos na apreensão viva e significativa de noções e habilidades culturais da arte,
leitura das linguagens artísticas, contextualizando exemplos conhecidos o que é e como
se faz e fazendo a ligação do conhecimento em arte com a realidade do aluno.
Recursos Didáticos: Quadro de giz, TV pendrive, DVD, pendrive, rádio, CD,
fotografia, linha, lã, agulhas (trico,crochê) tear, textos, Livros Didático Público de Arte,
imagens de obra de Arte, revistas e materiais de ensino para arte e materiais de apoio
pedagógico
10.2.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
107
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Arte deve contemplar 02 (dois) registros de notas.
a) Critérios
Espera-se que o educando compreenda as estruturas e organização da música,
dança, teatro e artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea.
Produza trabalhos musicais, danças,teatros e artes visuais visando a relação do
sujeito em sua realidade.
108
Aproprie-se da prática e teoria, técnica dos modos de composição e representação
de música, teatro, dança e arte visual, das diversas culturas e mídias, relacionada a
produção, divulgação e consumo.
b) Instrumentos
Textos escritos; Pesquisas; Trabalhos em grupos; Produção de trabalhos
artísticos; Debates; Leitura de textos artísticos; Avaliações escritas; Exposição dos
trabalhos realizados; Relatórios.
10.2.5 Referências
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. 7. ed. São Paulo: Ática, 2002. JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. ______. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. (Digitado). ______. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1996. PARANÁ. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Arte. Curitiba: SEED, 2008. ______. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Livro Didático Público: Arte, Curitiba: SEED, 2008. XAVIER, Natália AGNER, Albano. Viver com artes. São Paulo: Ática, 1991.
109
10.3 Geografia (Ensino Fundamental)
10.3.1 Apresentação
Como está exposto nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, do Estado do
Paraná – Geografia – (PARANÁ, 2009), estabelecer relações com a Natureza fez parte
das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de
organização. Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica
das estações do ano e conhecer o ciclo reprodutivo da natureza. Para os povos
navegadores e, predominantemente, pescadores, conhecer a direção e a dinâmica dos
ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram condições de existência.
Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas e a
alternância entre período seco e período chuvoso. Esses conhecimentos permitiram às
sociedades se relacionarem com a Natureza e modificá-la em benefício próprio.
As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX
(VLACH, 2004 apud PARANÁ, 2009) e apareciam de forma indireta nas escolas de
primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua
estrutura curricular definida pelo artigo 3o do decreto de 02 de dezembro de 1837, que
previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de Geografia.
Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a
descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais.
Assim, acompanhando o processo evolutivo e discutido das concepções para o
ensino de Geografia, estas Diretrizes Curriculares se apresentam como documento
norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia, a partir
de questões epistemológicas, teóricas e metodológicas que estimulam a reflexão sobre
essa disciplina e seu ensino. Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo
do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e contradições existentes são
procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual
período histórico.
Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico crítico que vincule o objeto
da Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens
metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual
contexto histórico. Para isso, será necessário ter como perspectiva tanto os períodos
precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformações futuros, numa análise
que considere, permanentemente, o processo histórico.
110
A proposta de explicitar as dimensões políticas, culturais e demográficas,
econômicas e socioambiental, deve-se ao fato de que é importante perceber que essas
devem ser consideradas na prática de ensino-aprendizagem, de forma a perseguir uma
coerência entre teoria e prática, entre conteúdo e metodologia.
Assim, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974 apud PARANÁ, 2009),
composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996
apud PARANÁ, 2009).
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações
socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual
das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado
espaço (PARANÁ, 2009).
O trabalho pedagógico com esse quadro conceitual de referência é fundamento
para que o ensino da Geografia na Educação Básica contribua com a formação de um
aluno capaz de compreender o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de
maneira crítica na produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim, de seu
espaço.
10.3.2 Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico; Dimensão política do
espaço geográfico; Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão
socioambiental do espaço geográfico;
b) Conteúdos Específicos
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais, enfatizando os
conceitos fundamentais de paisagem, lugar, região, território, Terra e universo; O
entendimento do espaço geográfico com o uso de instrumentos de leitura cartográfico e
gráfico; O globo terrestre e mapas; Como se orientar; Formação do território brasileiro; As
diversas regionalizações do espaço; A mobilidade populacional e suas motivações; A
111
evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos; A
formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;
Rede urbana, problemas sociais e ambientais; As regionalizações do continente
Americano; A formação histórica do continente Americano; A nova ordem mundial –
capitalismo – países desenvolvidos e subdesenvolvidos – países do Norte e países do
Sul; A economia mundial atual; As diversas regionalizações do espaço mundial;
Globalização e organizações mundiais; Países e conflitos mundiais; Terrorismo; O
espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
mundial.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnico-raciais, Sexualidade.
10.3.3 Encaminhamento Metodológico
Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva crítica. Os conteúdos
estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. A compreensão
do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As
categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade – Natureza e as relações
Espaço – Temporais são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades
local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível. A compreensão do
objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As
categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade – Natureza e as relações
Espaço – Temporais são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades
local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível.
Trabalhar os conteúdos significantes da ciência geográfica, pelas aulas expositivas
dialogadas, trabalho extra-classe, dinâmica de grupo, trabalho dirigido, acompanhamento
diário do aluno por processo contínuo de ensino\avaliação, atendimento individualizado ao
aluno, considerando que cada um traz consigo sua própria representação de mundo.
Agrupamento, em grupos de alunos, para que concorra para o aprendizado do outro.
Estão inseridos ainda conteúdos relacionados a Agenda 2010 – Consciência Negra
112
e Indígena que por meio de análises e reflexões a respeito da diversidade cultural e racial,
reconhecemos os afro-brasileiros, bem como os indígenas sujeitos da construção da
nossa sociedade e do país.
Recursos Didáticos: livros da biblioteca, fontes diversos como jornais, textos,
quadro, giz, mapas, globos, mural, entre outros; Audivisuais, DVD, retroprojetor,
computador(internet).
10.3.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
113
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Geografia deve contemplar 04 (quatro) registros de
notas.
a) Critérios
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas;
Entenda que o espaço geográfico composto é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas; Localize-se e oriente-se
no espaço através da leitura cartográfica.; Identifique as formas de apropriação da
natureza, a partir do trabalho e suas conseqüências econômicas; Identifique as relações
existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais políticas,
culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas; Entenda a transformação e a
distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e
econômicos; Entenda o significado dos indicadores demográficos refletindo a organização
espacial; Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.;
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico; Aproprie-se do
conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar; Localize-se oriente-
se no território brasileiro, utilizando a linguagem cartográfica; Identifique o processo de
formação do território brasileiro e as diferentes formas de regionalização do espaço
geográfico; Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas
relações econômicas, culturais e políticas com outros países; Identifique as áreas de
114
proteção ambiental e sua importância para a preservação dos recursos naturais;
Identifique a diversidade cultural e regional no Brasil construída pelos diferentes povos;
Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território;
Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra, mercadorias e sua
relação com os espaços produtivos brasileiros; Reconheça a constituição dos blocos
econômicos, considerando a influencia política e econômica na regionalização do
Continente Americano; Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos
naturais no Continente Americano; Compreenda a formação, localização e importância
estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea.
b) Instrumentos
Tarefas individuais, em grupos, pesquisas, trabalhos, atividades realizadas em sala
de aula, participação em sala de aula, progresso individual, atividades paralelas.
Recuperação concominante ao processo de ensino aprendizagem sobre as avaliações,
recuperando os conteúdos propostos a partir de uma lógica simples, considerando sua
maior nota.
10.3 5 Referências
ARCHELA,R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Eduel, 1999. BARBOSA, J. L. Geografia e cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In: CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? São Paulo: Terra Livre, 2001. CASTROGIOVANNI, A. C. (org.). Geografia em sala de aula: praticas e reflexões Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982. CASTRO I. E. de., GOMES, P. C. da C. e CORRÊA, R. L. (org.). Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos)
115
______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos). ______. Livro Didático Público: Geografia, Curitiba: SEED, 2008.
116
10.4. Geografia (Ensino Médio)
10.4.1 Apresentação
Como está exposto nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, do Estado do
Paraná – Geografia – (PARANÁ, 2009), estabelecer relações com a Natureza fez parte
das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de
organização. Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica
das estações do ano e conhecer o ciclo reprodutivo da natureza. Para os povos
navegadores e, predominantemente, pescadores, conhecer a direção e a dinâmica dos
ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram condições de existência.
Para os primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas e a
alternância entre período seco e período chuvoso. Esses conhecimentos permitiram às
sociedades se relacionarem com a Natureza e modificá-la em benefício próprio.
As ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX
(VLACH, 2004 apud PARANÁ, 2009) e apareciam de forma indireta nas escolas de
primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, teve sua
estrutura curricular definida pelo artigo 3o do decreto de 02 de dezembro de 1837, que
previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de Geografia.
Essa primeira inserção dos conteúdos geográficos tinha como objetivo enfatizar a
descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais.
Assim, acompanhando o processo evolutivo e discutido das concepções para o
ensino de Geografia, estas Diretrizes Curriculares se apresentam como documento
norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia, a partir
de questões epistemológicas, teóricas e metodológicas que estimulam a reflexão sobre
essa disciplina e seu ensino. Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo
do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e contradições existentes são
procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual
período histórico.
Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico crítico que vincule o objeto
da Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens
metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do atual
contexto histórico. Para isso, será necessário ter como perspectiva tanto os períodos
precedentes, quanto os possíveis movimentos de transformações futuros, numa análise
que considere, permanentemente, o processo histórico.
117
A proposta de explicitar as dimensões políticas, culturais e demográficas,
econômicas e socioambiental, deve-se ao fato de que é importante perceber que essas
devem ser consideradas na prática de ensino-aprendizagem, de forma a perseguir uma
coerência entre teoria e prática, entre conteúdo e metodologia.
Assim, o objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o
espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974 apud PARANÁ, 2009),
composto pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996
apud PARANÁ, 2009).
Entende-se que, para a formação de um aluno consciente das relações
socioespaciais de seu tempo, o ensino de Geografia deve assumir o quadro conceitual
das abordagens críticas dessa disciplina, que propõem a análise dos conflitos e
contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, constitutivas de um determinado
espaço (PARANÁ, 2009).
O trabalho pedagógico com esse quadro conceitual de referência é fundamento
para que o ensino da Geografia na Educação Básica contribua com a formação de um
aluno capaz de compreender o espaço geográfico, nas mais diversas escalas, e atuar de
maneira crítica na produção socioespacial do seu lugar, território, região, enfim, de seu
espaço.
10.4.2 Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico; Dimensão política do
espaço geográfico; Dimensão econômica do espaço geográfico; Dimensão
socioambiental do espaço geográfico;
b) Conteúdos Específicos
Produção do espaço geográfico; As paisagens, as técnicas e as tecnologias; O
lugar, o território e o mundo; Interpretando os mapas; A descoberta do mundo; A
linguagem dos mapas; A representação da Terra; Geomorfologia e recursos minerais; O
planeta Terra; As grandes estruturas geológicas; O modelado da crosta; As bases físicas
do Brasil; A modelagem do relevo; Dinâmica climática e ecossistema; Radiação solar; Os
118
grandes tipos de clima; Os domínios de natureza no Brasil; As massas de ar e os tipos de
clima brasileiros; A esfera das águas e os recursos hídricos; O ciclo hidrológico; As
sociedades e a utilização de água; Os ciclos industriais; Os ciclos tecnológicos da
revolução industrial; A siderurgia no Brasil; Agropecuária e comércio global de alimentos;
Agropecuária, natureza e tecnologia; Agropecuária e meio ambiente; Estratégias
energéticas; A energia e os ciclos industriais; As fontes de energia; O aquecimento global;
O Brasil e a globalização; Industrialização e integração nacional; A concentração
industrial; As migrações inter-regionais; A matriz energética: a matriz energética brasileira,
o sistema elétrico, a energia e o transporte; Os complexos agroindustriais: a
modernização conservadora; a divisão territorial do trabalho na agricultura; os impactos
ambientais; Urbanização e redes urbanas: rumo às cidades, a rede urbana brasileira, os
espaços metropolitanos; comércio exterior; o Brasil no comércio mundial; o Mercosul e a
América do Sul; a Área de livre comércio das Américas (Alca); Sociedade e espaço
geográficos; A estrutura regional brasileira; Divisões regionais do Brasil; a globalização e
as desigualdades regionais; a industrialização concentrada; a industrialização
descentralizada nordeste; Os “nordestes”; O Nordeste e o planejamento regional ; O
Nordeste da Sudene; O Nordeste e a globalização; A Amazônia e o planejamento
regional ; a conquista da floresta Amazônica; Amazônia oriental; Amazônia ocidental; O
Estado na fronteira; Desigualdades sociais e fronteiras; A economia da desigualdade ;
Pobreza e desenvolvimento humano; A geografia da pobreza; Trabalho infantil e exclusão
socialismo; A questão fundiária; A terra e os trabalhadores do campo; Trabalhadores do
campo; A luta pela terra; O espaço da globalização; Os fluxos da economia global;
Globalização; Os conglomerados transnacionais; O comércio global; Os Estados Unidos e
o Hemisfério Americano; Formação territorial dos EUA; O caldeirão dos povos; A dinâmica
regional; O NAFTA; A ALCA; União Européia e CEI; A integração da Europa; Núcleo e
periferias da UE; A Rússia e a CEI; A bacia do Pacífico; O Japão e os Tigres Asiáticos; A
China, nova potência mundial? A fronteira Norte/Sul; Periferias da globalização; As
fronteiras da produtividade; As fronteiras da pobreza; Ásia Meridional; A transição
demográfica; Industrialização e demografia; O mito da exploração demográfica; As
migrações internacionais. Urbanização e Meio Ambiente; O processo de urbanização;
Metrópoles e Megalópoles; O fenômeno das megacidades; O meio ambiente urbano. Da
Guerra Fria a Nova ordem Mundial; O equilíbrio bipolar da Guerra Fria; A nova ordem
mundial; O mundo muçulmano e o Oriente Médio; Munda árabe, mundo muçulmano; O
nacionalismo árabe e o Estado de Israel; O Islã e o terror global; Estado e nação na
África; África do Norte e África Saariana; As fronteiras e os estados; O fracasso do
119
Estado-Nação.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnico-raciais, Sexualidade.
10.4.3 Encaminhamentos Metodológicos
Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados numa perspectiva crítica. Os conteúdos
estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. A compreensão
do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As
categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade – Natureza e as relações
Espaço – Temporais são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades
local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível. A compreensão do
objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As
categorias de análise da Geografia, as relações Sociedade – Natureza e as relações
Espaço – Temporais são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades
local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível.
Trabalhar os conteúdos significantes da ciência geográfica, pelas aulas expositivas
dialogadas, trabalho extra-classe, dinâmica de grupo, trabalho dirigido, acompanhamento
diário do aluno por processo contínuo de ensino\avaliação, atendimento individualizado ao
aluno, considerando que cada um traz consigo sua própria representação de mundo.
Agrupamento, em grupos de alunos, para que concorra para o aprendizado do outro.
Recursos Didáticos: livros da biblioteca, fontes diversos como jornais, textos,
quadro, giz, mapas, globos, mural, entre outros; Audivisuais, DVD, retroprojetor,
computador(internet).
10.4.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
120
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
121
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Geografia deve contemplar 04 (quatro) registros de
notas.
a) Critérios
Espera-se que o aluno: reconheça o processo de formação e transformação das
paisagens geográficas; entenda que o espaço geográfico composto é composto pela
materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas;
localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica; identifique as formas de
apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas conseqüências econômicas;
identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas,
ambientais políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas; entenda
a transformação e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores
históricos, naturais e econômicos; entenda o significado dos indicadores demográficos
refletindo a organização espacial; identifique as manifestações espaciais dos diferentes
grupos culturais; reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico;
aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar;
localize-se, oriente-se no território brasileiro, utilizando a linguagem cartográfica;
identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas de
regionalização do espaço geográfico; entenda o espaço brasileiro dentro do contexto
mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros
países; identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação
dos recursos naturais; identifique a diversidade cultural e regional no Brasil construída
pelos diferentes povos; compreenda o processo de crescimento da população e sua
mobilidade no território; reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-
obra, mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros; reconheça a
constituição dos blocos econômicos, considerando a influencia política e econômica na
regionalização do Continente Americano; relacione as questões ambientais com a
utilização dos recursos naturais no Continente Americano; compreenda a formação,
localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade
contemporânea.
122
b) Instrumentos
Tarefas individuais, em grupos, pesquisas, trabalhos, atividades realizadas em sala
de aula, participação em sala de aula, progresso individual, atividades paralelas.
Recuperação concominante ao processo de ensino aprendizagem sobre as
avaliações, recuperando os conteúdos propostos a partir de uma lógica simples,
considerando sua maior nota.
10.4.5 Referências
ARCHELA,R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Eduel, 1999. BARBOSA, J. L. Geografia e cinema: em busca de aproximações e do inesperado. In: CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? São Paulo: Terra Livre, 2001. CASTROGIOVANNI, A. C. (org.). Geografia em sala de aula: praticas e reflexões Porto Alegre: Ed. UFRS, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982. CASTRO I. E. de., GOMES, P. C. da C. e CORRÊA, R. L. (org.). Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Geografia, Curitiba: SEED, 2008.
123
10.5 Língua Estrangeira Moderna – Inglês (Ensino Fundamental)
10.5.1 Apresentação
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, do Estado do
Paraná – Língua Estrangeira Moderna – (PARANÁ, 2009), o cenário do ensino de Línguas
Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças
em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos às novas gerações.
Desde o início da colonização do território, que hoje corresponde ao litoral
brasileiro, houve a preocupação do Estado português em facilitar o processo de
dominação e expandir o catolicismo. Naquele contexto, coube aos jesuítas a
responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território,
como exemplo de língua culta.
Nos dias de hoje, linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos
referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e contribuam
para uma consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, da língua
estrangeira. Muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas
a um ensino que contribua para reduzir desigualdades
sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm
orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto
educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes.
Nestas Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, no caso desta
proposta, a Língua Inglesa, será norteado para um propósito maior de educação,
considerando as contribuições de Giroux (2004 apud PARANÁ, 2009) “ao rastrear as
relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder
que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental que os professores reconheçam
a importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global
educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do
diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia
não se separam.
Isso implica superar uma visão de ensino da Língua Inglesa apenas como meio
para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem
124
como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como
externos aos sujeitos.
Propõe-se que a aula de Língua Inglesa constitua um espaço para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
A proposta adotada nas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas teorias
do Círculo de Bakhtin – Segundo Faraco (2003 apud PARANÁ, 2009), trata-se de um
grupo de intelectuais russos de diversas formações, interesses e atuações profissionais,
que se reunia regularmente de 1919 a 1929. , que concebem a língua como discurso.
Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua
Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na
Educação Básica.
Assim, aprender outras línguas deve ser privilégio de todos, pois, vivemos hoje em
um mundo globalizado onde pessoas de diferentes países estão em freqüente contato
pelos mais diversos motivos, necessitando de uma língua em comum como meio de
comunicação. O aprendizado de uma língua estrangeira proporcionará ao educando a
consciência sobre a importância de seu estudo e o seu significado diante de sua
integração na sociedade.
Ao utilizar uma língua estrangeira, o educando estará ampliando sua cultura, seu
horizonte, expandindo suas capacidades interativas e cognitivas, facilitando a sua
compreensão e reflexão no mundo atual. O aprendizado da língua estrangeira moderna
permite o aluno crescer nas discussões que esta oferece, ampliar seu conhecimento,
compartilhar experiências, valorizar a própria cultura e respeitar a cultura do outro, além
disso, preparar-se para exercer sua cidadania e para qualificar-se para o mercado de
trabalho.
Em suma, o objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a
cultura, sujeito e identidade (PARANÁ, 2009).
10.5.2 Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes
O discurso enquanto prática social concretiza-se na oralidade, leitura escrita;
125
realizam abordagem do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si e
constituem a prática sócio-cultural. Estabelecimento de conexões entre o tema a ser
trabalhado e o mundo do aluno.
Desenvolvimento de estratégias de leitura através de diversos gêneros textuais.
Produção oral na língua a ser trabalhada com desenvolvimento sistemático
envolvendo acuidade e fluência.
Produção escrita em gêneros textuais relevantes ao aprendiz, focalizando o uso
da escrita para a comunicação.
b) Conteúdos Específicos
Os conteúdos específicos serão contextualizados através: práticas de leitura e
interpretação de textos de diferentes gêneros; orientação de produção textual; linguagem
verbal através de charges, rótulos, cartões, quadrinhos, entre outras; linguagem não
verbal através de imagens, gravuras, pinturas, gestos, entre outras; vocábulos usados no
cotidiano; frases de sobrevivência; dinâmica em grupo trabalhando a conversação; textos
diversos e datas comemorativas para ampliação do conhecimento sobre cultura;
estrangeira.
Primeiro Registro: Vocabulary: Alphabet, Greetings, Animals, Colors, Family,
Occupations, Parts of the Body, School Objects, Clothes. Articles, Demonstrative
Pronouns, Interrogative Pronouns, Subject Pronouns, Verb To Be- Affirmative,
Interrogative and Negative Forms.
Segundo Registro: Vocabulary: Hours, Days of the Week, Months of the year.
Simple Present Tense of Verbs, Present Continuous Tense, Verb To Can, Possessive
Adjectives, Prepositions of place and Time, Verb There To Be- Affirmative, Interrogative
and Negative Forms. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena.
Terceiro Registro: Vocabulary: Parts of the House, Problem of Health,
Transportations, Adjectives, Nouns, Object Pronouns, Past Tense of Verbs, Possessive
Pronouns, Future Tense, Imperative. Violência e Racismo.
Quarto Registro: Vocabulary: Food and Drink, Nationalities, Ordinal Numbers,
Weather and Temperature. Adverbs, Present Perfect Tense, Degrees Comparative and
Superlative, Cidadania (Hino Nacional Americano)
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
126
d) Relações étnico-raciais, Sexualidade.
10.5.3 Encaminhamentos Metodológicos
Teorias e métodos são meios de aperfeiçoar e adaptar o ensino às necessidades
dos alunos. Existe uma relação estreita entre como, porque e o que o aluno aprende.
Contudo, somente ao se familiarizar com essas relações e associá-las à prática diária, a
objetivos educacionais e recursos disponíveis é que o professor deve buscar identificar a
teoria e o método mais adequado a ser aplicado. Há uma grande variedade de
metodologias e recurso disponíveis mas que não podem ser vistos como regra e sim
como algo flexível, podendo ser utilizados integralmente ou de forma parcial dependendo
das características da turma e dos objetivos de ensino que se quer alcançar. A
metodologia utilizada quadro-de-giz e seus acessórios. Também será utilizada uma
metodologia participativa, através de discussões, leituras e debates referentes a textos
em questão. Serão usados recursos audiovisuais (músicas, textos, jogos, vídeos, DVDs,
entre outros), manuseio de dicionários, pesquisas, trabalhos individuais ou em grupos,
sempre visando facilitar o processo ensino aprendizagem privilegiando assim uma ou
mais habilidades tais como ler, falar, ouvir e escrever.
Recursos Didáticos: Textos fotocopiados; embalagens; revistas; jornais; livros
didáticos; TV Pen-drive; cartazes.
10.5.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
127
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês – deve contemplar
04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
A avaliação necessita respeitar as diferenças individuais e escolares. Portanto,
será de diferentes naturezas, sendo diagnóstica, somativa e formativa. A diversidade nos
128
formatos de avaliação valorizará aprendizagem abrindo caminhos para que esta ocorra e
se expresse de várias formas, garantindo assim a interação plena do aluno. As avaliações
terão como objetivo fazer com que o aluno possa em situações leitura escrita e oralidade;
identificar o tema e realizar leitura compreensiva do texto, localizar informações explícitas
e implícitas e idéias principais do texto, deduzir os sentidos das palavras e ou expressões
a partir do contexto, posicionar-se argumentativamente, identificar e refletir sobre as
vozes sociais presentes nos textos, expressar as suas idéias com clareza, produzir textos
de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo as situações proposta,
diferenciar o contexto do uso da linguagem formal e informal, utilizar recursos textuais
como coesão e coerência. Utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação,
uso e função correta de artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbios,
preposições, tempos e modos verbais, etc. Emprego de palavras e ou expressões no
sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto, Analisar recursos de oralidade em cenas de
desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, filmes, entre outros,
utilizar o discurso de acordo com a situação de produção formal ou informal, apresentar
idéias com clareza, explorar a oralidade em adequação ao gênero proposto, compreenda
os argumentos no discurso do outro.
b) Instrumentos
A avaliação será composta, no mínimo, de duas provas formais escritas sobre os
conteúdos previamente estudados e selecionados Também serão objetos de avaliação as
atividades diversificadas como: produção de texto oral ou escrito; pesquisa individual ou
em grupo; reprodução; interpretação de texto; debates em painel aberto; apresentação e
exposição de trabalhos; participação em classe (resolução e correção de exercícios) e
eventuais atividades complementares.
10.5.5 Referências Bibliográficas
CHIN, Elizabeth. ZAOROB, Maria Lúcia. Keep in Mind. São Paulo: Scipione, 2010. FERRARI, Mariza. G. RUBIN, Sarah. Coleção NovosTempos: Inglês Ensino Médio e Fundamental . São Paulo: Scipione, 2004 JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em:
129
30 set. 2010. ______. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio, 2010. (Digitado). ______. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2009. ______. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: SEED, 2008.
130
10.6 Língua Estrangeira Moderna – Inglês (Ensino Médio)
10.6.1 Apresentação
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, do Estado do
Paraná – Língua Estrangeira Moderna – (PARANÁ, 2009), o cenário do ensino de Línguas
Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças
em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As
propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e
demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos
historicamente produzidos às novas gerações.
Desde o início da colonização do território, que hoje corresponde ao litoral
brasileiro, houve a preocupação do Estado português em facilitar o processo de
dominação e expandir o catolicismo. Naquele contexto, coube aos jesuítas a
responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim aos povos que habitavam o território,
como exemplo de língua culta.
Nos dias de hoje, linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos
referenciais teóricos que atendam às demandas da sociedade brasileira e contribuam
para uma consciência crítica da aprendizagem, mais especificamente, da língua
estrangeira. Muitos desses trabalhos analisam a função da Língua Estrangeira com vistas
a um ensino que contribua para reduzir desigualdades
sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm
orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto
educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes.
Nestas Diretrizes, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, no caso desta
proposta, a Língua Inglesa, será norteado para um propósito maior de educação,
considerando as contribuições de Giroux (2004 apud PARANÁ, 2009) “ao rastrear as
relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder
que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental que os professores reconheçam
a importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global
educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da língua, do
diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e da pedagogia
não se separam.
Isso implica superar uma visão de ensino da Língua Inglesa apenas como meio
para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de sua aprendizagem
131
como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como
externos aos sujeitos.
Propõe-se que a aula de Língua Inglesa constitua um espaço para que o aluno
reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao
mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.
A proposta adotada nas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas teorias
do Círculo de Bakhtin – Segundo Faraco (2003 apud PARANÁ, 2009), trata-se de um
grupo de intelectuais russos de diversas formações, interesses e atuações profissionais,
que se reunia regularmente de 1919 a 1929. , que concebem a língua como discurso.
Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua
Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na
Educação Básica.
Assim, aprender outras línguas deve ser privilégio de todos, pois, vivemos hoje em
um mundo globalizado onde pessoas de diferentes países estão em freqüente contato
pelos mais diversos motivos, necessitando de uma língua em comum como meio de
comunicação. O aprendizado de uma língua estrangeira proporcionará ao educando a
consciência sobre a importância de seu estudo e o seu significado diante de sua
integração na sociedade.
Ao utilizar uma língua estrangeira, o educando estará ampliando sua cultura, seu
horizonte, expandindo suas capacidades interativas e cognitivas, facilitando a sua
compreensão e reflexão no mundo atual. O aprendizado da língua estrangeira moderna
permite o aluno crescer nas discussões que esta oferece, ampliar seu conhecimento,
compartilhar experiências, valorizar a própria cultura e respeitar a cultura do outro, além
disso, preparar-se para exercer sua cidadania e para qualificar-se para o mercado de
trabalho.
Em suma, o objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a
cultura, sujeito e identidade (PARANÁ, 2009).
10.6.1Conteúdos
132
a) Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
b) Conteúdos Básicos
Leitura: finalidade do texto; aceitabilidade do texto; discurso direto e indireto;
Escrita: Informatividade; situcionalidade; emprego do sentido conotativo e
denotativo no texto.
Oralidade: diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito; adequação
da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, entre outros); adequação do
discurso ao gênero
c) Conteúdos Específicos
Os conteúdos específicos serão contextualizados através de: produção e
expressão oral, relatos, narração, descrição; música, histórias, diálogos; interpretação;
linguagem verbal (rótulos, avisos, quadrinhos, cartões, entre outros); linguagem não
verbal (imagens, gestos, pinturas, gravuras, entre outros); vocabulários do cotidiano;
frases de sobrevivência; datas comemorativas (cultura estrangeira).
Primeiro Registro (32h): Personal Pronouns: Verbo To Be – Present and Past;
Verb To Have; Simple Present tense; Cardinal and Ordinal numbers; Texts: read,
translation and interpretation.
Segundo Registro (32h): Present Continuous; Gerund:Infinitive; Demonstrative
words; Simple Past tense- regular/irregular; Prepositions; Texts: read,translation and
interpretation.
Terceiro Registro (32h): Verb There To be: Present and Past; Plural of nouns; Degree of adjectives; Indefinite and Definite Articles; Question Tag; Texts: read, translation and interpretation.
Quarto Registro (32h): ImmediateFuture (will); Adverbs; Present Perfect; Passive Voice; Modal Verbs; Texts: read, translation and interpretation.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
133
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnico-raciais, Sexualidade.
10.6.3 Encaminhamento Metodológico
O trabalho a ser desenvolvido segue uma abordagem onde a língua é vista como
instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e construção, levar-se a
em consideração a realidade do educando, valorizando sua abordagem e respeitando
necessidades e características do individuo.
Como Recursos Didáticos serão utilizados: TV pendrive; quadro de giz; textos,
revistas; livro didático; jogos; CDs; propagandas, charges; dicionários; Músicas; DVDs.
10.6.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
134
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina Língua Estrangeira Moderna - Inglês deve contemplar 04
(quatro) registros de notas.
a) Critérios
Localizar informações explícitas no texto, emitir opiniões a respeito do que leu,
conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de
outras culturas e grupos sociais;, reconhecer no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independente do grau de proficiência atingido
b) Instrumentos
Leitura compreensiva do texto; Escrita: produzir textos atendendo as circunstâncias
de produção proposta; oralidade: adequar-se ao som e a pronúncia corretos; trabalhos em
grupo; exposições de pesquisa; provas individuais.
135
10.6.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). LONGMAN, Gramática escolar da Língua Inglesa. Consultor Pedagógico José Olavo de Amorim. São Paulo: Longman, 2004. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Língua Estrangeira Moderna, Curitiba: SEED, 2008. SCHUMACHER, Cristina. Língua Inglesa. Curitiba: IESDE, 2004. ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7. ed. BERTRAND BRASIL: 2000.
136
10.7 Educação Física (Ensino Fundamental)
10.7.1 Apresentação
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou- se,
nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física
– (PARANÁ, 2009), por retratar os movimentos que a constituíram como componente
curricular.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais
recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,
principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a
formação moral dos cidadãos brasileiros.
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a Reforma Leôncio de
Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública. Entre outras
conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação de corpos fortes e
cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às
demais disciplinas (SOARES, 2004 apud PARANÁ, 2009).
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação
Física tornou se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de
idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro
da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos.
A partir desse contexto várias abordagens foram construídaa por pesquisa dores
na área. Dentre elas podemos citar: desenvolvimentista, construtivista, crítico superadora
e crítico emancipatória. Diante dessas abordagens teóricas que sustentaram
historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais
reacionárias até as mais críticas, opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a
hegemonia que entende esta disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem
nenhuma reflexão sobre o fazer corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende- se a
escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à
reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente
137
produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de
formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é
produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Desta forma, a disciplina de Educação Física ao tratar dos conhecimentos
relacionados à cultura corporal do movimento trabalha pela boa qualidade de vida. No
caso de movimentar-se de maneira consciente e orientada favorece um trabalho corporal
satisfatório. Desta forma, acreditamos que ao final da escola básica as alunas e os alunos
devem ter consciência da importância da atividade física para uma boa e saudável vida
em sociedade.
10.7.2 Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes: Ginástica, Lutas; Esportes; Jogos e Brincadeiras;
Danças.
b) Conteúdos Específicos: Ginástica Geral; Danças Folclóricas; Danças
Criativas; Coletivos Individuais; Jogos de Tabuleiro; Jogos e brincadeiras populares; Lutas
de aproximação; Capoeira.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas- raciais, Sexualidade.
10.7.3 Encaminhamento Metodológico
As aulas serão trabalhadas a partir de atividades práticas de movimento corporal;
pesquisa bibliográfica e eletrônica; debate e discussão; construção de instrumentos de
percussão.
Recursos Didáticos: Aparelho de som; bolas; mesa de ping-pong; arco; jornal;
revistas; computador; material de sucata.
138
10.7.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
139
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas internas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para
atividades diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de
3 pontos cada uma delas). A disciplina de Educação Física deve contemplar 02 (dois)
registros de notas.
a) Critérios
Compreender e aprofundar a relação entre ginástica e trabalho;
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica;
Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Frevo, Maracatu,
Catira;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho;
Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada esporte,
relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;
Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;
Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram;
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como apropriar- se efetivamente das diferentes formas de
jogar;
Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos
brinquedos e brincadeira;
Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;
Reconhecer os aspectos históricos e características das diferentes manifestações
das lutas assim como alguns de seus movimentos característicos.
b) Instrumentos
Práticas corporais individuais e em grupo; atividades escritas: pesquisa e prova;
140
debate e discussão.
10.7.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos). ______. Livro didático Público: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
141
10.8 Educação Física (Ensino Médio)
10.8.1 Apresentação
A fim de situar historicamente a disciplina de Educação Física no Brasil, optou- se,
nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física
– (PARANÁ, 2009), por retratar os movimentos que a constituíram como componente
curricular.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais
recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,
principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a
formação moral dos cidadãos brasileiros.
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a Reforma Leôncio de
Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública. Entre outras
conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação de corpos fortes e
cidadãos preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às
demais disciplinas (SOARES, 2004 apud PARANÁ, 2009).
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação
Física tornou se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de
idade e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro
da Guerra, General Nestor Sezefredo Passos.
A partir desse contexto várias abordagens foram construídaa por pesquisa dores
na área. Dentre elas podemos citar: desenvolvimentista, construtivista, crítico superadora
e crítico emancipatória. Diante dessas abordagens teóricas que sustentaram
historicamente as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais
reacionárias até as mais críticas, opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a
hegemonia que entende esta disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem
nenhuma reflexão sobre o fazer corporal.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende- se a
escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao
conhecimento produzido historicamente pela humanidade.
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a
Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à
reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente
142
produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de
formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é
produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Desta forma, a disciplina de Educação Física ao tratar dos conhecimentos
relacionados à cultura corporal do movimento trabalha pela boa qualidade de vida. No
caso de movimentar-se de maneira consciente e orientada favorece um trabalho corporal
satisfatório. Desta forma, acreditamos que ao final da escola básica as alunas e os alunos
devem ter consciência da importância da atividade física para uma boa e saudável vida
em sociedade.
10.8.2 Conteúdos
a) Conteúdos Estruturantes: Ginástica, Lutas; Esportes; Jogos e Brincadeiras;
Danças.
b) Conteúdos Específicos: Dança de salão, Portuguesa, Espanhola e Hip Hop;
luta de aproximação Capoeira; Ginástica rítmica; Ginástica geral; Gamão, Dama e
Xadrez; Tênis de campo, Tênis de mesa e Badminton;
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.8.3 Encaminhamento Metodológico
As aulas serão trabalhadas a partir de atividades práticas de movimento corporal;
pesquisa bibliográfica e eletrônica; debate e discussão; construção de instrumentos de
percussão.
Recursos Didáticos: Aparelho de som; bolas; mesa de ping-pong; arco; jornal;
revistas; computador; material de sucata.
143
10.8.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um fim
em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
144
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Educação Física deve contemplar 02 (dois) registros de
notas.
a) Critérios
Conhecer o contexto em que foram criados os diferentes Jogos;
Conhecer sobre a origem de alguns ritmos e o significado de cada Dança;
Conhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolvem;
Reconhecer as práticas negativas e positivas de alguns esportes;
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes
manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
b) Instrumentos
Práticas corporais individuais e em grupo; atividades escritas: pesquisa e prova;
debate e discussão.
10.8.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Educação Física. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
145
raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro didático Público: Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
146
10.9 Língua Portuguesa (Ensino Fundamental)
10.9.1 Apresentação
Conforme o expresso nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná –
Língua Portuguesa – (PARANÁ, 2009). É nos processos educativos, e notadamente nas
aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de
aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e
crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola
pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem
interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias
públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso
da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou- se
com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da
elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os
indígenas (MOLL, 2006, p. 13 apud PARANÁ, 2009). A concepção de educação e o
trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a
linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção
filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua
materialização fônica revelava o pensamento.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos
apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e,
mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua
Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento
direto dos professores na construção de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua
viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal
ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho
pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o
Conteúdo Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho
147
com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na
escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários
ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de
constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos
estudantes.
O ensino da língua portuguesa deve levar o aluno a observar, perceber, inferir,
descobrir, refletir sobre o mundo e interagir com seu semelhante, por meio do uso
funcional da linguagem. Deve possibilitá-lo se inserir num contexto globalizado,
valorizando as diferentes variedades linguísticas, contemplando os diferentes gêneros
literários, proporcionando ao aluno condições de ler/entender os tipos de discurso, bem
como produzi-los, visando o pensamento elaborado, necessário para sua participação na
sociedade letrada.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à
margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma
sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola
pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de
forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.
10.9.2 Conteúdos
a) Conteúdo estruturante: Discurso como prática social
b) Conteúdos Específicos
Leitura: Interpretação textual, observando: conteúdo temático; interlocutores; fonte;
intertextualidade; informatividade; intencionalidade; marcas lingüísticas; ideologia.
Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários. Texto verbal e não
verbal. Informações implícitas em textos. As particularidades (lexicais, sintáticas e
textuais) do texto em registro formal e informal. As diferentes vozes sociais presentes no
texto.
Oralidade: Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais;
marcas lingüísticas. Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação
148
(entonação, repetição, pausas, entre outras). Variedades lingüísticas. Intencionalidade do
texto. Particularidade da pronúncia de algumas palavras. Particularidade dos textos orais.
Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, entre outros. Finalidade do texto
oral.
Escrita: Adequação ao gênero: conteúdo temático; elementos composicionais;
marcas lingüísticas. Paragrafação. Clareza das idéias. Linguagem formal e informal.
Finalidade do texto. Refacção textual. Coerência e coesão textual
Análise Linguística: Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;
Discurso direto, indireto e indireto livre nas manifestações das vozes que falam no texto;
Funções do substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, artigo e outras categorias como
elementos do texto; Recursos gráficos: aspas e travessão; Acentuação gráfica; Algumas
figuras de linguagem: comparação, metáfora, eufemismo; A pontuação e seus efeitos de
sentido no texto; Alguns procedimentos de concordância verbal e nominal; Particularidade
da grafia de algumas palavras; Conotação e denotação; Função das conjunções na
conexão do sentido do texto.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.9.3 Encaminhamento Metodológico
Ações pedagógicas tem sempre o texto como elemento deflagador das atividades
de leitura e produção de textos, análise e descrição da língua. Tais atividades incluem
questões críticas que estimulem os alunos a discutir temas, relacionando-os ao contexto
sócio-cultural em que vivem.
Recursos Didáticos: Usar-se-á diferentes gêneros discursivos e tipos de textos,
filmes, revistas, jornais, músicas, toca cd, dvd, tv pendrive, TV Paulo Freire, laboratório de
informática, portal dia-a-dia educação, material pedagógico da EJA, atividades
complementares
10.9.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
149
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
150
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Língua Portuguesa deve contemplar 06 (seis) registros
de notas.
a) Critérios
Realizar leitura compreensiva do texto;
Identificar informações no texto;
Expressar suas idéias com clareza;
Emitir opiniões a respeito do que leu;
Produzir textos respeitando a sequência lógica;
Ampliar o léxico;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta;
Utilizar adequadamente recursos lingüísticos;
b) Instrumentos
Avaliação escrita; Observação diária do aluno no individual e no coletivo;
Atividades em grupo; Pesquisas, debates; Oralidade; Trabalhos em grupo;
10.9.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). ______. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro didático Público: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
151
10.10 Língua Portuguesa (Ensino Médio)
10.10.1 Apresentação
Conforme o expresso nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná –
Língua Portuguesa – (PARANÁ, 2009). É nos processos educativos, e notadamente nas
aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de
aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e
crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola
pública, deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem
interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias
públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso
da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões.
Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou- se
com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da
elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os
indígenas (MOLL, 2006, p. 13 apud PARANÁ, 2009). A concepção de educação e o
trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a
linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção
filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior da mente e sua
materialização fônica revelava o pensamento.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos
apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e,
mesmo, de pesquisas acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua
Portuguesa requerem, neste momento histórico, novos posicionamentos em relação às
práticas de ensino; seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento
direto dos professores na construção de alternativas.
Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase à língua
viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva. Tal
ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central do trabalho
pedagógico. Este aspecto será mais amplamente explicitado quando se abordar o
Conteúdo Estruturante da disciplina.
Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. Se o trabalho
152
com a Língua deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na
escola, é preciso que, a partir disso, seja trabalhada a inclusão dos saberes necessários
ao uso da norma padrão e acesso aos conhecimentos para os multiletramentos, a fim de
constituírem ferramentas básicas no aprimoramento das aptidões linguísticas dos
estudantes.
O ensino da língua portuguesa deve levar o aluno a observar, perceber, inferir,
descobrir, refletir sobre o mundo e interagir com seu semelhante, por meio do uso
funcional da linguagem. Deve possibilitá-lo se inserir num contexto globalizado,
valorizando as diferentes variedades linguísticas, contemplando os diferentes gêneros
literários, proporcionando ao aluno condições de ler/entender os tipos de discurso, bem
como produzi-los, visando o pensamento elaborado, necessário para sua participação na
sociedade letrada.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à
margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma
sociedade letrada.
Dessa forma, será possível a inserção de todos os que frequentam a escola
pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de
forma ativa, marcando, assim, suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.
10.10.2 Conteúdos
a) Conteúdo Estruturante: O discurso como prática social
b) Conteúdos Específicos: Interpretação textual; Produção textual – vários
gêneros; Coesão e coerência textual; A linguagem figurada presente nos textos; A
concordância verbal e nominal nos textos; A regência verbal e nominal nos textos; O
verbo na construção do texto; A literatura através de textos, filmes, músicas; Os desafios
educacionais contemporâneos e as leis 10.639 /03 e 11.645/08.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
153
10.10.3 Encaminhamento Metodológico
Partindo do aluno, o professor atuará como mediador, estimulando a curiosidade, o
intelecto e a motivação despertando-o para a realidade do dia a dia.
Recursos: Livros, recursos permanentes (quadro de giz, jornais, revistas, TV
Pendrive, DVD, textos complementares). Para os desafios contemporâneos serão
utilizados além dos recursos apresentados nos textos complementares, TV Paulo Freire,
laboratório de informática, Portal Dia a Dia Educação e livros didáticos.
10.10.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
154
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Língua Portuguesa deve contemplar 06 (seis) registros
de notas.
a) Critérios
Priorizar nos textos a fluência, entonação, compreensão, interpretação, e reflexão
sobre o tema, verificar o conhecimento apropriado sobre as normas – padrão da língua. A
avaliação será contínua, sistemática, permanente, valorizando o refletir e o fazer,
atendendo as necessidades do educando.
b) Instrumentos
Avaliação escrita, produção de textos, oralidade, observação do aluno, atividades
em grupo, pesquisas, debates.
10.10.5 Referências
AMARAL, Emília et al. Novas Palavras: Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: FTD, 2003. JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento
155
Interno Digitado). PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. TERRA, Ernani; NICOLA, José de. Língua Portuguesa: Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2000.
156
10.11 Matemática (Ensino Fundamental)
10.11.1 Apresentação
Está expresso no texto das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado
do Paraná – Matemática – (PARANÁ, 2009) que os povos das antigas civilizações
desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida
hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C.,
acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar.
Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das
configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e
quantidades. Para Ribnikov (1987 apud PARANÁ, 2009), esse período demarcou o
nascimento da Matemática.
Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais
tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na
formação das pessoas.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o
processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da
escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como disciplina escolar,
nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas pedagógicas (VALENTE, 1999
apud PARANÁ, 2009).
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, em
específico as de Matemática, resgatam, para o processo de ensino e aprendizagem, a
importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. É imprescindível que o
estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça
suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA,
1993, p. 41 apud PARANÁ, 2009). Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da
disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo matemático e, por
conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e metodológica.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e
157
o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001 apud PARANÁ, 2009), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70 apud PARANÁ, 2009).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento do aluno.
Assim, acreditamos que a Matemática é uma disciplina de suma importância no
sistema de Educação de Jovens e de adultos, pois este, em sua maioria, é composto por
estudantes que freqüentam o mercado de trabalho e acabam utilizando a Matemática
diariamente de uma forma ou de outra em suas atividades profissionais. Por isso é
imprescindível que os conteúdos matemáticos sejam ensinados a estes estudantes,
sempre em foco com a realidade de cada um, tornado assim a Matemática mais útil e
interessante.
10.11.2 Conteúdos
a) Estruturantes: números e álgebra; grandezas e medidas; geometrias;
funções; tratamento da informação.
b) Específicos: conjuntos numéricos e operações; equações e inequações;
proporcionalidade; polinômios. Sistema monetário; medidas e comprimento; medidas de
massa; medidas de tempo; medidas derivadas: áreas e volumes; medidas de ângulos;
medidas de temperatura; medidas de velocidade; trigonometria: relações métricas no
triângulo retângulo e trigonométricas nos triângulos. Geometria plana; geometria espacial;
geometria analítica; noções de geometria não-euclidiana. Função Afim; função quadrática.
Noções de análise combinatória; estatística; noções de probabilidade; matemática
financeira.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
158
10.11. 3 Encaminhamento Metodológico
O aluno deve ser inspirado a perceber o valor de cada matéria estudada para a sua
vida e desta forma desenvolver um aprendizado mais prazeroso e consistente.
Para isso serão aplicadas metodologias como: resolução de problemas;
etnomatemática; modelagem matemática; mídias tecnológicas; história da matemática;
investigações matemáticas.
Recursos Didáticos: Quadro de giz, TV Pendrive, livro didático, panfletos, jornais,
revistas, jogos pedagógicos, laboratório de informática.
10.11.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
159
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Matemática deve contemplar 06 (seis) registros de
notas.
a) Critérios
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua
vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de
Matemática. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a
pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
Desta forma esperamos que o aluno avaliado possa: compreender o conceito presente
em cada conteúdo e a relação que este tem com seu cotidiano e experiência; resolver
situações problema impostos a este; utilizar conteúdos já estudados que servem de pré-
requisito a outros então em estudo; trabalhar com cada conteúdo, tomando caminhos
diferentes, afim de que possua um maior domínio do assunto estudado.
160
b) Instrumentos
Trabalhos de pesquisa; atividades realizadas em classe; avaliações dissertativas e
objetivas; observação diária e sistemática do professor.
10.11.5 Referências ANDRINI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Novo Praticando Matemática. v. 1.. São Paulo: Brasil, 2006. IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e Realidade. 4. ed.. São Paulo: atual, 2000. JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED, 2009. PARANÁ. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
161
10.12. Matemática (Ensino Médio)
10.12.1 Apresentação
Está expresso no texto das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado
do Paraná – Matemática – (PARANÁ, 2009) que os povos das antigas civilizações
desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida
hoje. Há menções na história da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C.,
acumulavam registros do que hoje podem ser classificados como álgebra elementar.
Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das
configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e
quantidades. Para Ribnikov (1987 apud PARANÁ, 2009), esse período demarcou o
nascimento da Matemática.
Contudo, como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais
tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios
lógicos e exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos ocorreram as
primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na
formação das pessoas.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com
uma educação de caráter clássico-humanista. A educação jesuítica contribuiu para o
processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da
escola brasileira. Entretanto, o ensino de conteúdos matemáticos como disciplina escolar,
nos colégios jesuítas, não alcançou destaque nas práticas pedagógicas (VALENTE, 1999
apud PARANÁ, 2009).
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, em
específico as de Matemática, resgatam, para o processo de ensino e aprendizagem, a
importância do conteúdo matemático e da disciplina Matemática. É imprescindível que o
estudante se aproprie do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça
suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (LORENZATO e VILA,
1993, p. 41 apud PARANÁ, 2009). Para tanto, o trabalho docente necessita emergir da
disciplina Matemática e ser organizado em torno do conteúdo matemático e, por
conseguinte, se faz necessário uma fundamentação teórica e metodológica.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e
162
o conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001 apud PARANÁ, 2009), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70 apud PARANÁ, 2009).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento do aluno.
Compreender e usar as ideias básicas de Matemática no seu dia-a-dia é um
direito de todos os alunos, e não apenas daqueles que têm mais afinidade com
raciocínio lógico. A matemática está presente em praticamente tudo, com maior ou
menor complexidade. Perceber isso é compreender o mundo à sua volta e poder
atuar nele, e a todos indistintamente, deve ser dada essa possibilidade de
compreensão. Em casa, na rua, no comércio, nas várias profissões na cidade ou
no campo, nas várias culturas, o homem necessita contar, calcular, comparar,
medir, localizar, representar, interpretar, etc., e o faz informalmente à sua maneira.
É preciso que esse saber informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático
escolar, diminuindo a distância entre a matemática da escola e a matemática da
vida.
Partindo do pressuposto que os alunos que frequentam os cursos da
Educação de Jovens e Adultos, em sua maioria, são trabalhadores que já têm
larga experiência de vida, pessoas que em seu dia-a-dia se deparam com uma
série de situações-problema e precisam desenvolver capacidades para enfrentá-
las. Na escola, o ensino de matemática pode e deve ampliar essas capacidades,
fazendo com que os alunos consigam compreender e transformar para melhor sua
realidade. Os conteúdos trabalhados devem ser apresentados aos alunos como
algo que foi historicamente construído para que ele possa fazer uma conexão entre
o que lhe é ensinado e situações cotidianas, tais como interpretar representações
gráficas, desenhos, construções, tabelas, entender cálculo de juros que se pagam
nas mercadorias, empréstimos, financiamentos, aprendendo a organizar e tratar
dados.
Assim, acreditamos que a Matemática é uma disciplina de suma importância no
163
sistema de Educação de Jovens e de adultos, pois este, em sua maioria, é composto por
estudantes que freqüentam o mercado de trabalho e acabam utilizando a Matemática
diariamente de uma forma ou de outra em suas atividades profissionais. Por isso é
imprescindível que os conteúdos matemáticos sejam ensinados a estes estudantes,
sempre em foco com a realidade de cada um, tornado assim a Matemática mais útil e
interessante.
10.12.2 Conteúdos
a) Estruturantes: números e álgebra; geometrias; funções; tratamento da
informação; grandezas e medidas.
b) Específicos: Conjuntos numéricos, sistemas Lineares, Exponenciais e
logaritmos; Geometria Plana, Geometria Espacial, Geometrias não-euclidianas; Função
do 1º grau, função do 2° grau, Progressão Aritmética e Progressão Geométrica; Princípio
Multiplicativo, Arranjos, Permutações, Combinações, Probabilidades, Estatística e
Matemática Financeira; Medidas de áreas, de volume, de informática, de energia.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.12.3 Encaminhamento Metodológico
Resolução de problemas; etnomatemática; modelagem matemática.; história da
matemática; investigação matemática; mídias tecnológicas.
Recursos Didáticos: Quadro de giz, TV Pendrive, livro didático, panfletos, jornais,
revistas, jogos pedagógicos, laboratório de informática.
10.12.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
164
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
165
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Matemática deve contemplar 06 (seis) registros de
notas.
a) Critérios
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua
vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de
Matemática. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a
pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
Desta forma esperamos que o aluno avaliado possa: compreender o conceito presente
em cada conteúdo e a relação que este tem com seu cotidiano e experiência; resolver
situações problema impostos a este; utilizar conteúdos já estudados que servem de pré-
requisito a outros então em estudo; trabalhar com cada conteúdo, tomando caminhos
diferentes, afim de que possua um maior domínio do assunto estudado.
b) Instrumentos
Discussão em sala de aula; Manifestações orais e escritas; Formulação de
ferramentas para resolução de problemas; Relatórios de experiências, vídeos, práticas em
sala de aula; Atividades em grupos e individuais.
10.12.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED, 2009 ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-
166
raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Matemática. Curitiba: SEED, 2008.
167
10.13 Ciências (Ensino Fundamental)
10.13.1 Apresentação
Está expresso no texto das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado
do Paraná – Ciências – (PARANÁ, 2009), que a disciplina de Ciências tem como objeto
de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de
vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos integradores que
constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar
racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia
e vida.
A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da disciplina
de Ciências. De acordo com Lopes (2007 apud PARANÁ, 2009), denominar uma
determinada ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação.
O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza
passou assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a
dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da
natureza [...]. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da
tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder
político em expansão que absorve todas as esferas da cultura (HABERMAS, 1980, p. 305
apud PARANÁ, 2009).
Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do
conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na
Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que
nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com
repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.
Refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva
produzida por grupos de pesquisadores e instituições num determinado contexto histórico,
num cenário sócio-econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, evitando
creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”. “[...] para concretizar este
discurso sobre a ciência [...] é necessário e imprescindível determiná-la no tempo e no
contexto das realizações humanas, que também são historicamente determinadas”
(RAMOS, 2003, p.16 apud PARANÀ 2009).
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas
168
também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de
pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980 apud
PARANÁ, 2009). Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza,
interpretá-la e compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
No Brasil, o ensino de Ciências foi influenciado pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e
recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas
sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p. 162 apud PARANÁ, 2009).
Vale ressaltar que o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à
integração de campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a Geologia, a
Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para
“questões que ultrapassam os campos de saber científico e do saber acadêmico,
cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p. 84 apud
PARANÁ, 2009), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos conhecimentos
científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-social,
tecnológico, cultural, ético e político.
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número
de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados
considerando a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da investigação
da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual, há
necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a
outras disciplinas, e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais,
tecnológicas, políticas, culturais e éticas se fundamentam e se constituem em importantes
abordagens que direcionam o ensino de ciências para a integração dos diversos
contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
169
10.13.2 Conteúdos
a) Estruturantes: astronomia; matéria; sistemas biológicos; energia;
biodiversidade.
b) Específicos: Universo; Sistema Solar; Movimentos Terrestres; Movimentos
Celestes; Astros; Origem e Evolução do Universo; Gravitação Universal; Propriedades da
Matéria; Constituição da Matéria; Níveis de organização celular; Célula; Morfologia e
fisiologia dos; seres vivos; Mecanismos de herança genética; Formas de energia;
Transmissão de energia; Conversão de energia; Conservação de energia; Origem da vida;
Organização dos seres vivos; Evolução dos seres vivos; Interações ecológicas;
Sistemática.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.13.3 Encaminhamento Metodológico
Optou-se por um pluralismo metodológico para a educação científica, pois parte do
pressuposto de que todo processo ensino-aprendizagem é altamente mutável no tempo,
envolve múltiplos saberes e está longe de ser trivial.
Todo ensino, como atividade humana, é intercultural, devido às múltiplas
identidades microculturais de todos os estudantes e, por essa razão, os indivíduos
reagem diferentemente pelas ações dos professores.
O uso de estratégias de ensino variadas, tende a atingir, por aproximação e, dessa
forma, a elevar as ressonâncias individuais em momentos do processo de ensino, o que
maximiza a possibilidade de aprendizagem dos diferentes estudantes.
No ensino de Ciências, deve-se valorizar alguns encaminhamentos metodológicos,
tais como: a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a
leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os
recursos instrucionais e o lúdico.
Recursos Didáticos: Quadro de giz; livro didático; TV Pendrive; mapas fisiológicos;
revistas; jornais; laboratório de informática.
170
10.13.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
171
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Ciência deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
Espera-se que o aluno compreenda o significado de geocentrismo e
heliocentrismo, como o movimento aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano,
as viagens espaciais, sua importância para a humanidade.
Sob o ponto de vista científico, que ele entenda não somente sobre coisas
perceptíveis, como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro
momento vemos, sentimos ou tocamos.
Desta forma é necessário que o aluno entenda a constituição dos sistemas
orgânicos e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento,
desde os componentes celulares e suas funções, até o funcionamento dos sistemas que
constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção,
digestão, respiração; o conceito de energia no que se refere às suas várias
manifestações, como por exemplo, energia mecânica, térmica, elétrica, luminosa, nuclear,
bem como os mais variados tipos de conversão de uma forma em outras; o sistema
complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e
dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas
estabelecidas entre as espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda
vivem; os processos evolutivos pelos quais tais espécies tem sofrido transformações.
b)Instrumentos
Atividade de leitura compreensiva de textos; Produção de texto; Relatório;
Atividades com textos literários; Trabalho em grupo; Questões discursivas; Questões
objetivas; Pesquisas em jornais, como levantamento, diagnóstico, e qualitativo do
172
processo, e influência da ciência no cotidiano.
10.13.5 Referências
JACAREZINHO. Orientações para 2011. CEEBJA Geni Sampaio Lemos (Documento Interno Digitado). PARANÁ. Avaliação – um processo Intencional e Planejado. Grupos de Estudos 2008. 2º Encontro. Curitiba: SEED/DEB, 2008. (Digitado). ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ciências: Curitiba: SEED, 2008. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) PROJETO ARARIBÁ. Ciências. 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries. São Paulo: Moderna, 2006.
SANTOS, Wilson Pereira dos. Educação Científica na Perspectiva de Letramento como Prática Social: Funções, Princípios e Desafios. Revista Brasileira de Educação. v. 12. n. 36. Set/Dez. 2007.
173
10.14 Biologia (Ensino Médio)
10.14.1 Apresentação
Conforme o texto das Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do
Paraná – Biologia – (PARANÁ, 2009), a disciplina de Biologia tem como objeto de estudo
o fenômeno VIDA. Ao longo da história da humanidade, muitos foram os conceitos
elaborados sobre este fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo,
compreendê-lo.
Desde os estudiosos de química e física do iluminismo, herdeiros dos filósofos que
tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos naturalistas que se
ocupavam da descrição das maravilhas naturais do novo mundo, passando pelos
pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento de campos de
saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências físicas e
biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais (FERNANDES, 2005, p. 04 apud
PARANÁ, 2009).
A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o
ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte
deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência
humana.
Desde o período paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos
diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram
registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em
explorar a natureza.
No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas dos modelos
teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o
esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes
concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, buscou-se, na história
da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas
e sociais impulsionaram essa construção.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm origem na
antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o desenvolvimento da Biologia,
tiveram como um dos principais pensadores o filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.).
174
Este filósofo deixou contribuições relevantes quanto à organização dos seres vivos, com
interpretações filosóficas que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão
da natureza.
Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento científico
europeu, à luz dos novos achados, proposições para a teoria da evolução em confronto
com as ideias anteriores. A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução biológica,
cada vez mais foi confrontada.
A Biologia ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é a biologia
molecular, considerada por Mayr (1998 apud PARANÁ, 2009) o centro dos interesses
biológicos na atualidade. Tais avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à biofísica e à
própria biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e
interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo, ao conhecer a estrutura e a
função dos cromossomos foi possível desenvolver técnicas que permitiram intervir na
estrutura do material genético e, assim, compreender, manipular e modificar a estrutura
físico-química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem em
discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA. Essas
controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua como base
para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação genética.
Desta forma, a biologia deve favorecer o desenvolvimento de novas habilidades
que permitam aos educandos lidar com as informações, não só no sentido de
compreendê-las, mas também de refutá-las, contribuindo assim, para uma educação de
indivíduos capazes de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões,
formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento
acerca do objeto de estudo – o fenômeno vida em sua complexidade de relações.
Espera-se que o aluno domine os conhecimentos biológicos para participar e se
posicionar sobre os fatos que se passam no cotidiano, como clonagem, alimentos
transgênicos ,mutações genéticas, organização dos seres vivos, estudo da biodiversidade
em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas,
ampliando o entendimento sobre “o mundo vivo” contribuindo para verificar o quanto o
homem interfere no meio ambiente de forma positiva e negativa, permitindo que os alunos
exponham suas hipóteses e formulem a reposta para as suas questões , ampliando e seu
conhecimento sobre os fenômenos naturais e racionais da humanidade.
175
10.14.2 Conteúdos
a) Estruturantes: organização dos seres vivos; mecanismos biológicos;
biodiversidade; manipulação genética.
b) Específicos: A química das células, como definir “vida”. Níveis de
organização dos seres vivos,Biosfera,ecossistemas,comunidades e populações.
Amazônia ''pulmão do mundo''. Desafios para o futuro, ciclos da matéria,sucessão
ecológica. Um exemplo real de desequilíbrio ecológicos, ecossistemas aquáticos,
terrestres,manguezais e ecologia das populações. Interações ecológicas,intra-específicas
ou simbiose. Geração espontânea, teoria da abiogênese, Universo,Sistema Solar e
planeta Terra. Citologia: estudo da célula, Célula: tamanho, forma,e funções, mecanismos
de transportes através das membranas. Citoplasma: características gerais, Ribossomos,
citoesqueleto, centríolos. Conceitos gerais, fotossíntese, quimiossíntese, respiração
aeróbica, anaeróbia, fermentação. Núcleo: noções gerais, estrutura do núcleo, divisão
celular, meiose,ciclo celular: interfase e mitose. Gametogênese, fecundação, fases do
desenvolvimento embrionário,células-tronco: a medicina do futuro. A
multicelularidade,tecidos epiteliais,conjuntivos, musculares e nervoso. Classificação dos
seres vivos, vírus características gerais, Vírus de DNA e ou de RNA. Eubactérias,
fotossíntese e bactérias. Fungos e mutualismo, estrutura básica de um fungo multicelular,
os fungos e o ser humano. Classificação das plantas, briófitas, pteridófitas, gimnopermas,
angispermas. Classificação dos tecidos vegetais, tecidos meristemáticos, tecidos
permanentes, estrutura interna das raízes, caule e folha. Classificação dos tecidos
vegetais,tecidos meristemáticos, tecidos permanentes, estrutura interna das raízes, caule
e folha. Filo Porifera e Cnidaria, esponjas caçadoras, arrecifes ou recifes. Plathelminthes,
nematelmintheso significado dos nomes, Asquelmintos, Jeca tatu e o amarelão. Filo dos
molluscos, anelideos. O maior grupo de seres vivos: os artrópodes, classificação dos
artrópodes, desenvolvimento, reprodução, respiração, circulação e excreção. O maior
grupo de seres vivos: os artrópodes, classificação dos artrópodes, desenvolvimento,
reprodução,respiração, circulação e excreção. Equinodermos e cordados, hemicordados,
cefalocordados e vertebrados. Peixes e tetrápodes, características gerais dos peixes com
maxila, os grupos de peixes. Quem são os anfíbios, características gerais, anuros,
urodelos, Ápodas. Origem dos répteis, os répteis atuais e suas principais características,
Anatomia e fisiologia dos répteis, classificação dos répteis. Características gerais das
aves, sentidos, temperatura corpórea, fisiologia, origem das aves. Características gerais,
176
regulação de temperatura corporal,anatomia e fisiologia,marsupiais. Anatomia e fisiologia
humana, miopia, hipermetropia a astigmatismo, digestão e nutrição,respiração e
circulação, controle hormonal, reprodução e diabétis. Herança da cor, herança dos grupos
sanguíneos sist.ABO, transfusão de sangue,eritroblastose fetal. Mendel e a herança de
dois caracteres, probabilidade e leis de Mendel, as leis da Genética e a economia
humana. Pleiotropia e interação gênica, vinculação ou ligação gênica. Herança do sexo
na espécie humana, herança ligada ao sexo e herança holândrica, herança limitada ao
sexo. A síntese de proteínas, mutações do material genético, Biotecnologia:engenharia
genética. Adaptação e teorias evolutivas. Irradiação adaptativa e evolução convergente,
potencial biótico e resistência do meio. Teoria sintética da evolução, genética de
populações, Especiação: o processo de formação de novas espécies.
b) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas;
c) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.14.3 Encaminhamento Metodológico
Os conteúdos serão encaminhados priorizando e respeitando a diversidade
social, cultural e as ideias dos alunos, através de debates que oportunize a análise e
formação de um sujeito investigativo e interessado,envolvendo o conjunto de processos
organizados e integrados, quer seja no nível de célula, de indivíduo, de organismo no
meio ou na relação ser humano e natureza.
No processo pedagógico, o método experimental deve ser adotado como recurso
de ensino para uma visão crítica dos conhecimentos de Biologia, sem a preocupação da
busca por resultados únicos e, que esta observação seja considerada procedimento de
investigação, dada sua importância como responsável pelos avanços da pesquisa no
campo da Biologia.
Recursos Didáticos: Revistas, jornais, revistas, TV Pendrive, DVD, microscópio,
quadro, giz, cartazes, banners e livros didáticos.
10.14.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não
177
um fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada
como parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um
mecanismo para classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis
pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu
planejamento. Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as
necessidades dos educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da
cidadania e na construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
178
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Biologia deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
Espera-se que os alunos identifiquem e comparem as características dos
diferentes grupos de seres vivos; Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e
embriologia dos sistemas biológicos; Identifique a estrutura e o funcionamento das
orgânelas; Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da
diversidade de seres vivos; Reconheça a importância de classificar os seres vivos,
conhecer os mecanismos pelo qual, cada espécie origina outros semelhantes àqueles que
lhe deram origem; Estabeleça as relações entre as características específicas dos
microorganismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; Reconheça e analise
as diferentes teorias sobre a origem da vida e evolução das espécies; Compreenda o
processo de transmissão das características hereditárias dos seres vivos; Relacione os
conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade
biológica.
b) Instrumentos
Avaliações objetivas e subjetivas, relatórios de experiências, relatórios de práticas,
relatórios de atividades individuais. A recuperação será concomitante ao processo ensino
e aprendizagem.
10.14.5 Referências
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio: Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: Mec., 2003 JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. JACAREZINHO. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio, 2010. (Digitado).
179
LINHARES, S., GEWANDSNAJDEER. F. Biologia: Série Brasil. São Paulo: Ática, 2003 PAULINO, W. R. Biologia Atual. São Paulo: Ática, 2002 PARANÁ. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010.
______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Biologia. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público: Biologia. Curitiba: SEED, 2008.
180
10.15 História (Ensino Fundamental)
10.15.1 Apresentação
O texto das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação Básica –
História – (PARANÁ, 2009), apresenta que o ensino de História pode ser analisado sob
duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do
poder institucional; e outra que privilegia as contradições entre a História apresentada nos
currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.
Nestas Diretrizes, propõe-se analisar o ensino de História, principalmente no
período da década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre as
propostas curriculares e a produção historiográfica inserida nas práticas escolares. Para
tanto, serão destacadas as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de
História e suas contradições frente à ciência de referência. Tais análises têm por
finalidade fazer a crítica ao ensino de História que se quer superar e propor Diretrizes
Curriculares para essa disciplina na Educação Básica da Rede Pública Estadual.
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro
II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB),
que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II
faziam parte do IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as
orientações dos conteúdos que seriam ensinados.
Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a diversidade
cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar demandas em que
também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:
o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino ; Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná; o cumprimento da
Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-
Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o
cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do
ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A análise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de
História se apresentam como indicativos para estas Diretrizes Curriculares, visto que
possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.
181
Neste documento, a organização do currículo para o ensino de História tem como
referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam
e organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes relações
de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser identificados no processo
histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação
histórica em uma nova racionalidade não-linear e temática.
A partir disso, a História tem como objeto de estudo os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações
humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura sócio-
históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e
de se relacionar social, cultural e politicamente.
A investigação histórica, quando voltada para as relações humanas, busca
compreender, interpretar e valorizar o indivíduo (educando) enquanto sujeito da História,
compreendendo o valor de suas ações dentro de um contexto maior. Então os processos
não podem ser entendidos como sucessão de fatos na ordem de causa e consequência,
esses processos são marcados pela complexidade causal, isto é, fatos distintos produzem
novas relações que convergem para novos acontecimentos históricos.
10.15.2 Conteúdos
a) Estruturantes: relações de poder; relações de trabalho; relações culturais
b) Específicos: Os diferentes sujeitos, suas culturas, suas histórias: A História
como ciência; A História e do tempo; Mundo Feudal; Renascimento comercial e urbano;
Formação dos Estados Nacionais (mercantilismo, grandes navegações; Ameríndios,
indígenas do Brasil e Paraná; Brasil colônia. A constituição histórica do mundo rural e
urbano e a formação da propriedade em diferentes tempos e espaços: Revolução
Industrial e novas relações sociais; Iluminismo; Independência das 13 colônias da
América; Revolução Francesa; Brasil Império; Brasil República; República oligárquica do
Brasil; Socialismo e Revolução Russa. O mundo do trabalho e os movimentos de
resistência: A História e o trabalho; Revoltas no período colonial do Brasil; Povoamento e
colonização do Paraná; Trabalho escravo e contribuição do povo africano; Superprodução
e crise de 1929; O processo de industrialização do Brasil; Golpe de 64 e abertura Política;
182
Neoliberalismo. Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das
Instituições sociais: Formação dos monopólios; O Brasil no quadro da expansão
imperialista; 1ª Guerra Mundial; Regimes Totalitários; 2ª Guerra; Guerra Fria;
Descolonização da África e Ásia; Globalização; Realidades Brasileiras e influências das
leis atuais: ECA, Estatuto do Idoso e Educação Fiscal.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.15.3 Encaminhamento Metodológico
O ensino de História deve considerar que as ideias históricas dos estudantes são
marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação. Assim, deve-
se partir desse conhecimento para problematizar os conteúdos trabalhando em sala de
aula; como a leitura e a interpretação através da oralidade e da escrita.
Ao trabalhar as noções de tempo, realidade, torna-se necessário capitular as ideias
históricas do aluno como ponto de partida para os estudos da disciplina de História.
Recursos Didáticos: Faz-se necessário que o processo ensino aprendizagem que a
teoria esteja em sintonia com o prático, respeitando os níveis de compreensão e
aprendizagem do educando, e para tanto, conta com utilização de diversos recursos
didáticos como: Livros, filmes, textos TV pendrive, vídeos, revistas, jornais, mapas,
computadores, quadro de giz, palestras e outros.
10.15.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
183
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de História deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
184
a) Critérios
Participação do aluno em aulas expositivas dialogadas, debates e atividades
escritas; apreensão dos conteúdos básicos e específicos nas atividades orais e escritas .
b) Instrumentos
Produção de textos; tarefas diárias; provas objetivas e subjetivas
10.15.5 Referências JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. JACAREZINHO. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio, 2010. (Digitado). PARANÁ. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2009 ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. História. Curitiba: SEED, 2009
185
10.16. História (Ensino Médio)
10.16.1 Apresentação
O texto das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação Básica –
História – (PARANÁ, 2009), apresenta que o ensino de História pode ser analisado sob
duas perspectivas: uma que o compreende a serviço dos interesses do Estado ou do
poder institucional; e outra que privilegia as contradições entre a História apresentada nos
currículos e nos livros didáticos e a história ensinada na cultura escolar.
Nestas Diretrizes, propõe-se analisar o ensino de História, principalmente no
período da década de 1970 até os dias atuais, a partir das tensões identificadas entre as
propostas curriculares e a produção historiográfica inserida nas práticas escolares. Para
tanto, serão destacadas as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino de
História e suas contradições frente à ciência de referência. Tais análises têm por
finalidade fazer a crítica ao ensino de História que se quer superar e propor Diretrizes
Curriculares para essa disciplina na Educação Básica da Rede Pública Estadual.
A História passou a existir como disciplina escolar com a criação do Colégio Pedro
II, em 1837. No mesmo ano, foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB),
que instituiu a História como disciplina acadêmica. Alguns professores do Colégio Pedro II
faziam parte do IHGB e construíram os programas escolares, os manuais didáticos e as
orientações dos conteúdos que seriam ensinados.
Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a diversidade
cultural e a memória paranaenses, de modo que buscam contemplar demandas em que
também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:
o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino ; Fundamental e
Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná; o cumprimento da
Lei n. 10.639/03, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-
Brasileira, seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações
étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o
cumprimento da Lei n. 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do
ensino da história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A análise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de
História se apresentam como indicativos para estas Diretrizes Curriculares, visto que
possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram
produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.
186
Neste documento, a organização do currículo para o ensino de História tem como
referência os Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam
e organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes relações
de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser identificados no processo
histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação
histórica em uma nova racionalidade não-linear e temática.
A partir disso, a História tem como objeto de estudo os processos históricos
relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva
significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações
humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estrutura sócio-
históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e
de se relacionar social, cultural e politicamente.
A investigação histórica, quando voltada para as relações humanas, busca
compreender, interpretar e valorizar o indivíduo (educando) enquanto sujeito da História,
compreendendo o valor de suas ações dentro de um contexto maior. Então os processos
não podem ser entendidos como sucessão de fatos na ordem de causa e consequência,
esses processos são marcados pela complexidade causal, isto é, fatos distintos produzem
novas relações que convergem para novos acontecimentos históricos.
A investigação histórica, quando voltada para as relações humanas, busca
compreender, interpretar e valorizar o indivíduo (educando) enquanto sujeito da
História,compreendendo o valor de suas ações dentro de um contexto maior. Então, os
processos não podem ser entendidos como sucessão de fatos na ordem de causa e
consequência, esses processos são marcados pela complexidade causal, isto é, fatos
distintos produzem novas relações que convergem para novos acontecimentos históricos.
10.16.2 Conteúdos
a) Estruturantes: relações de poder; relações de trabalho; relações culturais
b) Específicos: A História como ciência e o tempo na História. Trabalho escravo,
servil, assalariado e livre: conceito de trabalho; o mundo do trabalho em diferentes
sociedades; a construção do trabalho assalariado; transição do trabalho escravo para o
trabalho livre; a mão de obra no contexto de consolidação do capitalismo na sociedade:
brasileira e estadunidense; o trabalho na sociedade contemporânea; trabalho escravo no
Brasil: origem e legado na cultura brasileira. Urbanização e Industrialização: as cidades
na História; urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização no
187
século XX; urbanização e industrialização na sociedade contemporânea; urbanização e
industrialização no Paraná; o Porto de Paranaguá no contexto da expansão do
capitalismo. O Estado e as relações de Poder: O Estado nos mundos antigo e medieval;
O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais; Relações de poder e
violência no Estado; O Estado imperialista e sua crise; Influencias das leis atuais no
Brasil: Eca, Estatuto do Idoso, educação Fiscal. Movimentos sociais, políticos e culturais –
Relações de dominação e resistência. Relações de dominação e resistência nas
sociedades grega e romana na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos; Relações de
dominação e resistência na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes; Relações de dominação e resistência na sociedade
ocidental moderna; Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho nos
séculos XVIII e XIX; Movimentos sociais: Políticos e culturais na sociedade
contemporânea: é proibido proibir?
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.16.3 Encaminhamento Metodológico
O ensino de História deve considerar que as ideias históricas dos estudantes são
marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de comunicação. Assim, deve-
se partir desse conhecimento para problematizar os conteúdos trabalhando em sala de
aula; como a leitura e a interpretação através da oralidade e da escrita.
Ao trabalhar as noções de tempo, realidade, torna-se necessário capitular as ideias
históricas do aluno como ponto de partida para os estudos da disciplina de História.
Recursos Didáticos:Faz-se necessário que o processo ensino aprendizagem que
a teoria esteja em sintonia com o prático, respeitando os níveis de compreensão e aprend
izagem do educando, e para tanto, conta com utilização de diversos recursos didáticos
como: Livros, filmes, textos TV pendrive, vídeos, revistas, jornais, mapas, computadores,
quadro de giz, palestras e outros.
188
10.16.4 Avaliação De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um fim
em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
189
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de História deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
Participação do aluno em aulas expositivas dialogadas, debates e atividades
escritas; apreensão dos conteúdos básicos e específicos nas atividades orais e escritas .
b) Instrumentos
Produção de textos; tarefas diárias; provas objetivas e subjetivas
10.16.5 Referências JACAREZINHO. Projeto Político Pedagógico: CEEBJA Professora Geni Sampaio Lemos, 2010. Disponível em: http://www.jzoceebjagenislemos.seed.pr.gov.br. Acesso em: 30 set. 2010. JACAREZINHO. Regimento Escolar: CEEBJA Professora Geni Sampaio, 2010. (Digitado). PARANÁ. Deliberação 011/99. Proposta pedagógico-curricular Educação de Jovens e Adultos. Disponível em: www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/.../PP_EJA_2009.pdf. Acesso em: 22 abr. 2010. ______. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: História. Curitiba: SEED, 2009 ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. História. Curitiba: SEED, 2009
190
10.17 Física (Ensino Médio)
10.17.1 Apresentação
Conforme o texto das Diretrizes Curriculares da Educação Básica, do Estado do
Paraná – Física – (PARANÁ, 2008), a Física tem como objeto de estudo o Universo em
toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o
estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005, apud PARANÁ, 2009), como
realidade material sensível. Ressalte- se que os conhecimentos de Física apresentados
aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas
modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade
observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir
subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o
interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses
registros deram origem à astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início
do estudo dos movimentos.
Na escola atual, entende-se que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve
educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento
científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse
conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos,
econômicos e culturais.
O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,
propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos
conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático
como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à
memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e
tomados como verdades absolutas, como coisas reais.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação
matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma
construção humana com significado histórico e social.
Os conteúdos e conceitos abordados partirão da prática social do aluno, mas sem
perder a sua consistência teórica e fundamentos. Tem como finalidade fazer com que o
aluno compreenda a produção do conhecimento cientifico como parte da cultura humana,
tornando-se sujeito crítico, capaz de admirar a produção científica e compreender a
191
necessidade desse conhecimento para entender o universo e fenômenos que o cerca,
bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais que envolvem essa
disciplina. Os conteúdos científicos serão trabalhos de acordo com as necessidades do
aluno contemplando os desafios contemporâneos e as leis 10. 645/08 e 11.645/08 para
que posteriormente possam ser utilizados na sua prática social novamente.
10.17.2 Conteúdos
a)Estruturantes: Movimento; Termodinâmica; Eletromagnetismo I;
Eletromagnetismo II.
b) Específicos: Sistema Internacional de medidas e Notação cientifica; Momentum
e Inércia; Conservação de quantidade de movimento (momentum); Variação da
quantidade de movimento = Impulso. 2ª Lei de Newton; 3ª Lei de Newton e condições de
equilíbrio.; Energia e o Principio da conservação da energia; Variação/ transformação de
energia de parte de um sistema – trabalho e potência; Fluidos; Oscilações; Leis da
Termodinâmica; Lei zero da Termodinâmica; 1ª Lei da Termodinâmica; 2ª Lei da
Termodinâmica; Entropia e 3ª Lei da Termodinâmica; Carga elétrica, corrente elétrica,
campo eletromagnético. Elementos de um circuito elétrico; Energia e o Principio da
conservação de energia; Força eletromagnética. Equações de Maxwell: lei de Gauss, Lei
de Gauss magnética, Lei de Faraday; Natureza Luz.
c)Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d)Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.17.3 Encaminhamento Metodológico
Aula expositiva, utilizacão do livro didático, leituras e interpretação de textos
complementares e situações problemas, pesquisas, trabalhos escritos, produção de
textos e relatórios dos experimentos realizados em sala ou no laboratório , debates e
seminários.
Recursos Didáticos: Livros, filmes, textos TV Pendrive, vídeos, revistas, jornais,
computadores, quadro de giz.
192
10.17.4 Avaliação De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um fim
em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
193
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Física deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
Nas avaliações escritas espera- se que o aluno tenha clareza na sua
argumentação e posicionamento critico sobre os conteúdos envolvidos, organização na
resolução de problemas e na escrita, compreensão dos conceitos Físicos.
Nas atividades diversificadas de avaliação espera- se do aluno: clareza na
argumentação, oralidade e síntese, participação, assimilação dos conteúdos, pensamento
e posicionamento critico.
b) Instrumentos
De 0 a 3,0 pontos, avaliação contínua e diversificada; atividades em sala de aula;
trabalhos diversos e pesquisa; trabalhos realizados fora da sala de aula.; relatórios dos
experimentos. Duas avaliações escritas no valor de 0 a 3,5 cada.
10.17.5 Referência
CARRON, Wilson; GUIMARÃES, Osvaldo. Física. São Paulo: Moderna, 2003 PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. Física. Curitiba: SEED-PR, 2006. PAULA, César M. Penteado; TORRES, Carlos Magno A. Física. v.1. São Paulo: Moderna, 2005.
194
10.18 Química (Ensino Médio)
10.18.1 Apresentação
Está expresso nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do
Paraná - Química – (PARANÁ, 2009), que o desenvolvimento de saberes e de práticas
ligadas à transformação da matéria e presentes na formação das diversas civilizações foi
estimulado por necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio do fogo e,
posteriormente, o domínio do processo de cozimento.
Esses saberes e/ou práticas (manipulação dos metais, vitrificação, feitura dos
unguentos, chás, remédios, iatroquímica, entre outros), em sua origem, não podem ser
classificados como a ciência moderna denominada Química, mas como um conjunto de
ações e procedimentos que contribuíram para a elaboração do conhecimento químico
desde o século XVII.
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química, considera-
se essencial retomar fatos marcantes da história do conhecimento químico em suas inter-
relações econômica, política e social. Inicialmente, o ser humano obteve a partir do fogo
seus benefícios.
Hébrard (2000 apud PARANÁ, 2009) afirma que o percurso histórico do saber
químico contribuiu para a constituição da Química como disciplina escolar. Isso ocorreu,
inicialmente, na França, no governo de Napoleão III, no período de 1863 a 1869, quando
Victor Duruy foi ministro da instrução pública e aprovou um dispositivo legal que
prolongou a escola primária além da idade da comunhão para os católicos, que eram
maioria nesse país.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em Química surgiram no
início do século XIX, em função das transformações políticas e econômicas que ocorriam
na Europa. A disciplina de Química no ensino secundário no Brasil foi implantada em
1862, segundo dados do 3o Congresso Sul-americano de Química, que ocorreu em 1937.
Respeitando a dimensão histórica, a ênfase no estudo da história da disciplina e
em seus aspectos epistemológicos, defende uma seleção de conteúdos estruturantes que
a identifique como campo do conhecimento constituído historicamente nas relações
políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades.
Assim, a abordagem dos conteúdos no ensino da Química será norteada pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada a contextos
históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e estará fundamentada em
195
resultados de pesquisa sobre o ensino de ciências, tendo como alguns de seus
representantes – pesquisadores em ensino de Química no Brasil, que têm defendido uma
educação química pautada na significação dos conceitos químicos na busca de construir
cidadania de forma crítica em relação ao meio em que vivem –, dentre eles : Chassot
(1995, 1998, 2003, 2004); Mortimer (2002, 2006); Maldaner (2003); Bernardelli (2004) .
O conteúdo da Química deve permitir aos alunos a ampliação dos conhecimentos
relacionando à produção de novos materiais realizados a sistematização dos conceitos
por meio das abordagens históricas, sociológicas, ambiental, representacional e
experimental dos conteúdos químicos, esse específico para os (as) alunos (as) da
Educação de Jovens e Adultos.
10.18.2 Conteúdos
a) Estruturantes: Matéria e sua natureza; biogeoquímica; química sintética
b) Específicos: Matéria: Constituição da matéria; Estados de Agregação; Modelos
Atômicos; Tabela Periódica. Ligação Química: Propriedades dos materiais; Tipos de
ligações químicas em relação em relação às propriedades dos materiais; Ligações de
|Hidrogênio; Ligação Metálica; Ligações sigma e PI; Ligações polares e apolares.
Reações Químicas: Reações de Oxi-redução; Reações Exotérmicas e Endotérmicas;
Variação de Entalpia; Calorimetria. Solução: Substâncias simples e compostas; Misturas;
Métodos de Separação; Solubilidade; Temperatura e Pressão; Densidade.
Biogeoquímica: Velocidade das Reações: Reações Químicas; Lei das Reações Químicas;
Condições fundamentais para ocorrer uma reação química; Fatores que interferem na
velocidade das reações. Radioatividade: Modelos Atômicos; Elementos Químicos
(Radioativos); Emissões Radioativas; Leis da Radioatividade; Cinética das Reações
Químicas; Fenômenos Radioativos (Fusão e Fissão Nuclear). Química Sintética:
Equilíbrio Químico: Reações Químicas Reversíveis; Concentração; Gases; Estados
Físicos da matéria; Propriedades. Funções Químicas: Funções Inorgânicas; Funções
Orgânicas.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
196
10.18.3 Encaminhamento Metodológico
O processo de ensino aprendizagem deve ter como ponto de partida o
conhecimento prévio dos alunos, conhecimento este, pode ser de concepções alternativas
ou espontâneas. A partir desse conhecimento prévio do aluno será trabalhada uma
concepção científica que é o saber socialmente construído e sistematizado.
Os conteúdos Programáticos com suas respectivas atividades, produções e
avaliações acontecerão de modo que os alunos possam perceber a finalidade daquilo que
se aprende, sua utilidade e presença na vida cotidiana, investigando-os comprometerem
com seu processo de aprendizagem, permitindo forma que este seja mais concreto,
valioso e transformador em suas vidas.
As aulas terão como ferramenta de apoio e motivação a utilização das tecnologias
de informação e Comunicação existentes na escola e também o Laboratório de Química
para realização de atividades práticas
Recursos Didáticos: TICs; Laboratório de Química/ Física e Biologia; Laboratório de
Informática – Paraná Digital; Livros Didáticos Público de Química; Ambiente LABVIRT –
(online - Portal Dia a dia educação)
10.18.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um fim
em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
197
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Química deve contemplar 04 (quatro) registros de notas.
a) Critérios
Reconhecimento das diversas reações químicas e suas características; Percepção
e Correlação da Química com o cotidiano; Análise sobre experimentos e substâncias
químicas potencialmente industrializadas ou orgânicas; Diferenciação das diversas
substâncias químicas no dia a dia, identificando suas propriedades básicas; Apropriação
dos conceitos químicos de maneira que haja uma utilização consciente dos produtos
sintetizados.
198
b) Instrumentos
Relatórios para o registro das observações feitas das práticas desenvolvidas em
laboratório; Pesquisadas com temas a presença e influência da química no cotidiano;
Provas formais como levantamento diagnósticos e qualitativos do processo de
aprendizagem dos alunos; Atividades complementares que reforcem o entendimento e
apropriação dos educando frente aos conteúdos desenvolvidos; Práticas de Laboratório
como construção do conhecimento concreto às fundamentações e conceitos químicos
trabalhados em sala.
10.18.5 Referências
CANTO, Eduardo Leite do ; PERUZZO, Tito Miragaia. Química na Abordagem do Cotidiano. São Paulo: Moderna, 2009. FELTRE, Ricardo. Fundamentos de Química. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ. Diretrizes Curriculares. Química. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. Química. Curitiba: SEED, 2008. SANTOS, Wildson (Coord.). Química & Sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2003.
199
10.19 Sociologia (Ensino Médio)
10.19.1 Apresentação
O texto das Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação Básica –
Sociologia – (PARANÁ, 2009), destaca que Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de
grandes transformações sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência
serem pensadas. Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e
verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia.
Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta
a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa
maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para
digeri-los.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas
consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789;
uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o
Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos
conjugados – a queda do Antigo Regime e a ascensão da democracia; a industrialização
expandida pelas máquinas e a concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão
de um método científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o
desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um pensamento de
cunho conservador desenha- se mais como uma forma cultural de concepção do mundo,
uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da sociedade e a sua evolução.
A par das condições histórico-sociais que colocaram questões ontológicas da
existência e convivência do homem na sociedade moderna, talvez o legado mais notável
para o surgimento da Sociologia como ciência, na análise de Florestan Fernandes (1960
apud PARANÁ, 2009) tenha sido o alargamento da percepção social além dos limites do
sancionado pela tradição, pela Religião ou pela Metafísica. Houve ousadia no pensar e
essa transformação básica do horizonte intelectual médio favoreceu ultrapassar o senso
comum e incorporar o pensamento racional na formação do ponto de vista sociológico.
A disciplina de sociologia deve contribuir para que os sujeitos envolvidos no
processo pedagógico tenham recursos para desconstruir e desnaturalizar conceitos
tomados historicamente como irrefutáveis, de maneira que melhorem seu senso crítico e
também possam transformar a realidade e conquistar mais participação ativa na
sociedade.
200
O objeto de estudo da Sociologia, baseado numa proposta crítica, é a sociedade e
seus elementos, observando-os de maneira dialética (contraditórias e paradoxais).
10.19.2 Conteúdos
a) Estruturantes: O surgimento da sociologia e teorias sociológicas; Instituições
Sociais; Cultura e Indústria Cultural; Trabalho, Produção e Classes Sociais; Poder, Política
e Ideologia; Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
b)Específicos: O surgimento da sociologia; As teorias sociológicas na compreensão
do presente; A produção sociológica brasileira; A Instituição Escolar; A Instituição
Religiosa; A Instituição Familiar; Diversidade Cultural Brasileira; Cultura: criação ou
apropriação?; O processo de trabalho e a desigualdade social; Globalização; Ideologia;
Formação do Estado Moderno; Movimentos Sociais; Movimentos Agrários no Brasil;
Movimento Estudantil.
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
10.19.3 Encaminhamento Metodológico
O ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como
sujeito de seu aprendizado; em que o aluno seja constantemente provocado a relacionar
a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Recursos Didáticos: É fundamental a adoção de múltiplos instrumentos
metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição a
leitura e esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos,
temáticos, literários), discussão, recursos audiovisuais e outros.
201
10.19.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
202
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Sociologia deve contemplar 02 (dois) registros de notas.
a) Critérios
A disciplina deve ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, em
que seus critérios devem ser debatidos, criticados por todos os envolvidos no processo
pedagógico. A prática social, a capacidade de argumentação, a clareza e a coerência na
exposição das ideias, no texto oral ou escrito, a mudança na forma de olhar os problemas
sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para
reverter práticas de acomodação, para reverter práticas de acomodação e sair do senso
comum.
As formas de avaliação devem partir das próprias práticas de ensino e de
aprendizagem da disciplina, da reflexão crítica, nos debates, que acompanham os textos
ou filmes, seja a participação nas pesquisas a produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim várias podem ser as formas desde
sempre na clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão e
reflexão dos conteúdos pelo aluno.
b) Instrumentos
Prova escrita, trabalhos individuais e em grupo, pesquisas, debates.
10.19.5 Referências
GIDDENS, Antony. Sociologia. 4.ed.. Porto Alegre: Art. Med, 2005. LORENSETTI, Everaldo et.all. Sociologia. Curitiba:SEED-PR, 2006. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Sociologia. Curitiba:SEED, 2008.
203
______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.
204
10.20 Filosofia (Ensino Médio)
10.20.1 Apresentação
Conforme o expresso nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná –
Filosofia – (PARANÁ, 2009), a Filosofia, constituída como pensamento há mais de 2600
anos, tem a sua origem na Grécia antiga e traz consigo o problema de seu ensino a partir
do embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele momento,
tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no
ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de
persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro
lado, também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de
técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a Filosofia
favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram
entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja
Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de
Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A ideia de
que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por exemplo, moral e política, é
tese defendida com frequência por filósofos. Ocorre que essa discussão, ao ser levada
para o ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas
provoca nos estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar
a qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida.
Desta forma, a filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da
consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm
constituindo esse período.
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o
ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum − documento
publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978 apud PARANÁ, 2009) objetivava a
organização e o planejamento do ensino dos jesuítas, com base em elementos da cultura
europeia, ignorando a realidade, as necessidades e interesses do índio, do negro e do
colono.
205
A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser
discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de manter a
Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Importante lembrar
que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de Filosofia, da sua consolidação
no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da sociedade brasileira, uma vez
que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em junho de 2008 pela lei
11.684.
Ao pensar o ensino de Filosofia, estas Diretrizes fazem ver, a partir da
compreensão expressa por Appel (1999 apud PARANÁ, 2009), que não há propriamente
ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e
cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a
capacidade de discernimento e o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe resistência.
Desta forma, o objeto de estudo da Filosofia é a sua própria história e as ideais dos
filósofos que nos precederam. Vale destacar que a importância desses conteúdos está na
possibilidade da superação do senso comum. Tais conteúdos procuram esclarecer por
meio da história o conceito do que é filosofia e filosofar.
10.20.2 Conteúdos
a) Estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia e
Política; Filosofia e Ciências; Estética.
b) Específicos: Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; Atualidade
do mito; O que é filosofia? As formas de conhecimento; O problema da verdade;
Conhecimento e lógica. Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e
vontade; Liberdade; autonomia do sujeito; Relações entre comunidade e poder; Liberdade
e igualdade política; Política e ideologia. Concepções de ciência; Questão do método
cientifico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ética; Natureza da arte; Filosofia e
arte; Categorias estéticas – feia, belo, gosto, etc Estética e sociedade
c) Desafios Educacionais Contemporâneos: Violência na Escola, Educação
Ambiental e Prevenção ao uso indevido de drogas.
d) Diversidade: Relações étnicas– raciais, Sexualidade.
206
10.20.3 Encaminhamento Metodológico
O ensino da Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante, através de debates. Apresentar vídeo na TV pendrive sobre “O
mito da Caverna de Platão”, e aplicar este conhecimento com os dias de hoje em nossa
sociedade. Mobilizar o estudante para o estudo da filosofia sem doutrinação e
dogmatismo. Dialogar com os problemas a fim de problematizar e investigar o conteúdo
estruturante Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básico sob a perspectiva da
pluralidade filosofia. O ensino sobre a ética deverá ser discutido em grupo, e compará-lo
com a nossa realidade. O ensino deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante, sempre tomando como referência os textos filosóficos. Abordar o
tema, apresentar textos discutidos, como aborto, eutanásia e outros. Dialogar os
problemas com referência nos textos filosóficos. Dialogar com os alunos os problemas do
cotidiano a fim de problematizar e investigar o conteúdo Estética e seus conteúdos
básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica.
Recursos Didáticos: Livros, filmes, textos TV Pendrive, vídeos, revistas, jornais,
computadores, quadro de giz.
10.20.4 Avaliação
De acordo com o Projeto Político Pedagógico, a avaliação é um meio e não um
fim em si mesmo. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser tratada como
parte integrante das relações de ensino-aprendizagem. Não deve ser um mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu planejamento.
Assim o processo avaliativo deve estar voltado para atender as necessidades dos
educandos, considerando seu perfil, seu papel na transformação da cidadania e na
construção da autonomia.
No Regimento Escolar está expresso que, a avaliação é uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. É um processo contínuo e cumulativo, devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste
no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade
de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
207
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas
expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Também deverá utilizar
procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno,
evitando-se a comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a
ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. Tais resultados serão analisados durante o
período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos e dar-se-á de forma permanente e
concomitantemente ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.
Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a
nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações
processuais. O aluno que não atingir a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de
nota terá direito a recuperação de estudos. Para fins de promoção ou certificação, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula
zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva 100% na organização individual.
Também no Regimento Escolar está destacado que é vedado submeter o aluno a
uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Assim, conforme as
orientações pedagógicas, cada professor deve estabelecer 4 pontos para atividades
diversificada e 6 pontos para provas (num mínimo de duas provas com valor de 3 pontos
cada uma delas). A disciplina de Filosofia deve contemplar 02 (dois) registros de notas.
a) Critérios
Espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar os
conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia, elaborando respostas aos
problemas suscitados e investigados. Formulando suas respostas de forma escrita ou
oral. Com a problematização e investigação o estudante desenvolverá atiividade filosófica
com os contéudos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições, de
208
forma escrita ou oral, para que crie conceitos. Avaliar a participação do aluno bem como
suas atividades escritas. O aluno será contrutor de ideias com caráter criativo, cujo
resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor. Avaliar os debates
em que o aluno desenvolve sua oralidade, em discutir, argumentar, bem como seus
conceitos. Avaliar sua participação oral, bem como a avaliação escrita
b) Instrumentos
Questões para formulação de respostas de forma escrita ou oral; debates; testes
objetivos.
10.20.5 Referências CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2006. DURANT, Wiil, A História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2000. FILOSOFIA. Disponível em: www.brasilescola.com. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Filosofia. Curitiba: SEED, 2009. ______. Educação Escolar Indígena. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-raciais. Curitiba: SEED, 2006. (Cadernos Temáticos) ______. Livro Didático Público. Filosofia. Curitiba: SEED, 2009.
209
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO EM NÍVEL MÉDIO INTEGRADO
A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Plano de Curso Reestruturado e adequado de acordo com as Deliberações 03/08 e 04/08
do CEE
I JUSTIFICATIVA
A evolução nos processos industriais, a reestruturação produtiva, as inovações
tecnológicas de base micro-eletrônica, a acentuada competitividade e a busca da
qualidade de vida afetaram substancialmente as relações de trabalho, com repercussões
sobre o binômio Saúde e Trabalho. Intensificaram-se e diversificaram-se as atividades
laborais, acarretando aumento do trabalho e novos riscos à saúde e à segurança dos
trabalhadores.
Esses desafios estabelecem a necessidade de uma nova forma de compreensão
dessas relações e propõem uma nova prática de atenção à segurança e à saúde dos
trabalhadores, com intervenção nos ambientes e processos de trabalho, a fim de
estimular a promoção e a prevenção da saúde, a busca do elevado padrão de qualidade
de vida laboral, com reflexos sobre a produtividade das organizações.
A oferta do Curso Técnico em Segurança do Trabalho em Nível Médio na
Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, tem como horizonte a universalização da
educação básica gratuita e de qualidade, aliada à formação para o mundo do trabalho,
com atendimento específico a jovens e adultos com trajetórias escolares descontínuas.
O Curso Técnico em Segurança do Trabalho oportuniza a formação do Técnico
numa perspectiva de totalidade, o que significa trabalhar fundamentos científico-
tecnológicos presentes nas disciplinas da Formação Geral e Específica de forma
integrada, evitando a compartimentalização na construção do conhecimento.
A proposta encaminha para uma formação em que teoria e prática possibilitem
aos educandos compreenderem a realidade, para além de sua aparência, na qual os
conteúdos não têm fins em si mesmos e constituem-se em sínteses da apropriação
histórica da realidade material e social pelo homem.
A organização dos conhecimentos no Curso Técnico em Segurança do Trabalho
enfatiza o resgate da formação humana na qual o educando, como sujeito histórico,
210
produz sua existência pelo enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo
valores de uso, conhecimentos e cultura por sua ação criativa.
Dessa maneira, o acordo coletivo com os cursos que ofertam PROEJA, decidiu-se
por alterações no Plano de Curso, as quais foram necessárias para melhor
acompanhamento dos educandos nesta modalidade.
II OBJETIVOS
a) Formar o Técnico em Segurança do Trabalho integrando os conhecimentos da
formação geral e profissional em nível médio na modalidade da Educação de Jovens e
Adultos;
b) Promover o diálogo entre a educação básica, os conhecimentos tácitos dos
trabalhadores e da educação superior, como forma de assegurar por meio de uma sólida
formação em nível médio, a possibilidade de continuidade dos estudos;
c) Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos capazes de participar e promover
transformação no seu campo de trabalho e na sociedade na qual estão inseridos.
III DADOS GERAIS DO CURSO
Habilitação Profissional: Técnico em Segurança do Trabalho
Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança.
Forma: Integrada
Carga horária total do curso: 2880 h/a ou 2400 h mais 100h de Estágio
Profissional Supervisionado
Regime de funcionamento: de segunda a sexta-feira, no período noturno.
Regime de matrícula: Semestral
Número de vagas: 35
Período de integralização do curso: 06 (seis) semestres
Requisitos de acesso: ser egresso do ensino fundamental ou equivalente, ter
idade igual ou superior a 18 anos, atender aos critérios de seleção estabelecidos pela
SEED.
Modalidade de oferta: Presencial
211
IV PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO DE CURSO
O Técnico em Segurança do Trabalho é um profissional de visão humanista e
social, com conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-sociais, atua em ações
prevencionistas nos processos produtivos com auxílio de métodos e técnicas de
identificação, avaliação e medidas de controle de riscos ambientais de acordo com
normas regulamentadoras e princípios de higiene e saúde do trabalho. Desenvolve ações
educativas na área de saúde e segurança do trabalho. Orienta o uso de EPI e EPC.
Coleta e organiza informações de saúde e de segurança do trabalho. Executa o PPRA.
Investiga, analisa acidentes e recomenda medidas de prevenção e controle.
1 ARTE
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: O conhecimento estético e artístico através das linguagens da arte: música,
teatro, danças e artes visuais no contexto histórico.
CONTEÚDOS:
A importância da produção artística;
Análise conceitual: arte e estética;
Arte e sociedade: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana;
Elementos que compõem a linguagem visual (cor, luz, forma, textura, ponto, linha e
superfície) relacionados com layout, plantas arquitetônicas e sinalização de segurança;
Realização de produções artísticas no âmbito das artes visuais;
Artes visuais como objeto de conhecimento;
As diversas formas comunicativas das artes visuais;
Composição, perspectiva, volume, dentre outros;
Tendências estéticas;
Apreciação, leitura e análise de produções artísticas em diferentes períodos;
A música e a dança como objetos de conhecimento;
Estilos e gêneros: erudito, popular e tradição oral;
Apreciação e análise de produções artísticas;
Instrumentos musicais;
212
As artes cênicas como objeto de conhecimento;
Elementos básicos da composição teatral: texto, interpretação, cenário, figurino,
maquilagem;
Direção cênica, sonoplastia, trilha sonora, coreografia;
Estilos, gêneros e escolas de teatro no Brasil;
Leitura, apreciação e análise de produções cênicas;
Produção e encenação de peças teatrais.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes,1992. BARBOSA, A. M. (org.). Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1998. BOAL, Augusto. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. LABAN, Rudolf. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004. MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005. MARTIN-BARBERO, Jesus; REY, Germán. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. São Paulo: Senac, 2001. NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004. OSINSKI, Dulce R. B. Ensino da arte: os pioneiros e a influência estrangeira na arte educação em Curitiba. Curitiba: UFPR, 1998. Dissertação (Mestrado). OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987. PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984. PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta. Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84). VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
213
WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. 2 BIOLOGIA
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTA: O fenômeno vida e a prevenção da saúde do trabalhador dentro de uma visão
ecológica de sustentabilidade.
CONTEÚDOS:
Célula, organelas celulares e funções,
Cromossomos;
Fotossíntese e respiração celular;
Anatomia e fisiologia;
Tipos de reprodução, reprodução humana;
Sistema de classificação dos seres vivos;
Características e reprodução dos vírus, principais doenças humanas;
Reinos Monera, Protista, Fungi, Animalia;
Epidemiologia e toxicologia;
Plantas e suas características e principais importâncias;
Teorias de Origem e Evolução da Vida;
Ecossistemas e Equilíbrio Natural;
Ecologia: conceitos e importância;
Cadeia e teias alimentares;
Fluxo de energia;
Sucessão ecológica;
Relação entre os seres vivos;
Ecologia das populações, desequilíbrios ambientais;
Genética: conceitos e hereditariedade;
Noções básicas de probabilidade;
Genética mendeliana e pós-mendeliana, teorias evolucionistas, provas da evolução,
adaptação dos seres vivos ao meio, evolução humana;
Clonagem;
214
Transgênicos;
Vacinas;
Descarte dos resíduos perigosos no ambiente de trabalho (pilhas, baterias, placas,
dentre outros).
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA FILHO, NUNES, A., Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental. 1ª ed, São Paulo, Atlas, 2001. JAMES, B., Lixo e Reciclagem. 4ª ed, São Paulo, Scipione, 1995. LAGO, H.; VALLE, E.V., Acidentes, lições, soluções. ed. Senac, SP. MARGULIS, S., Meio Ambiente; aspectos técnicos e econômicos. 2ª ed. Brasília, Ipea, 1996 PINHEIRO, A. C. F. B., Ciências do ambiente; ecologia, poluição e impacto ambiental. São Paulo, Makeon Books, 1992. SOUZA, M. P., Instrumentos de Gestão Ambiental - Fundamentos e Prática, 2004. TIBOR, T., FELDMAN, I. ISO 14.000; um guia para as novas normas de gestão ambiental. São Paulo, Futura, 1996. BRASIL, Ministério, em; http://www.saude.pr.gov.br/saudedotrabalhador/index.html BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASÍLIA. Doenças Relacionadas ao Trabalho: Manual de Procedimentos para Serviços de Saúde, Ministério da Saúde, 2001. 580p Biblioteca Virtual Saúde em; http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/pub_assunto/saude _trabalhador.html Decreto nº 6.042 de 12 de fevereiro de 2007 (alterando o Decreto nº 3.048 de 6 de maio de 1999). Postar Saúde do Trabalhador em; http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/area. cfm?id_area=1124 RAGASSON C, A, P., Qualidade no Trabalho: Estudo das Condições de Trabalho. Cascavel: coluna do saber, 2004. 97p. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional SECRETARIA DA SAÚDE, Política Estadual de Atenção Integral à saúde do Trabalhador do Paraná, Instituto de Saúde do Paraná, diretoria de vigilância e pesquisa, Centro Estadual de Saúde do Trabalhador. Curitiba, Brasil, 2004.
215
3 DESENHO ARQUITETÔNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Interpretação da linguagem e da representação gráfica do desenho
arquitetônico em segurança do trabalho.
CONTEÚDOS:
Leitura e análise de processo industrial;
Organização e adequação de espaço físico;
Noções de Projetos Arquitetônicos: Interpretação de Planta Baixa, cortes, dentre
outros;
Representação gráfica: Mapa de risco, Elaboração de layout para a confecção de
Mapas de Risco;
Desenho Arquitetônico: Simbologia e convenção;
Dimensionamento, cota, escalas métricas;
Softwares de desenho técnico.
BIBLIOGRAFIA
ABNT. Coletânea de normas de desenho técnico. Senai, DTE, 1990. BRASIL: Ministério do Trabalho. Fundacentro. Curso de Engenharia do Trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1981. 6 v. CARVALHO, B.A. Desenho geométrico. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993. FRENCH, T.E. Desenho Técnico e tecnologia gráfica. 6. ed. São Paulo: Globo, 1999. OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1979. PEREIRA, A. Desenho Técnico Básico. 9. ed. Rio de Janeiro: 1990. SENAI. DR. PR. Desenho Técnico. Curitiba: Senai, 1995.
4 EDUCAÇÃO FÍSICA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Conhecimento ergonômico e o suporte ao profissional Técnico em Segurança
216
do Trabalho para o atendimento de emergências, bem como a promoção da qualidade de
vida no ambiente de trabalho.
CONTEÚDOS:
Ergonomia aplicada ao trabalho;
Fisiologia do trabalho muscular;
Biomecânica ocupacional: gestos, posturas e movimentos;
Ambiente de trabalho: ambientes térmico, acústico, vibratório, luminoso, qualidade
do ar;
Antropometria;
Tabelas de levantamento antropométrico;
Fadiga física e mental;
Prevenção da fadiga no trabalho,
Pausas de recuperação durante a jornada e intervenção ergonômica;
Ergonomia relacionada ao trabalho pesado;
Noções de Primeiros Socorros;
Procedimentos emergenciais em casos de primeiros socorros;
Urgências Coletivas;
Noções de atendimento em casos de emergência;
Queimaduras;
Lesões causadas por eletricidade;
Afogamento, mordidas e picadas de animais;
Desmaios;
Convulsão;
Hemorragias;
Noções de reanimação;
Princípios da reanimação;
Respiração Cardio-respiratória;
Avaliação do Estado da vítima;
Posição de Recuperação;
Restabelecimento da Circulação;
Atendimento local e locomoção/remoção da vítima;
Transporte em maca;
217
Transporte sem maca.
Esportes individuais e coletivos;
Brincadeiras populares; construção de brinquedos alternativos;
Jogos;
Ginástica: laboral, rítmica, artística, acrobática;
Relaxamento e condicionamento;
Tipos de artes marciais;
Danças;
Expressão corporal;
Alimentação e saúde;
Atividades de lazer e recreação;
Organização de eventos esportivos e culturais (jogos, gincanas e festivais);
BIBLIOGRAFIA
ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prática pedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001. Balbinotti, Giles. Ergonomia Como Principio e Pratica nas Empresas. Autores Paranaenses, 2003, 180 p BARTMAN, M. e BRUNO, P. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro, Ática, 1996 BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984. BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas, São Paulo: Papirus,1993. CIRQUEIRA, Luiz. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-signficação: apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva; Iara Regina Couto, H. A. Como Implantar Ergonomia na Empresa. Ergo, 2002, 336 p Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física.. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005. ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física. Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995. FALCÃO, J. L. C.. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3.ed.Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94. GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: Marcelo Weishaupt Proni;
218
Ricardo de Figueiredo Lucena. (Org.). Esporte História e Sociedade. 1 ed. Campinas: Autores Associados, 2002. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva Estudos 42, 1980. IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2000. 465p. MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2002. MICHEL, Oswaldo. Guia de Primeiros Socorros para Cipeiros e Serviços Especializados em Medicina e Segurança do Trabalho. São Paulo: LTR, 2002. MONTMOLLIN, Maurice de. A Ergonomia. Lisboa: Instituto Piaget, 1995. 159p. (Sociedade e organização) MORAES, Anamaria de; MONT'ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro: 2 AB, 1998. 119p. (Design). OLIVEIRA, Maurício Romeu Ribas & PIRES, Giovani De Lonrezi. O esporte e suas manifestações mídiaticas, novas formas de produção do conhecimento no espaço escolar. Anais. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Belo Horizonte/MG, 2003. PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à avaliação na educação física escolar. Pensar a Prática. Goiânia. v. 1. no. 1. p. 23-37. jan/dez 1998. SILVA, Ana Márcia. Práticas Corporais: invenção de pedagogias?. In: Ana Márcia Silva;Iara Regina Damiani. (Org.). Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1 ed. Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, v. 1, p. 43-63. SOARES, Carmen Lúcia . Notas sobre a educação no corpo. Educar em Revista, Curitiba, n. 16, 2000, p. 43-60. VAZ, Alexandre Fernandez, SAYÃO Deborah Thomé, PINTO, Fábio Machado (Org.).Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporal. Cadernos CEDES, n. 48,ago. 1999, p. 89-108. VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda. Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do resgate das brincadeiras açorianas. Revista de Educação Física, UEM, Maringá, v. 13, n. 1, 2002, p. 71-77.
5 FILOSOFIA
Carga horária total: 80h/a - 67h
219
EMENTA: O conhecimento e o agir humano a partir das diferentes correntes filosóficas
numa perspectiva epistemológica, ética e política.
CONTEÚDOS:
Pensamento crítico e não crítico;
Pensamento filosófico;
Filosofia e método;
O problema do conhecimento e suas perspectivas;
Estudo dos fundamentos da ação humana e o comportamento moral;
O homem como ser político (diferentes perspectivas filosóficas);
A formação do estado (conforme alguns pensadores da filosofia);
Sociedade política e sociedade civil: democracia;
Organização do trabalho: alienação, exploração, expropriação;
Ética profissional;
O conhecimento científico;
Pensar a beleza e Universalidade do gosto.
BIBLIOGRAFIA
CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30. ed. São Paulo, Brasiliense , 1989, 125p. (Col. Primeiros Passos, 13). ENGELS, F. Sobre o Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels. São Paulo: Expressão Popular, 2004. GENRO, Filho, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política. São Paulo, Brasil Debates, 1985. GENRO Filho, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo / Uma nova visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto Alegre, Ed. TCHÊ, 1985, série Nova Política.
6 FÍSICA
Carga horária total: 140 h/a - 117 h
EMENTA: Os fenômenos físicos com base nos conceitos do movimento, termodinâmica e
220
eletromagnetismo.
CONTEÚDOS:
Divisão da física;
Grandezas Físicas: sistemas de unidades, conversão de unidades, notação
científica;
Cinemática: Definição e Conceitos: referencial, trajetória e posição;
Descolamento escalas, velocidade média e instantânea, aceleração;
Movimento Uniforme, Movimento Uniformemente Variado, Queda dos Corpos,
Vetores, Movimento Circular.
Dinâmica: Força e Movimento, Sistemas de Forças, Energia, Impulso e Quantidade
de Movimento;
Aceleração da Gravidade;
Gravitação Universal: Histórico, Leis de Kepler, Leis de Newton para Gravitação
Universal;
Estática: Equilíbrio dos corpos;
Hidrostática: Pressão, Empuxo.
Termologia: Termometria, Dilatação Térmica, Calorimetria, Mudanças de Fase,
Transmissão de Calor, Termodinâmica.
Óptica: Conceitos Fundamentais, Reflexão e Refração da Luz, Espelhos e Lentes
Esféricas, Instrumentos Ópticos;
Ondulatória: Movimentos Periódicos, Ondas, Fenômenos Ondulatórios, Acústica;
Eletrologia: Eletrostática, Eletrodinâmica.
Eletromagnetismo: Ímãs, Campo Magnético, Força Magnética, Indução
Eletromagnética.
Física Moderna: Teoria da relatividade, supercondutividade, dualidade partícula
onda, radioatividade.
BIBLIOGRAFIA
ARRIBAS, S. D. Experiências de Física na Escola. Passo Fundo: Ed. Universitária, 1996. BEN-DOV, Y. Convite à Física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996. BRAGA, M. [et al.] Newton e o triunfo do mecanicismo. São Paulo: Atual,
221
1999. BERNSTEIN, J. As idéias de Einstein. São Paulo: Editora Cultrix Ltda, 1973. CARUSO, F. ; ARAÚJO, R. M. X. de. A Física e a Geometrização do mundo: Construindo uma cosmovisão científica. Rio de Janeiro: CBPF, 1998. CHAVES, A. Física: Mecânica. v. 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000. CHAVES, A. Física-Sistemas complexos e outras fronteiras. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2000. CHAVES, A.; SHELLARD, R. C.. Pensando o futuro: o desenvolvimento da Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF, 2005. EISBERG, R.; RESNICK R.: Física Quântica. Rio de Janeiro:Editora Campus, 1979. FIANÇA, A . C. C.; PINO, E. D.; SODRÉ, L.; JATENCO-PEREIRA, V. Astronomia: Uma Visão Geral do Universo. São Paulo: Edusp, 2003. GALILEI, G. O Ensaiador. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2000. GALILEI, G. Duas novas ciências. São Paulo: Ched, 1935. GARDELLI, D. Concepções de Interação Física: Subsídios para uma abordagem histórica do assunto no ensino médio. São Paulo, 2004. Dissertação de Mestrado. USP HALLIDAY, D.; RESNICK, R. WALKER, J. Fundamentos de Física. v. 2, 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. JACKSON, J. D.; MACEDO, A. (Trad.) Eletrodinâmica Clássica. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1983. KNELLER, G. F. A ciência como uma atividade humana. São Paulo: Zahar/ Edusp, 1980. LOPES, J. L. Uma história da Física no Brasil. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2004. MARTINS, R. Andrade. O Universo. Teorias sobre sua origem e evolução. 5ª ed. São Paulo: Moderna, 1997.
7 FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTA: Orientação do uso dos equipamentos de proteção e prevenção, bem como as
relações entre os grupos de trabalho.
222
CONTEÚDOS:
Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT): planilha de
avaliações de riscos levantados;
Programa de proteção respiratória: recomendações, seleção e uso de respiradores;
Programa de proteção auditiva: protetores auditivos;
Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP: preenchimento formulário conforme
programas prevencionistas;
Programas de prevenção de riscos ambientais (NR-09);
Elaboração e correlação com o programa de controle médico e saúde ocupacional
(NR-07);
Programa de condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção –
PCMAT;
Estudo das NRs-31 e 32: Estudo e aplicação das NR-31 e 32;
Psicologia do Trabalho;
Relação da Psicologia com a Segurança e Medicina do Trabalho;
Relações intra e inter-pessoais no Trabalho;
Psicologia Organizacional;
Comunicação: Importância, tipos e barreiras de comunicação;
Assédio moral, psicológico e sexual no trabalho;
Acidente do trabalho do ponto de vista psicológico: trauma, fatalidade, dentre
outros;
Técnicas de orientações: importância e tipos, individualizados; socializados e
diversas;
Formas de orientações local de trabalho;
Rodízio de funções;
Manuais de treinamento;
Vantagens e desvantagens do treinamento no local de trabalho.
BIBLIOGRAFIA
ALVARRADOR, Marianela. Construção de uma pedagogia para a integração. Montevidéu OIT, 1998 (Integração normalizada na formação para o trabalho um processo de inclusão social. ANTUNES, Celso. Manual de Técnicas de Dinâmica de Grupo de Sensibilização de Tudo. Petrópolis, Vozes, 1991, 4 ed. 190p
223
BARROS, Saulo C. Rego. Manual de gramática e redação: para profissionais de segurança do trabalho. São Paulo, Ícone,1997. 123 p. BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e desenvolvimento. 2a. ed. São Paulo. BRASIL. Manuais de Legislação: Segurança e Medicina do Trabalho. 61 ed. São Paulo: Atlas, 2007. BRASIL. MT. FUNDACENTRO. Curso de Engenharia do trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1981. CAMILLO JUNIOR, Abel Batista. Manual de Prevenção e Combate a Incêndios. 10. ed. São Paulo: SENAC, 2008. COVEY, STEPHEN. Os sete hábitos das pessoas muito eficazes. 4. ed. Best Seller, 2000. DOLABELA, FERNANDO. Oficina do Empreendedor. 2. ed. Cultura Editores Associados, 1999. FERREIRA, Paulo Pinto. Treinamento de pessoal: a técnico-pedagogia do treinamento. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1977. FIGUEIRA, José Paulo Resende. Liderança de Reuniões FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987, 184p. FRITZEN, Silvino José. Exercícios Práticos de Dinâmica de Grupo. Petrópolis, Vozes, 1983. 4 ed. 93p. GARRIDO, LAÉRCIO M. Virei Gerente, e Agora? 1. ed. Nobel, 2000. KERLÉSZ, ROBERTO. Análise Promocional ao Vivo. 3. ed. Summus Editorial, 1987. KIRBY, ANDY. 150 Jogos de Treinamento. T & D, 1995. LA TAILLE, Yves. Piaget, Vygotsky, Wallon. Teoria psicogenética em discussão. São Paulo LIMA , Dalva Aparecida. Livro do professor da Cipa. São Paulo: Fundacentro, 1990. LUFT, Celso Pedro; AVERBUCK, Ligia Morrone; MENEZES, João Alfredo de. Novo manual de português: gramática, ortografia oficial; literatura brasileira e portuguesa, redação, teste de vestibular. 3 ed. São Paulo, 1996. 590 p. MATOS, Francisco Gomes de. Como Dirigir e Participar de Reuniões MCCORMICK, Ernest James; TIFFIN, Joseph. Psicologia industrial. 2. ed. São Paulo: E.P.U, 1977. MCKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: Estratégias bem sucedidas para a era do cliente. Editora Campus, 1993.
224
MEANS, David. Sinistros com Fogo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. MELO, Márcio dos Santos. Livro da Cipa - Manual de segurança do trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1990. MOSCOVIC, Fela. Equipes do certo. 5. ed. José Olympio. São Paulo, 1994. NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Desenvolvendo as Competências Profissionais. 1. ed. Érica Ltda., 2001. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guia Médico Internacional para Navios. PINTO, Almir Pazzionotto. Manuais no meio rural. São Paulo: Fundacentro, 1990. REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE OCUPACIONAL. São Paulo: Fundacentro, vol. 20, Janeiro a Junho, NR 75. YOZO, Ronaldo Yudi K. 100 Jogos para Grupos. 7. ed. Agora, 1996.
8 GEOGRAFIA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: O espaço geográfico, produzido e apropriado pela sociedade, composto por
elementos naturais e culturais, em suas dimensões: econômica, socioambiental,
cultural\demográfica e geopolítica.
CONTEÚDOS:
Coordenadas geográficas e fusos horários;
Linguagens cartográficas;
Noções de Geologia, relevo, hidrografia, clima, vegetação: mundial, nacional e
local;
Nova ordem mundial, fim dos três mundos e atual posição norte e sul;
Os atuais conceitos de Estado;
Regionalização do espaço mundial;
Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano e campo;
Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
225
Grandes paisagens naturais;
Atividades humanas e transformação das paisagens naturais nas diversas escalas
geográficas;
Recursos naturais;
Crise ambiental;
Teorias demográficas e suas implicações populacionais em diferentes países;
Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica do
país região e lugar;
Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
Diferentes grupos sociais e suas marcas, urbana e rural;
O socialismo e o capitalismo;
Geopolítica atual (terrorismo, narcotráfico, movimentos sociais e ambientais,
biopirataria, conflitos gerais e outros);
Blocos econômicos e globalização;
Industrialização (mundial, brasileira e paranaense);
A produção agropecuária e agroindustrial (mundial, nacional e paranaense);
Produção energética e fontes alternativas (mundial e local);
As relações campo e cidade;
Desenvolvimento econômico e meio ambiente (impactos e sustentabilidade);
Temas geográficos contemporâneos.
BIBLIGRAFIA
ARCHELA, R. S.; GOMES, M. F. V. B. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Londrina: Ed. UEL,1999. BARBOSA, J. L. Geografia e Cinema: em busca de aproximações e do inesperado.In: CALLAI, H. C. A. A Geografia e a escola: muda a Geografia? Muda o ensino? Terra Livre, São Paulo, n. 16, p. 133-152, 2001. CASTROGIOVANNI, A. C. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões Porto
226
Alegre: Ed. UFRS, 1999. CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1999. CHRISTOFOLETTI, A. (Org.) Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1982. P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. COSGROVE, D. E.; JACKSON, P. Novos Rumos da Geografia Cultural. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand, Brasil, 2003. CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo Ática, 1986. COSTA, W. M. da. Geografia política e geopolítica: discurso sobre o território e o poder. São Paulo: HUCITEC, 2002. DAMIANI, A. L. Geografia política e novas territorialidades. In: PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. de, (Orgs.). Geografia em perspectiva: ensino e pesquisa. São Paulo: Contexto, 2002. GOMES, P. C. da C. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GOMES, P. C. da C. (Orgs.) Explorações geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997. GONÇALVES, C. W. P. Os (des)caminhos do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 1999. HAESBAERT, R. Territórios alternativos. Niterói: EdUFF; São Paulo : Contexto, 2002. MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002. MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. Terra Livre, nº 16, p. 113, 2001. MOREIRA, R. O Círculo e a espiral: a crise paradigmática do mundo moderno. Rio de Janeiro: Cooautor, 1993. NIDELCOFF, M. T. A escola e a compreensão da realidade : ensaios sobre a metodologia das Ciências Sociais. São Paulo : Brasiliense, 1986. PEREIRA, R. M. F. do A. Da geografia que se ensina à gênese da geografia moderna. Florianópolis: Ed. UFSC, 1989. SIMIELLI, M. E. R. Cartografia no ensino fundamental e médio. In: CARLOS, A. F. A.(Org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999. SMALL, J. e WITHERICK, M. Dicionário de Geografia. Lisboa: Dom Quixote, 1992. SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento. In:
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CASTRO, I. E. et. al. (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:Bertrand, Brasil, 1995. J.W. (org). Geografia e textos críticos. Campinas: Papirus, 1995. VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997. _____. Delgado de Carvalho e a orientação moderna em Geografia. In VESENTINI, J. W.(org). Geografia e textos críticos. Campinas : Papirus, 1995. WACHOWICZ, R. C. Norte velho, norte pioneiro. Curitiba: Vicentina, 1987. _____. Paraná sudoeste: ocupação e colonização. Curitiba: Vicentina, 1987. _____. Obrageros, mensus e colonos: história do oeste paranaense. Curitiba:Vicentina, 1982.
9 HIGIENE DO TRABALHO
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Histórico e Objetivos da Higiene do Trabalho; Sistema de Gerenciamento
Ambiental;Conceito e Classificação dos Riscos Ambientais; Noções de Higiene Pessoal e
Normas internacionais de higiene ocupacional (NHO Condições Sanitárias e de Conforto
(NR – 24). Higiene dos alimentos como fator de segurança do trabalho.
CONTEÚDOS:
Histórico da Higiene do Trabalho.
Objetivos da Higiene do Trabalho: Análise de ambientes de trabalho;
Análise qualitativa;
NR-15/ACGIH e NR-16.
Fundamentos e Classificação dos Riscos Ambientais: Riscos físicos;
Riscos químicos;
Riscos biológicos;
Riscos de acidentes. Noções de Higiene Pessoal: Normas internacionais de
higiene ocupacional (NHO).
Condições Sanitárias e de Conforto (NR – 24).
Higiene dos alimentos como fator de segurança do trabalho. Sistema de
Gerenciamento Ambiental: Coleta, Tratamento e destinação de resíduos,
Reciclagem, Reutilização, Redução.
228
BIBLIOGRAFIA
BENSOUSSAN, Eddy; ALBIERI, Sérgio. Manual de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho. Atheneu, 1997. KULCSAR NETO, Francisco. Sílica - Manual do trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1992. PACHECO JUNIOR, Waldemar. Qualidade na Segurança e Higiene do Trabalho. São Paulo: Atlas, 1995. SALIBA, Tuffi Messias; CORREA, Márcia Angelim C.; AMARAL, Lenio Sérvio. Higiene do Trabalho e Programação de Prevenção de Riscos Ambientais. São Paulo: LTR, 2002. SOUNIS, Emilio. Manual de higiene e medicina do trabalho. 6 ed. São Paulo: Ícone, 1993.
10 HISTÓRIA
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
EMENTA: Processo de construção da sociedade no tempo e no espaço; formação
cultural do homem; ascensão e consolidação do capitalismo; produção cientifica e
tecnológica e suas implicações; aspectos históricos, políticos, sociais e econômicos do
Brasil e do Paraná a partir das relações de trabalho, poder e culturais.
CONTEÚDOS:
A Construção do sujeito histórico;
A produção do conhecimento histórico;
O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
As cidades na História;
Relações culturais nas sociedades greco-romanas na antiguidade;
Relações culturais na sociedade medieval européia;
Formação da Sociedade Colonial Brasileira;
A construção do trabalho assalariado;
Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no contexto de
consolidação do capitalismo;
O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;
229
Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc
XVIII e XIX);
Desenvolvimento tecnológico e industrialização;
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;
O Estado Imperialista e sua crise;
O Neocolonialismo;
Urbanização e industrialização no Brasil;
O trabalho na sociedade contemporânea;
Relações de poder e violência no Estado;
Urbanização e industrialização no Paraná;
Urbanização e industrialização no séc. XIX;
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade contemporânea;
Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;
Globalização e Neoliberalismo.
BIBLIGRAFIA A Conquista do Mundo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, ano 1, n. 7, jan. 2006. ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004. AQUINO, Rubim Santos Leão de et al. Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais. Rio de Janeiro: Record. [s.d.] BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987. BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000. BARCA, Isabel (org.). Para uma educação de qualidade: actas das Quartas Jornadas Internacionais de Educação Histórica. Braga: Centro de Investigação em Educação(CIEd)/ Instituto de Educação e Psicologia/Universidade do Minho, 2004. BARRETO, Túlio Velho. A copa do mundo no jogo do poder. Nossa História. São Paulo,ano 3, n. 32, jun./2006. BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2004. BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994,v.1 FONTANAM Josep. A história dos homens.Tradução de Heloisa J. Reichel e Marclo F.
230
da Costa. Bauru. Edusc. 2004
11 LEGISLAÇÃO E NORMAS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Conhecimento e aplicação de leis e normas em Segurança do Trabalho.
CONTEÚDOS:
O estado moderno e a noção de direito: fundamentos e doutrina do direito;
Legislação: Constituição Federal, legislação trabalhista e previdenciária;
Hierarquia das leis: norma fundamental, norma secundária e norma de validade
derivada;
Hierarquia das fontes formais: fontes estatais do direito, processo legislativo e
espécies normativas;
Noções básicas de direito do trabalho;
Princípios gerais do direito do trabalho;
Organização Internacional do Trabalho (OIT): principais convenções internacionais
sobre saúde do trabalhador;
Conteúdo legal do contrato de trabalho;
Responsabilidade contratual;
Elementos da responsabilidade civil e criminal do empregador;
Legislação de segurança e medicina do trabalho: fundamentos, conteúdos das
normas regulamentadoras, nexo técnico epidemiológico, fiscalização e controle do
direito à saúde e segurança do ambiente de trabalho;
Órgãos estatais responsáveis pela proteção e fiscalização do trabalho: Ministério
do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), divisão da
vigilância sanitária;
Órgãos internos de fiscalização e programas preventivos obrigatórios;
Papel dos Sindicatos relativo à segurança e saúde do trabalho;
Legislação trabalhista e previdenciária: disposições gerais, inspeção prévia e
embargo ou interdição, órgãos de segurança e medicina do trabalho nas empresas;
Previsão Legal de Proteção especial: ao trabalho insalubre e periculoso, ao
trabalho da mulher, do menor, do idoso, do portador de deficiência;
231
Noções da Legislação e normas de segurança para mobilidade e movimentação de
pessoas e produtos.
Direitos, deveres e função do técnico de segurança do trabalho;
Responsabilidade civil e criminal do empregador e do técnico em segurança do
trabalho.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. CLT, Legislação Trabalhista e Previdenciária e Constituição Federal. 6. edição. São Paulo: RT, 2007 (COLEÇÃO MINICÓDIGOS) OLIVEIRA, Sebastião Geraldo de. Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2003. SAAD, Eduardo Gabriel. Aspectos jurídicos da segurança e medicina do trabalho: comentário da lei 6,514 de 22.10.77, que deu nova redação ao capítulo v, Título II, da CLT. São Paulo: LTR,1979. 296 p. CORREA, Márcia Angelim Chaves e SALIBA, Tuffi Messias. Insalubridade e Periculosidade: doutrina e jurisprudência. 8. edição. São Paulo: RT, 2007 ALBORNOZ, Suzana. Coleção Primeiros Passos. O que é trabalho. São Paulo: Editora Brasiliense. BISSO, Ely M. Coleção Primeiros Passos. O que e segurança no trabalho. São Paulo: Editora Brasiliense. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). São Paulo: Saraiva, 2007. COVRE, M. de Lourdes M. Coleção Primeiros Passos. O que e cidadania. São Paulo: Editora Brasiliense. DALLARI, Dalmo de Abreu. Coleção Primeiros Passos. O que e participação política. São Paulo: Editora Brasiliense. DALLARI, Dalmo de Abreu. Coleção Primeiros Passos. O que são direitos da pessoa. São Paulo; Editora brasiliense. GARCIA, Marília. Coleção Primeiros Passos. O que é constituinte. São Paulo: Editora Brasiliense. SINHORETO, Jaqueline. Justiça e Seus Justiçadores: Conflitos, Linchamentos e Revoltas Populares. São Paulo: IBCCRIM, 2002. 12 LEM: INGLÊS
Carga horária total: 80 h/a - 67 h
232
EMENTA: A língua concebida como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais de oralidade, escrita e leitura perpassados pela análise lingüística.
CONTEÚDOS:
Intencionalidade dos textos;
Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as
instâncias de uso da linguagem;
Diferenças léxicas, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e
informal;
Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada;
Contato com diversos gêneros textuais;
O funcionamento dos elementos lingüístico-gramaticais do texto;
Elementos coesivos e marcadores de discurso;
Análise textual reflexiva;
Clareza na exposição de idéias.
BIBLIOGRAFIA
AMOS, Eduardo; PRESCHER, Elizabeth; PASQUALIN, Ernesto. Sun – Inglês para o Ensino Médio 1. 2.ed . Rischmond: 2004. ______. Inglês para o Ensino Médio 2.ed . Rischmond: 2004. ______. Inglês para o Ensino Médio 3. 2.ed. Rischmond: 2004. MURPHY,RAYMOND. Essenssial Grammar in use. Gramática Básica da língua inglesa. Cambridge: Editora Martins fontes. ______. Inglish Grammar in use. 3. ed. Ed. Cambridge University ( Brasil). ZAMARIN, Laura; MASCHERPE, Mario. Os Falsos Cognatos. 7.ed. BERTRAND BRASIL: 2000. 13 LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
Carga horária total: 240 h/a - 200 h
EMENTA: Estudo e reflexão sobre a Língua enquanto prática social, por meio dos
233
diferentes gêneros discursivos que se concretizam nas práticas de oralidade, leitura,
escrita e análise linguística. Estudo da Literatura como a arte que permite a interação a
partir do objeto estético.
CONTEÚDOS:
Unidade temática do texto;
Finalidade, intencionalidade e aceitabilidade do texto;
Informatividade, situcionalidade intertextualidade e temporalidade do texto;
Papel do locutor e interlocutor;
Vozes sociais e ideologias presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial;
Contexto de produção da obra literária;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas (coesão, coerência, gírias, repetição, função das classes
gramaticais, pontuação e demais recursos gráficos como recurso sintático e
estilístico em função dos efeitos do sentido);
Partículas conetivas do texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Elementos extralinguísticos como entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausa;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Adequação do discurso ao gênero;
Elementos semânticos;
Operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no
texto;
Modalizadores;
Sentido conotativo e denotativo;
Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (humor, ironia, ambiguidade, exagero,
expressividade);
Particularidades linguisticas do texto literário;
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
234
Sintaxe de regência.
BIBLIOGRAFIA
BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004. _______. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Loyola, 2003. BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004 ______. Aula. São Paulo: Cultrix, 1989 BECHARA, Ivanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo:Ática,1991 CASTRO, Gilberto de; FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão (orgs). Diálogos com Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000. DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33, 1992. FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002. ____________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003. _______. Linguagem & diálogo as idéias lingüísticas de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003 FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Língüística textual: uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988. GARCIA, Wladimir Antônio da Costa. A Semiologia Literária e o Ensino. Texto inédito (prelo). GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997. ________. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____, João W.(org.). O texto na sala de aula. 2ªed. São Paulo: Ática, 1997. _____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991. HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000. KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ªed. Campinas, SP: Pontes, 2000. KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3ªed. São Paulo: Contexto, 1990. _____. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.
235
KRAMER . Por entre as pedras: arma e sonho na escola. 3ªed. São Paulo: Ática, 2000. LAJOLO, Marisa. Leitura e escrita com o experiência – notas sobre seu papel na formação In: ZACCUR, E. (org.). A magia da linguagem. Rio de Janeiro: DP&A: SEPE,1999. LAJOLO, Marisa O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. São Paulo: Cortez, 2001 BAKHTIN, Michail. Estética da Criação verbal. São Paulo, Martins Fontes, 1992. BAZERMAN, Charles. Gêneros textuais, tipificação e interação. São Paulo: Cortez, 2005. BRANDÃO, Helena Nagamine. Gêneros do discurso na escola, 2 ed. São Paulo, Cortez. 2001. BONINI, Adair; MEURER, José Luiz; MOTTA-ROTH, Désirée. Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 65-80. DESCARDECI, Maria Alice Andrade de Souza. Ler o mundo: um olhar através da semiótica social. ETD – educação temática digital, v.3, n.2, Campinas: Unicamp, jun.2002, p.19-26. DIONISIO, Ângela Paiva, MACHADO, Anna Rachel, BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005. KOCH, I.G.V. (1987) Argumentação e Linguagem. São Paulo, Editora. 1987. ___________. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1993. LIMA. Frederico. A sociedade digital: o impacto da tecnologia na sociedade, na cultura, na educação e nas organizações. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 2000. ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo. Parábola, 2003. PECORA, Alcir. Problemas de Redação. São Paulo: Martins Fontes. 1983. PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba, 1999. Dissertação de mestrado – UFPR. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autentica, 1998. ILLARI, Rodolfo. Linguística e Ensino da Língua Portuguesa com a língua materna. (UNICAMP). IAUSS, Hans Robert. A história da literatura com provocações à teoria literária. São
236
Paulo: Ática,1994. CANDIDO, Antonio. A Literatura e a formação do homen. Ciência e Cultura. São Paulo, Vol.4 n.9 PP 803-809, set/1972. EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 1983. ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. São Paulo: Editora 34, 1996, Vol.1. AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
14 MATEMÁTICA
Carga horária total: 240h/a - 200h
EMENTA: Formas espaciais e as quantidades compreendidas a partir de números e
álgebra, geometrias, funções e tratamento da informação no contexto da Segurança do
Trabalho.
CONTEÚDOS:
Conjuntos numéricos;
Determinantes;
Matrizes;
Sistemas lineares;
Polinômios;
Números complexos;
Função (afim, quadrática, exponencial, logarítmica, modular, PA e PG,
trigonométrica);
Geometria plana: área das figuras geométricas, Teorema de Pitágoras, Geometria
espacial, Geometria analítica;
Razão e proporção, análise combinatória;
Probabilidade;
Binômio de Newton e Noções de matemática financeira.
237
BIBLIOGRAFIA
KRULIK, Stephen & REYS, Robert E.A. A resolução de problemas na Matemática escolar. Trad. Higino H. Domingues e Olga Corbo. São Paulo, Atual,1997. LINQUIST, Mary Montgomery & SHULTE, Albert P. (orgs). Aprendendo e ensinando Geometria. Trad. Higino H. Domingues. São Paulo, Atual, 1994. PETIT, Jean-Pierre. Os mistérios da Geometria. Lisboa, publicações Dom Pixote, 1982. (Coleção As Aventuras de Anselmo Curioso.) POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas. Revista do professor de Matemática. Publicação da Sociedade Brasileira de Matemática. LIMA, Elon Lages ET. Alii. A matemática do ensino médio. Rio de Janeiro, SBM, 1997. 3vols. (Coleção do Professor de Matemática.) BOYER, C. B. História da matemática. São Paulo Edgard Blucher, 1996 DANTE, L.R. Didática da resolução de problemas. São Paulo Ática, 1989. D`AMBROSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e sociedade. São Paulo Scipione,1988. PARANA. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica.SEED – PR. 2007. BRASIL. LDB – LEI 9394/96 Diretrizes e Bases da educação Nacional.
15 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Carga horária total: 100 h/a - 83 h
EMENTA: Noções da Organização das atividades empresariais direcionadas ao trabalho.
CONTEÚDOS:
As diferentes correntes da administração;
Revolução digital e a contemporaneidade da administração;
Precursores da Administração Científica;
Organização das Modernas Empresas;
Os novos conceitos introduzidos pela teoria neoclássica;
Noções de Sistema de Gerenciamento Ambiental: ISO 14.000 e 18.000, OSHA’s, A
Segurança do Trabalho no Planejamento;
238
Manutenção e Controle de Produção e Qualidade;
A Segurança do Trabalho e o Estudo Preliminar dos Métodos de Trabalho;
Análise dos Métodos do trabalho e processos de Produção Industrial;
Regras básicas de benchmarking;
Arranjos Físicos em Empresas;
Noções de Fluxogramas e Organogramas: representação gráfica;
Organizações Inteligentes;
Perfil de Exposições;
Riscos Ocupacionais.
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Administração- teoria, processo e prática. Mcgraw-Hill, 1995. GRÖNROOS, Christian. Marketing: gerenciamento e serviços. São Paulo: Editora Campus, 1995. MATOS, Francisco Gomes de. Estratégia de empresa. São Paulo: Editora Makron Books, 1993. MCKENNA, Regis. Marketing de relacionamento: estratégias bem sucedidas para a era do cliente. Campus, 1993. MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO – http//www.desenvolvimento.gov.br SANTOS, Joel J. Formação do preço e do lucro. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
16 PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS E PERDAS
Carga horária total: 160 h/a - 133 h
EMENTA: Verificação e análise preliminar de riscos e perdas causadores de acidentes e
incidentes.
CONTEÚDOS:
Princípio da Combustão: Triângulo do fogo e Características do fogo;
Características Físicas e Químicas da Combustão;
Química e física do fogo;
Causas Comuns de Incêndio;
Métodos de Extinção de Incêndios: Abafamento, resfriamento e isolamento;
239
Classe de risco e métodos de extinção;
Agentes Extintores: Água, espumas, pó químico seco, dióxido de carbono e
granulados específicos no combate a incêndios;
Material de Combate ao Fogo: Hidrantes e Chuveiros automáticos;
Formação e orientação de brigada de incêndio;
Plano de Evacuação;
Planos de Emergência: Rota de fuga, retirada de pessoas, sinalização (alertas),
formação de equipes de emergência, lay-out de rota de fuga, ação individual no
plano de emergência;
Plano de Auxílio Mútuo.
Teorias de Sistemas e Subsistemas;
Avaliações de Perdas de um Sistema;
Aplicação da teoria de sistemas na Segurança do Trabalho;
Técnicas de Análises: identificação dos riscos, Série de riscos, Análise de riscos,
Análise de modos e falhas, de operações, dos incidentes e acidentes, avaliação
qualitativa, medidas de controle;
Teoria e Estudos de Confiabilidade em equipamentos e sistemas;
What-ifF;
Aplicação do método em sistema definido;
Levantamento e Controle de perdas, custos e cálculos dos acidentes dos
segurados e não segurados;
Elaboração de Check-list .
BIBLIOGRAFIA
BURGES, WILLIAM. Possíveis Riscos a Saúde do Trabalhador. Belo Horizonte: Editora Ergo, 1997. PACHECO JR. Qualidade na segurança e higiene do trabalho: série SHT 9000, normas para a gestão e garantia da segurança e higiene do trabalho. São Paulo: Atlas, 1995.
17 PROCESSO INDUSTRIAL E SEGURANÇA
Carga horária total: 100 h/a - 83 h
240
EMENTA: Conhecimento dos equipamentos industriais para a prevenção de acidentes.
CONTEÚDOS:
Processos de Produção:
Elementos de Riscos a Saúde;
Introdução aos Processos de Produção;
Conceito de Controle de Processos Industriais;
Máquinas e Equipamentos de Transporte;
Métodos de manuseio de Equipamentos de Transporte Industrial;
Movimentação;
Armazenagem;
Cargas Especiais;
Equipamentos de Estivagem;
Normalização;
Manutenção Preventiva de Materiais e Equipamentos;
Procedimentos Técnicos;
Processos de Manutenção;
Sistema Organizacional;
Normalização;
Ferramentas Manuais: Convenções;
Utilização e Conservação;
Manutenção Preventiva;
Manutenção Corretiva;
Interpretação de Catálogos e Manuais;
Caldeiras;
Vasos de Pressão (NR-13);
Fornos (NR-14);
Norma Regulamentadora nº 13 (NR–13);
Norma Regulamentadora nº 14 (NR–14);
Riscos Ocupacionais;
Práticas de Trabalho;
Eletrotécnica: Princípios da Eletricidade;
NR-10 – Riscos nas instalações elétricas;
241
Formas de aterramento;
Princípios da eletrotécnica;
Conceitos de Transformadores;
Tipos de instalações elétricas;
Princípios prevencionistas;
Tecnologia e prevenção no combate a sinistro;
Considerações sobre incêndios e explosões;
Participação do Técnico de Segurança do Trabalho na proteção contra incêndios;
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação; Segurança e Medicina do Trabalho, São Paulo, Atlas 61º ed. 2007. FERREIRA, Paulo Pinto. Treinamento de pessoal: a técnico-pedagogia do treinamento. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1977.
18 QUÍMICA
Carga horária total: 140 h/a - 117 h
EMENTA: A matéria e suas transformações através do conhecimento científico e
tecnológico no cotidiano.
CONTEÚDOS:
Estrutura da matéria;
Misturas e métodos de separação;
Fenômenos físicos e químicos;
Estrutura atômica;
Distribuição eletrônica;
Tabela periódica;
Ligações químicas;
Funções Químicas (orgânicas e inorgânicas);
Radioatividade;
Normas de segurança de laboratório;
242
Materiais de laboratório, Soluções;
Termoquímica;
Cinética química;
Equilíbrio químico;
Química do carbono;
Funções oxigenadas;
Polímeros;
Funções nitrogenadas;
Isomeria;
Efeitos dos produtos químicos na natureza;
Indústria petroquímica, de alimentos e farmacêutica;
Compostos orgânicos naturais.
BIBLIOGRAFIA
CAMPOS,Marcelo Moura. Fundamentos da Química Orgânica São Paulo: ed. Edgard Bücher Ltda. FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Volume Único. Ed. Moderna. V1 Química Geral v2 Físico-Química v3 Química Orgânica . São Paulo: Ed. Moderna – 4ª ed. RUSSEL, John B. Química Geral. McGraw-Hill SARDELLA, Antônio. Curso de Química. Volumes 1,2,3 Química Geral, Físico-química, Química Orgânica, Ed. Ática. TITO e CANTO. Química na Abordagem do Cotidiano. Volume Único. Ed. Moderna. 1996, São Paulo. Química v.1,2,3. São Paulo: ed. Moderna. USBERCO – SALVADOR. Química v.1,2,3. São Paulo: Saraiva, 1996, 2ª ed. Diretrizes Curriculares de Química para o ensino médio. IJUÍ: Ed. Unijuí, 2003. p.144 (Coleção Educação em Química)
19 SEGURANÇA DO TRABALHO
Carga horária total: 440 h/a - 367 h
243
EMENTA: Promoção do bem-estar físico, mental e social do trabalhador, bem como o
gerenciamento preventivo dos riscos presentes nos ambientes de trabalho e relacionados
aos processos produtivos.
CONTEÚDOS:
- Histórico da segurança do trabalho;
- O advento da produção em série e o desenvolvimento moderno,
- Relações da segurança com as novas modalidades de trabalho;
- Aspectos sociais, econômicos e éticos da segurança e medicina do trabalho;
- Acidente do trabalho: efeitos sociais e econômicos para os trabalhadores,
família, empresa e estado;
- Desenvolvimento das tecnologias de segurança e a organização do trabalho:
papel dos órgãos controladores e acordos internacionais;
- Acidentes do trabalho;
- Causas, técnicas e formas de prevenção, procedimentos legais;
- Comunicação do acidente;
- Inspeção de segurança do trabalho;
- Uso dos equipamentos individuais e coletivos: NR-06;
- Sinalização de segurança (NR-26);
- Organização da segurança do trabalho;
- Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho -
SESMT (NR-4), Dimensionamento do SESMT, Formação e Atribuições; Código
Nacional de Atividades Econômicas das Empresas;
- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA (NR-5): Processo de
Formação e função da CIPA: Mapeamento de Risco (Técnicas de elaboração,
Etapas, Elaboração, Execução e Relatório do Mapeamento);
- Investigação do acidente do trabalho: processos de investigação;
- Análise do acidente do trabalho;
- Políticas de segurança do trabalho;
- Gerenciamento do sistema segurança: documentação de segurança do
trabalho (ordens de serviço, manuais de segurança do trabalho, política de
segurança do trabalho);
- Trabalho em espaços confinados (NR-33);
- Trabalho em edificações e na construção civil (NR–8, NR-18);
244
- Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais (NR–11);
- Especificidades da Segurança no trabalho: em mineração, portuário,
aquaviário, na agricultura e pecuária, etc. (NRs – 22, 29, 30, 31).
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação: Segurança e Medicina do Trabalho, São Paulo, Atlas 61º ed. 2007. BRASIL. MT. FUNDACENTRO. Curso de Engenharia do trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1981. 6 v. JR.COSMOS MORAES. Segurança do Trabalho. São Paulo: USP. LIMA , Dalva Aparecida. Livro do professor da Cipa. São Paulo: Fundacentro, 1990. MANUAL DA CIPA, em 24 de maio de 1999, NR 5. MANUAL DE SEGURANÇA – Companhia Vale do Rio Doce. PINTO, Almir Pazzionotto. Manuais no meio rural. São Paulo: Fundacentro, 1990. MELO, Márcio dos Santos. Livro da Cipa - Manual de segurança do trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1990. REVISTA BRASILEIRA DE SAÚDE OCUPACIONAL. São Paulo: Fundacentro, vol. 20, Janeiro a Junho, NR 75 20 SOCIOLOGIA
Carga horária total: 80h/a - 67h
EMENTA: O conhecimento e a explicação da sociedade nas formas de organização
social, do poder e do trabalho.
CONTEÚDOS:
Surgimento da sociologia e as teorias sociológicas;
Modernidade;
Desenvolvimento das ciências;
Dinâmicas do processo de socialização;
Instituições sociais, Conceitos de cultura na antropologia;
diversidade cultural;
245
Etnocentrismo;
Relativismo;
Questões de gênero e minorias;
Cultura de massa (cultura popular X erudita); S
Sociedade de consumo;
O trabalho nas diferentes sociedades;
Desigualdades sociais;
Neoliberalismo;
Globalização;
Desemprego, desemprego conjuntural e estrutural;
Subemprego e informalidade;
Terceirização;
Voluntariado e cooperativismo;
Empregabilidade e produtividade;
Capital humano;
Reforma trabalhista e organização internacional do trabalho; economia solidária;
Flexibilização;
Reforma agrária e sindical;
Taylorismo/Fordismo, Toyotismo;
Estatização e privatização, parceria pública e privada;
Relações de mercado;
Conceito de estado moderno;
Tipos de estado;
Conceitos de poder e dominação;
Política;
Ideologia e alienação;
Democracia, partidos políticos;
Conceito moderno de direito;
Cidadania;
Movimentos sociais, urbanos, rurais e conservadores, movimentos sindicais,
direitos humanos.
246
BIBLIOGRAFIA
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BOBBIO, N. Dicionário de Política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 12 ed. Rio de Janeiro: Record, 2005. GENTILE, P e Frigoto, G. Políticas de exclusão na educação e no trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
21 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
Carga horária total: 120 h/a - 100 h
EMENTAS: Aplicação de metodologias técnicas e normalizadas, operacionalizando os
instrumentos de medição ambiental.
CONTEÚDOS:
Conceitos de Utilização dos Equipamentos de Medição;
Técnicas de Medição;
Tipos de Equipamentos: Decibelímetro (medidor de pressão sonora - analógico e
digital), dosímetro, luxímetro, conjunto de termômetros para avaliação da
exposição ocupacional ao calor (termômetro de bulbo seco, termômetro de bulbo
úmido e termômetro de globo), Bomba medidora de gases, Anemômetros,
Explosímetros, Higrômetro, Oxímetro, Aparelhos medidores de monóxido de
carbono (CO), Filtros passivos;
Atividades e Operações Insalubres: Norma Regulamentadora nº 15 (NR–15 “anexo
1 a 14”);
Estudos nas Normas de Higiene Ocupacional (NHO - Fundacentro);
Análise Quantitativa do Mapeamento de Riscos;
Acidentes de Trabalho: com exposição a material biológico e acidente de trabalho
grave.
247
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Manuais de Legislação; Segurança e Medicina do Trabalho, São Paulo, Atlas 61º ed. 2007. MELO, Márcio dos Santos. Livro da Cipa - Manual de segurança do trabalhador. São Paulo: Fundacentro, 1990 ARAÚJO, Luis César G. de. Organização e métodos : integrando comportamento , estrutura, estratégica e tecnologia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. MAGRINI, Rui de Oliveira. Riscos de acidentes na operação de caldeiras. São Paulo: Fundacentro, 1991.
22 PLANO DE ESTÁGIO
CARGA HORÁRIA: 120 H/A – 100 H
22.1 Identificação da Instituição de Ensino
Nome do estabelecimento: CEEBJA – Professora Geni Sampaio Lemos –
Ensino Fundamental, Médio e Profissional (Res. 1628/10 – CEE)
Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Endereço: Rua Coronel Cecílio Rocha, 395
Município: Jacarezinho
NRE: Jacarezinho
22.2 Identificação do Curso
Habilitação: Técnico em Segurança do Trabalho
Área profissional: Saúde
Carga horária total: 2880 horas
- Do curso: 2400 horas
- Do estágio: 100 horas
22.3 Coordenação de Estágio
Nome do professor: Silvana Mara Francisquinho
Ano letivo: 2.011
248
22.4 Justificativa
O trabalho e a cidadania são previstos como os principais contextos nos quais a
capacidade de continuar aprendendo deve se aplicar, a fim de que o educando possa
adaptar-se às condições em mudança na sociedade, especificamente no mundo das
ocupações. A LDB neste sentido é clara: em lugar de estabelecer disciplinas ou conteúdos
específicos, destaca competências de caráter geral das quais a capacidade de aprender é
decisiva. O aprimoramento do educando como pessoa humana destaca a ética, a
autonomia intelectual e o pensamento crítico. Em outras palavras, convoca à constituição
de uma identidade autônoma. Para fazer uma ponte entre teoria e prática, de modo a
entender como a prática, está ancorada na teoria (fundamentos científico-tecnológicos), é
preciso que a escola seja uma experiência permanente de estabelecer relações entre o
aprendido e o observado, seja espontaneamente, no cotidiano em geral, seja
sistematicamente no contexto específico de um trabalho e suas tarefas laborais.
A Educação Profissional proposta pela atual LDB está comprometida com os
resultados de aprendizagem, portanto, a prática profissional constitui e organiza o
currículo, onde a formação de um profissional é capaz de inserir tal trabalhador no mundo
globalizado, agindo e transformando, através da sua participação direta em situações
reais de vivência e trabalho de seu meio ambiente. O profissional da área da saúde, no
caso dos alunos do Curso Técnico em Segurança do Trabalho, que atuando na área tem
por obrigação e responsabilidade à prevenção e proteção à saúde e integridade física do
trabalhador.
Se a questão profissional é referência para professores e alunos, o Estágio, por ser
uma experiência pré-profissional, passa a ser um momento de extrema importância. Será
o instante de organização do conhecimento, de seleção de ponto de vista, porque obriga
o estudante a confrontar seu saber com a realidade, não como um expectador acadêmico,
mas como um profissional, ou seja, dentro de uma organização social concreta na qual
tem um papel a desempenhar.
O que distingue o estágio das demais disciplinas em que a aula prática está
presente, é que ele se apresenta como o momento da inserção do aluno na realidade, da
reflexão e da compreensão das relações de trabalho. Este exercício de inserção e
distanciamento é que poderá prepará-lo para mais tarde, na vida profissional, atuar sobre
a realidade, buscando transformá-la.
Outra contribuição do Estágio refere-se ao autoconhecimento do estudante, pois
249
lhe permite confrontar os desafios profissionais com sua formação acadêmica, entendida
como formação teórica prática.
O Plano de Estágio do Estabelecimento, constitui ponto importante, para garantir
que se processe a realização e o acompanhamento do Estágio Profissional
Supervisionado dos alunos.
22.5 Objetivos do estágio
Contribuir para a formação profissional de nível técnico na área de Segurança
do Trabalho, por meio do desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do
trabalho e seus ambientes, que assegure concebê-lo como ato educativo em que a
teoria e a prática são indissociáveis.
22.6 Local de realização do estágio
Os Estágios serão realizados em Empresas ou Instituições Públicas ou Privadas
parceiras do Estabelecimento de Ensino, com ramos de atividades compatíveis com a
natureza e objetivo da habilitação e que apresentem condições de proporcionar
experiências práticas na área de formação do educando.
22.7 Distribuição da carga horária
A carga horária total do Estágio será de 100 horas, sendo 30 horas no terceiro
semestre, 30 horas no quarto semestre e 40 horas no quinto semestre. Não poderá
exceder a jornada diária de 6 horas, perfazendo 30 horas semanais.
22.8 Aproveitamento Profissional
O aluno que no decorrer do curso, comprovadamente estiver trabalhando em
empresas onde exerça atividade compatível com a realizada em seu Estágio Profissional
Supervisionado, poderá requerer na forma regimental junto a Secretaria do Colégio o
aproveitamento das horas trabalhadas para o cumprimento das horas do estágio no
máximo 30% do total da carga horária de estágio.
Juntamente com o requerimento de dispensa do estágio, o aluno deverá anexar
250
documentação comprobatória de vínculo empregatício não inferior a seis meses, com
declaração da Empresa contendo as atividades desempenhadas pelo seu funcionário
ligadas a área de saúde e segurança do trabalhador. A dispensa será concedida mediante
análise da documentação pelo Coordenador de Estágio.
22.9 Atividades do estágio
Durante a realização do Estágio Profissional Supervisionado, o educando deverá
realizar o reconhecimento e avaliação da área ou setor de atuação do Técnico em
Segurança do Trabalho, bem como integrar-se com os chefes dos setores e
departamentos existentes para maior conhecimento das atividades ali desenvolvidas e
dos possíveis riscos ambientais.
O aluno deverá fazer o acompanhamento direto das atividades do setor
competente da Instituição Parceira em que estiver atuando, o que com isto, estará
principalmente subsidiando-se e vivenciando de forma consistente a rotina diária do
Técnico em Segurança do Trabalho. Para tanto é preciso estar atento(a) quanto:
Inspeção de Segurança: Sistema ou processo de escolha para a realização; Tipo de
inspeção habitualmente realizada; Outras inspeção e periodicidade; Sistema de
encaminhamento dos problemas levantados; Processo de análise e solução (nível
hierárquico); Outras inspeções de checagem.
CIPA: Processo de recrutamento dos empregados para a candidatura na C.I.P.A;
Apresentação dos candidatos e tempo médio antes da eleição; Edital de convocação para
a eleição; Escolha dos membros representantes do empregador.
- Processo de eleição e apuração de votos.
- Elaboração dos documentos exigidos pela fiscalização; Posse dos novos membros;
Acompanhamento em pelo menos 03 (três) reuniões; Elaboração de atas das reuniões
acompanhadas; Lay-out e mapa de risco.
E.P.I. e E.P.C: Tipos e finalidades; Processo de análise em relação ao risco e prescrição
de E.P.I; Características dos riscos, E.P.I. em uso e carência de E.P.I. adequados;
Sistema de fornecimento e controle; Processos de conscientização utilizados quanto ao
uso obrigatório do E.P.I; Problemas e dificuldades apresentados pelo funcionário e
empregador.
Agentes Físicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões; Consideram-se Agentes
Físicos, dentre outros: Ruídos, Vibrações, Temperaturas Anormais, Pressões Anormais,
Radiações Ionizantes, Radiações Não Ionizantes e Umidade.
251
Agentes Químicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões; Consideram-se
Agentes Químicos, dentre outros: Névoas, Neblinas, Poeiras, Fumos, Gases e Vapores.
Agentes Biológicos: Identificação, avaliação, controle e sugestões; Consideram-se
Agentes Biológicos, dentre outros: Bactérias, Fungos, “Rickettisia”, Helmintos,
Protozoários e Vírus.
Riscos Ergonômicos e de Acidentes: Identificação, avaliação, controle e sugestões;
Consideram-se Riscos de Acidentes, dentre outros: Arranjo Físico, Máquinas e
Equipamentos, Ferramentas Manuais Defeituosas, Inadequadas ou Inexistentes,
Eletricidade, Sinalização, Perigo de Incêndio ou Explosão, Transporte de Materiais,
Edificações e Armazenamento Inadequado; Consideram-se Riscos de Acidentes, dentre
outros: Trabalho Físico Pesado, Postura Incorreta, Treinamento Inadequado ou
Inexistente, Trabalho em Turnos e Noturno, Atenção e Responsabilidade, Monotonia e
Ritmo Excessivo.
Investigação de Acidentes: Sistema de escolha da equipe; Tempo (Médio) após ocorrido o
Acidente; Documento e impressos utilizados; Técnicas aplicadas para a investigação;
Encaminhamento para a C.I.P.A; Acompanhamento da Análise do Acidente.
Sinalização: Sistema de sinalização de segurança utilizada; Deficiência de sinalização.
- Sugestão para novas sinalizações e/ou alterações nas atuais; Verificação de todos os
itens que impliquem na sinalização obrigatória. inclusive sistema de utilização de cores
para tubulações e outros de acordo com a NR – 26.
Cálculo de Custo: Sistemas utilizados para levantamento de estatísticas de A.T;
Processo utilizado para avaliação de custos diretos e indiretos; Sistemas de Cálculos
adotados; Processos de encaminhamento dos levantamentos estatísticos; Avaliação,
resultado e medidas que são apresentadas.
Caldeira: Tipo e características de caldeiras em operação; Sistema de supervisão e
controle do Livro de Registro; Inspeção periódica; Operadores habilitados e treinados;
Sistema de funcionamento e operação da caldeira; tempo de funcionamento e/ou
operação; Aspectos comparativos de todos os itens estabelecidos na NR – 13 e a
situação atual da caldeira em estudo.
Legislação: Aplicabilidade das NRs incidentes na atividade de estágio que está sendo
aplicada e o que falta.
Proteção contra Incêndios: Prevenção e Combate a Incêndios; Legislação Municipal de
Incêndios; Equipamentos de Combate a Incêndios; Brigadas de Incêndios; Planos de
Emergência.
252
Análise de Riscos: Técnicas de Análise; Árvore de causas e falhas; Análise dos acidentes
e incidentes.
As atividades de Estágio deverão estar relacionadas obrigatoriamente nas áreas de
concentração definidas pela Coordenação do Curso e propostas neste item. O estagiário
que desenvolver seu Estágio na empresa ou instituição em que trabalha deverá fazê-lo
fora de suas atividades de rotina, se dentro delas, com caráter inovado e diferenciado
observando todos os critérios previstos neste Plano.
22.10 Atribuições do Estabelecimento de Ensino
Assegurar estágios adequados a todos os seus alunos.
Proporcionar condições mínimas para garantir a realização do Estágio de seus alunos.
Viabilizar o ajuste das condições de estágio conciliando os requisitos mínimos exigidos
pelas diretrizes curriculares.
Preparar e providenciar Acordo de Cooperação com as Instituições que se proponham
a ofertar Estágios, bem como os Termos de Compromisso com o estagiário.
22.11 Atribuições do Coordenador de Estágio
Estabelecer com a Equipe Pedagógica do Colégio as orientações gerais sobre o
Estágio.
Identificar campos de estágio, estabelecer contatos e convênio com empresas;.
Elaborar o plano de trabalho e sua regulamentação, conforme legislação específica;
Coordenar o planejamento, a execução e a avaliação das atividades pertinentes ao
estágio, em conjunto com os demais professores;
Organizar e manter prontamente disponíveis documentos e registros referente ao
estágio.
Receber e rubricar a comunicação de carga horária cumprida pelo estagiário;
Manter o Manual de Estágio atualizado e de fácil acesso;
Nomear e organizar a banca examinadora do relatório final;
Avaliar os relatórios apresentados pelo estagiário.
253
22.12 Atribuições do órgão/instituição que concede o estágio
Orientar o estagiário a realizar seu Estágio, através do Supervisor da Empresa,
preferencialmente em áreas e/ou setores nos quais já tenha participado das aulas
teórico-práticas;
Controlar a freqüência do estagiário;
Oferecer ao estagiário oportunidades para um aprendizado teórico-prático e
sociocultural;
Colocar à disposição suas instalações e condições físicas e materiais necessários e
indispensáveis ao estagiário para a prática do Estagio;
Orientar e atribuir ao estagiário, tarefas compatíveis com a natureza do estágio, de
acordo com as atividades previstas no Plano de Estágio;
Prestar informações sobre o desenvolvimento do Estágio e das atividades do
estagiário que venham ser solicitadas pela Instituição de Ensino, comunicando
quaisquer irregularidades.
22.13 Atribuições do estagiário
Elaborar o Relatório e adequá-lo de acordo com as instruções recebidas pela
Coordenação de Estágio;
Cumprir a Carga Horária obrigatória de Estágio do Curso, comparecendo assídua e
pontualmente ao local de Estágio, cuja carga horária não poderá exceder a jornada
diária de 6 horas, perfazendo 30 horas semanais;
Preencher os requisitos necessários ao desenvolvimento do Relatório.
Cumprir as determinações constantes do Termo de Compromisso e Acordo de
Cooperação;
Empenhar-se na busca de conhecimento e assessoramento necessário ao
desempenho das atividades de estágio;
Manter contatos periódicos com a Coordenação de Estágio para discussão do
andamento do estágio;
Manter sigilo profissional, de qualquer informação confidencial que se tome
conhecimento durante o Estágio em com ele relacionado.;
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos
danos pessoais e materiais causados.
254
22.14 Forma de acompanhamento do estágio
O estagiário deverá ser acompanhado durante seu Estágio por profissionais
habilitados, tais como:
a – Coordenador de Estágio: será o elo de ligação entre o Colégio e o local da realização
do Estágio, apresentando e direcionando o Plano de Trabalho de Estágio que deverá ser
traçado juntamente com o estagiário, sendo instrumento a ser seguido pelo supervisor no
local da realização do Estágio.
b – Supervisor da Instituição concedente: será o responsável pela condução e
concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, de acordo com o
Plano estabelecido pelo Estabelecimento de Ensino.
22.15 Avaliação do Estágio
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um
processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo portanto estar presente
em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como elemento
essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em relação à proposta.
Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:
Ficha de Controle de Estágio Profissional Supervisionado;
Ficha de Avaliação do Estagiário;
Ficha do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio Profissional
Supervisionado;
Banca examinadora;
O Relatório Final de Estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas
definidas no Manual de Estágio.
A nota do Estágio do Segundo Semestre será a média entre a nota apresentada
pelo Supervisor de Estágio da Unidade Concedente e a nota atribuída na avaliação
proposta pela Coordenação de Estágio (Relatório Parcial). No Terceiro Semestre será a
média entre a nota apresentada pelo Supervisor de Estágio da Unidade Concedente e a
nota atribuída na avaliação proposta pela Coordenação de Estágio (Relatório Final).
O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é expresso
através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). O
rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula zero). Será
255
considerado aprovado o aluno que:
a) obtiver freqüência de 100% (cem por cento) e aproveitamento igual ou superior a 6,0
(seis vírgula zero);
b) entregar a Ficha de Controle e o Relatório apresentando os conteúdos observados
durante o Estágio Profissional Supervisionado em data prevista.
22.16 Disposições finais
O aluno deverá realizar o Estágio Profissional Supervisionado ao longo do Curso,
acompanhando o semestre, como forma de assegurar a importância da relação teoria-
prática no desenvolvimento curricular, estabelecida no Plano de Estágio específico
aprovado pelo órgão competente;
A não conclusão do Estágio Profissional Supervisionado, no prazo previsto neste
Plano de Trabalho, implicará na suspensão da emissão do diploma;
A realização do estágio é obrigatória para a conclusão do Curso Técnico em
Segurança do Trabalho;
O aluno aprovado em todas as disciplinas, mas reprovado ou não cumpriu o Estágio
Profissional Supervisionado obrigatório, será considerado reprovado no respectivo
semestre;
A Direção do Estabelecimento não poderá expedir nenhum tipo de documento que
comprove o término do Curso, sem que o aluno tenha atendido todos os itens
necessários para aprovação no Estágio.