1º trimestre 2014 lição 11 deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao11-ujf-1tr14-deusescolhearaoeseusfilhosparaosacerdocio.htm 1/48 Home Estudos EBD Discipulado Mapas Igreja Ervália Corinhos Figuras1 Figuras2 Vídeos Fotos Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio LIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultos Tema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual Comentário: Pr. Antônio Gilberto Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva Questionário NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.ht m Acesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm TEXTO ÁUREO "E para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra" (Ap 5.10).

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1º Trimestre 2014 Lição 11 Deus escolhe arão e seus filhos para o sacerdócio

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Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócioLIÇÕES BÍBLICAS - 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComentário: Pr. Antônio GilbertoComplementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida SilvaQuestionárioNÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS EEXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃOhttp://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmAcesse para estudar http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm

TEXTO ÁUREO"E para o nosso DEUS os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra" (Ap 5.10).

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VERDADE PRÁTICACRISTO nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.

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LEITURA DIÁRIASegunda- Hb 6.20 JESUS, Sacerdote EternoTerça- Hb 5.1-9 A superioridade do sacerdócio de JESUSQuarta- Hb 5.10 Sacerdote segundo a ordem de MelquisedequeQuinta- Hb 7.1-4 Figura do sacerdócio eterno de CRISTOSexta- Hb 7.26 JESUS, Sacerdote SANTOSábado- Ap 1.6Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Êxodo 28.1-111 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para meadministrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 2 - E farás vestessantas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento. 3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, aquem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que meadministre o ofício sacerdotal. 4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, euma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, parame administrarem o ofício sacerdotal. 5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linhofino 6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obraesmerada. 7 - Terá duas ombreiras que se \ unam às suas duas pontas, e assim se unirá. 8 - E o cinto de obraesmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, ede púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido. 9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas osnomes dos filhos de Israel, 10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra,segundo as suas gerações.11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor de selos, lavrarás estas duas pedras, com os nomes dos filhosde Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.

INTERAÇÃONo Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifíciopor ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal aarônicoapontava para CRISTO, nosso Sumo Sacerdote eterno, JESUS CRISTO é o único Sumo Sacerdote perfeito e

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suficiente. Ele é o único representante entre DEUS e o homem. Assim como JESUS é o Sumo Pastor; nós oscrentes, também fomos feitos sacerdotes. A nossa função é a de servir a Igreja e a CRISTO com amor.

OBJETIVOS - Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:Explicar o sacerdócio em IsraelElencar os elementos da indumentária sacerdotal.Compreender o papel atual dos ministros da igreja de CRISTO.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICAPara concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo3.1-7. Use a lousa para elencaras qualidades necessárias para quem deseja exercer o SANTO Ministério: (1) Serirrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) nãodado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, nãoavarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não sejanovo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que taiscaracterísticas resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.

PALAVRAS-CHAVE - Sacerdócio; Ofício, o ministério e a função do sacerdote.

Resumo da Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócioI - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)1. O sacerdote.2. O ministério dos sacerdotes.3. O sumo sacerdote.II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28).2. O Urim e Tu mim (Êx 128.30).III - MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA1. Chamados por DEUS.2. Qualificações.3. Comprometidos com a Palavra.

SINOPSE DO TÓPICO (1) - DEUS ordena o ministério sacerdotal por intermédio de Moisés, separando Arão eseus filhos para o santo ofício.SINOPSE DO TÓPICO (2) - A túnica de linho, o éfode, o Urim e o Tumim eram elementos sagrados quecompunham a indumentária sacerdotal.SINOPSE DO TÓPICO (3) - Os ministros de CRISTO são dados por DEUS à Igreja. Eles devem manifestar umcaráter que honre ao Pai e que, igualmente, demonstre o compromisso com o ministério da Palavra.

VOCABULÁRIOIndumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou pordeterminado povo, classe social, profissão, etc.Esmerado: Caprichoso, empenhado.Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo detensão, prenunciando o desfecho; ápice.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I - Subsídio Geográfico - “O Dia da ExpiaçãoO dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do anoreligioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a DEUS, a fim de tornar o povoaceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonial- mente afetados pelo pecado e o Dia daExpiação foi instituído para promover uma limpeza espiritual de primavera’, de modo que o caminho para chegar aDEUS, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podiafazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelosanciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã,era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados daspessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Doisbodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de DEUS e qual do povo. Obode de DEUS era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava

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com incenso e brasas no SANTO dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a DEUS” (GOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dosTempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, pp.321-22).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II - Subsídio Teologia Pastoral - “O Caráter do Servo do SenhorUma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos epráticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição públicaa qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazeroposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haverpadrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer baseética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desseestado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter paraque seja modelado com nitidez.

O CARÁTER E AÇÃOO caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modocomo vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidosquando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempredevem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Vistoque as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-seessenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, masporque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1 Tm 3.2,7). Nossas palavrase pensamentos devem ser agradáveis perante a face de DEUS (SI 19.14), mas nossas ações revelam nossocaráter aos outros. As características do caráter exigido por DEUS daqueles que querem habitar em suapresença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (SI 15)" (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. etal. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.l 14-15).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDAGOWER, Ralph. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

Revista Ensinador Cristão CPAD, n° 57. p.41.Segundo a ordenação de DEUS a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam serseparados e consagrados para o sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram peranteo Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar (Lv10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na família de Arão, pois havia várias restrições queimpediam uma pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre função eram necessárias certasexigências; o homem não poderia ter nenhum defeito físico (Lv 21.1 -24). A lei exigia perfeição e tal perfeiçãoapontava para CRISTO, o homem perfeito.O sacerdote tinha a função principal de conduzir o homem até DEUS, todavia também exercia funções notabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2 Rs 17,27,28). O sacerdote não era um neófito. Eleprecisava conhecer as leis civis e religiosas para exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própriavida. Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que ministram na Casa de DEUS. Énecessário que os pastores sejam separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de DEUS e estejamaptos para ensiná-la.Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe "o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote, ossacerdotes, e os levitas".O sacerdote deveria se apresentar diante de DEUS com roupas santas, separadas para a ministração.Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a DEUS de qualquermaneira. Puro engano! A Palavra de DEUS nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém veráao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.DEUS ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes.O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de CRISTO, nosso Sumo Sacerdote. Todas aspartes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nosesquecer que DEUS ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude derespeito. Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo. Segundo VictorHamilton "quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote (o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)". Tanto as roupas como os rituais apontava

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para CRISTO. COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

No capítulo 9, vimos como DEUS estabeleceu as normas relativas à adoração, quando das suasinstruções para a construção do Tabernáculo. Mas o Senhor foi mais além. Ele também levantouhomens que se dedicariam diária e exclusivamente à obra do Tabernáculo e teriam a responsabilidadede ensinar ao povo o caminho da verdadeira adoração. Até antes de DEUS fazer isso, quem tinha essafunção exclusiva era Moisés, que, inclusive, é contado, ao lado de Arão, como sacerdote do Senhorperante Israel (SI 99.6).O capítulo 28 do livro de Êxodo trata exatamente desse chamado divino para a formação de um corposacerdotal. Ali, vemos DEUS escolhendo e separando para si os homens da tribo de Levi para o serviçono Tabernáculo e para o sacerdócio, que incluía o ensino do povo no Livro da Lei. Mais detalhes sobreesse ministério são dados também no livro de Levítico.A seguir, veremos alguns detalhes e características desse importante ministério e que lições ele nostraz para os dias de hoje.

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 128.

Desenvolvimento HistóricoAntes do desenvolvimento formalizado do sacerdócio Levítico, na família de Arão (que, segundo algunsestudiosos, só teria sido plenamente organizada depois do cativeiro babilônico), houve as seguintesfases:1. O homem santo, dotado de poderes psíquicos e espirituais, que era consultado como um oráculo.Esses antigos sacerdotes - fossem eles hebreus ou não usualmente tinham um santuário (emboratosco), ao qual serviam. E também dispunham de ritos, orações, encantamentos etc., tudo o que faziaparte do seu trabalho.Além disso, com freqüência eram uma figura importante, social e politicamente falando. Esperava-se dosacerdote que servisse de mediador entre algum poder divino e os homens, e também que fosse capazde pronunciar-se sobre questões éticas e legais, além de prever o futuro.O bramanismo, na Índia, é um exemplo de como tal oficio se tomou hereditário e veio a fazer parte deum sistema de castas. Os sacerdócios egípcios eram altamente organizados, sob o controle do rei, queera o sumo sacerdote do sistema religioso. Na Babilônia, uma classe especializada ocupava-se dosdeveres sacerdotais. Nas culturas grega e romana, porém, a questão era um tanto mais livre. Qualquerindivíduo que demonstrasse possuir habilidades psíquicas e espirituais podia tornar-se sacerdote,embora a história demonstre que havia um número maior de sacerdotes nobres do que plebeus. Comfreqüência, nessas culturas todas, o sacerdócio funcionava sob o controle do Estado. Na históriaposterior de Roma, o imperador tomou-se o equivalente ao sumo sacerdote, considerado um vulto divino.Em seus primórdios, o budismo e o islamismo não contavam com um sacerdócio.Na antiga cultura hebréia, qualquer homem podia ser sacerdote, se mostrasse possuir a capacidadepara tanto; mas, durante o período patriarcal, o sacerdócio era desempenhado pelo cabeça de cadafamília (ver Gên. 8:20; 22: 13; 26:25; 33:20). Os sacerdotes por muitas vezes tomavam-se líderesnacionais, conforme se vê no caso de Melquisedeque. Embora seja muito duvidoso que ele fosse umhebreu, é certo que era semita. E também podemos pensar no caso de Moisés, que foi líder nacional esacerdote.2. O Estágio Deuteronômico. Nos tempos de Moisés, os sacerdotes pertenciam todos à família de Arão.Todavia, isso não sucedeu de modo absoluto, pelo que, se é geralmente correto dizer que todos ossacerdotes pertenciam à tribo de Levi (através de Arão), isso não ocorria no caso de todos eles. Pode-sedizer que, se um levita pudesse ser achado, ele era a preferência natural; mas houve exceções a essaregra. Assim, Samuel exercia poderes sacerdotais, mas ele mesmo não era da tribo de Levi. Talvez sejacorreto dizer que Salomão foi um rei - sumo sacerdote; e, no entanto, era da tribo de Judá. Os profetastambém desempenhavam certa função sacerdotal, posto que não formal, no tabernáculo ou no templo.Em face de sua ocupação, os sacerdotes também eram juízes. O filho de Mica, que era efraimita, atuoucomo sacerdote (Juí. 17:5). Outro tanto fizeram alguns dos filhos de Davi (lI Sam. 8: 18), Gideão (Juí.6:26) e Manoá, este da tribo de Dã (Juí. 13: 19).3. O Estágio de Transição. Nos capítulos 40 a 48 do livro de Ezequiel, foram favorecidos os sacerdoteszadoquitas (de Jerusalém), o que estreitou a opção de onde podiam proceder os sacerdotes, em Israel.4. O Estágio Pôs-exilico. O sacerdócio foi monopolizado pelos descendentes reais ou supostos de Arão,enquanto outros levitas ocuparam posições subordinadas, e, algumas vezes, manuais. Foi durante esseúltimo estágio de desenvolvimento que emergiu o verdadeiro sumo sacerdote de Israel, embora Arãotivesse sido um protótipo do oficio.Os sacerdotes tinham o direito de receber dízimos e porções determinadas das oferendas. Cuidavam dosantuário e das formas externas do culto, e envolviam-se no sistema sacrificial. Eram os guardiões das

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tradições e protegiam a pureza da adoração. No judaísmo posterior, o sacerdote (no hebraico, cohen)retinha o privilégio de pronunciar a bênção sacerdotal, e de ser o primeiro a ler o livro da lei.Quando o sacerdócio formal caiu e desapareceu da história, os rabinos retiveram o trabalho dossacerdotes, em forma simbólica, embora também literal em outros sentidos, tomando-se então oslíderes espirituais do povo de Israel.5. Divisões dos Sacerdotes Levíticos. Três famílias deram prosseguimento ao sacerdócio, em Israel: osdescendentes de Gérson, Coate e Merari. Outros levitas ajudavam nos cultos: até que ponto, édisputado pelos historiadores bíblicos (ver Num, 3:5 ss.), Sabemos que levitas que não pertenciam aessas famílias contavam com seus santuários em certos lugares. Mas isso terminou por ocasião dasreformas instituídas por Ezequias (ver II Reis 18:4~ 23:8 ss.). Outrossim, conforme já vimos, algunsnão-levitas envolviam-se nos deveres sacerdotais.Características e FunçõesNo que tange especificamente aos levitas, tenho fornecido amplas informações sobre eles, no artigo arespeito. Mas aqui podemos considerar os seguintes pontos:1. Os sacerdotes eram ordenados a seu oficio e às suas funções mediante um elaborado ritual (Êxo. 29;Lev. 8).2. Usavam vestimentas especiais, em sinal de seu oficio, e cada peça de seu vestuário ao que sepresume, tinha significados simbólicos (Êxo. 29; Lev. 8).3. O sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, comooficiar no dia da expiação, entrando no SANTO dos Santos com esse propósito, e servir de principaloráculo do sacerdócio. Também tinha o dever de oferecer a refeição diária (ver Lev. 6: 19 ss.). Ver oartigo separado intitulado Sumo Sacerdote.4. Os sacerdotes comuns realizavam todos os sacrifícios (Lev. 1--6), cuidavam de questões sobrealimentos próprios e impróprios (Lev, 13--14), e estavam encarregados de diversos outros deveressecundários (Núm. 10: 10; Lev. 23:24; 25:9).5. Eram sustentados mediante dízimos, primícias do campo, primícias dos animais e porções de váriossacrifícios (Núm. 18).6. A função original de um sacerdote (no hebraico, cohen) era ser o intermediário de um oráculo, alguémque dava instruções por inspiração divina, segundo dele se esperava. E isso continuou a ser umaimportante parcela do oficio sacerdotal, mormente no caso do sumo sacerdote.Os sacerdotes também eram os guardiões e mestres dos documentos e das tradições sagradas.Finalmente essa função foi transferida para os rabinos, com o desaparecimento do sacerdócio emIsrael. Como é óbvio, os profetas compartilhavam essas atividades; e, de fato, atuavam quase como sefossem sacerdotes, embora sem fazer parte do sacerdócio, de maneira formal,7. Os sacerdotes eram guardiões dos ritos sagrados, os quais promoviam o conhecimento sobre asantidade de DEUS e a necessidade de os homens se aproximarem dele sem a polução do pecado.mediante os holocaustos apropriados e a mudança de vida correspondente. Eles queimavam o incensosobre o altar de ouro, no lugar santo, o que era mesmo um símbolo das funções sacerdotais.Também cuidavam das lâmpadas, acendendo-as a cada novo começo de noite; e arrumavam os pãesda proposição sobre a mesa própria. a cada sábado (ver Êxo. 27:21; 30:7,8; Lev. 24:5-8). Elesmantinham a chama sempre acesa no altar dos holocaustos (Lev. 6: 9,12); limpavam as cinzas dessealtar (vss. 10,11); ofereciam sacrifícios matinais e vespertinos (Êxo. 29:38-44); abençoavam o povo apósos sacrifícios diários (Lev. 9:22; Num, 6:23-27); aspergiam o sangue e depositavam sobre o altar asvárias porções da vítima sacrificial; sopravam as trombetas de prata e o chifre do jubileu, por ocasião defestividades especiais; inspecionavam os imundos quanto à lepra (Núm. 6:22 ss. e capítulos 13 e 14);administravam O juramento que uma mulher deveria fazer quando acusada de adultério (Núm. 5:15);eram os mestres da lei e agiam como juízes quanto às queixas do povo, tomando decisões válidasquanto aos casos apresentados (Deu. 17:8 ss.; 19:17; 21:5).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 16; 17-19.I - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)1. O sacerdote.

O fato de que Arão e seus filhos tinham um monopólio do sacerdote é aqui referido quaseincidentalmente, como se soubéssemos disso o tempo todo. Naturalmente, a época refletida é a deMoisés. Arão era o sumo sacerdote e o tabernáculo requeria um elaborado sistema de manutenção osacerdócio aarônicos. As descrições das vestes e das funções dos sacerdotes correspondem às doperíodo pós- exílico (ver Eclesiástico 45.6-24 e 50.1-24). E os críticos pensam que temos aqui um reflexodesse período mais recente. Os eruditos conservadores, por sua vez, pensam que essas práticas játinham começado nos dias de Moisés, com projeções para épocas subseqüentes.O termo sumo sacerdote só começou a ser usado após o exílio babilônico; e aqui 0 título é conferido aArão, porque essa tinha sido a sua função original, embora ela não fosse chamada por esse nome. Versumo sacerdote (II Crô. 19.11; 24.11; Esd. 7.5); príncipe da casa de DEUS (I Crô. 9.11). Na época dos

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hamoneus, o sumo sacerdote tornou-se uma poderosa figura política, mas foi então que o oficio sofreuvárias corrupções. Funções sacerdotais existiam em uma religião de tendências predominantementereconciliadoras; de outra sorte, elas nem seriam necessárias. Os sacerdotes aarônicos erammediadores do pacto mosaico (ver as notas a respeito na introdução a Êxo. 19.1). O sumo sacerdotedestacava o conceito da necessidade que o homem tem de reconciliar-se com DEUS (Êxo. 33.12-23).Arão mediava as graças e dons de Yahweh ao povo de Israel. Mas foi através de Moisés que Arão haviarecebido seu ofício e sua autoridade.Êx 28.1 Arão e seus filhos tomaram-se uma classe sacerdotal. Todos os sacerdotes eram levitas, masnem todos os levitas eram sacerdotes. Havia funções e deveres maiores e menores. Vir para junto de ti.Em outras palavras, consagrar, pois Moisés é que dava a Arão e seus filhos a autoridade original deles.Os sacerdotes tinham vestes que ilustravam os poderes, os privilégios e a dignidade de seu ofício; eneste capitulo vinte e oito são descritas as vestes sacerdotais.Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Arão pode ter tido outros filhos, não mencionados, sendo presumívelque esses outros também receberam funções sacerdotais de alguma espécie.“O ofício sacerdotal, na verdade, estava circunscrito às famílias de Eleazar e Itamar. Eleazar tornou-sesumo sacerdote em razão da morte de Arão (Núm. 20.28). Foi sucedido por seu filho, Fínéías, que era osumo sacerdote no tempo de Josué (Jos. 22.13) e mais tarde (Juí. 20.28). Em data posterior, mas sobcircunstâncias desconhecidas, o sumo sacerdócio passou para a linhagem de Itamar, à qual Elipertencia" (Ellicott, in loc). Arão era tipo de CRISTO em Sua função de Sumo Sacerdote, ideia essainclusa no artigo sobre o assunto.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 429.A Indumentária dos Sacerdotes (28.1-43; cf. 39.1-31)a) Introdução (28.1-5). DEUS escolheu Arão, o irmão de Moisés, e seus descendentes, para servir desacerdotes. Até este momento, Moisés era o único mediador, mas foi a família de Arão, e não a deMoisés, que foi escolhida para administrar perante DEUS a favor de Israel (1). As vestes destessacerdotes eram especiais e consideradas santas (2). Típico da pureza interior do povo de DEUS, osobjetos externos eram separados para propósitos santos. Estas roupas também eram para glória eornamento. Seria incompatível e desprovido de glória o sacerdote ministrar com roupas simples e sembrilho no Tabernáculo graciosamente colorido. DEUS, o Autor de tudo que é bom e bonito, deseja queseu povo seja formoso e que haja beleza nos procedimentos de adoração. DEUS concedeu espírito desabedoria (3) a homens sábios para capacitá-los a fazer estas vestes. DEUS, que criou a beleza, dá aohomem a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para criá-la. Certas produções que o mundochama arte não passam de imoralidade, mas a verdadeira arte é de DEUS.No versículo 4, há uma lista dividida em grupos dos artigos para o sumo sacerdote, os quais sãodetalhados separadamente nos versículos seguintes. Os materiais eram os mesmos para as cortinas doTabernáculo (5), exceto que havia ouro.

Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 214.A vontade de DEUS era que a nação de Israel fosse um "reino de sacerdotes (Êx 19:6) no mundo,revelando a glória do Senhor e compartilhando as bênçãos de DEUS com as nações incrédulas a seuredor. No entanto, a fim de magnificar um DEUS santo, era preciso que Israel fosse um povo santo, e,assim, entrou em cena o sacerdócio de Arão. Os sacerdotes (a família de Arão) e os levitas (as famíliasde Coate, Gérson e Merari; ver Nm 3-4) eram incumbidos de servir no tabernáculo e de representar opovo diante de DEUS. Os sacerdotes também deviam representar a DEUS diante do povo ao ensinar alei e ao ajudá-los a lhe obedecer (Lv 10:8-11; Dt 33:10; Ml 2:7).No entanto, Israel não viveu como um reino de sacerdotes. Em vez disso, a liderança espiritual do povofoi se deteriorando gradualmente até que os sacerdotes chegaram a permitir que o povo adorasse aídolos dentro do templo de DEUS (Ez 8)! O Senhor castigou seu povo ao permitir que os babilôniosdestruíssem Jerusalém e o templo, levando milhares de judeus para o exílio. Por que isso aconteceu?"Foi por causa dos pecados dos seus profetas, das maldades dos seus sacerdotes que se derramou nomeio dela o sangue dos justos" (Lm 4:1 3).Hoje, DEUS quer que sua Igreja ministre a este mundo como um "sacerdócio santo" e um "sacerdócioreal" (1 Pe 2:5, 9).1 Se o povo de DEUS for fiel a seu ministério sacerdotal, então proclamará "asvirtudes daquele que [o] chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2:9). Ao estudar osacerdócio do Antigo Testamento, você verá paralelos significativos entre os sacerdote israelitas do 1.Os sacerdotes são escolhidos para servir a DEUS (Êx 2 8 :1 ,3 ,41 ; 29 :1 ,44 )As palavras do Senhor "para que me ministre" aparecem cinco vezes nesses dois capítulos e tambémem Êxodo 30:30; 40:13, 15 e Levítico 7:35. Por certo, os sacerdotes ministravam ao povo, mas seuprimeiro dever era ministrar ao Senhor e agradá-lo. Se eles se esquecessem de sua obrigação para como Senhor, não tardaria para que começassem a menosprezar suas responsabilidades para com o povo,e a nação entraria em decadência espiritual (ver Ml 1:6 - 2:9).DEUS escolheu Arão e seus filhos para ministrar no sacerdócio por um ato de sua graça soberana, pois

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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eles certamente não tinham direito a essa posição nem a mereciam.Contudo, o fato de DEUS salvar pecadores como nós e de constituir-nos seu "sacerdócio santo"também é um ato da sua graça, e não devemos jamais deixar de admirar esse privilégio espiritual. "Nãofostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros" (Jo 15:16).Infelizmente, Nadabe e Abiú desobedeceram ao Senhor e foram mortos (Lv 10). Quando Arão morreu,Eleazar tornou-se seu sucessor (Nm 20:22-29), e os descendentes de Itamar deram continuidade aoministério sacerdotal, mesmo depois do cativeiro (Ed 8:1, 2).Como povo de DEUS nos dias de hoje, devemos nos lembrar de que nosso primeiro dever é agradar eservir ao Senhor. Se fizermos isso, ele trabalhará em nós e por nosso intermédio para realizar sua obraneste mundo. Quando JESUS restaurou Pedro à condição de discípulo, não perguntou: "Você ama seuministério?"; nem mesmo: "Você ama as pessoas?". A pergunta que repetiu foi: "Amas-me?" (Jo 21:17). Assim como o maior dever de um pai é amar a mãe de seus filhos, também a obrigação (e oprivilégio) mais importante do servo é amar ao Senhor. Todo o ministério flui desse relacionamento.Uma parte dessa incumbência de agradar a DEUS era usar as vestes sacerdotais. O sumo sacerdote,os sacerdotes e os levitas não podiam se vestir como bem entendessem quando ministravam notabernáculo. Tinham de usar as roupas que DEUS havia planejado para eles. Havia pelo menos trêsmotivos para DEUS ter providenciado essas vestes: (1) davam ao sacerdote dignidade e glória (Êx 28:2)e distinguiam-nos do resto do povo, como um uniforme identifica um soldado ou uma enfermeira; (2)revelavam verdades espirituais relacionadas a seu ministério e a nosso ministério hoje em dia; e (3) seos sacerdotes não usassem suas vestes especiais, correriam risco de vida (vv. 35, 43).

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 315-316.A nomeação dos sacerdotes: “Arão e seus filhos”, v. 1. Até aqui, cada chefe de família era o sacerdotepara a sua própria família, e oferecia, conforme julgasse haver ocasião, sobre altares de terra. Mas agoraque as famílias de Israel começavam a incorporar-se em uma nação, e um tabernáculo da congregaçãoseria erigido, como centro visível da sua unidade, era essencial que houvesse a instituição de umsacerdócio público. Moisés, que até aqui tinha oficiado, e por isto é reconhecido entre os sacerdotes doSenhor (SI 99.6) já tinha trabalho suficiente para realizar, como seu profeta, para consultar o oráculo poreles, e como seu príncipe, para julgar entre eles. E ele não desejava monopolizar todas as glórias para simesmo, nem transmitir esta glória do sacerdócio, que por si só era hereditária, para a sua própriafamília, mas ficou muito satisfeito por ver o seu irmão Arão investido nesta função, e seus filhos depoisdele, enquanto (por maior que ele pudesse ser) os seus próprios filhos seriam apenas levitas comuns. Éum exemplo da humildade deste grande homem, e uma evidência da sua sincera consideração pelaglória de DEUS, o fato de que tivesse tão pouca consideração pela primazia da sua própria família. Arão,que tinha humildemente servido como profeta para seu irmão mais jovem, Moisés, e não recusou estetrabalho (cap. 7.1) agora é promovido para ser um sacerdote, um sumo sacerdote para DEUS. Pois Eleexalta aqueles que se humilham. E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado porDEUS, Hebreus 5.4. DEUS tinha dito, sobre Israel, de modo geral, que eles seriam, para Ele, um reinode sacerdotes, cap. 19.6. Mas por ser essencial que aqueles que ministravam no altar devessemdedicar-se integralmente ao serviço, e porque aquilo que é o trabalho de todos em breve passa a ser otrabalho de ninguém, DEUS aqui escolheu entre eles uma família para ser uma família de sacerdotes, opai e seus quatro filhos. E dos lombos de Arão descenderam todos os sacerdotes da igreja judaica,sobre os quais lemos tão freqüentemente, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. É uma grandebênção quando a verdadeira santidade prossegue em uma família de geração em geração, como asantidade cerimonial.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag.329.

«...JESUS...» Somente este livro aos Hebreus, dentre os livros mais teologicamente orientados do N.T.,o simples termo, «JESUS», é usado freqüentemente, sem elaborações, como Senhor JESUS, CRISTOJESUS, Senhor JESUS CRISTO, etc. (Ver Também Heb. 2:9; 6:20; 7:22; 10:19; 12:2,24 e 13:12).Neste livro, acima de todos os outros, é enfatizada a verdadeira humanidade de CRISTO, mostrando-noscomo ele está perfeitamente identificado com nossa humanidade, a fim de que, por nossa vez, nospossamos identificar perfeitamente com sua natureza celestial. (Ver Heb. 2:10 ess. quanto à naturezada doutrina da «comunhão»), O título «JESUS» fala-nos de sua identificação com os homens, medianteo que ele se torna o nosso Salvador.«...precursor...» No grego é usado o vocábulo «proâromos», isto é, o «ir adiante», mas que é usadopessoalmente para falar de quem «entrou adiante». A ideia é de alguém que é «pioneiro no caminho»,que se torna o líder que outros devem seguir, e que devem atingir o mesmo «destino», como alguém quefoi à frente. Essa palavra é usada somente aqui, em todo o N.T. Esse vocábulo é usado nos escritosclássicos para indicar «escoteiro», alguém que espia a terra e a prepara para a chegada das tropas.Posto que JESUS entrou no SANTO dos Santos, então até ali deverão chegar também os seusremidos. Encontramos a mesma ideia em Heb. 10:19. Vários intérpretes acreditam que os céus são

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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pintados como arquétipo do templo terreno. Tem muitos compartimentos, até como o templo terrenotinha o átrio dos gentios, o átrio das mulheres, o Lugar SANTO e o SANTO dos Santos. Isso equivale,em significado, aos «lugares celestiais» mencionados por Paulo, comentados em Efé. 1:3, bem comoàs «muitas mansões» aludidas por JESUS, e comentadas em João 14:2. Os antigos nunca concebiamum «céu» só, uma única «habitação espiritual», e, sim, muitas esferas ou reinos espirituais. Ora,JESUS, na posição de nosso precursor, entrou no «mais alto céu», a saber, no SANTO dos Santos. Aliele aguarda por nós. Isso não significa que o mero ato da morte nos conduzirá até ali. Antes,penetramos nos «lugares celestiais», na grande casa de DEUS, sobre a qual CRISTO governa comoFilho. Mediante o processo de glorificação é que eventualmente entraremos na própria presença deDEUS, porquanto quem não estiver perfeito, não poderá entrar ali. Contudo, todos os remidos poderãoestar no seu «templo», e assim estarem «com CRISTO». A eternidade definirá para nós esses detalhes.Notemos Heb. 9:23,24 quanto ao fato que, na epístola aos Hebreus, o templo terreno aparece comosímbolo do templo celestial. JESUS, por causa de sua grandeza, não poderia mesmo ocupar algumlugar inferior ou secundário. Entrou diretamente no SANTO dos Santos. Assim também o faremos,quando da glorificação, o que significa, finalmente, a participação nas perfeições e atributos de CRISTO,baseada essa participação em sua própria natureza. Mas essa glorificação é gradual, sendo, de fato, oavanço da alma para a recepção de «toda a plenitude de DEUS», conforme encontramos em Efé. 3:19.Visto que há uma infinidade de plenitude, assim também há uma infinidade de enchimento. DEUS éinfinito, e por toda a eternidade chegaremos a compartilhar, em grau cada vez mais alto, de suasperfeições e atributos, e isso porque somos seus filhos verdadeiros. CRISTO nos outorgou o «modelo»de como essa participação tem lugar.Novidade do conceito do precursor: O povo de Israel nunca recebeu permissão de entrar no SANTO dosSantos. O próprio sumo sacerdote dos hebreus só penetrava ali uma vez por ano, mas jamais comomeio de preparar o povo para tal entrada. O sumo sacerdote do A.T. era apenas «representante» dopovo, que obtinha para eles o favor divino. CRISTO, como nosso sumo sacerdote, tem a funçãodiferente de preparar o caminho para seu povo entrar onde ele entrou. Isso é algo que nunca foiantecipado pelo sistema Levítico.«...tomado sumo sacerdote...» Consideremos os pontos seguintes: 1. Por nomeação de DEUS (ver Heb.5:4); 2. por causa do fato de ter-se completado com êxito a sua missão terrena (ver Heb. 1:9 e 4:10); 3.porque, em sua missão terrena, ao identificar-se com os homens, ele aprendeu a sentir e a conhecersuas fraquezas, de tal modo a poder mostrar-se simpático para com eles e interceder eficazmente emseu favor (ver Heb. 4:15); 4. Porque ele ofereceu o sacrifício perfeito (ver Heb. 5:1,3 e 9:23); 5. porquesuas promessas são melhores, oferecendo nos um pacto melhor que o da dispensação do A.T. (verHeb. 8:6). (Quanto a notas expositivas completas sobre o ofício «sumo sacerdotal», e sobre «CRISTOcomo nosso Sumo Sacerdote», ver Heb. 2:17).«...ordem de Melquisedeque.. .» (Quanto a notas completas sobre «Melquisedeque e seu sumosacerdócio», ver Heb. 5:6). Essa nova menção de Melquisedeque reinicia o tema de Heb. 5:10;vinculando-o com o sétimo capítulo. O material intermediário contêm várias advertências, baseadas nopensamento de seu sacerdócio. Ele estabelece ampla provisão, e é a nossa única provisão. Se nosafastarmos de CRISTO, ou se o rejeitarmos, fatalmente cairemos na apostasia. CRISTO, na qualidadede Sumo Sacerdote, remove o véu e permite que todo o grupo dos filhos de DEUS entrem ali. Já têmbem firmada ali sua âncora de esperança, estando vinculados a CRISTO por seus laços de amor. Odestino dos filhos de DEUS é o de compartilhar o destino de CRISTO no sentido mais literal possível.«...por nós...» Essas palavras subentendem que CRISTO não precisou entrar no SANTO dos Santos pornossa causa, mas que, na qualidade de nosso Sumo Sacerdote, como nosso representante e comoquem abriu o caminho para nós, chegou ali a fim de interceder em nosso favor perante DEUS Pai. «Asprimícias de nossa natureza já subiram: assim também o restante está santificado. A ascensão deCRISTO é a nossa promoção; para onde a glória do Cabeça nos precedeu, para ali também é chamadaa esperança do corpo... Tal como João Batista foi o precursor de CRISTO na terra, assim tambémCRISTO é o nosso precursor nos céus». (Faucett, in loc.).«JESUS mostrou-nos o caminho, tendo entrado à nossa frente, sendo ele a garantia (no grego, egguos,ver Heb. 7:22), aquele que garante nossa posterior entrada. Na realidade, nossa âncora de esperança,com suas duas correntes, a promessa e o juramento de DEUS, apegou-se a JESUS, dentro do véu. Ese manterá firme». (Robertson, in loc.).Algumas pessoas vêem neste versículo a figura simbólica das «primícias».Os atenienses chamavam de «prodromoi» ou «precursores» os primeiros figos a amadurecerem. Algunsdos pais da igreja, como Hesíquio, compreendiam esta palavra desse modo. O «precursor», no sentidomais literal, como escoteiro ou pioneiro, que vai à frente de todos, a fim de preparar-lhes o caminho, é ametáfora empregada. Naturalmente, é verdade que CRISTO é as primícias da ressurreição (ver I Cor.15:20).A Septuaginta (versão grega do original hebraico do A.T.), em Núm. 13:20 e Isa. 28:4; usa essa palavra

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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para designar as primeiras uvas ou figos que amadurecem.«A esperança do crente tem um alcance ilimitável. Externamente, atinge a própria eternidade; einternamente atinge o santuário de DEUS. A certeza da nossa esperança é CRISTO. Sua entrada noSANTO dos Santos é a garantia de nossa entrada futura ali». (Heubner, in loc.).

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5.pag. 548.

Neste Lugar Santíssimo, JESUS, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote,segundo a ordem de Melquisedeque (20). JESUS entrou no “SANTO dos Santos”, não como umsubstituto para nosso acesso, mas como um precursor, porque também entraremos nele. O autor temmuito mais a dizer a respeito deste “SANTO dos Santos” e da maneira como CRISTO o abriu para nós.Mas agora, tendo se afastado por tempo suficiente do assunto principal para estimulá-los a umadiligência maior e ao avanço na maturidade espiritual, o autor volta para a linha principal da suaargumentação. Ele se concentra novamente no papel de JESUS como sumo sacerdote, não da ordemde Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque. Indubitavelmente, o autor espera que sua exortaçãoos tenha condicionado a receber as difíceis verdades que deseja agora transmitir.

Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 10. pag. 61.Hb 6.20 JESUS, como precursor, entrou por nós. No AT somente o sumo sacerdote tinha permissão deentrar uma única vez por ano no Santíssimo atrás da cortina (Lv 16.2,12). O povo não tinha acesso.Quando JESUS CRISTO morreu na cruz, esta cortina no templo rasgou-se ao meio (Mt 27.51). A cortinana terra nada mais é que uma imagem e um indício da “cortina”, a divisa entre DEUS e nosso mundo.JESUS atravessou-a. Ele é o “precursor” que nos abriu o caminho até a glória (Jo 14.6; Hb 10.19ss). Elejá está vivendo na presença diretamente visível de DEUS. Nós ainda vivemos num mundo caído, e temosacesso a essa glória unicamente pela fé e pela esperança. Um dia, porém, também nós poderemoscomparecer ao Santíssimo, na presença imediata da graça de DEUS (1Jo 3.2), quando o “precursor”buscará seus “irmãos” para junto de si (cf. Hb 2.1-11). Então a cortina será totalmente retirada. Atéaquele momento o Senhor ainda permanece oculto aos nossos olhos, mas ele já é o nosso sumosacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Com esta frase o apóstolo retoma oraciocínio (Hb 5.10), que ele havia interrompido com sua exortação de cuidado pastoral (Hb 5.11ss). Nasexposições subseqüentes ele demonstrará à igreja o que significa o fato de que JESUS é nosso SumoSacerdote segundo uma ordem sacerdotal eterna.

Fritz Laubach. Comentário Esperança Cartas aos Filipenses. Editora Evangélica Esperança.Hb 6.20. A ideia de que JESUS... entrou além do véu é altamente sugestiva.A cortina é o véu no tabernáculo (e no Templo) que separava o SANTO dos Santos do SANTO Lugar. Aalusão diz respeito ao fato de que somente o sumo sacerdote podia penetrar além do véu, e mesmoassim, somente uma vez por ano. Somos lembrados que o véu do Templo se rasgou de alto abaixoquando JESUS morreu (Mt 27.51). Nosso escritor, no entanto, está preocupado com uma realidadeespiritual mais profunda.É um fato consumado que nosso Sumo Sacerdote está “além do véu,” i.é, na presença direta de DEUS.A estreita conexão entre a esperança cristã e nosso Sumo Sacerdote exaltado é um dos temasprincipais desta Epístola.A esperança é baseada na obra completa, porém sempre contínua, de JESUS como Sumo Sacerdote.É descrito primeiramente como precursor (prodromos), palavra que ocorre somente aqui no NovoTestamento, e que era usada para uma parte avançada de um exército, de reconhecimento. Umprecursor, portanto, pressupõe outros para seguir. É uma grande inspiração perceber que aquilo queJESUS fez, fê-lo por nós, declaração que ressalta fortemente o Seu caráter representativo e que pode,ademais, subentender um papel de Substituto.A declaração*final, acerca de Melquisedeque, forma uma ligação com 5.10 e encerra o interlúdio deadvertência. O único fator novo é que CRISTO é sumo sacerdote para sempre, tema desenvolvido naseção seguinte.

Donald Guthrie. Hebreus. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag.O Sacerdócio no Novo Testamento1. O sacerdócio do Antigo Testamento tinha CRISTO como seu antítipo. Ele incorpora em si mesmotodos os tipos e funções do sacerdócio veterotestamentário. Essa é mesmo a mensagem central daepístola aos Hebreus, parecendo muito radical quando exposta pela primeira vez. Pois anulava umaporção extensa e importante do Antigo Testamento, substituindo-a por um único sacrifício, o deCRISTO, no Calvário. Finalmente, a história fez essa substituição tornar-se um fato, posto que ojudaísmo moderno retém símbolos que levam avante o espírito da casta sacerdotal do AntigoTestamento. Ler a epístola aos Hebreus, principalmente trechos como 2:14-18; 4:14-16; 5: 1-10 e seusétimo capítulo.2. JESUS CRISTO também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de Melquisedeque (ver Heb. 7). Vero artigo sobre Melquisedeque.

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3. Os deveres sacerdotais de CRISTO cumpriram-se após o sacerdócio aarônicos ter cumprido seupapel, sendo um cumprimento desse sacerdócio; o seu oficio como sacerdote seguinte a ordem oucategoria de Melquisedeque. Ver o artigo intitulado Sumo Sacerdote, CRISTO como. 4. Todos osCrentes São Sacerdotes. Ver sobre Sacerdotes. Crentes como. As passagens neotestamentárioscentrais que ensinam essa doutrina são I Ped. 2:5,9; Efé, 1:5ss. Os sacerdotes do Novo Testamento(todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de seu Sumo Sacerdote, JESUS CRISTO(Heb. 10:19-22). O sacerdócio dos crentes é vinculado à filiação deles, o que, por sua vez, é umamaneira de definir a salvação da alma. Visto haver acesso pessoal a DEUS, por meio de CRISTO, nãohá necessidade da intermediação de nenhuma casta sacerdotal.Princípios do Sacerdócio Bíblico:1. DEUS Pai ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato divino. Ver Heb. 5:4-6.2. Os sacerdotes eram nomeados mediadores entre DEUS e os homens, sobretudo no tocante aopecado, à expiação e à reconciliação dos homens, com DEUS. Ver Heb. 5: 1.3. A expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o centro das funções sacerdotais. Ver Heb.8:3.4. O trabalho intercessor dos sacerdotes do Novo Testamento (os crentes) repousa sobre a naturezaeficaz da expiação de CRISTO. E é aí que os crentes alcançam a DEUS. Ver Heb. 8: Iss.5. O novo pacto, com base no sacerdócio superior de CRISTO. envolve melhores promessas queaquelas do antigo pacto (Heb. 8:6). De fato, o novo pacto anulou totalmente o antigo (a totalidade daepístola aos Hebreus).

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 19.2. O ministério dos sacerdotes.

No início do capítulo 28 de Êxodo, vemos DEUS ordenando a Moisés que separasse a Arão e seus filhospara o serviço sacerdotal. Todos os que trabalhariam no Tabernáculo deveriam pertencer à tribo de Levi(Dt 18.1- 8), a qual pertencia Moisés e sua família, mas os sacerdotes responsáveis pela liturgia diáriadeveriam pertencer exclusivamente à descendência de Arão, seu irmão, que seria o primeiro sumosacerdote da história de Israel (Êx 28.1-3).No ministério do Tabernáculo, havia três classes de obreiros: o sumo sacerdote, os sacerdotes e oslevitas (Nm 3.6-10).O sumo sacerdote era a mais alta função da religião judaica. Como já vimos no capítulo 9, ele eraresponsável por fazer a expiação anual em favor de todo o povo e também pelos sacrifícios nos dias dedescanso estabelecidos por DEUS. Era ainda o supervisor geral de todo o Tabernáculo e do trabalhoexercido pelos sacerdotes. O sumo sacerdote era também o presidente do Sinédrio, o principal tribunalde Israel.Os sacerdotes, por sua vez, faziam os sacrifícios diários, ofereciam incenso ao Senhor, cuidavam damesa dos pães da proposição, abençoavam o povo, ensinavam a Lei de DEUS (Lv 10.10,11) e julgavamas causas civis entre a população (Nm 5.5-31). Já os levitas serviam de auxiliares dos sacerdotes eeram responsáveis por trabalhos menores dentro do Tabernáculo. De certa forma, seriam comparados,nos dias de hoje, com os que exercem o ministério diaconal na igreja.Na época de Davi, os sacerdotes foram divididos em 24 turmas, para ordenar melhor o serviço de cadaum no Santuário (1 Cr 24); e os levitas passaram a exercer trabalhos ainda mais especializados, comoos de cantores e músicos (1 Cr 25), porteiros (1 Cr 26.1-19), guardas dos tesouros e zeladores doTemplo (1 Cr 26.20-28), oficiais e juízes (1 Cr 26.29-32).Com o passar dos séculos, surgiria entre os levitas ainda a figura dos escribas, que inicialmente eram“escreventes, cuja principal função era copiar as Escrituras”, mas que, “com o transcorrer do tempo,lograram conhecê-las de tal modo que passaram a interpretá-las, notadamente a Lei de Moisés”.1 Naépoca de JESUS, justamente por causa desse conhecimento profundo da Lei, eles eram chamados de“mestres da Lei” (Lc 5.17), que seria hoje “o equivalente a eruditos bíblicos”.2 O mais notório escriba dahistória de Israel foi, sem dúvida alguma, Esdras, que era sacerdote e autor do livro bíblico que leva oseu nome. Segundo a tradição judaica, foi ele quem “coligiu todos os livros do Antigo Testamento e osreuniu numa só obra, instituiu a liturgia do culto na sinagoga e fundou a Grande Sinagoga em Jerusalém,a qual fixou o cânon das Escrituras do Antigo Testamento”.3O ministério sacerdotal era, essencialmente, um ministério de intercessão. O sacerdote era o mediadorentre o povo e DEUS, e não apenas no que diz respeito ao oferecimento de sacrifícios para expiação dasculpas do povo, mas também no sentido mais comum, de orar em favor do povo. Era responsabilidadedo sacerdote também ensinar a Lei de DEUS para a população (Êx 28.1-29.45; Lv 21.1-23; 1 Cr 24.1-31).Em síntese, o sacerdote deveria ministrar no Santuário perante DEUS e ensinar ao povo a guardar a Leide DEUS. E, eventualmente, ele também tomava conhecimento da vontade divina em situações muitodifíceis por meio da consulta ao Urim e Tumim, sobre o qual falaremos mais adiante.É importante lembrar que o ministério sacerdotal não começou com Arão, uma vez que a Bíbliamenciona o rei de Salém, Melquisedeque, como “sacerdote do Senhor” (Gn 14.18; Hb 7.1-3).

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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Para que Apontava o Ministério Sacerdotal Levítico?O sacerdócio de Arão apontava para CRISTO, o único mediador entre DEUS e os homens e queintercede diante do Pai por nós (Jo 14.6; 1 Tm 2.5). No Novo Testamento, não há mais linhagens desumo sacerdotes, porque o nosso único e definitivo Sumo Sacerdote é CRISTO, que através do seusacrifício acabou com a necessidade de novas ofertas e sacrifícios (Hb 7.1-8.13). E mais: todos oscristãos hoje são sacerdotes diante de DEUS (1 Pe 2.5,9; Ap 1.5,6; 5.9,10) — esta é uma das doutrinasbíblicas que os primeiros protestantes ressaltaram na época da Reforma e que se chama SacerdócioUniversal dos Santos. Ela nos ensina que, em CRISTO, todos pertencentes ao povo de DEUS podem seapresentar diretamente a DEUS para oferecer-lhe sua adoração (Hb 10.19-23; 13.15). Aliás, a Bíblia dizque originalmente DEUS desejava tornar a nação de Israel, como um todo, em um reino sacerdotal (Êx19.5,6), entretanto, devido ao comportamento da nação, Ele escolheu a família de Arão como linhagemsacerdotal (Êx 28.1; 40.12-15; Nm 6.40).O sacerdócio universal dos santos envolvendo todo o povo de Israel terá o seu cumprimento no milênio,conforme Isaías 61.6: “Vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nossoDEUS”.Não se pode comparar, sob vários aspectos, a função do sacerdote Levítico com a do ministro doevangelho dos dias de hoje, porém há, sem dúvida alguma, certas características do ministériosacerdotal que são, de forma geral, princípios válidos para todo ministro do Senhor em nossos dias.As características gerais do ministério sacerdotal são: chamado divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4);unção e santificação (Lv 8.12); submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para glória e ornamento (Êx28.2; 29.6,9). Ademais, o sacerdote só poderia tomar mulher de sua própria nação, e ela deveria ser ouvirgem ou viúva de outro sacerdote (Lv 21). Outra característica importante: o sacerdote não podiaministrar como ele queria, pois estava sujeito às leis divinas especiais para ministrar (Lv 10.8).Não há dúvida de que o ministro do Senhor nos dias de hoje também deve observar o chamado divinopara sua vida, a santificação e a unção de DEUS para exercer o seu ministério, o princípio da submissãono seu dia a dia e a necessidade de exercer o seu ministério conforme a vontade de DEUS (1 Tm 3.1-7;6.11,12; Tt 1.7-9; 1 Pe 5.1-4).

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 128-132.

O vs. 10 increpa o uso de bebidas alcoólicas por parte dos sacerdotes oficiantes. Em estado deintoxicação alcoólica, como poderia ele cumprir direito os seus deveres no tabernáculo, dando bomexemplo à congregação de Israel? Um sacerdote precisa ter pensamentos claros para poder agir eensinar (vs. 11). Era o sacerdote quem ensinava ao povo a diferença entre o santo e o profano, e osistema mosaico era complicado e exigente. Antes de tudo, o sacerdote precisava de conhecimento.Yahweh falava. E o sacerdote precisava saber o que tinha sido dito. E, então, precisava de toda a suahabilidade para transmitir a mensagem e para dar bom exemplo. O serviço prestado pelos sacerdotesera complexo e preciso. Para tanto, eles necessitavam de mente clara. Êxodo 20, 22 e 23 mostram-nosa complexidade das instruções. Ver Eze. 44.23 quanto a um comentário sobre os elementos dosversículos à nossa frente. Quanto ao ensino da lei, ver Deu. 33.10; Eze. 22.26 e Mal. 2.7. A referênciaem Ezequiel contém a queixa desse profeta de que os sacerdotes já não sabiam distinguir entre o santoe o profano, entre o limpo e o imundo. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia os artigosintitulados Ensino e Ensinos de JESUS.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 510.Lv 10. 10-11. Porque os sacerdotes precisam dar conselhos que afetam as vidas dos israelitas, devemter plena posse das suas faculdades enquanto cumprem seus deveres. Nada deve ter licença deinterferir com seus processos mentais, senão, serão incapazes de discernir e mediar a vontade deDEUS para Seu povo. Se estiverem sob o efeito do álcool, a distinção entre o santo e o profano logoficará ofuscada, talvez até ao ponto de perder seu significado. Tal coisa frustraria um propósitoimportante do relacionamento da aliança, que visava, entre outras coisas, tornar os israelitas o grupomais distintivo no mundo antigo (cf. Dt 7:6; 14:2). Teoricamente, este aspecto distintivo capacitaria opovo, ao receber perguntas, a testificar da sua fé no DEUS vivo do Sinai, que, acima de todas asdemais divindades no Oriente Próximo antigo, era único e sem igual. Destarte, o povo da aliança poderiatestificar àqueles ao seu redor quanto ao significado verdadeiro da santidade. Enquanto este povo seconformava progressivamente ao mundo da cultura secular (cf. Rm 12:2), sua qualidade distintivadesapareceu, e seu testemunho foi transigido de modo correspondente.Visto que o sacerdote também era um mestre da Torá, era questão de grande importância para ele nãomeramente saber os regulamentos cerimoniais e rituais, mas também ser convencido na sua própriamente quanto à diferença entre o bem e o mal, o comportamento moral e imoral, o sagrado e o profano.JESUS no Seu ensino tinha conselhos semelhantes para Seus discípulos (cf. Mt 7:6), de modo que,tendo a capacidade de distinguir entre o santo e o comum, não profanarias as coisas sagradas. Comoresultado de uma visão (At 10:10-16), o apóstolo Pedro foi relembrado da capacidade de DEUS de

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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purificar aquilo que era comum, atividade esta que é característica do evangelho cristão. As leis arespeito do imundo e o limpo são citados com pormenores em Levítico 11-15.O dever do sacerdote como instrutor do povo nos caminhos do Senhor é inculcado em Arão (11). Osacerdote não é um oficiante mecânico, programado para seguir automaticamente uma série deregulamentos cultuais, mas, sim, é uma pessoa autoconsciente, consagrada ao serviço do Senhor, e,conseqüentemente, encarregado de responsabilidades espirituais importantes. Ao invés de pronunciarblasfêmias ou profanidades, seus lábios ensinarão o conhecimento de DEUS. Longe de ser influenciadopelo gênio distinto do mundo pagão, o sacerdote se deleitará em fazer a vontade de DEUS (SI 40:8), econhecerá tão bem a lei de DEUS que poderá indicar aos outros a direção que suas vidas devem seguir(cf. Ml 2:7). Não é, portanto, por acidente que o Novo Testamento emprega o conceito do sacerdóciopara descrever o grupo dos crentes em CRISTO, porque fala da dedicação, da entrega, da santidade, ecomunhão estreita e contínua com o Senhor.

RK. Harrison. Levíticos. Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 106-107.É ainda significativa a revelação particular, acompanhada duma proibição, feita diretamente a Arão (8-11)e não através de Moisés. É pelo menos possível embora sem absoluta certeza, que deste capítulo daBíblia se possa deduzir a proibição aos sacerdotes que ministravam, do uso do vinho e de outrasbebidas alcoólicas (cf. Ez 44.21), uma vez que Nadabe e Abiú cometeram o seu crime sob a influênciado álcool. Em todo o caso, fica pelo menos bem vincada a ideia da gravidade do pecado, que vem a sera presunção e a leviandade.Em presença das declarações expostas no manual das porções das ofertas animais e vegetais aconceder ao sacerdote, verifica-se não existir qualquer referência a ofertas de bebidas. Nada impede,todavia que as possamos admitir, que esta oferta de bebida seja derramada sobre o altar ou junto dele,sendo as sobras entregues ao sacerdote, como fazendo parte da sua porção, para serem tomadas àrefeição logo após os atos do culto. A analogia da Páscoa (cf. Mt 26.29) vem confirmar esta opinião.Mas segundo a tradição judaica, as ofertas de bebidas eram derramadas no altar do holocausto (Êx30.9), ou na base do altar (Eclesiástico 50.15), ou ainda parte no altar, parte na sua base.A causa de tal determinação vem expressa no verso 10: para fazer diferença entre o santo e o profano eentre o imundo e o limpo, admitindo que aos sacerdotes competia observarem cuidadosamente todas asprescrições rituais da Lei, e ao mesmo tempo ensinarem aos filhos de Israel os mandamentos dessamesma Lei. Cf. Dt 17.11; 24.8; 33.10; cf. Mq 3.11.Quanto ao trágico fim que tiveram aqueles dois sacerdotes, convém frisar que pelo menos serviu parainculcar na mente de todos os israelitas, -- quer fossem sacerdotes, quer não, -- a infinita santidade deDEUS, que os punha de sobreaviso contra qualquer presunção ou leviandade no cumprimento da lei dosacrifício, expressamente determinada nos primeiros sete capítulos do Levítico. Juntamente, serve-seDEUS deste incidente para provar que não há homens indispensáveis, uma vez que reduziu à metade onúmero dos sacerdotes, já tão poucos para o culto do Santuário, onde alguns milhões de adoradoresprestavam o seu culto ao Senhor. Mas a desobediência não agrada ao DEUS, bondoso mas justo, que"das pedras pode suscitar filhos de Abraão".E assim, com a narração deste acontecimento, termina a "lei do santuário". Passamos agora aconsiderar "a lei da vida quotidiana".

DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Levíticos. pag. 25-27.SUMO SACERDOTE, CRISTO COMOEsboço:I. Detalhes de Heb. 8: 1-10: 18II. Sumário de IdeiasIII. Sumo Sacerdote no Lugar de Arão e MelquisedequeIV A Superioridade de JESUSI. Detalhes de Heb. 8:1-10:18Estendendo-se até o vigésimo - oitavo versículo deste capitulo, encontramos uma analogia (entre ossacrifícios no santuário terrestre e aqueles efetuados no santuário celestial) que reenfatiza diversospontos já discutidos, mas agora mencionados novamente, como sumário. A esses pontos foi adicionadaa afirmação de crença, por parte do autor sagrado, na "parousia" ou segunda vinda de CRISTO, novigésimo oitavo versículo.1. Há dois santuários, o terreno e o celestial. O terreno era apenas uma cópia ou imitação do celestial.Nisso se vê, uma vez mais, a metafísica em "dois andares" do autor, em que as ideias de Filo e dePlatão foram cristianizadas.Na terra, tudo apenas cópia dos elementos existentes nos céus. Essa idéia era comum no judaísmohelenista. E os judeus tinham ideias literais a esse respeito; imaginavam um templo celeste literal, comtodas as peças de mobiliário e alguma forma de sistema de sacrifícios, segundo os moldes do temploterreno. O autor sagrado, porém, não vê nada tão cru e materialista como isso, mas apenas que otemplo terreno, seus ritos, etc., simbolizavam alguma realidade superior. Assim, o próprio templo (ou a

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tenda, antes dele) indicaria os céus, uma pluralidade de esferas celestes, cada uma com seu nível maiselevado de acesso. (Ver Heb. 7:26). O SANTO dos Santos fala sobre a presença de DEUS, sobre comoos homens podem obtê-la, juntamente com a transformação de vida e de ser, necessária para aadmissão àquele lugar2. CRISTO é O Sumo Sacerdote do santuário celeste, e não do terrestre, como se dava com ossacerdotes aarônicos, Este capítulo inteiro foi calculado para ensinar isso. O ministério de CRISTO nãosó é melhor, mas também ultrapassou e abrigou todo outro sacerdócio terreno. Dentro da antigadispensação havia uma lei, seu sacerdócio e seu pacto. Em CRISTO entretanto, tudo isso foi eliminado.Agora há uma nova lei, um novo sacerdócio e um novo pacto (ver os capítulos sétimo a nono destetratado). Sendo essa a verdade da questão, pode-se supor corretamente que o ministério de CRISTO ésuperior àquele que era realizado no antigo tabernáculo. Sim, é tão superior que o antigo tabernáculoperdeu toda a razão para sua existência. E, na realidade, só existia para funcionar como tipo simbólicodo novo.3. O acesso provido no ministério de CRISTO é real, e não simbólico e dá-nos o direito de penetrar nomais alto céu, o SANTO dos Santos celeste. Já o antigo acesso era apenas simbólico, em que o sumosacerdote nunca foi reputado como precursor de ninguém até à presença de DEUS. Seu serviço sereduzia a um ato simbólico de expiação de pecados. (Ver Heb. 6:20 e 10:19).4. CRISTO ofereceu um único sacrifício, mas foi um sacrifício muitíssimo melhor do que a soma total detodos os milhares e milhares de sacrifícios levíticos. Pois todos eles tão-somente simbolizavam osacrifício de CRISTO. (Ver os versículos 25 e 26 deste capítulo).5. O sacrifício de CRISTO foi eficaz - eliminou o pecado; foi o sacrifício da sua própria pessoa. Ver Heb.7:27.6. O ministério de CRISTO jamais terminou: ele voltará. E mesmo agora está empenhado em umaeterna intercessão. Mas, finalmente, tudo quanto ele fizer estará completamente divorciado do problemado pecado. Esse problema será solucionado completa e absolutamente, de tal modo a não permaneceruma questão espiritual, sem qualquer vinculação com a inquirição espiritual.7. É declarada aqui a necessidade de purificar o santuário celestial. O sacrifício de CRISTO mostrou-seeficiente e final quanto a esse mister."Após a breve digressão do 22° versículo, o escritor sagrado focaliza agora o aparecimento de CRISTO,no santuário perfeito dos céus, munido do perfeito sacrifício o qual, por ser perfeito e absoluto, nãoprecisa de repetição". (Mofatt, in loc.).II. Sumário de Ideias1. Ele entrou nos verdadeiros céus, no real SANTO dos Santos; os sacerdotes terrenos manuseavamapenas com sombras e símbolos (ver Heb. 4: 14).2. Ele ofereceu o verdadeiro sacrifício, ao passo que os demais ofereciam apenas sacrifícios simbólicos(ver Heb. 9:23 e ss).3. O sacrifício de CRISTO foi final; os deles eram simbólicos (ver Heb. 9:25 e ss).4. Sua expiação foi eficaz, a expiação oferecida por eles era apenas uma representação simbólica (verHeb. 9:28).5. Ele foi Sumo Sacerdote maior e mais elevado que Arão, por ser o Filho de DEUS (ver Heb. SA-7:28).6. Ele administrou um melhor pacto (ver Heb.8: 1-13).7. Ele ministra em um melhor santuário (ver Heb. 9: 142).8. Seu sacrifico é melhor que o de todos, por ser o fim de todos os sacrifícios (ver Heb. 9: 13-10: 18).9. Seu ministério se alicerça sobre melhores e mais permanentes promessas (ver Heb. 10: 19-113).CRISTO, pois, é visto como nosso caminho de acesso a DEUS Pai. Os crentes judeus são aquiavisados a não perderem sua obra intercessória em favor deles, afastando-se de CRISTO, retornando àssuas anteriores formas religiosas, que serviam somente para apontar para CRISTO simbólica eprofeticamente.lII. Sumo Sacerdote no Lugar de Arão e Segundo a Ordem de Melquisedeque.O ofício sumo sacerdotal, no tocante a CRISTO, envolve tanto Arão quanto Melquisedeque. Posto quenossas informações sobre Melquisedeque são tão escassas, quase todos os tipos simbólicos sobre oofício de CRISTO se acham no sacerdócio arônico. Quais são as idéias envolvidas no sacerdócio deCRISTO, que é conforme a ordem de Melquisedeque? Eilas:1. CRISTO é o rei- sacerdote, tal como Melquisedeque (ver Gên. 14: 18 e Zac. 6: 12,13).2. CRISTO é o rei justo de Salém, ou Jerusalém (ver Isa. 11:5 e 6:9).3. Ele é eterno, não havendo registro de seu início no tempo (ver João 1: I), nunca tendo sido nomeadopor homem algum para seu ministério (ver Sal. 110:4; ver também Heb. 7:23-25 e Rom, 6:9).Vê-se. pois. que a obra de CRISTO seguiu o padrão do sacerdócio arônico, mas que a alusão aMelquisedeque fala sobre sua autoridade real, sobre sua eternidade. Sobre a natureza perene de suaobra. ideias essas que não estavam vinculadas ao sacerdócio arônico. Desse modo. certos aspectos desuperioridade são atribuídos ao sacerdócio de CRISTO. que é segundo a ordem de Melquisedeque.

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IV. A superioridade de JESUSEis cinco particulares que mostram que JESUS é superior como Sumo Sacerdote:I. Nele mesmo. ele é melhor sacerdote que os sacerdotes arônicos (ver Heb. 8:1-6, como uma unidade;o sétimo capítulo contém muitos argumentos a respeito; ver também Heb. 4:15-7:28, como umaunidade).2. Sua esfera de atividades é no santuário celeste, e não na cópia terrena, onde labutavam ossacerdotes arônicos.Portanto. seu ministério é "melhor" que o deles, e não apenas a sua própria pessoa. (Ver Heb. 8:2-5).3. Ele ofereceu melhor sacrifício (ver Heb. 8:3 e ss), a saber, a si mesmo (ver Heb. 7:27).4. Ele é o Mediador de um pacto melhor, o "novo pacto" (ver Heb. 8:6).5. Seus labores sacerdotais se baseiam sobre promessas superiores (ver Heb. 8:6). Todos essesaspectos mostram a superioridade do ministério de CRISTO, que agora é introduzido, ao passo que,antes disso, até este ponto no tratado, a ênfase recaíra sobre a superioridade da pessoa de CRISTO.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 295-296.«...Mediador...» No g rego temos a palavra «mesites», que significa «árbitro», «mediador». (Ver Gal.3:19,20). Na epístola aos Hebreus, esse termo é usado em vários trechos para referir-se a CRISTO (verHeb. 8:6; 9:15 e 12:24). CRISTO, na qualidade de mediador, torna realidade os propósitos salvadores deDEUS para os homens. Sua missão terrena inteira foi efetuada dentro do âmbito dessa mediação. Mas,além disso, nos céus, CRISTO continua ocupando a posição de mediador, intercedendoincessantemente por seus remidos. (Isso é comentado em Rom. 8:34). O ESPÍRITO de DEUS tambémintercede por nós, em nome de CRISTO (ver Rom. 8 :2 7 ) , e isso envolve nosso progresso espiritual enossas necessidades diárias. Já a passagem de Heb. 9:15 ensina-nos que CRISTO é o mediador do«novo pacto» ou «novo testamento», com o algo incluso em seu labor expiatório, porquanto isso é quedá aos homens o direito à herança eterna, através das provisões de seu testamento, porquanto CRISTO«morreu por nós». (Ver Rom. 8:17 e as notas expositivas ali existentes, sobre a ideia de «herança»).Todo o bem-estar espiritual nos é proporcionado através de seu ofício intermediário. Como um últimoaspecto, o verdadeiro acesso a DEUS Pai nos é dado através de CRISTO, permitindo-nos que nostornemos habitação de DEUS (ou templo de DEUS) no ESPÍRITO (ver Efé. 2:22). Acerca disso,levemos em conta os pontos abaixo:1. Houve a mediação preencarnada de CRISTO: (ver João 1:3,10; Col. 1:6 e Heb. 1:2). Isso teve lugar nacriação, pois CRISTO foi o criador, que fez o trabalho de DEUS Pai. E nos próprios decretos divinosCRISTO já agira como mediador da salvação dos homens, desde a eternidade passada (ver Efé. 1:3,4).A eleição é «em CRISTO» (ver Rom. 8:29), e todas as bênçãos celestiais fluem da parte de CRISTO,sendo mediadas por ele (ver Efé. 1:3).2. Houve a mediação na salvação e na redenção, quando do ministério terreno de CRISTO. (Ver Heb.9:15; João 3:17; Atos 15:11; 20:28; Rom. 3:24,25; 5:10,11; 7:4; II Cor. 5:18; Efé. 1:7; Col. 1:20 e I João4:9). A vida, a morte, a cruz e o sangue de CRISTO são os elementos dessa mediação. Além disso,CRISTO é o Filho de DEUS, enviado por DEUS Pai, para redimir os filhos. O trecho de João 3:17 temesse tema, o qual se repete por mais de quarenta vezes no quarto evangelho. O Pai enviou o Filho, paraque este realizasse sua missão remidora. Essa declaração envolve muitas implicações teológicasacerca da natureza do F ilho, o que é comentado naquela referência. Acrescente-se a isso que amediação de CRISTO produz a paz com DEUS, a reconciliação entre o homem e DEUS, que erampartes antes alienadas entre si. (Ver Rom. 5:1 e Efé. 2:12-17). A propiciação pelo sangue de CRISTOvisa a ira justa e o julgamento reto de DEUS; e JESUS, na qualidade de sacrifício expiatório, tornaDEUS favorável aos homens. (Ver I João 2:2).3. Há uma mediação contínua de CRISTO: ele continua viva e continua sendo o nosso mediador. (VerJoão 14:6; Rom. 5:2 e 8:34). Por meio dele entramos na posse de todas as bênçãos espirituais (ver Efé.1:3; Rom. 1:5; II Cor. 1:15,30 e Fil. 1:11).Uma aplicação moderna: Se CRISTO é o único e suficiente mediador, de onde surge a necessidade desupostos mediadores angelicais e humanos? As doutrinas da mariolatria, das orações endereçadas aos«santos», da confissão auricular, etc., são outros tantos descendentes da ideia gnóstica de muitosmediadores. Mas há descendentes doutrinários mais sutis, como é o caso da posição atribuída aJESUS CRISTO, por parte dos russelitas, auto-intitulados Testemunhas de Jeová. Segundo eles,Yahweh seria o único verdadeiro DEUS. JESUS CRISTO seria um «deus» secundário, apenas. (Issoequivaleria a um dos «aeons» dos antigos gnósticos. Tanto isso é verdade que CRISTO é tido, entre osrusselitas, como uma manifestação de um arcanjo dos mais elevados, mas nunca como o próprio DEUSque se manifestou em carne). Em vista disso, aceitemos os avisos contidos, por exemplo, em I João4:2,3: «...todo espírito que confessa que JESUS CRISTO veio em carne é de DEUS; e todo espírito quenão confessa JESUS, não procede de DEUS; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito doqual tendes ouvido que vem, e que presentemente já está no mundo».4. Há uma mediação futura: A obra de CRISTO é aplicável a todas as fases de nossa redenção. A sua

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glorificação será por nós compartilhada, e isso envolverá um processo eterno, e não um acontecimentoisolado. (Ver as notas em II Cor. 3:18 acerca desse conceito). Jamais chegará o tempo em que essamediação de CRISTO tornar-se-á desnecessária e obsoleta. E posto que a glorificação é o aspectocelestial da salvação, então a própria salvação precisa ser considerada como um processo eterno,mediante o qual iremos passando de um estágio de glória para outro, indefinidamente. Pois assim comoo CRISTO foi o criador de tudo (ele é o Alfa), também é o alvo da criação inteira (ele é o Ômega). E issojamais deixará de ser verdade.

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 5.pag. 299.

I Tm 2.5 Porquanto há um só DEUS e um só Mediador entre DEUS e os homens, (a saber) o MessiasJESUS, homem.Provavelmente temos diante de nós a citação de uma oração prefigurada usada na ceia do Senhor (QI25e). A universalidade da salvação, de acordo com uma fundamentação típica para Paulo, baseia-se nasingularidade de DEUS e por isso na singularidade da salvação e de seu Mediador. Talvez se viseenfatizar aqui, em contraposição aos muitos deuses locais, que o DEUS único faz anunciar para uma sóhumanidade uma só salvação por meio de um só Mediador.Porque DEUS e ser humano foram unidos em JESUS CRISTO, este se tornou o Mediador entre DEUS eser humano. Como verdadeiro ser humano, como ser humano real, como segundo Adão ele se tornourepresentante da humanidade adâmica perante DEUS. No entanto, a seqüência de palavras “CRISTOJESUS” deixa claro que ele veio da parte de DEUS para expiar os pecados de todo o mundo. Ele é oMessias, que como ser humano se chamava JESUS.

Hans Bürk i. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo.. Editora Evangélica Esperança.A divagação sob análise é uma perfeita pedra preciosa de discernimento cristológico: Porque há um sóDEUS e um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem (5). Nunca conseguiremosexaurir a riqueza de significação que percorre estas palavras. A forma literária nos diz que o trecho fazparte de uma declaração de credo, ou de uma fórmula batismal ou de um hino da igreja primitiva. Aênfase em um só DEUS é parte da herança que o cristianismo recebeu do judaísmo, ênfase que nossoSenhor reafirma muitas vezes. A revelação neotestamentária de pluralidade no ser de DEUS de modoalgum degrada o entendimento fundamental da unidade divina.A posição de CRISTO como um só mediador entre DEUS e os homens não é declarada desta forma emnenhuma outra passagem dos escritos paulinos. O texto de Gálatas 3.19,20 dá indícios desta ideia,embora ali não esteja desenvolvido como ofício de CRISTO. E lógico que a Epístola aos Hebreus tratafreqüentemente deste conceito. Identificamos ideia paralela em 1 João 2.1, que associa CRISTO comonosso “Advogado para com o Pai”. Aqui, na passagem sob estudo, este ministério exclusivo de nossoSenhor é enunciado sem rodeios e de forma clara. Em um sermonário de G. Campbell Morgan,2 há umsermão sobre o tema: “O Clamor por um Arbitro”. O primeiro dos dois textos que ele emprega é Jó 9.33:“Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos”. O segundo texto é esta passagem queestudamos: Há... um só mediador entre DEUS e os homens, JESUS CRISTO, homem. Ser árbitro é serjuiz, alguém que aprecia ou julga algo, intermediário, alguém que faz intercessão a nosso favor; em umapalavra: mediador. Há muitas relações na vida em que os serviços de um mediador tornam-seimportantíssimos. Que alegria saber que na relação que nos é mais importante na vida — a relação entreDEUS e nós — temos tão sublime Mediador!

J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 463.Há um Mediador, e esse Mediador se deu a si mesmo em preço de redenção por todos. Como amisericórdia de DEUS estende-se a todas as suas obras, assim a mediação de CRISTO estende-se atodos os filhos dos homens. Ele pagou um preço suficiente para a salvação de toda humanidade; Ele fezcom que a humanidade estivesse debaixo de novos termos diante de DEUS, assim que eles não estãomais debaixo da lei como um pacto de obras, mas como uma regra de vida. Eles estão debaixo dagraça; não debaixo do pacto da inocência, mas debaixo do novo pacto: Ele se deu a si mesmo em preçode redenção.Observe: A morte de CRISTO foi uma redenção, um “contra preço”. Merecíamos morrer. CRISTO morreupor nós, para salvar-nos da morte e do inferno. Ele se deu a si mesmo em preço de redenção,voluntariamente.Uma redenção para todos; assim, toda a humanidade é colocada numa condição melhor do que a dosdemónios.Ele morreu para executar uma salvação comum: dessa forma, Ele se colocou na posição de Mediadorentre DEUS e os homens. Um mediador pressupõe uma controvérsia.O pecado tinha provocado uma discórdia entre nós e DEUS; JESUS CRISTO é um Mediador que temcomo finalidade fazer paz, unir DEUS e os homens, na forma de um árbitro, que põe a mão sobre nósambos (Jó 9.33).Ele é uma redenção que deveria servir de testemunho a seu tempo; isto é, nos tempos do Antigo

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Testamento, seus sofrimentos e a glória que seguiriam eram falados como coisas a serem reveladasnos últimos tempos (1 Pe 1.10,11). E eles são adequadamente revelados. Paulo foi ordenado pregador eapóstolo, para anunciar aos gentios as boas novas da redenção e salvação em JESUS CRISTO. Paulofoi encarregado de pregar essa doutrina da mediação de CRISTO a toda criatura (Mc 16.15). Ele foidesignado para se tornar doutor dos gentios; além do seu chamado geral para o apostolado, ele foicomissionado especificamente a pregar aos gentios, na fé e na verdade.Observe: (1) E bom e aceitável aos olhos de DEUS,nosso Salvador, que oremos pelos reis e por todos os homens, e também que levemos vidas quietas esossegadas; e essa é uma razão muito boa para fazermos tanto um quanto o outro. (2) DEUS tem umaboa vontade para a salvação de todos. Então a falha não é que DEUS não tenha vontade para salvar oshomens, mas a falta de vontade deles mesmos para serem salvos da maneira de DEUS. O nossobendito Senhor declara a falha: E não quereis vir a mim para terdes vida (Jo 5.40). Quantas vezes quiseu ajuntar os teus filhos, e tu não quiseste (veja Mt 23.37). (3) Esses que são salvos devem chegar aoconhecimento da verdade, porque esse é o caminho delineado por DEUS para salvar os pecadores. Semconhecimento, o coração não pode ser bom; se não conhecemos a verdade, não podemos sergovernados por ela. (4) Podemos perceber que a unidade de DEUS é reivindicada e unida à unidade doMediador; e a Igreja de Roma também pode manter uma pluralidade de deuses bem como umapluralidade de mediadores. (5) Esse que é um Mediador no sentido do Novo Testamento deu-se a simesmo em preço de redenção. Então é vã a pretensão da Igreja Católica Romana de que há somenteum Mediador de penitência, mas muitos de intercessão; porque, de acordo com Paulo, quando CRISTOdeu-se a si mesmo com preço de redenção, essa era uma parte necessária do ofício do Mediador; e, naverdade, isso coloca o fundamento para sua intercessão. (6) Paulo foi ordenando ministro, para anunciaraos gentios de que CRISTO é o único Mediador entre DEUS e os homens, que se deu a si mesmo empreço de redenção por todos. Essa é a verdade que todos os ministros devem pregar, até o final dostempos; e Paulo glorificou seu ministério, como apóstolo aos gentios (Rm 11.13). (7) Os ministrosdevem pregar a verdade, aquilo que compreendem dela e, eles próprios, devem crer nela.Semelhantemente aos apóstolos, eles devem pregar em fé e verdade, e devem também ser fiéis e deconfiança.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 688-689.3. O sumo sacerdote.

História O sumo sacerdote ocupava o oficio eclesiástico mais elevado do sistema religioso dos judeus.As tradições bíblicas apresentam-no como alguém que descendia de Aarão; mas que isso sempreaconteceu não pode ser historicamente demonstrado. Os eruditos de inclinações liberais supõem que ooficio sumo sacerdotal só começou em 411 a.C.; mas há passagens bíblicas que certamente indicamque o oficio era muito mais antigo do que isso. Para admitirmos essa data tão posterior, teremos desupor duas coisas: Primeira, que as porções da Bíblia que abordam a questão foram escritasposteriormente; Segunda que o próprio oficio não antecedeu, por muito tempo, as narrativas escritas. Oque podemos dizer é que a formalização do oficio resultou de um desenvolvimento de responsabilidades,embora a essência do ofício retroceda, verdadeiramente, até Aarão. Uma vez estabelecida a adoraçãono templo de Jerusalém, o sumo sacerdote tornou-se o principal ministro eclesiástico do judaísmo,oficiando durante as grandes festividades e observações religiosas, como no dia da Expiação. Alémdisso, ele presidia o Sinédrio (vide), o que lhe emprestava grandes poderes não somente eclesiásticos,mas também políticos. Todavia, o ofício sumo sacerdotal chegou ao fim quando os romanos destruírama cidade de Jerusalém e seu templo, quando o Sinédrio também foi dissolvido.O ofício sumo sacerdotal teve suas origens mais primitivas nos dias em que qualquer homem podiaedificar um altar, onde quer que DEUS se tivesse dado a conhecer.Aquele que se tornasse associado aos ritos do altar levantado tornava-se conhecido como um levita, istoé, alguém vinculado a um lugar, ou então como um kohen, ou "sacerdote". De um sacerdote esperava-se que ele fosse um revelador da vontade divina, como um mediador entre DEUS e os homens. Alémdisso, encontramos a primitivíssima instituição em que O chefe de uma casa também era o sacerdotede sua família. Quando as formas religiosas passaram a ser institucionalizadas, um grande sacerdote ousumo sacerdote, tornou-se necessário, afim de organizar as funções religiosas do povo, preservando,promovendo e protegendo as instituições religiosas. No século VIII a.C; os levitas surgiram como umaclasse distinta, ocupando-se, essencialmente, da direção da adoração religiosa em Israel.E no código sacerdotal, chamado S pelos eruditos, que encontramos a kohen hagadol, ou "sumosacerdote". Os eruditos liberais datam essa fonte do Pentateuco no século V a.C., quando, para eles,Consequentemente, teria surgido o ofício sumo sacerdotal.Porém, mesmo se admitirmos que esse material é de data comparativamente tardia, isso não provariaque as coisas ali referidas, no tocante a instituições religiosas, só tivessem começado naquele tempo. Atradição do próprio sumo sacerdote parece ser antiqüíssima, e o próprio Aarão ocupou o oficio, sob sua

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forma mais primitiva.A posição do sumo sacerdote de Israel atingiu seu ponto de maior influência em 105 a.C., quando osumo sacerdote, Aristóbulo I, também assumiu o título de rei. Em 63 a.C., Roma tomou sobre simesma a tarefa de nomear os sumos sacerdotes; e, desse ponto em diante da história, houvemudanças freqüentes nos oficio, o qual começou como uma posição hereditária e vitalícia.Alguns informes Históricos Cronológicos:1. Aarão foi o primeiro sumo sacerdote de Israel. Depois tabernáculo foi erigido, de acordo com osplanos Divinos, e sacerdote de Israel que os ritos tiveram início (Exo. I8-24: 12-31; 35: I - 40:38), Aarão eseus filhos foram solenemente consagrados a seus ofícios sacerdotais respectivos, por Moisés (ver Lev.8:6). Isso teve. Lugar por volta de 1440 a.C. As elaboradas descrições das vestes do sumo sacerdote,que aparecem em Êxo. 28:3 ss, certamente indicam um oficio distintivo, superior ao dos sacerdotes.2. Por ocasião da morte de Aarão, o oficio passou para seu filho mais velho, Eleazar (Núm. 20:28).Então os descendentes de Finéias passaram a ocupar a linhagem de onde o oficio era herdado (Juí. 20-28), 3. Por razões desconhecidas, o oficio sacerdotal foi entregue a EIi, que pertencia à linhagem deItamar.Isso continuou até que Salomão mudou o sistema e nomeou Sadoque, na pessoa de quem o encargopassou novamente para os descendentes de Eleazar (I Reis 2:26 ss).4. Os sumos sacerdotes antes de Davi, sete em número, foram os seguintes: Aarão, Eleazar, Finéias.EIi, Aitúbe (l Crô.9: 11; Nee, 11: 11; 1 Sam. 14:3), Alas e José. Josefo assevera que o pai de Buqui aquem ele chamou de José (mas que na Bíblia é chamado de Abiezer, equivalente a Abísua), foi o últimosumo sacerdote da linhagem de Finéias, antes de Sadoque.5. Nos dias de Davi havia dois sumos sacerdotes, a saber, Sadoque e Abiatar, que parecem terbrandido igual autoridade (I Crô. 15: 11; 11 Sam. 8:17; 15:24,25). Alguns estudiosos têm conjeturadoque Sadoque era um aliado importante de Davi, embora tendo sido nomeado por Saul. Davi nãoperturbou a situação, mas a sucessão coube, por direito, a seu amigo, Abiatar. Diplomaticamente, Davideixou ambos no cargo; mas o Urim e o Tumim, com a estola sacerdotal, permaneceram com Abiatar, oqual, por isso mesmo, ficou encarregado dos serviços especiais que circundavam a arca da aliança.6. Nos tempos de Salomão há certas dificuldades históricas, pois é difícil reconciliar os dados históricosexistentes. Josefo (Anti. 10:8,6) diz que quem ocupava o ofício sumo sacerdotal, nesse tempo, eraSadoque; mas o trecho de 1 Reis 4:2 diz que era Azarias, que era neto de Sadoque. Temos de supor,assim sendo, que há algum defeito nos registros históricos, que não nos permitem precisar a situaçãoque envolvia o oficio sumo sacerdotal nos dias de Salomão. Mas, considerando-se todos os fatores,parece ter havido quinze sumos sacerdotes que foram contemporâneos dos reis de Judá, Seja como for,os sumos sacerdotes dessa série terminaram com Seraías, que foi aprisionado por Nabucodonosor eexecutado em Ribla, por ordem daquele monarca caldeu (lI Reis 25:18), ao tempo do cativeirobabilônico.7. Por causa do cativeiro, passaram-se cerca de cinqüenta e dois anos sem alguém para ocupar o oficiosumo sacerdotal em Israel. Jeozadaque (ver Ageu 1:1,14) deveria ter herdado o oficio de seu pai,Seraías; mas Jeozadaque viveu e morreu durante o período do cativeiro babilônico. Então o oficio foiocupado por seu filho, Josué (vide), depois que um remanescente do povo de Israel regressou aJerusalém, em companhia de ZorobabeI. A Bíblia alista os sucessores dele, chamados Joiaquim,Eliasibe, Jeoiada, Joanã e Jadua. Jadua foi sumo sacerdote de Israel na época de Alexandre, o Grande,tendo sido sucedido por seu filho, Onias I, e este por seu filho, Simão. Quando Simão faleceu, quemveio a ocupar o oficio foi seu irmão, Eleazar, visto que seu filho, na época, ainda era um jovem menor deidade. Foi durante o reinado de Eleazar que teve lugar a famosa tradução do Antigo Testamento para ogrego, chamada Septuaginta ou LXX. 8. Menelau, o último dos Onias, trouxe desgraça ao oficio sumosacerdotal. E o oficio ficou vago por sete anos. E então Alcimo ocupou o cargo, embora também tivessesido umainfame personagem.9. Em seguida veio o período dos hasmoneanos (vide).Essa família era do turno sacerdotal de Joiaribe (I Crô. 24:7), que havia retomado do cativeiro babilônicocom Zorobabel (I Crô. 9: 1O~ Nee. 11:1O). Eles ocuparam esse oficio até 153 a.C., quando a família foidestruída por Herodes, o Grande. Aristóbulo, o último sumo sacerdote dessa linhagem, foi assassinadopor ordem de Herodes, embora eles fossem cunhados. Isso ocorreu em 35 a.C. 10. Roma começou anomear os sumos sacerdotes de Israel, de acordo com os ventos do poder e do favor político. Houvenada menos de vinte e oito sumos sacerdotes desde o reinado de Herodes, o Grande, até à destruiçãodo templo de Jerusalém, pelo general Tito, em 70 d.C. Esse período foi de cerca de cento e sete anos;assim, na média, houve um novo sumo sacerdote a cada três ou quatro anos! O Novo Testamento, porsua vez, fornece-nos alguns dos nomes de pessoas envolvidas nesse oficio, como Anãs, Caifás eAnanias, sobre quem damos artigos separados. O sumo sacerdote que deu a Paulo cartas que lhepermitiam perseguir e encarcerar a judeus cristãos chamava-se Teófilo, filho de Anano. Ver Atos 9:1,14.

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Panias foi o último dos sumos sacerdotes. Ele fora nomeado pelo lançamento de sortes, pelos zelotes,dentre o turno de sacerdotes que Josefo chamou de Eniaquim, provavelmente, uma forma corrupta deJaquim.

CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag.293-294.Os Deveres Levíticos e Sacerdotais, 18.1 -321. As Responsabilidades Misturadas (18.1-7)Não são novas as informações registradas neste lugar concernentes aos deveres dos sacerdotes e doslevitas (cf. 3.1—4.49). São repetidas para destacar o princípio que acabara de ser dramaticamentedemonstrado: as coisas sagradas não devem ser profanadas.A repetição também serve para lembrar os sacerdotes e os levitas que junto com altos privilégios vêmsérias responsabilidades. Os sacerdotes eram responsáveis pelo santuário e os levitas tinham de ajudá-los. Mas os levitas não deviam tocar no altar ou em outra mobília sagrada e tinham de cuidar para queas pessoas não se aproximassem muito, pois caso isso ocorresse, sofreriam a pena de morte (17.13).2. A Lista dos Benefícios dos Sacerdotes (18.8-20)Considerando que os sacerdotes eram os servos espirituais do povo, não podiam trabalhar para ganhar avida da mesma maneira que os outros. Por conseguinte, o sustento tinha de vir do corpo principal dacongregação. A promessa de DEUS para Arão era: “Agora estou te dando todas as ofertas especiaisque forem trazidas a mim e que não forem queimadas como sacrifício. Eu dou essas ofertas a ti e aosteus descendentes como a parte a que vós tendes direito para sempre” (8, RSV). Em seguida, apareceuma lista das porções dos sacrifícios que pertenciam aos sacerdotes e instruções detalhadas sobrecomo deviam lidar com isso. Concerto... de sal (19) era “um concerto indissolúvel”.3. Os Deveres dos Levitas (18.21-32)Os levitas tinham de receber o sustento dos dízimos dos israelitas. Em troca, administrariam oministério da tenda da congregação (23) e assumiriam a responsabilidade pelas necessidades espirituaisdo povo. Justamente por isso, deviam dar aos sacerdotes o dízimo dos dízimos (26) que recebiam. Estaoferta seria considerada o equivalente do aumento do grão da eira e da plenitude do lagar (27) das outrastribos. DEUS honra o dízimo e ninguém está isento da entrega propositada e sistemática do dízimocomo parte vital da adoração. E o que DEUS espera. Que ninguém seja tentado a guardar o que deveser dado (32) e que ninguém roube a DEUS (Ml 3.8-10).

Lauriston J. Du Bois. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 358-350Outra Crise em Cades (Números 18 – 20)E provável que as instruções, nos capítulos 18 e 19, tenham sido dadas pelo Senhor enquanto Israelainda estava em Cades-Barnéia. No entanto, ao chegarmos ao capítulo 20, vemos que a naçãocompletou seus trinta e oito anos vagando pelo deserto e está de volta em Cades (20:1, 16).Números diz pouca coisa sobre os anos em que Israel vagou pelo deserto, apesar de haver uma lista deseus locais de acampamento em Números 33. Miriã faleceu no primeiro mês do quadragésimo ano(20:1), quando a nação havia voltado a Cades, e Arão faleceu no quinto mês do mesmo ano (33:38).Quando Moisés faleceu, no final do quadragésimo ano (Dt 1:3; 34:5), toda a geração mais velha haviamorrido, com exceção de Calebe e de Josué, a quem foi permitido entrar em Canaã.O povo de DEUS havia sido obstinado e rebelde, e o Senhor os havia castigado por isso, mas, apesarda desobediência dos israelitas, o Senhor fora fiel em cuidar deles."Mas ele os salvou por amor do seu nome, para lhes fazer notório o seu poder" (SI 106:8). Considerealgumas das preocupações do Senhor com seu povo, conforme expressas pelas instruções eacontecimentos encontrados nos capítulos 18 a 20.1. Guardando o santuário (N m 18:1-7)Por causa dos juízos do Senhor contra os rebeldes no tabernáculo (Nm 16:31-35) e e sua defesamiraculosa do sumo sacerdócio de Arão (Nm 17:10-13), os israelitas estavam aterrorizados só de ter otabernáculo no meio deles. "Acaso expiraremos todos?" (Nm 17:13), lamentou o povo. Na verdade, apresença de DEUS em seu acampamento era a marca distintiva do povo de Israel (Êx 33:1-16), pois eraa única nação a ter a glória do DEUS vivo presente com ela e indo adiante dela (Rm 9:4).DEUS falou especificamente a Arão (Nm 18:1, 8, 20), exaltando ainda mais seu ministério como sumosacerdote. O Senhor deixou claro que era responsabilidade dos sacerdotes ministrar no tabernáculo eguardá-lo da profanação, e era responsabilidade dos levitas assistir os sacerdotes em seu ministério notabernáculo. Desde que os sacerdotes e levitas obedecessem a essas regras, o povo não seria julgado(v. 5).O ministério sacerdotal era assunto sério, pois se os sacerdotes não seguissem as instruções deDEUS, poderiam morrer. Se permitissem que uma pessoa não autorizada entrasse no tabernáculo ouministrasse nele, DEUS poderia dar cabo deles. Qualquer desobediência, até mesmo no modo de sevestir (Êx 28:35, 42, 43) ou de se lavar (Êx 30:17-21), era arriscada. DEUS considerava Arão e seusfilhos responsáveis pelas ofensas cometidas contra o santuário e o sacerdócio. O sacerdócio era umadádiva de DEUS a Israel, pois sem os sacerdotes o povo não poderia chegar a DEUS. Os levitas eram a

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dádiva de DEUS aos sacerdotes, aliviando-os de tarefas servis de modo que pudessem dedicar-seinteiramente a ministrar ao Senhor e a atender o povo. Os sete homens escolhidos em Atos 6,normalmente chamados de diáconos, tinham uma relação semelhante com os apóstolos. Não hámenosprezo em servir mesas, mas os apóstolos tinham um trabalho mais importante a fazer.O sucesso ou o fracasso dependem da liderança, e Arão era o líder da família sacerdotal. Devia prestarcontas a DEUS de tudo o que acontecia no santuário. DEUS não habita em templos feitos por mãoshumanas (At 7:48), mas sim em nosso corpo, pelo ESPÍRITO SANTO (1 Co 6:19, 20), e no meio de seupovo na congregação local (1 Co 3:16ss).Devemos ter cuidado com a forma como tratamos nosso corpo e com aquilo que fazemos à Igreja deJESUS CRISTO. "Se alguém destruir o santuário de DEUS, DEUS o destruirá; porque o santuário deDEUS, que sois vós, é sagrado" (1 Co 3:17).2. Cuidando de seus servos (N m 18:8-32)Como servos de DEUS, os sacerdotes e levitas mereciam os cuidados do povo de DEUS. Ao contráriodas outras tribos, os levitas não teriam herança na terra prometida, pois o Senhor era a herança deles (v.20; Dt 10:8, 9; Js 13:14, 33; 14:13; 18:7), e receberiam quarenta e oito cidades para habitar (Nm 35:1-8;Js 21).2 As necessidades dos sacerdotes bem como dos levitas eram supridas pelos sacrifícios, ofertase dízimos do povo. Os sacerdotes (vv. 8-20). DEUS determinou que os sacerdotes teriam porções dasofertas de manjares, dos sacrifícios pelo pecado, dos sacrifícios pela culpa e dos sacrifícios pacíficos(Lv 6:14 - 7:38), bem como as primícias (Dt 26:1-11) e os animais primogênitos que o povo levasse parao Senhor. Uma parcela dessa comida só podia ser consumida pelos sacerdotes, mas a maior partepodia ser dividida com suas famílias. Contudo, qualquer um da família sacerdotal que comesse dossacrifícios oferecidos a DEUS tinha de estar cerimonialmente limpo e de tratar o alimento comreverência, pois ao ser apresentado ao Senhor, havia sido santificado.Os levitas (vv. 21-32).Recebiam os dízimos que o povo levava ao santuário de DEUS, pois 10% de toda a produçãopertenciam ao Senhor. Os israelitas deveriam pagar três dízimos: um para os levitas (vv. 21-24), um queera comido "ali perante o S e n h o r " (Dt 14:22-27) e um a cada três anos, que era dado aos pobres (Lv27:28, 29). Os levitas, por sua vez, deveriam separar o dízimo daquilo que recebiam, oferecê-lo aoSenhor e entregá-lo ao sumo sacerdote. O princípio encontrado nessa passagem é claro e recebeênfase frequente nas Escrituras: aqueles que servem ao Senhor e ao povo de DEUS devem sersustentados pelas bênçãos materiais que DEUS dá a seu povo. JESUS disse: "Digno é o trabalhador doseu salário" (Lc 10:7; Mt 10:10), e Paulo escreveu: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam oevangelho que vivam do evangelho" (1 Co 9:14). Paulo explicou esse princípio em mais detalhes emGálatas 6:6-10; Filipenses 4:10-19 e 1 Timóteo 5:17, 18.O povo de Israel nem sempre obedecia à lei levando os dízimos ao Senhor e, como conseqüência, oministério no tabernáculo e no templo sofria (ver Ne 10:35-39; 12:44-47; 13:10-14; Ml 1:6 - 2:9). Se oslevitas e sacerdotes não tinham alimento para as famílias, precisavam deixar o santuário e trabalhar noscampos (Ne 13:10). É triste quando o povo de DEUS não ama o Senhor e sua casa o suficiente parasustentá-la fielmente. DEUS esperava que os levitas dessem o dízimo daquilo que recebiam,entregando-o ao sumo sacerdote (Nm 18:25-32). Às vezes, encontro obreiros cristãos que não dão odízimo pois se consideram isentos disso. Usam como argumento o fato de que estão servindo aoSenhor e de que tudo o que têm pertence a ele, mas esse argumento não é válido. Os levitas serviam aDEUS em tempo integral e, ainda assim, davam o dízimo daquilo que recebiam.O dízimo não é, necessariamente, uma prática associada à lei, pois Abraão e Jacó deram o dízimoséculos antes de a lei ser apresentada (Gn 14:20; 28:22). Se os israelitas sob a antiga aliança podiamdar 10% da sua renda (produção) ao Senhor, os cristãos da nova aliança podem dar menos? Para nós, odízimo é só o começo! Se compreendermos o significado de 2 Coríntios 8 - 9, nossas ofertas irão muitoalém do dízimo.

WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 448-449.Nm 18.2-4 — Os levitas eram os servos dos sacerdotes, mas possuíam limitações quanto ao quepodiam ou não fazer. Isso foi o que incomodou Corá (cap. 16). Ele era um levita que desejava a funçãode sacerdote.18.5-7 — Somente os sacerdotes podiam realizar os deveres concernentes ao santuário e ao altar. Otermo estranho — em e o estranho que se chegar morrerá (v. 7)— não fazia referência ao estrangeiro,mas a qualquer pessoa não autorizada a aproximar-se dos locais e objetos sagrados.Quando aquele que não tinha permissão se aproximava dos lugares santos, ele recebia uma punição.Nesse contexto, sempre há o sentido do sacerdote se colocando entre os vivos e os mortos, entre agraça e a misericórdia, entre o pecado e o perdão. Isso faz com que o leitor cristão pense no Salvador.18.8-20 — Os sacerdotes obtinham seu sustento pelo seu trabalho para DEUS (Lv 6.14— 7.36). Asofertas que não eram queimadas no altar, mesmo que feitas para o Senhor, convertiam-se em alimentopara os sacerdotes. Vamos entender melhor a expressão pronunciada pelo Senhor a Arão: Eu sou a tua

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parte. Os sacerdotes não herdavam propriamente a terra. Eles tampouco viviam o dia-a-dia de cultivodesta, porque DEUS provia seu sustento por meio das ofertas das pessoas. Consequentemente, ossacerdotes possuíam uma relação especial com DEUS, que representava a herança sacerdotal deles.Exatamente como os sacerdotes, os cristãos de hoje não têm a promessa de herança neste mundo.Apesar disso, há, para os fiéis, a promessa de um legado no Reino futuro (Rm 8.17).18.21-24 — Os levitas também eram os beneficiários dos serviços realizados para DEUS. Como ossacerdotes, eles também não herdavam a terra, mas tinham suas necessidades supridas por causa dotrabalho feito para DEUS. Por isso, recebiam os dízimos dos filhos de Israel. 18.25-32 — Os levitas queviviam dos dízimos do povo tinham a obrigação de fazer ofertas a DEUS, neste caso, um décimo dodízimo. Aqueles que viviam do dízimo também deveriam dá-lo, pois assim mostrariam a DEUS seuagradecimento por aquilo que receberam. Em todo o seu trabalho, os levitas deveriam lembrar-se dosentido de santidade. Como servos do Senhor, como o povo, estavam sob a misericórdia e a justiça deDEUS, e poderiam ser castigados caso se comportassem de maneira imprópria.

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento comrecursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 289-290.II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28).

A Indumentária do SacerdoteDuas coisas chamam a atenção de início no texto bíblico que fala das vestes dos sacerdotes. Emprimeiro lugar, quem confeccionou essas vestimentas não foram quaisquer alfaiates em Israel. O textobíblico afirma que foram homens “sábios de coração”, a quem DEUS havia “enchido do ESPÍRITO deSabedoria” (Ex 28.3). Como frisa o Comentário Bíblico Beacon, “DEUS, que criou a beleza, dá aohomem a apreciação divina pela beleza e a aptidão divina para criá-la. Certas produções que o mundochama arte não passam de imoralidade, mas a verdadeira arte é de DEUS”.Em segundo lugar, o propósito da indumentária sacerdotal era “santificar”, isto é, distinguir, destacar,honrar os sumos sacerdotes, dar-lhes ornamentação, beleza e glória diante do povo; enfim, enfatizar osignificado e a importância do seu ofício perante todos. Suas vestes foram pensadas para refletir adignidade do seu ofício.Os materiais para fazer as vestes sacerdotais eram os mesmos das cortinas e do véu do Tabernáculo(Ex 26.1,31,32; 28.5,6). Ou seja, o sacerdote não poderia ministrar “com roupas simples e sem brilho”em um Tabernáculo que era “graciosamente colorido”. DEUS, “o Autor de tudo o que é bom e bonito,deseja que seu povo seja formoso e que haja beleza nos procedimentos de adoração”.Como observa Matthew Henry,Estas gloriosas vestes foram indicadas: (1) para que os próprios sacerdotes pudessem ser lembradosda dignidade da sua função e pudessem comportar-se com o devido decoro; (2) para que o povopudesse ser imbuído de uma santa reverência com relação ao DEUS cujos ministros se apresentavamcom tal grandeza; (3) para que os sacerdotes pudessem ser um exemplo de CRISTO, que se ofereceuimaculado a DEUS, e de todos os cristãos, que têm a beleza da santidade conferida a si, na qual sãoconsagrados a DEUS.Henry lembra ainda que “o nosso adorno agora, sob o evangelho, tanto o dos ministros quanto o detodos os cristãos, não deve ser de ouro ou pérolas, nem custoso, mas deve ser composto das vestes dasalvação e do manto da justiça (Is 61.10; SI 132.9,16)”.Assim como as vestes sujas do sumo sacerdote Josué, na visão do profeta Zacarias, representavam asua iniquidade (Zc 3.3,4), as vestes santas dos sumos sacerdotes representavam a pureza e a perfeiçãode CRISTO como o nosso Sumo Sacerdote definitivo e por excelência (Hb 7.26).Havia quatro vestes que eram comuns aos sacerdotes e ao sumo sacerdote:Os calções de linho, que serviam para cobrir as partes íntimas e as coxas do sacerdote (Êx 28.42);O manto ou túnica de linho (Êx 28.39,40);O cinturão de linho, com bordados e usado para prender as roupas (Êx 28.39,40);As tiras para a cabeça, isto é, para o turbante (Êx 28.37,40).O linho fino utilizado na confecção dessas peças era um símbolo de pureza. Mas, além dessas quatropeças básicas, havia outras quatro que eram usadas apenas pelo sumo sacerdote:1. O éfode com um cinturão diferenciado (Êx 28.6-14). Ele consistia em um colete com as partes dafrente e de trás unidas por tiras sobre cada ombro e por um cinturão à altura da cintura. Esse cinturãoera colorido e habilmente tecido (“De obra esmerada”, Êx 28.6) conforme a criatividade que DEUS deraaos sábios que confeccionariam as vestes (Êx 28.3). Nas tiras sobre os ombros, havia duas pedrassardónicas, uma de cada lado, trazendo o nome das doze tribos de Israel — seis nomes em uma pedrae os outros seis nomes na outra (Êx 28.9,10). O texto bíblico diz que a ordem dos nomes era “segundoas suas gerações” (Êx 28.10), o que significa dizer que a disposição dos nomes nas pedras obedecia àordem de nascimento dos doze filhos de Israel que davam nome às tribos. Esses nomes deveriam serengastados — isto é, encravados — em ouro nas pedras e esses filigranas de ouro deveriam ser

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10/3/2014 Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócio

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colocados, mais precisamente, ao redor das pedras, em seu entorno (Êx 28.11). Finalmente, havia aindaos engastes de ouro (fechos ou prendedores) e as correntes de ouro, que provavelmente serviam parafirmar o peitoral ao éfode (Êx 28.13,14,22-26). O fato de o sumo sacerdote levar o nome das doze tribosnos ombros tinha um significado claro: o sumo sacerdote, como intercessor entre o povo e DEUS,levava em seus ombros o povo. Essa grande responsabilidade, que era a essência do seu ofício, ele nãodeveria nunca esquecer (Êx 28.12). O propósito divino era que, cada vez que o sumo sacerdote vestisseo éfode, se lembrasse disso.2. O peitoral do juízo (Êx 28.15-30), que era feito do mesmo material do éfode. Também era “obraesmerada” (Êx 28.15). A designação “do juízo” dada ao peitoral era uma referência, sem dúvida, ao “Urime Tumim”, uma peça muito importante dessa indumentária. Essas palavras significam “luz e perfeição”e, provavelmente, era o nome dado a dois objetos, talvez duas pedras, que eram trazidas pelo sumosacerdote no peitoral de sua roupa cerimonial (Êx 28.30). Através da consulta ao “Urim e Tumim”, osumo sacerdote tomava conhecimento da vontade divina em situações muito difíceis (Êx 29.10; Nm16.40; 27.21; Ed 2.63).Havia ainda no peitoral quatro fileiras de pedras preciosas contendo três pedras cada uma (doze pedrasao todo). O nome das doze tribos de Israel também era gravado nessas pedras, sendo uma pedra paracada nome (Êx 28.21). O significado aqui também é claro: o intercessor deveria ter em seu coração opovo por quem intercedia (Ex 28.29). Isso fala de compaixão e amor do intercessor pelos intercedidos.CRISTO, o nosso Sumo Sacerdote e perfeito intercessor entre DEUS e os homens, nos amou até o fim(1 Tm 2.5; Jo 13.1; 17.9,20-26).O peitoral era unido ao éfode por peças de ouro (engastes e anéis) na parte de cima, conectadas às tirasdos ombros do éfode, e na parte de baixo, conectadas ao cinturão do éfode (Ex 28.13,14,22-28).3. O manto do éfode, com suas campainhas e com romãs nas bordas (Ex 28.31-35). Esse manto,diferente do manto de linho, ia até os joelhos e tinha nas bordas um material que se supõe ser umaespécie de “cota de malha” para não se romper (Ex 28.32). Ele era uma peça única, sem emendas ecom abertura para a cabeça. Não tinha mangas, era de cor azul (Ex 28.31) e usado debaixo do éfode edo peitoral. Nas bordas, alternavam-se romãs bordadas e com cores diferentes cada uma e campainhasde ouro — uma romã, depois uma campainha; outra romã, depois outra campainha, e assimsucessivamente (Êx 28.33,34).As romãs significavam alimento, fertilidade e alegria, provavelmente alegria no serviço a DEUS. Já ossinos eram para que se ouvisse o sonido do sumo sacerdote quando andava. Elas chamavam a atençãodas pessoas para a atividade do sumo sacerdote lá dentro, que deveria sempre estar movimentando ascampainhas. O texto bíblico afirma que se o sumo sacerdote não movimentasse as campainhasenquanto estivesse lá dentro, perante o Senhor, ele morreria (Êx 28.35). Ou seja, quando o som parava,era porque o sumo sacerdote, achado em falta diante do Senhor, havia morrido lá dentro. O sonidoconstante dessas campainhas, chamando a atenção do povo para o que estava acontecendo, falam quea verdadeira adoração não deveria se tornar uma mera formalidade para o povo. Os israelitas deveriamestar atentos e voltados para tudo que estava acontecendo ali, no Santuário. Não poderiam estar, comodizemos hoje, “desligados” do culto, mas “sintonizados” e envolvidos com tudo o que está acontecendo.Ora, ainda hoje DEUS deseja o nosso envolvimento total no culto de adoração a Ele (SI 29.9; 51.16,17;103.1; Jo 4.24; Rm 12.1; Hb 10.19-23; 13.15).4. A lâmina de ouro à sua testa (Êx 28.36-38) era usada na frente da mitra sacerdotal, isto é, do turbante(Êx 28.37). Nessa lâmina, estava gravado: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). O significado da lâminacom esses dizeres é explicitado no texto bíblico: DEUS queria que o povo se lembrasse dos seuspecados e da necessidade de serem santos, o que era evidenciado todas as vezes que o sacerdoteadentrava o Santuário para levar “a iniquidade das coisas santas”, isto é, executar a expiação pela culpado povo (Êx 28.38).Quando entrarmos na presença de DEUS, devemos nos lembrar que somos pecadores e Ele é SANTO;que é pelo sacrifício de CRISTO, o nosso Sumo Sacerdote, que podemos entrar com confiança napresença do Senhor; e que devemos viver uma vida santa. Sede santos “em toda a vossa maneira deviver” (1 Pe 1.15; Lv 11.44).

COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 132-126.

O Sacerdócio de ArãoO sacerdócio de Arão era um dom de DEUS por um povo que, por natureza própria, estava distante enecessitava de alguém que aparecesse em seu nome continuamente na Sua presença. O capítulo 7 daepístola aos Hebreus ensina-nos que a ordem do sacerdócio estava ligada com a lei, que foraestabelecida segundo "a lei do mandamento carnal" (versículo 16) e que fora impedida de permanecerpela morte (versículo 23) e que os sacerdotes dessa ordem estavam sujeitos às fraquezas humanas.Portanto, esta ordem não podia dar perfeição, e por isso devemos bendizer a DEUS por não ter sidoinstituída com "juramento". O juramento de DEUS só podia fazer-se em ligação com aquilo que devia

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durar eternamente, e isto era o sacerdócio perfeito, imortal, e intransmissível do nosso grande e gloriosoMelquisedeque, que dá ao Seu sacrifício e ao Seu sacerdócio todo o valor, e a dignidade e glória da Suaincomparável Pessoa. O simples pensamento de que temos um tal sacrifício e um tal Sacerdote fazcom que o coração palpite com as mais vivas emoções de gratidão.O Éfode e as Pedras PreciosasMas devemos prosseguir com o exame dos capítulos que ainda temos à nossa frente. Em capítulo 28temos as vestes sacerdotais, e em capítulo 29 trata-se dos sacrifícios. Aquelas estão mais em ligaçãocom as necessidades do povo, enquanto que estes se relacionam com os direitos de DEUS. As vestesrepresentam as diversas funções e atributos do cargo sacerdotal. O "éfode" era o manto sacerdotal, eestando inseparavelmente ligado às ombreiras e ao peitoral, ensina-nos, claramente, que a força dosombros do sacerdote e o afeto do seu coração estavam inteiramente consagrados aos interessesdaqueles que representava, e a favor dos quais levava o éfode. Estas coisas, que eram simbolizadas emArão, são realizadas em CRISTO. O Seu poder onipotente e amor infinito pertencem-nos eternamente eincontestavelmente. Os ombros que sustém o universo protegem até o mais fraco e obscuro membro dacongregação redimida a preço de sangue. O coração de JESUS bate com afeto imorredouro até mesmopelo membro menos considerado da assembleia redimida.Os nomes das doze tribos, gravados sobre pedras preciosas, eram levados tanto sobre os ombroscomo sobre o peito do sumo sacerdote (vide versículos 9al2,15a29).A excelência peculiar de uma pedrapreciosa consiste no fato que quanto mais intensa é a luz que sobre ela incide, tanto maior é o seubrilho esplendente. A luz nunca pode obscurecer uma pedra preciosa; apenas aumenta e desenvolve oseu brilho. As doze tribos, tanto uma como outra, a maior como a menor, eram levadas continuamente àpresença do Senhor sobre o peito e os ombros de Arão. Eram todas, e cada uma em particular,mantidas na presença divina em todo este resplendor perfeito da formosura inalterável que era próprio daposição em que a graça perfeita do DEUS de Israel as havia colocado. O povo era representado diantede DEUS pelo sumo sacerdote. Quaisquer que fossem as suas fraquezas, os seus erros, ou faltas, osseus nomes resplandeciam sobre o "peitoral" com imarcescível esplendor. O Senhor havia-lhes dadoesse lugar, e quem poderia arrancá-los dali?- Jeová tinha-os posto assim, e quem podia pô-los de outraformai Quem teria podido penetrar no santuário para arrebatar de sobre o coração de Arão o nome deuma das tribos de Israel? Quem teria podido manchar o brilho que rodeava esses nomes no lugar ondeDEUS os havia colocado? Ninguém. Estavam fora do alcance de todo o inimigo — longe da influência detodo o mal.Quão animador é para os filhos de DEUS, que são provados, tentados, zurzidos e humilhados, pensarque DEUS os vê sobre o coração de JESUS! Perante os Seus olhos, eles brilham sempre em todo ofulgor de CRISTO, revestidos de toda a graça divina. O mundo não pode vê-los assim; mas DEUS vê-osdesta maneira, em isto está toda a diferença. Os homens, ao considerarem os filhos de DEUS, veemapenas as suas imperfeições e defeitos, porque são incapazes de ver qualquer coisa mais; de sorte queo seu juízo é sempre falso e parcial. Não podem ver as joias brilhantes com os nomes dos remidosgravados pela mão do amor imutável de DEUS. É certo que os cristãos deveriam ser cuidadosos em nãodar ocasião a que os homens do mundo falem injuriosamente; deviam procurar, fazendo bem, tapar aboca à ignorância dos homens maus (lPe2:15). Se ao menos compreendessem, pelo poder doESPÍRITO SANTO, a graça em que brilham sem cessar, aos olhos de DEUS, realizariam certamente ascaracterísticas de uma vida de santidade prática, pureza moral e engrandecimento perante os olhos doshomens. Quanto mais compreendermos, pela fé, a verdade objetiva, ou tudo o que somos em CRISTO,tanto mais profunda, prática e real será a obra subjetiva em nós, e maior será a manifestação do efeitomoral na nossa vida e caráter.Mas, graças a DEUS, não temos que ser julgados pelos homens, mas por Ele Próprio: emisericordiosamente mostra-nos o nosso sumo sacerdote levando o nosso juízo sobre o seu coraçãodiante do Senhor continuamente (versículo 30). Esta segurança dá paz profunda e sólida ao coração—uma paz que nada pode abalar. Podemos ter de confessar e lamentar as nossas falta se de feitosconstantes; a nossa vista pode estar, por vezes, obscurecida de tal maneira por lágrimas de umverdadeiro arrependimento que não possa ver o brilho das pedras preciosas com os nossos nomesgravados, e todavia eles estão nelas. DEUS os vê, e isto é suficiente. É glorificado pelo seu brilho;brilho que não é conseguido por nós, mas com que Ele nos dotou. Nada tínhamos senão trevas, tristeza,e deformidades; mas DEUS deu-nos brilho, pureza e beleza. A Ele seja dado o louvor pelos séculos dosséculos!O CintoO "cinto" é o símbolo bem conhecido do serviço; e CRISTO é o Servo perfeito o Servo dos desígniosdivinos e das necessidades profundas e variadas do Seu povo. Com espírito de sincera dedicação, quenada podia impedir, Ele cingiu-se para a Sua obra; e quando a fé vê assim o Filho de DEUS cingidojulga, certamente, que nenhuma dificuldade é grande demais para Si. No símbolo que temos perante nósvemos que todas as virtudes, méritos, e glórias de CRISTO, na Sua natureza divina e humana, entram

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plenamente no Seu caráter de servo. "E o cinto de obra esmerada, do seu éfode, que estará sobre ele,será da mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul e de púrpura, e de carmesim e de linhofino torcido" (versículo 8).A fé disto deve satisfazer todas as necessidades da alma e os mais ardentes desejos do coração. Nãovemos CRISTO apenas como a vítima imolada no altar, mas também como o cingido Sumo Sacerdotesobre a casa de DEUS. Bem pode, pois, o apóstolo inspirado dizer, "cheguemo-nos,... retenhamos...consideremo-nos uns aos outros" (Hb 10:19-24).

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Êx 28.4 As Seis Peças do Vestuário. As seis peças distintivas das vestes do sumo sacerdote sãomencionadas neste versículo. O resto do capítulo descreve esses itens de forma detalhada. Os crentestambém dispõem de suas vestes (ou armadura) distintivas, próprias para o conflito espiritual em queestão envolvidos (ver Efé. 6.10 ss.). Oferendas de estofo azul e linho fino torcido foram feitas, tudo demodo voluntário, aos artífices, que passaram a empregar suas habilidades à confecção das vestessacerdotais.A lista de itens não inclui o turbante de Arão (que figura nos vs. 36-38), e também os calções curtos (vs.42). Não se sabe dizer por qual motivo foram deixados fora da lista, mas 0 mais provável é que issotenha acontecido por mero esquecimento do autor sagrado, na preparação da lista de itens. Nada é ditosobre como os pés dos sacerdotes eram calçados, mas o mais provável é que usassem simplessandálias. Quanto a tipos e símbolos presumíveis dessas peças do vestuário sumo sacerdotal.Êx 28.5 Foram usados materiais especiais, a saber: ouro, estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino, ascores dos véus usados no Lugar SANTO e no SANTO dos Santos. Ver Êxo. 26.1,31,36. A isso foramacrescentadas pedras de ônix e várias outras pedras preciosas (Êxo. 28.9,17-21).Êx 28.6 A estola sacerdotal. No hebraico, ephod, palavra que significa “cobertura”. Há um artigodetalhado a esse respeito, no Dicionário, intitulado Estola, que inclui informes arqueológicos, que o leitorprecisa examinar. Os sacerdotes levíticos usavam estolas de linho, mas o sumo sacerdote dispunha deestolas bordadas em ouro, azul, púrpura e carmesim. Uma estola especial era usada quando dospronunciamentos do sumo sacerdote, em seus oráculos. Essa estola ficava pendurada no interior dotemplo (I Sam. 21.9).Alguns estudiosos supõem que o ephod foi a mais antiga das vestes sacerdotais. Naturalmente, haviaum uso anterior ao tabernáculo, e que era um artigo comum entre as vestes de povos não-israelitas.Talvez houvesse nisso simbolismos místicos; nesse caso, porém, não nos é dito quais poderiam tersido esses sentidos simbólicos.28.7 A estola dispunha de duas peças para os ombros, as ombreiras, que talvez também protegessemas costas. O artigo Sacerdotes, Vestimentas dos ilustra esse item. Havia laços que prendiam as peçasuma à outra, formando uma única peça com frente e costas. Era uma espécie de malha sem mangas(Êxo. 39.4). As peças eram unidas por duas pedras, que atuavam como se fossem botões (vs. 12).Alguns intérpretes diziam que as duas peças eram costuradas uma à outra (Maimonides, Hilchot CafeHamikdash, c. 9, see. 9). Nesse caso, as duas pedras eram meros adornos.28.8 O cinto de obra esmerada. Ver no Dicionário 0 artigo Cinto. O cinto do sumo sacerdote eraaltamente decorativo, completo com bordados (cf. Êxo. 28.39 e 39.29). Além de deixar no lugar peças deroupa, em torno do corpo, 0 cinto tinha sentidos místicos. O material (linho) do cinto era da mesma cor edo mesmo estilo do véu do santuário, servindo de indício de que as vestes do sumo sacerdotemostravam ser ele 0 administrador do santuário, em suas diversas funções sacerdotais. Ver 0 artigogeral intitulado Sacerdotes, Vestimentas dos. O cinto apertava a estola em tomo da cintura (Lev. 8.7). Ocinto fazia parte inseparável da estola e era feito do mesmo material que esta.Êx 28.9-10 Duas pedras de ônix. Ver as notas sobre essa pedra em Gên. 2.12. Cf. Êxo. 25.7. Em cadauma dessas pedras foram gravados os nomes de seis das tribos de Israel, alistadas segundo a ordemde idade dos patriarcas que deram nomes às tribos. E na mesma ordem foram gravados os nomessobre as doze pedras preciosas do peitoral (vss. 17-21). As pedras enfatizavam 0 prestígio das dozetribos, como também os deveres que os sacerdotes tinham de servir bem Israel, ou seja, 0 povo inteiro,a congregação de DEUS. “.. .assim sendo, quando Arão entrava no tabernáculo, apresentava os nomesdas tribos de Israel na presença de DEUS (vs. 12)” (John D. Hannah, in Ioc.).Os Nomes por Ordem de Nascimento: Uma das duas pedras de ônix continha os nomes: Rúben,Simeão, Levi, Judá, Dã e Naftali. E a outra continha os nomes: Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José eBenjamim. Mas alguns autores judeus sugeriram outros arranjos de nomes.Os eruditos também discordam quanto à identidade dessas duas pedras. Alguns opinam em favor daesmeralda ou do berilo. Josefo (Antiq. 3.7 par. 5) dizia que essas pedras eram o ônix e a sardônica. Têmsido encontradas muitas pedras dessa qualidade, sendo uma pedra comum na joalheria.28.11,12 Essas pedras eram lapidadas em forma de roseta e incrustadas em ouro, sob a forma deselos. “Eram símbolos de autoridade e dedicação, em todo 0 mundo antigo (Gên. 41.42; Jer. 22.24;Ageu 2.23). O papel de Arão como sacerdote, e a sua autoridade, dependiam do pacto da graça de

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Yahweh. Ele apresentava diante do Senhor os nomes das tribos de Israel. Israel era 0 fulcro de interessede seu serviço” (J. Coert Rylaarsdam, in Ioc.). “Os sinetes... como os do Egito, em sua maioria eramanéis... mas os da Babilônia eram cilíndricos...” (Ellicott, in Ioc.).Lapidação de Pedras Preciosas na Antiguidade. As pedras preciosas de maior dureza (na escala de 1,talco, a 10, diamante), ou seja, a esmeralda, a safira, 0 topázio, 0 rubi e 0 diamante, que eram tão durasque desafiavam os antigos lapidadores, de tal modo que aparecem com menor freqüência, eram menosusa- das que as pedras de dureza menor (na mesma escala, 6 ou 7 pontos de dureza), que atualmentechamamos de pedras semipreciosas, como o ônix, o jaspe, o lápis-lazúli, o Sárdio, o berilo, e 0 cristalde rocha.As pedras de ônix gravadas ficavam sobre os ombros da estola sacerdotal, talvez funcionando como sefossem botões ou colchetes, juntando as duas peças da estola. Ou, então, na opinião de outrosintérpretes antigos, as duas peças eram costuradas uma à outra, e aquelas pedras eram meras peçasdecorativas e simbólicas, sem exercer qualquer outra função na estola sacerdotal. As variegadas pedrasdo peitoral também continham nomes, cada pedra um nome de tribo, pelo que havia um duplo lembretedo povo de Israel, ao qual o sumo sacerdote servia.O Peitoral (28.13-30)Êx 28.13,14 As pedras do peitoral eram engastadas em garras de ouro. Cf. 0 vs. 11. Eram semelhantesaos engastes das duas pedras de ônix das ombreiras da estola sacerdotal. Havia duas correntes de ouro(vs. 14) que serviam ao propósito de suspender o peitoral a partir das ombreiras. Essas correntes nãoforam confeccionadas à maneira moderna, como elos entrelaçados, e, sim, eram como fios de ourotorcidos à moda de cordas, um trabalho artístico e complicado. Essas correntes estavam presas aosengastes das duas pedras de ônix. Ver os vss. 22-28 deste capítulo quanto a outras informações sobrea questão.Os arqueólogos têm descoberto essas correntes de ouro em várias culturas antigas, incluindo a egípcia,sendo perfeitamente possível que esses vários tipos de arte do ourives, empregados na construção dotabernáculo e em sua decoração, tivessem sido aprendidos pelos israelitas enquanto estavam no exílio,no Egito.Êx 28.15 O peitoral do juízo, Há um detalhado artigo sobre esse item, no Dicionário. Assim, asdescrições que damos aqui são abreviadas. O artigo no Dicionário intitula-se Peitoral do SumoSacerdote. Aquele artigo inclui vários simbolismos do peitoral. O espaço devotado a essa parte dovestuário do sumo sacerdote mostra a grande importância que o autor sagrado dava à mesma. Era feitado mesmo material que a estola (cf. o vs. 6). Tinha as dimensões 46 x 23 cm. Mas como era dobrado aomeio, tornava-se um quadrado com 23 cm de lado. Doze diferentes pedras preciosas eram engastadasem garras de ouro. Os nomes das tribos de Israel foram gravados ali, um nome em cada pedra. Assim,os nomes das tribos de Israel sobre as duas pedras de ônix (seis nomes em cada pedra), e os nomesdessas mesmas tribos aqui (um nome em cada pedra), formavam um duplo lembrete, diante de DEUS,acerca do povo de Israel, em favor de quem o sumo sacerdote oficiava. E fitas azuis prendiam o peitoralde encontro ao peito do sumo sacerdote, das extremidades inferiores para baixo, mediante argolas deouro, de tal modo que 0 peitoral nunca se separava da estola, quando 0 sumo sacerdote oficiava.A seqüência dos nomes dos filhos de Israel provavelmente seguia a mesma ordem que havia nas duaspedras de ônix, conforme se vê no vs. 9 deste capitulo.No hebraico, a palavra para “peitoral” é hoshen, termo que significa objeto belo. Portanto, tanto naconstrução do tabernáculo quanto em tudo quanto dizia respeito ao mesmo, predominava o sensoestético. O peitoral atuava como bolsinha para o Urim e o Tumim, sendo essa a sua principal finalidade.Por isso mesmo, há estudiosos que pensam que o peitoral era uma espécie de algibeira, emboratambém tivesse usos simbólicos, conforme já mencionei. Deixo que o leitor examine o resto dasdescrições no citado artigo do Dicionário. Cf. o habilidoso trabalho que essa peça exigiu com o que sevê em Êxo. 26.1,31; 28.6, pois em ambos os casos temos a mesma técnica e as mesmas coresempregadas.Êx 28.16 Quadrado e duplo. Parece que os hebreus associavam o formato geométrico quadrado à ideiade perfeição (ver Êxo. 27.1). Os gregos, por sua vez, faziam tal associação com a figura geométrica docírculo. Os altares antigos tinham um topo de forma quadrada. Mas havia altares circulares. Podemospensar que a ideia de perfeição estava associada a ambas essas formas. Também foi achado um altarde formato triangular no topo, na Mesopotâmia; e havia altares de formato retangular. Mas 0 quadradoera a forma mais comum.Lemos que o peitoral era quadrado e duplo, porque sendo um retângulo de 46 x 23 cm, era dobrado aomeio, para formar uma espécie de bolsa com aproximadamente 23 cm de lado. É provável que um doslados da peça dobrada fosse costurada, como também a parte de cima, deixando um bolso lateral. Osegípcios faziam peitorais bastante fortes, duplos, de linho, e 0 estilo desses peitorais egípcios bem podeter sido copiado neste caso. Maimonides (Hamikdash, c. 9, see. 6) disse que o pano tinha 46 cm decomprimento antes de ser dobrado ao meio. Cf. o formato quadrado da Nova Jerusalém, símbolo da

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Igreja de CRISTO em sua glória (Apo. 21.16). Parecem estar envolvidas nisso as ideias de firmeza,força, beleza simétrica e perfeição.Êx 28.17 Quatro ordens de pedras. Cada fileira continha três pedras diferentes, o que resultava em dozepedras. Nessas doze pedras foram gravados os nomes das doze tribos de Israel, provavelmenteseguindo a ordem de nascimento dos patriarcas, conforme já foi dito no vs. 9 deste capítulo. As pedrasde ônix das ombreiras da estola sacerdotal, também foram gravadas, cada uma, com os nomes de seisdas tribos de Israel (Êxo. 28.11,12). Mas a função das pedras era a mesma: relembrar 0 sumo sacerdotedo povo ao qual servia, ao entrar no SANTO dos Santos. Ver as notas sobre 0 vs. 29 deste capítuloquanto a maiores explicações desse detalhe. Cf. isso com Apo. 21.19,20 onde há uma lista similar depedras preciosas, que faziam parte da amamentação dos alicerces da Nova Jerusalém. Cf. também alista de pedras preciosas em Ezequiel 28.13.Há uma considerável dificuldade na identificação dessas pedras antigas com as pedras modernas,chamadas por esses nomes. Os antigos não dispunham de ferra- mentas capazes de trabalhardevidamente com as pedras preciosas de maior dureza, embora soubessem lapidar e gravar bem pedrasde menor dureza. No entanto, a arqueologia tem achado jóias feitas até mesmo com as pedraspreciosas de maior dureza. A despeito disso, permanece de pé o problema de identificação. O artigoexistente no Dicionário, chamado Jóias e Pedras Preciosas menciona e descreve as doze pedrasmencionadas na lista que temos à nossa frente. Várias dessas pedras recebem artigos separados. Vera quarta seção daquele artigo.Primeira Ordem:Sárdio. No hebraico o nome é odem; no grego, sardion. No Antigo Testamento, ver aqui; Êxo. 39.10 eEze. 28.13. No Novo Testamento, ver Apo. 4.3; 21.20. Trata-se de uma variedade translúcida de sílica(dióxido de sílica), muita fina. Mediante uma luz projetada sobre ela, torna-se marrom ou marromalaranjado, mas de um vermelho profundo mediante luz diretamente incidente. Trata-se de umavariedade de calcedônia (dureza sete). Portanto, uma pedra semipreciosa. Na visão de João, essa pedradecorava o sexto fundamento das muralhas de Jerusalém (Apo. 21.20).O autor sagrado repetiu a informação de que cada pedra teria seu próprio engaste de ouro (ver o vs. 13).Assim, o nome de cada tribo recebia uma atenção e uma honra individuais no peitoral do sumosacerdote; e este podia e devia lembrar a cada qual, em separado, e a todos eles, individualmente,quando estivesse ocupado em seus deveres sagrados (ver 0 vs. 29).Êx 28.21 Esculpidas como sinetes. A gravação dos nomes das doze tribos de Israel seguiria o mesmoprocedimento efetuado no caso das duas pedras de ônix (vss. 10,11), sendo de presumir que os nomesseguiriam a mesma ordem, ou seja, a seqüência cronológica do nascimento dos patriarcas que deramàs tribos os seus nomes. Essa ordem presumível aparece nas notas sobre 0 vs. 9 deste capítulo. Nocaso das pedras de ônix, havia apenas duas, cada qual com seis nomes. Mas no caso das pedras dopeitoral, cada qual ostentava um nome. Também supõe-se que as ordens ou fileiras, de uma a quatro,seguiria essa mesma ordem, pelo que a primeira ordem teria os nomes de Rúben, Simeão e Levi, eassim por diante. Todavia, vários outros arranjos têm sido sugeridos, pelo que a questão ficou emdúvida.Adam Clarke (in loc.) sugeriu um arranjo de acordo com os filhos de Lia; depois de Bila, depois de Zilpa,e, finalmente, de Raquel, em lugar de um arranjo cronológico. Mas devemos admitir que Adam Clarkeescudou-se sobre vários eruditos judeus que haviam falado nesse arranjo. John Gill, em contras- te,seguiu a ordem de nascimentos, conforme se vê nos vss. 9-10 deste capítulo. Também é possível que 0nome de Levi não estivesse incluído, sob pena de terem de ser gravados treze nomes, a menos que, emlugar de Efraim e Manassés, houvesse somente 0 nome de José. Não havia uma tribo de José, e, sim,duas tribos que descendiam de seus dois filhos, Efraim e Manassés. Levi, por sua vez, tornou-se umacasta sacerdotal, tendo perdido sua distinção e herança tribal (ver Núm. 1.47 ss.). E assim, sedeixarmos de fora Levi, mas adicionarmos Efraim e Manassés, chegaremos ao número “doze”. A lista deAdam Clarke inclui Levi e José, mas deixa de fora Manassés e Efraim. Não há certeza sobre comodeterminar exatamente quais nomes foram incluídos, e nem qual o método seguido.Êx 28.22 Correntes como cordas. O autor sacro volta aqui à informação dada no vs. 14 deste capítulo,onde há notas expositivas. Ver 0 artigo do Dicionário, Sacerdotes, Vestimentas dos, onde dou umdesenho representando 0 sumo sacerdote com todos os seus paramentos. Essa gravura ajuda-nos avisualizar a questão. O item no lado superior esquerdo é a estola. “Das duas correntes de ouro puro (vs.14) pendia a algibeira (o peitoral). Para cada corrente havia uma argola de ouro no canto superior daalgibeira. A outra extremidade de cada corrente de ouro ficava presa a uma das pedras de ônix, na partefrontal das duas ombreiras” (J. Coert Rylaarsdam, in loc.). Portanto, o peitoral ficava fixado em seu lugar,mediante a ajuda de duas correntes de ouro, presas às ombreiras, e também mediante a ajuda de doislaços azuis, de sua extremidade inferior para baixo.Obra trançada de ouro puro. Como cordas (conforme se vê no começo deste mesmo versículo). Nãoeram correntes formadas por elos, conforme se vê nas correntes modernas, e, sim, fios torcidos de

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ouro, como se faz com cordas ou fios.Êx 28.23-25 Duas argolas de ouro. Essas argolas foram postas nas extremidades superiores do peitoral.Nessas argolas ficavam presas as correntes de ouro que desciam das ombreiras. Desse modo, ascorrentes de ouro uniam as argolas às pedras de ônix da estola (vss. 13,14 deste capítulo).Êx 28.26-28 Havia duas outras argolas de ouro, nas duas extremidades inferiores do peitoral, pelo ladode dentro. Então um laço azul (vs. 28), prendia o peitoral à estola sacerdotal, puxando-o para baixo. Deacordo com o vs. 27, parece que havia outras duas argolas de oura, que também contribuíam paraprender o peitoral no seu lugar. Embora haja alguma dúvida, entre os intérpretes, quanto a comoentender exata- mente esse arranjo, parece que os laços azuis (provavelmente feitos de linho) prendiamas argolas duas a duas. A localização exata de todo esse conjunto tem deixado os intérpretes confusos.O que é claro, pelo menos para alguns, é que as correntes de ouro ligavam o peitoral à estola sacerdotal(na parte de baixo).No vs. 28 de nossa versão portuguesa a impressão que se tem é que esse arranjo de argolas, duas aduas, era ligado por fitas azuis, sobre o cinto da estola.Obra esmerada. Nenhuma outra peça do vestuário do sumo sacerdote era confeccionada com maior artee esmero do que o cinto da estola sacerdotal. Sobre esse item já se comentou no oitavo versículo destecapítulo. O artigo do Dicionário, chamado Sacerdotes, Vestimentas dos, tem um desenho sobre esseitem. O cinto apertava a estola em torno da cintura do sumo sacerdote (Lev. 8.7).Êx 28.29 Arão levará os nomes dos filhos de Israel... sobre o seu coração. Estava em pauta um serviçoeminentemente espiritual. Arão era o representante de Israel diante de DEUS, e nunca deveria olvidar-sedo fato, em sua mente e em seu coração. As palavras “sobre o seu coração” aparecem por três vezes,não mera- mente para fornecer-nos uma localização, mas também um sentimento. Arão de- veria fazerseu trabalho de todo o coração. Os sacerdotes operavam como intermediários, como intercessores ecomo mestres. Os vss. 12 e 21 mostram-nos que as pedras (as de ônix, que eram duas, sobre asombreiras, e as doze pedras sobre 0 peitoral) traziam os nomes das doze tribos de Israel. Em favordelas é que ele trabalhava, e estavam sempre diante dele nas próprias vestes que vestia, bem comodentro de seu coração. Há informes de que Charles Spurgeon conhecia por nome cada membro de suavasta congregação, e que tinha tal conhecimento por- que sempre procurava manter contato com osmesmos. Ele era um pastor de ovelhas.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 429-432.

28:5-14. A Estola Sacerdotal.6. Farão a estola sacerdotal. A medida de nossa perplexidade pode ser demonstrada pelo fato de nemsequer sabermos se a estola sacerdotal era um colete ou um avental, para usar termos modernos. Emqualquer caso, era feita de material precioso (embora em outras partes do Velho Testamento sejadescrita meramente como a “ estola sacerdotal de linho” , talvez por ser este o mais comum dos seusmateriais). A estola era a veste sacerdotal típica, presa por duas ombreiras nas quais estavamengastadas duas pedras memoriais gravadas com os nomes das tribos de Israel. A maioria doscomentaristas modernos prefere o sentido de “ avental” ao de “ colete” , em vista da descrição de Daviem 2 Samuel 6:14. O menino Samuel usava uma estola sacerdotal de linho (1 Sm 2:18), bem comotodos os homens da cidade sacerdotal de Nobe (1 Sm 22:18). Por outro lado, quando Davi precisou deorientação, pediu a Abiatar, o sacerdote, que trouxesse a “ estola sacerdotal” (1 Sm 23:9).Uma vez que a bolsa contendo as pedras oraculares sagradas era usada por sobre a estola, a referêncianaquela passagem deve ser à própria bolsa. Além disso, a “ estola sacerdotal” é um eufemismo claropara “ ídolo” em certas ocasiões, embora a razão de tal uso seja desconhecida (Jz 8:27; 17:5).12. Pedras de memória. Cf versículo 30. Arão levava os nomes das tribos de Israel perante DEUSsempre que entrava no Tabernáculo, identificando-se com o povo.28:15*30. A Bolsa dos Oráculos.15. O peitoral do juízo. Peitoral é pura especulação para o termo hebraico fyõSen. Se a tradução forcorreta, Noth cita um paralelo impressionante em Biblos, na Idade do Bronze. Trata-se de uma placa deouro, engastada com jóias, presa por uma corrente de ouro. Aparentemente servia de adorno para o tóraxde um rei local. Excetuando-se o fato de que o peitoral israelita era feito de pano, não de metal, e eraduplo (formando uma espécie de bolsa para as pedras com as quais se lançavam sortes), a semelhançaé notável. Basicamente, a ideia é bem simples: o sacerdote levava os objetos preciosos (fossem eles oque fossem) numa pequena bolsa amarrada a seu pescoço: esta bolsa, por sua vez, é apropriadamenteadornada com os símbolos das tribos de Israel.29. Arão levará os nomes dos filhos de Israel. Cf. o versículo 9 com referência às suas ombreiras. Istoreitera o conceito de levar as tribos de Israel perante YHWH, já expresso no versículo 12, quer seja aideia de levar sua culpa ou a de interceder por eles em oração 30. O Urim e o Tumim. Isto explica porqueesta peça do vestuário sacerdotal era chamada de “ peitoral do juízo” , uma vez que continha as duaspedras oraculares, pelas quais o “juízo” de DEUS podia ser conhecido.

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Seus nomes significam “luzes e perfeição”, que se tomados literalmente, podem ser uma referência ànatureza do DEUS cuja vontade elas revelavam. Podem, entretanto, ter sido usadas no sentido de “ alfae ômega” , princípio e fim(Ap 1:8), já que os dois nomes começam respectivamente com a primeira e aúltima letras do alfabeto hebraico. Estas “ sortes” sagradas eram usadas para discernir a orientaçãodivina, normalmente com respostas do tipo “ sim” e “ não” : o exemplo mais claro é o caso da indagaçãode Saul (1 Sm 14:41). Sua natureza é bem incerta: a sugestão mais provável é a de duas pedraspreciosas, mas a maneira em que eram usadas não é clara. A julgar de analogias mais recentes, umadas pedras era retirada (ou lançada fora) do peitoral, e a resposta “ sim” ou “ não” dependeria de qualpedra aparecesse. Não há evidência bíblica para o uso deste método de se obter orientação depois dotempo de Davi, mas presumivelmente os sacerdotes continuaram a usar o peitoral do juízo, devido aoconservadorismo inerente a todas as religiões. O sistema de “ lançar sortes” depois de orar, como meiode obter orientação reaparece em Atos 1:26.Talvez valha a pena observar que o oferecer sacrifícios não era, de maneira alguma, a única função dosacerdote israelita. Como observa Driver, a ele também cabia dar “torah” ou instrução (Dt 33:10), decidirpor meio de Urim e Tumim (como aqui), e oferecer decisões judiciais “ perante DEUS” no santuário(22:8,9). Além do mais, Urim e Tumim não eram a única maneira aceitável de se pedir a direção divina,mesmo no começo da história de Israel (1 Sm 28:15). Podemos presumir que, à medida que crescia aatividade profética em Israel, a necessidade de se recorrer a tais meios “mecânicos” de orientaçãodiminuiu. Na Nova Aliança, não é por acaso que, depois da vinda do ESPÍRITO (Atos 2), o uso de “sortes” não mais acontece. DEUS guia Seu povo diretamente.

R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 193-195.28.3 — Sábios de coração. Esta é a primeira descrição da destreza humana que moldaria os itens paraa adoração no tabernáculo (em Êx 35.25, a mesma expressão é usada para definir as mulhereshabilidosas que fizeram a tecelagem).Essas pessoas possuíam uma habilidade que lhes fora concedida pelo Senhor. Além disso, DEUSadicionou a essa capacidade um dom especial do ESPÍRITO para auxiliar em Sua obra, por isso aespecificação a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria. O estudo dos dons do ESPÍRITO (Rm12.3-8; 1 Co 12.1-11) pode começar com esse registro dos artesãos guiados espiritualmente.28.4 — As vestimentas sacerdotais foram especificadas: um éfode (v. 5-14), um peitoral (v. 15- 30), ummanto (v. 31-35), uma túnica (v. 39), uma mitra (v. 36-38) e um cinto (v. 39). Outras vestes foram feitaspara os filhos de Arão (v. 40-43).28.5-14 — O éfode (uma transliteração do hebraico da palavra 'ephod) tem sido descrito de formavariada. Algumas vezes se encontra a referência a um manto sem mangas; outras vezes, a um coletefeito de linho fino de cores vibrantes. Suas duas partes cobriam o peito e as costas, com costuras nosombros e uma faixa na cintura. Os ombros eram ornados com belas pedras memoriais.28.5,6 — Há muitas ideias a respeito do possível significado para o uso das diversas cores. É difícil,entretanto, descobrir no texto das Escrituras os valores simbólicos. Aparentemente, a melhoraproximação que se faz desse significado é, simplesmente, que o uso de cores vibrantes foi resultadode uma bela e extraordinária ornamentação.Como o texto diz, foi uma obra esmerada.28.7-12 — A s duas pedras sardônicas, talhadas com os nomes das tribos de Israel, eram presas emengastes de ouro. Elas simbolizavam o trabalho intercessor de um sacerdote. Ele deveria representar opovo perante DEUS. Os nomes das tribos estavam literalmente escritos em seus ombros, de forma queo sacerdote pudesse levar seus nomes como um memorial diante de DEUS.28.13,14 — O uso do ouro acentuava a beleza e o valor do ornamento. Todo tipo de enfeite nas vestesde um sacerdote falava da maravilha de sua aproximação com o DEUS vivo. Imagine como nossasvestimentas serão no céu, quando veremos o Senhor!28.15 — O peitoral era uma pequena bolsa que ficava pendurada abaixo do pescoço do sacerdote. Eradecorado com 12 pedras, uma para cada tribo de Israel. Nele ficavam o Urim e o Tumim (v. 30).Esse assessório era usado pelo sacerdote em julgamentos solicitados, isto é, quando ele necessitavade uma decisão vinda do Senhor acerca de uma questão que fora apresentada para sua apreciação.O peitoral era feito dos mesmos tecidos que o éfode, no qual deveria ser devidamente amarrado.28 .16 — Quadrado. O peitoral media um palmo de comprimento e um palmo de largura. O palmo éverificado com a mão estendida, fazendo - se a medição do polegar até o dedo mínimo.28.17-28 — Quatro ordens de pedras preciosas e semipreciosas seriam fixadas ao peitoral. Essas 12pedras levariam os nomes das 12 tribos de Israel, outro símbolo da representação sacerdotal do povoperante DEUS. Nem todas as pedras podem ser precisamente identificadas hoje.28.29 — Sobre o seu coração é uma tocante expressão que lembrava o sacerdote de sua soleneresponsabilidade. Ele representava a nação perante o DEUS vivo. Qualquer dedicação menor merecia odivino julgamento (veja o triste destino de Nadabe e Abiú, filhos de Arão, em Lv 10.1,2).

EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com

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recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 181-182.O Testemunho da História (I Cor 15.3-11)O testemunho da história inclui os registros das Escrituras e o testemunho pessoal.a) Declaração das Escrituras (15.3-4). Paulo declara que “seu ensino não é invenção sua, e que ele éapenas um canal através do qual este ensino foi transmitido aos coríntios”. Uma das fontes das suasideias eram as Escrituras (3). Como o NT ainda não existia nessa época, as Escrituras mencionadasseriam o AT. As passagens que provavelmente Paulo tinha em mente eram Isaías 53; Salmo 16; eOséias 6.2. O verbo foi sepultado (4) está no tempo indeterminado e indica um acontecimento dopassado. O verbo ressuscitou (egegertai) está no tempo perfeito e indica um processo contínuo - pois oCRISTO ressuscitado é continuamente o centro da vida.

Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 358.I Cor 15.3 Agora, porém, ele apresenta mais uma vez o próprio evangelho aos coríntios, sendo que todaa ênfase recai cada vez mais sobre a ―ressurreiçãoǁ. “Antes de tudo, vos transmiti o que tambémrecebi.” O evangelho é uma rica mensagem, porém existe nele um ―acima de tudoǁ, um centro que atudo domina. E esse ―acima de tudoǁ não é um centrum Paulinum! Paulo, que na carta aos Gálatas écapaz de enfatizar (Gl 1.12) que ele ―não o recebeu [o evangelho], nem o aprendeu de homem algum,mas mediante revelação de JESUS CRISTOǁ, emprega aqui propositadamente os termos técnicos dosrabinos sobre o aprender de outros que lhe são familiares desde a juventude: “receber – transmitir”. Oscoríntios não devem ter nenhuma possibilidade de esquivar-se de suas colocações com a desculpa deque se trata apenas de uma opinião particular de Paulo. Não, o apóstolo se encontra de maneira plena eintegral no fluxo da tradição geral e não está reproduzindo seus próprios pensamentos. Isso não é umacontradição com Gl 1.12. A palavra do Senhor ressuscitado a Saulo de Tarso às portas de Damasco étão sucinta quanto possível: ―Eu sou JESUS a quem persegues.ǁ A revelação direta de JESUS tornoucerteza para quem até então o perseguia, somente esse único fato, de que aquele JESUS pregado àcruz está verdadeiramente vivo e é o kyrios. Todo o resto, todos os detalhes, todas as correlaçõeshistóricas de JESUS tiveram de ser aprendidas daqueles que estiveram desde o início com JESUS.Em seu encontro com Paulo JESUS nem mesmo havia falado do sentido e da finalidade de seusofrimento e morte. Com certeza foi por meio do próprio ESPÍRITO SANTO que resplandeceu para oconvertido Paulo a solução básica do enigma escandaloso, isto é, por que o Messias JESUS, expulsopor Israel, teve de morrer como maldito (Gl 3.13) no madeiro: “que CRISTO morreu pelos nossospecados”. Porque ele de imediato anunciou a JESUS e somente três anos mais tarde visitou Pedro emJerusalém. Ao mesmo tempo, porém, foi da maior importância para ele que ele ouvisse de Pedro e daprimeira igreja a mesma coisa: “CRISTO morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.”Estamos tão acostumados com essa frase curta que podemos ouvi-la sem ficarmos singularmenteabalados. Contudo, quanto ela diz! Como devem ser terríveis os nossos pecados se tornaram essaterrível morte maldita do Messias necessária para a nossa salvação. Como é certa, porém, nossaredenção, nossa posição limpa perante DEUS, se DEUS realizou esse ato extremo em favor de nós!Nesse ponto Paulo é completamente unânime com a tradição do primeiro cristianismo. Não obstantetoda a riqueza de palavras e feitos de JESUS relatados, os evangelhos são acima de tudo ― história dapaixãoǁ e correm em direção da cruz. O que JESUS realizou curando enfermidades, libertando pessoasendemoninhadas, consertando vidas humanas, tudo está de antemão alicerçado em sua morte pornossos pecados e selado por essa morte. Com toda a razão e com plena convicção Paulo por issoestava decidido a ― nada saber senão a JESUS CRISTO e este crucificadoǁ (1Co 2.2). Também nissotinha certeza da concordância com ― as Escriturasǁ. Agora não precisava fornecer aos coríntiosdiversas provas da Escritura. De suas cartas depreendemos que Paulo constantemente aponta para oque está escrito ao fazer suas exposições. Seu interesse não reside num sistema teológico do AntigoTestamento, mas sempre em palavras isoladas decisivas que representam para ele a voz convincentedas ―Escriturasǁ.

Werner de Boor. Comentário Esperança Cartas aos I Coríntios . Editora Evangélica Esperança.2. O Urim e Tu mim (Êx 28.30).

Peitoral de Juízo. O Urim e o Tumim"Também porás no peitoral do juízo Urim e Tumim", (luzes e perfeições) "para que estejam sobre ocoração de Arão, quando entrar diante do SENHOR; assim, Arão levará o juízo dos filhos de Israel sobreo seu coração, diante do SENHOR, continuamente" (versículo 30). Aprendemos em várias passagens daEscritura que o Urim estava relacionado com a comunicação da mente de DEUS, quanto às diferentesquestões que se levantavam nos porá perante Eleazar, o sacerdote, o qual por ele consultará, segundo ojuízo de Urim, perante o SENHOR" (Num. 27:21). "E de Levi disse: Teu Tumim e teu Urim (as tuasperfeições e luzes) são para o teu amado... ensinaram os teus juízos a Jacó e a tua lei a Israel" (Dt 33:8-10). "E perguntou Saul ao SENHOR, porém o SENHOR lhe não respondeu, nem por sonhos, nem porUrim, nem por profetas" (1 Sm 28:6). "E otirsata lhes disse que não comessem das coisas sagradas,até que houvesse sacerdote com Urim e com Tumim"(Ed 2:63). Vemos assim que o sumo sacerdote

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não só levava o juízo da congregação perante o Senhor, como comunicava também o juízo do Senhor àcongregação—solenes, importantes, e preciosas funções! É o que temos, com perfeição divina, nonosso "grande sumo sacerdote, ...que penetrou nos céus" (Hb 4:14). Leva continuamente o juízo do Seupovo sobre o coração, e, por intermédio do ESPÍRITO SANTO, comunica-nos o conselho de DEUS arespeito dos pormenores mais insignificantes da nossa vida diária. Não temos necessidade de sonhosou visões: se andarmos em ESPÍRITO, desfrutaremos toda a certeza que pode conceder o perfeito"Urim" sobre o coração do nosso Sumo Sacerdote.

C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.Êx 28.30 O Urim e o Tumim. Há um artigo detalhado sobre essas pedras (ou o que quer que elastenham sido) no Dicionário. Há muitas opiniões quanto à natureza desses objetos e quanto à suautilidade. Talvez a Oxford Annotated Bible (in Ioc.) esteja com a razão ao dizer apenas que eram sortespor meio das quais o sumo sacerdote (ao lançá-las) tomava decisões oraculares. Portanto, serviriam demeios de oráculo, medi- ante os quais o sumo sacerdote obtinha decisões ou informações, conformevemos em Núm. 27.21; Deu. 33.8 e I Sam. 28.6. Os apóstolos usaram sortes a fim de determinar aimportante questão da substituição de Judas Iscariotes como apóstolo (Atos 1.26); e é possível que oprecedente para isso fosse 0 exemplo dado pelos próprios antigos su- mos sacerdotes de Israel.Também há quem pense que o Urim e o Tumim fossem diamantes através dos quais o sumo sacerdote,talvez mediante auto-hipnose, era capaz de entrar em estado de transe, quando então entrava emcontato com a mente de Yahweh. Seja como for, estava em foco uma forma de adivinhação (ver a esserespeito no Dicionário).Tipos. Visto que temos à nossa frente um modo de iluminação espiritual, o Urim e o Tumimsimbolizavam a luz que nos é conferida pelo ESPÍRITO de DEUS, o Grande iluminador.

CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 432.O Urim e o Tumim, por cujo intermédio à vontade de DEUS era conhecida em casos duvidosos, foramcolocados neste peitoral, que é, por isto, chamado de peitoral do juízo, v. 30. Urim e Tumim significamluz e perfeição. Entre os estudiosos existem muitas conjeturas sobre o que seriam eles. Não temosrazão para pensar que fossem qualquer coisa que Moisés devesse confeccionar, além do que foiordenado antes, de modo que, ou o próprio DEUS os fez e os deu a Moisés, para que os pudesse sobreo peitoral, quando outras coisas fossem preparadas (Lv 8.8), ou nada mais são do que uma declaraçãodo uso adicional daquilo que já tinha sido ordenado que fosse confeccionado. Eu penso que as palavraspodem ser interpretadas da seguinte maneira: E darás, ou acrescentarás, ou colocarás no peitoral dojuízo a luz e a perfeição, e elas estarão sobre o coração de Arão. Isto é, ele será dotado de um poder deconhecer e dar a conhecer a vontade de DEUS, em quaisquer casos difíceis e duvidosos, relacionadosao estado civil ou eclesiástico da nação. O governo era uma teocracia; DEUS era o seu Rei, o sumosacerdote era, depois de DEUS, o seu governante, e o Urim e o Tumim eram o seu ministério ougabinete. Provavelmente Moisés escreveu sobre o peitoral, ou teceu ali, as palavras Urim e Tumim, paraindicar que o sumo sacerdote, ao vestir este peitoral, e ao pedir conselho a DEUS em qualqueremergência relacionada ao público, fosse instruído a tomar tais medidas e a dar o conselho que DEUSreconhecesse. Se ele estivesse diante da arca (mas sem o véu), provavelmente receberia instruções dopropiciatório, como acontecia com Moisés (cap. 25.22). Desta maneira, aparentemente, aconteceu comFinéias, Juízes 20.27,28. Se ele estivesse afastado da arca, como estava Abiatar quando buscou aoSenhor, por Davi (1 Sm 23.6ss.), então a resposta seria dada, ou por uma voz do céu, ou por umimpulso na mente do sumo sacerdote, o que talvez esteja indicado na expressão, Levará o juízo dosfilhos de Israel sobre o seu coração. Este oráculo foi muito útil para Israel; Josué o consultou (Nm27.21) e, provavelmente, também os juízes posteriores a ele. Eles foram perdidos no cativeiro, e nuncaforam recuperados, embora, aparentemente, fossem esperados, Esdras 2.63. Mas isto era um indício deboas coisas futuras e a essência é CRISTO. Ele é o nosso oráculo. Por Ele, DEUS, nestes últimosdias, nos dá a conhecer, a si mesmo, e à sua vontade, Hebreus 1.2; João 1.18. A divina revelação estácentrada nele, e vem a nós por meio dele; Ele é a luz, a luz verdadeira, a testemunha fiel, a verdadepropriamente dita, e dele nós recebemos o ESPÍRITO da verdade, que conduz a toda a verdade. A uniãodo peitoral ao éfode indica que o trabalho profético de CRISTO se baseava no seu sacerdócio. E pelomérito da sua morte Ele resgatou esta honra para si mesmo, e este favor, para nós. O Cordeiro que tinhasido morto é que era digno de tomar o livro e abrir os selos, Apocalipse 5.9.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag.318.III - MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA1. Chamados por DEUS.

O chamado de DEUS para o ministério vocacional é diferente do chamado à salvação e do chamado queatinge todos os crentes: o serviço. Trata-se de uma convocação de homens selecionados para servircomo líderes da igreja. Os destinatários desse chamado precisam ter a certeza de que DEUS assim osescolhe para liderar. A concretização desse fato repousa sobre quatro critérios, o primeiro dos quais é

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uma confirmação deste chamado por outras pessoas e por DEUS, pelas circunstâncias através dasquais Ele providencia um lugar para o ministério. O segundo critério é a posse das habilidadesnecessárias ao serviço em posições de liderança. O terceiro consiste em um profundo desejo de servirno ministério. A qualificação final é um estilo de vida caracterizado por integridade moral. Um homemque preencha esses quatro requisitos pode descansar na certeza de que DEUS o chamou para aliderança cristã vocacionada.Freqüentemente, recebo chamados de pessoas que, por vários motivos, estão interessadas notreinamento oferecido pelos seminários. A maior parte delas crê que DEUS a está dirigindo para oministério como vocação de tempo integral Essa inclinação é muitas vezes denominada “chamado”.Este capítulo explica o significado do chamado, procurando diminuir os equívocos em torno dessaexperiência inigualável.O chamado de DEUS para o ministério vocacional possui dimensões diferentes.Em primeiro lugar, está o chamado à salvação. Esse precisa ser o ponto de partida de qualquerchamado ao serviço ou ministério. A pessoa que deseja identificar seu chamado ao ministério vocacionaldeve primeiro certificar-se de que é chamada por CRISTO (2 Co 13.5). Não se deve ter a ousadia decogitar um ministério do Evangelho da graça ao povo de DEUS, sem antes experimentar esta graça pormeio da fé salvadora em JESUS CRISTO.O chamado à salvação também envolve um chamado ao serviço (Ef 2.10). DEUS não nos predestinouapenas à salvação, mas a uma vida de serviço. Servir é privilégio e obrigação de todos os cristãos. Essechamado ao serviço implica que nós, como cristãos, constituímos “o sacerdócio real” (1 Pe 2.9). Nossoprivilégio é anunciar as virtudes daquEle que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe2.9). Kãsemann o vê como uma referência ao fato de que aquele que provou pessoalmente o podergracioso de DEUS tem a responsabilidade de reconhecer esta experiência publicamente. Assim, todosos crentes devem se engajar no ministério do serviço como sacerdotes do Senhor. Para cumprir esseministério, devem possuir o ESPÍRITO SANTO, o qual lhes concede habilidades espirituais (1 Co12.11). Esses dons espirituais expressam o propósito de servir para o bem comum da igreja (1 Co 12.7).O apóstolo Paulo escreveu aos efésios: “Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida dodom de CRISTO” (Ef 4.7). Esses dons estão alistados em 1 Coríntios 12.8-10,28-30 e Romanos 12.6-8.Os cristãos são mordomos desses dons e vão prestar contas de sua mordomia (1 Pe 4.10).Além de chamar os cristãos ao uso de seus dons espirituais, DEUS estende esse chamado aoministério vocacional de liderança. Conscientes de que todo crente deve se envolver na obra do Senhor,vamos usar o termo ministério no presente contexto para nos referir a um tipo específico de serviçoprestado à igreja por um grupo particular de líderes.O chamado para a liderança implica homens dotados e concedidos à igreja pelo Senhor da Igreja (Ef4.12). Essa responsabilidade é tanto geral – exercer liderança em adoração, pregação, ensino, pastoradoe evangelização – como específica - disciplina e aconselhamento.DEUS usou Charles Haddon Spurgeon de modo grandioso no final do século XIX. Ele pregou paramilhares de pessoas semanalmente em Londres, no Metropolitan Tabernacle. Além de sua forte paixãopela pregação, ele possuía um grande desejo de desenvolver jovens para o ministério. Esse anseio fezcom que instituísse a “Faculdade de Pastores”, como parte do ministério da igreja.Seu livro Lições aos Meus Alunos, uma compilação de preleções realizadas nessa faculdade, forneceuma ideia precisa da seriedade do chamado para o ministério vocacional. Nas primeiras páginas de seulivro, ele pergunta:Como pode o jovem saber se é vocacionado ou não. É uma indagação ponderável, logo desejo tratá-laaqui mui solenemente. Oh, a divina orientação para fazê-lo! O fato de que centenas perderam o rumo etropeçaram em um púlpito está patenteado tristemente nos ministérios infrutíferos e nas igrejasdecadentes que nos cercam. Errar na vocação é terrível calamidade para o homem e para a igreja sobrea qual ele se impõe, seu erro envolve aflição das mais dolorosas.Spurgeon continua salientando a importância de reconhecer o chamado quando afirma: “É-lhe imperativoque não entre no ministério enquanto não fizer profunda sondagem e prova de si próprio quanto a esseponto”.William Gordon Blaik ie também ministrou em Londres quase na mesma época que Spurgeon. Eletambém viu a importância do chamado para o ministério e apresentou seis critérios para avaliá-lo:salvação desejo de servir, de viver uma vida que contribua para o serviço, capacidade intelectual, aptidãofísica e elementos sociais.Calvino dividiu o chamado em duas partes ao declarar: “Para que alguém seja considerado verdadeiroministro da igreja, é necessário que considere o ‘objetivo ou o exterior’ dela e o chamado secreto,interior, de que ‘só o próprio ministério tem consciência’”.Oden conclui seu artigo “O Chamado para o Ministério com uma discussão acerca da correspondênciaentre os aspectos internos e externos do chamado: O chamado interno é uma consequência do contínuopoder de direção ou de evocação do ESPÍRITO SANTO que, a seu tempo, conduz o indivíduo para perto

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do chamado externo da igreja, ou seja, para o ministério. O chamado externo é um ato da comunidadecristã que, pelo devido processo, confirma aquele chamado interno. Ninguém pode cumprir o difícil papelde pastor adequadamente se não for chamado e comissionado por CRISTO e pela Igreja. Esse é omotivo pelo qual é tão crucial, tanto para o candidato como para a igreja, que a correspondência entre ochamado interno e o externo se estabeleça desde o início com clareza razoável.Por que é tão necessário que experimentemos uma compulsão interna e externa para o ministério? Emseu volume clássico sobre ministério, Bridges expõe os motivos pelos quais um chamado é tãoimportante:A labuta no escuro, sem uma comissão segura, tolda em muito a garantia da fé nos compromissosdivinos; e o ministro, incapaz de se valer do apoio celestial, sente em seu trabalho “as mãos caídas e osjoelhos fracos”. Por outro lado, a confiança de que está agindo em obediência ao chamado de DEUS ede que Ele está em seu trabalho e em seu caminho, encoraja-o nas dificuldades, conscientizando-o dasobrigações pelas quais deve responder com força onipotente.Como Bridges declarou eloquentemente, o problema está no homem e em sua confiança em DEUS. Ohomem confia que DEUS o comissionou para uma tarefa que apenas o poder de DEUS pode manter.Criswell fala dessa confiança: ‘A primeira e a maior de todas as fortalezas do pastor é a convicçãoprofunda, como a própria vida, de que DEUS o chamou para o ministério. Se essa persuasão forinabalável, todos os outros elementos de sua vida distribuir-se-ão em bela ordem e lugar”.Respondendo à pergunta: “Qual a importância da certeza de um chamado especial?”, Sugden e Wiersbeafirmam: ‘A obra do ministério é muito desgastante, sendo difícil para um homem entrar nela sem umaconsciência do chamado divino. Em geral, os homens entram e depois saem do ministério, pois lhesfalta uma consciência da urgência divina. Apenas um chamado definido por DEUS pode dar a alguémsucesso no ministério”.Como os profetas do Antigo Testamento, os ministros de hoje falam das coisas de DEUS sobconstantes ataques e pressões. Lutzer, referindo-se às dificuldades do ministério, afirma:Não vejo como alguém possa sobreviver no ministério, caso sinta que essa foi sua própria escolha.Alguns ministros não têm sequer dois dias agradáveis.Eles são sustentados pelo conhecimento de que DEUS os colocou onde estão. Os ministros sem essaconvicção carecem muitas vezes de coragem e carregam uma carta de demissão no bolso do paletó. Aomenor sinal de dificuldade, vão-se embora.Crendo como esses homens, na importância do chamado ministerial, apresento quatro perguntas quepodem ser utilizadas para avaliar esta convocação.Quatro palavras resumem quatro passos específicos: confirmação, habilidades, anseios e vida.HÁ Confirmação?A confirmação pode ser divina e de outros.Confirmação de OutrosEm Atos 16.1,2, compreende-se a importância do reconhecimento público na confirmação do chamadopara o ministério e liderança. Timóteo foi, provavelmente, um convertido de Paulo em sua primeiraviagem missionária (veja At 14.6). Paulo o chamou de “meu verdadeiro filho na fé” (1 Tm 1.2). Ao iniciara segunda viagem missionária, Paulo passou pelas regiões que havia visitado em sua primeira viagem,“confirmando as igrejas” (At 15.41). Ele chegou à cidade de Timóteo e descobriu que este possuía bomtestemunho dos irmãos que estavam em Listra e em Icônio (At 16.2). A conseqüência foi: “Paulo quisque Timóteo fosse com ele” (At 16.3). A confirmação pública de Timóteo transformou-o em umaaquisição desejável para a equipe missionária de Paulo. Mais tarde, quando Paulo escreveu a Timóteo,ele o lembrou de sua confirmação pública, referindo-se à “imposição das mãos do presbitério” (1 Tm4.14). Tanto Paulo como os líderes da comunidade local haviam visto como DEUS abençoou e usouTimóteo no serviço local. Assim, ele foi reconhecido e comissionado para servir a DEUS no ministériointernacional.Spurgeon concorda que a confirmação pública é um passo necessário depois do sentimento interior,estando relacionada ao chamado para o ministério. Ele conclui: ‘A vontade do Senhor referente aospastores é conhecida mediante o piedoso julgamento da igreja. É necessário, como prova de seu dom,que sua pregação seja aceitável ao povo de DEUS. Muitos homens que sentem a compulsão interiorpara entrar no ministério hesitam em submeter este sentimento à confirmação da igreja. Por algumarazão, não confiam na igreja quanto a essa área importante de sua vida. Spurgeon disse aos seusalunos:Muitas igrejas julgam segundo a carne, nem todas as igrejas são sábias, nem todas julgam no poder doESPÍRITO SANTO. Apesar disso, estaria mais pronto para aceitar a opinião de um grupo do povo doSenhor do que a minha própria opinião sobre um assunto tão pessoal como os meus dons e graças. Dequalquer forma, quer valorizem o veredicto da igreja, quer não, uma coisa é certa: nenhum de vocêspode ser pastor sem o amoroso consentimento do rebanho. Portanto, este lhes servirá de indicadorprático, senão correto.

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Bridges também nos aconselha sabiamente quando comenta opiniões, especialmente de amigos eministros experientes: “[Eles]... podem ser úteis para garantir se o desejo de trabalhar é ou não umimpulso do sentimento e não um princípio, ou mesmo se a capacitação não é uma presunçãoenganosa”.A Bíblia fala muito de buscar orientação e conselhos sábios. Os Provérbios são especialmenteexcelentes nesta área: “Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, hásegurança” (11.14); “O caminho do tolo é reto aos seus olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho ésábio” (12.15); “Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha asabedoria” (13.10); “Onde não há conselho os projetos saem vãos, mas, com a multidão deconselheiros, se confirmarão” (15.22).Além disso, o conselho e a orientação dos outros constituem o procedimento para a ordenação, que é oprocesso de reconhecimento público da pessoa separada para o ministério (veja o capítulo 8, “AOrdenação para o Ministério Pastoral”). A Bíblia indica que a Igreja Primitiva tinha um processoespecífico pelo qual um grupo de crentes escolhia e separava os líderes para o serviço. A instrução dePaulo para que Tito destacasse presbíteros (Tt 1.5) exemplifica uma série de passagens que insinua aideia de um processo de ordenação. A base para a indicação era o reconhecimento de homensqualificados em cada uma das cidades. Uma boa definição de ordenação é a confirmação pública deuma qualificação ou dotação interior, isto é, da formação e experiência no ministério.Embora a pessoa ordenada não seja diferente dos outros membros da congregação, a ordenaçãopública proporciona uma confirmação visível de que DEUS chamou um indivíduo para usar suashabilidades e dons singulares em benefício de toda a igreja.Confirmação de DEUS Newton encontrou três indicações do chamado para o ministério: desejo,competência e providência de DEUS. Ele denominou a terceira indicação de “uma correspondenteabertura na providência, mediante uma série gradativa de circunstâncias que apontam para os meios, olugar e o momento de entrar de fato no trabalho”. Esse fator cobre tudo o que discutimos até aqui. Asoberania de DEUS convoca certos homens à liderança na igreja local. DEUS lhes concede os donspara que desempenhem suas funções ministeriais, tornando-os desejosos deste serviço e preparandocircunstâncias para prover-lhes o lugar no ministério.Tudo isso refere-se a portas abertas e bênçãos de DEUS. Paulo disse em 1 Coríntios 16.8,9: “Ficarei,porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e eficaz se me abriu”. Ele, então,contrapõe os obstáculos à oportunidade:“E há muitos adversários”.Esses adversários são um elemento constante no ministério e, às vezes, causam frustrações e limitamos resultados. Mas os resultados não são o indicador final das bênçãos de DEUS. Muitos têm labutadodurante todo o ministério, alcançando pouco ou nenhum fruto visível. Jeremias profetizou por mais de 40anos (Jr 1.2,3), obtendo pouca ou nenhuma reação do povo. Adoniram labutou sete anos na Birmâniaantes de ter seu primeiro convertida porém ainda via a mão da providência de DEUS em seu ministério.A carreira ministerial nunca é fácil e os resultados nem sempre são positivos, mas uma consciência deque DEUS confirma o trabalho deve estar sempre presente.Além de perguntar se há confirmação de DEUS, o homem que deseja saber se é chamado precisa fazervárias perguntas práticas:Os outros confirmam meus dons e minha capacidade de liderança?Eles me pedem que atue em uma função de líder?Eles me pedem que comunique as verdades de DEUS por meio do ensino ou da pregação?Essas são as pessoas que me sugerem pensar no ministério?As respostas a essas perguntas só surgem em meio a um envolvimento ativo no ministério de umaigreja local. Para receber confirmação pública, é preciso que haja ministério público. Esse ministérioimplica o uso dos dons e das habilidades que as pessoas possam identificar, ajudar a desenvolver eincentivar.Sem essas capacidades, faltará confirmação. Assim, as habilidades são uma parte importante noprocesso de determinação do chamado.HÁ um Anseio?Em 1 Timóteo 3.1, o apóstolo Paulo escreve: “Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja”.A palavra traduzida por “deseja” (oregomai), que ocorre apenas três vezes no Novo Testamento. Estetermo significa “distender-se para tocar ou pegar algo, buscar ou desejá-lo”. É o retrato de um atletaacelerando os passos para cruzar a linha de chegada. Esse vocábulo também aparece em 1 Timóteo6.10, onde é traduzido por “cobiça” relacionada ao dinheiro, a este se devota tanto amor que passa a sera própria raiz de “toda espécie de males”. O terceiro uso está em Hebreus 11.16, em que é traduzido por“desejar”, frase na qual o objeto do desejo é a “pátria celestial”.Assim, cada contexto determina a legitimidade da distensão e da busca.A segunda palavra que fala da compulsão interna em 1 Timóteo 3.1 é (epithumeõ), verbo que significa

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“colocar o coração, desejar, cobiçar, ambicionar”. A forma substantivada desse verbo tem em geral umsentido negativo, mas o sentido básico do verbo é bom ou neutro, significando um desejoparticularmente forte. Essa aspiração pelo ministério é, portanto, um impulso interior que se expressaem desejo exterior.Sanders observa que o objeto do desejo não é o ofício, mas o trabalho. Deve haver um desejo peloserviço, não pela posição, fama ou fortuna. Assim, essa aspiração é boa, contanto que se tenha boasmotivações.Spurgeon oferece o seguinte conselho quanto ao desejo pelo ministério: Note bem, o desejo de que faleideve ser totalmente desinteressado. Se um homem perceber, depois do mais severo exame de sipróprio, qualquer outro motivo que a glória de DEUS e o bem das almas em sua busca do episcopado,melhor será que se afaste dele de uma vez, pois o Senhor aborrece a entrada de compradores evendedores em seu templo. A introdução de qualquer coisa que cheire a mercenário, mesmo no menorgrau, será como um inseto no ungüento, estragando-o todo.Esse desejo interior deve ser tão desinteressado a ponto de o líder aspirante não visualizar-seperseguindo outra coisa, exceto o ministério. “Não entre no ministério, se puder passar sem ele”, foi osábio conselho de um velho pregador a um jovem quando indagado sobre sua opinião quanto a seguir oministério.Bicket disse: “Se você pode ser feliz fora do ministério, fique fora. Mas se veio o solene chamado, nãofuja”. Bridges o considera “um desejo constrangedor... uma qualificação ministerial primária”

John MacArthur, Jr. Redescobrindo o Ministério Pastoral. Editora CPAD. pag. 125-132; 137-138.A Chamada para o Ministério SEU MÉTODO DEUS chama homens para exercerem as mais distintastarefas em sua obra, e, como Ele é soberano em seus desígnios, então não existe um método definidopara a chamada divina. Existe, sim, o método divino, soberano e poderoso. A Bíblia registra a chamadade vários servos de DEUS, e, por uma questão didática apenas, queremos abordar este assunto sobdois aspectos: a) Método direto DEUS tem chamado homens de um modo direto. Entre esses,encontramos: Noé. "Então disse DEUS a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheiada violência dos homens: eis que os farei perecer juntamente com a terra" (Gn 6.13). 0 tempo eraterrível, pois a sociedade estava corrompida à vista de DEUS. A violência, a hostilidade epecaminosidade eram o ambiente natural daquela época. Em meio a esse ambiente conturbado, DEUSchamou Noé e deu-lhe a ordem de construir uma arca. A chamada de Noé era para construir. Podemosimaginar as ironias, pressões, contestações e até mesmo hostilidades que Noé sofreu quando começouseu projeto de construir a arca. Certamente ele foi tido como louco, paranóico. Porém Noé tinha plenacerteza de sua chamada e missão dadas diretamente por DEUS (Gn 6.8-12). Abraão. "Ora disse oSenhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que temostrarei" (Gn 12.1). A chamada de Abraão era para deixar seu povo, sua cidade, seus parentes,amigos e até mesmo alguns bens, e ir para uma terra que ele não conhecia. Essa decisão exigiu fé eousadia, e somente uma poderosa chamada de DEUS poderia arrancar Abraão de sua terra para ir embusca de uma nova terra. Os homens consideram isso uma aventura, um golpe no ar. Naquele tempo,certamente muitos amigos e parentes o aconselharam a abandonar essa ideia de ir para a terraprometida. Mas Abraão tinha certeza de sua chamada, e por isso, obedeceu (Gn 12.4). Moisés. "Vem,agora, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito" (Êx 3.10).Moisés fracassou em sua primeira tentativa de ajudar seu povo (Êx 2.11-13), e, sem dúvida, esse revésmarcou sua vida, e ele passou a se julgar incapaz para qualquer tipo de empreitada dessa ordem. Achamada de Moisés contém o antídoto para sua frustração interior. DEUS o chamou, primeiramente parasi: "Vem, agora" e se identificou como o DEUS de seus pais, Abraão, Isaque e Jacó (Êx 3.1-22). Moisésprecisava conhecê-lo. Ele não tinha nenhuma experiência com DEUS, a não ser os ensinamentos dainfância, recebidos de sua mãe. Quem é chamado por DEUS deve conhecê-lo. Em segundo lugar,DEUS o enviou e o comissionou: Essa extraordinária chamada é que deu condição a Moisés de realizartão notável empreendimento.Samuel. "Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profetado Senhor" (1 Sm 3.20). Os filhos de Eli, que seriam seus sucessores, tinham se tornado execráveisdiante de DEUS e do povo, em virtude dos abusos que praticavam, violando a Lei, que deviam cumprir eensinar, e fazer o povo obedecer. Por esse motivo, a palavra do Senhor se tornou rara em todo oterritório de Israel, isto é, não havia profetas nem profecias. DEUS se revelou a Samuel e lhe fez cientede seu juízo sobre os filhos de Eli (1 Sm 3.1-14). Essa experiência foi básica na qualificação de Samuelpara o ministério profético. O resultado é visto quando Samuel, já velho, resigna seu cargo, e faz umbalanço da sinceridade, austeridade e santidade de sua vida ministerial (1 Sm 12.1-4). Isaías. "Vai, edize a este povo..." (Is 6.9). A chamada de Isaías deu-se em meio a uma visão maravilhosa, onde sedestaca a santidade do Senhor. Na visão, Isaías se conscientiza de três coisas: - DEUS é SANTO; ele(Isaías) é impuro e o povo está desviado dos retos caminhos do Senhor (Is 6.1-8). Essa visão marcatodo o ministério profético de Isaías, o que é demonstrado ao longo de seu livro. Ele compreende a

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grandeza da glória, perfeição, justiça e santidade de DEUS, e, ao mesmo tempo, conhece anecessidade de seu povo - a redenção (Is 59). A chamada de Isaías é muito semelhante à chamadaneotestamentária: O pregador precisa conhecer a justiça de DEUS e a necessidade do pecador, e aredenção em CRISTO. Os apóstolos. "E JESUS disse: Vinde após mim, e Eu farei que sejaispescadores de homens" (Mc 1.17. Leia ainda Mateus 4.18-22; João 1.35-42). O Senhor chamoupessoalmente a cada um dos doze apóstolos. Houve o momento, inclusive, em que eles faziam parte deum número bem maior de discípulos, porém o Senhor JESUS fez questão de separá-los novamente efazer uma designação específica - apóstolos (Lc 6.12-16). - Por que o Senhor JESUS fez tanta questãode chamá-los pessoalmente e ficar tanto tempo com eles? - Não temos dúvida de que a missão era pordemais importante. Estes onze judeus iriam mudar o curso da história da humanidade. A maioria deles,e outros que seriam chamados posteriormente, haveriam de escrever com o próprio sangue algumaspáginas da História. Por esse motivo, justifica-se o empenho do Mestre divino em chamá-los e prepará-los. Paulo. "Pelo que, ó rei Agripa, não fui desobediente d visão celestial" (At 26.19). O arrogante Saulose considerava justo diante de DEUS, pela justiça da Lei (Fp 3.6) e achava que, matando os cristãos,estava prestando grande serviço a DEUS (At 8.1,3; 9.1,2). Não seria qualquer chamada que iria mudar avida e os propósitos deste homem. Por isso, o Senhor JESUS providenciou uma chamada inusitada. Oimpacto daquele encontro com o Senhor foi tão marcante que o transformou completamente (At 9.3-19).A conversão de Paulo tornou-se no acontecimento mais importante desde o Pentecoste até nossos dias.Está narrada três vezes (At 9.1-18; 22.1-11; 26.12-18). Logo após essa extraordinária conversão, Paulojá começou a testemunhar de CRISTO. Alguns dias depois de sua conversão, Paulo foi encaminhadopara sua terra natal, a cidade de Tarso. Dez anos mais tarde, Barnabé foi buscá-lo, e é nessa épocaque Paulo inicia seu ministério apostólico (At 9.30; 11.25,26). b) Método indireto DEUS não somentechamou de forma direta, mas também vemos na Bíblia que Ele usou método indireto com grandeobjetividade. José. Ainda moço, José teve alguns sonhos que indicavam sua proeminência ou liderançasobre seus irmãos, porém, não se tratava de uma chamada definida (Gn 37.5-10). Analisemos as fasesda vida de José: a) Odiado e vendido pelos seus irmãos, b) De filho, transformado em escravo, c)Acusado injustamente, tornou-se prisioneiro no calabouço do rei egípcio, d) De prisioneiro, é elevado aprimeiro-ministro do Egito. O Egito na época de José era governado pelos hicsos e os Faraós eramconsiderados divinos, com poderes absolutos. Governar essa nação já era uma tarefa difícil, muito maisainda em duas fases distintas: uma de fartura e outra de extrema fome. Quando examinamos as fasesda vida de José, verificamos que não passam de um árduo e difícil treinamento, com o objetivo demoldar o cará ter desse servo de DEUS. Entre outras coisas, José aprendeu: - o que os homens sãocapazes de fazer, quando são alimentados pelo ódio, interesses, cobiça e inveja; - o que DEUS é capazde realizar em favor e através de seus servos. Nesse período de provação, José teve oportunidade dedemonstrar fidelidade em momentos e lugares difíceis (Gn 39.1-6, 20-23); e de não ceder à tentação (Gn39.7-13). Por causa dessa chamada divina, José foi um líder sábio e justo, glorificando a DEUS em suaproeminente missão no Egito. Aleluia! Josué. "Então disse o Senhor a Moisés: toma para ti a Josué,filho de Num, homem em quem há o ESPÍRITO, e põe a tua mão sobre ele" (Nm 27.18; Nm 27.15-23; Dt1.38; 3.21; 31.7,8). Josué é fruto de discipulado. Ele esteve ao lado de Moisés desde o início da jornadano deserto. A primeira missão que lhe coube foi selecionar homens para guerrear contra Amaleque (Êx17.9). Em seguida, ele aparece como servidor de Moisés (Êx 24.13; 32.17; 33.11; Nm 11.28). Estevepresente em todos os momentos críticos da jornada pelo deserto. Com isso, no serviço e na obediênciaprática, ele se transformou em um grande líder: "E Josué, filho de Num, estava cheio de espírito desabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deramouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés" (Dt 34.9). Grandes homens de DEUS aprenderamo discipulado com seus líderes espirituais. Durante anos, tiveram a oportunidade de demonstrarobediência, fidelidade e submissão. Quando foram chamados a ocupar a liderança, estavam preparados,e DEUS lhes falou, e confirmou a chamada para sua obra. 0 grande empecilho hoje é que muitos nãoquerem esperar, obedecer, e submeter-se. Por isso são rejeitados. Timóteo: "Saúda-vos Timóteo, meucooperador..." (Rm 16.21). Timóteo é o exemplo típico do ministro do Novo Testamento, fruto dodiscipulado contínuo. Desde jovem tornou-se companheiro e cooperador do apóstolo Paulo (At 16.1;17.14; 18.5; 19.22; 20.4). Mirou-se no exemplo, firmeza e fidelidade do grande apóstolo. A palavraenxertada por sua piedosa mãe, na infância, teve terreno e ambiente fértil para desenvolver-se. Paulo ochama de: "Meu filho amado e fiel no Senhor" (1 Co 4.17); "ministro de DEUS... no evangelho deCRISTO" (1 Ts 3.2) e, ainda, de "verdadeiro filho na fé" (1 Tm 1.2). Estas expressões demonstram oapreço que o apóstolo tinha por Timóteo, e também o seu caráter. Com o passar dos anos, não foi difícila Timóteo compreender sua chamada ministerial. SUA RAZÃO Por que é importante a chamada divinapara o ministério? Qual a razão da chamada? Ao descrevermos as chamadas de alguns servos deDEUS, tivemos o propósito de, pelo menos parcialmente, responder a essas perguntas. Resumindo,podemos dizer que a chamada divina tem alguns propósitos importantes: 1 - Esclarecer que o ministério,seja qual for, nunca foi uma profissão na Antiga Aliança, muito menos na atual dispensação. Na Antiga

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Aliança o sacerdócio era privativo dos filhos de Arão, e os profetas eram chamados pelo Senhor. Oministério neotestamentário é um dom e uma vocação de DEUS. "E Ele mesmo concedeu uns paraapóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres" (Ef 4.11).A partir desta premissa básica, o homem chamado pelo Senhor deve estar consciente de que: a) DoSenhor vem a recompensa (1 Pe 5.2-4). b) Pelo Senhor ele será julgado (1 Co 4.3-5). 2 - A certeza dachamada de DEUS faz o servo do Senhor superar obstáculos considerados, pelo homem comum,insuperáveis ou além de qualquer possibilidade humana, senão vejamos: a) Como compreender aposição de Moisés diante das rebeliões e tumultos que ele enfrentou no deserto? (Nm 12.1-16; 14.1-9;16.1-19.) Como entender sua fervo rosa oração intercessória quando DEUS quis destruir o povo israelitae fazer dele um novo e grande povo? (Nm 14.10-19.) Só um homem vocacionado por DEUS poderia tercapa cidade, calma e equilíbrio para vencer nesses momentos críticos. Moisés não era um super-homem, mas era um homem chamado pelo Senhor. b) Como entender a perseverança de Paulo, que foidado por morto, depois de ser apedrejado pelos judeus opositores do evangelho da graça, em continuarna sua missão de pregar essas boas-novas? (At 14.19-22.) Inúmeros outros exemplos poderiam sercitados. Homens, que, no dizer do escritor da carta aos Hebreus, "por meio da fé, subjugaram reinos,praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas de leões, extinguiram a violência do fogo,escaparam ao fio da espada; da fraqueza tiraram força; fizeram-se poderosos em guerra..." (Hb11.33,34.) 3 - A chamada é acompanhada da missão. Ninguém que é chamado pelo Senhor vive de umlado para outro, de um trabalho para outro, sem nunca ter certeza da vontade de DEUS. DEUS, quandochama, comissiona seu servo para uma missão específica SUA OCASIÃO Se DEUS chama como quer,isto é, de modo soberano, é lógico que Ele também chama quando quer. Não há faixa etária privilegiada,como vemos a seguir: a) Desde o ventre, o Senhor chamou Jeremias (Jr 1.5) e Paulo (Gl 1.15,16).b) O Senhor chamou Samuel, sendo este bem jovem (1 Sm 3.3,4,20); também Davi (1 Sm 16.11-13) e,possivelmente, Timóteo (At 16.1-3). Em qualquer época de nossa existência, o Senhor pode nos chamarpara o ministério ou para o cumprimento de uma missão em particular. É evidente que, na maioria dasvezes, o Senhor desperta seus servos, em plena juventude para a obra do ministério, o que lhesproporciona tempo para a preparação em escolas teológicas, no discipulado, nas atividades auxiliares daigreja. Quanto às circunstâncias das chamadas registradas no texto sagrado, são as mais variadaspossíveis. O Senhor chamou Davi quando cuidava do rebanho de seu pai (1 Sm 16.11); Eliseu quandoandava lavrando com doze juntas de bois (1 Rs 19.19-21); Paulo a caminho de Damasco, com o objetivode prender cristãos (At 26.12-16). SUA NATUREZA Quanto à natureza intrínseca, a chamada para oministério neotestamentário apresenta as seguintes características: a) Divina. A responsabilidade dachamada ministerial é do Senhor; "e Ele mesmo concedeu uns para..." (Ef 4.11). Não se trata de umaincumbência dada por convenção, concílio ou igreja. Embora que estes possam ser instrumentos deDEUS na chamada de alguém. b) Pessoal. A chamada para a salvação é universal. É para todos. Achamada para o ministério é pessoal; DEUS tem o ministério ou missão certa para a pessoa certa. Ele éonisciente, conhecendo a capacidade de cada um, por isso, na distribuição dos talentos, estes sãodistribuídos segundo a capacidade de cada um (Mt 25.14,15). As responsabilidades diferem, por isso oSenhor chama o seu servo para o ministério e designa-lhe o lugar ou a missão, respeitando a suacapacidade, as suas características pessoais. A Paulo foi dado o ministério entre os gentios (At 9.15); aPedro o ministério entre os judeus.c) Soberana. A soberania de DEUS é ainda pouco entendida por muitos, e, para se começar a entendê-la, é necessário que levemos em conta alguns aspectos acerca da personalidade do Senhor: - Ele é aorigem de todas as coisas. "Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?Ou quem primeiro lhe deu a Ele para que lhe venha a ser restituído? (Rm 11.34,35. Ler ainda Isaías40.13; segunda Coríntios 2.16.) - Ele é soberano porque a sabedoria e o poder são atributos de suapessoa (Jo 9.4; Dn 2.20). - O servo do Senhor, ao ser chamado, deve aceitar com humildade,submissão, e como ato de soberania divina. Certamente não conseguirá respostas para muitasindagações imediatas. Só com o correr do tempo entenderá os desígnios do Senhor (Is 55.8,9; 1 Co2.16). d) Definitiva. A chamada para o ministério é também uma chamada para o discipulado. Logo, estachamada envolve algumas condições indispensáveis, tais como: - Que o ministro exerça seu ministériosem interesse de recompensa material (Lc 9.57,58). - Que a prioridade maior entre as suas atividadesseja o próprio Senhor JESUS. (Veja como Ele recusou o segundo lugar na vida de duas pessoas quequeriam segui-lo. Lc 9.59-62). - Que haja no ministro abnegação e renúncia. Em primeiro lugar estará avontade do Senhor (Mt 16.24; Lc 14.26,33). A chamada para o ministério é definitiva. Aquele que échamado não pode impor condições. Pelo contrário, deve agradecer a DEUS o privilégio de serchamado, como o fez Paulo (1 Tm 1.12,13).

Mendes, José Deneval, Teologia Pastoral. Editora CPAD. pag. 11-19.2. Qualificações.

I Tm 3.7 Mas ele também precisa ter um bom testemunho dos de fora, a fim de não cair na difamação eno laço do diabo.

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Já em sua carta mais antiga o apóstolo exorta a congregação para que tenha uma “conduta decente(honrada)” aos olhos dos de fora. Não ser tropeço nem causar escândalo! Essa exortação vale para aconduta diante de todos: judeus, gregos, cristãos. Isso não tem nada a ver com uma falsa adaptaçãoaos padrões e costumes do mundo, porque a igreja deve ser irrepreensível e pura em meio a estageração pervertida e corrupta. Suas boas obras devem poder ser vistas à luz do dia e se diferenciar dasinúteis obras das trevas. Porque “enquanto os cristãos se preocupam sacerdotalmente pelo mundo, omundo lança o afiado olhar da hostilidade sobre a igreja, a fim de encontrar pontos vulneráveis. Por issonão será recomendável colocar na liderança da igreja homens que eram notórios na cidade por seuspecados ou fraquezas passadas, ainda que se tenham emendado sinceramente”.Os de fora na realidade estão fora da igreja, mas nem por isso fora do alcance do juízo e da graça deDEUS. Os que estão fora da igreja possuem uma percepção implacável e um juízo insubornável para ospecados daqueles que se dizem cristãos. Com essa atitude na verdade condenam a si mesmos, porqueconfessam que sabem muito bem o que é certo e como deveriam viver. Contudo, isso não desculpa aigreja. Ela mesma deve manter um juízo vigilante acerca das próprias transgressões e por isso ir comhumildade e mansidão ao encontro dos “de fora”.Quando se pondera como os meios de comunicação de massa vasculham a vida passada e atual delíderes políticos, econômicos e religiosos com a criatividade de um detetive, desnudando-a em público(em geral por motivos ignóbeis de luta pelo poder), torna-se ainda mais atual a exigência do bomtestemunho de fora. Pois quando a difamação circula em lugar do bom testemunho, ela pode influir demodo tão terrível sobre o envolvido que lhe rouba a fé no perdão de DEUS, lançando-o no desespero.Como uma mosca na teia da aranha, ele ficará então emaranhado nos laços do diabo, do acusadororiginário.A lista das 16 “virtudes” começa de forma aparentemente inofensiva com a irrepreensibilidade comopremissa fundamental para o serviço de presidente. O catálogo termina com a condição quase idênticado bom testemunho dado pelos de fora da igreja, anunciando surpreendentemente a verdadeira razão e agrave conotação de toda a listagem: laço e juízo do diabo, esses são a ameaça e o risco reais daqueleque visa servir a outros sendo seu presidente. Enquanto assim se abre a visão para o pano de fundo dasedução demoníaca, o catálogo de virtudes perde sua limitação helenista e o sabor pequeno-burguêsresultante da apreciação meramente superficial.

Hans Bürk i. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.Esta determinação lembra uma situação nos procedimentos de nosso Senhor com seus seguidores,relatada em Lucas 10.17-20. Os setenta haviam acabado de voltar de sua missão designada e estavamexultantes com o fato de que “até os demônios se nos sujeitam”. JESUS não reprovou imediatamente oorgulho espiritual principiante, mas observou um tanto enigmaticamente: “Eu via Satanás, como raio,cair do céu”. E completou: “Eis que vos dou poder [...] [sobre] toda a força do Inimigo. [...] Mas não vosalegreis porque se vos sujeitem os espíritos”. Foi o orgulho que custou a Lúcifer o seu lugar nas hostescelestes, e esta foi a condenação do diabo. O ministro cristão tem de estar atento para que o orgulhonão o compila a participar desta condenação.Resta ainda uma especificação final para aquele que deseja servir na posição de bispo ou líder: Convém,também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço(“armadilha”, NTLH) do diabo (7). O ministro cristão tem de inspirar o respeito e a confiança dacomunidade fora da igreja, caso deseje ganhar as pessoas dessa comunidade para a igreja. E fácildizer: “Não me importo com o que as pessoas pensem de mim”; e contanto que essa atitude sejadevidamente planejada e corretamente compreendida, justifica-se. Mas ninguém deve ser indiferente àsua reputação na comunidade em que vive. Ele deve desejar veementemente que as pessoas oconsiderem inteiramente acima de repreensão. Ver a questão de outro modo, diz Paulo, é expor-se àmesma armadilha que aguarda o indivíduo cujo espírito está arruinado pelo orgulho espiritual.

J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 472.I Tm 3.7. Como líder e representante do seu rebanho, o superintendente deve ter bom testemunho dosde fora, i. é, entre os não-cristãos, judeus e pagãos, na localidade. É sempre importante para oscristãos, conforme Paulo frequentemente impressionava sobre seus correspondentes (1 Co 10:32; Fp2:15; Cl 4:5; 1 Ts 4:12; também 6:1; Tt 2:5) ter este alvo, e isto se aplica especialmente aos clérigos,por cujo caráter e conduta o mundo tende a julgar a igreja. O pastor que fracassa com respeito a istoestá propenso a cair no opróbrio, visto que os de fora que têm antipatia pela igreja aplicarão ainterpretação mais desfavorável à sua mínima palavra ou ação. Neste caso, é bem possível que ele caiano laço do diabo. Esta última frase poderia sei traduzida “aimadilha armada pelo caluniador” (ver notasobre 6 para o duplo significado do Gr. diabolos), e esta tradução às vezes tem sido aceita. Deve serobjetado, no entanto, que isto não somente dá a diabolos (no singular) um sentido muito improvável,como também acrescenta pouco ou nada a cair no opróbrio. Do outro lado, o quadro do diabo armandolaços para desacreditar o superintendente, e através dele a igreja, está em harmonia com 2 Tm 2:26, etambém com o conceito geral das suas atividades exposto nas Pastorais.

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John Norman Davidson Kelly. Introdução e Comentário. I, II Timóteo e Tito. Editora Vida Nova. pag. 81.I Tm 6.11 Ó homem de DEUS: antes de recorrer a paralelos helenistas é preciso considerar que alocução é conhecida na tradução grega do AT: para Moisés, para um profeta desconhecido, para Davi, orei ungido. O homem de DEUS é o pneumatikós, que está pleno do ESPÍRITO de DEUS. Umacomparação com 2Tm 3.17 sugere ver no “homem de DEUS” o exemplo de todos que, dotados doESPÍRITO, igualmente são “pessoas de DEUS”. Pessoa de DEUS (QI 31a) contrasta com pessoas do“deus Mamom”, com pessoas do deus estômago. Compare-se também “homem da iniqüidade”, “filho daperdição”.Foge dessas coisas: talvez se tenha em vista todos os vícios listados em 1Tm 6.4s ou em especial oamor ao dinheiro. Fugir, escapar, buscar a salvação na fuga parece ser covarde e não-heroico. Foi assimque agiram os discípulos, quando abandonaram a JESUS: fugiram. O mau pastor foge diante dos lobosvorazes. Entretanto, diferente é a questão na esfera moral. Aqui a fuga pressupõe uma determinaçãomáxima. JESUS escapa daqueles que queriam transformá-lo em rei. Fugir contém o sentido: tomardistância, evitar, abster-se, retirar-se, recear. Idolatria,, avidez, dissolução, são poderes a cuja atraçãodemoníaca somente se pode resistir através da decidida fuga sem olhar para trás. Somente fugindo paraDEUS e submetendo a impotência pessoal e todos os poderes à potente mão de DEUS é possívelresistir ao diabo pela fé. Fugir de uma casa em chamas não é covardia, mas ação imediata e corajosa.Foge – corre atrás! Não é assim que escreve alguém que pensa em acomodar-se. A sagrada premênciaimpele para a decisão.Corre atrás!Parágrafo após parágrafo da carta refuta a insustentável alegação de que nas past é possível notar uma“conotação de acomodação”, um “afrouxamento da energia da fé”. Muito pelo contrário: a carta nos dizque é necessária a fuga decidida da voragem destruidora e do fascínio de poderes demoniacamenteintensificados, bem como a corrida igualmente decidida atrás do bem. Ficam excluídas a vida e aacomodação neutras entre as duas alternativas. O discipulado não se transformou em um aprazívelpasseio, mas em uma corrida que requer empenho máximo (QI 15d).Atrás da justiça: na acepção mais ampla, o que é reto perante DEUS e os humanos, porém não a virtudeproduzida pelo próprio ser humano, mas o fruto educativo da graça naqueles que foram redimidos paraformar o povo da propriedade dele. Posicionada no começo, a palavra justiça com certeza possui osentido absoluto, usual em Paulo, da justiça concedida e efetuada por DEUS mediante a fé.Atrás de beatitude: A devoção não representa uma posse sólida, adquirida de uma vez por todas.Somente quem se exercita constantemente nela (1Tm 4.7), que corre atrás dela, é inserido por meio delano mistério de DEUS que abarca o tempo e a eternidade (1Tm 3.16), na verdadeira autarquia (1Tm 6.6),ou seja, na transbordante vida do amor (QI 15).Fé, amor, paciência: uma comparação com 1Ts 1.3 mostra que a “paciência”, mencionada junto com fée amor, traz dentro de si a perspectiva e expectativa da esperança (QI 14).Mansidão: JESUS declara bem-aventurados os mansos e designa a si mesmo de manso. Aquele queescapa de todas as escravizações consegue perseguir, com autêntica liberdade, alvos humanamentedignos. O manso é capaz de lutar corretamente. A “lista de virtudes” não foi acolhida ou compiladaaleatoriamente, pois justiça e beatitude, fé, amor, esperança (paciência) e a mansidão que vive daesperança no poder e na intervenção de DEUS visa integralmente a Timóteo. Quando correr atrás dessarealidade de vida determinada por DEUS, ele poderá enfrentar os vícios dos hereges e atuar em sentidoconstrutivo para a igreja. Ao invés de especulações inúteis, de uma devoção extravagante e mentirosa,devem concretizar-se em Timóteo as palavras elementares do Senhor, que levam à convalescença, epor intermédio dele, na igreja que lhe foi confiada.12 Combate a boa luta da fé: somente com base na profecia oriunda do ESPÍRITO e mediante umatransmissão de poder constantemente ativada a luta pode ser uma luta boa, porque não se trata de umaluta absurda, que leva à derrota temporal ou eterna. O lutador luta a partir da fé e não em busca da fé.Seja na disputa esportiva, seja na guerra: só o lutador que vive na disciplina participa da vitória.Toma posse da vida eterna: agarrar como troféu da vocação, tomar nas mãos para apropriar-se. Deveagarrá-lo lutando na fé como alguém dotado do ESPÍRITO e chamado para a vida eterna. Agarra a vidaeterna! Um imperativo de intensidade máxima, uma convocação para a ação varonil. Agarra agora a vidaverdadeira e plena, para a qual DEUS te chamou! Quando, se não hoje? Não corras atrás de uma vida deilusão. Sê sóbrio: agarra a vida verdadeira; DEUS ta doou; está aí. Torna-te o que és – um homem deDEUS!Para a qual foste chamado: forma passiva, um linguajar semita, para evitar o nome de DEUS, ou seja,para não escrevê-lo: para a qual DEUS te chamou. Nem lutar nem correr atrás torna uma pessoa dignada vida eterna.Quando fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas: a confissão não é um ato do passado,mas deve ser proferida de novo agora e até a última hora. A luta da fé é boa, porque a confissão é boa,inclusive quando o mundo a considera com desprezo. Os cristãos tinham de prestar contas de sua fé

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diante dos juízes seculares. Nessa situação não cabiam especulações nem sutilezas teóricas, estavamem jogo vida e morte. Quem confessava JESUS como seu Senhor colocava em cheque os senhoresdeste mundo, que demandavam autoridade divina. Por isso não se fala aqui de uma confissão tradicionale corriqueira sem maiores conseqüências. O olhar para JESUS, que se deparava com Pilatos, proíbequalquer leviandade.

Hans Bürk i. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.Fuja e Siga (6.11)Depois de pintar em cores tão sombrias os males do desejo de lucro, o apóstolo volta a lidar com obem-estar espiritual de Timóteo: Mas tu, ó homem de DEUS, foge destas coisas e segue a justiça, apiedade, a fé, a caridade (“o amor”, ACF, AEC, BJ, CH, NTLH, RA), a paciência, a mansidão. Paulo nãopoderia ter feito apelo mais eloqüente que este no qual ele distingue Timóteo como homem de DEUS.Esta era a descrição habitual dos servos de DEUS no Antigo Testamento. Ao usar esse título, oapóstolo fala da dignidade, da responsabilidade sublime e solene do cargo que Timóteo mantinha e queé mantido igualmente por todo líder cristão. A determinação de Paulo é: Foge destas coisas. Osignificado não é fugir somente da sedução das riquezas, mas de todas as atitudes más que foramexpressas desde o capítulo 4. Há uma antítese interessante na ordem de fugir destas coisas e, de outrolado, seguir as virtudes particularmente designadas. É uma lista notável de virtudes que Paulo querinfundir. A lista começa com justiça, a mais inclusiva das virtudes; significa dar a DEUS e aos homens oque lhes é devido. As três virtudes seguintes formam um grupo dirigido a DEUS. Piedade é aconsciência reverente que tudo na vida é vivido na presença e sob os olhos de DEUS. Fé é a fidelidadeque nos mantêm firmes, mostrando lealdade a DEUS em todas as situações. Amor (ágape) é aexpressão de gratidão e louvor de nossa alma pela maravilha da graça redentora. Por fim, Paulo infundepaciência e mansidão, que podem ser traduzidas por “firmeza” (CH; “constância”, BAB, RA;“perseverança”, NVI); e “bondade” (RSY). Estas são as características da vida cristã conforme é vividaem contato e companheirismo com as pessoas. O contraste entre estas virtudes e os males que Paulodenuncia não podia ser mais impressionante.Milite a Boa Milícia (6.12)Este versículo nos traz a imagem mental de um treinador instilando coragem e espírito de luta em seutime pouco antes do início de um jogo decisivo: Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna,para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas (12).Afigura de linguagem que o apóstolo usa é derivada mais das competições esportivas do século I do queda vida militar. Devemos entender que o verbo milita é a luta agonizante requerida caso a pessoaquisesse vencer uma partida de luta romana. Paulo se servia de analogias visuais, tanto da vida dosoldado quanto da do atleta. Todo cristão é chamado a batalhar a luta pessoal contra o mal em todas assuas formas. E, como destaca Kelly, “é de propósito que o imperativo está no presente, indicando que aluta é um processo contínuo. Por outro lado”, continua Kelly, “o imperativo aoristo ‘toma posse’ sugereque Timóteo pode tomar posse da vida eterna (aqui concebida como o prêmio para o evento esportivo)imediatamente e em um único ato”. Assim, o atleta cristão desfruta do prêmio ao mesmo tempo em queainda se engaja na competição.Paulo diz que Timóteo foi chamado para esta campanha vitalícia. Na verdade, ele possuía um chamadoduplo: o chamado para seguir a CRISTO, que foi selado na confissão pública de fé no batismo; e ochamado para pregar o evangelho, a cuja tarefa ele fora ordenado pelo próprio apóstolo e colegas que oajudavam. Muitos intérpretes acham difícil determinar a qual destes chamados se refere a frase final doversículo. Esta tradução interpreta que o chamado ocorreu “quando você deu o seu belo testemunho defé na presença de muitas testemunhas” (12, NTLH). Contudo, seria mais adequado considerar que essafrase final é outra alusão que o apóstolo faz à ordenação que ele freqüentemente menciona (e.g., 4.14).

J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 497-498.À medida em que sua carta vem chegando ao fim, Paulo dirige um apelo direto ao próprio Timóteo. Anota fortemente pessoal nele é inconfundível; é forçar demasiadamente a passagem interpretá-la comouma exortação ao pastor típico, e a sobrecarga na passagem fica sendo ainda maior se considerarmosque “Timóteo” representa o discípulo cristão em geral.11. As palavras iniciais, Tu, porém, são enfáticas; formam uma nítida antítese com alguns no versículoanterior, e talvez também com se alguém em 3. A conduta de Timóteo, e os princípios sobre os quaisele a baseia, devem ser exatamente os opostos daqueles dos bancarrotas morais que acabam de serdescritos. O título homem de DEUS é aplicado a ele deliberadamente. Tem a conotação de que está noserviço de DEUS, que representa a DEUS e que fala em Seu nome, e é admiravelmente apropriado aalguém que é um pastor (cf. 2 Tm 3:17). Uma tentativa tem sido feita, com a ajuda de paralelos de Filo,da literatura hermética, e da Epístola de Aristéias, de dar à expressão um significado semimístico, comose o “homem de DEUS” significasse o cristão batizado em geral. Tais subtilezas, no entanto, sãodesnecessárias e artificiais, pois “homem de DEUS” é regularmente usado no A.T. para designar osservos e agentes de DEUS; cf. Dt 33:1 e Js 14:6 (Moisés); 1 Sm 9:6 (Samuel); 1 Rs 17:18 (Elias); 2 Rs

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4:7 (Eliseu); Ne 12:24 (Davi).Timóteo, por ser consagrado ao serviço de DEUS, deve fugir destas coisas, i.é, primeiramente o amorao dinheiro e os males dos quais ele é a causa radical, mas também, sem dúvida, os caminhos falsos edesastrosos que os sectários encorajam. Ao invés disto, deve seguir (“ter como alvo”, um uso bempaulino; cf. Rm 9:30; 12:13; 14:19; 1 Co 14:1; Fp 3:12, 14) a justiça, a piedade, a fé, o amor, aconstância, a mansidão. A lista de qualidade é escolhida tendo em vista a necessidade de Timóteo noseu cargo pastoral. Achamos a justiça e a piedade formando um par, na forma de advérbios, em Tt 2:12.A palavra grega para a primeira (dikaiosunè) não significa a justiça no sentido caracteristicamentepaulino nem, mais estreitamente, a justiça rigorosa em contraste com a gula e a concupiscência dossectários. É uma palavra geral para a conduta que é totalmente reta e imparcial com relação a todos osmembros da comunidade: cf. 2 Tm 2:22; 3:16. Com piedade (mais uma vez sua palavra prediletaeusebeia) Paulo denota uma atitude religiosa devota e inteiramente correta: ver sobre 2:2.A tríade fé, amor, constância volta a ocorrer em Tt 2:2; também é achada em 1 Ts 1:3. As duasprimeiras palavras representam, é lógico, as graças cristãs supremas; tendo em conta a posiçãoespecial de Timóteo, como defensor da fé contra o erro e também como delegado apostólico, é muitoapropriado que a constância e a mansidão sejam acrescentadas. Aquela palavra é freqüentementeusada por Paulo no sentido de um esforço perseverante; esta (Gr. praüpathia) é um hapax do N.T., maso Apóstolo estava familiarizado com seu cognato praütès (e.g. 2 Co 10:1;G1 5:22).Às vezes é argumentado (ver a Introdução, págs. 25,27) que o tratamento aqui de fé e amor, que paraPaulo abrangiam a tudo, como sendo virtudes específicas que podem ser catalogadas juntamente comoutras, é um traço espalhafatosamente não-paulino. Devemos, no entanto, observar que as duas, semqualquer indicação de precedência, figuram na lista miscelânea do “fruto do ESPÍRITO” em G1 5:22. Aobjeção de que “para Paulo, estas são as dádivas de DEUS, não as realizações humanas” (F. D. Gealy)é igualmente superficial. Se for necessário sermos literais, o próprio Paulo aconselhou os coríntios, comlinguagem idêntica, “Segui o amor” (1 Co 14:1). De modo mais geral, a doutrina da primazia da graça nãoexclui todo o conselho e a exortação.12. As palavras de desafio que se seguem, Combate o bom combate da fé, trazem à mente o quadro deuma competição de luta-livre ou dalgum outro evento de atletismo; conforme procura ressaltar nossatradução: “Desempenha tua parte na nobre competição da fé”, a metáfora é tirada do esporte, e não daguerra. Para o uso das analogias do esporte, da parte de Paulo, ver sobre 4:7;cf. também 1 Co 9:24ss.;Fp 2: 16; 3:12-14; 2 Tm 4:7. Paulo o chama o combate da fé, ou porque é a luta que a fé verdadeiraempreende contra o erro, ou, mais provavelmente, porque tem em mente “a guerra pessoal contra o malà qual todo cristão é conclamado” (J. H. Bernard). O imperativo está deliberadamente no tempopresente, o que indica que a luta será um processo contínuo.Do outro lado, o imperativo no aoristo Toma posse sugere que Timóteo pode apoderar-se da vida eterna(aqui concebida como sendo o prêmio para o evento atlético) imediatamente, num único ato. Destarte, éalguma coisa que o cristão que leva a sério as exigências da sua fé pode desfrutar em certa medida aquie agora. Não há contradição entre isto e o ensino de Paulo noutros lugares. Se em Rm 6:22 e G1 6:8fala da vida eterna como sendo uma bênção que o crente fiel ceifa no fim, há outras passagens (e.g. Rm6:4; 2 Co 4:10-12; Cl 3:3-4) em que concebe da nova vida em CRISTO como sendo uma realidadepresente.Duas razões obrigatórias porque Timóteo deve empreender-se nesta luta vitalícia são (a) que DEUS e (b)que publicamente reconheceu e aceitou aquela chamada. Quanto, à chamada de DEUS, cf. 1 Co 1:9; 2Ts 2:14. A ocasião em que Timóteo a aceitou foi quando fez a boa confissão, perante muitastestemunhas. Esta expressão às vezes tem sido explicada como sendo uma referência ou à suaordenação ou à sua corajosa confissão de CRISTO ao ser perseguido e arrastado diante dosmagistrados civis (cf. Hb. 13:23 para uma menção da sua prisão). A primeira não é especialmenteapropriada para o contexto, que diz respeito à chamada de Timóteo para ser cristão (este é, por certo, osignificado de ser chamado para a vida eterna), não para ser ministro de DEUS. De qualquer maneira,não temos razão para supor que uma solene confissão de fé em CRISTO fosse exigida na ocasião daordenação de um ministro: nenhum indício disto aparece nos relatos antigos do rito. A segundaexplicação parece ainda menos apropriada, pois um comparecimento diante de um magistradodificilmente pode ser chamada uma convocação à vida eterna. Além disto, se Timóteo tivesse sofridodesta maneira, e se mostrasse corajoso, teríamos esperado alguma alusão mais direta ao assunto nascartas, especialmente tendo em vista que elas tendem a ressaltar a sua timidez. Talvez o únicopormenor a favor desta exegese seja o paralelismo com o v. 13, que possivelmente (mas ver abaixo)relembre o julgamento de CRISTO diante do governador romano. Embora isto sugira, no entanto, que asduas confissões sejam paralelas, é desnecessário procurar um paralelismo rigoroso nas situaçõestambém.Muitos mais plausível do que qualquer destas interpretações é aquela que identifica a boa confissão deTimóteo com a profissão de fé que fez no seu batismo. Esta, acima de todas, era a ocasião em que se

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podia dizer que o cristão aceitou a chamada à vida eterna, e na igreja primitiva este sacramento eraadministrado publicamente diante da congregação reunida, i. é, perante muitas testemunhas. Desde ostempos mais antigos, seu clímax era uma solene afirmação de fé por parte do candidato, e Paulo quasecertamente está citando semelhante afirmação, ou uma seleção de uma delas, quando escreve (Rm10:9): “Se com a tua boca confessares (o verbo que emprega, Gr. homologein, é o cognato do subs.homologia traduzida confissão aqui) a JESUS como Senhor, e em teu coração creres que DEUS oressuscitou dentro os mortos, serás salvo.” Nenhum argumento pode ser trazido de 2 Tm 3:15 contraesta exegese, porque, embora este trecho revele que Timóteo tinha sido instruído nas Escrituras desdea infância, não dá a entender de modo algum que tivesse sido batizado na infância, o que, em quaisquercircunstâncias, é extremamente improvável. O fato de que Paulo coloca o artigo definido antes de a boaconfissão confirma que está falando de uma fórmula que tem um caráter reconhecido e oficial.

John Norman Davidson Kelly. Introdução e Comentário. I, II Timóteo e Tito. Editora Vida Nova. pag. 131-134.3. Comprometidos com a Palavra.

I Tm 3.2 O presidente, pois, deve ser irrepreensível. Essas palavras não instituem o presidente nem seuministério, mas o pressupõem, e isso sem qualquer ênfase, como em Fp 1.1. Em primeiro lugar se faloudo “sacerdócio de todos os fiéis” (cap. 2) e agora de seus servos, em plena concordância com 1Co 3.5.Podemos chamar a lista subseqüente de “catálogo de virtudes”, em contraposição ao chamado “catálogode vícios”. Chama atenção que não se fazem exigências especiais, exceto, talvez, de “apto paraensinar”. Pelo contrário, enumeram-se atitudes práticas e cotidianas que precisam ser consideradas“elementares” para todos os cristãos. Por que, no entanto, escrever acerca delas mesmo assim? Essalista ou outras similares nas past só podem ser descartadas depreciativamente como “moral burguesa”ou “ética cristã mediana” se ignorarmos como tudo está fundamentado e como as coisas elementaressão e continuam sendo necessárias para a fé.Quando as coisas elementares não são constantemente renovadas e redirecionadas em direção ao queé fundamental (a base) e final (o alvo, a consumação, em grego, o eschaton), rapidamente surgemenredamentos e descaminhos igualmente elementares, arrastando consigo o indivíduo e a sociedade. Épreciso ver as orientações das past diante do pano de fundo de uma indomável correnteza de “anomia”na sociedade e igreja.Irrepreensível não significa simplesmente gozar de boa fama, mas ter um testemunho justificadamentebom. A crítica e as acusações não devem encontrar pontos vulneráveis para seu ataque. Aparentementea palavra designa o comportamento abrangente, fundamental para tudo o que segue. JESUS frisa aimportância do bom testemunho, como também ocorre em geral no NT. Nessa questão é decisivo que obom testemunho seja reconhecido e fornecido pelos que não fazem parte da igreja. “Vossa conduta sejadecorosa aos olhos dos estranhos.” Essa exortação da carta mais antiga de Paulo coincideintegralmente com a exigência de ser irrepreensível, o que não pode ser questionado nem mesmo porobservadores críticos e hostis. Um modo de vida desses só é viável a partir do “mistério da fé,preservado em uma consciência pura”. Essa é a origem e a renovação de toda a autênticairrepreensibilidade. Representa o oposto tanto do comportamento anti-social como da exageradaadaptação pacata a todos e a tudo.Marido de uma só mulher. O presidente deve ser exemplarmente casado. Não se espera o celibato dosservidores da igreja, mas que tenham plena capacidade matrimonial e sejam modelos no casamento. Amelhor “escola matrimonial” acontece por “exemplos matrimoniais”. Presidentes e diáconos devem sercasados uma única vez; isso aponta em 3 direções:1) Acerca da profetiza Ana lemos que era virgem até se casar. Quando o marido morreu após 7 anos decasamento, ela passou a viver sozinha até idade avançada (84 anos), servindo a DEUS. De acordo coma palavra profética permaneceu fiel ao “noivo de sua mocidade”.2) Conforme as palavras do Senhor a monogamia é o alvo original, estabelecido por DEUS, dorelacionamento entre homem e mulher. Se os próprios gentios chamam atenção para isso e os cristãosaspiram ao amor e à fidelidade no matrimônio, quanto mais isso deveria valer, então, para aqueles quese “apresentam em todas as coisas” (logo também no casamento) como “exemplo de boas obras”.3) A interpretação aqui fornecida possui relevância justamente com vistas à prática do divórcio, quenaquela época se alastrava com força, e do correlato recasamento de pessoas divorciadas, seja entregregos, seja entre judeus.A expressão única pode ser mantida em forma tão genérica pelo fato de que deve caracterizar de formaabrangente a atitude básica fundamental da castidade em todas as situações. O casto não reprimiu suasexualidade, mas a tornou íntegra, porque castidade é alegrar-se com a sexualidade respeitando oslimites do respeito.Sóbrio (nephalios) vale tanto para mulheres como para homens idosos. O verbo correspondente já éutilizado por Paulo em sua carta mais antiga: “Não durmamos como os demais, mas vigiemos esejamos sóbrios.” Ser sóbrio faz parte da oração e da vigilância e diz respeito a uma contenção deorientação escatológica diante de todo tipo de fanatismo, embriaguez, dissoluções no pensar, sentir e

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agir.Quem reconhece a verdade em DEUS torna-se sóbrio diante do delírio do pecado, para viver uma vidareta.Sensato (sophron): assim como o adjetivo “sóbrio”, também ocorre somente nas past, mas o termo éusado como verbo na carta aos Romanos: cada qual deve pensar com moderação, ser sensato,segundo a medida da fé que DEUS repartiu a cada um. Quem é temperante possui uma medida corretade auto avaliação, um sentido para o que é real. É compreensivo. Depois de ser curado, o homem antespossesso está tranquilamente assentado, está vestido e em perfeito juízo. O temperante éespiritualmente saudável. “O fim de todas as coisas está próximo, sede, portanto, criteriosos e sóbrios abem das vossas orações!” Ambas as palavras – sóbrio e temperante – possuem um viés escatológico,e o fato de aparecerem juntas serve para enfatizar isto. Quem está embriagado e alimenta sonhosdevotos a respeito de si mesmo e do mundo não consegue orar de fato, porque orar é justamente ocontrário de fugir da chamada “realidade” para um mundo onírico. Vale o contrário: quem ora acorda paraa verdadeira situação, e quem está alerta ora de olhos abertos. É disso que resultam as boas obras.Digno (kosmios): sensato e digno (como em 1Tm 2.9 para as mulheres!) pode ter aqui o sentido decortês, solícito, o que no entanto não deve ser entendido como cortesia artificial, que visa as aparências,porque isso representaria uma contradição com sóbrio e sensato. Realmente cortês é aquele que aoavaliar a si mesmo e a todas as coisas de forma sensata e de acordo com a perspectiva de DEUS,acordou para as necessidades daqueles aos quais serve.Hospitaleiro: em outras ocasiões Paulo também exorta as igrejas para que cuidem das necessidadesdos santos e pratiquem a hospitalidade. Nos escritos do NT lemos a respeito de cristãos que sãoviajantes e também comerciantes; outros são perseguidos e precisam fugir para outras cidades. Osapóstolos e seus colaboradores viajavam de localidade em localidade, dependendo para isso da acolhidasolícita nas casas dos crentes. Para as reuniões da igreja e para os que estavam em trânsito as casasdas famílias dos fiéis representavam o alojamento propício. Tudo isso torna necessária a exortação deque não se esqueçam da hospitalidade. Mais tarde é preciso proteger a hospitalidade contra os abusosde andarilhos itinerantes e “irmãos estranhos”.Hoje quem viaja por países em que os cristãos são perseguidos ou representam uma minoria sabe o quesignifica e custa a hospitalidade. Mas também onde os cristãos são maioria na sociedade, mas asformas eclesiásticas não são (mais) marcantes e formadoras de comunhão, a cordial liberalidade dasfamílias que creem em CRISTO em relação a visitantes, conhecidos e desconhecidos, constitui o nervovital para uma igreja que irradia para dentro do mundo. A abertura hospitaleira não é uma palavra emfavor, mas contra o aburguesamento, porque o burguês se isola e se fecha em seu castelo, ainda queseja apenas uma pequena moradia alugada no mesmo edifício com outros 10 ou 100 inquilinos. Oburguês não gosta de se colocar a caminho, nem gosta de ser incomodado por inconstantes. A vida degueto de muitas comunidades eclesiais tem por correlação a vida na reclusão caseira e na privacidadede seus membros. Os servidores da igreja, porém, devem ser exemplos no matrimônio e na família pelofato de serem abertos e livres para o hóspede.Apto para ensinar (didaktikos): em todo o NT o termo ocorre somente aqui e em 1Tm 3.2. O seu sentidoé descrito exaustivamente em Tt 1.9: o presidente deve “apegar-se à palavra confiável e conforme adoutrina, para que seja capaz de, pelo reto ensino, exortar bem como convencer os que o contradizem”.Deve estar aberto para questões doutrinárias, capaz de formar sua própria opinião e instruir a outros.Precisa discernir entre o que é importante e o que leva a descaminhos, entre doutrina verdadeira e falsa,saudável e doentia e ser capaz de ensinar e transmitir corretamente o que é apropriado em cada caso.Do presidente espera-se capacidade de ensinar, do diácono não. Não se pode concluir disso que ensinarseja atribuição exclusiva do presidente, nem é possível obter aqui uma base para o posterior “magistério”católico-romano. Porque conforme 2Tm 2.2 Timóteo deve transmitir o evangelho a “pessoas fiéis”, nãoespecificamente apenas presidentes, que serão capazes de novamente ensinar a outras. O ensinoministrado por mestres específicos somente tem sentido sob a premissa de que todos são capazes dese instruir e exortar mutuamente. No entanto, só se pode esperar isso deles quando e porque elespróprios são “ensinados por DEUS”. Ademais, 1Tm 5.17 deixa explícito que a presidência não eraexercida por uma pessoa sozinha, e que nem todos que presidiam ou eram presbíteros tambémensinavam.Os presidentes tinham de ser exemplos no ensinar, não para aliviar outros desta tarefa, mascapacitando-os para isso. Na escola o professor de matemática deve instruir os alunos para que saibamsolucionar pessoalmente tarefas de matemática. Não deve resolver a tarefa por eles, e nem todos osalunos devem tornar-se matemáticos ou professores de matemática.

Hans Bürk i. Comentário Esperança Cartas aos I Timóteo. Editora Evangélica Esperança.I Tm 3.2. Tendo ressaltado que o cargo vale a pena, Paulo logicamente pode insistir que É necessário,portanto, que o bispo seja irrepreensível, etc. A tradução tradicional de bispo para o Gr. episkopos deveser rejeitada como enganadora. O episcopado posterior, baseado no conceito de um só bispo presidindo

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em cada área e tendo completa autoridade sobre ela em todos os departamentos, desenvolveu-se dos“superintendentes” do século I, mas há diferenças tão importantes entre os dois cargos que parecedesejável empregar termos distintos para eles. No N.T. fora das Pastorais, episkopos é achado somenteem Fp 1:1; At. 20:28; e 1 Pe 2:25 (com referência a nosso Senhor). No mundo contemporâneo grego, otermo era empregado para denotar uma grande variedade de funções, e.g., inspetores, administradorescívicos e religiosos, oficiais financeiros. Antigamente, muitas pessoas pensavam que a igreja apostólicadevia ter tomado o título emprestado deste último uso, visto que o episkopos cristão tinha as finançasda congregação (assistência aos pobres, etc.) sob seus cuidados. Do outro lado, se pudermos confiarnas Pastorais, e se tivermos razão em identificar os “líderes” e “pastores” das demais Paulinas comosendo episkopoi, fica claro que suas responsabilidade abrangiam um campo muito mais largo do que ofinanceiro somente. Estavam encarregados, por exemplo, das relações externas da igreja, e comorepresentantes dela, hospedavam cristãos visitantes.Na própria congregação exerciam um ministério magisterial e pastoral, e tinham autoridade paradisciplinar membros. De modo geral, presidiam sobre seus negócios como um pai cuida da sua família edo seu lar. É, portanto, interessante que acham seu paralelo mais próximo no “superintendente” (emHebraico mebaqqer) da comunidade de Cunrã.Segundo o Manual da Disciplina (esp. 6:10ss. e 19ss.) e o Documento de Damasco (esp. 13:7-16; 14:8-12), estes tinham o dever de ordenar, examinar, instruir, receber esmolas ou acusações, tratar com ospecados do povo, e pastoreá-lo de modo geral. Parece, portanto, mais provável que o termo, bem comoo sistema administrativo que representava, tenha entrado na igreja a partir do judaísmo heterodoxo.A despeito do seu uso no singular tanto aqui quanto em Tt 1:7, é extremamente provável que “osuperintendente” deve ser entendido genericamente, e que uma pluralidade de tais oficiais épressuposta. Esta ideia é apoiada não somente pelos paralelos em Fp 1:1 e At 20:28, como tambémpela posição intercambiável, ou pelo menos parcialmente coincidente, dos superintendentes com ospresbíteros (cf. 5:17; Tt 1:5-7). De qualquer maneira, não há sugestão do episcopado “monárquico”posterior nestas cartas. O singular pode ter sido sugerido pelo singular alguém no v. 1 supra. Quanto àpredileção de Paulo pelo singular genérico, cf. sua discussão das viúvas em 5:4-10, onde fala de “aviúva,” etc., a despeito de ter o plural em 5:3.A lista de qualidades que se segue às vezes tem surpreendido os leitores pela sua generalidade; atémesmo tem sido dito, de modo algo injusto, que não contém nada de especificamente cristão, e muitomenos adaptado a um ministro cristão. Dois comentários podem ser feitos.Primeiramente, paradigmas análogos de virtudes e vícios, preparados para vocações diferentes (e.g.,governantes, generais, médicos) eram populares no mundo contemporâneo helenístico e judaico-helenístico, e estes, também, eram colocados em termos surpreendentemente gerais.A influência de tais paradigmas pode ser discernida noutros lugares do N.T., inclusive nas cartas dePaulo (e.g. 3:18 - 4:1; Ef 5:22 — 6:9). O , fato de que está modelando seu conselho sobre eles, aqui, enoutros lugares nas Pastorais, explica suficientemente seu estilo aparentemente chão e sem colorido.Mas, em segundo lugar, este aspecto tem sido grandemente exagerado. Cada uma das qualidadesexigidas era apropriada num superintendente, e algumas delas tinham relevância direta às suas funções.Se o leitor moderno às vezes é tentado a pensar que Paulo colocou suas exigências em nívelsurpreendentemente baixo, deve lembrar-se que os padrões de conduta não eram altos na Ásia Menorno século I, que as pessoas para as quais as cartas foram escritas tinham saído recentemente de umambiente pagão e provavelmente ainda tinham estreitos contatos com ele, e que o Apóstolo era umrealista.O catálogo começa com um requisito que a tudo abrange; o superintendente deve ser irrepreensível. Ouseja: não deve apresentar nenhum defeito óbvio de caráter ou de conduta, na sua vida passada oupresente, que os maliciosos, seja dentro, seja fora da igreja, possam explorar para desacreditá-lo. Emespecial, sua vida sexual deve ser exemplar, e os mais altos padrões devem ser esperados dele: deveser casada uma só vez. O novo casamento seja depois do divórcio no caso de um pagão convertido, oudepois do falecimento da sua primeira esposa, é censurado como sendo impróprio num ministro deCRISTO. £ igualmente proibido aos diáconos (3:12) e aos presbíteros (Tt 1:6), e conta como umadesqualificação nas aspirantes à ordem das viúvas (5:9).Este é o significando claro de esposo de uma só mulher. Alternativas propostas como interpretaçõessão (a) que as palavras são dirigidas contra manter concubinas ou contra a poligamia, i.é, ter mais deuma só esposa de uma vez - sugestões estas que são extremamente improváveis, visto que nenhumadestas práticas pode ter sido uma opção real para qualquer cristão comum, é muito menos para umministro; (b) que meramente estipulam que o superintendente seja um homem casado — isto está emharmonia com o alto valor que a carta atribui ao casamento (4:3), mas é muito improvável em si mesmo,e de qualquer maneira torna sem sentido a palavra uma só enfática em Grego; (c) que o objeto émeramente preceituar a fidelidade dentro do casamento, tratando-se de “não cobiçar outras mulheressenão sua esposa” — mas isto é extrair do Grego mais do que o texto pode suportar. Quanto a esta

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questão, bem como em tantos outros assuntos, a atitude da antiguidade era marcantemente diferentedaquilo que prevalece na maioria dos círculos hoje, e há evidências abundantes, tanto da literaturaquanto das inscrições funerárias, pagãs e judaicas, que permanecer solteiro depois da morte da cônjugeou do divórcio era considerado meritório, ao passo que casar-se de novo era considerado um sinal deautoindulgência.Paulo certamente compartilhava deste ponto de vista, e embora permitisse a uma viúva que se casassede novo, estimava-a mais bem-aventurada se se abstivesse de um segundo casamento (1 Co 7:40). Demodo geral, embora se opusesse ao ultra ascetismo que desconsiderava o casamento e que aplaudiafaçanhas de abnegação (cf. e.g., sua crítica das “uniões espirituais” em 1 Co 7:36-38), tinha granderespeito pela abstinência sexual completa, considerando-a um dom de DEUS, e também sustentava queo controle-próprio periódico dentro do casamento era de valor espiritual (1 Co 7:1-7). No contexto de táispressuposições era natural esperar que os ministros da igreja fossem exemplos a outras pessoas e quese satisfizessem com um único casamento. Nos primeiros séculos cristãos, devemos notar, o segundocasamento não era totalmente proibido, mas era considerado com nítida desaprovação. Osuperintendente deveria, além disto, ser temperante, palavra esta (Gr. néphatíos; no N.T. somente aqui eem 3:11; Tt 2:2) que originalmente denota a abstinência do álcool, mas que aqui, visto que a bebedice éexpressamente estigmatizada no versículo seguinte, provavelmente tem o significado mais amplo emetafórico. Este sentido está em harmonia com o uso de Paulo do verbo relacionado néphõ em 1 Ts 5:6e 8;cf. 1 Pe4:7.Os dois adjetivos seguintes, sóbrio (Gr. sõphrón; talvez tenha a mesma nuança que o subs correlato em2:9) e modesto, ressaltam traços essenciais no caráter e no comportamento do superintendenterespectivamente, ao passo que o terceiro, hospitaleiro, sublinha que na sua capacidade oficial, tem odever de manter sua casa franqueada tanto para os delegados que viajavam de igreja em igreja quantopara os membros comuns da congregação que estavam necessitados. Cf. as instruções de Paulo aosseus correspondentes (Rm 12:13): “compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade.”Este serviço mútuo, ao mesmo tempo caridoso e diplomático, desempenhava um papel importante navida diária da igreja primitiva, conforme fica abundantemente atestado (5:10; Hb 13:2 1 Pe 4:9; 3 Jo5ss.; 1 Gem. 1:2; Hermes, Mand. 8:10), e cabia primariamente ao superintendente (Tt 1:8).Outro aspecto importante nas funções de um superintendente é indicado no pedido de que seja aptopara ensinar. Os superintendentes provavelmente devam ser identificados com aquele grupo dentro docorpo dos presbíteros “que se afadigam na palavra e no ensino” (5:17, onde ver a nota). Estes deveresestão mais plenamente especificados em Tt 1:9, sendo que consistem em: (a) lealdade à tradiçãoapostólica, (b) disposição para instruir nela a congregação, e (cj vigilância em confundir os que apervertem.

John Norman Davidson Kelly. Introdução e Comentário. I, II Timóteo e Tito. Editora Vida Nova. pag. 75-78.Qualificações do Bispo (3.2)Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,hospitaleiro, apto para ensinar. No total, há 15 qualificações estipuladas pelo apóstolo, sete das quaisocorrem no versículo 2. E importante que a primeiríssima destas seja a irrepreensibilidade. O significadoda palavra é “acima de repreensão”, “de reputação irrepreensível” (cf. CH), “de caráter impecável”, “queninguém possa culpar de nada” (NTLH). Por qualquer método que avaliemos, esta é a virtude maisinclusiva que aparece na lista. Significa que o líder na igreja de CRISTO não pode ter defeito óbvio decaráter e deve ser pessoa de reputação imaculada. Dificilmente se esperaria que não tivesse defeito,mas que fosse sem culpa. E apropriado que o ministro seja julgado por um padrão mais rígido que osmembros leigos da igreja. Os leigos podem ser perdoados por defeitos e falhas que seriam totalmentefatais a um ministro. Há certas coisas que um DEUS misericordioso perdoa em um homem, mas que aigreja não perdoa no ministério deste. A irrepreensibilidade do candidato é requisito no qual devemos serinsistentes hoje em dia, como o foi Paulo no século I.O líder da igreja deve ser exemplar especialmente em assuntos relativos a sexo. Este é o destaque dasegunda estipulação do apóstolo: Marido de uma mulher (2). Trata-se de precaução contra a poligamia,que gerava um problema sério para a igreja cujos membros eram ganhos para CRISTO vindos de umpaganismo que tolerava abertamente casamentos plurais. Em todo quesito que a igreja com seus altospadrões éticos relativos a casamento confrontar o paganismo de nossos dias, em regiões incivilizadasou não, a insistência cristã na pureza deve ser enunciada de forma clara e seguida com todo o rigor.Mas temos de perguntar: A intenção de Paulo era desaprovar o segundo casamento? Alguns dosmanuscritos antigos requerem a tradução “casado apenas uma vez” (conforme nota de rodapé na NEB).“Sobre este assunto, como em muitos outros”, comenta Kelly, “a atitude que vigorava na antiguidadedifere notadamente da que prevalece em grande parte dos círculos de hoje. Existem evidênciasabundantes provenientes da literatura e inscrições funerárias, tanto gentias quanto judaicas, quepermanecer solteiro depois da morte do cônjuge ou depois do divórcio era considerado meritório, aopasso que casar-se outra vez era visto como sinal de satisfação excessiva dos próprios desejos”.1 E

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óbvio que em alguns segmentos da igreja primitiva esta era a opinião prevalente, chegando ao extremoúltimo da ordem de um ministério celibatário.Mas esta não é a interpretação do ensino de Paulo que prevalece hoje. E bem conhecida sua própriapreferência da vida solteira em comparação ao estado casado; e há passagens nos seus escritos emque ele recomenda este estado aos outros (e.g., 1 Co 7.39,40). Talvez o melhor resumo da intenção doapóstolo para os nossos dias seja a declaração de E. F. Scott: “O bispo tem de dar exemplo demoralidade rígida”.As próximas três especificações — vigilante, sóbrio, honesto (2) — têm relação próxima entre si edescrevem a vida cristã ordeira. Moffatt traduz estas qualidades pelas palavras: “temperado [NVI; cf.RA], mestre de si, calmo”. A temperança neste contexto transmite a ideia de autocontrole (cf. CH) ouautodisciplina.O próximo quesito qualificador é apresentado pelo apóstolo na palavra descritiva hospitaleiro (2). Estamesma característica é mais detalhada em Tito 1.8: “Dado à hospitalidade, amigo do bem”. Nessesprimeiros dias da igreja, esta era uma virtude muito importante. Havia poucos albergues no mundo doséculo I, e os apóstolos e evangelistas cristãos que eram enviados de lugar em lugar ficavamdependentes da hospitalidade de cristãos que tivessem um “quarto de profeta”, mantido com a finalidadede atender essas necessidades. Em nossos dias de hotéis, expressamos nossa hospitalidade cristã demodo diferente. Mas quando a igreja era jovem, essa hospitalidade era extremamente primordial. O devere privilégio de ministrá-la recaíam naturalmente sobre o bispo ou pastor. O espírito essencial do ato étão importante hoje como era outrora.Igualmente essencial e até mais importante é a sétima qualidade que Paulo menciona: Apto para ensinar(2). Pelo visto, nem todos os pastores eram empregados no ministério de ensino. E o que mostra 5.17:“Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente osque trabalham na palavra e na doutrina”. Mas a aptidão para ensinar era rendimento certo para o ministrocristão. Era importante então como é hoje. Sempre haverá indivíduos que possuem maior capacidadenesta ou naquela área que outros, mas certa habilidade para ensinar é de extrema necessidade aoministério completo e frutífero.

J. Glenn Gould. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 469-470.

ELABORADO: Pb Alessandro Silva.

Questionário da Lição 11 - DEUS escolhe Arão e seus filhos para o sacerdócioResponda conforme a revista da CPAD do 1º Trimestre de 2014 - CPAD - Para jovens e adultosTema: Uma Jornada de Fé - A Formação do povo de Israel e sua herança espiritualComplete os espaços vazios e marque com "V "as respostas verdadeiras e com "F "as falsas TEXTO ÁUREO1- Complete:"E para o nosso Deus os fizeste __reis__ e __sacerdotes__; e eles __reinarão__ sobre a terra" (Ap 5.10).

VERDADE PRATICA2- Complete:Cristo nos fez __reis__ e __sacerdotes__, para anunciarmos as __virtudes__ do seu Reino.

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO3- Quais homens foram chamados por Deus para cuidarem da prática do culto ao Senhor noTabernáculo?( ) A tribo de Levi foi chamada para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal.( ) Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes.( ) Todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote.

I - O SACERDÓCIO (ÊX 28.15)4- Como nasceu a classe sacerdotal e por qual tribo eram formadas? Para quem, apontavam?( V ) Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal.( V ) O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente deArão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel.( V ) Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas. ( V ) O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20).

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( V ) Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus comsacrifícios pelos seus próprios pecados.( V ) Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.

5- Quais eram as funções de um sacerdote?( V ) Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo.( V ) Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons esacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”.( V ) Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10,10,11).( V ) O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus.( V ) Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1 Tm 2.5).

6- De que viviam os sacerdotes?( V ) As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal.( V ) Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida,pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso.( V ) Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao tabernáculo.( V ) Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazerseus dízimos (Nm 18.3-32).

II - A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE7- Como eram as vestes sacerdotais, de que eram feitas e qual seu significado (Êx 28.4-28)?( V ) As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3).( V ) Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira.( V ) O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote.( V ) Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ‘‘o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unidonos ombros e ligados por uma faixa na cintura”.( V ) No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos.( V ) Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel.( V ) Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1 Co 15.3).( V ) Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel.( V ) Esta peça ficava sobre o coração de Arão — o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).

8- O que eram Urim e Tu mim (Êx 12.8.30), para que serviam?( V ) Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões.( V ) Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas.( V ) Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.

III - MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA9- O que significa serem chamados por Deus?( V ) Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor.( V ) O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for.( V ) Muitos querem viver da obra e não para ela.( V ) Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e estáprofanando a obra de Deus.

10- O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Quaisqualificações eram e são exigidas?( V ) Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1 Tm 3.7).( V ) O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos emCristo.( V ) É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1 Tm 6.11,12).( V ) O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7).

11- Que tipo de comprometidos com a Palavra os sacerdotes deveriam e devem ter?( V ) Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus.( V ) Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1 Tm 3.2).( V ) É preciso que seja alguém capacitado na Palavra.

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( V ) A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negóciosde Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.

CONCLUSÃO12- Complete:Os sacerdotes levavam os israelitas até a __presença__ de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para osacerdócio __perfeito__ de Cristo. Atualmente, todos os que crêem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foramfeitos, pela fé, reis e __sacerdotes__ do Deus Altíssimo (1 Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui naterra, e nessa posição, você tem levado outros até __Cristo__?

RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AJUDACPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos Pentecostal.VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE- http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htmBÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPADBíblia de estudo - Aplicação Pessoal.GARNER, Paulo. Quem é quem na Bíblia Sagrada. VIDACHAMPLIN, R.N. O Novo e o Antigo Testamento Interpretado versículo por Versículo. (CPAD)STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPADO NOVO DICIONÁRIO DA BÍBLIA – Edições Vida Nova – J. D. DouglasDicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, João Rea - CPAD.Dicionário Vine antigo e novo testamentos - CPAD.Teologia do Antigo Testamento - Walter C. Kaiser Jr. - Vida NovaJames, por Hendrickson Publishers - Edição Contemporânea, da Editora Vida, Traduzido pelo Rev. OswaldoRamos.ÊXDO Introdução e Comentário - Por R. Alan Cole, Ph. D. Menzies College, da Universidade Macquarie -Sociedade Religiosa Vida Nova - Associação Religiosa Editora Mundo CristãoC. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. A.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 236-237.Flávio Josefo. HISTÓRIA dos HEBREUS De Abraão à queda de Jerusalém. Editora CPAD.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida.Editora CPAD. pag. 7-8.DAVIDSON. F. Novo Comentário da Bíblia. Êxodo. pag. 2.Leo G. Cox. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 1. pag. 141.MERRILL. Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. Editora CPAD. pag. 50-52, 54-56.http://estudaalicaoebd.blogspot.com.br/http://www.gospelbook.netwww.ebdweb.com.brhttp://www.escoladominical.nethttp://www.portalebd.org.br/http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/cidadesderefugio.htm

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