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Gramática Sonse palavras 1 Capítulo 1Fonologia / Acentuação Gfica / Ortografia Conexões 1. Possibilidade de resposta: maquina (no lugar de máquina), virgula (no lugar de vírgula), passaros (no lugar de pássaros) etc.Há outras possibilidades como cocega (no lugar de cócega) e ridicula (no lugar de ridícula). 2. Resposta pessoal. O importante é notar que as palavras, caso fossem acentuadas de fato como proparoxítonas, prejudicariam a sonoridade da letra da música. “Máquina”, por exemplo, não rimaria com “faxina” caso fosse acentuada corretamente (“máquina”). Existem outras possibilidades de resposta, já que a letra também apresenta certo efeito de humor por causa da sonoridade inesperada das palavras. Além disso, é possível associar a ausência de acentos à inexperiência de quem escreve com a máquina de escrever, que é, afinal, quem participa da história de forma direta (“Vi essa maquina”). 3. Resposta possível: súbito, ótima, príncipe, próxima, álibis. Todas as palavras que fecham versos na letra são proparoxítonas. Um dos motivos para o uso de proparoxítonas no final de cada verso é a manutenção de um ritmo marcado, que colabora para a construção da melodia da música. É importante que se faça, também, uma relação com a música “Construção”, citada na teoria. Já é o segundo exemplo de letras de música cujos versos são fechados com proparoxítonas. Deve-se perceber quanto a sonoridade pode ajudar na construção dos efeitos de sentido de um texto. Exercícios complementares 6. Resposta possível: Açúcar: a-çú-car Disfarçado: dis-far-ça-do Corações: co-ra-ções Sininhos: si-ni-nhos 7. a Basta atentar para a ortografia das palavras. “Controversa” e “mais” existem no léxico, mas não se adaptam ao contexto. 8. O autor emprega a repetição de sons de vogais. Isso faz lembrar um movimento ondulante, leve e repetido mansamente, como aquele das ondas. Caso se queira citar o nome, há uma figura de linguagem caracterizada pela repetição de sons vocálicos, que é a assonância. 14. A palavra é “veículo”, que tem, no primeiro quadrinho, o sentido de “meio de transmissão” e é interpretada por Mafalda como “automóvel”, “meio de transporte”. Reconhecer polissemias em textos não é fácil. Uma observação que pode facilitar é buscar a origem do efeito de humor, que muitas vezes é causado exatamente por palavras ou expressões polissêmicas.

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Page 1: 1º gramática

Gramática

Sonse palavras1

Capítulo 1Fonologia / Acentuação Gráfica / Ortografia

Conexões

1. Possibilidade de resposta: maquina (no lugar de máquina), virgula (no lugar de vírgula), passaros (no lugar de pássaros) etc.Há outras possibilidades como cocega (no lugar de cócega) e ridicula (no lugar de ridícula).

2. Resposta pessoal. O importante é notar que as palavras, caso fossem acentuadas de fato como proparoxítonas, prejudicariam a sonoridade da letra da música. “Máquina”, por exemplo, não rimaria com “faxina” caso fosse acentuada corretamente (“máquina”). Existem outras possibilidades de resposta, já que a letra também apresenta certo efeito de humor por causa da sonoridade inesperada das palavras. Além disso, é possível associar a ausência de acentos à inexperiência de quem escreve com a máquina de escrever, que é, afinal, quem participa da história de forma direta (“Vi essa maquina”).

3. Resposta possível: súbito, ótima, príncipe, próxima, álibis. Todas as palavras que fecham versos na letra são proparoxítonas. Um dos motivos para o uso de proparoxítonas no final de cada verso é a manutenção de um ritmo marcado, que colabora para a construção da melodia da música. É importante que se faça, também, uma relação com a música “Construção”, citada na teoria. Já é o segundo exemplo de letras de música cujos versos são fechados com proparoxítonas. Deve-se perceber quanto a sonoridade pode ajudar na construção dos efeitos de sentido de um texto.

Exercícios complementares

6. Resposta possível: Açúcar: a-çú-car Disfarçado: dis-far-ça-do Corações: co-ra-ções Sininhos: si-ni-nhos 7. a Basta atentar para a ortografia das palavras.

“Controversa” e “mais” existem no léxico, mas não se adaptam ao contexto.

8. O autor emprega a repetição de sons de vogais. Isso faz lembrar um movimento ondulante, leve e repetido mansamente, como aquele das ondas. Caso se queira citar o nome, há uma figura de linguagem caracterizada pela repetição de sons vocálicos, que é a assonância.14. A palavra é “veículo”, que tem, no primeiro quadrinho, o sentido de “meio de transmissão” e é interpretada por Mafalda como “automóvel”, “meio de transporte”. Reconhecer polissemias em textos não é fácil. Uma observação que pode facilitar é buscar a origem do efeito de humor, que muitas vezes é causado exatamente por palavras ou expressões polissêmicas.

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15. a A forma como se usa a língua, em um texto, ajuda a determinarmos, como leitores, qual é a finalidade a que ele se destina.16. e O erro de a é que as palavras citadas não eram grafadas com trema. Em b, o problema é que as palavras não são proparoxítonas. Em c, umidade e ojeriza não se escrevem com “h” e, finalmente, em d as palavras são escritas com “s”.

Tarefa proposta

1. Dois bons exemplos são “cousa” e “vossemecê”. Há, também, variações em relação à organização da frase, mas o exercício é claro ao pedir “palavras”. “Cousa” passou a “coisa” e “vossemecê” passou a “você”. 2. a As características regionais citadas no texto de Rachel de Queiroz são todas relativas à forma de dizer as palavras. Assim, relacionam-se a seu som, ou seja, à fonologia. 3. d O ditongo está em “ém” (e˜i) e está nasalizado. 4. d Assim como se afirmou na teoria, o fonema é a menor unidade da língua provida de significação, que carrega a possibilidade de alterar sentidos. 5. d O texto apresenta uma visão da língua como algo hermético e impenetrável, o que vai de encontro aos modernos conceitos de que a língua pode absorver palavras e construções, modificando-se, com o tempo, de forma esperada e saudável. 6. b Há aliteração do fonema “r” e onomatopeia porque há a tentativa de se imitar o barulho das águas revoltas de um rio. 7. c Poderia haver confusão em relação à alternativa d, mas é preciso considerar a variação linguística como algo natural e enriquecedor para a língua, não como um problema a ser combatido.

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28. c O sufixo “-eza” escreve-se com “z”, bem como terminam em “z”

os substantivos derivados de adjetivos. 9. c Não se pode considerar um argumento coerente, uma vez

que não se trata da simples internacionalização do português brasileiro, mas, sim, de um processo que visa à homogeneização da língua.

10. Não. A língua varia de acordo com a região e com os falantes que a praticam. As variações, porém, não significam erros ou acertos por parte de uma ou outra população, mas, sim, modificações que fazem parte do desenvolvimento e da flexibilidade naturais de uma língua.

11. Não, porque em muitos casos o que ocorre são variações semânticas, não simplesmente ortográficas. Deve-se estar atento para o que é uma variação ortográfica e o que é uma diferença de sentido entre palavras de uma região a outra, de um dialeto a outro.

12. O recurso é a aliteração, a repetição do som consonantal “t” em “tenebrosas transações”. Isso ajuda a construir o efeito de obscuridade que reveste o contexto em que se inserem os versos. Há outras aliterações que poderiam ser citadas, mas essa, em “t”, é a mais marcante.

13. Soma = 15 (01 + 02 + 04 + 08) Em 16, deveria ser usado o conectivo de causa “porque”. 14. c O correto seria “porquê”. 15. b É importante notar que, como não se pode saber o sentido

da migração dos povos, o ideal seria, de fato, usar simplesmente “migração”, e não “emigração” ou “imigração”.

16. e A questão dos porquês é importante não só para resolver

questões de múltipla escolha, mas também para interpretar corretamente textos e escrever, de modo adequado, redações em provas de vestibular.

17. O efeito expressivo apoia-se na homonímia entre dois signos homófonos (ou quase) e heterógrafos: Accord (nome do modelo) e acorde (imperativo do verbo acordar), ambos pronunciados da mesma forma pela maioria dos consumidores brasileiros.Importante perceber que há outras causas de construção do efeito de sentido. No entanto, o comando da questão facilita ao demarcá-la ao território dos homônimos e parônimos.

18. Os parônimos tração e atração são o fundamento da chamada do anúncio. 19. d Poderia haver confusão em relação a e, porém não se trata de variação fonética, visto que as palavras são homônimas homófonas, isto é, têm o mesmo som. 20. c

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Na primeira ocorrência, a palavra “amargo” significa “sem açúcar”, “pouco doce”. Na segunda ocorrência, significa “árduo”, “difícil de suportar”. 21. Não. Na primeira ocorrência significa “foco”, “ponto principal”. Já na segunda ocorrência o sentido é de “espírito”, “razão de existência”. É preciso levar em consideração o fato de que uma das personagens é jovem e muito ligada à sua profissão; a outra é mais velha e “muito religiosa”. 22. e Em “pôr” ocorre acento diferencial e, em “recém”, o acento ocorre por se tratar de uma palavra oxítona terminada em “em”. 23. e O correto seria “auferir”.

24. a) O autor emprega o recurso dos parônimos, já que a forma verbal “erre” e a leitura da sigla (“i-erre”) têm sonoridade parecida. Essa aproximação de sons em palavras com significados diferentes ajuda a causar curiosidade no leitor em relação ao conteúdo do texto. É possível perceber efeitos subjacentes, como o fato de o título bem-humorado retirar parte da carga de seriedade e da ideia de complicações que pode trazer a necessidade de declarar o imposto de renda. b) Como a sigla “IR” coincide com a forma de infinitivo do verbo “ir”, o leitor, sem considerar o contexto, pode pensar que se trata de não errar as formas do verbo “ir”. Até porque as letras que compõem esse título são todas maiúsculas. A leitura da matéria, porém, esclarece a dúvida. É preciso notar que o título “Não erre no IR” só é exatamente assim para fazer o jogo de sons que facilita a criação de efeito do nome dado à matéria. Caso contrário, o mais lógico seria escrever, no lugar de “IR”, imposto de renda.

Capítulo 2 Estrutura e formação de palavras

Conexões

1. Alguns trechos que chamam a atenção são: “… classificação aparente classe média média.”, “… não necessariamente franceses e na verdade não importa naturais de onde” e “… rolava arcos fugindo da estrada reta que nosso herói, a esta altura a dificuldade já nos pungia aflição e fazia torcer por ele, que nosso patético herói procurava lhe impor”. Ao modificar a pontuação

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3esperada — eliminando

vírgulas e parênteses, por exemplo —, o autor traz um tom de oralidade para o texto, tornando-o mais próximo da nossa fala do que de textos escritos, propriamente. O texto ganha uma fluidez maior, o que leva a uma leitura mais despreocupada e, claro, surpreendente. Há outros exemplos possíveis. O mais importante é perceber quais são os efeitos da subversão de pontuação e sintaxe que o autor escolhe para seu texto.

2. Uma das respostas esperadas é que se perceba como é tratado qualquer fato relacionado a pessoas famosas e poderosas, como é o caso de uma princesa (pela data da publicação do livro, pode-se pensar que se trate da morte da princesa Diana). Em casos como o da morte de um membro de família real, até mesmo a grande tragédia da morte é tratada sob a luz dos holofotes, com certo glamour.

3. A palavra é um neologismo, resultado da união do pronome possessivo “nossos” à palavra “cosmos”. Quando se percebe que há outras palavras que também são formadas com “cosmos”, como Microcosmos (que é o título do filme a que foram assistir no cinema), entendemos o porquê de o autor nomear as personagens como “humano um” e “humano dois” ou como “representantes da espécie”. Na verdade, ele transfere o conteúdo do filme (que fala sobre a vida de pequenos seres,

como insetos) para o mundo dos humanos. Por isso a linguagem é tão voltada para o campo da ciência, da zoologia. Basta que se perceba que o que ocorreu foi a junção de “nossos” a “cosmos” e que “nosso” se refere aos seres humanos, cujo “cosmos” é descrito no conto (o ônibus apinhado, o costume de ir ao cinema, a forma de se relacionar). O que o autor faz é trazer para o mundo dos humanos a temática trabalhada no filme.

4. Em “conversou o outro”, o verbo é empregado de uma forma diferente da mais comum, que é aquela em que se usa a preposição “com”. Isso dá uma ideia de aproximação entre as duas personagens que conversam. O verbo “conversar” pode ser usado com ou sem preposição. Quando usado sem preposição, como no texto, tem os sentidos de “paquerar” ou de “seduzir pela palavra”, que são ideias cabíveis em seu contexto. Há, também, as formas mais comuns: conversar com, conversar sobre etc. Não é necessário conhecer os diferentes empregos do verbo, mas simplesmente perceber que ele está sendo usado no texto de uma forma diferenciada e que isso causa surpresa.As sensações que isso provoca na leitura dependerão do leitor.

Exercícios complementares

6. d Mais uma vez, pensar em

palavras semelhantes ajuda a resolver a questão. Nesse caso, “aristocracia”, “laringite”, “hidrofobia” etc. 7. e

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Basta perceber que “imprudente” significa “não prudente”, “ineficaz, “não eficaz”, e “imaculado” significa “não maculado” ou “não manchado”. 8. b Todos os prefixos têm o sentido de negação. 14. A palavra “novas”, que usualmente é um adjetivo, está empregada no texto como substantivo. (= notícia, novidade) Basta notar que ela poderia aparecer precedida do artigo definido “as”.15. d A flexão no diminutivo, nesse caso, é pejorativa e serve para qualificar negativamente o emprego.16. c O problema em “1” é que o valor do prefixo não é o de inclusão.

Tarefa proposta

1. Alguns exemplos são “britânicos” e “biológicas”. A primeira possui desinência de masculino (“o”), enquanto a segunda possui desinência de feminino (“a”). É preciso notar que nem toda palavra que possua “o” e “a” terá desinência de gênero. Para haver, é necessário que exista o gênero oposto. No caso, há “britânicas” e “biológicos”. 2. Alguns exemplos são “cientistas” e “ovelhas”. Ambas estão no plural, o que é marcado pelo “s” final. É preciso notar que nem toda palavra terminada em “s” terá desinência de número. Para haver, é necessário que exista o número singular. No caso, há “cientista” e “ovelha”. 3. Seria, provavelmente, DAAAR. É importante

lembrar que, enquanto a sigla pode ser “lida como palavra independente”, o mesmo não acontece com a abreviatura. 4. A palavra vem da mistura de “agro” (relativo ao campo) e “pecuária” (relativo à criação de gado). 5. e Em todas as alternativas, com exceção de e, o prefixo tem o sentido de negação. 6. Para poeira: pó, empoeirar, empoeirado, poeirento; para passageiro: passagem, passante, passado, passar. Palavras cognatas são aquelas que derivam do mesmo radical. Por isso as palavras dadas são chamadas de cognatos. Existem muitas outras possibilidades de resposta. 7. e “Vidente” deriva de “ver” e não de “vida”, como as demais palavras. 8. b O radical de “alumiar” é “lume”. 9. e Em “dever” não há prefixo.

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10. b A questão é quase um jogo de lógica. Se o nome do

filho é o nome do pai sem “-hú”, o nome do pai será o nome do filho acrescido de “-hú”.

11. a) Os adjetivos, que ajudam a formar a imagem de uma criatura frágil e delicada, mostram também proximidade e carinho em relação a ela, que é descrita com muito cuidado e delicadeza. Conhecer o contexto em que se insere o trecho ajuda a resolver a questão, mas não é imprescindível.

b) “Andorinha” é formada pelo radical “andorinh” + vogal temática “a” e desinência modo-temporal “va”. É importante reconhecer a criação de neologismos como marca registrada de Guimarães Rosa. “Andorinhava” é um neologismo verbal.

12. É importante deixar claro, na resposta, que “neologismo” se refere à criação de palavras que são novas para o léxico do idioma e que tenham sido usadas uma primeira vez antes de serem dicionarizadas.

13. O título refere-se ao neologismo “teadorar”. O neologismo vem da junção da expressão “te adorar”, formando uma paronímia: Teadoro e Teodora.

14. Sim. A questão considera o emprego da palavra tendo em vista o conteúdo do poema. Neste, Bandeira retrata os estrangeirismos como uma invasão, um “exagero” a que o povo está sujeito, “já está entregue”.

15. Não. Em “telepizza” ocorre, simplesmente, a anexação de um prefixo a uma palavra já dicionarizada em língua portuguesa, que é pizza. O que o autor critica é o uso indiscriminado de estrangeirismos, não os usos pontuais e sem exageros.

16. e Em “aguardente” há alteração fônica, por isso se diz

que é aglutinação, não justaposição, como ocorre em “pontapé”. Em “casamento” e “portuário” ocorre a adesão de sufixos que formam, respectivamente, substantivo e adjetivo. Em “os contras”, a presença do artigo denuncia a derivação imprópria. Em “submarino”, a presença do prefixo “sub” simultaneamente acrescido do sufixo “ino” é bastante clara, bem como é clara a colocação do prefixo em “hipótese”.

17. e Trata-se da única palavra que não se forma por

onomatopeia.18. Conforme a leitora, palavras formadas com o

sufixo “-eiro” têm valores pouco nobres, identificando pessoas e profissões sem nível ou status social. A leitora vê, portanto, uma conotação pejorativa relacionada ao sufixo, como

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muitas vezes acontece com aumentativos e diminutivos.19. Segundo o ponto de vista da leitora, “banqueiro”, embora possua dinheiro e status social, também teria valor pouco nobre, porque é alguém que fica com a parte principal dos lucros dos negócios, alguém inescrupuloso; bancário, sem sufixo “-eiro”, é visto como honesto, que é explorado e fica com a parte menor dos lucros. É preciso, também, contextualizar as palavras, reconhecendo-as em seu uso cotidiano. A atividade de bancário, por exemplo, é reconhecida pela maioria das pessoas.20. Um dos aspectos que podem ser citados é o uso de diminutivos, que ajuda a caracterizar a linguagem infantil, criando um universo típico das crianças. Há outros recursos que podem ser citados, como o uso de linguagem simples e constituída de um universo vocabular não muito amplo.21. e Ambas as palavras são formadas por sufixação, com sufixos formadores de substantivos.22. O sufixo ajuda a formar a imagem de uma personagem com extrema fragilidade física. A percepção da semântica presente nos prefixos e sufixos tem sido cada vez mais explorada nas provas. Por isso, é muito importante que se treine o olhar para essas ocorrências linguísticas.

23. a) Frase 1: longes (é um vocábulo comumente usado no singular, como um advérbio); frase 2: sozinhos (é normalmente adjetivo, usado no singular, quando o sujeito a que se refere está no singular); frase 3: verde, segunda ocorrência (é normalmente adjetivo). O que ocorreu, nesses casos, foi derivação imprópria. b) Frase 1: longes (é substantivo); frase 2: sozinhos (é substantivo); frase 3: verde, segunda ocorrência (é substantivo). É interessante perceber como a mudança de classes gramaticais torna o texto mais lírico.24. a) O recurso é a onomatopeia. No caso, a palavra “vrummm” tenta reproduzir o som de um carro em aceleração. b) A palavra “vrummm”, no contexto do anúncio, é capaz de concentrar muitas qualidades do carro em apenas um vocábulo. Muitos dos adjetivos que aparecem com letras mais claras, no fundo do anúncio, são qualidades que se unem na onomatopeia empregada no anúncio em questão. A surpresa — quase estranhamento inicial —, causada pela leitura de um vocábulo tão diferente e exótico, pode chamar a atenção do leitor para o carro, fazendo-o parar por um instante para observar o restante do anúncio, o que é, exatamente, o objetivo do emissor do anúncio publicitário. Há, também, a relação direta

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da palavra “vrummm” com as noções de rapidez e potência, tão desejadas pelo comprador de um automóvel.

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