1—rc terça-feira, 22 de setembro de...

14
Terça-feira, 22 de Setembro de 1992 H Série NUmero 1—RC OIAIRIO da Assemblela da Repüblica VI LEGISLATLJRA 1 A SESSAO LEGISLATIVA (1991-1992) III REVISAO CONSTITUCIONAL COMISSAO EVENTUAL PARA A REVISAO CONSTITUCIONAL ACTA N. 2 1 Reunião do dia 21 de Setembro de 1992 SUMARIO A reuniao ICVL’ j,ucjo cs 16 horas. ProcL’deu—se a eleiçao ki i,c’ycl, ce,i,i a coinpoviçac) /)loj)oxia, que foi ejeita por u,Ianh,nic/ac/c’, registando—.ve a ausência c/c Os Verdes. Fiji cljscuticle, e aprovaclo a ,c’giinenio cia C’o,ni.csao, undo side, adoptado como teXtO base o rc’gnnento cia Co,,,isscio quc vigo,ou para a 2. revisão constitucional (todos as artigos Jo ccliii aprovaclos par uncinicuidacle, a exccpçao do n. 2 do or— tigo 5. -.—foi aprovaclo coin i’otos a floor do I’SD, c/a IS’ e cia CDS e a abxtencao cia PCP —e do epIgrafr e ii.” 1 cIa cliligo 10. —forum ciprovaclo.c corn l’otos a favor i/O PSD e, volos contra do PS, i/o PCI’ e do CDS —, tenclo—se rc’çistcu/o a cm— cência cle Os Verdi’s e do PSN). lisa ran, cia palcn’rci, ci cilveiso tltulo, além (10 Sr. Pre.vicknte (Rui Mcichc’te), ox Si:,. Deputacios Joc7o Ama rat (PCP), A1,neickm ,cc,,,tos (PS), Costa Andracic’ (PSD), Norcina Coi.v,coró (CDS), .loxé Lwnc’go e Jose Mogaihacs (PS), Gujiherme Silva, L,,is Pins c/c Sousa e Rui Goinex Si/va (PSD), lose Vera .Jardirn (I’S) e Manuel castro Alrnc’icia (PSD). 0 Sr. Presicieuite cnic’rro?i ci rc’umao era,,? 17 horns e 15 nunutos. Nota. Nest’ ,n,iieio pub/wa—sc’, em anexo, a regililenta ki Coin js.vOe,. Coiii Illi?,iL’Iilç(iO urn in!, ci jialiw ciestci c/ala, .cerd j)ublwcuh,i ,,,,,a c’c/içjio exciusiva c/cm 2.” ,vC,ie parc? a 3.” revisc7o moiislilimc-io,icif (RC).

Upload: others

Post on 27-Oct-2019

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

Terça-feira, 22 de Setembro de 1992 H Série — NUmero 1—RC —

OIAIRIO

da Assemblela da RepüblicaVI LEGISLATLJRA 1A SESSAO LEGISLATIVA (1991-1992)

III REVISAO CONSTITUCIONALCOMISSAO EVENTUAL PARA A REVISAO CONSTITUCIONAL

ACTA N.2 1

Reunião do dia 21 de Setembro de 1992

SUMARIO

A reuniao ICVL’ j,ucjo cs 16 horas.ProcL’deu—se a eleiçao ki i,c’ycl, ce,i,i a coinpoviçac) /)loj)oxia,

que foi ejeita por u,Ianh,nic/ac/c’, registando—.ve a ausência c/c OsVerdes.

Fiji cljscuticle, e aprovaclo a ,c’giinenio cia C’o,ni.csao, undo side,adoptado como teXtO base o rc’gnnento cia Co,,,isscio quc vigo,oupara a 2. revisão constitucional (todos as artigos Jo ccliiiaprovaclos par uncinicuidacle, a exccpçao do n. 2 do or—tigo 5. -.—foi aprovaclo coin i’otos a floor do I’SD, c/a IS’ ecia CDS e a abxtencao cia PCP — e do epIgrafr e ii.” 1 cIa cliligo10. —forum ciprovaclo.c corn l’otos a favor i/O PSD e, voloscontra do PS, i/o PCI’ e do CDS —, tenclo—se rc’çistcu/o a cm—cência cle Os Verdi’s e do PSN).

lisa ran, cia palcn’rci, ci cilveiso tltulo, além (10 Sr. Pre.vicknte(Rui Mcichc’te), ox Si:,. Deputacios Joc7o Ama rat (PCP), A1,neickm,cc,,,tos (PS), Costa Andracic’ (PSD), Norcina Coi.v,coró (CDS),.loxé Lwnc’go e Jose Mogaihacs (PS), Gujiherme Silva, L,,is Pinsc/c Sousa e Rui Goinex Si/va (PSD), lose Vera .Jardirn (I’S) eManuel castro Alrnc’icia (PSD).

0 Sr. Presicieuite cnic’rro?i ci rc’umao era,,? 17 horns e 15nunutos.

Nota. — Nest’ ,n,iieio pub/wa—sc’, em anexo, a regililenta kiCoinjs.vOe,.

Coiii Illi?,iL’Iilç(iO urn in!, ci jialiw ciestci c/ala, .cerd j)ublwcuh,i,,,,,a c’c/içjio exciusiva c/cm 2.” ,vC,ie parc? a 3.” revisc7omoiislilimc-io,icif (RC).

Page 2: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

2 H SERIE — NUMERO 1-RC

o Sr. Presidente (Rui Machete): — Srs. Deputados,:emos qOrm, pelo que declaro aberta a reirniAn.

Eiiim 16 horas.

Corneco por vos dar as boas-vindas iieste inicio dos irabaThos da Cornissio e dizer-vos, a guisa de explicacão prévia, que esta priineira reunilio tin agendada para hoje justamente por ser o dia subsequente ao do referendo em Francasebre Maastricht e, portanto, per já estarmos na posse dosconiecimentos necessaries pam podermos avaliar, tambémdo ponto de vista politico, da matéria relativa a revisãoconstitucional.

Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vosa seguinte ordem de trabaihos: em primeiro lugar,proceder-se-ia a discussão e aprovacãO do regirnento peloqual a Cornissão se deve reger e, a seguir, proceder-se-iaa respectiva eleiçao da mesa. Sc ainda for oportuno etivermos tempo, trocareinos alguinas impressoes eminatéria inctodolOgica, mas tie qualquer fonna a questiosO dcverá ser resolvida na reuuiã() seguinte, tal come foisolicitado per alguns Srs. Deputados.

Tambérn poderemos irocar iinpressöes sohn 0 nhiflo dosflOSSOS trabalhos. Portanto, proper—yes—ia come pontos fi—xos da agenda a discusslie e aprovacão do regunento e,come segundo porno, a eleicão da mesa.

Algum dos Srs. Deputados tern uma proposta diferente?

o Sr. Almeida Santos (PS): — Pela nossa parte estáhem assirn.

o Sr. Presidente: — Temn a palavra o Sr. DcputadoJoão Ainaral.

O Sr. joo Amaral (PCP): — Sr. Presidente, não estavaagendada para esta reuniito a discussão e aprovacão doregunento, mas consideramos que isso facilitaria ostrahaihos.

Por outro lade, tunhém ntio hi mconvcnicnLe em quese cornece pela eleiçã() da mesa desde que se accihe já umanorma, constante do regirnento da Comnissilo Eventual paraa II Revisio Constitucional, corn a qual estou de acordo,que é a tie a mesa ser constitulda per urn presiddnhe, porurn vice-presidente e por dois secrctários. Ma.s do nossoponto de vista nflo ha qualquer inconveniente em que seproceda prirneiro e1eiçto da mesa.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Parece-me quc se resolvia isso muito simnplesrnente comneçando por discutir e Vt)-

tar o artigo 3.° do regirnento da Comissilo Eventual paraa II Revisão Constitucional — <<Mesa>>.

O Sr. Presidente: — Entilo, vamos talvez seguir estasot uçtio cornpromissOria nesta mnatéria coinpiexa, entre aspa.s. 0 artigo do regiinento relativo t mesa, e que poria hvossa consideraçtio, teña esta redacçio (que, aliits, é a cons-tame do regimento da Comnissão Eventual para a II Re—visjo Co:is:itucional, coin a epigrate <<Mesa>>):

A mesa é composta per urn presidente, uin vice•.presidente C dois secretaries, elei(os pelo plenario daCo’nssão de enire OS seus memnbros.

ha ahgumna ohecçio per parte de algum Sr. Depulado?

Scathe assi:n, vamos proceder a VOti1L() do artigoaLiv() a mesa, que será 0 artigo 3.°

Submetido i voraç 0, foi aprOvOdI) poi- unonunidade,regi.stando-se a ausência de Os Verdes.

E o seguinte:

Artigo 3°

Mca

A mesa é coinposta por urn presidemite, urn vice-presidente e dois secretários, eleitos pelo plenario daCornissao tie entre os seus mernbros.

Srs. Deputados, temos o artigo aprovado e agora faltafazer a proposta da composição da mesa.

Quern é que tiz a proposta? Depende urn pouco decome os parhidos se arhiculararn.

Temn a palavra o Sr. Deputado Almeida Santos.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Parece-me que e queseria lOgico era que o malor partido indicasse o presidente,o segundo partido indicasse 0 vice-presidente e o terceiroe quarto parhidos indicassemn cada urn o seu secretário.

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoCosta Andrade.

o Sr. Costa Andrade (PSD): — Sr. Presidente, conCord() coin esla sugeslAo do Sr. Depuhado Aimneida Santos.Entendemnos, apesar de tudo, que dar urn secretário aoquarto partido era dar-ilie o (mice deputado. Alias, já foiassiin na Oltirna revisio. Umn SecretáriO devia ser do PSDe o outro do PCP, ate para despartidarizarmnos umn poucoa figura do presidente.

O Sr. Almeida Santos (PS): — 0 problema não é o queeu penso disso, d 0 que pensain e CDS e o PCP.

O Sr. Presidente.—Tem a palavra o Sr. DeputadoNarana CoissorO.

O Sr. Narana CoissorO (CDS): — Sr. Presidente, emprilneiro lugar, nan sei se o lugar tie secretario C <<fungIvel>>isW C se pode ser suhshituido mia ausência do titular!E come a representaçtio do CDS será feita rotativaniente,pois pam determninados artigos virá o Dr. Nogueira tie Britoe para outros o Prof. Adriano Moreira, nile estarnos interessatins em hizer pane da mesa. Propunha, pois, que, emvez de dois secretilrios, houvesse apenas urn, se quisessem,ate pela mnatCria e duraçao reduzida desta revisäo.

O Sr. Costa Andrade (PSD): — Acahárnos tie aprovar

C) Sr. Narana CoissorO (CDS): — Pois, mnas estou a fazer umna proposta no sentido tie que, em vez tie dois,houvesse urn secretario. Sc herein deis, prescindimnos doflOSSO lugar; poderá ser tie (is Verdes ou outro partido.

O Sr. Presidente. — Tern a palavra o Sr. Deputado Joil()Arnaral.

O Sr. joã() Amaral (PCP): — Sr. Presidente, concordainos comn a propesta tie que o presidente seja do PSD eque seja o Sr. Deputade Rui Machete e concordamos queo vice-presidemue seja tie Partido Socialista. Qtmante aossecretaries, que C 0 que está em questao, proporno-nos

j.

dois secretarios.

Page 3: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBRO DE 1992 3

urn nome. Relativarnenie ao 2.” secretário, tieacortl() corn 0 efltefldulfleflt() que tein havitlo, ele seriatarnbdm do PSD. Esta parece-me ser a soluç1o maisaceitável para uina COiflissilo especial num sisteina tiedisthbuiçao que uão corresponde a nenhuina rotação.

0 Sr. Presidente: — Bern, ternos aqui duas altemaivas:uma, a de seguir o esquerna por que se optou na tilthnarevisão constitucional, ern que o presidente era do PSD, ovice-presidente do PS, o 1.0 secretário do PCP e o2.° secretgrio indicado tainbéin pelo PSD; a outra,seguindo uma sugestAo que foi feita, o 2.° secret1rio seriaindicado por outro partido.

Coino suponho não haver objecçOes, podemos seguir aprimeira alternativa. Senclo assirn, pedia-vos a l.avor tieindicarem os membros que faräo pane da cornposiçiio damesa.

Pausa.

Nan havendo oposição, podereinos eleger a mesa emlista conjunta, porque talvez seja mais simples.

Portanto, eu sou proposto para presidente por pane doPSD; para vice-presidente é proposto, por parte do PS, oSr. Deputado Almehia Santos; para 1 .“ secretilrio é propasta, por pane do PCP, o Sr. Deputado Joan Amnaral, epara 2.° secretário, novainente por parte do PSD, aSr. Deputado Lufs Nobre.

Srs. Deputados, vamos, pots, proceder a eleiçao damesa, corn a cornposiçao que acabei tie referir.

Submetida a votaçao, foi eleita par unanimidade,registando-se a auséncia de Os Verdev.

Srs. Deputados, vamos passar ao segundo ponto da ordem tie trabaihos, que diz respeito ao regimnento, do qualjá aprovámos a artigo 3.°

A proposta que VOS faço é a tie adoptarmos corno textobase do nosso regirnento o da anterior Cornissãa eventualque funcionou pam a 2•M revisão constitucional, já oportunamente distribuldo.

Pausa.

Não havendo objecçoes, vamos então proceder comaacabei de propor.

0 artigo 1.0, evidenternente, tern tie se en tender cornas alteraçoes resultantes da prOpria coinposiçao dacomissflo actual. San 25 Deputados, coin a seguintedistribuiçao: 13 Deputados do PSD; 7 Deputatlos do PS;2 Deputados do PCP; 1 Deputado do CDS; I Deputadotie Os Verdes, e 1 Deputado do PSN.

Ha algurna objecçao?

Pausa.

Não havendo objecçoes, a artigo 1.0, coin a epIgrafec<Cornposicflo>, ficará corn a seguinte redacçao:

1 — A Cornissão Eventual para a RevisaoConstitucional é comnposta por 25 Deputados, coin aseguinte distribuiçao

13 Deputados do PSD;7 Deputados do PS;2 Deputados do PCP;1 Deputado do CDS;1 Deputado do PEV;1 Deputado do PSN.

2 —- Podem ser indicados suplentes a toot) a ternn()e, na sua lalta ou impedimenta, Os nie:nbros ciaComissäo podern fazer—se suhsituir ocasionairnentepor outros Deputados do mesmo grupo pariamntar.

3 — 0 grupo parlamentar a que a Depitado pertença pode proinover a sun suhstituiç1o a todo atempo.

Srs Deputados, vamos votar a arltgo 1.0, corn a

redacçao que acabou de ser formulada.

Submeuido a votaçao, ft.’i aprovado par unaniinidcde,registanclo-se a ausência de Os Vercies e do PSN.

Srs. Deputados, varnos passar t discussão do iuigo 2.°relativo a cornpetência.

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Desta vez vai fazer-sea sistematizaçao? Talvez a ailnea a) nao ten!m grandesemitido.

O Sr. Presidente: — Dc qualquer modo, vanaos fazero trahatho tie comnparaçao, porque ë titil, mas taivez flat)

vaiha a penn dar-ihe dignidade regimental.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Parece-mne que iiao!

0 Sr. Presidente: — Poderlamnos, puma e simplesmnente,coincçar pela aimnea b). Suprimnirlamos a aimnea a), seestivessemn tie acordo, e manterItunos todas as outras,substituindo <reaccao> pot <redacçao>, por se Iralar deurna evidente gratha.

o Sr Joan Amaral (PCP): — Sr. Presidente, peço a pamyra.

O Sr. Presidente: — Tein a palavra, Sr. Deputado.

0 Sr. joão Amaral (PCP): — Sr. Presidente, pretendoapenas chiunar a atençao pare urn aspecto. A ailnea a) doartigo 2.° tinha pot objecto essa sistematização, mnas depoisreferia a seguinte: <<das proposlas de altemacao a Constituiçao,constanles dos projectos tie revisito apresentados, coin vistait sun discussuio e votaçao no Plenário.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Isso está na alinea h)!

0 Sr. Joan Amaral (PCP): — Não, não está! 0 que estámm alInea h) é coisa diferente: <Apreciar as propostas tiealteraçao it ConstituiçAo e sugerir ito Plenário a aprovaçãode qualquer delas nu de textos de suhstituiçao.>> Diria quea alinea b), lida tie urna certa formna, poderia correspondera urn umverso mais pequeno quc o tin alInea a).

Nan vejo, pois, qualquer vantagem em retirar a allnea a), porque a alInea a) é a que é, mas numa revlsa()mais pequena tern urn contetdo mais pequeno, tal COITIO

acontece corn a aimnea b). Näo vejo qual e 0 inconvenienteem mnantê-la, tanto mnais mais que deixa clara que todasas propostas estao suhmnetidas a votaciio e discussão noPlen(,rio.

O Sr. Presidente: — Os Srs. Deputados estao dispostosa aceder a esta sugestao do PCP?

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, fica cumna coisa que não taremnos. Poderia, taivez, redczir-sc aalmnea b) em termnos de abranger a pane final tin

Page 4: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

4 II SERIE — NUMER() I-lW

nea a), hcando corn a seguinte redacçao: [. ..} e sugerirat) P1enrio, corn vista a sua discussio e votacio, a aprovaçio de quaisquer delas ou de textos de suhstituicio>>.

E que parecc que estanlos aqUi a atrihuir-nos urnacornpetëncia que depois nan varnos cumprir.

o Sr. Presidente: — Srs. Deputados, surgirao certaInente casos em que haverä v1rias proIXstas para o inesinoartigo, o que ohrigar a alguin tipo de sistematização, cmhora minimo, mas n1o tein a amplitude e a coinpiexidadeda outra.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, se é assim tan fáciL, per que é que nan se taz a sistelnatizaçäo!

o Sr. João Amaral (PCP): — Sr. Presidente, creio queo Iäcto de ser siinples nan impede que se faça. 0 textoem apreco foi pelo menos muito discutido na ültiinarevisão constitucional e parece-ine ser inais clam, evitandoalgurnas discussöes.

o Sr. Presidente: — Srs. Deputados, convdin, para efcitos de gravaçao, que flat) talein tod()s an IflCSIfl() tempt),porque, se assiin nio for, nao se saberi depois quein disseo quë!

Tein a palavra 0 Sr. Deputado Alineida Suitos.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, pam naoabihuinnos uma cornpetência que nan cumpnrernos, ViUflOSfizer corn que conste do regitnento C ViflOS cuinpri-la.E urn trahatho simples e, nan obstante, lacilita—nos a (arciade raciocinar se tiverinos os textos latin a halo sohre ainesina matéria.

Portanto, varnos deixar ficar a ailnea a).

o Sr. Presidente: — Srs. Deputados, entao, Iflailleifloso texto integralmente do artig() 2.° , 1izendo apenas a referida correcção grálica da palavra <redaccao>>, na ailnea d).

Srs. Deputados, varnos votar o artigo 2.°

Subinetido a votacUo, foi aprovado por unani,nidade,regisrando-se a ausencia de Os Verdes e do PSN.

E o seguinre:

Artign 2.°

Cornpct!nda

Compete a Cornissão Eventual para a RevisaoConstitucional:

a) Proceder a sisteinatizaçao das propostas dealteraçao Constituicao constantes dosprojectos de revisän apresentados, corn vistat sun discussflo e volacãn no Plentirio;

h) Apreciar as propostas de al(cracao a Constituican e sugerir an Plenárin a aprovaçñode qualquer delas ou de textos de substituicäo;

c) Apreciar a correspondência dirigida aAssernhleia da Repihlica respeitante arevisão constllucioual;

d) Proceder a redacçan final das alteraçoes a

Constituiçiio aprovadas pelo Plenário daAssemnhleia;

e) Reunir nurn nic() decreto tie revisão asalteraçöes aprovadas e mseri-la.s nos lugares

próprios dii Constituiçao, mediante assuhstituiçöes, as supressöes e os adiinentosneccssiirios.

Srs. Deputados, varnos passar a votacao do artigo 40

rehauivo a <Convocaçao das reuniöes.

Subinetido a Votaçfio, foi aprovado por unanin1idade,registando-se a ausência de Os Verdes e do PSN.

E o seguinte:

Artigo 40

Convocaçiio dac reunics

I — As reuniOes serao mnarcadas pela prOpriaComissan OU peLo seu presidente, ouvidos os restantesmeinhros da mesa.

2 — A convocaçao pelt) presidente deve ser 1iLaatnavés dos servicns competentes dii Assemnhleua coina antecedincia minima de vinte e quatro hnra.s.

Srs. Deputadns, vainos passar a discussao do artigo 5.°reti.renIc a ordern de trahalhos.

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, no n.° Ido aruigo 5.° talvez fnsse melhnr substituir a palavma<mnarcada>> per <<lixada>, sernelhanca do texto do n.° 2.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, ha algurna objecçäo a esta propnsta?

() Sr. Joiio Arnaral (PCP): — Sr. Presidente, penso quco 2 do artigo 5.” poderia ser suprirnido. E nina esquisilissima entorse a umn principio bisico do [oncioniunentodemnocrático dims assemnhleias.

0 Sr. Almneida Santos (PS): — Nan é, não! E nina nileraçao dii ordern de trahaihos.

o Sr. .Joo Arnaral (PCP): — Entao, vaiflos ver 0 queé quc ciuer dizer, porque, se significa que a ordern dospontos da agenda pode ser alterada, é mneihor dizê—loexpress:unente.

o Sr. Presidente: — Srs. Depuuados, gostava tie prestarumn esclarecimnento. Penso que é dispensável porquecorresponde a nm princIpio genal. No entuflo, se houverconsenso por parte tie todos os mnembros da Comissão, aordem de trahaihos poderá ser alterada.

o pmohiemna é que, uina vez fixada a ordern tie tnahaihos,nm mnemnhmo dii Comnissão 1cm o tlireito potestativo deevitar a sun al(enaçao e, ifiCSIfl() (4UC isso cá nan estivesseexpresso, senua nssirn que SC procedenua. Se todos estiverein tie acordo, fl() ha nazilo algumna pam nan altenar.

o Sr. joio Amaral (PCP): — Sr. Presidente, isto nanc Ian irrelevante corno

o quc estil aqui é suficientemnente unhIguo pan pemnutirintroduzir pontos na ordemn de tnahaihos que dclii nanconshain desde que os memnhros presentes tin Comnissan nanSc opnnhain.

Se o que se pretende é aquulo que resulta dos principiosgenus, que a nrdemn pode ser alterada desde que nao bajaoposicao tie todos e tie cada umn dos mnemnbros dii Comnissan,enmao, continun a dizer que a norma é inütil, (Ri sea, qienan deve ligunar aqui.

-z

Page 5: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBRO DE 1992 S

C) Sr. José Lamego (PS): — A norma nan é redundanle,porque, se näo estivesse aqui, a alleraçao poderia serdecidida por mnajoria, enquanto aqui se exigc a una—nunidade. Trata-se de umna norma de tixação da ordern detrahaihos e a exigência da unanirnidade é umna cauLela afavor das mninoria.s.

C) Sr. Joan Amaral (PCP): — Srs. Deputados, mnas temos de verificar se esta é uma norma de limnite ou depermissividade, porciue essa é a questao que coloquei. Istoé, ao levantar o problerna, preten(Jo saber se a norma é

aquilo que parece on o que não parece.Portanto, a qucsiao que se coloca aqui no SCflLid() de

saber se a norma se destina a inviahilizar a possihilidadede uma maioria alterar a ordemn, porque, entao, está malredigida.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Nan está!

o Sr. João Amaral (PCP): — Está mal redigida porquenan se garante a possibilidade de expressão de bUns osmeinhros.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Deputado, nib estIL,porque diz o seguinte: <[...] desde que nab haja oposiçãode qualquer mnemnbro>>.

o Sr. Joao Amaral (PCP): — Enião, se urn memnhroestá ausenbe, como é quo exprirne a sun vontade? E essaa questAo.

Srs. Deputados, essa norma nib existe no Regirnentoda Assemnbleia, inclusive, podemnos consultA-lo pam VCflflO5se contémn algurna norma paralela, porque, se for esse ocaso, poderfamnos introduzi-la.

o Sr. Pre.sidente: — Srs. Deputados, indepcndcnbernenteda qnestao da retlaccao, yOU Sistcmna(izar o prohiemnacolocado pelo Sr. Deputado Joan Amaral. Suponho quo dcnan levantará qualquer ohjecçiin se a norma br inlerpretadada Unica formna que penso ser correcta, no sentido do quetodos Os membros da Cornissão, presentes nu nib, mdcpendentemente do quOrum existente, podem opor-se a quea ordem de trabaihos seja alterada.

Claro que ha aqui uin prohierna prático, porque, muitasvezes, Os ausentes nan têmn voz, o quo inviahiliza a suautilidade prática. Näo se pode consul(ar o ausente que,porventura, esiá em Franca...

o Sr. Narana CnissorO (CDS): — Sr. Presidente, peço

a palavra.

O Sr. Presidente: — Temn a palavra, Sr. Deputado.

o Sr. Narana Coi.s.soró (CDS): — 0 Sr. Presidentedisse <presentes ou não>, mas, nan estando presente, comnoé que nm Deputado pode exercer o seu direito do voto?

o Sr. Presidente: — Srs. Deputados, o prohiemna Ucomplicado, porque, sendo apenas os presenbes a mnanifestarem a sua oposicao, isso permnite, efectivamnente, que a gar:uflia assente exciusiwunenbe no quOrum.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Nada impede que esseDeputado envie uma carta no Sr. Presidente, dizendo quenão estani presente e que nan concorda comu a alteraçao

•. dos trahaihos.

O Sr. joibo Amaral (PCP): — Sr. Presidente, devo dizerque, em relaçao an Regunento aplicável an Pleiiário, aiaoha qualquer previsibo deste tipo e o artigo 57.” apenas dizque a sequibncia da ordem de traha]hos pode ser allerada.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Omide é quo isso está?

O Sr. Joan Amaral (PCP): — 0 artigo 57.” doRegimnento da Assemhleia da RepOhiica, tendo comno epfgrate <<Garantia de estahilidade da ordein do diax., diz 0

segumnte:

1 — A ordein do dia nan pode ser preterida nerninberromnpida, a nan ser nos casos expressainente previstos no Regiinenbo cm pnr doiiheraçao da Assemhleia, scm votos contra.

2 — A sequência das matUrias fixada.s pam cadareunião pode ser mnodilicada por deliheracao daAssemnhleia.

Nan ha qualquer hipOtese de introduzir urn pniito tin or

Oem de trahaihos pnrque isso viola urn prmncIpio básico.E porquC? E quo so eu receher tuna convocatOria pam ninareuniäo cuja ordemn de brahaihos consagra o trabarnellt() doduas mnatUrias — neste caso concreto cram a eleiçao damesa e o calendário — e so depois so pretender votar oregimnento, isso hoje sO é possfvel pnrque estamos aquilodos e aceitamnns, porque de nutro inodo no era possivel. Sc faltasse urn Deputado, nan o podlamnos fazer.

Ora, U este princfpio quo me parece estar mal garantidonesta bormulaçan, emnhora ela já existisse no regirnenboanterior. Limnibei-me a assinalar este facto, porque mneparece que esla norma no teve urna redaccao totairnente

feliz em rclaçao an que se procurava dizer e sO espero quocia não possa ser inberprctada no sentido de pnderem serintroduzidos pontos na ordemn do trabaihos quo dela noconsLemn, dado que posso timitar a umna reunin no pressuposto do que U respeitado esse princfpio.

O Sr. Airneida Santos (PS): — Mas a expressão proberida, que está at, U exactamnente a dizer quo isso podeaconbecer desde que não haja votos contra. Ou näo éassiin?

o Sr. Joan Amaral (PCP): —Nan! No!o quc aqui diz U: <<A ordemn do din nan pode ser

prcterida ncmn interromnpida [...jx. Isbn quer dizer deixarcumprir.

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Preterir U aherar.

o Sr. Joao Amaral (PCP): — Näo!

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Mas ieia ate an firn.

o Sr. Jnao Amaral (PCP):— <<[.1 a nan ser IOS casos

express:unenbe previstos no Regiinento ou por deliberaçaoda Assemnhicia, scm votos contra>>.

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Pronto!

o Sr. João Amaral (PCP): — No, nan, quer dizer isso.

o Sr. Pre.sidente: — Julgo quo estarnos a discutirprohiema quo, embora hnportante, U mais teOrico do quoprático, tin medida emn que, pnr exemnpio, na experiênciapassada, emn quo a matUria era mais comnpiexa do quo a

Page 6: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

11 SERIE — NLJMERO 1-RC

que varnos etflrenlar agora, embora o scu relevo politicoseja evidenie, aconeceu que algurnas vezes Innos pamalétn an prografnaçiio dos trahaihos, mas a ordem dostrabaihos era a discussäo cia revisão constitucional e, portanto, quando ulirapassávamos alg uns artigos, actuávamossempre scm prejufzo dos direitos tie Lotus aqueles quequeriam discuti-los e algurnas vezes tivernos tie voltaratrils, porque por vezes, tnesrno corn a ordem de trahalhosprevia±nente marcada, alguns Deputados nan puderarn estarpresentes.

Penso que as coisas serão feitas dentro do inesino espfrito e não á razão para alannismos. Em toch) 0 caso e doponto tie vista teOrico, o problema existe.

Tern a palavra o Sr. Deputado José Magalhaes.

0 Sr. Jose Magaihiles (PS): — Tambcirn creio, Sr. Piesidente, que tern toda a razäo em sublinhar que urn mecanismo deste tipo tern condiçtes pant funcionar normalmente. Historicamente funcionou e, que me Ieinbre, nuncasusci(ou nenhum problemna de discussäo scm aviso prciviooU de alteraçao da ordem de trahalhos em sentidoprejudicial ou contráno a vontade de qualquer dos participantes. HOUVe flexihilidade hastante ate para oprolongunento dos trahaihos OU mesmo para o recuo emcondiçOes que transcendiam a haliza regimental.

Em todo o caso, ha que referir que a fonte desta normaC a tradiçio parlarnentar regimental cia Asscmnbleia daReptiblica, ci a anterior redacçao do Regimnento que arevisäo que conduziu rcdacçao do Regimnento gernl daAssemhleia da ReptThlica alterou. A tbrmulaçao consagradano Regirnento da anterior CERC — Comnissäo Eventualpara a Revisilo Constitucional corresponde it redacciio Eradicional, que salvaguardava cxplicitamente us direitos dasrnmorias e que tot piorada na redacçao em vigor doRegimnento cia Assernhleia.

A versao que o Sr. Deputado Joo Amnama! sublinhou,constalite do artigo 57° do Regirnento, permnite a mnaioriaque esteja presente no Plenário da Assemnhleia daRepciblica, ainda que integrada por umn sO partido,interromper a ordem do dia, alterar a ordem do dia eevenlualmente ate distrihuir duferentemente as mnatCrias emapreço. A norma que consta deste artigo 5.°, n.° 2, tern ocuidado tie explicitar nina garantia das mninorias, qua! sejaa de cleduzir oposição a alteraçoes cia agenda. Evidentementeque nina ininoria ausente on que nan tie a cara por si OUque nib exija ou aim cumnpra Os deveres tie zelo de atendilnent() de reuniibcs flea desprotegida por ddfice de exercIciodos setis direitos, mnas essa ci tainhcim nina hipOtese unprovilvel.

Portano, creio que esta redacçimo é razoavelmenieeonsensuai e pode tuncionam, pois esiA tie acordo coin aradiçimc) padamentar e saivaguarda us direitos da.s minonasaclivas.

O Sr. Preskiente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoCosta Andrade.

0 Sr. Costa Andrade (PSD): — Sr. Presidente, eraexaca:eate no meSmo sentido que gostaria de incproruaciar. Portanlo nan vale a penn <chover sobre o;noibado>>, irtas permutia-me, apesar tie tudo, recordar duascoisas que sao já Ohvia.s: em prtmeiro lugar, penso que oactual artigo 5., aqui em discussão, protege as mninorias:nais o que o Regimnento actual da Assemhleia daReptiblira e, em segundo lcgar, nih) teria ate tie ir taoonge, po:que estarnos numna comnissão cujas decisOes nimo

tern caracter cletinilivo, nina vez que quniquer deliberaçimoque aqui se tome tern apena.s carcicter proposilivo para 0PlenOmio cia Asseinhleia cia Reptblica.

Assimn, segundo o nosso entendimnento, a alteraçao podeser feita na reuniimo desde que ninguCm se oponha. Pamem relaçiio a quemn está ausente, obviamente que estedireito potestativo está precludido pela natureza das coisas,pois tern o Onus de estar presente para exercer Os direitosque sabe, it partida, que 0 Regirnento the concede. Deresto, como 0 Sr. Presidente muito bern sublinhou, isto nantemn gramide importilncia, porque a ordem do clia C semprea inesmna (artigos tal e seguintes) e, mais ou menos,respeitarnos seinpre a ordemn de irabathos,, pelo que näovale a peima levar a questibo mais longe.

O Sr. Presidente: — Tern a palavra 0 Sr. DeputadoJoan Amnaral.

0 Sr. Joan Amaral (PCP): — Sr. Presidente, na SequCncia tin interpretaçiio tins suas palavras feita pelos incuscolegas, goslaria tambémn, se me pennitisse, tie as interpretar e saudar, assimn como 0 comnpromnisso que ems representam tie que a aplicaçimo desta norma C feita no espIrito dorespeito tie Lodos us agentes parlarnentares, isto C, tie to-dos Os Deputados e grupos parlamentares que aqui estäopresentes. Nesse sentido, suponho que foi Otil estadiscussito.

Gostaria ninth tie acrescentar que considero esta maloriapCssirna, horrIvel e horripilante, já para nan dizer outrosadjectivos que ahundmun nas actas cia Assernbleia, mas nanthe atrihno, apesar de tado, a funçao de ter permitido adesestahilidade tin ordemn do din no artigo 57.° do Regiinento.Continuo a considerar que este artigo do Regimnento, talcorno está, nab permnite introduzir na ordem de trabathosmnatcirias que dde nimo constarn e queria aqui registá-lo paraque nan houvesse qualquer dtvida.

o Sr. Guilhermc Silva (PSD): — Nan me parece queessa leitura seja assimn tao segura, Sr. Deputado!

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, varnos deixar depane o prohiemna do Regimnento, ate porque nAn temnos aquialguns dos especialistas regirnentalistas que intervêmn inmushabitmialinente no Plenário pant proveito tie todos uds, e aunterpretaçimo que inc parece que pode ser dada a estanorma, tal corno está redigida, C esta: se nAn houveroposiciio conhecida, a ordemn tie trabaihos pode ser alteradapor pane tie urn mnembro da comissAo na prOpria reuniAo.Ora, coin esta redaccAo e coin esta interpretaçAo, proporiaA vossa consideraçao o artigo 5.°

Temn a palavra Sr. Deputado Narana CoissorO.

O Sr. Narana Coissord (CDS): — Sr. Presidente, esteartigo sO pode interessar grandemnente itqueles partidos quetCmn urn imnico Deputado, porque sO se este estiver presenteC que pode exercer o direito de voto e, estando ausente,nib pode. E af C que surge o prohiema, pois V. Ex.a disse<presente> e o Sr. Deputado Costa Andrade disse que, limoestando presente, flea precludido o seu direito. Ma.s V. Ex.atiisse que era de pensar, pois efectivamnente pode estar aquian Assemnhicia e saber que, tie repente, tbi motiiflcada aordcmn tie trahathos e tiizer: <<Olin, se souhesse que iriascm moditicada, teria comnparecido, pots faltei porque a ordemn tie irahathos alto inc immieressava e tinha outra coisapant fazer inais jmnportante no Plenário on noutracomnussno.)) E esse o prohierna que se coloca.

Page 7: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBRO DE 1992 7

o Sr. Presidente: — Sr. Deputado, lentareinos eliCoflirar

uma soluçao 0 mais lavorável possivel a audiç!io da.s posiçoes tie todos aqueles que fazem pane desta Cornissioquanto a cada ordein tie trahaihos.

Vamos votar o 0 1 do artigo 50, coin a alteracaoproposta, on seja, em vez da palavra <marcada>> ficaconsagrada a palavra fixada>>.

Subinetido C) votaçao, foi aprovado por unanimidade,registando-ce a ausencia de ox Verdes e do PSN.

E c seguinte:

ArLigo50

Ordem de trabaIho

1 — A ordem de trahaihos tie cada reuniäo daCoinissão será fixada na reunião anterior on, no casotie convocacão pelo presidente, será tixada por este,ouvidos Os restantes meinhros da mesa.

Vamos agora votar o 2.

Submetido t) VOtação, /‘oi aprovado, (010 VOtos a favordo PSD, do PS e do CDS e a absrençao do PCP.

E o seguinte:

2— A ordein de trahathos fixada pode ser alterada na prOpria reuniäo, desde que não haja oposiça()tie qualquer membro da Coinissto.

Passamos agora ao artigo 6.°, que respeita ao quOrum,segundo o qua! a Comissão tuncionarO estando presente,pelo menos, urn tcrco dos seus meinhros.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, nio sdse numa revisäo tao limitada se justitica este cone tAo drãstico. Penso quo, neste caso, se justificava metade. A outrarevisAo era muito longa, trahathosa, ina.s, neste caso, pensoque apenas metade hastava.

o Sr. Luis Pals de Sousa (PSD): — Mas, apesar dotudo, ha uma disinçao entre o quOrum tie luncionamentoe o tie votaçAo, e enhilo nAo haveria distinçao...

o Sr. Almeida Santos (PS): — Mas aqui irata-se doquorum tie funcionamento.

o Sr. Luls Pals de Sousa (PSD): — ,.. e a Coinissäoteria tie funcionar e votar sO COifl eshe...

O Sr. Almeida Santos (PS): — Mas aquilo que se dizé que funcionará.

O Sr. Presidente: — Sun, train-se neste artigo do quOrum (IC funcionamento, p015 o quorum das deliheraçoesestá consagrado no anigo 9.°

O Sr. João Amaral (PCP): - E 1 mais elevado do queeste.

O Sr. Almeida Santos (PS): — A outra revisäo era urntrabaiho longo, ciclópico e, neste ca.so, nao é.

O Sr. Costa Andrade (PSD): — Ora, isto na prática,em termos polIticos, acaha por resultar em inetade, porqueningudm fain aqui consigo prOprio.

o Sr. Costa Andi-ade (PS[)): —Lcinbro quo na tiulimarevisAo constitucional nunca dehaternos qualquer matériascm o PCP eshar prasenle.

o Sr. Presidente: — Ate esperárnos várias

o Sr. Aimeida Santos (PS): —— Urn terço do 25, nestecaso, si() 9.

o Sr. Costa Andrade (PSD): — 0 Sr. Deputaio nanestá a ver os Depulados do PSD a falar uns coin os outros.

O Sr. Atmeida Santos (PS): — Podernos ser sO nós scmvocês, a verdade C essa!

o Sr. Presidente: — NAo, uflo podein!

O Sr. Almeida Santos (PS): — Podernos sirn! Mas nAotaco questAo disso!

o Sr. Presidente: — Srs. Deputados, a (mica coisa pamquo gostaria tie chamnar a vossa alençiio é para o facto demnuitas vezes ter acontecido quo o quorum tie tuncionarnentoloi muito üLi!, porque estavarn Os Deputados de todos OS

partidos que tinh:un participado niais activamnente.HO, no eneinto, urn aspecto quo julgo importante tomar

em consideraçao. E evidente que, salvo nina hipOtesepuramnente acaddmnica e que seria irnpensável tie boicoteaos trahathos, a Coinissão não vai funcionar, pelo menos,na ausência dos parlidos corn mnais tie urn Deputado. E digoisto, porque infelizrnente não podemnos assurnir 0

compromnisso do luncionar coat a presenca dos parlidos quotern nm Onico Deputado, porque, por motivos Ohvios, issoflã() C praticOvel. Mas, em relaçao aos partidos Corn mnaisDeputados, 15(0 C, em termnos prOhicos, o PSD, o PS e 0

PCP, nunca luncionOrnos na anterior Coinissão tie RevisAoscm a presença de, polo menos, urn Deputado do cada urndesses partidos. E evidente que isso sO iiäo funcionaria assun so houvesse urn propOsilo, — e, corno jO disse, aquestao C mnenunente acadCmnica —, do nAo fazer funcionara ComissAo. Mas, torn dessas hipOteses acadCmicas, pensoque, pela gamantia tin propria participaçao e pluralismo deopiniocs, hO todo o interesse em que a Comissão funcionecoin, polo menos, uin representante de cada nina dessasforças po!Iticas.

Dc resto, o problemna da metade tarnhémn nAo garailtiriaiSSO, t nih) ser em relaçao a dois partidos.

O Sr. Almeida Santos (PS): — A regra tin inetade Cumna regal clfmssica nestes casos.

O Sr. Presidente: — Na verdade, nAo tenho cuaisquerohjecçOes tie fundo em relaçao ao problema da metade,mnas tomb quo em algurn caso tcnhamos algumna dificudadeem funcionar, mnas VV. Ex. dirão tie vossa jusliça.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidena, niio façoqualquer questao nisto!

0 Sr. Costa Andrade (PSD): — Sr. Presidente, urn(erco são nove Deputados e podern estar presentes CiflC()

Deputados do PSD, dois do PS, urn do PCP e mais doisde cada urn dos parhidos.

0 Sr. Aimeida Santos (PS): — Born, podernos ai-ranjar0 Sr. Almeida Santos (PS): — E evidente! 50 hipOteses ou mnais!

Page 8: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

8 II S1RIE — NUMERO 1..RC

o Sr. Costa Andrade (PSD): — E na inetade podeinestar apenas dois partidos!

O Sr. joão Amaral (PCP): — Mas titthwn de estarCiflC() Deputados do PSD!

O Sr. Almeida Santos (PS): — 0 Sr. Deputado CostaAndrade estava a defender a qualidade das discussöes,não!!

O Sr. Presidente: — Bern, Srs. Deputados, em que éque ticarnos?

o Sr. Almeida Santos (PS): — Penso que pode manter

O Sr. Costa Andrade (PSD): — Penso que sirn!

o Sr. Presidente: — Então, ouvidos OS p1sentes, a minha proposta é a de rnanier o terço quanlo ao quOrum tiefuncionamento.

Vatnos entio passar votação do artigo 6.°

Submetido ci witacao, foi aprovado por unanijiudade,registando-se a ausêncicl de Os Verdes e do PSN.

E o seguinte:

Artigo 6.°

Quorum

A Coinisstio funcionará estando presente, petemenos, urn terço dos SCUS ineinhros.

Srs. Deputados, varnos passar ao artigo 7.° sob aepfgrafe Inteffupção das reuniOes>>, em relaçäo ao qualproponho que se elimine a expressio agrupamentoparlainentar>>.

Relativatnente an direito que este artigo consagra, nuseja, o de qualquer grupo parliunentar requerer a intelTupçtiode reunião plenária por perlodo nio superior a quinzeminutes, é evidente que este direito nio se justifica emrelação aos partidos corn apenas urn Deputado, pelaimpossibilidade de dc poder fazer reuniöcs consign

mesmo.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): — Mas pode titzer cornos seus colegas ausentes.

o Sr. Jorge Lacão (PS): — Por acaso aLms se justifica.

o Sr. Joao Amaral (PCP): — As vezes ate se juslilicamais,

o Sr. Presidente: —Tunhdrn nan será recusado poreste motive, mna.s realmente pode faze-b, pelo que estamterpretacao legislativa nan colhe, tuna vez que, na prática,qualquer Deputado pode faze-b.

Srs. Deputados, visto nan bayer ohjeccoes relativainentea esta redaçao do artigo 7.°, varnos votar.

Submetido a votaçao, foi aprovado por unanniudade,regi.vtando-se a ausência tie Os Verdes e do PSN.

Artigo 7.°

Intcrrupcaf) das reuniOes

Pant etcitos de reunitin dos seus rnemnhros, poderáqualquer grupo parliuncntar requerer a interrupçao tiereundbo plenthia por perIod() näo superior a quinzeininutos, a qual ntio poderá ser recusada pebo presidente se o grupo parlamnentar ainda não tiver exercido esse dircito durante a mesma reunião.

Vamnos passar t apreciação do artigo 8.° Os Srs. Deputados tern algwnas objecçOes a fazer’?

Pausa.

Dado que não ha objecçoes, vainos proceder a votaçao.

Submetido a votaçUo, fin aprovado por unanimidade,regisWndo-se a ausência de Os Verdes e do PSN.

E o seguinle:

Artigo 8.°

Texts de suhstituicu c adaptaces

I — A Cornisslin nile pode sugerir no Plenário daAsseinhicia tin Reptiblica textos tie suhstituiçao queabranjain preceitos constitucionais nib contemnpiadosem qualquer projecto tie revisio.

2 — Todavia, caso a aprovação tie alteracoes oude textos de suhstituiçao imnplique, por si, adaptaçOesdin preceitos não contemnpiados em qualquer projectode revisiio, pode a Coinissão proceder as necessáriasadaptaçces.

Vunos agora proceder a apreciaçiio do artigo 9.°, quetern a epigrafe <<De1iberaçoes> e cuja redacçiio é a seguinte:

I — A sugestin an Plenário tie aprovaçio tiequaisquer propostas tie alteraciio constantes deprojectos tie revisilo e de textos de substituicao tiepende tie deliheraçao per mnamoria de dois terços dosdepulados em efectividade tie funçoes na Comnissaç,desde que correspondente a mnaioria tie dois terçosdos depulados em efectividade tie funcoes.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, parece-inc que a expressio <deputados>> deveria ticar em letramnaiñscula, tuna vez que se não nos defendemos não seiquem lies detende.

O Sr. Presidente: — Julgo ser mais correcto, Sr. Dcputado.

Quanto ao n.” 2 do referido artigo, existern ohjecçOesOU sugestöes?

0 Sr. Narana Coissoró (CDS): — Sr. Presidente,quanto an n.° I, a sugeslio ao Plenirio, desde que deliherada aqui por mnaloria tie dois terços, não retiraria, politicamnente, an partido o direito tie levar no Plenrio urn artigoque aqui enha side chumbado per dois rercos?

O Sr. Presidente: — Nan, nao C verdade! Em primeirolugar, mis nan podernos julgar definitivarnente, do pontode vista politico, Os projectos que são apresentados.Não 0 podernos fazer e nio o tizCrnos quando, no passado,coin esta inesma redacçao, a Comnissão Eventual para aRevisão Constitucional tuncionou.

E o .veguinte:

-Se o terço!

Page 9: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBR() DE 1992 9

o que se verifica é que sO as propostas de alternçao an

projecto que aqui silo apresen(adas poderão ser levaclas anPlefllfl() pela Coinissao nesta.s condiçoes e 11l() OS teXtOs

iniciais.Srs. Deputados, querem lazer mais alguma observaçao?

Pausa.

Uma vez que ninguérn tern mais nada a dizer, vamosvotar.

Sub,netido a VOtaçüO, ,foi aprovado por unanimidade,registanclo-se a ausência de Os Verdes e do PSN.

E o seguinte:

Artigo (&0

Delibcraçks

I A sugestilo an Plenário tie aprovaçao tiequaisquer propostas tie alteração constantes tie projectos de revislin e tie textos de suhstiwiçilo dependede deliberaçiio por Inaloria tie dois terços dosDeputados em efectividade tie func(es na Coinissäo,desde que correspondence a mainria de dois (erçosdos Deputados em efectividade de funçöes.

2 — As restantes deliberaçoes serão tomnadas nostermos gerais do Regirnento da Assemnhleia daRepiiblica.

‘O artigo lO.°, cuja epIgrafe é <<Publicidade das reuniöescia Cornissilo>>, tern o texto seguinte:

1 — As reuniOcs cia Comissilo nan são pmihlicas,salvo deliberaçao em contrário.

2 —.- No final de cada reunião, a mesa claboraráurn cornunicado, a distrihuir aos Organs de cornunicaçiio social, coin relato sucinto dos trahaihos efectuados.

Tern a palavra a Sr. Deputado Almneida Santos.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, em consonãncia corn o que já propusernos para as reuniOcs dascomnissöes em geral, entendeinos que a regra do deveser a inversa: <<As reuniöes da Coinissão são pñblicas,salvo deliberaçao em contráno.>>

Assirn, se ojeliberarmos que nib sio, não São, mas arëgra é que o sejam.

o Sr. Presidente: — Sr. Deputado, isso traduz-sealteracão fundamental, de 180°, quilo que loi propoStotia revasio antenor.

Tein a palavra o Sr. Depurado mao Amnaral.

o Sr. Joo Aniaral (PCP): — Sr. Presidente, csta.mnosde acordo corn o Partido Socialista, nias, no dntanto, creioque para evitar qualquer ma iiiterpretaçao em relaçio aquestao da.s condiçOes da sala, etc., deve estahelecer-se,pelo menos, o principlo tie que cia seja aherta acomunicaçio social.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Mas o princfpio que tiefendernos é o cia publicidade cia Assernhleia.

o Sr. joão Amaral (PCP): — Sirn, sirn. Em todocaso, a proposta quc me parece que, tie qualquer Iormna,

podia ser formnulada é a seguinte: <<As reunies daComnisstio poderão semnpre assislir OS ornaiistas crc—denciados pela Assemblcia da Rcp(iblica.>>

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoGuilhermnc Silva.

o Sr. Guilberme Silva (PSD): — Sr. Prestdente, parece-inc que temnos tie seguir aqui o regime que esá estabelecido no Regirnento da Assemnhleia cia Repühlica para ascomnissOes em geral, ou sea, são pühlicis em funçio tiedeliheraçio da cornissão nesse senlido, ou seja, se aComnissão deliherar que a reunitio sea piThilca, I -se-i uinareunillo pühlica, Se flaO, rnanter-sc-á o regime normal deIunciomuunento.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, o prohierna é que, neste caso, todos <<choramn> pela falta tiedebate pOblico rclativamente aos temas que nos vimocupar. Trata-se tie urn caso especial, pois, se ha daficetie tiiscussio e debate, entiio, pennita-se que a comnumcaça()social assista.

Pessoalinente, nm SOU mnuito lavorável a que Lodas asreuniöes das comnissOes sejamn pmh1icas, e loi o rneu pailidoque, cmn determninado momndnto, fez essa proposta. Mas,mmeste caso, ha nina razimo acrescida: todos entemidein queha flulta tie esclarccirnenlo pimblico sobre esta mrmatéria.E, comno isto não tern nada de definitivo e refere-se a estamnatéria, talvez se juslifique,

Sentamn-se af, caladmhos, rneia dOzia tie mnemnbros ciacomnunicacimo social e depois fazem as <interpclaçoes eno(Icia.5>> que enienderemn.

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. Deputado RuiGomnes Silva.

O Sr. Rui Gomes Silva (PSD): — Sr. Presidenie, emrelaçimo a proposta apresentada pelo Partido Socialism, pa—rece-mne que a invcrsio dos termnos do prOprio articuladoOU dispositivo determnina que quakjuer decisão em contra-rio, hi] seja, no sentiti() da Ilio publicidade, gerará umnprocesso tie intençoes em reiaçiio ils razOes que mnotivararnessa nan publicidatie.

Assimn, seria prehrfve1 que se mailtivesse, comb princIpio, a nio puhlicidade das reuniöes e se discutisse aqui,em sede tic Comnissilo, se a reunhilo deveria OU nan seraherta sempre que isso fosse proposto por algumn dos partidos e em lunçao das razöes invocadas por catia grupoparlamnentar. E isto porque o dizer-se que as reuniöes sãopühlicas, salvo) deliheração em contrám’io, gera, em cadamnomnento e em catia tieliberaçimo em contrário, inn processode incençöes e dOvidas em relaciio ms razOes que moLivaraina ililO) existência cia publicidade.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Deputado, 0) processo de intençöes é possIvel nos dois sentidos para quemo quiser fazer.

Parece-nos que, nesie caso, se justifica a inversilo tiaregra. Emnhora possam 00 nib concordar, o coneddo cianossa pm’oposia é precisarnente esse, a inversibo tia regra,porque senibo já sei que COIfl proposta.s ponlnais 110 SCfltid()

tie invemlcr a regra nunca mais cIa é invertida. 4ssirn, Coin

a inversilo tia regra, a 11mb publicidade term tie ser justifi

cada por mnelindre tie qualquer norma e, siuceramente, limo

VCj() qua! tias norma,s proposmas seja tao mnelindrosa COfflO

iSSO.

Page 10: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

10 II SIRIE — NUMERO 1.RC

o Sr. Narana Coissoró (CDS): — Veja o artig() 118.”Sr. Depulado.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Nio, nein esse.Por oniro lado, parece-me que terftunos loda a vantagern

em deixar a comunicaçAo social assistirans nossos debatese perceber o contetido e as razöes pelas quais vamosdecidir <assim> e não <assado>.

o Sr. Presidente: — Thin a palavra o Sr. DeputadoCosta Atidrade.

O Sr. Costa Andrade (PSD): — Sr. Presidente, queriasO repetir o que o ineu colega Rui Comes Silva já disse.Entendemos que todo o debate que se faça ti titil, inasentendernos tambéin que o espaço de nina comissio näodeve servir, em princIpio ou corno regra, para garantir 0

deuce de discusslo que ha noutras instâncias.Ntis somos uma coinissio de reviso, preparamos

apenas sugestoes para o Plenário e precisamos de prepará-las num clima de uina certa abertura e quase inlrmalidade, pelo que a presença cia comnunicaçäo social pode,tie algumna forina, perturbar os trahaihos.

Alias, esta questAo C semnpre recorrente quando sediscute 0 regitnento das comnissOes de revisio constitucionale a nossa posição temn sido seinpre esta. Aceitamnos coinoboa a regra que está no artigo 118.0 do Regirnenlo ciaAssemhleia da Reptiblica, para a qual o Sr. DcputadoNarana CoissorO, de resto, nos interpclou, flu seja, <<As reuniöes dan comniss5es sio ptihlicas, se estas assijn o deliherarem.>

O Sr. Rui Gomes Silva (PSD): — E C isso que esta aquino artigo 10.0

o Sr. Guliherme Silva (PSD): — Aliuls. C duvidoso quese possa preterir esta regra, pois cia ti nina rcgri geral paratodas as comissOes, scm distinçao.

o Sr. Almeida Santos (PS): — Poder, pode, Sr. Dcpuuido.

o Sr. Presidente: — Temn a palavra o Sr. Deputado JoseVera Jardim.

o Sr. José Vera jardim (PS): — Sr. Presidente, parece-me que im aqui umn mnal-entendido e talvez ftsse possivelultrapassá-lo.

O que está na mesa é precisamnente 0 exercfcio dodireito do artigo 118.0

, ou seja, que ntis, comnissio,adoptemos para 0 conjunto das reuniöes o prmcIpio cia suapubliciclade. E isto que está em discussulo e ni() inc pareceque haja aqui nenhurna violação do Regirnento diiAssemhleia da Reptiblica.

Assimn, em vez tie, reunião a reuniäo, irmos decidir secia é on näo pOblica, farIamnos aqui a aprovação tieprmncIpio, válida para todas as reuniñes, de que elas seriamnpChlicas. Ate porque me parece que, em matCria.s desteteor, que constituemn, naturalmente, urea unidade incindIvelentre elas, imão vale a pena estarmos a pensar que serápossIvel arranjar critCrios mnuit() fáceis para que t terceiraou quarta reuniäo possarnos dizer: <<Esta niio C ptihlica.>>

Temnos, pois, tie nos entender, tie acordo coin os argumnentos que thramn trazidos pelo meu colega de hancadaAlmeida Santos, quanto ii questao de saber se esta mnatCria

C flu nib, em especial, umna matéria que devamnos, desdeo princfpio C COIflO regra, ahrir am) ptiblico. Parcce-mne que

Se assirn for, nenhuma dificuldade nos oferece oRegimneno cia Assemnhleia cia Repdblica, urna vez que noslilnitamos a verter para o regimnento desta Comissio umadecisiio que ci válida para todas as reuniöes. Admito ate, atitulo pessoal — se hem que, e insisto, me pareça muitodificil —, que, se, a dada altura, houver razOes ponderosims que aqui sejamn trazidas, possamnos, entAo, no uso plenodos direitos que flOS dii o Regimento, dizer: <<Preferfamnosque este porno não fosse pdhlico.>

No entanto, parece-me, repito, que será mnuito diticil queisso acontcça, man tenho tie adinitir que possa haver, nodecurso dos trahalhos, algumn ponto em que haja consensopara que nib seja discutido publicamente. Neste processode revisito constitucional penso que ha razOes ponderosas,muito ponderosas, e todos as temnos presentes, pelo quenão vale a pena fazer grandes conskleraçOes, para quedinos nm sinai clam tie trnnsparncia das discussöes queaqui vito ter lugar.

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoCosta Andrade.

o Sr. Costa Andrade (PSD): — Sr. Presidente, queriasO dizer que, da nossa parte, interpretamos o artigo 118.0numn sentido ligeiramnente diferente daquele quc o Sr. Dcputado José Vera Jardumn colocou. Admnitindo que seja boae mnais per(inente a sua interpretacito, isto C, urea decisiloCoin carticter geral para toda.s as reuniOes cia Comissito,entendemnos que, no que a esta Comnissito conceme, on seja,umna revisito da ConstituiçAo cia Repiiblica Portuguesamnuito lirnitada, justitica-se a mnanutençito do princfpio. Eisto, apesar cia exigncia tie publicidade e da reievitnciaque temn para a comnunicaçito social e para a colectividadeem geral, pois esta revisibo ito C mnais relevante do queas anteriores, onde houve verdadeiramnente decisöes eviragens quase copermcanas em determninadas matCrias.

Assimn, trahaihamnos nesta base: somnos urna comnissito tierevisiio constitucional e, comno tal, eutendemnos que, apesartie serern legitunos todos OS interesses tie publicidade, etc.,ito sto, contudo, superiores àqueles que estiveramn emcausa flOtltflLs reuniöes.

A puhlicidade quanto as questoes do Tratado tieMaastricht, cia construçito europeia, etc., deve fazer-senoutros foros e nito neste, que C muito modesto e pretendeapdnas tornar possIvel a ratificacuio em terinosconstitucionaimnente vélidos.

O Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoNarana Coissorti.

o Sr. Narana CoissorO (CDS): — Sr. Presidente,sahe, temnos tornado publiciunente a posiçto de que algunsdos artigos que vito ser revistos têmn a ver coin a prOpriaessência cia soherania e do Estado-Naçao. Se esta ideia estáou nito certa, nih) 0 vanios discutir neste momnento, mnas arevisibo de alguns destes artigos nito C urea revisito sirnpies e win a ver COifl alteraçoes de determinadas ideiasfundanientais que estruur:un a prOpria Constituiçiio.

Assimn, parece-mne que os mnemhros desta Comnissito queentendemn que estas ideias devemn ser mnudadas tie modoque sejiun compailveis corn outros tipos tie situaçöes quePortugal V:II enfrentar deviarn assumir a responsabilidadedas suas posiçöes e permnitir que esta revisito fosse

Page 11: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBRO DE 1992:ti

transparente. Por outro lado, esta seria uina this forinas deo Pals a.ssistir, on seja, de saber, por que estwnos a revera Constituiciio e qual o seu alcarice,

Naturalmente, os debates que, evenlualinente, se realizcrnlá fora nab vão focar, artigo por artigo, as nossa.s posiçocspartidárias, ao passo que aqui vamos realmente discutir USartigos nucleares oti, pelo menos, segundo o p011(0 de vistado meu partido, os que mais tern a ver corn as exigCnciasdo Estado-Naçiio e da soherania nacional. Por isso mesmo,a partir do momento em que este debate este agora a sertravado em toda a Europa, embora nan o tenha sido emPortugal, entendemos que as reuniöes devem ser pdblicas,de forma que cada urn assuma a sua responsabilidade e opüblico veja, realmente, a bondade das posicOes defendidaspor cada urna da.s forcas polfticas.

o Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DepuladoJoao Amaral.

o Sr. Joäo Amaral (PCP): — Sr. Presidente, queriaapena.s realirmar o que disse ha pouco. E nosso entendimento que o princlpio de que as reuniOes desta Coinissãofossem ptiblicas era extremamente vantajoso para urndebate a fazer no Pals sobre a questAo do Tralado deMaasthcht, não havendo qualquer hnpcdimento regimentalpara a adopçao de uma norma desse tipo.

Se o Regimento da Assembleia da RepiThilca adoptouuma certa regra pam o conjunto das colnissOes e se aclinite,inclusivamente, que as prtiprias coirnssöes possam deliberaro contrário, por inaioria de razão pode admitir que ninacornissäo que este a deliberar sobre o sen regitnento miernopossa, em condicoes inuito especiais, deliherar que os seustrabaihos são abertos ii coinunicação social e, portanto, piblicos.

Creio que, neste caso concreto, o tacto de estarinos,nesta Coinissflo, a deliberar sobre urn âinhito inuitoliinitado de norinas, cujo contetido d todo conhecido,facilita esta decisão, havendo, por isso, loda a vantageinem consagrar esse princlpio da publicidade.

o Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadoManuel Castro Ahneida.

o Sr. Manuel Castro Almeida (PSD): — Sr. Presidente, já muitos argumentos toram aqui expendidos, inascreio que esla questao nada tern a ver coin a cnithdencialidade, corn a transparCncia on corn o interesse undiscussäo e na publicidade das matérias que respeimin arev isão constitucional e no Tratado tie Maa.stricht.

Creio que, sobre essa matdria, estarnos todos tie acordo,porque todos ntis estamos rnuito empenhados em que SCdivulguem todas as discussöes que estAo a volta do Traladode Maastricht e desta revisão; no entanlo, tainhëin creinque nan se pode falar ern falla de transparCncia sti pelofacto de as reuni{es não scram pfihlicas.

Todos ntis par(icipamos regularmente em reuniöes tiecornissoes, desta e tie outras, que nan são ptiblicas c neinpor isso elas são menos transparentes. Eu prtiprio me recusaria a participar nwna reunião que nan fosse transparente.

Mas o que estA aqui em causa, julgo eu, ti, em gramlemedida, a eficacia dos trahaihos. Se todos ntis estainos coinvontade — e parece ser esse 0 proptisito — de ehegar auma revisão on, pelo menos, se ha nina maioria que ternessa posiçao de princIpios de chegar a uma revisão, creioque essa revisão será diflculiada se nan houver mis posiçCes tie percurso de cada urn dos partidos alguina reserva.

Creio, pois, que, deutro tin Counissãn, apenas (}eVftUnOStonuar phlicas as conclusOes e as ptwiçöes finai.s de cadama dos particlos.

E verdade que isso será teito, segurarnente, no Plenário,inns eunhérn poderia ser teito na Cornissão. Por outro lado,poderiun ser ahertas i comunicaçflo social algurnas dasrcuniöcs da Cornissão, quando elas traduzissern posiçöesfinais de cada urn dos partidos, mas já não, necessariarnente, as suns posiçöes tie percurso. Corno ternos tiechegar a uin entenduinento em relaçao a cada urn dosartigos que estao em causa, seguramente que todos temosconsciCncia tie que esse entendimento seria dificultado sefossern tornadas piThlicas as posiçöes e as cedCncias quacada urn dos partidos (em aqui ou acolá, neste on naqueleartigo.

Portanto, isto nada tern a ver coin transparCncia, nadatern a ver corn falta de deinocraticidade on coin falta tievontade tie tornar piThlico este debate, porque ha outroslugares, alé:n deste, para o fazer, tern antes a ver corn aeficácia na procura de posiçOes consensuais, que é, afinal,aquilo que prelendernos.

o Sr. Presidente: — Tern a palavra o Sr. DeputadeAlmeida Santos.

O Sr. Almeida Santos (PS): — Sr. Presidente, ha urnvalor que se está a desprezar aqui, é que ha uma clecalageconsiderável tie tempo entre o mnornento da discussão e omnomnento da votação, pois so se vota no final, comno étradicional nestes assunlos, e o voto tietinitivo sO tern lugarno Plenário.

Não contrrir carácter piihlico a estas reuniöes d dispensaro coninhuto tin discussão pdblica, que a noilcia cias nossasdiscussöes viii gerar, que pode ser urn elemento iinportanlissirni) para as nossas prOprias retlexOes, pois, as vezes,podemos eslar muito seguros ou apa.renternenle convictosde que estamnos seguros das nossas posiçOes e, no dia seguinte, an lermnos o jomal, verificar que dissernos nmdisparate, p015 o que querlamos defeider nan era aquilo.Esse é o eteilo diii que pode ter, neste ca.so especialmnente,a presenca tin cornunicação social.

Mas acho que a discussão está feita. Cada urn assumeas responsahilidades, se ti capaz!

o Sr. Joan Amaral (PCP): — Sr. Presidente, creio queo argumnento tin eticácia d umn argumnento que deveria serurn pouco ponderado aqui, porque a questao esta em saberque tipo tie elicácia ti que se pretende. Se a eficácia éconseguir, por exeinplo, que urn cerlo tratado passe .semngrandes ondas, isso foi tentado. Parafraseando ninaformnulnçao ulilizada pelo Sr. Deputado Adriano Moreira,de algumna mnaneira isso instiWi nina espécie de diploma-cia secreta, introduz urn novo modem tie diplomnacia secreta.

Aqui, quando se INa em eficácia, trata-se de chamar aeste debate, porque isso d que d e[icaz, urn mnãxiinopossIvel tie inlervençoes. Se nan, creio que enião a eficáciaem senti’ln estrilo, a eflcácia parlamentar tie que se está alalar, acaba per ser asswnir publicamente que se quer fazernegociacöcs que não correspondern, digamnos, a urna visäotransparente do prohiemna. E isso é insustentávei.

o Sr. Guilberme Silva (PSD): — Sr. Presidente, pensoquc estarnos aqui a exagerar esta queslno, porquanto o probleina estO seinpre em aherto, desde que recothmunos aqunina redacção sernethante a do artigo I 18.” do Regimento.

Page 12: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

12 IT STRIE — JMTRO 1.RC

Dizer, Coiflo se dz neste preceito, que as reuniöes stio ptiblicas setapre que a Cornissio asSirn 0 delibcrar flU, ao COO—trrio, :cota a redacçIi) do artigo 10.” do texto que lbsestá a servir de base é a inesrna coisa. A soluciio do arago 10,” rub impede a publicidade das reuniöes, pois emcada reuniao 1xdeInos deliherar ou nib nesse sentido.

0 Sr. Presidene: — Corno já (IVCInOS oportunidade dediscutir a malérla, varnos passar a votaçao da epIgralbu edo n.° 1 do artigo 10.”

Subn:et:dos Cl 1 otacoo, ,forani aprovado.v, Ci)lfl VOIOS (1favor do PSD e VotOS contra do PS, do PCP e do CDS,

Silo or seguintes.

A.rtigo 10.”

Publicidade das reunifieN da Cnmis’,o

1 — As reuniOes da Colnissibo nib são piihlicas,salvo deliheraçibo em contrário.

Varnos agora votar o n.° 2 do mesmo artigo.Devo dizer que o que aqui se encontra eslipulado nein

semnpre (01 cumprido a risca, pois apcnas 1oi cumpridonumna fase inicial.

o Sr. Jorge Lacão (PS): — Penso que o comunicadoapenas deve ser clahorado quamido tal se justilique.

o Sr. Presidente: — Vamos entäo Volar 0 relëiido ii.” 2,corn a interpretaçiio generosa quc, hi OUC0, 101 aventada.

Subinerido a votaçUo, /i aprovado par unaninudade,registando-se a auséncia de Os Verdes e do PSN.

E a seguinte:

2 — No tinal de cada reunião, a mesa clborarliumn comnunicado, a disirihuir aos drgiios de cornumcaçiio social, corn relato sucmto dos trabalbos efec—tuados.

Srs. Deputados, VIflOS VO(ILr 0 artigo 11.0

o Sr. Alnwida Santos (PS): — Sr. Presidente, parece-me que seria mneihor que, em vez de quinzenalmnente,constasse que as actas serb publicadas semanalmnente.

o Sr. Presidente: — Dc acordo corn a proposta apresenLath. vanuos cn(iio suhstituir no texto <quinzcnaImente>> por<semaiiahnente>>.

Varnos passar, então, a votaçao do artigo 11.0

SithnieUdo a Volaçao, foi aproi’ado par unanin tidade,registando-se a ausencia de O.r Verde.s’ e cia PSN.

E a seguinle:

Artigo 11.0

Acta

1 — Os debates serão integralmdnte regislados.2 — As actas da Coinissão serilo publicadas,

sernanal:nente, na 2. séiie do Didrio da Assembleiadci Repilblica, devendo incluir urn surnário aprovadopela mesa, corn a rndnçiio dos assunlos (ratados, aindicaçiio dos intervenientes nas discussOes, OSresuliados da votaç0cs e outros elemnenlos que 0presidente julgue necessuio incluir.

3 —— As utc (as serão editadas a tim1, ‘n s9arata,acomnpanliadas do indice analilico,

4 — 0 presidente da Cornissito assegurará ocumprimen to do disposto nos nthneros anteriores,hem conio a puhlicaçiio das actas em termnos de fticilconsulla e icitura.

Srs. Deputados, varnos proceder a votaçiio do arUgo 12.”Emnhora este artigo tenha sido redigido na perspectiva

de umna revisäo mnuito mais amnpla, em rncu entender podeset aplicado aqul.

Subinet ida ci VC)tCiçao, foi aprovado por unanimidade,regi.vtando-.ve a auséncia tie Os Vercies e do PSN.

E a seguinte:

A.rtigo 12.”

Relatóiio

I — A Cornissão apresentará Ito Plenilrio urnrelat(,rio, donde constarão, designadarnenme:

a) Referëncia geral an hincionainento cia Comis—silo e an desenvolvimnento dos seus trahalhos;

b) Referëncia geral r correspondência recehida;c) Sugestoes da Comissão tto Plenário apro

vadas nos termos do ruligo 9.”ci) PosiçOes assuinidas sohre as restuites pro

postas de alleração a Constituiçiio.

2 — A Coinissão poderá apresentar relatoriosparcelares.

Srs. 1)cpulados, varnos agora passar a votaçtio do arligo 13.0

Subineliclo ii votaçiio, foi aprovado par unani,nidade,registando-se a auséncia de Os Verdes e do PSN,

E a segulnie:

Artigo 13.0

Regime supictivo

Em tudo o que nib estiver previsto neste regimneflt() aplica—se supletivamnente o Regimnenlo daAssecnhleia da RepcThlica.

Srs. Deputados, como não exis(e qualquer pmpos(a deadita.mncnto de novos ar(igos, termninlimos a nossa ordemmide trahaihos.

Se VV. Ex.’ estiverern de acordo, reumre:nos napróxima quarta—teira, as 15 horas, comneçando pot discuflra rnetodologilL e o calendário e, se houver tempo,poderemnos comnecar pot discutir ja alguns dos artigoS1flICIIUS (1115 propostas.

Pedi aos serviços da Assemnh!eia quc, a exeniplo do queaconleccu na revisho 1ulrerior, losse preparado umn textoem que se reunissdmn, lado a lado, as diversas propostasde alteração, juntanmente COlfl 0 (Cxto cia Constituiçbo arever.

Coino sabein, isso foi feito num iVt() c’ue ticou onhe—cido por uLivro Azul>s e que toi extremamnente iltit, masagora as coisas Silo mnuito mats sifnpi.es.

Suponho que já teremos oportunidade de dispor desseelemento de trahallio na prOxima quarta—teira, 0 que nospermitirá. se avançarmos rapidiunentc quanto a :nciodolo—gia, percorrer jib alguns dos artigos dos proectos tie revisiboque se situamn em prlmneir() lugar.

Page 13: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

22 DE SETEMBRO DE 199213

C) Sr. Airneida Santos (PS): — Sr. Presidento, gosariade saber a sequëncia dos trahaihos da Cornisao nos diasquo sO seguern a reuniio do quarta-feira.

o Sr. Presidente — Corno sabem, einOs tuna certa urgëncia — mas não urna excessiva urgCmcia — do completar a revisão nurn tempo quo não seja deinasiado Ioiigo,ms tarnhárn é verdade quo existern por vezes algunsiinpedirnentos do virios parlainentares e, portanto, talvezpudéssernos teutar fazer nesta seinana uma reuniao naquaiia-feira e outra na qitirna,

0 Sr. Almeida Santos (PS): — Na quinta-feira, a quehorns, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: — Talvez a mesina hora.Depois na quar1a-1iira verlainos...

o Sr. Alineida Santos (PS): Sr. Presidente, na sexta-Icira tern lugar as jornadas parlatnentares do PS e, emboraCu riflo seja insubstilulvel, no lirn—de—scinana nao estarcic(, pois parlo para Luanila, penso eu, c, por isso, (alvozpudéssernos nao coineçar logo nos prirneiros dia.s daseinana que vein, o que pam inim seria horn.

o Sr. Presidente: — Quando fala nos prllfleifoS dias,eso a pensar na segunda e na Ierça—Ioira?

o Sm. Alnwida Santos (PS): — Mesino na quar(a-feiranib estarei Ca, inas estarão ‘is ineus colegas, ponso quonib haverá probleina.

o Sr. Presidente: — NOs varnos tdntar encontmarforina do satislazer, na inedida do possIvel, os diversosinteresses cm causa.

Tambérn (cmos o probleina do alguns Deputados quo,em princIpio, doveriam esar presenles sossibo de Outonodo Consetho da Europa...

O Sm. Costa Andrade (PSD): — Quaiido?

o Sr. Preskiente: — A panir do dia 30, inas Uunhémn(cmos do ver como é quo é. Ma.s, enlirn, vamnos tentar enContrar uma formula...

o Sr. Costa Andrade (PSD): — Esta semana é naquarta e quinta-loira?

o Sr. Presidente: —- Exactamnente!Srs. Doputados, a nossa pr6xirna reunilbo terá lugar na

quarta-feira, s 15 horns, e ucla iflarcamernos as prOxiinasreuniöes.

Está eneerrada a reunião.

Erani 17 lioras e 15 tnznuto,c.

REGIMENTO

I\rtit’o 1.”C

Cnrnposiço

I — A Cornissibo Eventual para a Revisão ConsI1IUC2OflIII C COmflposta por 25 Deputados, COlfl a soguintedstrihuiçao por cada grupo parlarnentam:

13 Deputados do PSD;7 Dcpuados do PS;2 Deputados do PCP;

1 Deputado do CDS;I Deputado do P1W;1 Deputado do PSN.

2 — Podemn ser indicados suplontes a todo o tempo e,an sun malta ou impedimnento, ‘is mnemhros da Comissãopodein lazer-se substituir ocasionalmente por outrosDeputados do mnesmo grupo pariainenlar.

3 — 0 grupo parlarnentar a que 0 Deputado pertençapode promnover a sun suhstituicibo a todo o tempo.

Arhgo 2.°

Cornpetnda

Compete a Coinissibo Eventual para a Revisibo Cons-titucioii.aL

a) Proceder ii sisernatizaçibo da.s proposlas do alteraçao ii Constituição, conslantes dos projectos derevisao apresentados, COIn Vista a sua (iiSCtSSib()e votacibo no Plenário;

b) Aprociam as pmoposlas do alteraçibo Constituiçiboe sugerir no P1enlrio a aprovaçiio do qualquerdelas ou de textos de suhstituiçao;

c) Apreciar a correspondCncia dirigida a Assemnh]eiada RepiThlica respoilante a revisão constitucional;

d) Pmocedcr a redaccibo final das ahernçoes a Constituiçaoaprovadas pcio Pleni’uio da Assemhleia;

e) Reunir nwn ñnico decreto do revisao as altemaçoesaprovadas 0 insori-las nos lugames prOprios daConstituiçao, inediante as suhstituiçOes, as sopresses e ‘is aditarnentos neeess(mrios.

Artig() 30

Mt,sa

A mesa é composta por umn presidente, urn vice-presidente e dois secretámios, eleilos polo plenãrio da Comissibodo entre ‘is seus membros.

Artigo 40

Coaivocaçu das rcuniies

1 — As reuniöes serão mnarcadas pela prOpmia Comnissãootm pelo son presidente, ouvidos ‘is mestantes inemhmos damesa.

2— A convocaçao polo presidetite deve scm feita atravCsdos semviços compelenles da Assemnhleia, corn a antccedCncia minima do vinte e quatro horns.

Artigo 5°

Ordcm de trahallios

I — A ordem de lrahalhos do cada meuniibo dii Comnissãoserá uixada na meuniäo anterior on, 110 ca.so de convocaçãopolo presidente, será lixada pom osto, ouvidos os restantesmnemhmos da mesa.

2 — A ordomn do tmahalhos tixada podo scm altemada naprOpria meunuiio, dosde que nib baja oposicibo do qualquermemhmo da Cornissito.

Artigo 6.0

Qwbrurn

A Comnissibo tuncionará estando presen!e, polo menos,urn terço dos sees mnemnhros.

Page 14: 1—RC Terça-feira, 22 de Setembro de 1992ficheiros.parlamento.pt/DILP/DAR/III_RevisaoConstitucional/DAR_IIRC_1.pdf · Corno presidente em excrcfcio permitia-me propor-vos a seguinte

i4 II SERIE — NMERO 1-RC

Arigo 70

Interr’ipçii da rcIJnies

?ara elcitos de reuniäo dos seus inembros, podcrá qua!quer grupo parlarnentar requerer a interrupçio de rcuniãoIenthia por perfodo nao superior a quinze Ininutos, a qua!flo podera ser recusada pelo presidente se o grupo parlainentar ainda näo tiver exercido este dircito durante a:nesrna reuniäo.

Arligo 8.”

Texto de substituiçio e Id9ptaçes

I — A Comissio näo pode sugerir ao Plenário tiaAsseinhiela da ReptThlica (extos de suhstiluiçao que abranjam preceitos constitucionais nan conteinpiados em qualquer projecto tie revisäo.

2 — Todavia, caso a aprovaçiLn tie alteraçOes ou de texos de substituicao imnplique, por si, adapuiçOes em preccitos não contemplados em qualquer projecto tie revisän,pode a Comnissio proceder as necessárias adaptacoes.

Artigo 9°

Dcliheraciks

I — A sugestan an Plenário tie aprovaçlio tie quaisquerpropostas de alteraçiio constuites de projectos de revisane de (extos tic suhs(ituiçlio depende de deliheraçao 01rnaioria tie dms terços dos Deputados em efectividade defunçOes na Coinissao, desde que correspondente a mainriade dois terços dos Deputados cm e1ciividade tie funçoes.

2 — As restantes deliberaçoes serao tomnadas nos lernmosgerais do Regimento da Assemnhleia da Rephlica.

Artigo 10.0

PbHcidade da’ rcuniiics da Coniissiio

1 — As reuniOes da Coinissão nan são pñhlicas, salvodcliberaçao em contriirio.

2 — No final de cada reunião, a mesa elahorará urn comunicado, a distribuir aos órgiios de comnumcaçao social,corn relato sucinto dos trahdhos efectuados.

Artigo 11.”

Acta.s

I — Os debates serãn integrahnente registados.2 — As actas da Comnissão serão publicadas, scmnanal

nente, na 2. série do Diirio da Asseinbicia da Repithlica,devendo incluir Urn sumn1rio aprovado pela mesa, corn ame:mção dos assuntos tratados, a indicaçao dos intervenien—tes nas discussOes, os resultados das votaçoes e outroseementos que o presiddilte julgue necess1rio incluir.

3 — As acias serão edutadas a final, em separata, acornpanhadas do Induce anailtico.

4— 0 prsidente da Cornissao assegurara o cumprimentodo disposto 1105 ndrneros anteriores, hem corno apuhlicaciio das actas em Iermnos tie fâcil consulta e leitura.

Artigo 12.”

Rciatri4,

I — A Cornissão apresentará an Plenilrio urn relatOrio,donde consfarao, designadamnente:

a) Referência geral an funcionamento da Comissãoe no desenvolvimento dos seus trabaihos;

b) Referência geral a correspondência recebida;C) Sugestes da Comissão an Plenário aprovadas nos

termos do artigo 9.”;d) PosiçOes assuinidas snhre as restantes propostas

de alteracao a Cnnstituicao.

2 — A Comnisso poderá apresentar relatórios parcelares.

Artigo 13.”

Regime supletivo

Em tudn n que nab estiver previsto neste regimnentoaplica-se suplerivamnente o Reglinento da Assembleia daRepihlica.

Erwn 17 imora.c e 15 ininutos.

Estivercun presenres OS seguintes Srs. Deputados:

Aim Paula Mains Barros (PSD).Fernando Marques Andrade (PSD).Guilherrne Henrique V. R. da Silva (PSD).Joan José Pedreira de Mains (PSD).Luls Carlos David Nobre (PSD).Luls Filipc Garrido Pals tie Sousa (PSD).Manuel Castro de Almneida (PSD).Manuel tin Costa Andrade (PSD).Miguel Benin Martins da C. M. e Silva (PSD).Rui Manuel Lobo Gomnes tin Silva (PSD).Rui Manuel P. Cliancerelle tie Machete (PSD).Mario Jorge Belo Macic! (PSD).AntOnio tie Almeida Santos (PS).Alberto Bernardes Costa (PS).Alberto de Sousa Martins (PS).Jorge Lacão Costa (PS).José Eduardo Vera Cruz Jardirn (PS).José Alberto Rebelo dos Reis Lamnego (PS).José Manuel Santos tIe Magalhacs (PS).AntOnio Filipe Gaian Rodrigues (PCP).João AntOnio (ionçalves do Atnaral (PCP).Narima Sinai CoissorO (CDS).Manuel Stirgio Vieira e Cunha (PSN).

A Divisão de Redacçao da Asse,nbleia dci Repablica.

WI