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Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga Unidade Organic a 2
Rua de Damiio, 220 - 4710-232, Braga, Telefone: 253208800 Fax: 213506000 Email: [email protected] . 10262630-200460
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2925/14.7BEBRG 005147422
Processo: 2925/14.7BEBRG I
Exmo(a). Sen~l'''<'i ) ' Dr(a). Pedro Marinhc .Falello R Dr Joaquim Pires de Lima, 388, 42~348 PORTO
Recurso de contraordena~ao I Recorrido: DIRECC;AO DE FINANC;AS DE BRAGA Recorrente: JOSE AUGUSTO RAMOS DA SILVA
Assunto: Notifica~i() de. senten~a
N/Referencia: 005147422 Data: 08-01-2015
Fica v.a Ex.a por este meio notificado da senten~a proferida nos autos supra referenciados cuja c6pia
se junta, e de que dispOe do prazo de 20 dias para recorrer que~endo. nos termos do artigo 83. 0 do
Regime Geral das Infra~oes Tributarias.
o Oficial de Justi~a,
Aida Manuela sT!:;avares Lemos
Notas: SolJcitfl-se que na resposwseja indicada a reforencia deste documento
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA 4\
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Proc. n.O 2925/14.7,BEBRG.,"
Recurso "de contra-orden3.9ao "~
1-Relatorio
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Jose Augusto Ramos da Silva, NIF. 212 153 838, residente na Rua Gabriel
baceJar, nO 39, Braga, interpos recurso da decisao da AT, que a condenou no pagamento
de wna coina no montante de € 62,10, no processo de contra-ordenayao !F'o
036120140600000297056, por fuha de pagamento de taxa de portagem em viola~ao do
d~posto no art.O 5.°, n.o 1, alinea a), da Lei n.o 25/06, de 30 Qf>. mayao punida pefO art.o
7.° do mesmo diploma legal 01
. " No recurso apresentado, a recorrente alegou, em sintese a nulidade da decisao
administrativa. ..
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Conclui pedindo a revogayao da contra-ordenayaoptla qual fbi condenada.
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A decisao de que se recorre encontra-se a fls. 18/19, e reporta-se it pnitica de
infracyao alegadamente cometida pelo arguido de fuha de pagamento da Taxa de
Portagem reJativa ao veicub autom6vel rnatricuJa 48-MQ-53, no dia 05-06-2013, peJas
11.48 horas, detectada na saida Maia PV, que constitui infracyao ao disposto no artigo
5°, nO 1, alinea a), da Lei n° 25/06, de 30 de Junho, punivel "9s termos ao artigo 7° do
mesmo diploma.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
Nessa decisao, alem do mais, teve-se em conta 0 canicter "frequente " da
infrac~ao, a nilo verifica~aode actos de oculta~ao que dificuhassem a descoberta da
infrac~o, tendo decorrido rnais de 6 meses desde a data da infrac~ao,a situa~ao
econ6mica e financeira "baixa", tendo-se considerarfo que 0 recorrente rno agiu de
ronna dohsa mas tao s6 negligente.
o recorrente roi condenado em coima no mont1lnte de €62,lO:
Peh Magistrado do Minisrerio Publico roram estes autos presentes a tribunal,
considerando-se tal acto como acusayao, nos tennos e para os ereitos do artigo 62.0,n.oI
do Regime Geral das Contra-ordenayoes (RGCO), aprovado peio Decreta-Lei
n.0433/82, de 27 de Outubro "ex vl' artigo 3.0,alinea b) do Regime Geral das Infracc;<ses
TributArias (RGIn.
,. Notificada a Fazenda Publica nos tennos e para,os ereitos,. ·dQ disposto ne artigo •
81.°, n. o.z do RGIT, mo se prommciou.
Notificado 0 Recorrente nos tennos do disposto no artigo 64°, n.o.z do RGCO,
000 roi apresentada qua1quer oposiyao a prolayao da-.d~c~o _QQ_ ptesente recurso por
despacho.
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TRIBUNAL ADMINISTRA TIVO E FISCAL DE BRAGA
IT - Saneamento
o tribunal e comt-"r~nte em razao da nacionalidade, da materia e da hierarquia.
o processo e 0 proprio e encontra-se isento de nulidades que o invalid em na
totalidade.
As partes sao dotadas de personalidade e capacidade judiciarias e sao legitimas.
*
ill - Fundamenta~o De Facto
Considero provados os seguintes mctos, com relevancia para a decisao a
proferir, com base no teor dos docwnentos juntos aos autos:
A) A 17-07-2014 foi 1evantado contra a recorrente 0 auto de notfcia por"lalta de
pagamento de portagein, verificada a 05-06-2013, que motivou a instaur~ao do
processo de contra ordena((aO n.o036120140600000297056, [cfr. Fls 20], cujo teor de dA
aqui por integraImente reproduzido para todos os efeitos legais;
B) A 11-09-2014, fui proferida, pelo Chefe do SeJ'Vis:o de Finan((as de Braga I, a
decisao ora recorrna, que se dA por integrahnente reproduziia para todos os efeitos
legais e se transcreve:
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
Ao(A) lII9Iido(a) foIlevenIado Auto da Nctlcla palos segulntlls factoII: 1. Impoab'TrfbutD: Taxa da portagem; 2. Dalat110ra da Infraqlo: 201:J.08.()5 11:48:38; a LocaIlia I~ A3; 4. Enlrada: Braga SUI Salda: Maia PIt; 5. ~ da vlatura: 4&-MQ..53/4L lAUD. 12; 6. MonIanIe de IiIlaI de porIagem: 5,75. os quais sa clio como provadOs. Data cia ~: .2013-06-05 11 :46:38; Loc:aI cia fnt'ra9Io: A3; 8arreIra de entradl: Braga SUI; BerNira de saIda: MIlia PII; Matrfcula do valculo: 48-MQ..53; Modelo do va/culo: 4l; Marca do valculo: AUDI; C'asse do velculo: 2; ProvenIAnda de divide: '»A
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I' Os facIos relatados constItuem vfoIII9Io do(s) artigo(a) abelxo indlcado(s).· punldi"ii PetD(s) artIgo(s) do 'RGIT rafel1dos '10 quadro. ! aprovado pelal.ei not5I2001 ,de 05/07, consdtulnclo contfa.Ord8n~) ..
' .:"::;'._1 2 At1Igo
1 Arlo so nO ta) lei nO 25{06 de 30/06-FaIta de paga/lll!!lto de tIDc& de pgrtagem
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A1IfIo Art.D 70 lei nO 25/06 de 30/06 - FaIta de pagarnento de I3lcB de portagem
62,10
A responsabHkIade pr6pria do(s) arguldo(s) deitw do MO 70 do Oec-Lel NO 433/82. de V/10, apIiaWeI por ~ do ~ 3Odo RGIT, c:oncIUindcHie dOs autos a Jritica. peIo(s) arguIcIo(s) e como autor{ I!S) mater1al(als) da(s) <XlrI~I5es) ident!f'lC8da(s) supra •
. tiMiE_ Para fIXa9lO da(s) coima(sJ tim rionci1tto dive t8T-sa em coma a gravtdadeobJectiVII a subjacllva d$(~) oonllB-orde_D(lkts) prsticada(s). para tanto Impot'la ter presente e CORs!derar 0(1) seguinle(.) quadro(s) (Art"27 do RGrr):
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AdDs de OcultayAD Beneflclo Econ6mico Frequ8ncla de pnWca NegligAncia . O~denla C:Omelllr infrac:l;lo SI~ Ec:on6mica e Flnancalre Tempo dllCOlT1dci desde a pnltica cia ~
Baixa
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Assim, tendo em conta estes e elementos para a graduay1io da coima e de acordo
com 0 disposto no Art" 79° do RGIT ap1ico ao arguido a coima de Eur. 62; 1 0 cominada
noes) Art(s)O Art.o 7° Lei n° 25/06 de 30/06, com respeito pelos limites do Arf 26° do
mesmo diploma, sendo aindadevidas custas (Eur. 76,50) nostermos do N° 2 do Dec
Lei N° 29/98 de 11 de Fevereiro.
( ... ) - elr. fJs. 18/19 dos autos.
Os mctos supra discriminados decorrem da prova documental jlD1ta aos autos.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
Inexiste quaJquerfuctuaJidade que, revestindo interesse para a soluyllo da causa,
tenha resultado como MO provada.
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IV - 0 Direito
Vern 0 Recorrente apresentar recurso de contr~-ordenayao da decisao de
aplicayoo de coima no . montante de € 62,10, pela pratica de irrfracyao contra
ordenacional previ5ta e ptmida peb artigo 7° da . Lei n° 25/06. de JO/06,atenta a ·
infrac9Ro do artigo 5° n° 1 alinea a) do mesmo dipbma.
Cumpre apreciar e decidir.
Incumbe ao Tribunal 0 conhecimento de todas as questOes suscitadas peJas
partes, e apenas destas, sern prejuizo de a lei impor ou permitir 0 conhecime~ oficioso
de outras: art. 608.° n. 0 2 do C6digo de Processo Civil (CPC), ex vi do art. 2° al e) do
C6digo de Procedimento e de Processo Tribuffirio (CPP1).
Porque a nulidade da decisao precede as outras questoes invocadas, desde ja, nos
pronunciamos sobre ela.
Nos presentes autos vern imputada a arguida a pratica de urn ilfcito de mera
ordenayoo social previ5to no n.o 1, alinea a), do artigo 5.° da Lei n.O 25/2006, de 30 de
junho.
Dispoe a ahldida norma nos seguintes tennos:
"Contra-ordena~oes praticadas no ambito do sistema de cobranr;a electronica
de porta gens
1 - Constitui contra-ordenar;iio, punivel com coima, nos term os da presente lei,
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o niio pagamento de trocas de portagem resultante:
a) Da transposi~iio de uma barre ira de porta gem atraves de uma via reservada
a um sistema electrlmico de cobran~a de portagens sem que 0 veiculo em causa se
encontre associado, por for~a de um contrato de adesiio, ao respectivo sistema;
(...).
Artigo 7. 0
Determina~iio da coima aplictivel
1 - As contra-ordenafoes previstas na presente lei sao punidas com colma de
valor minimo correspondente a 10 vezes 0 valor da respectiva taxa de portagem, mas
nunca inferior a (euro) 25, e de valor maximo corresp011dente ao quintuplo do valor
minimo da coima, com respeito pelos limites maximos previstos no Regime Ceral das
lnfracryoes Tributarias.
2 - Para efeitos do disposto no numero anterior, sempre que Jor vlIriavel a
determina~iio da taxa de portagem emJunryiio do percursopercon'ido e 11iivfor
possive/, no caso concreto, a sua determinarylio, e considerado 0 valor ma.:'(imo cobravel
na respectiva barre ira de porta gem ou, no coso de inJta-estruturas rodov iarias,
designadamente em auto-estradas e pontes, onde seja devido 0 pagamento de portagens
e que apenas disponham de um sistema de cobran~a electronica das mesmas, no
sublan~o au conjunto de sublan~os abrangido pelo respectivo local de detecryiio de
veiculos para efeitos de cobranfa electronica de portagens.
3 - As infra~oes previstas nos artigos 5. 0 e 6. 0 slio puniveis a titulo de
negligencia.
(. . .). " Impoe-se, enta~, aterir da veriflCayao, "in casu", de todos os requiSitos legais da
decisao recorrida.
Estatui 0 artigo 79.°, n. ° 1 do RGIT~ sob a epigrnfu "Requfflitt:)s da decisao qUe
ap/ica a coima", que a decisao que apJica a com conrem:
a) A identificar;iio do infrator e eventuais comparticipantes:
b) A descri~iio s.umaria dosfactos e indicaryiio das norma!) v io!adm e puvzj[lva, :
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TRIBUNAL AOMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
c) A coima e sanfOes acessorias, com indica~iio dos elementos que contrihuiram
para a suafixaflio;
d) A indicaflio de que vigora 0 principio da proibifiio da reformatio in pejus,
sem prejuizo da possibilidade de agravamento da coima, sempre que a situarao
economica e finance ira do infrator tiver entre tanto melhorado de forma sensivel;
e) A indicaflio do destino das mercadorias apreendidas;
j) A condenaflio em custas.
Nos termos do artigo 63.°, n.o 1, alinea d) do ROIT a fuIta dos requisitos Iegais
da decisao de aplic~ao das coimas, incJuindo a notificac;ao do arguido, constitui
nulidade insuprivel do processo contraordenacional tributirio.
E confurme decorre do n. ° 5 do mencionado artigo 63.° do ROlT, tal nulidade e de conhecimento o:ficioso, podendo ocorrer ate ao trans ito em julgado da decisao final.
Conforme se extrai da "Descriflio Sumaria dos faclos", 1evada a cabo na decisao
recorrida, e ornitido 0 comportamento contraordenacional modelado pelo n.O I, alinea
a), do artigo 5.° da Lei n.o 25/2006 de 30 de junho, que nao se resume it fulta de
pagamento de taxa de portagem.
Na verdade, confurme vimos, ja, a aludida norma exige como elemento
constitutivo do tipo, que tal omissao de pagamento seja "transposif;lio de uma harreira
de portagem atraves de uma via reservada a urn si!Hema elec{r(5nicode cobranr;a de
portagens sem que 0 veiculo em causa seencontte associado, por for~·a de um contrato
de adeslio, ao respectivo sistema", fuctualidade que e omitida em absoluto na deci<;ao
condenatoria.
Com ereito, 0 tipo de ilicito em causa nao se basta com uma puni omissao de urn
dever de agir - dever de pagamento da taxa de portagem - contendo, po is, na sua
descric;ao tipica, os elementos a:dicionais acima enunciados, os quais, ao constituirem
urn pressuposto da p~ao, rem de estar suportados em fuctos descritos na decisao de
aplicayao da coima, ainda que rereridos por furma surnaria, 0 que no caso dos autos nao
sucede.
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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
Nos tennos do aludido artigo 79.°, n.O 1, alinea b) do RGIT, a decisao que apJica
a coima contem "a deser~ao slDl1liria dos metas e indica~ao das nonnas violadas e
punitivas. "
Confunne derendem Jorge Lopes de Sousa e Manuel Simas Santosl. cuja
pos~ao se aeompanha, "a «descri-rao sllIl1Aria» refurida naquele art. 79. 0, n.D 1, ai. b.l.
nan exige <<3 enumera-rao dos metos provados e nao provados, bern comu de tulla
expos~ao tanto quanta possivel completa, ainda que concisa, dO's- nlUtivos, d~ fucto e de
direito, que fimdamentam. a decisao, com indica~ao e exame critico das provas que
serviram para funnar a eonvic~ao do triblBlal», que e exigida pelo art. 374.°, n.o 2, do
CPP para as senten~as proreridas em processo criminal.
Trata-se, neste art. 79.0, n.o 1, aL b), de estabelecer umregime de mel10r
solenidade para as decisOes de apIica~ao de coimas comparativamente com as senten~s
criminais, regime esse justificavel pela menor gravidade daS sanyaes
contraordenacionais.
o que exige aquela aL b) do n.D I do art. 79.°, ffiterpretada a luz das garantias do
direito de deresa, constitucionahnente assegurado (art. 32.°, n.D 10, da CRP) e que a
desc~ao mctual que consta da decisao de aplica-rao de coima seja suficiente para
permitir ao arguido aperceber-se dos metos que the sao imputados e poder, com base
nessa percep~ao, defunder-se adequadamente."
Ora, no casosujeito, a decisao recorrida nao contem todos os m.etos que
integrem e sustentem a contraordena~ao impiltada a arguida, ou seja, todos os elementos
constitutivos do tipo contraordenacional em causa, sendo, por isso, insuficiente pata
sustentar a imputa«;ao do mesmo a recorrente.
Por outro lado, a mera remissao para aqueles fuctos por via da invoca:vao da
nonna ''infiingida'' e da norma ''punitiva'' nao e apta a · garantir a . verifica~ao do
elemento essencial consubstanciado na "descrilrao surnaria dos fuctas", seja porque wI
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TRIBUNALADMINISTRATIVO E FISCAL DE BRAGA
nao se traduz numa eretiva descr~ao mctua~ seja porque, onerando 0 destinatar10 da
decisllo, llie imp5e oaresso aos diplomas legais invocados para, por via indireta, se
aperceber da fuctualidade que llie e imputada, 0 que e, em abstrato, passiveI de
constituir tnna Jimita~ao a respetiva deresa.
Na esteira do acabado de expender, sustentam Jorge Lopes de Sousa eManuel
Simas Santos (In Regine Geral das Inftac~5es Tributarias Anotado, 4.a Edi~ao, Areas
Editora, 2010, pag. 518), que ''pela mesma razao de que e necessam assegurar que 0
arguido se apercebe dos mctos que !he sao imputados, rillo pode considerar-se suficiet1te
wna indica~ao mctuaJ impIicita, dedutivel do enquadramento juridico que na decisao e dado a infrac~ao."
Acresce, ainda, que, a decisao e completamente omissa quanta a rererencia da
moldura contraordenaciona~ abstractamente aplicavel . (veja-se qiladro da Medida da
cOima). Tal omissao impede a recorrente de apreender a globalidade das circunstancias
que levaram a coima aplicada, pois, desconhece os lirnites maximos e minimos da
mdklura aplicave~ bern como 0 peso e de que furma foram considerados cada urn dos
elementos previstos no art.D 27.0 do ROIT, na detenninayao da medida concreta da
coima.
Pelo exposto, nao se mostrando satisfuitas as exigencias previstas nas aIineas h)
e c), do n.D 1 do artigo 79.0 do ROIT, ocorre uma nulidade insuprivel no proccsso de
contra-ordena~ao tnbutarla, por ful"9a do prescrito na alfnea d) do n. 0 ] do artigo 63. 0 do
mesmo Regime.
E por ser nula a decisao recorrida, devem tambem anuJar-se os terinos
subsequentes do processo, nos tennos do n.D 3 desteuhimo preceito, mostrando-se,
ainda, prejudicado 0 conhecimento das demais quest5es suscitadas
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TRIBUNAL ADMINISTRA TIVO E FISCAL DE BRAGA
IV - DECISAO:
Face ao exposto, declaro nula a decisao recorrida, bemcomo, todos os termos
subsequentes do processo de contraorde~ao em causa.
Sem custas, atenta a isen~ao de que goza 0 MP nos tennos do artigo 522.0,n,01
do CPP e artigo 4.°, n. °1 alinea a) do RCP ex vi artigos 92.°, n.Ol do RGCO e artigo 3.°
alinea b) do RGIT.
Re~te e Notifique.
Braga, 2015-01-07
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