1989 - os modelos arima e a abordagem de box-jenkins

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  • 7/24/2019 1989 - Os Modelos Arima e a Abordagem de Box-Jenkins

    1/8

    LJNOTAS E COMENTRIOS

    O s M ode lo s A rim a e a A bo rdagem

    d e B o x -J e n k in s

    U m a A p l ic a o n a P r e v i s o d o IB O V E S P A a C u r t ls s i m o P r a z o

    RESUMO:

    E ste trabalho analisa os m odelos auto-regressivo-m dias-m 6veis e os com para com os m -

    to dos tradiciona is de nom inad os de an lise tcn ica .

    A abordagem de Box-Jenkins apresentada em seguida e suas quatro etapas - indentificaCfo, esti-

    m ao, validalo e previsilo - silo analisadas.

    F inalmente, m ostra com o esta tcnica pode ser im plem entada com excelentes resultados na m odela-

    gem e preoiso do ndice da Bolsa de V alores de Silo P aulo (BO VESPA ).

    PALAVRAS-CHAVE: AR IMA , Box -I en kin s, p re pis , mode la gem , p ro ce ss os e sto c stic os .

    INTRODUAO

    F ra n cis c o c a r to s G o m e s

    No passado, anlise tcnica foi sinnimo de

    anlise grfica. Se analisarmos.os pressupostos a

    ela sub~acentes,. identificados por Edwards e

    Magee ,observaremos a presuno de que os

    D o uto ra n do e P r o fe s s o r n o D e pa rta m e n to d e

    In fo rm tic a e d e M to d os Q ua ntita tiv os a plic ad o s

    A d m in is tr a o d a E AE S PIF G V .

    1. EDWARDS , R .D . e MAGEE JR., [ohn, Technical

    Anal]/sis of Stock Trends Springneld, Stock Trend

    Servce, 1958(edio revisada).

    R e vis ta d e A dm in is tra o d e E m pre sa s

    810

    P a u l o , 2 9 2 ) 6 3 - 7 0

    A b r . / J u n . 1 9 8 9

    6

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    2/8

    o

    NOTAS E COMENTRIOS

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 . , 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 i l l l l l l l l l l

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 . l l l l l l , ~ I I I I I I I I I I I I I ~ 1 1 1 1 1 : : l l l l l l l l l l l l l l l

    1 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I f I I I I I I I I I I . 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ~ I I I I I I I I I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    ,I .

    ~ l l I J , t 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 , ~ l l l l l l r I 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    I I I I I I I I I I J .

    1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 j l l l l l l l ~ . 4 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ,

    ~ I

    i l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l

    1 1 1 1 1 1 1 . ~ l l l ~ ~ 1 1 1 j l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l ~ j l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l

    I I I I J . ~ l l l l l l l l l , . j l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l . 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    1 1 , ~ l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l l 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    , , . ( 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

    padres de comportamento passado se reprodu-

    ziro no futuro e, portanto, podem ser empre-

    gados com propsitos preditivos (este o pres-

    suposto da constncia, subjacente maioria das

    tcnicas quantitativas de previso).

    Embora o termo anlise tcnica abranja atu-

    almente algumas ferramentas quantitativas, po-

    demos caracteriz-la como um conjunto de m-

    todos heursticos, semi quantitativos, que

    permitem ao analista introduzir as suas ava-

    liaes subjetivas acerca do padro de comporta-

    mento dos preos e seus pontos de inflexo (a

    antecipao dos

    turning points

    um aspecto

    fundamental dos problemas de previso).

    Esta ltima 'caracterstica, a simplicidade e a

    facilidade de aprendizado e de implementao

    so os principais responsveis pela grande po-

    pularidade desses mtodos.

    Contudo, a anlise tcnica, enquanto um

    conjunto de mtodos de anlise de sries tempo-

    rais e/ou tcnicas qualitativas de previso, pode

    ser objeto das seguintes restries:

    a) possui pouca fundamentao terica e es-

    tatstica;

    b) vrios de seus mtodos no proporcionam

    previses numricas;

    c)no estabelece o grau de incerteza associado s

    respectivas previses, determinando um inter-

    valo de confiana e respectiva probabilidade de

    ocorrncia;

    d) no sistematiza nem calibra as avaliaes sub-

    jetivas, de sorte a corrigir os vieses associados

    aos diferentes perfis cognitivos.

    64

    Tendo em vista as trs primeiras restries ci-

    tadas, apresentaremos um mtodo alternativo,

    que deve ser encarado como uma abordagem

    complementar em lugar de substitutiva da

    anlise tcnica.

    Os modelos ARIMA foram sistematizados

    por Box e Jenkins

    2.

    Esses modelos so robustos

    do ponto de vista conceitual e estatstico, pro-

    porcionam previses probabilsticas e so de

    fcil implementao ( desde que tenhamos os

    recursos computacionais adequados). De fato,

    representm uma generalizao dos diversos

    mtodos de anlise de sries temporais.

    OS MODELOS ARIMA E A ABORDAGEM

    DE BOX-JENKINS

    1. Os modelos ARIMA

    Tendo em vista os limites desde texto, pode-

    mos apresentar sumariamente a forma geral de

    um modelo ARIMA (p.d.q) como segue:

    =

    +

    e (B)

    c j >

    (B)

    1

    2. BOX, George E. P. e JENKINS, Gwilym. Time

    Series Analysis: t orecasting and Controlo Oakland,

    Holden-Day, 1976 ( edio revisada). Ver tambm:

    MAKRIDAKIS, Spyros e STEVEN, C. Wheelwright.

    Forecasting: Metliods and Applications New York,

    Wiley, 1978.

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    3/8

    RAE

    F IG . 1 - D la gn na d e B lo co s d O s M o d elo s A rtm a

    4 1 8

    e-

    1

    8

    R u f d o S r i e

    .BIW1CO

    T em p

    - -

    F l l I r o d e

    F I r o

    F l l I r o d e

    M d I a s - M 6 v e l 8

    AIJto.fagrIssIv

    I n t e g r a l o

    t

    E s I a c I o n r 1 o )

    N I o - E s t a c . )

    lt

    It

    onde:

    t - ndice do tempo

    Wt -

    d'sima diferena da varivel de inte-resse z,

    Jl -

    ponto de referncia do nvel do

    processo

    8 (B) - operador de mdias-mveis :

    8 (B)

    =

    (1- 8tBl - ~B2 - ..- 8

    q

    J 3 C 1 )

    I

    B) - operador auto-regressivo:

    t(B) = (1- JBl-i2B2- ...- ~BP)

    BP -

    operador de retrocesso:

    l3 PZ t - ,

    Zt.p

    tt -

    rudo branco ou erro aleatrio

    Para maior clareza, o modelo ARI~A (p, d,

    q) - diz-se modelo auto-regressivo .mdias-

    m6veis integrado de ordem (p, d, q) - acima es-

    tabelecido de forma sinttica pode ser expandi-

    do, como segue:

    2

    w

    t

    =

    8

    0

    +

    lh

    Wt_l + ...+ f

    p

    W

    t

    _

    p

    +a

    t

    -8

    1

    lt_i- -

    8cft.q

    onde:

    De uma forma geral, os modelos ARIMA

    postulam que

    as

    sries temporais

    (Zt)

    podem ser

    representadas por uma seqncia de choques

    aleatrios

    (lt)

    submetidos a trs operaes de

    filtragem ( mdias-mveis, auto-regressiva e

    integrao), como exemplificado na figura 1.

    Intuitivamente, podemos afirmar que os

    modelos ARIMA representam as sries tempo-

    rais como uma ponderao dos prprios valores

    e/ou erros passados da srie.

    Um modelo ARIMA (p, d, q) possui p+q+2

    parmetros desconhecidos, que devem ser esti-

    mados a partir dos dados, a saber:

    a)

    Jl,

    .e. o ponto de referncia do nvel do

    processo;

    b) p, parmetros au~regressiyos

    1 1 ' ~ , . . .,

    f~

    c)q, parmetros mdas-mves

    81' 8

    2

    , ,

    8

    q

    ;

    d)

    (,2,

    a varincia do rudo branco

    lt.

    2 . A A b o rd ag e m d e B o x-J e nk ln s e o P rin cIp io d a

    P a c I m O n I a

    Para a construo dos modelos ARIMA,Box-

    JenJdns I sugeriram as seguintes etapas ite-

    rativas, como ilustrado na figura 2.

    a) Identifica~o

    A identificao de um modelo AroMA cor-

    responde determinao:

    do nfvelde diferenciao (d), a partir do qual

    a srie se torna estacionria;

    da ordem (mxima) dos termos auto-

    regressivos (p);

    da ordem (mxima) dos termos mdias-

    m6veis (q).

    Essas determinaes so obtidas a partir- do

    exame da funo de autocorrelao e da funto

    de autocorrelao parcial, que avaliam o padro

    de dependncia temporal da srie. Para tanto,

    basta compararmos as funes de autocorrelao

    amostrais com os correspondentes paradigmas

    ou funes de autocorrelao tercas .

    b) EstimaSo

    Uma vez determinada a ordem (p. d, q) do

    modelo so estimados os seguintes parmetros:

    u, o nvel do processo;

    3. B OX , George, E. P . e ]EN I< IN S, Gw ilym . O p. c lt.

    65

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    4/8

    o

    NOTAS E COMENTRIOS

    FIG. 2 - Etapas Heratlvas da ConstruAo de ModeloS de PrevlsAo (AbOrdagem de Box-Jenklns)

    ldentHlcar

    Estimar os

    Validar o

    o modelo a

    Parmetros do

    modelo

    ser

    1 _ _ _ _

    modelo

    --

    estimado

    adequa

    tentatlvamente

    identificado

    considerado

    Postular

    umaclassa

    geral de

    modelos

    os parmetros auto-regressivos

    ~1' ~2'' ~

    os parmetros mdias-mveis e

    v

    9

    2

    , , ~ c f

    C J2,

    a varincia do rudo branco.

    Escapa ao escopo deste texto o exame dos

    complexos algortmos de estimao. De qual-

    quer forma, existem programas em abundncia

    para executar essa tarefa.

    c Val idao

    A verificao da adequao do modelo efe-

    tuada em duas dimenses inter-relacionadas, a

    saber:

    o exame do grau de ajustamento ou aderncia

    do modelo - expresso em estatsticas como a

    varincia do erro, o MSE (Mean Square Error)

    ou o MAPE ( Mean Absolute Percentage Error):

    o exame da aleatoriedade dos resduos (erros)

    do modelo - expresso nas suas funes de auto-

    correlao.

    d) Previsa

    Validado o modelo, podemos construir uma

    funo de previso, que alm de proporcionar as

    previses mais verossmeis dentro do horizonte

    de planejamento especificado, proporciona tam-

    bm os limites inferior e superior do intervalo

    de confiana associado a um nvel de confidn-

    cia (probabilidade) estabelecido pelo analista.

    Finalmente, Box e [enkins

    4

    sugerem o em-

    prego parcimonioso desses modelos, i.e., a sua

    utilizao com um nmero mnimo de par-

    metros, possvel em virtude do teorema da

    dualidade.

    66

    Utilizar o modelo

    para fazer pre-

    vises

    no

    Tendo em vista que a maioria das sries se

    torna estacionria aps a segunda diferenciao,

    podemos dizer que, usualmente:

    p, d, q s 2 (3)

    UM EXEMPLO: PREVISO DO IBOVESPA

    A ttulo de exemplo, empregamos uma

    amostra de 650 observaes do Indice de Fecha-

    mento da BOVESPA, abrangendo o perodo de

    02/01/85 a 31/00/87.

    A figura 3 mostra graficamente que a srie

    considerada foi objeto de vrias mudanas na

    sua estrutura temporal, tanto no que diz respei-

    to a suas tendncias quanto no que concerne a

    sua volatilidade, tornando particularmente

    difcil a construo de um modelo de previso.

    Empregando-se a abordagem de Box-jenkins,

    podemos modelar o IBOVESPA, como segue:

    1. IdentlficaAo

    As figuras 4a e 4b mostram as funes de au-

    tocorrelao do lBOVESPA aps a sua diferen-

    ciao de primeira ordem, cujo exame permite

    concluir que:

    a) a srie se toma estacionria aps a primeira

    diferenciao, portanto d=l.

    b) pe l e q=O,embora no haja uma aderncia

    muito clara aos paradigmas (esses valores foram

    confirmados atravs do exame dos modelos al-

    ternativos).

    4. Idem, ibidem.

  • 7/24/2019 1989 - Os Modelos Arima e a Abordagem de Box-Jenkins

    5/8

    RA E

    FIG . 3 -IB OV ESP A Fe cha m ento

    FECHAMENTO

    0

    o

    . .

    I

    .

    .

    i

    .

    . .

    . . .

    I

    s o o

    F IG . 4 a - F unA o d e A uto co rre la A o - P rim e ira D ife re n a IB O VE SP A

    COEHCIENTE

    I

    o

    . .

    . . . - . ~ .. . :.- .. . . :. o . . .. : .. . . . , . : . .. . . .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    . .

    O

    3 0

    DEFASAGEM

    F IG . 4b - FunA o d e A uto co rre la lo P arc ia l- IB OVE SPA P rim e ira D ife re na

    COEHCIENTE t

    o

    .

    . .

    . o : f : ~: ~ :

    o

    DEFASAGEM

    67

  • 7/24/2019 1989 - Os Modelos Arima e a Abordagem de Box-Jenkins

    6/8

    o

    NOTAS E COMENTRIOS

    Logo, o IBOVESPApode ser representado por

    um modelo ARIMA (1, 1,

    O )

    ou, mais sumaria-

    mente, por um modelo auto-regressivo de

    primeira ordem com um nvel' de integrao

    [AR (1,1)

    l,

    como segue:

    4

    00

    onde:

    Zt - ndice Bovespa (Fechamento)

    w

    t

    -

    Primeira Diferena de Zt, i. e,

    Wt = Zt-

    Zt-l

    J l . -

    Ponto de Referncia do Nvel do Processo

    80 -

    Constante, i.e.,

    80

    =

    Jl .

    (1- ~)

    a

    t

    - Rudo Branco

    S - Operador de Integrao

    2 . E s t lm a A o

    As estimativas obtidas dos parmetros do

    modelo identificado foram as seguintes:

    IB OVESPA F EC H AM ENTO M O DEL O AR IMA 1, 1,

    O

    P a r metr o

    Notao

    Estimativa

    E rr o P a dr o

    P r o b .

    Auto-regressivo

    t

    0,2;3584

    0,0384

    0,0000

    N iv e l d o p ro c e s so

    J. L

    15 ,234 13

    0,87854 0,3800

    C o n s t a n t e

    ~

    11,fJ3700

    V a r i nci a

    c P -

    114 .64 8

    A tabela acima mostra que obtivemos uma

    estimativa extremamente confivel do terino

    auto-regressivo de primeira ordem

    < 1 > 1 )

    j que o

    seu erro padro bastante pequeno (notem que

    esse termo se mostra estatisticamente diferente

    de zero a um nvel de probabilidade de aproxi-

    madamente 100 ). .

    Por outro lado, a estimativa do nvel do

    processo

    (Jl.)

    no to confivel, pois possui um

    erro padro mais elevado (notem que esse ter-

    mo se mostra estatisticamente diferente de zero

    a um nvel de probabilidade de apenas 62 ) 5.

    Finalmente, a estimativa da varincia do erro

    aleatrio

    0 2)

    relativamente pequena, mostran-

    do - como veremos - a excelente aderncia do

    modelo (notem que a estimativa do desvio

    padro

    a),

    i.e., o erro-padro, extremamente

    pequena, J =338,60).

    68

    Portanto, o modelo estimado para o ndice

    Bovespa (Fechamento) foi o seguinte:

    1\

    w

    t

    = 11,88789+ 0,23584w

    t

    _

    1

    5

    00

    1\ ~

    ~ =

    L w

    t-

    o J

    J-

    A figura 5 apresenta os valores estimados do

    ndice Bovespa (Fechamento) pelo modelo ARI-

    MA (1,1,0) acima.

    3 . V a l id a o

    A figura 6 apresenta os resduos (erros) do

    modelo estimado.

    a)

    derncia

    Um sumrio das estatsticas bsicas dos

    resduos (erros) do modelo apresentado

    abaixo:

    Mdia: 0,14

    Desvio-Padro: 338,60

    Mnimo: -1.264,69(7,10 ; 16/04/86)

    Mxim.p: 1.997,81(19,67 ;04/03/86)

    MAPE : 2,67

    Constatamos, portanto, que o modelo apre-

    sentou uma excelente aderncia, com um erro

    percentual mdio da ordem de apenas 2,67 .

    b le ato rie dade dos Resd uo s

    A figura 7 mostra a funo de autocorrelao

    dos resduos (erros).

    Alguns poucos coeficientes se encontram

    alm da regio de aceitao, embora apresentem

    uma magnitude relativamente pequena. Prova-

    velmente, a crescente volatilidade (varincia) da

    srie tenha provocado alguns vieses de esti-

    mao, indicando uma provvel necessidade de

    transformao (logartmica ou raiz quadrada)

    5. Neste caso, o procedimento mais adequado seria

    a estimao de um modelo sem constante; entretan-

    to, manteremos o modelo inalterado, tendo em vista

    os propsitos ilustrativos deste artigo.

    6. O MAPE ( Mean Absolute Percentage Error), ou

    erro percentual mdio, definido como:

    1

    1\

    ~ I Zt - 4 I 100

    Zt

    APE

    n

  • 7/24/2019 1989 - Os Modelos Arima e a Abordagem de Box-Jenkins

    7/8

    R A E

    F IG . 5 - IB O V E S P A : e s tim ativ a s d o M o d e lo A rtm a 1 ,1 , O)

    ESTIMATIVA

    ................

    .

    ~ - 'o '.'

    .

    .

    . .

    .................. : 0

    .

    .

    . .

    I I

    F IO . 6 - IB O V E S P A : E n o e d o M o d e lo A rIm a 1 ,1 ,

    O)

    a x > 400 600

    T

    ERRO (X100)

    ...................

    I

    ,o ,

    60 0

    80 0

    T

    F IG . 7 - F un A o d e A u to c o rre la a o d o s E rro s d o M od e lo A rlm a 1 ,1 ,

    O)

    COEFICIENTE

    1

    0 . 5

    O

    - O . ,

    -1

    O

    .

    . .

    . . .

    00 o e 00 00

    0

    . . .

    .

    .

    ;

    .

    .

    .

    . .

    - .

    .

    . . . . . . . .

    ~ ;

    : :. ; - :

    .

    .

    .

    .

    . .

    . . .

    .

    .

    .

    . .

    .

    . . .

    50

    DEfASAGEM

    69

  • 7/24/2019 1989 - Os Modelos Arima e a Abordagem de Box-Jenkins

    8/8

    C J

    NOTAS E COMENTRIOS

    dos dados para lhes estabilizar a varincia. En-

    tretanto, dado o escopo deste texto, a tima ade-

    rncia do modelo e a pequena magnitude desses

    coeficientes, no estimaremos o modelotrans-

    formado e consideraremos os resduos como ra-

    zovelmente aleatrios. .

    4. Prevls6es

    Na figura 8, encontramos a seguinte funo

    de previso do ndice Bovespa:

    '

    W 650+m

    = 11,88789

    +

    0,23584

    W U9+m

    m

    Z 650+m

    =

    11.476,76 +

    LW

    650+j

    l I

    onde:

    m - horizonte de planejamento (m

    = =

    1, 2, 3~...)

    Ao lado, apresentamos as previses do

    IBOVESPA para os cinco dias teis subseqentes

    ltima observao, bem como os respectivos

    intervalos de confiana associados a um nvel

    de probabilidade de 95% (por simplicidade

    deixamos de apresentar a expresso descritiva

    desses limites probabilsticos).

    t

    lt

    l im i t e i n f e r io r

    l im i t e s u p e ri o r

    651

    11.288,3

    10.622,8

    11.949,9

    652

    11.253,0

    10.197,9

    12.308,0

    653 11.256,7 9.897,4 12.616,0

    654

    11.269,3

    9.657,7

    12.880,9

    655 11.283,9

    9.453,4

    13.114,3

    6

    importante notar que essas previses so e-

    fetuadas no instante t = 650; Tendo em vista o

    carter auto-ajustvel do mtodo, obteramos

    uma maior preciso se essas previses fossem

    efetuadas passo a passo (i.e., previso para o

    prxiinO perodo -+ observao -+ previso

    para o perodo subseqente -+ etc.).

    CONCLUSOES

    Apresentamos uma abordagem alternativa e

    complementar aos mtodos tradicionais de

    ~se tcnica, que proporciona previses quan-

    titativas e probabilsticas robustas do ponto de

    vista conceitual e estatstico.

    No experimento efetuado, constatamos que

    essa abordagem. apresentou resultados extrema-

    mente satisfatrios, em que pese

    instabilidade

    e

    volatilidade da srie empregada.

    Q .

    FECHAMENTO

    FIG.

    8

    -IBOVESPA : Funlode Prevlslo do Modelo Arlma(1,1,O)

    T

    ABSTRACT: This paper review s the Autorregressive - M oving Average M odels and com pares ihem

    w ith the traditional m ethods know n by the term tech nica l a na ly sis .

    The Box-lenkins approach is presented next and its four steps - ldentification, Estim ation, Check-

    ing and Forecasting - are review ed.

    Finally, it is shown how this technique is easily implem ented with satisfactory results in the mo-

    elling and forecasting of ihe lnex of the Bolsa de Valores de Silo Paulo (BO VESPA).

    KEY WORDS: Arima , Box- Je nk in s, p re dic ti on , mode lli ng , s to cf :a sti c p ro ce ss es .

    7