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  • 7/25/2019 Artigo Jenkins Ricur

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    Ideias:

    Alguma coisa como a acentuada convergncia das mdias j algo consumado, tenhamos ou

    no em mente as problemticas e advertncias propostas por Henry Jenkins, em seu livro de 2009.

    Ao mesmo tempo, algo como uma spreadability (Jenkins, Green, Ford, 2014) tem tambm sido

    amplamente considerado como a condio adverbial para o movimento dos contedos (signos,

    smbolos, narrativas, interaes, etc.) nas redes eletrnicas e simblicas que se formam a partir e

    que permitem que algo como uma convergncia ocorra de meios ou de seus contedos seja possvel.

    Nosso objetivo nesse trabalho tensionar as problematizaes propostas por Henry Jenkins

    e, de certo, materializadas nos conceitos de convergncia" (2009) e conexo/spreadability/

    spreadable (et. al., 2014) com o circuito aristtelico-fryeano mythos, ethos e dianoia, articulando,

    assim, os modos mimticos de Paul Ricur (2010) com a poiesis aristotlica e o trnsito de

    produtos ditos culturais nas novas redes de comunicao mediadas por computador.

    Como objeto escolhemos um recorte de alguns memes que se fizeram populares nas redes

    sociais Facebook, Twitter, Tumblr e nos boards Imgur, Reddit e . . A justificativa da escolha do

    corpus , ao mesmo tempo, museolgica - no sentido de que apropriaremos os recortes feitos por

    duas iniciativas de monitoramento, mapeamento, documentao e acompanhamento da distribuio/

    trnsito desses artefatos culturais - e prtica. Utilizaremos os sites Museu dos Memes e

    Knowyourmeme. O Museu dos Memes uma iniciativa da graduao em Estudos de Mdia, daUniversidade Federal Fluminense, ps-graduao em Comunicao da Universidade Estadual do

    Rio de Janeiro e de professores do Departamente de Estudos Culturais e Mdia, tambm da

    Universidade Federal Fluminense, e se trata de um site-museu dedicado a coletar, arquivar e

    disponibilizar no apenas os memes em si, mas tambm trabalhos acadmicos (entre outras

    iniciativas) sobre esses memes. O Knowyourmeme" um site, associado ao I Can Haz

    Cheezburger?, criado em 2008 que se utiliza de software do tipo Wiki para documentar, arquivar e

    disponibilizar memes de Internet e outros fenmenos como a viralizao (a qual Jenkins tambm

    alude em seus livros).

    O mtodo aplicado de investigao hermenutica - basea-mo-nos, achamos claro, numa

    hermenutica compatvel com as proposies gerais apresentadas por Ricur em diversas de suas

    obras (especialmente em 2008 e 2010), mas que possa ser, ela mesma, compatibilizada com uma

    hermenutica dupla (JAMESON, 1979 in: KELLNER, 2001, p.145) que atente aos dois

    movimentos marcantes nesse fenmeno (e fenmenos correlatos, como veremos): a popularizao/

    adoo e a propagao/reproduo da linguagem (se que podemos usar esse termo) dos memes.

    Nossa linha guia de anlise dos memes que recortamos que eles exercem (de fato, eles ou sua

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    linguagem, uma hiptese paralela e que, antecipamos, provavelmente nunca poder ser

    satisfatoriamente respondida) um poder de atrao, similar ao de qualquer ou todas as formas

    disponibilizadas do que pode ser compreendido como obras da cultura massa. Compreender

    assim o fenmeno nos permitem destacar a implicao de que essas obras administram" (para um

    autor como Jameson) ou articulam, num embate hegemnico/contra-hegemnico (para o prprio

    Douglas Kellner), as ansiedades, esperanas e outros sentimentos e conjuntos de sentimentos

    espraiados em culturas de determinados lugares e, no mbito co-extensivo das redes sociais na

    internet e das trocas simblicas possibilitadas pela mediao eletrnica, no que vai se apresentando

    enquanto uma possvel cultura-mundo (Lipovetsky, 2010).

    Com esse percurso metodolgico em mente, o de uma anlise variada de UM meme

    especfico atravs de seu deslocamento no tempo, pretenderemos fazer falar os conceitos (ou, j

    antecipando, as abstraes) da convergncia e da spreadability/conexo em articulao com as

    ideias de reproduo cultural (uma temtica importante e presente no livro O Gene Egosta, de

    1976 [1989], onde Richard Dawkins cunha o termo meme" para uma unidade de reproduo

    cultural - definio que, tambm, abordaremos e problematizaremos a seguir), mmesis - num

    sentido amplo e igualmente problematizado durante o curso desse esforo, buscando uma certa

    tradio, que percorre as obras de Northrop Frye (1990), Gnter Gebauer e Cristoph Wulf (2004),

    Erich Auerbach (2003) e que se origina, certamente, nas elocubraes j presentes da Potica deAristteles (2013) s Confisses de Santo Agostinho (1961 e 1984) - e, como concluso, propor a

    ideia de redes narrativas.

    Estamos um tanto quanto acostumados a ler e nos utilizarmos do conceito de rede discursiva

    enquanto uma chave-de-leitura para o trnsito de certos tipos de informaes in-formadasenquanto

    discursos, sejam eles compostos de imagens, sentidos, smbolos ou signos. O que propomos aqui,

    no entanto, , um conceito que abarque no os sentidos; antecipamos que, no que concerne

    fenmenos do tipo do dos memes de internet, os sentidos, tanto dos prprios memes como das

    prticas que se constrem em torno deles, tem de estar necessariamente presentes - ou o usurio

    (seja ele o (re)produtor daquele meme, seu criador original - coisa rara - ou um leitor-receptor que

    se depara com o meme j em uso, exposto em alguma rede social, ou em algum dos boards, ou at

    mesmo diretamente na sua caixa de entrada de mensagens de algum aplicativo como WhatsApp)

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    precisa j estar iniciado no sentido mesmo que o prprio fenmeno (por isso, anteriormente,

    especulamos sobre uma possvel linguagem dos memes) no tem em si sentido sem essa iniciao .1

    Subdividiremos esse artigo em 3 partes: essa, introdutria, que pretende apenas apresentar o

    panorama do que ser feito ao longo do trabalho e tambm apresentar as balizas intelectuais das

    quais nos utilizaremos. importante destacar que, como dito acima, essa introduo se trata de uma

    espcie de mapa simplificado do que tentaremos efetuar no decorrer do artigo.

    Na segunda poro imbricaremos o exemplo do meme [10] Guy exatamente com essas

    balizas - que, de modo resumido, seriam uma leitura crtica desse objeto especfico sob o prisma das

    problemticas propostas por Jenkins em suas duas obras mais influentes (2009; et. al., 2014) e sob a

    interseco e constante interpelao de legados dos Estudos Culturais - especialmente os de vis

    norte-americanos do final da dcada de 1990 e nessa segunda dcada dos anos 2000, com Kellner,

    j citado, e Nick Couldry (2010, 2012) como expoentes e com um foco perene nos relacionamentos

    entre Cultura da Mdia (Kellner, Op.Cit.), neoliberalismo (Couldry, 2010) e ubiquidade das mdias

    (Couldry, 2012) - que, certamente, so frutos, apropriaes e desenvolvimentos de outros legados

    (como do ps-estruturalismo, teoria foucaultiana, psiquinaltica - especialmente freudiana e

    lacaniana -, teoria crtica pr e ps-Frankfurt, gender e queer theory, filosofia da Existenz, as

    aventuras sociolgicas de diversas vertentes ps-modernas, em especial francesas e tambm norte-

    americanas) e podem (e, na nossa opinio, precisam) ser matizados com legados das teoriasliterrias (Frye, 1990), com balizas dos estudos antropolgicos mais filosoficamente calcados e no

    necessariamente naqueles que quase programaticamente prope mtodos de estudo, de aproximao

    com receptores (e produtores), etc. (como as interpelaes que faremos s problemticas do

    neoliberalismo e suas formas tpicas de pensamento, em Appadurai, 1996), e com uma estratgia

    apropriada de retraar as origens de certos modos de pensar, no apenas essas (possveis) novas

    socialidades (e, assim, tambm, trocas simblico-culturais), mas o prprio pensar e agir humanos no

    que se refere a reproduo, expanso, transformao, adoo de tudo aquilo que

    (problematicamente) tendemos a submeter sob a proteo do conceito de cultura.

    O projeto ambicioso, no podemos negar isso. Mas sua exposio aqui deve ser refreada

    pela marcao de que o que aqui se apresenta provisrio, tentativo e compor, futuramente, uma

    Poderamos extrapolar os limites transdisciplinares conjugados aqui e, migrando para um estudo de cunho literrio-1

    antropolgico, afirmar que h inclusive um certo percurso do heri (Campbell, XXXX) envolvido no paradigma dosmemes de internet: um convite a eles feito pela prpria presena' online dos indivduos sujeitos s redes sociais e slgicas inerentes das trocas simblicas que permeiam a internet, h um certo treinamento, um compreender aprofundadoque torna o usurio agente dos memes ao apropri-los (seja em sua vida cotidiana, como forma de troca simblica entreamigos, familiares, outros ncleos, etc., seja no sentido de integralmente compreender como opera cada memeespecfico e como todos eles operam em conjunto para formatar uma, e demarcamos isso com fora, espcie delinguagem prpria.

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    parte de muitos alicerces a serem perseguidos na busca de algum tipo de um esforo contnuo, que

    j vem sendo feito junto a diversos programas de Ps-Graduao em Comunicao (marcadamente

    os da Famecos/PUC-RS e, mais recentemente, junto ao grupo Geminis do Programa de Ps-

    Graduao em Som e Imagem, da UFSCar), tanto de mapeamento de fenmenos quanto de sua

    subsequentes anlises e interpretaes aprofundadas, buscando levar, metodolgica e teoricamente,

    a ideia, ainda que abstrata, de convergncia um tanto quanto ao p da letra: convergir, do latin

    convergere/converg!, remete a colocar junto uma viragem/juntar uma dobra ou inclinao (-con

    significa junto, com e -verg!significa dobrar, inclinar, virar).

    IMAGEM 1 - Imagem original [10] Guy, postado pelousurio do Reddit u/randomdave (https://www.reddit.com/

    user/randomdave), em 25 de novembro de 2011, aindadisponvel no subreddit r/tree: https://www.reddit.com/r/

    trees/comments/moyqf/being_at_a_10_is_not_always_pretty/? e no site de

    armazenamento e upload de imagens Imgur: http://i.imgur.com/iswqW.jpg

    http://i.imgur.com/iswqW.jpghttps://www.reddit.com/r/trees/comments/moyqf/being_at_a_10_is_not_always_pretty/?https://www.reddit.com/user/randomdavehttp://i.imgur.com/iswqW.jpghttps://www.reddit.com/r/trees/comments/moyqf/being_at_a_10_is_not_always_pretty/?https://www.reddit.com/user/randomdave
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    Nosso objetivo aqui realizar, de algum forma e em algum nvel, uma parte, um princpio

    que seja, de uma averiguao, de um pensar sobre espalhamento/spreadability, enquanto o espalhar

    dos contedos (formas, discursos, imagens, at mesmo ideologias ou vises de mundo) e enquanto

    o espalhar dos meios, das plataformas, das possibilidades, dos saberes e de seus usos (fazendo uma

    bvia referncia aos usos dos prazeres aos quais Foucault e seus muitos e no necessariamente

    coesos squitos fazem referncia e exatamente no sentido deprticas, complexas e imbricadas em

    IMAGEM 2 - Memetizao original da imagem postada poru/Ahahaha_10 (https://www.reddit.com/user/Ahahaha__10)no subreddit r/trees em 26 de novembro de 2011 sob o ttulo

    de Happened to a friend of mine on his ever first bongchip (ou: Aconteceu com um amigo na primeira vez emque fumou num bong ou narguil). Ainda disponvel em:

    https://www.reddit.com/r/trees/comments/mp7dp/the_happened_to_a_friend_of_mine_on_his_first/ (acesso

    em novembro 2015).

    https://www.reddit.com/r/trees/comments/mp7dp/the_happened_to_a_friend_of_mine_on_his_first/https://www.reddit.com/user/Ahahaha__10https://www.reddit.com/r/trees/comments/mp7dp/the_happened_to_a_friend_of_mine_on_his_first/https://www.reddit.com/user/Ahahaha__10
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    intertextualidades e intercontextualidades diversas)e convergncia/convergence enquanto, tambm,

    um com-a-viragem, um com-a-dobradura .2

    -

    PARTE 2:

    Definio meme: uma apropriao ou construo interpolada por apropriao e criao de

    contedos (imagens e textos, discursos e sentidos) que podem ser apresentados enquanto remixes

    visuais ou audiovisuais (imagens e vdeos). O melhor exemplo que podemos oferecer o que

    recortamos para essa pesquisa: nomeado de Really High Guy (ou Cara realmente alto ou Cara

    realmente chapado), pelo Museu dos Memes, e [10] Guy, pelo Knowyourmeme, mas

    tambm conhecido como Marijuana Quote Guy ou @ a [10] guy nos boards Imgur, Reddit e

    4chan.

    A linguagem de construo de um meme simples (faremos, conclusoriamente, uma nota

    sobre tipos de memes): uma imagem apropriada, de qualquer fonte que distribua ou publique fotos

    e/ou vdeos e/ou outras formas audiovisuais, e seu sentido expandido. No caso em mos (IMAGEM

    1), segundo o site Knowyourmeme" a imagem original teria sido postada no frum do site Reddit

    r/trees, dedicado a entusiastas da maconha, por um usurio chamado randomdove" (u/randomdove,

    no Reddit), com a legenda de: Being at a [10] is not always pretty (Estar num dez nem sempre

    bonito). No mesmo dia, outro usurio do mesmo frum (Ahahaha__10, ou u/Ahahaha__1, noReddit) postou (IMAGEM 2)no mesmo frum a mesma imagem, entretanto, continha, na margem

    superior, os dizeres Texts the person next to them (ou: Manda mensagem de celular para a pessoa

    ao lado) e, na margem a inferior, I want hopsital [sic] (ou: Eu quero hopsital [sic - traduzindo para

    o portugus o erro ortogrfico presente na mensagem original em ingls]) .3

    No que, em certo sentido, nos faz automaticamente relembrar a problema da dobra" na obra homnima de Gilles2

    Deleuze sobre Leibniz e o barroco (1991).

    Segundo informaes extradas do site Knowyourmeme (http://knowyourmeme.com/memes/10-guy#fn1) e Museu3

    dos Meses (http://www.museudememes.com.br/sermons/really-high-guy/).

    http://www.museudememes.com.br/sermons/really-high-guy/http://knowyourmeme.com/memes/10-guy#fn1
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    As obras da cultura de massa nao podem ser ideol6gicas scm serem .ao mesmo tempo ini_i)iicita ouut6picas bern como nao podei'ao manipular se nao dferecCrem algtlma genuilia nesga de

    contentam,ento como suborno de fantasia para o pUblico que eassim Mesmo a "falsa. consciencia"de urn fenOmeno ta.o m0nstruos6 como o na.Zismo foi dapor fantasias de tipo ut6pico, aparencia"socialista" assim

    "

    cOmo nacionalista. Nossa proposta!sobre o poder de atras:ao das obrits da cul- tura de implica que

    tais ob'ras nao podem administrar as ansiedades em torno da-ordein social se_anteS nao as tiverem

    revivido e nao lhes tiverem alguma expressao entao que ansiedade e ranc;a sao duas faces d.'l

    mesma consciencia coletiva, de tal modo que as obras

    da cultura ctemasSa, ainda que t.Cnham por func;ao Iegitimar a ordem vigentC - oUpior -, na.O

    pt;>dem cumprir s_ua tarefa colocarem a servis:o cteSsa func;a9 as eSperans:as e as fantasias IQ.aiS

    e fundamentais da coletividade, as quais se pod_e dizer, yOz, mesmo que de maneira distorcida.

    que atente aos dois movimentos responsveis pela popularizao epropagao desse gnero narrativo

    JAMESON, 1979 apud KELLNER, 2001, p.145

    BIBLIOGRAFIA

    Ricur, TEMPO E NARRATIVA 1

    HERMENEUTICA E IDEOLOGIA

    Dawkins, Selfish Gene, 1989 (nos LIVROS COMPLETOS

    GEBAUER, Gnter; WULF, Christoph.Mmese na cultura. So Paulo: An-

    nablume, 2004.

    ARISTTELES, POETICS, 2013

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    AGOSTINHO, CONFISSES 1984

    CONFESSIONS, 1961

    KELLNER, 2001

    frye, anatomy of criticism, 1990

    So alunos de graduao em Estudos de Mdia/UFF, ps-graduao em Comunicao/Uerj, e professores doDepartamento de Estudos Culturais e Mdia/UFF e outrasinstituies.

    spreadability vs. histria de Ulisses sendo contada ao prprio Ulisses (Cavarero, 2000)

    p.23

    To be sure, by emphasizing heroic action, the constitutive unmasterability [impadroneggiabilita] of

    the 'who' is made hugely evident. No one can know, master or decide upon identity. Each one of usis only capable of exhibiting it, of exhibiting that unrepeatable uniqueness which he is, as heappears to others in the actual context of his exhibition. Our Ulysses, who interacts with his peerson the Trojan plain, is thus not an extraordinary case at all. As happens not only with heroes,butalso with all of the other actors, he does not know who he is because he could in no way know it.The one who is revealed never knows whom he reveals. Given that everyone's identity liescompletely in the exhibitive character of this who - who the agent reveals is,by definition, unknownto the agent himself.

    JENKINS DENUNCIA A REIFICAO - (meu artigo Ubitec 2): culturalizao da

    mercadoria (lipo e serroy, 2010, p.15 - o cultura-mundo).

    Mas, por outro lado, esse rduo trabalho consiste tambm num escape da formatao e padronizao, pordeixar falar uma apropriao daqueles contedos, que transcendem seus espaos simblicos e diegticosatravs de um jogo com as formas cannicas, de uma multiplicao dos gneros hbridos, de umaheterogeneizao dos estilos e [um] jogo irnico com os cdigos (LIPOVETSKY e SERROY, 2010, p.173)DO ARTIGO NO UBITEC 2

    http://www.midia.uff.br/