1908 n 1 a escola pr hemeroteca bn br

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  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    1/44

    A

    a

    E S C O L A

    Revista

    do

    Grêmio

    dos

    Professores

    ^ublicos

    Director

    :

    p a h , °

    y E L L o z o

    T O P O

    III

    1908

    ^ v A

    T - r _ *

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    CORITIBA

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    Typ.

    e

    Lith.

    a vapor

    «Imp.

    Paranaense»

    1908.

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  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    2/44

    X D O -

    X3XG.6

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    i *>os t

    E . s c o / a

    Moderna,

    Dario

    Vlozo

     

    Instrucção

    Publica

    (proecto) j>

    Can

    . o , 4 ?

    nans 

    ,

    4

    5

    y l nforma

    da escripla,

    Lourenço

    d e Souza

     

    1

    IJygiene

    nas escolas,

    Paulo

    Tavares

     

    4

    Filologia

    e

    grammat icá ,

    Conego

    Braga

     

    9424

    A

    locução

    Her

    logar*,

    S .

    Túo

     

    38

    Educação

    agcoa

     

    3 9 ,

    60

    D

    ensino

    nacional ,

    Fazão  *

    7.»

    . o s

    sobre

    a

    lettra

    A ,

    Verissimo

    d e

    Souza

     

    46,

    92

    Diverses

    modos

    d e

    ensino,

    Esther

    Souza

     

    56

    Cantos

    infant is

    Paraná)

     

    8

    Pedagogia ,

    D r .

    Ermelino

    d e

    Leão

     

    2

    Alravez

    d e

    um

    compêndio,

    D v .

    Claudino

    d o s

    Santos  79

    O

    dever,

    Alfredo

    Mnhoz 

    ^

    D r .

    Sebastião

    Paraná ,

    Lourenço

    d e

    Souza 5

    f í ib l iographia ,

    Conego

    Braga

     

    J

    Princípios

    didacticos,

    Esther

    Souza 9

    Compêndio

    d e

    Pedagogia ,

    J.

    B .

    4

    Cura

    d a

    ubercuose  9

    O

    Jiú-jitzú

    e

    a

    l iymnaslica

    Brazileira.

    L u i z

    Murat

     

    101

    Martmica

    (1902 9

    U m

    pouco

    d e

    pedagogia ,

    C y r o

    Slva

     

    |

    Amor

    d a

    Palr ia ,

    A .

    S .

    Mcedo

     

    JP

    Uma

    questão

    d e

    grammat icá,

    D r .

    Euzebio

    Moa

     

    119

    A

    Escola

    Moderna,

    Vivaldo

    Coaracy

     

    4

    5

    Instituto

    agronômico,

    D r .

    L .

    Azambuja

     

    437

    A

    Escola

    Moderna

    e

    a

    educação

    agricola,

    D a r i o

    Vellozo..

     

    439

    Escola

    Agricola

    Luiz

    d e

    Queiroz,

    C l i n t o n

    D . Smtih  143

    Sintaxi logia ,

    Conego

    Baga  +6

    Noicáro  7411

    F I M

    D O

    I I I

    T O M O .

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    3/44

    Br

    Ü j 7 1 1 0 S

    V i v T Q / ív v X p ' . .

    .

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    I V — A

    reforma

    d a

    escripta,

    Lourenço

    d e

    Souza  . .  . .

    :

    V —H y g i e ne

    n a s

    e s c o l a s ,

    Paulo

    Tavares . . .  . .  . .  «

    VI—Fi lo log ia

    c

    grammatica,

    Conego

    Braga  . .  ,. .  . .7

    VII--Í

    locução

    « t e r

    logar*,

    S .

    Tullio ....

     

    ..

     

    ..

     

    »

    VIII—Educação

    agricola. .

    . . . .

    ....

    . . .

    ..

     

    ....

     

    ..

     

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    Assigna turas :

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    Semest re .

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    Redacção

    :—Rua'Silva

    J a r d i m ,

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    S* •

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    7 E S C R I P T O R I O

    :

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    Rua

    Dr.

    Muricy,

    n.

    33

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    16

    21

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    38

    3 9.

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  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    4/44

    ¦

    S E C Ç Ã O

    PERMANENTE

    Iiistrueçuo

    Publica

    do

    Paru nu

    Secre ta r io

    do Interior:

    Dr .

    Bento

    Lamenha.Lins.

    Direc to r Geral:

    Dr. Arthur

    Pedre i r a

    d e

    C e r q u e i r a .

    Inspector

    d a

    Capi ta l :

    Dr .

    Sebast ião

    Paraná.

    Secretario:

    José

    Conrado

    de

    Souza .

    ¦ ¦ _ _ _ _ _ ¦ _ ¦ _ _ _ .

    Directria

    do

    Gremio

    dos IMu>tíessores

    Presidente

    :

    Júlio

    Theodor ico Guimarães.

    i . °

    Secretario:

    Veríss imo

    de

    S o u z a .

    2 . 0

    Secretar io

    :

    Lourenço

    de

    So uza .

    Thesoure i ro

    :

    Brazil io

    Cos ta .

    x.

    «A

    Escola»

    O

    N oti c iá ri o— a .

    cargo

    d o Professor

    Lourenço

    d e

    Souza .

    O

    Expediente

    off ic ia l—a

    cargo

    d o

    Prof.

    Franc isco

    Guimarães/

    A

    Exped ição

    e Secretaria

    a cargo

    d o

    Professor

    Ver íss imo

    d e

    Souza —

    A Escola

    deixará

    d e

    publ icar

    art igos

    que

    não

    t ragam

    a assi-

    gnatura

    d o

    aue to r .

    A

    in te i ra

    responsab i l idade

    dos

    art igos

    fica aos

    seos

    signatários.

    A

    Redacção

    não

    é

    solidaria

    com

    a s

    ideas

    dos

    srs.

    collaboradores.

    Aos

    Srs.

    Col laboradores

    pedimos

    envia r

    o s

    t rabalhos,

    até

    1 5

    de

    cada

    mez,

    á

    R e d a c ç ã o

    : — R u a

    Silva

    Jardim,

    177.

    O

    thesoureiro

    d o

    Gremio

    acha-se á

    disposição

    dos

    srs.

    sócios

    para

      recebimento

    d e suas

    mensal idades,

    nesta

    Capita l ,

    á rua

    Miser i cor -

    dia

    n . °

    5.

    vx

     

    n________a___

    ¦

    O s membros

    da

    Di rec to r i a

    offerecem

    seos

    serviços

    aos srs.

    so -

    cios

    para

    o

    fim

    d e

    r ecebe rem

    seos

    venc imen tos .

    O s

    srs.

    sócios

    que

    qu izerem

    uti l izar-se

    desses

    serviços

    que i r am

    env ia r-nos

    procurações

    dev idamente

    legal izadas,

    bem

    como

    instru-

    cções

    referentes

    á remessa

    d o

    d inhe i ro .

    Escolas

    publicas

    do

    districto

    da Capital,

    professores

    que

    as

    regem

    e

    logres onde

    íuiiccionam

    Cadeiras

    para

    o

    s e x o

    masculino

    :

      . a

    Brazil io O v id io

    da

    C o s t a — R u a

    Gar iba ld i .

    2 . «

    Veríss imo

    d e

    S o u z a — R u a

    Coronel

    Du lc id io .

    3 . a

    Lourenço

    d e

    S o u za — G ru p o

    Xav i e r

    da

    S i l va .

    4 . a

    Júl io

    Theodor ico

    Guimarães— Es cola

    Ol ive i r a

    Bel lo .

    5 « a

    Lindo lpho

    P . da

    R o c h a

    P o m b o— G ru p o

    Xav ie r d a

    S i l v a .

    Cadeiras

    para

    o s e x o

    feminino:

    1 . *

    Jul ia

    Wander l ey

    P e tr ic h — E s co la

    Tiradentes.

    2 . a Mar i a

    da

    Luz A sc en sã o— R u a

    Marecha l

    D e o d o r o .

    3 . *

    Esther

    Pereira—Rua

    Visconde

    de

    Guarapuava.

    4 . a

    I tace l ina

    T e ix ei ra — A v e n id a

    Luiz

    Xavier.

    5 . *

    Alexandrina

    Pereira—Rua

    America.

    ;> A

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    5/44

    A

    a

    E S C O L A

    Revista

    do

    Grêmio

    dos

    Professores

    ^ublicos

    Director

    :

    P

    y

    R I O

    VELLOZO

    TOJVIO

    I I I

    lí>OJÍ

    CORITIBA

    Typ.

    e L i t h .

    a

    vapor

    « I m p .

    Paranaense»

    1908.

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    6/44

    Anno

    III

    Corit iba,

    Março

    d e

    1908

    NUM.

    1

    Fl

    E S C O L A

    Revista

    d o O r a m i o

    d o s

    Professores

    Públicos

    d o

    Estido

    d o

    Paraná

    ¦*»

    m m m m m m m m m m m m m m m m m m m t m m m i m m »  m»ni iw

    Escola

    m ode r na

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    I

    «

    Múlt ip losdesvolos

    exige

    o

    problema

    d a

    e du caç ã o

    popular,

    m e-

    l indroso

    e

    c o m p l e x o .

    N ã o

    basta

    orientar

    conscientemente

    o ind iv íduo

    peia

    ins trucção

    scienlif ica,

    armando-o

    contra

    a ignorância

    ;

    n ã o

    basta

    adaptar o

    en -

    sino

    a o

    habitai ,

    a o

    m e io ,— o

    q u e

    v a e

    quasi

    to ta lmente

    olv idado na s

    escolas

    d o

    Paiz,

    d e

    onde

    a

    inuti l idade

    d e

    espalhafatosos

    cursos

    es ta -

    fantes,

    copia

    servil

    d e

    programmas

    extrangeiros ,

    como

    s e

    o

    Brazi l

    fosse

    colônia

    o u

    possessão

    europea.

    com

    a s

    necessidades

    e

    vicios

    d a s

    metrópoles

    d o

    velho

    mundo

    ;

    n à o

    basta

    crear

    escolas

    d e

    ensino

    l he o-

    rico

    o u

    pratico,

    dir ig idas

    p o r

    professores

    sem vocação

    para

    o m a g i s -

    terio,

    alheios

    muitos

    á

    funeção

    mental

    q u e

    d es empen h a m

    ;

    é

    preci -

    s o

    algo

    mais

    : — E '

    preciso

    conhecer

    o

    papel

    social

    e

    econômico

    d e

    cada

    u m

    dos Estados,

    e m face

    d a Uepublica

    ;

    a

    missão,

    grandiosa

    e

    civil izadora,

    d o

    Brazil,

    e m face

    d a America

    e

    d o

    f u t u r o .

    E '

    preciso

    sarer

    p a r a

    onde vamos

    e

    o

    que

    precizamos

    ser

    ;

    q u a e s

    a s

    nossas

    forças

    e

    recursos,

    a . s nossas

    lacunas,

    preconceitos

    e

    preju i -

    zos,

    o

    modo

    d e fortalecer

    u n s

    e

    corrigir

    outros,

    sys te m at i cam e n te .

    E '

    preciso

    formar

    professores que

    s a i b a m

    qual

    o

    seo

    após-

    tolado e

    conheçam

    seos

    deveres ;

    que

    disponham

    d a

    grande

    f o rça

    suggest iva ,

    imprescindível

    a o s

    mestres

    p a r a

    tornar

    o

    estudo

    at tra-

    hente

    e

    prof ícuo .

    E '

    preciso

    tornara

    escola u r n todo

    h o mo g ên eo ,

    a s

    artes,

    a s

    sei-

    encias,as

    industrias

    reunidas

    n u m

    conjuncto

    h a r m ô n ic o ,— e m

    g r a d a -

    tivo

    d e s d o b r a m e n to ,— i nd i c a nd o

    a o

    alumno

    numerosos

    ramos

    d e

    ac t iv idade honesta,

    fontes

    d e

    riqueza

    particular

    e

    publ i ca .

    A

    especial ização

    d o

    ensino

    deve

    ser

    feita

    e m

    escolas

    technicas

    e

    superiores . D a s

    escolas compíementares

    e secundar ias ,

    dos

    g y m n a -

    sios, das

    escolas

    normaes a

    mocidade

    deve

    sahir

    com

    a

    noção

    exac ta

    d e

    que

    h a

    diversos

    tramites

    d e

    vida,e

    ainda

    : — d e

    que

    o

    concurso

    e

    o

    conjuncto

    dos ramos

    d a

    act ividade

    humana

    são

    necessários

    a o

    pr o-

    gresso.

    Ninguém

    s e

    deve

    desinteressar

    pelo

    desenvolv imento

    daslettras,

    das artes,

    d a s

    sciencias, d a

    agricultura,

    d a s

    industrias,

    d o

    c o m m e r c i o ;

    necessário

    seguir-lhes

    a trajectoria,

    contribuir

    para

    que

    f loresçam

    e

    s e

    equ i l ibrem,

    factores

    d e civil ização,

    d e

    pr ospe r idade .

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    7/44

     

    A

    SCOLA

    ******l**'*',***O**l**»*O*ltl*0**

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    8/44

    A

    E S C O L A

    músculos t ã o

    rijos, d e

    alma t ã o

    nobre,

    d e coração

    t ã o allecluoso, de

    espirito

    t ã o

    v i v o como

    o

    brazi le iro.

    Forçoso

    que

    s e

    n ã o

    percam

    essas

    vital idades,

    nem

    s e

    m a l h a r a -

    t e m

    essas

    riquezas;

    forçoso

    agir,

    forçoso

    educar,

    abrir,

    n u m

    lumino-

    s o sulco, a

    direclriz

    desta

    Pátria,

    a mais bella

    d o

    m u n d o .

    E '

    dever

    q u o

    s e

    impõe

    a

    todos

    o s

    aptos, a

    todos

    o s

    dignos, na

    medida

    d a s

    próprias

    forças.

    E '

    preciso

    f a z e r

    trabalhar

    a s mãose

    o cérebro

    ;

    nem

    I h e o H st a s

    somente,

    n e m

    somente

    rotineiros,

    n ã o

    esquecendo

    q u o

    o

    B r a z i l

    c o n -

    quistará

    a

    hegemonia

    americana

    pela

    supremacia

    mental

    d e seos

    Íilhos.

    Q u e

    o s

    braços

    que

    recebemos,

    n ã o

    n o s

    suf foquem

    Q u e o

    trabalho d o s braços

    esteja sempre

    subordinado

    á luc idez

    d o

    cérebro

    O u

    n o s

    fazemos

    mentores,

    oudesappareceremos ,

    tristes

    p á r i a s ,

    soterrados

    n a s

    avalanches humanas

    q u e

    s e

    inclinam

    p a r a

    nossa

    terra.

    S ó

    a

    escola

    resolve sat is fator iamente

    o

    prob lema.

    Reformemos

    a escola : fundemos

    a

    Escola M o d e r n a .

    (I .« — X I I— 490 7 ).

    II

    Rebuscando

    causas

    d a

    noloria

    aptidão

    d o s anglo-saxõos

    para

    ganhar

    a

    vida,

    s e m

    pavores,

    s e m

    desfallecimentos,

    fortes

    d e

    corpo e

    sadios d e espirito,

    cheios

    d e

    confiança,

    ouzadia

    e

    jo v ia li d a d e — e m

    contraste

    c o m

    a

    juventude

    latina,

    geralmente

    irresoluta, inapta,

    a es-

    tarrecer,

    apozexhaurentes e

    alentados

    cursos,

    n a

    espectativa

    única,

    o u

    d a

    carreira

    militar,

    o u

    d a

    universitária,

    o u

    d a

    burocrática,

    E d m o n d

    Demolins,

    o

    eminente

    sociólogo

    q u e

    s e

    t e m

    imposto,

    e m

    vinte

    annos

    d e

    notáveis

    estudos,

    encontrou-as,

    e m

    grande

    parle,

    n a

    criteriosa

    o r-

    ganizaçâo

    d a s

    escolas

    inglezas.

    Estudando-as ,

    procurou

    adaptal-as

    á França,

    c o m

    l isongeiros re-

    su l tados .

    U m a

    d a s accentuadas

    vantagens

    d a

    Escola

    Nova

    é

    n ã o

    especia-

    Usar, desde o

    estudo

    d e

    humanidades ,

    a

    profissão

    única

    d e

    cada

    in -

    div iduo;

    - d an d o ,

    a o contrario,

    a c a d a

    u m

    d o s alumnos,

    a m á x i m a

    somma

    d e

    aptidões,

    variados

    ensinamentos

    theorico-prát icos, q u e

    constituem

    múltiplos meios

    d e

    subsistência,

    laboriosa

    e

    honesta .

    Assim

    a r m a d o

    p a r a

    a luc lapela

    vida.o

    joven

    n ã o

    desespera,

    certo

    d e obter

    sempre

    m e i o s d e

    trabalhar

    c o m

    dignidade .

    Pode

    viver

    d o

    commercio ,

    d a

    agricultura,

    d a s

    industrias,

    o u

    d a s

    lettras,

    d a s

    artes,

    d a s sciencias,

    conforme

    a s contigencias

    d o momento,

    a s opportunida-

    d e s

    q u e

    s e

    l h e

    depa ra m,— não

    ficando

    d e

    braços

    cruzados

    (

    á s

    vezes

    p o r

    quantos

    annos

    ) á

    espera

    d o momento

    opportuno

    (

    que

    pode

    nã o

    v i r

    nunca

    )

    e m

    q u e

    encontra,

    aííim,

    a

    occüpação

    ú n i c a

    d e

    q u e e n l e n -

    d e

    a lguma

    cousa...

    Í N ã o

    olvida

    a

    Escola

    /Vouaa

    educação

    moral;

    n e m

    seria

    E .

    D e-

    molins

    optimo

    representante

    d a

    civil ização

    latina,

    s e descurasse

    d a

    supremacia

    affect ivae

    mental

    q u e

    n o s

    pertence.

    Adaptando-a,

    m e-

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    9/44

    A

    S C O L A

    lherou

    Demouns

    a

    organização escolar,

    c o m

    o

    maravilhoso espirito

    do

    synthese,

    característico

    d o s

    continuadores

    d a

    Renaseonça

    n a

    terra da

    Encyclopedia .

    « A

    Escola

    -

    -

    d i z

    o

    illustre

    director

    d a

    Sciencia

    Social,

    te m

    p o r

    f i r a

    formar

    homens, t a o

    rápida

    e

    completamente

    quanto

    possivel,

    n a o

    s ó d o

    ponto

    d e

    vista

    moral,

    como

    d o intelleetual

    o

    d o

    physico.

    » >

    E '

    o

    velho

    aphorisma inolv idavel:—mcns

    sana,

    in

    corporcsano ,

    ampliado

    pelas

    exigências

    d a

    pedagogia

    moderna :

    t ã o

    rápida

    e

    completamente

    quanto

    possivel....

    — Time

    i s money. . . .

    E

    Demolins

    prosegue :

    «Esforçamo-nos

    c m desenvolver

    o amor

    p e l o

    trabalho,

    tornado

    m a i s

    lucrativo

    c

    attrahente

    ,

    o

    sentimento

    d a

    responsabilidade,

    d o

    res-

    peito

    e

    d o

    domínio

    d e

    s i

    próprio,

    o

    habito

    d a

    energia

    e

    d a

    resistência .

    Oueremos

    conforme

    o expressar

    d e

    u m

    d o

    nossos

    correspondentes ,

    «crear

    vontade,

    força,

    corpos

    e

    almas

    d e homens .»

    «Esta E s c o l a

    é

    instituição

    d e

    ensino clássico

    e

    moderno,

    m a s de

    aecordo

    c o m

    u m

    programma

    inteiramente

    novo, melhor adaptado

    à

    natureza

    d a creança

    e

    á s

    necessidades

    d o

    ens ino.

    « S e o

    programma

    permilte

    a o s

    alumnos

    habil i tarem-se

    a o s d ive r -

    s o s

    bacharelados

    e

    á s

    grandes

    Escolas,

    o u

    emprehender

    directamentea agricultura,

    a

    colonização,

    a

    industria

    o u

    o

    commercio .»

    A vida

    famil iar

    n ã o

    é

    interrompida,

    r igorosamente

    adopladas

    sabias

    prescripções

    hygienicas .

    « A á s i m

    a

    Escola é ampliada

    c o m

    a

    conslrucção d e casas

    dist in-

    ctas,

    i rradiando

    e m

    torno

    d o

    Edifício

    d a s

    Aulas,

    enão

    p e l o

    aceresci-

    m o d e compartimento

    á s

    casas

    existentes.

    «Deste

    modo,

    qualquer

    q u e

    possa

    ser,

    n o

    futuro, o

    numero

    de

    alumnos, evitaremos

    sempre

    o s

    perigos

    d a

    agglomeração,

    p o i s

    cada

    l a r

    possue

    larga

    autonomia.

    Possue

    cada

    c a s a ,

    á

    frente,

    u m

    professor

    e m

    chefe,

    auxiliado

    d e u m a senhora

    e

    muitos

    professores.

    Ascrean -

    ç a s

    a h i

    comem,

    dormem

    e

    t ê m

    a s

    salas d e estudo.

    E '

    verdade i ra -

    mente

    c a s a

    d e

    familia,

    enviando

    o s

    f i l h o s a

    externato

    próximo.

    «Este

    modelo

    d e Escola

    evita a u m

    tempo

    o s

    inconvenientes

    do

    internato

    e

    d o

    externa to .

    «Evita a

    agglomeração,

    o

    acasernamento

    e a estreita

    regra

    d o

    in-

    ternato,

    p o i s

    a s

    creanças habitam,

    e m

    numero

    diminuto,

    c o m

    a

    fa -

    milia

    d e

    u m

    professor.

    «Evita

    o

    desleixo,

    a s

    perdas

    d e

    tempo, a s

    caminhadas

    atravez

    d a s

    ruas, o

    v i v e r

    insalubre

    a

    q u e

    o

    internato d a

    cidade

    obriga,

    os

    alumnos n e m

    sahindo

    d o

    edifício

    para

    a s

    aulas .»

    Estas

    vantagens

    que,

    d e

    intuitivas,

    dispensam

    commentarios,

    augmontam

    c o m

    a

    intell igente

    distribuição d o s

    períodos

    escolares,

    tempos

    d e

    estudo

    e

    repouso.

    « O

    anno

    escolar

    é

    dividido

    e m

    t r e z

    períodos,

    cada qual

    compre-

    hendendo

    cerca

    d e

    trez

    mezes Esta

    divisão

    e m

    t r e z

    períodos,

    supprimidas

    a s sahidas

    hebdomadárias

    e

    mensaes,

    aprezenta reaes

    vanagens 

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    10/44

    A

    E S C O L A

     

    «Por

    u m

    l a d o ,

    n â o

    interrompe

    t à o freqüentemente

    a v i d a

    escolars

    p o r

    outro,

    o s

    períodos

    d e

    ferias,

    m a i s

    prolongados,

    separam

    m e n o ,

    completamente a

    creança

    d a

    familia,

    f i c a ,

    d e

    cada

    v e z , m a i s

    t empo ;

    recebendo

    l h e

    o influxo.

    Assim,

    a v i d a

    familiar

    e

    a eollegial f icam

    associadas,

    e t a n t o

    m a i s

    q u e

    esse

    lypo

    d o

    Escola

    é ,

    n a

    verdade,

    o r-

    ganizado

    pelo

    d a famil ia .»

    A '

    primeira

    vista,

    parece

    exagerado

    o

    preço

    d a

    matricula

    :

    3 . 0 0 0

    francos

    (cerca

    d e

    ' i : O 0 O S O I ) O )

    annuaes.

    E m attendendo,

    emtanto,

    á

    organização

    d o

    estabelecimento,

    a o

    modo

    d e

    v i d a

    escolar, a o s

    obje-

    c t o s

    que

    fornece,

    a o aproveitamento

    moral

    e mental

    d o s

    alumnos,

    ás

    installaçOes,

    etc.

    etc ,

    a

    pensão

    s e

    f a z

    módica,

    a o

    estricto

    r e duz ida .

    « 0

    systema

    d a

    grande

    escola-cascrna,

    é

    mais

    econômico

    em

    apparenc ia -conclue

    Demolins;— mas,

    a creança

    é

    sacri í icada.

    « E '

    preciso

    n à o

    esquecer

    q u e

    s ó devemos

    a o s filhos

    u m a

    cous a ,

    m a s

    a

    devemos

    absolutamente

    e

    e m

    consciência

    :

    a

    melhor

    e d u c a -

    ç ã o

    possivel,

    amais

    adaptável

    á s

    actuaes

    necessidades

    d a

    v ida .

    «Assim

    agindo,

    cumpre

    u m

    p a e

    melhoro

    seo

    dever

    q u e

    d a n d o

    a o

    f i l h o

    educação

    que

    o

    deixa

    desarmado

    a n t e a s d i f í i c u l d a d e s d a v i d a ,

    sangrando

    s e

    e m

    todas

    a s

    veias

    p a r a

    dotal-o.

    « O

    melhor

    dote

    d e

    u m

    joven

    é

    u m a

    educação viril».

    O

    ponderado

    estudo

    d e E d .

    Demolins.

    desenvolvido

    e m

    d u a s

    obras

    fortes

    e

    suggestivas

    '.— A qu o i ti en l

    I a

    superiorité

    d e s

    A n g l o -

    Saxons?e

    U

    FJducation

    Nou velle ,— inspirou -m e

    o

    plano

    e

    progra-

    m m a d a

    Escola

    Moderna,

    estudadas

    sensatamente

    a s

    m a i s

    palpitantes

    necessidades

    d o

    patrício

    e d o

    Est ado .

    Qualquer

    apoio

    q u e

    s e

    l h e

    preste,

    redundará

    e m

    fartos

    prove i-

    t o s á

    familia,

    a o

    Paraná,

    á

    T e r r a

    Brazileira.

    O

    momento é

    psychologico

    :

    indispensável

    a g i r

    sem

    esmorec i -

    me ntos .

    (Retiro

    Saudoso,

    7

    d e

    Dezembro

    d e

    1907.,)

    III

    Quando,

    e m

    A b r i l

    d o a n n o

    vigente,

    publiquei ,

    e m opusculo,

    o

    Plano

    e

    Pro gra m m a

    d e

    estudos d a

    Escola

    M o d e r n a ,

    disse,

    á s

    pri-

    meiras

    paginas

    :

    « O s

    estudos d e

    Sciencia

    Social

    d a

    escola

    d e

    L e

    Play,

    principal-

    mente

    o s

    luminosos

    trabalhos

    d e Demolins,

    levaram-me"ao

    conhec i-

    mento

    d e

    lacunas

    d o

    ensino

    nacional

    e

    á

    necessária

    fundação

    d a

    E s-

    cola

    Moderna.

    S e r á

    meio

    d e

    a g i r c o m

    efficacia

    e

    vantagem

    e m

    prol

    d o P a i z ,

    fornecendo

    á mocidade

    elementos

    d e

    victoria

    n a

    lucta

    pela

    vida.

    O s

    resultados

    s à o

    seguros

    e

    posit ivos.

    «Invest igadas

    a s

    causas

    d a

    quasi

    inefficacia

    d o s

    resultados

    util i-

    tarios

    d a

    instrucção popular, inquiridas

    a s

    mais

    urgentes

    necess ida-

    d e s

    d o meio ,— p ara

    logo

    s e

    n o s depara

    o

    improf icuo

    d a

    actual o r g a -

    nização

    d o

    ensino

    p a r a

    d a r

    á

    juventude

    aptidões

    d e

    b e m

    ganhar

    a

    Subsistência.

    «Actualmente,apoz

    d e z

    e

    m a i s

    annos

    d e

    iaborriosos

    estudos

    estafan-

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    11/44

    A

    S C O L A

    l -^-^|0 l%^a t * -»* a >>P «'* l -^^

    t e s

    q u e

    alienam

    o

    gosto

    o

    o

    desejo

    d o saber,

    o

    joven,

    apoz

    o s e s t u d o s

    secundários,

    s e

    encontra

    c o m

    bagagem

    m a i s o u

    monos

    equivoca

    d e

    noções

    l lieorkas ,— incapaz

    d e

    ga nh a r

    o

    pão

    ;

    o

    nova

    aprendizagem

    da'vida

    começa,

    mais

    árdua

    e

    penosa.

    «Outros

    que,

    prematuramente,

    abandonam

    a

    escola,

    e m

    busca

    d e

    meios

    d e

    subsistência,

    e

    s e

    dedicam

    a o

    commercio ,

    á s artes

    e

    o f -

    ficios,

    íicam,

    acanhados

    d e

    espirito,

    incapazes

    d e

    algo

    acima

    d a

    ro -

    tina,

    inconscientes

    o u

    alheio*

    á funeçáo

    policica

    d a

    Republ ica .

    « A Escola

    M o d e r n a

    preenche

    t â o

    grande

    lacuna,

    a

    u m

    tempo

    m i-

    nistrando

    o

    ensino

    tlworico

    e

    pr at i co .

    « A

    escola

    actual

    encaminhaá

    burocracia' ,

    a

    Escola

    Moderna ,

    dando

    utilitários

    ensinamentos,

    indica

    a o

    alumno

    a

    agr icu l tura ,

    o

    commercio,

    a s

    artes

    e

    in d u s t r ia s .

    « D a

    Escola

    Moderna

    o

    joven

    s a e

    a p t o

    e

    forte

    p a r a

    a

    v ida .

    «Aquel les

    d o s

    alumnos

    que

    desejarem

    proseguir

    o s

    estudos

    con-

    sagrando-se

    á s

    profissões

    liberaes,

    poderão

    concorrer

    á

    matricula

    d o

    4 o

    anno

    d o s

    Gjjmnasios,

    o u

    cursar

    a s

    Escolas

    Normaes.

    O s

    conhec i-

    mentos

    práticos

    adquiridos

    ser- lhes-hâo

    sempre

    úteis.

    «Como

    a agricu l tura

    seja,

    porem,

    a base

    d a

    fortuna

    n a c io n a l ,

    terá

    cu idadoso

    desenvolv imento

    n o s

    diversos

    grãos

    d o

    curso.

    «Dispondo

    d e

    extensa

    á r e a

    d e

    cultura,

    laboratórios

    d e

    physica

    e

    chimica,

    secções

    d e

    serralheria,

    marcenaria,

    typographia,

    encader-

    nação,

    alfaiataria,

    e t c .

    ;

    dispondo

    d e

    parques

    e

    jardins,

    tanques

    d e

    natação,

    stadios

    p a r a

    jogos

    o l tjm pico s :—

    a

    Escola

    M o d e r n a

    junta

    a

    educação

    physica

    ácultura

    mental,

    realizando

    rigorosas

    c o n d i ç õ e s

    indispensáveis

    d e

    hygiene

    e

    sa lub r ida de .

    « O

    corpo

    docente

    é

    composto

    d e

    professores

    que

    reúnem

    a o

    sa -

    ber

    o

    caracter

     

    ,

     

    « O s alumnos

    terão

    sempre

    a s expl icações

    solicitadas,

    d e

    rnoüo

    a

    completarem

    a s l icçõesdo

    curso

    que

    ficarão

    sabidas,

    o

    que

    n ã o

    su -

    ccede

    n a s

    casas

    escolares

    e m

    q u e

    mestres

    e

    alumnos

    s ò

    s e

    encontram

    n a s

    a u l a s .

    « A

    v ida

    d e

    fami l i a

    n ã o

    é

    rompida,

    como

    n o s

    in lemalos

    fre-

    quenlemente

    acontece.

    A

    espionagem,

    o s

    castigos

    corporaes

    q u e

    tanto

    degradam,

    porque

    abusos

    d e

    f orç a —

    n ã o

    ex i s t em .

    « O s

    alumnos,

    e m

    numero máximo

    d e

    sessenta,

    dis tr ibuídos

    pe-

    l o s

    diversos

    cursos,

    residem

    c o m

    a

    famil ia

    d o s

    professores,

    encon-

    trando

    n o lar

    d o s

    mestres

    prolongamento

    d o

    lar

    paterno.

    C a d a

    f am i -

    l i a

    reside

    e m

    edifício

    á

    parte .

    « O

    influxo

    afíectuoso

    e

    benéfico

    d a

    mãe

    d e

    fami l i a ,

    pedra

    d e

    toque

    n a formação

    d o

    caracter,

    n ã o

    é

    al ienado .

    « O s

    alumnos

    d o

    curso

    especial

    residem

    c o m

    o

    director,

    e com

    o s

    sub-directores

    o s

    d o s

    cursos

    primário^

    e

    secundário.

    Ev i ta m-se

    a s

    accumulações ,

    e m

    único

    e

    s ó

    edifício.

    \;;,,í

    « O s

    alumnos estão

    sempre

    e m

    convívio

    c o m

    o s

    professores,

    p á s - 1 1 '

    sando

    d a s

    aulas

    p a r a

    a s

    ofiicinas,

    juntos

    n a

    lavoura,

    nos

    jogos,

    nos

    recreios,

    passeios,

    exc ursões,— a ssim

    unificados

    n o

    trabalhp.

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    A

    ESCOLA  9

    J%^-fU-Vj*a

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    mente

    e m

    Der

    io A

    S C O L A

    «̂ _̂̂ _̂ ^̂ »̂M̂ »̂*-̂ »»̂ -̂ ->->̂0M*M»>*_*_*-*MMM̂^

     

    «MW

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    14/44

    A

    ESCOLA  i

    Desenho

    e l em en t ar ;

    Arithmetica

    e

    Álgebra;

    Physica

    \

    Geologia

    f

    noções

    ;

    Botânica

    Pratico

    :

    »

    Jardinagem

    ;

    Collecções

    d e

    Historia

    Natura l ;

    A r t e s

    e

    o f í i c ios ;

    Nataçã o— g y mnasli ca

    ;

    Jogos

    olympicos .

    2.° A N N O

    Tkeorico

    :

    Portuguez

    (redacção

    e estylo)

    Francez

    (i dem— th eori co

    e

    pratico)

    ;

    Noções

    deHis t .

    d a

    Civilização

    e

    Hist.

    d o

    B r a z i l

    ;

    Desenho

    d e

    m a p p a s ;

    Geometria

    eTrigonometr ia

    ;

    Chimica

    j

    Mineralogia í

    noções

    ;

    Zoologia

    )

    Pratico

    :

    Horticul tura e

    pomocullura

    ;

    Collecções

    d e

    Historia

    Na tura l ;

    A r t e s e

    ofíicios;

    N a t aç ã o — e sg r im a ;

    Jogos

    o l y m pi c os . —

     

    A

    primazia

    a o

    curso

    agronômico

    é

    perfeitamente

    c o m p r e h e n s i -

    v e l

    e m

    regiões,

    como

    o

    Paraná, essencialmente

    agríco las .

    E m

    todas

    a s

    antigas

    e

    modernas

    civilizações a agricultura

    fo i

    sempre primordial

    factor

    d e

    estabil idade,

    riqueza

    e

    progresso .

    O

    B r a z i l , e

    e m

    particular

    c a d a u m

    d o s

    Estados,

    s ó

    resolverá

    o

    problema

    econômico

    quando

    a

    producção

    avantajar-se,

    e

    d e

    i m p o r t a -

    dores

    passarmos

    a

    expo r ta do res .

    Sem

    ^ ma tér ia

    prima,

    f o n t e d o

    commercio

    e

    d a s

    industr ias ,—

    s ó

    leremos

    industrias

    d e

    armação

    ( n a

    phrase

    feliz

    d o

    D r .

    Murtinho),

    o s

    industriaes

    n a

    dependência

    d o s mercados

    extrange iros .

    P a r a

    que,

    emtanlo,

    a

    producção

    agrícola

    augmente,

    é

    forçoso

    en-

    sinara

    Agronomia

    e m

    escolas

    theorico-praticas

    que

    façam

    agr i çu l to -

    r e s

    aptos

    e

    conscientes

    ;

    propagar-lhe

    a s

    vantagens,

    d e m o n s t r a n d o -

    l h e

    r e su l tad os .

    A

    rotina

    é avessa

    a o

    progresso.

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    12

     

    A

    S C O L A

    _̂̂̂

     

    n  nr»ii-J\n_ru-u-_.rtl-.^iir,V,-'ii iii ii ii i

    * m __^__>^-»>-»-,»^_»N_^_»__^-_-*-«

    [̂rf̂^̂ »̂___VV***< V_̂_»~»̂_ _ _»-*»_**»

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    A ESCOLA 13

    n̂WWV>r>

    ^t r_n r

    ^¦ry*y^*iij'*i^'' r*iri*y*ii^i

    ^1 1 * 1 1 ^1 ^

    ¦ * * f c m , ^ i i ^ f c B ^ * T r ^ * , i i r ^ i - d l W f c i ^ * ' t - < *

    O

    curso

    agronômico , attendidas

    a s

    necessidades

    d e

    adap taçã o

    a o habitai

    e

    a o meio, comprehenderia

    dous

    annos:

    4.° A N N O

    (3.°

    D O

    C U R S O G E R A L )

    Theorico

    :

    Physica

    agr íco la ;

    Geologia

    (terrenos,

    ana lyses— appl icações);

    Botânica

    agrícola

    ;

    Agr imensura ;

    Cartographia— rnappas

    meteorológicos

    ;

    Pratico

    :

    Cereaes,

    forragens,

    etc,

    etc.

    Aries

    e

    ofTicios;

    Nivelamentos,

    construcção

    d e

    pontes,

    es tradas ;

    Esgrima

    ;

    Jogos

    o l y m p i c o s ;

    2.°

    A N N O

    (4.°

    D O

    C U R S O

    G E R A L )

    Theorico

    :

    Chimica

    agrícola

    ;

    Min era log ia ;

    Zootechnia

    ;

    Agronomia

    propriamente

    d i t a ;

    Plantas,

    rnappas,

    etc .

    Pratico

    :

    Analyses

    chjmicas ;

    A r t e s

    o

    of f ic ios;

    Campos

    d e

    exper iênc ia— estabelec im ento

    d e

    postos

    a g r o n o m i -

    cos;

    construcções

    r u r a e s ;

    E sg rim a — e q u it aç ã o ;

    Jogos

    olympicos .

    Q u e

    deverei

    esperar

    d e t o d o

    esse

    labor

    d e

    quasi

    u m

    anno,

    d e

    acurados

    estudos

    complexos

    e

    exhaurentes ,

    proseguidos

    s e m

    e s m o -

    recimentos

    ?

    A satisfação

    d e

    haver

    cumprido

    grato

    dever

    p a r a

    c o m

    o Esta-

    d o ,

    indicando-lhe

    meio

    positivo

    e efficaz.

    d e

    d a r

    á

    agricultura e ao

    ensino

    rumo

    seguro

    e

    expansão

    necessária, a todos

    vantajosa;

    o

    almejo

    d e

    dotar

    o

    Paraná c o m

    estabelecimento

    d e e nsin o ,— m o d e l o

    d a

    escola

    m o d e rn a,— *

    s e

    impor,

    inadiável,

    a o s

    paizes

    neo-lat inos

    d a America,

    essencial

    condição

    d e

    vida,

    e m a concorrência

    mais

    e

    mais intensa

    que

    n o s

    fazem

    o s

    povos

    an g l os axon i c os .

    Coritiba,

    1 2

    d e

    Fevereiro d e

    4908.

    v

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    14

     

    A

    S C O L A

    l^MMWMXWMWXMV

    ">^v * >/V ^'^'^»^>* ^V %^^v ^'

    Dos

    P os t os

    Agronômicos

    Desnecessário definir o

    q u e

    sejam

    postos

    agronômicos

    e

    labora-

    lorios

    agricolas:

    dizem-no

    c o m

    eloqüência

    o s

    próprios

    vocábulos.

    B a s t a

    explicar

    o

    f i m

    a

    que

    s e destinam. E '

    o

    q u e

    f a z

    Larbalétr ier,

    do

    seguinte

    modo:

    ,,Estes

    estabelecimentos

    t ê m

    p o r

    f i m

    porá

    disposição

    d o s ag r i -

    cultores u m laboratório,

    para

    verificação

    d a

    dosagem

    d o s

    adubos,

    a-

    nalyse

    d a s

    terras, d o s

    produetos

    agricolas,

    etc;

    a l e m disso,

    o s

    postos

    agronômicos

    estabelecem

    campos

    d e

    experiências,

    onde

    s ã o

    estuda-

    d a s a acção

    d o s adubos,

    novas

    variedades,

    etc.,,

    ( I)

    N o Paraná,

    a acção

    d o s

    postos

    agronômicos

    poderia

    s e r

    m a i s

    am-

    p i a ,

    annexa

    a

    cada

    posto

    e s c o l a

    rural

    primaria q u e

    o ex-alumno

    da

    Escola Moderna

    solicito

    regeria,

    ampliando

    o s círculos

    d e

    propaganda

    p e l a

    agricultura,

    fazendo

    agricultores

    aptos

    e

    laboriosos.

    O s

    planta-

    dores receberiam

    seguras

    instrucções

    agrárias,

    percorridos

    p e l o

    agro-

    nomo

    o s

    lotes

    e

    propriedades

    d o

    núcleo,

    previnidos

    d a s

    in tempér ies ,

    d o

    rigor

    d a s

    estações,

    d o

    melhor

    momento

    d e

    lançar

    a s

    sementes

    e

    fazer

    a s

    colheitas.

    A s

    observações

    meteorológicas

    diárias,

    feitas

    escrupulosamente

    e m

    todos

    o s

    postos,

    disseminados

    n o

    Estado,

    dariam

    farta

    messe de

    indicações

    preciosas

    para

    o conhecimento

    d a s

    temperaturas,

    d o

    cli-

    m a , d a

    relativa

    humidade

    d a

    atmosphera

    e d o

    solo,

    assim conhecido

    o

    estado hygromelrico d o

    a r .

    t ã o

    necessário

    á lavoura.

    A

    principio,

    o

    Governo

    forneceria

    apenas o s

    instrumentos

    mais

    ndispensaveis

    ( u m

    baromelro,

    u r n

    thermometrographo,

    u m

    pluv io-

    imetro,

    u m

    anemometro);

    a

    mobília

    escolar;

    alem

    d a

    c a s a

    escolar

    e

    d e residência, n u m

    s ò

    edifício.

    U m a d a s maiores dificuldades

    para

    a creação d o s

    postos

    agrono-

    micos:—a econômica,—

    e m

    v i s t a

    d o

    augmento d a despeza

    e

    conse-

    quente

    verba,

    poderia

    ser,

    e m

    parte,

    remediada .

    Entendo,

    o Governo

    deve

    animar

    e

    auxiliar

    a s b o a s

    emprezas,

    n ã o ,

    porem,

    c o m

    subvenções

    q u e

    s e

    eternizem.

    O u

    a empreza

    prospe-

    r a ,

    e

    deve, a o f i m d e

    poucos

    annos,

    subsistir

    por

    s i

    mesma; o u não

    é

    viável,

    e

    o

    sacrifício

    d o

    Estado

    inutiliza-se,

    n ã o

    devendo

    perpetu-

    ar-se.

    Seria ideal

    q u e

    verbas orçamentarias,

    estabelecidas

    para

    atten-

    der

    melhoramentos

    d e

    utilidade

    publica

    e b e m commum,

    podes

    sem

    s e r

    supprimidas e m

    dado

    momento,

    s e m

    q u e

    a

    communidade

    ficasse

    privada

    d o benef ic io.

    E '

    o

    c a s o d o s

    postos

    agronômicos,

    assim

    concebidos:

    1.0

    Governo

    estabeleceria

    o s

    postos

    agronômicos,

    p o r

    secções

    d e

    c i n c o

    a

    d e z ,

    annualmente

    e m

    a

    sede

    d o s

    núcleos

    agricolas

    mais

    prósperos

    e

    populosos;

    /

    (1)

    L/Agricul ture ,

    pag

    :

    XIII.

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    18/44

    X x

    ĴÔv̂aT 

    M̂ ^^^AŴ M̂ WMyMW^M*,

    2 .

     

    A o

    agrônomo,

    d e

    profercncia

    ex-a lumno

    d a

    Escola

    M o d e r -

    na,—e>

    e m

    constante

    relação

    c o m

    a Escola

    que

    o

    orientaria

    se mpr e ,

    fornecendo lhe

    informações

    o

    inslrucções ,— seria

    dado

    pelo

    E s t a d o ,

    n a

    sedo

    d o

    núcleo,

    u m

    l o t o

    d e

    vinte

    o

    cinco

    a cincoenta hectares,

    cujo

    uso-fructo

    teria,

    emquanto

    a

    frente

    d o

    posto;

    e m

    cuja

    posse

    inal ie-

    navel

    ficaria,

    depois

    d o

    vinte

    annos

    d e bons

    serv iços ;

    3 .

     

    A o

    installar

    o

    posto,

    o

    G o v er no ,— a le m

    d a

    casa,

    d e

    m a d e i r a ,

    — fornoceria

    o s

    instrumentos

    mais

    necessários

    a o

    funcc ionamento

    d o

    m e s m o ;

    4 .

     

    O

    agrônomo

    teria

    d e

    subvenção,

    n o

    primeiro

    e segundo

    a n-

    n o s ,

    cento

    e

    cincoenta

    m i l

    r ó i s

    ( Í50$000

    rs.) mensaes,

    e

    cem

    m i l réis

    (100500

    r s . )

    mensaes

    n o

    terceiro.

    A o

    f i m

    desse tempo,

    o

    posto

    f icaria

    emancipado,

    vivendo

    o

    agrônomo

    a expensas

    próprias,

    d o

    p r o d u e t o

    d o

    lote,

    cul t ivado

    e

    prospero.

    Nessa

    occasião receberia

    o s

    instrumen-

    t o s

    complementares

    a o

    b o m

    funccionamento

    d o

    posto

    ;

    . 5 .

    Comquanto

    emancipado

    o

    posto,

    subsistiriam

    todas

    a s obr i -

    gações

    e deveres

    contrahidos,

    conforme

    o

    Regulamento

    par t i c u l ar

    dosposlos

    agronômicos

    d o

    Estado,

    approvado

    pelo

    Governo

    ;

    6 .

     

    A o

    f i m

    d e vinte

    o

    cinco

    annos

    d e

    bons

    serviços,poderia

    o agr o-

    nomo

    solicitar

    d o

    Governo

    s u a

    apozentadoria ,

    cont inuando

    n o

    u s o

    frueto

    e

    posse

    (inalienável)

    d o

    l o t e ,

    j a

    então

    d e

    s u a

    p r o p r i e d a d e , —

    conforme

    o f i n a l

    d o

    §

    2.°;

    7 .   O

    orgam

    d a

    Escola

    Moderna

    publicaria

    o s

    boletins

    m e t e o r o -

    lógicos

    d o s

    postos

    agronômicos ,

    e m a i s

    informações

    d o s mesmos

    q u e

    podessem

    interessar

    a agricultura

    e

    a s

    sciencias .

    Taes

    a s

    bases

    p a r a

    o

    estabelecimento

    d o s

    postos

    a g r o n ô m i c o s , d e

    indiscutível

    interesse

    p a r a

    o

    Paraná,

    d e

    r e a l vantagem

    p a r a

    a

    l avour a .

    A

    escola

    ergueria

    o

    nivel

    moral

    d a s

    populações,

    dando,

    pela

    cu l -

    t u r a

    d a

    intelligencia,

    a

    comprehensão

    d o s

    deveres

    cívicos.

    E ,

    assim,

    teríamos

    o

    ensino

    uti l i tário ,

    s e m

    abdicar

    d a

    h e g e m o -

    n i a

    mental

    que

    n o s

    cabe entre

    o s

    povos

    d o

    cont inente.

    Coritiba,

    1 3 d e Fevereiro

    d e

    1908 .

    Dario

    Ve l l o zo ,

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    19/44

    16 A

    b L o C v J L A .

    VM^̂ VV^̂ *̂»̂ í̂'̂ V *̂\*V**VV/'VVV'i'»»»'**V''«

    Instrucção

    Publica

    PROJECTO

    Congresso

    Legislativo

    d o Estado

    d o

    Paraná.

    Sessão

    e m

    1 7 d e

    Fevereiro

    d e

    1907.

    A commissão

    d e

    instrucção

    publ ica .

    Considerando

    q u e

    é

    dever

    imperioso

    d o s

    governos

    livres

    di f fun-

    d i r

    a

    instrucção

    e

    a

    educação

    p o r

    todas

    a s

    camadas

    d a

    s oc iedade ,

    a f i m

    d e

    d a r

    combate

    franco

    e

    completo

    a o

    analphabetismo, e

    q u e

    s e m o

    ensino

    livre

    e

    instrucção

    obrigatória

    n â o

    é

    possivel

    conseguir-

    s e

    esse

    grandioso

    des ideratam,

    pois

    q u e

    h a

    muitos

    pães

    q u e

    vivendo

    e m

    criminosa

    indifferença,

    negligenciam

    a

    instrucção

    e

    a

    e d u c a ç ã o

    d e

    seos

    f i lhos;

    Considerando

    que

    nós,

    americanos

    d o

    S u l ,

    devemos,

    desde

    já ,

    iniciar

    e m

    nossa

    Patria.a

    organisaçâo

    d a

    riqueza

    e conomico-soc ia l ,

    fundando

    escolas

    prof iss ionaes-prat icas

    d e

    accordo

    c o m

    o

    novo

    regi -

    men

    escolar,

    que,

    n ã o

    s ó

    n a

    Europa

    toda

    e

    n o s

    Estados

    Unidos

    d a

    America

    d o

    Norte,

    como

    e m

    algumas Republicas

    d a

    America

    latina

    e

    n a

    própria

    Á s i a ,

    está

    insuflando

    e

    orientando

    todos

    o s

    espíritos

    q u e

    s e

    preoceupam

    seriamente

    c o m

    o

    grande

    problema

    d a

    instrucção

    e

    educação

    d o

    p o v o ;

    Considerando

    que

    a s

    escolas

    profissionaes

    h ã o d e

    resolver

    a

    gran-

    d e

    questão

    social,

    q u e

    assoberba

    presentemente

    todas

    a s

    classes,

    q u e

    ainda

    estão

    s oba

    influencia

    nefasta

    d a

    defe i tuosiss ima

    organisaçâo

    escolar

    a c t u a l ;

    Considerando

    que

    o

    f i m

    d a

    educação

    moderna

    e

    preparar

    o

    homem

    d o

    futuro

    para

    a

    v ida

    i nd e p end e n te — p a r a

    o

    t rabalho,

    en -

    s inando-o

    a

    confiar

    no

    s e o

    própr io

    esforço

    e

    nas

    suas

    aptidões,

    af im

    d e

    l iberlal-o

    d e

    ser

    um

    pens ion is ta

    d o thesouro

    e

    da co nhgenc i a

    de

    pensar

    que

    s ó

    pode

    ler,

    ama.nhã ,

    como

    meio

    d e

    vida,

    um

    emprego

    publ ico ;

    (i) 

    ,

    Considerando

    que

    a s

    escolas

    profissionaes,

    organisadas

    d e

    con-

    formidade

    c o m

    a s

    lições

    d a

    experiência

    d o

    tempo

    e

    c o m

    o s

    princípios

    d a

    educação moderna, proporcionarão

    á

    mocidade

    o s

    meios

    d e

    h b er-

    ta-rse

    da

    ro t ina

    e

    da

    miséria,

    apparelhando

    gerações

    para

    enfrentar

    e

    superar

    a

    formidável

    crise

    econômica

    d o

    trabalho

    e

    d a s

    industr ias ;

    Considerando,

    f inalmente,

    que

    h a

    necessidade

    inadiável

    d e

    m u -

    d a r

    radicalmente

    a

    direcção

    d o

    problema

    d o

    ensino;

    está

    nessa

    a

    educação ,

    p o r

    todos

    reconhecida

    improficua

    e

    quasi

    inútil

    p a r a

    o

    in-

    dividuo,

    q u e

    deve

    estar

    preparado

    p a r a

    a s

    luetas

    pela

    v i d a

    e

    para

    resistir

    a s

    agruras

    d a

    natureza

    e

    d a

    so r te — a

    commissão

    propõe

    q u e

    s e

    adopte

    o

    seguinte projecto

    d e

    lei:

    ( i )

    Ver

    Escola

    Mode rna —

    opusculo)

    N .

    R .

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    20/44

    P R O J E C T O

    0

    Congresso

    Legislat ivo

    d o Estado d o

    Paraná,

    Decrota

    :

    A r t .

    1 . °

    F i c a desde

    j á ,

    estabelecido

    o

    ensino

    elementar

    livre

    e

    a

    instrucção

    obr igatór ia

    e m

    todo

    o

    Estado

    d o

    Paraná.

    §

    l.°

    O

    governo

    decretará

    u m a

    verba

    especial

    p a r a

    fornec imen-

    t o

    d e

    livros,

    papeis,

    t i n t a o

    mais accessorios

    indispensáveis

    a o

    ensi-

    n o ,

    b e m

    como

    roupa

    a o s

    alumnos

    q u o

    forem

    provadamente pobres .

    §

    2 . "

    Ficacreada

    a

    classe

    d e

    professores ilinerantes

    o u

    a m b u -

    lanles, a í i m deleccionarem

    n o s bairros

    o u

    povoados.cujas

    populaçõ es

    escolares

    n a o

    atlinjam

    o

    numero

    exigido

    p o r

    l e i

    p a r a

    a

    creação d e

    escolas

    effect ivas .

    §

    3 . °

    O s

    pães

    o u

    tutores

    ( o u

    quem

    suas

    vezes

    fizer)

    que

    de ixa r

    d e

    mandar

    á escola seos

    filhos

    o u

    tutelados, cujas

    residências

    não

    s e

    acharem

    afastadas

    m a i s

    d e t r e s

    kilometros

    d o

    local escolar,

    f icam

    sujeitosá multa

    d e

    50$()()0,

    e

    n a s

    reincidências

    d e

    J O O S O O O

    a

    20ü$()()o,

    e

    d e

    d e z m i l

    reis,

    p o r

    faltas,

    q u e

    excederem a

    mais

    d e

    ires

    d i a s

    por

    semana,

    salvo

    motivo d e

    f o r ç a

    maior

    verdadeiramente

    reconhec ida .

    §

    4.°

    O s

    professores,

    conjunctamenle

    c o m

    a s autoridades

    m u -

    nicipaes

    e

    policiaes,

    promotores

    públicos

    e

    inspectoresdistrictaes

    ou

    d e

    quarteirões,

    f i c a m incumbidos

    d e f a z e r

    annualmento

    o

    recensea-

    mento d a

    população

    escolar

    d a

    respectiva

    c ircumscr ipçâo

    §

    5 . ° Todas

    a s

    materiaes

    d o ensino

    n a s

    escolas

    d o

    Estado

    se-

    r ã o

    ministradas n a lingoa

    nacional .

    A r t .

    2 . ° F i c a

    o

    poder

    execut ivo

    autorisado

    a

    crear,

    annexas

    ás

    escolas

    publicas,

    (principalmente

    n o s

    centros

    agrícolas

    e

    pastoris)

    escolas

    prof iss ionaes— prat icas— of f ic inas ,

    campos

    d e

    cultura, dir ig i -

    d o s

    p o r

    pessoal

    d e

    provada

    competência,

    onde s e

    ministre

    e d u c a ç ã o

    agrícola,

    industrial,

    e

    d e artes

    e

    officios

    a

    todas

    a s

    classes,de

    accordo

    c o m

    o s

    planos

    d á s

    escolas

    profissionaes

    d o s

    paizes

    d a Europa

    o

    d o s

    Estados

    Unidos d a

    America

    d o

    Norte,

    onde

    o

    grande

    tentamen

    está

    e m

    pratica,

    8

    que

    comprehendem

    a s

    seguintes

    secções:

    cul turas

    normaes,

    officinas

    d e

    artes

    e

    officios,

    fabricas, manufacturas

    diver-

    s a s ,

    agrimensura,

    mechanicaindustr ial ,

    e t c ,

    etc .

    §

    l.° O Governo,

    p a r a

    a

    execução

    desta L e i ,

    mandará

    confecc io -

    n a r

    o Regulamento

    d a s

    aulas,

    disciplinas

    o u

    matérias,

    officinas,

    cu l -

    turas,

    e t c

    ,

    etc , e tudo

    quanto

    tiver

    relação immediata

    c o m o ensino

    livre

    e

    obrigatório, bem

    como

    c o m

    a

    organisação

    d o

    ensino

    prat ico

    profissional

    -

    moderno.

    A r t .

    3 . °

    O

    poder

    executivo

    deverá

    commissionar

    annual

    o u

    b i-

    annualmente,

    p o r

    tempo

    determinado,

    a t é

    3

    professores

    o u

    profes-

    soras

    d e

    instrucção

    primaria,

    d o s

    m a i s

    hábeis

    e

    aptos,

    p a r a

    es tuda -

    r e m

    a organisação,

    disciplinas

    e

    methodos

    adoptados

    n o s Es tados ,

    onde

    a

    educação

    f ô r

    m a i s

    moderna

    e

    completa,

    a f i m

    d e

    fazerem

    nas

    escolas d a s diversas

    circuroscripções

    escolares

    d o

    Estado

    preleções,

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    21/44

    i8 A

    S C O L A

    oraes

    sobre

    osm othodos

    m a i s

    preconisados

    d e

    ensino,

    seguidos

    nos

    centros

    mais

    adiantados,

    mostrando

    a o

    mesmo

    tempo

    como

    d e v e m

    s e r

    ensinadas

    pratica,

    intuitiva

    e

    syntet icaimmto

    todas

    a s matér ias

    o u

    disciplinas

    d o

    ensino

    elementar primário,

    intermediário

    e

    c o m p l e -

    mentar,

    principalmente

    q u a l

    o

    methodo

    m a i s

    f á c i l

    e

    racional

    d e

    en-

    sinar

    a l e r e escrever,

    e

    quaes

    a s

    vantagens

    decorrentes

    d a s

    lições

    d e

    cousas,

    base

    fundamental

    d e t o d a

    a educação e

    instrucção

    elementar.

    §

    l.°

    O s

    professores

    o u

    professoras

    commiss ionadadas

    para

    fazerem

    o s referidos

    estudos,

    e

    a s

    prelecções

    n a s escolas

    perceberão

    seos

    vencimentos

    p o r

    inteiro e

    m a i s

    ajuda

    d e custo .

    §

    2 . ° O s

    professores

    d e

    q u e

    t r a t a

    4 7

    deste

    artigo,

    íicam

    obri-

    gados

    a

    apresentar

    u m

    relatório

    sobre

    a

    marcha

    d o

    ensino

    n a s

    escolas

    que

    visitarem

    e

    sohre

    o s

    themas

    d e

    suas

    disser tações .

    A r t .

    4 . ° O

    governo

    promoverá

    annualmente,

    n o s centros

    princi-

    pães

    d o

    Estado, conferências

    pedagógicas,

    exposições

    escolares

    d e

    trabalhos

    d o s

    alumnos

    d a s

    escolas

    publicas

    e

    particulares,

    t a e s

    c o m o :

    mappas,

    exercícios

    d e

    composição,

    prendas

    domesticas,

    objectos

    d e

    industria e

    d e

    t u d o

    quanto

    tiver

    relação

    immediata

    c o m

    o ensino

    proíis-

    sional

    e c o m

    o s

    progressos

    d a

    educação

    popular .

    A r t .

    5.°

    O

    governo,

    n o

    propósito

    d e

    estimular

    a

    dedicação

    pelo

    ensino,

    creará

    vantagens

    e

    prêmios

    e m

    dinheiro

    p a r a

    o s

    professores

    públicos

    e

    particulares,

    m a i s

    esforçados

    e

    hábeis e

    d e

    vocação

    reco-

    nhecida e

    aprovei tamento

    n o

    ensino,

    o

    m a i s o s

    professores

    públicos

    e

    particulares

    d e instrucção

    primaria

    q u e

    tiverem

    publ icado

    a t é

    hoje ,

    o u

    publicarem

    d e o r a

    e m

    diante,

    Ásua

    custa,

    pelo

    menos

    tres

    obr as

    didacticas,

    julgadas

    boas .

    §

    único.

    O

    prêmio

    e m

    dinheiro

    será

    d e

    t r e s

    a cinco

    contos

    d e

    reis.

    A r t .

    6 . °

    O

    governo

    provera

    ainstal lação

    d e

    muzeos

    r u d i m e n t a -

    r e s e bibliothecas

    escolares

    n a s

    escolas

    publicas,

    n o s

    logares

    o n d e

    s e

    tornarem

    mais

    necessários,

    e creará

    n a

    capital

    d o

    Estado,

    uma

    re-

    vista

    pedagógica ,

    consagrada

    exclusivamente

    a o s

    interesses

    d a

    e d u c a -

    ç ã o

    popular

    e

    d o

    professorado.

    A r t .

    7 . °

    F i c a

    o

    governo

    autoriado

    a

    despender

    a

    verba

    necessa-

    r i a

    p a r a

    prover

    a s

    escolas

    d e

    todos

    o s

    mater iaes .

    «Diário»-.

    9-2—4908.

    S e

    alguns anthropologistas

    admittem

    q u e

    o

    homem

    existe

    h a

    cerca

    d e u m

    milhão

    d e

    annos,

    a

    maior

    p a r t e

    calcula

    a edade

    d e

    nossa

    espécie

    e m

    meio

    milhão

    d e

    annos,

    e

    ainda

    menos.

    Entretanto

    está

    ad -

    mittido

    d e

    modo

    m a i s

    o u

    menos

    geral que,

    pelo

    menos,

    cem

    m i l

    annos

    s e escoaram

    desde

    o

    apparecimento

    d o

    homem

    n a

    terra.

    E s t e

    periodo

    é

    muito

    mais

    longo

    q u e

    o

    suppunham

    ainda

    a

    meio d o

    século

    (XIX),

    muito

    mais

    longo

    principalmente

    que

    o

    periodo

    indicado

    p o r

    u m

    en-

    sinamento

    a s s a z

    defe i tuoso

    que

    v a e

    impregnando

    desgra ça da mente

    o

    cérebro

    d a

    mocidade d a s

    escolas .

    Ernest

    Hceckel .

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    22/44

    A

    ESCOLA 9

    .̂ .v»mvw*t

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    23/44

     C À̂POT

    A

    ^^^^^^A^^^A^^S^^^

    î* *̂***,********** *̂** *̂*********

    W^̂ ^̂ VWM^̂ WVWWVyMVM»̂ MÂ ^̂ M»M^̂ ¥W»«»i»->iVWWMMW»MMVWM««>̂

    M e o

    caro

    ninho ,

    Minha

    alegr ia .

    A h

    l

    s e

    e o

    fosse

    u m

    peix inho

    Nadando

    noite

    e dia,

    M e o

    r ibe i r inho

    N â o deixar ia .

    S e

    e o

    f o s s o

    uma

    l eb r inha ,

    Nare lva

    noite

    e dia

    B e m

    l ige i r inha

    E u

    pular ia .

    M a s

    e o

    s o u

    creanc inha

    E

    brinco,

    noite

    e dia

    C o m mamãesinha

    Q u e

    m e

    vig ia .

    As

    flores

    c i a

    primavera

    Todas

    a s

    creanças

    que

    tomam

    parte

    n o

    brinquedo,

    cantam

    a

    primeira

    quadra,

    reunidas e m

    u m

    grande

    circulo.

    Finda

    esta

    quad ra

    a

    creança

    que

    r eprezen laa

    primeira

    flor,canta

    sosinha.íTode s e fazer

    i s t o

    c o m uma

    o u

    mais

    creanças,

    que

    v ã o

    para

    o

    centro d o

    circulo).

    Segue-se

    a segunda, a

    terceira, e t c .

    A

    quadra

    f i n a l

    devo ser tambem

    cantada

    por

    todas.

    S ê

    bemvinda

    a

    pr imavera ,

    Q u e

    v e m

    despertar

    a s flores

    ;

    Estamos

    á

    tua

    espera ,

    V e m

    dar

    brilho

    á s nossas

    cores.

    1

    . a

    Flor

    E o s o u

    a

    agreste

    bonina ,

    A

    fresca

    relva

    é

    o

    meo

    leito

    ;

    S o u

    a

    f i l h a

    d a

    campina ,

    C o m

    minhas

    graças

    a

    enfei to .

    2 . a

    Flor

    E o

    m e

    chamo

    myosotis,

    Tenho

    a

    c ô r

    d o c e o

    n a s

    faces;

    Falta-me

    o

    aroma, o s

    meos

    dotes

    S ã o meos encantos

    fugaces.

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    24/44

    A *

    ESCOLA

     

    1

    3 . »

    Flor

    E o

    s o u

    o

    arbusto

    d e

    espinhos

    C u i d o

    e

    cerco

    a s

    outras

    flores;

    N o s meos

    galhos

    fazem

    n inhos

    Sabiás

    e

    bei ja-f lores.

    4 . *

    Flor

    E o

    s o u

    a

    esplendida

    rosa,

    A

    rainha

    d o s

    canteiros,

    Todos

    m e

    chamam

    formosa,

    Respei tam-me

    o s

    ja rd ine i ros .

    Amigas,

    d a

    pr imavera ,

    O

    doce

    beijo

    div ino,

    Também n a

    infância

    acelera

    A

    florescência

    d o

    ens ino.

    A

    reforma

    d a

    escr ipta

    (*)

    A o

    m e o

    sublime

    e

    preexcelso

    Amigo

    e

    Mestre

    excm.

    sr.

    Revd .D r .

    L i n o

    d a Costa .

    A

    Academia Brazileira

    d e Lettras

    effectuou

    recentemente

    a

    re -

    forma

    d a

    graphica

    d a

    lingua

    portugueza .

    E m

    nossa

    obscura

    e

    m u i

    despretenciosa

    opinião, desmerece

    ap-

    provação

    o

    emprehendimento

    d o s

    immortaes

    membros

    daquella v e -

    neravel

    corporação

    litteraria,

    p e l a

    ausência

    d e

    critério

    scienlífico

    que

    o

    presidio.

    A alteração

    d o

    systema

    orlhographico

    portuguez,

    por

    dous

    p o v o s

    irmãos adoptado

    quasi

    s e m

    discrepância,

    é ,

    por

    força

    da

    maneira

    c o m o s e

    realizou

    e d a s

    bases

    superficiaes

    e

    instáveis

    sobre

    q u e

    s e

    apoia, u m

    verdadeiro

    desastre

    pára

    a s nossas

    lettras

    nac io-

    naes,

    dignas

    p o r

    certo

    d e

    s e r

    alteiadas

    á s

    culminancias

    d e

    uma

    com-

    pleta

    e

    b e m

    definida

    Lil teratura .

    Pertencemos

    a o

    número

    d o s

    q u e

    julgam

    anarchizada

    e

    confusa a

    situação

    actual

    d a nossa

    escripta.

    N ã o

    s ã o

    poucas

    a s

    inconsequen-

    ciasgraphicas

    q u e

    s e

    notam n o

    m o d o

    porque

    tantissimos

    escr iptores

    cultivam

    a

    artificial

    l inguagem d a escripta.

    M u i t o s

    delles,

    o u

    p o r

    es-

    pirito

    d e

    arbitrar iedade

    e

    innovação, o u

    p o r

    ignorância,

    o u

    p o r

    imi-

    laçâo

    d e

    guias

    incompetentes,

    v â o

    graphandoexquis i t amente

    certas

    palavras,

    e

    p o i s

    s e m

    o

    critério

    solidamente

    fundado

    n a

    sciencia

    gram-

    malical .

    E'assim

    q u e

    vemos

    freqüentemente

    palavras

    escriptas d e m a-

    ( * )

    Este

    artigo

    f o i

    revisado

    p e l o

    próprio

    auctor .

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    25/44

    22

     

    A

    S C O L A

    ^̂ WWWŜ AAiVyWMVyviWVlM

    neira

    Intensa

    n a o s o

    á s

    l e i s d a loxigenia,

    m a s ainda

    lambem

    á s

    d a

    orthophonia

    o u

    phonaçáo.

    Kffeetivamente,

    c o m

    dil í iculdades

    mult i -

    plicesteem

    d e

    l u c t a r

    osescriptores

    q u e

    apenas

    manejam

    a n o s s a

    l in-

    g u a

    vernácula,

    desconhecendo completamente

    a

    língua

    d e

    Virgílio,

    q u e

    l h e

    d e o

    o

    ser.

    S i

    é

    verdade

    q u e

    desconvem

    remontarmos

    exaggeradamente

    á

    lexigenia,

    também

    é

    c e r t o

    q u e c o m m e t t e m

    erros

    aquelles

    q u o

    gra-

    p h a m

    a s

    palavras

    empregando

    symbolos

    q u e

    a

    etymologia

    n á o

    justi-

    fica.

    E '

    commum

    lermos

    diversas

    palavras

    a s s i m

    erradamente

    escrip-

    t a s

    ;verbi

    gralia

    : —

    explendor

    ( d o

    l a t i m

    splendor);

    vella

    ( d o

    la -

    t i m

    ve lum) ;

    magestade

    ( d o

    latim

    majeslas)

    ;

    geito

    (do

    latim

    úmjactus)

    ;

    urd i r

    ( d o

    latim

    ordi re ) ;

    dopte ( d o

    latim

    dos,

    dotis)

    ;

    me sa { â o

    l a t i m

    mensa); e t c . e t c .

    A l é m

    desses

    erros,

    commel temos

    também

    incohorencias.como,

    exempli

    g r a t i a

    : escrevendo

    \-instruc-

    ção,

    disüncção,

    districto,

    caracter , inhosptto

    ;

    e

    ' .— jun ta ,

    ponto,

    santo,

    matar ,

    aborrecer, etc .

    S i

    a

    nossa

    orthographia

    s e

    a c h a

    e m

    condições

    anarchicas,

    t a m -

    b e m

    n ã o

    s á o

    d e

    t o d o satisfactorias

    a s

    d a

    prosódia.

    O

    u s o

    t e m

    q u a s i

    consagrado

    a

    pronúncia

    errada

    d e

    diversas

    pa-

    lavras,

    d e

    s o r t e

    q u e

    muitas

    pessoas,

    a l i a s

    illustradas,

    f a z e m

    s o a r

    o

    c

    e m

    •_intellectual,

    aspecto ,perspect iva ,

    espectador.

    ;

    ambos

    o s

    cc

    e m

    :

    —dteção

    ;

    ambos o s

    c c

    e

    o

    p

    e m

    -.—accepção,

    o

    p

    e m

    :— e xee p -

    cional,

    egypcio

    ;ao

    p a s s o

    q u e

    f a z e m

    em m u d ec eroc

    e m

    -.-Jacto,

    o

    primeiro

    c

    e m

    secção

    ;

    tornam

    esdrúxulos

    o u

    proparoxytonos

    o s

    vo-

    cabulos:—

    decano,

    pegadas ,

    e tc .

    O u t r o

    ponto

    e m

    q u e

    o alvedrio

    d e

    diversos

    escriptores

    t e m

    esta-

    belecido

    u m a

    confusão

    e

    obscuridade

    prejudiciaes

    a o s

    estudos

    lin-

    gutsticos,

    é

    o

    injustificável emprego

    d a s

    notações

    lexilogicas

    e m

    a l-

    g u n s

    vocábulos,

    e

    a

    suppressão

    d a s

    mesmas

    e m

    outros .

    C o m effeito,

    e m

    q u e

    s e

    apoiam

    o s

    q u e

    accentuam

    desnecessária-

    mente,

    e .

    g .

    a s

    palavras

    \ — gra mma ti c a,

    José,

    caje,

    p e ,

    cha,

    I a ,

    so ,

    po,

    Iguassu,

    etc,

    deixando

    d e accentuar:

    paramos ,

    paramos,

    par

    amos,pára,

    pâ r

    a ,

    cerca ,cerca ,

    mares,

    sábia,

    sabia,

    solícito,

    so~

    licito,

    rota,

    rota,

    troco,

    troco,história,

    historia ,

    etc.

    etc?

    Parece-nos

    q u e

    n o

    tocante

    á

    accentuação,

    a

    r e g r a

    a

    seguir

    deve

    s e r

    o emprego

    d a s

    notações

    somente

    n a s

    palavras

    homographas;

    po -

    r ê m

    como

    a

    adopção

    absoluta deste

    systema

    importaria

    e m

    i n ç a r

    d e

    accentos

    a

    escripta,

    o

    q u e

    l h e

    d a r i a

    u m

    aspecto

    sombrio

    e exquis i to ,

    conviria

    desonerar

    d o s

    accentos

    o s

    vocábulos

    d e

    t r e s e

    o s

    d e

    menos

    let-

    t r á s ,

    exceptas

    a s

    q u e

    p o r

    s u a

    natureza

    o u

    p o r

    c a u s a

    d a

    obscur id ad e

    requerem

    o s

    signaesorthoepicos.

    Accentuaremos,

    p o r

    exemplo,

    o

    verbo

    é ,

    enão aconjuncçãoapprox imat iva— e;

    a

    partícula

    inter-

    jectiva

    -o,e

    n ã o o

    adjectivo

    indicativo— o

    ;

    o

    pronome

    o u

    substanti-

    yQ—nós,

    e

    n ã o

    a

    variante

    pronominal

    e

    a

    preposição

    contracta— nos;

    o

    substant ivo— dó

    e

    o

    verbo— dê ,

    e

    n à o

    a s

    partículas

    preposicionaes

    — - d o

    e

    d e

    ;

    dá,

    e

    n ã o — d a

    ;

    etc.

    Relativamente

    a o emprego

    d a s

    notações,

    devemos

    t e r e m vista

    A

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    26/44

    A,

    üov>v1íY 23

    1

    1

    i. .  . > t^ M M W V W w v w v v >

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    27/44

    é.

    mm

     

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    \*T

    M m é

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    J ^ ^ ^ ^

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    28/44

    A

    ESCOLA J5

    Admitt ido

    o

    principio

    d o

    ensino

    d a

    hygiene

    n a s

    escolas,

    a

    pri-

    meira

    questão

    q u e

    deve occupar

    nossa

    attenção

    é

    esta

    :

    «Quem

    d e v e

    ser

    encarregado

    desse

    ensino

    ? >

    Sem hesitação

    responderão

    t o d o s

    que

    p a r a

    b e m

    fazer

    o

    menos

    è

    preciso

    saber

    f a z o r

    o

    mais.

    A

    impor-

    tancia

    d a s

    principaes

    l e i s

    que

    regulam a hygiene

    d a

    alimentação,

    por

    exemplo, n ã o

    s e

    poderá

    f a z e r

    comprehender

    pelos

    jovens

    a lumn os ,

    s e

    n ã o

    lhes

    dermos antes

    noções

    succintas,

    m a s

    muito exactas,

    sobre

    a anatomia d o

    tubo

    digest ivo

    o

    a

    physiologia

    d a

    digestão.

    A v e r d a d e i -

    r o s

    especialistas,

    pois,

    i s t o

    é , a

    médicos ,

    deve

    s e r

    conf iado

    o ensino

    d a

    hygiene

    a o s

    meninos

    d a s

    escolas.

    Eisto

    é t ã o

    racional

    como

    fazer

    ensinar

    canto

    p o r

    cantores,

    desenho

    p o r

    desenhistas,

    etc .

    S e

    agora

    perguntarem

    q u a l

    a categoria

    d o s

    médicos

    q u e

    dev em

    s e r

    encarregados

    d o ensino d a

    hygiene,

    a

    resposta

    será

    q u e

    ninguém

    melhor

    d o

    q u e

    o

    medico

    d o

    estabelec imento

    deve estar

    a o

    corrente

    d a s

    questões

    d e hygiene

    geral

    o u

    particular,

    q u e

    possam

    interessará

    saúde

    presente

    e á

    v i d a

    d o s

    jovens

    que

    elle

    conhece

    e

    d e

    que

    eslá

    encarregado.

    Ninguém

    melhor

    d o

    que

    elle

    poderá

    adaptar seo ensino

    á s necessidades

    d o s

    jovens

    cérebros

    q u e

    elle

    e s t u d o u .

    A'ques tão

    d o

    ensino d a hygiene

    liga-se

    estreitamente

    á

    d a

    ins-

    pecção

    medica

    n a s

    escolas.

    N o

    preâmbulo

    d e

    u m

    relatório

    apresentado á

    commissão

    perma-

    nenlo

    d e

    preservação

    contra

    a

    tuberculose,

    pelos

    Srs.Brcuardel

    e

    R a-

    bier,

    f o i

    inscripta

    e s t a

    grave

    declaração

    d e

    principio,

    h o m o l o g a d a

    pela

    commissão:

    «Recebendo

    u m alumno, o

    director

    d o estabelec i -

    mento

    d e

    instrucção,

    s e j a

    d o Estado,

    seja

    particular,

    n ã o

    s ó

    s e obriga

    a

    educal-o,

    como

    proteger-lhe

    a

    v i d a

    e a saúde.

    «Tanto

    quanto

    a

    ins-

    trucção,

    antes

    mesmo d a instrucção,

    deve-lhe

    a

    preservação

    d a

    sau-

    d e » .

    E '

    noção

    j á

    acceita

    p o r

    muitos

    paizes

    cultos

    q u e

    a

    preservação

    d o meio

    escolar

    n ã o deve s e r

    considerada,

    somente

    e m

    s u a

    general i -

    dade,

    m a s

    ainda

    e m

    suas

    unidades componentes.

    A

    salvaguarda

    d e

    conjuncto

    e

    p o r

    assim

    dizer

    occasional

    n ã o

    basta,

    reconhecem

    t o d o s

    oshygienistas.

    A

    responsabilidade

    d o

    educador

    s e

    precisa

    e

    s e

    indiv i-

    dual iza .

    A intervenção

    d o

    medico

    n ã o

    poderia

    rigorosamente

    l imitar

    se

    á

    prevenção

    d o s

    riscos

    mórbidos

    inherentes a o meio

    escolar

    ;

    ultra-

    passa

    a s

    fronteiras administrativas

    e

    attinge

    á

    saúde

    d o

    collegial,

    me s-

    m o

    alterada

    n o l a r . U m

    escolar

    doente é

    u m

    perigo

    para

    o s

    v iz inhos

    e camaradas.

    A

    população

    juvenil .pelo

    f a c t o

    d e

    s e achar

    a g g l o m e r a d a ,

    t e m

    direito

    a u i n a

    protecção

    especial,

    excepcional,

    tanto

    mais

    forte

    quanto

    m a i s

    jovens

    forem, e

    p o r

    conseqüência

    mais

    a m e a ç a d o s .

    N à o s e

    t r a t a unicamente

    d e sol ic i tude

    e

    cuidados

    c o m

    o col le-

    g i a l

    doente,

    m a s

    d e

    previdência

    e

    precauções

    a

    favor

    d o

    alumno

    ea-

    dio.

    E s s a dupla

    precaução

    é

    essencialmente

    moderna.

    Considerava-

    seoutrora

    d izodr .

    L e

    Gendre,

    a creança

    como

    u m

    s e r

    sadio

    p o r

    d e-

    finiçào

    :

    « A

    idéa,

    d e

    q u e

    a s

    moléstias

    resultam

    somente

    d o s

    progres-

    s o s

    d a

    edade, d a s

    paixões,

    d o

    m a o

    emprego

    d a

    act ividade

    h u m a n a ,

    e r a

    dominante

    entre

    o s

    pães».

  • 8/16/2019 1908 n 1 a ESCOLA PR Hemeroteca Bn Br

    29/44

    D o

    século

    passado

    data,

    propriamente

    falando,

    a

    concepção

    d e

    uma

    hygiene

    preventiva

    e

    preservadora,

    q u e

    s e

    exerce

    desde

    o

    be r -

    ç o

    e

    abrange

    todo

    o

    poriodu

    d a

    primeira

    edade,

    d a infância

    e

    d a

    a d o -

    lescencia.

    e

    vimos

    aidòa

    nascer

    e

    engrandecer

    s o b

    a influencia d a

    escola

    pasteuriana,

    á

    medida

    q u o

    a

    gênese

    d a s

    difíerentes

    molést ias

    transmissíveis

    eevitaveis

    f o i

    melhor

    conhecida,

    a s u a

    prophylaxia

    m e-

    nos

    problemática

    o

    mais

    garant ida .

    A

    principio

    circumscripta

    á s

    manifestações

    clássicas

    d a s

    af fec-

    ções

    contagiosas,

    a

    guarda

    sanitária

    d o s

    escolares

    foi-se

    alargando

    a t é

    o s

    extremos

    confins

    d a

    pedagogia

    physiologica.

    O s

    hygienistas

    cs-

    colarcs

    n a Bélgica,

    Allemanhae

    França

    t iveram

    aclara

    visão

    d a

    res-

    ponsabi l idade

    que l h e s

    cabe

    e

    insistentemente

    aconselham

    o s

    pe-

    dagogos

    d e

    todos

    o s

    paizes

    a

    q u e

    nisso

    concorram

    c o m

    a

    experiênc ia

    a d q u i r i d a .

    Iniciativas

    como

    a d o

    professor

    Grancher

    e

    seos

    discipulos

    d e-

    monstram

    a o s

    m a i s

    optimistas

    a

    angustiosa

    necessidade

    d e

    u m a

    ins-

    pecção

    minuciosa

    e aprofundada

    d o s

    escolares

    expostos

    a

    contrair ,na

    ignorância

    d o s

    pães

    e

    mestres,

    o s

    germens

    d a

    terrível

    tuberculose .

    V a r i a s

    considerações

    motivam

    a

    altençâo

    d o inspector

    m e d i c o .

    A

    menor

    perturbação

    physica

    repercute

    sobre

    o

    desenvolvimento

    in-

    tellectual.

    A s

    anomalias

    mentaes

    devem

    s e r

    conhecidas

    e

    rastejadas.

    H a

    moléstias

    propriamente

    escolares

    e

    q u e

    exigem

    a

    prompta

    inter-

    vençâo

    d o

    medico;

    a

    myopia

    e

    a

    escoliose,

    entre

    outras,

    devem

    seo

    desenvolv imento

    á escola.

    O

    medo

    d a tuberculose,

    d e

    que

    s e

    n ã o

    deve

    abusar,

    será

    talvez

    para

    o s

    governos

    negligentes

    e

    a s

    famílias

    descuidosas

    o

    começo

    d a

    vigi lância.

    Forçoso

    è

    q u e

    o s

    alumnos,

    logo

    a o

    entrarem

    n a s

    escolas,

    sejam

    examinados ,

    pesados,

    medidos,

    auscultados,

    e

    q u e

    o

    resultado

    des-

    s a s

    observações

    iniciaes

    seja

    registrado

    e m

    u m a

    caderneta

    o u

    em