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CONSTITUIÇÃO £ CÓDIGOS ANOTADOS Weslei Machado Marcos Carvalhedo CONSTITUIÇÃO FEDERAL ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ** ED,I TO R A METODO SAO PAULO '£ r\ Vicente Marcelo

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CONSTITUIÇÃO £ CÓDIGOS ANOTADOS

Weslei Machado Marcos Carvalhedo

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

* *ED ,I TO R AMETODO

SAO PAULO

'£ r \VicenteMarcelo

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© EDITORA MÉTODOUma editora integrante do GEN [ Grupo Editorial Nacional

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Capa: Rafael Moíoíievschi

C1P-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

Machado, Weslei

Constituição Federal anotada pelas bancas examinadoras; CESPE I Wesiei Machado, Marcos Carvalhedo. Rio de Janeiro: Forense; São Pauio: MÉTODO, 2010.(Constituição e códigos anotados}

Bibliografia

1. Brasil. [Constituição (1988)]. 2. Direito constitucional - Brasil. 3. Direito constitucio­nal - Brasil - Problemas, questões, exercícios. 4. Serviço publico - Brasii - Concursos. !. Carvalhedo, Marcos. II. Universidade de Brasília. Centro de seleção e Promoção de Eventos. III. Titulo. IV. Série.

ISBN 978-85-309-3195-7

A Editora Método se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua edição (impressão e apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). Os vícios relacionados à atualização da obra, aos conceitos doutrinários, às concepções ideoíógicas e referências indevidas são de responsabilidade do autor e/ou atualizador.Todos os direitos reservados. Nos termos da Lei que resguarda os direitos autorais, é proibida a reprodução totai ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do editor.

Impresso no Brasii Printed in Brazil

2010

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus, por tudo: pela vida, pela família, pela ideia desse projeto.As três mulheres da minha vida: Cris, Sofia e Samira, pelas horas que abdicaram de minha presença.Aos meus pais, que acreditaram e confiaram em mim.Ao Marcos Carvalhedo, um irmão e amigo, que confiou em mim e enfrentou esse desafio.Ao Vicente e ao Marcelo, pelo apoio de valor inestimável.

W eslei M achado

A Deus, pelo dom da vida.

A Rochelly, minha esposa, pelo amor.

A minha família, por tudo que representa para mim.

Ao meu amigo e irmão Weslei Machado, pela parceria incondicional.

Ao Vicente e ao Marcelo, pela confiança.

M arcos C arvalhedo

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Ouvi a instrução, e sede sábios, não a rejeiteis.(Provérbios de Salomão)

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APRESENTAÇÃO

Constituição Federal Anotada pelas Bancas Examinadoras - CESPE é uma obra que pode ser definida como um facilitador do estudo do Direito Constitucional, sobretudo' da Constituição Federal e legislação complementar (Lei n.° 9.868/1999, Lei n.° 9.882/1999 e Lei n.° 12.016/2009) - direcionada àqueles que almejam obter aprovação em concursos públicos para os cargos de nível médio e superior. Em razão da farta jurisprudência e doutrina que acompanham as questões de concur­sos públicos, o trabalho alcança também alunos e professores dos cursos da área jurídica e demais operadores do Direito que tenham interesse no assunto.

É cediço que as provas de concursos públicos exploram apenas uma parte do seu edital, e nem poderia ser diferente diante da extensão do conteúdo nele contido. O problema que vem à tona a partir dessa constatação se situa na dificuldade do estudante em identificar, com antecedência, qual parte do edital será mais cobrada e como as questões serão formuladas, para daí centrar seus esforços.

Para resolver esse problema, a metodologia adotada neste trabalho não repeteo que ordinariamente se vem apresentando nos livros para concursos públicos, aqui se toma como ponto de partida o problema, que se consubstancia nas questões de provas de concursos anteriores, as quais são sistematicamente encaixadas no texto legal; primeiro as corretas (quando existentes), depois as incorretas, todas organizadas por banca examinadora e em ordem decrescente do ano de realização do concurso, acompanhadas de doutrina e jurisprudência atualizadas.

-O produto final deste trabalho se revela em um quadro completo de estudo que possibilita ao estudante identificar quais são, como são elaboradas e onde es­tão as respostas para as principais questões de concursos públicos realizados nos últimos três anos no Brasil A seguir os detalhes dessa metodologia:

© Mais de 1.500 itens de questões de concursos públicos;© Somente estão colacionadas questões de concursos realizados a partir de

2007;© As questões estão dispostas de acordo com o respectivo artigo, parágrafo,

inciso ou alínea do documento legal;e São apresentadas primeiro as questões corretas, depois as incorretas;© Nas questões incorretas, o trecho incorreto encontra-se destacado em itá­

lico-,

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o Caso o artigo da lei não seja por si só suficiente para compreensão da ques­tão nele inserida, haverá, tanto nas questões corretas quanto nas incorretas, respectivamente, jurisprudência e/ou doutrina que esgote o assunto;

« Caso a questão ou até mesmo o artigo tenha relação com alguma súmu­la, esta estará disposta logo abaixo do rol de questões. Se a referência se fizer com uma questão específica, ao final desta constará a expressão “ver também súmula XX”;

o Caso a questão tenha relação com alguma legislação extravagante, esta também estará disposta abaixo do rol de questões, ou se houver súmula, abaixo desta. Se a legislação extravagante se referir a alguma questão es­pecífica, ao final desta constará a frase “ver também Lei XX”;

s Considerando a existência de assuntos relacionados aos ramos do Direito, mas que não estejam explicitamente dispostos nos referidos documentos legais, haverá na parte final da obra o que se denominou “Temas Correlatos” no qual o assunto será tratado, observando a fórmula de dísponibilização já descrita.

Em linhas gerais, o objetivo e a metodologia da obra estão explicitados. O que se espera agora é a colaboração, com críticas e sugestões, de todos os leitores, para que haja um contínuo e crescente aperfeiçoamento de seu conteúdo.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS £$£$!

Os autores

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SUMÁRIO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 ........ ............. ...................... -....... 13

TÍTULO I - Dos Princípios Fundamentais ................ ....................... 14

TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais .............................. 20Capítulo I - Dos direitos e deveres individuais e coletivos ................ 20Capítulo II - Dos direitos sociais ........................................................... 63Capítulo III - Da nacionalidade ..............................,.............................. 82Capítulo IV - Dos direitos políticos ...................................................... 88Capítulo V - Dos partidos políticos ....................................................... 98

TÍTULO m - Da Organização do Estado ................................................... 100Capítulo I - Da organização político-administrativa .............................. 100Capítulo D - Da União ......................................................... ................. 104Capítulo III - Dos estados federados .................................................... 116Capítulo IV - Dos municípios ............................................................... 121Capítulo V - Do Distrito Federal e dos territórios ............................... 131Capítulo VI ~ Da intervenção ........... ...................................................... 133Capítulo VII - Da administração pública .............................................. 138

TÍTULO IV - Da Organização dos Poderes ............................................... 175Capítulo I - Do poder legislativo ........................................................... 175Capítulo II - Do poder executivo .......................................................... 230Capítulo III - Do poder judiciário ........................................................ 244Capítulo IV - Das funções essenciais à justiça .................................... 311

TÍTULO V - Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas ....... 326Capítulo I - Do estado de defesa e do estado de sítio ....................... 326

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Capítulo II - Das forças armadas ........................................................... 330Capítulo III - Da segurança pública ...................................................... 332

TÍTULO VI - Da Tributação e do Orçamento ............................................ 336Capítulo I - Do sistema tributário nacional ........................................... 336Capítulo II - Das finanças públicas ....................................................... 360

TÍTULO VII - Da Ordem Econômica e Financeira .................................... 370Capítulo I - Dos princípios gerais da atividade econômica ................. 370Capítulo II - Da política urbana ............................................................ 378Capítulo III - Da política agrícola e fimdiáriae da reforma agrária .... 379Capítulo IV - Do sistema financeiro nacional ........................................ 382

TÍTULO VIU - Da Ordem Social ............................................. ................. 383Capítulo I - Disposição geral ................................................................. 383Capítulo II - Da seguridade social ......................................................... 383Capítulo III ~ Da educação, da cultura e do desporto .......................... 394Capítulo IV - Da ciência e tecnologia ................................................... 403Capítulo V - Da comunicação social ..................................................... 404Capítulo VI - Do meio ambiente ............... ............................................ 406Capítulo VII - Da família, da criança, do adolescente e do idoso ..... 409Capítulo VIII - Dos índios ..................................................................... 413

TÍTULO IX - Das Disposições Constitucionais Gerais .............................. 415

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR ......................................................... 421Lei n.° 9.868, de 10 de novembro de 1999.......................................... 421Capítulo I - Da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória

de constitucionaiidade........................................ :................................ 421Capítulo II - Da ação direta de inconstitucionalidade............................ 421Capítulo ILA - Da ação direta de inconstitucionalidade por omissão....... 426Capítulo III - Da ação declaratória de constitucionaiidade.................... 428Capítulo IV - Da decisão na ação direta de inconstitucionalidade e na

ação declaratória de constitucionaiidade.......................................... 430Capítulo V - Das disposições gerais e finais ......................................... 433Lei n.° 9.882, de 3 de dezembro de 1999............................................. 435Lei n.° 12.016, de 7 de agosto de 2009................................................ 440

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 10

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TEMAS CORRELATOS ............................................................................. 448Neoconstitucionalismo................................................................................ 448Classificação das constituições........................................................... ...... 448Normas constitucionais............................................................................... 453Princípios e métodos da interpretação constitucional.............................. 455Controle concentrado de constitucionaiidade............................................ 460Controle difuso de constitucionaiidade..................................................... 460

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........... ................................... ........ 463

Nota da Editora: o Acordo Ortográfico foi aplicado nesta obra, exceto nas citações.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

PREÂMBULONós, representantes do povo brasileiro, reunidos em As­sembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar,o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem pre­conceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - O preâmbulo constitucional, segundo enten­dimento do STF, tem eficácia juríd ica plena; consistindo em norma de reprodução obrigatória nas constituições estaduais. {ver também ADI 2.076, STF, infra}

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - O preâmbulo da CF é norma central de reprodução obrigatória na Constituição do referido Estado-membro.

■ Jurisprudência do STF - "Preâmbulo da Constituição: não constitui norma centrai. Invocação da proteção de Deus: não se trata de norma de reprodução obrigatória na Constituição estadual, não tendo força normativa". (ADI 2.076, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 15-08-2002, Plenário, DJ de 08-08-2003}

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - O preâmbulo constitucional possui destacada rele­vância jurídica, situando-se no âmbito do direito e não simplesmente no domínio da política.

Jurisprudência do STF. ~ "O preâmbulo (...) não se situa no âmbito do Direito, mas no domínio da política, refletindo posição ideológica do constituinte". (ADI 2.076, voto do Re!. Min. Carlos Velloso, julgamento em 15-08-2002, Plenário, DJ de 08-08-2003)

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TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1.°. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

Corretas

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM ~ Segundo o previsto na Constituição Federai, os fundamentos do Estado brasileiro são soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. Tj/RJ - A expressão "Estado Democrático de Direito" contida no art. 1.° da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - Os territórios federais são componentes da Federação.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos estados, dos municípios, do Distrito Federal e dos territórios.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ r- A República é uma forma de Estado.

Doutrina - "O conceito de forma de Estado está relacionado com o modo de exercício do poder político em função do território de um dado Estado. A existência (ou não) da reparti­ção regional de poderes autônomos é, pois, o núcíeo caraterizador do conceito de forma de Estado. O Estado será federado se o poder político estiver repartido entre diferentes entidades governamentais autônomas, gerando uma multiplicidade de organizações governamentais que coexistem em um mesmo território. (...) O Estado será unitário (ou simples) se existir um único centro de poder político no respectivo território". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 272)

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A federação é uma forma de governo.

Doutrina - “O conceito de forma de governo refere-se à maneira como se dá a instituição do poder na sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados. Caso a

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TÍTULO f - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

instituição do poder se dê por meio de eleições, por um certo período de tempo, e o gover­nante represente o povo, bem como tenha o dever de prestar contas de seus atos, teremos a forma de governo republicana {res publica, coisa do povo). (...) se a forma de governo for marcada pela hereditariedade, vitaiiciedade e ausência de representação popular, teremos a monarquia". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 274)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade judiciária. TJ/RJ - Os municípios não integram a estrutura federativa brasileira em razão da [imitação de sua autonomia peía CF.

I - a soberania;

Correta

FCC. 2007. Técnico Judiciário.Área Administrativa. TRF 1.a Região - Dentre as proposições abaixo, é incorreto afirmar que a República Federativa do Brasil tem como fundamentos, dentre outros, a autonomia e a dependência nacional.

II - a cidadania;III- a dignidade da pessoa humana;

Corretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Em ação penal ajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz, em alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a conduta do cidadão não configurava quaiquer deüto. A ação penai, quando demasiadamente genérica, impossibilita ao cidadão o exercício do direito de defesa ~ um postulado básico do estado de direito - e pode atingir a própria dignidade humana.

Jurisprudência do STF ~ "Denúncia. Estado de Direito. Direitos fundamentais. Princípio da dignidade da pessoa humana. Requisitos do art. 41 do CPP não preenchidos. A técnica da denúncia (art. 41 do Código de Processo Penal) tem merecido reflexão no piano da dogmá­tica constitucional, associada especialmente ao direito de defesa. Denúncias genéricas, que não descrevem os fatos na sua devida conformação, não se coadunam com os postulados básicos do Estado de Direito. Violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. Não é difícil perceber os danos que a mera existência de uma ação penal impõe ao indivíduo. Necessidade de rigor e prudência daqueles que têm o poder de iniciativa nas ações penais e daqueles que podem decidir sobre o seu curso". (HC 84.409, Rei. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-12-2004, 2.a Turma, DJ de 19-08-2005)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Em ação penal ajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi- bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz,

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' 1*16^

em alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a conduta do cidadão não configurava qualquer delito. A instauração da ação penal, quando evidente-a atipicidade da conduta, constitui violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade da pessoa humana.

Jurisprudência do STF - "A mera instauração de inquérito, quando evidente a atipicidade da conduta, constitui meio hábil a impor violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade humana". (HC 82.969, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-09- 2003, 2? Turma, DJ de 17-10-2003)

Incorretas

CESPE- 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Considere que um preso cautelar esteja afetado por grave doença e que o estabelecimento prisional não tenha condições de suprir a necessidade de tratamento médico. Nesse caso, se o réu não cumprir os requisitos legais exigidos, não poderá, de acordo com a ordem constitucional vigente, ser beneficiado pela prisão domiciliar.

Jurisprudência do STF ~ "Prisão preventiva. (...) Autos instruídos com documentos compro- batórios do debilitado estado de saúde do paciente, que provavelmente definhará na prisão sem a assistência médica de que necessita, o estabelecimento prisional reconhecendo não ter condições de prestá-la. O artigo 117 da Lei de Execução Penal determina, nas hipóteses mencionadas em seus incisos, o recolhimento do apenado, que se encontre no regime aberto, em residência particular. Em que pese a situação do paciente não se enquadrar nas hipóteses legais, a excepcionalidade do caso enseja o afastamento da Súmula 691-STF e impõe seja a prisão domiciliar deferida, pena de violação do princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1.°, inc. III, da Constituição do Brasil)". (HC 98.675, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em09-06-2009, 2? Turma, DJE de 21-08-2009)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - De acordo com entendimento de súmula vinculante do STF, é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova em procedimento investigatórío realizado po r órgão com competência de polícia judiciária. (ver também Súmula Vinculante 14, STF)

Súmulas do STF

Súmuia Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Súmuia Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatórío realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Entre os objetivos da República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o conseqüente crescimento do país.

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' t í t u l o i - d o s p r in c íp io s f u n d a m e n t a is

V - o pluralismo político.Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exer­ce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - De acordo com a Consti­tuição Federa! de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente.

Art. 2.°. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Corretas

CESPE. 2010. Administrador. MS ~ Tendo em vista que a CF não adotou o princípio da se­paração absoluta entre os poderes do Estado, é correto afirmar que, além de suas atribuições usuais, cada poder assume funções tipicamente administrativas referentes aos assuntos que lhe dizem respeito.

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - A função típica do Poder Legislativo é legislar, do Poder Executivo, administrar e do Poder Judiciário, exercer a jurisdição. Contudo, cada um dos poderes exerce, em pequena proporção, função que seria originaríamente de outro. Isso ocorre para assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para que um poder exerça, em última instância, um controle sobre o outro, evitando-se o arbítrio e o desmando.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A separação dos Poderes no Brasii adota o sistema norte-americano checks and balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida, não se admitindo interferências ou controles recíprocos.

Doutrina - "Hodiernamente se exige uma maior interpenetração, coordenação e harmonia entre os poderes. Com isso, eles passaram a desempenhar não só suas funções próprias, mas também, de modo acessório, funções que, em princípio, seriam características de outros poderes. A divisão rígida foi, aos poucos, substituída por uma divisão flexível das funções estatais, na qual cada poder termina por exercer, em certa medida, as três funções do Estado" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 335)

CESPE.2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça.TJ/RJ - São poderes da União, dos estados e do DF, independentes e harmônicos, o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

Doutrina - "O Poder no Distrito Federal, em verdade, não é dele, pois, nos termos do art. 21, XÍil, compete à União organizar e manter o Poder Judiciário do Distrito Federai. (...) Se é a União que cabe organizar e manter, isso significa que o órgão é deia, embora destinado ao Distrito Federai". (SILVA, 2010, p. 652)

CESPE.2008. Analista Judiciário. Administração. TJDFT - Os poderes do Estado são o Legislativo, o Executivo, o Ministério Público e o Judiciário, este último sendo integrado pelo TJDFT.

Doutrina - "Não é aceitável a tese de alguns que querem ver na instituição (Ministério Pú­blico) um quarto Poder do Estado, porque suas atribuições, mesmo que ampliadas aos níveis

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CF ANOTADA PELAS SANCAS EXAMINADORAS 18 :

acima apontados, são ontologicamente de natureza executiva, sendo, pois, uma instituição vinculada ao Poder Executivo, funcional mente independente". (SILVA, 2010, p. 598)

Súmula do STF

Súmula 649 - É inconstitucional a criação, por Constituição estaduaí, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros poderes ou entidades.

Art. 3.°. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;II - garantir o desenvolvimento nacional;

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Constituem princípios que regem a República Federativa do Brasii em suas relações Internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e da autodetermi­nação dos povos. (ver também a r t 4.° da CF)

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de ori­gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Correta

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABiN - Constitui objetivo fundamentai da Republica Federativa do Brasil a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação. Oessa forma, contraria a CF a exi­gência, contida em editais de concursos públicos, sem o devido amparo legal, de iimite de idade mínima ou máxima para Inscrição, (yer também Súmula 683, STF)

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - De acordo com a CF, são fundamentos da República Federativa do Brasii a soberania, a dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. (ver também art. 1.° da CF)

Súmula do STF

Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se íegitíma em face do art. 7.°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

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Art. 4.°. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:I - independência nacional;II - prevalência dos direitos humanos;III - autodeterminação dos povos;IV - não-intervenção;V - igualdade entre os Estados;VI - defesa da paz;VII - solução pacífica dos conflitos;VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperação entre os povos para o progresso da hu­manidade;

: 19: TÍTULO i - DOS PRiNCÍPIOS FUNOAMSNTASS

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança. TJDFT - A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade é definida na Constituição como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil.

X ~ concessão de asilo político.

Incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Constitui princípio que rege a Repúbiíca Federativa do Brasil em suas reiações internacionais a concessão de asiio político, vedada a extradição.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Corretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Segundo a CF, a República Federativa do Brasil deve buscar a integração econômica, política, social e cuiturai dos povos da América Latina, com vistas à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança. TJDFT - A integração econômica, política, sociaí e cultural dos povos, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações, é uma determinação constitucional que rege a relação entre a República Federativa do Brasil e os países da América Latina.

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TÍTULO IIDOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO IDOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Corretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - Os direitos e as garantias fundamentais con­sagrados constitucionalmente não são ilimitados, uma vez que encontram seus limites nos demais direitos igualmente consagrados na mesma Carta Magna.

; Doutrina - "A Constituição Federal não possui direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, uma vez que razões de interesse público legitimam a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas restritivas a essas liberdades, na proteção de outros vaíores constitucionalmente protegidos". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 104)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJDFT - A retirada de um dos sócios de determinada empresa, quando motivada pela vontade dos demais, deve ser pre­cedida de ampla defesa, pois os direitos fundamentais não são aplicáveis apenas no âmbito das relações entre o indivíduo e o Estado, mas também nas relações privadas. Essa qualidade é denominada eficácia horizontal dos direitos fundamentais.

Jurisprudência daSTF -~"As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Consti­tuição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados. 11. Os princípios constitucionais como limites à autonomia privada das associações. A ordem jurídico-constitucíonai brasileira não conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos princípios ins­critos nas leis e, em especial, dos postulados que têm por fundamento direto o próprio texto da Constituição da República, notadamente em tema de proteção às liberdades e garantias fundamentais. O espaço de autonomia privada garantido pela Constituição às associações não está imune à incidência dos princípios constitucionais que asseguram o respeito aos direitos fundamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra claras limitações de ordem jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a autonomia da vontade não confere aos particulares, no domínio de sua incidência e atuação, o poder dè transgredir ou de ignorar as restrições postas e definidas pela própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais". (RE 201.819, Rei. p/ o ac Min. Gilmar Mendes, julgamento em 11-10-2005, 2.® Turma, DJ de 27-10-2006)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TS T - Direitos humanos fundamentais são o conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano, cujo fim precípuo

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TÍTULO li - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMÈNTAIS

é o respeito à sua dignidade, por meio da proteção contra o arbítrio do poder estatal e do estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana.

incorretas

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP ~ A evolução cronológica do reconhecimento dos direitos fundamentais pelas sociedades modernas é comumentè apresentada em gerações. Nessa evolução, o direito à moradia está inserido nos direitos fundamentais de terceira geração, que são os direitos econômicos, sociais e culturais, surgidos no início do século XX. (ver também MS 22.164, STF, infra)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - As violações a direitos fundamentais ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, inexistindo nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os di­reitos fundamentais assegurados pela CF vinculam diretamente os poderes públicos, estando direcionados apenas de forma indireta à proteção dos particulares em face dos poderes privados. (ver também RE 201.819, STF, supra)

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Os direitos de primeira geração ou dimensão {direitos civis e políticos) - que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais - realçam o princípio da igualdade; os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) - que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas - acentuam o princípio da liberdade; os direitos de terceira geração - que materializam poderes de titulari­dade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais - consagram o princípio da solidariedade.

Jurisprudência do STF -"Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos)- que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais - realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) - que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas - acentuam o princípio da igualdade". (MS 22.164, Rei. Min. Celso de Meilo, julgamento em 30-10-1995, DJ de 17-11-1995)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - De acordo com a teoria dos quatro status de Jellinek, o status negativo consiste na posição de subordinação do indivíduo aos poderes públicos, como detentor de deveres para com o Estado. Assim, o Estado tem competência para vincular o indivíduo, por meio de mandamentos e proibições.

Doutrina ~ “Status passivo ou subjectionis - o indivíduo se encontra em posição de subor­dinação aos poderes públicos, vincuiando~se ao Estado por mandamentos e proibições. O indivíduo aparece como detentor de deveres perante o Estado. Status negativo - o indivíduo, por possuir personalidade, goza de um espaço de liberdade diante das ingerências dos Poderes Públicos". (LENZA, 2010, p. 744)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Conforme entendimento do STF, a eficácia dos direitos e garantias fundamentais ocorre apenas e tão somente no âmbito da relação do indivíduo com o Estado, não sendo reconhecida a sua eficácia horizontal, tendo em vista que, nas relações entre particulares, vige o princípio da autonom ia da vontade privada. (ver também RE 201.819, STF, supra)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Os direitos e garantias fundamentais previstos no texto constitucional não podem ser restringidos pela legislação infraconstitucionai, uma vez que estão incluídos no rol das cláusulas pétreas.

Doutrina - "A Constituição autoriza, em diversas disposições, a intervenção do legislador no âmbito de proteção de diferentes direitos individuais". (MENDES et al, 2009, p. 340)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 22

Art. 5.°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es­trangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Corretas

CESPE. 2010. Administrador. MPS - As pessoas jurídicas também são beneficiárias dos.direitos e das garantias individuais, desde que tais direitos sejam compatíveis com a sua natureza.

Doutrina - "Os direitos fundamentais suscetíveis, por sua natureza, de serem exercidos por pessoas jurídicas podem tê-las por tituiar. Assim, não haveria de recusar às pessoas jurídicas as conseqüências do princípio da igualdade, nem o direito de resposta, o direito de propriedade, o sigiio de correspondência, a inviolabilidade de domicílio, as garantias do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada". {MENDES et aí, 2009, p. 305)

CESPE. 2010. Analista Técnko-Administrativo. MS ~ Os direitos fundamentais apresentam como limites os demais direitos constitucionais pelo princípio da relatividade ou peío princípio da convivência das liberdades públicas.

Doutrina - "Os direitos e garantias fundamentais consagrados pela Constituição Federai, portanto, não são limitados, uma vez que encontram seus limites nos demais direitos igual­mente consagrados pela Carta Magna (princípio da relatividade ou convivência das liberdades públicas)". (MORAES, 2005, p. 28)

CESPE. 2009. Analista Administrativo. AMAC - A CF assegura a validade e o gozo dos direitos fundamentais, dentro do território brasileiro, ao estrangeiro em trânsito, que possui, igualmente, acesso às ações, como o mandado de segurança e demais remédios constitucionais.

Jurisprudência do STF - "O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena legitimidade para impetrar o remédio constitucional do 'habeas corpus^ em ordem a tornar efetivo, nas hipóteses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao integral respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado à cláusula do devido processo iegaí. - A condição jurídica de não-nacionaí do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. Precedentes. - Impõe-se, ao Judiciário, o dever de assegurar, mesmo ao réu estrangeiro sem domicílio no Brasil, os direitos básicos que resultam do postulado do devido processo legal, notadamente as prerrogativas inerentes à garantia da ampla defesa, à garantia do contradi­tório, à igualdade entre as partes perante o juiz natural e à garantia de imparcialidade do magistrado processante" (HC 94.016, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-09-2008, 2.a Turma, DJE de 27-02-2009)

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECONT/ES - Somente se legitima a fixação de limite de idade para inscrição em concurso público quando prevista em lei e possa ser justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido, [ver também Súmula 683 do STF)

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Considere que o estrangeiro Paul, estando de passagem pelo Brasil, tenha sido preso e pretenda ingressar com habeas corpus, visando questionar a legalidade da sua prisão. Nesse caso, conforme precedente do STF, mesmo sendo estrangeiro não residente no Brasil, Paul poderá valer-se dessa garantia constitucional. (ver também HC 94.016. Rei. Min. Celso de Mello, ju lgam ento em 16-09-2008, 2.° Turma, DJE de 27-02-2009, supra)

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se

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;-'23 ’ TÍTULO it - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

legitima em face da Constituição, quando possa ser justificado pefa natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (ver também Súmula 683 do STF e a r t 7°, XXX, da CF)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJDFT - Se uma empresa fran­cesa, estabelecida no Brasil conferir vantagens aos seus empregados franceses, diferentes e mais benéficas que as vantagens concedidas aos empregados.brasileiros. Nessa situação, configurar-se-á ofensa ao princípio da igualdade, pois a diferenciação, no caso, baseia-se no atributo da nacionalidade.

Jurisprudência do STF -" A o recorrente, por não ser francês, não obstante trabalhar para a empresa francesa, no Brasil, não foi aplicado o Estatuto do Pessoal da Empresa, que concede vantagens aos empregados, cuja aplicabilidade seria restrita ao empregado de nacionalidade francesa. Ofensa ao princípio da igualdade: CF, 1967, art. 153, § 1.°; CF, 1988, art. 5.°, caput). A discriminação que se baseia em atributo, qualidade, nota intrínseca ou extrínseca do indivíduo, como o sexo, a raça, a nacionalidade, o credo religioso, etc., é inconstitucional. Precedente do STF: Ag 110.846{AgRg)~PR, Céiio Borja, RTJ 119/465. Fatores que autorizariam à desígualização não ocorrentes no caso". (RE 161.243, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 29-10-1996, 2.a Turma, DJ de 19-12-1997}

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - A regra da prescrição também se aplica aos direitos fundamentais, se estes não forem exercidos nos prazos estabelecidos na Constituição Federal de 1988.

Doutrina - "0 exercício de boa parte dos direitos fundamentais ocorre só no fato de existirem reconhecidos na ordem jurídica. Em relação a eles não se verificam requisitos que importem em sua prescrição. Vaie dizer, nunca deixam de ser exigíveis. Pois prescrição é um instituto jurídico que somente atinge, coarctando, a exigibilidade dos direitos de caráter patrimonial, não a exigibilidade de direitos personalíssimos, ainda que não individualistas, como é o caso". (SSLVA, 2010, p. 181}

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - O estrangeiro sem domicílio no Brasil não tem legitimidade para impetrar habeas corpus, já que os direitos e as garantias fundamentais são dirigidos aos brasileiros e aos estrangeiros aqui residentes.

Jurisprudência do STF - "£ inquestionável o direito de súditos estrangeiros ajuizarem, em causa própria, a ação de habeas corpus, eis que esse remédio constitucional - por qualificar-se como verdadeira ação popular - pode ser utilizado por qualquer pessoa, independentemente da condição jurídica resultante de sua origem nacional. A petição com que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em português, sob pena de não-conhecimento do writ constitucional (CPC, art. 156, c/c CPP, art. 3,°) (...)". (HC 72.391-QO, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 08-03-1995, Plenário, DJ de 17-03-1995}

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Aviação Civil. ANAC - Ao garantir aos brasileiros e estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, o artigo 5.° da Constituição Federal de 1988 {CF} exclui de seu âmbito de proteção o estrangeiro em trânsito pelo território nacional.

Doutrina - "O texto do caput do art. 5.° somente assegura esses direitos, de forma expressa, aos 'brasileiros e aos estrangeiros residentes no País' Há consenso, entretanto, pela própria natureza de tais direitos, que eles valem igualmente para os estrangeiros que se encontrem em território nacional, submetidos às leis brasileiras, sejam eles residentes ou não no Brasil". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 113)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - O dispositivo constitucional se­gundo o qual todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, não se aplica aos estrangeiros residentes no país, mas apenas aos brasileiros natos ou naturalizados.

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CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Uma empresa estrangeira com filial no Brasil não aplica o Estatuto do Pessoai da Empresa aos funcionários brasileiros, apenas aos empregados naturais do seu país de origem. Essa política adotada pela empresa gera vantagens salariais aos empregados estrangeiros, embora estes desempenhem funções idênticas às dos brasileiros. De acordo com a jurisprudência do STF, a situação descrita não configura discriminação inconstitucional, visto que fo i feita com base em critérios objetivos e razoáveis. (ver também RE 161.243; Ret. M in. Carlos Velloso, ju lgam ento em 29-10-1996,2.a Turma, DJ de 19-12-1997, supra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJDFT - Os poderes absolutos do Estado viabilizam, dentro de cada comunidade estatal concreta, o exercício dos direitos e garantias individuais e coletivos e a prática efetiva das liberdades públicas*

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS l& B

Súmulas do STF

Súmula Vinculante 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7.°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado peia natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

Correta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A Jurispru­dência do STF firmou entendimento no sentido de que não afronta o princípio da ísonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica.

Jurisprudência do STF - "A jurisprudência deste Supremo Tribunal firmou entendimento no sentido de que não afronta o princípio da ísonomia a adoção de critérios distintos para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da Aeronáutica". (RE 498.900-AgR, Rei. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 23-10-2007, 1.a Turma, DJ de 07-12-2007)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da CF, não podendo a lei criar qualquer forma de distinção.

Doutrina - "O princípio constitucional da igualdade não veda que a iei estabeleça tra­tamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções de grupo social, de sexo, de profissão, de condição econômica ou de idade, entre outras; o que não se admite é que o parâmetro diferenciador seja arbitrário, desprovido de razoabilidade, ou deixe de atender a alguma relevante razão de interesse público. Em suma, o princípio da igualdade não veda o tratamento discriminatório entre indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 116)

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer al­guma coisa senão em virtude de lei;

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Í&2SÍ;Í TÍTULO ií ~ DOS DIREITOS E .GARANTIAS FUNDAMENTAIS. . .

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJDFT - O Estado X editou uma lei que determina única e exclusivamente às distribuidoras de combustível a responsabilidade pela instalação de lacres em tanques de combustíveis dos postos de revenda, ficando elas sujeitas a multa, em caso de descumprimento da determinação legal. O governador do Es­tado, por meio de decreto estadual, responsabilizou também 05 postos revendedores pela não instalação dos lacres nos respectivos tanques de combustível, sob pena de aplicação de muita. Na situação narrada, o governador extrapolou do poder regulamentar, visto que fixou, por decreto, uma responsabilidade não prevista na referida lei.

Jurisprudência do.STF - "A reserva de lei em sentido formal qualifica-se como instrumento constitucional de preservação da integridade de direitos e garantias fundamentais. O princí­pio da reserva de lei atua como expressiva limitação constitucional ao poder do Estado, cuja competência regulamentar, portal razão, não se reveste de suficiente idoneidade jurídica que ihe permita restringir direitos ou criar obrigações. Nenhum ato regulamentar pode criar obri­gações ou restringir direitos, sob pena de incidir em domínio constitucionalmente reservado ao âmbito de atuação material da lei em sentido formal". (ACÒ 1.048-QO, Rei. Min. Celso de Meito, julgamento em 30-08-2007, Plenário, DJ de 31-10-2007) .

Incorretas

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - De acordo com 0 princípio da legalidade, apenas a ieí decorrente da atuação exclusiva do Poder Legislativo pode originar comandos normativos prevendo comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto, da participação normativa do Poder Executivo.

, Doutrina; -% . . } a doutrina constitucional ista dominante tem propugnado, deveras, 0 reco­nhecimento de uma rigidez menor ao princípio da legalidade do que às hipóteses de reserva legal. Aquele significaria exigência não só de lei formal para instituir obrigações de fazer ou não-fazer, ou seja, tais obrigações poderiam decorrer, também, de atos infralegais, desde que expedidos nos limites estabelecidos na lei". {PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 120)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Segundo a doutrina, a aplicação do princípio da reserva legal absoluta é constatada quando a CF remete à lei formal apenas a fixação dos parâmetros de atuação para o órgão administrativo, permitindo que este promova a corres­pondente complementação por ato infraiegaí.

Doutrina - "Assim, temos a reserva legal absoluta quando a norma constitucional exige para sua integrai regulamentação a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do Congresso Nacional elaborado de acordo com o devido processo legislativo constitucional. Por outro lado, temos a reserva legai relativa quando a Constituição Federal, apesar de exigir edição de lei formal, permite que esta fixe tão-somente parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá complementá-la por ato infralegal, sempre, porém, respeitados os limites ou requisitos estabelecidos pela legislação". (MORAES, 2005, p. 35)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJDFT - O Estado X editou uma lei que determina única e exclusivamente às distribuidoras de combustível a responsabilidade pela instalação de lacres em tanques de combustíveis dos postos de revenda, ficando elas sujeitas a multa, em caso de descumprimento da determinação legal. O governador do Es­tado, por meio de decreto estadual, responsabilizou também os postos revendedores pela não instalação dos lacres nos respectivos tanques de combustível, sob pena de aplicação de multa. A edição do decreto observou fielmente os limites impostos ao Poder Executivo de editar atos normativos.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS’EXAMINADORAS Á ' •;

Doutrina - "O princípio é o de que o poder regulamentar consiste num poder administrativo no exercício de função normativa subordinada, qualquer que seja o seu objeto. Significa dizér que se trata de poder limitado. Não é poder legislativo; não pode, pois, criar normatividade que inove a ordem jurídica. Seus limites naturais situam-se no âmbito da competência exe­cutiva e administrativa, onde se insere. Ultrapassar esses limites importa em abuso de poder, em usurpação de competência, tornando-se irrito o regulamento dele proveniente". (SILVA, 2010, p. 426)

Súmulas do STF

Súmula 636 - Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Súmuia 686 ~ Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Súmula 711 - A Lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Administrativa. TST - Em seu art. 5.°, a Constituição Federal (CF) determina que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Essa disposição é uma norma de eficácia contida, pois, para se garantir a sua aplicação, é necessária edição de normas infraconstitucionais.

Doutrina - "São normas constitucionais de eficácia plena 'aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular". (MORAES, 2005, p. 7}

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - É cabível o estabelecimento de restrições ao direito de liberdade de manifestação do pensamento para evitar lesão a um outro preceito fundamenta).

■ Doutrina -"A liberdade de expressão encontra limites previstos diretamente pelo constituinte, como também descobertos pela colisão desse direito com outros de mesmo status. (...) Dessa forma, admite a interferência legislativa para proibir o anonimato (IV), para impor o direito de resposta e a indenização por danos morais e patrimoniais e à imagem (V), para preservar a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas (X), para exigir qualificação profissional dos que se dedicam aos meios de comunicação (XIII) e para que se assegure a todos o direito de acesso à informação". (MENDES et ai, 2009, p. 409-410)

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TÍTULO ff - DOS Df RE ITOS; E- GÁRANT1A.Í5 F U NdAMENTAÍS

incorretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MEC - é livre a manifestação de pensamento, assim como é perm itido o anonimato nos meios de comunicação, o que abrange matérias jornalísticas e notícias televisivas.

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua limitação por meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção, da juventude.

CESPE. 2003. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - É íivre a manifestação do pensamento, sendo garantido o anonimato.

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Correta

CESPE. 2007. Procurados1 Federai. AGU ~ A invocação a Deus, presente no preâmbulo da ' CF, reflete um sentimento religioso, o que não enfraquece o fato de o Estado brasileiro ser laico, ou seja, um Estado em que há liberdade de consciência e de crença, onde ninguém é privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A CF estabelece ser invio­lável a liberdade de consciência e de crença, razão pela qual é vedado ao Estado garantir, na forma da lei, proteção aos locais de culto e às suas liturgias.

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assis­tência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

Incorreta

CESPE. 2008. Agente de inteligência. ABIN - Considerando a hipótese de que um cidadão esteja internado em entidade civil de internação coletiva e professe como religião o candom­blé, nessa hipótese, sendo o Estado brasileiro laico, não será a União obrigada a assegurar a esse interno as condições para que ele tenha assistência religiosa.

VIII ~ ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

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•. - " CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' friélii

Correta

FCC. 2009. Procurador do Estado. PGE/SP - Aiistado para o serviço militar, jovem recusa-se a cumprir atividades de caráter miíítar. Alega que, professando orientação marxista-íeninista, tem a convicção de que o Estado utiliza violência para oprimir a dasse trabalhadora e que as Forças Armadas são um poder a serviço dessa opressão. A alternativa que expressa a correta solução constitucional para esse conflito é: escusa fundamentada em convicção política não acarreta sanção se ocorrer em tempo de paz e for cumprida prestação alternativa fixada em lei. (ver também art. 143, § L°, da CF)

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A CF reconhece ser íivre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária. SEJUS/ES - A CF assegura a liberdade de expressão, apesar de possibilitar, expressamente, sua lim itação por meio da edição de leis ordinárias destinadas à proteção da juventude.

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABIN - Uma famosa atriz estrangeira, em viagem de férias pelo Brasil, foi fotografada juntamente com o seu namorado brasileiro, por jornalistas que pretendiam publicar as fotos em revistas de grande circulação. Considerando a sítúação hipotética apresentada, a liberdade de imprensa não admite censura. Dessa forma, o casal não poderia impedir, mesmo judicialmentet a divulgação das fotos, (ver também art. 5.°, inc. XXXV, da CF/1988)

Doutrina - "O texto constitucional repele frontalmente a possibilidade de censura prévia. Essa previsão, porém, não significa que a liberdade de imprensa é absoluta, não encontrando restrições nos demais direitos fundamentais". (MORAES, 2005, p. 46)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Corretas

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABIN - Uma famosa atriz estrangeira, em viagem de férias pelo Brasil, foi fotografada juntamente com o seu namorado brasileiro, por jornalistas que pretendiam publicar as fotos em revistas de grande circulação. Considerando a situação hipotética apresentada, conforme a CF, a referida atriz não poderia reivindicar, em seu favor, todos os direitos e garantias fundamentais previstos no texto constitucional.

Jurisprudência do STJ -"Por ser ator de televisão que participou de inúmeras novelas (pessoa pública e/ou notória) e estar em local aberto (estacionamento de veículos), o recorrido possui

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,-■■■■ TÍTU.LO il - DOS OiRElTOS. E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

direito de imagem mais restrito, mas nao afastado". (REsp 1.082.878/RJ,. Rei. Ministra Nancy And righi, 3.a Turma, DJE 18-11-2008)

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O direito fun­damental à honra se estende às pessoas jurídicas. (ver também Súmuia 227 do STJ)

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O dano mora!, que atinge a esfera íntima da vítima, agredindo seüs valores, humilhando e causando dor, não recai sobre pessoa jurídica, {ver também Súmula 227 do STJ)

Súmula do STF ............ ........ ....... ........ ....

Súmula Vinculante 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos dè resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade -física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penai do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Súmulas do STJ

Súmula 227 - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.Súmula 403 - Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

Corretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - A CF estabelece a garantia da inviolabilidade domiciliar, porém autoriza a violação do lar durante o período noturno em caso de desastre.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A inviolabilidade do domicílio não obsta a entrada da autoridade policial, durante a noite, em caso de flagrante delito.

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A garantia constitucional da inviolabilidade de domicílio abrange qualquer compartimento habitado, mas não os com­partimentos onde alguém exerce atividade profissional, {ver também HC 93.050, STF, infra)

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CF ANOTAÜA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 30

Doutrina - "O STF vê como objeto da garantia constitucional do inciso XI do art. 5.° da CF '{a) qualquer compartimento habitado, (b) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva e (c) qualquer compartimento privado onde alguém exerce profissão ou atividade" {MENDES et al, 2009, p. 431)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área judiciária. TRT/ES - Caso um escritório de advocacia seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que aíi trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida será ilícita, já que a referida diligência não fo i feita durante o dia.

Jurisprudência do STF - "O Tribunal, por maioria, rejeitou preliminar e exceção de incom­petência, afirmando sua competência para o processamento do feito (...). Afastou-sè (...), a preliminar de iíicitude das provas obtidas mediante instalação de equipamento de captação acústica e acesso a documentos no ambiente de trabalho do último acusado, porque, para tanto, a autoridade, adentrara o local três vezes durante.o recesso e de madrugada. Esclare­ceu-se que o relator, de fato, teria autorizado, com base no art. 2°, IV, da Lei n.° 9.034/95, o ingresso sigiloso da autoridade policial no escritório do acusado, para instalação dos referidos equipamentos de captação de sinais acústicos, e, posteriormente, determinara a realização de exploração do local, para registro e análise de sinais ópticos. Observou-se, de início, que tais medidas não poderiam jamais ser realizadas com publicidade alguma, sob pena de intuitiva frustração, o que ocorreria caso fossem praticadas durante o dia, mediante apresentação de mandado judicial. Afirmou-se que a Constituição, no seu art. 5°, X e X!, garante a inviolabi­lidade da intimidade e do domicílio dos cidadãos, sendo equiparados a domicílio, para fins dessa inviolabilidade, os escritórios de advocacia, locais não abertos ao público, e onde se exerce profissão (...), e que o art. 7°, li, da Lei n.° 8.906/94 expressamente assegura ao advo­gado a inviolabilidade do seu escritório, ou locai de trabalho, de seus arquivos e dados, de sua correspondência, e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de representante da OAB. Considerou-se, entretanto, que tal inviolabilidade cederia lugar à tutela constitucional de raiz, instância e alcance superiores quando o próprio advogado seja suspeito da prática de crime concebido e consumado, sobretudo no âmbito do seu escritório, sob pretexto de exercício da profissão. Aduziu-se que o sigilo do advogado não existe para protegê-ío quando cometa crime, mas proteger seu cliente, que tem direito à ámpla defesa, não sendo admissível que a inviolabilidade transforme o escritório no único reduto inexpugnável de criminalidade. Enfatizou- se que os interesses e valores jurídicos, que não têm caráter absoluto, representados pela inviolabilidade do domicílio e pelo poder-dever de punir do Estado, devem ser ponderados e conciliados à luz da proporcionalidade quando em conflito prático segundo os princípios da concordância. Não obstante a equiparação legai da oficina de trabalho com o domicílio, julgou- se ser preciso recompor a ratio constitucional e indagar, para efeito de colisão e aplicação do princípio da concordância prática, qual o direito, interesse ou valor jurídico tutelado por essa previsão. Tendo em vista ser tal previsão tendente à tutela da intimidade, da privatívidade e da dignidade da pessoa humana, considerou-se ser, no mínimo, duvidosa, a equiparação entre escritório vazio com domicílio stricto sensu, que pressupõe a presença de pessoas que o habitem. De toda forma, concluiu-se que as medidas determinadas foram de todo lícitas por encontrarem suporte normativo explícito e guardarem precisa justificação lógico-jurídico constitucional, já que a restrição conseqüente não aniquilou o núcleo do direito fundamental e está, segundo os enunciados em que desdobra o princípio da proporcionalidade, amparada na necessidade da promoção de fins legítimos de ordem pública", {inq 2.424, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-2008, Plenário, Informativo 529)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Antônio, governa­dor de determinado Estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Além disso, o governador Antônio baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão na

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,'3T TÍTULO li - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF. João só poderia ter sido preso em sua residência, no período da noite, por decisão judicial.

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Es­pecialidade: Direito. TCE/TO - Um advogado que esteja sendo investigado por formação de quadrilha e outros crimes não poderá sofrer, em seu escritório, uma escuta ambiental captada por gravador instalado por força de decisão judiciai, já que tal fato viola o principio de proteção do domicílio. (ver também inq 2.424, Rei. Min. Cezar Peluso, ju lgamento em 19 e 20-11-2008, Plenário, Informativo 529, supra}

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Administrativa. STF - O Ministério Público pode deter­minar a violação de domicíiio para a realização de busca e apreensão de objetos que possam servir de provas em processo criminai, desde que tai violação ocorra no período diurno.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Caso um policiai militar passe, durante a madrugada, diante de uma residência e observe a ocorrência de transação comercial de substância entorpecente, nessa situação, ele deve aguardar o dia amanhecer para ingressar na casa e prender os criminosos.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A inviolabilidade do domicílio não alcança o fisco, quando na busca de identificação da ocorrência de fato gerador dos tributos por ele fiscalizados.

Jurisprudência do STF -"Fiscalização tributária. Apreensão de livros contábeis e documentos fiscais realizada, em escritório de contabilidade, por agentes fazendários e policiais federais, sem mandado judiciai, inadmissibilidade. Espaço privado, Não aberto ao público, Sujeito à proteção constitucional da Inviolabilidade domiciliar (CF, art. 5.°, XI). Subsunção ao concei­to normativo de 'casa'. Necessidade de ordem judicial. Administração pública e fiscalização tributária. Dever de observância, por parte de seus órgãos e agentes, dos limites jurídicos impostos pela constituição e pelas leis da República. Impossibilidade de utilização, pelo Mi­nistério Público, de prova obtida com transgressão à garantia de inviolabilidade domiciliar. Prova ilícita. Inidoneidade jurídica (...) Administração tributária. Fiscalização. Poderes. Neces­sário respeito aos direitos e garantias individuais dos contribuintes e terceiros. Aos direitos e garantias individuais dos contribuintes e de terceiros. Não são absolutos os poderes de que se acham investidos os órgãos e agentes da administração tributária, pois o Estado, em tema de tributação, inclusive em matéria de fiscalização tributária, está sujeito à observância de um complexo de direitos e prerrogativas que assistem, constitucionalmente, aos contribuintes e aos cidadãos em geral. Na realidade, os poderes do Estado encontram, nos direitos e garantias individuais, limites intransponíveis, cujo desrespeito pode caracterizar ilícito constitucional. A administração tributária, por isso mesmo, embora podendo muito, não pode tudo. É que, ao Estado, é somente lícito atuar,' respeitados os direitos individuais e nos termos da lei' (CF, art. 145, § 1.°), consideradas, sobretudo, e para esse específico efeito, as limitações jurídicas decorrentes do próprio sistema instituído peia Lei Fundamentai, cuja eficácia - que prepondera sobre todos os órgãos e agentes fazendários - restringe-ihes o alcance do poder de que se acham investidos, especialmente quando exercido em face do contribuinte e dos cidadãos da República, que são titulares de garantias impregnadas de estatura constitucional e que, por tal razão, não podem ser transgredidas por aqueles que exercem a autoridade em nome do Estado. A garantia da inviolabilidade domiciliar como limitação constitucional ao poder do Estado em tema de fiscalização tributária. Conceito de 'casa' para efeito de proteção constitu­cional. Amplitude dessa noção conceituai, que também compreendem os espaços privados não abertos ao público, onde alguém exerce atividade profissional: necessidade, em tal hipótese, de mandado judicial (CF, art 5.°, X!)" (HC 93.050, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em10-06-2008, 2.a Turma, DJE de 1.°-08-2008)

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CF ANOTAOA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS ;:^32 <

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJDFT - João é proprietário de um apartamento na Asa Norte, em Brasília, que se encontra alugado a Maria. Com o objetivo de verificar as condições de manutenção do referido imóvel e utilizando uma chave reserva, João ingressou no apartamento, sem o consentimento de Maria. Nessa situação, não houve qualquer violação a direito fundamental, pois João apenas exerceu o seu direito de proprietário-locador.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A CF prevê que a casa é o asilo invioiável do indivíduo, de modo que ninguém pode, em qualquer hipótese, nela penetrar sem o consentimento do morador.

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comuni­cações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;

Correta

CESPE. 2008. Anaüsta Judiciário. Área Administrativa. STF - Apesar de a CF afirmar categoricamente que o sigilo da correspondência é inviolável, admite-se a sua limitação ínfraconstitucional, quando se abordar outro interesse de igual ou maior relevância, do que o previsto na CF.

Jurisprudência do STF - "A administração penitenciária, com fundamento em razões de se­gurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei n.° 7.210/84, proceder à interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas". (HC 70.814, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 1.°- 03-1994, 1.» Turma, DJ de 24-06-1994)

Doutrina - "Como regra, o sigilo de correspondência é invioiável, salvo nas hipóteses de decretação de estado de defesa e de sítio, que poderá ser restringido. Podemos observar, também, que esse direito não é absoluto e poderia, de acordo com a circunstância do caso concreto, ser afastado, por exemplo, na interceptação de uma carta enviada por seqüestra­dores". (LENZA, 2010, p. 762)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O sigilo das comunicações telefônicas é inviolável, podendo ser rompido somente por autorização judicial ou por decisão da autoridade policial responsável pelo inquérito, quando existirem fundados elementos reve­ladores da prática de crime.

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - O sigilo das comunicações telefônicas somente pode ser violado para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, não havendo, nesses casos, a necessidade de ordem judicial para a realização da quebra do sigilo.

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - A Polícia Civil abriu inquérito para investigar sete agentes de segurança de determinado município, acusados de receberem suborno de pais de menores infratores para fornecerem privilégios e regalias no cumprimento de medidas socioeducativas de seus filhos. Por solicitação do delegado que presidiu o inquérito e com autorização judicial, os agentes tiveram o sigilo telefônico interceptado durante as investigações. As gravações também revelaram que os agentes in­vestigados torturavam menores infratores e praticavam racismo. O sigilo das comunicações

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-3.3; TÍTULO í! - DOS DiRÊITOS E GARANTiAS FUNDAMENTAIS

telefônicas poderia ter sido violado, para fins de investigação dos agentes de segurança do município referido, diretamente pelo delegado de polícia que presidiu o inquérito, não havendo necessidade de ordem judicia l.

CESPE. 2008. Analista judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Considere a seguinte situação hipotética. Bruno, servidor público, teve a sua conversa telefônica gravada por Solange, gerente de uma empresa prestadora de serviços, na qual Bruno solicitava R$15.000,00 de propina para autorizar a prorrogação do contrato dessa prestadora. Nessa situa­ção, a referida conversa telefônica, uma vez que não foi autorizada judicialmente, não pode ser admitida em processo administrativo disciplinar instaurado contra Bruno.

Jurisprudência do STF - “Habeas Corpus. Prova. Licitude. Gravação de telefonema por interlo­cutor. É lícita a gravação de conversa telefônica festa por um dos interlocutores, ou com sua autorização, sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava diálogo com seqüestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. Ordem indeferida". (HC 75.338, Rei. Min. Nelson Jobim, julgamento em 11-03-1998, Plenário, DJ de 25-09-1998)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG— A CF prevê a inviolabilidade do sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas em caráter absoluto.

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - A norma prevista no inciso Xlli é de eficácia contida, pois o direito ao exercício de trabalho, ofício ou profissão é pleno até que a lei estabeleça restrições a tal direito.

Doutrina ~ Sobre o art. 5.°, XIII, temos que "Essa norma assegura, desde logo, o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, mas sujeita-se à imposição de restrições por parte do legislador ordinário, devendo ser interpretada da seguinte maneira: a) enquanto não es­tabelecidas em lei as qualificações profissionais necessárias para o exercício de determinada profissão, o seu exercício será amplo, vale dizer, qualquer pessoa poderá exercê-la; b) em um momento seguinte, quando a lei vier a estabelecer as qualificações profissionais necessárias para o exercício dessa profissão, só poderão exercê-la aqueles que atenderem a essas quali­ficações prevista em lei". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 61}

Incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A norma constitucional que estabelece a liberdade quanto ao exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão constitui norma de eficácia plena.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O preceito constitucional que assegura a liberdade de exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais estabelecidas em lei, constitui norma de eficácia lim itada .

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e res­guardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

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mm CF ANOTAOA PELAS BANCAS EXAMINADORAS.

Correta '

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O jornalista, no exercício de sua atividade profissional, pode resguardar o sigilo de sua fonte.

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A vedação ao anonimato impede o sigilo da fonte, mesmo quando necessário ao exercício profissional.

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - Em tempo de paz, os direitos de liberdade de locomoção e de liberdade de reunião somente podem ser afastados mediante prévia e fundamentada decisão judicial.

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autoriza­ção, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

Correta

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Seria incompatível com a Constituição da República lei estadual do Acre que estabelecesse que as manifestações populares que implicassem a ocupação de praças públicas dependeriam de prévia autorização das autoridades policiais e do pagamento de taxa de utilização de logradouros públicos.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - A CF garante a todos o direito de reunir-se pacificamente, sem armas, em iocais abertos ao público, independentemente de autorização ou prévio aviso à autoridade competente.

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - Independentemente de aviso prévio ou autorização do poder público, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Antônio, go­vernador de determinado Estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Aíém disso, o governador Antônio baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para

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35 TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

a realização do evento. Foi assegurado a. João o direito a um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF. João deveria ter solicitado autorização prévia para a realização do comício, não sendo suficiente o simples aviso prévio à autoridade competente.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A CF assegura a todos o direito de reunião pacífica em locais abertos ao público, desde que mediante autorização prévia da autoridade competente e que não se frustre outra reunião prevista para o mesmo local.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA ~ É exigida autorização do podér público para realização de reuniões em locais abertos ao público, ainda que com fina­lidade pacífica.

CESPE. 2008. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária. SEJUS/ES ~ independentemente de aviso prévio ou autorização do poder público, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em íocais abertos ao público, desde que não frustrem outra reunião anteriormente, convocada para o mesmo tocai.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área judiciária. TRT/RJ - Para realizar manifestação nas ruas do centro de uma cidade, um sindicato depende de autorização da autoridade de segu­rança pública.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O exercício do direito de reunião em locai aberto ao público depende de autorização da autoridade competente.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, mediante prévia autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A CF estabelece o direito de reunião pacífica, sem armas, em locais abertos ao público, desde que mediante autorização prévia da autoridade competente.

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

Corretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - As associações podem ser criadas independentemente de autorização lega!, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A CF veda a interferência do Estado no funcionamento das associações e cooperativas.

Incorretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A criação de associação independe de autori­zação, sendo perm itida a interferência estatal em seu funcionamento.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A criação das associações e, na forma da lei, a de cooperativas, depende de autorização estatal.

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XIX - as associações só poderão ser compulsoriameníe dis­solvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ; ;̂36

Corretas

CESPE 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - Para que uma associação seja compulsoriameníe dissolvida, é necessário que haja o trânsito em julgado de decisão judicial nesse sentido.

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/AL - As associações somente podem ser compuisoria- mente dissolvidas por meio de decisão judicial transitada em julgado, considerando a vedação constitucional de interferência do Estado em seu funcionamento.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Determinada associação de apoio à terceira idade, pessoa jurídica legalmente estabelecida, tem por objetivo cuidar da saúde física e psíquica de pessoas com mais de 60 anos de idade. No entanto, após vistoria das instalações físicas da associação pela autoridade competente, constatou-se que o prédio não tinha condições de servir de asilo aos idosos. Nessa situação, cabe à administração locai dissolver compuisoriamente a referida associação, por meio de ato administrativo.

Jurisprudência do STF - "Cabe enfatizar, neste ponto, que as normas insericas no art. 5,°, incisos XVil a XXI da atual Constituição Federai protegem as associações, incíusive as so­ciedades, da atuação eventualmente arbitrária do legislador e do administrador, eis que somente o Poder Judiciário, por meio de processo regular, poderá decretar a suspensão ou a dissolução compulsórias das associações. Mesmo a atuação judicial encontra uma limitação constitucional: apenas as associações que persigam fins ilícitos poderão ser compuisoriamente dissolvidas ou suspensas. Atos emanados do Executivo ou do Legislativo, que provoquem a compulsória suspensão ou dissolução de associações, mesmo as que possuam fins ilícitos, serão inconstitucionais". (ADÍ 3.045, voto do Min. Celso de Mello, julgamento em 10-08-2005, Plenário, DJ de 1 *06-2007)

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extra judicialmente;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral da Jusíâça. TJ/RJ - As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicialmente, mas não no contencioso administrativo.

Súmuia do STF

Súmuia 629 - A ímpetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.

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l;\:ÍT‘Í: : TÍTULO li - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ■ '

XXII - é garantido o direito de propriedade;XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropria­ção por necessidade ou utilidade pública, Ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

- Correta _ ___

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Ao disciplinar o direito de propriedade, a Constituição estabelece, como regra gerai, que a desapropriação por necessidade ou utilidade púbíica, ou por interesse sociaí, se dará mediante prévia indenização em dinheiro.

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

Correta

CESPE. 2008. Perito Criminal. SGA/AC - Em caso de iminente perigo público, a autoridade competente pode usar propriedade particular, estando assegurada ao proprietário indenização caso ocorra dano em seu patrimônio.

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua ati­vidade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utiliza­ção, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criado­res, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como prote­ção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ’ 38

nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;XXX ~ é garantido o direito de herança;

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A garantia ao direito de herança é um direito fundamentai, que não pode ser restringido pela legislação infraconstitucional.

Doutrina - "O caráter normativo do seu âmbito de proteção confere ao legislador, como de resto no contexto do direito de propriedade em geral, ampla liberdade na disciplina do direito de herança" (MENDES et at, 2009, p. 475)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O inciso XXX, que prevê o direito de herança, é uma norma de eficácia lim itada.

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”;

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A sucessão de bens de estrangeiros situados no país será regulada pela iei brasileira em benefício do cônjuge ou dos fiihos brasileiros, ainda que lhes seja mais favorável a lei pessoai do de cujus.

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicosinformações de seu interesse particular, ou de interessecoletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

Correta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Todos têm direito a receber dos órgãos pú­blicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serãoprestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo sejaimprescindível à segurança da sociedade ou do Estado.

Incorreta

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCÜ - A declaração de sigilo dos atos admi­nistrativos, sob a invocação do argumento da segurança nacional, é privilégio indevido para a

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TÍTULO II - DOS DIREITOS E GÁRANTIAS FUNDAMENTAIS

prática de um ato administrativo, pois o princípio da publicidade administrativa exige a transpa­rência absoluta dos atos, para possibilitar o seu controle de legalidade.

Jurisprudência do STF -"(...) Com efeito, observo que o dispositivo atacado estabeleceu que a tomada de contas referentes à movimentação dos créditos destinados à realização de des­pesas reservadas ou confidenciais será feita em caráter sigiloso, ocorre, porém, que o princípio da publicidade na administração publica não é absoluto, porquanto a própria Constituição Federa!, em seu artigo 5.°, inciso XXXill, in fine, restringiu o acesso público a informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado (...) ém.outras paiavras, tanto o dispositivo contestado na presente ação, quanto o art. 5.°, XXXIII, da lei maior, ressalvaram o caráter sigiloso de determinadas informações relativas à administração pública". (Med. Caut. em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 129-3 Distrito Federal, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 18-02-2008)

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

Correta _ ___

CESPE. 2008. Técnico de Atividade judiciária. TJ/RJ - Aos estrangeiros residentes no país é garantido o direito de petição.

Jurisprudência do STF ~ "0 direito de petição qualifica-se como prerrogativa de extração constitucional assegurada à generalidade das pessoas pela Carta Política (art. 5.°, XXXIV, a). Traduz direito público subjetivo de índole essencialmente democrática". (AR 1.354-AgR, Rei. Min. Ce!so de Mello, julgamento em 21-10-1994, Plenário, DJ de 06-06-1997)

Súmula do STF

Súmuia Vinculante 21 - é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - A CF garante a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, mediante o pagamento das respectivas taxas.

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNADORAS 40

Correta

C£SP£. 2008. Perito Criminal. SGA/AC - O Poder judiciário do Acre tem competência para reformar decisão do Tribunal de Contas do Acre.

Súmula do STF .

Súmula 667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa.

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - De acordo com entendimento do STF, as normas constitucionais provenientes da manifestação do poder constituinte originário têm, via de regra, retroatívidade máxima.

Jurisprudência do STF - "As normas constitucionais federais é que, por terem aplicação imediata, alcançam os efeitos futuros de fatos passados (retroatívidade mínima), e se expres­samente o declararem podem alcançar até fatos consumados no passado (retroatividades média e máxima). Não assim, porém, as normas constitucionais estaduais que estão sujeitas à vedação do artigo 5.°, XXXVI, da Carta Magna Federal, inclusive a concernente à retroatívidade mínima que ocorre com a aplicação imediata delas". (Al 258.337-AgR, ReL Min. Moreira Alves, julgamento em 06-06-2000, 1 .a Turma, DJ de 04-08*2000)

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a or­ganização que lhe der a lei, assegurados:

Correta

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Judiciária. STF - O julgamento dos crimes dolosos contra a vida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede que outros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão.

Doutrina - "Alguns autores defendem que a competência dada ao Tribunal do Júri pela CF/88 para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida é um competência mínima, pois, segundo esses autores, nada impede que o legislador ordinário remeta à apreciação do Júri matérias de natureza diversa, não havendo falar, portanto, de uma competência absoluta do Tribuna! de Júri. Cf., sobre esse tema Scarance Antônio Fernandes, Processo penal cons­titucional, cit., p. 183; Eugênio Pacelli de Oliveira, Curso de processo penal, cit., p. 553 (...)". (MENDES et aí, 2009, p. 627)

Súmulas do STF

Súmula 156 - É absoluta a nulidade do julgamento, pelo júri, por falta de quesito obri­gatório.

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, .41' . T i m o i! - DOS DIREITOS E GARANTiAS FUNDAMENTAIS • ..

Súmula 162 - É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes.

Súmula 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.

Súmuia 7 1 3 - 0 efeito devolutivo da apelação contra decisões do júri é adstrito aos funda­mentos da sua interposição.

Súmuia 721 - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituíção estadual.

a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votações; vc) a soberania dos veredictos; •d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - A competência do júri é para julgamento dos crimes contra a vida, sejam eles dolosos ou culposos.

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;XL ~ a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - A lei penai poderá retroagir para beneficiar o réu.

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

Corretas __ _

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MEC - A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de justiça TJ/RJ - São inafiançáveis os crimes de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e os definidos como crimes hediondos. (ver também incisos XUIt e XUV deste artigo)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . _ ;

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - Por força constitucional, são inafiançáveis os crimes de racismo e de tortura,

incorreta

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/IV1G - A prática do racismo nos estabelecimentos de cumprimento de medidas socioeducativas não constitui crime em situações excepcionais, como fugas e rebeliões.

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Nota: O STF decidiu que há progressão de pena, mesmo nos casos de crimes hediondos. Veja jurisprudência a seguir:

Jurisprudência do STF - "Pena - Regime de cumprimento - Progressão - Razão de ser. A pro­gressão no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semi-aberto e aberto, tem como razão maior a ressociaiização do preso que, mais dia ou menos dia, voltará ao convívio social. Pena - Crimes hediondos - Regime de cumprimento - Progressão ~ Óbice - Artigo 2.°, § 1.°, da Lei 8.072/90 - Inconstitucionalidade - Evoíução jurisprudencial. Conflita com a garantia da individualização da pena - Artigo 5.°, inciso XLV!, da Constituição Federal ~ A im­posição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individuaiização da pena, em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2.°, § 1.°, da Lei n.° 8.072/90". (HC 82.959, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 23-02-2006, Plenário, DJ de 1 .°-09-2006)

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça TJ/RJ ~ São inafiançáveis os crimes de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e os definidos como crimes hediondos. (ver também incisos XLH e XLÍV deste artigo)

Incorretas

CESPE. 2010. Advogado. BRB - Conforme expressa disposição constitucional, o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e drogas afins é considerado crime inafiançável e imprescritível.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O fato de o réu em processo criminal estar condenado por delito tipificado como hediondo enseja, por si só, uma proibição objetiva incondicional à concessão de prisão domiciliar, uma vez que a dignidade da pessoa humana deve ser interpretada em harmonia com os demais preceitos constitucionais, especialmente o da segurança jurídica.

Jurisprudência do STF - 'Tendo em conta a excepcionalidade da situação, a Turma deu provimento a recurso ordinário em habeas corpus em que se discutia se paciente idosa (62 anos), condenada por tráfico ilícito de entorpecentes, cujo grave estado de saúde se encontrava

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t^ífeí- TÍTULO n - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS; . ;

demonstrado por diversos laudos, teria direito, ou não, à prisão domiciiiar, nos termos do art. 117, da Lei de Execução Penal - LEP (...). Asseverou-se que a transferência de condenado não sujeito a regime aberto para cumprimento da pena em regime domiciiiar é medida excepcional, que se apóia no postulado da dignidade da pessoa humana, o qual representa, considerada a centralidade desse princípio essencial, significativo vetor interpretativo, verdadeiro valor-fonte que conforma e inspira todo o ordenamento constitucional vigente no país e que traduz, de modo expressivo, um dos fundamentos em que se assenta a ordem republicana e democrá­tica consagrada peio sistema de direito constitucional positivo. Conçiuiu-se que, na espécie, impor-se-ia a concessão do benefício da prisão domiciiiar para efeito de cumprimento da pena, independentemente da modalidade de regime de execuçãoi'penal, pois demonstrada, mediante perícia idônea, a impossibilidade de assistência e tratamento médicos adequados no estabelecimento penitenciário em que recolhida a sentenciada, sob pena de, caso negada a transferência pretendida pelo Ministério Público Federai, ora recorrente, expor-se a condenada a risco de morte. RHC provido para assegurar a ora paciente o direito ao cumprimento do restante de sua pena em regime de prisão domiciliar, devendo o juiz de direito da vara de execuções criminais adotar as medidas necessárias e as cautelas, pertinentes ao cumprimento da presente decisão". {RHC 94.358, Rei. Min. Ceiso de Mello, julgamento, em 29-04-2008, 2.a Turma, Informativo 504) "

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Correta

CESPE. 2G08. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça TJ/RJ - São inafiançáveis os crimes de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e os definidos como crimes hediondos, (ver também incisos XLH e XLIIi deste artigo)

incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Todos os crimes estão sujeitos a prescrição

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimenío de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Se, em sentença judicial transitada em julgado, José for condenado ao perdimento de bens importados ilegalmente e, durante o curso do processo, ocorrer o falecimento de José, nessa situação, os sucessores dele receberão o patrimônio, já que é pétrea a determinação de que nenhuma pena pode ser estendida aos sucessores do condenado.

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XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:a) privação ou restrição da liberdade;b) perda de bens;c) multa;d) prestação social alternativa;e) suspensão ou interdição de direitos;XLVII - não haverá penas:a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - inexíste pena de morte, no Brasil, em qualquer hipótese.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - É proibida a instituição de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucionaí.

CF ANOTADA. PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ' . ' '

b) de caráter perpétuo;c) de trabalhos forçados;

Correta

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Jônatas, agente de segurança, foi preso em flagrante pela Polícia Civií, vendendo drogas para dois menores que cumpriam medida socioeducativa em determinado município. O sindicato dos agentes de segurança do Estado protestou contra a prisão de Jônatas, alegando que o flagrante foi simulado por motivos de perseguição política. O sindicato dos agentes de segurança de um segundo Estado aderiu ao movimento de apoio ao agente Jônatas. Considerando a situação hipotética descrita, se condenado, Jônatas não poderá cumprir, em nenhuma hipótese, pena de trabalho forçado.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A pena de trabalhos forçados em estabelecimentos prisionais de segurança máxima depende de regulamentação por meio de lei complementar para ser implementada no ordenamento jurídico brasileiro.

d) de banimento;e) cruéis;

Incorreta • _________

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A pena de caráter perpétuo somente poderá ser instituída se aprovada previamente em plebiscito.

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XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos dis­tintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

TÍTULO |l - OOS DÍREifOS E GARÁNTiAS FUNDAMENTAIS ' :

incorreta

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - Enquanto dura a penà de reclusão, ficam suspensos os direitos constitucionais do preso, (ver também art. 15, inciso lll,, da CF/1988)

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; •

Corretas

CESPE. 2008. Perito Criminai. SGA/AC - Às presidiárias devem ser asseguradas condições que lhes permitam permanecer com seus filhos no período de amamentação.

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - O Estado brasileiro deve assegurar às pre­sidiárias as condições necessárias para que possam permanecer com os seus filhos durante o período de amamentação.

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturaliza­ção, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Corretas

CESPE. 2009. Analista judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A CF prevê que não seconcede extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião, porém os brasileiros naturalizados podem ser extraditados em caso de crime comum, praticado antes da natura­lização. (ver também a r t 5°, inc. Lll, da CF/1988}

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Não há deportação nem expulsão de brasileiro.

. Doutrina -"Deportação consiste em devolver o estrangeiro ao exterior, por meio de medida compulsória adotada pelo Brasil, quando o estrangeiro entra ou permanece irregularmente no nosso território. (...) A expulsão é medida coercitiva tomada peio Estado, para retirar forçadamente de seu território um estrangeiro que praticou atentado à ordem jurídica do país em que se encontra. (...) Não existe deportação ou expulsão de brasileiro" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 168)

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - Considere que Joana, filha de Manoel, português, e de Sofia, italiana, tenha nascido em Brasília, onde seus pais estavam passando

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CP ANOTADA PELAS SANCAS EXAMINADORAS 4$'

férias. Considere, ainda, que, ao completar 21 anos de idade, Joana tenha retornado ao Brasil para prestar concurso publico e tenha sido presa. Nesse caso hipotético, Joana poderá ser extraditada, (ver também a r t 12, inc. I, a, da CF/1988)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Constitui principio que rege a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais a concessão de asilo político, vedada a extradição, {ver também art. 4°, X, da CF)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/ft/lA - Nenhum cidadão brasileiro pode ser extraditado.

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ABlftí - Pedro, filho de João e Maria, nasceu em um país da América Latina onde seu pai exercia o cargo de embaixador do Brasil e trabalha, atualmente, em outro país da América Latina como humorista, onde critica o governo local. Sentindo-se perseguido nesse país, Pedro veio para o Brasii. Nessa situação, Pedro poderá ser preso e extraditado, pois a injúria caracteriza-se como crime comum, caso em que é perm itida a extradição. (ver a r t 12,1, b, da CF)

Doutrina - "O brasileiro nato jamais será extraditado" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 169)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade judiciária. TJ/RJ - A CF não admite a extradição de brasileiro.

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa» TRT/!8j - 0 estrangeiro que tiver praticado crime de opinião em seu pais e ingressar no território nacional será extraditado.

Jurisprudência do STF - "A inextraditabiiidade de estrangeiros pordeíitos políticos ou de opi­nião reflete, em nosso sistema jurídico, uma tradição constitucional republicana. Dela emerge, em favor dos súditos estrangeiros, um direito público subjetivo, oponíveí ao próprio Estado e de cogência inquestionável. Há, no preceito normativo que consagra esse favor constitutionis, uma insuperável limitação jurídica ao poder de extraditar do Estado brasileiro. Não há incom­patibilidade absoluta entre o instituto do asilo político e o da extradição passiva, na exata medida em que o Supremo Tribunal Federal não está vinculado ao juízo formulado pelo Poder Executivo na concessão administrativa daquele benefício regido pelo Direito das Gentes. Disso decorre que a condição jurídica de asilado político não suprime, só por si, a possibilidade de o Estado brasileiro conceder, presentes e satisfeitas as condições constitucionais e legais que a autorizam, a extradição que íhe haja sido requerida. O estrangeiro asilado no Brasíí só não será passível de extradição quando o fato ensejador do pedido assumir a qualificação de crime político ou de opinião ou as circunstâncias subjacentes à ação do Estado requerente demonstrarem a configuração de inaceitável extradição poiítica disfarçada". (Ext 524, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-10*1989, Plenário, DJ de 08-03-1991)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A prática de crime político por es­trangeiro radicado no Brasil enseja a concessão de extradição solicitada por Estado estrangeiro, desde que os efeitos penais ainda estejam ocorrendo.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Os crimes de opinião praticados por estrangeiros sõo passíveis de extradição, desde que cometidos contra a integridade nacional.

LIH -ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

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1 ^ $ ' - v TÍTULO II - DOS DIRÇITpS- E ;G/íiVfNTÍAS•FU.̂ p̂ ENTWS ; ... j

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Corretas _ „ „ _

CESPE. 2010. Analista Técnko-Administraiivo. MS - O princípio da proporcionalidade é exemplo de princípio constitucional não positivado.

Doutrina - "O princípio da razoabilidade (da proporcionalidade, da proibição de excesso ou do devido processo legal em sentido substantivo) não se encontra.expressamente previsto no texto da Carta Política de 1988, tratando-se, portanto, de postulado constitucional implícito". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 174)

CESPE. 2009. Agente de investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - Os princípios cons­titucionais podem ser positivados ou não positivados. Os positivados são aqueles previstos expressamente no texto constitucional; os não positivados não estão escritos no texto, mas dele podem ser diretamente deduzidos. Nesse sentido, constitui princípio constitucional não- positivado a proporcionalidade.

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - O princípio da razòabilidade-proporciona- iidade permite ao Poder Judiciário invalidar atos legislativos ou administrativos quando, entre outras situações, a medida adotada não for exigível ou necessária, havendo meio alternativo menos gravoso para se chegar ao mesmo resultado, o que se convencionou denominar ne­cessidade ou vedação do excesso.

Jurisprudência do STF ~ "O Poder Público, especialmente em sede de tributação, não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo prin­cípio da razoabilidade, que traduz limitação material à ação normativa do Poder Legislativo. O Estado não pode legislar abusivamente. A atividade legislativa está necessariamente sujeita à rígida observância de diretriz fundamentai, que, encontrando suporte teórico no princípio da proporcionalidade, veda os excessos normativos e as prescrições irrazoáveis do Poder Público. O princípio da proporcionalidade, nesse contexto, acha-se vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do Poder Público no exercício de suas funções, qualificando-se como parâmetro de aferição da própria constitucionaiidade material dos atos estatais". (ADI 2.551 -MC-QO, Rei. Min, Celso de Mello, julgamento em 02-04-2003, Plenário, DJ de 20-04-2006)

Jurisprudência do STF - "Cabe ao Poder Judiciário verificar a regularidade dos atos norma­tivos e de administração do Poder Público em relação às causas, aos motivos e à finalidade que os ensejam. Pelo princípio da proporcionalidade, há que ser guardada correlação entre o número de cargos efetivos e em comissão, de maneira que exista estrutura para atuação do Poder Legislativo local". (RE 365.368-AgR, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 22-05-2007, DJ de 29-06-2007)

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços Públicos deTelecomunicações. Direito. AWATEL - O princípio da proporcionalidade acha-se vocacionado a inibir e a neutralizar os abusos do poder público no exercício de suas funções, qualificando-se como parâmetro de aferição da própria constitucionaiidade material dos atos estatais.

Doutrina - "Cabe repisar, entretanto, que mais de uma vez o STF tem afirmado que 'todos os atos emanados do Poder Público estão necessariamente sujeitos, para efeito de sua validade material, à indeclinável observância de padrões mínimos de razoabilidade', bem assim que 'a legitimidade de medida restritiva de direitos fundamentais há de ser aferida no contexto de uma relação meio-fim, devendo ser pronunciada a inconstitucionalidade que contenha limitações inadequadas, desnecessárias ou desproporcionais, não razoáveis'". (PAULO e ALE­XANDRINO, 2010, p. 175)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMÍNADORÁS

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJDFT - Ordens emanadas de autoridades judiciais, ainda que ilegais, devem ser cumpridas, sob pena de restar violado o estado de direito.

Súmulas do STF

Súmula Vinculante 14 ~ É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso am­plo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatórío realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Súmuia 70 - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo.

Súmuia 323 - £ inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para paga­mento de tributos.

Súmula 547 - Ao contribuinte em débito, não é íícito à autoridade proibir que adquira es­tampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais.

Súmula 704 - Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legai a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório eampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Corretas

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU ~ Segundo o STF, a faita de defesa técnica por advogado, no âmbito de processo administrativo disciplinar, não ofende a CF. Da mesma forma, não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se, durante o pro­cesso administrativo, forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar, desde que rigorosamente observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. O referidotribunal entende, também, que a autoridade julgadora não está vinculada às conclusões dacomissão de processo administrativo disciplinar.

Jurisprudência do STF - "Não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se durante o processo administrativo forem apurados fetos novos que constituam infração disciplinar. O princípio do contraditório e da ampla defesa deve ser rigorosamente observado. É permitido ao agente administrativo, para complementar suas razões, encampar os termos de parecer exarado por autoridade de menor hierarquia. A autoridade julgadora não está vin­culada às conclusões da comissão processante". (RMS 24.526, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 03-06-2008, 1 .a Turma, DJE de 15-08-2008.)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJDFT - O direito de defesa, como base do sistema de proteção dos direitos individuais, torna exigível a intimação pessoal de defensor público.

Jurispriidêhcia dò. StF:. ~ "Direito de defesa - Sustentação oral - Desrespeito - Julgamento reaíizado sem prévia intimação pessoal do defensor público (...). O Defensor Público tem a prerrogativa jurídica de ser intimado, pessoalmente, de todos os atos do processo, qualquer

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'49 : TÍTULO !l - OOS DIREITOS E GÁRANTiAS FUNÒAMENTAIS ,

que seja a natureza deste, sob pena de nuiidade, especialmente quando a ausência da cien- tificação in fadem frustra o exercício do direito à sustentação orai. Precedentes". (HC 72.204, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 15-08-1995, 1.a Turma, DJ de 24-08-2007)

Incorreta -...... - -

CESPE. 2003. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - O direito ao contraditório e à ampla defesa é assegurado aos litigantes em processo judicial, mas não em processo administrativo, pois, no caso deste, o administrado sempre terá garantida a possibilidade de recorrer à instância judicial.

Súmulas do STF.. .... . ^ -

Súmuia Vinculante 3 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a. apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. ..

Súmula Vinculante 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Súmuia Vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso am­plo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento'investigatórío realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

Súmuia 523 - No processo penal, a falta da defesa constitui nuiidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.

Súmuia 701 “ No mandado de segurança impetrado pelo Ministério Público contra decisão proferida em processo penai, é obrigatória a citação do réu como litisconsorte passivo.

Súmuia 704 “ Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legai a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

Súmula 708 - É nuío o julgamento da apeiação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Correta ^

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Considere que, no curso de uma investigação criminal, um juiz de direito tenha determinado a quebra do sigilo telefônico dos investigados, e que a escuta telefônica realizada em decorrência dessa decisão tenha revelado dados que compro­vam a ocorrência de atos de corrupção que envolviam servidores públicos estaduais que não estavam sendo diretamente investigados. Nessa situação, tais provas poderiam ser utilizadas para embasar processo administrativo disciplinar contra os referidos servidores.

Jurisprudência do STF - "Prova emprestada. Penal. Interceptação telefônica. Escuta ambientai. Autorização judicial e produção para fim de investigação criminal. Suspeita de delitos cometidos por autoridades e agentes públicos. Dados obtidos em inquérito poiicial. Uso em procedimento administrativo disciplinar, contra outros servidores, cujos eventuais ilícitos administrativos teriam

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despontado à colheita dessa prova. Admissibilidade. Resposta afirmativa a questão de ordem. Inteligência do art. 5.°, inc. Xli, da CF, e do art. 1.° da Lei federai n.° 9.296/96. Precedente. Voto vencido. Dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais, judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa prova", (inq 2.424, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 19 e 20-11-2008, Plenário, informativo 529)

Incorreta _ _ ___ _ .............. ■

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As provas obtidas de forma ilícita podem ser convalidadas, desde que se perm ita o contraditório em relação ao seu conteúdo.

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a iden­tificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pú­blica, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

Correta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Se, por força de decisão judicial, for decretada a prisão preventiva de um réu, sob o fundamento exclusivo da sua significativa capacidade econômica, nesse caso, o referido fundamento serã insuficiente para se manter a segregação do réu, já que o critério pobre/rico não é determinante, por si só, para se decretar a prisão cauteiar, sob pena de violação do princípio da igualdade.

Jurisprudência do STF - "A prisão cauteiar, tendo em conta a capacidade econômica do paciente e contatos seus no exterior não encontra ressonância na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pena de estabelecer-se, mediante quebra da igualdade (artigo 5.°, caput e inciso I da Constituição do Brasii) distinção entre ricos e pobres, para o bem e para o mal. Precedentes. (...) No decreto prisional nada se vê a justificar a prisão cauteiar do paciente, que não há de suportar esse gravame por encontrar-se em situação econômica privilegiada. As conquistas das classes subalternas, não se as produz no plano processual penal; outras são as arenas nas quais devem ser imputadas responsabilidades aos que acumulam riquezas". (HC 95.009, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 06-11-2008, 2.a Turma, DJE de 19-12-2008)

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Antônio, go­vernador de determinado Estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador

^ g l j l r a . CF ANOTADA PELAS- BANCAS EXAMINADORAS , . '

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51 TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

do comício. Além disso, o governador Antônio baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito'a um advogado e a um tele­fonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo, em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF. A prisão, de João, em tese, fo i legal, visto que devidamente fundamentada e decidida pela autoridade competente.

LXII - a prisão de qualquer pessoa e ò local ònde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

Correta . .. ........ v..

CESPE. 2009. Âraaiista de Controle Externo. Especiaridaderpiréito. TCE/AC - Antônio, go­vernador de determinado Estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da polícia militar a prisão de João, organizador do comício. Aiém disso, o governador Antônio baixou um decreto'determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador.fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a um advogado e a um telefonema. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF. A prisão de João e o local onde foi recolhido deveriam ter sido comunicados imediatamente ao juiz competente e a sua família.

LXIIX - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a as­sistência da família e de advogado;

Correta

CESPE. -200S. Agente de Polícia Civíi, SECAD/TO - Qualquer indivíduo que figure como objeto de procedimentos investlgatórios policiais ou que ostente, em juízo penal, a condição jurídica de imputado, tem o direito de permanecer em silêncio, incluindo-se aí, por impiicitude, a prerrogativa processual de o acusado negar, ainda que falsamente, perante a autoridade policia! ou judiciária, a prática da infração penal.

Jurisprudência do STF -"Falsidade ideológica. No caso, a hipótese não diz respeito, propriamente, à falsidade quanto à identidade do réu, mas, sim, ao fato de o então indiciado ter faltado com a verdade quando negou, em inquérito policia! em que figurava como indiciado, que tivesse assinado termo de declarações anteriores que, assim, não seriam suas. Ora, tendo o indiciado o direito de permanecer calado e até mesmo o de mentir para não auto-incriminar-se com as declarações prestadas, não tinha ele o dever de dizer a verdade, não se enquadrando, pois, sua conduta no tipo previsto no artigo 299 do Código Penal." (HC 75.257, Reí. Min. Moreira Alves, julgamento em 17-06-1997, 1.a Turma, DJ de 29-08-1997)

LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Corretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - Diante dos requisitos legais, o juiz de direito de determinada comarca decretou a prisão preventiva do vereador Galego, suspeito de tráfico de drogas, bem como autorizou a realização de busca e apreen­são em sua residência. A polícia, de posse dos mandados judiciais, dirigiu-se até a câmara municipal, não logrando êxito em encontrar o vereador. Às 20 h, a poiícia iocaiizou Galego em sua residência. Galego tem o direito constitucional à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policia!.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu interrogatório policial.

Incorretas

CESPE. 2009. Soidado Policiai Militar. PMDF - O juiz de direito da vara criminal de uma cidade decretou a prisão preventiva de Joe!, por este ter praticado tráfico de drogas, crime equiparado a hediondo pela CF. O juiz determinou que a decisão fosse cumprida pela PMDF. O mandado chegou à PMDF às 20 h e foi distribuído à equipe que se encontrava de plantão naquela noite, comandada pelo capitão Oliveira. Imediatamente, os policiais dirigiram-se para a casa do acusado, bateram à porta e perguntaram por Joe!, ouvindo de sua esposa que ele não estava. Oliveira determinou uma busca na residência, encontrando Joel escondido debaixo da cama do casal. O capitão informou ao procurado o motivo de sua prisão e que ele teria direito a um advogado. Os familiares de Joel indagaram para onde ele seria levado, tendo o policial respondido que essa informação só seria passada ao advogado do preso no dia seguinte. Em seguida, Joel foi levado para o quartel da PMDF mais próximo. No dia seguinte,o capitão Oliveira encaminhou documento ao juiz criminal com os seguintes dizeres: Exmo. Sr. Juiz. Missão cumprida. O traficante já está preso. Permanecemos à sua disposição. Com base na situação hipotética apresentada, os policiais que efetuaram a prisão de Joel têm direito ao anonimato, visando resguardar sua integridade e a de sua família contra possíveis retaliações.

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - Para serem resguardados os agentes policiais e os delegados de polícia contra eventuais retaliações po r parte das pessoas que eles prendem, os presos não têm direito a identificação dos responsáveis pela sua prisão.

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVT - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusávei de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

Correta

CESPE, 2009. Defensor Público. DPE/AL - De acordo com o entendimento do STF, constitui norma de eficácia restringível o preceito constitucionai que veda a prisão civil por dívida, salvo a do responsável por inadimplemento voluntário e inescusávei de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.

i Jurisprudência do STF: -" A Constituição de 1988, perfilhando essa mesma orientação, dispõe, em seu art. 5.°, LXVII, que "Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo

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inadimplemento voluntário e inescusávei de obrigação alimentícia e a do depositário infiel". Esse preceito da Cart? Federal brasileira qualifica-se como típica norma revestida de eficácia contida ou restringível, eis que, em função de seu próprio conteúdo material, contempla a possibilidade de o legislador comum limitar o alcance da vedação constitucional pertinente à prisão civil, autorizando-o a excepcionar a cláusula proibitória em duas únicas hipóteses: (a) inadimplemento de obrigação alimentar e (b) infidelidade depositária". (RE 249.97<>RS, ReL Min. Celso de Mello, decisão de 04-08-1999}

Incorretas ______ _ ^

CESPE. 2009. Analista Administrativo. AGU - Embora seja possível a restrição da liberdade de locomoção dos indivíduos nos casos de prática de crimes, é vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel,

Jurisprudência do STF -"A subscrição pelo Brasil do Pacto de São José da Costa Rica, limitando a prisão civil por dívida ao descumprimento inescusávei de prestação alimentícia, implicou a derrogação das normas estritamente legais referentes à prisão do .depositário infiel". (HC 87.585, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 03-12-2008, Plenário, DJE de 26-06-2009)

CESPE. 2008. Perito Criminal. SGA/AC - O ordenamento jurídico brasileiro não admite prisão civil por dívida. '

LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

j; '53;í ' TÍTULO II -4 DOS DIREITOS E GARÀNTÍÁS’FÚNDÁÍWSNfÁÍS

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/ft/JT - O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção.

Doutrina - " O habeas corpus será impetrado contra um ato sujeito coator, que tanto poderá ser autoridade pública (delegado de polícia, promotor de justiça, juiz, tribunal etc.), quanto particular, para fazer cessar uma coação ilegal. Assim, é possível a impetração de habeas corpus contra ato de agente privado (contra o agente de um hospital, que esteja ilegalmente impedindo a saída do paciente, por exemplo)". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 202)

Incorretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. ÍVIPS ~ Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, caberá mandado de segurança.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Antônio, go­vernador de determinado Estado, visando impedir um comício marcado para o dia seguinte em praça pública, determinou ao comando da Polícia Militar a prisão de João, organizador do comício. Além disso, o governador Antônio baixou um decreto determinando que todos os que comparecessem ao comício fossem presos. O governador fundamentou sua decisão na necessidade de preservar a ordem pública e no fato de não ter sido solicitada autorização para a realização do evento. Foi assegurado a João o direito a um advogado e a um telefonema.

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Cf ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' 54

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta tendo em vista os direitos e garantias fundamentais previstos na CF. João poderá impetrar, por meio de seu advogado, mandado de segurança visando questionar a legalidade de sua prisão e garantir o seu direito de ir e vir. (ver também art. 5.°, LXIX, da CF)

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Direito. AWÂTSL - O mandado de segurança, o habeas- corpus e o habeas data são ações mandamentais que não exigem capacidade postuiatória, pois qualquer cidadão tem legitimidade para seu ajuízamento segundo jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal. {ver também AO 1.531, STF, e HC 84.716, STF, infra)

Jurisprudência do STF - “A Constituição da Republica estabeleceu que o acesso à justiça e o direito de petição são direitos fundamentais (art 5.°, inc. XXXiV, alínea a, e XXXV), porém estes não garantem a quem não tenha capacidade postuiatória íitigar em juízo, ou seja, é vedado o exercício do direito de ação sem a presença de um advogado, considerado 'indispensável à administração da justiça' (art. 133 da Constituição da República e art. 1° da Lei n,° 8.905/94), com as ressalvas legais. (...) Incluem-se, ainda, no rol das exceções, as ações protocoladas nos juizados especiais cíveis, nas causas de valor até vinte salários mínimos (art, 9 ° da Lei n.° 9.099/95) e as ações trabalhistas (art. 791 da Consolidação das Leis do Trabalho), não fazendo parte dessa situação privilegiada a ação popular". (AO 1.531-AgR, voto da Min. Cármen Lúcia, julgamento em 03-06-2009, Plenário, DJE de 1,°-07-2009)

Jurisprudência do STF - "Recurso - Habeas corpus - Dispensa da capacidade postuiatória. Versando o processo sobre a ação constitucional de habeas corpus, tem-se a possibilidade de acompanhamento pelo leigo, que pode interpor recurso, sem a exigência de a peça mostrar-se subscrita por profissional da advocacia". (HC 84.716/MG, Rei. Min. Marco Aurélio, DJ de 26-11-2004, p. 25)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - A CF exige que o habeas corpus seja cabível apenas contra ato de autoridade pública.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-G eral de Justiça. TJ/Ri - Conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribui­ções do poder público, (ver também art. 5.°, LXIX, da CF)

Súmulas do STF

Súmula 395 - Não se conhece de recurso de habeas corpus cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais em causa a liberdade de locomoção.

Súmula 431 - É nuío julgamento de recurso criminal na segunda instância sem prévia inti­mação ou publicação da pauta, salvo em habeas corpus.

Súmula ©92 - Não se conhece de habeas corpus contra omissão de relator de extradição, se fundado em fato ou direito estrangeiro cuja prova não constava dos autos, nem foi ele provocado a respeito.

Súmula 693 - Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penai a que a pena pecuniária seja a única cominada.

Súmula 694 - Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.

Súmula 695 - Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo> não amparado por “habeas-corpus” ou “habeas-data” quando o responsável pela ilegalidade ou

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abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Correta _ ' _ _ „ _ _

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Se, em uma ação dé mandado de segurança, a segurança for concedida, então a autoridade coatora terá direito de recorrer. (ver também a r t 14, § 2.°, da Lei n.° 12.016/2009)

incorretas _ _ ^ ...........

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA- Pára ajuizar mandado de segu­rança ou habeas data, o autor da ação deve comprovar o esgotamento da via administrativa.

D ou trin a . - "Quando a lei veda se impetre mandado de segurança contra 'ato que caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independente de cãüção', não está obrigando o particular a exaurir a via administrativa para, após, utilizar-se da via judiciária. Está, apenas, condicionando a impetração à operatividade ou exeqüibilidade do ato a ser impugnado pe­rante o Judiciário". (MÊiRELLES, 2006, p. 43)

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução, (art. 5.°, inc. I, da Lei n.° 12.016/2009)

CESPE. 2009. Anaüsta de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O STF pacificou entendimento no sentido de que a desistência, no mandado de segurança, não depende de aquiescência do impetrado. No entanto, essa regra não se aplica aos casos em que a desis­tência é parcial.

Jurisprudência do STF - "Mandado de segurança. Desistência parcial. A jurisprudência do Supremo pacificou entendimento no sentido de que a desistência, no mandado de segurança, não depende de aquiescência do impetrado. Essa regra aplica-se também aos casos em que a desistência é parcial. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento". (RE 318.281- AgR, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 14-08-2007, 2.a Turma, DJ de 21-09-2007)

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Direito. AWATEL - O mandado de segurança indivi­dual tem como requisito para sua impetração a fundamentação em alegações que dependam exclusivamente de dilação probatória, segundo jurisprudência pacífica dos tribunais.

Jurisprudência do STF ~ "O mandado de segurança não abre margem a dilação probatória. Os fatos articulados na inicial devem vir demonstrados mediante os documentos próprios, viabiüzando-se requisição quando se encontrarem em setor público". (RMS 26.744, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 13-10-2009, 1.a Turma, DJE de 13-11-2009)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A conduta omissiva do administrador público impede a fluência de prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança, quando a Sei fixa prazo para a prática do ato.

Jurisprudência do STF -"Anistiado político. Lei 10.559/2002. Indenização. Valores retroativos, fixados em portaria do Ministro da Justiça. Cabimento da segurança. Decadência. Adequação da via eleita, dado que 'a hipótese não consubstancia ação de cobrança, mas tem por finali­dade sanar omissão da autoridade coatora, que não deu cumprimento integrai às Portarias do Ministro de Estado da Justiça' (RMS 24.953, Relator Ministro Carlos Velloso). Considerando que a lei fixou prazo para a autoridade efetuar o pagamento da indenização - no caso, sessenta dias o término desse prazo, sem a aludida providência, implica o início da contagem do lapso decadencial previsto no art. 18 da Lei 1.533/51". (RMS 26.881, Rei. Min. Carlos Britto, julgamento em 13-11-2007, 1.a Turma, DJE de 07-11-2008)

TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

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CF ANOTADA P6LAS BANCAS EXAMINADORAS

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Por não possuírem personalidade jurídica, os órgãos não podem figurar no polo ativo da ação do mandado de segurança:

Jurisprudência do STF - "A jurisprudência - com amplo respaldo doutrinário (v.g., Victor Nunes, Meirelies, Buzaid) - tem reconhecido a capacidade ou 'personalidade judiciária'de órgãos cole­tivos não personalizados e a propriedade do mandado de segurança para a defesa do exercício' de suas competências e do gozo de suas prerrogativas. Não obstante despido de personalidade jurídica, porque é órgão ou complexo de órgãos estatais, a capacidade ou personalidade judici­ária do Ministério lhe é inerente - porque instrumento essencial de sua atuação - e não se.pode dissolver na personalidade jurídica do Estado, tanto que a eíe freqüentemente se contrapõe em juízo; se, para a defesa de suas atribuições finalísticas, os tribunais têm assentado o cabimento do mandado de segurança, este igualmente deve ser posto a serviço da salvaguarda dos predicados da autonomia e da independência do Ministério Público, que constituem, na Constituição, meios necessários ao bom desempenho de suas funções institucionais" (MS 21.239, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 05-06-1991, Plenário, DJ de 23-04-1993)

CESPE. 200$. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O mandado de segurança é garantia fundamental voltada à solução de violação a direito líquido e certo no piano cível, não podendo ser utilizado na esfera penal.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Conceder-se-á mandado de segurança sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. (ver também art. S.°, LXVIII, da CF)

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - O mandado de segurança está vo­cacionado para fins cíveis, não constituindo instrumento idôneo para o processo penal, que dispõe do habeas corpus para sanar eventuais ilegalidades.

Súmulas do STF

Súmula 1 0 1 - 0 mandado de segurança não substitui a ação popular.

Súmula 266 - Não cabe mandado de segurança contra lei em tese.

Súmula 267 - Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.

Súmula 268 - Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.

Súmula 269 - O mandado de segurança não é substitutivo de ação de cobrança.

Súmula 271 - Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judiciai própria.

Súmula 510 - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

Súmula 512 - Não cabe condenação em honorários de advogado na ação de mandado de segurança.

Súmula 625 - Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança.

Súmula 630 - Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.

Súmula 632 - É constitucional lei que fixa prazo de decadência para impetração de mandado de segurança.

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[■'57;.':: TÍTULO l í - DOS DIREITOS- E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Legislação complementar ____ __

Lei r».° 12.016/2009, Art. 14, § 2 ° . Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer.

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impe­trado por:a) partido político com representação no Congresso Nacio­nal;

Corretas _ ^ - V

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional têm legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo.

CESPE. 2009. Técnico judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional.

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia­lidade: Direito. TCE/TO - Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo. {ver também art. 21 da Lei n. ° 12.016/2009)

Jurisprudência do STF -"U m a exigência tributária configura interesse de grupo ou classe de pessoas, só podendo ser impugnada por eles próprios, de forma individual ou coletiva. Precedente: RE 213.631, Rei. Min. limar Gaivão, DJ 07-04-2000. O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo". (RE 196.184, Rei. Min. Eüen Grade, julgamento em 27-10-2004, Plenário, DJ de 18-02-2005}

Incorretas _ _

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Como sujeitos de direito, os partidos políticos têm legitimidade para atuar em juízo, não podendo, entretanto, ajuizar mandado de segurança coletivo, por lhes fa lta r a condição de representantes de categoria pro­fissional ou econômica.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe legalmente constituídas, mas não por partidos políticos.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direito líquido e certo.

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal­mente constituída e em fimcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

Súmulas do STF _______________

Súmula 629 - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes.

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Súmula 630 - A entidade de ciasse tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora tome inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Correta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO ~ O STF passou a admitir a adoção de soluções normativas para a decisão judiciai como alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado de injunção.

Jurisprudência do STF - "Sinais de evolução da garantia fundamenta! do mandado de injun­ção na jurisprudência do Supremo Tribuna! Federal (STF). No julgamento do Ml n. 107/DF, Rei. Min. Moreira Alves, DJ 21-9-1990, o Plenário do STF consolidou entendimento que conferiu ao mandado de injunção os seguintes elementos operacionais: i) os direitos constitucionalmen­te garantidos por meio de mandado de injunção apresentam-se como direitos à expedição de um ato normativo, os quais, via de regra, não poderiam ser diretamente satisfeitos por meio de provimento jurisdicíonal do STF; ii) a decisão judicial que declara a existência de uma omissão inconstitucional constata, igualmente, a mora do órgão ou poder legiferante, insta-o a editar a norma requerida; iii) a omissão inconstitucional tanto pode referir-se a uma omissão total do legislador quanto a uma omissão parcial; ív) a decisão proferida em sede do controle abstrato de normas acerca da existência, ou não, de omissão é dotada de eficácia erga omnes, e não apresenta diferença significativa em reiação a atos decisóríos proferidos no contexto de mandado de injunção; iv) o STF' possuí competência constitucional para, na ação de mandado de injunção, determinar a suspensão de processos administrativos ou judiciais, com o intuito de assegurar ao interessado a possibilidade de ser contemplado por norma mais benéfica, ou que lhe assegure o direito constitucional invocado; v) por fim, esse plexo de poderes institucionais legitima que o STF determine a edição de outras medidas que garantam a posição do impetrante até a oportuna expedição de normas pelo legislador. Apesar dos avanços proporcionados por essa construção jurisprudencial inicial, o STF flexi­bilizou a interpretação constitucional primeiramente fixada para conferir uma compreensão mais abrangente à garantia fundamental do mandado de injunção. A partir de uma série de precedentes, o Tribunal passou a admitir soluções 'normativas' para a decisão judicial como alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva (CF, art. 5.°, XXXV)''. (M! 708, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25-10-2007, Plenário, DJE de 31-10-2008)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O mandado de injunção tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de aíguma forma, afete direitos constitucionalmente assegurados, sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federa! (STF), que ele só é cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcia i

; Jurisprudência do STF -"Descumprimento de imposição constitucional legiferante e desva­lorização funcionai da constituição escrita. O Poder Público - quando se abstém de cumprir, total ou parcialmente, o dever de legislar, imposto em cláusula constitucionai, de caráter mandatório - infringe, com esse comportamento negativo, a própria integridade da Lei Fundamental, estimulando, no âmbito do Estado, o preocupante fenômeno da erosão da

CF. ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ,

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59 ' TÍTULO, i! - DOS DIREITOS E. GARANTIAS FUNDAMENTAIS

consciência constitucional (ADI 1.484-DF, Rei. Min. Celso de Mello)" (Ml 542/SP, Rei. Min. Celso de Mello, DJ de 28-06-2002, p. 89)

CESPE. 2009. Arsalista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O mandado de injunção não é instrumento adequado à determinação de edição de portaria por órgão da administração direta.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES ~ Segundo a CF, deve ser concedido habeas data sempre que a ausência de norma reguiaméntadora torne inviável o exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacio­nalidade, à soberania e à cidadania. • .....

CESPE. 2008. Analista de Controie Externo. Área: Controle E&errio. Especialidade: Direito. TCE/TO - Mandado de injunção é o remédio constitucional, adequado para anular ato lesivo ao patrim ônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrim ônio histórico. e cultural, fícando d autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. (ver também art. 5 °, LXXIII, da CF)

LXXII - conceder-se-á “habeas-data”: .a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Segundo a CF, cabe mandado de injunção para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, cons­tantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter púbiico.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pessoais constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, desde que geridas por servidores do Estado.

CESPE. 2009. Agente Poiícia. DPF - Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública. (ver também art. 5.°, LXIX, da CF)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O habeas data é o instru­mento processual adequado para o controle judiciai de eventuais ilegalidades consistentes no cerceamento da liberdade de locomoção, {ver também a r t 5.°, LXVIIl, da CF)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O habeas data é o instru­mento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de liberdade, (ver também art.5.o, LXVIIl, da CF)

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CF ANOTAÒA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ^

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O habeas data é o instrumento ade­quado à garantia do direito à liberdade de locomoção, (ver também art. 5.°, LXVIIl, da CF)'

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Corretas ^ ^

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - É vedado ao condenado por improbidade administrativa com a perda de direitos políticos, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, a propositura de ação popular.

' Doutrina. - "Segundo a Constituição, 'qualquer cidadão é parte legítima' O termo 'cidadão' vem empregado, aqui, em sentido político próprio, que é o sentido utilizado peia Constitui­ção Federal. Assim, significa aquele que está no gozo de seus direitos políticos". (TAVARES,2007, p. 895)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Para propor ação popuíar,o cidadão deve provar que está em dia com suas obrigações eleitorais.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Para propositura de ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitos políticos.

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/ES - É essencial para verificação da legiti­mação que o autor de ação popular demonstre a condição de cidadão brasileiro no exercício dos direitos políticos.

Incorretas^

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Na hipótese de figurar o presidente da Re­pública no polo passivo de uma ação popular, a competência será do STF. (ver também Pet 2.018, STF, infra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - A ação popular contra o presidente da República deve ser ju lgada pelo STF.

Jurisprudência do STF - “O Supremo Tribunal Federal - por ausência de previsão constitucio­nal - não dispõe de competência originária para processar e julgar ação popular promovida contra qualquer órgão ou autoridade da República, mesmo que o ato cuja invalidação se pleiteie tenha emanado do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, ou, ainda, de qualquer dos Tribunais Superiores da União. (...) Os atos de conteúdo jurisdicional - precisamente por não se revestirem de caráter administrativo - estão excluídos do âmbito de incidência da ação popular, notadamente porque se acham sujeitos a um sistema específico de impugnação, quer por via recursal, quer mediante utilização de ação rescisória. (...) Tratando-se de ato de índole jurisdicional, cumpre considerar que este, ou ainda não se tornou definitivo - podendo, em tal situação, ser contestado mediante uti­lização dos recursos previstos na legislação processual ou, então, já transitou em julgado, hipótese em que, havendo decisão sobre .o mérito da causa, expor-se-á à possibilidade de rescisão". (Pet 2.018-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-08-2000, 2.a Turma, DJ de 16-02-2001)

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61 ■■

Nota: Ainda que a regra seja a ausência de competência originária dos tribunais do Poder Judiciário (STF, STJ, TJ, etc.) para apreciar a Ação Popuiar, Vicente Pauio e Marcelo Alexandrino afirmam uma exceção: "Cabe ao STF, porém, o julgamento de ação popular na qual, pela sua natureza peculiar, a decisão poder criar um conflito entre um estado membro e a União, por força do comando previsto no art. 102, i, f, da Carta da República". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 232)

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Gerai de Justiça. TJ/RJ - Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise anuiar ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, saivo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. " '

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judi­ciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; ::-LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

incorreta _____ __ _ ̂ ^

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O inciso LXXV! e suas alíneas configuram normas programáticas, pois dizem respeito a um programa de governo relativo à implementação da gratuidade de certidões necessárias ao exercício de cidadania.

a) o registro civil de nascimento;

Correta _

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - A gratuidade do registro civil de nasci­mento é constitucional, poís constitui base para o exercício da cidadania.

. Doutrina ~"Sem prejuízo dessa disposição constitucional, o Supremo Tribunal Federai consi­derou válida previsão legai de gratuidade do registro civil de nascimento, do assento de óbito, bem como da primeira certidão respectiva, para todos os cidadãos (e não somente para os reconhecidamente pobres) {...). permitir que todos, independentemente de sua condição ou sua situação patrimonial, nesse particular, possam exercer os direitos de cidadania". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 199)

b) a certidão de óbito;LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data” e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

TÍTULO H - DOS DIREITOS' E GARANTiAS FUNDAMENTAIS

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1— 1 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 62.

Corretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - O direito à duração razoávei do processo, tanto no âmbito judicial quanto no âmbito administrativo, é um direito fundamentai previsto expressamente na CF.

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoávei duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A CF expressa­mente preceitua que a todos, no âmbito administrativo e judicial, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Em ação penal ajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz, em alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a conduta do cidadão não configurava qualquer delito. A duração prolongada, abusiva e não razoável do processo penal, embora gere transtorno à vida do acusado, não chega a a ting ir qualquer norma constitucional.

§ 1.° - As normas definidoras dos direitos e garantias fun­damentais têm aplicação imediata.§ 2.° - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Os direitos é garantias funda­mentais estão previstos de forma taxativa na CF.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Os direitos fundamentais dos indivíduos estão taxativamente enumerados na CF.

§3 .° - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respec­tivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, ãe 2004)

Correta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Para que um tratado sobre direitos humanos tenha força de norma constitucional é necessária a sua aprovação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

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TÍTULO il - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

1 ncorreta ____

CESPE. 2009. Agente Administrativo. A/IDS - Os tratados e convenções internacionais acerca de direitos humanos que forem aprovados, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por maioria absoluta dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

§ 4.° - O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - O Brasii se submeterá à jurisdição de Tribunal Penai internacional a cuja criação manifestar adesão.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BÀ. r- O Brásil se submete à jurisdição de tribunal penal internacionai a cuja criação manifeste adesão.

incorretas

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A submissão do Brasil ao Tribunal Penai internacional depende da regulamentação por meio de lei complementar.

CESPE. 2003. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Decisão do STF que envoíva aspecto ligado à violação de direitos humanos é recorrível para o Tribunal Penal Internacional.

Doutrina -" A jurisdição do Tribunal Penai Internacional submete-se ao chamado princípio da complementaridade, segundo o qual a competência da corte internacional não se sobrepõe à jurisdição penal dos Estados soberanos. Significa dizer que o Tribunal Penal internacional destina-se a intervir somente nas situações gravíssimas, em que o Estado soberano se mostre incapaz ou sem disposição poiítíca para processar os crimes apontados no Estatuto de Roma". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 111)

CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6.°. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 64, de 2010)

Corretas _ _______

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - A implementação de poiíticas públicas que objetivem concretizar os direitos sociais, pelo poder público, encontra limites que compreendem, de um

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNADORAS T ’$4:

lado, a razoabilidade da pretensão índividuai/sociaí deduzida em face do poder público e, de outro, a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas deíe reclamadas.

Jurisprudência do STF -"Vê-se, pois, que os condicionamentos impostos, pela cláusula da 'reserva do possível7, ao processo de concretização dos direitos de segunda geração - de implantação sempre onerosa ~, traduzem-se em um binômio que compreende, de um lado, (1) a razoabilidade da pretensão individual/social deduzida em face do Poder Público e, de outro, (2) a existência de disponibilidade financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele reclamadas". (ADPF 45 MC/DF, Rei. Min. Celso de Mello, DJU de 04.05.2004)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Embora a formulação e a execução das políticas públicas seja uma prerrogativa dos Poderes Legislativo e Executivo, é possível ao Poder Judiciário determinar, excepcionalmente, a sua implementação, quando a omissão da administração pública comprometer a eficácia e a integridade de direitos sociais impregnados de estatura constitucional.

Incorretas

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - Apesar de ser um direito social reconhecido, o direito à moradia não encontra previsão expressa no taxativo roí que enumera os direitos sociais protegidos pela Constituição Federal de 1988 (CF),

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AIV1 ~ A Emenda Constitucional n.° 26/2000 incluiu, entre os direitos sociais, o direito a moradia. Sendo assim, o bem de família do fiador em contrato de locação não pode ser penhorado, pois fere o direito social da moradia.

Doutrina - "O direito à moradia foi previsto de modo expresso como direito sociai pela EC n.° 26/2000. A Lei n.° 8.009/90, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família, en­contra fundamento no art. 6.° da CF/88. Entre as ressalvas da referida lei, ou seja, não proteção mesmo em se tratando do único bem imóvel, está a figura do fiador em contrato de aiuguel. Levada a. questão ao STF, por 7x3, em 8.2.2006, entenderam os Ministros que 'o único imóvel (bem de família) de uma pessoa que assume a condição de fiador em contrato de aluguel pode ser penhorado, em caso de inadimplência do locatário ̂e, assim, não violando o direito de moradia enquanto direito fundamental (RE 407.688)''. (LENZA, 2010, p. 839)

Art. 7.°. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

Incorreta _

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Ârea Judiciária. TRT/PR ~ Os direitos dos trabalhado­res, inseridos na CF, não podem ser, de modo algum, alterados, mesmo que ajustados pelos sindicatos profissionais ou pelos próprios trabalhadores em razão de possível melhoria das condições de trabalho.

I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que pre­verá indenização compensatória, dentre outros direitos;

Correta

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - A CF assegura garantia contra a despedida sem justa causa do empregado, estando provisoriamente prevista indenização

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. TÍTULO" II' DOS. DIRJEITÒS .E^GARA.^TIî:FUN&ÁMÊN t̂òis.4.-'";>v■.".-:.̂■i,

compensatória de 40% do vaior do saido fundiário, a título de muita rescisória, enquanto outra base indenizatória não for fixada por iei complementar própria.

incorreta• .v-v -.- . - ■.■■■■■

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE ~ A regra constitucipnal que assegura a proteção à reiação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa, conforme entendimento do STF, não proíbe que a iegisiação infraconstitucionai venha a estabelecer o rompimento do víncuio de emprego em face da concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador.

Jurisprudência do STF. - "O direito à aposentadoria previdenciária, uma vez objetivamente constituído, se dá no âmago de uma reiação jurídica entre o segurado do Sistema Geral de Previdência e o instituto Nacional de Seguro Social. Às expensas, portanto, de um sistema atuariai-financeiro que é gerido por esse Instituto mesmo, e não às custas desse ou daquele empregador. O Ordenamento Constitucional não autoriza, o legislador ordinário a criar mo­dalidade de rompimento automático do víncuio de emprego, em desfavor do trabalhador, na situação em que este apenas exercita o seu direito de aposentadoria:espontânea, sem cometer deslize aigum. A mera concessão da aposentadoria voluntária ao trabalhador não tem por efeito extinguir, instantânea e automaticamente, o seu vínculo de emprego. Inconstitucionalidade do § 2 ° do artigo 453 da Consoiidação das Leis do Trabalho, introduzido.pela Lei n.° 9.528/97". (ADÍ 1.721, Rei. Min. Carios Britto, julgamento em 11-10-2006, Plenário, DJ de 29-06-2007)

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involun­tário;III - fundo de garantia do tempo de serviço;IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unifica­do, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;

Corretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - O serviço militar obrigatório pode ser remunerado com vaior abaixo do salário-mínimo.

Jurisprudência do STF' - "i - A Constituição Federai não estendeu aos militares a garantia de remuneração não inferior ao salário mínimo, como o fez para outras categorias de traba­lhadores. II - O regime a que submetem os militares não se confunde com aquele aplicável aos servidores civis, visto que têm direitos, garantias, prerrogativas e impedimentos próprios, li! - Os cidadãos que prestam serviço militar obrigatório exercem um múnus público relacio­nado com a defesa da soberania da pátria. IV - A obrigação do Estado quanto aos conscritos Ümita-se a fornecer-lhes as condições materiais para a adequada prestação do serviço militar obrigatório nas Forças Armadas." (Recurso Extraordinário 570.177, Rei. Min. Ricardo Lewando- wíski, julgamento em 30-04-2008)

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - O salário mínimo é fixado por lei federal, em caráter nacional e unificado, podendo haver, em cada Estado e no Distrito Federal, pisos salariais próprios, desde que observada a fixação federal como parâmetro mínimo para a remuneração dos trabalhadores.

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CK ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorretas .

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT ~ O salário-mínimo pode ser fixado tanto por lei em sentido formal quanto po r decreto legislativo, com vigência em todo o território nacional, que consubstancia a participação do Congresso Nacional na definição do montante devido à contraprestação de um serviço.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - O salário-mínimo é fixado por lei federal, consoante as peculiaridades de cada região, do País, e deve observar vaior ca­paz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustamentos periódicos que preservem seu poder aquisitivo, sendo vedada a vinculação para fins de correção de preços.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TST - O salário-mínimo é fixado por lei federal, variando segundo as peculiaridades de cada região do País, de modo a preservar as necessidades vitais do trabalhador e de sua família, conforme o local onde resida.

Súmulas do STF __ __ ___

Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cáiculo de vantagem de servidor publico ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

Súmula Vinculante .16 - Os artigos 7.°, IV, e 39, § 3.° (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público.

Súmula do STJ

Súmula 201 - Honorários Advocatícios. Salário-Mínimo. Fixação. Os honorários Advocatícios não podem ser fixados em saiários-mínimos.

V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em con­venção ou acordo coletivo;

Correta ____ _

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O salário pode ser reduzido por ajuste em convenção ou acordo coletivo de trabalho.

Incorretas _____

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Pelo princípio da irreduti­bilidade salarial, a CF veda a redução de salários, mesmo que por decisão judicial, convenção ou acordo coletivo de trabalho.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo.

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CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - O saíário pode ser reduzido apenas por convenção coletiva de trabalho, em havendo contrapartida para a melhoria das condições de trabalho.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - O saíário é irredutível, exceto quando assim estipulado em acordo entre as partes, considerada aiguma compensação com outro direito.

VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;

Incojrreta __ _ ____ ____■

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável.

Súmujas do STF ^

Súmula Vinculante 6 - Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao saíário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

Súmuia Vinculante 1 5 - 0 cálculo de gratificações e outras vantagens do servidor público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o salário mínimo.

Súmula 204 - Tem direito o trabalhador substituto, ou de reserva, ao salário mínimo no dia em que fica à disposição do empregador sem ser aproveitado na função específica; se aproveitado, recebe o salário contratual.

\ :S7 ? TÍTULO II - DOS DIREITOS £ GARANTIAS FUNDAMENTAIS

VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;

Correta _ _ _ _ _ _

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF elevou o décimo terceiro salário a níveí constitucionai, colocando-o na base da remuneração integral, para o trabalhador na ativa, e do valor da aposentadoria, para o aposentado.

Sjjmula do STF _ __ __ ___ ______

Súmula 207 - As gratificações habituais, inclusive a de natal, consideram-se tacitamente convencionadas, integrando o salário.

IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;

Correta _ ____

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - A garantia da remuneração do trabalho noturno superior à do diumo é constitucional.

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Súmulas do STF

Súmula 213 - É devido o adiciona! de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento.

Súmula 214 - A duração iegal da hora de serviço noturno (52 minutos e 30 segundos) cons­titui vantagem suplementar que não dispensa o saíário adicional.

Súmula 313 - Provada a identidade entre o trabalho diurno e o noturno, é devido o adicio­nal quanto a este, sem a limitação do art. 73, § 3.°, da Consolidação das Leis do Trabalho independentemente da natureza da atividade do empregador.

Súmula 402 - Vigia noturno tem direito a salário adicional.

. . CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .

X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;

Corretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - A participação nos lucros é verba de natureza salarial.

Jurisprudência do TST - "Esta Subseção 1 da Seção Especializada em Dissídios Individuais pacificou seu entendimento no sentido de que o pagamento antecipado e parcelado da participação nos lucros, não obstante o comando expresso do art 3.°, § 2.°, da Lei n.° 10.101/2000, não altera a natureza dessa parcela, transformando-a em verba saiariai, em atenção ao disposto nos incisos XI e XXVI do art. 7 ° da Constituição Federai. Precedente: E-RR-1903/2004-465-02-00.7, julgado em 28/5/2009. Recurso de embargos conhecido e provido". (E-RR 1.234/2004-102-15-00.5, julgamento em 06-08-2009, Rei. Min. Lute Phiítppe Vieira de Mello Filho, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, DEJT de 14-08- 2009)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A disposição constitucional que prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou resuitados da empresa constitui norma de eficácia limitada.

■ Jurisprudência do STF - "Participação nos lucros. Art. 7.°, XI, da Constituição Federal. Ne­cessidade de lei para o exercício desse direito. O exercício do direito assegurado pelo art. 7°, XI, da Constituição Federal começa com a edição da lei prevista no dispositivo para regulamentá-lo, diante da imperativa necessidade de integração. Com isso, possível a cobran­ça das contribuições previdenciárias até a data em que entrou em vigor a regulamentação do dispositivo". (RE 398.284, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 23-09-2008, DJE de 19-12-2008)

Súmula do STF

Súmula 209 - O saiário-produção, como outras modalidades de saíário-prêmio, é devido, desde que verificada a condição a que estiver subordinado, e não pode ser suprimido unila- teralmente, pelo empregador, quando pago com habitualidade.

Árt. 7.P

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XII - salário-famíiia pago em razão do dependente do tra­balhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

Correta „ „ „ " '

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Segundo o atual entendimento do TST, o salário-famílía é devido aos trabalhadores rurais somente após a vigência da Lei n.° 8.213/1991. (ver Súmula 344 do TST) - '

Súmula do TST _ ~ ~

Súmula 344 - Salário-Família. Trabalhador rural O salário-famíiia é devido aos trabalhadores rurais somente após a vigência da Lei n.° 8.213, de 24.07.1991. • . :/ V

. TÍTULO II ~ DOS DIREITOS. È GAR^TIAS FUNDAVIENTAIS '. ; V. /

XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei n ° 5.452, de 1943)

Correta _ _ ^ „

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - Ao dispor sobre a jornada máxima de oito horas diárias de trabalho, a CF não impediu a extrapolação, desde que remunerada com adicionai de, no mínimo, 50% do valor da hora normal, ou compensada a jornada suplementar com a redução de horários, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TST - A jornada de trabalho não pode ser majorada além de oito horas diárias, dado o limite rígido estabelecido na Consti­tuição Federal.

XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - É direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a jornada de sete horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva.

CESPE. 2008. Advogado. AGU - O horário de trabalho de João está distribuído em turnos para cobrir todo o período de atividade da empresa onde ele trabalha, que funciona ininterrupta­mente. João integra equipe de trabalho sujeita a sistema de revezamento, com alternância, para

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

cada empregado, de jornadas diurnas e noturnas. Nessa situação hipotética, considerando-se que a jornada máxima para quem labora em turno ininterrupto de revezamento, de acordo com a Constituição Federal, é de seis horas diárias, caso João trabalhe oito horas por dia, será necessário um acordo escrito de compensação de jorrnada, sob pena de o empregador ter de ihe pagar duas horas extras diárias. (ver também Súmuia 423 do TST)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas, por meio de regular negociação coietiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento têm direito ao pagamento da 7.a e 8.a horas como extra, (ver também Súmula 423 do TST)

Súmulas do STF

Súmula 213 - É devido o adicional de serviço noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento.

Súmuia 675 - Os intervalos fixados para descanso e alimentação .durante a jornada de seis horas não descaracterizam o sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito do art 7.°, XIV, da Constituição.

Súmuia do TST

Súmuia 423 - Turno ininterrupto de revezamento. Fixação de Jornada de trabalho mediante negociação coletiva. Validade. Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7.3 e 8.a horas como extras.

XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O repouso semanal remunerado deve necessariamente recair em domingos, sendo facultado ao trabalhador, po r razão de crença religiosa, optar pela folga em sábados.

Súmulas do STF<. >'.i\

Súmula 201 - O vendedor pracista, remunerado mediante comissão, não tem direito ao repouso semanal remunerado.

Súmuia 461 - É duplo, e não triplo, o pagamento do salário nos dias destinados a descanso.

Súmula 462 - No cálculo da indenização por despedida injusta inclui-se, quando devido, o repouso semanal remunerado.

Súmula 464 ~ No cálculo da indenização por acidente do trabalho indui-se, quando devido, o repouso semanal remunerado.

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5A52, art. 59 § 1.°)

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TÍTULO II - DOS .DIREITOS. E GÀRÀNTIAS FUNDAMENTAIS

Incorretas

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - A jornada de trabalho não poderá exceder a oito horas diárias nem a quarenta e quatro horas semanais, devendo a re­muneração das horas extras ser de, no mínimo, 50% do valor da hora normal, exceto quando se tratar de hora extra .laborada à noite, quando será remunerada- em, pelo menos, 100% do valor da hora normal. (ver também OJ 97, da SDI-1, do TST)

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TST - O trabalho extraordinário e o noturno serão remunerados com o adicional pertinente de 50% so.bre.o valor da hora normal de trabalho.

Orientação Jurisprudencial do TST _ __ ___

OJ 97 da SDI-1 - Horas extras. Adicional noturno. Base de cáiculo. O adicional noturno integra a base de cáiculo das horas extras prestadas no período noturno;

XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o saíário normal;

Corretas ^ __ ____■

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - O trabalhador terá direito a férias anuais remuneradas com adicional de, pelo menos, um terço do valor do salário normal.

CESPE, 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - As férias devem ser usu­fruídas com a percepção de adicional correspondente, no mínimo, à terça parte do saiário norma i.

Incorreta ___ _ ___

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Segundo a CF, o trabalhador tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um adicionai de, pelo menos, um sexto do saiário normai.

Súmulas do STF _ _ „

Súmula 198 - As ausências motivadas por acidente do trabaiho não são descontáveis do período aquisitivo das férias.

Súmuia 1 9 9 - 0 salário das férias do empregado horista corresponde à média do período aquisitivo, não podendo ser inferior ao mínimo.

Súmuia 200 - Não é inconstitucionai a Lei 1.530, de 26-12-1951, que manda incluir na inde­nização por despedida injusta parcela correspondente a férias proporcionais.

XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 'i£?2%

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - A empregada sob regime de contratação temporária tem direito à iicença-maternidade, nos termos do art. 7.°, XVIil, da CF, e do art. 10, II, b, do ADCT. Esse entendimento teve origem no TST.

' Jurisprudência do STF - “A empregada sob regime de contratação temporária tem direito à licença-maternidade, nos termos do art 7.°, XVilí da Constituição e do art. 10, ii, b do ADCT, especialmente quando celebra sucessivos contratos temporários com o mesmo empregador. Recurso a que se nega provimento". (RE 287.905-3 Santa Catarina, 2.a Turma, julgamento em 28-06-2005)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ ~ Durante a licença da gestante, a previdência social responderá mensalmente peío pagamento da gestante até o valor do m aior beneficio pago pela previdência, respondendo o empregador pelo que exceder do valor máximo.

Jurisprudência do STF - "E, na verdade, se se entender que a Previdência Social, doravante, responderá apenas por R$1.200,00 (valor do maior benefício pago) por mês, durante a licença da gestante,, e que o empregador responderá, sozinho, pelo restante, ficará sobremaneira, facilitada e estimulada a opção deste peío trabalhador masculino, ao invés da mulher traba­lhadora. Estará, então, propiciada a discriminação que a Constituição buscou combater, quando proibiu diferença de salários, de exercício de funções e de critérios de admissão, por motivo de sexo (art. 7.°, inc. XXX, da CF/88), proibição, que, em substância, é um desdobramento do princípio da igualdade de direitos, entre homens e mulheres, previsto no inciso / do art. 5.° da Constituição FederaL Estará, ainda, conclamado o empregador a oferecer à mulher trabalha­dora, quaisquer que sejam suas aptidões, salário nunca superior a R$1.200,00, para não ter de responder pela diferença. Não é crível que o constituinte derivado, de 1998, tenha chegado a esse ponto na chamada Reforma da Previdência Social, desatento a tais conseqüências. Ao menos não é de se presumir que o tenha feito, sem o dizer expressamente, assumindo a grave responsabilidade". (MC na ADI 1.946, Rei. Min. Sydney Sanches, julgamento em 28-04- 1999, DJ de 14-09-2001)

XIX - licença-patemidade, nos termos fixados em lei;

incorreta _ _ _ ___ _

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A licença-patemidade é benefício que até hoje não foi regulamentado pela legislação infraconstitucional, continuando em vigor o mandamento previsto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que fixou o prazo de sete dias corridos para sua concessão, {ver também a r t 10, § 1°, da ADCT)

Legislação extravagante . . . . . . . . ____ ________

Atos das Disposições Constitucionais TransitóriasArt. 10, § 1.° Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7.°, XIX, da Constituição, o prazo da licença-patemidade a que se refere o inciso é de cinco dias.

XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;

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TÍTULO !l - DOS. DIREITOS .E; GAFVWTIÀS .FUND/W.E^Ãs:: ' ' :: ' J '

Corretas

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A comunicação do aviso prévio pode ser feita verbalmente.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O aviso-prévto será proporcional ao tempo de serviço, observado, sempre, o mínimo de trinta dias^nos termos da lei.

Incorretas v.'

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - Q aviso prévio será concedido ao empregado para busca de nova colocação de trabalho, com antecedência de pelo menos sete dias da dispensa, ou indenização correspondente ao período devido de redução da jornada.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES -:Â. concessão do aviso prévio somente é cabível nos contratos a prazo indeterminado. .

Jurisprudência do TST - "Só nos contratos por prazo determinado, neles incluído o de ex­periência, que contenham cláusuia assecuratória de direito recíproco de rescisão antecipada, e que caberá o aviso prévio". (RR 373.550/1997.9 julgamento em 13-12-2000, Rei. Juiz José Pedro de Camargo Rodrigues de Souza, 2.a Turma, DJ de 09-03-2001)

XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

Súmula do STF

Súmula 736 ~ Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.

XXIII - adicional de remuneração para as atividades peno­sas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;

Súmulas do STF

Súmuia 212 - Tem direito ao adicional de serviço perigoso o empregado de posto de revenda de combustível líquido.

Súmula 460 - Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência Social. (denominação atual M inistro do Trabalho e Emprego).

XXIV - aposentadoria;

Súmulas do STF

Súmula 359 - Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNADORAS;

Súmula 726 - Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado fora da sala de aula.

XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desdeo nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°53, de 2006)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF assegura ao traba­lhador assistência gratuita aos seus filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG ~ Não constitui direito sociaí dos trabalhadores urbanos e rurais a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas.

XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Entre os direitos sociais previstos na CF, inclui-se a proteção do trabalhador em relação à automação, na forma da lei.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA - Entre os direitos so­ciais previstos na CF, inciui-se a proteção do trabalhador em relação à automação, na forma da lei.

XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

Correta

CESPE. 2008. Técnko Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais o seguro contra acidentes de trabaího, a cargo do empregador, excfuíndo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Súmulas do STF

Súmuia 35 - Em caso de acidente do trabalho ou de transporte, a concubina tem direito de ser indenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia impedimento para o matrimônio.

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;v75:"~ ' TÍTULO II - DOS OÍREITOS E GAF^TIAS FUNDAMENTAIS

Súmuia 229 - A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou cuipa grave do empregador.

Súmuia 230 - A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a natureza da incapacidade.

Súmuia 232 - Em caso de acidente do trabalho,.são devidas diárias até doze meses, as quais não se confundem com a indenização acidentária nem Com o aiixllio-enfermidade.

Súmuia 234 - São devidos honorários de advogado em ação de acidente do trabalho juigada procedente.

Súmuia 236 - Em ação de acidente do trabalho, a autarquia seguradora não tem isenção de custas.

Súmuia 238 - Em caso de acidente do trabalho, a muita pelo retardamento dá liquidação é exigívei do segurador sub-rogado, ainda que autarquia.

Súmuia 240 - 0 depósito para recorrer, em ação de acidente do trabalho, é exigívei do segurador sub-rogado, ainda que autarquia.

Súmuia 311 - No típico acidente do trabalho, a existência de ação judicia) "não exclui a multa pelo retardamento da liquidação.

Súmuia 314 - Na composição do dano por acidente do trabalho, ou.de transporte, não é con­trário ã lei tomar para base da indenização o salário do tempo da perícia ou da sentença.

Súmula 337 ~ A controvérsia entre o empregador e o segurador não suspende o pagamento devido ao empregado por acidente do trabalho.

Súmula 434 - A controvérsia entre seguradores indicados pelo empregador na ação de aci­dente do trabalho não suspende o pagamento devido ao acidentado.

Súmula 464 - No cálculo da indenização por acidente do trabalho inclui-se, quando devido, o repouso semanal remunerado.

Súmula 529 - Subsiste a responsabilidade do empregador pela indenização decorrente de acidente do trabalho, quando o segurador, por haver entrado em liquidação, ou por outro motivo, não se encontrar em condições financeiras, de efetuar, na forma da lei, o pagamento que o seguro obrigatório visava garantir.

XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional n ° 28, de 25-05-2000)

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Considere a seguinte situação hipotética. João foi demitido da fazenda onde trabalhava como ordenhador de ovelhas em 21-05-2002. Em 13-05-2005, propôs reclamação trabalhista para cobrar verbas rescisórias a que tinha direito. O juiz do trabalho afastou a alegação de prescrição apresentada em contestação, sob o fundamento de que os créditos trabalhistas prescrevem em cinco anos. Nessa situação, o ju iz do trabalho agiu corretamente.

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CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Os créditos resultantes das relações de trabalho decaem após passados dois anos do fim do contrato de trabalho."

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - O STF e o TST não admitem a prescrição intercorrente na justiça do trabalho. {ver também Súmula 7 74 do TST e Súmula 327 do STF)

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Considere que a rescisão de determinado contrato de trabalho tenha ocorrido em agosto de 2006. Nesse caso, considerando-se o prazo pres- cricional qüinqüenal para a exigência dos créditos trabalhistas, o empregado poderá ajuizar reclamação trabalhista até agosto de 2011, sem o risco de ser pronunciada a prescrição.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - Os créditos trabalhistas prescre­vem em cinco anos para os trabalhadores urbanos, observado o prazo íimíte de dois anos da extinção do contrato de trabalho, e em dois anos para os trabalhadores rurais.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - O trabalhador pode propor ação referente a créditos decorrentes da relação de trabalho até o prazo de dois anos após o fato que enseja o pedido.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - As ações decíaratórias, como a de reconhecimento do vínculo de emprego, são imprescritíveis, resultando igual efeito para os pedidos de verbas restritas ao período eventualmente reconhecido.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TST - O trabalhador urbano tem direito de reclamar crédito oriundo da relação de trabalho até cinco anos do fato, observado o biênio a partir do término do contrato de trabalho, enquanto ao trabalhador rural se aplica o prazo bienal para reclamar direitos trabalhistas.

Súmula do STF

Súmula 327 - 0 direito trabalhista admite a prescrição intercorrente

'• ' / ' • CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ;

Súmula do TS T

Súmula 114 - Prescrição intercorrente. É inaplicáveí na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.

a) e b) (Revogadas pela Emenda Constitucional n.° 28, de 25-05-2000)

XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

Correta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - O itmite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. (ver também Súmula 683 do STF e art. 5.° caput, da CF)

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; TÍTULO I I - DOS DIREITOS ^ pÀRANpA® FUNDAMENTAIS^ i ^ v

incorretas _ ___ ___ ^ ^ ___

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A Jurispru­dência do STF firmou-se no sentido de que a norma constitucional que proíbe tratamento normativo discriminatório, em razão da idade, para efeito de ingresso no serviço público, se reveste de caráter absoluto, sendo ilegítima, em conseqüência, a estipulação de exigência de ordem etária, ainda quando esta decorrer da natureza e do conteúdo ocupacional do cargo público a ser provido. (ver também Súmula 683 do STF e art. 5.°, caput, da CF) ̂ •

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TST - O Distrito Federal editou lei determinando que os trabalhadores domésticos tenham dirèitò .á gratificação de 150% no tocante a trabalhos realizados em período noturno. Essa determinação viola o princípio da igualdade, porque trata o trabalho doméstico de m odo diverso das outras atividades pro ­fissionais. ;• •

Súmuias do STF

Súmula 202 - Na equiparação de salário, em caso de trabalho igual/ toma-se em conta o tempo de serviço na função, e não no emprego. •

Súmufa 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

Corretas

CESPE. 2008. Advogado. FUfJDAC/PB - A Empresa Alfa e Ômega contratou Alfredo, com 17 anos de idade, para trabalhar como vigia noturno. A empregadora justificou a contratação no período noturno alegando que, dessa forma, não haveria choque com o horário escolar de Alfredo. Na situação hipotética acima apresentada não é válido, pois a Constituição Federal veda o trabalho de menores de 18 anos em jornada noturna.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ ~ O trabalho insalubre em minas de carvão ou na operação de máquinas que possam causar mutilação só é permitido a partir dos 18 anos de idade.

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Correta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - A CF insere, entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - É considerado trabalhador avuiso aquele que presta serviços de forma autônoma, com profissionalismo e habitualidade, sem dependência ou subordinação para com o tomador do.serviço, atuando po r conta própria e assumindo os riscos da atividade po r ele desenvolvida.

Doutrina - "O trabalhador avulso é a pessoa física que presta serviço sem vínculo empre­gatício, de natureza urbana ou rural, a diversas pessoas, sendo sindicalizado ou não com intermediação obrigatória do sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão- de-obra". (MARTINS, 2006, p. 159)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não constitui direito social dos trabalhadores urbanos e rurais a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.

Parágrafo único. São assegurados à categoria dos traba­lhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O direito à licença pater­nidade também é assegurado à categoria dos empregados domésticos.

Incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O Distrito Federal editou lei determinando que os trabalhadores domésticos tenham direito a gratificação de 150% no tocante a trabalhos realizados em período noturno. A Constituição Federai de 1988 atribui aos trabalhadores domésticos direito a seguro desemprego, remuneração diferenciada para serviço noturno e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço [FGTS).

Art. 8.°. Ê livre a associação profissional ou sindical, ob­servado o seguinte:I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;

Incorreta

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TST - Conquanto caiba aos trabalhadores organizarem-se em sindicatos, o princípio da unicidade sindical revela que o Ministério do Trabalho

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TÍTULO II - DOS DIREITOS É GARANTIAS FUNDAMENTAIS

e Emprego pode intervir nas entidades sindicais criadas em desacordo com a legislação ou que passem a funcionar fora da base territorial determinada, nesse caso podendo interferir para que haja o desmembramento do sindicato em desacordo ou mesmo sua extinção.

Súmula do STF

Súmula 677 - Até que lei venha a dispor a respeito, cabe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.

IX - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será defini­da pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

Incorreta _________ ' - : '

CESPE. 2008. Analista Judiciária. Execução de Mandados. TRT/RJ - Segundo o STF, por construção jurisprudencia ladm ite-se a criação de mais de uma organização sindical na mesma base territorial, desde que representativa de categoria econômica.

III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;

Correta

CESPE. 2007. Anaüsta Judiciário. Área judiciária. TST - Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

Incorretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in­teresses coletivos da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, e nâo dos direitos e interesses individuais da categoria.

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Os sindicatos têm legitimidade extraordinária para defesa dos interesses individuais homogêneos dos integrantes da categoria, havendo a necessidadey conforme entendimento do STF, da expressa autorização dos substituídos.

Jurisprudência do STF ~ "Esta Corte firmou o entendimento segundo o qual o sindicato tem legitimidade para atuar como substituto processual na defesa de direitos e interesses coletivos ou individuais homogêneos da categoria que representa. (...) Quanto à violação ao artigo 5.°, LXX e XXI, da Carta Magna, esta Corte firmou entendimento de que é desnecessária a expressa autorização dos sindicalizados para a substituição processual". (RE 555.720-AgR, voto do Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-09-2008, 2.a Turma, DJE de 21-11-2008)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - O sindicato não tem legitimidade para defender interesses individuais da categoria em questões administrativas.

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Súmula do STF

Súmula 223 - Concedida isenção de custas ao empregado, por elas não responde o sindicato que o representa em juízo.

: CF ADOTADA PELAS 8ÁNCAS EXAMINADORAS

IV ~ a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em fo­lha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - A cobrança de contri­buição sindical para custeio do sistema confederativo afasta a possibilidade de se instituir, por assembleia, contribuição da categoria de empregado.

Súmuia do STF

Súmula 666 - A contribuição confederativa de que trata o art. 8.°, IV, da Constituição, só é exigívei dos filiados ao sindicato respectivo.

V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas nego­ciações coletivas de trabalho;VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - O sindicalizado apo­sentado tem o direito de votar, mas não pode compor chapa do seu sindicato.

VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Súmula do STF ________

Súmuia 197 - O empregado com representação sindicai só pode ser despedido mediante inquérito em que se apure falta grave.

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Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9.°. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

Súmuia do STF J ___

Súmula 316 - A simples adesão à greve não constitui falta grave. \ .

§ 1.° - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. ; ' • • • :

Corretas ....... ......

CESPE. 2010. Analista Técnico-Adminisírativo. MS - O direito de greve é um direito relativo, pois pode sofrer limitações, inclusive em relação às atividades consideradas essenciais.

CESPE. 2008, Analista Judiciário. Área Administrativa. TST - No que concerne ao direito de greve, a CF determina que lei ordinária definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

' = . TÍTULÒ II - DOS ?’• £•;.£

§ 2.° - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Correta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - É assegurado o direito de greve aos trabalha­dores, sendo que os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Correta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS :: :.82 •

finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:I - natos:a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

Corretas

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANATEL - Márío, casado com Ângela, é analista ad­ministrativo da ANATEL e esteve a serviço dessa agência em Paris nos meses de outubro e novembro de 2008, quando, nesse período, nasceu seu filho Lúcio, em hospital de Brasília. Com base na CF, Lúcio é brasileiro nato.

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Juan nasceu em junho de2008, em Florianópolis - SC. Seus pais, Jim e Suan, são cidadãos chineses e estavam passando férias no Brasil. Nessa situação, é correto afirmar que Juan é brasileiro nato.

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

IncorretasCESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Como forma de aquisição da nacionalidade secundária, de acordo com a Constituição Federai de 1988 (CF), é possível o processo de naturalização tácito ou automático, para todos aqueles estrangeiros que se encontram no país há mais de dez anos e não declararam a intenção de conservar a naciona­lidade de origem.

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANATEL - Mário, casado com Ângela, é analista ad­ministrativo da ANATEL e esteve a serviço dessa agência em Paris nos meses de outubro e novembro de 2008, quando, nesse período, nasceu seu filho Lúcio, em hospital de Brasílía. Com base na CF, caso Lúcio tivesse nascido em Paris, ele não poderia ocupar os cargos de ministro do Supremo Tribunai Federa! e de oficial das Forças Armadas, haja vista que esses cargos são privativos de nascidos no Brasil. {ver também art. 12, § 3.° inc. IV, da CF/1988)

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Jorge nasceu em Ha­vana, Cuba, em fevereiro de 2008. Sua mãe, Maria, cidadã argentina, acompanhava seu pai, Marcos, cidadão brasileiro, que estava a serviço do Brasil em uma missão em Havana. Jorge e sua família voltaram ao Brasil em março do mesmo ano e residem em Brasília - DF. Nessa situação, Jorge é brasileiro naturalizado.

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - A Constituição Federal (CF) considera bra­sileiros natos apenas aqueles nascidos no Brasil.

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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 54, de 2007)

Correta

. TÍTULO II -D O S DIREITOS. E GARANTIAS FUNDAMENTAIS :

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - A opção de nacionalidade {referente aos brasileiros natos), prevista na Constituição Federai, tem caráter, personalíssimo e pode ser manifestada somente depois de alcançada a capacidade plena. '

jurisprudência c/o STF - "São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde.que venha o fiiho de pai brasileiro ou de mãe brasifeira, nascido no estrangeiro/a residir no Brasil. Essa opção somente pode ser manifestada depois de alcançada a maioridade. É que a opção, por decor­rer da vontade, tem caráter personaííssimo. Exige-se, então, que o optante tenha capacidade piena para manifestar a sua vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira". (RE 418.096, Rei. Min. Carlos Velloso, juígamento em 22-03-2005, 2? Turma, Dj de 22-04-2005)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira somente podem ser considerados brasileiros natos se, após registrados em repartição brasileira competente, vierem a residir no Brasil e optarem pela nacionalidade brasileira.

CESPE. 2009. Analista Administrativo. ANAC - São brasileiros os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira que vierem a residir no Brasii e optarem pela nacionalidade brasileira, desde que essa opção ocorra até a maioridade.

II - naturalizados

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A naturalização é um direito público subjetivo que constitui ato administrativo de caráter vinculado, uma vez que o chefe do Poder Executivo encontra-se obrigado a concedê-la, desde que sejam atendidos os requisitos legais e constitucionais para sua obtenção.

D outrina Não existe direito público subjetivo à obtenção da naturalização, que se configura ato de soberania estatai, sendo, portanto, ato discricionário do Chefe do Poder Executivo, já tendo, inciusíve o Supremo Tribunai Federai decidido que 'não há inconstitucionalidade no preceito que atribui exclusivamente ao Poder Executivo a faculdade de conceder naturalização". (MORAES, 2005, p. 195)

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a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requei­ram a nacionalidade brasileira, (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 3, de 1994)

§ 1.° - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 3, de 1994)

Incorreta __ _ _ _ „ ~

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Aos portugueses com resi­dência permanente no Brasii, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro nato.

Doutrina. ~ "É relevante notar que a Constituição Federal concede aos portugueses aqui residentes a condição de brasileiro naturalizado, não de brasileiro nato" (PAULO e ALEXAN­DRINO, 2010, p. 253)

§ 2.® - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasi­leiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Ásrea Administrativa. TRE/MT - A legislação infraconstitu- cional não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, de modo que, em virtude do princípio da igualdade, as únicas hipóteses de tratamento diferenciado são as que constam expressamente do texto constitucional

§ 3.° - São privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Miguel, brasileiro na­turalizado, é agente de segurança socioeducativo há mais de 15 anos. Foi vereador, prefeito em Belo Horizonte e deputado estadual. Miguel informou ao seu partido o interesse em se candidatar a governador na eleição de 2010. Nessa situação, Miguel não poderá se candidatar, uma vez que o cargo é privativo de brasileiro nato .

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TS T - Nenhuma distinção poderá ser estabelecida entre brasileiros natos e naturalizados, podendo o brasileiro naturalizado exercer qualquer direito político> inclusive o de ocupar, caso eleito, o cargo de presidente da República.

| | Q J| | g | | :.;: . ÇF AN0TAQA PELAS. BANCAS EXAMINADORAS . ;

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■■■ TÍTULO !! - DOS ÒiRElTÒS E GARANTIAS SU^D^ENTAtS; . :

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

Correta __ ___ __ ^ ̂ ^

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - Um italiano naturalizado brasileiro pode exercer o cargo de deputado federal.

III - de Presidente do Senado Federal;

Corretas _ _ _____ __^ ^

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA .VUm indivíduo nascido na Espanha, que, após atender às exigências constitucionais e legais, sè naturalizou brasileiro, pode ocupar o cargo de senador da República. • ; ' '

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/NIA - Segundo a CF, não é pri­vativo de brasileiro nato o cargo de senador da República.

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

incorretas _ ̂ __

CESPE. 2009. Técnico judiciário. Área Administrativa. TRE/fl/lA - Segundo a CF, não é pri­vativo de brasileiro nato o cargo de ministro do STF.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O cargo de ministro do TST exige a situação de brasileiro nato para seu provimento.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - O cargo de ministro do STJ privativo de brasileiro nato.

V - da carreira diplomática;

Incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Segundo a CF, não é pri­vativo de brasileiro nato o cargo de carreira diplomática.

VI - de oíicial das Forças Armadas.

Incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Segundo a CF, não é pri­vativo de brasileiro nato o cargo de oficiai das forças armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 23> de 1999)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS-EXAMINADORAS

Incorretas

CESPE. 2009. Agente de Polícia. DPF - São privativos de brasileiro nato os cargos de ministro de Estado da Defesa, ministro de Estado da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Segundo a CF, não é pri­vativo de brasileiro nato o cargo de ministro de Estado da Defesa.

§ 4.° - Será declarada a perda da nacionalidade do brasi­leiro que:

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A perda da nacionalidade pode ocorrer nas hipóteses definidas pela Constituição Federal de 1988 (CF), podendo Lei Complementar estabelecer outros casos de perda, de modo a restringir apenas po r regramento legislativo os casos de privação, sempre excepcionais, da condição poiítíco-jurídica de na­cional.

Doutrina - "A perda da nacionalidade só poderá ocorrer nas hipóteses expressamente pre­vistas na Constituição Federal, não podendo o legislador ordinário ampliar tais hipóteses, sob pena de manifesta inconstitucionalidade". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 254}

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Uma vez perdida a nacionalidade bra­sileira, por decisão judicial transitada em julgado, o indivíduo poderá readquiri-la por meio de decisão favorável em ação rescisória ou por intermédio de novo procedimento de naturalização, (ver também art.36 da Lei n.° 818/1949}

Legislação Extravagante

Lei n.° 818/49 - Art. 3 6 - 0 brasileiro que, por qualquer das causas do art. 22, números I e II, desta lei, houver perdido a nacionalidade, poderá readquiri-la por decreto, se estiver domiciliado no Brasil.

§ 1 ° O pedido de reaquisição, dirigido a Presidente da República, será processado no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ao quai será encaminhado por intermédio dos respectivos Governadores, se o requerente residir nos Estados ou Territórios.

II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: {Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 3, de 1994)

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i.: S7 TÍTULO li - DOS DIREITOS e GARANTIAS FUNDAMENTAIS'

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - A perda da nacionalidade brasileira pode decorrer de ato do m inistro da Justiça ou de decisão judicial e tem como conseqü­ência o retorno do indivíduo à situação de estrangeiro, (ver também arts. 22 e 23 da Lei n.° 818/1949)

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - A perda de nacionalidade ocorrerá, em qualquer circunstância, se o brasileiro vier a adquirir outra nacionalidade.

Legislação Extravagante

Art. 22 da Lei n.° 818/49 - Perde a nacionalidade o brasileiro: ! : - que, por naturalização vo­luntária, adquirir outra nacionalidade; II - que, sem licença do Presidente da República, aceitar, de governo estrangeiro, comissão, emprego ou pensão; lll - que," por sentença judiciária, tiver cancelada naturalização, por exercer atividade nociva ao interesse nacionál.

Art. 23 da Lei n.° 818/49 - A perda da nacionalidade, nos casos do art. 2 2 ,1 e II, será decre­tada pelo Presidente da República, apuradas as causas em processo que, iniciado de ofício, ou mediante representação fundamentada, correrá no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, ouvido sempre o interessado.

a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 3, de 1994)b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 3, de 1994)

Correta

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Administrativa. TST - É compatível com a CF a ma­nutenção da nacionalidade de um brasileiro nato. que resida há quinze anos em um Estado asiático e que tenha adquirido a nacionalidade desse Estado, mediante naturalização, como condição para permanecer trabalhando e exercer seus direitos civis, naquele país.

Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1.° - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2.° - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po­derão ter símbolos próprios.

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CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com válor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

Correta

; CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ■■ ’

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. AMTAQ - A evoiução da cidadania é um processo que se originou após o século XIX.

I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.

§ 1.° - O alistamento eleitoral e o voto são:I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO ~ O alistamento eleitoral é obri­gatório para os brasileiros maiores de 18 anos e menores de 70 anos.

II - facultativos para:a) os analfabetos;

Incorretas __ __

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Em conformidade com a CF,, é obrigatório o voto para uma brasileira, analfabeta, que tenha 67 anos de idade no dia da eleição.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TST - A qualidade de eleitor decorre do alistamento eleitoral, que é obrigatório para os brasileiros, de ambos os sexos, maiores de dezoito anos de idade, mesmo que analfabetos, e facultativo para os maiores de dezesseis anos e menores de dezoito anos e os maiores de setenta anos de idade.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Indivíduos analfabetos não possuem direito ao voto.

b ) os maiores de setenta anos;

Correta ____ ...... ......... ...........

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - No Brasil, o voto é facultativo para os cida­dãos maiores de 70 anos de idade.

Art 14

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.TÍTULO:'lf - DOS: D itó TO & í

incorreta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O cidadão com pouco mais de 70 anos de idade, alfabetizado e portador de título eleitoral, é obrigado a votar.

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2.° - Não podem alistar-se como eleitores os estrangei­ros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. ’. • .

Correta •

CESPE. 2010. Analista Técnico-Adminisírativo. MS - É vedado aos recrutados para o serviço militar obrigatório alistarem-se como eleitores. ■ . •. .

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os conscritos, durante o período de serviço militar obrigatório, não podem alistar-se como eleitores, salvo mediante prévia autom ação do superior hierárquico.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Os estrangeiros podem alistar-se como eleitores.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não são alistáveis os bra­sileiros conscritos, durante o serviço militar obrigatório, e os policiais militares.

'^m sp ru tâ n g à ^d o tS E ' - "(...) 2. Alistamento. Policiais militares. CF, art.14, § 2°. Os policiais militares, em quaiquer nível de carreira são alistáveis, tendo em vista a inexistência de vedação legal". (Resolução n.° 15.099, de 09-03-1989, Re!. Min. Vilías Boas.)

§ 3.° ~ São condições de elegibilidade, na forma da lei:

Correta __________ __

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Se um brasileiro, estudante, tem 20 anos de idade, miüta por determinado partido político e está no pleno exercício dos seus direitos políticos, então, nesse caso, a CF permite que ele se candidate a vereador do município do seu domicílio eleitoral.

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Conforme entendimento do STF, os requisitos de elegibilidade e de inelegibilidade devem ser tratados por meio de iei complementar.

Jurisprudência do STF - "O domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária, consti­tuindo condições de elegibilidade (CF, art. 14, § 3.°), revelam-se passíveis de válida disciplinação mediante simples lei ordinária. Os requisitos de elegibilidade não se confundem, no plano jurídico-conceitual, com as hipóteses de inelegibilidade, cuja definição - além das situações já previstas diretamente pelo próprio texto constitucional (CF, art. 14, §§ 5.° a 8.°) - só pode derivar de norma inscrita em lei complementar (CF, art. 14, § 9.°)".

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Se o indivíduo possuir capaci­dade eleitoral ativa (ser eleitor), automaticamente possuirá a capacidade eleitoral passiva {poder ser eleito).

I - a nacionalidade brasileira;

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - Um cidadão alemão que resida no Brasil há dez anos pode candidatar-se ao cargo de vereador do munícípio onde reside.

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Um cidadão com dezoito anos de idade, boliviano naturalizado brasileiro, não pode candidatar-se a vereador em uma pequena cidade do interior de um Estado brasileiro, por faltar-íhe capacidade eleitoral passiva. (ver também inciso VI, d, deste artigo)

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Não é considerado eiegíveí o nacional que esteja submetido à suspensão ou à perda de direitos políticos.

III - o alistamento eleitoral;IV ~ o domicílio eleitoral na circunscrição;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Para a configuração de domicílio eleitoral, não basta que o interessado mantenha vínculos políticos, comunitários ou familiares com o local pelo qual será candidato, sendo necessário que nele resida com animus definitivo.

'Jurisprudência dó TSE ~ %..} I - O conceito de domicílio eleitoral não se confunde com o de domicílio do direito comum, regido pelo Direito Civil- Mais flexível e elástico, identifica-se com a residência e o lugar onde o interessado tem vínculos políticos e sociais, li - Não se pode negar tais vínculos políticos, sociais e afetivos do candidato com o município no qual, nas eleições imediatamente anteriores, teve ele mais da metade dos votos para o posto pelo qual disputava, lll - O conceito de domicílio eleitoral, quando incontroversos os fatos, importa em matéria de direito, não de fato. (...)" (Ac. no 16.397, de 29-08-2000, Rei. Min. Garcia Vieira, Red. designado Min. Sálvio de Figueiredo)

V - a filiação partidária;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Ninguém pode concorrer como candidato avulso, sem partido político, pois a capacidade eleitoral passiva exige prévia filiação partidária.

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VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

incorreta

: TÍTULO I! - DOS DIREtTOS E. GARWT!AS FUNDM1ENTAiS

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Entre os requisitos para alguém candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da. República, estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e ter a idade mínima de trinta anos. {ver também art. 12, § 3.° inc. I, e art. 14, § 3.°, inc. V, ambos da CF e art. 18 da Lei n ° 9.096/1995)

Legislação extravagante

Lei n.° 9.096/95Art. 18. Para concorrer a cargo eietivo, o eleitor deverá estar filiado, ao respectivo partido pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições, majoritárias ou proporcionais.

b) trinta anos para Governador e Vice-Govemador de Estado e do Distrito Eederal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.

Correta _ ____ _ ^ ■ _____

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Artur, com 17 anos de idade, registrou-se como eleitor e filia-se tempestivamente a um partido político para concorrer ao cargo de vereador. Nessa situação hipotética, em face das disposições constitucionais e legais a respeito da candidatura, Artur poderá tomar posse no cargo, desde que tenha completado 18 anos de idade até a data da posse no cargo.

- "(...) Registro de candidato. Deputado estadual. Condição de elegi­bilidade. Art. 14, § 3.°, VI, da Constituição Federal. Idade mínima. Ausência. Decisão regional. Indeferimento. {...} 4. Indefere-se pedido de registro de candidato que não possui, na data da posse, a idade mínima para o cargo que pretende disputar, por ausência da condição de elegibilidade prevista no art. 14, § 3.°, Vi, da Constituição Federal. {Ac. de 29-08-2006 no AgRgRO 911, Rei. Min. Marcelo Ribeiro.)

§ 4.° - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Corretas _ __ _ _

CESPE. 2010. Anaiista Técnico-Administrativo. MS - Aos analfabetos é concedido o direito facultativo de votar, mas não podem ser eleitos para exercer mandato político.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, são inalistáveis e inelegíveis, (ver também art. 14, § 2.°, da CF)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS • •

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral estabelecem que não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Os analfabetos são alistáveis, razão pela qual dispõem de capacidade para votar e ser votado.

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Os analfabetos são inelegíveis, salvo se exercerem o direito de alistabilidade.

§ 5.° - O Presidente da República, os Governadores de Es­tado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 16, de 1997)

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral estabelecem que são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, os prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito Federal e os prefeitos poderão ser reeleitos para apenas um período subsequente, o que não impede que, antes do término do segundo mandato consecutivo, eles renunciem e sejam eleitos novamente para o mesmo cargo.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Para concorrerem aos mesmos cargos, o presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito Federal e os pre­feitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

■ Doutrina; - "Cabe destacar, também, que a Constituição Federal não exige a denominada desincompatibilização do Chefe do Poder Executivo que pretenda candidatar-se à reeleição, isto é, não se exige que o Chefe do Poder Executivo renuncie, ou que se afaste temporariamente do cargo, para que possa candidatar-se à reeleição". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 262)

§ 6.° - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Ao goyernador de deter­minado Estado da Federação que pretenda candidatar-se a deputado federal nas próximas eleições não se exigirá a desincompatibilização do cargo, visto que se trata de eleição para outro cargo público.

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CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Para concorrerem a ou­tros cargos, o presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito Federal e os prefeitos não precisam renunciar aos respectivos mandatos antes do pieito.

ÍÍÍ93Ã; . . ' . TlTULCi-ll^ -bOS^piREITÒS^.^G^R/^TlÂS'FÚND^Êr^AIS

§ 7.° - São inelegíveis, no território de jurisdição do titu­lar, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território; dó Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. •' ■

Corretas - ' _ ____......•

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Caso o prefeito de um município e seu filho, deputado estadual, sejam candidatos à reeleição para os mesmos cargos, não haverá inele- gibilidade.

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Na hipótese de criação de município por desmembramento, o irmão do prefeito do Municípío-mãe não pode se candidatar a chefe do Executivo do município recém-criado, devido à inelegibilidade reflexa.

Jurisprudência cio STF ~"É inelegível para o cargo de Prefeito de Município resultante de des­membramento territorial o irmão do atual Chefe do Poder Executivo do Município-mãe. O regime jurídico das inelegibiiidades comporta interpretação construtiva dos preceitos que lhe compõem a estrutura normativa. Disso resuita a plena validade da exegese que, norteada por parâmetros axiológicos consagrados pela própria Constituição, visa a impedir que se formem grupos he­gemônicos nas instâncias políticas locais. O primado da idéia republicana - cujo fundamento ético-político repousa no exercício do regime democrático e no postulado da igualdade - rejeita qualquer prática que possa monopolizar o acesso aos mandatos eletivos e patrimonializaro poder governamental, comprometendo, desse modo, a legitimidade do processo eleitoral" (RE 158.314, Rei. Min. Celso de Melio, julgamento em 15-12-1992, DJ de 12-02-1993)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Na hipótese de o marido da governadora de um Estado da Federação pretender concorrer à primeira eleição para mandato local, ele será inelegível.

Incorretas __ ____ _____ _ _____ ___

CESPE. 2008. Oficial de inteligência. ABIN - Maria, eleita senadora da República de um Estado da Federação em 2006, é casada com o irmão de Leopoldo, que pretende ser candidato ao cargo de governador do mesmo Estado em 2010. Nessa situação, Leopoldo é inelegível, devido ao grau de parentesco com Maria.

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Em nenhuma hipótese o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, de governador de estado ou de prefeito municipal, podem ser candidatos a cargos eletivos no território de jurisdição do titular.

Súmula do STF

Súmuia Vinculante 18 - A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugai, no curso do man­dato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7 ° do artigo 14 da Constituição Federal.

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CF ANOTADA PELAS-BANCAS EXAMINADORAS 94'vl

§ 8.° - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

Incorretas .................. ...... ........ ___ ;.........

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF proíbe aos milita­res, enquanto estiverem em serviço ativo, a fiíiaçâo a partidos políticos, razão pela qual os membros das Forças Armadas não podem ser candidatos a cargo eletivo, salvo se, em qualquer circunstância, afastarem-se definitivamente da atividade m ilita r que desenvolvem. (ver também art. 142, § 3°, inc. V, da CF)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Segundo a CF, o militar alistável é inelegível.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O militar em serviço ativo é inelegível, razão pela qual só pode ser candidato se se afastar em definitivo da atividade.

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar- se da atividade;

Correta

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - Considere que Marcos, oficial da Aeronáutica há 8 anos, seja casado com Vânia, cujo irmão é senador pelo Estado da Paraíba. Nesse caso, não há impedimentos para que Marcos se candidate a cargo eletivo no referido Estado, desde que se afaste da carreira militar. {ver também art. 14, § 6.°, da CF/1988)

Nota: A inelegibilidade reflexa somente atinge "os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de governador de estado ou ter­ritório, do Distrito Federal, de prefeito e de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eíetivo e candidato à reeleição", (art. 14, § 6°, da CF/1988)

incorreta ^

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Caso um cidadão com trinta anos de idade, militar com oito anos de serviços prestados, pretenda se candidatar nas próximas eleições, ele deverá ser afastado temporariamente pela autoridade superior e, se eleito, passará, automaticamente, no ato da diplomaçâo, para a inatividade. »

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automatica­mente, no ato da diplomaçâo, para a inatividade.

Incorreta____ __________ ______ ^ _ _______ _ _ _____ __

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Caso um brasileiro, mifitar há 12 anos, pretenda candidatar-se a deputado estadual nas próximas eleições, então, para concorrer ao cargo eletivo, a CF exige somente que ele se afaste da atividade.

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§ 9.° - Lei complementar estabelecerá outros casos de ine- legibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra, a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 4, de 1994)§ 10.° - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contádos da di- plomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

incorreta

\-SS'"\ TÍTULO II - DOS DIREITOS H GARANTIAS FUNDAMENTAIS, . .

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eieitoral estabelecem que o mandato poderá ser impugnado perante a Justiça Eieitoral até 30 dias após a posse.

§11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Correta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, devendo o autor responder, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - A suspensão ou perda dos direitos políticos implica o canceiamento da inscrição do indivíduo como eieitor.

Incorreta _ ____ __ ________ _ __

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - O ordenamento constitucional brasileiro veda a cassação de direitos políticos, razão pela qual só admite a suspensão, mas não a perda, desses direitos.

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;II - incapacidade civil absoluta;

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GR ANOTADA PELAS BANCAS - EXAMINADORAS

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

Corretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - A suspensão dos direitos políticos, na hipótese de condenação criminai transitada em julgado, cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independentemente de reabilitação ou de prova de reparação dos danos, (ver também Súmula 9 do TSE)

CESPE. 2009. Defensor Público. DPH/AL - A condenação criminai transitada em julgado constitui hipótese de suspensão dos direitos políticos enquanto durarem seus efeitos.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Luís vinha disputando as pré­vias do seu partido para se lançar candidato a senador da República. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu candidato ao cargo, Luís foi condenado à pena privativa de liberdade por crime de lesão corporal culposa. Seus advogados interpuseram o recurso cabível, do qual se aguarda julgamento. A condenação imposta a Luis somente terá efeitos após o trânsito em julgado.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Luis vinha disputando as prévias do seu partido para se lançar candidato a senador da Repúbíica. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu candidato ao cargo, Luis foi condenado à pena privativa de liberda­de por crime de lesão corporal culposa. Seus advogados interpuseram o recurso cabível, do qual se aguarda julgamento. A condenação imposta a Luis não terá reflexos na sua pretensão política, rnto que a sentença fo i omissa quanto a perda dos direitos políticos.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Luis vinha disputando as pré­vias do seu partido para se lançar candidato a senador da República. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu candidato ao cargo, Luis foi condenado à pena privativa de liberdade por crime de lesão corporal culposa. A condenação imposta a Luis não terá refle­xos na sua pretensão política, já que a condenação por crime culposo não acarreta a perda dos direitos políticos.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO ~ Luis vinha disputando as prévias do seu partido para se lançar candidato a senador da Repúbíica. Contudo, uma semana antes de o partido escolher seu candidato ao cargo, Luis foi condenado à pena privativa de liberdade por crime de lesão corporal culposa. A condenação imposta a Luis somente terá efeitos se ele fo r condenado a cumprir a pena em regime fechado, pois, se obtiver qualquer benefício processual que lhe possibilite cumprir a pena em liberdade seus direitos políticos permanecerão intactos.

Súmula do TSE

Súmula 9 - A suspensão dos direitos políticos, decorrente de condenação criminal transitada em julgado, cessa com o cumprimento ou extinção da pena, independentemente de reabili­tação ou de prova de reparação de danos.

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou pres­tação alternativa, nos termos do art. 5.°> VIII;

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i f ã f f t . TÍTULO II - 0 Q s " b iR E Íf 0 S :E ;G À á ^ tlÀ S '^ Ü N D À M B ^ Is ;. :̂ A ? v V ^ M v V ^ | | l |

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, §4.°.

Correta _

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Entre as hipóteses de suspensão dos direitos políticos previstas na CF está a prática de improbidade adminis­trativa. .'■■■'•

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se apHçando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 4, de 1993)

Incorretas _ _ _____ ̂ ___

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Caso seja promulgada uma Emenda Constitucional que autorize o alistamento eleitoral aos que contem com quinze anos de idade, essa norma deverá ter aplicação imediata, observados os prazos e procedimentos da legislação eleitoral quanto ao alistamento.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorrer até seis meses antes da data de sua vigência.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eieitoral estabelecem que a iei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - A lei que aiterar o processo eleitora! entrará em vigor um ano após a data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra no período subsequente.

CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

Incorreta _ _ _____

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A CF veda a fusão de partidos políticos.

I - caráter nacional;

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■ CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/W1G - A CF estabelece o caráter estadua! e m unicipal dos partidos políticos.

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de en­tidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Ê vedado aos partidos políticos o recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Os partidos políticos têm autonomia para a definição de sua estrutura interna, sua organização e seu funcionamento, bem como para o recebimento de recursos financeiros de procedência estrangeira.

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área judiciária. TRE/GO - Como pessoas jurídicas de direito privado, os partidos políticos estão dispensados de prestar contas, à Justiça Eleitoral, dos recursos que movimentam.

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei

§ 1.° - É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 52, de 2006)

Correta

CESPE. 2007. D elegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Apesar de terem organização e caráter nacional, os partidos políticos, no Brasil, não estão obrigados à vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sendo, contudo, obriga­tória a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrita l ou municipal.

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§ 2.° - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

Corretas ...... .... ... .

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Os partidos políticos adqui­rem personalidade jurídica na forma da lei civil, devendo, após isso/ registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eieitoral (TSE). ................

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Somente após o reconhe­cimento da personalidade jurídica na forma da lei civil, o partido político pode promover o registro de seus estatutos no Tribuna! Superior Eieitoral (TSE). .

Incorreta ̂ __

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os partidos políticos ad­quirem personalidade jurídica com o registro no Tribunal Superior Eleitoral {TSE).

§ 3.° - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei.

incorretas _

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso remunerado ao rádio e à televisão.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário, e devem pagar pelo acesso ao rádio e à televisão.

§ 4.° - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

|§âi£ÍÍ .••••• TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ‘

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TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

Art. 18. A organização poKtico-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Corretas

CESPE. 2010. Técnico Jud ic iá rio . Segurança Jud ic iá ria . TRE/BA - A União e os Municípios integram a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil.

CESPE. 2008. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e autoridades públicas.

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCü - Ao iado da repartição de competências, que consiste na atribuição, pela Constituição Federal, a cada ente federado, de uma matéria que lhe seja própria, há a repartição de rendas, cujo objetivo é assegurar a autonomia dos entes federados.

Doutrina^, - "A repartição de competências consiste na atribuição, pela Constituição Federal, a cada ordenamento de uma matéria que lhe seja própria. As Constituições federais prevêem, ainda, uma repartição de rendas, que vivifica a autonomia dos Estados-Membros e os habilita a desempenhar as suas competências". (MENDES ef aí, 2009, p. 755)

Incorretas

CESPE. 2010. Administrador. R/IPS - Uma lei ordinária federai é hierarquicamente superior a uma lei ordinária estadual.

Doutrina - JIÉ importante saber que, no Brasil, não existe hierarquia entre leis federais, esta­duais, municipais ou do Distrito Federal, sejam de qualquer espécie forem (compiementares, ordinárias, delegadas)". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 567)

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - O governador de um Estado-membro está diretamente subordinado ao presidente da República.

- Doutrina - "A Constituição Federal assegura autonomia aos Estados Federados que se con­substancia na sua capacidade de auto-organização, de autolegislação, de autogoverno e de auto-administração". (SiLVA, 2010, p. 609)

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CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil abrange apenas a União, os Estados e os Municípios, todos gozando de autonomia.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - A organização político-admi- nistrativa da República Federativa do Brasil restringe-se aos Estados, aos Municípios e ao DF, todos autônomos, nos termos da CE

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - A federação é uma forma de governo na quai há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado’ União. . ..

Doutnna - "A Constituição Federa! de 1988 adotou como formà’ 'de Estado o federado, sntegraao por diferentes centros de poder político. Assim, temos um poder político central (União), poderes, políticos regionais (estados) e poderes políticos locajs (municípios), além do Distrito Federai, que, em virtude da vedação constitucional à sua divisão em municípios acumula o? poderes regionais e locais". (PAULO e ALEXANDRÍNÕ, 2Ò10,' p. 274)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - O Brasil caracteriza-se por ser um Estado unitário, o qual possui governo único, conduzido por uma única entidade política, que exerce, de forma centralizada, o poder político. .••••

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os municípios não são considera­dos entes federativos autônomos, visto que não são dotados de capacidade de auto-organização e de autonomia financeira. (ver também art. 34, VII, c, da CF)

Doutrina - 3s municípios "são entes federativos, dotados de autonomia própria, materializada por sua capacidade de auto-organização, autogoverno, auto-administração e autolegislação". (LENZA, 2006, p. 201)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Os municípios não integram a estrutura federativa brasileira em razão da iimitação de sua autonomia pela CF.

;Y: 'v - . títu lo " U1-;DA O R d ^ tZ Á Ç ^ ;;- v i

Súmula do STF __ _____

Súmula 681 - É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

§ 1.° - Brasília é a Capital Federal.

incorreta __ ___ _

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O Distrito Federal é a capital do país.

§ 2.° - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

Correta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Os territórios federais integram a União e sua criação será regulada em lei complementar.

Art. 1 8 '.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorretas _

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - Os territórios integram a União, e sua criação ou transformação em estado ou ainda a sua reintegração ao estado de origem serão regu­ladas por lei delegada.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A CF veda a criação de novos territórios.

§ S.° - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

Corretas

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - Os estados podem íncorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros ou formarem novos estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito e lei complementar, prévia.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Segundo a CF, os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexar a outros, ou formar novos estados, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito e do Congresso Nacional, por lei complementar.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os estados podem incorporar- -se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante .aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

incorretas ' _

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na subdivisão, há a manutenção da iden­tidade do ente federativo primitivo, enquanto, no desmembramento, tem~se o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário.

Doutrina : - "Subdivisão - Ocorre quando um Estado divide-se em vários novos Estados-mem- bros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-origínário. Desmembramento - Consiste em separar uma ou mais partes de um Estado-membro, sem que ocorra a perda da identidade do ente federativo primitivo". (MORAES, 2005, p. 264-265)

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Es­pecialidade: Direito. TCE/TO - Os estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se, para se anexarem a outros ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população brasileira, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por )eí complementar.

§ 4.° - A criação, a incorporação, a fusão e o desmem­bramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal,

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e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 15, de 1996)

Corretas __ _ . ..

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Em um distrito pertencente ao município X, foi realizada pesquisa de opinião púbiica, seguida de abaixo-assinado/ ho qual sua população optou por desmembrar o distrito do município X, criando um novo município. Sendo assim, a assembieia legislativa do estado aprovou lei estadual em que. criou o novo município e delimitou os novtís limites deste e do município X. Nessa situação hipotética, á lei estadual que criou o novo município é inconstitucional, pois não foi realizada prévia consulta, mediante plebiscito, das populações de ambas as localidades.

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - A criação de um município é feita mediante lei estadual, após consulta prévia às populações dos municípios envolvidos.

incorretas __________ ^ __ ■ ________

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, far-se-ão por lei federal e serão submetidos pela população diretamente interessada a referendo popular.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Lei federal disporá sobre a criação e o desmembramento de municípios. Essa normatização não poderá ser feita pelos estados.

;<1.Ò3f-\ ' TÍTULO l l l - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO • . ' . j

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT -- Em documento dirigido ao governo do Distrito Federal, determinada entidade religiosa sediada nessa unidade da Fede­ração descreveu a forma como organizava seus cultos para justificar pedido de subvenção com recursos financeiros públicos. Nessa situação, o pedido pode ser atendido, pois a Lei Magna perm ite a subvenção de recursos financeiros públicos às entidades religiosas, desde que essa distribuição se faça de form a igualitária e impessoal. Além disso, a liberdade de consciência e de crença religiosa, assegurada peia Constituição, autoriza que o respectivo culto se faça na forma como definida pelas respectivas entidades religiosas, sem qualquer interferência do Estado.

II - recusar fé aos documentos públicos;III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre sL

Art 19

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CAPÍTULO II DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

incorreta __ „ „ ___

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABIN - Considere a seguinte situação hipotética. Joana ocupa uma grande área rural localizada a 2 km da fronteira do Brasil com o Paraguai, a qual teria sido concedida a Joana, peío estado do Paraná, antes do advento da atual CR Nessa situação, com base na CF, o domínio dessa área é da União, não sendo válida a referida concessão de uso. (ver também Súmula 477 do STF)

Súmula do STF __

Súmula 477 - As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos estados, autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a união, ainda que se mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores.

V - ÇP ANOTADA.PEtAS! BANCAS EXAMINADORAS

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terre­nos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço pú­blico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constituàonal n.° 46, de 2005)V ~ os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;VI - o mar territorial;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

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TÍTULO ili - DÀ ORGÁNÍZAÇÃO O O ESTADO ' ' ; : , v v ' •

X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueo­lógicos e pré-históricos;XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Correta _ _ - ......

CESPE. 2009. Agente de Polícia. DPF - A Constituição Federal de 1988 (CF) não reconhece aos índios a propriedade sobre as terras por eles ?radicionalmente:;oçupadas.

Incorreta _ ~ ^ . . ____

CESPE. 2008. Agente de inteligência. ABIN - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são de domínio das comunidades indígenas. .v

§ 1.° - Ê assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e dê outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.§ 2.° - A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Art. 21. Compete à União:I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;II - declarar a guerra e celebrar a paz;III - assegurar a defesa nacional;IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a in­tervenção federal;VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;VII - emitir moeda;VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;

s s é

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IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS , í ; ;

Correta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A competência da União para elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desen­volvimento econômico e social constitui exemplo de norma constitucional programática.

X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, con­cessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institu­cionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 8, de 15-08-1995)X II - explorar, diretamente ou mediante autorização, con­cessão ou permissão:a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 8, de 15- 08-1995)b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aprovei­tamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura ae­roportuária;

Correta

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários Econo­mia. ANTAQ - O serviço público de infraestrutura aeroportuária é de competência comum entre a União, os estados-membros, o Distrito Federal e os municípios, não sendo esse serviço monopólio da União.

d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;

Incorreta

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários Econo­mia. AMTAQ - Considere que um estado da federação, que não possui fronteira com outros países, pretenda explorar, diretamente, a atividade de transporte aquaviário de passageiros entre portos localizados em seu território, bem como prestar melhor atendimento às demandas por estrutura portuária. Nesse caso, conforme a CF/1988, a atividade de transporte aquaviário é privativa da União, não podendo os estados-membros exercerem essa atividade.

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e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e in­ternacional de passageiros;f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;

XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;

i' .}Ó7^ TÍTULO ill - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Corretas

CESPE. 2010. Administrador. MPS - A autonomia legislativa do DF não se manifesta em reiação à possibilidade de organização do Poder Judiciário local..

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judidária. TRE/GO - Compete; à União organizar e manter o poder Judiciário, o Ministério Púbiico e a Defensoria Públicá do Distrito Federal e dos Territórios.

XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta .

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - A organização e a manu­tenção dos serviços locais de segurança pública do DF {Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros) são de competência privativa do próprio DF.

XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de di­versões públicas e de programas de rádio e televisão;XVII - conceder anistia;XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as ca­lamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;

Incorreta

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Conforme prevê a CF, é de competência material comum entre União, estados, municípios e DF planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente em caso de secas e inundações.

XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de re­cursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;

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H R CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, indu- sive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;

incorreta ____

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Compete aos estados instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, ínciusive habitação, saneamento básico e trans­portes urbanos.

XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercia­lização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 49, de 2006)c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 49, de 2006)d) a responsabilidade civü por danos nucleares independe da existência de culpa; (Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 49, de 2006)

XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrá­rio, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

Corretas

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - Compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.

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CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O Distrito Federal editou lei determinando que os trabalhadores domésticos tenham direito a gratificação de 150% no tocante a trabalhos realizados em período noturno. Essa lei é inconstitucional, porque trata de matéria que é de competência privativa da União.

^ | i ' ■ .. .TÍTULO lll - D ÁORGAN ^ÇÃÓ.OÒ-EST/^ ; ' ■ VV

Incorretas _____ ^

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Compete ao DF legislar so­bre a cobrança de preço de estacionamento de veículos em áreas pertencentes a instituições particulares de ensino fundamentai, médio e superior instaladas no DF.

Jurisprudência d o ' STF - "Estacionamento de veículos em áreas particulares. Lei estadual que iimita o valor das quantias cobradas, pelo seu uso. Direito Civil. Invasão de competência privativa da União. Hipótese de inconstitucionalidade formal por invasão de competência privativa da União para legislar sobre direito civil (CF, artigo 22> l).;Enquanto a União regula o direito de propriedade e estabelece as regras substantivas de intervenção no domínio econômico, os outros níveis de governo apenas exercem o policiamento administrativo do uso da propriedade e da atividade econômica dos particulares, tendo em vista, sempre, as normas substantivas editadas pela União". (AD! 1.918, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 23-08-2001, Plenário, DJ de 1 .«-08-2003) . r.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - O estado do Rio de Janeiro pode editar iei que fixe a pena de multa para empregador que despedir imotivada- mente empregado.

Jurisprudência do STF -"Co m efeito, nos termos do art. 22,1, da Constituição Federal, compete privativamente à União legislar sobre direito do trabalho, não estando ela obrigada a utilizar- se de lei complementar para disciplinar a matéria, que somente é exigida, nos termos do art. 7.°, I, da mesma Carta, para regrar a dispensa imotivada. Esse tema, porém, definitivamente, não constitui objeto da Lei 11.101/2005". (AD! 3.934, voto do Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 27-05-2009, Pienário, DJE de 06-11 -2009)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Compete aos estados legislar sobre direito agrário.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Considere que, recentemente, te­nha sido aprovada emenda ã Constituição de Sergipe, inserindo dispositivo que estabelece a impenhorabilidade de imóveis residenciais que sirvam como residência ao proprietário do bem. Sabendo disso, um deputado federal de Alagoas ingressou com ação direta de inconsti- tucionaiidade (AD!) perante o STF, argumentando que a referida emenda viola a Constituição Federai, na medida em que é de competência privativa da União a legislação acerca de direito civil e de processo civil. Essa ação, contudo, foi extinta, sem julgamento de mérito, em função da ilegitimidade ativa da parte autora. O estado de Sergipe tem competência para legislar sobre a referida matéria, pois se trata de regulamentação do direito social de moradia, que é previsto na própria Constituição Federal.

II - desapropriação;III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;IV - águas, energia, informática, telecomunicações e ra­diodifusão;V - serviço postal;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Compete à União editar normas gerais sobre o serviço postai, podendo os estados suplementá-ias para atendim ento de especificidades locais.

VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;

Incorreta

CESPE. 2010. Advogado. BRB - A competência para legislar sobre política de crédito, câm­bio, seguros e transferência de valores é concorrente da União, dos estados, do D istrito Federal e dos municípios.

VIII - comércio exterior e interestadual;IX - diretrizes da política nacional de transportes;X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;XI - trânsito e transporte;

Incorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA ~ Compete à União e aos estados legislar concorrentemente sobre trânsito e transporte.

XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;XIV - populações indígenas;XV ~ emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;XVI - organização do sistema nacional de emprego e con­dições para o exercício de profissões;XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes;XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geo­logia nacionais;

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XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da pou­pança popular;XX - sistemas de consórcios e sorteios;

Correta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF atribuiu à União a competência privativa para legislar sobre consórcios e sorteios, razão pela quai é inconstitucional a íei òü ato normativo èstaduai que institua loteria no âmbito do estado.

Súmuia do STF _ ' _ - ^ • • ■ ■ _ ;

Súmuia Vinculante 2 - É inconstitucional a iei ou ato normativo -estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares;XXII - competência dã polícia federal e das polícias rodo­viária e ferroviária federais;XXIII - seguridade social;XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MEC - É da competência privativa dos estados e do DF legislar acerca de diretrizes e bases da educação nacional.

XXV - registros públicos;XXVI ~ atividades nucleares de qualquer natureza;XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, au­tárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XX3, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1,°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - É de compe­tência concorrente entre a União, os estados, o DF e os municípios iegislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais.

TÍTULO M - DA ORGANiZAÇÃO OO ESTADO '

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XXVIII - defesá territorial, defesa aeroespacial, defesa ma­rítima, defesa civil e mobilização nacional;XXIX - propaganda comercial.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Os estados-membros, na hipótese de medida provisória deiegando poderes para iegislar sobre propaganda comercial, podem disciplinar o tema no seu território* {ver também parágrafo único deste artigo )

• CF ANOTADA PELÀS BANCAS EXAMINADORAS . \ - v;Í!.Ífá|

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Lei complementar pode autorizar os estados e o DF a legislar sobre questões específicas de matéria cuja competência legislativa seja privativa da União.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Por constituírem a medida do modelo federativo brasileiro, os dispositivos constitucionais que disciplinam a competência legislativa, são considerados im plicitamente pétreos, e por isso não podem ser modificados po r emenda constitucional.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

Incorreta

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - Com relação à repartição de competên­cias administrativas entre a União e os estados-membros, adotou-se a técnica da competência remanescente, segundo a qual aos estados-membros são reservadas as competências que não sejam da União e do DF. Quanto às competências dos municípios, essas são comuns a estes e aos estados-membros. {ver também art. 25, § 1.°, da CF)

. Doutrina - No artigo 23, a CF "fixou uma competência administrativa comum - em que todos os entes federados poderão atuar paralelamente, em situação de igualdade". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 338)

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das insti­tuições democráticas e conservar o patrimônio público;II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

A r t í ííã ?

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III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição emqualquer de suas formas; :VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar oabastecimento alimentar; •'IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;X - combater as causas da pobreza e os fatores de mar- ginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;

Corretas

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - O município pode fiscalizar as concessões de direitos de exploração de recursos minerais em seus territórios.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - No âmbito da repartição de competências materiais, é de competência comum da União, estados, DF e municípios regis­trar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios.

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Parágrafo único. leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvi­mento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

TÍTULO lii - DA 0RGANIZA.ÇÃ0 0 0 .ESTADO- :

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CF ANOTADA PÊIAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Compete privativamente à União legislar sobre direito econômico e penitenciário.

II - orçamento;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO ~ É de competência comum da União, dos estados, do D istrito Federal e dos municípios legislarem sobre orçamento.

III - juntas comerciais;IV - custas dos serviços forenses;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Lei do estado do Rio de Janeiro que disponha acerca de custas e serviços forenses não se submeterá ao regime constitucional da legislação concorrente.

V - produção e consumo;

Correta

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECOMT/ES - Lei estadual que assegure ao consumidor o direito de obter informações acerca de determinado produto não invade a esfera de competência da União, para editar normas gerais acerca de produção e consumo e responsabilidade por dano ao consumidor.

Jurisprudência do STF - "Não há usurpação de competência da União para legislar sobre direito comercial e comércio interestadual porque o ato normativo impugnado buscou, tão- somente, assegurar a proteção ao consumidor. Precedente deste Tribunal {ADí 1.980-MC, Rei. Min. Sydney Sanches) no sentido de que não invade esfera de competência da União, para legislar sobre normas gerais, lei paranaense que assegura ao consumidor o direito de obter informações sobre produtos combustíveis". (ADI 2.832, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julga­mento em 07*05-2008, Plenário, DJE de 20-06-2008)

incorreta

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. AMTAQ - Compete privativam ente à União legislar sobre direito do consumidor.

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

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VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;VIII ~ responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;IX - educação, cultura, ensino e desporto;X - criação, funcionamento e processo do juizado de pe­quenas causas;XI - procedimentos em matéria processual;

Correta

f tis!;. TÍTULO l!l ~ DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Compete à União legislar sobre direito processual, mas não sobre procedimentos em matéria processual, o que seria de competência concorrente entre a União, os estados e o DF. (ver também art. 22,' t, da CF)

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;XIV - proteção e integração social das pessoas portadorasde deficiência;XV - proteção à infância e à juventude;XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

§ 1.° - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.§ 2.° - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3.° - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Esta­dos exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.§ 4.° - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - No âmbito da competência legislativa concorrente, caso a União não tenha editado a norma geral, o estado-membro poderá exercer a competên­cia legislativa ampla. Contudo, sobrevindo a norma federai faltante, o diploma estadual terá sua eficácia suspensa no que lhe for contrário, operando-se, a partir de então, um verdadeiro bloqueio de competência, já que o estado-membro não mais poderá legislar sobre normas gerais quanto ao tema tratado na legislação federal.

Incorretas

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Suponha que um estado-membro da Federação tenha legislado, de forma exaustiva, acerca de assistência jurídica e defensoria pública, dada

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/. CF ANOTADA PELAS BANCAS. EXAMINADORAS ;

a inexistência de legislação federai sobre o tema. Nesse caso, ao ser promulgada iegisiação federal a esse respeito, as normas estaduais incompatíveis com ela serão autom aticamente revogadas. (ver também a r t 24, XIH, da CF)

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Di­reito. TCE/TO - Compete à União legislar concorrentemente com estados e Distrito Federai acerca de procedimentos em matéria processual. No entanto* na ausência de uma norma geral federai disciplinando essa matéria, os estados e o Distrito Federai terão competência legislativa plena para atender as suas peculiaridades, até que sobrevenha a lei geral federal, quando então as normas específicas editadas por esses entes federativos restarão revogadas. (ver também a r t 24, XI, da CF)

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ABIN - Compete à União legislar privativamente sobre direito processual, mas a competência para legislar sobre procedimentos é concorrente entre a União, os estados e o DF. Sendo assim, na ausência de iegisiação federal sobre normas gerais acerca de procedimentos, os estados e o DF poderão disciplinar de forma plena esse tema até que sobrevenha a lei geral federal, quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais. {ver também art. 22, I, e art. 24, XI, da CF)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - No âmbito da competência legislativa concorrente, a superveniência de lei federa! sobre normas gerais tratando determinada matéria de forma inovadora revoga lei estadual anteriormente editada, no que lhe for contrário.

CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Consti­tuições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - O poder constituinte derivado decor­rente deve observar, entre outros, os princípios constitucionais estabelecidos, que integram a estrutura da Federação brasileira, como, por exemplo, a forma de investidura em cargos eletivos, o processo legislativo e os orçamentos.

§ 1.° - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Corretas

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As competências reservadas aos estados incluem as que não são vedadas peia CF.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Considere que uma emenda à Constituição Federal (CF) revogue o dispositivo que atribui à União competência privativa para legislar sobre direito do trabalho. Nessa situação, a competência para legislar sobre essa matéria passaria a ser estadual.

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p f f à l - . TiTULÓ íli - DÀ ÒRG^JIZApÃO.DÒ E S T A D O . ;. ' / . ] v V!y! .C

incorretas

CESPE. 2009. Inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilida­de, Direito ou Economia. TCE/RN - Aos estados-membros são reservadas as competências administrativas que lhes são expressamente conferidas pela CF, restando à União e aos municípios, na área administrativa, todas as competências que não forem dos estados.

Doutrina - “São reservadas aos Estados as competências administrativas que não lhe sejam vedadas, ou a competência que sobrar (eventual resíduo), após a enumeração dos outros entes federativos (art 25, § 1.°), ou seja, as competências que não. sejam da União (art. 21), do Distrito Federai (art. 23), dos Municípios (art. 30, iii a IX) e comum. (art. 23)". (LENZA, 2010, p. 362-363) . - . -

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - O STF considera inconstitucional, por invasão da competência da União para dispor sobre trânsito e transporte, lei estadual que autorize o Poder Executivo do estado a apreender e desemplacar veículo de transporte coietivo encontrado em situação irregular. .

Jurisprudência do STF - "O Tribunal, por maioria, julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Governadora do Estado do Rio de Janeiro contra a Lei Estadual 3.756/2002, que autoriza o Poder Executivo a 'apreender e desemplacar veícuios irregulares de transportes coletivos de passageiros' e :dá outras providências - v. informativo 367. Entendeu-se que a norma impugnada não invade a competência da União para legislar sobre trânsito (CF, art. 22, XI), já que suas disposições se inserem na esfera do poder de polícia estadual, que visa reprimir o transporte clandestino de passageiros no território do Estado. Vencido o Min. Joaquim Barbosa que juigava parcialmente procedente o pleito, para excluir do art. 1.° da referida norma a expressão 'desemplacar', por considerar que ela cria nova penalidade de trânsito, em ofensa ao art. 22, XI, da CF". (ADI 275/RJ, Rei. Min. Carlos Velloso, 31.08.2005)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Os estados-membros não possuem competência para explorar nem regulamentar a prestação de serviços de transporte intermu- nícípal, p o r se tra ta r de matéria de interesse local.

Jurisprudência do STF- ~ "Os Estados-Membros são competentes para explorar e regulamentar a prestação de servtços de transporte intermunicípal. (...) A prestação de transporte urbano, consubstanciando serviço público de interesse local, é matéria albergada pela competência legislativa dos Municípios, não cabendo aos Estados-Membros dispor a seu respeito" (ADI 2.349, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 31-08-2005, DJ de 14-10-2005)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Segundo a teoria dos pode­res remanescentes, hoje apíícada no direito brasileiro, as matérias que não são expressamente objeto de legislação estadual podem ser editadas pela União.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Pela teoria dos poderes re­manescentes, a competência legislativa da União decorre da exclusão dos assuntos taxativamente descritos na CF para os estados, o DF e os municípios.

Doutrina -"Competência residual (remanescente ou reservada): toda competência que não for vedada está reservada aos Estados-Membros, ou seja, o resíduo que sobrar, o que não for de competência expressa dos outros entes e não houver vedação caberá aos Estados materializar". (LENZA, 2010, p. 365)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As competências reservadas aos estados incluem as taxativamente previstas na CF.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As competências reservadas aos es­tados incluem os assuntos de interesse local, (ver também a r t 3 0 ,1, da CF)

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■ CF ANOTADA PÊLAS BANCAS'EXAMINADORAS . M IS .:

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As competências reservadas aos estados incluem as normas gerais sobre registros públicos. {ver também art. 22, XXV, da CF)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - As competências reservadas aos estados incluem a edição de normas específicas sobre comércio interestadual, (ver também art. 22, VII, da CF)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - Em matéria legislativa, a repartição de competência chamada remanescente ou reservada dos estados corresponde àquela em que a competência estadual é decorrente da delegação pela União, p o r meio de lei complementar. (ver também art. 22, parágrafo único, da CF)

Doutrina - "Competência delegada pela União: a União poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de sua competência privativa prevista no art. 22 e incisos. Tal autorização dar-se-á através de lei complementar" (LENZA, 2010, p. 363)

§ 2.° - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 5, de 1995)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnko Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - Em caso de urgência, a exploração dos serviços de gás canalizado em determinado estado poderá ser regulamentada por medida provisória editada pelo governador.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Cabe à União explorar, em regime de monopólio, em todo o território nacional, os serviços de gás canalizado.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Os municípios poderão explorar dire­tamente, ou mediante concessão, o serviço iocal de gás canalizado.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Os municípios detêm com­petência para legislar sobre a distribuição de gás canalizado, o que é conseqüência de sua atribuição para dispor acerca da concessão para exploração desse tipo de gás.

§ 3.° - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Corretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/BA - A instituição de regiões me­tropolitanas pelos estados federados dispensa a edição prévia de lei complementar federal, diantè da autonomia que lhes foi conferida pela CF.

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - A União poderá intervir diretamente em um município do estado do Amazonas.

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CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a or­ganização, o planejamento e a execução de funções púbiicas de interesse comum.

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - Os estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. • ; .

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma dá lei, as decorrentes de obras da União;II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - As terras devolutas perten­cem aos estados, com exceção das terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambientai, definidas em íei.

incorretas

CESPE. 2010. Auditor Federal de Controle Externo. Controle Externo. Auditoria de Obras Públicas - Caso o estado do Amazonas conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o referido título será nulo, visto que essa área pertence à União.

Jurisprudência do STJ ~"A simples circunstância da área objeto de litígio estar locaiizada na faixa de fronteira, por si só, não a torna devoluta, nem autoriza inclusão entre os bens de domínio da União. Súmula 83". (REsp n. 736742. Rei. Ministro Sidnei Beneti. Terceira Turma. DJe 23/11/2009)

Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1.° - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Es­taduais, aplicando-sê-lhes as regras desta Constituição sobre

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i n m j CF ANOTADA; PELAS: BANCAS EXAMINADORAS

sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.§ 2.° - O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4.°, 57, § 7.°, 150, II, 153, III, e 153,§ 2.°, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 3.° - Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos.§ 4.° - A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se hou­ver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°16, de i997)

Incorreta

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - O governador do estado do Tocantins éeleito para um mandato de quatro anos e, ao tomar posse no cargo, indica o seu substitutolegal, o vice-govemador.

§ 1.° - Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indi­reta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 2.° - Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4.°, 150, II, 153, III, e 153, § 2.°, I. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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CAPÍTULO IV DOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e apro­vada por dois terços dos membros dá Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

Incorreta ____ ____ _____ .. ■____ •_

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/AL - Segundo entendimento do STF, é constítudonai lei estadual que estabelece o dever dos municípios de transportar, dá zòná rural para a sede do município, alunos carentes matriculados no ensino fundamental, tendo em vista a competência municipal para atuar prioritariamente no ensino fundamental. ; .

; Junsprudênqado STF ~ "O artigo 30 impõe aos Municípios ao encargo de transportar da zona rural para a sede do Município, ou Distrito mais próximo, alunos carentes matriculados a partir da 5.a série do ensino fundamentai. Há aqui indevida ingerência na prestação de serviço público municipal, com reflexos diretos nas finanças locais" (ADI 307, voto do ReL Min. Eros Grau, julgamento em 13-02-2008, Plenário, DJE de 1 ,°-07-2009)

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 16, de 1997)III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1.° de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;IV - para a composição das Câmaras Municipais, será ob­servado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitan­tes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . . . . . v: .jIÍ22':H

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinqüenta mil) habi­tantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinqüenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) ha­bitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatro­centos e cinqüenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de450.000 (quatrocentos e cinqüenta mil) habitantes e de até600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinqüenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinqüenta mil) habitantes e de até900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)1) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinqüenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de1.050.000 (um milhão e cinqüenta mil) habitantes e de até

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TÍTULO lll ~ DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinqüenta mil) ha­bitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinqüenta mil) habitantes e de até1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.o 58,- de 2009) )p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 20.09)r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Comtituição Constitucional n.° 58, de 2009)s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Cons­tituição Constitucional n.° 58, de 2009)t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;. (Incluída pela Emenda Cons­tituição Constitucional n.° 58, de 2009)u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco miíhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Consti­tuição Constitucional n.° 58, de 2009)v) 51 (cinqüenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Consti­tuição Constitucional n.° 58, de 2009)w) 53 (cinqüenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000

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' CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNÁOORAS '

(oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Cons­tituição Constitucional n.° 58, de 2009)x) 55 (cinqüenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)

V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secre­tários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4.°, 150, II, 153, III, e 153, § 2.°, I; (Redação dada pela Emenda constitucional n.° 19, de 1998)VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüen­te, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n ° 25, de 2000)b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habi­tantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habi­tantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habi­tantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corres­ponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)

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p Í 5 S ; ' V í ; ^ . •: • TjTULÒ. tll DÁbRGÀ^iZAçÀÒ p ò £STÁpÓ^ - v v.V ■ . • • : ; j

VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constítudonai n.° 1, de 1992)VIII ~ inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscri- ção do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)

Correta _ - „ ___ - . •. • •• •; ,-’V ^

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/AL — A CF não atribuiu a irniinidàde formal ao parla­mentar municipal e não a reconheceu, ao parlamentar estadual, quanto aos crimes praticados antes da diplomaçâo. (ver também art. 27, § 7.°, c/c o art. 53, § 2.® ambos da CF/1988)

incorretas ___ ^

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - O estado-membro tem competência para estabelecer, desde que na constituição estadual, regras de imunidade formal e material apiicáveis a vereadores. '

Jurisprudência do STF. - "Assim como a inviolabilidade ou imunidade material - de que ora não se cuida e que foi estendida, em termos, aos vereadores pela Constituição Federai (CF, art 28, IV) ~ e a prerrogativa de sigilo - de que cogita o § 6.° do art. 102, cuja extensão aos vereadores se questiona são matéria de Direito Penal, as imunidades processuais são tema de Processo Penal: porque se compreendem substancialmente em áreas de competência legislativa exclusiva da União (art. 22, I), afora e acima da lei federal, só a Constituição da República pode dispor a respeito (...)". (AD1-MC 558/RJ, Tribunal Pleno, Min. Rei. Sepuiveda Pertence, DJU de 26-03-1993)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - Os vereadores, assim como os parlamentares estaduais e federais, gozam de imunidade m ateria l e form al po r atos praticados em todo o território nacional.

Doutrina -"N ã o houve previsão de imunidades formais aos vereadores; porém, em reiação as imunidades materiais, o legislador constituinte inovou, garantindo-lhe a inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município". (MORAES, 2005, p. 260-261)

IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)

Correta

CESPE. 2009. Analssta Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - Diante dos requisitos legais, o juiz de direito de determinada comarca decretou a prisão preventiva do vereador Galego, suspeito de tráfico de drogas, bem como autorizou a realização de busca e apreen­

A r t ; 2 9

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAM1NADORAS : 126

são em sua residência. A polícia, de posse dos mandados judiciais, dirigíu-se até a câmara municipal, não logrando êxito em encontrar o vereador. Às 20 h, a polícia localizou Galego em sua residência. Caso -Galego seja condenado por decisão transitada em julgado, perde, automaticamente, o mandato de vereador.

X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;(Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - A CF estabelece, como pre­ceito aplicável aos municípios, que os prefeitos serão julgados perante os tribunais regionais federais.

XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado dojnciso IX, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)XII - cooperação das associações representativas no plane­jamento municipal; (Renumerado do incisoJC, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse es­pecífico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; {Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional n.°1, de 1992)XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional n.° 1, de 1992)

Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Muni­cipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5.° do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)

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88 TÍTULO lll. - DA ORGANIZAÇÃO 00 ESTADO J l l l l l l l l j ]

III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes; {Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)V - 4% (quatro por cento) para Municípios com popula­ção entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009) ■ ■VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito mi­lhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional n.° 58, de 2009)°

§ 1.° - A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído0 gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)§ 2.° - Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Muni­cipal: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2Ó00)

1 - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)

incorreta

CESPE. 200S. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O prefeito é obrigado a promover o repasse dos recursos financeiros destinados à câmara de vereadores até o dia 20 de cada mês. No entanto, a ausência do repasse até essa data não constitui crime de responsabilidade.

III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°25, de 2000)

§ 3.° - Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1.° deste artigo.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 25, de 2000)

Art. 30. Compete aos Municípios:I - legislar sobre assuntos de interesse local;

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CF ANOTADA PELAS. BANCAS EXAMINADORAS

Corretas

CESPE 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Segundo o STF, é constitucional, e não se confunde com a atividade-fim das instituições bancárias, lei municipal que disponha sobre atendimento ao púbiico e tempo de espera nas filas de atendimento das referidas instituições.

Jurisprudência do STF - "Atendimento ao púbiico e tempo máximo de espera na fila. Maté­ria que não se confunde com a atinente às atividades-fim das instituições bancárias. Matéria de interesse local e de proteção ao consumidor. Competência legislativa do Município". (RE 432.789, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 14-06-2005, DJ de 07-10-2005}

CESPE. 2008. Analista Ambiental - Ârea de Concentração I: Administração e Planejamento em A/leio Ambiente. A/IMA - É de competência municipal promover adequado ordenamento de seu território, dispondo, por exemplo, acerca da localização das atividades comerciais, industriais e de serviços, e da utilização das áreas urbanas.

• Jurisprudência do STF - "Os Municípios são competentes para legislar sobre questões que respeite a edificações ou construções realizadas no seu território, assim como sobre assuntos relacionados à exigência de equipamentos de segurança, em imóveis destinados a atendi­mento ao público". (Al 491.420-AgR, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 21-02-2006, 1.a Turma, DJ de 24-03-2006)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. STF ~ Lei municipal que obrigue a instalação, em estabelecimento bancário, de equipamentos de segurança é considerada constitucional, pois aborda um assunto de interesse eminentemente local.

Jurisprudência do STF -"O Município pode editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que íhe é inerente (CF, art. 30,1), com o objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros. Precedentes". (Al 347.717-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-05- 2005, 2.a Turma, DJ de 05-08-2005)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - De acordo com entendimento firmado no STF, os municípios não dispõem de competência para exigir, mediante lei formal, a instalação, em estabelecimentos bancários, de equipamentos de segurança, como portas eletrônicas ou câmaras filmadoras, po r im porta r conflito direto com as prerrogativas fiscalizadoras do BACEN.

Jurisprudência do STF - "O Município pode editar legislação própria, com fundamento na autonomia constitucional que lhe é inerente (CF, art. 30, l), com o objetivo de determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas eletrônicas e câmaras filmadoras) ou a propiciar-Shes conforto, mediante oferecimento de instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou, ainda, colocação de bebedouros. Precedentes" (Ai 347.717-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 31-05- 2005, 2? Turma, DJ de 05-08-2005)

II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;

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III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência* bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigato­riedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a le­gislação estadual;

TÍTULO iil - DÀ ORGANIZAÇÃO DO • ESTADO : ' . . .: !

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Os distritos são criados, organizados e suprimidos por decreto do prefeito m u n ic ip a la juízo discricionário-deste. No caso da criação de distrito municipal, o chefe do Poder Executivo deverá su b m e te rá decreto, com a respectiva justificação, à Câmara Municipal, que decidirá por m aioria absoluta. . '• :y

Jurisprudência do STF - "Uma e outra competência, quer a do inc. IV do art. 30, quer a do inc. Vlil, são formas de exercício da autonomia municipal. A primeira (inc IV do art. 30) decorre do fato de os distritos constituírem circunscrições administrativas municipais. Sendo assim, a lei municipal deverá criá-los, organizá-los e suprimi-los" (ADI n. 478, Rei. Min. Carlos Velloso, DJ de 28-02-1997) •

V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;

Incorreta

CSSPE. 2008. Advogado da União. AGU - Suponha que a constituição de determinado estado-membro tenha assegurado a estudantes o direito à meia-passagem nos transportes coletivos urbanos rodoviários municipais. Nessa situação, de acordo com o entendimento do STF, a previsão é constitucional, pois o ente estadual a tuou no âm bito de sua competência, dando tratamento equânime aos estudantes em toda a sua esfera de atuação.

Jurisprudência do STF. - "A Constituição do Brasil estabelece, no que tange à repartição de competência entre os entes federados, que os assuntos de interesse local competem aos Mu­nicípios. Competência residual dos Estados-membros - matérias que não lhes foram vedadas pela Constituição, nem estiverem contidas entre as competências da União ou dos Municípios. A competência para organizar serviços públicos de interesse locaí é municipal, entre os quais o de transporte coletivo (...). O preceito da Constituição amapaense que garante o direito a 'meia passagem' aos estudantes, nos transportes coletivos municipais, avança sobre a competência legislativa local. A competência para legislar a propósito da prestação de serviços públicos de transporte intermunicipal é dos Estados-membros. Não há inconstitucionalidade no que toca ao benefício, concedido pela Constituição estadual, de 'meia passagem' aos estudantes nos transportes coletivos intermunidpais". (ADÍ 845, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 22- 11-2007, DJE de 07-03-2008)

VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS.

VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;VIII ~ promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.

Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O controle externo e a fiscali­zação dos municípios serão exercidos pelos respectivos poderes legislativos estaduais.

§ 1.° - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Se determ inado município não possuir, em sua estrutura administrativa, um TC, o órgão de controle externo competente para ju lg a r as contas desse município será, obrigatoriamente, o TCE.

Jurisprudência do STF - "Municípios e Tribunais de Contas. A Constituição da República impede que os Municípios criem os seus próprios Tribunais, Conselhos ou órgãos de contas municipais (CF, art. 31, § 4.°), mas permite que os Estados-Membros, mediante autônoma deliberação, instituam órgão estadual denominado Conselho ou Tribunal de Contas dos Municípios (RTJ 135/457, Rei. Min. Octavio Gallotti - ADI 445/DF, Re!. Min. Néri da Silveira), incumbido de auxiliar as Câmaras Municipais no exercício de seu poder de controle externo (CF, art. 31, § 1.°). Esses Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios - embora qualifi­cados como órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1.°) - atuam, onde tenham sido instituídos, como órgãos auxiliares e de cooperação técnica das Câmaras de Vereadores. A prestação de contas desses Tribunais de Contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (CF, art. 31, § 1.°), há de se fazer, por isso mesmo, perante o Tribunal de Contas do próprio Estado, e não perante a Assembléia Legislativa do Estado-Membro. Prevalência, na espécie, da competência genérica do Tribunal de Contas do Estado (CF, art 71, II, c/c o art. 75)". (ADI 687, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 02-02-1995, Plenário, DJ de 10-02-2006)

§ 2.° ~ O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos mem­bros da Câmara Municipal.

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incorretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Se o TCE/RN, ao examinar as contas do prefeito de Natai, emitisse parecer prévio pela sua rejeição, esse parecer prevaleceria, exceto se a Assemblela Legislativa do estado, que é responsável pelo ju lgam ento das referidas contas, o rejeitasse por decisão de dois terços de seus membros.

CESPE. 2009. inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilida­de, Direito ou Economia. TCE/RN - O parecer prévio emitido peío órgão competente sobre as contas que o prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão da maioria absoluta dos membros da câmara de vereadores. /

§ 3.° - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá quéstionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

Correta _ _ ̂ __ .

CESPE. 2009. inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia. TCE/RN - As contas municipais ficarão, durante sessenta dias por ano, à disposição dos contribuintes para exame e apreciação, os quais poderão questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 4.° - Ê vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou ór­gãos de Contas Municipais.

Correta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/IWA - A CF veda a criação de tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais.

Incorreta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - Os municípios poderão instituir, mesmo depois de 1988, tribunais de contas municipais com vistas a auxiliar a câmara de vereadores no exercício do controle externo do município.

CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Seção I DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Muni­cípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois

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Bgffw ■ CF ÀNOTADÀ PELAS BANCAS EXAMINADORAS: ? $ aterços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

Corretas _ ___ _

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - O DF possuí competências legislativas de estado e munícípio, sendo-lhe vedada a possibilidade de subdividir-se em municípios.

CESPE. 2009. Agente de investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - O Distrito Federal (DF) não é um estado nem um município, mas possui competências legislativas de tais. As características do DF não incluem a possibilidade de subdividir-se em municípíos.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O DF, vedada sua divisão em municípios, reger-se-á por sua constituição, que, aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, será promulgada, desde que atendidos os princípios estabelecidos na CF.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Entre os municípios que compõem o DF, Brasília é a sua capital, além de ser a capital do Brasil, acumulando competências legislativas dòs estados e municípios.

§ 1.° ~ Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

Correta _ _ _

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - O Distrito Federal possui competência para legislar a respeito de matérias estaduais e municipais.

§ 2.° - A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3.° - Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.§ 4.° - Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.

Seção I I DO S T E R R IT Ó R IO S

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1.° - Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no CapítuloIV deste Título.

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§ 2.° - As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. §3.°- Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,

. TÍTULO Ifl - DA ORGANIZAÇÃO p o eSTApÒ V - . : ' V • •

a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VI DA INTERVENÇÃO

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - A intervenção federá! 'representa elemento de estabilização da ordem normativa prevista na CF, mas representa também a própria negação, ainda que transitória, da autonomia reconhecida aos estados-membros pela CF.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:

Incorretas _ ' ___ _____ ___ __^

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - O chefe do Poder Executivo federal tem competência para decretar a intervenção em qualquer município situado em toda a extensão do território nacional, enquanto o chefe do Poder Executivo estadual tem competência para decretar a intervenção nos municípios instalados em sua área de atuação.

CESPE. 2009. Auditor de Estado. Administrador. SECONT/ES - Ao dispor a respeito do princípio da indissolubilidade do vínculo federativo, a CF afastou o direito de secessão das unidades da Federação, podendo a União, quando demonstrada a intenção de rompimento do pacto federativo, intervir nos municípios para manter a integridade nacional.

. Doutrina- - "Somente os Estados-membros poderão intervir nos municípios, salvo nos casos de municípios existentes nos territórios federais, quando então será a própria União quem concretizará a hipótese interventiva". (MORAES, 2005, p. 291)

I - manter a integridade nacional;

Correta

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - A mera tentativa de separação de um estado-membro da federação brasileira autoriza a intervenção federai.

II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

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ÇF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pú­blica;IV ~ garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;

Correta

CESPE. 2009. Agente de investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - A CF veda a Interven­ção da União nos estados, mas prevê expressamente hipóteses de exceções. A União pode intervir em um estado para garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação.

V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior;

Correta

CESPE. 2009. Auditor Federai de Controle Externo. Controle Externo. Auditoria de Obras Públicas - Caso determinado estado da Federação suspenda o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, não havendo qualquer justificativa de força maior, a in­tervenção da União no estado, conforme entendimento do STF, não será vinculada, havendo espaço para análise de conveniência e oportunidade pelo presidente da República.

Doutrina - "Nas hipóteses de intervenções espontâneas, em que o Presidente da República verifica a ocorrência de determinadas hipóteses constitucionais permissivas da intervenção federai (CF, art. 1,11, lll, V), ouvirá os Conselhos da República (CF, art. 90, i) e o Defesa Nacional (CF, art. 91, § 1o, II), que opinarão a respeito. Após isso, poderá discricionariamente decretar a intervenção no Estado-membro". (MORAES, 2005, p. 291)

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU - O dever de cumprir as decisões emanadas do Poder Judiciário, sobretudo nos casos em que a condenação judicial, tem por destinatário o próprio poder público, muito mais do que simples incumbência de ordem processual, representa uma obrigação institucional a que não se pode subtrair o aparelho de Estado, sob pena de grave comprometimento dos princípios consagrados no texto da CF. A desobediência a ordem ou decisão judicial pode gerar, no sistema jurídico brasileiro, gravíssimas conseqüências na esfera institucional, com a decretação de intervenção federa! nos estados-membros.

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:• 135:'? : . TÍTULO II! - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

incorreta ̂ _________

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - A intervenção da União no estado da Federação que não esteja cumprindo uma ordem emanada do Conselho Nacional de Justiça carece de representação do procurador-geral da República perante o STF. (ver também art. 36, II, da CF)

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:a) forma republicana, sistema representatiyo e regime de­mocrático;b) direitos da pessoa humana;c) autonomia municipal;

Correta _______ __ _

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECONT/ES - A União deve intervir no estado da Federação que estiver descumprindo o princípio constitucional da autonomia mu­nicipal. Nessa hipótese, é dispensada a apreciação dessa medida pelo Congresso NacionaS, e o decreto limita-se a suspender a execução do ato impugnado, se a mesma medida bastar ao restabelecimento da normalidade. {ver também art. 36, § 3.°, da CF)

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

Correta

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - A União poderá decretar intervenção em um estado da Federação a fim de assegurar a observância, entre outros princípios, do que impõe a prestação de contas da administração pública direta e indireta, e do princípio que exige a aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compre­endida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento .do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (ver também art. 34, inc. VII, e, da CF)

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de trans- ferênciaSj na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação áada pela Entenda Constitucional n.° 29, de 2000)

Incorreta _

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Considere que determinado estado da Federação brasileira tenha deixado de aplicar o mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos

Art 34

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .' . Í>Ü3S- ;

de saúde. Nesse caso, compete ao tribuna l de contas desse estado requerer ao STF que determine a intervenção da União no referido estado. (ver também a r t 36, lll, da CF)

Art. 35. O Estado não mtervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

Corretas

CESPE. 2009. Inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilida­de, Direito ou Economia. TCE/RN ~ A intervenção estadual nos municípios só pode ocorrer nos casos, taxativamente previstos na CF, sem possibilidade de ampliação pelo legislador constituinte estadual.

D outrina - "Excepcionalmente, a CF prevê situações (de anormalidade) em que haverá in­tervenção, suprimindo-se, temporariamente, a aludida autonomia. As hipóteses, por trazerem regras de anormalidade e exceção, devem ser interpretadas restritivamente, consubstanciando- se um rol taxativo, numerus clausus". (LENZA, 2010, p. 383)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - A União não pode intervir em municípios, exceto quando a intervenção ocorrer em município localizado em territórios federais.

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - No modelo federativo instituído pela CF, se é certo que o rol dos princípios sensíveis foi menos abrangente, demonstrando a expansão dos poderes jurídicos na esfera das coletividades locais, o mesmo não se deu quanto aos princípios extensíveis e aos princípios estabelecidos, pois estes, além de estarem dissemina­dos pelo texto constitucional, configuram um acervo expressivo de hipóteses de limitação da autonomia local.

: Jurisprúdência do STF - "Se é certo que a Nova Carta Política contempla um elenco menos abrangente de princípios constitucionais sensíveis, a denotar, com isso, a expansão de poderes jurídicos na esfera das coletividades autônomas locais, o mesmo não se pode afirmar quanto aos princípios federais extensíveis e aos princípios constitucionais estabelecidos, os quais, embora disseminados pelo texto constitucional, posto que não é tópica a sua localização, configuram acervo expressivo de limitações dessa autonomia local, cuja identificação - até mesmo pelos efeitos restritivos que deles decorrem - impõe-se realizar. A questão da necessária observância, ou não, pelos Estados-membros, das normas e princípios inerentes ao processo legislativo, provoca a discussão sobre o alcance do poder jurídico da União Federai de impor, ou não, às demais pessoas estatais que integram a estrutura da federação, o respeito incondicional a padrões heterônomos por ela própria instituídos como fatores de compulsória aplicação. (...) Da resolução dessa questão central, emergirá a definição do modelo de federação a ser efetivamente observado nas práticas institucionais." (ADI 216-MC, Rei. p/ o ac. Min. Celso de Mello, julgamento em 23-05-1990, Plenário, DJ de 07-05-1993)

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/BA - A intervenção do estado no município tem caráter excepcional e é permitida nas hipóteses previstas na CF e eventualmente estabelecidas na respectiva constituição estadual.

Doutrina - "A intervenção estadual nos municípios tem a mesma característica de excep- cionalidade já estudada na intervenção federal, pois a regra é a autonomia do município e a exceção a intervenção em sua autonomia política, somente nos casos taxativamente previstos

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'ÍÍ7:\'- TÍTULO il! - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

na Constituição Federal (CF, art. 35), sem qualquer possibilidade de ampliação pelo legislador constituinte estadual". (MORAES, 2005. p. 308)

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Uma das hipóteses de intervenção da União nos municípios é a de não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. ,

Doutrina - "A intervenção federal somente pode recair sobre Estado-membro, Distrito Federai ou Municípios integrantes de território federal. Não cabe, portanto, a intervenção federal em Municípios integrantes de Estados-membro, mesmo que á mèdÍdàTséjá'pedida por desrespeito, por parte de Município, de decisões de tribunais federais" (MENDES et al, 2009, p. 856-857)

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - Á União poderá intervir diretamente em um município do estado do Amazonas.

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legis­lativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário;II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral;III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hi­pótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

§ 1.° - O decreto de intervenção, que especificará a ampli­tude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - A intervenção da União em algum estado depende de decreto do presidente da República, que só o fará com aprovação do Congresso Nacional.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Cabe ao presidente da República, com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a intervenção federal, nas hipóteses previstas em iei.

Doutrina - " A intervenção - seja ela federal ou estadual - somente poderá.efetivar-se nas hipóteses taxativamente descritas na Constituição Federai (...) Há intervenção espontânea (de ofício) nas hipóteses em que a Constituição autoriza que a intervenção seja efetivada direta­mente, e por iniciativa própria, peio Chefe do Executivo. O chefe do Executivo, dentro de seu juízo de discricionariedade, decide pela intervenção e, de ofício, a executa, independentemente de provocação de outros órgãos". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 314)

§ 2.° - Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas.§ 3.° - Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade.§ 4.° - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal.

CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÜBLICA

Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qual­quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 19, de 1998).

Corretas

CESPE. 2010. Administrador. MS - Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, embora não estejam previstos no texto constitucional, encontram aplicação em sede admi­

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nistrativa, especialmente no controle de atos discricionários que impliquem restrição a direito dos administrados ou imposição de sanções administrativas.

Doutrina - "É oportuno mencionar que os princípios implícitos da razoabilidade e propor­cionalidade, derivados do princípio do devido processo legai em sua acepção substantiva, têm sido largamente utilizados no Direito Administrativo, espedalrriente no controie da dis- criciònariedade administrativa. (...) Um ato administrativo, é anulado por ofensa aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade quando não é adequado à obtenção do resultado que pretende, ou quando, embora adequado, não seja necessário, por existir outro meio viável que seja menos restritivo de direitos e permita atingir o mesmo.fim'^ (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 354) •

CESPE. 2010. Administrador. MS - A administração pública possui como princípio basilar a iegalidade, cuja expressão, em face da indisponibilidade do interesse público, ocorre pela necessária existência de uma iei que imponha ou autorize determinada atuação do agente púbiico.

Doutrina ~ "O fato de estar a Administração Pública.sujeita ao princípio da indisponibilida­de do interesse púbiico, e de não ser ela que estabelece o que é de interesse púbiico, mas somente a lei, única expressão legítima da vontade geral, acarreta a necessidade de que a atuação administrativa esteja previamente determinada ou autorizada na lei". (PAULO e ALE­XANDRINO, 2010, p. 355)

CESPE. 2010. Administrador. MS - A impessoalidade da atuação.administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando interesses do agente público que o praticou ou, ainda, de terceiros, devendo ater-se, obrigatoriamente, à vontade da lei, comando gerai e abstrato em essência.

CESPE. 2009. AnaJtsía Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Nenhuma situação jurídica pode perdurar no tempo se estiver em confronto com a CF, sendo fundamental a observân­cia dos princípios constitucionais. A administração pública, em especial, deve nortear a sua conduta por certos princípios. Na atual CF, estão expressamente informados os princípios da eficiência, publicidade, impessoalidade e moralidade.

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - A autotuteia, uma decorrência do princípio constitucional da legalidade, é o controle que a administração exerce sobre os seus próprios atos, o que lhe confere a prerrogativa de anulá-los ou revogá-los, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário.

Doutrina -"Enquanto pela tutela a Administração exerce controle sobre outra pessoa jurídica por ela mesma instituída, pela autotuteia o controie se exerce sobre seus próprios atos, com a possibilidade de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independen­temente de recurso ao Poder Judiciário. É uma decorrência do princípio da legalidade; se a Administração Pública está sujeita à iei, cabe-lhe, evidentemente, o controle da legalidade" (Dl PIETRO, 2007, p. 73)

CESPE. 2009. Inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia. TCE/RN - Ao exercer o controie jurisdicional da atividade da administra­ção pública, o Poder Judiciário não deve restringir sua análise ao exame estrito da legalidade do ato administrativo, mas sim entender por legalidade ou legitimidade não só a conformação do ato com a lei, mas também com a moral administrativa e com o interesse coletivo.

Doutrina - " O Poder Judiciário pode examinar os atos da Administração Pública, de qualquer natureza, seja gerais ou individuais, unilaterais ou bilaterais, vinculados ou discricionários, mas sempre sob o aspecto da legalidade e, agora pela Constituição, também sob o aspecto da legalidade". (Dl PIETRO, 2007, p. 689.)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Considere que Platão, governador de estado da Federação, tenha nomeado seu irmão, Aristóteles, que possui formação superior na área de

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' • CF ANOTADA PELAS BANCÁS EXAMINADORAS ;v;|4p:V;

engenharia, para o cargo de secretário de estado de obras. Pressupondo-se que Aristóteles atenda a todos os requisitos legais para a referida nomeação, conclui-se que esta não vai de encontro ao posicionamento adotado em recente julgado do STF.

Jurisprudência do STF - "Nomeação de irmão de Governador de Estado. Cargo de Secretário de Estado. Nepotismo. Súmuia vinculante n. 13. inaplicabiiidade ao caso. Cargo de natureza política. Agente político. Entendimento firmado no julgamento do Recurso Extraordinário 579.951/RN. Ocorrência da fumaça do bom direito. Impossibilidade de submissão do reclamante, Secretário Estadual de Transporte, agente político, às hipóteses expressamente elencadas na Súmuia Vinculante n. 13, por se tratar de cargo de natureza política. Existência de precedente do Plenário do Tribunal: RE 579.951/RN, rei. Min. Ricardo Lewandowskí, DJE 12-9-2008. Ocor­rência da fumaça do bom direito". {Rcl 6.650-MC-AgR, Rei. Min. Ellen Grade, julgamento em 16-10-2008, DJE de 21 -11 -2008)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Com base no princípio da eficiêhcía e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que viola a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusi­ve, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, (ver também Súmula Vinculante 13 do STF)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Segundo entendimento do STF, a vedação ao nepotismo não exige edição de lei formai, visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que norteiam a atuação administrativa.

Jurisprudência do STF - "Administração pública. Vedação nepotismo. Necessidade de iei formai. Inexigibilidade. Proibição que decorre do art. 37, caput, da CF. (...) Embora restrita ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005 do Conselho Nacional da Justiça, a prática do nepotismo nos demais Poderes é ilícita. A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formai para coibir a prática. Proibição que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. Precedentes. RE conhecido e parcialmente provido para anular a nomeação do servidor, aparentado com agente político, ocupante de cargo em comissão" (RE 579.951, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 20-08-2008, DJE de 24-10-2008}

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SE- JUS/ES - A vontade do Estado é manifestada por meio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais, no exercício da atividade administrativa, devem obediência às normas constitucionais próprias da administração pública.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - A Constituição Federal faz menção expressa apenas aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publi­cidade.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Diversos princípios adminis­trativos, embora não estejam expressamente dispostos no texto constitucional, podem ser dela deduzidos logicamente, como conseqüências inarredáveis do próprio sistema adminístrativo- constitucional.

Doutrina - "O art. 37, caput, reportou de modo expresso à Administração Pública (direta e indireta) apenas cinco princípios: da iegalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publi­cidade e da eficiência. Fácil é ver-se, entretanto, que inúmeros outros mereceram igualmente consagração constitucional: uns por constarem expressamente da Lei Maior, conquanto não mencionados no art. 37, caput; outros, por nele estarem abrigados logicamente, isto é, como conseqüências irrefragáveis dos aludidos princípios; outros, finalmente, por serem implicações evidentes do próprio Estado de Direito e, pois, do sistema constitucional como um todo". (MELLO, 2009, p. 95)

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CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Enquanto na administração particular é lícito fazer tudo o que a iei não proíbe, na administração pública só é permitido ao agente fazer o que a iei autoriza.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa à proteção do interesse púbiico ou de determinada coletividade: impèssoalidade. .

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Assinale a opção corres­pondente a princípio constitucional apiicávei à administração pública,, porém não previsto expressamente na CF, Capítulo Vil, Seção !, art. 37, que trata das disposições gerais aplicáveis à administração pública: princípio da proporcionalidade. ■;

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Em todá atividade desenvolvida pelos agentes púbíícos, o princípio da legalidade é o que precede todòs ós demais.

CESPE. 2010. Administrador. MS - O fato de a CF haver erigido. a moral administrativa em princípio jurídico expresso permite afirmar que ela é um requisito atinente ao m érito do ato administrativo, sujeito a uma análise de oportunidade e conveniência. ^ •

Doutrina - "A moral administrativa liga-se de probidade e de boa-fé. (...) O controle de moralidade não é controle de mérito administrativo, significa dizer, um ato contrário à morai administrativa não está sujeito a uma análise de oportunidade e conveniência, mas a uma análise de legitimidade". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 357)

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Aviação Civil. ANAC - São princípios da ad­ministração pública expressamente previstos na CF: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e motivação.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A legalidade administrativa é princípio constitucional im plícito e decorre da necessidade de observância da moralidade administrativa nas relações de Estado.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O administrador público pode criar seus próprios limites, mediante norm a regulamentar editada no âm bito da competência do órgão.

Doutrina - "A administração só pode atuar em havendo previsão legal expressa. E essa previsão estará sempre orientada para determinada finalidade, que não pode ser descurada pelo agente público em sua atuação, sob pena de desvio de finalidade e, ipso facto, em ilegalidade". (TAVARES, 2007, p. 1.154)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa a proteção do interesse público ou de determinada coletividade: legalidade administrativa.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa a proteção do interesse púbiico ou de determinada coletivi­dade: publicidade.

Doutrina - "O princípio da publicidade apresenta duas vertentes na análise de seu conteúdo. Por meio da exigência da ampla publicidade obtém-se a necessária transparência dos atos administrativos. (...) De outra parte, o princípio da publicidade assegura a todos o direito de acesso à atividade administrativa (...)". (TAVARES, 2007, p. 1.159)

CESPE.2008.Técnico de Atividade Judiciária.TJ/RJ - Princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa a proteção do interesse público ou de determinada coletividade: eficiência.

Doutrina - "A eficiência, princípio acrescentado pela Emenda n. 19, significa a busca da qualidade e produtividade, de resultado, nas decisões e condutas da Administração" (DOU­GLAS e MOTA, 2001, p. 248)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS' •

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa a proteção do interesse público ou de determinada coletividade: moralidade administrativa.

. D outrina - "O princípio da moralidade torna jurídica a exigência de atuação ética dos agen­tes da Administração. (...) Para atuar em respeito à moral administrativa não basta ao agente cumprir a lei na frieza de sua letra. É necessário que se atenda à letra e ao espírito da lei, que ao legal junte-se o ético". (PAULO e ALEXANDRINO, 2006, p. 121)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O atendimento do administrado em consideração ao seu prestígio social angariado junto à comunidade em que vive não ofende o princípio da impessoalidade da administração pública.

Jurisprudência do STF - "Não podem a lei, o decreto, os atos regimentais ou instruções normativas, e muito menos acordo firmado entre partes, superpor-se a preceito constitucio­nal, instituindo privilégios para uns em detrimento de outros, posto que além de odiosos e iníquos, atentam contra os princípios éticos e morais que precipuamente devem reger os atos relacionados com a Administração Pública. O artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, de conteúdo conceptual extensível primacialmente aos procedimentos licitatórios, insculpiu o princípio da ísonomia assecuratória da igualdade de tratamento entre todos os concorrentes, em sintonia com o seu caput - obediência aos critérios da iegalidade, Impessoalidade e mo­ralidade - e ao de que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza". (MS 22.509, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 26-09-1996, DJ de 04-12-1996)

Súmulas do STF

Súmula Vinculante 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, cola­teral ou por afinidade, até o 3° grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Publica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federai.

Súmula 346 - A Administração Pública pode dedarar a nuiidade dos seus próprios atos.

Súmuia 473 - A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-ios, por motivo de conve­niência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Súmuia 636 - Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada peta Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Conforme posicionamento do STF, enquanto não concluído e homologado o concurso público, pode a administração alterar as condições do certame constantes do edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável.

Jurisprudência do STF -"E m face do princípio da legalidade, pode a Administração Pública, enquanto não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame

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I 143;: ' ; TÍTULO lil - OA ORGANIZAÇÃO.DO ESTADO

constantes.do respectivo editai, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie (...)" (RE 290.346, Rei. Min. limar Galvão, julgamento em 29-05-2001, DJ dè 29-06-2001)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Em razão do caráter absoluto do princípio da ísonomia, não se admite o estabelecimento de proibições relativas ao acesso em determinadas carreiras por critério de idade, (ver também Súmula 683 do STF)

CESPE. 2009. Analista Administrativo. AÍMAC - Apenas os brasileiros que preencham os re­quisitos estabelecidos em le i podem assumir cargos, empregos e funções públicas, os quais não são acessíveis a estrangeiros.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF considerou os cargos, empregos e funções públicas de acesso exclusivo dos brasileiros natos e naturalizados.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA — Os cargos, os empregos e as funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, não havendo qualquer acessibilidade aos estrangeiros..

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - É vedado o acesso de estrangeiros a cargos, empregos e funções públicas, p o r se tra ta r de prerrogativa exclusiva de brasileiro nato ou naturalizado.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os cargos, empregos e funções públicas são vedados aos estrangeiros.

Súmulas do STF

Súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7.°, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.

Súmula 686 - Só por iei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista era lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Corretas

CESPE. 2009. Advogado da União. AGU - Com base no princípio da eficiência e em outros fundamentos constitucionais, o STF entende que vioía a Constituição a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o ter­ceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em

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ICF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . t44-’

comissão ou de confiança õu, ainda, de função gratificada na administração pública dire­ta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas. (ver também Súmula 685 do STF)

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Segundo a Constituição, cargo em comissão é aquele que o chefe do Poder Executivo escolhe para ser de livre nomeação e exoneração.

incorretas

CESPE. 2009. Inspetor de Controle Externo ~ Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia. TCE/RN - Os cargos, os empregos e as funções públicas são acessíveis aos brasileiros e aos estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, devendo a investidura em cargo efetivo ocorrer exclusivamente por concurso público de provas e títulos. {ver também art. 37, inc. I, da CF)

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Os servidores da administração direta e indireta - aí compreendidas as entidades de direito público e privado

são ocupantes de cargos ou empregos. Os cargos são providos por concurso público, e os empregos, mediante livre contratação. As funções públicas, por outro lado, são de livre provimento, cujo preenchimento depende de relações de confiança. (ver também inc. V, do art. 37, da CF)

Doutrina - "A Constituição de 1988 tornou obrigatória a aprovação prévia em concurso público para o provimento de quaisquer cargos ou empregos na Administração Direta e In­direta, inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta". (PAULO e ALEXANDRINO, 2007, p. 196)

Súmulas do STF

Súmula 16 - Funcionário nomeado por concurso tem direito à posse.

Súmula 17 - A nomeação de funcionário sem concurso pode ser desfeita antes da posse.

Súmula 684 - É inconstitucional o veto não-motivado à participação de candidato a concurso público.

Súmula 685 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período;

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O prazo de validade de concurso público é de até um ano, prorrogável uma vez, por igual período.

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Caso determinado es­tado lance edital de concurso público para seleção de servidor público estadual, e o edital estabeleça o prazo de validade do concurso em seis meses, o concurso poderá ser prorrogado quatro vezes, até completar dois anos de validade.

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CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Dfante da ne­cessidade de se desenvolver economicamente um município, Tibério, seu prefeito, criou, por meio de decreto, o programa denominado Piano Tibério de Desenvolvimento do Município, e aproveitou a mesma oportunidade para criar 20 cargos púbiicos que seriam providos por meio de concurso púbiico. Fez publicar, iogo depois, edital de concurso púbiico para provimento desses cargos efetivos, com prazo de validade do concurso em oito meses, prorrogáveis. Fo­ram aprovadas 14 pessoas. O prazo de validade do concurso em tela poderá ser prorrogado, desde que não ultrapasse o prazo to ta l de até quatro anos.

IV ~ durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de pro­vas ou de provas e títulos será convocado com prioridadesobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;

Correta _ ^ ^

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Diante da ne­cessidade de se desenvolver economicamente um município, Tibério, seu prefeito, criou, por meio de decreto, o programa denominado Plano Tibério de Desenvolvimento do Município, e aproveitou a mesma oportunidade para criar 20 cargos públicos que seriam providos por meio de concurso púbiico. Fez publicar,, togo depois, edital de concurso público para provimento desses cargos efetivos, com prazo de validade do concurso em oito meses, prorrogáveis. Foram aprovadas 14 pessoas. Após a primeira prorrogação do referido concurso, um novo concurso poderá ser iniciado, antes mesmo do transcurso total do prazo de validade do concurso an­terior e da posse dos 14 aprovados, sem que se esteja violando a CF.

‘ Jurisprudência do STF - "O direito do candidato aprovado em concurso público de provas, ou de provas e títulos, ostenta duas dimensões: 1) o implícito direito de ser recrutado segundo a ordem descendente de classificação de todos os aprovados (concurso é sistema de mérito pessoal) e durante o prazo de validade do respectivo edital de convocação (que é de 2 anos,prorrogável, apenas uma vez, por igual período); 2) o explícito direito de precedência que oscandidatos aprovados em concurso anterior têm sobre os candidatos aprovados em concurso imediatamente posterior, contanto que não-escoado o prazo daquele primeiro certame; ou seja, desde que ainda vigente o prazo inicial ou o prazo de prorrogação da primeira com­petição pública de provas, ou de provas e títulos. Mas ambos os direitos, acrescente-se, de existência condicionada ao querer discricionário da administração estatal quanto à conveniên­cia e oportunidade do chamamento daqueles candidatos tidos por aprovados. O dispositivo estadual adversado, embora resultante de indiscutível atributo moralizador dos concursos públicos, vuinera os artigos 2.°, 37, inciso IV, e 61, § 1.°, inciso II, c, da Constituição Federal de 1988. Precedente: RE 229.450, Rei. Min. Maurício Corrêa". (ADi 2.931, Rei. Min. Carlos Britto, julgamento em 24-02-2005, DJ de 29-09-2006)

Súmuia do STF

Súmula 15 - Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS m

comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Direito.TCE/TO - Se Pauío for convidado a ocupar uma função de confiança no âmbito do PoderExecutivo da administração pública estadual, então, preenchidas as demais condições legais,Paulo terá que ocupar, necessariamente, um cargo efetivo.

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Caso um ocupante de cargo em comissão na Secretaria de Fazenda de Minas Gerais, que não integre a carreira de servidores dessa secretaria, seja exonerado do cargo em comissão, ele poderá exercer função de confiança nessa mesma secretaria.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - As funções de confiança e os cargos em comissão podem ser exercidos por servidores ocupantes de cargo efetivo ou por pessoas de fora do serviço público.

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC ~ Ao servidor público civi! é vedada a associação sindical.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - É vedado ao servidor pú­blico civil associar-se a sindicato.

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Corretas

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - O direito de greve de servidor público ainda não foi devidamente regulamentado. Sendo assim, segundo entendimento do STF, aos casos de greve desses servidores devem ser aplicadas, no que couber, as mesmas normas do exercício do direito de greve da iniciativa privada. (ver também M l 708, STF, infra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Em relação ao direito de greve dos servidores públicos, existe uma antiga omissão legislativa, pois até o presente mo­mento não foi editada a lei mencionada pela Constituição Federal que deveria regulamentar taí direito.

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. Í4 7 '• TÍTULO l!l - DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

CESPE. 2008. AnaSista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Atualmente, as regras aplicáveis aos trabalhadores da iniciativa privada quanto à paralisação dos serviços essenciais devem servir para nortear o exercício do direito de greve pelos servidores públicos.

Jurisprudência do STF - "Por esse motivo, a permanência dessa situação de ausência de regulamentação do direito de greve dos servidores públicos civis passa a invocar, para si, os riscos de consolidação de uma típica omissão judiciai. Na experiência do.direito comparado (em especial, na Alemanha e na Itália), admite-se que o Poder Judiçjário adote medidas normativas como alternativa legítima de superação de omissões inconstitucionais, sem que a proteção judicial efetiva a direitos fundamentais se configure como ofensa .ao modelo de separação de poderes (CF, art 2.°). Direito de greve dos servidores públicos civis. Regulamentação da lei de greve dos trabalhadores em geral (Lei n.° 7.783/1989). Fixação de parâmetros de controle judicial do exercício do direito de greve pelo legisiadòr infraconstituç|onaL (...) Considerada a omissão legislativa alegada na espécie, seria o caso de se acolher á pretensão, tão-somente no sentido de que se aplique a Lei n.° 7.783/1989 enquanto a omissão não for devidamente regulamentada por lei específica para os servidores públicos civis; (CF,, art. 37, Vil)" (Ml 708, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 25-10-2007, DJE de 31-10-2008)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - O STF entende que, enquanto não houver a regulamentação do direito de greve para os servidores públicos, é possível a aplicação, no que couber, da iei que disciplina a matéria para os empregados privados, (ver também M l 708, STF, supra)

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária.TRT/BA - Segundo o STF, o direito de greve no serviço púbiico não pode ser exercido enquanto não for editada lei específica a discipliná-lo, e, por não haver ainda tal iei, e não ser possível aplicar a norm a que rege. a greve para os tra­balhadores regidos pela CLT, inviabilizado está o seu exercício, {ver também M l 708, STF, supra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - O direito de greve do servidor púbiico foi reconhecido por preceito constitucional de eficácia contida.

Jurisprudência do STF - "Se de um lado considera-se o inciso VII do artigo 37 da Consti­tuição Federal como de eficácia limitada (Mandado de injunção n. 20-4/DF, Pleno, Relator Ministro Celso de Mello, Diário da Justiça de 22 de novembro de 1996, Ementário n. 1.851-01), de outro descabe ver transgressão ao aludido preceito constitucional, no que veio a ser concedida a segurança, para pagamento de vencimentos, em face de a própria Administração Pública haver autorizado a paralisação, uma vez tomadas medidas para a continuidade do serviço". (RE 185.944, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 17-04-1998, DJ de 07-08-1998)

VIII - a Iei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Dependendo da natureza do cargo para o qual se realiza concurso púbiico, o governador do estado tem poderes para determ inar a reserva de vagas para portadores de necessidades especiais.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Todo concurso público deve conter, em seu edital, reserva de vagas para pessoas portadoras de necessidades especiais.

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i m i CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;

Incorreta „ ■

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A contratação por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse púbiico afronta o princípio constitucional do concurso público.

Jurisprudência do STF - "A regra é a admissão de servidor púbiico mediante concurso púbiico: CF, art. 37, II. As duas exceções à regra são para os cargos em comissão referidos no inciso II do art. 37, e a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessida­de temporária de excepcional interesse púbiico. CF, art. 37, IX. Nessa hipótese, deverão ser atendidas as seguintes condições: a) previsão em lei dos cargos; b) tempo determinado; c) necessidade temporária de interesse público; d) interesse público-excepcional". (ADI 2.229, Rei. Min. Carios Velloso, julgamento em 09-06-2004, DJ de 25-06-2004)

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4.° do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998).XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de car­gos, funções e empregos públicos da administração dire­ta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

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Correta

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federal. DPRF - O teto remuneratório, como limite máximo de remuneração no serviço público, alcança.também os detentores de mandato eletivo nas esferas federai, estadual e municipal.

incorretas

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABIN - A regra constitucional que determina o limite máximo de remuneração e subsídio na administração’pública não é autoaplacável.

CESPE. 2008. Oficiai de Inteligência. ABIN ~ A lei estadual que determina que os recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes da defensoria pública estadual sejam aplicados como pagamento de prêmio de produtividade aos servidores e membros daquele órgão não é inconstitucional, desde que o va|or da remuneração dos servidores e membros da defensoria pública não ultrapassasse, respectivamente, o valor do subsídio mensal do governador do estado e dos desembargadores do; respectivo tribunal de justiça, (ver também a r t 39, § 7.°, da CF)

XII - os vencimentos dos cargos do Poder: Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

Incorretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. IVIDS - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo, em razão da iniciativa privativa de cada poder para dispor a respeito da remuneração de seus servidores.

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Corretas

CESPE. 2009. Defensor Púbiico. DPE/AL - É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração pessoal do serviço público.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - É proibida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias com vistas à remuneração de pessoal do serviço público.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.

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CK ANOTADA PELAS BANCAS EXAMÍNADORAS ÚI50.

incorretas

CESPE. 2008. Agente de inteligência. ABIN - Não seria inconstitucional a iei que estabelecesse que a remuneração dos agentes de inteligência da AB1N seria vincuiada à remuneração dos oficiais de inteligência, de forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Estaria em conformidade com a Constituição Federai a vincuiação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Os acréscimos pe­cuniários percebidos por servidor público não podem ser computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Serão computados ou acumulados os acréscimos pecuniários percebidos po r servidor público, para o fim de concessão de acréscimos ulteriores.

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4.°, 150,II, 153, III, e 153, § 2.°, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, obser­vado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)a) a de dois cargos de professor; (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. ABIN - Considere a seguinte situação hipotética. An­tônio é professor em uma universidade federal e em uma universidade estadual, localizadas no mesmo município. Em cada uma delas, cumpre uma carga horária de 20 horas. Recente­mente, Antônio foi contratado para trabalhar como consultor, sob o regime da CLT, em uma sociedade controlada indiretamente peia PETROBRAS, com carga horária também de 20 horas. Na hipótese apresentada, há acumulação vedada de cargos remunerados.

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b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 34, de 2001)

Correta

CESPE. 2010. Analista de Controie interno, finanças Públicas. SÁD/PE - Conforme o artigo 37, inciso XVI, da CF, havendo compatibilidade de horários, configura-se a acumulação iícita de cargos públicos quando a acumulação for de dois cargos ou émpregos púbiícos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.. '

Incorreta „

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - É perm itida a acumulação do cargo de médico com o de professor de música da rede municipal de ensino.

XVII ~ a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas pú­blicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Corretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - A proibição de acumular cargos públicos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, peío poder público.

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controie e Administração. TCE/RN - A proibição quanto à acumulação remunerada de cargos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas publicas, sociedades de economia mista, inclusive suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder púbiico.

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A vedação de acumuiar dois cargos públicos não abrange empregados de empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A proibição de acumulação remunerada de cargos públicos não se estende a empregos e funções, razão pela qual não abrange autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - A proibição de acumular cargos, prevista na CF, não se estende aos empregos e funções das empresas públicas e sociedades de economia mista.

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■■■, CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS /:• ^/ÍS2':.?

XVIII ~ a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à Iei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Poliria. PC/PB - Cabe à iei comple­mentar definir as áreas de atuação das fundações públicas.

Incorretas

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas p o r lei especifica.

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB ~ A criação de uma fundação publica se efetiva com a edição de uma lei específica.

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - As empresas públi­cas se distinguem das sociedades de economia mista quanto à formação do capital, por não serem constituídas com recursos particulares, mas ambas têm em comum o fa to de seu capita l ser dividido em ações, sob a forma anônima.

Doutrina ~ "Empresas Públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Ad­ministração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização em iei específica, sob qualquer forma jurídica (Ltda, S/A etc) e com capital exclusivamente púbiico, para a exploração de atividades econômicas ou execução de serviços públicos. (...) Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização legal, sob a forma de sociedade anônima e com capitais públicos e privados, para a exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços públicos". (PAULO e ALEXANDRINO, 2007, p. 41)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - As autarquias serão criadas por decreto presidencial específico, que será submetido ao Congresso Nacional para apreciação.

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igual­dade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as

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TÍTULO lil ~ DA. ORGÀN12AÇÃO DO ESTADO .7

condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Ná licitação, o leiloeiro deve obedecer ao edital que dita as normas da concorrência pública,- e não à iei. '

XXII - as administrações tributárias da Uniã& dós Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades. éssenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

§ 1.° - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Correta

CESPE. 2009. Auditor de Estado. Administrador. SECONT/ES - Como decorrência do princípio da impessoalidade, a CF proíbe a presença de nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos, (ver também RE 191.668, STF, infra)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Diante da ne­cessidade de se desenvolver economicamente um município, Tibério, seu prefeito, criou, por meio de decreto, o programa denominado Plano Tibério de Desenvolvimento do Município, e aproveitou a mesma oportunidade para criar 20 cargos públicos que seriam providos por meio de concurso público. Fez publicar, logo depois, edital de concurso público para provimento desses cargos efetivos, com prazo de validade do concurso em oito meses, prorrogáveis. Foram aprovadas 14 pessoas. O nome dado ao programa de desenvolvimento não viola a CF, uma vez que a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter por finalidade o atingimento do seu fim último.

Jurisprudência do STF - "Publicidade de atos governamentais. Princípio da impessoalidade. (...) 0 caput e o parágrafo 1.° do artigo 37 da Constituição Federal impedem que haja qualquer tipo de identificação entre a publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor do dispositivo constitucional que assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou de orientação social é incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans,

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que caracterizem promoção pessoal ou de servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido político a que pertença o titular do cargo púbiico mancha o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que constam do comando posto pelo constituinte dos oitenta". (RE 191.668, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-04-2008, DJE de 30-05-2008)

§ 2.° - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nuiidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.§ 3.° - A lei disciplinará as formas de participação do usu­ário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

I - as reclamações relativas à prestação dos serviços pú­blicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5.°, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)III - a disciplina da representação contra o exercício ne­gligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na ad­ministração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

§ 4.° - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Corretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - O princípio da moralidade administrativa, que deve reger a atuação do poder publico, confere substância e dá expressão a uma pauta de valores éticos sobre os quais se funda a ordem jurídica do Estado. Nesse contexto, a inob­servância do referido princípio pode configurar improbidade administrativa e acarretar, para o agente público, a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indispo- nibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, se sua conduta configurar, também, a prática de ato tipificado como crime.

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Além de responder a processo por ato de improbidade administrativa, o servidor público civil que cometer crime poderá responder a ação penal, pois esta independe daquela.

C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ,

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f;Í55-i . •' • TiTUpD tU ~ DÁ. ORGANÍZ^iÇÃOÍ TO ESTÁdO . • •

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCÜ - A probidade administrativa é um aspecto da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federai brasileira um tratamento próprio.

Doutrina: ~ - "A essa luz, portanto, o princípio da moralidade densifica o conteúdo dos atos jurídicos, e em grau tão elevado que a sua inobservância pode configurar improbidade ad­ministrativa e acarretar-lhe a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível, se a suã conduta configurar, também, a prática de ato tipificado como crime, consoante o disposto no § 4.° do art. 37 da Constituição". (MENDES et aí, 2007, p. 787)

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral dê Justiça; TJ/RJ ~ piante da ne­cessidade de se desenvolver economicamente um munícípio, Tibéno,: seu prefeito, criou, por meio de decreto, o programa denominado Plano Tibério de Desenvolvimento do Município, e aproveitou a mesma oportunidade para criar 20 cargos públicos que seriam providos por meio de concurso público. Fez publicar, logo depois, edital de concurso público , para provimento desses cargos efetivos, com prazo de validade do concurso em oito meses, prorrogáveis. Foram aprovadas 14 pessoas. Se Tibério for condenado por ato de improbidade, não haverá sanção, desde que ele pague, com recursos próprios, os prejuízos causados ao erário.

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federal. DPRF - A prática de atos de improbidade administrativa implica a perda dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o res­sarcimento ao erário.

§ 5.° - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilí­citos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Correta _ _

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - São imprescritíveis os ilícitos que causem prejuízo ao erário, bem como as respectivas ações de ressarcimento.

§ 6.° - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a tercei­ros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Corretas

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - No que se refere à responsabili­dade civil por atos judiciais, segundo jurisprudência majoritária, a regra é a irresponsabilidade civil do Estado.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS v;-. 1-•. ;Aí56^!

Jurisprudência do STF - "O princípio da responsabilidade objetiva do Estado não se aplica aos atos do Poder Judiciário, salvo os casos expressamente declarados em lei. Orientação assentada na jurisprudência do STF". (RE 219.117, Rei. Min. limar Galvão, julgamento em 03- 08-1999, DJ de 29-10-1999)

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Considere que um detento tenha sido morto por seus colegas de carceragem, dentro da cela de uma delegacia de polícia do estado do Acre. Nessa situação, o Acre responde pelos danos materiais e morais resultantes dessa morte, mesmo que reste demonstrada a ausência de culpa dos agentes públicos responsáveis pela segurança dos presos.

Jurisprudência do STF - "Morte de preso no interior de estabelecimento prisional. Indeniza­ção por danos morais e materiais. Cabimento. Responsabilidade objetiva do Estado. Art. 37, § 6.°, da Constituição Federal. Teoria do risco administrativo. Missão do Estado de zelar pela integridade física do preso. Pensão fixada. Hipótese excepcional em que se permite a vincu- lação ao saíário mínimo. Precedentes". (AI 577.908-AgR, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 30-09-2008, DJE de 21-11-2008)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD F T - No caso de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil da administração pública ocorre na modalidade subjetiva.

: Jurisprudência do STF- - "Tratando-se de ato omissivo do poder púbiico, a responsabilidade civii por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, esta numa de suas três vertentes, a negligência, a impericia ou a imprudência, não sendo, entretanto, necessário individuaiízá- la, dado que pode ser atribuída ao serviço público, de forma genérica, a falta do serviço. A falta do serviço - faute du Service dos franceses - não dispensa o requisito da causalidade, vale dizer, do nexo de causalidade entre a ação omissiva atribuída ao poder público e o dano causado a terceiro. Latrocínio praticado por quadrilha da qual participava um apenado que fugira da prisão tempos antes: neste caso, não há falar em nexo de causalidade entre a fuga do apenado e o latrocínio". (RE 369.820, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 04-11-2003, DJ de 27-02-2004)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Joaquim, motorista de pes­soa jurídica prestadora de serviço público, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por impericia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual colidiu com veículo de particular. A responsabilidade civil será da pessoa jurídica, na modalidade objetiva, com a possibilidade de direito de regresso contra o motorista.

Jurisprudência dó STF; - "Responsabilidade objetiva do Estado. Acidente de trânsito envolven­do veículo oficial. Responsabilidade pública que se caracteriza, na forma do § 6.° do art. 37 da Constituição Federal, ante danos que agentes do ente estatal, nessa qualidade, causarem a terceiros, não sendo exigívei que o servidor tenha agido no exercício de suas funções" (RE 294.440-AgR, Rei. Min. limar Galvão, julgamento em 14-05-2002, DJ de 02-08-2002)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - A administração pública responde ci- vilmente pela inércia em atender uma situação que exige a sua presença para evitar uma ocorrência danosa. Exemplo disso é a situação em que há demora do Estado em colocar um para-raios em uma escola localizada em área com grande incidência de raios, o que leva a uma catástrofe, ao serem as crianças atingidas por um relâmpago em dia chuvoso. Nesse caso, o princípio da eficiência, que exige da administração rapidez, perfeição e rendimento, deve incidir no processo de responsabilização do gestor público.

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - Os elementos que compõem a respon­sabilidade civil objetiva do Estado são: causalidade material, alteridade do dano, oficialidade da atividade causai e lesiva imputável a agente público e ausência de causa excludente de responsabilidade estatal.

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. Jurisprudência do STF - "Os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil objetiva do Poder Púbiico compreendem (a), a alteridade do dano, (b) a causalidade material entre o eventus dam ni e o comportamento positivo (ação) ou negativo (omissão) do agente púbiico, (c) a oficialidade da atividade causaie lesiva, imputável a agente do Poder Púbiico, que tenha, nessa condição funcionai, incidido em conduta comissiva ou omissiva, independentemente da iicitude, ou não, do comportamento funcionai (RTJ 140/636) e (d) a ausência de causa exciudente da responsabilidade estatal". (RE 109.615, Rei. Min. Ceiso de Meilo, juigamento em 28-05-1996, DJ de 02-08-1996)

CESPE. 2007. Defensor Púbiico Substituto. DPG/CE ~ A teoria do risco administrativo está presente no piano constitucional desde a Constituiçãõ de 1946 e confere fundamento dou­trinário à responsabilização objetiva do Estado.

CESPE. 2007. Defensor Público da União de 2.a Categoria. DPÜ - Como a responsabilidade civil do Estado por ato danoso de seus prepostos é objetiva, surge o dever de indenizar se restarem provados o dano ao patrimônio de outrem e o nexo de causalidade entre este e o comportarpento do preposto. No entanto, o Estado poderá afastar a responsabilidade objetiva quando provar que o evento danoso resultou de caso fortuito oü de força maior, ou ocorreu por culpa exciusiva da vítima.

Jurisprudência do STF. - "(...) não há que se pretender que, por haver o acórdão recorrido se referido à teoria do risco integrai, tenha ofendido o disposto no artigo 37, § 6.°, da Cons­tituição que, peía Doutrina dominante, acoiheu a teoria do risco administrativo, que afasta a responsabiiidade objetiva do Estado quando não há nexo de causalidade entre a ação ou a omissão deste e o dano, em virtude da culpa exclusiva da vítima: oú da ocorrência de caso fortuito ou de força maior". (RE 238.453, voto do Min. Moreira Aives, julgamento em 12-11- 2002, DJ de 19*12-2002)

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Um dos requisitos para que seja caracterizada a responsabilidade objetiva do Estado é a demonstração da culpa in eiigendo da administração na escolha do servidor que praticou o ato. (ver também RE 109.615, STF, supra)

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Segundo a teoria objetiva da responsabilidade civil do Estado no Brasil, não é necessária a comprovação de cuipa ou nexo causai entre ação e resuitado para se imputar o dever de indenizar ao Estado. (ver também RE 109.615, STF, supra)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - A responsabilidade das autarquias pelos prejuízos causados a terceiros não é direta, de modo que, diante da ocorrência de dano, o lesado deve buscar a reparação diretamente ao ente federativo e não à autarquia.

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Os servidores públicos de uma autarquia do Acre respon­dem objetivamente peios danos que, no exercício de suas funções, causem culposamente a terceiros.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Joaquim, motorista de pessoa jurídica prestadora de serviço púbiico, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por impericia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual colidiu com veículo de particular. A responsabilidade civil será exclusiva de Joaquim, visto que agiu com impericia e imprudência.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Joaquim, motorista de pes­soa jurídica prestadora de serviço público, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por impericia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no quai colidiu com veículo de particular. A Constituição Federai de 1988 (CF) adotou a responsabilidade objetiva do Estado, sob a m odalidade do risco integral, razão pela qual a pessoa juríd ica deverá responder pelos danos.

í'15?‘; r TiTÜLO lll . - DÁ'ORGANIZAÇÃO DÓ ESTADO V V • C :;-~ J § § § | § ^ ^

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS --fliil

CESPE. 2008.Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Joaquim, motorista de pessoa jurídica prestadora de serviço público, transportava documentos oficiais que necessitavam ser entregues com urgência. No trajeto, Joaquim, por impericia e imprudência, envolveu-se em acidente de trânsito, no qual colidiu com veículo de particular. Trata-se de hipótese que exclui o dever de indenizar, visto que Joaquim estava executando serviço público de natureza urgente.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Considere-se que, em um acidente de trânsito, o condutor do veículo e a vítima sejam servidores públicos. Nessa’ situação, descabe a responsabilização do Estado peíos danos causados, pois, apesar de estar definido na Constituição Federal que o Estado deve responder pelos danos causados por seus agentes a terceiro, não é possível enquadrar servidor púbiico em ta l conceito.

Jurisprudência do STF. - "Constitucional Administrativo. Acidente de trânsito. Agente e vítima: servidores públicos. Responsabilidade objetiva do estado: CF, art 37, § 6.°. O entendimento do Supremo Tribunal Federai é no sentido de que descabe ao intérprete fazer distinções quanto ao vocábulo 'terceiro' contido no § õ.° do art. 37 da Constituição Federal, devendo o Estado responder pelos danos causados por seus agentes qualquer que seja a vítima, servidor púbiico ou não". (Aí 473.381-AgR, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 20-09-2005, DJ de 28-10-2005)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Na situação em que um detento mate um outro que estava recolhido na mesma carceragem, não há razão para se aventar a responsabilidade objetiva do Estado, pois o dever de guarda da administração púbiica não chega a configurar a assunção do risco administrativo. (ver também A l 577.908- AgR, STF, supra) .

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/ES - Em junho de 2007, durante rebelião em um presídio, Antônio, José e Pedro, presos condenados por homicídio, fugiram por um túnel cavado sob a cama de um deles em um dos pavilhões de detenção. Um mês após a rebelião, um detento de nome Francisco foi assassinado por Otávio, outro preso, por vingança, em decorrência de luta pelo controie do tráfico de entorpecentes no referido prédio. Um ano após a rebelião, José cometeu latrocínio nas proximidades do tribunal de justiça do estado, ocasião em que foi preso e reconduzido ao presídio. A vítima do latrocínio deixou viúva e dois filhos. Neste caso, em que Otávio matou Francisco, não há responsabilidade objetiva do Estado porque se está diante de omissão do poder público em cuidar da integridade física de um apenado.

CESPE. 2007. Defensor Púbiico Substituto. DPG/CE ~ Situação II - Em 2007, na madrugada de um dia em que deveria ter retornado para dormir no presídio, um preso submetido ao regime semiaberto cometeu um estupro. Tal fato atraiu a atenção do Poder Judiciário por­que, comprovadamente, o preso, frequentemente, deixava de retomar ao final do dia para recolhimento, situação essa que era de conhecimento da direção do presídio. Na situação, não há responsabilização civil do Estado no estupro praticado pelo preso durante o descum­primento do regime semiaberto, uma vez que não há conexão entre a conduta estatal e o dano eventualmente acontecido.

■ Jurisprudência do STF:. - "Responsabilidade civil do Estado. Art. 37, § 6.° da Constituição Fede­ral. Faute du Service public caracterizada. Estupro cometido por presidiário, fugitivo contumaz, não submetido à regressão de regime prisional como manda a lei. Configuração do nexo de causalidade. Recurso extraordinário desprovido. Impõe-se a responsabilização do Estado quando um condenado submetido a regime prisional aberto pratica, em sete ocasiões, falta grave de evasão, sem que as autoridades responsáveis pela execução da pena lhe apliquem a medida de regressão do regime prisional aplicável à espécie. Tal omissão do Estado constituiu, na espécie, o fator determinante que propiciou ao infrator a oportunidade para praticar o crime de estupro contra menor de 12 anos de idade, justamente no período em que deveria estar recolhido à prisão. Está configurado o nexo de causalidade, uma vez que se a lei de

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execução penai tivesse sido corretamente aplicada, o condenado dificilmente teria continuado a cumprir a pena nas mesmas condições (regime aberto), e, por conseguinte, não teria tido a oportunidade de evadir-se peia oitava vez e cometer o bárbaro crime de estupro". (RE 409.203, Rei. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 07-03-2006, DJ de 20-04-2007)

§ 7.° - A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Agente de Inteligência. AB1N - Não é inconstitucional a ..lei que fixa requisitos e restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta que tenha acesso a informações privilegiadas. .'

§ 8*° - A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado en­tre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta ___ „ „

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração.TCE/RN - A autonomia gerenciai, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder púbiico, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade.

I - o prazo de duração do contrato;II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;III - a remuneração do pessoal.

§ 9.° - O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públi­cas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 10. - É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42

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e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Policiai Rodoviário Federai. DPRF - É possível a percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração de cargo em comissão deciarado em iei de livre nomeação e exoneração.

ÇF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' v

§ 11 - Não serão computadas, para efeito dos limites remu- neratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)§ 12 - Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os estados e o Distrito Federal podem fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo tribunai de justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federa! (STF).

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, au­tárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

[ncorreta _

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federai. DPRF - 0 servidor público investido em manda­to eletivo federal, estadual, distrital ou m unicipal será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração de servidor.

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I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

Correta _ ______

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - O servidor público dá administração direta que estiver no exercício de mandato eletivo estadual deve ficar afastado de seu cargo, emprego ou função.

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; .

Correta

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O servidor público investido no mandato de prefeito ficará afastado do cargo; emprego ou função, po­dendo, no entanto, optar por receber a respectiva remuneração..

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O servidor público que é eleito pre­feito, em caso de haver compatib ilidade de horário, perceberá as vantagens do cargo efetivo, sem prejuízo da percepção do cargo eletivo.

III - investido no mandato de Vereador, havendo com­patibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - O servidor público da administração direta, autárquica e fundadonai, investido no mandato de vereador, poderá perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, se houver compatibilidade de horários.

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

Corretas

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECONT/ES - O período em que determi­nado servidor público estadual estiver afastado de suas atividades públicas, para o exercício

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS

de mandato eletivo, deve ser contado como tempo de serviço para todos os efeitos legais, salvo para promoção por merecimento.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - É permitido ao servidor afastado para o exercício de cargo eletivo contar o tempo de mandato para fins de tempo de serviço.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O servidor público no exercício de mandato eletivo terá seu tempo de serviço contado para todos os fins, inclusive promoção p o r merecimento.

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.

Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS

(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das funda­ções públicas.§ 1.° - A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU ~ O Poder Judiciário, fundado no princípio da ísonomia previsto na Carta da República, pode promover a equiparação dos vencimentos de um servidor com os de outros servidores de atribuições diferentes.

Jürisprudência do STF - "A Ísonomia somente pode ser pleiteada quando os servidores públicos apontados como paradigmas encontrarem-se em situação iguai à daqueles que pretendem a equiparação.'Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimen­tos de servidores públicos sob fundamento de ísonomia'{Súmula 339-STF)". (RE 409.613-AgR( Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 21-02-2006, 1.a Turma, DJ de 24-03-2006)

Súmulas do STF

Súmula Vinculante 4 - Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.

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Súmula 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar ven­cimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia.

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela EmendaConstitucional n.0 19, de 1998) : '...........III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

§ 2.° - A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998).

Correta

CESPE. 2009. Analista Administrativo. ANAC - A União, os estados e o DF manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira.

§ 3.° - Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo públi­co o disposto no art. 7.«, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV,XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

incorreta

CESPE. 2009. Arsalásta de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Segundo a CF, os ocupantes de cargo público não têm direito a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno. (ver também art. 7.°, !X, da CF)

: 163 ; TÍTULO lll - DA ORGANIZAÇÃO. DO ESTADO

§ 4.° - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Munici­pais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratifi­cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso,o disposto no art. 37, X e XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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§ 5.° - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 6.° ~ Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publi­carão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 7.° - Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvi­mento de programas de qualidade e produtividade, treina­mento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

[ncorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Gerai de Justiça. TJ/RJ - Diante da ne­cessidade de se desenvolver economicamente um município, Tibério, seu prefeito, criou, por meio de decreto, o programa denominado Plano Tibério de Desenvolvimento do Município, e aproveitou a mesma oportunidade para criar 20 cargos públicos que seriam providos por meio de concurso público. Fez publicar, Jogo depois, edital de concurso público para provimento desses cargos efetivos, com prazo de validade do concurso em oito meses, prorrogáveis. Foram aprovadas 14 pessoas. Lei municipal não poderá disciplinar a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes do citado órgão, sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade aos seus servidores.

§ 8.° - A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4.°. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n .° 41, 19-12-2003)

Corretas

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CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, incluídas

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suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contríbutivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Considerando um servidor público concursado, titular de cargo efetivo do DF, que tomou posse há exatos dois anos. O servidor em questão tem assegurado regime de previdência de caráter contríbutivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.

§ 1.° ~ Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, csdculados os seus proventos a partir dos valores ftxados na forma dos §§ 3.° e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41,19-12-2003) '' V ' . / ; '

I -- por invalidez permanente, sendo os proventos propor­cionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma à.z\&i;-(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

Incorreta ̂ __ _____^ __________ ^

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - No caso de moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da Iei, o servidor público será aposentado por invalidez permanente com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

II - compuisoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

Incorretas ^

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - A aposentadoria compulsória do servidor público ocorre aos setenta anos de idade, com proventos integrais.

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. AN AC - O servidor público será aposentado compul- soriamente, aos setenta anos de idade, com proventos integrais.

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. AMTAQ - A aposentadoria compulsória se dará, em qualquer caso, com proventos integrais do cargo em que se encontra o servidor.

III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, obser­vadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

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CF ANOTADA PELAS B A N C A S EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O servidor púbiico será aposentado voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de quinze anos de efetivo exercício no serviço público e dez anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, entre outros requisitos específicos*

a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 20, de 15-12-1998)b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

§ 2.° - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por oca­sião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°20, de 15-12-1998)

Incorretas

CESPE. 2010. Anaiista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - Os proventos de aposentadoria podem exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Os proventos de aposentadoria do referido servidor, por ocasião de sua concessão, poderão exceder a sua remuneração no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria.

§ 3.° - Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art.201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 41, 19-12-2003)

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, serão acrescidos de 20% da re­muneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

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§ 4.° - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)I - portadores de deficiência; (incluído pela Emmda Cons­titucional n.° 47, de 2005)II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela EmendaConstitucional n.° 47, de 2005) ' ' ' \III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde, ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2Õ05) ’

§ 5.° - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1.°, III, Ka”, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

incorreta ̂ ____

CESPE. 2010. Anaiista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição são reduzidos em cinco anos para o professor que comprove tempo de efetivo e exclusivo exercício das funções de magistério na educação superior.

§ 6.° - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos car­gos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

Incorreta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Existe vedação absoluta à percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência próprio.

§ 7.° - Lei disporá sobre a concessão do beneficio de pen­são por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional n,° 41, 19-12-2003)I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci­do, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

;. . . . . . t í t u l o iii ~ d a o r g a n iz a ç ã o .d o e s t a d o

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. CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS /

II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 41, 19-12-2003)

§ 8.° - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. {Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)§ 9.° - O tempo de contribuição federal, estadual ou muni­cipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15.12.1998)

Incorreta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF não assegura ao servidor púbiico a contagem do tempo de serviço e de contribuição para sua aposentadoria quando o regime de previdência seja próprio de outro ente federativo distinto daquele para o qual o servidor contribuiu anteriormente.

§ 10.° - A iei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

Incorreta

CESPE. 2010. Analista de Controie Interno. SAD/PE - A lei pode estabelecer forma de con­tagem de tempo de contribuição fictício, desde que para servidores portadores de deficiência, que exerçam atividades de risco ou prejudiciais à saúde.

§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°20, de 15-12-1998)

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§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previ­dência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprêgo públi­co, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

TÍTULO !!l ~ DA ORGANIZAÇÃO DÓ ESTADO . . -Vj • • . ' . : • i J

Correta

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão apiica-se o regime geral dé previdência social.

§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)§ 15 ~ O regime de previdência complementar de que tratao § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fe­chadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previ­dência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)§ 17 - Todos os valores de remuneração considerados parao cálculo do benefício previsto no § 3o serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 41, 19-12-2003)§ 18 - Incidirá contribuição sobre os proventos de apo­sentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para

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os benefícios do regime gerai de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)§ 1 9 - 0 servidor de que trata este artigo que tenha comple­tado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1.°, I I I , a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § l.°> I I . (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)§ 20 - Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art.142, § 3.°, X. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

Correta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores púbiicos civis titulares de cargos efetivos.

CF ANOTAOA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' I v j W Í i

§ 2! - A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabe­lecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quandoo beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°47, de 2005)

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorretas

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - Considerando um servidor público concursado, titular de cargo efetivo do DF, que tomou posse há exatos dois anos. O servidor citado é considerado estável, já que transcorreram dois anos de efetivo exercício.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - O servidor público nomeado para cargo em comissão adquire a estabilidade no serviço púbiico após três anos de efetivo exercício nesse cargo.

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171 TÍTULO lll - DA ORGANIZAÇÃO .0 0 ESTADO .

§ i.° - O servidor público estável só perderá o cargo: (Re­dação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional n ° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Aníes de adquirir a esta­bilidade, o titular do cargo efetivo somente poderá ser exonerado mediante decisão judiciai transitada em julgado.

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEW - . 0 ato de aposentadoria do servidor impede a instauração de processo administrativo disciplinar para apuração de falta por ele eventualmente praticada no exercício do cargo, se a sanção apiicável for a de demissão.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Somente após regular sindicância, o servidor público estável que participa de greve da categoria e, portanto, comete fa lta grave, fica sujeito à aplicação da pena de demissão, {ver também Súmula 316 do STF)

Jurisprudência do STF - "A Turma, em votação majoritária, manteve acórdão do Tribunal de justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que concedera a segurança para reintegrar servidor público exonerado, durante estágio probatório, por faltar ao serviço em virtude de sua adesão a movimento grevista. Entendera aquela Corte que a participação em greve - direito consti­tucionalmente assegurado, muito embora não regulamentado por norma infraconstitucional - não seria suficiente para ensejar a penalidade cominada. O ente federativo, ora recorrente, sustentáva que.o art. 37, VII, da CF seria norma de eficácia contida e, desse modo, o direito de greve dos servidores públicos dependeria de lei para ser exercido. Além disso, tendo em conta que o servidor não gozaria de estabilidade (CF, art. 41), aduziu que a greve fora declarada ilegal e que ele não comparecera ao serviço por mais de 30 dias. Considerou-se que a inassi- duidade em decorrência de greve não poderia implicar a exoneração de servidor em estagio probatório, uma vez que essa ausência não teria como motivação a vontade consciente de não comparecer ao trabalho simplesmente por não comparecer ou por não gostar de trabalhar. Revelaria, isso sim, inassiduidade imprópria, resultante de um movimento de paralisação da categoria em busca de melhores condições de trabalho. Assim, o fato de o recorrido estar em estágio probatório, por si só, não seria fundamento para essa exoneração" (RE 226.966, Rei. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 11-11-2008, Informativo 528)

Súmulas do STF

Súmuia 18 - Pela faita residual, não compreendida na absolvição peío juízo criminal, é ad­missível a punição administrativa do servidor público.

Súmula 19 - É inadmissível segunda punição de servidor púbiico, baseada no mesmo processoem que se fundou a primeira.' . ■ ■

Súmula 20 - É necessário processo administrativo, com ampla defesa, para demissão de funcionário admitido por concurso.

II - mediante processo administrativo em quelhe seja asse-i gurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorretas

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' y- ^ 7 2 '

Súmuia 21 - Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

Súmula 316 - A simples adesão a greve não constitui falta grave.

III ~ mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Decisão judiciai transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar em que seja assegurada a ampla defesa são as únicas hipóteses, previstas na CF, de perda do cargo por servidor público estávei.

§ 2.° - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Agente de Polícia. SECAD/TO - Caso um servidor seja injustamente demitido e a justiça determine o seu retorno, esse retorno caracterizará um caso de reintegração.

Incorretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Diante da invali­dação, por sentença judicial, da demissão de servidor público estável, este será reintegrado e o eventual ocupante da vaga, reconduzido ao cargo de origem, com direito à respectiva indenização.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Na hipótese de invalidação da demissão de servidor estável, por sentença judicial, este deverá ser reintegrado. O even­tual ocupante da vaga, se estável, deverá ser reconduzido ao cargo de origem, com d ireito à respectiva indenização.

§ 3.° - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade,o servidor estável ficará em disponibilidade, com remune­ração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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Correta

CESPE. 2008. Técnico judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A estabilidade garante ao servidor a manutenção do vínculo com o Estado, mesmo se.o cargo de que é titular vier a ser extinto.

Incorreta

CESPE. 2008. Poiicial Rodoviário Federai. DPRF - Com a extinção do cargo público ou a declaração de sua desnecessidade, o servidor estável ocupante deste será aposentado, com remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 4.° - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comis­são instituída para essa finalidade. {Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta .......... ........... _ __~ ̂ _____

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - A CF considera obri­gatória, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Após três anos contados do início do exercício nas atribuições do cargo, ocorre o encerramento do estágio probatório, ocasião em que o servidor adquire autom aticamente a estabilidade.

Seção III DOS SERVIDORES PÚBLICOS

DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

(.Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)

Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados» do Dis­trito Federal e dos Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)§ 1.° - Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8.°; do art. 40, § 9.°; e do art 142, §§ 2.° e 3.°> cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3.°, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 15-12-1998)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

§ 2.° - Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Dis­trito Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

Seção IV D AS R E G IÕ E S

Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá ar­ticular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.

Correta

CESPE. 2010. Auditor Federal de Controle Externo. Controie Externo. Auditoria de Obsras Públicas - Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando ao seu desenvolvimento e à redução das desigual­dades regionais, cabendo à lei dispor acerca dos incentivos regionais que compreenderão, por exemplo, isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas.

§ 1 . ° - Lei complementar disporá sobre:I - as condições para integração de regiões em desenvol­vimento;II - a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os pianos regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente com estes.

§ 2.° - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da Iei:I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do Poder Público;II - juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tri­butos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3.° - Nas áreas a que se refere o § 2.°, IV, a União in­centivará a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e médios proprietários rurais para o estabe­lecimento, em suas glebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

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TÍTULO IV' DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPITULO I DO PODER LEGISLATIVO

Seção X D O C O N G R ESSO N A C IO N A L '

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

incorreta

CESPE. 2007. Delegado de Polícia CtviL SECAD/TO - O Poder Legislativo é do tipo bica mera! porque reúne, em um mesmo corpo, uma Casa que cumpre o papel de iniciadora do processo legislativo {a Câmara dos Deputados) e uma Casa que cumpre sempre o papel de revisora {o Senado Federal}.

Doutrina ~ "Assim, perante o Senado Federa! são propostos somente os projetos de lei de iniciativa dos Senadores ou de Comissões do Senado, funcionando, nesses casos, a Câmara dos Deputados como Casa revisora". (LENZA, 2006, p. 284)

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de represen­tantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

Incorreta

CESPE. 2003». Analista judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA - O Senado Federal compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no DF.

§ 1.° - O número total de Deputados, bem como a repre­sentação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabele-

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

cido por Iei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MEC - A Câmara dos Deputados é composta de re­presentantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada estado, em cada território e no DF, não podendo nenhuma unidade da Federação possuir menos de dez ou mais de sessenta deputados.

§ 2.° - Cada Território elegerá quatro Deputados.

Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

Correta _

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas duas vagas, como as que ocorrerão em 2010, assinale a opção correta, segundo a disciplina das leis. eleitorais. Devem ser eleitos os dois candidatos que receberem mais votos.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas duas vagas, como as que ocorrerão em 2010, assinale a opção correta, segundo a disciplina das leis eleitorais. Os votos dos candidatos de cada partido ou coligação devem ser somados para que se definam os eleitos.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA ~ Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas duas vagas, como as que ocorrerão em 2010, assinale a opção correta, segundo a discípiina das leis eleitorais. Os eleitos devem ser definidos de acordo com o sistema eieitoral proporcional adotado no Brasil.

Jurisprudêhcià dq STF - "No Brasii, a eleição de deputados faz-se pelo sistema da representa­ção proporcionai, por lista aberta, uninominal. No sistema que acolhe - como se dá no Brasil desde a Constituição de 1934 - a representação proporcional para a eleição de deputados e vereadores, o eleitor exerce a sua liberdade de escolha apenas entre os candidatos registrados peio partido político, sendo eles, portanto, seguidores necessários do programa partidário de sua opção. O destinatário do voto é o partido político viabilizador da candidatura por ele oferecida. O eleito vincuia-se, necessariamente, a determinado partido político e tem em seu programa e ideário o norte de sua atuação, a ele se subordinando por força de lei (art. 24, da Lei n.° 9.096/95)". (MS 26.604/DF, Tribunal Pleno, Min. Rei. Carmém Lúcia, julgamento em 04-10-2007, DJE de 03-10-2008)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas duas vagas, como as que ocorrerão em 2010. Segundo a disciplina das leis eleitorais, devem ser eleitos os dois candidatos do mesmo partido ou coligação do candidato a governador que vencer as eleições.

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CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Considerando-se uma eleição para o Senado Federal na qual são disputadas duas vagas, como'as que ocorrerão em 2010. Segundo a disciplina das leis eleitorais, a eleição para o Senado Federal, nesse caso, combina o sistema m ajoritário com o proporcional.

§ 1.° - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Se­nadores, com mandato de oito anos.§ 2.° - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.

Corretas ̂ ......... - ■

CESPE. 2009. Agente Administrativo, MEC - O Senado Federal possui 81 senadores, eleitos segundo o princípio majoritário para um mandato de oito anos,: corri renovação obrigatória de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.

TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES :~ ;, ( / . ' /yt : ^

§ 3.° - Cada Senador será eleito com dois suplentes.

Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão to­madas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Seção IIDAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presi­dente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49,51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Não há veto ou sanção presidencial na emenda à Constituição, em decretos legislativos e em resoluções, nas leis delegadas, na lei resultante da conversão, sem alterações, de medida provisória, (ver também arts. 60, 62 e 68, da CF)

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de ren­das;II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, divida pública e emissões de curso forçado;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Arma­das;IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;V ~ limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;VII - transferência temporária da sede do Governo Fede­ral;VIII - concessão de anistia;IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defen­soria Pública do Distrito Federal;X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84,VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da adminis­tração pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, aprovar a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública federal, mas a iniciativa das leis, no caso, pertence privativamente ao chefe do Poder Executivo, (ver também art. 61, § 1.°, inc. II, e, da CF/1988)

XII - telecomunicações e radiodifusão;XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tri­bunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4.°;150, II; 153, III; e 153, § 2.°, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

Art. 49. Ê da competência exclusiva do Congresso Nacio­nal:

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Correta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - O decreto legislativo é espécie norma­tiva destinada a dispor acerca de matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional e deve ser, obrigatoriamente, instruído, discutido e votado em ambas as casas legislativas, n o sistema bicameral.

Doutrina - "De ressaltar, que os decretos legislativos serão, obrigatoriamente, instruídos, dis­cutidos e votados em ambas as Casas Legislativas, no sistema bicameral; e se aprovados, serão promulgados pelo Presidente do Senado Federal, na qualidade, de-Presidente do Congresso Nacional, que determinará sua publicação". (MORAES, 2005, p. 615-616) .

I - resolver definitivamente sobre tratados* acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

Incorreta ; ' _

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/BA - É de competência exclusiva do presidente da Repúbíica resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos ao patrimônio nacional.

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamen­te, ressalvados os casos previstos em lei complementar;III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da Repú­blica a se ausentarem do País, quando , a ausência exceder a quinze dias;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ ~ As viagens do presidente da República para o exterior precisam ser autorizadas pelo Senado Federal.

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA - Compete ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas medidas.

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de dele­gação legislativa;

í';i79> TÍTULO !V - DA ORGANjZAÇÃO DOS PODERES

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CF ANOTADA PELAS BANCAS;EXAMINADORAS..

VI - mudar temporariamente sua sede;VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39,§ 4.°, 150, II, 153, III, e 153, § 2.°, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)VIII ~ fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4.°, 150, II, 153, III, e 153,§ 2.°, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta __ ...............

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Compete ao Congresso Na­cional fixar os subsídios dos ministros de Estado, não havendo necessidade de que a norma seja sancionada pelo presidente da República.

incorreta _ „

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT -É d a competência da comissão mista permanente de deputados e senadores responsável pelo acompanhamento e fiscalização da le i orçamentária fixar, para cada exercício financeiro, a remuneração do presidente e do vice- -presidente da República e dos ministros de Estado.

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

Correta _ ̂ ^ ̂ ̂ _ ......

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Compete ao Congresso Nacional juigar anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo.

X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;XTV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

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Incorreta ______^ ___^ .................

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Como instrumentos da demo­cracia direta, o píebiscito e o referendo podem ser realizados tanto mediante autorização do Congresso Nacional quanto p o r in icia tiva popular.

V •. ÀTULO-fV

XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e oaproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; ' ' • 'XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente deter­minado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 2, de 1994)

Correta ^ __

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A convocação de ministro de Estado para prestar informações a qualquer das casas do Congresso Nacional ou a suas comissões faz parte das várias ações e poderes de que dispõe o Poder Legislativo para o controle externo direto da administração.

Incorretas

CESPE. 2008. Anaiista de Controie Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia­lidade: Direito. TCE/TO - A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão convidar ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, desde que seja agendada a data e a hora com as referidas autoridades.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - 0 Congresso Nacional, mediante aprovação da maioria absoluta de seus membros, poderá convocar o presidente da República e seus ministros para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previa­mente determinado.

§ 1.° - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Se­nado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.

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§ 2.° - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão n.° 2, de 1994)

I CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ; 'i

Seção III DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instau­ração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da Repúbíica e os Ministros de Estado;

Correta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA ~ Compete privativamente à Câmara dos Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os ministros de Estado.

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. SACEW - As infrações penais praticadas peio presidente da República durante a vigência do mandato, sem qualquer reiação com a função presidencial, serão objeto de imediata persecutio criminis.

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;III - elaborar seu regimento interno;IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de Iei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros esta­belecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998).

Correta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - A Câmara dos Deputados tem competência para iniciativa de lei que vise à fixação da remuneração de seus servidores, mas a matéria deve ir à sanção do presidente da República.

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ir\183"-i ' ; TÍTULO IV - DA.ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. ">

V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.

Seção IV DO SENADO FEDERAL

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - As matérias dè competência privativa do Senadó Federal não dependem de sanção presidencial e se materializam por meio de decreto legislativo. . : . • •

Doutrina - "Resolução é ato do Congresso Nacional ou de quajquer de suas casas, tomado por procedimento diferente do previsto para a elaboração das.leis, destinado a regular matéria de competência do Congresso Naciona! ou de competência privativa do Senado Federai ou Câmara dos Deputados". (MORAES, 2005, p. 619)

I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem corao os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 23, de 02-09-1999)

incorretas

CESPE, 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - Para que seja instaurado processo contra ministro de Estado, é necessária autorização do Senado Federal.

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Compete privativamente à Câmara dos Deputados processar e juígar o presidente e o vice-presidente da República nos crimes de responsabilidade.

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área judiciária. TRE/MA - O STF tem competência consti­tucional para rever e alterar a decisão do Senado Federal exarada em processo, de apuração de crime de responsabilidade do presidente da República.

Jurisprudência.do STF ~ "Preliminar de falta de jurisdição do poder judiciário para conhecer do pedido: rejeição, por maioria de votos, sob o fundamento de que, embora a autorização previa para a sua instauração e a decisão final sejam medidas de natureza predominantemente política - cujo mérito e insusceptiveí de controle judicial - a esse cabe submeter a regularidade do processo de 'impeachmentí sempre que, no desenvolvimento dele, se alegue violação ou ameaça ao direito das partes; votos vencidos, no sentido da exclusividade, no processo de 'impeachment' da jurisdição constitucional das casas do congresso nacional". (MS 20.941, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 31-08-1992, p. 13.582)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dadapela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)III ~ aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;c) Governador de Território;d) Presidente e diretores do banco central;e) Procurador-Geral da República;f) titulares de outros cargos que a lei determinar;

Incorreta _

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Compete ao Congresso Nacional a aprovação, com o quorum mínim o da m aioria absoluta, do procurador-geral do Trabalho, pelo voto secreto, após arguição pública.

IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomá­tica de caráter permanente;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - A escolha de chefes de missão diplo­mática é aprovada pela Câmara dos Deputados, por maioria de votos, em escrutínio secreto.

V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;VII - dispor sobre limites globais e condições para as ope­rações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da Únião em operações de crédito externo e interno;

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IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei de­clarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

Incorreta _ ■

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - O Senádò Federal poderá conceder eficácia erga omnes à decisão do STF em sede de ação direta de inconstitucionalidade.

D outrina. ~ "Por fim, ressaltamos que a competência do Senado Federal pára suspender a execução de leis ou atos normativos declarados inconstitucipnáis pejo Supremo Tribunal Federai sé restringe às decisões do Supremo Tribunal Federál proferidas no controie difuso, incidental, uma vez que sua razão de ser consiste, precisamente,1 na faculdade de estender, a todos, os efeitos da decisão que, em si, tem eficácia apenas entre. as. partes. No âmbito do controie abstrato (...) as próprias decisões do Poder Judiciário são dotadas de eficácia geral contra todos (erga omnes), não havendo razões para atuação do Senado Federal". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 792)

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XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;XII - elaborar seu regimento interno;XIII ~ dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros esta­belecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VILXV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, eo desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Fede­ral, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabiiitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

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. . CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS: :>T86 ;

Seção VDOS DEPUTADOS E DOS SENADORES

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA - Ainda que fora do Congresso Nacional, se estiver no exercício de sua função parlamentar, o deputado federai é inviolável, civil ou penalmente, por suas palavras e opiniões.

Doutrina - "Prevista no art 53, caput, tal imunidade garante que os parlamentares federais são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, desde que proferidos em razão de suas funções parlamentares, no exercício e relacionadas ao mandato, não se restringindo ao âmbito do Congresso Nacional Assim, mesmo que um parlamentar esteja fora do Congresso Nacional, mas exercendo sua função parlamentar federal, em qual­quer lugar do território nacional estará resguardado, não praticando qualquer crime por sua opinião, palavra e voto". (LENZA, 2010, p. 426)

§ 1.° - Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O deputado federal passa a ter foro privilegiado perante o STF a p a rtir da posse.

§ 2.° - Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Correta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE-José, candidato a deputado federal pelo estado de Pernambuco, registrou sua candidatura no dia 2 de julho. A eleição ocorreu no dia 3 de outubro, e o resultado que o declarou eleito foi divulgado no dia 6 de outubro. José foi diplomado pelo TRE do Estado de Pernambuco no dia 17 de dezembro e tomou posse no cargo de deputado federal no dia 2 de fevereiro do ano seguinte. No caso hipotético apresentado acima, a imunidade formal de José deve ser contada a partir da diplomaçâo, no dia 17 de dezembro.

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TÍTULO IV - .d a o r g anização d o s p o d e r es .

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/flAT- Os deputados e senadores, desde o m omento em que tomarem posse em seus cargos, não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - A imunidade formai garante ao parla­mentar, desde a expedição do diploma, a impossibilidade de, em qualquer caso ou circunstância, ser ou permanecer preso ou ser processado sem autorização de sua respectiva Casa legislativa.

§ 3.° - Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomaçâo, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A autorização da Câmara dos Deputados é condição necessária ao início de processo crim inal no STF, em razão de crime contra a administração praticado por deputado federal.

§ 4.° ~ O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)§ 5.° - A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)§ 6.° - Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Os deputados e senadores não são obrigados a testemunhar quanto a informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem acerca das pessoas que ihes confiaram ou deles receberam informações.

§ 7.° - A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

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CF ANOTADA PELAS/BANCAS EXAMINADORAS '■■■; . •

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Em caso de guerra, a Câmara dos Deputados não pode recusar a convocação de parlamentar para as forças armadas.

§ 8.° - As imunidades de Deputados ou Senadores subsis­tirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 35, de 2001)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Os membros do Congresso Nacional são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, e suas imunidades só poderão ser suspensas durante o estado de sítio por decisão m otivada do executor das medidas, com especificação e justificação das providências adotadas.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - A decretação de estado de sítio, por motivos de segurança nacional, im plica a autom ática suspensão da im unidade parlam entar.

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:I - desde a expedição do diploma:a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunera­do, inclusive os de que sejam demissíveis “ad nutum” nas entidades constantes da alínea anterior;

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Enquanto não tomar posse, a pessoa eleita para o Senado pode exercer cargo comissionado em empresa pública federal.

II - desde a posse:a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;b) ocupar cargo oü função de que sejam demissíveis “ad nutum” nas entidades referidas no inciso I, “a”;

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c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”;d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:I ~ que infringir qualquer das proibições estabelecidas noartigo anterior; :: : ; V : . :II ~ cujo procedimento for declarado incompatívèl com odecoro parlamentar; ..vIII - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1.° - Ê incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerro­gativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.§ 2,° - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provo­cação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

Nota - Cumpre observar que não existe a possibilidade de substituição do voto secreto pelo voto aberto no texto das constituições estaduais (Poder Constituinte Derivado Decorrente) a ser aplicado nos respectivos processos de perda de mandato parlamentar estadual/distrital. Veja a jurisprudência do STF nesse sentido:

Jurisprudência do STF -"Em enda constitucional estadual. Perda de mandato de parlamentar estadual mediante voto aberto. Inconstitucionalidade. Violação de limitação expressa ao poder constituinte decorrente dos Estados-membros (CF, art. 27, § 1.° c/c art. 55, § 2.°)" (ADi 2.461 e ADI 3.208, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-05-2005, DJ de 07-10-2005)

TÍTULO itf - OA ORGÂNÍZAÍÇÃO DÓsi. PODERES ■ . ; i :,. |||||||||||j

§ 3.° - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou median­te provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

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§ 4.° - A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2.° e 3.°. (Incluído pela Emenda Consti­tucional de Revisão n ° 6, de 1994)

Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - De acordo com a Constitui­ção Federal de 1988, o deputado federai que for investido em cargo de secretário de Estado, independentemente da pasta que assumir, perderá seu mandato de deputado.

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ I.° - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.§ 2.° - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.§ 3.° - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.

C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . . . ;190../

Seção VI DAS REUNIÕES

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1.° de agosto a 22 de dezembro. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 50, de 2006)§ 1.° - As reuniões marcadas para essas datas serão transfe­ridas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.§ 2.° - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

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§ 3.° - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:I - inaugurar a sessão legislativa;II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; ./• •: •IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.

§ 4.° - Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões prepa­ratórias, a partir de 1.° de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°50, ãe 2006)§ 5.° - A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federai, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equi­valentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.§ 6.° - A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 50, de 2006)I ~ pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decre­tação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice- Presidente da República;

Incorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Por ser o segundo na linha de sucessão do presidente da República, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados fazer a convocação de sessão legislativa extraordinária do Congresso Nacional para o compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da República.

II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a reque­rimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 50, de 2006)

''1,9.1 TÍTULO IV - DA ÕRGANiZAÇÃO.DOS PODERES : : j j j l l l l l l l l ^

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS i l lCorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Embora o Senado e a Câmara dos Deputados tenham os seus respectivos presidentes, em caso de urgência ou in­teresse público relevante, pode o vice-presidente da República, no exercício da Presidência da República, fazer a convocação do Congresso Nacional para sessão legislativa extraordinária.

§ 7.° - Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8.° deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 50, de 2006)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional delibera, além da matéria para a qual foi convocado e das medidas provisórias em vigor na data da convocação, a respeito dos projetos de lei complementar em regime de urgência.

§ S.° - Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - As medidas provisórias não po­dem ser objeto de deliberação em convocação extraordinária do Congresso Nacional proposta pelo presidente da República.

Seção VII DAS COMISSÕES

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

Correta _

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O Poder Legislativo, por meio das comissões de constituição e justiça, exerce o controle de constitucionaiidade de modo preventivo.

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Doutrina - "A primeira hipótese de controle de constitucionaiidade preventivo refere-se às comissões permanentes de constituição e justiça cuja função precípua é analisar a compati­bilidade do projeto de iei ou proposta de emenda constitucional apresentados com o texto da Constituição Federal". (MORAES, 2005, p. 632)

§ 1.° - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação pro­porcional dos partidos ou dos blocos pãrlaímêntares que participam da respectiva Casa.§ 2.° - às comissões, em razão da matéria de sua compe­tência, cabe: • ; ;I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; .

Correta _ " •''

CESPE. 2003. Anaiista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - O Congresso Nacional e suas casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na formà e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competên­cia, discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa.

§ 1 ! - ■: tIt - » ° iv - °a o ^ z A ç i à PÒpèR s;.. ’■

II - realizar audiências públicas com entidades da socie­dade civil;III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou ci­dadão;VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

§ 3.° - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apu­ração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Pú-

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS : V 194 ::

blico, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Correta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O sigilo bancário de um indivíduo pode ser quebrado por decisão fundamentada de comissão parlamentar de Inquérito.

Jurisprudência do STF - " A quebra do sigiío, por ato de Comissão Parlamentar de Inquérito, deve ser necessariamente fundamentada, sob pena de invalidade. A Comissão Parlamentar de inquérito - que dispõe de competência constitucional para ordenar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das pessoas sob investigação do Poder Legislativo - somente poderá praticar tal ato, que se reveste de gravíssimas conseqüências, se justificar, de modo adequado, e sempre mediante indicação concreta de fatos específicos, a necessidade de adoção dessa medida excepciona!" (MS 23.868, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-08-2001, DJ de 21-06-2002)

Incorretas

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA ~ O Poder Legislativo, no exercício de sua função fiscalizadora, pode constituir comissões parlamentares de inquérito, as quais têm poder para quebrar o sigilo bancário, fisca! e de dados e determ inar a indisponibilidade de bens da pessoa investigada.

Jurisprudência do STF -" 1 . Incompetência da Comissão Parlamentar de inquérito para ex­pedir decreto de indisponibilidade de bens de particular, que não é medida de instrução - a cujo âmbito se restringem os poderés de autoridade judicial a elas conferidos no art. 58, § 3.° - mas de provimento cauteiar de eventual sentença futura, que só pode caber ao Juiz competente para proferi-ia. 2. Quebra ou transferência de sigilos bancário, fiscal e de registros telefônicos que, ainda quando se admita, em tese, susceptível de ser objeto de decreto de CP! - porque não coberta pela reserva absoluta de jurisdição que resguarda outras garantias constitucionais - , há de ser adequadamente fundamentada: aplicação no exercício pela CP! dos poderes instrutórios das autoridades judiciárias da exigência de motivação do art 93, IX, da Constituição da República. 3. Sustados, pela concessão liminar, os efeitos da decisão questionada da CPI, a.dissolução desta prejudica o pedido de mandado de segurança". (MS 23.480, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 04-05-2000, DJ de 15-09-2000)

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - As comissões parlamentares de inquérito, por possuírem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podem, ao fina l da investigação, promover a responsabilização civil ou crim ina l dos infratores.

Jurisprudência do STF - "O princípio constitucional da reserva de jurisdição - que incide sobre as hipóteses de busca domiciliar (CF, art. 5.°, XI), de interceptação telefônica (CF, art. 5.°, XII) e de decretação da prisão, ressalvada a situação de flagrância penal (CF, art 5.°, LXQ". (MS 23.652, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 22-11-2000, DJ de 16-02-2001)

CESPE. 2008. Anaiista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especialidade: Direito. TCE/TO - As comissões parlamentares de inquérito possuem as mesmas prerrogativas e ônus que as demais autoridades judiciárias, não se opondo a elas o sigilo imposto a processo sujeito a segredo de justiça, razão pela qual poderão ter acesso a informações contidas nesses processos judiciais, desde que assim seja decidido por meio de decisão devidamente fundamentada.

Jurisprudência do STF - "Comissão Parlamentar de inquérito não tem poder jurídico de, me­diante requisição, a operadoras de telefonia, de cópias de decisão nem de mandado judicial de interceptação telefônica, quebrar sigilo imposto a processo sujeito a segredo de justiça. Este é oponíve! a Comissão Parlamentar de Inquérito, representando expressiva limitação aos seus poderes constitucionais". (MS 27.483-REF-MC, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 14-03-2008, DJE de 10-10-2008)

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•j'95'. • TÍTULO iV - OA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O Congresso Nacional insti­tuiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração de irregularidades nas sentenças proferidas por determinado juiz contra a União. O juiz foi convocado para prestar esclareci­mentos sobre sentenças por ele proiatadas. A CP! somente seria possível se tivesse objeto mais genérico, envolvendo a apuração de irregularidades em todo o Poder Judiciário.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O Congresso Nacional insti­tuiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração de irregularidades nas sentenças proferidas por determinado juiz contra a União. O juiz foi convocado para prestar esclareci­mentos sobre sentenças por ele proiatadas. Em razão de sua formação jurídica, não é direito do juiz fazer-se acompanhar de advogado.

CESPE. 200S. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ— O Congresso Nacional insti­tuiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração d$.irregularidades nas sentenças proferidas por determinado juiz contra a União. O juiz foi cpnvoçado para prestar esclareci­mentos sobre sentenças por ele proiatadas.’A CPÍ não tem poderes pará quebrar o sigilo dos registros telefônicos de investigado.

CESPE. 2003. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ- 0 Congresso Nacional instituiu comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apuração de irregularidades nas sentenças pro­feridas por determinado juiz contra a União. O juiz foi convocado'pára prestar esclarecimentos sobre sentenças por eie proiatadas. O comparecimento espontâneo do magistrado implicará a perda do direito de permanecer em silêncio, e ta l conduta será interpretada como confissão.

Jurisprudência do STF - "Comissão Parlamentar de Inquérito: conforme o art. 58, § 3.°, da Constituição, as comissões parlamentares de inquérito detêm o poder instrutório das au­toridades judiciais - e não maior que o dessas - de modo que a elas se poderão opor os mesmos limites formais e substanciais oponiveis aos juizes, dentre os quais os derivados de direitos e garantias constitucionais." (HC 80.240, Rei. Min. Sepúiveda Pertence, julgamento em 20-06-2001, DJ de 14-10-2005)

§ 4.° - Durante o recesso, haverá uma Comissão representa­tiva do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reprodu­zirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

Seção VIII DO PROCESSO LEGISLATIVO

Subseção I Disposição Geral

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:I - emendas à Constituição;II - leis complementares;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS- EXAMINADORAS ■ • .' VÍ,9€>'

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Só cabe iei complementar, no sistema normativo brasileiro, quando formalmente for necessária a sua edição por norma constitucional explícita.

: Jurisprudência do STF - "Só cabe lei complementar, no sistema de direito positivo brasileiro, quando formalmente reclamada a sua edição por norma constitucional explícita". (ÁDl 789, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 26-05-1994, DJ de 19-12-1994)

III - leis ordinárias;

Corretas

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações. Direito. ANATEL - É tradicional a jurisprudência do STF na proclamação da inexistência de hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinária, espécies normativas formalmente distintas, tendo em vista a matéria reservada àquela.

Jurisprudência do STF - "Inexistência de reiação hierárquica entre Sei ordinária e iei comple­mentar. Questão exclusivamente constitucional, relacionada à distribuição material entre as espécies legais". (RE 377.457, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 17-09-2008, Plenário, DJE de 19-12-2008)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ ~ Lei ordinária pode revogar lei complementar se o assunto nesta veiculado não estiver reservado na CF.

D outrina - A lei ordinária que destoa da lei complementar é inconstitucional por invadir o ambito normativo que lhe é alheio, e não por ferir o princípio da hierarquia das leis. Por outro lado, não será inconstitucional a lei ordinária que dispuser em sentido diverso do que estatui um dispositivo de lei complementar que não trata de assunto próprio de lei complementar. O dispositivo da lei complementar, no caso, vale como lei ordinária e pode ser revogado por regra inserida em lei ordinária" (MENDES et ai, 2009, p. 924)

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/ES - Lei ordinária pode revogar lei com­plementar.

IV - leis delegadas;V - medidas provisórias;VI - decretos legislativos;

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Os decretos legislativos sõo hierarquicamente inferiores às leis ordinárias.

Doutrina. - importante notar a inexistência de hierarquia entre as espécies normativas, com exceção aas emendas constitucionais que têm a capacidade de produzir normas de caráter constitucional" (LENZA, 2006, p. 288)

VII - resoluções.

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Correta __...... .................______ ^____ _____ | ___

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Lei complementar não é hierar­quicamente superior às resoluções do Senado Federal.

Incorreta ___ _ _ . ___________ ^ ______ • ~ ^ ' , , _ „........

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - As resoluções constituem atos norma­tivos secundários que dispõem acerca da regulação de determinadas matérias do Congresso

- Nacional não inseridas no âmbito de incidência dos decretos legislativos e da iei.

Doutrina:, - "As resoluções constituem, igualmente às demais espécies previstas no art. 59 da Constituição Federal, atos normativos primários, e disporá sobre a regulação de determi­nadas matérias peio Congresso Nacional, não incluídas no campo da incidência dos decretos legislativos e da lei, além das matérias privativas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal". {MORAES, 2005, p. 620) • ' .

Parágrafo único. Iei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

Incorreta ^ .... ^ ____........________________ ____ __________

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCÉ/AC - Segundo a CF, emenda constitucional disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

ftíã/v ' TÍTÜLO IV - DA ORGANIZAÇÃO. DOS PODERES ■' :.V V :

Subseção II Da Emenda à Constituição

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

Corretas _ _

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O poder de reforma inclui tanto o poder de emenda como o poder de revisão do texto constitucional.

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O poder de reforma recebe, doutri- nariamente, as mais diferentes denominações, sendo seus sinônimos as expressões poder constituinte derivado ou poder constituinte de segundo grau.

. Doutrina - "O poder de reformar a Constituição recebe denominações diversas, conforme o doutrinador que dele cuida, já havendo sido chamado de poder constituinte constituído, poder constituinte derivado, poder constituinte instituído ou poder constituinte de segundo grau" (MENDES et ai, 2009, p. 204-205)

Incorretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - O poder constituinte derivado, ou de revisão ou reforma, caracteriza-se por ser inicial, autônomo e incondicionado, corporificando-se por meio de instrumento denominado emenda constitucional.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 198

Doutrina - "São cinco as tradicionais características apontadas pela doutrina para o poder constituinte originário: trata-se de um poder político, inicial, incondicionado, permanente e ilimitado (ou autônomo)". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 81)

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Direito. ANATEL - Mutações constitucionais são al­terações no texto da CF decorrentes de novos cenários na ordem econômica, social e cultural do país.

Doutrina - "As denominações mutações constitucionais descrevem o fenômeno que se verifica em todas as Constituições escritas, mormente nas hígidas, em decorrência do qual ocorrem contínuas, silenciosas e difusas modificações no sentido e no alcance conferidos às normas constitucionais, sem que haja modificação na letra de seu texto. (...) As mutações constitucio­nais resultam do evoluir dos costumes, dos valores da sociedade, das pressões exercidas pelas novas exigências econômico sociais, que terminam por ensejar a atualização do modo de se enxergar e interpretar uma regra constitucional" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 576)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - O poder constituinte originário esgota-se quando é editada uma constituição, razão pela qual, além de ser inicial, incondicionado e ilimitado, ele se caracteriza pela temporariedade.

Doutrina - "Ressalte-se, ainda, que o Poder Constituinte é permanente, pois não desaparece com a realização de sua obra, ou seja, com a elaboração de uma nova Constituição. Como afirmado por Sieyès, o Poder Constituinte não esgota sua titularidade, que permanece latente, manifestando-se.novamente mediante uma nova Assembléia Nacional Constituinte ou um ato revolucionário" (MORAES, 2005. p. 23)

CESPE. 2008. Anaiista de Controle Externo. Área: Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO - O fenômeno de reforma da Constituição por meio da alteração formal do seu texto é denominado m utação constitucional.

Doutrina - "As mutações constitucionais nada mais são que as alterações semânticas dos preceitos da Constituição, em decorrência de modificações no prisma hístórico-social ou fático- axiológico em que se concretiza a sua aplicação". (MENDES et alr 2009, p. 122)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O poder de reforma é criado pelo poder constituinte originário e se confunde com ele ao estabelecer o procedim ento a ser seguido para as alterações constitucionais e as lim itações a serem observadas.

■ Doutrina . - "O poder de reforma - expressão que inclui tanto o poder de emenda comoo poder de revisão do texto (art. 3.° do ADCT) ~ é, portanto, criado pelo poder constituinte originário, que lhe estabelece o procedimento a ser seguido e limitações a serem observadas" (MENDES et al, 2007, p. 203)

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;

Correta _

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O início da tramitação de proposta de emenda constitucional cabe tanto ao Senado Federal quanto à Câmara dos Deputados, pois a CF confere a ambas as casas o poder de iniciativa legislativa.

Jurisprudência do STF - " O início da tramitação da proposta de emenda no Senado Federal está em harmonia com o disposto no art..60, inciso I da Constituição Federal, que confere poder de iniciativa a ambas as Casas Legislativas". (ADi 2.031, Rei. Min. Ellen Gracie, julgamento em 03-10-2002, DJ de 17-10-2003)

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199 TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO. 00S PODERES

II - do Presidente da República;III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Corretas

CESPE. 2010. Advogado. BRB - É admissível emenda à'Constituição Federal de 1988 (CF) mediante proposta de mais da metade das assembieias legislativas das unidades da Federação, desde que haja manifestação, em cada uma delas, da maioria relativa de seus membros.

CESPE. 2003. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA ~ As assembieias legislativas estaduais podem propor emendas à Constituição Federal, desde que a proposta seja feita por mais da metade do total das assembieias legislativas e por maioria relativa dos membros de cada uma delas.

Incorretas

CESPE. 2010. Administrador. MPS - Cabe emenda à Constituição Federal de 1988 (CF) me­diante proposta de mais da metade das assembieias legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma deias, pela maioria absoluta de seus membros.

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF poderá ser emenda­da mediante proposta de um terço das assembieias legislativas, das uniaades da Federação, mediante a maioria relativa de seus membros.

§ X.° - A Constituição não poderá ser emendada na vi­gência de intervenção federal, de estado de defesa ou deestado de sítio.

Incorreta ................. .................

CESPE. 2003. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - A Constituição Federal não pode seremendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio,salvo se houver prévia anuência dos líderes partidários e da mesa do Congresso Nacional.

§ 2.° - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, ern ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TST - Considere a situação hipotética em que o Congresso Nacional tenha aprovado emenda à CF, apresentada peio presidente da República, determinando a revogação do parágrafo único do art. 7.° do texto constitucional, que exciui dos empregados domésticos vários dos direitos assegurados aos demais traba­lhadores. Considere, ainda, que, após a promulgação da emenda, um partido poiítico tenha ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), postulando a invalidação da emenda por motivo de violação de cláusula pétrea. Com relação a essa situação, para ter sido aprovada, a referida emenda à CF precisou obter, em cada casa do Congresso Nacional, a aprovação de, no mínimo, 60% dos membros que a compõem.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS.; EXAMINADORAS

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - No Brasii, o poder de emendar a Consti­tuição só se concretiza quando a proposta de emenda reúne, entre outros requisitos, o voto favorável de três quintos dos membros de cada casa do Congresso Nacional e em dois turnos de votação em cada uma deias.

§ 3.° - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como respectivo número de ordem.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Prescinde de sanção do presidente da Repúbíica emenda constitucional que tenha sido regularmente aprovada no Congresso Nacional.

Doutrina - "As propostas de emenda à Constituição não se submetem à sanção ou veto do Chefe do Executivo. Aprovadas nos termos do procedimento estabelecido no art. 60, § 2°, da Constituição, são elas diretamente promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Desse modo, podemos concluir que a única participação do Chefe do Poder Executivo federal no processo de emenda da Constituição ocorre, se for o caso, no momento da iniciativa, uma vez que ele é um dos legitimados para apresentar uma proposta de emenda à Constituição" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 593)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - É da competência privativa do chefe do Poder Executivo promulgar e fazer publicar as emendas constitucionais, que, após terem sido aprovadas, são sancionadas pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - A proposta de emenda constitucional deve ser discutida e votada em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, e será considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros e for promulgada após a respectiva sanção presidencial.

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - A Constituição Federai a tribu i ao presidente da República competência para sancionar ou vetar emendas ao texto constitucional.

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Em regra, a emenda à Constituição é promulgada pelas mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e submetida à sanção presidencial se tiver sido proposta pelo presidente da República.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - As emendas à CF devem ser sancionadas pelo presidente da República em até 15 dias úteis, sob pena de concordância tácita.

§ 4.° ~ Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

Correta _ _ _ _ _ _

CESPE. 2007. Anaiista .de Controle Externo. TCU - A Constituição Federai de 1988 (CF) é considerada pela maior parte da Doutrina constitucionalista como uma constituição rígida. Há, no entanto, visão que - atentando para o fato de a CF ter um núcleo imutável, que não se submete a modificações nem mesmo por emenda - a classifica como super-rígida.

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pMIY? TITULO IV - OA ORGANIZAÇÃO OOS' PODERES' ;. ' •

incorretas. _ _____

CESPE. 2010. Anaiisfa Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Não será objeto de deli­beração a proposta de emenda tendente a abolir a form a republicana de governo.

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - O ordenamento jurídico nacional admite o controie concentrado ou difuso de constitucionaiidade dé normas produzidas tanto pelo poder constituinte originário, quanto pelo derivado.

Jurisprudência do STF - "A tese de que há hierarquia entre normas constitucionais originárias dando azo à declaração de inconstitucionalidade de umas em face de outras e incompossível com o sistema de Constituição rígida. - Na atuai Carta Magna 'compete ao Supremo Tribunal Federal, predpuamente, a guarda da Constituição'(artigo 102,'caput'), o que implica dizer que essa jurisdição lhe é atribuída para impedir que se desrespeite a Constituição como um todo, e não para, com relação a ela, exercer o papel de fiscal do Poder Constituinte originário, a fim de verificar se este teria, ou não, violado os princípios de direito suprapositivo que ele próprio havia incluído no texto da mesma Constituição. - Por outro lado, as cláusulas pétre­as não podem ser invocadas para sustentação da tese da inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em face de normas constitucionais superiores/porquanto a Consti­tuição as prevê apenas como limites ao Poder Constituinte derivado ao rever ou ao emendar a Constituição elaborada peio Poder Constituinte originário, e não como abarcando normas cuja observância se impôs ao próprio Poder Constituinte originário com reiação as outras que não sejam consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam ser emendadas. Ação não conhecida por impossibilidade jurídica do pedido".

X - a forma federativa de Estado;

Corretas

CESPE. 2010. Administrador. SWPS ~ A forma federativa de estado, caracterizada peia divisão territorial do poder, foi gravada na CF como cláusuia pétrea.

CESPE. 2010. Administrador. ft/IPS - A substituição da União, dos estados, do Distrito Fe­derai (DF) e dos municípios por um único ente central somente seria possível por um poder constituinte originário.

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de inteligência. ABIN - O direito de secessão somente pode ocorrer por meio de emenda à CF, discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, sendo ela considerada aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - A República Federativa do Brasil adm ite o direito de secessão, desde que esta se faça p o r meio de emenda à CF, com três quintos, no mínimo, de aprovação em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A indissoiubiiidade da fe­deração brasileira pode ser afastada po r meio de plebiscito autorizatívo da cisão.

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;III - a separação dos Poderes;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

IV - os direitos e garantias individuais.

Incorretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - Pode ser objeto de emenda constitucional a proposta tendente a aboíir o direito de petição aos poderes públicos ou a obtenção de certidões em repartições públicas.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TS T - Considere a situação hipotética em que o Congresso Nacional tenha aprovado emenda à CF, apresentada peío presidente da República, determinando a revogação do parágrafo único do art. 7 ° do texto constitucional, que exclui dos empregados domésticos vários dos direitos assegurados aos demais traba­lhadores. Considere, ainda, que, após a promulgação da emenda, um partido político tenha ingressado no Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), postulando a invalidação da emenda por motivo de violação de cláusula pétrea. Com relação a essa situação, o referido partido político está correto ao sustentar que a emenda constitucional acima mencionada viola cláusula pétrea.

D outrina - "Quanto aos direitos de índole trabalhista, Ives Gandra Martins Fiiho, depois de assinalar que a Constituição 'admitiu a possibilidade da flexibilização de direitos como instrumento de adequação da norma à realidade fática em que se vive', recusa que possam configurar cláusulas pétreas, afirmando que, 'na realidade, o que se assegura ao trabalhador é o direito a um salário justo e uma jornada de trabalho limitada, mas a quantificação desse direito é suscetível de adequação às circunstâncias de cada momento". (MENDES et a!, 2009, p. 258)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF ~ Todos os direitos e garantias fundamentais previstos na CF foram inseridos no rol das cláusulas pétreas.

Jurisprudência do STF - "O § 4°, inciso IV do art. 60 da Constituição veda a deliberação quanto à proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias individuais". (ADI 2.666, Rei. Min. Ellen Gracie, julgamento em 03-10-2002, DJ de 06-12-2002)

§ 5.° - A matéria constante de proposta de emenda rejeita­da ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Correta

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TG - A matéria constante de proposta de emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada só pode ser objeto de nova pro­posta na mesma sessão legislativa mediante iniciativa da maioria absoluta dos membros de qualquer das casas do Congresso Nacional.

Subseção III Das Leis

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,

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203.. TÍTULO iV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repú­blica e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

Corretas _ _ ■ L ;

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito.TCE/AC - O procurador-geral da República tem competência para propor projeto de iei ordinária ou. complementar.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O constituinte estadual não pode estabelecer hipóteses nas quais seja vedada á apresentação de projeto de lei pelo chefe do poder executivo estadual sem que isso represente ofensa ao princípio da harmonia entre os poderes.

Jurisprudência do STF - " O constituinte estadual não pode estabelecer: hipóteses nas quais seja vedada a apresentação de projeto de lei pelo Chefe do Executivo sem que isso represente ofensa à harmonia entre os Poderes". (ADI 572, Rei. Min. Eros Graü, julgaménto em 28-06-2006, DJ de 09-02-2007) .•

Incorreta

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A iniciativa legislativa, no que diz respeito à criação de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais, cabe ao chefe do poder executivo respectivo, uma vez que se trata de matéria administrativa e não jurisdicionaL

Jurisprudência do STF - " A iniciativa legislativa, no que respeita à criação de conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais, cabe ao Poder Judiciário. A deflagração do processo íegislativo peío Chefe do Poder Executivo consubstancia afronta ao texto da Constituição do Brasil [artigo 61, § 1.°]. Cumpre ao Poder Judiciário a administração e os rendimentos referentes à conta única de depósitos judiciais e extrajudiciais. Atribuir ao Poder Executivo essas funções viola o disposto no artigo 2.° da Constituição do Brasii, que afirma a interde­pendência ~ independência e harmonia - entre o Legislativo, o Executivo e o judiciário. Ação direta julgada procedente para deciarar a inconstitucionalidade da Lei n.° 15.010, do Estado de Goiás. O Tribunal, por maioria, modulou os efeitos da declaração de inconstitucionalidade para dar efetividade à decisão 60 [sessenta] dias após a publicação do acórdão". (ADI 3.458, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 21-02-2008, DJE de 16-05-2008)

§ 1.° - São de iniciativa privativa do Presidente da Repú­blica as leis que:I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;II - disponham sobre:a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua re­muneração;

Correta

CESPE. 20Ô7. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O presidente da República apresentou projeto de lei que amplia para 10% o percentual de vagas destinadas a pessoas portadoras de deficiência nos concursos públicos para a administração federal. Esse projeto é de iniciativa privativa do presidente da Repúbíica, em virtude da matéria que ele reguia.

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C F ANOTADA PELAS SANCAS EXAMINADORAS J 2 Ò 4 ; ;

Jurisprudência do STF - "O § 1.° do art. 61 da Lei Republicana confere ao Chefe do Poder Executivo a privativa competência para iniciar os processos de elaboração de diplomas legis­lativos que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na Adminis­tração Direta e Autárquica, o aumento da respectiva remuneração, bem como os referentes a servidores públicos da União e dos Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria (alíneas a e c do inciso II do art. 61)". (AD! 1.470, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 14-12-2005, DJ de 10-03-2006)

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - Norma estadual de iniciativa parla­mentar que conceda melhoria remuneratória aos policiais militares do estado é constitucional, já que é atribuição do estado-membro legislar sobre m atéria de interesse dos polic ia is m ilitares do estado, e fo i observado 0 modelo estabelecido para a esfera federa i

Jurisprudência do STF - "É inconstitucional a norma de Constituição do Estado-membro que disponha sobre valor da remuneração de servidores policiais militares" (ADI 3.555, Rei. Min. Cezar Peíuso, julgamento em 04-03-2009, Plenário, DJE de 08-05-2009)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - É constitucional lei de ini­ciativa de deputado estadual criadora de gratificação na secretaria de saúde do estado.

i jurisprudência do STF - "O § 1.° do art. 61 da Lei Republicana confere ao Chefe do Poder Executivo a privativa competência para iniciar os processos de elaboração de diplomas legis­lativos que disponham sobre a criação de cargos, funções ou empregos públicos na Adminis­tração Direta e Autárquica, o aumento da respectiva remuneração, bem como os referentes a servidores públicos da União e dos Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria (alíneas a e c do inciso II do art. 61). Insistindo nessa linha de opção política, a mesma Lei Maior de 1988 habilitou os presidentes do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e dos Tribunais de Justiça a propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxíliares e dos juizes que lhes forem vinculados, tudo nos termos da alínea b do inciso II do artigo 96. A jurisprudência desta Casa de Justiça sedimentou o entendimento de ser a cláusula da reserva de iniciativa, inserta no § 1.° do artigo 61 da Constituição Federal de 1988, corolário do princípio da se­paração dos Poderes. Por isso mesmo, de compulsória observância pelos estados, inclusive no exercício do poder reformador que lhes assiste Constituição e o Supremo". (AD! 3.061, Rei, Min. Carios Britto, julgamento em 05-04-2006, DJ de 09-06-2006)

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/ES - A sanção do governador a projeto de lei de iniciativa de deputado estadual que disponha sobre reajuste de defensores públicos estaduais sana a inconstitucionalidade formal.

Jurisprudência do STF - "Inconstitucionalidade formal frente à EC 01/69, que exigia, em seu art. 57, a iniciativa do Chefe do Poder Executivo, em se tratando de lei financeira. Exigência que, conforme a jurisprudência do STF, não é suprida por haver-se verificado a sanção da lei municipal. Precedentes. Recurso conhecido e provido para declarar inconstitucional a Lei Municipal 751/84, em face da EC 01/69". (RE 118.585, Rei. Mín. limar Galvão, DJ de 18-06-1999, p. 22)

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;

Incorretas

CESPE. 2009. Anaiista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Ofende a CF lei oriunda de projeto elaborado na assembleia legislativa estadual que trate sobre matéria tributária, uma vez que tal iniciativa é privativa do chefe do poder executivo estadual.

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^205/- TÍTULO iV - DA ORGANIZAÇÃO DÓS PODERES

. Jurisprudência do STF■ - "Ação direta de inconstitucionalidade. Lei n.° 553/2000, do Estado do Amapá. Desconto no pagamento antecipado do IPVA e parcelamento do vaior devido. Benefícios tributários. Lei de iniciativa parlamentar, ausência de vício formal. Não ofende o art. 61, § 1.°, IS, b da Constituição Federal lei oriunda de projeto elaborado na Assembléia Legislativa estadual que trate sobre matéria tributária, uma vez que a aplicação deste dispo­sitivo está circunscrita às iniciativas privativas do Chefe do Poder Executivo Federal na órbita exclusiva dos territórios federais" (ADi 2.464, Rei. Min. Elien Grade, julgamento em 11 -04-2007, DJ de 25-05-2007)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - A CF atribui ao presidente da República iniciativa reservada no que concerne a leis sobre m atéria tributária. '

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O presidente da Repúbli­ca tem in icia tiva privativa para apresentação de projeto de lei que vise à concessão de isenção tributária de taxa jud ic ia l. . - •

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - O deputado federal X propôs projeto de lei ordinária cujo objeto prevê a possibilidade, .de parcelamento de débitos tribu­tários com a fazenda federal. Esse projeto foi aprovado e, depois de vetado pelo presidente da República por ilegalidade, foi devidamente promulgado. O projeto de lei em questão é formalmente inconstitucional, p o r vício de in iciativa cuja competência privativa é do presidente da República.

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentado­ria; (.Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)

incorreta

CESPE. 2003. Técnico de Controle Externo. Apoio Técnico e Administrativo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Não haverá vício formai em projeto de lei ordinária, de iniciativa parlamentar, que vise disciplinar a aposentadoria dos respectivos servidores públicos.

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A Jurispru­dência do STF firmou-se no sentido de que não gera inconstitucionalidade formai a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Ministério Público estadual que importa aumento de despesa, {ver também art. 127, § 2 ° , da CF)

Jurisprudência do STF -"Ação direta de inconstitucionalidade. Medida cauteiar. Lei comple­mentar estadual. Iniciativa do Ministério Público estadual. Emenda parlamentar. Aumento de despesa, inconstitucionalidade formal. Fumus boni iuris e pericullum in mora. Cauteiar deferida. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que gera inconstitucionalidade formal a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Ministério Público estadual que importa

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aumento de despesa. Precedentes". (ADi 4.075-MC, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 04-06-2008, Plenário, DJE de 20-06-2008). No mesmo sentido: ADi 4.062-MC, Rei. Min: Joaquim Barbosa, julgamento em 04-06-2008, Plenário, DJE de 20-06-2008.

C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 206 i

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administra­ção pública, observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O presidente da República tem competência para iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos na CF, bem como para, mediante decreto, dispor sobre a criação e extinção de órgãos públicos.

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Compete privativam ente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de órgãos públicos, (ver também a r t 84, VI, da CF)

f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, pro­vimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. {Incluída pela Emenda Constitucional n,° 18, de 1998)

§ 2.° - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresen­tação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, dis­tribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A CF prevê a hipótese de iniciativa popular, que pode ser exercida pela apresentação, à Câmara dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 10% dos eleitores de qualquer estado da Federação.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judkiáda. STF - A CF, conforme seu próprio texto, pode ser emendada po r meio de in iciativa popular, desde que o projeto seja subscrito, por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído por, pelo menos, cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de emenda à Constituição subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada um deles.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Para a participação popular no processo legislativo, quando relativa à apresentação de propostas de emenda à CF, exige-se que 3% do eleitorado subscrevam a proposta.

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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°$2, de 2001)

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário, Área Administrativa. STF - Governadores e prefeitos po­dem editar medidas provisórias, desde que exista previsão na constituição estadual ou na lei orgânica municipal, sendo obrigatória a observância do modelo; básico adotado pela CF.

Jurisprudência do STF - "No julgamento, da ADi 425, rei. Min. Maurício Corrêa, DJ 19-12-03, o Plenário desta Corte já havia reconhecido, por ampla maioria, a. constitucionaiidade da instituição de medida provisória estadual, desde que, primeiro, esse instrumento esteja ex­pressamente previsto na Constituição do Estado e, segundo, sejam observados os princípios e as limitações impostas pelo modelo adotado pela Constituição Federal, tendo em vista a necessidade da observância simétrica do processo legislativq federal.. Outros precedentes: ADi 691, rei. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 19-6-92 e ADI 812-MC, rei. Min. Moreira Alves, DJ 14-5- 93. Entendimento reforçado pela significativa indicação na Constituição Federai, quanto a essa possibilidade, no capítulo referente à organização e à. regência dos Estados, da competência desses entes da Federação para 'explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação' (art. 25, § 2.°}. Ação direta cujo pedido formulado se julga improcedente". (ADi 2.391, Re!. Min. Eilen Gracie, julgamento em 16-08-2006, Plenário, DJ de 16-03-2007)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Os estados podem editar medidas provisórias na respectiva esfera de competência legislativa, desde que haja previsão para tanto na respectiva constituição estadual.

Jurisprudência do STF - "Ação direta de inconstitucionalidade. Artigo 51 e parágrafos da Constituição do Estado de Santa Catarina. Adoção de medida provisória por estado-membro. Possibilidade. Artigos 62 e 84, XXVI da Constituição Federal. Emenda constitucional 32, de 11-9-01, que alterou substancialmente a redação do art. 62. Revogação parcial do preceito impugnado por incompatibilidade com o novo texto constitucional. Subsistência do núcleo essencial do comando examinado, presente em seu caput. Aplicabilidade, nos estados-membros, do processo legislativo previsto na Constituição Federal. Inexistência de vedação expressa quanto às medidas provisórias. Necessidade de previsão no texto da carta estadual e da estrita obser­vância dos princípios e limitações impostas pelo modelo federal. Não obstante a permanência, após o superveniente advento da Emenda Constitucional 32/01, do comando que confere ao Chefe do Executivo Federal o poder de adotar medidas provisórias com força de lei, tornou-se impossível o cotejo de todo o referido dispositivo da Carta catarinense com o teor da nova redação do art. 62, parâmetro inafastável de aferição da inconstitucionalidade argüida. Ação direta prejudicada em parte". (ADI 2.391, Rei. Min. Elien Gracie, DJ de 16-03-2007)

CESPE. 2007. Anaiista de Controle Externo. TCU - As MPs produzem, ao serem editadas, pelo menos dois efeitos: o efeito inovador da ordem jurídica e o efeito provocador do Congresso Nacional para que este delibere sobre o assunto.

Jurisprudência do STF - "A edição de Medida Provisória gera dois efeitos imediatos. O primei­ro efeito é de ordem normativa, eis que a Medida Provisória, que possui vigência e eficácia imediatas, inova, e‘m caráter inaugural, a ordem jurídica. O segundo efeito é de natureza ritual, eis que a publicação da Medida Provisória atua como verdadeira provocatio ad agendum, es­timulando o congresso nacional a instaurar o adequado-procedimento de conversão em lei". (ADI 293-MC, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 06-06-1990, DJ de 16-04-1993)

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Ç F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 2 0 8 ;.

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - Um conceito váiido de MP é aquele que a entende como um ato normativo primário, sob condição resolutiva, de caráter excepcional no quadro da separação dos poderes.

Doutrina - "Em resumo, as medidas provisórias são atos normativos primários, sob condição resolutiva, de caráter excepcional no quadro da separação dos Poderes, e, no âmbito federal, apenas o Presidente da Repúbíica conta o poder de editá-ias". (MENDES et ai, 2009, p. 926)

Incorretas

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - Governadores de estado não podem editar medidas provisórias, pois nãó existe nenhum a previsão legal para ta l ato. (ver também ADI 2.391, STF, supra)

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - Medidas provisórias podem ser editadas pelo presidente da República e pelos senadores.

CESPE. 2009. Agente de investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - Somente o presidente da República pode editar medidas provisórias. (ver também ADI 2.391, STF, supra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ ~ Somente o chefe do Poder Executivo federal, o Presidente da República, pode editar medida provisória, (ver tam ­bém ADI 2.391, STF)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O Poder Judiciário não detém compe­tência para exercer crítica sobre o juízo de existência dos pressupostos da MP, pois eSes são discricionários.

Jurisprudência do STF - "Conforme entendimento consolidado da Corte, os requisitos cons­titucionais legitimadores da edição de medidas provisórias, vertidos nos conceitos jurídicos indeterminados de 'relevância' e 'urgência' (art. 62 da CF), apenas em caráter excepcional se submetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da separação de poderes (art. 2 ° da CF)". (ADI 2.213, Rei. Min. Celso de Mello)

§ 1.° - É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 32, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista de Controie Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia­lidade: Direito. TCE/TO - O presidente da Repúbíica pode editar medida provisória dispondo acerca da fidelidade partidária.

b ) direito penal, processual penal e processual civil; ( Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

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< 209;; TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DÓS PODERES :;.V

Incorretas ^

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/IVIT ~ é vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria reiativa a direito civil.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - É constitucional medida provisória que discipline o trâmite da ação rescisória no âmbito.da justiçando trabalho, desde que se atente para os limites materiais da CF, tais como a ampla defesa elo contraditório.

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Públi­co, a carreira e a garantia de seus membros; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001) "

Incorreta _ . — _ .

CESPE. 2007. Analista de Controie Externo. TCU - É possível regular po r MP matéria que a Constituição reserva à iniciativa legislativa exclusiva dos Poderes Legislativo ou Judiciário ou mesmo a outros órgãos como o Ministério Público e o tribuna! de contas, pois não há, quanto a isso, vedação constitucional explícita.

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3.°; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°32, de 2001)II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)III - reservada a lei complementar; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Segurança Judiciária. TRE/BA ~ Para matérias reservadas a lei complementar, ao presidente da República é vedado editar medida provisória.

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Con­gresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista. Especialização: Advocacia. SERPRO - O deputado federal X propôs projeto de lei ordinária cujo objeto prevê a possibilidade de parcelamento de débitos tributários com a fazenda federai. Esse projeto foi aprovado e, depois de vetado pelo presidente da Repú­

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blica por ilegalidade, foi devidamente promulgado. No momento em que o referido projeto foi encaminhado para sanção, o presidente da República, se entendesse preenchidos os requisitos legais, em vez de vetá-lo, poderia editar uma medida provisória sobre a mesma matéria.

gg§|ffffp|j|| CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 210 :

§ 2° - Medida provisória que implique instituição ou ma­joração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153,1, II,IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em Iei até o último dia daquele em que foi editada. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n,° 32, de 2001)

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Medida provisória não constituí instrumento adequado a ser editado em janeiro de 2008 para criar tributo que só será cobrado em 2009.

§ 3.° - As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em Iei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7.°> uma vez por igual período, devendoo Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - As medidas provisórias perderão a eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trin ta dias a contar de sua publicação, devendo o Congresso Naciona! disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - As medidas provisórias não convertidas em iei no prazo constitucional perdem a eficácia a p a rtir do ato declaratório de encerramento do prazo de sua vigência.

§ 4.° - O prazo a que se refere o § 3.° contar-se-á da pu­blicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)§ 5.° - A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

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TÍTULO IV ~ DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES..

§ 6.° ~ Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)§ 7.° - Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)§ 8.° - As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 32, ãe 2001)§ 9.° - Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)§ 10. - É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciario. Execução de Mandados. TRT/BA - A CF veda expressa­mente a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Incorretas

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será perm itida apenas uma vez, p o r igua l período.

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo será perm itida apenas uma vez, po r igual período.

§ 11 - Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3.° até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar- se-ão por ela regidas. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMÍNADORAS

§ 12 - Aprovado pro jeto de ie i de conversão alterando o texto o rig in a l da m edida p ro visó ria , esta m anter-se-á in ­tegralm ente em vig o r até que seja sancionado ou vetadoo pro jeto . (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - A medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional com alterações é transformada em projeto de iei de conversão e deve ser prom ulgada pelo presidente do Senado, independentemente de sanção ou veto do presidente da República.

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente daRepública, ressalvado o disposto no art. 166, § 3.° e § 4.°;II - nos projetos sobre organização dos serviços adminis­trativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD FT - A cláusula constitucional que atribui exclusividade ao Tribunal de Justiça para instaurar o processo legislativo em maté­ria de organização e divisão judiciárias do estado não impede os parlamentares de proporemendas ao respectivo projeto de lei. Nesse sentido, o referido projeto pode sofrer emendas parlamentares que acarretem, inclusive, aumento da despesa prevista.

.Jurisprudência do STF O projeto de lei sobre organização judiciária pode sofrer emendas parlamentares de que resulte, até mesmo, aumento da despesa prevista. O conteúdo restritivo da norma inscrita no art. 63, II, da Constituição Federal, que concerne exclusivamente aos serviços administrativos estruturados na secretaria dos tribunais, não se apíica aos projetos referentes à organização judiciária, eis que as limitações expressamente previstas, nesse tema, pela Carta Política de 1969 (art. 144, § 5.°, in fine), deixaram de ser reproduzidas pelo vigente ordenamento consti­tucional". (ADI 865-MC, Rei- Min. Celso de Meilo, julgamento em 07-10-1993, DJ 08-04-1994)

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de ini­ciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - Em regra, a tramitação de processo legislativo de proposta encaminhada pelo presidente da República inicia-se no Senado Federal.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A tramitação de projetos de lei de iniciativa do STF, dentro do modelo bicameral, será in iciada no Senado Federai

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§ 1.° - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.§ 2.° - Se, no caso do § 1.°, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo consti­tucional determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001) ~§ 3.° - A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias, ob­servado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.§ 4.° - Os prazos do § 2.° não correm nos períodos de re­cesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será re­visto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Incorreta _

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O Congresso Nacional é formado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, o que aponta para a opção pelo pluricameralismo feita pela Assembíeia Nacional Constituinte. Contudo, a elaboração de deter­minadas leis é da competência exclusiva de apenas uma das casas, ou seja, elas não necessitam ser referendadas pela outra .

: D outrina■ ~ "O Poder Legislativo Federal é bicameral e exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos deputados e do Senado Federal, diferentemente dos estaduais, distritais e municipais, onde á consagrado o unicameralismo". (MORAES, 2005, p. 372)

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O presidente da República apresentou projeto de lei que amplia para 10% o percentual de vagas destinadas a pessoas portadoras de deficiência nos concursos públicos para a administração federal Se esse projeto for rejeitado pela Câmara dos Deputados, o presidente da República poderá recorrer ao Senado Federa! contra essa decisão.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que, aquiescendo, o sancionará.

. TÍTULO iV - DA ORGANIZAÇÃO’ DOS PODERES ' • ' •.. : ' ;■

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§ 1.° - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao in­teresse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto,§ 2.° - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.§ 3.° - Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

Incorreta

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/ftfiT - Decorrido o prazo de quinze dias para o exame do projeto de íeí aprovado pelo Congresso Nacional, o silêncio do presidente da República importará veto, em razão da impossibilidade de ocorrer sanção tácita.

§ 4.° - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.

Incorreta . -

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Considere-se que o presidente da República tenha vetado integralmente um projeto de lei, que retornou ao Congresso Nacional, com as razões do veto. Nessa situação, é correto dizer que, se o veto for apreciado pelo Congresso Nacional no prazo de quinze dias a contar de seu recebimento, ele só poderá ser rejeitado peío voto de dois terços dos deputados e senadores.

§ 5.° - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.

Correta

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TQ - Considere-se que o presidente da Repú­blica tenha vetado integralmente um projeto de lei, que retornou ao Congresso Nacional, com as razões do veto. Nessa situação, se o veto não for mantido, o projeto de iei será enviado, para promulgação, ao presidente da República, que, nesse caso, não poderá mais optar por sancioná-lo ou novamente vetá-lo.

§ 6.° - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4.°, o veto será colocado na ordem do dia da sessão ime­diata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ;'-.2T4 .

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§ 7.° - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos §3.° e § 5.°, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado so­mente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. ■ ;§ 1.° - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/RJ - O Congresso Nacional pode delegar ao presidente da República a edição de lei acerca da organização do Poder Judiciário, desde que o Poder Executivo tenha uma comissão de reforma do Poder Judiciário,

; 215, •• TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES •

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orça­mentos.

§ 2.° - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.§ 3.° - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.

Correta

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - No que se refere a leis delegadas, se a resolução determinar a apreciação do projeto de lei pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, sendo vedada qualquer emenda.

Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maio­ria absoluta.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TS T - Considere que, em uma sessão do Senado Federal, que é composto por 81 membros, estivessem presentes 71 senadores e tenha havido exatos 36 votos pela aprovação de determinado projeto de iei complementar. Nessa situação, é correto concluir que o referido projeto foi rejeitado.

Seção XX DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL,

FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentá­ria, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacio­nal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

Corretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - A fiscalização financeira, contábil, orçamen­tária, operacional e patrimonial exercida pelo Poder Legislativo estadual analisa, entre outros aspectos, a legalidade dos atos geradores de receita ou determinantes de despesas, os de que resultem o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações, bem como o cumprimento dos procedimentos, das competências, das responsabilidades e dos encargos dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Entre os vários crité­rios adotados para classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e externo, dependendo de o órgão que o exerça integrar ou não a própria estrutura em que se insere o órgão controlado. Nesse sentido, o controie externo é exercido por um poder sobre o outro, ou peia administração direta sobre a indireta.

D outrino - "O controle ainda pode ser interno ou externo, consoante decorra de órgão integrante ou não da própria estrutura em que se insere o órgão controlado. É interno o controle que cada um dos Poderes exerce sobre seus' próprios atos e agentes. É externo o controle exercido por um dos Poderes sobre o outro; como também o controle da Adminis­tração Direta sobre a Indireta". {Dl PIETRO, 2007, p. 672)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A aplicação das subvenções e as renúncias de receitas estão entre os atos sujeitos à fiscalização do con­trole externo.

Incorreta

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Os tribunais de contas são órgãos titulares do controle externo contábil, financeiro, orçamentário, operacional e patrimonial do Estado, aos quais fo i deferido no texto constitucional o exercício do controle político da administração.

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Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza, pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional n,° 19, dé 1998)

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacio­nal, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

Corretas _ _ ^ ' * . ; ~

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Administração Pública e/ou Empresas. TCE/AC - A CF, ao estender aos tribunais è conselhos de contas dos estados, do Distrito Federai e dos municípios as disposições aplicáveis no âmbito da União, destacou, como um dos aspectos objeto do controie, a legitimidade, que envolve diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o exame da legalidade. . ; -

Doutrina - "Controle de legitimidade, que a Constituição tem corno diverso da legalidade, de sorte que parece assim admitir exame de mérito a fim de verificar se determinada despesa. Embora não ilegal, fora ilegítima, tal como atender a ordem de prioridade, estabelecida no plano plurianual" {Dl PIETRO, 2007, p. 687)

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Uma das funções de competência dos TSE, como definido na CF, é a de ouvidor, caracterizada pelo recebimento de denúncias de irregularidades ou ilegalidades formuladas tanto pelos responsáveis pelo controle interno como por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato.

■ ^D o u tr in a ~ "O controle externo foi consideravelmente ampliado na atual Constituição, conforme se verifica por seu artigo 71. Compreende as funções: de ouvidor, quando recebe denúncia de irregularidades ou ilegalidades, feita pelos responsáveis pelo controle interno ou por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato". {Dl PIETRO, 2007, p. 653)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Os tribunais de contas não podem determinar a quebra de sigilo bancário de administrador público investigado por superfaturamento de preço praticado em licitação, no âmbito do controle externo realizado.

Jurisprudência do STF - "A Lei Complementar n. 105, de 10-1-01, não conferiu ao Tribunal de Contas da União poderes para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil. O legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário (art. 3.°), ao Poder Legislativo Federal (art. 4.°), bem como às Comissões Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Fede­ral ou do plenário de suas respectivas Comissões Parlamentares de Inquérito (§§ 1 e 2.° do art 4.°). Embora as atividades do TCU, por sua natureza, verificação de contas e até mesmo o julgamento das contas das pessoas enumeradas no artigo 71, II, da Constituição Federai, justifiquem a eventual quebra de sigilo, não houve essa determinação na lei específica que tratou do tema, não cabendo a interpretação extensiva, mormente porque há princípio cons­titucional que protege a intimidade e a vida privada, art. 5.°, X, da Constituição Federai, no qual está inserida a garantia ao sigilo bancário (...)". (MS 22.801, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-03-2008)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - Pela aplicação da teoria dos poderes implícitos, o STF reconhece ao TCU a competência para conceder medidas cautelares no exercício das atribuições que lhe foram fixadas na CF.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .218

Jurisprudência do STF -"Inexistência de direito líquido e certo. O Tribunal de Contas da União tem competência para fiscalizar procedimentos de licitação, determinar suspensão cauteiar (artigos 4.° e 113, § 1.° e 2 ° da Lei n.° 8.666/93), examinar editais de licitação publicados e, nos termos do art. 276 do seu Regimento interno, possui legitimidade para a expedição de medidas cautelares para prevenir lesão ao erário e garantir a efetividade de suas decisões)". (MS 24.510/DF, Rei. Min. Eílen Gracie, DJ de 19-03-2004, p. 18).

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - João, servidor público federal, obteve, mediante ação judicial transitada em julgado, determinada vantagem pecu­niária que, cerca de 15 anos depois, foi incorporada aos proventos da sua aposentadoria. O TCU, ao examinar a concessão da aposentadoria, determinou a suspensão do pagamento da parcela, arguindo estar em conflito com jurisprudência pacífica do STF. Considerando essa situação hipotética, para impedir o ato do TCU, a defesa de João deve argüir o princípio da segurança jurídica.

Jurisprudência do STF - "Constitucional. Servidor Público. Vantagem deferida por sentença judiciai transitada em julgado. Tribunal de Contas: determinação no sentido da exclusão da vantagem. Coisa julgada: ofensa. CF, art. 5.°, XXXVI. Vantagem pecuniária incorporada aos proventos de aposentadoria de servidor público, por força de decisão judicial transitada em julgado: não pode o Tribunal de Contas, em caso assim, determinar a supressão de tal vanta­gem, por isso que a situação jurídica coberta pela coisa julgada somente pode ser modificada pela via da ação rescisória". (MS 25.460/DF, Rei. Carlos Velloso, DJ de 10-02-2006)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - No que tange às repercussões da natureza jurídico- -administrativa do. parecer jurídico, o STF entende que: quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, de modo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; por outro lado, quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tai como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e, se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; por fim, quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa, não podendo a decisão do administrador ir de encontro à conclusão do parecer.

Jurisprudência do STF - "Responsabilidade de procurador de autarquia por emissão de parecer técnico-jurídico de natureza opinativa. Segurança deferida. Repercussões da natureza jurídíco- administrativa do parecer jurídico: (i) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vin­cula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar ato de forma divers^ da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; (iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir. No caso de que cuidam os autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter vinculante. Sua aprovação pelo superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, nem o torna parte de ato administrativo posterior do qual possa eventualmente decorrer dano ao erário, mas apenas incorpora sua fundamentação ao ato. Controle externo: É lícito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista à íuz de uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo demonstração de culpa ou erro grosseiro, submetida às instâncias administratívo-disciplinares ou jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu parecer de natureza meramente opinativa". {MS 24.631, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em09-08-2007, DJ de 1 °-02-2008)

CESPE. 20Ó9. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - O TC, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionaiidade das leis e dos atos do poder público, (ver tam bém Súmuia 347 do STF)

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K219^: TITULO !V - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CESPE. 2003. Anaiista de Controie Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Es­pecialidade: Direito. TCE/TO - O Tribunal de Contas da União não tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário. (MS 22.801, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-03-2008, supra)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TR T/B A - O TCU não tem competência para determinar, em tomada de contas especial, a quebr^ de sigilo bancário de empresa acu­sada de superfaturamento de obra pública. (MS 22.801, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-03-2008, supra)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - A função de um ministro de Estado que, nessa qualidade, realiza atividades fiscalizatórias,dentro do órgão administrativo não se confunde com a atuação do TCU. A atuação do TCU é uma atribuição decorrente do controie externo a cargo do Congresso Nacional, enquanto a atuáçãò do ministro decorre do controle interno ínsito a cada Poder. •

Jurisprudência do STF - "Conflito de atribuição inexistente: Ministro de Estado dos Transpor­tes e Tribunal de Contas da União: áreas de atuação diversas e incõnfúndíveís. A atuação do Tribunal de Contas da União no exercício da fiscalização contábil,-firianceira, orçamentária, operacional e patrimonial das entidades administrativas não se confunde com aquela atividade fiscaiizatória realizada pelo próprio órgão administrativo, uma vez que esta atribuição decorre da de controle interno ínsito a cada Poder e aquela, do controle externo a cargo do Congresso Nacional (CF, art. 70). O poder outorgado pelo legislador ao TCU, de deciarar, verificada a ocor­rência de fraude comprovada à licitação, a inidoneidade do licitante fraudador para participar, por até cinco anos, de licitação na Administração Pública Federal (art. 46 da L. 8.443/92), não se confunde com o dispositivo da Lei das Licitações (art. 87), que - dirigido apenas aos altos cargos do Poder Executivo dos entes federativos (§ 3.°) - é restrito ao controle interno da Administração Púbitca e de aplicação mais abrangente. Não se exime, sob essa perspectiva, a autoridade administrativa sujeita ao controle externo de cumprir as determinações do Tribunal de Contas, sob pena de submeter-se às sanções cabíveis". (Pet 3.606-AgR, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21-09-2006, DJ de 27-10-2006)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ ~ É inconstitucional que o TCU mantenha no anonimato o autor das denúncias.

Jurisprudência, do STF - "A Lei 8.443, de 1992, estabelece que qualquer cidadão, partido político ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. A apuração será em caráter sigiloso, até decisão definitiva sobre a matéria. Decidindo, o Tribunal manterá ou não o sigilo quanto ao objeto e à autoria da denúncia (§ 1.° do art. 55). Estabeleceu o TCU, então, no seu Regimento interno, que, quanto à autoria da denúncia, será mantido o sigilo: inconstitucionalidade diante do disposto no art. 5.°, incisos V, X, XXXIII e XXXV, da Constituição Federal". (MS 24.405, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 03-12- 2003, Plenário, DJ de 23-04-2004)

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - O controle externo da execução orçamentária do TST é realizado peío Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU).

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - No intuito de fomentar a segurança dos autores de denúncias de fatos ilícitos praticados no âmbito da administração, os tribunais de contas podem preservar o sigilo do informante. (MS 24.405, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 03-12-2003, Plenário, DJ de 23-04-2004, supra)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Ao TCU, ao Poder Judiciário e ao Poder Legislativo federal foram atribuídos legalmente poderes para deter­minar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil para instruir

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . . ' ' ' 5^220/)

procedimentos de controle externo da administração pública federal, (ver também MS 22.801, Rei. Min. Menezes Direito, ju lgam ento em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-03-2008, supra)

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES -- Compete ao TCU examinar, previamente, a vaiidade de contratos administrativos celebrados pelo poder público.

• Jurisprudência d ó STF - "O art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder Público. Atividade que se insere no acervo de competência da Função Executiva. É in­constitucional norma local que estabeleça a competência do tribunal de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder Público" (ADI 916, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 02*02*2009, Plenário,. DJE de 06-03*2009)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - João, servidor público fe­deral, obteve, mediante ação judicial transitada em julgado, determinada vantagem pecuniária que, cerca de 15 anos depois, foi incorporada aos proventos da sua aposentadoria. O TCU, ao examinar a concessão da aposentadoria, determinou a suspensão do pagamento da parcela, arguindo estar em conflito com jurisprudência pacífica do STF. Considerando essa situação hipotética, para impedir o ato do TCU, a defesa de João deve arguir o princípio da legalidade, (ver também MS 25.460/DF, Rei. Carlos Velloso, DJ de 10-02-2006, supra)

CESPE. 2008. Perito Criminal. SGA/AC - O Tribunal de Contas do Acre pode, cautelarmente, determinar a quebra de sigilo bancário do administrador público que tenha o dever de prestar contas pela utilização de recursos públicos estaduais. (ver também MS 22.801, STF, supra)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - O Poder Judiciário exerce o controle externo da administração com auxílio dos tribunais de contas.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Em denúncia ao TCU, que manteve o sigilo da fonte reveladora das irregularidades administrativas, foi delatada a mal­versação de verbas públicas por membros da direção de tribunal federal. Após apuração, foi imputada multa ao ordenador de despesas. Em razão da natureza jud ic ia l da decisão do TCU, contra ela cabe recurso ao STF.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O TCU, porque dotado de poderes jurisdicionais, detém poder para determ inar a quebra de sigilo bancário de dados constantes em instituições bancárias acerca de pessoas que estejam sendo p o r ele investigadas p o r irregularidade de contas, (ver também MS 22.801, Rei M in . Menezes Direito, ju lgam en to em 17-12-2007, Plenário, DJE de 14-03-2008, supra)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - José aposentou-se, em março de 1997, no cargo de oficial de justiça do TJFU, ocasião em que, após a publicação na imprensa oficial, o procedimento administrativo foi enviado ao TCE/RJ. Em outubro de 2006, a Corte de Contas, sem ouvir José no processo, além de verificar a falta de tempo de serviço para a aposentadoria, julgou inconstitucional a concessão de gratificação por ele recebida, determinando que ela deixasse de ser paga. Ao TCE/RJ, no exercício de suas atribuições, não ê admitido o exame de constitucionaiidade de lei. (ver também Súmula 347 do STF)

Súmula do STF

Súmuia 347 - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a cons- titucionalidade das leis e dos atos do poder público.

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser ela­borado em sessenta dias a contar de seu recebimento;

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fM W - ' ■ TÍTULO IV - DA .ORGANIZAÇÃO DOS PODERES,/- /'

incorretas

CESPE. 2009. Inspetor de Controie Externo - Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia . TCE/RN - O controle externo da administração direta e indireta do estado do Rio Grande do Norte (RN) será exercido pela Assembléia Legislativa com o auxílio do Tribunai de Contas estadual, cabendo a este, entre outras atribuições; jü lg a ra s contas prestadas anualmente pelo governador do estado.

Jurisprudência do STF - "A Constituição Federal é ciara ão determinar, em seu art. 75, que as normas constitucionais que conformam o modelo federai de organização do Tribunai de Contas da União são de observância compuisória pelas Constituições dos Estados-membros. Precedentes. No âmbito das competências institucionais do Tribunal de. Contas, o Supremo Tribunai Federal tem reconhecido a clara distinção entre: 1) a competência para apreciar e emitir parecer prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Chefe do Poder Executivo, especificada no art. 71, inciso i, CF/88; 2) e a competência para julgar as contas dos demais administradores e responsáveis, definida no art. 71, inciso II, CF/88. Precedentes. Na segunda hipótese, o exercício da competência de julgamento peío Tribunal dè Contas não fica su­bordinado ao crivo posterior do Poder Legislativo". (ADI 3.715-MC, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 24-05-2006, DJ de 25-08-2006)

CESPE. 2008. Técnico de Controie Externo. Apoio Técnico e Administrativo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Compete ao Tribunal de Contas da União (TCU) apreciar e julgar as contas do chefe do Poder Executivo, (ver também ADI 3.715-MC, STF, supra)

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

Corretas „ „ - ^ ........ __

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa.TRT/BA - As contas dos responsáveis por recursos públicos no TRT da 5.a Região são julgadas pelo TCU.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD FT - As empresas públicas e as socie­dades de economia mista federais submetem-se à fiscaíização do TCU, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - As autoridades administrativas sujeitas ao controle do TCU não se eximem de cumprir as determinações do TCU, sob pena de submeterem-se às sanções cabíveis.

incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Compete ao TCU fiscalizar empresa pública estadual constituída em parte com capital pertencente à União, ainda que sua administração esteja a cargo do governo do estado-membro.

Jurisprudência do STF -"OTribunal deferiu mandado de segurança impetrado pela Procuradoria do Distrito Federal contra ato praticado pelo TCU, que determinara a instauração de tomada

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ■' -:-222:/.

de contas especial no âmbito da Companhia Imobiliária de Brasília - TERRACAP, e decretara a indisponibilidade de bens de vários ex-dirigentes da empresa {...). Entendeu-se que, embora a referida empresa pública seja constituída com capital pertencente à União (49%) e ao Distrito Federal (51%), a sua administração, nos termos da Lei n.° 5.861/72 (artigos 2 ° e 3.°), cabe ao Governo do Distrito Federai. Assim, asseverou-se tratar-se de ente da administração local. (...). Ressaltou-se que a interpretação da parte final do inciso II do citado art. 71 (...) deve ser realizada em consonância com o disposto no art. 70 e seu parágrafo único, da CF, no senti­do de se atribuir competência ao TCU quando houver, especificamente, responsabilidade de administradores e responsáveis dos órgãos da administração pública, direta e indireta, no âmbito da utilização de recursos públicos federais. Desse modo, não obstante o patrimônio da TERRACAP esteja destinado ao cumprimento de finalidades de interesse público, isto não. afasta o fato de que ela é uma sociedade de economia mista sob o controle acionário de ente da federação distinto da União". (MS 24.423, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em10-09-2008, Informativo 519)

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - Não compete ao tribunal de contas da União exercer o controle externo em relação às empresas públicas e sociedades de economia exploradoras de atividade econômica, já que os bens dessas entidades são privados.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O TCU pode realizar tomada de contas especial em empresa pública estadual da qual a União seja acionista minoritária. (ver também MS 24.423, supra)

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ABiN - Devído a sua natureza singular, a ABíN não se submete ao controle externo por parte do Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da própria Presidência da República.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - As entidades da adminis­tração indireta não são fiscalizadas pelos tribunais de contas.

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administra­ção direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das conces­sões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

Corretas

CESPE. 2008. Perito Criminal. SGA/AC - As nomeações de pessoas que exclusivamente ocuparão cargos comissionados na administração pública direta estadual não precisam ser apreciadas, para fins de registro, no tribunal de contas do respectivo estado.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - José aposentou-se, em março de 1997, no cargo de oficiai de justiça doTJRJ, ocasião em que, após a publicação na imprensa oficial, o procedimento administrativo foi enviado ao TCE/RJ. Em outubro de 2006, a Corte de Contas, sem ouvir José no processo, além de verificar a faita de tempo de serviço para a aposentadoria, julgou inconstitucional a concessão de gratificação por eie recebida, determi­nando que ela deixasse de ser paga. O processo do TCE/RJ é nulo porque decorreram mais de cinco anos sem que a apreciação da legalidade da aposentadoria tivesse sido notificada a José para que ele pudesse oferecer razões de defesa de seu interesse.

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••223\ TÍTULO |V - DA ORGANIZAÇÃO,DOS PODERESi,.

Jurisprudência do STF - "O ato de giosa do Tribunal de Contas da União na atividade de controie externo, alcançando situação constituída - ocupação dé cargo por movimentação vertical (ascensão) fica sujeito ao prazo decadencial de cinco anos previsto no artigo 54 da Lei n.° 9.784/99 e ao princípio constitucional do contraditório, presentes a segurança jurídica e o devido processo legal". (MS 26.353, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 06-09-2007, DJE de 07-03-2008)

incorretas . _ .......... ̂ .........

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O tribunai de contas pode reexaminar ato judiciai transitado em julgado concessivo de vantagem funcional a servidor público por ocasião da sua aposentadoria, por não se sujeitar à coisa julgada em razão de não haver participado como parte do processo.. ' /

Jurisprudência do STF -"Vantagem pecuniária incluída nos proventos de aposentadoria de servidor púbiico federai, por força de decisão judicial transitada, enrijulgado.: Impossibilidade de o Tribuna] de Contas da União impor à autoridade administrativa: sujeita à sua fiscaliza­ção a suspensão do respectivo pagamento. Ato que se afasta da competência reservada à Corte de Contas" (MS 23.665, ReL Min. Maurício Corrêa, julgamento em 05-06-2002, DJ de 20-09-2002)

CESPE- 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Se determinado servidor do governo estadual tiver sua aposentadoria aprovada pelo TCE, mas, em momento posterior, o Poder Executivo estadual resolver revogar a aposentadoria concedida, a aprovação dada pelo TC tornar-se-á automaticamente prejudicada.

CESPE. 2009. Procurados do Banco Centrai. BACEN - O TCU, ao apreciar a iegalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do contraditório e da ampla defesa, sob pena de nuiidade do procedimento. (ver também Súmuia Vinculante 3 do STF)

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO ~ Se Pedro, que não ocupa cargo efetivo, for nomeado para ocupar cargo em comissão no âmbito da administração pública federal, nesse caso, para fins de registro, a legalidade desse ato de nomeação estará sujeita ao controle externo po r parte do TCU.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O prazo decadencial de 5 anos relativo à anulação de atos administrativos e previsto na lei que regula o processo ad­ministrativo no âmbito da administração pública federal deve ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de iegalidade dos atos concessivos de aposentado­rias, reformas e pensões. Assim, transcorrido esse interregno sem que o TCU tenha analisado a reguiarídade de uma pensão, por exempio, a viúva deve ser convocada para partic ipar do processo de seu interesse, desfrutando das garantias do contraditório e da ampla defesa, em que pese ser a princípio dispensável o contraditório e a ampla defesa nos processos que tram itam no TCU e que apreciem a legaiidade do ato de concessão inicial de pensão. (ver também Súmula Vinculante 3 do STF)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - José aposentou-se, em março de 1997, no cargo de oficial de justiça do TJRJ, ocasião em que, após a publicação na imprensa oficial, o procedimento administrativo foi enviado ao TCE/RJ. Em outubro de 2006, a Corte de Contas, sem ouvir José no processo, além de verificar a falta de tempo de serviço para a aposentadoria, juigou inconstitucional a concessão de gratificação por ele recebida, determinando que ela deixasse de ser paga. Como José é servidor do Poder judiciário, o seu processo de aposentadoria não precisaria ser encaminhado ao TCE/RJ, bastando que ato administrativo do Órgão Especial, a que alude o inciso XI do art. 93 da CF, a aprovasse. (ver também Súmula 347 do STF)

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - José aposentou-se, em março de 1997, no cargo de oficial de justiça do TJRJ, ocasião em que, após a publicação na imprensa

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MAr#3gISj CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ..• .^ 2 4 i i

oficiai, o procedimento administrativo foi enviado ao TCE/RJ. Em outubro de 2006, a Corte de Contas, sem ouvir José no processo, além de verificar a falta de tempo de serviço para a aposentadoria, julgou inconstitucional a concessão de gratificação por ele recebida, determi­nando que ela deixasse de ser paga. A afirmação de que José não tinha tempo de serviço para aposentar-se extrapola os lim ites de competência do TCE/RJ, e é aspecto de m érito do ato adm inistrativo praticado pelo Poder Judiciário.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - José aposentou-se, em março de 1997, no cargo de oficial de justiça do TJRJ, ocasião em que, após a publicação na imprensa oficial, o procedimento administrativo foi enviado ao TCE/RJ. Em outubro de 2006, a Corte de Contas, sem ouvir José no processo, além de verificar a falta de tempo de serviço para a aposentadoria, julgou inconstitucional a concessão de gratificação por eíe recebida, deter­minando que ela deixasse de ser paga. A concessão de aposentadoria de servidor do Poder Judiciário é classificada como ato administrativo simples.

Jurisprudência do STF - "O ato de aposentadoria configura ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas. Submetido à condição resolutiva, não se operam os efeitos da decadência antes da vontade final da Administração". (MS 24.997, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 02-02-2005, DJ de 1 ,°-04~2005)

Súmula do STF

. Súmula Vinculante 3 - Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da iegalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos De­putados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

Incorretas __

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Como órgão que auxilia a Assembleia Le­gislativa do estado no controie externo da administração pública, o TCE/RN tem competência para realizar inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Executivo e Judiciário, desde que ta l providência seja deflagrada apenas p o r in iciativa da Assembleia Legislativa.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Não cabe ao TCU investigar os tribunais superiores, cujos atos administrativos somente podem ser apreciados pelo órgão controle do Conselho Nacional de Justiça.

Y - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

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TiTULO I V - DA.ORGANIZÁÇÃO. OÒS PODERES; •

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A empresa supranacional encontra-se sob a jurisdição dos órgãos de controie externo, desde que a União detenha, de forma direta ou indireta, a m aioria do capita i social dessa empresa, nos termos do seu tratado constitutivo.

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassadospela União mediante convênio, acordo, ajuste òu outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município; '/ • :VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

incorreta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF conferiu ao Tribunal de Contas da União a tarefa de julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta da União, sem, contudo, atribu ir-ihe a competência para aplicar sanções aos responsáveis, nos casos de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, por ser a referida competência exclusiva do Poder Judiciário, observado o devido processo legal.

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugna­do, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;

Incorretas ____ _ _ _ . _

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Embora vigore, no Brasil, o sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o poder de sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do Poder Executivo sempre que os ju lga r inoportunos e inconvenientes ao interesse público, (ver também art. 49, inc. V, da CF)

D outrina ' - "Se for verificada irregularidade em um ato administrativo, compete ao Tribunal de Contas da União fixar um prazo para que o órgão ou entidade que o praticou adote as

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 226

providências necessárias ao' exato cumprimento da lei. Se essa determinação do Tribunal de Contas da união não for atendida, dispõe eie de competência para sustar diretamente a execução do ato administrativo, comunicando uíteriormente a sua decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federai" {PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 488)

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - Compete ao TCE sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado e do contrato, comunicando a decisão à assembleia legislativa, (ver também art. 75 da CF)

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECONT/ES - No exercício de suas atribuições constitucionais, o TCU pode examinar, previamente, a vaÜdade de contratos administrativos celebrados pelo poder público, tendo a sua decisão eficácia de títu lo executivo.

Jurisprudência do STF ~ "O art. 71 da Constituição não insere na competência do TCU a aptidão para examinar, previamente, a validade de contratos administrativos celebrados pelo Poder Público. Atividade que se insere no acervo de competência da Função Executiva. E in­constitucional norma local que estabeleça a competência do tribuna! de contas para realizar exame prévio de validade de contratos firmados com o Poder-Púbiico". (ADI 916, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 02-02-2009, Plenário, DJE de 06-03-2009)

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.§ 1.° - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Compete ao TCU sustar, de imediato, contratos com provada mente lesivos ao patrimônio público.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Como o TCU não tem poder para anular ou sustar contratos administrativos, não detém também competência para determ inar ã autoridade adm inistrativa que prom ova a anulação do contrato ou da licitação que o originou.

■ Jurisprudência do STF, - "O Tribunal de Contas da União, embora não tenha poder para anular ou sustar contratos administrativos, tem competência, conforme o art. 71, ÍX, para determinar à autoridade administrativa que promova a anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou". (MS 23.550, Re!, p/ o ac. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 04-04-2002, DJ de 31-10-2001)

§ 2 ° - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. § 3.° - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo.

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - As decisões exaradas pelo TCU, no exercício da missão de auxiliar o Congresso Nacional na função fiscalizadora, não são imunes à revisão

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1227'}. TITULO. IV - DA ORGANIZAÇÃO ÒOS PODERES

judicia! e, quando reconhecem débito ou muita, constituem título executivo extrajudicial, cuja execução compete à Advocacia-Geral da União.

Incorretas _ ______ _________ _ _ „ ■

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - As decisões proferidas pelo TCU quanto à aplicação de multas a administradores públicos têm natureza de ato jurisdicional.

CESPE. 2008. Analista de Controie Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Es­pecialidade: Direito. TCE/TO - As decisões do Tribunal de Contas da União de que resulte ímputação de débito ou multa terão eficácia de títuio executivo jud icia l.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Em denúncia ao TCU, que manteve o sigilo da fonte reveiadora das irregularidades administrativas, foi delatada a mal­v e rs a ç ã o de verbas públicas por membros da direção de tribunal federal.. Após apuração, foi imputada muita ao ordenador de despesas. A referida m ulta tem eficácia de títu lo jud ic ia l e deve ser executada em uma das varas da justiça federal.

§ 4.° - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, § 1.°, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar à autorida­de governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessários.§ l.° ~ Não prestados os esclarecimentos, ou considera­dos estes insuficientes, a Comissão solicitará ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.§ 2.° - Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Co­missão, se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.§ 1.° - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos:I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;

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Art 73 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORÀS ;

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - O limite máximo de 65 anos de idade para nomeação de ministros e conselheiros dos TSE não é aplicável no caso das vagas reservadas ao MP e aos auditores, uma vez que estes já são servidores dos respectivos TSE.

Jurisprudência'do STF -"M andado de Segurança. Elaboração de iista singular para preenchi­mento de cargo de Ministro do Tribunal de Contas da União. Pedido de elaboração de nova lista tríplice. Limite objetivo de idade não admite exceções, CF art. 73, § 1.°. A lista deve ser tríplice quando houver candidatos aptos, Rl/TCU art. 281, § 5°. Lista singular elaborada em. conformidade com o Rl/TCU. Prejuízo do mandado de segurança em virtude do fato de o Impetrante já ter completado 70 anos". (MS 23.968, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-04-2008, DJE de 13-06-2008)

II - idoneidade moral e reputação ilibada;III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencio­nados no inciso anterior.

§ 2.° - Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre audi­tores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;II - dois terços pelo Congresso Nacional.

§ 3.° - Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, venci­mentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 4.° - O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

Incorreta

CESPE. 2009. Anaiista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Desde a sua posse, o auditor do TCU está investido das mesmas garantias e dos mesmos impedimentos dos ministros daqueíe tribunai.

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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas dé governo e dos orçamentos da União;II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quantoà eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; ' ; ' :III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Úniãó;IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 1.° - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Incorreta _ _ _ ^ _______

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SEJUS/ES - Para fortalecer o controle interno do Poder Executivo, a CF estabelece que os responsáveis pelos órgãos públicos, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade subsidiária, não se aplicando tal regulamento aos Poderes Legislativo e Judiciário.

V' ’ V'" ' TÍTULO IV - DÁ ÒRGÁN^Ç^b DO? PODERES; ;• | | | ^ | | j| J| j

§ 2.° - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da Iei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Fede­ral, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Incorreta

CESPE. 2009. AnaÜsta de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Desde que expressamente previsto na constituição estadual, é possível o reexame, pelo tribunai de contas estadual e pela respectiva assembleia legislativa, das decisões fazendárias de última instância, proferidas em questões tributárias contrárias ao erário.

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Cf ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

. Jurisprudência do STF - "Artigo 78, § 3.°, da Constituição do Estado do Paraná. Possibilidade de reexame, pelo Tribunai de Contas Estadual, das decisões fazendárias de última instância contrárias ao erário. Violação do disposto no artigo 2 ° e no artigo 70 da Constituição do Brasil. A Constituição do Brasil - artigo 70 - estabelece que compete ao Tribuna! de Contas auxiliar o Legislativo na função de fiscalização a ele designada. Precedentes. Não cabe ao Poder Legislativo apreciar recursos interpostos contra decisões tomadas em processos ad­ministrativos nos quais se discuta questão tributária. Ação direta julgada procedente para' declarar a inconstitucionalidade do § 3.° do artigo 78 da Constituição do Estado do Paraná". (AD! 523, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 03-04-2008, DJE de 17-10-2008)

Parágrafo único. As Constituições estaduais disporao sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Os TCE's devem ser integrados por conselheiros em número definido nas respectivas constituições estaduais, que, no entanto, não pode ultrapassar o número de ministros do TCU.

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seção I DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÜBLICA

Correta

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - é atribuição da chefia de governo vetar projetos dè lei, total ou parcialmente.

Incorretas

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - É atribuiçao da chefia de governo celebrar tratados internacionais, mediante referendo do Congresso Nacional.

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES ~ Na qualidade de chefe de Estado, o presidente da República exerce a liderança da política nacional por rrieio da orientação das decisões gerais e da direção da máquina administrativa.

pou trinq - "Na estrutura do Poder Executivo verifica-se a existência de duas funções pri­mordiais diversas, quais sejam, a de Chefe de Estado e de Chefe de Governo. (...) Assim, como Chefe de Estado, o presidente representa, pois, nas suas relações internacionais, bem como corporifica, a unidade interna do Estado. Como Chefe de Governo, a função presidencial corresponde à representação interna, na gerência dos negócios internos, tanto de natureza política, como nos de natureza eminentemente administrativa. Assim, o Chefe de Governo exercerá a liderança da política nacional, pela orientação das decisões gerais e pela direção da máquina administrativa". (MORAES, 2005, p. 423)

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TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escoita e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A CF adota o presidencialismo como form a de Estado, já que reconhece a junção das funções de chefe de Estado e chefe de governo na figura do presidente da República.

Doutrina ~ "O. sistema de governo adotado pela CF/88, mantido, pelo plebiscito previsto no art. 2 ° do ADCT, é o presidencialista, influenciado, historicamente, pela experiência norte- americana". (LENZA, 2006, p. 336}

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Prèsidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, nò primeiro do­mingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 1 6 , de 1997)§ 1.° - A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O vice-presidente é eleito juntamente com o presidente da República, pois os votos p o r ele recebidos se somam aos rece­bidos por seu companheiro de chapa, definindo-se assim o resultado da eleição.

§ 2.° - Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.§ 3.° - Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Incorreta ____ . _ ____ _________

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A eleição do presidente da República ocorre pelo sistema majoritário puro {ou simples), no qual será considerado eleito o candidato que obtiver a m aioria absoluta de votos, aí computados os votos em branco e os nulos.

Doutrina. -"Pelo sistema majoritário de dois turnos será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos. Caso não obtenha na primeira votação, deverá ser realizado novo escrutínio. Esse método é adotado no Brasii para as eleições de Presidente da República, Governadores dos Estados e Distrito Federal e Prefeitos de Municípios, com mais de 200 mil eleitores". (MORAES, 2005, p. 424}

§ 4.° - Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legai de candidato, convocar- se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .. '•'■‘ . .v f â á ip

Incorreta _

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Na eleição do presidente e do vice-presidente da Repúbiica, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições.

§ 5.° ~ Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República to­marão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasilei­ro, sustentar a união, a integridade e a independência do

. Brasil.Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo mo­tivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Correta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT ~ O cargo de presidente será declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver assumido o cargo,

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei comple­mentar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribuna! Federal.

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O substituto e sucessor natural do presidente da Repúbiica é o vice-presidente, e, na falta desse, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do STF.

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TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES' .

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Em caso de impedimento do presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamen­te chamados ao exercício da presidência o presidente do. Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e o do STF. .

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA -- Se os cargos de presidente e vice-presidente da República vierem a ficar vagos, responde pela,-presidência da República o presidente do Congresso Nacional, e deve ser feita a eleição de novos presidente e vice- -présidente da Repúbíica para um mandato-tampão. (ver também art. 81, § 1.°, da CF)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Em qualquer hipótese, deve ser convocada nova eleição presidencial, seja pela via direta, seja peta indireta, assumindo o presidente do Senado Federai provisoriamente a Presidência da República, e, nas ausências deste, a chefia do Poder Executivo deve ser ocupada pelo presidente da Câmara dos Deputados.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

Correta

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - No caso de impedimento concomitante do presidente e do vice-presidente da República, quem ocupará provisoriamente a Presidência da República será o presidente da Câmara dos Deputados, e a eleição dos novos chefes da nação se dará por eleição popular direta, se ambos os cargos tiverem ficado vagos antes de se completarem dois anos de mandato presidencial.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Com a vacância con­comitante da Presidência e da Vice-Presidência da República, o presidente da Câmara dos Deputados assume a Presidência da República para um mandato-tampão, pois a CF estabelece que a eleição presidencial deve ocorrer conjuntamente com a dos governadores dos estados e dos membros do Poder Legislativo, para que não haja rompimento do pacto federativo.

§ 1.° - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.§ 2.° - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completaro período de seus antecessores.

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 16, de 1997)

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C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS :2 3 4 ;í

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Correta

CESPE. 2010. Administrador. MPS - É vedado ao vice-presidente da República ausentar-se do país, sem licença prévia do Congresso Nacional, por período superior a 15 dias.

incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O presidente da República e o vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/WIT - O presidente e o vice- -presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por período superior a 60 dias, sob pena de perda do cargo.

Seção IIDas Atribuições do Presidente da República

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repú­blica:

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Tanto as tarefas de chefe de Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas do pre­sidente da República.

incorreta

CESPE. 2008. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária. SEJUS/ES - Na qualidade de chefe de Estado, o presidente da República exerce a liderança da política nacional por meio da orientação das decisões gerais e da direção da máquina administrativa.

Doutrina - "0 art. 84 atribui ao Presidente da República competências privativas, tanto de natureza de chefe de Estado (representando a República Federativa do Brasil nas relações in­ternacionais e, internamente, sua unidade, previstas nos incisos Vil, VIII e XIX do art. 84), como de chefe de governo (prática de atos de administração e de natureza política - estes últimos quando participa do processo legislativo - conforme se percebe pela leitura das atribuições previstas nos incisos I a Ví; IX a XVIII e XX a XXVII)". (LENZA, 2006, p. 339)

I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;II - exercer, com o auxilio dos Ministros de Estado, a di­reção superior da administração federal;

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III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;IV - sancionar, promulgar e fazer publicar ãs leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Cons­titucional m° 32, de 2001)

Corretas

^ 2 3 5 ' T Í T ULO !V ~ DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ' •. '

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Em decorrência da aplicação do princípio da simetria, o chefe do Poder Executivo estadual pode dispor, via decreto, sobre a organização e funcionamento da administração estadual, desde que os preceitos não importem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos:.

Jurisprudência do STF - "À iuz do princípio da simetria, são de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estaduai as íeis que versem sobre a organização administrativa do Estado, podendo a questão referente à organização.e funcionamento da Administração Estadual, quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo (...). inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa da lei ora atacada". (ADi 2.857, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 30-08-2007, DJ de 30-11-2007)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ ~ Alguns assuntos não precisam ser veiculados em lei em sentido formai. Esses assuntos incluem a organização e funcionamento da administração federai, quando não implicar aumento de despesa.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Ásrea Judiciária. TRE/MA - Compete privativamente ao presidente da República dispor, mediante decreto, sobre extinção de órgãos públicos, (ver também art. 61, § 1°, II, e, da CF)

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - O presidente da República, mediante decreto, pode criar um novo órgão público, mas a extinção de órgãos que integram a administração federal somente pode ser realizada p o r meio de lei.

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;(Incluída pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Compete privativamente ao presidente da República extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O decreto presidenciaí é o instrumento adequado para a criação de novos cargos públicos.

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W ÊÉÊÊÈÉ CP ANOTADA PELAS BANCAS' EXAMINADORAS

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Somente lei pode extingüir cargo público, quando este estiver vago.

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;VIII ~ celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

Correta

CESPE. 2008. Agente de inteligência. ABiíM - A celebração dos tratados internacionais e a incorporação deles à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de ato subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, questões sobre tratados, acordos ou atos internacionais, e a do presidente da República, que, além de poder celebrar esses atos de direito internacional, tem a competência para promulgá-los mediante decreto.

Jurisprudência do STF - "O exame da vigente Constituição Federal permite constatar que a execução dos tratados internacionais e a sua incorporação à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de um ato subjetivamente complexo, resultante da conjuga­ção de duas vontades homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos ou atos internacionais (CF, art. 49, I) e a do Presidente da República, que, além de poder celebrar esses atos de direito internacional (CF, art. 84, VJli), também dispõe - enquanto Chefe de Estado que é - da competência para promulgá-los mediante decreto. O iter procedimental de incorporação dos tratados interna­cionais - superadas as fases prévias da celebração da convenção internacional, de sua apro­vação congressional e da ratificação pelo Chefe de Estado - conclui-se com a expedição, pelo Presidente da República, de decreto, de cuja edição derivam três efeitos básicos que lhe são inerentes: (a) a promulgação do tratado internacional; (b) a publicação oficial de seu texto; e (c) a executoriedade do ato internacional, que passa, então, e somente então, a vincular e a obrigar no planó do direito positivo interno. Precedentes". (ADI 1.480-MC, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 04-09-1997, Plenário, DJ de 18-05-2001)

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;X - decretar e executar a intervenção federal;

Correta

CESPE. 2010. Advogado. BRB - Constituem competências privativas do presidente da Re­pública decretar e executar intervenção federai e exercer o comando supremo das Forças Armadas. (ver também a r t 84, inc. XH, da CF/1988)

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, ex­pondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;

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XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n,° 23, de 02-09-1999)XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado èm lei;XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;XXI ~ conferir condecorações e distinções honoríficas;

Incorreta

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. RfiPE/ASW - Apesar de competir ao presidente da República conferir condecorações e distinções honoríficas, essa atribuição pode ser delegada aos ministros de Estado, (ver também parágrafo único, do a rt. 84, da CF)

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;

TÍTULO I V - D A ORG/WIZÀÇAP'-DOS; PODERES,;; ^

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XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

Correta _____ _ • - _

CESPE. 2008. Agente de inteiigência. ABIN - O presidente da Repúbiica pode delegar aos ministros de Estado, conforme determinação constitucional, a competência de prover cargos públicos, a qual se estende também à possibilidade de desprovimento, ou seja, de demissão de servidores públicos, (ver também parágrafo único, do a r t 84, da CF/1988)

Jurisprudência do STF, - "Presidente da Repúbíica: competência para prover cargos pú­blicos (CF, art. 84, XXV, primeira parte), que abrange a de desprovê-los, a qual, portanto é susceptível de delegação a Ministro de Estado (CF, art. 84, parágrafo único): validade da Portaria do Ministro de Estado que, no uso de competência delegada, apíicou a pena de demissão ao impetrante" (MS 25.518, Reí. Min. Sepúiveda Pertence, julgamento em 14-06- 2006, DJ de 10-08-2006)

| ,C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS y238V;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Cons­tituição.

Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos Ví, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

Corretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu a possibilidade de o presidente da República delegar, ao advogado-geral da União, sua competência para dispor, mediante decreto, sobre a orga­nização e o funcionamento da administração federai, quando isso não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção, de órgãos públicos.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. STF - A concessão de indulto pode ser delegada ao procurador-geral da República ou ao advogado-geral da União.

Incorretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - As atribuições privativas do presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que não adm ite serem elas objeto de delegação.

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - De acordo com a CF, opresidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações e distinções honoríficas, (ver também art. 84, XXI, da CF)

S l i i l l l

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Seção III Da Responsabilidade do Presidente da República

Art, 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da Repúbiica que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:I - a existência da União;II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judi­ciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;III - o exercício dos direitos políticos, individuais e so­ciais;

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Corretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - São crimes de responsabilidade os atos do presidente da República que atentem contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais.

CESPE. 2003. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - É crime de responsabi­lidade o ato que atente contra o exercício de direitos sociais cometido pelo presidente da República.

IV - a segurança interna do País;V - a probidade na administração;VI - a lei orçamentária;VIX - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.

Correta

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TJD F T - São da competência legisla­tiva da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.

incorreta

CESPE. 2008. Oficia! de inteligência. ABIM - Presidente da República que praticar crime eleitoral na disputa pela reeleição pode ser ju lgado pelo Senado Federal p o r crime de responsa­bilidade, após aprovação de dois terços dos membros da Câmara dos Deputados.

Súmuia do STF

Súmula 722 - São da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsa­bilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.

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Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da Re­pública, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

Correta

CESPE. 2008. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - O presidente da Repúbiica só pode ser submetido a julgamento perante o STF, nas infrações penais comuns, após autorização da Câmara dos Deputados, por dois terços de seus mémbros.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - Pessoas juríd icas e estrangeiros residentes no país são partes legítimas para oferecer acusação à Câmara dos Deputados visando à instauração do processo de impeachment do presidente da República.

Doutrina - "A acusação poderá ser formulada por qualquer cidadão no pleno gozo dos seus direitos políticos". (LENZA, 2010, p. 534)

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Nos crimes de respon­sabilidade, uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF.

§ 1.° - O Presidente ficará suspenso de suas funções:I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

Correta

CESPE. 2008. Técnico judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Caso haja recebimento, peío Supremo Tribunal Federal, de queixa-crime contra o presidente da República pela prática de infração penal, este terá suspensas as suas funções.

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

§ 2 .° - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. § 3.° - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.

Correta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Nos crimes comuns, o presidente da Repúbiica não está sujeito à prisão enquanto não for proferida sentença con­denatória.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS • %240;1Art 8 6 g j

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T lT U lO IV ~ DA ORGANIZAÇÃO D O S'P O D ER ES .

incorreta

CESPE. 2007. Delegado de Poiícia Civil. SECAD/TO - O presidente da Repúbiica, no exercício de suas funções, só pode ser preso após o trânsito em ju lg a d o de sentença penai condenatória.

§ 4.° - O Presidente da República, na vigência de seu man­dato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. •

Correta . • ■. -

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. A/iPE/AM - A imunidade formal relativa à prisão do presidente da Repúbíica não se apiica ao Poder Executivo estàdúal.

D outrina -" A o contrário do que fez em reiação ao Presidente da República, a Constituição Federal não outorgou expressamente nenhuma imunidade processual ao Governador de Estado e do Distrito Federai. (...) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunai, somente pode ser estendida aos governadores de Estado e do Distrito Federal a imunidade formal que condi­ciona o processo e julgamento do Presidente da República a prévia autorização da Câmara dos Deputados, por dois terços dos seus votos. (...) As outras duas imunidades deferidas ao Presidente da Repúbiica - referente às prisões cauteiares e à irresponsabilidade relativa por atos estranhos ao mandato ~ não podem ser estendidas pelas Constituições estaduais aos Governadores, por se tratar de prerrogativas inerentes ao Presidente da Repúbiica, na qualidade de Chefe de Estado" (LENZA, 2010, p. 643-644)

Incorretas

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. STF - O presidente da República possui imunidade m ateria l ou invio labilidade, também prevista para os parlamentares.

Jurisprudência do STF - "O art. 86, § 4.°, da Constituição, ao outorgar privilégio de ordem político-funcionat ao Presidente da República, excluiu-o, durante a vigência de seu mandato- e por atos estranhos ao seu exercício - , da possibilidade de ser eie submetido, no plano judicial, a qualquer ação persecutóría do Estado. A cláusula de exclusão inscrita nesse preceito da Carta Federai, ao inibir a atividade do Poder Púbiico, em sede judicial, alcança as infrações penais comuns praticadas em momento anterior ao da investidura no cargo de Chefe do Poder Executivo da União, bem assim aquelas praticadas na vigência do mandato, desde que estranhas ao ofício presidencial. A norma consubstanciada no art. 86, § 4.°, da Constituição, reclama e impõe, em função de seu caráter excepcional, exegese estrita, do que deriva a sua inaplicabilidade a situações jurídicas de ordem extrapenal. O Presidente da Repúbiica não dispõe de imunidade, quer em face de ações judiciais que visem a definir-lhe a responsabili­dade civil, quer em função de processos instaurados por suposta prática de infrações político- administrativas, quer, ainda, em virtude de procedimentos destinados a apurar, para efeitos estritamente fiscais, a sua responsabilidade tributária. A Constituição do Brasil não consagrou, na regra positivada em seu art. 86, § 4 °, o princípio da irresponsabilidade penal absoluta do Presidente da República. O Chefe de Estado, nos ilícitos penais praticados tn officio ou come­tidos propter officium, poderá, ainda que vigente o mandato presidencial, sofrer a persecutio críminis, desde que obtida, previamente, a necessária autorização da Câmara dos Deputados", {inq 672-QO, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 16-09-1992, DJ de 16-04-1993)

CESPE. 2010. Administrador. MPS - É ilega l a prisão de governador de estado ou do DF no caso de infrações penais comuns enquanto não sobrevier sentença penal condenatória.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS :;242.

Seção IV DOS MINISTROS DE ESTADO

Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos ór­gãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadás ou delegadas pelo Presidente da República.

Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Minis­térios e órgãos da administração pública. (Redação âaâa pela Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)

Seção VDO CONSELHO DA REPÜBLICA E DO CONSELHO

DE DEFESA NACIONAL

Subseção I Do Conselho da República

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de con­sulta do Presidente da República, e dele participam:

Incorreta

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ÂBiSM - O Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacionai exercem atividade opinativa em relação ao presidente da República, podendo ter a sua composição alterada p o r m eio de lei infraconstitucional.

Jurisprudência do STF -"Criação e atribuições de Conselho de Governo em conformidade com a Constituição Federal. Inconstitucionalidade da inclusão do Procurador-Geral de Justiça e

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J ítíà í; ■ TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ' ;

dos presidentes dos Tribunais de Justiça e de Contas na composição do Conselho de Governo". (ADI 106, Rei. p/ o àc. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 10-10-2002, DJ de 25-11-2005)

I - o Vice-Presidente da República;II - o Presidente da Câmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Fede­ral;VI - o Ministro da Justiça;VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-sesobre:I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;II ~ as questões relevantes para a estabilidade das institui­ções democráticas.

§ 1.° - O Presidente da República poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião do Conselho, quan­do constar da pauta questão relacionada com o respectivo Ministério.§ 2.° - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho da República.

Subseção II Do Conselho de Defesa Nacional

Art. 9 1 . 0 Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:I - o Vice-Presidente da República;II - o Presidente da Câmara dos Deputados;III - o Presidente do Senado Federal;

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IV ~ o Ministro da Justiça;V - o Ministro de Estado da Defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 23, de 1999)VI - o Ministro das Relações Exteriores;VII - o Ministro do Planejamento.VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 23, de 1999)

§ 1.° - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de ce­lebração da paz, nos termos desta Constituição;II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.

§ 2.° - A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS • •

CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I D ISPO SIÇÕES G E R AIS

A rt . 92. São órgãos do Poder Ju d ic iá rio :

Correta

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. AN TAQ - O Tribunai Marítimo não integra o Poder Judiciário da União.

I - o Suprem o T rib u n a l Fed era l;I-A - o Conselho N acio na l de Ju stiça ; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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TÍTULO IV - DA ORGANI2AÇÃQ DOS PODERES

Correta _ ^ ^

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O CNJ é órgão do Poder Judiciário.

Incorretas _ ___ „ ....... _

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária.TRE/MT - O Conselho Nacional de Justiça é um órgão do Poder Judiciário e tem ju risd ição em todo território, nacional.

■Jurisprudência do STF - "Ação direta. Emenda Constitucional n.° .45/2004. Poder Judiciário. Conselho Nacionaí de Justiça. Instituição e disciplina. Natureza meramente administrativa. Órgão interno de controle administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura. Constitucio­naiidade reconhecida. Separação e independência dos Poderes.-História/significado e alcance concreto do princípio. Ofensa a cláusula constitucional imutável (cláusula pétrea). Inexistência. Subsistência do núcleo político do princípio, mediante preservação da função jurisdicional, típica do Judiciário, e das condições materiais do seu exercício Imparcial e independente". (ADI 3.367, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 13-04-2005, DJ de 22-09-2006)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança. TJD F T - O Conselho Nacional de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com ju risd ição em todo o território nacional.

II - o Superior Tribunal de Justiça;III - os Tribunais Regionais Federais e Juizes Federais;IV - os Tribunais e Juizes do Trabalho;V - os Tribunais e Juizes Eleitorais;VI - os Tribunais e Juizes Militares;VII - os Tribunais e Juizes dos Estados e do Distrito Fe­deral e Territórios.

Correta „ „ _

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - Não existe Poder Judiciário municipal.

§ 1.° - O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004) § 2.° - O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superio­res têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tri­bunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios:I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos,

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CF ANOTADA PELAS BANCAS BXAMINADORAS

com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)II - promoção de entrância para entrância, alternadamen­te, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de mere­cimento;b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primei­ra quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar- se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, reti­ver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; {Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfei­çoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de forma­ção e aperfeiçoamento de magistrados; {Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores cor­responderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e

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os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a no­venta e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4.°; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; {Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

' VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; {Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 45, de 2004)VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Re- áação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)VIIIÁ ~ a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nuiidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudi­que o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Não se adm ite ju lgam en to secreto nosistema processual brasileiro, em observância à moralidade administrativa e à publicidade dosatos no estado de direito.

X - as decisões administrativas dos tribunais serão moti­vadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. ° 45, de 2004)XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o

: ; 247TÍ TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PpDERES •' • W ÈÈÈÉÊÊ^1

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S B m m CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, parao exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juizes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. T JD F T - A Constituição Federai, após o advento da Emenda Constitucional n.° 45/2004, vedou as férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, o que não se estende aos tribunais superiores.

incorreta

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - A atividade jurisdicíonai deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juizes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal

XIII - o número de juizes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Para a definição do número de juízes em uma comarca, o tribunal deve se ater à efetiva demanda judiciai, sendo irrelevante estudo quanto à proporcionalidade entre magistrados e a respectiva população.

XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°45, de 2004)

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD F T - A Constituição autoriza que servidores da justiça possam receber delegação para a prática de certos atos de competência dos juízes, como atos de administração ou de mero expediente.

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[ TÍTU LO IV - DA ORG AN IZAÇÃO 'D Ó S ppD gR ES

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Os servidores não poderão receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero ex­pediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicionai é indeiegável.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A prática de atps jurisdicionais de mero ex­pediente é indeiegável, a exemplo dos atos decisórios, p o r serem eles inerentes à atividade judicante.

XV - a distribuição de processos será imediata, ém todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunàis Regionais Federais» dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

Corretas

CESPE. 2009. Anaiista Administrativo. AN AC - Ofende o princípio constitucional da separa­ção e da independência dos poderes a intimação de magistrado para prestar esclarecimentos perante comissão parlamentar de inquérito acerca dos atos de natureza jurisdicionai por ele praticados.

\ jú n sU ru d ê jft^àB ^$W ^ -" 1 . Configura constrangimento ilegal, com evidente ofensa ao princí­pio da separação dos Poderes, a convocação de magistrado a fim de que preste depoimento em razão de decisões de conteúdo jurisdicional atinentes ao fato investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito. Precedentes. 2. Habeas-corpus deferido" {HC 80.539, Rei. Min. Mau­rício Corrêa, julgamento em 31-03-2001, Pleno, DJ de 1.“-08-2003)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa.TRT/RJ - O Congresso Nacional instituiu comissão parlamentar de inquérito (CP!) para apuração de irregularidades nas sentenças pro­feridas por determinado juiz contra a União. O juiz foi convocado para prestar esclarecimentos sobre sentenças por ele proiatadas. O magistrado não é obrigado a prestar depoimento que envolva sentenças por eie proiatadas.

Incorreta

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. T S T - Um ministro do STF é hierarquica­mente superior a um ministro do TST.

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CF; ANOTADA P S -A S BANCAS EXAMÍNADORAS

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do car­go, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. STF - Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribuna! de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício.

D outrino - "A vitaliciedade, em primeiro grau de jurisdição, só será adquirida após 2 anos de efetivo exercício do cargo, desde que, naturalmente, o magistrado supere o denominado estágio probatório. (...) Todos os membros dos tribunais têm a garantia da vitaliciedade, in­dependentemente da forma de acesso. Mesmo que um advogado ou membro do MP integre a carreira da Magistratura, por exemplo, através da regra do quinto constitucional, no exato momento da posse adquirirá vitaliciedade, não tendo que passar por qualquer estágio pro­batório". {LENZA, 2010, p. 572)

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4.°, 150, II, 153, III, e 153, §2 .° , I . (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)Parágrafo único. Aos juízes é vedado:I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

Incorreta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/ÍWT ~ Existe vedação absoluta para os juízes exercerem qualquer outro cargo ou função pública.

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou par­ticipação em processo;III - dedicar-se à atividade político-partidária.IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou pri­vadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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:'2SÍ;' ■ • T ÍTU LO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

I n c o r r e ta s

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Aos juízes é vedado exercício da advocacia perante qualquer juízo ou tribunal, antes do decurso de três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Aos juízes e de­sembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do afastam ento do cargor por aposentadoria ou exoneração.

Art. 96. Compete privativamente:I - aos tribunais:a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competên­cia e o funcionamento dos respectivos órgãps jurisdicionais e administrativos;b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;d) propor a criação de novas varas judiciárias;e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em Iei;f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imedia­tamente vinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superio­res e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:

Incorretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - Compete ao presidente do TRT encam inhar projeto de ie i ord inária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - Segundo posicionamento do STF, não gera inconstitucionalidade formal a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa de tribunal de justiça estadual que importe aumento de despesa, já que apenas em proposta de iniciativa do chefe do Poder Executivo a CF veda a apresentação de emenda parlamentar que implique aumento de despesa.

, Jurisprudência do STF. - "A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que gera inconstitucionalidade formal a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do Tribunal

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

de Justiça Estadual que importa aumento de despesa. Precedentes. Medida cauteiar deferida", (ADI 4.062/SC, Rei. Min. Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, DJE de 19-06-2008)

a) a alteração do número de membros dos tribunais infe­riores;b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juí­zes, indusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - O presidente da República pro­mulgou simultaneamente três leis. A Lei X, de autoria parlamentar, tinha por objeto a apro­vação do plano de cargos e salários dos servidores da justiça federal de primeira e segunda instâncias, com vistas a suprir necessidade nos tribunais regionais federais. A Lei Y, que é a lei orçamentária anual, para o exercício de 2008. E a Lei W, de iniciativa do presidente da Repúbiica, que cria uma rádio pública. Ocorre que a Lei W foi aprovada, pela Câmara dos Deputados, com a votação favorável de 200 deputados, sendo que, desses, pelo menos, 80 teriam recebido vantagens econômicas para votarem pela aprovação dessa iei. Por tratar de matéria de iniciativa privativa do STJ, a Lei X contém vício de iniciativa, que não se convaüda com a sanção presidencial.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Compete ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de projeto de lei que disponha sobre a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos serviços auxiliares do TJDFT, já que esse tribuna! pertence a União.

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Ao TJ/RJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais.

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

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Correta

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Os deputados e senadores dispõem de legitimação ativa para suscitar o controle incidentaí de constitucionaiidade per­tinente à observância dos requisitos que condicionam a.válida elaboração das proposições normativas que se achem em curso no âmbito de suas respectivas casas legislativas, (ver também MS 24.645, Rei. M in. Celso de Mello, ju lgam ento em 08-09-2003, infra)

Incorretas _ ________ ___________. . .

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TS T - À,CF atribui somente ao STF a competência para realizar controle de constitucionaiidade de leis federais, séndo vedado, portanto, aos juízes e tribunais do trabalho ju lg a r questões constitucionais que envolvam decisão acerca da constitucionaiidade de um a lei federal. / • ;v. •• •, . •

D outrina - "Observa-se que, no Brasii, em razão da combinação dos modelos difuso e con­centrado, todos os órgãos do Poder Judiciário exercem a jurisdição constitucional, haja vista que, no modelo difuso, qualquer juiz ou tribunai do País dispõeVde competênciapara zelar pela supremacia da Constituição. Ademais, nem mesmo a jurisdição concentrada é privilégio exclusivo do Supremo Tribunal Federai, pois o Tribunal de Justiça,de cada Estado e do Dis­trito Federal também exerce a fiscalização concentrada da constituicionalidade, em defea da Constituição Estadual e da Lei Orgânica, respectivamente. Na realidade, somente a jurisdição concentrada em face da Constituição Federal é exclusiva do Supremo Tribunal Federal". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 766)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Não se admite o controle de constitucionaiidade preventivo em sede de controle incidentaí.

Jurisprudí ncia do STF - "Bem por isso, o Supremo Tribunal Federal, na análise dessa específica questão, consagrou orientação jurisprudencial que reconhece a possibilidade do controle ínci- dental de constitucionaiidade das proposições legislativas, desde que instaurado por iniciativa de membros do órgão parlamentar perante o qual se acham em curso os projetos de lei ou as propostas de emenda a Constituição. A possibilidade extraordinária dessa intervenção jurisdi­cional, ainda que no próprio momento de produção das normas pelo Congresso Nacional, tem por finalidade assegurar, ao parlamentar (e a este, apenas), o direito público subjetivo - que ihe é inerente (RTJ 139/783) - de ver elaborados, pelo Legislativo, atos estatais compatíveis com o texto constitucional, garantindo-se, desse modo, àqueles que participam do processo legislativo (mas sempre no âmbito da Casa legislativa a que pertence o congressista impetrante), a certeza de observância da efetiva supremacia da Constituição, respeitados, necessariamente, no que se refere à extensão do controle judicial, os aspectos discricionários concernentes às questões políticas e aos atos 'interna corporis' (RTJ 102/27 - RTJ 112/598 - RTJ 112/1023)". (MS 24.645, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 08-09-2003)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TJD F T - O incidente de deslocamento do processo da argüição de inconstitucionalidade, das turmas de um tribunal ao seu plenário ou órgão especial, quando não houver pronunciamento destes, é desnecessário se o ato normativo questionado já tiver sido declarado inconstitucional p o r quaisquer das turm as do STF.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - A reserva de plenário para declara­ção de inconstitucionalidade de norma deve ocorrer a inda que o STF tenha apreciado idêntica questão.

Jurisprudência do STF - " O artigo 481, parágrafo único, introduzido no Código de Processo Civil pela L. 9.756/98 - que dispensa a submissão ao plenário, ou ao órgão especial, da ar­güição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federai sobre a questão - aünhou-se à construção jurisprudencial já então consolidada no Supremo Tribunal, que se fundara explicitamente na função outorgada à Corte

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1111111 CF ANOTADA PELAS- BANCAS EXAMINADORAS

de árbitro definitivo da constitucionaiidade das leis". {RE 433.101-AgR, Rei. Min. Sepúlveda' Pertence, julgamento em 06-12-2005, DJ de 03-02-2006)

Súmula do STF

Súmula Vinculante 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou toga­dos e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos elei­tos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

§ 1.° - Lei federal disporá sobre a criação de juizados es­peciais no âmbito da Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 22, de 1999) (Renumerado pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 2.° - As custas e emolumentos serão destinados exclusi­vamente ao custeio dos serviços afetos às atividades espe­cíficas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°45, de 2004)

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia ad­ministrativa e financeira.§ 1.° ~ Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.§ 2 .° - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tri­bunal Federal e dos Tribunais Superiores, com ã aprovação dos respectivos tribunais;

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; TÍTULO. IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES . '

Incorreta

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. T S T - No plano federal, existe lei orçamen­tária anua! específica para o Poder Judiciário, de in ic ia tiva privativa do Supremo Tribunal Federal {STF}, que define as receitas e despesas dos tribunais superiores, bem como das justiças do trabalho, militar e federai.

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.

Corretas •

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TJD F T - A cláusula constitucional que atribui exclusividade ao Tribunal de Justiça para instaurar o processo legislativo em maté­ria de organização e divisão judiciárias dq estado não impede os parlamentares de propor emendas ao respectivo projeto de lei. Nesse sentido, o referido projeto pode sofrer emendas parfamentares que acarretem, inclusive, aumento da despesa prevista.

Jurisprudência do STF- - "O projeto de iei sobre organização judiciária pode sofrer emendas parlamentares de que resulte, até mesmo, aumento da despesa prevista. O conteúdo restritivo da norma inscrita no art. 63, íl, da Constituição Federal, que cpncerne exclusivamente aos serviços administrativos estruturados na secretaria dos tribunais, não se aplica aos projetos referentes à organização judiciária, eis que as limitações expressamente previstas, nesse tema, pela Carta Política de 1969 (art. 144, § 5.°, in fine), deixaram de ser reproduzidas pelo vigente ordenamento constitucional". (ADI 865-MC, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 07-10- 1993, DJ de 08-04-1994)

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O TJRJ tem autonomia administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a por meio de seu presidente.

§ 3.° - Se os órgãos referidos no § 2.° não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1.° deste artigo. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 45, de 2004)§ 4 .° - Se as p ro postas o rçam en tárias de que tra ta este a rtig o fo rem encam inhad as em desacordo com os lim ite s estip u lad o s na fo rm a do § 1 .°, o Po d er E xe cu tiv o p ro ­cederá aos ajustes necessário s p ara fin s de conso lid ação da p ro posta o rçam en tária an u a l. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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§ 5.° - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.{Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Durante a exe­cução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações por parte do TJRJ que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, mesmo que m ediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)

§ 1.° - Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciá­rios e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2.° deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°62, de 2009)

s ú m uJ a d£ Sr F ^

Súmula 655 - A exceção prevista no art. 100, caput, da Constituição, em favor dos créditos de natureza alimentícia, não dispensa a expedição de precatório, limitando-se a isentá-los da observância da ordem cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra natureza.

|||||||||||| ; ' : CF. ANOTADA PEÍAS BANCAS EXAMINADORAS .' p2S6^

§ 2.° - Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao

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triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3.° deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 62, de 2009) ■■§ 3.° - O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 62, de 2009) ,§ 4.° - Para os fins do disposto no § 3.°, poderão ser fi­xados, por leis próprias, valores distintos às entida.des de direito público, segundo as diferentes capacidades econômi­cas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)

. TÍTULO IV -.D A ORÇ3ANI2AÇÃO DOS PODERES'. V ' S v.:"

incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Compete à União fixar, p o r m eio de le i ordinária, o valor das obrigações de pequeno valor que a fazenda federal, estadual, distrital ou municipal deva fazer em virtude de sentença.judicial transitada em julgado, independentemente de precatório.

- "Precatórios. Obrigações de pequeno valor. CF, art. 100, § 3.°. ADCT, art. 87. Possibiiidade de fixação, pelos Estados-membros, de valor referencial inferior ao do art. 87 do ADCT, com a redação dada pela Emenda Constitucional 37/2002". (ADI 2.868, Rei. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 02-06-2004, DJ de 12-11-2004)

§ 5.° - Ê obrigatória a inclusão, no orçamento das entida­des de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1.° de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°62, de 2009)

Nota: Em razão da Emenda Constitucional n.° 62, de 9 de dezembro de 2009, a referência normativa constante da Súmula Vinculante 17 passa a ser o ã 5.° do art. 100.

Súmula do STF

Súmula Vinculante 17 - Durante o período previsto no parágrafo 1° do artigo 100 da Cons­tituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

§ 6 .° - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o seqüestro da quantia respectiva.§ 7.° - O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 8.° - É vedada a expedição de precatórios complemen- tares ou suplementares de valor pago, bem como o fracio- namento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõeo § 3.° deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 9.° - No momento da expedição dos precatórios, inde­pendentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débi­tos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtu­de de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 10 - Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal soli­citará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9.°, para os fins nele previstos. (Incluído pela Emenda Constitucional n. ° 62, de 2009)§ 11 - Ê facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 12 - A partir da promulgação desta Emenda Constitu­cional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de

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sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensa­ção da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios, (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 13 - O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando áò; cessionárioo disposto nos § § 2 .° e 3.°. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 62, de 2009) r§ 14 - A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 15 ~ Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)§ 16 - A seu critério exclusivo e na forma de Iei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 62, de 2009)

: ■ . TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Seção IIDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais dc trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

incorreta

CESPE. 2009. Analista Administrativo. A N AC - O STF compõe-se de doze ministros, escolhi­dos entre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e de reputação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Fede­ral serão nomeados pelo Presidente da República, depois

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n l B l

de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Correta ^ _

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Os minjstros do STF são nomeados pelo presidente da República, após aprovação da escoiha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipua- mente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:I - processar e julgar, originariamente:

Correta ^ „ „ _ ' “ _

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - A competência originária do STF submete-se a regime de direito estrito, não comportando a possibilidade de ser estendida a si­tuações que extravasem os limites fixados no rol taxativo da norma constitucional que a fixa.

. Jurisprudênçja do STF - "A competência do Supremo Tribuna! Federal - cujos fundamentos repousam na Constituição da República - submete-se a regime de direito estrito. A competência originária do Supremo Tribunal Federal, por qualificar-se como um complexo de atribuições ju- risdicionais de extração essencialmente constitucional - e ante o regime de direito estrito a que se acha submetida - não comporta a possibilidade de ser estendida a situações que extravasem os limites fixados, em numerus clausus, pelo rol exaustivo inscrito no art. 102,1, da Constituição da República. Precedentes. O regime de direito estrito, a que se submete a definição dessa competência institucional, tem levado o Supremo Tribunal Federal, por efeito da taxatividade do rol constante da Carta Política, a afastar, do âmbito de suas atribuições jurisdicionais originárias, o processo e o julgamento de causas de natureza civil que não se acham inscritas no texto constitucional (ações populares, ações civis públicas, ações cautelares, ações ordinárias, ações declaratórias e medidas cautelares), mesmo que instauradas contra o Presidente da Repúbiica ou contra qualquer das autoridades, que, em matéria penal (CF, art. 102, I, b e c), dispõem de prerrogativa de foro perante a Corte Suprema ou que, em sede de mandado de segurança, estão sujeitas à jurisdição imediata do Tribunal (CF, art. 102, I, d). Precedentes". (Pet. 1.738-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 1 .°-09-1999, DJ de 1 °-10-1999)

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nor­mativo federal ou estadual e a ação declaratória de cons- titucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

Corretas

CESPE. 2009. ANALISTA Administrativo. AN AC - Somente ao STF compete processar e julgar as ações diretas de inconstitucionalidade, genéricas ou interventivas, as ações de in- constitucionalidade por omissão e as ações declaratórias de constitucionaiidade, com intuito de garantir a prevalência das normas da CF no ordenamento jurídico.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - É cabível ação direta de incons­titucionalidade contra norma constitucional oriunda de emenda constitucional que contraria a cláusula pétrea da constituição originária.

CF ANOTADA PELAS- BANCAS EXAMINADORAS

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. jurisprudência do STF - "O Supremo Tribunai Federal já assentou o entendimento de que é admissível a Ação Direta de Inconstitucionalidade de Emenda Constitucional, quando se alega, na inicial, que esta contraria princípios imutáveis ou as chamadas cláusulas pétreas da Constituição originária (art. 60, § 4.°, da CF). Precedente: ADi 939 (RTJ 151/755}". (ADI 1.946- MC, Rel- Min. Sydney Sanches, juigam ento em 29-04-1999, DJ de 14-09-2001)

Incorretas _ _ _ ^ __^

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Compete ao STF processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade tendo por objeto ie i ou ato norm ativo m unic ipa l que contrarie previsões expressas na constituição estadual, desde que cons­tituam mera repetição de disposição prevista na CF. (ver também art. T.°, parágrafo único, I, da Lei n.<> 9.882/1998) . • ' . • 7\.\ ; .

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - O chefe dõ Poder Executivo não pode deixar de cumprir iei ou ato normativo que entenda flagrantemente inconstitucional, sob pena de a fron ta à competência e à atuação dos Poderes Legisldtivo e Judiciário.

Jurisprudência do SJF - "Em nosso sistema jurídico, não se admite declaração de inconsti- tucionalidade de lei ou de ato normativo com força de lei por lei ou por ato normativo com força de lei posteriores. O controle de constitucionaiidade da-lei, ou. dos. atos normativos é da competência exclusiva do Poder Judiciário. Os Poderes Executivo e Legislativo, por sua chefia - e isso mesmo tem sido questionado com o alargamento da legitimação ativa na ação direta de inconstitucionalidade podem tão-só determinar aos seus órgãos subordinados que deixem de aplicar administrativamente as leis ou atos com força de lei que considerem inconstitucionais". (ADi 221-MC, Rei. Min. Moreira Alves, julgamento em 29-03-1990, DJ de 22-10-1993)

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - A ação declaratória de constitucio- naüdade não admite a concessão de medida cauteiar, sob pena de afronta ao princípio da presunção de constitucionaiidade das leis e atos normativos, (ver também art. 21 da Lei n.° 9.868/1998)

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC ~ Uma emenda à Constituição do Acre determinou que o ensino médio seria gratuito apenas para integrantes de famílias com renda familiar inferior a cinco salários mínimos. Por entender que essa emenda violava a Constituição da Repúbiica, um partido político ingressou perante o STF com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), postulando a declaração de inconstitucionalidade do referido diploma legislativo. A referida ADI deve ser indeferida pelo STF porque a ADI é um instrumento de controle de constitu- cionalidade de atos normativos federais, sendo descabido postu lar p o r esta via a declaração de inconstitucionalidade de emendas a constituições estaduais.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma constitucional originária incompatível com os princípios constitucionais não escritos e os postulados da justiça, considerando-se a adoção, pelo sistema constitucional brasileiro, da teoria alemã das normas constitucionais inconstitucionais.

Jurisprudência do STF - "Ação direta de inconstitucionalidade. ADI. Inadmissibilidade. Art. 14, § 4 °, da CF. Norma constitucional originária. Objeto nomológico insuscetível de controle de constitucionaiidade. Princípio da unidade hierárquico-normativa e caráter rígido da Constitui­ção brasileira. Doutrina. Precedentes. Carência da ação. Inépcia reconhecida'. Indeferimento da petição inicial. Agravo improvido. Não se admite controle concentrado ou difuso de consti- tucionafidade de normas produzidas pelo poder constituinte originário" (ADi 4.097-AgR, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 08-10-2008, DJE de 07-11-2008)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TS T - Considere a situação hipotética em que o Congresso Nacional tenha aprovado emenda à CF, apresentada pelo presidente da República, determinando a revogação do parágrafo único do art. 7.° do texto constitucional, que exclui dos empregados domésticos vários dos direitos assegurados aos demais traba-

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS '

thadores. Considere, ainda, que, após a promulgação da emenda, um partido político tenha ingressado no Supremo Tribunal Federa! (STF) com Ação Direta de inconstitucionalidade (ADI), postulando a invalidação da emenda por motivo de violação de cláusula pétrea. Com reiação a essa situação, o STF não pode apreciar a referida ADI porque a CF exclui expressamente da sua competência a declaração de inconstitucionalidade de emendas à CF.

Jurisprudência do STF - "Uma Emenda Constitucional, emanada, portanto, de constituinte derivado, incidindo em violação à Constituição originária, pode ser dedarada inconstitucional, pelo Supremo Tribunal Federal, cuja função precípua é de guarda da Constituição". (ADI 939, Rei. Min. Sydney Sanches, julgamento em 15-12-1993, DJ de 18-03-1994)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - As convenções coletivas de trabalho, po r veicularem verdadeiras normas jurídicas; ensejam seu controle p o r m eio de ação direta de inconstitucionalidade.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF ~ O presidente da Repúbiica promulgou simultaneamente três leis. A Lei X, de autoria parlamentar, tinha por objeto a aprovação do plano de cargos e saiários dos servidores da justiça federal de primeira e segunda instâncias, com vistas a suprir necessidade nos tribunais regionais federais. A Lei Y, que é a lei orçamen­tária anual, para o exercício de 2008. E a Lei W, de iniciativa do presidente da República, que cria uma rádio pública. Ocorre que a Lei W foi aprovada, pela Câmara dos Deputados, com a votação favorável de 200 deputados, sendo que, desses, pelo menos, 80 teriam recebido vantagens econômicas para votarem pela aprovação dessa iei. A Lei W não se sujeita ao controle de constitucionaiidade por meio de ação direta de inconstitucionalidade.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O TSE tem competência para exercer o controle concentrado de constitucionaiidade em face da CF.

Súmuia do STF

Súmula 642 - Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito Federal deri­vada da sua competência legislativa municipal.

b ) nas infrações penais comuns, o Presidente da República,o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Compete ao STF processar e julgar originariamente, nas infrações penais comuns, os ministros do próprio STF.

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF determinou que compete ao Supremo Tribunal Federa! processar e julgar originariamente o presidente da República e os governadores dos estados e do Distrito Federai nos crimes comuns.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Compete ao STF processar e ju lg a r ação ordinária, de natureza civil, instaurada contra o presidente da República.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - É de competência do STF ju lg a r interpelação ju d ic ia l de natureza cível contra o procurador-gera l da República.

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Jurisprudência do STF - "Interpelação judiciai de natureza cível contra o Procurador-Geral da Repúbiica. Medida destituída de caráter penai. Incompetência deste Supremo Tribunai Federal. Precedentes. Por ser destituído de caráter penal, o procedimento visado não atrai a competência do Supremo Tribunai Federal. Precedentes". (Pet 4.008-AgR, Rei. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 22-11-2007, DJ de 07-12-2007)

':-;26Z -‘. • TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de respon­sabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o dis­posto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente; {Redaçãoy dadapela Emenda Constitucional n.° 23, de 1999)

í '; incorretas .............. ........... ... ^

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Os crimes de responsabilidade prati­cados pelos ministros de Estado, sem qualquer conexão corri o presidente da República, serão processados e julgados pelo STJ.

Jurisprudência do STF - “Os atos de improbidade administrativa são tipificados como crime de responsabilidade na Lei n.° 1.079/1950, delito de caráter político-administrativo. Distin­ção entre os regimes de responsabilização político-administrativa. O sistema constitucional brasileiro distingue o regime de responsabilidade dos agentes políticos dos demais agentes públicos. A Constituição não admite a concorrência entre dois regimes de responsabilidade político-administrativa para os agentes políticos: o previsto no art. 37, § 4.° (regulado pela Lei n.° 8.429/1992) e o regime fixado no art. 102, I, c, (disciplinado pela Lei n.° 1.079/1950). Se a competência para processar ejuigar a ação de improbidade (CF, art. 37, § 4.°) pudesse abranger também atos praticados pelos agentes políticos, submetidos a regime de responsabilidade especial, ter-se-ia uma interpretação ab-rogante do disposto no art 102,1, c, da Constituição. (...) Os Ministros de Estado, por estarem regidos por normas especiais de responsabilidade (CF, art. 102, i, c; Lei n.° 1.079/1950), não se submetem ao modelo de competência previsto no regime comum da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.° 8.429/1992). Crimes de respon­sabilidade. Competência do Supremo Tribunal Federai. Compete exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal processar ejuigar os delitos político-administrativos, na hipótese do art. 102, I, c, da Constituição. Somente o STF pode processar e julgar Ministro de Estado no caso de crime de responsabilidade e, assim, eventualmente, determinar a perda do cargo ou a sus­pensão de direitos políticos. Ação de improbidade administrativa. Ministro de Estado que teve decretada a suspensão de seus direitos políticos pelo prazo de 8 anos e a perda da função pública por sentença do Juízo da 14.a Vara da Justiça Federal - Seção Judiciária do Distrito Federal. Incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, c, da Constituição. Reclamação julgada procedente". (Rcl 2.138, Rei. p/ o ac Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13-06-2007, Plenário, DJE de 18-04-2008). No mesmo sentido: RE 579.799-AgR, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 02-12-2008, 2.a Turma, DJE de 19-12-2008.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - O advogado-geral da União e os ministros de Estado são ju lgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

Jurisprudência dó STF — "Supremo Tribunai Federal: competência penal originária: ação penal (ou interpelação preparatória dela) contra o Advogado-Geral da União, que passou a ser Mi-

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nistro de Estado por força da última edição da MPr 2.049-20, de 29-6-00". (Inq I .66O-QO, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 06-09-2000, OJ de 06-06-2003)

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TS T - Os ministros do TST são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça, no caso de crimes comuns, e pelo Supremo Tribunal Federai, no caso de crimes de responsabilidade.

d) o “habeas-corpus”, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o “habeas-data” contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - O STF é competente para conhecer originariam ente de m andado de segurança contra decisão de ju iz que integra Turma Recursal de Juizados Especiais.

Jurisprudência do STF - "Em razão da taxatividade da competência deste Supremo Tribunal em sede de mandado de segurança {alínea d do inciso I do art. 102), é da própria Turma Recursal a competência para julgar aquelas ações mandamentais impetradas contra seus atos. Precedentes". (MS 25.258-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 1 .°~06~2005, DJ de 02-06-2006)

jf| | | § | | | | | j . CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Súmulas do STF

Súmuia 510 - Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.

Súmuia 622 - Não cabe agravo regimental contra decisão do relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança.

Súmuia 624 - Não compete ao Supremo Tribunal Federai conhecer originariamente de man­dado de segurança contra atos de outros tribunais.

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo in­ternacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

Incorretas^

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) processar e julgar, originariamente, o litígio entre estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o estado ou o Distrito Federal (DF).

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - O litígio entre Estado estrangeiro ou organismo inter­nacional e a União, o estado, o Distrito Federal (DF) ou território será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

Corretas -- -

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A ação entre empresa pú- biíca brasileira e o estado do Rio de Janeiro que discuta, imunidade tributária, por envolver conflito federativo, será juigada no STF.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. T JD F t ■- Erri caso de ação ordinária de cobrança, movida por sociedade de economia mista integrante da administração indireta federai contra sociedade de economia mista da administração indireta.estadual enquanto não houver intervenção da União, a quaiquer títuio, compete o respectivo processo .e julgamento à justiça estadual de 1.° grau, e não, originariamente, ao Supremo Tribunal Federai.

Jurisprudência do STF -"Competência. Art. 102, I, f, da Constituição Fêderal de 1988. Ação cível entre sociedades de economia mista da administração indireta fêderale estadual. Justiça comum. Foro de eieição. Tratando-se de ação ordinária de cobrança, movida por sociedade de economia mista, integrante da administração indireta federal .(Furnas - Centrais Elétricas S/A), contra sociedade de economia mista da administração indireta estadual (CIA. Energética de São Paulo - CESP), enquanto não houver intervenção da União, á: qualquer título (Súmula 517), compete o respectivo processo e julgamento à justiça estadual de 1.° grau (do Rio de janeiro, no caso, face ao foro de eleição), - e não, originariamente, ao Supremo Tribunai Federai, por não haver risco de conflito federativo. Precedentes.. Questão de ordem resolvida nesse sentido, com remessa dos autos à justiça estadual de 1.° grau". (ACO 396-QO, Rei. Min. Sydney Sanches, julgamento em 28-03-1990, DJ de 27-04-1990)

incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Compete ao STJ julgar as causas e os conflitos entre a União e os estados, a União e o DF, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta.

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro;

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. STF - Os pedidos de extradição formulados por Estado estrangeiro devem ser julgados pelo STJ.

h ) (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)i) o habeas corpus> quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou fun­cionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 22, de 1999)j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados; 1) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS

Correta

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Caso um cidadão esteja litigando contra o estado do Espírito Santo e o juiz de direito não tenha aplicado, no julgamento dessa causa, o en­tendimento manifestado pelo pfenário do STF em recurso extraordinário interposto em outro processo, não caberá reclamação ao STF contra a decisão do juiz de direito.

Jurisprudência do STF - "(...) o Supremo Tribunal Federal, como regra, apenas tem admiti­do a utilização da reclamação na hipótese de descumprimento, pela decisão reclamada, de julgados proferidos em controle abstrato de constitucionaiidade ou em processos subjetivos nos quais o reclamante foi parte". (Rcl 3.084, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 29-04-2009, Plenário, DJE de 1 .«-07-2009)

Incorreta

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Conforme entendimento do STF, cabe reclamação da decisão que conceder ou negar a liminar proferida em ação direta de inconstitucionalidade.

Jurisprudência do STF - "Somente as decisões concessivas das liminares em ADIs e ADCs é que se dotam de efeito vinculante. (...) Face à natureza subjetiva do processo, as decisões proferidas em reclamação não têm efeito vinculante" (Rcl 3.233-AgR, Rei. Min. Carlos Britto, julgamento em 27-11-2007,1.a Turma, DJE de 28-03-2008)

Súmuias do STF

Súmuia 368 - Não há embargos infringentes no processo de reclamação.

Súmula 734 - Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O TST é competente para julgar conflito de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e o TRT da 10.a Região, com sede em Brasília.

p) o pedido de medida cauteiar das ações diretas de in­constitucionalidade;

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q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Se­nado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal; r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contrao Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Correta :

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Compete ao STF julgar .mandado de segurança contra ato üegai e abusivo praticado pefo CNJ.

incorretas _ ̂ . ■

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - As decisões e os atos emanados do CNJ não podem ser submetidos ao controie ju d ic ia l de qualquer tr ib u n a i pois até mesmo o STF submete-se às suas decisões.

Jurisprudência do STF Poder Judiciário. Conselho Naciona! de Justiça. Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados, hie­rarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicionai. Inteligência dos arts. 102, caput, inc. I, ietra r, e 103-B, § 4 °, da CF. O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o Supremo Tribunai Federal e seus ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito". (ADI 3.367, Rei. Min. Cezar Peíuso, julgamento em 13-04-2005, DJ de 22-09-2006)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O julgamento de ação contra o Conseiho Nacional de Justiça é da competência do STF, enquanto o de m andado de segurança contra o Conselho Nacional do M inistério Público cabe ao STJ.

II - julgar, em recurso ordinário:a) o “habeas-corpus”, o mandado de segurança, o “habeas- data” e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;b) o crime político;

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA ~ Compete aos juízes fede­rais processar e juigar os crimes políticos e compete ao Supremo Tribunai Federal julgar o recurso ordinário contra as sentenças advindas do julgamento desses crimes. (ver também art. 109, inc. ÍV, da CF)

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

:';|é7A:i TÍTULO I V - DA ORGANIZAÇÃO DOS. PODERES ■'/. j Art. 102

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CF ANOTADA P E IA S BANCAS: EXAMINADORAS

Corretas

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - Caso o STF declare, de forma incidental, no julgamento de um recurso extraordinário, que um artigo de determinada iei federal é inconstitucional, nesse caso, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de ex­cepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela decisão ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Jurisprudência do STF - "1. A possibilidade de atribuir-se efeitos prospectivos à declaração de inconstitucionalidade, dado o seu caráter excepcional, somente tem cabimento quando o tribunal manifesta-se expressamente sobre o tema, observando-se a exigência de quorum qualificado previsto em lei específica. 2. Em diversas oportunidades, anteriormente ao ad­vento da Emenda Constitucional n.° 29/00, o Tribunal, inclusive em sua composição plenária, declarou a inconstitucionalidade de textos normativos editados por diversos municípios em que se previa a cobrança do IPTU com base em alíquotas progressivas. Em nenhuma delas, entretanto, reconheceu-se a existência das razões de segurança jurídica, boa-fé e excepcional interesse social, ora invocadas peío agravante, para atribuir eficácia prospectiva àquelas deci­sões. Pelo contrário, a jurisprudência da corte é firme em reconhecer a inconstitucionalidade retroativa dos preceitos atacados, impondo-se, conseqüentemente, a repetição dos valores pagos indevidamente. Agravo regimental a que se nega provimento". (Al 392.139-Agr, Rei. Min. Eros Grau, Tribunal Píeno, DJ de 13-05-2005)

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - São desprovidas de efeito vinculante e de eficácia erga omnes as decisões do Supremo Tribunal Federai (STF) em sede de controle difuso de consti- tucionalidade de leis federais.

Súmulas do STF

Súmula 279 - Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.

Súmula 281 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.

Súmuia 282 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.

Súmula 283 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos eíes.

Súmula 284 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua funda­mentação não permitir a exata compreensão da controvérsia.

Súmula 286 - Não se conhece do recurso extraordinário fundado em divergência jurispruden­cial, quando a orientação do Plenário do Supremo Tribunal Federal já se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.

Súmula 287 - Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia.

Súmula 356 ~ O ponto omisso da decisão, sobre o quai não foram opostos embargos de- claratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do preques- tionamento.

Súmula 454 - Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extra­ordinário.

Súmuia 456 - O Supremo Tribunai Federal, conhecendo do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito à espécie.

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TiTU LÒ IV - ' DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES W & Ê Ê \

S ú m u ia 5 2 8 - Se a decisão contiver partes autônomas, a admissão parcial, pelo Presidente do Tribunal a quo, de recurso extraordinário que, sobre qualquer delas se manifestar, não limitará a apreciação de todas pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente de interposição de agravo de instrumento.

S ú m u ia 6 3 4 - Não compete ao Supremo Tribunal Federaj conceder medida cauteiar para dar efeito suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de admissi­bilidade na origem.

S ú m u ia 635 - Cabe ao Presidente do Tribunal de origem decidir o pedido de medida cauteiar em recurso extraordinário ainda pendente do seu juízo de admissibilidade.

Súmula 636 ~ Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.

Súmuia 639 - Aplica-se a Súmuia 288 quando não constarem do traslado do agravo de instrumento as cópias das peças necessárias à verificação da tempestividade do recurso ex­traordinário não admitido pela decisão agravada. >

Súmuia 640 - É cabível recurso extraordinário contra decisão .proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por Turma Recursal de Juizado Especial Cível e Criminal.

Súmuia 727 - Não pode o magistrado deixar de encaminhar ao Supremo Tribunal Federal o agravo de instrumento interposto da decisão que não admite recurso extraordinário, ainda que referente a causa instaurada no âmbito dos Juizados Especiais.

Súmula 728 - É de três dias o prazo para a interposição de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento, nos termos do art. 12 da Lei 6.055/1974, que não foi revogado pela Lei 8.950/1994.

Súmula 733 - Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no processamento de precatórios.

Súmuia 735 - Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

Súmula do STF

Súmuia 400 - Decisão que deu razoável interpretação à lei, ainda que não seja a melhor, não autoriza recurso extraordinário pela letra a do art. 101, Mi, da Constituição Federai.

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Segundo entendimento do STF, é possível a utili­zação da técnica da modulação ou limitação temporal dos efeitos de decisão declaratória de inconstitucionalidade no âmbito do controle difuso de constitucionaiidade.

Jurisprudência tio STF: ~"A declaração de inconstitucionalidade reveste-se, ordinariamente, de eficácia extunc (RTJ 146/461-462 - RTJ 164/506-509), retroagindo ao momento em que editado o ato estatal reconhecido inconstitucional pelo Supremo Tribuna! Federal. O Supremo Tribunal

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Federai tem reconhecido, excepcionalmente, a possibilidade de procederá modulação ou limitação temporai dos efeitos da deciaração de inconstitucionalidade, mesmo quando proferida/por esta Corte, em sede de controle difuso. Precedente: RE 197.917/SP, Rei. Min. Maurício Corrêa (Pleno)" (Al 589.281-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 05-09-2006, DJ de 10-11-2006)

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.

incorreta

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T ~ Considere que o STF, em sede de controle difuso de constitucionaiidade, tenha declarado a inconstitucionalidade de lei municipal que atribuía aos empregados domésticos direito a receber gratificação de 200% pelo trabaího efetuado em domingos e feriados. Essa decisão seria incom patível com a CF, pois o STF não é competente para contro lar a constitucionaiidade de leis municipais.

D outrina - "O direito municipal (Lei Orgânica e leis e atos normativos municipais) não pode ser impugnado em sede de ação direta de inconstitucionalidade. O direito municipal somente poderá ser declarado inconstitucional peío Supremo Tribunal Federai no âmbito do controle difuso, quando uma controvérsia concreta chega ao Tribunal por meio do recurso extraordinário, ou, excepcionalmente, por meio de argüição de descumprimento de preceito fundamental - ADPF". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 808)

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.(Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

§ 1.° - A argüição de descumprimento de preceito funda­mental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado do parágrafo único em § 1.° pela Emenda Constitucional n.°3, de 17-03-1993)

Correta

CESPE. 2009. Anaiista de Controie Externo. Especialidade: Direito ~ Quem não tem legiti­midade para propor ação direta de inconstitucionalidade não a tem para ação de descumpri­mento de preceito fundamental (ADPF), razão peia qual prefeito municipal é parte ilegítima para propor ADPF. (ver também art. 2.°, /, da Lei n.° 9.882/1999)

Jurisprudência do STF - "Legitimidade. Ativa, inexistência. Ação por Descumprimento de Preceito Fundamentai (ADPF). Prefeito municipal. Autor não legitimado para ação direta de inconstitucionalidade. Ilegitimidade reconhecida. Negativa de seguimento ao pedido. Recurso, ademais, impertinente. Agravo improvido. Aplicação do art 2.°, I, da Lei federai n.° 9.882/99. Precedentes. Quem não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, não a tem para ação de descumprimento de preceito fundamental". (ADPF 148-AgR, Rei. Min. Cezar Peiuso, julgamento em 03-12-2008, DJE de 06-02-2009)

incorretas

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - Eventual impugnação em abstrato de lei municipal em face da CF deve ser feita por meio da argüição de descumprimento de preceito fundamental perante o tr ibuna l de justiça.

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i 27V. ' • TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - A argüição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é um instrum ento que substituiu o mandado de injunção como meio de controle da inconstitucionalidade por omissão.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - A CF prevê que o controle concentrado de constitucionaiidade no STF será feito exclusivamente por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), por ação e por omissão, e da Ação Declaratória de Constitu- cionalidade (ADC).

CESPE. 2008. Técnico de Controle Externo. Apoio Técnico e Administrativo. Especialidade: Direito. TCE/TO - A argüição de descumprimento a preceito fundamento é mecanismo de controle inc identa l de inconstitucionalidade das leis.

D outrina -"C o m o típico instrumento do modelo concentrado de çóristitucionaiidade, a ADPF tanto pode dar ensejo à impugnação ou questionamento direito de tei ou ato normativo federai, estadual ou municipal, como pode acarretar uma provocação a partir de. situações concretas, que levem à impugnação de lei ou ato normativa". (MENDES et a/, 2009, p. 1.198)

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. T S T - Considere que determinado em­pregado entenda que uma cláusula de seu contrato de trabalho seja inválida porque ela tem por base tei federal que eíe julga inconstitucional. Nessa situação, o referido empregado não pode impugnar essa iei mediante ação direta de mconstitucioriâlidade;. m as pode im pugnar a validade do seu con tra to de traba lho m ediante argüição de descumprimento de preceito fun­dam enta l. ■

§ 2.° - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconsti­tucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionali- dade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2008. AraaHsta Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - As decisões em ação declaratória de constitucionaiidade têm eficácia erga omnes e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - De acordo com entendimento do STF, a decisão declaratória de inconstitucionalidade de determinada lei ou ato normativo não produzirá efeito vinculante em relação ao Poder Legislativo, sob pena de afronta à reiação de equilíbrio entre o tribunal constitucional e o legislador.

Jurisprudência dó STF - "A mera instauração do processo de controie normativo abstrato não se reveste, só por si, de efeitos inibitórios das atividades normativas do Poder Legislativo, que não fica impossibilitado, por isso mesmo, de revogar, enquanto pendente a respectiva ação direta, a própria lei objeto de impugnação perante o Supremo Tribunal, podendo, até mesmo, reeditar o diploma anteriormente pronunciado inconstitucional, eis que não se es­tende, ao Parlamento, a eficácia vinculante que resulta, naturalmente, da própria declaração de inconstitucionalidade proferida em sede concentrada" (ADi 2.903, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 1.°-12-2005, DJE de 19-09-2008)

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§ 3.° - No recurso extraordinário o recorrente deverá de­monstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

; CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS • ̂ 272^1

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Ârea Judiciária. TJD FT - Uma das finalidades da introdução do mecanismo da repercussão gerai nos recursos extraordinários foi o de firmar o papel do STF como corte constitucional e não como instância recursal.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD F T - A anáiíse da repercussão geral é de competência exclusiva do STF.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A repercussão geral exigida para viabilizar o recurso extraordinário no âmbito do STF somente pode ser recusada pela manifestação de um terço dos seus membros.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD F T - A verificação da existência da preliminar formal de repercussão geral é de competência exclusiva do tribuna l ou da turma recursal de origem.

CESPE. 2008. Anaiista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Para fins de admissibilidade do recurso extraordinário e do especial, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais e infraconstitucionais dis­cutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.

Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionali­dade e a ação declaratória de constitucionaiidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionaiidade, entre outros legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União.

I - o Presidente da República;II ~ a Mesa do Senado Federal;III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

Incorreta

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. T S T - Considere que, recentemente, te­nha sido aprovada emenda à Constituição de Sergipe, inserindo dispositivo que estabelece

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:Í27Í-í' TÍTULO !V ~ DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

a impenhorabiiidade de imóveis residenciais que sirvam como residência ao proprietário do bem. Sabendo disso, um deputado federai de Alagoas ingressou. com ação direta de inconsti­tucional idade (ADI) perante o STF, argumentando que a referida emenda viola a Constituição Federal, na medida em que é de competência privativa da União a iegisiação acerca de direito civil e de processo civil. Essa ação, contudo, foi extinta, sem julgamento de mérito, em função da ilegitimidade ativa, da parte autora. A extinção da ADI pelo STF fo i correta, pois deputados federais somente têm legitim idade para impugnar, m ediante controle concentrado, leis do estado cuja população eles representam.

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou dá Câmara Le­gislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004) :V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)VI - o Procurador-Geral da República;VII ~ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados doBrasil; _VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;

incorreta

CESPE. 2010. Administrador. MPS - A perda superveniente da representatividade do partido poíítico no Congresso Nacional acarreta o arquivam ento de ação direta de inconstitucionalidade proposta p o r esse partido.

Jurisprudência do STF - "Partido político. Legitimidade ativa. Aferição no momento da sua propositura. Perda superveniente de representação parlamentar. Não desqualificação para per­manecer no póio ativo da relação processual. Objetividade e indisponibilidade da ação". (ADI 2.618-AgR~AgR, ReL Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-08-2004, DJ de 31-03-2006}

IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - As confederações sindicais de âmbito nacional não prescindem de demonstrar a pertinência temática entre seu objeto social e os dispositivos legais que pretendem impugnar.

Jurisprudência do STF - "A associação de ciasse, de âmbito nacional, há de comprovar a perti­nência temática, ou seja, o interesse considerado o respectivo estatuto e a norma que se pretenda fulminada". (ADI 1.873, Rei. Min. Marco Aurélio, julgamento em 02-09-1998, DJ de 19-09-2003)

§ 1.° - O Procurador-Geral da República deverá ser pre­viamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.

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§ 2.° - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: D ire ito . TCE/AC - A omissão legislativa inconstitucional pressupõe a inobservância de um dever constitucional de legislar, que resuita, no entanto, apenas de comandos explícitos da Constituição, não decorrendo de processo de interpretação.

Doutrina - "Assim, recorrendo novamente à diferenciação entre disposição e norma, na linha da Doutrina italiana e espanhola, é lícito dizer que o objeto da fiscalização de constítu- cionalidade das omissões materiais recai: ou (a) numa norma explícita que exclui determina­das situações que mereceriam o mesmo tratamento normativo {nas hipóteses de omissões relativas expressas); ou (b) numa norma implícita que decorre da interpretação a contrario sensu do enunciado textual deficitário, 'na parte em que não inclui' determinadas providên­cias ou situações que deveriam estar inseridas na disciplina normativa (no caso das omissões parciais e relativas implícitas)". (BERNARDES, Juliano Taveira. "Novas perspectivas do controle da omissão inconstitucional no Direito brasileiro". In: < http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto. asp?id=6126&p=2>)

WlWrÊÉ&M. C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ^ 2 7 4 q

§ 3.° - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato nor­mativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geraí da União exercer a função de curador especial do princípio da presunção de constitucionaiidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato im pugnado.

Jurisprudência do STF - "O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3.°) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado-Gerai da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionali­dade." (ADI 1.616, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 24-05-2001, DJ de 24-08-2001)

§ 4.° - (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitu­cional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais

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órgãos do Poder Ju d ic iá rio e à ad m in istração p ú b lica d ire ta e in d ire ta , nas esferas fed e ra l, estadual e m u n ic ip a l, bem com o proceder à sua revisão ou cancelam ento , na form a estabelecida em le i. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas „ J- _

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - A Emenda Constitucional n.° 45/2004 introduziu a súmula vinculante no direito brasileiro. Para ter o efeito vinculante, a súmula deve ser aprovada, por quorum qualificado de dois terços dos ministros do STF.

Incorretas _

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - O enunciado de súmula vincülarite.editado pelo STF, me­diante decisão de dois terços de seus membros, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário, mas não vinculará o próprio STF nem a administração pública.

D outrina - "A afirmação de que inexistiria auto-vinculação dõ Supremo Tribunai ao estabele­cido nas súmuias há de ser entendido cum grano salis. Talvez seja mais preciso afirmar que o Tribunal estará vinculado ao entendimento fixado na súmula enquanto considerá-lo expressão adequada da Constituição e das leis interpretadas" (MENDES ,ef al, 2009, p. 1.013)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA ~ O STF pode, somente de ofício, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula vinculante.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A súmula vinculante tem efeito somente em relação aos órgãos do Poder Judiciário.

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - É necessário o quorum de três quintos dos membros do STF para a edição da súmula vinculante.

CESPE» 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A súmula vinculante tem por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de determinadas normas, cuja controvérsia acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica, m otivo pelo qual não é possível a sua revisão ou cancelamento, nem mesmo de ofício, pelo STF.

f&Sy ' TlTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES : |

§ í.° — A súmula terá por objetivo a validade, a interpreta­ção e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegu­rança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.§ 2.° - Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.§ 3.° - Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão

| Art 103

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C F ANOTADA P ÊtA S BANCAS EXAMINADORAS ■-•'1W

judicial reclamada» e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.

Correta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Do ato administrativo ou da decisão judicial que contrariar a súmuia vinculante aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF.

incorreta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula vinculante apli­cável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao STF que, jutgando-a procedente, condenará o in fra to r à pena do crime de desobediência.

Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, ad­mitida 1 (uma) recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 61, de 2009)

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O CNJ é composto por dezessete membros, com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, cujo mandato é vitalício.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD F T - O Conselho Nacional de Justiça tem natureza meramente administrativa e configura órgão de controle externo do Poder Judiciário.

Jurisprudência do STF/ - "Ação direta. Emenda Constitucional n.° 45/2004. Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Instituição e disciplina. Natureza meramente administrativa. Órgão interno de controle administrativo, financeiro e disciplinar da magistratura. Constitucionaiidade reconhecida. Separação e independência dos Poderes. História, significado e alcance concreto do princípio. Ofensa a cláusula constitucional imutável (cláusula pétrea). Inexistência. Subsis­tência do núcleo político do princípio, mediante preservação da função jurisdicional, típica do Judiciário, e das condições materiais do seu exercício imparcial e independente. Precedentes e Súmula 649. Inaplicabilidade ao caso. interpretação dos arts. 2.° e 60, § 4.°, lll, da CF. Ação julgada improcedente. Votos vencidos. São constitucionais as normas que, introduzidas pela Emenda Constitucional n.° 45, de 8 de dezembro de 2004, instituem e disciplinam o Conselho Nacional de Justiça, como órgão administrativo do Poder Judiciário nacional. Poder Judiciário. Caráter nacional. Regime orgânico unitário. Controie administrativo, financeiro e disciplinar. Órgão interno ou externo. Conselho de Justiça. Criação por Estado membro. Inadmissibilidade. Falta de competência constitucional. Os Estados membros carecem de competência constitucional para instituir, como órgão interno ou externo do Judiciário, conselho destinado ao controle da atividade administrativa, financeira ou disciplinar da respectiva Justiça. Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Órgão de natureza exclusivamente administrativa. Atribuições de controle da atividade administrativa, financeira e disciplinar da magistratura. Competência relativa apenas aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo Tribunal Federal. Preeminência deste, como órgão máximo do Poder Judiciário, sobre o Conselho, cujos atos e decisões estão sujeitos a seu controle jurisdicionai. Inteligência dos arts. 102, caput, inc.

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j, letra r, e 103-B, § 4.°, da CF. O Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência sobre o Supremo Tribuna! Federai e seus ministros, sendo esse o órgão máximo do Poder Judiciário nacional, a que aquele está sujeito". (ADI 3.367, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 13-04-2005, DJ de 22-09-2006}

f p p f t ■■ T Í T ^ i -0 IV - :bA ORG/^SZÃpÃO.-.DOS%ODEfes ::>'^: y - h ^|||||||| j| §

I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 61, de 2009)II - um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indi­cado pelo respectivo tribunal; • ^IV - um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal deJustiça;VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República dentre os nomes indi­cados pelo órgão competente de cada instituição estadual;XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;XIII - dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

§ I.° - O Conselho será presidido pelo Presidente do Supre­mo Tribunal Federal e, nas suas ausências e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 61, de 2009)§ 2.° - Os demais membros do Conselho serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 61, de 2009)

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C F ANOTADA PELAS BANCAS. EXAMiNADORAS ’ •

Incorreta ' . _.......... ......... .. ........ '

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Os membros do CNJ sãonomeados peio presidente do STF.

§ 3 o _ Não efetuadas, no prazo legai, as indicações pre­vistas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo Tribunal Federal.

Correta

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - As indicações para o Con­selho Nacional de Justiça, se não efetuadas no prazo legal, deverão ser realizadas peio STF.

§ 4.° - Compete ao Conselho o controle da atuação admi­nistrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Compete ao CNJ o con­trole da atuação administrativa, financeira e ju risd ic iona l dos atos praticados peios membros do Poder Judiciário.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O CNJ é com­posto apenas por membros do Poder Judiciário e tem competência, entre outras, para exercer o controie da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juizes.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Segurança. TJD F T - O Conseího Nadonai de Justiça é órgão integrante da estrutura do Poder Judiciário, com ju r isd içã o em todo o território nacional.

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cum­primento do Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;

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incorreta __ ^

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - Compete ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, fixando prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da Iei. £ negada ao CNJ compe­tência para desconstituir ou rever atos praticados pelos presidentes dos tribunais de justiça.

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus servi­ços auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro qtie atuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo dá competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em curso e determinar a rémoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou pro­ventos proporcionais ao tempo de serviço' e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime con­tra a administração pública ou de abuso de autoridade;V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de um ano;VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos e sentenças proiatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário;VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa.

§ 5.° - O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de Minxstro-Corregedor e ficará excluído da dis­tribuição de processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:I - receber as reclamações e denúncias, de qualquer interes­sado, relativas aos magistrados e aos serviços judiciários;II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição geral;III - requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territórios.

TÍTULO !V - DA. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ' : :

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CF ANOTADA PELAS SÁNCAS EXAMINADORAS

§ 6 .° - Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil,

Correta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O procurador-geral da República e o presidente do Conseiho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiarão junto ao CNJ.

§ 7.° - A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territó­rios, criará ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

Seção I I I D O S U P ER IO R T R IB U N A L D E JU S T IÇ A

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Jus­tiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Fede­rais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e mem­bros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Um sexto dos membros do Superior Tribunal de Justiça deve necessariamente ser oriundo da carreira de advogados.

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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:I - processar e julgar, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desem­bargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dòs Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os meiábros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;

Correta _ __ _ . _ . • . '• . . ... •

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito;. TCE/AC - O MP e apolícia, no curso de determinada investigação, descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP por crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Pòdèr Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada pelo MP é o Superior Tribuna) de Justiça.

Incorretas _ __ ^

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O MP e apolícia, no curso de determinada investigação, descobriram que um membro de um TCE fazia parte de uma organização criminosa especializada em praticar crimes contra a administração pública. Diante do farto acervo probatório reunido, esse membro do TCE foi denunciado pelo MP pòr crime comum. Na situação hipotética acima, o órgão do Poder Judiciário competente para julgar a autoridade denunciada peio MP é o Supremo Tribunal Federal.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Os membros dos TRTs são julgados originariamente, por crime comum e de responsabilidade, pelo TST.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciária. Execução de Mandados. TRT/BA - Os membros dos TRTs são julgados originariamente, por crime comum e de responsabilidade, pelo TST.

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 23, de 1999)

Incorreta _ _____ ___ ^

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Mandado de segurança contra conselho nacional que seja presidido por ministro de Estado deve ser impetrado no STJ.

. .TÍTULO IV - OA ORGANIZAÇÃO DOS PODÉRES. : • . '

Súrmila_do STJ ___ _ „

Súmuia 177 - O Superior Tribuna! de Justiça é incompetente para processar e julgar, origi­nariamente, mandado de segurança contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro de Estado.

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c) os Habeas Corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea “a” ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 23> de 1999)d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vincu­lados a tribunais diversos;

CF ANOTADA PELAS. BANCAS EXAMINADORAS .

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - O conflito positivo de competência entre o Tribunal Regional Federai da 2.a Região e o TRT com sede no Rio de Janeiro deverá ser decidido pelo STJ.

Incorreta

CESPE. 2007. D e fe n so t P ú b iico Substituto. DPG/CE - Conflito de competência entre o Tri­bunal Regional do Trabalho no Ceará e o respectivo tribunal regional federal será apreciado pelo STF.

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus jul­gados;

Incorreta

CESPE. 2009. Anaiista Administrativo. ANAC - Compete ao Superior Tribuna! de Justiça processar e juigar, originariamente, as revisões criminais e as ações rescisórias de ju lgados dos tribunais regionais federais.

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;g) os conflitos de atribuições entre autoridades administra­tivas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

Correta

FUNI VERSA. 2009. Advogado. ADASA - Ao Superior Tribunai de Justiça compete julgar os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União.

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da nor­ma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou

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autoridade federal, da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federai e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal;i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas _ ̂ "

CESPE. 200S. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Compete ao STJ proceder à homolo­gação de sentença estrangeira. '

CESPE. 2007. Defensor Púbiico Substituto. DPG/CE - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) detém competência para homologação de sentença estrangeira.

Incorretas _ _ _____■ ....

CESPE. 2003. Técnico de Controle Externo. Apoio Técnico e Administrativo. Especialidade: Direito. TCE/TO - Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF) julgar originariamente a homo­logação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - A homologação de sentença estrangeira pode ser decidida por ato apenas do presidente do STF.

II - julgar, era recurso ordinário:a) os “habeas-corpus” decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denega­tória a decisão;c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou or­ganismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País;

Corretas „ „ ___ _

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Compete ao Superior Tribunai de Justiça julgar, em recurso ordinário, as causas em que Estado estrangeiro ou or­ganismo internacional forem partes, de um lado, e, do outro, município ou pessoa residente ou domiciliada no país,

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - O julgamento das causas em que forem partes organismo internacional, de um lado, e de outro, um município será realizado pela justiça federai, devendo eventual recurso ordinário interposto contra a sentença ser julgado pelo STJ. (ver também art. 109, II, da CF)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Fede­rais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamen­tar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como ór­gão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Seção IVDOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:I - os Tribunais Regionais Federais;II - os Juízes Federais.

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;

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incorreta

TÍTULO IV ~ DÁ ORG/^IZAÇÃÒ DOS PODERES. •

II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por antigüidade e mere­cimento, alternadamente.

§ 1.° - A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determinará sua jurisdi­ção e sede. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

CESPE. 2007. Procurador Federal - A CF disciplina diretamente a í normas de remoção ou perm uta de juízes dos TRFs. ..

§ 2.° - Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da res­pectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°45, de 2004)

Incorreta ___ ___ _____ „

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU -- Os TRFs instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, sendo-ihes ilícito, no entanto, em atenção ao princípio da moralidade, servir-se de equipamentos públicos e comunitários.

§ 3.° - Os Tribunais Regionais Federais poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Os tribunais regionais federais, os tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federai e os tribunais regionais do trabalho podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Os TRFs poderão funcionar de forma descentrali­zada, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

I - processar e julgar, originariamente:a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da região;c) os mandados de segurança e os “habeas-data” contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;d) os “habeas-corpus” quando a autoridade coatora for juiz federal;

Corretas

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - O Ministério Púbiico da União compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Sendo assim, o tribunal competente para julgar um habeas corpus impetrado contra um membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que atua na 1 a instância é o TRF da 1.a Região, (ver também RE 315.010, STF, infra)

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. STF - Habeas corpus impetrado contra promotor de justiça do DF e territórios deve ser julgado no TRF da 1.a Região.

: Jurisprudência do STF - "Se a Constituição Federal situa o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios no âmbito do Ministério Público da União, força será emprestar a con­seqüência da aplicação da regra específica do art. 108, I, a, da Lei Maior, ao dispor sobre a competência dos Tribunais Regionais Federais para o processo e julgamento, na respectiva área de jurisdição, dos membros do Ministério Público da União, entre eles, os do Distrito Federal e dos Territórios, nos crimes comuns e de responsabilidade". (RE 315.010, Rei. Min. Néri da Silveira, julgamento em 08-04-2002, DJ de 31-05-2002)

CESPE. 2008. Anaiista. Especialização: Advocacia. SERPRO - Paulo, membro do Ministério Pú­blico do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatórío contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem tributária. Eventual crime de abuso de autoridade praticado por Paulo será processado-e julgado pelo Tribunal Regional Federai da 1.a Região.

Incorreta

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO ~ Paulo, membro do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, propôs procedimento investigatórío contra Francisco, visando apurar eventual prática de crime contra a ordem tributária. Compete ao Tribuna! de Justiça do D istrito Federal e Territórios julgar o habeas corpus a ser impetrado por Francisco visando trancar o referido procedimento.

e) os conflitos de competência entre juízes federais vincu­lados ao Tribunal;

II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no exercício da com­petência federal da área de sua jurisdição.

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Í 2á PfcsÉSsS- TlTULO !V - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:I - as causas em que a União, entidade autárquica ou em­presa pública federal forem interessadas na coiídição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Compete à Justiça Fe­deral decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique .a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas. •. • .

Jurisprudência do STF - "A competência outorgada à Justiça Federal possui.extração cons­titucional e reveste-se, por isso mesmo, de caráter absoluto e improrrogável, expondo-se, unicamenté, as derrogações fixadas no texto da Constituição da Repúbjica. Somente à Justiça Federal compete dizer se, em determinada causa, há, ou não, interesse da União Federal. A legitimidade do interesse jurídico manifestado pela União só pode ser verificada, em cada caso ocorrente, pela própria Justiça Federal (RTJ 101/881), pois, piara esse .específico fim é que a Justiça Federal foi instituída: para dizer se, na causa, há, ou não, interesse jurídico da União (RTJ 78/398). O ingresso da União Federai numa causa, vindicando posição processual definida (RTJ 46/73 - RTJ 51/242 - RTJ 164/359), gera a incompetência absoluta da Justiça tocai (RT 505/109), pois não se inclui, na esfera de atribuições jurisdicionais dos magistrados e tribunais estaduais, o poder para aferir e dizer da legitimidade do interesse da União Federal, em de­terminado processo (RTJ 93/1291 - RTJ 95/447 - RTJ 101/419 - RTJ 164/359). A competência para processar ejuigar recurso interposto pela União Federal, contra decisão de magistrado estadual, no exercício da jurisdição local, que não reconheceu a existência de interesse federai na causa e nem determinou a remessa do respectivo processo à Justiça Federal, pertence ao Tribunai Regional Federai (órgão judiciário de segundo grau da Justiça Federal comum), a quem incumbe examinar o recurso e, se for o caso, invalidar o ato decisório que se apresenta eivado de nuiidade, por incompetência absoluta de seu prolator. Precedentes" (RE 144.880, Rei. Min. Celso de Melio, julgamento em 31-10-2000, DJ de 02-03-2001)

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU ~ Tendo os embargos de terceira natureza de ação, a sua propositura, por parte da União, entidade autárquica ou empresa pública federal, determina a competência ratione personae, que detém caráter absoluto e inderrogáve! da justiça federal.

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federai.

Jurisprudência do STF - "Uma vez envolvidas verbas do Fundo de Manutenção e Desenvol­vimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério e de convênios firmados com a União, ou seja, verbas repassadas a Município, a competência para julgar a ação na qual imputado o desvio é da Justiça Federal - precedentes: Recurso Extraordinário n.° 232.093-8/ CE, relator ministro Sepúiveda Pertence, e Habeas Corpus nos 74.788-4/MS, relator ministro Sepúlveda Pertence, e 80.867-1/Pi, reiatora ministra Elien Gracie, cujos acórdãos foram pu­blicados, respectivamente, no Diário da Justiça de 28 de abrii de 2000, 12 de setembro de 1997 e 12 de abril de 2002". (RE 414.849/RN, 1.a Turma, Min. Rei. Marco Aurélio, julgamento em 02-10-2007, DJ de 30-11-2007)

Corretas

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD F T - Compete à justiça fede­ral julgar as causas em que for parte o Banco do Brasii S.A., tendo em vista que essa é uma instituição financeira’ federal.

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ipllJurisprudência do STF - "Compete à justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e

julgar as causas em que for parte o Banco do Brasii S.A". (Súmula 508, STF)

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGÜ - Os serviços sociais autônomos - como SENAC, SES1 e SEBRAE ~, ainda que mantidos por contribuições parafiscais e tendo natureza de pessoa jurídica de direito privado, desvinculadas da administração pública direta ou indireta, fixam a competência da justiça federal para a apreciação das causas em que essas entidades figurem como autoras ou rés.

Jurisprudência do STF ~ "Competência da justiça estadual. SEBRAE. Personalidade de entida­de privada. Precedente da 1.a Turma". (RE 414.375, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 31-10-2006, DJ de 1 ,°-12-2006)

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Em caso de processo de revisão de pensão por morte de beneficiário que recebia aposentadoria por invalidez, compete à justiça estadual, e não à federal, o julgamento da revisão do benefício que não tenha origem em acidente de trabalho.

Jurisprudência do STF - "Tratando-se de matéria de interesse do INSS, qual seja, a possibi­lidade ou não de acumulação de proventos da aposentadoria com o auxílio suplementar, a matéria refoge à competência da Justiça comum. Questão que não se enquadra na ressalva do art. 109,1, da CF, visto que não cuida exclusivamente de acidente do trabalho. Reconhecida a competência da Justiça Federal para julgar o feito". (RE 461.005, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 08-04-2008, DJE 09-05-2008)

CF ANOTADA PELAS 8ANCAS EXAMINADORAS

Súmulas do STF

Súmula 508 - Compete à justiça estadual, em ambas as instâncias, processar e julgar as causas em que for parte o Banco do Brasil S.A.

Súmula 556 ~ É competente a Justiça Comum para julgar as causas em que é parte socie­dade de economia mista.

II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo inter­nacional e Município ou pessoa domiciliada ou residente no País;

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TS T - Compete ao STF julgar causa de matéria trabalhista ajuizada contra o Estado da Argentina.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O litígio entre pessoa física e organismo internacional será originalmente processado no STF.

III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo internacional;IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

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V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no Pais, o resultádo tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;V-A - as causas relativas a direitos humanos a que se refereo § 5.° deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistemá financeiro e a ordem econômico-financeira;

Incorretas _ _ '. ''

CESPE. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Os crimes contra â organização do trabalho devem ser julgados na justiça do trabalho. .•

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - Compete à justiça do trabalho o julgamento de ação de crime contra a organização do trabalho, como, por exemplo, o de redução de pessoa à condição análoga à de escravo. -

fiu& vj: - / • • TÍTULO- IV - DÁ ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ; >V > '/

VII - os "habeas-corpus” em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;VIII - os mandados de segurança e os “habeas-data” contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de compe­tência dos tribunais federais;IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Militar;X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de es­trangeiro, a execução de carta rogatória, após o “exequatur” e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;XI - a disputa sobre direitos indígenas.

§ 1.° - As causas em que a União for autora serão aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a outra parte.§ 2.° - As causas intentadas contra a União poderão ser aforadas na seção judiciária em que for domiciliado o au­tor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.§ 3.° - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as cau­sas em que forem parte instituição de previdência social e

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C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ; .-290; i

segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual.§ 4.° - Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal na área de jurisdição do juiz de primeiro grau.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Caberá recurso de apelação endereçado ao respectivo tribunal de justiça contra sentença proferida por juiz de direito, mesmo quando esfe atua no exercício de competência da justiça federal.

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte institui­ção de previdência sociai e segurado, sempre que a comarca não for sede de vara do juízo federal. Nessa hipótese, contudo, o recurso cabívei será sempre dirigido ao tr ibuna i de justiça do estado ao qual esteja vinculada a comarca.

§ 5.° - Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos,o Procurador-Geral da República, com a finalidade de asse­gurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Jus­tiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (.Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - O procurador-geral da República, na hipótese de processo criminal que envoiva grave violação de direitos humanos, pode solicitar ao STF o deslocamento da competência para a justiça federal.

CESPE. 2008. Técnico de Atividade Judiciária. TJ/RJ - Uma vez iniciada a ação penai para apuração de grave violação de direitos humanos, não mais cabe o deslocamento da compe­tência para a justiça federai.

Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Federal, cons­tituirá uma seção judiciária que terá por sede a respectiva Capital, e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU - Cada estado, bem como o DF, constitui uma seção judiciária que tem por sede a respectiva capitai e varas localizadas segundo o estabelecido em lei.

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Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a jurisdição e as atribuições cometidas aos juízes federais caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei.

t í t u l o . i v - d a ò r p a n i z a ç ã o d o s p o d e r e s ' •: . í ;:: ; : f | f g | | | | | | | | |

Seção V DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

incorretas ....... ........ _ .. ...... ......

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - De acordo com a CF, são órgãos da justiça do trabalho o TST, os TRTs e as jun tas de conciliação e ju lgam ento.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. T S T - Recente alteração constitucional introduziu no ro l dos órgãos que form am a Justiça do Trabalho os Juizados Especiais do Trabalho, que são competentes para ju lg a r causas trabalhistas de m enor complexidade.

I - o Tribunal Superior do Trabalho;II - os Tribunais Regionais do Trabalho;III - Juízes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 24, de 1999)

Correta _____ _____„ „

CESPE. 2007. Analista Judiciário» Área Judiciária. TS T - São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os tribunais regionais do trabalho (TRTs), que detêm competências originárias ou recursaís, e os juízes do trabalho, integrantes do primeiro grau de jurisdição trabalhista, que processam e julgam as causas não-previstas na competência originária dos referidos tribunais.

Incorretas _ _ ___ __ _ _ ^

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA ~ De acordo com a CF, são órgãos da Justiça do Trabalho o TST, os TRTs e as jun tas de conciliação e ju lgam ento.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - São órgãos da Justiça do Trabalho: o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os tribunais regionais do trabalho (TRTs) e os juízes do trabalho.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - São órgãos da Justiça do Trabalho: o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), os tribunais regionais do trabalho e as varas do trabalho.

§§ 1.° a 3.° - (Revogados pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

'.- . V / CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Correta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - O TST compõe-se de 27 ministros.

I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exer­cício, observado o disposto no art. 94;

Correta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais.

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Um quinto dos lugares no Tribunal Superior do Trabalho e nos tribunais regionais do trabalho será composto de membros do Ministério Público com mais de cinco anos de carreira e de advogados, também com mais de cinco anos de carreira, indicados em lista tríplice pelos órgãos de representação das respectivas classes.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Considere que Andréa, nascida na França e naturalizada brasileira há cinco anos, é uma advogada de 37 anos, que há doze anos exerce essa profissão no Brasil. Nesse caso, Andréa pode ser nomeada juíza de um tribunal regional do trabalho (TRT), mas não pode ser nomeada m inistra do TST.

II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

Correta

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é composto por ministros escolhidos entre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos de idade, nomeados pelo presidente da República após aprovados pela maioria absoluta do Senado Federai. A Constituição Federal vigente prevê que 21 {vinte e um) dos ministros sejam necessariamente oriundos da magistratura de carreira,

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•393%' •TÍTÜLÓ; IV'—' DA- ÒRGANI2 ç̂£oj rósj.f ÕD.ÈRgS:

indicados peto TST ao presidente da República dentre juízes de tribunais regionais do trabalho; três dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e três dentre membros do Ministério Púbiico do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, estes últimos seis a partir de listas tríplices encaminhadas ao presidente da Repúbiica pelo TST, depois de reduzidas as listas sêxtupias encaminhadas pelos órgãos de classe das respectivas corporações.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - A competência do Tribunal Superior do Trabalho é prevista em ie i complementar, à quai cabe regular,, ainda,, o funcionamento do Conselho Superior da Justiça do Trabalho e da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho. : -

§ 2.° - Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Tra­balho:I ~ a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo- lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Tra­balho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Ao Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que funciona junto ao TST, cabe a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e de segundo graus.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. T S T - O Conselho Superior da Jus­tiça do Trabalho é o órgão do Conseiho Nacional de Justiça competente para exercer o controle externo da atividade dos juízes e tribunais do trabalho.

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tri­bunal Regional do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

§ 1.° - A lei disporá sobre a competência do Tribunal Su perior do Trabalho.

Incorreta

Correta

Incorreta

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M M

Corretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Nas comarcas que nâo sejam abrangidas pela jurisdição da Justiça do Trabalho, as demandas trabalhistas podem ser julgadas por um juiz de direito.

Incorreta

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Os juízes de direito podem, excep­cionalmente, nos termos da lei, quando as respectivas comarcas não integrarem jurisdição de vara do trabalho, exercer jurisdição trabalhista, mas, nesse caso, o recurso interposto contra suas sentenças deve ser remetido ao tribuna l de justiça estadual ao qual estejam vinculados, que absorve, po r conseqüência, a jurisdição trabalhista em grau recursal.

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 24, de 1999)Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - Os crimes contra a organização do trabalho serão julgados na justiça federal, (ver também art. 109, inc. VI, da CF, e Súmula 115 do TFR)

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as causas envolvendo as relações de trabalho, além das matérias que envolvam dissídios coletivos, greve, representação sindical, indenizações deri­vadas da relação de trabalho, exame judiciai das penalidades administrativas impostas pela fiscalização do trabalho e execução das contribuições previdenciárias pertinentes às sentenças que proferir, podendo ter acrescidas outras competências por iei, quando a controvérsia se coligar à relação de trabalho ou dela decorrer.

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - As ações de acidente do trabalho propostas pelo beneficiário contra o INSS, em que se discuta controvérsia acerca de benefício previdenciário, serão julgadas na justiça federal, (ver Súmulas 501 do STF e 15 do STJ)

Jurisprudência do TRF 2.° Régião ~ “ \ - Nos termos do art. 109, I, da Constituição Federal e das Súmulas 501 do STF e 15 do STJ, a competência para o processamento e julgamento de ação relativa a benefícios oriundos de acidente de trabalho é da Justiça Estadual e não da Justiça Federal". (MAS 55.605/RJ 2002.51.01.523889-7, 1.8 Turma, Rei. Desembargador Federal Aluisio Gonçalves de Castro Mendes, julgamento em 17-04-200, DJU de 24-05-2007, p. 258)

Súmula do STF _ _

Súmuia 235 - Acidente. Competência. Autarquia seguradora. É competente para a ação de acidente de trabalho a Justiça cível comum, inclusive em segunda instância, ainda que seja parte autarquia seguradora.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS •

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Súmula do TFR

Súmuia 115 - Compete à Justiça Federal processar e juigar os crimes contra a organização do trabalho, quando tenham por objeto a organização geral do trabalho ou direitos dos trabalhadores considerados coletivamente.

I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constítudonai n.°45, de 2004) : ■ ■

Corretas • __ __ . ^

CESPE. 2003. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA - Segundo o STF, a competência da Justiça do Trabalho, quando envolver entes da administração pública direta e indireta da União, dos estados, do DF e dos municípios, somente não abrange as ações cuja controvérsia diga respeito a regime estatutário, tida como dé caráter jurídiço-administrativo. (ver também ADI 3.395-MC, STF, in fra }

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - A Constituição da República atribui à Justiça do Trabalho a competência para julgar causas trabalhistas em que a União figura como ré.

Jurisprudência do STF - "O disposto no art. 114, l, da Constituição da República, não abrange as causas instauradas entre o Poder Público e servidor que lhe seja vinculado por relação jurídico-estatutária". (ADI 3.395-MC, Rei. Min. Cezar Peiuso, julgamento em 05-04-2006, DJ de10-11-2006}

Incorretas

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as ações oriundas da relação de trabalho devem ser julgadas pela Justiça do Trabalho, excluídas as que envolvam os entes de direito público externo e da administração pública direta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. (ver também ADI 3.395-MC, STF, supra)

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários. Economia- Considere a situação de um empregado público de empresa pública federal, prestadora de serviços públicos, que tenha sido demitido por justa causa e, por discordar do fundamento da demissão, tenha ingressado na Justiça do Trabalho com reclamação trabalhista, pleiteando verbas rescisórias, já que estaria submetido ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com relação a essa situação e acerca da organização administrativa da União e da sua administração indireta, a referida reclamação trabalhista deverá ser julgada pela justiça federal, e nõo pela justiça do Trabalho. (ver também ADI 3.395-MC, supra)

CESPE. 2008. Advogado. FUNDAC/PB - Um policiai militar foi contratado por uma empresa privada para exercer a função de vigilante, nos horários em que não estivesse de serviço na corporação. Ficou acertado que o policial receberia um salário mensal, cumpriria as ordens do supervisor da empresa, e estaria disponível para o trabalho nos horários de folga da corporação. Acerca dessa situação hipotética pode-se afirmar que na eventualidade de uma ação judicial entre o policial militar e a empresa privada, a ação deve ser submetida à justiça m ilita r, foro competente para juigar policiais militares.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS V .. Í 29&.

Jurisprudência do TST - "A única competente para dizer da existência de víncuio de emprego é a Justiça do Trabalho, (...)" (A1RR 26.71/2001-075-03-41.8, julgamento em 22-10-2003, Rei. Juiz Convocado Samuel Corrêa Leite, 2.a Turma, DJ de 21-11-2003)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - Caso um servidor público federal regido pela Lei n.° 8.112/1990, em exercício em tribunai regional eieitoral, tenha ajui­zado reclamação trabalhista contra a União, com o objetivo de condená-la ao pagamento de gratificação suprimida de seus vencimentos, a ação deverá ser ju lgada p o r uma das varas da Justiça do Trabalho da capita l onde se encontre o referido tribunai. {ver também ADI 3.395-MC, supra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Com o alargamento da com­petência da Justiça do Trabalho, decorrente da Emenda Constitucional n.° 45/2004, o STF passou a entender que cabe à justiça laborai processar e julgar as ações oriundas de relação de trabalho, bem como fazer executar seus julgados, inclusive quando figura em po lo passivo ente de direito público externo.

Jurisprudência do STF - "O Estado estrangeiro não dispõe de imunidade de jurisdição, pe­rante órgãos do Poder Judiciário brasileiro, quando se tratar de causa de natureza trabalhista. Doutrina. Precedentes do STF (RTJ 133/159 e RTJ 161/643-644). - Privilégios diplomáticos não podem ser invocados, em processos trabalhistas, para coonestar o enriquecimento sem causa de Estados estrangeiros, em inaceitável detrimento de trabalhadores residentes em território brasileiro, sob pena de essa prática consagrar censurável desvio ético-jurídico, incompatível com o princípio da boa-fé e inconciliável com os grandes postulados do direito internacional O privilégio resultante da imunidade de execução não inibe a justiça brasileira de exercer jurisdição nos processos de conhecimento instaurados contra estados estrangeiros. A imuni­dade de jurisdição, de um lado, e a imunidade de execução, de outro, constituem categorias autônomas, juridicamente inconfundíveis, pois - ainda que guardem estreitas relações entre si - traduzem realidades independentes e distintas, assim reconhecidas quer no plano con­ceituai, quer, ainda, no âmbito de desenvolvimento das próprias relações internacionais. A eventual impossibilidade jurídica de ulterior realização prática do título judicia! condenatório, em decorrência da prerrogativa da imunidade de execução, não se revela suficiente para obstar, só por si, a instauração, perante Tribunais brasileiros, de processos de conhecimento contra Éstados estrangeiros, notadamente quando se tratar de litígio de natureza trabalhista. Doutrina. Precedentes". (RE 222.368-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-04-2002, DJ de 14-02-2003)

Mota - O TST, em decisão recente, firmou entendimento que os organismos internacionais, do mesmo modo que os Estados estrangeiros, são beneficiários de imunidade, tanto na fase de conhecimento, quanto na de execução, ou seja, possuem imunidade de jurisdição absoluta. Portanto, atenção ao enunciado da questão sobre este assunto quanto à base jurisprudencial solicitada, se do STF (ausência de imunidade na fase de conhecimento e imunidade na fase de execução) ou do TST.(imunidade absoluta). Veja a jurisprudência do TST sobre o assunto:

.' Jurisprudência do TST - "Em sessão de 3.9.2009, a Eg. SDI-1 desta Corte, por maioria, unifor­mizou a jurisprudência, pontuando que os organismos internacionais, do mesmo modo que os Estados estrangeiros, são beneficiários de imunidade de jurisdição absoluta, esta, no caso, consubstanciada em tratados e/ou acordos de sede (E-ED-RR-900/2004-019-10-00-9; Relator Ministro Caputo Bastos). Recurso de revista conhecido e provido". (RR 93140-34.2007.5.10.0004, julgamento em 18-11-2009, Rei. Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3.a Turma, DEJT de 04-12-2009)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - As ações oriundas da discussão de relação de trabalho de servidores públicos federais, após a Emenda Constitucional n.° 45/2004, serão ju lgadas pela justiça trabalhista, {ver também ADI 3.395-MC, supra)

CESPE. 2008. Procurador do Estado de 1.® Categoria. PGE/ES - As controvérsias entre os servidores públicos estatutários e as pessoas jurídicas de direito público sobre a aplicação

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do respectivo estatuto passaram para a competência da Justiça do Trabalho. (ver também ADI 3.395-MC, supra)

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR ~ Compete à Justiça do Trabalho processar e juigar as ações oriundas da reiação de trabalho, salvo quando essas envolverem, como parte, a administração pública, seja federai,.estadual, distrital ou municipal. {ver também AD i 3.395-MC, supra)

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU - É da competência da Justiça do Trabalho o proces­samento e o julgamento das causas que envolvam pedido de condenação de ente público ao pagamento de indenização por danos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho sofrido por servidor público estatutário. (ver também ADI 3.395-MC, supra)

Súmuias do STF '■ '

Súmuia Vinculante 22 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e juigar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes dé acidente dè trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas qüe ainda não: possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n.° 45/04.

Súmula 736 - Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações, que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. ■'

IX - as ações que envolvam exercido do direito de greve;(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - As ações que envolvem o exer­cício do direito de greve devem ser julgadas na Justiça do Trabalho.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - As ações que envolvem o exercício do direito de greve devem ser julgadas na Justiça do Trabalho.

Súmula do STF

Súmula Vinculante 23 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

III - as ações sobre representação sindical, entre sindica­tos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - O sindicato representante de uma categoria funcional realizou processo eleitoral para a escolha de nova diretoria. Duas chapas

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 298

inscreveram-se para concorrer ao pleito. Após a eleição, a chapa vencida constatou diversas irregularidades, e a comissão eleitoral, ignorando esses fatos, proclamou o resultado das elei­ções: declarou a outra chapa vencedora. Nessa situação hipotética, caso a chapa derrotada, ou algum candidato, tenha interesse em mover ação judjcial para questionar a validade dessa eleição, deve mover a competente ação na Justiça do Trabalho.

Jurisprudência do TST ~ "(...) 2. Na hipótese vertente, a lide versa sobre a nuiidade de elei­ção sindical decretada judicialmente por violação ao princípio da liberdade sindical. 3. Ora, sendo reconhecida a nova competência da Justiça do Trabalho e por não se tratar de relação empregatícia, a verba honorária é devida pela mera sucumbência. Agravo de instrumento desprovido". (AIRR 1.524/2007-751-04-40.5, julgamento em 18-02-2009, Rei. Min. Ives Gandra Martins Filho, 7.a Turma, DEJT de 20-02-2009)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - A Justiça do Trabalho tem competência para processar ejuigar as ações acerca de representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Compete à Justiça do Tra­balho processar e julgar as causas que envolvam representação sindicai.

IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda Constítudonai n.°45, de 2004)

Correta

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - O Tribunal Superior do Trabalho tem competência para julgar mandados de segurança e habeas corpus, desde que os atos questionados envolvam matéria sujeita a sua jurisdição.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - O habeas corpus contra ato de desembargador de TRT, em regra, é julgado pelo STF.

V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, 1, o; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, d e 2004)

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Considere a seguinte situação hipotética: Maria trabalhou até dezembro de 2007 em uma fábrica na qual sofreu acidente que resultou na perda de um dos dedos de sua mão direita. Em decorrência disso, ajuizou ação para exigir a condenação de sua ex-empregadora ao pagamento de danos morais.

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í:jZSÊM . ■ TITULO IV - DA ORGANIZAÇÃO. DOS .PODERES - -..

Nessa situação, a ação deve ser corretamente proposta perante a Justiça do Trabalho.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de M andados.TRT/BA - A partir da Emenda Cons­titucional n.° 45/2004, as ações de indenização por dano moral e (ou) patrimonial, decorrentes da relação de trabalho, são da competência da Justiça do Trabalho, estando excluídas dela somente as ações acidentárias, que continuam a ser da competência da Justiça Comum.

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações de indenização por dano patrimonial decorrentes da relação de trabalho, nelas incluídas as ações nas quais o empregado pleiteia do empregador o pagamento de indenização material decorrente de acidente do trabalho.

Incorretas

CESPE. 2008. Procurador do Estado de l . a Categoria. PGE/ES — Os processos sobre indeni­zação pelo empregador por dano mora! ou patrimonial decorrentes de acidente do trabalho já sentenciados antes do advento da EC 45/2004 devem ser deslocados para a Justiça do Trabalho, em razão da nova competência. (ver também Súmula Vinculante 22 do STF)

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Ante a natureza jurídica cível da pretensão deduzida, compete à Justiça Comum processar e juigar as ações nas quais o empre­gado pleiteia do empregador o pagamento de indenização por danos morais decorrentes de acidente do trabalho. (ver também Súmuia 392 do TST}

Súmula do STF ; _ _ ....... ' ......

Súmula Vinculante 22 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as causas relativas a indenizações por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, alcançando-se, inclusive, as demandas que ainda não possuíam, quando da promulgação da EC n.° 45/2004, sentença de mérito em primeiro grau.

Súmula do TST : .

Súmula 392 - Dano moral. Competência da justiça do trabalho. Nos termos do art. 114 da CF/1988, a Justiça do Trabalho é competente para dirimir controvérsias referentes à indenização por dano moral, quando decorrente da relação de trabalho.

VII - as ações relativas às penalidades administrativas im­postas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2008. AnaSista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Segundo a CF, compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/BA - Segundo a CF, com­pete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho, exceto quando se tratar de m andado de segurança. (ver também art. 114, IV, da CF)

VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais pre­vistas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, de­correntes das sentenças que proferir; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/RJ - A execução das senten­ças que envolvam decisão sobre adimplemento de contribuição previdenciária não poderão ser realizadas de ofício, devendo o Instituto Nacional da Seguridade Social (iNSS) ser chamado à lide para exigir seu pagamento.

XX - outras controvérsias decorrentes da relação de traba­lho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Correta

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - Conforme entendimento do STF, compete à Justiça doTrabalho apreciar litígios instaurados contra entidades de previdência privada e relativos à complementação de aposentadoria, pensão ou de outros benefícios previdenciários, desde que a controvérsia jurídica resulte de obrigação oriunda de contrato de trabalho.

Jurisprudência do STF - "Complementação de aposentadoria e/ou pensão. Entidade de pre­vidência privada. Competência. (...) A Justiça do Trabalho dispõe de competência para apreciar litígios instaurados contra entidades de previdência privada e relativos à complementação de aposentadoria, pensão ou de outros benefícios previdenciários, desde que a controvérsia jurídica resulte de obrigação oriunda de contrato de trabalho. Precedentes. Competirá, no entanto, à Justiça Comum, processar e julgar controvérsias relativas à complementação de benefícios previdenciários pagos por entidade de previdência privada, se o direito vinculado não decorrer de contrato de trabalho. Precedentes". (Al 713.670-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-06-2008, 2.a Turma, DJE de 08-08-2008)

§ 1.° - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.§ 2.° - Recusando-se qualquer das partes à negociação co­letiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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Incorreta . ____ _____

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Competem aos tribunais do trabalho processar e julgar os dissídios coletivos apenas quando os trabalhadores estiverem em greve.

§ 3.° - Em caso de greve em atividade essencial, com possi­bilidade de lesão do interesse publico, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004) : '• f ' ‘

Correta

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - Em assembleia: geral, após frustrada negociação coletiva com o sindicato patronal, os motoristas e cobradores de ônibus de em­presas de transporte coletivo de certo município resolveram deflagrar movimento paredista. Comunicaram às empresas de transporte coletivo das quais eram empregados a deliberação pela greve e, no dia seguinte, após anúncio em jornais, rádió e televisão, pararam de trabalhar, mantendo, contudo, colegas incumbidos de trafegar com parte dos ônibus, nos horários de pico, exceto nas linhas que passam pelos iugares mais movimentados da cidade, que con­tinuam sem atendimento de transporte público algum. O Ministério Público do Trabalho, à conta do interesse público e do serviço envolvido, pode ajuizar dissídio coletivo perante o competente TRT para decisão acerca do referido conflito.

Art. 115, Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitu­cional n.° 45, de 2004)

Corretas

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - Os TRTs, que têm sua criação definida por lei, compõem-se de, no mínimo, sete juízes, garantida a representação de um quinto dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho.

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Os TRTs são compostos por, no mínimo, sete juízes, garantida a representação de um quinto a procuradores do trabalho e a advogados; os demais são juízes do trabalho de primeiro grau, promovidos, alternadamente, por antiguidade e por merecimento.

Incorretas

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/PR - Os tribunais do trabalho são compostos por juízes togados e juízes dassistas. Estes últimos representam as categorias eco­nômicas e profissionais, em representação paritária.

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I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exer­cício, observado o disposto no art. 94;II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, alternadamente.

§ 1.° - Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

Incorreta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - As varas do trabaiho po­dem funcionar em caráter itinerante, situação em que podem ultrapassar os lim ites territoriais da respectiva jurisdição.

§ 2.° - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcio­nar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Corretas

CESPE. 2003. Técnko Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Os tribunais regionais federais, os tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federal e os tribunais regionais do trabalho podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TS T - A Justiça do Trabalho, atualmente, é dividida em vinte e quatro Regiões, cada qual possuindo um TRT e tantas varas do trabalho quantas criadas por lei, nas quais exercem sua jurisdição os juízes do trabalho, segundo os limites de competência territorial próprios. Os TRTs podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, e instalar juízos itinerantes, observados os limites territoriais da respectiva jurisdição a que estão vinculados.

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 24, de 1999)

Correta

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/PR - Os juízes do trabalho exer­cem jurisdição, singularmente, nas varas do trabalho criadas por lei.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ^,;302V;

Parágrafo único. (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 24, de 1999)

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• 303 : TÍTULO iV - DA ORGANIZAÇÃO QOS PODERES

Art. 117 e Parágrafo único. (Revogados pela Emenda Cons­titucional n.° 24, de 1999)

Seção VI DOS TRIBUNAIS E JUIZES ELEITORAIS

Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:I - o Tribunal Superior Eleitoral;II - os Tribunais Regionais Eleitorais;III - os Juízes Eleitorais;IV - as Juntas Eleitorais.

Corretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os juízes eleitorais e as juntas eleitorais são órgãos da Justiça Eleitoral.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Supremo Tribunal Federal, Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral Tribunal Regional Eleitoral Juízes Eleitorais e Ministério Público Eieitoral.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, são órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Juízes Eleitorais e o Corregedor Eleitoral.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se~á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:I - mediante eleição, pelo voto secreto:a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

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CF ANOTADA PELAS 8ANCAS EXAMINADORAS ^ Ó 4 ';í

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa.TRE/MG - Os advogados que compõemo TSE são nomeados pelo presidente da República entre os indicados, em lista sêxtupla, peío Conselho Federai da Ordem dos Advogados do Brasil.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO. - O TSE é composto de sete membros, entre os quais três ministros do STF, dois ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), um m inistro do Tribunal Regional Eleitoral {TRE) e um advogado escolhido pelo presidente da República.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - O TSE é composto de sete membros, entre os quais três ministros do STF, dois ministros do STJ, um desembargador federal e um advogado escolhido pelo presidente da República.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Su­premo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - O TSE elegerá seu pre­sidente e seu vice-presidente entre os ministros do STF, e o Corregedor Eleitora! entre os ministros do STJ.

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - O presidente, o vice-pre­sidente e o corregedor eleitoral do TSE são escolhidos entre os ministros do Supremo Tribunai Federal que compõem o tribunal.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - O TSE elegerá seu presi­dente e o vice-presidente, respectivamente, entre os ministros do STF e os ministros do STJ. O Corregedor Eleitoral será escolhido entre os ministros oriundos da classe dos advogados.

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.

Correta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Haverá apenas um TRE na capital de cada estado e no Distrito Federal.

§ 1.° - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:I - mediante eleição, pelo voto secreto:

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - É inconstitucional a previsão legislativa de que a eleição de juízes para compor os TREs se faça mediante eleição por voto secreto dos tribunais de justiça dos estados, tendo em vista o princípio da publicidade.

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TÍTULO !V - DA ÓRGANIZAÇÂÒ DOS PODERES

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GÕ— Os; tribunais regionais eieitoraís, com sede na capitai dos estados e no Distrito Federai, são compostos de, no m ínimo, sete juízes, com cinco deles indicados entre os desembargadores e dois entre os juízes de direito.

II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, òu, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer cáso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e ido­neidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os membros dos TREs oriundos de nomeação, peio presidente da Repúbiica, serão escolhidos eritre seis advogados de notáve! saber jurídico e idoneidade moral, indicados peio respectivo tribunal de justiça.

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os TREs são compostos por dois juízes escolhidos entre os desembargadores do tribunai de justiça, por dois juízes escolhidos entre os juízes de direito, por dois juízes oriundos da classe dos advogados e por dois juízes dos Tribunais Regionais Federais (TRFs).

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os membros dos TREs são, todos eles, nomeados pelo presidente da República, entre cidadãos de notável saber juríd ico e idoneidade morai, indicados peio tribuna l de justiça de cada estado da Federação.

§ 2.° - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os desembargadores.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - A presidência e a vice- -presidência dos TREs devem recair sempre sobre os membros desembargadores.

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Correta

CESPE. 2003. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - A competência da Justiça Eieitoral deverá ser fixada em lei complementar, à qual incumbe dispor sobre sua organização.

§ 1.° - Os membros dos tribunais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

Correta

CESPE. 2003. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os membros dos tribunais elei­torais, os juízes de direito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2.° - Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo motivo jus­tificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

Correta

CESPE. 2003. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Nenhum magistrado tem vinculação permanente com a Justiça Eleitoral, pois as investiduras, nela, são periódicas, pre­valecendo o princípio da temporariedade.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O mandato dos juízes dos tribunais eleitorais é de três anos, admitida uma única recondução pelo mesmo período de tempo.

CESPE. 2003. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os membros do TSE são vitalícios.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Os juízes dos tribunais eleitorais são vitalícios, somente podendo perder o cargo p o r meio de decisão ju d ic ia l transitada em julgado.

§ 3.° - São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as de- negatórias de “habeas-corpus” ou mandado de segurança.

Incorretas

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - O STF não tem competência para rever decisões do TSE.

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TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO. DOS PODERES X

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - As decisões do TSE sãoirrecorríveis.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - Em razão de o TSE constituir a instância máxima da Justiça Eleitoral, suas decisões são sempre irrecorríveis.

§ 4.° - Das decisões dos Tribunais. Regionais Eleitorais somente caberá recurso quando:X - forem proferidas contra disposição expressa desta Cons­tituição ou de lei; ■XI - ocorrer divergência na interpretação dé lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplo­mas nas eleições federais ou estaduais;

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/BA - É cabível recurso ao Tribu­nal Superior Eieitoral (TSE) das decisões dos TREs quando versarem sobre inelegibilidade ou expedição de dtpíomas nas eieições federais ou estaduais.

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciado. Área Administrativa. TRE/GO - As decisões dos TREs são irrecorríveis, e, portanto, terminativas, quando versarem sobre expedição de diplomas em eieições estaduais.

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;V - denegarem “habeas-corpus” mandado de segurança, “habeas-data” ou mandado de injunção.

Corretas

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Não caberá recurso da decisão do TRE que conceder habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Das decisões dos TREs caberá recurso quando denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Os órgãos da Justiça Eleitoral não têm competência para julgar habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção.

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Seção VIIDOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:I - o Superior Tribunal Militar;II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.

Art. 123.0 Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sen­do três dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo:I - três dentre advogados de notório saber jurídico e con­duta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional;II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar.

Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei.

Incorreta

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TJD FT - O envolvimento de policiais mi­litares em um crime, ainda que os delitos sejam estranhos à atividade militar, como o roubo e o tráfico de drogas, desloca a atribuição das investigações e da presidência do inquérito para a policia m ilitar.

| | | | | | | | | j-' . C.F ANOTADA. PELAS BANCAS EXAMINADORAS • ' ' 'Í|308 j

Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o fun­cionamento e a competência da Justiça Militar.

Seção VIIIDOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição.

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TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO .TOS -PODERES B I I I I È S I

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Os estados da Federa­ção detêm competência para organizar suas próprias justiças, sem que estejam lim itados por qualquer princípio ou norm a prévia.

. Jurisprudência do STF o art. 125 da Lei Magna defere aos Estados a competência de organizar a sua própria Justiça, mas não é menos certo que esse mesmo art; 125, caput, junge essa organização aos princípios'estabelecidos'por eia, Carta Maior, neles incluídos os:constantes do art. 37, cabeça" (ADC 12-MC, Rei. Min. Carlos Britto, julgamento em 16-02-2006,p j de .1 .?r09-2006)

CESPE, 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - A constituição do estado X determina que os mandados de segurança contra secretário de estado devem ser julgados peío tribunal de justiça do referido estado. Nesse caso, o mandado de segurança impetrado por empresa pública federal contra ato de secretário de Estado deverá ser julgado pelo tribunal regional federal da respectiva região.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD F T - Compete à Constituição do es­tado definir as atribuições do respectivo tribunal de justiça, nos termos da Constituição da República. Tal competência não pode ser transferida ao legislador infraconstitucional.

Jurisprudência do STF - "Compete à Constituição do Estado definir as atribuições do Tribunal de justiça, nos termos do art 125, § 1.°, da Constituição da República. Essa competência não pode ser transferida ao legislador infraconstitucional. Ação julgada procedente para excluir da norma do art. 108, inc. Vil, alínea b, da Constituição do Ceará a expressão 'e de quaisquer outras autoridades a estas equiparadas na forma da lei.'7'. (ADf 3.140, Rei. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 10-05-2007, DJ de 29-06-2007)

CESPE. 2008. Analista Ju d ic iá rio . Execução de Mandados. TJD FT - Aos tribunais de justiça dos estados pode ser atribuída a competência ordinária para processar e julgar o procurador- geral de justiça nos crimes comuns ou de responsabilidade, desde que tal competência esteja estabelecida na Constituição do estado.

Jurisprudência do STF - "Tribunal de Justiça: competência ordinária para processar e julgaro Procurador-Geral de Justiça. (...) Cabe à Constituição do Estado-membro estabelecer a competência dos seus Tribunais, observados os princípios da Constituição Federal {CF, art. 125, § 1.°). Constitucionalidade do inciso XH, do art. 136, da Constituição da Paraíba que fixa a competência do Tribunal de Justiça para processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns ou de responsabilidade, o Procurador-Geral de Justiça" (ADI 541, Rei. Min. Carlos Velloso, julgamento em 10-05-2007, DJ de 06-09-2007}

Súmula do STF

Súmula 721 - A competência constitucional do tribuna! do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.

§ 1.° - A competência dos tribunais será definida na Cons­tituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

Corretas

§ 2.° - Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais

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ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão.

Correta

CESPE. 2010. AnaSista Judiciário. Área Judiciária. TRE/BA - Quando uma iei municipal afronta simultaneamente dispositivos previstos na CF e na constituição estadual, mesmo em se tratando de preceitos de repetição obrigatória, compete ao tribunal de justiça do estado processar e julgar originariamente eventual ação direta de inconstitucionalidade.

Jurisprudência do STF - "Reclamação com fundamento, na preservação da competência do Supremo Tribunal Federal. Ação direta de inconstitucionalidade proposta perante Tribunal de Justiça na qual se impugna Lei municipal sob a alegação de ofensa a dispositivos constitucionais estaduais que reproduzem dispositivos constitucionais federais de observância obrigatória peíos Estados. Eficácia jurídica desses dispositivos constitucionais estaduais. Jurisdição constitucional dos£stados~Membros. Admissão da proposítura da ação direta de inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça locai, com possibilidade de recurso extraordinário se a interpretação da norma constitucional estadual, que reproduz a norma constitucional federal de observância obrigatória pelos Estados, contrariar o sentido e o alcance desta" (Rcl 383, Rei. Min. Moreira Alves, julgamento em 11-06-1992, DJ de 21-05-1993)

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - O controle concentrado de constítucionalidade no âmbito dos estados surgiu no ordenamento jurídico brasileiro com a CF.

Doutrina ~ "Através da EC n.° 16, de 26/11/1965, criou-se no Brasil uma nova modalidade de ação direta de inconstitucionalidade, de competência originária do STF, para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federai ou estadual, a ser proposta, exclusivamente, pelo Procurador Geral da República. Estabeleceu-se, ainda, a possibilidade de controle concentrado em âmbito estadual". (LENZA, 2010, p. 204}

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Na hipótese de uma lei municipal contrariar uma norma prevista na CF, e obrigatoriamente repetida na constituição estadual, o tribunal de justiça estadual não poderá apreciar a alegação de inconstitucionalidade dessa lei, em face da consti­tuição estadual, sob pena de usurpar a competência do STF. {ver também Rcl 383, STF, supra)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - Os tribunais estaduais e do Distrito Federal têm competência para julgar ação direta de inconstitucionalidade de íei ou ato normativo estadual em face da CF.

§ 3.° - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juizes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 4.° - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto

I ’ CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORASw m m

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e da patente dos oficiais e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 5.° ~ Compete aos juizes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais coníra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares.(Incluído pela Emenda Constitucional n,° 45, de'2004)§ 6.° - O Tribunal de Justiça poderá funcionar desçentrali- zadamènte, constituindo Câmaras regionais, a íim de asse­gurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004) ~

Correta _ __ ....__

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TJD FT - Os tribunais regionais federais, os tribunais de justiça dos estados e do Distrito Federal e os tribunais regionais do trabalho podem funcionar descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, a fim de assegurar o píeno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

§ 7.° - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdi­ção, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a criação de varas especializadas, com com­petência exclusiva para questões agrárias. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO. DOS PODERES

CAPÍTULO IV DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Seção IDO MINISTÉRIO PÜBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe

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.CF ANOTADA PELAS 8ANCAS EXAMINADORAS

a defesa da ordèm jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.§ 1.° - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

Correta

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - A unidade, a indivisibilidade e a inde­pendência funcional são princípios institucionais do Ministério Público.

Incorretas

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Em ação penal ajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz, em alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a conduta do cidadão não configurava qualquer delito. O promotor de justiça é um órgão de acusação do Ministério Público, razão pela qual o segundo promotor não poderia dirigir-se ao juiz com requerimento favorável ao acusado.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. STF - Em ação penal ajuizada contra um cidadão, um promotor de justiça fez uma narração genérica dos atos que, a seu ver, haviam importado na configuração de um crime. O processo foi bastante demorado e transcorreram-se mais de 6 anos sem que sequer a sentença do juízo do primeiro grau de jurisdição tivesse sido prolatada. Um segundo promotor, que veio a substituir o primeiro, observou que o fato imputado ao cidadão na verdade não configurava crime e pediu ao juiz, em alegações finais, que reconhecesse a atipicidade da conduta, ou seja, que a conduta do cidadão não configurava qualquer delito. O segundo promotor ofendeu o princípio da unidade do M inistério Público, pois não poderia a tuar no caso discordando dos encaminhamentos realizados pelo prim eiro p rom oto r de justiça.

§ 2.° - Ao Ministério Público é assegurada autonomia fun­cional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remu- neratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo eíe propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por con­curso público de provas ou de provas e títulos.

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Incorretas _ __ _ |

CESPE. 2009. Anaiista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A Jurispru­dência do STF firmou-se no sentido de que não gera inconstitucionalidade formal a emenda parlamentar a projeto de lei de iniciativa do MinistérioTúblico estadual que importa aumento de despesa. (ver também art. 61, § 1.°, e, da CF)

Jurisprudência do STF -"A çã o Direta de inconstitucionalidade. Emenda Constitucional n.° 35/2005, do Estado do Rio de Janeiro, que cria instituição responsável pelas perícias crimina­lística e médico-iegat. Inconstitucionalidade formai: matéria de- iniciativa -privativa do Chefe do Poder Executivo. Violação, pelo poder constituinte decorrente, do princípio da separação de poderes, tendo em vista que, em se tratando de Emenda à Constituição estadual, o pro­cesso legislativo ocorreu sem a participação do Poder Executivo".í(ADi. 3.644, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 04-03-2009, Plenário, DJE de 12-06-2009) - .

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Apesar dê ser assegurada autonomia funcional e administrativa ao MP, a in ic ia tiva legislativa para: criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, a política rem uneratóría e os planòs de carreira dos seus servidores cabem ao Poder Judiciário. . ••••'• ■

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§ 3.° - O Ministério Público elaborará sua proposta orça­mentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.§ 4.° - Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3.°(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 5.° - Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipula­dos na forma do § 3.°, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 6 .° - Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Art. 128. O Ministério Público abrange:

Correta _ _ ___ _______________________

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Compete ao Ministério Público estadual instaurar inquérito civil púbiico para apurar irregularidades em contratos firmados por sociedade de

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNAOORAS . -Í-3Í4 í

economia mista de capital majoritário da União, desde que não se trate de hipótese de defesa do patrimônio nacional ou dos direitos dos cidadãos.

Jurisprudência do.STF -"Aplicando a orientação firmada no julgamento da ACO 1.213/SP (DJE de 30-9-2008), o Tribunal, ao desprover agravo regimental, manteve decisão que, co­nhecendo de conflito de atribuições entre o Ministério Púbiico Federal e o Ministério Púbiico do Estado de São Paulo, declarara a atribuição deste último para funcionar na investigação de supostas irregularidades ocorridas na administração de sociedade de economia mista de capital majoritário da União - falta de definição de prazos em contratos de permissão de uso e utilização de critérios subjetivos para a prorrogação de contratos. Entendeu-se que a situação descrita não se enquadraria nas hipóteses de defesa do patrimônio nacional ou dos direitos constitucionais do cidadão, previstas na Lei Complementar 75/93 e capazes de justificar a atuação do Ministério Público Federai". (ACO 1.213-AgR, Rei. Min. Menezes Direito, julgamento em 15-04-2009, Plenário, Informativo 542)

Incorretas

CESPE. 2003. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - Um membro do Ministério Público es­tadual pode ser designado para a tuar como membro do M inistério Púbiico ju n to ao Tribunai de Contas do estado.

Jurisprudência do STF - "O Ministério Público junto ao TCU não dispõe de fisionomia insti­tucional própria e, não obstante as expressivas garantias de ordem subjetiva concedidas aos seus Procuradores pela própria Constituição (art. 130), encontra-se consolidado na'intimidade estrutural' dessa Corte de Contas, que se acha investida - 'até mesmo em função do poder de autogoverno que lhe confere a Carta Política (art. 73, caput, in fine)' - da prerrogativa de fazer instaurar o processo legislativo concernente à sua organização, à sua estruturação interna, à definição do seu quadro de pessoal e à criação dos cargos respectivos. Só cabe iei complementar, no sistema de direito positivo brasileiro, quando formalmente reclamada a sua edição por norma constitucional explícita. A especificidade do Ministério Público que atua perante o TCU, e cuja existência se projeta num domínio institucional absolutamente diverso daqueíe em que se insere o Ministério Publico da União, faz com que a reguiação de sua organização, a discriminação de suas atribuições e a definição de seu estatuto sejam passíveis de veícuiação mediante simples lei ordinária, eis que a edição de lei complementar e reclamada, no que concerne ao Parquet, tão-somente para a discipllnação normativa do Ministério Público comum (CF, art. 128, § 5.°). A dáusuia de garantia inscrita no art, 130 da Constituição não se reveste de conteúdo orgânico-institucionai. Acha-se vocacionada, no âmbito de sua destinação tutelar, a proteger os membros do Ministério Público especiai no relevante desempenho de suas funções perante os Tribunais de Contas. Esse preceito da Lei Fundamental da República submete os integrantes do MP junto aos Tribunais de Contas ao mesmo estatuto jurídico que rege, no que concerne a direitos, vedações e forma de investi­dura no cargo, os membros do Ministério Púbiico comum". (ADI 789, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 26-05-2004, DJ de 19-12-1994)

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - O Ministério Público abrange o Ministério Púbiico da União e os ministérios públicos estaduais e do DF e territórios. (ver também inc. i, d, deste artigo)

I - o Ministério Público da União, que compreende:

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinaie a opção que não corresponde a ramo do MPU: Ministério Público Eleitoral.

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CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES - O Ministério Público brasileiro é composto peio Ministério Público Federal e pelo Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal. O Ministério Público do Trabalho é um dos ramos do Ministério Público Federal.

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - O Ministério Pübíico Eleitoral é um compo­nente do MP da União.

a) o Ministério Público Federal;

Incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU: Ministério Público Federal.

b) o Ministério Público do Trabalho;

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/BA - O Ministério Público do Trabalho integra o Ministério Público da União.

incorreta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU: Ministério Público do Trabalho.

c) o Ministério Público Militar;d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

Correta

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - O MP da União engloba, entre outros, o MPDFT.

incorretas

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - O Ministério Público da União é composto exclusivamente pelo Ministério Público Federal, pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Ministério Púbiico Militar.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, o Ministério Público da União (MPU) compreende vários ramos. Assinale a opção que não corresponde a ramo do MPU: Ministério Público do D istrito Federal e Territórios.

IX - os Ministérios Públicos dos Estados.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

§ 1.° - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução*

Correta _ „ „ _ ____ _____ ______

CESPE. 2008. Anaiista. Especialização: Advocacia. SERPRO - Compete ao presidente daRepública nomear o chefe do Ministério Público da União.

§ 2.° - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

incorreta _. _ ____

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A destituição do procurador- -geral da República, por iniciativa do presidente da Repúbiica, prescinde de autorização do Senado Federal.

§ 3.° - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integran­tes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

Incorreta _ _ _ ___ _ ________ _ '

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Os MPs dos estados e o MPDFT formam lista tríplice entre Integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu procurador-geraí, que é nomeado peío presidente do tribuna l de justiça, para m andato de três anos, permitida uma recondução.

§ 4.° - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.§ 5.° - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

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X - as seguintes garantias:a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; V

incorreta

‘* 3 . . t í t u lo . sy - d a o r g á n iz â ç ã ò -c q s p o d e r e s ; ' '

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Ãrea Administrativa. TRE/GO - Os membros do Ministé­rio Púbiico gozam da garantia da vitaliciedade, após dois anósdé-exercício, não podendo perder o cargo senão p o r votação da m aioria absoluta dos membros do Conselho Superior do Ministério Público. .

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse públi­co, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

incorreta _ __ ____

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A CF garante, em favor dos membros do MP, a vitaiiciedade e a inamovibiiidade de form a absoluta.

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39,§ 4.°, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II,153, III, 153, § 2.°, I; (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 19, de 1998)

II - as seguintes vedações:a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, ho­norários, percentagens ou custas processuais;b) exercer a advocacia;c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

Incorreta _ _

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - Um membro do Mi­nistério Público do Estado do Amazonas pode ser nomeado para o cargo de secretário de justiça do estado do Amazonas, cumulando as funções do Ministério Público com as funções de secretário de estado.

e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

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mfragBággssBKsgW Ê Ê Ê Ê M CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Incorretas

CESPE. 2008. Agente Técnico. Jurídico. MPE/AM - Um promotor de justiça do estado do Amazonas, no exercício pleno de suas funções, pode ser m em bro da executiva regional de um partido político.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Aos membros do Ministério Público, ao contrário do que ocorre com os membros da m agistratura, não é vedado o exercício de atividade poíítico-partidária.

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contri­buições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

§ 6.° - Aplica-se aos membros do Ministério Público o dis­posto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Correta

CESPE. 2010. Advogado. BRB - Determinado membro do Ministério Público estadual que tenha se aposentado no final do último ano está impedido de exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou antes de decorridos três anos da referida aposentadoria. (ver também art. 95, parágrafo único, inc. V, da CF/1988)

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

Correta ̂ ^

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - O Ministério Público é parte legítima para propor ação civil pública com o objetivo de tutelar direitos individuais indisponíveis, como o de recebimento de medicamento de uso contínuo por pessoa idosa.

Jurisprudência dõ.STF - "O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando o fornecimento de remédio pelo Estado. Com base nesse entendimento, a Turma proveu recurso extraordinário em que se questionava a obrigatoriedade de o Estado propor­cionar a certa cidadã medicamentos indispensáveis à preservação de sua vida". {RE 407.902, ReL Min. Marco Aurélio, julgamento em 26-05-2009, 1.a Turma, Informativo 548)

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

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Ç;311.9'!; • ■ . TÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES . .

Correta

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - O STF considera legítima a utilização da ação civil pública como instrumento de fiscalização incidental de constitucio- nalidade de leis ou atos do poder público municipal, pela via difusa, quando a controvérsia constitucional não se apresentar como o único objeto da demanda, mas como questão pre­judicial, necessária à resolução do conflito principal. V

Jurisprudência do STF - "A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reconhecido que se pode pleitear a inconstitucionalidade de determinado ato normativo na ação civil pública, desde que íncidenter tantum. Veda-se, no entanto, o uso da ação civil pública para alcançar a declaração de inconstitucionalidade com efeitos erga omnes". (RE 424.993, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 12-09-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007)

Incorretas •

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade;: Direito. TCE/AC - A ação civil pública não é o instrumento adequado ao controie de atos lesivos ao meio ambiente.

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - A ação civil pública não pode ser usada como instrumento de controle de constitucionaiidade, sob pena de usurpação das atribuições do STF. {ver também RE 424.993, STF, supra)

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Considere que o Ministério Público do Acre realize in­quérito civil para a apuração de infrações ambientais por parte de mineradoras localizadas no estado. Nessa situação, o Ministério Público atua em descompasso com a Constituição Federai, pois a competência para realizar o inquérito civil é atribuída às polícias civis.

Jurisprudência do STF - "Ministério Público. Oferecimento de denúncia com base em inquérito civil público. Viabilidade. Recurso desprovido. Denúncia oferecida com base em elementos colhidos no bojo de Inquérito Civil Público destinado à apuração de danos ao meio ambiente. Viabilidade. O Ministério Púbiico pode oferecer denúncia independentemente de investigação policial, desde que possua os elementos mínimos de convicção quanto à materialidade e aos indícios de autoria, como no caso (artigo 46, §1.°, do CPP)". (RE 464.893, Rei. Min. Joaquim Sarbosa, julgamento em 20-05-2008, DJE de l.°-08-2008)

Súmuia do STF

Súmula 643 - O Ministério Púbiico tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a üegaiidade de reajuste de mensalidade escolares.

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou repre­sentação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;VI - expedir notificações nos procedimentos administra­tivos de sua competência, requisitando informações e do­cumentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na for­ma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/GO - Segundo a CF, cabe ao Ministério Público exercer o controie externo da atividade policial.

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

Correta

CESPE. 2007. Deiegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Entre as funções institucionais do Ministério Público, estão o controle da atividade policial e a requisição de diligências ínves- tigatórias e da instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais.

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1.° - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.§ 2.° - As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)§ 3.° - O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomea­ções, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Correta

CESPE. 2008. Agente de Apoio. Agente Administrativo. MPE/AM - Para ingressar na carreira do Ministério Público, o candidato deve ser aprovado em concurso público de provas e títulos, ser bacharel em direito e ter, no mínimo, três anos de atividade jurídica.

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§ 4.° - Aplica-se ao Ministério Publico, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitu­cional n.° 45, de 2004)§ 5.° - A distribuição de processos^no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004) '•

Art. 130. Aos membros do Ministério PúbHço junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições dèstà séção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)X - o Procurador-Geral da República, que o preside;XI - quatro membros do Ministério Público da União, asse­gurada a representação de cada uma de suas carreiras;III - três membros do Ministério Público dos Estados;IV - dois juizes, indicados um pelo Supremo Tribunal Fe­deral e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;V - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.§ I.° - Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Pú­blicos, na forma da lei.§ 2 .° ~ Compete ao Conselho Nacional do Ministério Pú­blico o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo-lhe:I - zelar pela autonomia funcional e administrativa do Mi­nistério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-Ios ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;

TÍTULO IV - DA ORGÁNtZAÇÁÒ. DOS PODERES

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS

I I I - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, poden­do avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;IV - rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano;V - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.§ 3.° - O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo- lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:I - receber reclamações e denúncias, de qualquer interes­sado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;II - exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;III - requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.§ 4.° - O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.§ 5.° - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Seção II DA ADVOCACIA PÚBLICA

(Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a

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União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. ^

Incorretas __ ■ ■; : ___

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/ES No tocante à organização do Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público e instituição permanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União, ju d ic ia l e extrajudicialmente.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Administrativa. TS T -r A representação judicial do TST deve ser feita por membros da Defensoria Pública da União.

CESPE. 2008. Analista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ -t Á Advocacia- -Gera! da União compete representar a União, as autarquias e às fundações, judicial e extra­judicialmente.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área administrativa. TRE/GO - Entre as atribuições do Ministério Público previstas na CF está a representação jud ic ia l e a consultoria juríd ica de en­tidades públicas.

§ 1.° - Â Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advo- gado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Correta ___ __ ___________________________ ____

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - O Advogado-Geral da União, ministro por deter­minação íegal, obteve da Carta da República tratamento diferenciado em relação aos demais ministros de Estado, o que se constata pelo estabelecimento de requisitos mais rigorosos para a nomeação - idade mínima de 35 anos, reputação ilibada e notório conhecimento jurídico - , bem como pela competência para o julgamento dos crimes de responsabilidade, visto que ele será sempre julgado peio Senado Federal, ao passo que os demais ministros serão julgados perante o STF, com a ressalva dos atos conexos aos do presidente da República.

§ 2 .° - O ingresso nas classes iniciais das carreiras da ins­tituição de que trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.§ 3.° - Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Í'l23rí: ' TÍTULO !V - DA ORGANIZAÇÃO ÓpS. PODERES. V.;: :

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias. (Redação dada pela Emenda Constitucional n ° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Aos advogados púbíicos será assegurada a estabilidade após dois anos de efetivo exercício, certificados por avaliação de desempenho.

Seção III DA ADVOCACIA E DA DEFENSORIA PÜBLICA

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

Correta

Procurador do Estado. PGE/PE - A imunidade processual conferida aos advogados não abrange o delito de calúnia.

Pjurisprudênda do STF - "O art. 133 da Constituição Federal, ao estabelecer que o advogado é 'invioiável por seus atos e manifestações no exercício da profissão', possibilitou fosse contida a eficácia desta imunidade judiciária aos 'termos da iei'. Essa vinculação expressa aos "termos da lei' faz de todo ocioso, no caso, o reconhecimento pelo acórdão impugnado de que as expressões contra terceiro sejam conexas ao tema em discussão na causa, se eias configuram, em tese, o delito de calúnia: é que o art. 142,1, do CP, ao dispor que 'não constituem injúria ou difamação punível (...) a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procura­dor' criara causa de 'exclusão do crime' apenas com relação aos delitos que menciona - injúria e difamação - , mas não quanto à calúnia, que omitira: a imunidade do advogado, por fim, não foi estendida à calúnia nem com a superveniência da L 8.906/94, - o Estatuto da Advocacia e da OAB cujo art. 7 °, § 2.° só lhe estendeu o âmbito matéria! - aJém da injúria e da difamação, nele já compreendidos conforme o C. Penal ~, ao desacato (tópico, contudo, em que teve a sua vigência suspensa pelo Tribunal na ADInMC 1.127, 5-10-94, Brossard, RTJ 178/67) . (HC 84.446, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-11-2004, DJ de 25-02-2005)

Súmula do STF

Súmuia Vinculante 14 - "É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa."

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5.°, LXXIV

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|;32SÍ1f • . TÍTULO IV — DA .ORGÁNIZÁÇÃO DOS PODERES'

incorretas

CESPE. 2007. Técnico Judiciário. Área Administrativa. T S T - A Defensoria Pública da União é o órgão do M inistério Púbiico da União responsáve! gor oferecer assistência judiciária gratuita à popuíação.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Entre as atribuições do Ministério Público previstas na CF está a defesa dos necessitados, que não dispõem de recursos para pagar um advogado.

§ 1.° ~ Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, èm cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício dá advocacia fora das atribuições institucionais. (Renumerado dó parágrafo único pela Emenda Constitucional n. ° 45, de 2004)

Incorreta _ ........ •

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Os defensores públicos estaduais podem exercer a advocacia privada , desde que fora das suas atribuições institucionais, e em horário em que não esteja no exercício do cargo de defensor público.

§ 2.° ~ Âs Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2.°. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°45, de 2004)

Incorreta __ _

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário da Corregedoria-Geral de Justiça. TJ/RJ - Às defensorias públicas são asseguradas autonomia funcionai e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária, dentro dos Hmites estabelecidos na iei de diretrizes orçamentárias. (ver também art. 61, § 1.°, II, d, da CF)

D o u trin a . - "A Emenda Constitucional n.° 45/2004 trouxe regra de fortalecimento da autonomia das defensorias públicas estaduais, assegurando-íhes autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na iei de diretrizes orçamentárias. Essa ampliação da autonomia administrativa e orçamentária, porém, só foi conferida às defensorias públicas estaduais, não alcançando a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e Territórios" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 736)

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplina­das nas Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4.°. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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TÍTULO VDA DEFESA D O ESTADO E DAS IN STITU IÇ Õ ES

D EM O CRÁTICA S

CAPÍTULO I D O ESTADO DE DEFESA E D O ESTADO DE SÍTIO

Seção I DO ESTADO DE DEFESA

Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.§ 1.° - O decreto que instituir o estado de defesa determi­nará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:I - restrições aos direitos de:a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;b) sigilo de correspondência;c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

Correta ______ .___ ___ __ __

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Em razão da decretação do estado de calami­dade púbíica no sistema de saúde de um município do estado de Pernambuco, o presidente da Repúbiica efetuou a requisição de bens e serviços municipais do único hospital municipal existente. Nessa situação hipotética, a requisição de bens e serviços municipais efetuada peía União é inconstitucional, pois é inadmissível a requisição de bens e serviços públicos municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a prévia decretação do estado de defesa ou de sítio.

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Jurisprudência do STF. - "Constitucional. Administrativo. Mandado de segurança. Município do Rio de Janeiro. União Federai. Decretação de estado de calamidade pública no sistema único de saúde no município do Rio de Janeiro. Requisição de bens e serviços municipais. Decreto 5.392/2005 do presidente da República. Ma&dado de segurança deferido. Mandado de segurança, impetrado pelo município, em que se impugna o art. 2.°, V e Vi (requisição dos hospitais municipais Souza Aguiar e Miguel Couto) e § í.° e § 2.° ;(delegação ao ministro de Estado da Saúde da competência para requisição de outros serviços de saúde e recursos financeiros afetos à gestão de serviços e ações relacionados aos hospitais requisitados) do Decreto 5.392/2005, do presidente da República. Ordem deferida, por unanimidade. Funda­mentos predominantes: (...) (iii) inadmissibilidade da requisição de béns municipais pela União em situação de normalidade institucional, sem a decretação de Estado de Defesa ou Estado de Sítio". (MS 25.295, Rei. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-04-2005, DJ de 05-70-2007)

£327^: . . . . TÍTULO. V - DA DEFESA DO. ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES. pE M ^R Â TIC A S

§ 2.° - O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.§ 3.° - Na vigência do estado de defesa:I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediata­mente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

Incorreta _ _ ____ m

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ABIJVI - Uma vez decretado o estado de sítio ou de defesa, alguns direitos fundamentais podem ser restringidos e ficar excluídos do controle jud icia l, como, por exemplo, o direito de locomoção, o sigilo de comunicação telegráfica e telefônica e o direito de reunião.

II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.'

Correta _ _ „ _ ____„ _

CESPE. 2009. Soldado Policiai Militar. PMDF - A incomunicabilidade do preso é vedada na vigência de estado de defesa.

§ 4.° - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação,o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas,

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||||||||||Jv CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.§ 5.° - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.§ 6.° - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.§ 7.° - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

Seção II DO ESTADO DE SÍTIO

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conse­lho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de:I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou sua prorroga­ção, relatará os motivos determinantes do pedido, devendoo Congresso Nacional decidir por maioria absoluta.

Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua execução e as garantias cons­titucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.§ 1.° - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.§ 2 .° - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Sena­do Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

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S32SI.Í .. 1 . TÍTULO V - DA DEFESA DO ESTAD.O E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

§ 3.° - O Congresso Nacional permanecerá em funciona­mento até o término das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado'de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: .I - obrigação de permanência em localidade determina­da; .II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência,ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; , ^ 'IV - suspensão da liberdade de reunião;V - busca e apreensão em domicílio;VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;VII - requisição de bens.

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela res­pectiva Mesa.

Seção III DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das me­didas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio.Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da responsa­bilidade pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.

incorretaCESPE. 2009. Soidado Policiai Militar. PMDF - Encerrado o estado de defesa ou o estado de sítio, terminam também seus efeitos, sendo vedada a responsabilização peios ilícitos cometidos por seus executores ou agentes.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência serão relatadas pelo Presidente da República, em mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e justificação das providências adotadas, com relação nominal dos atingidos e indicação das restrições aplicadas.

CAPÍTULO II DAS FORÇAS ARMADAS

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.§ 1.° - Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no preparo e no emprego das Forças Armadas.§ 2.° - Não caberá “habeas-corpus” em relação a punições disciplinares militares.§ 3.° - Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixa­das em Iei, as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei; (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 18, de 1998)III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporá­ria, não eletiva, ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto

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permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da lei; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela Eméndã Consti­tucional n.° 18, de 1998)VI - o oficial só perderá o posto e a patente sé for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julga­mento previsto no inciso anterior; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7.°, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV e no art. 37, incisos - XI, XIII, XIV e XV; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)IX - (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 41, de 19.12.2003)X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 18, de 1998)

Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.§ 1.° - às Forças Armadas compete, na forma da lei, atri­buir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.

TÍTULO V - DÁ DEFESA DÓ. ESTADO E DAS !NSTlTUIÇÒES DEW Ò C^tíÇÁS

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§ 2.° - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do ser­viço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

• : . . CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS •'

CAPÍTULO III DA SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do pa­trimônio, através dos seguintes órgãos:

Incorreta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD FT - Ê cabível e constitucio­nalmente form al lei de in iciativa do Poder Legislativo estadual ou do DF que tenha p o r objeto a gestão da segurança pública.

■ Jurisprudênciardo STF - "O Pleno desta Corte pacificou jurisprudência no sentido de que os Estados-membros devem obediência às regras de iniciativa iegislativa reservada, fixadas constitucionalmente. A gestão da segurança pública, como parte integrante da Administra­ção Pública, é atribuição privativa do Governador de Estado". (ADi 2.819, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 06-04-2005, DJ de 02-12-2005)

I ~ polícia federal;II - polícia rodoviária federal;III - polícia ferroviária federal;IV - polícias civis;V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Correta

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TJD F T - A criação de um depar­tamento de trânsito como órgão componente da segurança pública estadual é medida que não se compatibiliza com o modeio federai. A Constituição Federal, quando aponta os órgãos incumbidos do exercício da segurança pública, condiciona os estados a acompanharem esse mesmo modelo, fixando um rol que se considera numerus clausus.

■ Jurisprudência do STF \ - "Os Estados-membros, assim como o Distrito Federai, devem seguiro modelo federal. O artigo 144 da Constituição aponta os órgãos incumbidos do exercício da segurança pública. Entre eles não está o Departamento de Trânsito. Resta pois vedada aos Estados-Membros a possibilidade de estender ó rol, que esta Corte já firmou ser nume­rus clausus, para alcançar o Departamento de Trânsito". (ADi 1.182, voto do Min. Eros Grau, julgamento em 24-11-2005, DJ de 10-03-2006)

§ 1.° - A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estrutura-

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do em carreira, destina-se a: (.Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, as­sim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; .

■ TÍTULO V - DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS .

incorreta

CESPE. 2008. Perito Criminal. SECAD/TO - Caso ocorra roubo em agência da Caixa Econômica Federai na cidade de Palmas, competirá à polícia civ il do Tocantihs investigá-lo.

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, éem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respec­tivas áreas de competência;

Correta

CESPE. 2009. Agente de Polícia. DPF - A Polícia Federal tem competência constitucional para prevenir e reprimir, com exclusividade, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho.

III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia ju­diciária da União.

Correta

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A Polícia Federai tem competência exclusiva para exercer as funções de polícia judiciária da União.

§ 2.° - A polícia rodoviária federal, órgão permanente, or­ganizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federai. DPRF - A PRF exerce as funções de polícia de fronteira e o policiamento ostensivo das rodovias federais, {ver também art. 144, § 1°, inc. III, da C F /I988)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 334

§ 3.° - A polícia ferroviária federal, órgão permanente, or­ganizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 4.° - às polícias cívis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

Corretas

CESPE. 2008. Oficial de Inteligência. ABiW - Em caso de roubo a agência do Banco do Brasil, o inquérito policial deve ser aberto por delegado da Polícia Civil, e não, da Polícia Federai.

CESPE. 2008. Perito Criminai. SECAD/TO - A polícia civi! do Tocantins é a poíícia judiciária estadual.

Incorretas

CESPE. 2008. Perito Criminal. SECAD/TO - O governador do Tocantins pode nomear para o cargo de diretor da polícia civil estadual um juiz de direito aposentado que esteja atuando como experiente advogado criminal em Palmas.

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - As poíídas civis estão incumbidas da função de polícia ostensiva e da preservação da ordem pública; além da função de polícia judiciária e da apuração de infrações penais. {ver também § 5.° deste artigo )

§ 5.° - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

Correta

CESPE. 2008. Perito Criminal. SECAD/TO - Os corpos de bombeiros militares executam as atividades de defesa civil.

§ 6 .° - As polícias militares e corpos de bombeiros milita­res, forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

Correta

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, apesar de serem forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos governadores. Isso é válido também para a polícia militar e a polícia civil do Distrito Federal (DF), que também são subordinadas ao governador do DF.

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TÍTULO V - DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS.

Incorretas.

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federal. DPRF - A Policia Federal, a PRF e a polícia ferroviá­ria federal são consideradas, juntamente com as pojícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército.

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância penitenciário. SEJUS/ES - As polícias militares, os corpos de bombeiros militares, as forças auxiliares e a reserva do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis,, ao presidente da República.

§ 7.° - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.§ 8.° - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a Iei.

Correta

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SE- JUS/ES - Os municípios têm a faculdade de, por meio de lei, constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, não lhes cabendo, contudo, o exercício da polícia ostensiva.

§ 9.° ~ A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4.° do art. 39. (Incluído pèla Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2008. Perito Criminai. SECAD/TO - A Constituição Federal determina que os dele­gados de polícia sejam remunerados por meio de subsídio.

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TÍTULO VIDA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I D O SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Seção I DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios poderão instituir os seguintes tributos:

incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A competência tributária é delegável, desde que a delegação seja fe ita entre entidades políticas {União, estados e municípios). {ver também art. 7.° do CTN)

Legislação Extravagante

Art. 7.° do Código Tributário Nacional - "A competência tributária é indeiegável, salvo atri­buição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3.° do artigo 18 da Constituição".

I - im postos;

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Na CF, acompetência para instituir impostos foi repartida, obedecendo a técnica da simultaneidade ou cumulatividade.

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos

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específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

Correta

j?33*v.' TlTULQ VI T PA TRIBUTAÇÃO E DÒ ORÇAMENTO' :.

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especiaiidade: Direito. TCE/AC - As taxas co­bradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos, (ver também Súmula Viricüfante 19 do STF)

Jurisprudência do STF - "Com efeito, a Corte entende como específicos e divisíveis os servi­ços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, desde que essas atividades sejam completamente dissociadas de outras serviços públicos de limpeza realizados em benefício da população em gera! (uti universi) e de forma indivisível/tais como os de conservação e limpeza de logradouros e .bens públicos (praças, calçadas, vias, ruas, bueiros). Decorre daí que as taxas cobradas em razão exclusivamente dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis são constitucionais, ao passo que é inconstitucional a cobrança de valores tidos como taxa em razão de serviços de conservação e limpeza de logradouros e bens públicos" (RE 576.321-RG-QO, voto do Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 04- 12-2008, Plenário, DJE de 12-02-2008)

Súmulas do STF

Súmuia Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, li, da Constituição Federal

Súmuia 545 - Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferen­temente daqueies, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.

Súmuia 670 - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras pú­blicas.

§ 1.° - Sempre que possível, os impostos terão caráter pes­soal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especial­mente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Incorreta _

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especiaiidade: Direito. TCE/AC - O princípio da capacidade contributiva, segundo previsão expressa na CF, aplica-se a todos os tributos federais, estaduais e municipais.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 338

Doutrina. - "Note-se que o texto constitucional, ao tratar da capacidade contributiva, literal­mente se refere só aos impostos (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 965)

Súmulas do STF . .

Súmula 656 - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - !TB! com base no valor venal do imóvel.

Súmuia 668 - É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional n.° 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana:

§ 2.° - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC ~ Segundo entendimento do STF, é constitucional a taxa municipal de conservação de estradas de ro­dagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto territorial rural, (ver também Súmula 595 do STF)

Súmufas do STF

Súmula 595 - É inconstitucional a taxa municipal de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica a do imposto tèrritorial rural.

Súmuia 665 - É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e vaíores mo­biliários instituída pela lei 7940/1989.

Art. 146. Cabe à lei complementar:I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;II - regular as limitações constitucionais ao poder de tri­butar;III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contri­buintes;b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO' £ .DO ORÇAMENTO.;

Correta _

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/ES - Cabe a lei complementar estabelecer normas ge­rais em matéria de Iegisiação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários,

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo pra­ticado pelas sociedades cooperativas.d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados ho caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previs­tas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°42, de 19-12-2003)

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitu­cional n.° 42, de 19-12-2003)III - o recolhimento será unificado e centralizado e a dis­tribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°42, de 19-12-2003)IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequi­líbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

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Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

Correta

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - Várias cidades de certa região brasileira estão em estado de calamidade pública em razão de ventos que sopraram com velocidade de 32 a 54 milhas/ hora, nos últimos d ias, e, em decorrência desse fato, a União instituiu um tr ibu to , mediante lei complementar, para atender às despesas extraordinárias advindas da referida calamidade pública. Nessa situação hipotética, o tributo instituído pela União é um empréstimo compulsório.

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contri­buições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observadoo disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6.°, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

Correta

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - Somente a União pode instituir con­tribuição de intervenção no domínio econômico.

§ l.o _ Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui­rão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata0 art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 41, 19-12-2003)§ 2.° - As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)1 - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

■' . CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' v ' :

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II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços; (Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 42, de 19-12-2003)III - poderão ter alíquotas: (Inctuído pela Emenda Consti­tucional n.° 33, de 2001)a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°33, de 2001) :b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

§ 3.° - A pessoa natural destinatária das operações de importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da Iei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)§ 4.° - A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma única vez. (Incluído pela Emenda Constitu­cional n.° 33, de 2001)

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, parao custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 39, de 2002)

Corretas

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária.TRE/fi/IA - Os municípios têm competência constitucional para instituição de contribuição para custeio de serviço de iluminação pública, a quai pode ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica.

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - Lei municipal pode instituir contribuição de iluminação pública para o custeio da iluminação pública.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 39, de 2002)

TÍTULO VÍ - DA JRIBÚTÀÇÂÓ. ^

Seção IIDAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAfvliNAOORAS

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Corretas

CESPE. 2009. P ro cu ra d o r do Estado. PGE/PE - A simples atuailzação monetária não se confunde com majoração de tributo.

Jurisprudência do STF, ~ "Substituição lega! dos fatores de indexação - aiegada ofensa às garantias constitucionais do direito adquirido e da anteríorídade tributária - inocorrèn- cía - simples atualização monetária que não se confunde com majoração do tributo. (...) A modificação dos fatores de indexação, com base em legislação superveniente, não constitui desrespeito a situações jurídicas consolidadas (CF, art. 5.°, XXXVI), nem transgressão ao pos­tulado da não-surpresa, instrumentalmente garantido pela cláusula da anteríorídade tributária (CF, art. 150, III, b)". (RE 200.844-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-06-2002, DJ de 16-08-2002)

CESPE. 2007. Anaüsta de Controle Externo.TCU - O princípio da estrita legalidade tributária deriva do princípio da legalidade, em sentido amplo, e atende ao postulado da segurança jurídica.

Doutrina - "Derivado do principio da legalidade em sentido amplo (...) esse princípio consubstancia a garantia de que nenhum tributo será exigido ou aumentado sem lei que o estabeleça" (MENDES et al, 2007, p. 1.281)

Incorreta

CESPE. 209. Procurador do Estado. PGE/PE - A instituição de emolumentos cartorários pelo tribunal de justiça de um estado não afronta o princípio da reserva legal.

Jurisprudência do STF - " A instituição dos emolumentos cartorários pelo Tribunal de Justiça afronta o princípio da reserva legal. Somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas judiciárias. Precedentes". (ADI 1.709, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 10- 02-2000, DJ de 31-03-2000)

II ~ instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Lei complementar estadual que isente os membros do MP do pagamento de custas judiciais ou emolumentos é constitucional.

Jurisprudência do. STF - "A lei complementar estadual que isenta os membros do Ministério Público do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolu­mentos fere o disposto no artigo 150, inciso li, da Constituição do Brasil. O texto constitucional consagra o princípio da igualdade de tratamento aos contribuintes. Precedentes. Ação direta julgada procedente para deciarar a inconstitucionalidade do artigo 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte - Lei Complementar n.° 141/96". (ADI 3.260, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 29-03-2007, DJ de 29-06-2007)

III - cobrar tributos:

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

Súmula do STF

Súmula 239 - Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em reiação aos posteriores.

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

Incorretas

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA ~ Segundo o princípio da anterio- ridade tributária, não se reveia possível a cobrança de tributos em reiação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei ínstituidora ou que os tenha'majorado.

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - A anterioridade tributária não é cláusula pétrea da Constituição Federal de 1988.

Doutrina i -"Considerou a Corte que é garantia individual do contribuinte, protegida com o manto da cláusula pétrea, e, portanto, inafastável por meio de reforma, o disposto no a rt 150, III, "b", da Constituição (princípio da anterioridade tributária), entendendo que, ao pretender subtrair de sua esfera protetiva o extinto IPMF (imposto provisório sobre mo­vimentações financeiras), estaria a Emenda Constitucional n.° 3/93 deparando-se com um obstácuío intransponível, contido no art. 60, § 4.°, IV, da Constituição da República". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 600)

Súmula do STF

Súmula 669 - Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publi­cada a lei que os instituiu ou aumentou;

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU ~ Caso a União celebre com os estados-membros convênio para a adoção de método eletrônico para o lançamento de certos tributos, o referido convênio entrará em vigor na data neie prevista.

incorretas

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A CF adota o princíp io da anualidade, segundo o qual, para que um tributo seja exigido, é necessário que a lei orçamentária anual autorize sua cobrança.

D outrina, - “Derivado do princípio da anuaiidade, que não mais existe em nosso ordenamento jurídico, o princípio da anterioridade consubstancia (...)". (MENDES e t a!, 2009, p. 1.282)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - A revogação de isenção tem sido equiparada pelo STF à instituição ou majoração de tributo, razão pela qual só poderá produzir efeitos no exercício financeiro seguinte, em respeito à regra da anterioridade tributária.

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Jurisprudência do STF - “A redução ou a extinção de desconto para pagamento de tributo sob determinadas condições previstas em iei, como o pagamento antecipado em parceia única, não pode ser equiparada à majoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não-incidência do princípio da anterioridade tributária. Vencida a tese de que a redução ou supressão de desconto previsto em lei implica, automática e aritmética mente, aumento do vaior do tributo devido. Medida cauteiar indeferida". (ADI 4.016-MC, ReL Min. Giimar Mendes, julgamento em 1.o-08~2008, Plenário, DJE de 24-04-2009)

CF ANOTADA .PELAS. BANCAS EXAM IN ADORAS

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

incorreta

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O princípio do não confisco, em matéria tributária, permite que sejam expropriados os bens utilizados na produção ou no tráfico de entorpecentes e drogas afins. {ver também art. 243 da CF}

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;VI - instituir impostos sobre:

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - A criação de imunidade tributária é matéria típica de lei ordinária.

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

Corretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O princípio da imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa assegurar a auto­nomia dos entes políticos.

' Jurisprudência do S T F , - "A garantia constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos sobre o patrimônio e a renda dos entes federados. Os valores investidos e a renda auferida pelo membro da federação é imune de impostos. A imunidade tributária recíproca é uma decorrência pronta e imediata do postulado da isonomia dos entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa do Estado brasileiro e pela autonomia dos Municípios". (Al 174.808-AgR, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 11-03-1996, DJ de 1.°-07'1996)

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - A imunidade recíproca, por ser da própria essência do pacto federal, impede o estado de cobrar IPVA sobre veículo

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de propriedade de uma câmara municipal, da mesma forma que o município é impedido de cobrar IPTU sobre prédio de propriedade de autarquia estadual situado em seu território.

CESPE. 2008. Técnico de Controle Externo. Apoio Técnico e Administrativo. Especiali­dade: Direito. TCE/TO - O estado do Tocantins nãchpoderá cobrar Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) dos veículos oficiais usados para transportar qs servidores em serviço de determinada autarquia pública federai, já que haverá imunidade recíproca.

f f p v v . : , , ;:.- ' TÍTULO VK- O A T R I B U I T ^ Í Q ^ v

b) templos de qualquer culto;

Incorreta _ ....... v . " ’

CESPE. 2007. Defensor Público Substituto. DPG/CE - O aluguel de salas localizadas em templo religioso é .legal, mas as receitas das locações devem ser tributadas.pelo im posto de renda.

Jurisprudência do STF -"Instituição religiosa. iPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI; b, CF/ deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços 'relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas ̂ mencionadas'. O § 4.° do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso V! do art. 150 da Constituição Federai. Equiparação entre as hipóteses das aiíneas referidas". (RE 325.822, ReL Min. Hmar Galvão, julgamento em 15-12-2002, DJ de 14-05-2004)

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos traba­lhadores» das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

Súmuias do STF

Súmula 724 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel per­tencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

Súmuia 730 - A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - As normas relativas à imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, razão pela qual os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos não estão alcançados pela imunidade prevista na CF para os livros, jornais, periódicos e o papei destinado à sua impressão.

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CK ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ; '346

Jurisprudência do STF - "'Álbum de figurinhas'. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comu­nicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em teia afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil". {RE 221.239, Rei. Min. Eílen Gracie, julgamento em 25-05-2004, DJ de 06-08-2004)

Súmula do STF

S ú m u la 6 5 7 - A imunidade prevista no art. 150, Ví, d, da CF abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

§ 1.° - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)§ 2.° - A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Incorreta

CESPE. 2010. Advogado. BRB - A imunidade tributária recíproca é extensiva ao patrimônio, à renda e aos serviços de autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas à entidade estatal respectiva.

Súmula do STF

Súmufa 583 - Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano.

§ 3.° - As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo ante­rior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos pri­vados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E. DO ORÇAMENTO .

comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.§ 4.° - As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c” compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.§ 5.° A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.§ 6.° - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remis­são, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal,'estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.°, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)§ 7 ° - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial resti­tuição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

Art. 151. É vedado à União:I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o ter­ritório nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

Correta _

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Segundo jurisprudência do STF, é inconstitucional cobrar, das empresas aéreas nacionais, ICMS sobre a prestação de serviços de transporte aéreo internacional de cargas.

Jurisprudêndado STF, -"Inconstitucionalidade da exigência do ICMS na prestação de servi­ços de transporte aéreo internacional de cargas pelas empresas aéreas nacionais, enquanto persistirem os convênios de isenção de empresas estrangeiras" (ADI 1.600, Rei. Min. Sydney Sanches, julgamento em 26-11-2001, DJ de 20-06-2003)

II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos,

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em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;III - instituir isenções de tributos da competência dos Es­tados, do Distrito Federa! ou dos Municípios.

Incorreta ^

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Para que sejam garantidas a aplicação do princípio do não confisco e a do princípio da capacidade contributiva, o STF entende que a constituição de um estado-membro da Federação pode estabelecer lim ites para o aum ento dos impostos e contribuições municipais.

) : J ^ is p r j^ ^ ia ^ 0 ^ S IF i - "A questão tem que ver com as isenções denominadas heterôno­rmas - CF, art. 151, ilí - isenções concedidas por lei de pessoa pública que não é titular da competência para instituir o tributo. A isenção heterônoma não é, de regra, admitida pela Constituição: art. 151, lll. As custas e emolumentos constituem espécie tributária, são taxas, é da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Essas taxas são do Estado-Membro. Proibida estaria a União, em conseqüência, de estabelecer isenções quanto a essas taxas. Ter-se-ia, no caso, isenção heterônoma, vedada pela Constituição, art. 151, 111". (ADC 5-MC, Rei. Min. Nelson Jobim, voto do Min. Carlos Velloso, julgamento em 17-11-1999, DJ de 19-09-2003)

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

•. : C F ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS :■// V-

Seção III DOS IMPOSTOS DA UNIÃO

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I - importação de produtos estrangeiros;II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III - renda e proventos de qualquer natureza;IV - produtos industrializados;V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;VI - propriedade territorial rural;VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

§ 1.° - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as con­dições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.§ 2.° - O imposto previsto no inciso III:

A rt -:} 52

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I - será informado pelos critérios da generalidade, da uni­versalidade e da progressividade, na forma da lei;

§ 3.° - O imposto previsto no inciso IV:I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;II - será não-cumulativo, compensando-se o quefor devido em cada operação com o montante cobrado rias anteriores;

incorreta _ ^ : ’

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - De acordo com o STF, reputa-se inconstitucional o ato do contribuinte do tPl que se credjta do valor do tributo incidente sobre insumos ad­quiridos sob o regime de isenção. .

Jurisprudência do STF - "O Plenário do Supremo Tribunal .Federal reconheceu, em favor da empresa contribuinte, a existência do direito ao creditamento do ÍPi, na hipótese em que a aquisição de matérias-primas, insumos e produtos intermediários terihá:sido beneficiada por regime jurídico de exoneração tributária {regime de isenção ou regime de alíquota zero), inocorrendo, em qualquer desses casos, situação de ofensa ao postulado constitucional da não~cumtiíatividade. Precedentes". (RE 293.511-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em11-02-2003, DJ de 21-03-2003)

' ' • TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DO;;ORÇAfylENTÒ

III - não incidirá sobre produtos industrializados destina­dos ao exterior.IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

§ 4.° - O imposto previsto no inciso VI do caput. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improduti­vas; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19- 12-2003)II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

§ 5.° - O ouro, quando definido em lei como ativo finan­ceiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mí­

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CF ANOTADA PEIAS 8ANCAS EXAMINADORAS.

nima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos:I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem;II - setenta por cento para o Município de origem.

Art. 154. A União poderá instituir:I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos dis­criminados nesta Constituição;

incorretas __

CESPE. 2010. Advogado. BRB - Para que a União tenha competência para instituir impostos residuais por iei ordinária fe d e ra ié suficiente que estes obedeçam ao requisito de não cumula- tividade.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - A CF atribuiu aos estados competência tributária residual, que consiste na possibilidade de criação de impostos não previstos no texto constitucional, mediante lei complementar.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Suponha que determinado tributo criado pela União, com base em sua competência tributária residual, tenha o produto de sua arrecadação destinado à formação de reservas cambiais. Nesse caso, o referido tribu to somente poderá ser uma contribuição.

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competên­cia tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

Seção IV DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E

DO DISTRITO FEDERAL

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°3, de 1993)II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e inter-

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&.3S1/). . TITULO VI - , DA. TRIBUTAÇAO E.DO..ORÇAMENTO

municipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

Correta - ___ _____

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - A JN Transportes Ltda. é. pessoa: jurídica prestadora de serviços de transporte interestadual e intermunicipai de bens, mercadorias e valores. Nessa situação hipotética, ao exercer as referidas atividades, a JN Transpòrtès Ltda. pratica o fato gerador do iCMS.

III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

§ 1.° - O imposto previsto no inciso I: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal;II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal;III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar:a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior;

IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;

§ 2.° - O imposto previsto no inciso II atenderá ao se­guinte; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação:a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

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III ~ poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presi­dente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação;V - é facultado ao Senado Federal:a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Esta­dos, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Dis­trito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, “g”, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á:a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for con­tribuinte do imposto;b) a alíquota interna, quando o destinatário não for con­tribuinte dele;

VIII - na hipótese da alínea “a” do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;IX - incidirá também:a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domi­cílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

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TÍTULO Vi - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO jhhbi

X - não incidirá:a) sobre operações que destinem mercadorias para o ex­terior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção'e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003) / ^b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e ;gasosos dele derivados, e energia elétrica; . '.y v . ' . r -c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art.;: 153, § 5.°;d) nas prestações de serviço de comunicação nãs modalida­des de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003) •• -

XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o mon­tante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;XII ~ cabe à lei complementar:a) definir seus contribuintes;b) dispor sobre substituição tributária;c) disciplinar o regime de compensação do imposto;d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do esta­belecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”;f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b, (Incluída pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

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CF ANOTAOA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .;;354.'!

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço. (Incluída pela Emenda Cons­titucional n.° 33, de 2001)

§ 3.° - À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petró­leo, combustíveis e minerais do País. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)§ 4.° - Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consumo; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustí­veis não incluídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante de­liberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2.°, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 33, de 2001)b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes apli­cando o disposto no art. 150, III, b. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO E DÒ ORÇAMENTO

§ 5.° - As regras necessárias à aplicação do disposto no §4.°, inclusive as relativas à apuração e à destinação do im­posto, serão estabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, nos termos d0"§ 2.°, XII, g. (Incluído pela Emenda Constitucional n,° 33, de 2001)§ 6 .° - O imposto previsto no inciso III: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)II ~ poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

Seção VDOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos so­bre:I - propriedade predial e territorial urbana;II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)IV - (Revogado pela Emenda Constitucional n .0 3, de 1993)

§ 1.° - Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4.°, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e0 uso do imóvel. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)

§ 2.° - O imposto previsto no inciso II:1 - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos in­corporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização

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WMBBE CF ANOTAOA P£lAS BANCAS EXAMINADORAS

de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos de­corrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;II - compete ao Município da situação do bem.

§ 3.° - Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 37, de 2002)I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 37, de 2002)II - excluir da sua incidência exportações de serviços parao exterior. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 37, de 2002)

§ 4.° - (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

Seção VIDA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas au­tarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

Art. 158. Pertencem aos Municípios:I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas au­tarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural,

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relativam ente aos im óveis neles situados, cabendo a tota­lidade na hipótese da opção a que se refere o a rt. 153, §4°, I I I ; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003) ^I I I - cinqüenta po r cento do produto da arrecadação do im posto do Estado sobre a propriedade de ve ícu lo s auto­m otores licenciad o s em seus te rritó rio s ; •

incorreta •/•• .

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Os municípios têm direito à integralidade do produto da arrecadação do imposto sobre' a propriedade de veículos auto­motores licenciados em seus territórios. • ' . :' v ; :

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IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Pertencem aos municípios 50% do produto da arrecadação do imposto do estado sobre operações rela­tivas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicio­nado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei es­tadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.

Art. 159. A União entregará:I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industriali­zados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.0 55, de 2007)a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;c) três por cento, para aplicação em programas de finan­ciamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezem­bro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 55, de 2007)

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas expor­tações de produtos industrializados.III - do produto da arrecadação da contribuição de inter­venção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4.°, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 44, de 2004)

§ 1.° - Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.§ 2.° - A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distri­buído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.§ 3.° - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.§ 4.° -- Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão desti­nados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refereo mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados,

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO £ DO ÇíRÇAMENTO,

ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não im­pede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°29, de 2000)I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas au­tarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)

incorreta „

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Os estados não poderão con­dicionar a entrega de recursos aos municípios ao pagamento de seus créditos.

II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2 .°, incisosII e III. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)

Art. 161. Cabe à lei complementar:I - definir valor adicionado para fins do disposto no art.158, parágrafo único, I;II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-econômico entre Estados e entre Municípios;III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do cálculo das quotas e da liberação das participações pre­vistas nos arts. 157, 158 e 159.

Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuaráo cálculo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude o inciso II.

Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discriminados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município.

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CAPÍTULO II DAS FINANÇAS PÜBLICAS

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

Seção I NORMAS GERAIS

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:I - finanças públicas;

Correta

CESPE. 2009. inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilidade, Direito ou Economia . TCE/RN - No que se refere às normas gerais sobre finanças púbíicas, os estados e municípios adotam o disposto em lei complementar federal.

II - dívida pública externa e interna, incluída a das au­tarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;

Incorreta

CESPE. 2009. Inspetor de Controle Externo - Especialidade: Administração, Contabilidade,Direito ou Economia . TCE/RN - No exercício de sua autonom ia poíítico-iegislativa, os estados dispõem de competência privativa para a elaboração de normas sobre dívida pública externa e interna, incluídas as das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo poder público estadual ou municipal.

III - concessão de garantias pelas entidades públicas;IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°40, de 2003)

Incorreta

CESPE. 2009. Auditor do Estado. Administrador. SECONT/ES - De acordo com a Constituição Federal (CF), a fiscalização financeira da administração púbiica direta e indireta, por envolver matéria relacionada ao controle interno, pode ser disciplinada por meio de lei ordinária.

VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e enti­dades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

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TÍTULO VI - DA TRIBUTAÇÃO È DO ORÇÁMENTO;. mmm

VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as características e con­dições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.

Art. 164. Á competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco central.§ 1.° - É vedado ao banco central conceder, direta ou indi­retamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.

Correta . • ••:•'y .,- ;

CESPE. 2007. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. T S T - Seria inconstitucional a concessãode empréstimo pelo Banco Central do Brasil ao TST, com o objetivo de financiar projeto demodernização da Justiça do Trabalho. ' ' V - ' 7'. • ’

§ 2 ° - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.§ 3.° - As disponibilidades de caixa da União serão deposi­tadas no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Publico e das empresas por ele controladas, era instituições finan­ceiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - As disponibilidades de caixa da União, dos estados; do DF, dos municípios e dos órgãos ou entidades do poder público serão depositadas no BACEN.

Seção II DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabele­cerão:

Correta

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - O princípio da iegalidade orçamentária é uma projeção do princípio da legalidade visto sob a sua feição genérica e postula que o ordenador de despesas só pode fazer aquilo que a lei orçamentária permite.

I - o plano plurianual;

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS .V.362Í

I I - as diretrizes orçamentárias;I I I - os orçamentos anuais.

§ 1.° - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.§ 2.° - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, in­cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da íei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A LDO inclui as despesas de capitai para os dois exercidos financeiros subsequentes.

§ 3.° - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após0 encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

Incorreta

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - O Poder Executivo deve publicar, até trinta dias após o encerramento de cada semestre, relatório resumido da execução orçamentária.

§ 4.° - Os planos e programas nacionais, regionais e se­toriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.§ 5.° - A lei orçamentária anual compreenderá:

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - 4 LOA disporá sobre as alterações na legislação tributária, {ver também a r t 165, § 2.°, da Cf)

1 - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

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II - o orçamento de investimento das empresas em que a União» direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

Incorreta _

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - A LOA compreende, entre outros, o orçamento de investimento de todas as empresas de.que a União participe.

363 TÍTULO V! - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO -

III ~ o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

§ 6.° - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as recei­tas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.§ 7.° - Os orçamentos previstos no § 5.°, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.§ S.° - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Corretas

CESPE. 2010. Analista de Controle interno. Finanças Públicas. SAD/PE ~ A Lei Orçamentária Anual (LOA) não deve conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação de despesa, não se incluindo, nessa proibição, a autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - Dispõe a CF que a lei orçamentária anuai não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proi­bição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito. Esse dispositivo encerra o princípio orçamentário da exclusividade.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A LOA poderá conter contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A LOA não conterá dispositivo estranho à fixação da receita e à previsão de despesa.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ^364*

§ 9.° - Cabe à lei complementar:I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;I I - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

Incorreta

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos crédi­tos adicionais devem ser apreciados pela Câmara dos Deputados, que, após aprovação, deve remetê-los ao presidente da República.

§ 1.° - Caberá a uma Comissão mista permanente de Se­nadores e Deputados:I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;I I - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Con­gresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com0 art. 58.

§ 2.° - As emendas serão apresentadas na Comissão mis­ta, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.§ 3.° - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:1 - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamen­tárias poderão ser aprovadas, desde que sejam compatíveis com o piano plurianual.

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TÍTULO V! - DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas: . .,' ••a) com a correção de erros ou omissões; ou;b) com os dispositivos do texto do projeto dé lei..

§ 4.° - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamen­tárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis como plano plurianual. ^§ 5.° - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.§ 6 .° - Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9.°.§ 7.° - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.§ 8 .° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme0 caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Art. 167. São vedados:1 - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações di­retas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;III - a realização de operações de créditos que excedamo montante das despesas de capital, ressalvadas as auto­rizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arreca­dação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159,

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2.°,212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §8.°, bem como o disposto no § 4.° deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - É possível a transposição de recursos de uma categoria de programação para outra, com a prévia autorização legislativa.

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5.°;IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Corretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controie e Administração. TCE/RN - A CF veda a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos pelos governos federal e estaduais para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos estados, do DF e dos municípios.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Não é possível a transferência voluntária de re­cursos, pelo governo federal, aos estados para o pagamento de despesas de pessoa! ativo, inativo e pensionista.

X I - a u tilização dos recursos provenientes das contribu ições so cia is de que trata o a rt. 195, I , a , e I I , p ara a realização

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de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

§ 1.° - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.§ 2 .° - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo seo ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. :§ 3.° - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou cala­midade pública, observado o disposto no art. 62.

incorreta -

CESPE. 2010. Analista de Controle Interno. Finanças Públicas. SAD/PE - A abertura de crédito extraordinário somente deve ser admitida para atender a despesas decorrentes de inícios de programas ou projetos não incluídos na LOA.

£3Ç/Ç:S . TlTULO Vi - DA TRIBUTAÇÃO E DO ..ORÇAMENTO . ; ||

§ 4.° - Ê permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para cora esta. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 3, de 1993)

Correta

CESPE. 2009. Assessor Técnico de Controle e Administração. TCE/RN - É permitida a vin­culação de receitas próprias geradas pelo imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipa! e de comunicação para a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamen­tárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo é Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

forma da lei complementar a que se refere o art. 165, §9.°. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 45, de 2004)

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.§ 1.° - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Segundo o STF, emenda inserida na constituição estadual que estabeleça subsídio mensal e vitaiício para ex-governador e sua trans­ferência ao cônjuge .supérstite não afronta o princípio constitucional da impessoalidade.

Jurisprudência d o . STF - "Instituição de subsídio mensal e vitaiício aos ex-Governadores daquele Estado, de natureza idêntica ao percebido pelo atual chefe do Poder Executivo esta­dual. Garantia de pensão ao cônjuge supérstite, na metade do vaior percebido em vida pelo titular. Segundo a nova redação acrescentada ao Ato das Disposições Constitucionais Gerais e Transitórias da Constituição de Mato Grosso do Sul, introduzida pela Emenda Constitucional n. 35/2006, os ex-Governadores sul-mato-grossenses que exerceram mandato integral, em 'ca­ráter permanente', receberiam subsídio mensal e vitalício, igual ao percebido pelo Governador do Estado. Previsão de que esse benefício seria transferido ao cônjuge supérstite, reduzido à metade do valor devido ao titular. No vigente ordenamento republicano e democrático brasileiro, os cargos políticos de chefia do Poder Executivo não são exercidos nem ocupados 'em caráter permanente', por serem os mandatos temporários e seus ocupantes, transitórios. Conquanto a norma faça menção ao termo 'benefício', não se tem configurado esse instituto de direito administrativo e previdenciário, que requer atual e presente desempenho de cargo público. Afronta o equilíbrio federativo e os princípios da igualdade, da impessoalidade, da moralidade pública e da responsabilidade dos gastos públicos (arts. 1.°, 5.°, caput, 25, § 1.°, 37, caput e inc. XIII, 169, § 1.°, inc I e li, e 195, § 5.°, da Constituição da República)". (ADI 3.853, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 12-09-2007, DJ de 26-10-2007)

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°19, de 1998)II - se houver autorização específica na lei de diretrizes or­çamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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TÍTULO Vf - OA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO mmm

§ 2.° ~ Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos os repasses de verbas federais ou estaduais aos Esfãdos, ao Distrito Federal e aos Municípios que não observarem os referidos limites. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 3.° - Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)II - exoneração dos servidores não estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

§ 4.° - Se as medidas adotadas com base no parágrafo an­terior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo,o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 19, de 1998)§ S.° - O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 6 .° - O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou asse­melhadas pelo prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)§ 7.° - Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4.°. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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TÍTULO VII

DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

CAPÍTULO IDOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

Corretas

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Aviação Civil. ANAC - A ordem econômica constitucional brasileira se funda na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa.

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - O dispositivo constitucional que afirma que a finalidade da ordem econômica é assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social, seria um exemplo de norma programática.

Doutrina -"As normas programáticas, conforme salienta Jorge Miranda, são de aplicação diferida, e não de aplicação ou execução imediata; mais do que comandos-regra, explicitam comandos- valores; conferem elasticidade ao ordenamento constitucional"; (MORAES, 2005, p. 9)

Incorreta

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações. Direito. ANATEL - A iivre-iniciativa é sinônimo de liberdade econômica absoluta.

Jurisprudência do STF - "Calixto Salomão Fiího, referindo-se à doutrina do eminente Min. Eros Grau, adverte que'livre iniciativa não é sinônimo de.liberdade econômica absoluta (...). O que ocorre é que o princípio da livre iniciativa, inserido no. caput do art, 170 da Constituição Federal, nada mais é do que uma cláusula geral cujo conteúdo é preenchido peios incisos do mesmo artigo. Esses princípios claramente definem a liberdade de iniciativa não como uma liberdade anárquica, porém social, e que pode, conseqüentemente, ser limitada'". (AC 1.657-MC, voto do Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 27-06-2007, DJ de 31-08-2007)

I - soberania nacional;

Correta

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - São princípios da ordem econômica a defesa do consumidor e a soberania nacional. {ver também art. 170, inc. V, da CF/1988)

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I I - propriedade p rivad a ;I I I - função so cia l da propriedade;IV - liv re concorrência ;V - defesa do consum idor;V I - defesa do m eio am biente, in c lu sive m ediante trata­m ento d iferenciado conform e o im pacto am biental dos produtos e serv iço s e de seus processos dé elaboração e prestação ; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°42, de 19-12-2003) , '

incorreta .

CESPE. 2010. Advogado. BHB ~ Constituem princípios gerais da atividade econômica a soberania nacional, a autonom ia estadual e a m unicipal, a defesa do consumidor e a defesa do meio ambiente, com tratam ento isonômico, independentemente do im pacto am biental dos produtos e dos serviços.

V II - redução das desigualdades reg ionais e so cia is;V I I I - busca do pleno em prego;IX - tratam ento favorecido para as em presas de pequeno porte constitu ídas sob as le is b ra sile ira s e que tenham sua sede e ad m in istração no P a ís. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 6, de 1995)

Correta

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Configura-se princípio que rege a atividade econômica o tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país.

Parágrafo único. É assegurado a todos o íívre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, saivo nos casos previstos em lei.

j:371;; TÍTULO Vil - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 6, de1995)Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacio­nal, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segu­rança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.§ 1.° - A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas sub­sidiárias que explorem atividade econômica de produção

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (.Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 1% de 1998)

Incorreta

CESPE. 2009. Agente de Investigação e Escrivão de Polícia. PC/PB - O regime jurídico das empresas públicas e sociedades de economia mista é de caráter exclusivamente privado.

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°19, de 1998)II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Incorretas

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - Considere que a União pretenda criar uma nova empresa pública, prestadora de serviços públicos, para atuar em determinada área. Nesse caso, essa empresa estará sujeita ao regime juríd ico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. (ver também RE 220.906, STF, infra)

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários. Econo­mia. ANTAQ - Os salários dos empregados das empresas púbücas federais são fixados por meio de lei ordinária federal.

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários. Econo­mia. ANTAQ - Considere a situação de um empregado público de empresa pública federa!, prestadora de serviços públicos, que tenha sido demitido por justa causa e, por discordar do fundamento da demissão, tenha ingressado na Justiça do Trabalho com reclamação trabalhista, pleiteando verbas rescisórias, já que estaria submetido ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com relação a essa situação e acerca da organização administrativa da União e da sua administração indireta, julgada procedente a reciamação trabalhista descrita acima, os bens da referida empresa pública, mesmo aqueles destinados à sua atividade fim, poderão ser penhorados.

Jurisprudência do STF - "À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pessoa jurídica equipa­rada à Fazenda Pública, é aplicável o privilégio da impenhorabilidáde de seus bens, rendas e serviços. Recepção do artigo 12 do Decreto-lei n.° 509/69 e não-tncidência da restrição contida no artigo 173, § 1.°, da Constituição Federal, que submete a empresa púbíica, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias. Empresa pública que não exerce atividade econômica e presta serviço público da competência da União Federal e por ela mantido. Execução. Observância ao regime de precatório, sob pena de vulneração do disposto no artigo 100 da Constituição Federai". (RE 220.906, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 16-11-2000, DJ de 14-11-2002)

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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~ 373 >' TÍTULO Vil - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA '

Correta

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Biblioteconomia. ANATEL - Segundo liminar em mandado de segurança deferida à PETROBRAS, o Supremo Tribunal Federal abriu a possi­bilidade para que as empresas públicas e sociedades de economia mista que atuem em atividades econômicas e tenham regulamentos próprios llcitatórlos não precisem seguir a Lei n.° 8.666/1993. - . -

Jurisprudência do STF -"A ção Cautelar. Efeito suspensivo a recurso extraordinário admitido no Superior Tribunal de Justiça. Plausibilidade jurídica do pedido. Licitações realizadas pela Petrobrãs com base no Regulamento do Procedimento Licitatóriò .Simplificado (Decreto n.° 2.745/98 e Lei n.° 9.478/97). Perigo de dano irreparável. A suspensão das licitações pode inviabilizar a própria atividade da Petrobrás e comprometer o processo de exploração e distribuição de petróleo em todo o país, com reflexos Im^iàto^parã^ãiind.ústda, comércio e, enfim, para toda a população. Medida cautelar deferida para; ^n çe d e r efeito suspensivo ao recurso extraordinário" (AC 1.193-QO-MC, Rei. Min. Gilmar Mendes,julgamento em 09-05- 2006, DJ dê 30-06-2006} • • v v . '

XV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a respon­sabilidade dos administradores. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

§ 2 .° ~ As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.§ 3.° - A lei regulamentará as relações dà empresa pública com o Estado e a sociedade.§ 4.° - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.§ 5.° - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabi­lidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - O Estado exercerá, como agente normativo e re­gulador da atividade econômica, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determ inante para o setor privado.

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS 374 ;

§ 1.° - A lei estabelecerá as diretrizes e bases do plane­jamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.§ 2.° - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.§ 3.° - O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.§ 4.° - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, dire­tamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Incorretas

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - A prestação de serviços públicos pode ocorrer diretamente, pelo poder público, ou sob regime de concessão ou permissão, exigindo- -se, necessariamente, processo licitatório para a concessão, mas não para a permissão, que se caracteriza como ato adm inistrativo unilateral e precário.

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - Considera-se concessão de serviço público a delegação, a título precário, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente, a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.

Doutrina - "Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder competente, mediante licitação, na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. Permissão de serviço público: a delegação, a títuJo precário, mediante licitação, da prestação de serviço público, feita peío poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco". (PAULO e ALEXANDRINO, 2007, p. 500)

Parágrafo único. A lei disporá sobre:I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;II - os direitos dos usuários;III - política tarifária;IV - a obrigação de manter serviço adequado.

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Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à"ÍTnião, garantida ao con­cessionário a propriedade do produto da lavra.§ 1.° - A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o “caput” deste artigo somente poderão ser efetuados mediante auto­rização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando , essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°6, de 1995)§ 2.° - É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.

Correta

CESPE. 2009. Técnico Administrativo. ANTAQ - Considere a situação em que uma pessoa, ao cavar um poço artesiano no sítío de sua propriedade, tenha encontrado uma reserva de gás natural. Nesse caso, a reserva pertencerá à União, mas o proprietário terá, por força expressa de dispositivo constitucional, direito a participação no resultado da iavra.

§ 3.° - A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente.§ 4.° - Não dependerá de autorização ou concessão o apro­veitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida.

Art. 177. Constituem monopólio da União:

Incorreta

CESPE. 2009. Assessor Técnico Jurídico. TCE/RN - A expioração direta de atividade econômica peio Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a reievante interesse coletivo, conforme definidos em iei, razão pela qual a CF não adm ite a existência de m onopólios em nome de qualquer ente federativo, (ver também a r t 173 da CF)

I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;

j:.'37SV:' TÍTULO V!i - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA •

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMSNAOORAS • Í3 ? 6 :i

III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamen- to, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 49, de 2006)

§ 1.° - A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisosI a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 9, de 1995)§ 2.° - A lei a que se refere o § 1.° disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 9, de 1995)I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 9, de 1995)II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 9, de 1995)III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do mo­nopólio da União; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 9, de 1995)

§ 3.° - A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional. (Renumerado de §2.° para 3.° pela Emenda Constitucional n.° 9, de 1995)§ 4.° - A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)

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b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b; (Incluído péla Emenda Constitucional n.° 33, de 2001)II - os recursos arrecadados serão^estinados: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 33, de 2001) ;'"va) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivádós e deriva­dos de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional n.°33, de 2001) ■ •b) ao financiamento de projetos ambientais relacionadoscom a indústria do petróleo e do gás; (IncluídopéiaÊmenda Constitucional n.° 33, de 2001) ' ' ' ' 'c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Incluído pela Emenda Constitucional n ° 33, de 2001)

Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 7, de 1995)Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o transporte de mer­cadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por embarcações estrangeiras. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 7, de 1995)Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Lei que, por motivos extrafiscais, imprima tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contri- butiva distinta ofende o princípio da Ísonomia tributária.

Jurisprudência do STF - "Por disposição constitucional (CF, artigo 179), as microempresas e as empresas de pequeno porte devem ser beneficiadas, nos termos da lei, pela 'simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas' (CF, artigo 179). Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime do Simples aquelas

tMZf: ' TÍTULO Vli - DA ORDEM ECONÔMICA E RNANCÉIRA' ^

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS:

cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado”. {ADI 1.643, ReL Min. Maurício Corrêa, julgamento em 05-12-2003, DJ de 14-03-2003)

Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico.Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por autoridade administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de autorização do Poder competente.

CAPÍTULO II DA POLÍTICA URBANA

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvi- mento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.§ 1.° - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.§ 2.° - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.§ 3.° - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.§ 4.° - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Se­nado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em

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parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

Art. 183. Aquele que possuir como-sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua mo­radia ou de sua família, adquirir-Ihe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.§ 1.° - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, indepen­dentemente do estado civil.§ 2 .° - Esse direito não será reconhecido ao mesmo pos­suidor mais de uma vez.§ 3.° - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usu­capião.

fncorreta ' _ 'CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Considere a seguinte situação hipotética. Antônio, que não tem imóvel próprio, ocupou, em determinada cidade/como sua moradia, por 12 anos ininterruptos e sem qualquer tipo de turbação estatai, área de 200 m2 que era de propriedade do município. Instado a se retirar do local, procurou advogado para aiegar judicialmente o usucapião sobre o imóvel. Nessa situação, está correta a solicitação de Antônio porque não houve oposição do poder público local.

• ;379;:;; TÍTULO VI! - DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA

CAPÍTULO III DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA

E DA REFORMA AGRÁRIA

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse so­cial, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja uti­lização será definida em lei.§ 1.° - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

Incorretas

CESPE. 2010. Advogado. BRB - Considere que a União desaproprie por interesse social, para fins de reforma agrária, determinado imóvel rural localizado no estado do Mato Grosso,

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que não esteja cumprindo sua função social. Nessa situação, todas as benfeitorias do imóvel deverão ser indenizadas mediante títulos da dívida agrária.

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especiaiidade: Direito. TCE/AC - A União pode desapropriar a fazenda de aiguém por interesse social para fins de reforma agrária, mas deverá antes dar-lhe prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária inclusive sobre as benfeitorias úteis e necessárias, como forma de evitar o enriquecimento ilícito do Estado em detrimento do particular.

CF ANOTADA PELAS 8ANCAS EXAMiNADORAS ;:;380

§ 2 .° - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.§ 3.° - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Lei ordinária é instrumento adequado para estabelecer regramento processual de contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.

§ 4.° - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.§ 5.° - São isentas de impostos federais, estaduais e munici­pais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;II - a propriedade produtiva.

Incorreta

CESPE. 2009. Anaiista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Embora um laudo indique que a fazenda de um indivíduo é produtiva, a União pode desapropriá-la para fins de reforma agrária se a indenização for prévia e em dinheiro.

Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à pro­priedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

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t;3 8 t í ■ TÍTULO Vi! - DA ORDEM ECONÔMICA E .FINANCEIRA.'

Art. 186. Á função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:I ~ aproveitamento racional e adequado;II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis epreservação do meio ambiente; ^III - observância das disposições que regulam as relações detrabalho; ............•. .•...;IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Art. 187. A política agrícola será planejada e; éxécútada ha forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e dé transportes, levando em conta, especialmente: ' '" • •I - os instrumentos creditícios e fiscais;II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;IV - a assistência técnica e extensão rural;V - o seguro agrícola;VI - o cooperativismo;VII - a eletrificação rural e irrigação;VIII - a habitação para o trabalhador rural.

§ l.° - Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais.§ 2.° - Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.

Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.§ 1.° - A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.§ 2 .° - Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária.

Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos.

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M U CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ' 382 í

Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.

Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arren­damento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que dependerão de au­torização do Congresso Nacional.Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-Ihe-á a propriedade.Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

CAPÍTULO IV DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Art. 192.0 sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 40, de 2003)

I - (Revogado)II - (Revogado)III - (Revogado)a) (Revogado)b) (Revogado)

IV - (Revogado)V - (Revogado)VI ~ (Revogado)VII - (Revogado)VIII - (Revogado)

§ 1.° - (Revogado) § 2 .° - (Revogado) § 3.° - (Revogado)

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TÍTULO V III ' DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

CAPÍTULO II DA SEGURIDADE SOCIAL

Seção I D IS P O S IÇ Õ ES G E R A IS

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Correta

CESPE. 2007. Anaíista Judiciário. Área Judiciária. TS T - É compatível com a Constituição Federai (CF) o custeio de programas de assistência social mediante a utilização de receitas provenientes de contribuição para a seguridade sociai.

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A seguridade social tem por finalidade assegurar exclusivamente os direitos relativos à saúde, mediante um conjunto integrado de ações de iniciativa tanto do poder público como da sociedade.

Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

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I - universalidade da cobertura e do atendimento;II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;III ~ seletividade e distributividade na prestação dos be­nefícios e serviços;

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU - A seguridade social obedece aos princípios da seletividade e da distributividade na prestação dos benefícios e serviços.

D outrina - "A seletividade atua na delimitação do roí de prestações, ou seja, na escolha dos benefícios e serviços a serem mantidos pela seguridade social, enquanto a distributividade direciona a atuação do sistema protetivo para as pessoas com maior necessidade, definindo o grau de proteção". (BALERA, 2004, p. 875

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;V - eqüidade na forma de participação no custeio;VI - diversidade da base de financiamento;VII - caráter democrático e descentralizado da administra­ção, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

Correta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Ao poder público, nos termos da lei, compete organizar a seguridade social, considerando diferentes objetivos, entre os quais, está o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação, nos órgãos colegiados, dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS Í ;384M

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equipa­rada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pa­gos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

£ £ 3Art* 195*1

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||à8s|; t í t u l o yui. - o Á ‘ó r d e m s o c i a l • • ; > V . : : ' I

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Cons­titucional n.° 20, de 1998)c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

II ~ do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada pela lZmenda Cons­titucional n.° 20, de 1998}III - sobre a receita de concursos de prognósticios.IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou dequem a lei a ele equiparar. (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 42, de 19-12-2003) . . .... ̂ ; :

§ 1.° - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.§ 2.° - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.§ 3.° - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.§ 4.° - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.§ 5.° - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspon­dente fonte de custeio total.§ 6 .° - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”§ 7.° - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

§ 8.° - O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos côn­juges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 9.° - As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utili­zação intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)§ 10 - A lei definirá os critérios de transferência de recur­sos para o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 11 - É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos 1, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 12 - A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)§ 13 - Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda Constitu­cional n.° 42, de 19-12-2003)

Seção II DA SAÚDE

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que vi­sem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao

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TÍTULO Vlii - DA ORDEM SOCIAL

acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197. São de relevância pública-as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização, e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:;I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;III - participação da comunidade.

§ 1.° - O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1.° pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)§ 2 .° ~ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí­pios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percen­tuais calculados sobre: {Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3.°; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 29, de 2000)III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o pro­duto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3.° (Incluído pela Emenda Constitucional n,° 29, de 2000)

§ 3.° - Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)

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CF ANOTADA P£LAS BANCAS EXAMINADORAS

I - os percentuais de que trata o § 2.°; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das dispa­ridades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 29, de 2000)

§ 4.° - Os gestores locais do sistema único de saúde po­derão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribui­ções e requisitos específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 51, de 2006)

§ 5.° - Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 63, de 2010)§ 6.° - Além das hipóteses previstas no § 1,° do art. 41 e no § 4.° do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 51, de 2006)

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa priva­da.§ 1.° - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou

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convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.§ 2.° - É vedada a destinação c^e*recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.§ 3.° - É vedada a participação direta ou indireta de em­presas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 'V'- •§ 4.° - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bèm como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus de­rivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: •I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e subs­tâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemo- derivados e outros insumos;II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemioló- gica, bem como as de saúde do trabalhador;III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele com­preendido o do trabalho.

Seção I I I D A P R E V ID Ê N C IA S O C IA L

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória,

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C F ANOTADA P E LA S B A N C A S EXAMINADORAS

observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Re­dação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)IV - salário-famíiia e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o dis­posto no § 2 .°. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

§ 1.° - É vedada a adoção de requisitos e critérios dife­renciados para a concessão de aposentadoria aos benefici­ários do regime geral de previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)§ 2.° - Nenhum benefício que substitua o salário de con­tribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá vaior mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 3.° - Todos os salários de contribuição considerados parao cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da Iei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 4.° - £ assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, confor­me critérios definidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 5.° - É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, dé pessoa par­ticipante de regime próprio de previdência. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)

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§ 6.° - A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998) -§ 7.° - É assegurada aposentadoria no regime geral de pre­vidência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.°20, de 1998)I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trintaanos de contribuição, se mulher; (Incluído dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998) ..••.••• ;II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limi­te para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro eo pescador artesanal. (Incluído dada pela Emenda Consti­tucional n.° 20, de 1998)

§ 8.° - Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Consti­tucional n.° 20, de 1998)§ 9.° - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a conta­gem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese era que os diversos regimes de previdência social se com­pensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 10 - Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado. (Incluído dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 11 - Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. (Incluído dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 12 - Lei disporá sobre sistema especial de inclusão pre­videnciária para atender a trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-mínimo. (Re­dação dada pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2ÓÓ5)§ 13 - O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 47, de 2005)

Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter com­plementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício con­tratado, e regulado por lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 1.° - A lei complementar de que trata este artigo assegu­rará ao participante de planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 2o - Às contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 3.° - É vedado o aporte de recursos a entidade de pre­vidência privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado. (Incluído pela Emenda Constitucional n.°20, de 1998)§ 4.° - Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 5.° - A lei complementar de que trata o parágrafo an­terior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de

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previdência privada. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)§ 6.° - A Iei complementar a que se refere o § 4o deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão era que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação* (Incluído pela Emenda Consti­tucional n.° 20, de 1998)

Seção IVDA ASSISTÊNCIA SOCIAL . . . .

Art. 203. A assistência social será prestada á quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à veíhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social.

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A assistência social é prestada a quem deta necessitar, m ediante contribuição à seguridade social.

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à ado­lescência e à velhice;II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - A promoção da integração ao mercado de trabalho não se insere entre os objetivos da assistência social, que visa, sobretudo, proteger a família, a maternidade, a infância, a adolescência e a velhice.

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida co­munitária;V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem

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não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da segu­ridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Administrativo. MDS - As ações governamentais na área da assistência social são exclusivamente realizadas com recursos do orçamento da seguridade social.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMiNADORAS •' ;3941

I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coor­denação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social;II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)I - despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)III - qualquer outra despesa corrente não vinculada direta­mente aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)

CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Seção I DA EDUCAÇÃO

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração

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da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

Corretas _ .

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC ~ Uma emenda à Constituição do Acre determinou que o ensino médio seria gratuito apenas para integrantes de famílias com renda familiar inferior a cinco salários-mínimos. Por entender que essa emenda vioiava a Constituição da República, um partido político ingressou perante o STF com Ação Direta d.e Inconstitucionalidade (ADI), postulando a declaração de inconstitucionalidade do referido diploma legislativo. A referida emenda é incompatível com a Constituição da Repúbiica.

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - Seria inconstitucional uma lei que restringisse a gratuidade do ensino público às pessoas com renda familiar inferior a dois salários-mínimos.

Súmuia do STF

Súmula Vinculante 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

V - valorização dos profissionais da educação escolar, ga­rantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Cons­titucional n.° 53, de 2006)VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII - garantia de padrão de qualidade.VIII - piso salarial profissional nacional para os profissio­nais da educação escolar pública, nos termos de lei federal.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de tra­balhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados,

1{Í9S. TÍTULO VIII ~ DA ÜRDEM SOCfAL

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Illllll̂ ll CF ANOTADA PEIÀS BANCAS EXAMINADORAS

do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimo­nial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Incorreta

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - A autonomia universitária a que se refere o texto constitucional, reiterada na LDB, apiica-se ao conjunto das instituições de educação superior mantidas pelo poder público (União, estados, municípios e DF), situação que não se aplica às universidades privadas.

§ 1.° - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 11, de 1996)§ 2.° - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 11, de 1996)

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:I - Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 59, de 2009)

Incorreta

CESPE. 2007. Procurador Federal. A G U - A progressão continuada dos estudos, mais conhecida como aprovação automática, adotada em vários sistemas de ensino e em várias escoias, consiste na não reprovação de aluno nas séries do ensino fundamental e está respaldada pela própria CF quando esta afirm a que o acesso ao ensino obrigatório e gra tu ito é direito público subjetivo.

II - progressiva universalização do ensino médio gratui­to; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 14» de1996)III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

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Incorreta

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Conforme entendimento do STF, o dispositivo constitucional que afirma que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-escola, às .crianças de até cinco anos de idade, é um exempio de norma de eficácia lim itadar na m edida em-que-exige do Estado uma prestação discricionária e objetiva no sentido de construção de creches ou aumento das vagas nas creches públicas já existentes. : ^

Jurisprudência do STF -" A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. (...) também consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional" (RE 554.075-AgR, Rei. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 30-06-2009, 1 ,a Turma, DJE de 21-00-2009)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às con­dições do educando;VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático- escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federai. AGU - Programas como o de transporte e o de alimenta­ção escolar (merenda), bem como o do livro didático, são políticas públicas respaldadas pela CF, que identifica como dever do Estado com a educação o atendimento ao educando, no ensino fundamental, por meio de programas suplementares.

§ 1.° - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.§ 2.° - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.§ 3.° - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Pú­blico.

Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica co­

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CF ANOTADA PEIAS BANCAS EXAMINADORAS

mum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.§ 1.° - O ensino religioso, de matrícula facultativa, consti­tuirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

Incorreta

CESPE. 2007. Agente Penitenciário. SEJUS/ES - Por força constitucional, o ensino religioso nas escolas públicas é obrigatório e deve lim itar-se ao ensino das religiões cristãs, pois o cristia­nismo é a religião o fic ia l do Brasil.

§ 2.° - O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem.

Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.§ 1.° - A União organizará o sistema federal de ensino eo dos Territórios, financiará as instituições de ensino pú­blicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qua­lidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 14, de 1996)§ 2.° - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantiL (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 14, de 1996)§ 3.° - Os Estados e o Distrito Federal atuarão priorita­riamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional n ° 14, de 1996)§ 4.° - Na organização de seus sistemas de ensino, os Es­tados e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 14, de 1996)§ 5.° - A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante

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de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Cabe aos municípios atuar prioritariamente no ensino fundamental e médio, devendo aplicar, anualmente, peio menos 18% de sua receita na manutenção e desenvolvimento da educação.

§ 1.° - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí­pios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. ....§ 2.° - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino fede­ral, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.§ 3.° - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.§ 4.° - Os programas suplementares de alimentação è assis­tência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários.§ 5.° - A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da Iei. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)§ 6.° - As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 53, de 2006)

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - Tanto a CF quanto a LDB determinam a destinaçãode recursos públicos para as escolas públicas, permitindo, contudo, que esses recursos tambémsejam endereçados a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas.

iv;3Í99̂ r . . TÍTULO Vl!l - DA ORDEM SOCIAL

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CF ANOTADA PELAS. BANCAS EXAMINADORAS

Incorreta

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - De acordo com a CF, os recursos púbíicos serão destinados às escolas públicas, vedando- s e a destinação desses recursos a escolas filantrópicas.

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra es­cola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1.° - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamen­tal e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade.§ 2.° - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio financeiro do Poder Público.

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvol­vimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:I - erradicação do analfabetismo;II - universalização do atendimento escolar;III - melhoria da qualidade do ensino;IV - formação para o trabalho;V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

Seção II D A C U L T U R A

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das mani­festações culturais.§ 1.° - O Estado protegerá as manifestações das culturas po­pulares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional.

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§ 2.° - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.§ 3.° - A lei estabelecerá o Planoi^acional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações dtí poder público que conduzem à: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 48, de 2005) •

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 48, de 2005)II - produção, promoção e difusão de bens culturais; (In­cluído pela Emenda Constitucional n.° 48, de 2Ó05)III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cul­tura em suas múltiplas dimensões; (Incluído péla Emenda Constitucional n.° 48, de 2005) 'IV - democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 48, de 2005)V - valorização da diversidade étnica e regional. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 48, de 2005)

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da so­ciedade brasileira, nos quais se incluem:I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer e viver;III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, pai­sagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ L° - O Poder Público, com a colaboração da comunida­de, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.§ 2.° - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

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§ 3.° - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.§ 4.° - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.§ 5.° - Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos qui­lombos.§ 6 .° - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)I ~ despesas com pessoal e encargos sociais; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42, de 19-12-2003)II -- serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42,, de 19-12-2003)III - qualquer outra despesa corrente não vinculada direta­mente aos investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 42y de 19-12-2003)

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 402

Seção I I I D O D ESPO R TO

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, obser­vados:I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e as­sociações, quanto a sua organização e funcionamento;II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional;IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

§ 1.° - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

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§ 2.° - A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final.§ 3.° - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. :

::̂ Ò3.VI TÍTULO VIII - DA ORDEM SOCfAL .

CAPÍTULO IV DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvi­mento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.§ 1.° - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.§ 2.° - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvol­vimento do sistema produtivo nacional e regional.§ 3.° - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.§ 4.° - A lei apoiará e estimulará as empresas que invis­tam em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.§ 5.° - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

incorreta

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A CF impõe aos estados e ao Distrito Federai o dever de vincular parcela de sua receita or­çamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

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CAPÍTULO V DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a ex­pressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.§ 1.° - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa consti­tuir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5.°, IV, V, X, XIII e XIV.§ 2.° - É vedada toda e qualquer censura de natureza po­lítica, ideológica e artística.§ 3.° - Compete à lei federal:I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - insere-se no rol de com­petências privativas dos estados e municípios legislar sobre a matéria concernente à disciplina de diversões e espetáculos públicos.

II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o dis­posto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.

§ 4.° - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alco­ólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.§ 5.° - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.§ 6.° - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.

Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:

||||||||j|j|| CF ANOTADA PEU\S BANCAS EXAMINADORAS

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I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;IX - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objeèíve sua divulgação;III - regionalização da produção cultural, artística é jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e dafamília. '•

Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radio­difusão sonora e de sons e imagens é privativa dè brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002) . '

Corretas ^

CESPE. 2009. Agente Penitenciário e Agente de Escoita e Vigilância Penitenciário. SEJUS/ES - A CF consagra a propriedade de empresa jornalística, de radiodifusão sonora e de sons e imagens, de maneira privativa, aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou às pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras que tenham sede no país.

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Abduí, nascido na Síria, conseguiu sua natu­ralização no Brasií em 1.° de maio de 2004. Por ser jornalista profissional, pretende adquirir uma empresa de radiodifusão na cidade onde reside, no interior do estado de Pernambuco. Considerando a situação hipotética apresentada, é proibido a Abdul adquirir a empresa de radiodifusão, pois não possuí mais de dez anos na condição de naturalizado brasileiro.

§ 1.° - Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalís­ticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigato­riamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002)§ 2.° - A responsabilidade editorial e as atividades de sele­ção e direção da programação veiculada são privativas de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de comunicação social. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002)§ 3.° - Os meios de comunicação social eletrônica, inde­pendentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de

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produções nacionais. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002)§ 4.° - Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas empresas de que trata o § 1.°. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002)§ 5.° - As alterações de controle societário das empresas de que trata o § 1.° serão comunicadas ao Congresso Nacional.(Incluído pela Emenda Constitucional n.° 36, de 2002)

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodi­fusão sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.§ 1.° - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art.64, § 2.° e § 4.°, a contar do recebimento da mensagem.

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Compete ao Poder Executivo, em caráter exclusivo, outorgar e renovar concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

§ 2.° - A não renovação da concessão ou permissão depen­derá de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, em votação nominal.§ 3.° - O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos parágrafos anteriores.§ 4.° - O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo, depende de decisão judicial.§ 5,° - O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMSNADORAS 406

CAPÍTULO VI DO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologica­mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial

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à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Incorreta ___ _

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federal. DPRF - O meio ambiente é bem de uso especial, que a administração pública pode u tiliza r para a realização de suas atividades e a consecução de seus fins. ' -

4 0 7 ; ' TÍTULO VHI - DA ORDEM SOCIAL

§ 1.° - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pes­quisa e manipulação de material genético;III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes á serem especialmente pro­tegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

Incorretas

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Suponha que o estado do Piauí crie, por decreto do governador, um parque ecológico em Teresina e que, após dez anos dessa criação, outro governante resolva, mediante um novo decreto, suprimir parte da área do referido parque. Nessa situação, a iniciativa do novo governante deve ser considerada válida.

CESPE. 2008. Analista Ambiental - Área de Concentração I: Administração e Planejamen­to em Meio Ambiente. fl/íMA - É da competência privativa de cada estado-membro definir, dentro dos seus limites geográficos, os espaços territoriais a serem especialmente protegidos e respectivos componentes, sendo a alteração e a supressão permitidas por meio de decreto do Poder Executivo.

IV ~ exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou ati­vidade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

Correta

CESPE. 2008. Anaiista Ambiental - Área de Concentração I: Administração e Planejamento em Meio Ambiente. M M A - A instalação de obra ou atividade causadora, mesmo que apenas potencialmente, de significativa degradação do meio ambiente deve ser precedida por estudo de impacto ambiental, exigindo-se, ainda, o atendimento ao princípio da publicidade.

8311111111

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CF ANOTADA PEU\S BANCAS EXAMINADORAS '4 0 8

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - É constitucionalm ente prevista a realização, por secretaria estadual de meio ambiente, de estudo de im pacto am bienta l sigiloso, sob o argum ento de que a área poderia ser objeto de especulação im obiliária.

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2.° - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da Iei.§ 3.° - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT ~ As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores a sanções penais e adminis­trativas. As pessoas jurídicas, pela sua natureza, não estão submetidas a tais sanções, devendo a responsabilidade recair, então, sobre seus dirigentes, pessoas físicas.

§ 4.° - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.

Correta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Lei complementar ou ordinária não tem o poder de retirar da floresta amazônica brasileira a condição de bioma relevante para o patrimônio nacional.

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CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Constituem patrimônio nacional a floresta amazônica, a mata atlântica, o^jjantanal mato-grossense, o cerrado e os pampas gaúchos, devendo sua utiiizàção ocorrer segundo condições que assegurem a pre­servação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos-naturais.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A proteção constitucional da mata atlântica impede que haja propriedade privada nas áreas abrangidas por esse macro .ecossistema.

Jurisprudência do STF - “O preceito consubstanciado no art. 225, par. 4°, da Carta da Re­púbiica, aiém de não haver convertido em bens púbiicos os imóveis, particulares abrangidos peias florestas, e pelas matas nele referidas (Mata Atlântica, Serfa'do-..WJar, Floresta Amazônica brasileira), também não impede a utilização, peios próprios particulares; dos recursos naturais existentes naquelas áreas que estejam sujeitas ao domínio privadp/.desde que óbservadas as prescrições legais e respeitadas as condições necessárias a preservação ambiental". (RE 134.297, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 13-06-1995, DJ de 22-09-1995)

§ 5.° - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecada­das pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.§ 6.° - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

Incorretas _

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A implantação de usina nuciear em unidade de conservação estadual depende de autorização específica em lei estadual.

CESPE. 2008. Analista Ambientai - Área de Concentração I: Administração e Planejamento em Meio Ambiente. M M A - Usinas que se destinam a operar com reator nuclear só poderão ser instaladas mediante definição do local específico de seu funcionamento, estabelecida por lei de cada estado ou do D istrito Federai

incorretas _ ___^

CAPÍTULO VII DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO

ADOLESCENTE E DO IDOSO

Art. 226 A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.§ 1.° - O casamento é civil e gratuita a celebração.§ 2 .° - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.§ 3.° - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade fami­liar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 410

§ 4.° - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus des­cendentes.

Correta

CESPE. 2008. Policia] Rodoviário Federal. DPRF - A comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes é considerada entidade familiar.

§ 5.° - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.§ 6.° - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.§ 7.° - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.§ 8.° - O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado asse­gurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discrimi­nação, exploração, violência, crueldade e opressão.§ 1.° - O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo os seguintes preceitos:I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;II - criação de programas de prevenção e atendimento espe­cializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos.

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p . ' TÍTULO VII! - DA ORDEM SOCIAL

§ 2.° - A lei disporá sobre normas de construção dos lo­gradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras dçrdeficiência.§ 3.° - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao tra­balho, observado o disposto no art. 7.°, XXXIII;

Incorreta _ '

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. T R E / M T -O direito à proteção especial da criança e do adolescente abrange, entre outros aspectos, a idade mínima de dezoito anos para a admissão ao trabalho. "

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à es­cola;IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribui­ção de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica;V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvi­mento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins.

§ 4.° - A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.§ 5.° - A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros.

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A adoção de crianças é garantia constitucional da família, que estabelecerá de modo autônomo os casos e meios para sua efetivação, não podendo o poder público nela interferir ou estabelecer condições.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ic4iZ-j

§ 6.° - Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.§ 7.° - No atendimento dos direitos da criança e do adoles­cente levar-se-á em consideração o disposto no art. 204.

Art. 228. São penalmente ínimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Corretas

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - A CF estabelece textualmente que os menores de dezoito anos são ínimputáveis, sujeitos às normas da legislação especial.

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - Considere que seja editada uma lei federal determinan­do que são penalmente imputáveis os maiores de 16 anos. Essa lei seria incompatível com a Constituição Federal.

Incorretas

CESPE. 2008. Agente de Segurança Socioeducativo. SEPLAG/MG - Um adolescente com 16 anos de idade, portando 1 kg de cocaína para fins de tráfico, foi preso em flagrante por agentes da Polícia Civil. Considerando essa situação, em razão da idade, o adolescente poderá cumprir pena p o r tráfico de drogas em estabelecimento prisional.

CESPE. 2008. Policial Rodoviário Federal. DPRF - São penalmente ínimputáveis apenas menores de dezesseis anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.§ 1.° - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

Incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente pelo Estado, em espaços públicos e coletivos, garantida, entre outros benefícios, a gratuidade do transporte público aos maiores de sessenta anos. (ver também § 2 ° do a r t 230 da CF)

§ 2 .° - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

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Incorreta

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/AL - 0 dispositivo constitucional que assegura aos idosos a gratuidade dos transportes coletivos urbanos constitui norm a de eficácia contida.

Jurisprudência do STF - "Art. 39 da Lei n.° 10.741, de 1.® de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), que assegura gratuidade dos transportes públicos urbanos e semi-urbanos aos que têm mais de 65 (sessenta e cinco) anos. Direito constitucional. Norma constitucional de eficácia piena e aplicabilidade imediata. Norma legal que repete a norma constitucional garantidora do direito. Improcedência da ação. O art. 39 da Lei n.° 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) apenas repete o que dispõe o § 2.° do art. 230 da Constituição do BrasiLA norma constitucional é de eficácia plena e aplicabilidade imediata, peio que não há ejva de invalidade jurídica na norma legal que repete os seus termos e determina que se concretize o.quanto constitucionalmente disposto. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente". (ADI 3.768, ReL Min. Cármen Lúcia, julgamento em 19-09-2007, DJ de 26-10-2007)

CAPÍTULO VIII , DOS ÍNDIOS - /

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.§ 1.° - São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.§ 2.° - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usu­fruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.§ 3.° ~ O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.§ 4.° - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.§ 5.° - É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, “ad referendum” do Congresso Nacional, em

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . 414caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após de­liberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.

Correta

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGÜ - Caso uma comissão parlamentar de inquérito com funcionamento em Brasília intime um indígena, que mora no estado de Mato Grosso, a prestar depoimento na condição de testemunha, no DF, haverá violação às normas constitucionais que conferem proteção específica aos povos indígenas, uma vez que a intimação do indígena configuraria, em tese, constrangimento à sua liberdade de locomoção, por ser vedada pela CF a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo nas hipóteses constitucionalmente elencadas.

Jurisprudência do STF - "Comissão Parlamentar de Inquérito: intimação de indígena para prestar depoimento na condição de testemunha, fora do seu habitat: violação às normas cons­titucionais que conferem proteção específica aos povos indígenas {CF, arts. 215, 216 e 231). A convocação de um índio para prestar depoimento em Socai diverso de suas terras constrange a sua liberdade de locomoção, na medida em que é vedada pela Constituição da República a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo exceções neía previstas (CF/88, artigo 231, § 5.°). A tutela constitucional do grupo indígena, que visa a proteger, além da posse e usufruto das terras originariamente dos índios, a respectiva identidade cuitural, se estende ao indivíduo que o compõe, quanto à remoção de suas terras, que é sempre ato de opção, de vontade própria, não podendo se apresentar como imposição, salvo hipóteses excepcionais. Ademais, o depoimento do índio, que não incorporou ou compreende as práticas e modos de existência comuns ao 'homem branco' pode ocasionar o cometimento pelo silvícola de ato ilícito, passível de comprometimento do seu status libertatís. Donde a necessidade de adoção de cautelas tendentes a assegurar que não haja agressão aos seus usos, costumes e tradições". (HC 80.240, Rei. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 20-06-2001, DJ de 14-10-2005}

§ 6.° - São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações con­tra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.§ 7.° - Não se aplica às terras indígenas o disposto no art.174, § 3.° e § 4.°.

Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de séus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.

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TÍTULO IX '■ •DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS. .GERAIS

Art. 233. (Revogado pela Emenda Constitucional n.° 28, de 25-05-2000)Art. 234. É vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado, encargos referentes a despesas com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública, inclusive da indireta.Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão observadas as seguintes normas básicas:I - a Assembléia Legislativa será composta de dezessete De­putados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil;II - o Governo terá no máximo dez Secretarias;III - o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber;IV - o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores;V - os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma:a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário;b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e ad­vogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecidoo procedimento fixado na Constituição;

VI - no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País;VII - em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o pri­meiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

serão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos;VIII ~ até a promulgação da Constituição Estadual, respon­derão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis “ad nutum”;IX - se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma:a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamen­to dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União;b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinqüenta por cento;

X - as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual;XI - as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinqüenta por cento da receita do Estado.

Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. (Re­gulamento)§ 1.° - Lei regulará as atividades, disciplinará a responsabi­lidade civil e criminal dos notários, dos oficiais de registro e de seus prepostos, e definirá a fiscalização de seus atos pelo Poder Judiciário.§ 2.° - Lei federal estabelecerá normas gerais para fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.§ 3.° - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais de seis meses.

Art. 237. A fiscalização e o controle sobre o comércio exte­rior, essenciais à defesa dos interesses fazendários nacionais, serão exercidos pelo Ministério da Fazenda.

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TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS M Ê M

Art. 238. A lei ordenará a venda e revenda de combustí­veis de petróleo, álcool carburante e outros combustíveis derivados de matérias-primas renováveis, respeitados os princípios desta Constituição.Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições parao Programa de Integração Social, criado pela Lei Com­plementar n.° 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Pro­grama de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar n.° 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa dp seguro-desemprego e o abono de que trata o '§^3.° deste artigo. (Regulamento) '§ 1.° - Dos recursos mencionados no “caput” deste artigo, pelo menos quarenta por cento serão destinados a financiar programas de desenvolvimento econômico, através do Ban­co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que lhes preservem o valor.§ 2 ° - Os patrimônios acumulados do Programa de Inte­gração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os cri­térios de saque nas situações previstas nas leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que trata o “ca­put” deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.§ 3.° - Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, com­putado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição.§ 4.° - O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de ro­tatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei.

Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical.

Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu­nicípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos

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ÇF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMi NADORAS .418-

e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, servi­ços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Correta

CESPE. 2009. Auditor Federal de Controle Externo. Controle Externo. Auditoria de Obras Públicas. TCU - No âmbito do federalismo cooperativo, os entes federados devem atuar de forma conjunta na prestação de serviços públicos. Para esse fim, a CF prevê os consórcios públicos e os convênios, inclusive autorizando a gestão associada desses serviços, com a transferência de encargos, serviços e até mesmo de pessoal e bens. (ver também a r t 23, parágrafo único, da CF]

Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente mantidas com recursos públicos.§ 1.° - O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a forma­ção do povo brasileiro.§ 2.° - O Colégio Pedro II> localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Correta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Caso um indi­víduo possua uma fazenda de 500 hectares na qual, em 2008, tenha sido descoberta plantação de maconha em 7 hectares de sua propriedade, a administração poderá expropriar toda a fazenda para destiná~!a ao assentamento de colonos, sem indenizar seu proprietário.

Jurisprudência do STF - "Gleba, no artigo 243 da Constituição do Brasil, só pode ser enten­dida como a propriedade na qual sejam localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. O preceito não refere áreas em que sejam cultivadas plantas psicotrópicas, mas as glebas, no seu todo. A gleba expropriada será destinada ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos.. A linguagem jurídica corresponde à linguagem naturai, de modo que é nesta, linguagem natural, que se há de buscar o significado das palavras e expressões que se -compõem naqueia. Cada vocábulo nela assume significado no

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::vVJ1.9: ;' . TÍTULO IX— DÂS DISPOSIÇÕES .CONSTITÚClONAiS GEF5A1S

contexto no quaí inserido. O sentido de cada palavra há de ser discernido em cada caso. No seu contexto e em face das circunstâncias do caso. Não se pode atribuir à palavra qualquer sentido distinto do que ela tem em estado de dicionário, ainda que não baste a consulta aos dicionários, ignorando-se o contexto no quaí ela é usadã-para que esse sentido seja em cada caso discernido. A interpretação/aplicação do direito se faz não apenas a partir de elementos colhidos do texto normativo [mundo do dever-ser], mas também à partir de elementos do caso ao qual será ela aplicada, isto é, a partir de dados da realidade [mundo do ser]. O direito, qual ensinou Carlos Maximiliano, deve ser interpretado 'inteligentemente; não de modo que a ordem legai envolva um absurdo, prescreva inconveniências, vá ter.á condüsões inconsisten­tes ou impossíveis' O entendimento sufragado no acórdão recorrido, não .pode ser acolhido, conduzindo ao absurdo de expropriar-se 150 m2 de terra rural para nesses mesmos 150 m2 assentar-se colonos, tendo em vista o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos. Não violação do preceito veiculado pelo artigo 5.°, LIV da Constituição ;do Brasil e do chamado 'princípio'da proporcionalidade. Ausência de'desvio de poder legislativo'". (RE 543.974, Rei. Min. Eros Grau, julgamento em 26*03-2009, Plenário, DJE de 29-05-2009)

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecen­tes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.

Art. 244. A lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existentes a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conformeo disposto no art. 227, § 2.°.Art. 245. A lei disporá sobre as hipóteses e condições em que o Poder Público dará assistência aos herdeiros e depen­dentes carentes de pessoas vitimadas por crime doloso, sem prejuízo da responsabilidade civil do autor do ilícito.Art. 246. É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1.° de janeiro de 1995 até a promulgação desta emenda, inclusive. (Redação dada peía Emenda Constitucional n.° 32, de 2001)Art. 247. As leis previstas no inciso ÍII do § 1.° do art. 41 e no § 7.° do art. 169 estabelecerão critérios e garantias especiais para a perda do cargo pelo servidor público estável que, em decorrência das atribuições de seu cargo efetivo, desenvolva atividades exclusivas de Estado. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

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I l l l l l l l l i CF ANOTADA PELAS BÀNCAS EXAMINADORAS

Parágrafo único. Na hipótese de insuficiência de desempe­nho, a perda do cargo somente ocorrerá mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 19, de 1998)

Art. 248. Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta do Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o paga­mento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desses fundos. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998)Art. 250. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento dos benefícios concedidos pelo regime geral de previdência social, em adição aos recursos de sua ar­recadação, a União poderá constituir fundo integrado por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desse fundo. (Incluído pela Emenda Constitucional n.° 20, de 1998) Brasília, 5 de outubro de 1988.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

LEI N.» 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999Dispõe sobre o processo e julgamento da

ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratôria de constitucionalidade perante o

Supremo Tribunal Federal

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO IDA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

E DA AÇÃO DECLARATÔRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 1.°. Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratôria de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.

CAPÍTULO II DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Seção IDa Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de

Inconstitucionalidade

Art. 2.°, Podem propor a ação direta de inconstitucionali- dade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . ;422

Incorretas

CESPE. 2009. Anaiista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Podem propor ação direta de inconstitucíonafidade e ação declaratória de constituciona[idade, entre outros legitimados, o presidente da República, o procurador-gera! da República e o advogado-geral da União. (ver também art. 103 da CF)

I - o Presidente da República;II - a Mesa do Senado Federal;III - a Mesa da Câmara dos Deputados;IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;VI - o Procurador-Geral da República;VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 3.°. A petição indicará:I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações;II - o pedido, com suas especificações.

Incorreta

CESPE. 2009. Analista judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - A petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade deve indicar o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado, os fundamentos jurídicos do pedido e a existência de controvérsia ju d ic ia l relevante acerca da aplicação da disposição objeto da ação. (ver também inc. I deste artigo)

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instru­mento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

Art. 4.°. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indefe­ridas pelo relator.

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> :423.-‘ L C -L E J N.° 9.868. DE 10 OE NOVEMBRO DE 1999

Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

Art. 5.°. Proposta a ação direta, não-se admitirá desistência. Parágrafo único. (VETADO)Art. 6 .°. O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido.Art. 7.°. Não se admitirá intervenção de terceiros no pro­cesso de ação direta de inconstitucionalidade.

incorreta _ :

CESPE, 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - A intervenção de terceiros é adm itida no controie concentrado de constitucionaiidade; p o r meio do institu to do amicus curiae.

Jurisprudência do STF -"O s Estados-Membros da Federação não estão no roi dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controie concentrado de;constitucionaiidade, sendo indevida, no modeío de processo objetivo, a intervenção de terceiros subjetivamente interessados no feito. Precedente: ADi 2.130-AgR, Rei. Min. Celso de Mello, DJ de 14-12-2001". (ADi 3.013-ED~AgR, Rei. Min. Eiien Gracie, juigamento em 31-05-2006, DJ de 04-08-2006)

D outrina ~ "A Lei n.° 9.868/99 preserva a orientação contida no Regimento Interno do STF que veda a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade (art. 7.°). Constitui, todavia, inovação significativa no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade a autorização para que o relator, considerando a relevância da matéria e a representativida- de dos postulantes, admitida a manifestação de outros órgãos ou entidades (art. 7.°, § 2.°). Posstrva-se, assim, a figura do amicus curiae no processo de controie de constitucionaiidade, ensejando a possibilidade de o Tribuna decidir as causas com pleno conhecimento de todas as suas implicações ou repercussões". (MENDES et al, 2009, p. 1.173-1.174)

§ 1.0 - (VETADO)§ 2.° - O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo, fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.

Art. 8.°. Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador- Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias.

incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legai ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer

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a função de curador especial do princípio da presunção de consíitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato Impugnado.

Jurisprudência do STF' - "O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3.°) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fixou entendimento pela sua inconstitucionalidade". (ADI 1.616, Rei. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 24-05-2001, DJ de 24-08-2001)

CP ÀNÒTApA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . - $$$01

Art. 9.°. Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.§ 1.° - Em caso de necessidade de esclarecimento de maté­ria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de pe­ritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.§ 2.° - O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âm­bito de sua jurisdição.§ 3.° - As informações, perícias e audiências a que se refe­rem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção IIDa Medida Cautelar em Ação Direta de

Inconstitucionalidade

Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar- se no prazo de cinco dias.§ l.°~ O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado- Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias.§ 2 .° - No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela

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expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal.§ 3.° - Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.

Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União à parte dispo­sitiva da decisão, no prazo de dez dias, dèveiidõ! .solicitar as informações à autoridade da qual tiver emariado ó áto, observando-se, no que couber, o procedimento èstábelécido na Seção I deste Capítulo.§ 1.° - A medida cautelar, dotada de eficácia còntrá todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal en­tender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.§ 2.° - A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifes­tação em sentido contrário.

Correta

CESPE. 2009. Analista judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - A concessão da medida cautelar, na ação direta de inconstitucionalidade, torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.

Jurisprudência do STF - "A questão da eficácia repristinatória da declaração de inconstitu­cionalidade ín abstracto. A declaração final de inconstitucionalidade, quando proferida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de fiscalização normativa abstrata, importa - considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente - em restauração das normas estatais anterior­mente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por ser juridicamente inváiído {RTJ146/461-462), sequer possui eficácia derrogatória. Doutrina" (ADI 2.867, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 03-12-2003, DJ de 09-02-2007)

Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a ma­nifestação do Advogado-Gerai da União e do Procurador- Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

CAPÍTULO II-A DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

POR OMISSÃO

Seção IDa Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de

Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-A. Podem propor a ação direta de mconstituciona- lidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionaiidade.

Art. 12-B. A petição indicará:I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa;II - o pedido, com suas especificações.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins­trumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão.

Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente inde­feridas pelo relator.Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência.Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as dis­posições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei.§ 1.° - Os demais titulares referidos no art. 2.° desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais.§ 2.° - O relator poderá solicitar a manifestação do Ad- vogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias.

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LC - LEI N.° 9.868, DE..10 DE NOVEMBRO DE 1999

§ 3.° - O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações.

Seção IIDa Medida Cautelar em Ação Direta de

Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art, 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias.§ 1.° - A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal.§ 2,° ~ O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador- Geral da República, no prazo de 3 (três) dias.§ 3.° - No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regi­mento do Tribunal.

Art. 12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo XI desta Lei.

Seção III Da Decisão na Ação Direta de

Inconstitucionalidade por Omissão

Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências ne­cessárias.

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CF ANOTADA PÉLAS BANCAS EXAMINADORAS i- :!

§ 1.° - Em caso de omissão imputável a órgão administra­tivo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excep­cionalmente peio Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido.

CAPÍTULO III DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE

CONSTITUCIONALIDADE

Seção IDa Admissibilidade e do Procedimento da Ação

Declaratória de Constitucionaiidade

Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucio- nalidade de lei ou ato normativo federal:

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especiaiidade: Direito. TCE/AC - Podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionaiidade, entre outros legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União. {ver também art. 103, CF/1988)

I - o Presidente da República;II - a Mesa da Câmara dos Deputados;III - a Mesa do Senado Federal;IV - o Procurador-Geral da República.

Art. 14. A petição inicial indicará:I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;II - o pedido, com suas especificações;III - a existência de controvérsia judiciai relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins­trumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionaiidade.

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LC - LEI N.°.9.868, DE.10' DE NOVEMBRO DE 1999i n m

Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indefe­ridas pelo relator.Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.

Art. 16. Proposta a ação declaratôria, não se admitirá de­sistência. /V;

Art. 17. (VETADO) ‘

Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratôria de constitucionalidade.§ 1.° - (VETADO)§ 2.° ~ (VETADO)

Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aber­ta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias.

Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lan­çará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento.§ 1.° - Em caso de necessidade de esclarecimento de maté­ria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de pe­ritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria.§ 2.° - O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.§ 3.°- As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator.

Seção IIDa Medida Cautelar em Ação Declaratôria de

Constitucionalidade

Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de me­dida cautelar na ação declaratôria de constitucionalidade,

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controie Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O STF, por decisão de dois terços de seus membros, poderá deferir pedido de medida cauteiar na ação de­claratória de constitucionaiidade, consistente na determinação de que os juízes e os tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo.

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - A ação declaratória de consti- tucionalídade não admite a concessão de medida cauteiar, sob pena de a fronta ao princípio da presunção de constitucionaiidade das leis e atos normativos. (ver também a r t 102, t, a, da CF)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - A decisão que concede medida cauteiar em ação declaratória de constitucionaiidade não se reveste da mesma eficácia contra todos nem de efeito vinculante que a decisão de mérito.

Parágrafo único. Concedida a medida cauteiar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia.

CAPÍTULO IV DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE

INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE

Art. 22. A decisão sobre a constitucionaiidade ou a incons­titucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.

Correta

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ - Ainda que haja interesse dos ministros do STF no resultado de causa relativa à magistratura no controle concentrado de normas, os integrantes da corte não podem alegar suspeição no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade.

Jurisprudência do STF - "O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, embora prestando informações no processo, não está impedido de participar do julgamento de ação direta na qual tenha sido questionada a constitucionaiidade, in abstracto, de atos ou de resolu­ções emanados daquela Egrégia Corte judiciária. Também não incidem nessa situação de

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incompatibilidade processual, considerado o perfil objetivo que tipifica o controle normativo abstrato, os Ministros do Supremo Tribunal Federal que hajam participado, como integrantes do Tribunal Superior Eleitoral, da formulação e edição, por este,;.de atos ou resoluções que tenham sido contestados, quanto à sua validade jurídlc^em sede de fiscalização concentrada de constitucionalidade, instaurada perante a Suprema Corte. Precedentes do STF. Os institutos do impedimento e da suspeição restringem-se ao.plano exclusivo dos processos subjetivos (em cujo âmbito discutem-se situações individuais e interesses concretos), não se estendendo nem se aplicando, em conseqüência, ao processo de fiscalização concentrada de constitu­cionalidade, que se define como típico processo de caráter objetivo destinado a viabilizar o julgamento, em tese, não de uma situação concreta, mas da validade1 jurídicó-constitucional, a ser apreciada em abstrato, de determinado ato normativo editado pelo Poder Público". (ADI 2.321-MC, Rei. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-10-2000, DJ de 10-0.6-2005)

V 4 3 1 /; • LC - LEI N.° 9 .86 8 , DE 10 DE. NOVEMBRO DE 1999-

Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a consti- tucionalídade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade.Parágrafo único. Se não for alcançada a maiorià necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstituciona­lidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar- se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido.

Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar- se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato.Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrécorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória.

Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tri­bunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . '^432/1.

Corretas

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Segundo entendimento do STF, excepcio­nalmente, é possível a moduiação dos efeitos das decisões proferidas em sede de controie difuso de constitucionaiidade, o que representa uma flexibilização do princípio da nuiidade no controle de constitucionaiidade.

Jurisprudência dó STF - "A norma contida no art. 27 da Lei n.° 9.868, de 10 de novembro de 1999, tem caráter fundamentalmente interpretativo, desde que se entenda que os conceitos jurídicos indeterminados utilizados - segurança jurídica e excepcional interesse social - se revestem de base constitucional. No que diz respeito à segurança jurídica, parece não haver dúvida de que encontra expressão no próprio princípio do Estado de Direito consoante, am­plamente aceito pela doutrina pátria e alienígena. Excepcional interesse sociaí pode encontrar fundamento em diversas normas constitucionais. O que importa assinalar é que, consoante a interpretação aqui preconizada, o princípio da nuiidade somente há de ser afastado se se puder demonstrar, com base numa ponderação concreta, que a declaração de inconstitucionalidade ortodoxa envolveria o sacrifício da segurança jurídica ou de outro valor constitucional mate- rializável sob a forma de interesse social". (Al 474.708-AgR, Rei. Min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 17-03-2008, DJE de 18-04-2008)

Doutrina - " A declaração de inconstitucionalidade in concreto também se mostra passível de limitação de efeitos. A base constitucional dessa limitação - necessidade de um outro princípio que justifique a não-aplicação do princípio da nuiidade - parece sugerir que, se aplicável, a declaração de inconstitucionalidade restrita revela-se abrangente do modelo de controie concentrado de constitucionaiidade como um todo. É que, nesses casos, taí como já argumentado, o afastamento do princípio da nuiidade da lei assenta-se em fundamentos constitucionais e não em razões de conveniência". (MENDES et ai, 2009:1147)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU ~ A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a repristinação da norma anterior que por ela havia sido revoga- da, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social.

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especiaiidade: Direito. TCE/AC - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurí­dica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, p o r m aioria absoluta de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito de ação declaratória de constitucionaiidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculantes para todos os órgãos do Poder Executivo e demais órgãos do Poder Judiciário.

Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do acórdão.Parágrafo único. A declaração de constitucionaiidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade

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L C - LEI N.° 9.8S8,..DÉ' 10-.DE.:'NOVEMBRO DEJsési.r.Cv.

sem redução de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal.

IncorretaCESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - Caso julgue improcedente a declaração de inconstitucionalidade de uma lei federa! em face da CF, sob o argumento de que há uma interpretação na quaí aquela iei está em conformidade com a constituição, o STF aplicará a técnica de interpretação da declaração parcia l de inconstitucionalidade sem redução de texto, _

D outrina - " O Supremo Tribunal Federal recorre à técnica de declaração parcial de nuiidade sem redução de texto quando constata a existência de uma regra Tegài-inconstitucional que, em razão da redação adotada pelo legislador, não tem como ser excluída do texto da lei sem que a supressão acarrete um resultado indesejado. Assim, nem a fei, nem parte dela, é retirada do mundo jurídico (nenhuma palavra é suprimida do texto da iei). Apenas a aplicação da lei ~ em relação a determinadas pessoas, ou a certos períodos - é tida por inconstitucional. Em relação a outros grupos de pessoas, ou a períodos diversos, ela continuará plenamente válida, aplicável". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 748) : ■ '

CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acres­cido dos seguintes parágrafos:“Art. 482§ L° - O Ministério Público e as pessoas jurídicas de di­reito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento Interno do Tribunal.§ 2.° - Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-Ihes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos.§ 3.° - O relator, considerando a relevância da matéria e a re- presentatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrívei, a manifestação de outros órgãos ou entidades”.

Art. 30. O art. 8.° da Lei n.° 8.185, âe 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:

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CF ANOTADA PELAS: BANCAS EXAMi NADORAS

“Art.8.°I -

n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nor­mativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;

§3.° - São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade:I - o Governador do Distrito Federal;II - a Mesa da Câmara Legislativa;III - o Procurador-Geral de Justiça;IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal;V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais;VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa.

§ 4.° - Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucio­nalidade;II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de me­dida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus mem­bros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar.

§ 5.° - Aplicam-se, no que couber, ao processo de jul­gamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal”

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de novembro de 1999; 178° da Independência e 111° da República.

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LEI. N„ò 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO -, DE 1999Dispõe sobre o processo e julgamento da

argüição de descumprimento de preceito fun­damental, nos termos-dó § ;1.° do art. 102 da

Constituição Federal

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.°. A argüição prevista no § l.°do art. 102 da Cons­tituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público.Parágrafo único. Caberá também argüição de descumpri­mento de preceito fundamental:

Incorreta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Determinado parlamentar federai impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida­de do processo legisiativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação peía comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais, da quai o impetrante faz parte. A inconstitucionalidade deveria ter sido questionada pelo parlamentar por meio de argüição de descumprimento de preceito fundam ental.

I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;

Incorretas

CESPE. 2009. Advogado. CEHAP - Eventual impugnação em abstrato de iei municipal em face da CF deve ser feita por meio da argüição de descumprimento de preceito fundamental perante o tribuna l de justiça.

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CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - Compete ao STF processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade tendo por objeto le i ou a to nor­m ativo m unicipal que contrarie previsões expressas na constituição estadual, desde que constituam mera repetição de disposição prevista na CF. (ver também art. 102,1, a, da CF)

CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC - A arguíção de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é um instrum ento que substituiu o mandado de injunção como meio de controle da inconstitucionalidade por omissão.

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS £436%

II - (VETADO)

Art. 2.°. Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental;

I - os legitimados para a ação direta de inconstituciona­lidade;

Correta

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito - Quem não tem legiti­midade para propor ação direta de inconstitucionalidade não a tem para ação de descumpri­mento de preceito fundamental (ADPF), razão pela qual prefeito municipal é parte ilegítima para propor ADPF.

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai - O STF reconhece a prefeito municipal legitimi­dade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação direta de inconstitucionalidade.

Jurisprudência do STF - "Legitimidade. Ativa. Inexistência. Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Prefeito municipai. Autor não legitimado para ação direta de inconstitucionalidade. Ilegitimidade reconhecida. Negativa de seguimento ao pedido. Recurso, ademais, impertinente. Agravo improvido. Aplicação do art. 2.°, i, da Lei federai n.° 9.882/99. Precedentes. Quem não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, não a tem para ação de descumprimento de preceito fundamental". (ADPF 148-AgR, Rei. Min. Cezar Peluso, julgamento em 03-12-2008, DJE de 06-02-2009)

CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área judiciária. T S T - Considere que determinado empre­gado entenda que uma cláusula de seu contrato de trabalho seja inválida porque ela tem por base lei federal que ele julga inconstitucional. Nessa situação, o referido empregado não pode impugnar essa lei mediante ação direta de inconstitucionalidade, mas pode im pugnar a validade do seu contrato de trabalho mediante arguição de descumprimento de preceito fundamental.

II - (VETADO)

§ 1.° - Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador- Geral da República, que, examinando os fundamentos ju­rídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo.

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§ 2 .° - (VETADO)

Art. 3.°. A petição inicial deverá conter:I - a indicação do preceito fundâniental queseconsidera violado;II - a indicação do ato questionado; ; :III - a prova da violação do preceito fundamental;IV - o pedido, com suas especificações; -V - se for o caso, a comprovação da existência de con­trovérsia judicial relevante sobre a aplicação preceito fundamental que se considera violado.

Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins­trumento de mandato, se for o caso, será apréseiitada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.

Art. 4.°. A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumpri- mento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta.§ 1.° - Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade.§ 2.° - Da decisão de indeferimento da petição inicialcaberá agravo, no prazo de cinco dias.

Art. 5.°. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental.

§ 1.° - Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendutn do Tribunal Pleno.§ 2.° - O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado- Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias.§ 3.° - A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decor­rentes da coisa julgada.§ 4.° - (VETADO)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 438

Art. 6.°. Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias.§ 1.° - Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria.§ 2.° - Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sus­tentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo.

Art. 7.°. Decorrido o prazo das informações, o relator lan­çará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento.

Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações.Art. 8.°. A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. 1 § 1.° - (VETADO)§ 2.° - (VETADO)

Art. 9.°. (VETADO)

Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação e apli­cação do preceito fundamental.§ 1.° - O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posterior­mente.§ 2.° - Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Di­ário Oficial da União.§ 3.° - A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público.

Incorreta

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - Na arguição de descumprimento de preceito fun­damental, a decisão exarada produz efeito vinculante, que, em sua dimensão objetiva, abrange não só a parte dispositiva, mas também os fundamentos determinantes da decisão.

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^ 3 9 ; . LC - LEI N.“ 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999

Jurisprudência do STF -" E m recente julgamento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal rejeitou a tese da eficácia vinculante dos motivos determinantes das decisões de ações de controle abstrato de constitucionalidade". (Rcl 2.990-AgR, ReL Min. Sepúlveda Pertence, julga­mento em 16-08-2007, DJ de 14-09-2007)

Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segu­rança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.

Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improceden­te o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.

Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno.

Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178° da Independência e 111° da República.

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LEI N.° 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009

Disciplina o mandado de segurança indi­vidual e coletivo e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.°. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.§ 1.° - Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.§ 2.° - Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.§ 3.° - Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança.

Art. 2.°. Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as conseqüências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada.

Art. 3.°. O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar

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mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente.Parágrafo único. O exercício do "direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação* ^

Art. 4.°. Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. . .; ..'.f/' -'V'.§ 1.° - Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. ..."§ 2.° - O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes.§ 3.° - Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

Art. 5.°. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar:I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;

incorreta

CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT - O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;III - de decisão judicial transitada em julgado.Parágrafo único. (VETADO)

Art. 6.°. A petição inicial, que deverá preencher os requisi­tos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições.§ 1.° - No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS

ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem,0 prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição.§ 2.° - Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instru­mento da notificação.§ 3.° - Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática.§ 4.° - (VETADO)§ 5.° - Denega-se o mandado de segurança nos casosprevistos pelo art. 267 da Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.§ 6.° - O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão dene- gatória não lhe houver apreciado o mérito.

Art. 7.°. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:1 - que se notifique o coator do conteúdo da petição ini­cial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações;II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessóa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito;III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.

§ 1.° - Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, ob­servado o disposto na Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo CiviL§ 2.° ~ Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassifica- ção ou equiparação de servidores públicos e a concessão

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LC -r UÍ51 N.° 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 200.9

de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.§ 3.° - Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até ã prolaçãífíla sentença.§ 4.° - Deferida a medida liminar, o processo terá priori­dade para julgamento.§ 5.° - As vedações relacionadas com a concessão de limi­nares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts, 273 e 461 da Lei n.° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 ~ Código âe Processo Civil.

Art. 8.°. Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento dò Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem.Art. 9.°. As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subor­dinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder.Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decor­rido o prazo legal para a impetração.§ 1.° - Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o jul­gamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo parao órgão competente do tribunal que integre.§ 2.° - O ingresso de litiseonsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial.

Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo car­tório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar

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BlSilllij cp a n o ta d a pelas b an c as ' e x a m in a d o r a s .

recibo e, no caso do art. 4.° desta Lei, a comprovação da remessa.Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7.° desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Minis­tério Público, que opinará» dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias.Parágrafo único Com ou sem o parecer do Ministério Públi­co, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias.

Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada.Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz ob­servar o disposto no art. 4.° desta Lei.

Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação.§ 1.° - Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição.§ 2.° ~ Estende-se à autoridade coatora o direito de re­correr.§ 3.° - A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar.§ 4.° - O pagamento de vencimentos e vantagens pecuni­árias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efe­tuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial.

Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à eco­nomia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão se­guinte à sua interposição.§ 1.° - Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agra­vo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido

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de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário.§ 2.° - É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1.° deste artigo, quando" negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo.§ 3.° - A interposição de agravo de instrumento contra li­minar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.§ 4.° - O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo: prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na conces­são da medida. .aA.. .§ 5.° - As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original.

Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento.

Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão compe­tente do tribunal que integre.

Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acór­dão será substituído pelas respectivas notas taquigráíicas, independentemente de revisão.Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada.Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o méritoy não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais.Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respec­tivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus.

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§ 1.° - Na instância superior, deverão ser levados a jul­gamento na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator.§ 2.° - O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco) dias.

Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impe­trado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organi­zação sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

Correta

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia­lidade: Direito. TCE/TO - Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo. (ver também a r t 5.° LXX, da CF)

Jurisprudência do STF -" U m a exigência tributária configura interesse de grupo ou classe de pessoas, só podendo ser impugnada por eles próprios, de forma individual ou coletiva. Precedente: RE 213.631, Re). Min. limar Galvão, DJ 7-4-2000. O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo". (RE 196.184, Rei. Min. Ellen Gracie, julgamento em 27-10-2004, Plenário, DJ de 18-02-2005)

| ; ÇF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ; <446 -

Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser:I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica;

II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos asso­ciados ou membros do impetrante.

Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante.

JJ rt 21

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§ 1.° - O mandado de segurança coletivo não induz litis- pendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu Mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva.§ 2.° - No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.

Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848> de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei n.° 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis.Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as leis de organização judiciária deverão ser adaptados às dis­posições desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da sua publicação.Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 29. Revogam-se as Leis ns° 1.533, de 31 de dezembro de 1951, 4.166, de 4 de dezembro de 1962, 4.348, de 26 de junho de 1964 ̂ 5.021, de 9 de junho de 1966; o art. 3.° da Lei n.° 6.014, de 27 de dezembro de 1973, o art 1.° da Lei n.° 6.071, de 3 de julho de 1974, o art. 12 da Lei n.° 6.978, de 19 de janeiro de 1982, e o art. 2.° da Lei n.° 9.259, de 9 de janeiro de 1996.Brasília, 7 de agosto de 2009; 188 ° da Independência e 121° da República.

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TEMAS CORRELATOS

NEOCONSTITUCIONALISMOIncorretas

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - O neoconstitucionalismo tem como marco filosófico o pós-positívismo, com a centralidade dos direitos fundamentais, no entanto, não permite uma aproximação entre direito e ética.

Doutrina - "A doutrina passa a desenvolver, a partir do século XXI, uma nova perspectiva em relação ao constitucionalismo, denominada neoconstitucionalismo, ou segundo alguns, constitucionalismo pós-moderno, ou, ainda, pós-positivismo. (...) Ainda, segundo Dirley da Cunha Jr., 'foi marcadamente decisivo para o delineamento desse novo Direito Constitucional, a reaproximação entre Direito e a Ética, o Direito e a Morai, o Direito e a Justiça e demais valores substantivos, a revelar a importância do homem e a sua ascendência a filtro axioíógíco de todo o sistema político e jurídico, com a conseqüente proteção dos direitos fundamentais e da dignidade da pessoa humana'". (LENZA, 2010, p. 55-57)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - No neoconstitucionalismo, a Constituição é vista como um documento essencialmente político, um convite à atuação dos poderes públicos, ressaltando que a concretização de suas propostas fica condicionada à liberdade de conformação do legislador ou à discricionariedade do adm inistrador.

. D outrina - "Pontos Marcantes do Neoconstitucionalismo - Estado constitucional de direito: supera-se a idéia de Estado Legislativo de Direito, passando a Constituição a ser o centro do sistema, marcada por uma imensa carga valorativa. A lei e, de modo geral, os Poderes Públicos, então, devem não só observar a forma prescrita na Constituição, mas, acima de tudo, estar em consonância com o seu espírito, o seu caráter axiológico e os seus vaiores destacados. A Constituição, assim, adquire, de vez, o caráter de norma jurídica, dotada de imperatividade, superioridade (dentro do sistema) e centralidade, vale dizer, tudo deve ser interpretado a partir da Constituição". (LENZA, 2010:56)

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Corretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Segundo a classificação onto- lógica de Karl Loewenstein, as constituições podem ser divididas em normativas, nominais

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' TEMAS CORRELATÓS f. CUASSIfieAÇÃO ÍDAS CONSTíTUÍÇÕES '

ou semânticas, conforme o grau de correspondência entre a pretensão normativa dos seus preceitos e a realidade do processo de poder.

Doutrina - "Levando em conta a mudança radical do papei das constituições escritas em face da realidade política e a necessidade de rompeHfom categorias tidas como antiquadas e desprovidas de realismo - Karl Loewenstein nos sugere uma análise ontológica das constitui­ções, com a sua conseqüente classificação em normativas,, nominais ou semânticas, conforme o grau de correspondência entre a pretensão normativa dos seus preceitos e a realidade do processo do poder". (MENDES et aí, 2009. p. 20)

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - Em um país qüé possua uma constitui­ção flexível, caso seja editada uma iei com conteúdo contrario^ap textovconstitucional, essa lei será válida e acarretará alteração da Constituição. • ; •

Doutrina ~"A Constituição flexível é aquela que permite sua modificação pelo mesmo pro­cesso legislativo de elaboração e alteração das demais leis do ordenamento, como ocorre na inglaterra, em que as partes escritas de sua Constituição podem ser juridicamente alteradas pelo Parlamento com a mesma facilidade que se altera a iei ordinária".' (PAULO e ALEXANDRI­NO, 2010, p. 18) . _

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN - De acordo com a doutrina, constituição semântica é aquela cuja interpretação depende do exame de seu conteúdo significativo, sob o ponto de vista sociológico, ideológico e metodológico, de forma a viabilizar maior aplica­bilidade político-normativo-social de seu texto.

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - O constitucionalismo pode ser definido como uma teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político-social de uma comunidade. Nesse sentido, o constitucionalismo moderno representa uma técnica de limitação do poder com fins garantísÊicos.

.D outrina -"Constitucionalismo é a teoria (ou ideologia) que ergue o princípio do governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização político- social de uma comunidade. Neste sentido, o constitucionalismo moderno representará uma técnica específica de limitação do poder com fins garantísticos. O conceito de constitucionalismo transporta, assim, um claro juízo de valor. É, no fundo, umã teoria normativa da política, tal como a teoria da democracia ou a teoria do liberalismo". (CANOTILHO, 1997, p. 45-46)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A Constituição dos Estados Unidos da América é exemplo de constituição sintética.

Doutrina ~ "Sintéticas - quando se limitam a traçar as diretrizes gerais da organização e funcionamento do Estado e de sua relação com os cidadãos, em geral com o uso de uma linguagem mais aberta, marcadamente principiológica. Esse formato tende a garantir-lhes maior estabilidade, na medida em que se abrem mais facilmente à evolução interpretativa, sem necessidade de modificações formais. Exemplo emblemático e praticamente único dessa categoria é a Constituição norte-americana". (BARROSO, 2009, p. 82)

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - Constituição em sentido material é a que trata de matéria tipicamente constitucional, com preendendo as norm as que dizem respeito à estrutura mínima e essencial do Estado.

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - Na Constituição, a dinâmica do processo político não se adapta às suas normas, embora ela conserve, em sua estrutura, um caráter educativo, com vistas ao futuro da sociedade. Seria uma Constituição prospectiva, isto é, voltada para um dia ser realizada na prática. Mas, enquanto não realizar todo o seu programa, continuaria a desarmonia entre os pressupostos formais nela insculpidos e sua aplicabilidade. É como se fosse uma roupa guardada no armário que será vestida futuramente,

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quando o corpo nacional tiver crescido. (LAMMêGO 8UL0S, 2008, p. 32) A espécie de cons­tituição apontada no texto é definida como constituição nominal.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Considere a seguinte definição, elaborada por Kelsen e reproduzida, com adaptações, de José Afonso da Siiva (Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Atlas, p. 41). A constituição é considerada norma pura. A palavra constituição tem dois sentidos: lógico-jurídico e jurídico-positivo. De acordo com o primeiro, constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcendental da validade da constituição jurídico-positiva, que eqüivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, iei nacional no seu mais alto grau. É correto afirmar que essa definição denota um conceito de constituição no seu sentido jurídico.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A constituição de deter­minado país pode não ser escrita, já que tem por fundamento costumes, jurisprudência, leis esparsas e convenções, cujas regras não se encontram consolidadas em um texto solene.

D outrina - "Constituição não escrita é o conjunto de regras não aglutinado em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções". (MORAES,2005, p. 4)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A Constituição da República Federativa do Brasií de 1988 (CF) caracteriza-se por ser escrita e rígida.

D outrina - "Constituição escrita é o conjunto de normas codificado e sistematizado em um único documento, para fixar a organização fundamental do Estado". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 12)

D outrina - "Na constituição rígida, para todas as normas constitucionais se exige, na even­tualidade de sua alteração, um processo legislativo mais trabalhoso, mais dificultoso do que comumente é exigível". (TAVARES, 2007, p. 71)

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO ~ A concepção política de Constituição, elaborada por Carl Schmitt, compreende-a como o conjunto de normas que dizem respeito a uma decisão política fundamental, ou seja, a vontade manifestada pelo titular do poder constituinte.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - Quanto à sua mutabilidade, a CF pode ser classificada como semirrígidas, uma vez que não pode ser alterada com a mesma simplicidade com que se modifica uma lei.

Doutrina - "Ressalte-se que a Constituição Federal de 1988 pode ser considerada como super- rígida, uma vez que em regra poderá ser alterada por um processo legislativo diferenciado, mas, excepcionalmente, em alguns pontos é imutável" (MORAES, 2005. p. 5)

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MT - A CF é um exemplo de consti­tuição outorgada, visto que foi elaborada por representantes legítimos do povo.

CESPE. 2009. Agente Administrativo. M5VÍA - No sentido sociológico defendido por Ferdinand Lassale, a Constituição é fruto de uma decisão política.

D outrina - "Valendo-se do sentido sociológico, Ferdinand Lassale (...) defendeu que uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. (...) A Constituição, segundo a conceituação de Lassale, seria, então, a somatória dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade". (LENZA, 2010, p. 65)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MÂ - Uma constituição é rígida se não adm ite qualquer tipo de revisão.

CF ANOTADA PELAS BANCAS.EXAMINADORAS

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451 TEMAS CORRELATOS - CLASSIFíCAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES

Doutrina -"Rígidas são as constituições escritas que poderão ser alteradas por um processo iegisiativo mais solene e dificultoso do que o existente para a edição das demais espécies normativas". (MORAES, 2005, p. 5)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A constituição que se materializa ao longo do tempo, tal qual a inglesa, é classificada como ortodoxa.

Doutrina - "A constituição histórica é aqueía resultante da gradativa sedimentação jurídica de um povo, por meio de suas tradições. É o caso da Constituição da Inglaterra". (TAVARES,2007, p. 74) ... ... ..

Doutrina - "As constituições dogmáticas (...) poderão ser ortodoxas ou simples (fundadas em uma só ideologia) ou ecléticas ou compromissórias (formadas peía síntese de diferentes ideologias, que se conciliam no texto constitucional)". (PAULO e ALEXÁNDR1NO, 2010, p. 13)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - A CF pode.ser classificada como prolixa e semirrígida. ' ■ •

Doutrina - "Na Constituição semi-flexívei ou semi-rígida, para -algumas normas o processo legislativo de alteração é diferenciado, mais dificultoso. (...) Para outras normas constitucionais, o processo legislativo seria o mesmo da lei ordinária". (TAVARES, 2007, p. 71)

CESPE. 2009. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MA - Toda constituição é neces­sariamente escrita e solene.

CESPE. 2008. Agente de Poiscia Civil. SECAD/TO - Constituição em sentido form al é a que trata de temas e matérias de índole constitucional, legitimando o poder transferido pela sociedade ao Estado.

Doutrina - “A Constituição material é concebida em sentido amplo e em.sentido estrito. No primeiro, ídentifíca-se com a organização total do estado, com regime político. No segundo, designa as normas constitucionais escritas ou costumeiras, inseridas ou não num documento escrito, que regulam a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fun­damentais. Neste caso, constituição só se refere à matéria essencialmente constitucional; as demais, mesmo que integrem uma constituição escrita, não seriam constitucionais". (SILVA, 2010, p. 40-41)

CESPE. 2003. Analista Judiciário. Área Judiciária. STF - Se o art. X da Constituição Y preceituar, na parte relativa às emendas à Constituição, que só é constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos, e individuais dos cidadãos, e que tudo o que não é constitucional pode ser alterado, sem as formalidades referidas, peias legislaturas ordinárias, nessa hipótese, a Constituição Y será uma constituição flexível.

CESPE. 2008.Técnico Judiciário. Área Administrativa.TRE/M<i - A constituição de determinado país constitui sua lei fundamental, a qual prevê normas relativas a: estruturação do Estado, formação dos poderes, forma de governo, aquisição do poder, distribuição de competências, direitos, garantias e deveres dos cidadãos. Portanto, para ser considerado como constituição, é imprescindível que haja um único documento escrito contendo tais regras.

D outrina - "Constituição material consiste no conjunto de regras materialmente constitucio­nais, estejam ou não codificadas em um único documento" (MORAES, 2005, p. 3)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - As constituições rígidas não podem, em nenhuma hipótese, serem alteradas.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A constituição m ateria l contém um conjunto de regras escritas, constantes de um documento solene estabelecido pelo chamado poder constituinte originário.

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CF ANOTADA PEi-AS; 8ÀNCAS EXAMINADORAS '' J $ 5 Í Í ’'j

Doutrina - "A Constituição formal é aquela consubstanciada de forma escrita, por meio de um documento solene estabelecido pelo poder constituinte originário". (MORAES, 2005, p. 3)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - As constituições outorgadas decorrem da participação popular no processo de elaboração.

D outrina -"São (...) constituições outorgadas as elaboradas e estabeiecidas sem a participação popular, através da imposição do poder da época". (MORAES, 2005, p. 5)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) caracteriza-se por ser rígida e material.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) caracteriza-se por ser formai e outorgada.

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MG - A Constituição da República Federativa do Brasii de 1988 (CF) caracteriza-se por ser flexível e escrita.

Doutrina - "A Constituição flexível prevê, para sua alteração, processo legislativo idêntico ao da lei ordinária". (TAVARES, 2007, p. 71)

CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa.TRE/MG - A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF) caracteriza-se por ser promulgada e semirrígida.

CESPE. 2007. Anaiista de Controle Externo. TCU - Por expressar apenas as regras básicas de organização do Estado e os preceitos referentes aos direitos fundamentais, a CF é considerada como uma constituição analítica.

D outrina - "As Constituições sintéticas prevêem somente os princípios e as normas gerais de regência do Estado, organizando-o e limitando o seu poder, por meio da estipuíação de direitos e garantias fundamentais; diferentemente das constituições analíticas que examinam e regulamentam todos os assuntos que entendam relevantes à formação, destinação e fun­cionamento do Estado (por exemplo: Constituição brasileira de 1988)". (MORAES, 2005, p. 6)

CESPE. 2007. Analista de Controle Externo. TCU - Quanto à forma, a CF é uma constituição escrita, pois se acha consolidada em usos e costumes, convenções e textos esparsos, bem como na jurisprudência form ada sobre os temas constitucionais.

D outrina - "Constituição escrita é o conjunto de regras codificado e sistematizado em um único documento, para fixar-se a organização fundamental. Constituição não escrita é o con­junto de regras não aglutinado em um texto solene, mas baseado em leis esparsas, costumes, jurisprudência e convenções". (MORAES, 2005, p. 6)

CESPE. 2007. Delegado de Polícia Civil. SECAD/TO - Quanto ao conteúdo, a Constituição m ateria l compreende as normas que, mesmo não sendo pertinentes à matéria constitucional, se encontram inseridas em um documento escrito e solene.

CESPE. 2007. Delegado de Polfcia Civil. SECAD/TO - Constituição-garantia é a que, além de legitimar e lim ita r o poder do Estado em face da sociedade, traça um p lano de evolução política e metas a serem alcançadas no futuro.

D outrina - "As constituições-garantia são o modelo clássico de Constituição, propugnado nas origens do movimento constitucionalista, restringindo-se a dispor sobre a organização do Estado e imposição de limites à sua atuação mediante a outorga de direitos fundamentais ao indivíduo. (...) Constituição Dirigente é a que estabelece ela própria, um programa para dirigir a evolução política do Estado, um ideal social a ser futuramente concretizado pelos órgãos do Estado". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 22)

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NORMAS CONSTITIICIQM IS

Corretas

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - Segundo a estrutura escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a norma constitucional situá-se no ápice da pirâmide, caracterizando-se como norma-origem, porque não existe outra que. lhe seja superior.

CESPE. 2010. Agente Administrativo. MPS - A norma constitucional é uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos ao exercício das competências dos órgãos.

D outrina - UA primeira característica distintiva das normas constitucionais é a sua posição no sistema: desfrutam elas de superioridade jurídica em relação a todas as demais normas. A supremacia constitucional é o postulado sobre o qual se assenta todo o constitucionalismo contemporâneo. Dele decorre que' nenhuma lei, nenhum ato normativo, a rigor, nenhum ato jurídico, pode subsistir validamente se for incompatível com a Constituição". (BARROSO, .2009, p. 198)

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - A distinção hierárquica entre normas constitucionais é inadmissível perante a Constituição.

Jurisprudência do STF - “As cláusulas pétreas não podem ser invocadas para sustentação da tese da inconstitucionalidade de normas constitucionais inferiores em face de normas constitucionais superiores, porquanto a Constituição as prevê apenas como limites ao Poder Constituinte derivado ao rever ou ao emendar a Constituição elaborada pelo Poder Consti­tuinte originário, e não como abarcando normas cuja observância se impôs ao próprio Poder Constituinte originário com relação as outras que não sejam consideradas como cláusulas pétreas, e, portanto, possam ser emendadas" (ADI 815, Rei. Min. Moreira Alves, julgamento em 28-03-1996, DJ de 10-05-1996)

CESPE. 2008. Agente de Polícia Civil. SECAD/TO - As normas que compõem o art. 5.° da Constituição Federal, por consagrarem direitos e deveres individuais e coletivos, não podem ser consideradas normas constitucionais apenas em sentido formal, mas sim normas que integram a denom inada Constitu ição material.

Incorretas

CESPE. 2010. Analista Técnico-Administrativo. MS - Os artigos que tratam da estrutura e organização do Estado são normas constitucionais formais.

CESPE. 2010. Analista Judiciário. Área judiciária. TRE/BA - No tocante à aplicabilidade, de acordo com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia lim itada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a lei estabelecer ou na forma dos con­ceitos gerais nela previstos.

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; ÇF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS . -45.4.;.;

D outrina - "Normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que apresentam aplicabi­lidade indireta, mediata e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após normativídade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade". {MORAES, 2005, p. 7)

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TJD FT - A vigência e a eficácia de uma nova constituição implicam a supressão da existência, a perda de validade e a cessação de eficácia da anterior constituição por ela revogada, salvo das normas constantes do texto anterior que permaneçam materialmente harmônicas com a ordem constitucional superveniente. Nessa hipótese; ocorre o fenômeno da recepção.

Doutrina - "Prevalece a tese de que a antiga Constituição fica globalmente revogada, evitando-se que convivam, num mesmo momento, a atual e a anterior expressão do poder constituinte originário empregada para elaborar toda a Constituição. Além disso, conforme a regra de inspiração lógica, de solução de antinomias, ocorre a revogação da norma anterior quando norma superveniente vem a regular inteiramente uma mesma matéria" (MENDES et ai, 2009, p. 240)

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PRINCÍPIOS E MÉTODOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

Corretas <

CESPE. 2010. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/BA - A técnica da interpretação con­forme a constituição permite a manutenção, no ordenamento jurídico, de ieis e atos normativos que possuam valor interpretativo compatível com o texto constitúciònài. {ver também ADI-MC 1.344-1/ES, Rei. Min. Moreira Alves, 18-12-1995, in fra )

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Direito. ANATEL - O princípio da máxima efetividade visa interpretar a CF no sentido de atribuir à norma constitucional a maior efetividade possível, ou seja, deve-se atribuir a uma norma constitucional o sentido que lhe dê maior eficácia.

CESPE. 2009. Analista Administrativo. Direito. ANATEL - O princípio da unidade da Cons­tituição considera essa Carta em sua totalidade, buscando harmonizá-la para uma visão de normas não isoladas, mas como preceitos integrados em um sistema unitário de regras e princípios.

D outrina - Segundo o princípio da unidade da Constituição, "o texto de uma Constituição deve ser interpretado de forma a evitar contradições entre suas normas e, sobretudo, entre os princípios constitucionalmente estabelecidos. O intérprete deve considerar a Constituição na sua globaüdade, procurando harmonizar suas aparentes contradições; não pode interpretar suas disposições como normas isoladas e dispersas, mas sim como preceitos integrados em um sistema unitário de regras e princípios" (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 71)

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES - O princípio da conformidade funcional visa impedir, na concretização da CF, a alteração da repartição das funções consti­tucionalmente estabelecidas.

Doutrina - Princípio da Correção Funcional - "Tem por finalidade orientar os intérpretes da Constituição no sentido de que, instituindo a norma fundamentai um sistema coerente e previamente ponderado de repartição de competências, não podem seus aplicadores chegar a resultados que perturbem o sistema organizatório-funcionai nela estabelecido". (MENDES e ta l, 2009. p. 138)

CESPE. 2009. Anaiista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - O princípio da máxima efetividade estabelece que o intérprete deve atribuir às normas constitucionais o sentido que ihes dê maior efetividade, evitando, sempre que possível, soíuções que impliquem a não aplicabilidade da norma.

D outrina - Princípio da Máxima Efetividade - "Orienta os aplicadores da Lei Maior para que interpretem as suas normas em ordem a otimizar-lhes a eficácia, sem alterar o seu conteúdo". (MENDES e ta l, 2009. p. 140)

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMÍNAOORAS '

CESPE. 2009. Defensor Púbiico. DPE/AL - A técnica da interpretação conforme somente pode ser utilizada diante de normas poiissêmicas. {ver também ADÍ-MC 1.344-1/ES, Rei. Min. Moreira Alves, 18-12-1995, infra)

CESPE. 2009. Defensor Público. DPE/AL - É possível utilizar-se da declaração de incons- titucionalidade parcial sem redução de texto como instrumento decisório para atingir urrta interpretação conforme a CF, técnica que assegura a constitucionaiidade da lei ou ato nor­mativo, sem, todavia, alterar seu texto. (ver também ADI-MC 1.344-1/ES, Rei. Min. Moreira Alves, 18-12-1995, in fra )

CESPE. 2009. Defensor Púbiico. DPE/ES - A interpretação conforme a Constituição deter­mina que, quando o aplicador de determinado texto legal se encontrar frente a normas de caráter polissêmico ou, até mesmo, plurissignificativo, deve priorizar a interpretação que possua um sentido em conformidade com a Constituição. Por conseguinte, uma lei não pode ser declarada inconstitucional, quando puder ser interpretada em consonância com o texto constitucional.

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Aviação Civil. AÍMAC - Entre os diversos princí­pios que regem a interpretação das normas constitucionais, a doutrina relaciona o da máxima efetividade ou eficiência, o qual preceitua que a uma norma constitucional deve ser atribuído o sentido que maior eficácia lhe conceda.

D outrina - " O princípio da máxima efetividade {ou princípio da eficiência, ou princípio da interpretação efetiva) reza que o intérprete deve atribuir à norma constitucional o sentido que lhe dê maior eficácia, mais ampla efetividade social". (PAULO e ALEXANDRINO, 2009, p. 72)

CESPE. 2009. Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações. Direito. ANATEL - A interpretação judicial desempenha um papel de fundamental importância, não só na revelação do sentido das regras normativas que compõem o ordenamento positivo, mas, sobretudo, na adequação da própria Constituição Federal às novas exigências, necessidades e transformações resultantes dos processos sociais, econômicos e políticos que caracterizam a sociedade contemporânea.

Jurisprudência d o :STF - "A interpretação judicial como instrumento de mutação informal da Constituição. A questão dos processos informais de mutação constitucional e o papel do Poder Judiciário: a interpretação judicial como instrumento juridicamente idôneo de mudança informal da Constituição. A legitimidade da adequação, mediante interpretação do Poder Judi­ciário, da própria Constituição da República, se e quando imperioso compatibilizá-la, mediante exegese atualizadora, com as novas exigências, necessidades e transformações resultantes dos processos sociais, econômicos e políticos que caracterizam, em seus múltiplos e complexos aspectos, a sociedade contemporânea". (HC 91,361, Rei. Min. Celso de Meilo, julgamento em 23-09-2008, DJE de 06-02-2009)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - De acordo com o método de interpretação constitucional denominado científico-espiritual, a Constituição é instrumento de integração, não apenas sob o ponto de vista jurídico-formal, mas também, e principalmente, em pers­pectiva política e sociológica, como instrumento de solução de conflitos, de construção e de preservação da unidade social.

D outrina - "O que dá sustentação material a método científico-espiritual é, precisamente, a idéia de Constituição como instrumento de integração, em sentido amplo, vale dizer, não apenas do ponto de vista jurídico-formal, enquanto norma-suporte e fundamento de valida­de do ordenamento, segundo o entendimento kefseniano, por exemplo, mas também - e principalmente - em perspectiva política e sociológica, enquanto elemento de regulação de conflitos e, por essa forma, de construção e de preservação da unidade social". (MENDES et ai, 2009, p. 126)

CESPE. 2008. Analista. Especialização: Advocacia. SERPRO - O desafio de realizar a Cons­tituição na prática exige que o intérprete e aplicador priorize os critérios ou pontos de vista

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'iÍA5T:‘[ . ' ' TEMAS CORRELATOS - PRINCÍPIOS E- MÉTODOS DA INTERPRÉTAÇÃO CÒNSTITUCIONAL'. ■

que favoreçam a integração política e social e o reforço da unidade política, visto que essas são algumas das finalidades primordiais da Constituição. É o que se denomina de princípio do efeito integrador.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área JudiciáriaMl?E/GO - Esse método parte da premissa de que existe uma relação necessária entre o texto e a realidade, entre preceitos jurídicos e os fatos que eles intentam regular. Para Müller, na tarefa de interpretar-concretizar a norma constitucional, o intérprete-apiicador deve considerar tarito os elementos resultantes da inter­pretação do texto (programa normativo), como os decorrentes da investigação da realidade (domínio normativo). Isso porque, partindo do pressuposto de que a norm a não se confunde com o texto normativo, afirma Müller que o texto é apenas a "ponta do keberg"; mas a nor­ma não compreende apenas o texto, pois abrange também "um pedaço de realidade social", sendo esta talvez a parte mais significativa que o intérprete-apliçado.r:,deve levar em conta para realizar o direito. (CUNHA JÚNIOR, 2008, p. 214). O trecho ácima descreve o método de interpretação constitucional denominado método normativo-estruturante. \

CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnicò é Administrativo. Espe­cialidade; Direito. TCE/TO - O art 1.° da Lei n.° 9.536, de 11.de dezembro de 1997, possui a seguinte redação. A transferência ex officio, a que se refere o parágrafo único do art. 49 da Lei n° 9.394, de dezembro de 1996, será efetivada, entre, instituições vinculadas a qualquer sistema de ensino, em qualquer época do ano e independentemente da existência de vaga, quando se tratar de servidor público federal civil ou militar estudante, ou seu dependente estudante, se requerida em razão de comprovada remoção ou transferência de ofício, que acarrete mudança de domicílio para o município onde se situe a instituição recebedora, ou para localidade mais próxima desta. Esse dispositivo legal foi impugnado por meio de ação direta de inconstitucionalidade, tendo o Supremo Tribunal Federal (STF) julgado procedente o pedido para assentar que a transferência de militar e seus dependentes somente é de ser permitida entre instituições de mesma espécie, em respeito ao princípio da isonomia. Em síntese, dar-se-á a matrícula, segundo o art. 1,° da Lei n.° 9.536/1997, em instituição privada se assim o for a de origem, e em pública se o servidor ou o dependente for egresso de instituição pública. Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que foi aplicada a técnica de decisão denom inada in terpretação conforme a Constituição.

CESPE. 2007. Procurador Federal. AGU - O princípio da unidade da CF, como princípio interpretativo, prevê que esta deve ser interpretada de forma a se evitarem contradições, antinom ias ou antagonismos entre suas normas.

CESPE. 2007. Procurador Federal. A GU - Não existe relação hierárquica fixa entre os diversos critérios de interpretação da CF, pois todos os métodos conhecidos conduzem sempre a um resultado possível, nunca a um resultado que seja o unicamente correto. Essa pluralidade de métodos se converte em veículo da liberdade do juiz, mas essa liberdade é objetivamente vinculada, pois não pode o intérprete partir de resultados preconcebidos e, na tentativa de legitimá-los, moldar a norma aos seus preconceitos, mediante a utilização de uma pseudo- argumentação.

incorretas

CESPE. 2009. Analista Administrativa. Direito. ANATEL - Concebido por Ferdinand Lassale, o princípio da força normativa da CF é aquele segundo o qua l os aplicadores e intérpretes da Carta, na solução das questões jurídico-constitucionais, devem procurar a m áxima eficácia do texto constitucional.

Doutrina - "Este princípio impõe que, na interpretação constitucional, seja dada prevalência aos pontos de vista que, tendo em conta os pressupostos da Constituição (normativa), contri­buem para uma eficácia ótim a da lei fundam ental. Segundo esse postulado, o intérprete deve valorizar as soluções que possibilitem a atualização normativa, a eficácia e a permanência da Constituição". (PAULO e ALEXANDRINO, 2009, p. 73)

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CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - O princípio do efeito integrador estabelece que, havendo lacuna na CF, o ju iz deve recorrer a outras normas do orde­namento ju ríd ico para integrar o vácuo norm ativo.

Doutrina - Princípio da Eficácia Integradora - "Orienta o aplicador da Constituição no sentido de que, ao construir soluções para os problemas jurídico-constitucionais, procure dar preferência àqueles critérios ou pontos de vista que favoreçam a integração social e a unidade política". (MENDES et al, 2009, p. 139)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES - Segundo o princípio da unidade da constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de m odo que a aprovação de nova constituição implica a autom ática revogação da anterior.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - De acordo com o princípio interpretativo da m áxima efetividade ou da eficiência das normas constitucionais, devem ter prioridade, quando da resolução de problemas jurídico-constitucionais, critérios que favoreçam a integração política e social.

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - A interpretação conforme com redução de texto tem aplicação quando o STF exclui da norm a questionada interpretação in­compatível com a CF, reduzindo seu alcance valorativo.

D outrina ~ "Para que se obtenha uma interpretação conforme a Constituição, o intérprete ‘ poderá declarar a inconstitucionalidade parcial do texto impugnado, no que se denomina interpretação conforme com redução do texto". (MORAES, 2005, p. 115)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - O STF não admite a declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução de texto como instrumento decisório para a ob­tenção de interpretação conforme a Constituição, de modo a preservar a constitucionaiidade da lei ou ato normativo.

Jurisprudência do STF. - "Impossibilidade, na espécie, de se dar interpretação conforme à Constituição, pois essa técnica só é utilizável quando a norma impugnada admite, dentre as várias interpretações possíveis, uma que a compatibilize com a Carta Magna, e não quando o sentido da norma é unívoco" (ADI-MC 1.344-1/ES, Rei. Min. Moreira Alves, 18-12-1995)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Centrai. BACEN ~ Pelo princípio da concordância prática ou harmonização, os órgãos encarregados de prom over à interpretação da norm a constitucional não podem chegar a resultado que altere o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido pelo legislador constituinte originário.

D outrina - Princípio da Concordância Prática ou da Harmonização - "Este princípio é decorrência lógica do princípio da unidade da Constituição, exigindo que os bens jurídicos constitucionalmente protegidos possam coexistir harmoniosamente, sem predomínio, em abstrato, de uns sobre outros".

D outrina - "Controle Político - Verifica-se em Estados onde o controle é exercido por um órgão distinto dos três Poderes, órgão esse garantidor da supremacia da Constituição. Tal siste­ma é comum em países da Europa, como Portugal e Espanha, sendo o controle normalmente realizado pelas Cortes ou Tribunais Constitucionais". (LENZA, 2010, p. 217)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Em razão do princípio da eficácia integradora, se norma fundamental instituir um sistema coerente e previamente ponderado de repartição de competências, não poderão os seus aplicadores chegar a resultado que subverta esse esquema organizatório-funcional.

CESPE. 2008. Anaiista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Esse método parte da premissa de que existe uma relação necessária entre o texto e a realidade, entre preceitos jurídicos e os fatos que eles intentam regular. Para Müller, na tarefa de interpretar-concretizar a norma constitucional, o intérprete-aplicador deve considerar tanto os elementos resultantes da inter-

CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS ',

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,; 459’ TEMAS CORRÊIATOS - PRINCÍPIOS £ MÉTODOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

pretação do texto (programa normativo), como os decorrentes da investigação da realidade (domínio normativo). Isso porque, partindo do pressuposto de que a norma não se confunde com o texto normativo, afirma Müller que o texto é apenas a "ponta do iceberg"; mas a nor­ma não compreende apenas o texto, pois abrange .também "um pedaço de realidade social", sendo esta talvez a parte mais significativa que o intérprete-aplicador deve levar em conta para realizar o direito. (CUNHA JÚNIOR, 2008, p. 214) O trecho acima descreve o método de interpretação constitucional denominado método tópico-problemático.

CESPE. 2008. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/GO - Esse método parte da premissa de que existe uma relação necessária entre o texto e .a realidadé, entre preceitos jurídicos e os fatos que eles intentam regular. Para Müller, na tarefa de interpretar-concretizar a norma constitucional, o intérprete-aplicador deve considerar tanto os elementos resultantes da inter­pretação do texto (programa normativo), como os decorrentes da investigação da realidade (domínio normativo). Isso porque, partindo do pressuposto de que.a. norma não se confunde com o texto normativo, afirma Müller que o texto é apenas a -'ponta, do iceberg"; mas a nor­ma não compreende apenas o texto, pois abrange também "um pedaço de realidade social" sendo esta talvez a parte mais significativa que o intérprete-aplicador deve levar em conta para realizar o direito. (CUNHA JÚNIOR, 2008, p. 214) O trecho acima descreve o método de interpretação constitucional denominado m étodo hermenêutico-clássico.

CESPE. 2008. Anaiista de Controls Extemo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Espe­cialidade: Direito. TCE/TO - O art. 1.° da Lei n.° 9.536, de 11 de dezembro de 1997, possui a seguinte redação. A transferência ex officio, a que se refere o parágrafo.único do art. 49 da Lei n.° 9.394, de dezembro de 1996, será efetivada, entre instituições vinculadas a qualquer sistema de ensino, em qualquer época do ano e independentemente da existência de vaga, quando se tratar de servidor público federa! civil ou militar estudante, ou seu dependente estudante, se requerida em razão cíè comprovada remoção ou transferência de ofício, que acarrete mudança de domicílio para o município onde se situe a instituição recebedora, ou para localidade mais próxima desta. Esse dispositivo legal foi impugnado por meio de ação direta de inconstitucionalidade, tendo o Supremo Tribunal Federal (STF) julgado procedente o pedido para assentar que a transferência de militar e seus dependentes somente é de ser permitida entre instituições de mesma espécie, em respeito ao princípio da isonomia. Em síntese, dar-se-á a matrícula, segundo o art. 1.° da Lei n.° 9.536/1997, em instituição privada se assim o for a de origem, e em pubíica se o servidor ou o dependente for egresso de instituição pública. Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que foi aplicada a técnica de decisão denominada declaração de inconstitucionalidade, sem redução de texto.

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CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE

Incorretas

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN - Segundo posicionamento atuai do STF, não se revela viável o controle de constitucionalidade de normas orçamentárias, por serem estas normas de efeitos concretos.

Jurisprudência do STF -"Controle abstrato de constitucionalidade de normas orçamentárias. Revisão de jurisprudência. O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, independente do caráter gerai ou específico, concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato de constitucionalidade". (ADI 4.048-MC, Rei. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14-05-2008, DJE de 22-08-2008}

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - Se uma norma estadual contrariar uma norma prevista nos atos das disposições constitucionais transitórias, não será admitido o controle concentrado de constitucionalidade.

Jurisprudência do STF - "O Ato das Disposições Transitórias, promulgado em 1988 pelo legislador constituinte, qualifica-se, juridicamente, como um estatuto de índole constitucio­nal. A estrutura normativa que nele se acha consubstanciada ostenta, em conseqüência, a rigidez peculiar às regras inscritas no texto básico da Lei Fundamental da República. Disso decorre o reconhecimento de que inexistem, entre as normas inscritas no ADCT e os precei­tos constantes da Carta Política, quaisquer desníveis ou desigualdades quanto à intensidade de sua eficácia ou à prevalência de sua autoridade. Sttuam-se, ambos, no mais elevado grau de positividade jurídica, impondo-se, no plano do ordenamento estatal, enquanto categorias normativas subordinantes, à observância compulsória de todos, especialmente dos órgãos que integram o aparelho de Estado" (RE 160.486, ReL Min. Celso de Mello, julgamento em 11-10-1994, DJ de 09-06-1995)

CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE - No controle de constitucionalidade político, a atividade de controle é desempenhada por um órgão integrante da estrutura do Poder Judiciá­rio, no entanto a fundamentação das decisões tem p o r conteúdo uma solução ao caso concreto, mesmo sem uma fundamentação jurídica.

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CONTROLE DIFUSO DE':CONSTITUCIONALIDADE. ... r. . . . . , -

Corretas ̂ ’ .. I

CESPE. 2010. Agente Administrativo. ftfiPS - O controle repressivo de constitucionalidade, realizado pelo Poder judiciário, pode dar-se por via de ação ou via. de exceção, também dito de defesa, difuso ou aberto. v •

D outrina - "São duas as vias peias quais poderá ser exercido o controle de constituciona- iidade dias ieis: a via incidental (de defesa ou de exceção) e a via principal (abstrata ou de ação direta)". (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 755)

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Determinado parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao SfF, questionando a legalida­de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação peia comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus pres­supostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. O parlamentar dispõe de legitimação ativa para suscitar o controle incidental de constitucionalidade pertinente à observância dos requisitos que condicionam a válida elaboração das proposições normativas.

Jurisprudência do STF - "O processo de form ação das Ieis ou de elaboração de emendas à Constituição revela-se suscetível de controle incidental ou difuso pelo Poder Judiciário, sempre que, havendo possibilidade de lesão à ordem jurídico-constitucionai, a impugnação vier a ser suscitada por membro do próp rio Congresso Nacional, pois, nesse domínio, somente ao parlamentar - que d ispõe do direito púbiico subjetivo à correta observância das cláusulas que compõem o devido processo legislativo - assiste legitimidade ativa ad causam para provocar a fiscalização jurisdicional". (MS 23.565, Rei. Min. Celso de Mello, DJ de 17-11-1999)

CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN ~ É possível a declaração de inconsti­tucionalidade de norma editada antes da atual Constituição e que tenha desrespeitado, sob o ponto de vista formai, a Constituição em vigor na época de sua edição, ainda que referida lei seja materialmente compatível com a vigente CF.

D outrina - "De modo diverso do que se verifica com o controle abstrato de normas, que tem como parâmetro de controle a Constituição vigente, o controle incidental realiza-se em face da Constituição sob cujo império foi editada a lei ou o ato normativo". (MENDES e ta l , 2009, p. 140)

CESPE. 2008. Advogado da União. AGU - É admissível o controle de constitucionalidade de emenda constitucional antes mesmo de eia ser votada, no caso de a proposta atentar contra ciáusula pétrea, sendo o referido controle feito por meio de mandado de segurança, que deve ser impetrado exclusivamente por parlamentar federal, (ver também MS 23.565, Rei. M/n. Celso de M ello , DJ de 17-11-1999)

CESPE. 2008. Analista judiciário. Área Administrativa. TRT/BA - O senador da República tem legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança para o controle da constitucio­nalidade de aspecto procedimental relativo a processo legislativo de decreto legislativo que

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CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 462: :

esteja em tramitação no Senado Federal, (ver também MS. 23.565, Rei. Min. Celso de Mello, DJ de 17-11-1999)

Incorretas

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Determinado parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida­de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação pela comissão que deveria emítir juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. O mandado de segurança não será conhecido pelo STF, visto que a ação cabível é a ação direta de inconstitucionalidade.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Determinado parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida­de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação pela comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. O mandado de segurança será conhecido pelo STF, visto que o parlam entar tem legitim idade ativa para exercer o controle concentrado de constitucionaiidade.

CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - Determinado parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida­de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação pela comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. A votação da medida provisória e sua conversão em lei não terão influência na ação proposta pelo parlamentar, visto que o vício apontado é insanável.

Jurisprudência do STF - "A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal - embora reconheça, ao membro do Congresso Nacional, qualidade para fazer instaurar o controle jurisdicional pertinente ao processo de elaboração normativa - nega-lhe, no entanto, legitimidade ativa para prosseguir no processo mandamental, quando, em decorrência de fato superveniente, a proposição normativa, em tramitação na esfera parlamentar, vem a transformar-se em lei ou a converter-se em emenda à Constituição. A superveniência da aprovação parlamentar do projeto de lei ou da proposta de emenda à Constituição implica a perda da legitimidade ativa dos membros do Congresso Nacional para o prosseguimento da ação mandamental, que não pode ser utilizada como sucedâneo da ação direta de inconstitucionalidade. Precedentes". {MS 22.487/DF, Rei. Min. Celso de Mello, "in" Informativo/STF 239/2001)

CESPE. 2009, Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC - O parlamen­tar, o partido político ou qualquer cidadão têm legitimidade ativa para impetrar mandado de segurança com a finalidade de coibir atos praticados no processo de aprovação de leis e emendas constitucionais que não se compatibilizam com o processo legislativo constitucional. (ver também MS 23.565, Rei. M in . Celso de Me//o, DJ de 17-11-1999, supra)

CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA - É inadmissível o controle juris­dicional de constitucionaiidade de proposição legislativa em trâmite, p o r ainda não existir le i ou ato norm ativo passível de controle de constitucionaiidade. (ver também MS. 23.565, Rei Min. Celso de Mello, DJ de 17-11-1999, supra)

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