17 09-2010 - relatório anual 2009

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Relatório Anual 2009

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Page 1: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009

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A VISANET AGORA É CIELO!

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Relatório Anual 2009 1

A partir de 1º de julho de 2010, termina a exclusividade da Cielo com a bandeira

Visa e passaremos a trabalhar com todas as principais bandeiras.

Há algum tempo, estamos nos preparando para atuar nesse novo cenário de mercado, de

modo a aproveitar todo o seu potencial e manter a nossa liderança. Realizamos mudanças

na estrutura organizacional da Companhia, revisamos o planejamento estratégico,

desenvolvemos novos talentos, consolidamos a cultura e o bom clima organizacional,

alteramos nossa missão e reforçamos as práticas de governança corporativa.

Buscamos, com isso, maximizar o conhecimento que temos do negócio para

continuar a crescer, oferecendo aos clientes a confiabilidade de nossa rede, produtos

inovadores que agregam valor aos seus negócios e uma presença constante no seu

dia a dia, para consolidar o relacionamento e conquistar a sua fidelidade.

Com a mudança da razão social, promovemos uma campanha publicitária de caráter

institucional, veiculada em todos os meios de comunicação, ressaltando nossa

presença e capacidade de entrega com eficiência e qualidade.

Sentimo-nos, agora, preparados para enfrentar os desafios de crescer de maneira

sustentável no novo cenário e, ao mesmo, tempo manter a liderança, de gerar

retornos crescentes para os acionistas e produzir riqueza para a sociedade.

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Indicadores operacionais 2006 2007 2008 2009 � 09/08

Volume Financeiro Total (R$ milhões) 110.749 136.500 175.552 213.958 +21,9%

Quantidade Total de Transações (milhões) 1.978 2.389 2.952 3.427 +16,1%

Nº de Estabelecimentos Credenciados (mil) 997 1.180 1.408 1.706 +21,1%

Indicadores econômico-financeiros

(valores em R$ milhões)

BR GAAP (4) IFRS (5)

2006 2007 2008 2008 2009 Δ 09/08

Receita Operacional Líquida (ROL) * 1.945 2.402 2.875 2.893 3.628 +25%

Lucro Bruto (LB) 1.255 1.631 2.024 2.041 2.692 +32%

Margem Bruta (LB/ROL) 64,5% 67,9% 70,4% 70,6% 74,2% +3,6 pp

Lucro Operacional Antes Res. Financeiro (LOARF) 903 1.277 2.019 1.958 2.286 +17%

Margem Operacional Antes Res. Fin. (LOARF/ROL) 46,4% 53,2% 70,2% 67,7% 63,0% -4,7 pp

Lucro Líquido (LL) 658 884 1.394 1.342 1.534 +14%

Margem Líquida (LL/ROL) 33,8% 36,8% 48,5% 46,4% 42,3% -4,4 pp

Dividendos (D) 593 670 1.369 1.369 1.205 -12%

Pay-out (D/LL) 90% 76% 98% 102% 79% -23 pp

EBITDA Ajustado (E) (1) 1.039 1.410 1.764 1.764 2.451 +39%

Margem EBITDA Ajustado (E/ROL) 53% 59% 61% 61% 68% +7 pp

Fluxo de Caixa Livre (FCL) (2) (6)602 695 786 718 716 -9%

Patrimônio Líquido (PL) 103 611 159 702 860 +23%

Dívida Líquida (DL) (3) 58 -471 -581 -581 -305 -48%

Retorno Sobre Capital Total [FCL/(PL+DL)] 438% 496% (7) – 593% 129% –

Indicadores sociais 2006 2007 2008 2009 Δ 09/08

Número de colaboradores diretos 785 935 1.117 1.089 -2,5%

Valor investido em treinamento (R$ mil) 4.339 5.467 5.302 3.591 -32%

Rotatividade da força de trabalho 7,1% 15,6% 23,1% 16,7% -6,4pp

Menor salário pago/Salário mínimo nacional 3,27 3,13 2,85 2,39 -16%

Indicadores ambientais 2006 2007 2008 2009 Δ 09/08

Resíduos não perigosos gerados (t) 142,55 123,67 124,95 120,13 -4%

% de resíduos não perigosos destinados à reciclagem: % resíduos não perigosos destinados ao aterro sanitário 16:84 11:89 11:89 10:89 0%

Consumo de eletricidade (MWh) 2.126 2.635 2.351 2.195 -7%

Consumo de óleo combustível (litros) 15.540 32.496 63.524 35.851 -44%

Consumo de água (m3) 8.408 9.519 8.246 6.957 -16%

Principais indicadores

(1) EBITDA = Lucro antes do Resultado financeiro e dos Impostos + Depreciação e Amortização. EBITDA ajustado = EBITDA + Receita de antecipação de recebíveis (considerada como

operacional e não como financeira). (2) Fluxo de caixa livre = Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais – Caixa aplicado nas atividades de investimento (3) Dívida líquida =

Dívida bruta – Caixa e equivalentes de caixa (quando negativo, o Caixa é maior do que a Dívida bruta) (4) BR GAAP = padrão de contabilidade brasileiro (5) IFRS = padrão de contabilidade

internacional (6) Reclassificado em 2007 (anterior = 705) (7) Não calculado; capital total é negativo porque o Caixa supera a soma do Patrimônio Líquido com a Dívida bruta. * inclui

receita líquida com antecipação de recebíveis.

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Relatório Anual 2009 3

133% Evolução do EBITDA

86%Receita Operacional

113%Patrimônio Líquido

111%Ativos Totais

105%Mercado Interno

2005-2007 = BR GAAP e 2008-2009 = IFRS.1 EBITDA = Lucro antes do Resultado financeiro e dos Impostos + Depreciação e

Amortização. EBITDA ajustado = EBITDA + Receita de antecipação de recebíveis

(considerada como operacional e não como financeira).2 Margem EBITDA ajustado = EBITDA ajustado/Receita operacional líquida.

2005-2007 = BR GAAP e 2008-2009 = IFRS

* Margem líquida = Lucro líquido/Receita operacional líquida

EBITDA ajustado1 e Margem EBITDA ajustado2

R$ milhões e %

1.039

1.410

1.764

2.451

2006

2007

2008

2009

1.945 33,8%

36,8%

46,4%

42,3%

2.402

2.893

3.628

658

884

1.342

1.534

Receita líquida, Lucro líquido e Margem líquida* R$ milhões e %

2006

2007

2008

2009

Receita líquida

Lucro líquido

Margem líquida

EBITDA Ajustado

Margem EBITDA

Ajustado

Quantidade de transaçõesmilhões

2006

2007

2008

2009

Cartões de débito

Cartões de crédito

Total

Volume financeiro de transaçõesR$ bilhões

2006

2007

2008

2009

40

49

65

79

1.232

1.424

986

836

71

88

111

135

1.720

2.003

1.402

1.142

111

137

176

214

2.952

3.427

2.389

1.978

Cartões de débito

Cartões de crédito

Total

53%

59%

61%

68%

Page 6: 17 09-2010 - relatório anual 2009

4

Destaques do Exercício

• O volume financeiro de transações cresceu 22% e atingiu R$ 214 bilhões em 2009. Esse aumento

significa ganho de participação de mercado, uma vez que o setor cresceu 18%.

• A receita líquida incluindo antecipação de recebíveis cresceu 25% e atingiu R$ 3,6 bilhões,

enquanto o EBITDA ajustado foi 39% maior e alcançou R$ 2,4 bilhões. O lucro líquido de R$ 1,5

bilhão superou em 14% o de 2008 (padrão IFRS).

• As ações da Cielo, inicialmente como Visanet, começaram a ser negociadas no Novo Mercado

da BM&FBovespa, depois da maior abertura de capital da história da Bolsa.

• Preparamo-nos para manter a trajetória de sucesso em um ambiente mais competitivo,

reformulando a estrutura organizacional, mudando a razão social e criando uma nova marca.

Investimos em pessoas e em tecnologia de ponta.

• Recebemos a certificação de Data Security Standard (DDS) ou Padrão de Segurança de Dados, do

Payment Card Industry Council (PCI Council), a mais importante da indústria mundial de cartões.

• Pelo nono ano consecutivo, mativemo-nos no ranking das “150 Melhores Empresas para Você

Trabalhar” da revista Exame.

Eventos Subsequentes• No primeiro trimestre de 2010, o volume financeiro de transações cresceu 23% sobre igual período

do ano anterior, atingindo R$ 58 bilhões. A receita operacional líquida foi 25% maior e superou

R$ 1,0 bilhão, enquanto o EBITDA ajustado atingiu R$ 713 milhões, com crescimento de 33%.

O lucro líquido de R$ 440 milhões superou em 32% o de igual período de 2009.

• Lançamos o programa de American Depositary Receipts (ADR) “nível I” para negociação de ações

no mercado de balcão norte-americano sob código CIOXY e, até 31 de março, já haviam sido

emitidos 3,6 milhões de títulos (1 ADR = 1 ação).

• Nossos acionistas ligados às instituições Bradesco e Banco do Brasil apresentaram proposta para

aquisição da participação do grupo Santander na Companhia, passando a deter, cada um deles,

26,65% do capital da Cielo, após a conclusão da operação.

• Desde final de março, a Cielo já estava pronta para processar transações com cartões

da bandeira Mastercard a partir de 1° de julho de 2010, data que marcou o início das

operações de multi-adquirência.

• Lançada ao final de março a nova campanha de marketing institucional com o tema

“Cielo, Nada Supera esta Máquina”.

IPO da Cielo A maior oferta pública inicial

da história da BM&FBovespa.

Page 7: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 5

Mensagem da Administração 06Visão, Valores e Competência Corporativa 09Perfil 10

ExpertisePrêmios 14Governança Corporativa 15Estratégia 20

ConfiançaGestão de Risco 24Desempenho Operacional 28Desempenho Econômico-Financeiro 34

AbrangênciaMercado de Capitais 40Intangíveis 43Desempenho Socioambiental 44

EnvolvimentoGlossário 114Informações Corporativas 117

Page 8: 17 09-2010 - relatório anual 2009

6

O ano de 2009 foi marcado pela abertura do capital

e o início de negociação das ações da Cielo no Novo

Mercado da BM&FBovespa, após a maior oferta pública

inicial da história da Bolsa. A transferência de R$ 8,4

bilhões em ações para o mercado garantiu um free float

(parcela do capital em circulação no mercado) de 42,4%,

significando um grande passo para a democratização do

capital da Companhia.

Mensagem da Administração

Page 9: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 7

Antes mesmo de nossas ações começarem a ser negociadas,

iniciamos um trabalho para estreitar o relacionamento com

analistas e investidores, a fim de tornar nosso negócio o mais

transparente possível para o mercado. E, com o início das

negociações, aumentamos nossa proximidade com eles,

procurando evidenciar, por meio de reuniões patrocinadas

pela Associação de Analistas e Profissionais de Investimento do

Mercado de Capitais (Apimec), road shows com investidores,

reuniões na empresa e outros eventos, as características de

liderança, inovação, alto desempenho e forte governança

corporativa que fazem parte da Cielo.

Já em 2009, passamos a seguir os padrões contábeis adotados

pelo International Financial Reporting Standards (IFRS), um

padrão internacional que busca uniformizar critérios e adequar

a contabilidade das empresas às regras de mercado.

Nosso desempenho em 2009 superou as expectativas,

num ano que se iniciou sob efeitos de uma das piores crises

financeiras mundiais, com expressiva queda das atividades

econômicas, mas transcorreu na recuperação resultante das

medidas governamentais de incentivo ao consumo interno.

Ao concluir o ano, enquanto o PIB do País caiu 0,2%, o volume

financeiro de transações capturadas pela Cielo aumentou 22%,

atingindo R$ 214 bilhões, um valor equivalente a 7% do PIB. Esse

crescimento superou o do setor, que foi de 18%, o que reflete

ganho de participação de mercado.

Nossa receita operacional líquida, acrescida da receita líquida

de antecipação de recebíveis, foi de R$ 3.628 milhões, 25%

superior à de 2008. O EBITDA ajustado atingiu R$ 2.451 milhões

(+39%) e o lucro líquido de R$ 1.534 milhão (+14%), sobre o qual

foram distribuídos ou provisionados R$ 1.201 milhão (-12%) de

dividendos aos acionistas.

Esse bom resultado só foi possível graças à forte penetração

e capacidade de distribuição da Cielo, à confiabilidade de sua

rede, ao bom relacionamento de sua área comercial com os

estabelecimentos credenciados, à constante oferta de produtos

inovadores e à expansão de sua rede de estabelecimentos ativos.

É digno de nota que, no período do Natal, nossa rede

apresentou disponibilidade de 100% e conquistamos um novo

recorde, com mais de 35 milhões de transações processadas

nos dias 23 e 24 de dezembro, quantidade 18% maior do que

no período correspondente do ano anterior. Embora o impacto

de dois dias no faturamento do ano seja pouco relevante, essa

disponibilidade reforça a imagem da Cielo de maior e melhor

rede de pagamentos no Brasil, atuando com redundância na

operação e mobilizando suas equipes de forma a garantir maior

confiabilidade para o lojista.

O ano também foi marcado pela alteração da razão social de

Companhia Brasileira de Meios de Pagamentos para Cielo S.A.,

como parte do plano estratégico para preparar a empresa para

operar em um cenário multibandeira, que vigorará a partir de 1º

de julho de 2010. Com nova razão social e nova marca, a Cielo

adquire também uma nova identidade visual e não incorrerá em

royalties pelo uso da antiga marca VisaNet.

A regulamentação do setor de meios de pagamentos no Brasil

foi discutida pelas autoridades competentes, que, em outubro,

divulgaram uma nota por meio do Banco Central com cinco

recomendações: 1ª) abertura da atividade de credenciamento;

2ª) interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de

transações); 3ª) neutralidade nas atividades de compensação e

liquidação; 4ª) fortalecimento de esquemas nacionais de cartões

de débito e 5ª) transparência na definição da tarifa de intercâmbio.

Durante o ano, preparamo-nos para o novo cenário competitivo

que terá início em julho de 2010, reforçando o compromisso

em relação à confiabilidade de nossa rede, consolidando nossa

posição de liderança em distribuição, investindo em inovação e

desenvolvendo um relacionamento diferenciado para conquistar

a fidelidade do cliente.

Confiabilidade da rede — Trabalhamos com redundância

de sistemas de rede e elevados critérios de monitoração

do negócio, resultando em 99,995% de disponibilidade dos

sistemas. Esse índice corresponde a apenas 26 minutos por

ano de sistemas indisponíveis. Recebemos a certificação

internacional PCI DSS que, em conjunto com o Lynx, nosso

Sistema Neural para detecção e monitoramento de fraudes,

proporciona maior nível de segurança aos estabelecimentos,

bancos e portadores de cartão. Além disso, oferecemos o

parque de POS mais moderno do Brasil, com idade média de

apenas 2,3 anos.

Page 10: 17 09-2010 - relatório anual 2009

8

Liderança em distribuição — Realizamos um trabalho próximo

à nossa rede de bancos parceiros e conseguimos afiliar mais

de 380 mil novos estabelecimentos, o que nos garante a maior

base de estabelecimentos comerciais do Brasil.

Inovação — Continuamos a inovar com lançamentos de

produtos diferenciados, que, além de aumentarem a receita

do cliente, atendem às suas necessidades de garantir tráfego

no estabelecimento e conquistar a fidelidade do comprador.

Alguns projetos de destaque são o correspondente bancário,

o pagamento por proximidade ou sem contato (contactless), o

pagamento via celular e a plataforma promocional.

Relacionamento diferenciado — Nossa força de vendas

mais do que nunca passou a estar presente no dia a dia dos

estabelecimentos comerciais, ofertando um amplo portfólio

de produtos inovadores, incluindo antecipação de recebíveis,

segmento que vem apresentando crescente contribuição ao

resultado da Companhia.

Alguns eventos importantes ocorreram após o encerramento

do exercício, dentre os quais dois são dignos de nota.

Lançamento do programa de American Depositary Receipts

(ADR) “nível I“ — A iniciativa, que não representa aumento de

capital social ou emissão de novas ações, colocará a Cielo

no seleto grupo de empresas brasileiras que possuem DR

negociados nos Estados Unidos, sendo que ao final de 2009

apenas 67 das 420 empresas nacionais listadas na BM&FBovespa

estavam nessa condição. Tal iniciativa cria mais uma alternativa

para investidores no mercado norte-americano e aumenta a

visibilidade da Cielo fora do Brasil. Até 31 de março, já haviam

sido emitidos 3,6 milhões de ADRs.

Mudanças na composição do capital social — Os acionistas

dos grupos Bradesco e Banco do Brasil apresentaram proposta

para aquisição da participação do acionista do grupo Santander,

passando a deter, cada um deles, 28,65% do capital, uma vez

que a operação estiver concluída.

Conscientes de nossa responsabilidade social, continuamos a

investir em projetos sociais e a desenvolver ações de preservação

ambiental ao longo de 2009. Realizamos investimentos com

recursos próprios e de incentivos fiscais em projetos culturais,

sociais e esportivos, buscando programas que tenham como

foco educação, saúde infantil e capacitação de jovens para o

trabalho, privilegiando a inclusão socioeconômica. Durante

o ano, aplicamos recursos em assistência à família (Hospital

Pequeno Príncipe), cultura (Instituto Brasil Leitor), sociabilização

por meio do esporte (Fundação Gol de Letra e Instituto Esporte e

Educação), capacitação de jovens para o trabalho (Instituto Criar

de TV e Cinema) e educação (Instituto Ayrton Senna).

Obtivemos em 2009 o reconhecimento de instituições em

diferentes áreas de atuação, como o prêmio “Valor Carreira” pela

excelência na gestão de pessoas (pesquisa da Hewitt indicou

a Cielo como detentora do 5º melhor clima organizacional

entre as empresas de 1001 a 2000 funcionários), o prêmio “As

150 Melhores empresas para Você Trabalhar” recebido pelo

nono ano consecutivo da revista Exame, o prêmio “Melhores e

Maiores”, também da Exame, o prêmio de “Melhor Empresa de

Serviços Especializados do Brasil” do jornal Valor Econômico e o

prêmio “As 200 Maiores Empresas em TI” da Revista InfoExame.

Queremos agradecer a todos os nossos colaboradores, clientes,

parceiros, fornecedores e aos nossos acionistas, em especial os

novos, que deram seu apoio à bem sucedida abertura de capital.

Rômulo de Mello DiasDiretor-Presidente

Arnaldo VieiraPresidente do Conselho de Administração

Page 11: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 9

Missão

Ser a referência internacional em soluções

transacionais e serviços de rede.

Valores

• Colaboradores com atitude, espírito

de equipe e paixão em tudo o que fazem

• Cliente encantado

• Atitude de dono

• Ética em todas as relações

• Excelência na execução

• Inovação com resultados

• Sustentabilidade e responsabilidade corporativa

Missão e Valores

Page 12: 17 09-2010 - relatório anual 2009

10

Perfil

A Cielo S.A. (ex-Companhia Brasileira de Meios de Pagamento,

conhecida como Visanet) é a adquirente líder do mercado

brasileiro de cartões de crédito e serviços. Com atuação em

todo o território nacional, a Cielo atende a mais de 1,7 milhão de

estabelecimentos credenciados e sua cobertura abrange 97,6%

dos municípios brasileiros.

Será, até 30 de junho de 2010, a única adquirente, no Brasil, da

bandeira Visa, marca líder entre os cartões de pagamento no

País, de acordo com The Nilson Report (2008). Com o fim da

exclusividade da bandeira Visa, passará a atuar como adquirente

de outras bandeiras.

Suas atividades compreendem o credenciamento de

estabelecimentos e a gestão de rede para aceitação de cartões

de pagamento, além da captura, transmissão, processamento e

liquidação financeira das transações realizadas com cartões de

crédito e débito. A Companhia também aluga e faz instalação

e manutenção dos equipamentos Point of Sales (POS) para

estabelecimentos credenciados.

Além dos produtos e serviços tradicionalmente oferecidos ao

mercado de meios eletrônicos de pagamento, sempre procura

desenvolver soluções inovadoras em segmentos que tenham

sinergia com suas atividades, tendo sido pioneira na oferta de

infraestrutura de rede para correspondente bancário, recarga

de celular, voucher eletrônico e saque, e na captura e no

processamento de transações eletrônicas que não envolvem

pagamento, como conectividade e autorização de transações

no segmento de saúde.

A diversidade de seu portfólio de produtos e serviços é resultado

de constantes esforços na identificação de outros ramos de

negócios que possam maximizar o uso de sua rede e de seus

ativos. Nos últimos dois anos, firmou parcerias com emissores e

empresas para a captura e o processamento de transações com

cartões Private Label híbridos com a bandeira Visa, contando,

atualmente, com cerca de 89 parceiros. A partir de setembro de

2008, passou a oferecer, também, a antecipação de recebíveis

para estabelecimentos de sua rede de credenciados.

É companhia aberta por listada no Novo Mercado, o nível mais

elevado de governança corporativa da BMF&Bovespa. Suas

ações são negociadas com o código CIEL3 e fazem parte

do Índice de Governança Corporativa Diferenciada (IGC),

do Índice de Ações Tag Along Diferenciada (ITAG), do Índice

Financeiro (IFN), do Ibovespa, do IBrX-50 e IBrX-100 (carteira

válida para o quadrimestre maio/10 - agosto/10). Do seu

capital, composto exclusivamente por ações ordinárias com

direito a voto, 42,4% estão em livre circulação no mercado

(free float). Além das ações negociadas no mercado brasileiro,

a empresa possui American Depositary Receipts (ADR) “nível I”

negociados no mercado de balcão norte-americano (Over The

Counter, ou simplesmente OTC) com o código CIOXY, tendo

como instituição depositária o Deutsche Bank Trust Company

Americas. Cada ADR equivale a uma ação.

Entre seus principais acionistas estão instituições ligadas a

dois dos três maiores bancos brasileiros: o Banco do Brasil e o

Bradesco, que estão também entre os maiores emissores de

cartões no País. A presença dessas instituições como principais

acionistas confere à empresa uma condição privilegiada na

aceitação de seus serviços e tem contribuído para sua posição

de liderança no setor.

Com receita líquida da ordem de R$ 3,7 bilhões e lucro líquido de

R$ 1,5 bilhão em 2009, a Cielo tem apresentado uma evolução

histórica positiva e contínua de seus resultados, registrando

crescimento médio anual composto (CAGR) de 27,6% de receita

líquida e 44,0% de lucro líquido entre 2006 e 2009.

Page 13: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 11

Participações em outras empresas

Servinet (99,99%) — A Servinet Serviços Ltda. presta serviços de

manutenção e contatos com estabelecimentos comerciais e

prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito

e débito e outros meios de pagamento e de instalação e

manutenção de terminais eletrônicos POS.

Servrede (99,99%) — A Servrede Serviços S.A., quando iniciar

operações, prestará serviços de gerenciamento de tecnologia

de rede, incluindo a transmissão de dados e informações,

soluções corporativas, sistemas de comunicação privada e de

processamento eletrônico de pagamentos, além da prestação

de serviços de aplicativos e data center.

CBGS (40,95%) — A Companhia Brasileira de Gestão de

Serviços presta serviços de consultoria e processamento de

informações para empresas da área médica em geral, gestão

de serviços de suporte para operadoras de saúde, interconexão

de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadores de

serviços médico-hospitalares, digitalização e automatização de

processos, emissão de cartões, atendimento em call center,

leitura de informações de cartões e roteamento de transações

não financeiras, locação e comercialização de leitoras de

cartões, equipamentos e sistemas de informática utilizados

na prestação de seus serviços e presta assistência técnica dos

referidos equipamentos.

Nota: para mais informações sobre controladas e coligadas, veja Notas Explicativas nºs 1 e 11 das Demonstrações Financeiras.

CIELO

SERVNET99,99%

SERVREDE99,99%

CBGS40,95%

Page 14: 17 09-2010 - relatório anual 2009

12

Peris doloria voloreque

Desenvolver tecnologia para formatar soluções

que agilizem e impulsionem as transações e os

relacionamentos. Dominar questões complexas

e oferecer respostas robustas, porém simples.

Usar aexpertise

Page 15: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 13

Page 16: 17 09-2010 - relatório anual 2009

14

Prêmios

Nossa busca por qualidade, eficiência e confiabilidade tem

recebido amplo reconhecimento de mercado. Com mais de

50 prêmios conquistados, a Cielo é uma das empresas mais

premiadas do setor. Ao longo dos últimos nove anos, esteve

sempre incluída entre as “150 Melhores Empresas Para se

Trabalhar no Brasil”, no ranking publicado pela revista Exame.

Em 2009, a Cielo foi agraciada com:

• Prêmio: “Melhores em Gestão de Pessoas”

Conferido por: Hewitt e Jornal Valor Econômico.

• Prêmio: “As 150 Melhores Empresas para Você Trabalhar”

Conferido por: Revista Exame.

• Prêmio: “Melhores e Maiores”

Conferido por: Revista Exame.

• Prêmio: “Valor 1000”

Conferido por: Jornal Valor Econômico.

• Prêmio: “As 200 Maiores Empresas em TI”

Conferido por: InfoExame.

• Prêmio: “Valor Carreira”

Conferido por: Jornal Valor Econômico.

Page 17: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 15

Governança Corporativa

Nota: tanto as regras do Novo Mercado da BM&FBovespa, quanto as de governança corporativa do IBGC podem ser acessadas por meio dos sítios dessas instituições, nos endereços www.bmfbovespa.com.br e www.ibgc.org.br.

Nota: para mais informações, veja o capítulo Mercado de Capitais.

Princípios geraisA Cielo adota as melhores práticas de governança corporativa

recomendadas pelo Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa (IBGC) e considera prestação de contas,

transparência, equidade e responsabilidade corporativa valores

essenciais para a sustentabilidade de seus negócios. Ao abrir o

capital, optou por negociar suas ações no Novo Mercado da

BM&FBovespa, o mais elevado nível de governança corporativa,

por ser esse o caminho para consolidar seus princípios e garantir

aos novos acionistas maior segurança em seus investimentos.

O modelo de governança que segue cumpre as exigências do

Novo Mercado e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e

está alinhado com as regras do IBGC, um modelo consagrado

que procura garantir a adoção efetiva e o monitoramento dos

princípios de governança nos relacionamentos entre Acionistas,

Conselho de Administração, Diretoria, Auditores Independentes,

Conselho Fiscal, Investidores do mercado e todos os

demais stakeholders.

Posição em Posição após

Principais acionistas 31/12/2009 27/04/2010 �Acionistas controladores 57,30% 57,30% 0%

Columbus Holdings S.A. (Bradesco) 26,56% 28,65% +2,09%

BB Banco de Investimentos S.A. (Banco do Brasil) 23,54% 28,65% +5,11%

Santusa Holdings S L (Banco Santander Espanha) 7,20% 0% -7,20%

Mercado – free float 42,40% 42,40% 0%

Tesouraria 0,3% 0,3% 0%

Total 100,00% 100,00% 0%

Composição do capital socialCapital realizado: 1.364.783.800 de ações ordináriasCapital autorizado: 6.000.000.000 de ações ordinárias

AcionistasOs principais acionistas são mostrados no quadro seguinte,

que retrata duas situações distintas: a do final do exercício de

2009 e a do final de abril de 2010 em diante, quando o Banco

do Brasil e o Banco Bradesco fecharam acordo para adquirir,

por meio de empresas subsidiárias, a participação remanescente

do Banco Santander na Companhia. Ao mesmo tempo, essas

duas instituições firmaram memorando de entendimento para a

criação de uma holding para a gestão conjunta de seus negócios

no mercado de cartões, incluindo o estudo da possibilidade de

transferência das participações acionárias da Cielo S.A para a

nova holding a ser criada.

Os acionistas minoritários da Cielo gozam dos mesmos direitos dos

acionistas majoritários, inclusive o de receber igual valor por suas

ações em caso de alienação do controle (tag along de 100%).

Page 18: 17 09-2010 - relatório anual 2009

16

Acordo de Acionistas

Os acionistas que formam o grupo controlador têm celebrado,

entre si, acordo de acionistas, que estabelece as regras de

relacionamento de seus interesses junto à empresa. Esse acordo

tem como signatários a Columbus Holdings S.A. (Bradesco), BB

Banco de Investimentos S.A. (Banco do Brasil), Banco Santander

(Brasil) S.A., Santander Investimentos e Participações S.A. (Banco

Santander) e Cielo S.A.

O acordo de acionistas prevê a realização de reuniões prévias às

reuniões do Conselho de Administração (CA) e Assembleias. As

reuniões prévias que deliberarem sobre os assuntos seguintes

somente serão instaladas com a presença da totalidade dos

acionistas signatários: (1) aquisição de ações de emissão da

Companhia para manutenção em tesouraria ou cancelamento;

(2) fixação de pautas de Assembleias; (3) proposta de alteração

do objeto social; (4) outorga de opção de ações para

administradores e funcionários; e (5) definição da lista tríplice de

empresas que poderão realizar o valuation para cancelamento

do registro de companhia aberta. As deliberações em reunião

prévia serão tomadas por consenso dos acionistas presentes,

com previsão quanto à necessidade de registro formal da

reunião. As decisões vincularão todos os acionistas signatários,

inclusive os acionistas ausentes.

Sobre a composição do Conselho de Administração, o

acordo define:

• O Santander terá direito a indicar um membro do CA enquanto

detiver direta ou indiretamente ações que representem, pelo

menos, 7,20% do capital social;

• Considerando o CA com nove membros, no mínimo dois

serão indicados pelo Bradesco, no mínimo dois pelo BB;

e um indicado pelo Santander;

• Considerando o CA com 10 membros (atual), no mínimo dois

indicados pelo Bradesco, no mínimo dois pelo BB, um pelo

Santander e um indicado em comum acordo por Bradesco e BB;

• Se houver redução da participação de qualquer acionista

do bloco de controle que implique redução do número de

conselheiros que este poderia indicar ou perda do direito,

o referido acionista deverá providenciar em cinco dias a(s)

destituição(ões) do(s) conselheiro(s) indicado(s);

• A eleição de conselheiros independentes deverá ser apreciada

e decidida em reunião prévia;

• A eleição dos membros da Diretoria Estatutária deverá ser

apreciada e decidida em reunião prévia.

O acordo de acionistas também prevê que: (1) durante o prazo

de dois anos, contados a partir da data do anúncio da oferta

inicial de ações (9 de junho de 2009), nenhum acionista poderá

alienar as ações remanescentes em Bolsa, mercado de balcão

ou em operações privadas (o acordo reza que os acionistas do

bloco deverão deter 50,1% das ações pelo prazo de dois anos,

após o IPO); (2) qualquer transferência ou alienação de ações

detidas pelos signatários do acordo, salvo transferências para

controladas ou sob controle comum, deverá ser precedida de

notificação para os demais acionistas do bloco de controle,

que terão preferência para a aquisição das ações ofertadas,

informando sobre o potencial adquirente, preço por ação e

condições de pagamento. O direito de preferência deverá

ser exercido em 30 dias e (3) após o período de dois anos, os

acionistas poderão solicitar à Companhia a realização de

oferta subsequente, sendo facultado ao Santander a adesão

à oferta subsequente ou a alienação de suas ações em leilão

na BM&FBovespa.

Caso um dos acionistas signatários do acordo de acionistas,

durante o prazo de vigência do documento, venha a adquirir

direta ou indiretamente posição significativa do capital social

de empresa que preste serviços de cadastramento de ECs e

adquirência de transações de pagamento de mesma bandeira

operada pela Companhia, passando a ter influência direta

na administração do concorrente, deverá tomar as medidas

necessárias para se abster do exercício dos direitos do acordo ou

alienar as ações de emissão do concorrente, no prazo de 90 dias.

O acordo de acionistas vigorará pelo prazo de 10 anos, contados

do anúncio de início da oferta e será prorrogado por períodos

adicionais e sucessivos de cinco anos, com possibilidade de

denúncia com antecedência de seis meses do término do prazo.

Para a solução de controvérsias decorrentes da interpretação dos

termos do documento, violação a seus preceitos ou execução

das obrigações nele estabelecidas, o acordo prevê a utilização

do centro de arbitragem da Câmara Americana de Comércio.

Page 19: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 17

Conselho de AdministraçãoO Conselho de Administração é composto por no mínimo sete e

no máximo dez membros, todos acionistas, eleitos pela Assembleia

Geral, com mandato unificado de dois anos, permitida a reeleição.

Os membros do Conselho de Administração podem ser destituídos

e substituídos a qualquer tempo por decisão da Assembleia Geral.

Dois conselheiros são escolhidos pelo colegiado para ocupar as

funções de Presidente e Vice-Presidente do Conselho. No mínimo

20% dos membros do Conselho de Administração devem ser

conselheiros independentes.

DiretoriaAs funções e os poderes dos diretores são definidos pelo

Conselho de Administração, dentre os quais se destacam:

• Ao Diretor-Presidente compete, entre outras atribuições,

estabelecer o modelo de gestão e fazê-lo cumprir, dirigir os

negócios e fixar as diretrizes gerais de acordo com a orientação

traçada pelo Conselho de Administração, dar cumprimento às

deliberações do Conselho de Administração e às disposições

estatutárias e aprovar o Regimento Interno da Diretoria.

• Ao Diretor de Relações com Investidores, entre outras

atribuições, compete prestar informações ao público

investidor, à CVM e às bolsas de valores e mercados de balcão

organizados em que a Companhia estiver registrada.

• Os demais Diretores exercerão as funções estipuladas pelo

Conselho de Administração quando de sua eleição.

A Diretoria é composta por no mínimo dois e no máximo oito

membros, sendo um Diretor-Presidente, um Diretor de Relações

com Investidores e até seis diretores sem designação específica,

eleitos pelo Conselho de Administração. Os diretores podem

acumular cargos.

Conselho de Administração

Diretor Cargo Eleição Mandato

Rômulo de Mello Dias Diretor Presidente 20/05/2009 mai/2012

Marcos Grodetzky Diretor Financeiro e de RI 20/03/2010 mai/2012

Eduardo Campozana Gouveia* Diretor 20/05/2009 mai/2012

Eduardo Chedid Simões Diretor 20/05/2009 mai/2012

Paulo Guzzo Neto Diretor 20/05/2009 mai/2012

Roberto Menezes Dumani Diretor 02/12/2009 mai/2012

Diretoria

Nome Cargo Eleição Mandato

Arnaldo Alves Vieira Presidente 30/04/2010 30/04/2012

Jair Delgado Scalco Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Raul Francisco Moreira Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

José Maurício Pereira Coelho Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Denilson Gonçalves Molina Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Paulo Rogério Caffarelli Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Milton Almicar Silva Vargas Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Norberto Pinto Barbedo Conselheiro 30/04/2010 30/04/2012

Francisco Augusto da Costa e Silva Conselheiro independente 30/04/2010 30/04/2012

Gilberto Mifano Conselheiro independente 30/04/2010 30/04/2012

Nota: os currículos dos Conselheiros estão disponíveis no sítio da empresa, no endereço www.cielo.com.br/ri

Nota: os currículos dos Diretores estão disponíveis no sítio da empresa, no endereço www.cielo.com.br/ri* A partir de maio/2010, foi substituído por Dilson Ribeiro.

Page 20: 17 09-2010 - relatório anual 2009

18

Conselho FiscalO Conselho Fiscal funciona de modo não permanente, com

as atribuições e poderes que a lei lhe confere e é instalado por

deliberação da Assembleia Geral ou a pedido dos acionistas, nas

hipóteses previstas em lei.

Comitês de ApoioOs comitês são órgãos auxiliares à gestão, com funções técnicas

e consultivas. Têm por finalidade tornar a atuação dos órgãos

de administração da Companhia mais eficientes, de forma a

maximizar o seu valor e o retorno dos acionistas, respeitadas as

melhores práticas de governança corporativa.

Sua instalação compete ao Conselho de Administração, sendo

que o Comitê de Auditoria tem funcionamento permanente.

Além deste, estão em funcionamento atualmente os seguintes

comitês de assessoramento ao Conselho de Administração:

• Comitê de Finanças;

• Comitê de Risco Emissor;

• Comitê de Governança Corporativa;

• Comitê de Remuneração e Benefícios.

Quando instalado, o Conselho Fiscal é composto por no mínimo

três e no máximo cinco membros titulares, com suplentes em

igual número, eleitos pela Assembleia Geral.

O Conselho Fiscal funciona de acordo com o Regimento Interno

aprovado na Assembleia Geral que deliberar a sua instalação.

Remuneração dos AdministradoresOs diretores estatutários e os membros do Conselho de

Administração recebem como remuneração global, em cada

exercício, o valor aprovado pela Assembleia Geral Ordinária (AGO).

Na AGO de 13 de abril de 2009, esse valor foi de R$ 14,5

milhões. O total aprovado foi dividido em remuneração fixa e

variável, participação no lucro e opções de ações outorgadas,

conforme descrito em detalhes nas Notas Explicativas nºs 28 e

29 das Demonstrações Financeiras.

Na AGO de 30 de abril de 2010, o valor aprovado

foi de até R$ 19,0 milhões.

Conselho Fiscal

Nome Posição Eleição Mandato

Kléber do Espírito Santo Membro Efetivo 30/04/2010 ago/2011

Marcio Hamilton Ferreira Membro Efetivo 30/04/2010 ago/2011

Haroldo Reginaldo Levy Neto Membro Efetivo 30/04/2010 ago/2011

Marcelo Santos Dall’occo Membro Suplente 30/04/2010 ago/2011

André Luis Dantas Furtado Membro Suplente 30/04/2010 ago/2011

Nota: o cargo do terceiro suplente encontra-se temporariamente vago.

Page 21: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 19

Código de ÉticaO Código de Conduta da Cielo foi revisado em 2009 e passou

a se chamar Código de Ética. Todos os colaboradores foram

chamados para participar das reuniões para a construção do

novo texto, que tem o objetivo de traduzir os valores e os

princípios da empresa.

É um documento de referência, não só para a Cielo e seus

colaboradores, como também para outros públicos com os

quais a empresa se relaciona. São esses diferentes públicos

envolvidos no negócio que, ao fazerem suas escolhas cotidianas

e agirem de acordo com elas, ratificam a conduta ética

esperada pela Cielo, capaz de assegurar relações significativas,

sustentáveis e compatíveis com os interesses e as aspirações

mais legítimas dos envolvidos e da sociedade.

O Código de Ética define os princípios básicos que deverão

nortear a conduta de todos e abrange, além da própria gestão

do código, três grandes áreas de interesse:

Missão e Valores Corporativos — São eles os responsáveis

pela definição da identidade, do jeito de ser e agir da empresa.

Ao expressá-los em iniciativas e relações cotidianas, os

colaboradores estão contribuindo para a criação de valor

nos relacionamentos.

Aspectos primordiais de conduta — Esses aspectos são

fundamentais para o negócio e devem ser observados por todos

os colaboradores da Cielo.

Aspectos relevantes de conduta por público — Consideram as

características próprias da relação da empresa com cada público

com o qual a empresa se relaciona. São levados em conta,

particularmente, os seguintes públicos:

• Associações de classe;

• Bancos;

• Clientes;

• Colaboradores;

• Comunidade e sociedade;

• Concorrentes;

• Fornecedores;

• Governo;

• Imprensa;

• Investidores;

• Usuários de meios eletrônicos de pagamento.

Comitê de ÉticaO Comitê de Ética é formado pelos membros da Diretoria

Executiva e mais três profissionais seniores. Sua função é receber

e analisar denúncias de infração do Código de Ética e aplicar as

penas cabíveis.

Para que essas denúncias cheguem ao Comitê, foi criado um

Canal de Ética administrado por empresa externa. O acesso

pode ser feito pela Internet 24 horas por dia, durante os sete dias

da semana, ou por telefone, de segundas a sextas-feiras, das 9h

às 20h. A identificação do denunciante é opcional.

Câmara de arbitragem e outras disposiçõesA Cielo está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem

do Mercado, conforme cláusula compromissória constante do

seu Estatuto Social.

Enquanto a Companhia estiver no Novo Mercado, não poderá

emitir ações preferenciais ou partes beneficiárias e, para sair do

Novo Mercado, deverá efetivar uma oferta pública.

Nota: o Código de Ética está disponível no sítio de Relações com Investidores da empresa, no endereço www.cielo.com.br/ri.

Page 22: 17 09-2010 - relatório anual 2009

20

Estratégia

O planejamento estratégico de longo prazo leva em

consideração as variáveis de mercado relevantes, frente às

circunstâncias atuais e projetadas, e tem por objetivo manter

a posição de liderança da Companhia no mercado brasileiro

de cartões de pagamento.

Para atingir esse objetivo, adotamos como linhas de ação

fundamentais a diversificação dos serviços prestados, o maior

aproveitamento da rede de captura e a constante introdução

de novas tecnologias de meios de pagamento. Essas linhas

de ação desdobram-se em vários eixos estratégicos, que são

discutidos a seguir.

Universalização do Uso e Aceitação de

Multibandeiras pelos Estabelecimentos

Temos como meta aumentar continuamente o número

de estabelecimentos credenciados para a aceitação de

multibandeiras a partir de 1º de julho, quando termina nossa

exclusividade com a bandeira Visa. Para tanto, contamos

com uma estrutura própria de vendas com capacidade para

dar suporte ao credenciamento de novos estabelecimentos,

valendo também do apoio das redes de agências das instituições

financeiras com as quais temos parceria firmada.

Como regra, procuramos manter estreito relacionamento

com os estabelecimentos, oferecendo suporte permanente e

soluções diferenciadas de produtos e serviços de qualidade,

além de incentivos às vendas dos estabelecimentos, por meio

de promoções conjuntas nos pontos de venda.

Pretendemos também continuar a investir em soluções de

captura para expandir a aceitação em novos segmentos

econômicos ligados à prestação de serviços, como táxis,

estádios de futebol, feiras livres, serviços de entrega e outros.

Expansão da Base de Emissores

Pretendemos incrementar os resultados por meio da ampliação

do número de emissões de cartões e assim obter um maior

volume financeiro de transações. Para tanto, desenvolvemos

ações para aprofundar o relacionamento com as instituições

financeiras emissoras e os estabelecimentos emissores de

cartões Private Label híbrido e criamos uma solução específica

de captura e processamento de transações para cartões

desse segmento, o qual tem demonstrado alto potencial de

crescimento junto à população de menor renda.

Já contamos com cerca de 89 parcerias para prestação de

serviços de captura e processamento de transações com cartões

Private Label híbrido, dentre elas o Boticário, BR Postos, Casas

Bahia, Carrefour, Centauro, Dicico, Leader, Livraria Saraiva, Lojas

Colombo, Lojas Maia e Porto Seguro.

Ampliação do Uso dos Equipamentos de Captura

Pretendemos incrementar os negócios realizados em

nossa rede de aceitação, oferecendo soluções de captura

e serviços pioneiros em segmentos que gerem valor para

o estabelecimento credenciado. Para consolidar o uso dos

equipamentos de captura como plataformas diversificadas de

serviços, temos agregado novos serviços, como, por exemplo,

correspondente bancário, recarga de celular pré-pago e

fornecimento de troco em dinheiro nas transações com

cartões de débito.

A diversificação do portfólio de serviços oferecidos por meio

desses equipamentos aumentará o uso da rede de aceitação,

fortalecerá a base de negócios e o relacionamento com os

estabelecimentos credenciados, aumentando o faturamento e

consolidando a posição de liderança de nossa Empresa.

Page 23: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 21

Ingresso em Novos Negócios que

Apresentem Sinergia com a Atividade Principal

Desenvolvemos constantemente projetos e pesquisas de

mercado com o propósito de identificar ramos de negócios

que possam criar sinergia com nossa atividade principal. Uma

das oportunidades identificadas foi a aplicação do negócio

de rede para a conectividade e autorização de transações no

segmento de saúde.

O objetivo é integrar soluções e facilitar as interações dos

agentes do segmento de saúde, oferecendo serviços de

conexão e autorização na área de saúde.

A inserção da Companhia na captura eletrônica de

transações, nesse e em outros ramos de negócio, mediante

o aproveitamento da rede e plataforma tecnológica, permitirá

desenvolver novas linhas de serviços e oportunidades de

geração de receita.

Oferta de Novos Serviços para os

Estabelecimentos Credenciados

Pretendemos continuar a oferecer novos serviços que

agreguem valor para os estabelecimentos credenciados e

incentivar sua fidelização. Em resposta à demanda desses

estabelecimentos, desde 1º de setembro de 2008, oferecemos

antecipação de recebíveis para parte de nossa rede de

estabelecimentos credenciados.

Desenvolvemos, atualmente, dois projetos-piloto: um para

a utilização do telefone celular e da Internet para a captura

eletrônica de transações feitas por estabelecimentos que

oferecem entrega em domicílio e outro para o desenvolvimento

de uma plataforma tecnológica que possibilita a realização

de promoções que fortaleçam o relacionamento dos

estabelecimentos com seus clientes portadores de cartões

de pagamento.

Incremento de Eficiência Operacional

Nosso modelo de gestão coloca foco em resultados, aliando o

crescimento de receitas a uma cultura de eficiência operacional.

Ao lado das iniciativas voltadas para o aumento da quantidade

de transações e do volume financeiro, pretendemos continuar

a obter ganhos de produtividade, com redução do custo

médio por transação capturada, por meio de iniciativas que

contemplem o incremento da eficiência operacional.

Impacto da estratégia nos resultadosNossas metas de resultados foram plenamente atingidas em

2009 e no primeiro trimestre de 2010. Durante esse período,

a gestão estratégica do desempenho no curto-médio prazo

esteve dirigida para a obtenção de retornos por meio do

desenvolvimento e da exploração dos eixos estratégicos

escolhidos pela Companhia. Por outro lado, estivemos com

nossa visão de médio e longo prazo voltada para a preparação

da Companhia para as mudanças que ocorrerão no mercado a

partir do segundo semestre de 2010 e nos sentimos confiantes

com os resultados dessa preparação, que incluiu, desde

a alteração de nossa razão social e missão, até a abertura

de capital, com a oferta pública de ações, passando por

importantes remodelações na estrutura de gestão e comercial

da Companhia.

Page 24: 17 09-2010 - relatório anual 2009

22

Sustentar no tempo a confiança de todos aqueles

com os quais nos relacionamos. Empregar os mais

exigentes protocolos de segurança para garantir

a integridade das transações. Perseguir, sempre, a

eficiência e a infalibilidade dos processos. Preservar a

confidencialidade das informações com rigidez extrema,

mas ser transparente e aberta nas relações e na gestão.

Merecer aconfiança

Page 25: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 23

Page 26: 17 09-2010 - relatório anual 2009

24

Gestão de Risco

Risco regulatórioLeis e regulamentos que vierem a ser editados para

regulamentar o setor de cartões de pagamento no Brasil

podem causar um efeito adverso na Companhia.

Tramitam no Congresso Nacional diversos projetos de lei com

o intuito de regulamentar o setor de meios de pagamento com

cartões. As principais iniciativas versam principalmente sobre:

(i) A limitação das taxas de administração cobradas dos

Estabelecimentos e prazos de pagamento, notadamente os

projetos de lei:

(a) 4.818/98, datado de 04 de novembro de 1998, que desde

25 de março de 2009 encontra-se sob análise na Comissão

de Constituição e Justiça e de Cidadania;

(b) 4.804/01, datado de 05 de junho de 2001, que desde 29

de abril de 2009 encontra-se sob análise na Comissão de

Finanças e Tributação;

(c) 3.499/08, datado de 03 de junho de 2008, cujo pedido de

apensado ao projeto de lei nº 4.818/98 foi deferido em 04

de novembro de 2008;

(ii) O compartilhamento de infraestrutura de coleta e

processamento de informações no mercado de cartões de

crédito e débito, notadamente o projeto de lei nº 677/07,

datado de 28 de novembro de 2007, que desde 05 de março

de 2009 encontra-se sob análise na Comissão de Ciência,

Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática;

(iii) A proibição de cláusulas de exclusividade entre bandeiras

e adquirentes no mercado de cartões de crédito e débito,

notadamente o projeto de lei nº 680/07, de 28 de novembro

de 2007, que desde 05 de março de 2009 encontra-se

sob análise na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática;

(iv) A equiparação das empresas do setor de meios de

pagamento à condição de instituição financeira,

notadamente o projeto de lei nº 678/07, datado de 28

de novembro de 2007, que desde 29 de maio de 2009

encontra-se sob análise na Comissão de Constituição,

Justiça e Cidadania, sendo que, neste caso, a Companhia

passaria a estar sujeita a normas adicionais e, potencialmente,

à fiscalização do Banco Central.

Em março de 2009, o Banco Central, a Secretaria de Direito

Econômico (SDE) do Ministério da Justiça e a Secretaria de

Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda

disponibilizaram o Relatório sobre a Indústria de Cartões de

Pagamentos, que analisa o setor de meios de pagamento com

cartões no Brasil, demonstrando as mesmas preocupações

que levaram à elaboração dos projetos de lei acima descritos,

e versando principalmente, sobre: (i) o cenário competitivo e

das barreiras de entrada do setor; (ii) o mecanismo de cobrança

tarifária adotado pelos adquirentes e (iii) como tal mecanismo

de cobrança pode afetar o consumidor final de bens e serviços,

além da sugestão de medidas regulatórias para o setor de cartões

de pagamento. Embora este estudo por si só não tenha poder

para regulamentar o setor de cartões de pagamento, pois essa

regulamentação dependeria da aprovação de leis pelo Poder

Legislativo, suas conclusões poderiam acelerar a tramitação dos

Page 27: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 25

projetos de lei mencionados acima, além de estimular a discussão

de outras iniciativas legislativas que visem a regulamentar

este setor e as atividades da Companhia. Em maio de 2010, a

versão final deste relatório foi divulgada e embora o teor das

preocupações não tenha sido alterado, o grupo de estudo do

Governo focou em cinco recomendações para o setor, que no

curto prazo serão endereçadas. A saber: (i) abertura da atividade

de credenciamento; (ii) interoperabilidade de redes e de POS

(terminal de captura de transações); (iii) neutralidade nas atividades

de compensação e liquidação; (iv) fortalecimento de esquemas

nacionais de cartões de débito e (v) transparência na definição da

tarifa de intercâmbio.

Caso o projeto de lei relativo à limitação das taxas de

administração cobradas dos estabelecimentos e prazos

de pagamento seja aprovado, a receita da Companhia e,

consequentemente, seu resultado operacional, poderão ser

afetados adversamente. Em relação ao projeto de lei relativo ao

compartilhamento de infraestrutura, caso este seja aprovado,

a receita decorrente do aluguel de equipamentos de captura

poderá ser afetada negativamente, com impacto nos resultados

da Companhia que poderiam ser adversos. Por sua vez, a

eventual aprovação do projeto de lei que proíbe cláusulas de

exclusividade entre bandeiras e adquirentes no mercado de

cartões de crédito e débito poderia gerar um estímulo adicional

à entrada de novos participantes no mercado, com potencial

impacto na participação de mercado da Companhia, que

poderia ser adverso.

Por fim, caso o projeto de lei que visa a equiparação das

empresas do setor de meios de pagamento à condição de

instituição financeira seja aprovado, a Companhia poderá ser

afetada de forma adversa e relevante, dependendo da extensão

das restrições e condições a serem impostas pelo Banco Central,

que passaria a ser o responsável pela regulação das empresas do

setor de meios de pagamento, incluindo a Companhia.

Em vista dessas incertezas em relação ao contexto regulatório

a ser enfrentado pela Companhia, não é possível prever se os

projetos de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional,

ou ainda outros que venham a ser propostos, serão ou não

aprovados e, caso aprovados, qual será o texto legislativo final.

Portanto, não é possível prever se as atividades de captura e

adquirência de transações, credenciamento de estabelecimentos

e antecipação de recebíveis a estabelecimentos serão reguladas.

Caso o sejam, não é possível prever como o serão, e tampouco

assegurar que a Companhia não será afetada de forma adversa

e relevante por eventuais novas leis e regulamentos.

Risco de mercadoEmbora acredite-se que o mercado brasileiro de cartões de

crédito e débito continue com grande potencial de crescimento,

uma possível regulamentação do setor ou o simples fim das

exclusividades poderia provocar mudanças, inclusive com a

possibilidade de entrada de novos concorrentes. Por outro lado,

as novas regras seriam para fortalecer o setor e agregar maior

número de bandeiras, emissores, portadores e estabelecimentos,

o que poderia contribuir para acelerar o crescimento do

número de transações e do volume financeiro transacionado,

favorecendo a atuação dos adquirentes.

Para lidar com esse tipo de risco e ao mesmo tempo manter sua

posição de liderança, a Cielo vem se preparando já há algum

tempo para oferecer o melhor em termos de confiabilidade

de seus sistemas de rede, facilidade de serviços, produtos

inovadores, capacidade de distribuição e relacionamento

diferenciado com os estabelecimentos. Ao mesmo tempo, para

garantir a entrega, reestruturou-se internamente, desenvolveu

equipes competentes e consolidou uma cultura organizacional

apropriada a essa potencial realidade.

Page 28: 17 09-2010 - relatório anual 2009

26

Risco de crédito*

A Cielo dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito

dos bancos emissores dos cartões Visa, com o intuito de proteger-

se de um eventual risco de default dessas intituições. Esse

instrumento de proteção está respaldado na obrigação assumida

pela bandeira Visa, conforme estabelecido no regulamento

internacional, em garantir o repasse aos estabelecimentos afiliados

à Companhia de todas as vendas realizadas com cartões Visa nas

respectivas datas de vencimento, caso ocorra inadimplência de

um determinado emissor.

Risco tecnológicoOs sistemas de tecnologia da informação e de telecomunicação

utilizados pela Companhia em suas atividades podem falhar

devido a fatores alheios ao seu controle. Para mitigar este risco,

a Cielo adota redundância de sistemas e usa tecnologia de

ponta, tanto para o tráfego, quanto para o armazenamento

de informações.

Outra questão é a da segurança dos sistemas de informação,

pois a divulgação não autorizada de dados que constem em

seus sistemas poderia causar um efeito adverso. Neste caso,

a Cielo utiliza o que há de mais avançado em criptografia e

barreiras de acesso para evitar fraudes ocasionadas por hackers.

A empresa possui a mais importante certificação de segurança

da indústria mundial de cartões: o padrão de segurança de

dados (DSS) do Payment Card Industry Council (PCI Council).

Risco de fraude**

Riscos associados à Conjuntura EconômicaCrescimento do PIB, taxa de juros e taxa de câmbio são

devidamente monitorados, embora sejam relativamente menos

relevantes para a empresa.

Crescimento do PIB

No que se refere ao crescimento do PIB, os setores em que

atuamos, pelas características do mercado brasileiro, têm

apresentado alto crescimento e mostrado ser menos suscetíveis

às variações do PIB do que a média dos outros setores. Nos

últimos três anos, o PIB cresceu a uma taxa média composta

de 3,6% ao ano, mas o volume financeiro de nossas transações

cresceu em média 24,6% ao ano. Em 2009, o PIB caiu 0,2%, mas

o nosso volume financeiro cresceu 21,9%. A comparação do uso

de cartões como meio de pagamento no Brasil com o uso em

outros países emergentes e desenvolvidos mostra que o nosso

mercado ainda tem potencial para continuar crescendo a taxas

superiores às do PIB por muitos anos.

Taxa de Juros

Quanto à taxa de juros, sua principal influência recai sobre as

aplicações financeiras, já que, em nosso caso, estas superam o

passivo financeiro. Os recursos estão aplicados em instituições

financeiras de primeira linha e a empresa não realiza operações

de cunho especulativo. Dentre seus acionistas indiretos, estão

dois dos maiores e mais seguros bancos do País.

Taxa de Câmbio

Os gastos de estrangeiros no Brasil com cartões Visa são

creditados pela Visa Internacional à empresa no dia seguinte,

convertidos em dólares pela taxa de compra do Banco Central

(PTAX) na data da realização do gasto. Como proteção contra

a oscilação de moedas, a Cielo realiza a pré-venda dos dólares

a receber, convertidos pela mesma taxa de câmbio. Fora esses

gastos, não existem outras operações significativas que possam

causar variações relevantes nos resultados da empresa.

** Nota: Veja Nota Explicativa nº 26.c das Demonstrações Financeiras.

Nota: Para informação sobre outros fatores de risco, veja Nota Explicativa nº 26 das Demonstrações Financeiras constantes deste relatório.

* Nota: Para maiores detalhes de como este tipo de risco é mitigado, veja Nota Explicativa nº 26.b das Demonstrações Financeiras.

Page 29: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 27

Page 30: 17 09-2010 - relatório anual 2009

28

Desempenho Operacional

Desse modo, os participantes do setor de cartões de pagamento

no mercado brasileiro podem ser categorizados conforme

demonstrado abaixo:

Bandeiras

As bandeiras estabelecem e administram as regras gerais

de organização e funcionamento do sistema de cartões de

pagamento e são as garantidoras finais da liquidação financeira

das transações junto aos estabelecimentos. Pela prestação de

tais serviços, as bandeiras cobram uma taxa de administração,

com lastro nas transações realizadas nos estabelecimentos, das

adquirentes representantes de sua marca.

Características da atividadeO modelo adotado pelas empresas participantes do setor de

cartões de pagamento no Brasil é o de associação, no qual

as bandeiras, as adquirentes e os emissores, cada um com

papéis específicos, atuam de forma integrada sob as regras

estabelecidas pelas bandeiras. Nesse modelo, as adquirentes,

como a Cielo, detêm a licença de uso das marcas das bandeiras

e são responsáveis pelo credenciamento dos estabelecimentos,

como também por captura, transmissão, processamento e

liquidação financeira das transações.

BANDEIRAS

BANDEIRAS

CIELO

BANCOS ADqUIRENTES

ESTABELECIMENTOSCOMERCIAIS

ESTABELECIMENTOSCOMERCIAIS

PORTADORES

PORTADORES

BANCOS EMISSORES

BANCOS EMISSORES

EM 1995

A PARTIR DE 1996

Page 31: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 29

Adquirentes

As adquirentes, como a Cielo, são responsáveis pelo

credenciamento dos estabelecimentos, pela captura,

transmissão, processamento e liquidação financeira das

transações e garantem essa liquidação caso o emissor sofra

intervenção do Banco Central. Como regra, as adquirentes

cobram uma taxa de administração dos estabelecimentos pela

prestação dos serviços de captura, transmissão, processamento

e liquidação das transações realizadas com cartões de crédito

e de débito. Na maioria dos casos, a taxa de administração é

calculada mediante a aplicação de um percentual negociado

com os estabelecimentos incidente sobre o valor da transação

no estabelecimento.

As adquirentes são proprietárias de equipamentos, como POS

fixo e POS móvel. As adquirentes, na maioria dos casos, alugam os

equipamentos aos estabelecimentos, cobrando desses um aluguel

fixado de acordo com a tecnologia de cada tipo de equipamento,

o ramo de atividade e a localidade do estabelecimento. Alguns

estabelecimentos, como grandes lojas e supermercados, possuem

seus próprios equipamentos de captura.

As adquirentes também oferecem o serviço de antecipação de

recebíveis à sua rede de estabelecimentos. Nessas operações,

os estabelecimentos solicitam ao adquirente o recebimento

correspondente às transações realizadas com cartões de crédito

antes do período negociado e contratado com cada um. Os

estabelecimentos que contratam este serviço pagam uma taxa

de desconto, calculada com base no valor antecipado.

As adquirentes podem ainda oferecer aos estabelecimentos

serviços adicionais relativos à captura de transações de cartões,

como, por exemplo, serviços vinculados às transações com

cartões Private Label realizadas nos próprios estabelecimentos

emissores. Para usufruir desses serviços, os estabelecimentos

via de regra pagam às adquirentes tarifas estipuladas de acordo

com o tipo de serviço prestado.

Estabelecimentos

Os estabelecimentos são os fornecedores de bens e serviços

credenciados pelas adquirentes para aceitar cartões de crédito

e de débito como meio de pagamento.

Portadores

Os portadores são os detentores dos cartões concedidos pelos

emissores, usuários e/ou consumidores de produtos e serviços.

Emissores

Os emissores concedem crédito aos portadores para utilização

de cartões de crédito no Brasil e/ou no exterior e efetuam a

cobrança dos valores gastos pelos portadores. Os emissores

assumem o risco de crédito dos portadores perante as

adquirentes e garantem o pagamento às mesmas. Para tanto,

os emissores cobram dos adquirentes uma taxa de intercâmbio

que consiste na parcela da taxa de administração recebida

dos estabelecimentos que é repassada aos emissores, como

remuneração pela aprovação das transações realizadas com os

cartões de sua emissão. A taxa de intercâmbio é determinada

geralmente pelas bandeiras de acordo com o tipo de cartão

utilizado na transação e do segmento do estabelecimento em

que a transação foi realizada.

Conjuntura econômicaO ano de 2009 iniciou-se imerso em uma das maiores crises

financeiras globais de que se tem notícia desde a grande

depressão de 1929. Diante da enorme perda de riqueza

financeira e não financeira do setor privado, em especial nos

países desenvolvidos, os esforços das autoridades monetárias

mundiais para injetar liquidez nos mercados de crédito não

foram suficientes para reduzir incertezas e permitir uma volta

à normalidade. Esse cenário negativo afetou expectativas e

ocasionou deterioração dos mercados de trabalho, retração dos

investimentos e queda do consumo em todas as economias.

Apesar dos bons fundamentos de sua economia antes da crise, o

Brasil não passou incólume ao brusco encolhimento do crédito

internacional e à rápida retração dos mercados consumidores

de suas exportações. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) mostram que o PIB registrou uma queda de

0,2% em 2009, enquanto, antes da crise (setembro de 2008),

crescia 6,6% ao ano.

Page 32: 17 09-2010 - relatório anual 2009

30

Para conter o impacto interno da crise mundial, as autoridades

econômicas brasileiras optaram por amenizar a queda do

consumo por meio do aumento do crédito ao consumidor e

do crédito à habitação realizado pelos bancos controlados pelo

Governo, da redução de impostos sobre bens de consumo e,

também, pela redução da taxa básica de juros, já que, com a

crise, a inflação passou a indicar tendência de queda.

As operações de crédito do sistema financeiro aumentaram

cerca de 19% sua participação no PIB, as intituições públicas

contribuíram com mais de 60% desse aumento, segundo dados

do Banco Central do Brasil. Em termos absolutos, o crédito do

setor privado a pessoas físicas cresceu 16,2%, no mesmo período

e o crédito do setor público à habitação, 27,5%. Enquanto isso, o

crédito público ao setor industrial ficou praticamente estagnado

no período (+ 0,3%, segundo o Banco Central) e o investimento,

que crescia a uma taxa anual de 16,9% no terceiro trimestre de

2008, encerrou 2009 com uma queda de 10,2% (taxa anual),

segundo o IBGE.

No âmbito da renúncia fiscal, o governo reduziu ou eliminou

temporariamente alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos

Industrializados) para produtos de consumo — no caso dos

carros populares, por exemplo, a alíquota de 7% foi reduzida

temporariamente a zero —, diminuiu a alíquota do Imposto

sobre Operações Financeiras para empréstimos a pessoas físicas

e alterou a tabela do Imposto de Renda de Pessoas Físicas

de modo a favorecer o contribuinte com uma transferência

estimada em R$ 4,9 bilhões ao longo de 2009.

A taxa Selic passou de 13,66% a.a. ao final de 2008 para 8,65%

a.a. ao fim de 2009, enquanto a inflação, medida pelo Índice de

Preços ao Consumidor – Ampliado (IPC-A), acumulou 3,9% em

2009, contra 5,9% em 2008, de acordo com dados do Banco

Central e do IBGE.

Como o epicentro da crise foi a economia norte-americana, o

dólar sofreu fortes desvalorizações em todos os mercados do

mundo, inclusive no Brasil, onde perdeu um quarto do seu valor

em relação ao real (a cotação do dólar comercial para venda

passou de R$ 2,333 em dezembro de 2008 para R$ 1,743

em dezembro de 2009, com uma queda de 25,3%).

Para as exportações brasileiras, já retraídas com a recessão dos

mercados mundiais (exceto China e Índia, que apenas passaram

a crescer menos), isso criou dificuldades adicionais e houve uma

queda de 22% do valor exportado, segundo dados do Banco

Central. Essa queda não chegou a comprometer a balança

comercial em 2009, uma vez que, com a internação da crise, as

importações sofreram uma queda de 25% no ano, pelo mesmo

critério, e o saldo comercial manteve-se em patamar idêntico ao

de um ano atrás (US$ 26,5 bilhões).

Contudo, a saída mais rápida da crise passou a preocupar as

autoridades econômicas que, antevendo uma recuperação

das importações antes que as exportações voltassem a ganhar

fôlego, decidiram ampliar o alcance do regime de drawback,

mediante a isenção de impostos na importação de insumos de

produtos de exportação.

Para os setores ligados diretamente ao consumo, ainda que

do lado das exportações o desempenho tenha sido negativo,

as vendas no mercado interno foram boas. A indústria

automobilística, por exemplo, amargou uma queda de 40,5% em

suas vendas para o exterior, mas registrou um recorde histórico de

3,14 milhões de veículos vendidos no mercado interno em 2009,

com crescimento de 11% sobre 2008, segundo a Associação

Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O Indicador do Nível de Atividade (INA) da Federação das

Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que mede o nível

de atividade da economia paulista, mostra que, apesar da

profundidade da crise (queda de 32,4% do índice mensal entre

outubro de 2008 e fevereiro de 2009), a recuperação tem

sido rápida e chegou-se a dezembro de 2009 com um valor

apenas 4,6% abaixo do valor de dezembro de 2008. Todavia,

no acumulado do ano, a queda foi de 11,6% em relação a 2008.

O INA é composto principalmente por nível de utilização da

capacidade instalada, nível médio de horas trabalhadas por

empregado e vendas reais dos meses de referência e anterior.

Pesquisa realizada ao final do ano pela Fundação Getúlio Vargas

(FGV) sobre intenções de investimentos mostra que, depois de

um ano de forte retração do investimento na indústria, vários

setores importantes têm intenção de voltar a investir em 2010,

o que poderá abrir maior espaço para a recuperação.

Page 33: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 31

Evolução mensal do nº de cartões – 2009 (milhões)

J F M A M J J A S O N D

Nº de transações mensais com cartões – 2009

(milhões)

Total de cartões

Cartões de crédito

J F M A M J J A S O N D

Cartões de débito

Cartão de rede e loja

Faturamento mensal com cartões – 2009 (milhões)

Total de cartões

Cartões de crédito

J F M A M J J A S O N D

570

560

550

540

530

520

510

500

700

600

500

400

300

200

100

0

Cartões de débito

Cartão de rede e loja

Conjuntura setorialApesar da queda do PIB, ligada mais diretamente à queda da

produção industrial do setor exportador, o consumo e o comércio

varejista, mesmo com os percalços do início do ano, encerraram

2009 com crescimento suficiente para que o volume financeiro de

transações com cartões de crédito e débito aumentasse 18% no ano.

Segundo a ABECS, o número total de cartões de crédito e débito

cresceu 10% em relação a 2008 e o número de transações com

cartões aumentou 15%.

Há várias razões, algumas estruturais, para justificar esse crescimento.

O relativamente bom desempenho do comércio varejista, insuflado

pelas medidas governamentais de incentivo ao consumo, é apenas

uma delas.

Já há algum tempo, tem havido crescimento de renda das classes

C e D, que resulta simultaneamente em maior consumo desta

categoria e maior uso do cartão como meio de pagamento por

seus integrantes.

Há, também, a presença de uma tendência secular de substituição

do cheque e do dinheiro vivo pelo cartão de crédito e débito, mais

seguro e com elevada aceitação. Essa tendência é mundial, mas o

Brasil ainda corre atrás, não só de países do primeiro mundo, mas

também de várias nações emergentes. Há também uma política

agressiva de marketing por parte dos participantes do setor que

contribui para disseminar o uso do cartão.

Os gráficos ao lado destacam o crescimento mensal do número

de transações e do faturamento com cartões ao longo de 2009

e neles percebe-se o acentuado avanço ocorrido nos dois

últimos meses do ano.

Em termos de transações, houve maior crescimento dos cartões

de crédito (16%), seguidos de cartões de débito (15%) e cartões

de rede e loja (14%). Em faturamento, o maior crescimento foi de

cartões de débito (20%), seguidos de cartões de crédito (19%) e

cartões de rede e loja (12%).

O quadro seguinte apresenta o ticket médio e o gasto médio por tipo

de cartão, considerando a média do ano de 2009 e somente o mês

de dezembro. Nele percebe-se que ambas variáveis apresentaram

aumentos em 2009 e que esses aumentos foram mais acentuados

no final do ano. Somente cartões de rede e loja registraram

diminuição do gasto médio por cartão. Para esta variável, os cartões

de crédito e débito apresentaram crescimento significativo, tendo em

vista a conjuntura macroeconômica.

50

40

30

20

10

0

Fonte: ABECS

Fonte: ABECS

Fonte: ABECS

Page 34: 17 09-2010 - relatório anual 2009

32

Mercado brasileiro de cartões – 2009

Dados setoriais (ABECS)

ano de 2009 dezembro de 2009

R$ % cresc. R$ % cresc.*

Ticket médio:

Total 73 3% 78 5%

Crédito 100 3% 112 5%

Débito 53 3% 58 4%

Rede e loja 52 0% 53 3%

Gasto médio por cartão:

Total 820 6% 92 9%

Crédito 1.952 4% 212 12%

Débito 573 12% 69 11%

Rede e loja 320 -3% 36 -1%

* em relação a dezembro de 2008.

+9% Gasto médio por cartão em 2009

Operações da CieloForam credenciados mais 298 mil estabelecimentos comerciais

em 2009, o que representa um crescimento de 21%. O número

de estabelecimentos ativos aumentou 14%, tanto os ativos em

180 quanto os em 60 dias. E o número de equipamentos POS

cresceu 20%.

A quantidade total de transações foi 16,1% maior e o volume

financeiro total, 21,9%. O bom desempenho operacional está

atrelado aos bons desempenhos dos setores de cartões e

de comércio varejista, mas também é resultado do esforço

da empresa para ampliar sua presença de mercado com o

lançamento de produtos adequados a segmentos específicos.

O quadro seguinte apresenta a evolução dos principais

indicadores operacionais da Cielo. Considerando o volume

financeiro, houve maior crescimento das operações com

cartões de débito (22,4%) do que com cartões de crédito

(21,5%), embora a diferença seja pequena e os cartões de

débito representem 37% do volume total, contra 63% dos

cartões de crédito.

Tecnologia da Informação Para realizar o credenciamento e, principalmente, as

operações de captura, transmissão, processamento e

liquidação financeira das transações, a empresa necessita

garantir que equipamentos e sistemas de tecnologia da

informação, redes e datacenters mantenham a continuidade

dessas operações, sem qualquer interrupção.

A Cielo dispõe de tecnologia de ponta, tanto para vendedores

de feiras livres, engraxates e microempresários, quanto para

grandes redes varejistas. Suas operações cobrem a quase

totalidade do território nacional e, mesmo com o crescimento

acelerado do mercado de cartões durante o Natal de 2009,

obteve 100% de disponibilidade de rede, processando quase

dois milhões de transações em uma única hora, um

verdadeiro recorde.

Seus equipamentos POS são cada vez mais “centrais

inteligentes de serviços” e já estão prontos para operar

em um sistema multibandeira.

Page 35: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 33

No início de 2010, a Cielo realizou uma grande conquista

com a certificação do seu Padrão de Segurança de Dados

(Data Security Standard ou DSS) pelo Payment Card Industry

Council (PCI Council), a mais importante da indústria mundial

de cartões. Trata-se de um padrão de segurança definido pelas

maiores bandeiras internacionais, cujo objetivo é evitar fraudes

elevando o nível de segurança na indústria de pagamentos

eletrônicos. Na prática, a conquista do padrão

PCI DSS significa maior proteção para os portadores de

cartões, estabelecimentos comerciais e bancos emissores,

o que torna toda a indústria ainda mais confiável e menos

2008 2009 Δ 09/08

Total de estabelecimentos comerciais credenciados (ECs) 1.408 1.706 21%

ECs ativos em 180 dias 1.055 1.207 14%

ECs ativos em 60 dias 996 1.133 14%

Número total de POS 1.362 1.630 20%

+21% Base de estabelecimentos comerciais

suscetível ao vazamento de dados. Para obter tal certificação,

a Cielo precisou atender a uma série de exigências, fazer

adaptações em sete sítios onde nossos sistemas estão

localizados e adequar 11 mil processos internos. O trabalho

levou um ano e meio para ser concluído e envolveu

investimentos em equipamentos, com a atualização do seu

parque de POS (o mais moderno do País), em sistemas de alta

tecnologia e em treinamento de mais de três mil pessoas. A

certificação da Cielo foi a maior concedida na América Latina

pelo PCI Council.

2008 2009 Δ 09/08

Cartões de crédito e de débito

Volume financeiro de transações (R$ milhões) 175.552 213.958 21,9%

Quantidade de transações (milhões) 2.952 3.427 16,1%

Taxa líquida de desconto (bps) 124 124 0

Cartões de crédito

Volume financeiro de transações (R$ milhões) 110.897 134.792 21,5%

Quantidade de transações (milhões) 1.720 2.003 16,5%

Taxa líquida de desconto (bps) 150 149 -1

Cartões de débito

Volume financeiro de transações (R$ milhões) 64.655 79.166 22,4%

Quantidade de transações (milhões) 1.232 1.424 15,5%

Taxa líquida de desconto (bps) 80 81 1

+22% Volume financeiro de transações

Indicadores operacionais – I(milhares)

Indicadores operacionais – II

Page 36: 17 09-2010 - relatório anual 2009

34

Desempenho Econômico-Financeiro

Composição da ReceitaAs receitas provenientes de transações com cartões de crédito

e aluguel de equipamentos, somadas, representaram cerca de

três quartos da receita total da Companhia. Houve crescimento

de participação da receita com antecipação de recebíveis, que

no ano de 2009 respondeu por 5% da receita total.

Resultados

A receita bruta e a receita operacional líquida cresceram,

ambas, 25%, acompanhando o aumento do volume financeiro

de operações. Com a elevação das receitas, houve diluição de

custos fixos e a margem bruta aumentou 3,6 pontos percentuais,

passando de 70,6% para 74,2%.

Ao lado da redução das despesas gerais e administrativas e

das despesas de marketing, destaca-se, dentre as despesas

operacionais, o aumento de 28% das despesas com pessoal,

resultante das mudanças estruturais feitas na Organização, a

fim de prepará-la para operar em novas condições de mercado.

Também é destaque a evolução de outras despesas e receitas

operacionais, cujo valor positivo (receita) transformou-se em

despesa, onerando os resultados com uma diferença de R$ 316

milhões entre 2008 e 2009.

Cartão de Crédito

Cartão de Débito

Aluguel de POS

Antecipação de Recebíveis

Outras

2009

50%

16%

26%

5%

3%

Cartão de Crédito

Cartão de Débito

Aluguel de POS

Outras

2008

52%

16%

28%

4%

Resultados (consolidado – valores em R$ milhões)

Itens selecionados de resultados 2008 2009 � 09/08

Receita bruta 3.233 4.036 25%

Receita operacional líquida 2.893 3.628 25%

Lucro bruto 2.042 2.692 +32%

Despesas operacionais: (84) (406) 384%

Pessoal (96) (122) 28%

Gerais e administrativas (162) (147) -9%

Remuneração administradores e executivos (10) (8) -16%

Marketing (78) (73) -6%

Outras (despesas) receitas operacionais 262 (55) -

Lucro operacional antes do res. financeiro 1.958 2.286 17%

Resultado financeiro 94 45 -52%

Lucro antes do IR&CS 2.052 2.331 14%

Lucro líquido 1.342 1.534 14%

+25% Receita bruta

Page 37: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 35

Por outro lado, o resultado financeiro sem a antecipação

de recebíveis caiu 52% com a redução da receita financeira

proveniente da aplicação de caixa.

Em consequência dos fatores expostos, o lucro líquido cresceu

14% no ano e atingiu R$ 1,5 bilhão, produzindo um lucro por

ação básico de R$ 1,1242 (R$ 0,9841 em 2008) e diluído de

R$ 1,1237 (R$ 0,9841 em 2008). Com base no resultado

apurado, foram pagos ou propostos dividendos no montante

de R$ 1,2 bilhão, represeando um pay-out (relação entre

dividendos e lucro) de 80%.

O lucro obtido no exercício de 2009 também representa 178%

do patrimônio líquido final (191% em 2008).

Estrutura de CapitalA relação entre dívida bruta e patrimônio líquido é de 20%:80%

(41%:59% em 2008), mas quando se considera a relação entre

dívida líquida e patrimônio líquido esses percentuais caem para

-55%:155% (-480%:580% em 2008).

A manutenção de uma estrutura de capital com endividamento

negativo decorre da acumulação de caixa ao longo do ano

para pagamento de dividendos aos acionistas numa proporção

que tem variado entre 47% e 102% (média de 79%) do lucro nos

últimos cinco anos (o dividendo estatutário mínimo é de 50% do

lucro líquido ajustado).

Posição financeiraOs índices de liquidez mantiveram-se praticamente estáveis em

2009 e retratam uma situação de liquidez e solvência adequada

às atividades e aos objetivos da Companhia. A quase totalidade

dos exigíveis circulantes configuram “passivo espontâneo”, isto é,

obrigações não onerosas, decorrentes da própria operação do

empreendimento, como contas a pagar, salários e dividendos.

Estrutura de Capital (em 31/12, consolidado – valores em R$ milhões)

Posição financeira (em 31/12, consolidado)

Capital total investido 2008 2009 � 09/08

Patrimônio líquido (PL) 702 860 23%

Dívida bruta 491 209 -57%

(-) Caixa e equivalentes de caixa 1.072 514 -52%

Dívida líquida (DL) (581) (305) -48%

Capital total investido (CT = PL+DL) 121 555 475%

Índices financeiros 2008 2009 � 09/08

Liquidez Corrente 1,26 1,21 -3%

Liquidez Geral 1,22 1,24 2%

Imobilização (Permanente/ Patrimônio líquido) 43% 42% -1 pp

InvestimentosForam investidos R$ 256 milhões em 2009, 45% a mais do que

em 2008, fundamentalmente em equipamentos de POS para

atualização tecnológica.

Page 38: 17 09-2010 - relatório anual 2009

36

Fluxo de caixaO lucro tem sido o principal fator gerador de caixa para

a Companhia. Além das aplicações em capital de giro

operacional e dos investimentos em capital fixo, essenciais

para a manutenção dos padrões de crescimento do negócio,

os dividendos e juros sobre capital próprio, que remuneram os

acionistas, têm sido a principal destinação do caixa, não havendo

outras similarmente relevantes. Mesmo com a redução líquida

de caixa ocorrida no exercício, a empresa fechou o ano com

um saldo de caixa de R$ 514 milhões, superior ao da maioria das

empresas do seu porte.

Itens selecionados de fluxo de caixa 2008 2009 � 09/08

Lucro antes de imposto de renda e contrib. social 2.052 2.331 14%

Imposto de renda e contribuição social pagos (732) (715) -2%

Lucro depois de imposto de renda e contrib. social 1.321 1.616 22%

Depreciações e amortizações 150 160 7%

Provisão para contingências 120 141 18%

Ganho com alienação de investimentos (503) - -

Outras despesas (receitas) não caixa 52 75 43%

Geração operacional de caixa 1.140 1.993 75%

Investimento em capital de giro operacional (244) (1.020) 317%

Investimento em capital fixo (177) (256) 45%

Fluxo de caixa livre (free cash flow) * 718 716 0%

Alienação de investimentos 503 - -

Arrendamento mercantil (1) (0) -37%

Subscrição e contribuição de capital 225 - -

Aquisição de ações para tesouraria - (69) -

Dividendos pagos (1.369) (1.205) -12%

Aumento (redução) de caixa no exercício 77 (558) -

Saldo de caixa inicial 995 1.072 8%

Saldo de caixa final 1.072 514 -52%

Fluxo de caixa (consolidado – valores em R$ milhões)

Valor adicionado no exercícioO valor adicionado representa a riqueza gerada pela produção

e venda de bens ou serviços. É a diferença entre a receita bruta

da empresa e o valor pago pelos bens e serviços adquiridos de

terceiros, descontadas as retenções (depreciação, amortização

e exaustão) e somado o valor adicionado eventualmente

recebido em transferência, como as receitas financeiras.

Nesse sentido, em 2009, a riqueza gerada pela Companhia

cresceu 10%, em grande parte devido ao aumento da

contribuição das receitas financeiras, que, em princípio,

representam valor adicionado “recebido em transferência”.

Essas receitas cresceram 66% em 2009, fundamentalmente

porque nelas estão incluídas as receitas líquidas com

antecipação de recebíveis, uma atividade que passou a fazer

parte das operações da Cielo e que, eventualmente, deveria ser

considerada como parte da “riqueza gerada” pela produção e

venda de serviços, e não como recebida em transferência.

* calculado.

Page 39: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 37

2008 2009R$ milhões % R$ milhões % � 09/08

Apuração do valor adicionado

Receitas: 3.221 135% 3.430 131% 6%

Prestação de serviços, líquida 2.876 121% 3.445 131% 20%

Perda com aluguel de equipamentos (10) 0% (15) -1% 50%

Outras receitas operacionais 356 15% 399 15% 12%

Insumos adquiridos de terceiros: (872) -37% (942) -36% 8%

Gastos com serviços prestados (650) -27% (695) -27% 7%

Materiais, energia e serviços de terceiros (202) -8% (198) -8% -2%

Outras despesas operacionais - - 65 2% -

Ganhos (perdas) na realização de ativos (21) -1% 15 1% -171%

Valor adicionado bruto 2.349 98% 2.488 95% 6%

Retenções: (135) -6% (151) -6% 12%

Depreciações e amortizações (135) -6% (151) -6% 12%

Valor adicionado líquido produzido 2.214 93% 2.337 89% 6%

Valor adicionado recebido em transferência: 172 7% 285 11% 66%

Receitas financeiras (incluindo var. cambial) 172 7% 285 11% 66%

Valor adicionado a distribuir 2.386 100% 2.622 100% 10%

Distribuição do valor adicionado

Funcionários: (153) -6% (193) -7% 26%

Pessoal e encargos (134) -6% (164) -6% 22%

Participação no resultado (19) -1% (29) -1% 53%

Governo: (769) -32% (827) -32% 8%

Impostos, taxas e contribuições (769) -32% (827) -32% 8%

Terceiros: (70) -3% (68) -3% -3%

Juros provisionados e aluguéis (70) -3% (68) -3% -3%

Acionistas: (1.563) -66% (1.534) -59% -2%

Reserva legal (169) -7% - - -

Dividendos pagos (851) -36% (662) -25% -22%

Dividendos propostos (543) -23% (105) -4% -81%

Retenção de lucros - - (767) -29% -

Valor adicionado distribuído (2.386) -100% (2.622) -100% 10%

Acionista

Governo

Funcionários

Terceiros

58

32

7

3

Distribuição do valor adicionado em 2009Valor adicionado = R$ 2,6 bilhões (consolidado)

O valor adicionado a distribuir atingiu R$ 2,6 bilhões, em 2009, e

coube aos acionistas da Companhia a maior parcela da distribuição,

sob a forma de dividendos, juros sobre capital próprio e lucros

retidos, com 58% do total, seguidos do governo (governo federal,

governos estaduais e prefeituras), sob a forma de impostos

recolhidos aos cofres públicos para financiar as contas públicas e

os investimentos sociais, com 32%, dos funcionários, sob a forma

de salários, encargos e participação nos lucros, com 7%, e terceiros,

sob a forma de juros e aluguéis, com 3%.

A importância da empresa para as atividades econômicas e a

sociedade pode ser avaliada pela dimensão relativa da riqueza

gerada, mais do que três vezes o valor do patrimônio líquido e

mais do que 88% do ativo total.

Demonstração do valor adicionado (consolidado)

Page 40: 17 09-2010 - relatório anual 2009

38

Percorrer grandes extensões em uma multiplicidade de

territórios. Atender demandas que venham de negócios

de qualquer porte, setor econômico ou lugar. Ter um

olhar de 360 graus para captar movimentos e identificar

tendências. Vivenciar intensamente a diversidade,

construindo com isso um repertório único, que

qualifica a entrega.

SerAbrangente

Page 41: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 39

Page 42: 17 09-2010 - relatório anual 2009

40

Mercado de Capitais

Oferta Inicial de Ações (IPO)Em 29 de junho de 2009, a Cielo (então como VisaNet) realizou

sua oferta inicial de ações (IPO) por meio de uma colocação

secundária em que foram vendedores conjuntos as instituições

Columbus Holdings S.A. (Bradesco), BB Banco de Investimento

S.A. Banco do Brasil), Banco Santander S.A., Santander

Investimentos em Participações S.A., Visa International Service

Association, massa falida do Banco Santos S.A., HSBC Bank Brasil

S.A. – Banco Múltiplo, PanAmericano Administradora de Cartões

de Crédito Ltda., Banco Fininvest S.A., Bemge Administradora de

Cartões de Crédito Ltda., Banestado Administradora de Cartões

de Crédito Ltda., Banco Itaubank S.A., Unicard Banco Múltiplo

S.A., Cartão BRB S.A., Financeira Alfa S.A. Crédito, Financiamento

e Investimento e Banco Rural S.A. Tratando-se de colocação

secundária, não houve entrada de recursos para a Companhia.

Lançadas a R$ 15,00, as ações da Cielo passaram a ser negociadas

no Novo Mercado da BM&FBovespa, inicialmente sob o código

VNET3 e, a partir de 18 de dezembro de 2009, sob o atual código

CIEL3. Elas integram as carteiras teóricas do índice de Governança

Corporativa Diferenciada (IGC) do Índice de Ações com Tag Along

Diferenciado (ITAG), do Índice Financeiro (IFN), do Ibovespa e

dos índices IBrx-50 e IBrx-100 (carteira válida para o quadrimestre

Maio/10–Agosto/10). Do total de 1.364,8 milhões de ações que

compõem o capital social, 578,4 milhões estão em circulação no

mercado, o que representa um free-float da ordem de 42%.

Desempenho das AçõesNos cinco meses contados do primeiro dia de negociação até

30 de dezembro de 2009, as ações da Cielo estiveram presentes

em 100% dos pregões, o volume negociado no período de julho

a dezembro de 2009 atingiu 1,1 bilhão de ações CIEL3, em 841,8

mil negócios, com um volume médio diário de R$ 147,7 milhões

(1,7% do free float capitalization). Tomando como base o preço

de emissão de R$ 15,00, a lucratividade da ação nos pouco mais

de cinco meses de negociação em 2009 foi de +2,3% (+3,8%

considerando os proventos), enquanto a do Índice Bovespa foi

positiva de 31,5%.

Em 30 de dezembro de 2009, o valor de mercado da

Companhia era de R$ 20,9 bilhões, com valor de mercado das

ações em circulação de R$ 8,8 bilhões. Outros indicadores são

mostrados no quadro seguinte.

70

80

90

100

110

120

130

140

29

/06

06

/07

13/0

7

20

/07

27/

07

03/

08

10/0

8

17/0

8

27/

08

31/0

8

07/

09

14/0

9

21/

09

28

/09

05

/10

12/1

0

19/1

0

26

/10

02

/11

09

/11

16/1

1

23/

11

30/1

1

07/

12

14/1

2

21/

12

28

/12

CIEL3 x Ibovespa

Índice: base 100 = 29/06/09

(cotações ajustadas por proventos)

3,8%

31,5%

CIEL3 Índice Bovespa

Page 43: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 41

Recompra de AçõesCom o objetivo de atender ao exercício das opções outorgadas

no âmbito do Plano de Opção de Compra de Ações oferecido

a seus administradores e executivos, foi aprovado em Reunião

do Conselho de Administração de 23 de novembro de 2009

o Programa de Recompra de Ações de emissão da própria

Companhia. O Programa, com duração de 180 dias, permite

a aquisição de no máximo seis milhões de ações ordinárias.

As corretoras autorizadas a atuar como intermediárias na

recompra são a Bradesco S.A. CTVM e a Votorantim CTVM Ltda.

O Programa fechou em 21 de maio de 2010 e totalizou um

montante de 4.720.300 ações ordinárias de própria emissão

ao preço médio de R$ 15,55/ação.

Relações com InvestidoresA Cielo adota “Políticas de Divulgação de Informações, de

Negociação de Ações” e segue um “Código de Ética” que

estabelece normas de conduta no relacionamento com todas as

partes interessadas, o que inclui acionistas e investidores.

Para estreitar o relacionamento com esses, criou uma área de

Relações com Investidores (RI), que tem como objetivo dar

total transparência e preservar a equidade na divulgação de

informações para o mercado de capitais. A área de RI possui

um sítio na Internet no endereço www.cielo.com.br/ri, com

informações sempre atualizadas, e sua equipe pode ser acessada

por meio do endereço eletrônico [email protected] para esclarecer

dúvidas e prestar informações aos analistas, investidores e todos

os interessados.

A área de RI tem conduzido reuniões com analistas de mercado

e investidores, além de participar de teleconferências nacionais

e internacionais para divulgação de resultados. Periodicamente

realiza reuniões públicas com a Associação de Profissionais de

Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (APIMEC-SP),

tendo sido a última realizada em novembro de 2009. Atualmente,

a Cielo é acompanhada por 19 corretoras locais e internacionais.

Cotação em 30/12/2009 (R$) 15,34

Lucro líquido do exercício de 2009 (R$ milhões) 1.534

Nº total de ações do capital em 30/12/2009 (milhões) 1.365

Lucro por ação apurado em 2009 (R$) 1,12

Índice Preço/Lucro (P/L) histórico em 30/12/2009 13,7

Valor de mercado em 30/12/2009 (R$ milhões) 20.939

(+) Valor da dívida líquida em 30/12/2009 (305)

Valor da empresa em 30/12/2009 20.634

EBITDA ajustado apurado no exercício de 2009 (R$ milhões) 2.451

Índice Valor da empresa/EBITDA (VE/EBITDA) histórico em 30/12/2009 8,4

Mercado de Capitais

Page 44: 17 09-2010 - relatório anual 2009

42

Dividendos e JCP pagos

Exercício Tipo Data de pagto. Valor por ação (R$) Valor total (R$ mil)

2006 Dividendos 28/04/2006 19,5811 263.921

Dividendos 30/08/2006 24,3736 328.851

2007 Dividendos 18/04/2007 23,9750 323.473

Dividendos 31/08/2007 0,5576 376.181

2008 Dividendos 05/05/2008 0,7400 508.670

Dividendos 05/05/2008 0,4800 331.909

Dividendos 29/08/2008 0,7600 528.061

2009 Dividendos 27/02/2009 0,3978 542.984

Dividendos 22/06/2009 0,2441 333.199

Dividendos 31/08/2009 0,2406 328.332

2010 Dividendos 31/03/2010 0,5213 709.142

JSCP 31/03/2010 0,0072 9.741

Política de Distribuição de DividendosO Estatuto Social prevê a distribuição de dividendos mínimos

de 50% do lucro líquido ajustado. Entretanto, historicamente, a

Companhia tem adotado uma política de distribuir dividendos

e juros sobre capital próprio equivalentes a 80-90% do lucro

líquido (não ajustado), sempre que há disponibilidade de caixa e

o equilíbrio financeiro é preservado.

A partir de 2010, os pagamentos serão feitos semestralmente,

em março e setembro, com base, respectivamente, nos

resultados do segundo semestre do ano anterior e do primeiro

semestre do ano corrente.

Programa de ADREm Reunião do Conselho de Administração de 22 de dezembro

de 2009, foi aprovada a criação do programa de American

Depositary Receipts (ADR) “nível I” para negociação no mercado

de balcão norte-americano (Over The Counter – OTC), tendo

sido contratada como instituição depositária o Deustche Bank

Trust Company Americas. Cada ADR equivale a uma ação e os

títulos serão negociados com o código CIOXY.

O programa não representa aumento do capital social ou

emissão de novas ações e contempla potenciais vantagens de

aumento de liquidez das ações, aumento da visibilidade externa

da Companhia, com possibilidades de valorização de suas ações.

No início de 2010, a Cielo recebeu aprovação para negociação

de seus ADRs pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM),

no Brasil, e pela Securities and Exchange Commission (SEC),

nos Estados Unidos, e, durante o primeiro trimestre, já foram

emitidos mais de 3,1 milhões de títulos para negociação no

mercado de balcão norte-americano.

Page 45: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 43

Intangíveis

A Cielo possui ativos intangíveis contabilizados no valor de

R$ 41 milhões (dezembro de 2009), a maioria relativa a licenças

de uso de softwares de sua propriedade. Entretanto, seus ativos

intangíveis verdadeiramente relevantes não estão contabilizados,

embora certamente devam fazer parte do valor da Companhia

em qualquer avaliação.

Um valor que é evidente para todos é a sua penetração de

mercado, que lhe garante a liderança como adquirente no

setor de cartões de crédito e débito no Brasil, com uma

cobertura geográfica que abrange 97,6% do território brasileiro

e penetração em quase todos os segmentos de atividade

econômica que comercializam produtos ou serviços.

Para conquistar e manter essa liderança, a Cielo desenvolveu

grande conhecimento e expertise em sua atividade de

adquirente, o que é reconhecido, não só no Brasil, mas

internacionalmente, tendo sido escolhida pela Visa International

como modelo em diversos projetos.

Para adquirir esse grande conhecimento e expertise em sua

atividade, foi necessário formar talentos e criar uma cultura e

um clima organizacional favoráveis ao seu desenvolvimento,

uma cultura que “dá vida” aos valores corporativos e, ao mesmo

tempo que depende das equipes, independe do indivíduo.

Para manter-se líder, a Cielo precisa oferecer confiabilidade em

seu sistema de rede e disponibilidade próxima a 100%, o que

já foi comprovado na prática, com o recorde de transações

processadas no último Natal.

Para chegar a essa posição, foi necessário muito trabalho criativo

e inovação para modelar a construção de uma plataforma

tecnológica com sistemas de primeira linha. Com inovação,

também desenvolveu produtos que agregam valor para seus

clientes e ampliou suas fontes de receita.

Para preparar-se para o futuro e fazer a maior oferta pública

inicial (IPO) do mercado brasileiro, a Cielo construiu uma forte

governança corporativa e aperfeiçou seus valores éticos, que

dão maior segurança aos acionistas e à gestão. Tornou-se

uma empresa aberta, listada e negociada no Novo Mercado da

BM&FBovespa.

E, finalmente, quando olha para o futuro, a Cielo vê um mercado

que ainda apresenta enorme potencial de crescimento, que

combina de forma positiva diferentes fatores e causas que lhe

são favoráveis, mesmo em situações de conjuntura econômica

difícil, como foi 2009, um ano em que o PIB caiu 0,2% mas o

número de cartões cresceu 10%, o volume de transações do

mercado 18% e o da empresa, 22%.

Page 46: 17 09-2010 - relatório anual 2009

44

Desempenho Socioambiental

Com a criação da Gerência de Sustentabilidade, anos atrás,

iniciamos a construção de um diálogo permanente com os

diversos públicos da empresa, o qual se tornou fundamental

na formulação de nossa estratégia de negócios. Acreditamos

que é por meio desse diálogo que definimos a qualidade dos

relacionamentos estabelecidos pela Empresa.

Exercitar permanentemente o reconhecimento de diferentes

interesses foi a maneira encontrada pela Cielo para tratar os

aspectos de sustentabilidade relacionados ao seu negócio.

Esse exercício, alinhado ao posicionamento estratégico, viabiliza

a gestão adequada dos impactos socioambientais de nossas

operações. Por serem complexas, entendemos a necessidade da

busca de soluções em conjunto com os diversos stakeholders.

Além disso, reconhecemos a importância de que as questões de

sustentabilidade, complexas e de natureza sistêmica, permeiem

o cotidiano da empresa, integrando um cenário dinâmico, em

contínua transformação – pois sempre traz à tona novas questões.

Esse entendimento é o que possibilita o compromisso da

empresa com uma maneira de atuar que visa à apropriação de

oportunidades de negócios duradouros, que possam contribuir

com a geração de riqueza e, ao mesmo tempo, proporcionar

transformações sociais relevantes.

Por acreditar na diversidade e na pluralidade do Brasil, a Cielo

está presente em quase todo o território nacional e vem, a

cada ano, aumentando o número de transações processadas

e o número de estabelecimentos comerciais afiliados à sua

rede, colaborando constantemente para o desenvolvimento

econômico do País, com uma combinação da tecnologia de

ponta, credibilidade e a segurança oferecida aos clientes.

Em parceria com organizações governamentais e não

governamentais, a empresa investe em ações sociais por

acreditar que é possível contribuir para uma efetiva mudança da

estrutura social, por meio da educação e da cultura.

Relacionamento com Clientes e ConsumidoresAo final de 2009, a Cielo mantinha uma carteira de 1.133 mil clientes

ativos, um crescimento de 14% em relação ao ano anterior.

Procuramos ter uma atuação transparente com nossos clientes

e consumidores. Uma de nossas preocupações é com relação

ao esclarecimento a respeito dos produtos e serviços que

oferecemos, por isso estamos sempre realizando melhorias nos

canais de comunicação com esses públicos.

Por meio de pesquisas de satisfação, identificamos que os

estabelecimentos comerciais esperam que o uso de cartões

Visa pelos consumidores contribua para aumentar seu volume

de vendas e faturamento, diminua a inadimplência e possibilite

o recebimento de valores de forma ágil e segura. Identificamos

também que os estabelecimentos comerciais, por considerarem

o uso de cartões pelo consumidor final um atrativo no mercado,

acham importante que a Cielo invista ainda mais em ações de

relacionamento e promoção.

Comunicação sobre Produtos e Serviços

Nenhum dos produtos ou serviços vendidos pela empresa é banido

de algum mercado. No entanto, há estabelecimentos comerciais

que questionam as taxas cobradas pelo serviço e demandam

equipamentos compartilhados entre as diversas bandeiras.

Nº de clientes ativos – Cielo

2006

2007

2008

2009

672

824

996

1.133

Page 47: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 45

Internamente, existe uma linha de comunicação definida com

o objetivo de evidenciar as características de diversidade e

abrangência presentes no negócio. Externamente, a Empresa

comunica-se com a mídia por meio de sua assessoria de imprensa

e realiza anúncios pontuais voltados ao comércio ou sobre tópicos

específicos, geralmente em veículos de maior alcance, mas

também em veículos direcionados para públicos específicos.

Temos dialogado com grupos da sociedade, participando de

debates e reuniões por meio da ABECS, associação de classe

do setor, na qual estamos representados por nosso Diretor

Presidente, que ocupa uma posição na diretoria na entidade.

Canais de Comunicação com Cientes e Consumidores

Para atender às necessidades e diferentes demandas de nossos

clientes mantemos e monitoramos três canais de comunicação:

a Central de Autorização, a Central de Atendimento e a Central

de Help Desk.

A Central de Autorização é responsável pelas autorizações

não eletrônicas de vendas, a vista ou a prazo. A Central de

Atendimento é responsável pelo recebimento de dúvidas,

informações, sugestões e reclamações. A Central de Help

Desk recebe as solicitações de manutenção técnica e dúvidas

sobre a operação dos terminais.

Há, ainda, o serviço de Ombudsman, desenvolvido para

aproximar o diálogo e garantir um relacionamento mais

transparente entre os clientes e a Cielo. Esse serviço tem

expressiva atuação em casos em que o cliente, por algum

motivo, não teve resposta ou solução para os problemas

enfrentados. O canal atende a toda a rede de estabelecimentos

afiliados e é também uma das áreas responsáveis por sugestões

de melhorias nos processos internos da empresa, visando à

excelência nos produtos ou serviços oferecidos aos clientes.

Entre as práticas relacionadas à satisfação do cliente, realizamos

anualmente, desde 1999, a Pesquisa de Satisfação Anual com

Estabelecimentos Comerciais. Essa pesquisa é realizada com os

responsáveis pelos estabelecimentos comerciais que operam

produtos e serviços oferecidos pela empresa, selecionados a

partir de uma amostra aleatória obtida por sorteio. Os principais

objetivos da pesquisa são:

• Avaliar os serviços prestados pela Cielo;

• Avaliar a imagem da Cielo em comparação

aos principais concorrentes;

• Avaliar a satisfação dos estabelecimentos comerciais diante

dos serviços da Cielo e da concorrência (benchmarking);

• Medir a correlação dos atributos com a satisfação geral;

• Construir mapas de percepção em relação aos atributos;

• Propiciar avaliações comparativas;

• Identificar pontos fortes e fracos da marca (antes VisaNet

e agora Cielo) e concorrentes;

• Identificar ameaças e oportunidades.

Com base nos resultados da pesquisa, as áreas envolvidas

elaboram um plano de ação para o ano subsequente.

Relacionamento com ColaboradoresProcuramos atender às necessidades de nossos colaboradores

criando oportunidades internas para o seu desenvolvimento

profissional, oferecendo treinamento, educação continuada,

oportunidades de ascenção por mérito e um ambiente de

trabalho saudável e seguro. Os benefícios que a empresa

proporciona a seus empregados estão em linha com os das

melhores e mais avançadas empresas do mercado, o que tem

contribuído para mantê-la por nove anos consecutivos em

posição destacada no ranking das “150 Melhores Empresas para

Você Trabalhar”, da revista Exame.

Grande parte dos esforços realizados em 2009, com o intuito

de preparar a empresa para o novo cenário de competição que

virá a partir de 1º de julho de 2010, concentrou-se na preparação

e no fortalecimento de nossa equipe e de elementos de nossa

cultura organizacional.

Page 48: 17 09-2010 - relatório anual 2009

46

Page 49: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 47

Nos tópicos que se seguem, são abordados os principais

temas que descrevem o relacionamento da empresa

com seus colaboradores.

Política de Remuneração e Benefícios

A política salarial utilizada na Cielo foi desenhada segundo a

metodologia Hay. Existem regras definidas para valores mínimos

e máximos das remunerações por cargos, evitando-se que haja,

nesse sentido, distinções quanto a cor, raça, gênero etc.

Com o objetivo de aumentar a produtividade e incrementar

a eficiência, a Companhia tem uma política de remuneração

variável que inclui bônus e distribuição de lucros e também

realiza campanhas de incentivos às vendas para funcionários da

Diretoria Comercial e de Marketing.

A Companhia e seus empregados firmaram acordo para

pagamento de participação nos lucros e resultados da

empresa (PLR), conforme plano de metas. A periodicidade

do pagamento é anual e o valor pago a título de participação

nos resultados em 2009 foi equivalente a 9,7% da folha de

pagamento do ano de 2008.

Benefícios

São oferecidos como benefícios a todos os empregados: plano

de saúde, plano odontológico, auxílio refeição, previdência

privada, seguro de vida, transporte em ônibus fretado, auxílio ao

pagamento de estacionamento e concessão de empréstimos.

Além destes, outros benefícios são assegurados para cada

categoria de acordo com a função exercida, como auxílio ao

pedágio e combustível ou veículo da Empresa.

Plano de Previdência

A Cielo oferece a todos seus empregados um plano de

previdência privada de contribuição definida (PGBL), ou seja, o

valor pago na aposentadoria depende da contribuição feita ao

longo do período de trabalho na empresa, que irá formar o saldo

total. A participação do empregado é voluntária e são feitas 13

contribuições anuais (a contribuição de dezembro é dobrada).

De acordo com as regras do plano, a contribuição do empregado

é de 2% do salário, limitada a 15 UPVs; sobre o excedente a este

valor, o percentual é de até 7,8%, conforme opção do funcionário.

O funcionário também pode contribuir numa conta voluntária no

percentual máximo de até 12% do salário base, que é somada às

contribuições do plano, sendo que essa contribuição não tem a

contrapartida da Empresa.

A contribuição da empresa varia de acordo com a idade do

empregado. Até 40 anos de idade, a contribuição é de uma

vez a contribuição do funcionário; entre 41 e 50 anos, a

contribuição é de uma vez e meia e, acima dos 50 anos, a

contribuição é de duas vezes.

A aposentadoria normal ocorre com 60 anos de idade, 10 anos

de empresa e cinco anos de contribuição; a aposentadoria

antecipada ocorre com 55 anos de idade, 10 anos de empresa

e cinco anos de contribuição; e casos de morte e invalidez são

cobertos a partir de um ano de Empresa.

Além disso, o funcionário com 40 anos de idade e 10 anos

de empresa tem o Vesting, que é o benefício proporcional

diferido, isto é, se o funcionário se desligar da empresa depois

de já estar no plano há pelo menos três anos, pode continuar

no plano na qualidade de Participante Vinculado, até ter o

direito de pedir aposentadoria, permanecendo os direitos de

resgate e portabilidade.

As obrigações para com os pagamentos das pensões definidas

pelo plano de aposentadoria são cobertas por recursos de

um fundo reservado e mantido separadamente dos recursos

da Organização. As entidades que assumem os riscos dos

pagamentos dos benefícios são o Bradesco Previdência, o

RealPrev e o BrasilPrev.

Sindicatos, Liberdade de Associação e Negociação Coletiva

A Cielo garante a seus empregados o direito de associar-se

livremente aos sindicatos que os representam, seguindo todas as

convenções coletivas de trabalho pertinentes, negociadas entre

os Sindicatos patronais e os Sindicatos dos empregados. Nas

negociações relacionadas a Acordos Coletivos de Participação

nos Lucros e Resultados, é feita a indicação de um grupo

de funcionários que referenda com a Cielo os critérios e os

múltiplos de salários, antes da aprovação final do Sindicato.

Page 50: 17 09-2010 - relatório anual 2009

48

Em razão de as operações da empresa estarem dispersas pelo

Brasil, seus colaboradores são representados por 28 sindicatos,

sendo que todos os empregados são sindicalizados. A Cielo

acredita ter uma relação produtiva e harmoniosa com estes

sindicatos, tendo em vista a ausência, em sua história, de greve,

parada, protesto ou qualquer outra forma de interrupção do

trabalho feita por seus empregados.

Plano de Opção de Compra de Ações

Desde setembro de 2008, possuímos um plano de opção

de compra de ações que beneficia os administradores e

empregados com desempenhos extraordinários. O plano

tem vigência de 10 anos, a partir da primeira outorga e pode

ser extinto a qualquer tempo, por decisão da Assembleia

Geral. Sua administração é feita pelo Conselho de

Administração, que recebe as recomendações do Comitê de

Remuneração e Benefícios.

O Conselho de Administração pode estabelecer programas

de opção de compra de ações de emissão da Companhia

até o limite de 2% do total de ações do capital, à razão de

0,3% ao ano, computando-se nesse cálculo todas as opções

já outorgadas nos termos do Plano, exercidas ou não, exceto

aquelas que tenham sido extintas e não exercidas.

As opções outorgadas são pessoais e intransferíveis. Cabe ao

Conselho de Administração aprovar o preço de exercício das

opções, respeitado o preço mínimo equivalente à média da

cotação das ações da Companhia durante a quantidade de

pregões na BM&FBOVESPA que o Conselho de Administração

fixar, devendo ser ratificado pela Assembleia Geral subsequente.

Excepcionalmente, na primeira outorga, o preço de exercício

das opções foi o equivalente a 75% do preço por ação.

No caso de exercício da opção de compra de ações, o

Conselho de Administração deverá aprovar a emissão de novas

ações, dentro do limite do capital autorizado ou autorizar a

alienação de ações mantidas em tesouraria. Caso o exercício

da opção de compra de ações ocorra por meio da emissão de

novas ações, haverá aumento do capital social da Companhia e

os acionistas não terão direito de preferência para a subscrição

de tais ações, conforme previsto na Lei das Sociedades por

Ações e no Estatuto Social, tendo, portanto, suas respectivas

participações no capital diluídas.

Treinamento e Desenvolvimento

Procuramos incentivar o crescimento profissional e pessoal

dos nossos colaboradores, estimulando constantemente o seu

aprimoramento e abrindo oportunidades de mobilidade que

representem real desenvolvimento de talentos.

Em fóruns anuais realizados para tal fim, discutimos de forma

colegiada, com os colaboradores, as principais ações de

desenvolvimento e possibilidades de carreira ou movimentação

no curto e médio prazo. Esse processo favorece o planejamento

de carreira e sucessão e a adequada administração dos recursos

destinados ao treinamento e desenvolvimento.

O quadro seguinte mostra os investimentos em treinamento

e desenvolvimento realizados em 2009 e previstos para 2010.

Destacam-se os seguintes programas de

treinamento realizados em 2009:

• Programa de Desenvolvimento da Liderança;

• Programa de Finanças Aplicada para a Área Comercial;

• Programa de Team Building;

• Programa de Educação Formal.

Foram também investidos R$ 900 mil em subsídios à

educação, que contemplaram 220 funcionários.

Saúde e Segurança

Existe uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),

criada para auxiliar no monitoramento e aconselhamento

de programas de saúde e segurança ocupacional dos

colaboradores. Um percentual de 1,61% da força de trabalho está

representada nesta Comissão, e este dimensionamento refere-se

ao escritório da matriz.

A empresa não possui outros comitês formais de saúde e

segurança com representação conjunta da Administração e

dos trabalhadores, porém há na estrutura organizacional formal

um especialista em segurança do trabalho que faz a gestão dos

programas de saúde e segurança ocupacional, juntamente com

os serviços médicos da empresa (médico do trabalho e técnico

em enfermagem do trabalho).

Page 51: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 49

Pesquisa de clima – Cielo% de adesão

84

94

97

88

95

Pesquisa de clima – Cielo% de favorabilidade

2005

2006

2007

2008

2009

79

81

80

76

78

Modalidade Nº de participantes

Graduação 31

Idiomas 43

MBA 23

Pós-graduação e especialização 123

Total 220

R$ 900milForam investidos em subsídios à educação que contemplaram 220 funcionários

Subsídios à educação

Investimento em 2009 R$ 3.500 mil

Treinamento técnico específico R$ 819 mil

Treinamento e programas corporativos R$ 1.100 mil

Educação continuada R$ 900 mil

Infraestrutura R$ 714 mil

Previsão de investimento em 2010 R$ 5.400 mil

Investimentos em treinamento e desenvolvimento R$ 5.400mil

Previsão de investimento em 2010

A área de Segurança e Saúde Ocupacional mantém programas

que visam informar, sanar e mitigar os riscos de acidentes,

promovendo saúde, bem-estar e qualidade de vida aos

colaboradores. Entre elas estão a Semana Interna de Prevenção

do Acidente do Trabalho (SIPAT), o Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico de

Saúde Ocupacional, o Programa Antitabagismo, os programas

da Gestão Ambulatorial, com atendimento nutricional,

psicológico e médico ocupacional, entre outros. Além

disso, a Cielo mantém programas relacionados a educação,

treinamento, prevenção e controle de risco de doenças graves.

Durante o ano, também foram desenvolvidas ativades pontuais

ligadas à saúde, segurança e, também, ao lazer, como eventos,

palestras e campanhas.

Realizamos, todos os anos, a pesquisa de clima entre os

funcionários e temos obtido elevada adesão e bons percentuais

de favorabilidade, conforme mostrado nos gráficos seguintes,

que também revelam o aumento de ambos em 2009.

2005

2006

2007

2008

2009

Page 52: 17 09-2010 - relatório anual 2009

50

Contingente

Encerramos 2009 com um quadro de 1.089 colaboradores, 28

a menos do que no ano anterior. Ao final do primeiro trimestre

de 2010, esse número foi de 1.047. A média de idade dos

colaboradores é de 36 anos e os do sexo feminino representam

41% da força de trabalho.

A Cielo é membro executivo do Fórum Permanente de

Empresas para a Inclusão Econômica de Pessoas com

Deficiência juntamente com a Editora Abril, PwC, Vivo, HP,

Serasa e Schering. A coordenação técnica deste Fórum é

realizada pelo Instituto Paradigma e a coordenação executiva é

da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Este

Fórum tem como objetivo contribuir para a inclusão de pessoas

com deficiência no mercado de trabalho, por meio da realização

de seminários e da divulgação das boas práticas.

Relacionamento com Fornecedores e ParceirosPara seleção e avaliação de fornecedores são considerados os

critérios tradicionais de custo, qualidade e prazo. No entanto,

priorizamos o fornecimento de produtos por empresas de capital

nacional e, além disso, consideramos que a construção das

condições para enfrentamento das questões de sustentabilidade

associadas aos negócios e aos interesses dos diversos públicos

da empresa, só é possível a partir da construção de relações

de parceria. Assim, temos nos empenhado para estabelecer

junto a nossos fornecedores uma agenda conjunta de atuação

que amplie o potencial de contribuição das empresas ao

desenvolvimento de um ambiente de negócios que incorpore

princípios de sustentabilidade.

Relacionamento com a Sociedade

Direitos Humanos

Para garantir a integração dos interesses comerciais com os

interesses mais amplos da sociedade, implementamos em 2004

nosso Código de Conduta que, na atualização de 2009, passou

a se chamar Código de Ética.

O Código de Ética estabelece o posicionamento da empresa

contrário ao trabalho forçado e ao trabalho infantil e se

compromete a monitorar e encaminhar situações que

potencialmente envolvam:

• Coerção, castigos a qualquer pretexto, medidas disciplinares

degradantes ou punição pelo exercício de qualquer

direito fundamental;

• Trabalho irregular de adolescentes menores de 16 anos, exceto

na condição de aprendizes a partir de 14 anos;

• Condições inadequadas ao trabalho e ao desenvolvimento do

adolescente de 16 a 18 anos;

• Caracterização de qualquer forma de discriminação ou

atentado ao direitos fundamentais da criança e do adolescente;

• Outros temas relativos a direitos humanos e relações humanas

no trabalho.

ÉTICA em todas as relações

Page 53: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 51

Investimento Social Privado

Apesar de não avaliarmos formalmente os impactos das

operações da empresa nas comunidades locais, procuramos

realizar investimentos socioculturais que contribuam

efetivamente para a transformação social do País. Esses

investimentos são feitos principalmente por meio de leis de

incentivo, como a Lei Rouanet e o Fundo da Infância e do

Adolescente (FIA) em projetos culturais que possuem caráter

educacional e os recursos são destinados, por meio do FIA, a

conselhos dos direitos da criança e do adolescente de cidades

do entorno da matriz e para hospitais infantis. Como critérios de

seleção dos projetos, consideramos:

• Benefício obtido versus investimento realizado;

• Regionalização;

• Inclusão social;

• Diversidade racial, cultural e de gênero.

Os investimentos sociais realizados em 2009 foram feitos

com a marca VisaNet, dado que a alteração da razão social

ocorreu somente no último mês do ano. Desses investimentos,

destacam-se:

Bibliotecas Circulantes em Metrôs — O projeto realiza a

instalação de bibliotecas circulantes em locais de grande

circulação, como em estações de metrô, onde qualquer pessoa

pode retirar, gratuitamente, livros (www.brasilleitor.org.br).

Projeto Muda Mundo — O projeto compreende a publicação

de uma série de quatro livros infantis para alunos da 1ª a 4ª

séries, que apresentam conceitos e valores fundamentais

na formação das crianças como cidadãos críticos e

comprometidos com a transformação social. Também se

produz um livro adicional de orientação sobre a aplicação dos

quatro livros em sala de aula, destinado aos professores desses

alunos (www.mudamundo.com.br).

Ateliê de Gravura — Em conjunto com o Instituto Tomie Ohtake

foram realizados investimentos na capacitação de professores e

educadores de arte, no ensino da arte da Gravura, de tal modo

que o aprendizado possa ser transferido aos alunos destes

professores e educadores (www.institutotomieohtake.org.br).

Unicirco — Trata-se de um investimento na forma de co-

patrocínio, que visa formar uma nova geração de técnicos

e artistas circenses, descobrindo novos talentos, novas

estrelas, contribuindo socialmente para o desenvolvimento

profissional, educacional, artístico e cultural da comunidade

ao redor do parque Hopi Hari localizado no município de

Vinhedo, Estado de São Paulo. Comandado pelo ator Marcos

Frota, o projeto incentiva a formação sociocultural de jovens

de baixa renda de cidades da região. A UniCirco ministra

aulas para crianças e adolescentes desenvolverem suas

habilidades, com diversão, arte e educação, de forma que

seus potenciais sejam descobertos e trabalhados, permitindo

um melhor encaminhamento para a vida

(www.unicirco.com.br).

Dorina Nowill — Investimento para a publicação de livros para

cegos por meio da Fundação Dorina Nowill. São editados títulos

em Braille, Falados e Digitais para distribuição pela Fundação

Dorina a bibliotecas cadastradas na Instituição

(www.fundacaodorina.org.br).

Ler é uma Viagem — O projeto leva leitura de textos do autor

Hans Christian Andersen a crianças do ensino fundamental de

10 escolas públicas de seis cidades do Estado de São Paulo. A

leitura e distribuição dos textos do autor é feita com a presença

de músicos que executam a trilha sonora de cada história. Além

dos livros distribuídos a crianças distribuem-se também livros

aos professores com propostas pedagógicas para aplicação dos

textos (www.lereumaviagem.com.br).

Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) — A FLIP é um

festival literário anual que conta com a presença de autores

mundialmente respeitados. A Casa Azul, uma organização da

sociedade civil de interesse público (OSCIP) que atua na região

de Paraty, Estado do Rio de janeiro, é responsável pela FLIP

e também pelo Programa Educativo Cirandas de Paraty, que

atua permanentemente ao longo do ano junto às escolas e

instituições pedagógicas locais, incentivando a qualificação do

ensino por meio da formação de grupos de leitura, capacitação

de professores e mediadores de leitura, criação de bibliotecas,

organização de oficinas literárias e artísticas, entre outras

atividades. O trabalho realizado pelas crianças ao longo do

ano é condensado e exposto ao público durante a Flipinha, a

programação infantil da FLIP (www.flip.org.br).em todas as relações

Page 54: 17 09-2010 - relatório anual 2009

52

Projeto Arrebol — Em parceria com o Colégio Santo Américo,

de São Paulo, ensina-se música a jovens de baixa renda

residentes em bairros localizados no entorno do colégio, tais

como Paraisópolis, Jardim Colombo e Vila Morse.

Museu do Futebol — A Cielo é uma das patrocinadoras do

Museu do Futebol, localizado no Estádio do Pacaembu, em

São Paulo. O Museu é uma realização da Fundação Roberto

Marinho e da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Alguns investimentos em patrocínio foram destinados para

os projetos ou eventos discriminados a seguir:

• Bienal do Rio de Janeiro;

• Feira do Livro de Ribeirão Preto;

• Biblioteca Infantil no Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba;

• “Cada um com seus Pobrema” – peça teatral;

• Grupo Corpo – Breu – apresentação de dança.

A Cielo também realiza investimentos em Fundos da Infância

e do Adolescente como estabelecido no Estatuto da Criança e

do Adolescente (Lei nº 8.069/1990), que destina recursos para

várias instituições, dentre elas:

• Hospital Pequeno Príncipe (Curitiba – PR);

• Hospital Boldrini (Campinas – SP);

• CMDCA (Carapicuíba – SP);

• CMDCA (Barueri – SP);

• CMDCA (Pirapora do Bom Jesus – SP);

• Ação Comunitária (São Paulo – SP).

O Instituto Ayrton Senna também recebeu apoio da Cielo, com

doação em dinheiro, sem benefício fiscal.

Impactos Ambientais e Medidas de CompensaçãoApesar de não atuar diretamente em atividades de alto impacto

ambiental as empresas do setor integram cadeias de negócio

complexas. Uma visão fragmentada sobre a atuação de cada

um dos seus componentes não proporciona o entendimento

adequado sobre a relação das atividades econômicas com

o meio ambiente, sobretudo quando se procura tornar essa

relação mais harmoniosa.

Nossa visão de sustentabilidade e responsabilidade corporativa

aponta para a construção de soluções compartilhadas. Assim,

temos nos empenhado em desenvolver ações, em conjunto

com outros agentes de nossa cadeia de negócios, que visem

monitorar e gerir adequadamente os impactos ambientais

decorrentes de nossas operações.

Uso de Materiais e Geração e Disposição de Resíduos

Ao longo dos últimos anos foram realizadas diversas ações

pontuais relacionadas ao uso de materiais, com destaque para a

utilização de quase 100% de papel reciclado na impressão

de documentos.

O total de resíduos gerados vem registrando queda nos

últimos anos, segundo o acompanhamento feito por meio

dos manifestos de carga emitidos pela empresa prestadora de

serviço (American Trash), responsável pela coleta dos mesmos.

Com relação à destinação, entre 11% e 18% do total de resíduos

não perigosos são destinados à reciclagem e o restante, a

aterros sanitários. Na categoria de resíduos perigosos estão os

descartes de ambulatório, porém não há um monitoramento do

peso ou volume dos descartes realizados.

Page 55: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Relatório Anual 2009 53

Consumo de Energia

A partir de 2006, quando se começou a utilizar geradores de

energia no horário de ponta (das 17h25 às 20h35) para reduzir os

custos com o consumo de energia elétrica, houve um aumento

no consumo de óleo combustível. A partir daí, com implantação

de medidas de redução do consumo final de eletricidade,

houve redução do consumo per capita desse tipo de energia e

estabilização do consumo total de óleo combustível.

Consumo de Água

O consumo de água na unidade de Alphaville aumentou até

2008 em função do aumento do número de funcionários da

Cielo, um reflexo do crescimento da empresa, mas diminuiu em

2009, pois, desde aquele ano, a Cielo vem adotando todas as

formas possíveis de redução do consumo de insumos tais como

água, papel e plásticos.

Impactos Ambientais do Transporte de Produtos e Materiais

A atividade operacional da área de logística da Cielo é

integralmente terceirizada. Os parceiros logísticos realizam

diversas atividades que envolvem o transporte de bens, tais

como: instalação, troca e desinstalação de terminais, alteração

de tecnologias, entrega de suprimentos e participação em feiras

e eventos. Além disso, são realizados transportes de terminais das

Centrais de Distribuição, em Barueri e Atibaia para os laboratórios,

as bases avançadas e para diversos pontos do Brasil. São

realizadas cerca de 200 mil ordens de serviço ao mês.

Os dois maiores impactos observados nestes processos são a

emissão de gases do efeito estufa e o impacto no trânsito pelo

volume de veículos colocados nas ruas.

Visando reduzir o número de saídas de veículos, criou-se um

plano de ligações anteriores aos chamados de atendimentos

de desinstalação para que seja feito um agendamento com o

estabelecimento comercial.

Impactos Ambientais do Transporte de Colaboradores

A Cielo oferece transporte a seus funcionários em ônibus

fretados. Esse serviço consome fundamentalmente óleo diesel,

percorrendo aproximadamente 452 mil quilômetros/ano para

transportar cerca de 500 usuários/dia. Além do diálogo com

os transportadores, não existem iniciativas para redução do

impacto ambiental causado pelos serviços de transporte de

colaboradores, especialmente com relação à redução do

consumo de combustíveis fósseis.

Iniciativas para Mitigar Impactos Ambientais

Algumas iniciativas foram desenvolvidas nos últimos anos,

visando mitigar os impactos ambientais provocados pelos

processos da empresa. Uma dessas iniciativas foi a condução

de diálogos com fornecedores de logística, com a intenção de

minimizar impactos socioambientais gerados pelas demandas da

Cielo. Entre os temas ambientais discutidos destacam-se:

• A minimização de emissões decorrentes da atividade logística;

• Gestão de resíduos produzidos pelo uso de materiais e de

embalagens em atividades logísticas;

• Gestão e adequada disposição de resíduos produzidos nas

atividades de manutenção de equipamentos.

Além disso, foi refeito o isolamento acústico da sala dos grupos

geradores, atenuando os ruídos gerados pela utilização desses

equipamentos. Com relação a outros impactos, como uso de

materiais, uso de água, emissões, efluentes e resíduos, não

houve uma iniciativa específica.

Page 56: 17 09-2010 - relatório anual 2009

54

Assumir compromissos que impactem

positivamente nosso entorno e realizar ações que

promovam desenvolvimento social sustentável.

Contribuir par ao sucesso dos negócios e vibrar junto!

Oferecer apoio na medida certa. Compreender as

necessidades de nossos clientes e ter prontidão para

dar respostas factíveis, alinhadas e criativas.

Envolver-se

Page 57: 17 09-2010 - relatório anual 2009
Page 58: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo56

ATIVONota

Explicativa2009 2008 01.01.08

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 6 514.280 1.072.157 995.224

Contas a receber operacional 7 1.178.784 162.943 14.703

Contas a receber de controlada – 177 –

Impostos antecipados e a recuperar 2.503 1.219 877

Outros valores a receber 18.448 4.941 6.674

Direitos a receber – securitização no exterior 8 163.850 207.979 149.119

Juros pagos antecipadamente – securitização no exterior 8 2.914 6.341 6.544

Despesas pagas antecipadamente 5.896 4.488 1.950

Total do ativo circulante 1.886.675 1.460.245 1.175.091

NÃO CIRCULANTE

Realizável a longo prazo:

Direitos a receber – securitização no exterior 8 42.445 277.000 367.516

Imposto de renda e contribuição social diferidos 9 222.000 169.398 156.763

Depósitos judiciais 18 455.292 323.073 221.687

Outros valores a receber 1.597 1.703 249

Imobilizado 10 296.121 213.295 210.483

Intangível 12 41.284 69.841 43.813

Ágio 11 22.198 17.795 41.157

Outros investimentos 214 174 288

Total do ativo não circulante 1.081.151 1.072.279 1.041.956

TOTAL DO ATIVO 2.967.826 2.532.524 2.217.047

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$)

Page 59: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 57

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDONota

Explicativa2009 2008 01.01.08

CIRCULANTE

Financiamentos – arrendamento mercantil – 401 1.034

Contas a pagar a estabelecimentos 14 667.522 487.628 437.487

Fornecedores 15 116.443 96.604 85.595

Impostos e contribuições a recolher 16 416.945 275.066 227.803

Contas a pagar para joint ventures – 20.766 –

Provisão para contingências – – 2.520

Obrigações a pagar – securitização no exterior 19 163.911 207.943 148.941

Juros recebidos antecipadamente – securitização no exterior 19 2.914 6.341 6.544

Dividendos a pagar 20 105.365 – –

Outras obrigações 17 80.041 66.526 98.632

Total do passivo circulante 1.553.141 1.161.275 1.008.556

NÃO CIRCULANTE

Obrigações a pagar – securitização no exterior 19 42.445 277.000 367.516

Provisão para contingências 18 511.578 391.463 282.460

Outras obrigações 17 233 740 868

Total do passivo não circulante 554.256 669.203 650.844

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 20 75.379 75.379 74.534

Reserva de capital 20 72.305 68.606 3.627

Reserva de lucros – legal 20 15.076 15.076 14.907

Lucros acumulados 766.897 542.985 464.579

Ações em tesouraria 20 (69.228) – –

Total do patrimônio líquido 860.429 702.046 557.647

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.967.826 2.532.524 2.217.047

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Page 60: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo58

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADOPARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$, exceto o lucro líquido por ação)

Nota

Explicativa2009 2008

RECEITA BRUTA

Receita de comissões 2.649.860 2.184.840

Receita de aluguel 1.067.136 903.061

Outras receitas 135.456 127.652

Impostos sobre serviços (407.531) (340.087)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.444.921 2.875.466

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (936.312) (851.119)

LUCRO BRUTO 2.508.609 2.024.347

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS

Pessoal (122.239) (95.613)

Gerais e administrativas (147.145) (162.484)

Remuneração de administradores e executivos (7.970) (9.520)

Marketing (72.960) (77.948)

Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas (55.216) 261.757

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 2.103.079 1.940.539

RESULTADO FINANCEIRO

Receitas financeiras 30 99.751 153.405

Despesas financeiras 30 (56.519) (59.875)

Antecipação de recebíveis 30 218.150 17.388

Ajuste a valor presente 30 (35.266) –

Variação cambial, líquida 30 1.903 947

228.019 111.865

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.331.098 2.052.404

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Correntes 25 (853.151) (774.180)

Diferidos 25 55.847 63.848

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.533.794 1.342.072

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) – BÁSICO 21 1,1242 0,9841

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO (EM R$) – DILUÍDO 21 1,1237 0,9841

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Page 61: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 59

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$)

Nota

Explicativa2009 2008

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.533.794 1.342.072

Outros resultados abrangentes:

Ativos financeiros disponíveis para venda - (344.827)

Reclassificação para o resultado dos ativos financeiros disponíveis para venda - 344.827

Imposto sobre a renda relacionado a componentes de outros resultados abrangentes - -

Outros resultados abrangentes do exercício, líquidos de impostos - -

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO 1.533.794 1.342.072

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Page 62: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo60

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$)

Nota

Explicativa

Capital

social

Reserva

de capital

Reserva

de lucros –

legal

Lucros

acumulados

Ações em

tesourariaTotal

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 74.534 3.627 14.907 464.579 - 557.647

Dividendos sobre lucros acumulados

(R$ 0,75 por ação)

- - - (508.671) - (508.671)

Aumento de capital por subscrição de ações 846 64.979 - - - 65.825

Contribuição de capital 20 - 592.202 - - - 592.202

Distribuição de dividendos com transferência de

ativos financeiros, líquida de efeitos tributários

20 - - - (487.058) - (487.058)

Transferência de reservas para distribuição

de dividendos

20 - (592.202) - 592.202 - -

Redução de capital (1) - - - - (1)

Resultado abrangente total do exercício - - - 1.342.072 - 1.342.072

Constituição de reserva legal 20 - - 169 (169) - -

Dividendos pagos (R$ 1,26 por ação) 20 - - - (859.970) - (859.970)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 75.379 68.606 15.076 542.985 - 702.046

Dividendos sobre lucros acumulados

(R$ 0,40 por ação)

- - - (542.985) - (542.985)

Resultado abrangente total do exercício - - - 1.533.794 - 1.533.794

Dividendos pagos (R$ 0,24 por ação) 20 - - - (661.532) - (661.532)

Dividendos mínimos obrigatórios

(R$ 0,07 por ação)

20 - - - (105.365) - (105.365)

Opções de ações outorgadas 34 - 3.699 - - - 3.699

Ações em tesouraria 20 - - - - (69.228) (69.228)

SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 75.379 72.305 15.076 766.897 (69.228) 860.429

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações Financeiras 2009 61

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$)

Nota Explicativa 2009 2008

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAISLucro antes do imposto de renda e da contribuição social 2.331.098 2.052.404

Ajustes para conciliar o lucro antes do imposto de renda e da contribuição social

ao caixa líquido gerado pelas atividades operacionais:

Depreciações e amortizações 160.271 150.002 Custo residual de imobilizado e intangível baixados ou alienados 7.274 20.518 Provisão para perdas com intangíveis 11.197 35.445 "Perda de capital na troca de participações em joint venture” 4.431 -"Baixa de ágio em joint venture" - 1.956 Reversão de provisão para perdas com imobilizado e intangível, líquidas (1.810) (2.455)Opções de ações outorgadas 34 3.699 -Ganhos com alienação de investimentos, líquidos - (502.893)

Perda com aluguel de equipamentos 14.753 9.721 Provisão para contingências 18 141.116 119.521 Ajuste a valor presente do contas a receber 30 35.266 -Ganho de capital na transferência de investimentos - (12.848)

(Aumento) redução nos ativos operacionais: Contas a receber operacional (1.051.107) (148.240)Contas a receber de controlada 177 (177)Impostos antecipados e a recuperar (1.284) (342)Outros valores a receber (circulante e não circulante) 268.707 32.138 Depósitos judiciais (132.219) (101.386)Despesas pagas antecipadamente (1.408) (2.538)

Aumento (redução) nos passivos operacionais: –

Contas a pagar a estabelecimentos 165.141 40.420 Fornecedores 19.839 11.009

Impostos e contribuições a recolher 2.114 1.927 Outras obrigações (circulante e não circulante) (268.959) (64.188)Provisão para contingências (circulante e não circulante) (21.001) (13.038)Caixa proveniente das operações 1.687.295 1.626.956 Juros recebidos 22.208 28.804 Juros pagos (22.208) (28.804)Imposto de renda e contribuição social pagos (714.609) (731.793)Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 972.686 895.163

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO"Aquisição de participação em joint venture" 1 (20.813) (18.961)"Aquisição de controladas pela joint venture, líquida de caixa adquirido" (4.403) -Recursos obtidos na venda de investimentos - 502.894 Adições ao imobilizado e intangível (231.201) (158.023)Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades de investimento (256.417) 325.910

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOFinanciamentos – arrendamento mercantil (401) (633)Aumento de capital por subscrição de ações 20 - 65.825 Contribuição de capital 20 - 159.310 Redução de capital 20 - (1)Dividendos pagos 20 (1.204.517) (1.368.641)Ações em tesouraria (69.228) -Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (1.274.146) (1.144.140)

(REDUÇÃO) AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (557.877) 76.933

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXASaldo final 514.280 1.072.157 Saldo inicial 1.072.157 995.224

REDUÇÃO (AUMENTO) DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA (557.877) 76.933

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

Page 64: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo62

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008(Em milhares de reais – R$, exceto quando indicado de outra forma)

1. CONTEXTO OPERACIONALA Companhia Brasileira de Meios de Pagamento, que teve sua razão social alterada para Cielo S.A. (“Sociedade”), conforme

aprovação em Assembleia Geral Extraordinária de 14 de dezembro de 2009, foi constituída em 23 de novembro de 1995 no Brasil e

tem como objetivo principal a prestação de serviços relacionados a cartões de crédito e de débito e outros meios de pagamento,

bem como a prestação de serviços correlatos, tais como o credenciamento de estabelecimentos comerciais e de prestadores de

serviços, o aluguel, a instalação e a manutenção de terminais eletrônicos e a captura de dados e de processamento de transações

eletrônicas e manuais.

Em 23 de janeiro de 2003, a Sociedade constituiu uma filial em Grand Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais, (Nota Explicativa

nº 23), com o propósito específico da realização no exterior de uma operação de securitização do fluxo de direitos creditórios

denominados em moeda estrangeira (notas explicativas nº 8, nº 19 e nº 26).

O contexto operacional das controladas, controladas em conjunto e de forma indireta é como segue:

Controladas:

• Servinet Serviços Ltda. (“Servinet”) – o objeto social da Servinet consiste na prestação de serviços de manutenção e contatos

com estabelecimentos comerciais e estabelecimentos prestadores de serviços para a aceitação de cartões de crédito e de

débito, bem como outros meios de pagamento; na prestação de serviços de instalação e manutenção de terminais eletrônicos

(Point of Sales Equipment – POS) para a captura de dados e o processamento de transações com cartões de crédito e de

débito, bem como outros meios de pagamento; no desenvolvimento de atividades correlatas no setor de serviços julgadas de

interesse da Servinet; e na participação em outras sociedades como sócia ou acionista.

• Servrede Serviços S.A. (“Servrede”) – o objeto social da Servrede é a prestação de serviços de gerenciamento de tecnologia

de rede, incluindo a transmissão de dados e informações, soluções corporativas, sistemas de comunicação privada e

de processamento eletrônico de pagamentos, além de prestação de serviços de aplicativos e data center, bem como o

desenvolvimento de outras atividades correlatas no setor de serviços julgadas de seu interesse e a participação em outras

sociedades como sócia ou acionista. A Servrede permanece sem operações em 31 de dezembro de 2009.

• CBGS – Gestão e Processamento de Informações de Saúde Ltda. (“CBGS Ltda.”) – tem como objeto social a prestação de

serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadoras de serviços médicos e hospitalares e

quaisquer outros agentes do sistema de saúde, em plataforma tecnológica única; a prestação de serviços de digitalização e

automatização de processos, emissão de cartões, atendimentos de call center e outras soluções; a prestação de serviços de

leitura de informações de cartões e roteamento de transações não financeiras; a locação ou comercialização de leitores de

cartões, outros equipamentos de informática utilizados na prestação de seus serviços e assistência técnica; e a participação em

outras sociedades como sócia, acionista ou cotista.

Em novembro de 2009, a CBGS Ltda. foi incorporada pela CBGS, então sua controlada em conjunto, a valores contábeis e com

data base 31 de outubro de 2009.

Page 65: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 63

Controladas indiretas:

• Companhia Brasileira de Gestão de Serviços (“CBGS”) – o objeto social da CBGS era a prestação de serviços de interconexão

de rede eletrônica e outros serviços correlatos entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e hospitalares

(como hospitais, clínicas médicas e laboratórios), quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar, indústrias

farmacêuticas, laboratórios, distribuidores, atacadistas, empresas do gênero, estipulantes, empresas usuárias de planos de

saúde e drogarias, entre outros, e seguradoras em plataforma tecnológica; e a participação em outras sociedades, nacionais ou

estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista.

Em dezembro de 2009, a CBGS foi incorporada pela Orizon, então sua controlada em conjunto, a valores contábeis e com

data base 30 de novembro de 2009.

• Orizon Brasil Processamento de Informações de Saúde Ltda. (“Orizon”), atualmente denominada Companhia Brasileira de

Gestão de Serviços – o objeto social da CBGS consiste na consultoria e no processamento de informações para as empresas

da área médica em geral; na gestão de serviços de suporte (back office) para empresas operadoras de saúde em geral; na

prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde e prestadores de serviços médicos e

hospitalares (como hospitais, clínicas médicas e laboratórios) e quaisquer outros agentes do sistema de saúde suplementar e

drogarias, em plataforma tecnológica única; na prestação de serviços de digitalização e automatização de processos, emissão

de cartões, atendimento em call center e outras soluções; na prestação de serviços de leitura de informações de cartões e

roteamento de transações não financeiras; na locação ou comercialização de leitoras de cartões, outros equipamentos e

sistemas de informática utilizados na prestação de seus serviços, bem como na prestação de assistência técnica a referidos

equipamentos; e na participação em outras sociedades, nacionais ou estrangeiras, como sócia, acionista ou cotista.

• Dativa Conectividade em Saúde Ltda. (“Dativa”) – o objeto social da Dativa era a prestação de serviços de interconexão de rede

eletrônica para a troca de informações entre operadoras de plano privado de assistência à saúde e prestadores de serviços de

saúde, médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do sistema de saúde complementar; a elaboração de programas de

computador (software); o licenciamento ou a cessão de direito de uso de programas de computador, inclusive distribuição; e a

prestação de serviços de pesquisa e desenvolvimento de qualquer natureza.

Conforme protocolo de incorporação de 29 de maio de 2008, a Dativa foi incorporada pela Orizon, a valores contábeis.

O objetivo da incorporação é a maior integração e unidade administrativa, comercial e financeira, com a consequente redução

de custos operacionais, administrativos e financeiros dessas sociedades.

• Prevsaúde Comercial de Produtos e de Benefícios de Farmácia Ltda. (“Prevsaúde”) – o objeto social da Prevsaúde consiste

na prestação de serviços de benefício farmacêutico, voltados para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde,

clientes públicos e grandes laboratórios. A Prevsaúde administra a relação dos funcionários de seus clientes com as farmácias,

os médicos e com a própria empresa contratante.

• Precisa Comercialização de Medicamentos Ltda. (“Precisa”) – o objeto social da Precisa é a comercialização de medicamentos

em geral, com foco na prevenção e manutenção do estado de saúde, com sistema de entrega programada. A Precisa é uma

“farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes crônicos. Ela é responsável pela

entrega de medicamentos de administração recorrente aos clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, como diabetes,

câncer, problemas cardíacos e de pressão. Permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento, aumentando a

efetividade do tratamento.

Page 66: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo64

Reestruturação em controladas – Projeto Saúde

Em 28 de agosto de 2006, a Sociedade constituiu a CBGS Ltda., que atua no setor de saúde.

Em 8 de novembro de 2006, a Sociedade, através de sua controlada CBGS Ltda., a Bradesco Saúde S.A. (“Bradesco Saúde”) e a

Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (“Cassi”) assinaram Acordo de Investimentos, visando à atuação em

conjunto no segmento de prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica e outros entre operadores e prestadores de

serviços de saúde. Por esse acordo, a Bradesco Saúde e a Cassi constituíram a CBGS e garantiram a essa nova empresa o acesso

ao seu cadastro de clientes para prestação dos referidos serviços com exclusividade. A controlada CBGS Ltda. comprometeu-se a

adquirir participação equivalente a 40,95% do capital social da CBGS por R$ 139.045, por meio de novos aportes de capital através

da conferência de bens.

Em 23 de novembro de 2006 e 26 de julho de 2007, a controlada CBGS Ltda. adquiriu a totalidade das cotas representativas do

capital social da Polimed e da Dativa.

Em 28 de dezembro de 2006, foi constituída pela Bradesco Saúde (70,87%) e pela Cassi (29,13%) a CBGS, com capital social de R$

1.000, totalmente subscrito e integralizado em dinheiro. O capital social da CBGS está dividido em 1.000.000 de ações ordinárias e

nominativas, sem valor nominal.

Em 2 de janeiro de 2008, a CBGS subscreveu, em favor da controlada CBGS Ltda., 693.480 novas ações ordinárias, sem valor

nominal, pelo montante de R$ 139.045.

A integralização desse montante, que dá direito à controlada CBGS Ltda. de deter 40,95% de participação naquela companhia,

ocorreu através da transferência de participações em companhias e em dinheiro. Dessa forma, considerando que a formação de

joint venture é especificamente excluída do escopo do IFRS 3 – Business Combination, a transferência de participação acionária

para a CBGS (joint venture) foi contabilizada pelos mesmos valores contábeis que estavam registrados na CBGS Ltda. (venturer),

tendo o ganho de capital sido contabilizado no consolidado da Sociedade de acordo com IAS 31 – Participações em Joint Ventures

e SIC 13 – Entidades de Controles Compartilhados – Contribuições de Ativos Não Monetários pelo Venturer. Portanto, esses

pronunciamentos requerem que o reconhecimento do ganho ou da perda reflita a substância da transação, ou seja, quando os

ativos são retidos pela joint venture e o venturer transferiu significativamente os riscos e benefícios da propriedade para a joint

venture, o venturer deve reconhecer somente a porção do ganho ou da perda atribuída à participação dos outros venturers.

A integralização pela CBGS Ltda. do montante mencionado ocorreu detalhadamente da seguinte forma:

• R$ 60.773 por meio da entrega imediata de 46.661.888 cotas da Polimed, atualmente denominada Orizon, cujo valor

patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era de R$ 39.339, com a geração de ganho de capital no montante de R$ 21.434. Nas

demonstrações financeiras consolidadas, esse ganho de capital foi eliminado na proporção da participação da CBGS Ltda. no

capital social da controlada CBGS;

• R$ 10.918 por meio da entrega imediata de 1.709.999 cotas da Dativa, cujo valor patrimonial em 31 de dezembro de 2007 era

de R$ 11.005, com a geração de perda de capital no montante de R$ 87;

• R$ 67.354 a ser integralizado em até dois anos, por meio da entrega de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro e/ou moeda

corrente nacional, os quais serão corrigidos pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado – IPCA acrescido

de 11,85% ao ano, pro rata die, desde a data do presente ato até a data da respectiva integralização, sendo contabilizado pela

CBGS Ltda. na rubrica “Contas a pagar para joint venture” e na rubrica “Contas a receber” da CBGS. Em 31 de dezembro de

2009, o saldo está totalmente integralizado.

Page 67: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 65

Após a subscrição de ações, a composição acionária da joint venture CBGS ficou da seguinte forma:

%

CBGS Ltda. 40,95

Bradesco Saúde 41,85

Cassi 17,20

Conforme o Acordo de Acionistas, as deliberações societárias e a aprovação de novos investimentos requerem a maioria

de aprovação pelos acionistas; consequentemente, a CBGS foi classificada como uma controlada em conjunto (joint

venture) e suas demonstrações financeiras foram contabilizadas pela Sociedade pelo método de consolidação proporcional,

conforme recomendado pelo IAS 31 – Participações em Joint Ventures.

Em 16 de março de 2009, a controlada em conjunto CBGS adquiriu a totalidade das cotas representativas do capital da Prevsaúde e

da Precisa, conforme apresentado a seguir:

Prevsaúde Precisa

Ativos líquidos adquiridos 1.628 (2.381)

Preço total de compra considerado 9.000 1.000

Ágio 7.372 3.381

A Prevsaúde presta serviço de benefício farmacêutico, voltado para o atendimento de clientes corporativos, planos de saúde,

clientes públicos e grandes laboratórios. A Empresa administra a relação dos funcionários de seus clientes com as farmácias, os

médicos e a própria empresa contratante.

A Precisa é uma “farmácia” voltada para atender aos clientes da Prevsaúde, com foco principal nos pacientes crônicos. Ela é

responsável pela entrega de medicamentos de administração recorrente aos clientes da Prevsaúde com doenças crônicas, como

diabetes, câncer, problemas cardíacos e de pressão. Permite monitorar a entrega e o consumo do medicamento, aumentando a

efetividade do tratamento.

Essas aquisições estão em linha com a estratégia da Sociedade, de expansão dos negócios no segmento de saúde.

Em novembro de 2009, a controlada direta CBGS Ltda. foi incorporada pela controlada indireta CBGS e em 1º de dezembro

de 2009 a CBGS foi incorporada pela Orizon. Como resultado das incorporações, todas as operações das incorporadas foram

transferidas para as incorporadoras que sucederão as incorporadas em todos os seus bens, direitos e obrigações, a título universal e

para todos os fins de direito, sem qualquer solução de continuidade, com a consequente extinção das incorporadas.

Page 68: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo66

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRáTICAS CONTáBEIS

2.1. Base de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de

Relatório Financeiro (International Financial Reporting Standards – IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards

Board – IASB, e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC).

As demonstrações financeiras consolidadas referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 são as

primeiras elaboradas de acordo com o IFRS, sendo 1º de janeiro de 2008 a data da adoção inicial (balanço patrimonial de

abertura), e estão de acordo com o IFRS 1 – Adoção Inicial do IFRS.

As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade são elaboradas e apresentadas de acordo com as práticas

contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e normas

expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM até 31 de dezembro de 2009, e essas práticas diferem, em algumas

áreas, do IFRS. Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2009, a Sociedade ajustou

alguns métodos de contabilização, avaliação e apresentação, aplicados em BR GAAP, no intuito de cumprir as práticas

adotadas no IFRS. Os dados comparativos referentes a 2008 foram refeitos para refletir esses ajustes, à exceção daqueles

descritos na isenção das práticas contábeis opcionais e obrigatórias, constantes nas Notas Explicativas nº 3.1.2. e nº 3.1.3.

Essas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com os IFRS em conformidade com a Instrução

CVM nº 457, de 13 de julho de 2007.

A reconciliação e a descrição dos efeitos da transição das práticas contábeis adotadas no Brasil para o IFRS, relativas ao

patrimônio líquido, ao resultado e aos fluxos de caixa, estão demonstradas na Nota Explicativa nº 3.

2.2. Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade são apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional e de

apresentação.

2.3. Caixa e equivalentes de caixa

Incluem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras com liquidez imediata e com baixo risco de variação no valor,

sendo demonstrados pelo custo acrescido de juros auferidos.

2.4. Contas a receber dos bancos emissores e contas a pagar a estabelecimentos comerciais

Esses montantes referem-se aos valores das transações realizadas pelos titulares de cartões de crédito emitidos por

instituições financeiras licenciadas pela Visa International Service Association, sendo os saldos de contas a receber dos

bancos emissores líquidos das taxas de intercâmbio e os saldos de contas a pagar a estabelecimentos deduzidos das taxas

de administração (taxa de desconto), cujos prazos de recebimento dos emissores e de pagamento aos estabelecimentos

são inferiores a um ano (vide Nota Explicativa nº 14).

Page 69: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 67

2.5. Imobilizado

Avaliado ao custo histórico, deduzido das respectivas depreciações. A depreciação é calculada pelo método linear, que leva

em consideração a vida útil estimada dos bens.

Custos subsequentes são incorporados ao valor residual do imobilizado ou reconhecidos como item específico, conforme

apropriado, somente se os benefícios econômicos associados a esses itens forem prováveis e os valores mensurados

de forma confiável. O saldo residual do item substituído é baixado. Demais reparos e manutenções são reconhecidos

diretamente no resultado quando incorridos.

O valor residual e a vida útil estimada dos bens são revisados e ajustados, se necessário, nas datas de encerramento dos

exercícios.

O valor residual dos itens do imobilizado é baixado imediatamente ao seu valor recuperável quando o saldo residual exceder

o valor recuperável.

2.6. Intangível

Demonstrado pelo custo de aquisição ou formação, deduzido das respectivas amortizações calculadas pelo método linear,

às taxas mencionadas na Nota Explicativa nº 12. Os ativos intangíveis são amortizados geralmente levando em conta a

sua utilização efetiva ou um método que reflita os benefícios econômicos esperados, considerando que possuem vida útil

definida, ou bases sistemáticas de amortização mensal. O valor residual dos itens do intangível é baixado imediatamente ao

seu valor recuperável quando o saldo residual exceder o valor recuperável.

2.7. Provisão para recuperação dos ativos de vida longa

A Administração revisa o valor contábil dos ativos de vida longa, principalmente o imobilizado e o intangível a ser mantido

e utilizado nas operações da Sociedade, com o objetivo de determinar e avaliar a deterioração em bases periódicas ou

sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos não

poderá ser recuperado.

São feitas análises para identificar as circunstâncias que possam exigir a avaliação da recuperabilidade dos ativos de vida

longa e medir a potencial perda no valor recuperável destes ativos. Os ativos são agrupados e avaliados segundo a possível

deterioração, com base nos fluxos futuros de caixa projetados descontados do negócio durante a vida remanescente

estimada dos ativos. Nesse caso, uma perda seria reconhecida com base no montante pelo qual o valor contábil excede o

valor provável de recuperação de um ativo de vida longa. O valor provável de recuperação é determinado como sendo o

maior valor entre: (a) o valor justo dos ativos menos custos estimados para venda, e (b) o valor em uso, determinado pelo

valor presente esperado dos fluxos de caixa futuros do ativo ou da unidade geradora de caixa.

2.8. Investimentos em joint ventures (empresas com controle compartilhado)

Joint ventures são aquelas nas quais o controle é exercido conjuntamente pela Sociedade e por um ou mais sócios. Os

investimentos em joint ventures são reconhecidos pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o

controle conjunto é adquirido. De acordo com esse método, os componentes do ativo e passivo e as receitas e despesas

das joint ventures são somados às posições contábeis consolidadas, na proporção da participação do investidor em seu

capital social.

Page 70: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo68

2.9. Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos

O imposto de renda foi constituído à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$

240. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado.

Imposto de renda e contribuição social diferidos são reconhecidos em sua totalidade, conforme o conceito descrito no

IAS 12, sobre as diferenças geradas entre os ativos e passivos reconhecidos para fins fiscais e correspondentes valores

reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social

diferidos não são reconhecidos se forem gerados no registro inicial de ativos e passivos em operações que não afetam as

bases tributárias, exceto em operações de combinação de negócios. Imposto de renda e contribuição social diferidos são

determinados considerando as alíquotas (e leis) vigentes na data de preparação das demonstrações financeiras e aplicáveis

quando o respectivo imposto de renda e contribuição social forem realizados.

Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na extensão em que seja provável que

existirá base tributável positiva para a qual as diferenças temporárias possam ser utilizadas e prejuízos fiscais possam ser

compensados.

2.10. Benefícios a empregados

A Sociedade e suas controladas são copatrocinadoras de um plano de previdência privada com contribuições definidas.

As contribuições são efetuadas com base em um percentual da remuneração dos colaboradores. Esse benefício é

registrado conforme o IAS 19.

2.11. Ativos e passivos financeiros

a) Ativos financeiros

Os ativos financeiros são classificados nas seguintes categorias: ao valor justo através de lucros ou perdas, mantidos até o

vencimento, disponíveis para venda e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da natureza e do propósito dos

ativos financeiros e é determinada no reconhecimento inicial.

Ativos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas

Ativos financeiros são classificados ao valor justo através de lucros ou perdas quando os ativos financeiros são mantidos

para negociação ou designados ao valor justo através de lucros ou perdas quando adquiridos. Um ativo financeiro é

classificado como mantido para negociação quando:

• É adquirido principalmente para o propósito de venda em um futuro próximo;

• É parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra conjuntamente e que tenha

um padrão recente real de lucros no curto prazo;

• É um derivativo que não é designado e efetivo como instrumento de hedge em uma contabilização de hedge.

Um ativo financeiro que não seja mantido para negociação pode ser designado ao valor justo através de lucros e perdas no

reconhecimento inicial quando:

• Essa designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência surgida em sua mensuração ou seu

reconhecimento;

Page 71: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 69

• O ativo financeiro for parte de um grupo administrado de ativos ou passivos financeiros ou ambos, seu desempenho for

avaliado com base no valor justo de acordo com a gestão dos riscos ou estratégia de investimento documentada pela

Sociedade e quando as informações a respeito dela forem fornecidas internamente com a mesma base;

• Formar parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e o IAS 39 – Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao

valor justo através de lucros ou perdas.

Ativos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas são avaliados ao valor justo, com ganhos ou perdas

reconhecidos no resultado do exercício. Ganhos ou perdas líquidos reconhecidos no resultado incorporam os dividendos

ou juros auferidos pelo ativo financeiro.

Mantidos até o vencimento

Ativos financeiros que possuem pagamentos fixos ou determináveis e datas de vencimento fixas, os quais a Sociedade tem

a intenção e habilidade de manter até o vencimento, são classificados na categoria mantidos até o vencimento. Ativos

financeiros mantidos até o vencimento são mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método dos juros efetivos,

deduzido de provisão para perda do valor recuperável (impairment). Receita com juros é reconhecida aplicando-se o

método da taxa efetiva.

Empréstimos e recebíveis

Empréstimos e recebíveis são ativos e passivos financeiros que possuem pagamentos fixos ou determináveis e não são

cotados em um mercado ativo. Empréstimos e recebíveis são mensurados pelo custo amortizado utilizando-se do método

dos juros efetivos, deduzido de provisão para perda do valor recuperável (impairment). Receita com juros é reconhecida

aplicando-se o método da taxa efetiva, exceto para os recebíveis de curto prazo, quando o reconhecimento dos juros

for imaterial.

Disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros que não são derivativos e que são designados como

disponíveis para venda ou que não são classificados nas categorias apresentadas anteriormente.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados pelo seu valor justo. Os juros, a correção monetária e a

variação cambial, quando aplicável, são reconhecidos no resultado, quando incorridos. As variações decorrentes da

avaliação ao valor justo são reconhecidas em conta específica do patrimônio líquido quando incorridas, sendo baixadas

para o resultado do exercício no momento em que são realizadas em caixa ou consideradas não recuperáveis.

Método dos juros efetivos

O método dos juros efetivos é um método de calcular o custo amortizado de um ativo ou passivo financeiro e alocar

receita ou despesa dos juros durante o período relevante. A taxa efetiva de juros é a taxa que desconta exatamente os

recebimentos ou pagamentos futuros estimados de caixa (incluindo todas as taxas pagas ou recebidas que formam parte

integral da taxa efetiva de juros, custos de transação e outros prêmios ou descontos) através da vida esperada do ativo

financeiro, ou, onde apropriado, por um período menor.

Page 72: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo70

b) Passivos financeiros

Os passivos financeiros são classificados pelo valor justo através de lucros ou perdas ou como outros passivos financeiros.

Passivos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas

Passivos financeiros são classificados ao valor justo através de lucros ou perdas quando o passivo financeiro é mantido para

negociação ou quando designado ao valor justo através de lucros ou perdas.

Um passivo financeiro é classificado como mantido para negociação quando:

• For incorrido principalmente com propósito de recompra em futuro próximo;

• For parte de uma carteira identificada de instrumentos financeiros que a Sociedade administra conjuntamente e que

tenha um padrão realizado de lucros no curto prazo;

• For um derivativo que não esteja designado como um instrumento de hedge efetivo.

Passivos financeiros que não sejam classificados como mantidos para negociação podem ser designados como ao valor

justo através de lucros e perdas no reconhecimento inicial quando:

• Tal designação eliminar ou reduzir significativamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento que

poderia surgir;

• O passivo financeiro compuser parte de um grupo de ativos financeiros ou passivos financeiros ou de ambos, o qual

é administrado e cuja performance é avaliada com base em seu valor justo, de acordo com a administração de risco

documentada ou estratégia de investimento da Sociedade, e as informações sobre esse grupo de ativos forem fornecidas

nessa base internamente;

• Ele formar parte de um contrato contendo um ou mais derivativos embutidos, e o IAS 39 – Instrumentos Financeiros:

Reconhecimento e Mensuração permitir que o contrato combinado como um todo (ativo ou passivo) seja designado ao

valor justo através de lucros ou perdas.

Passivos financeiros ao valor justo através de lucros ou perdas são demonstrados ao valor justo, com ganhos ou perdas

reconhecidos em lucros ou perdas. Os ganhos ou perdas líquidos reconhecidos em lucros ou perdas incorporam quaisquer

juros pagos no passivo financeiro.

Outros passivos financeiros

Outros passivos financeiros são inicialmente mensurados ao valor justo, líquido dos custos da transação. Outros passivos

financeiros são subsequentemente mensurados pelo custo amortizado usando-se o método dos juros efetivos, com as

despesas com juros reconhecidas com base no rendimento efetivo. O método dos juros efetivos é um método que calcula

o custo amortizado de um passivo e aloca as despesas com juros durante o período relevante. A taxa de juros efetiva é a

taxa que exatamente desconta pagamentos estimados futuros de caixa através da vida esperada do passivo financeiro, ou,

quando aplicável, por um período menor.

Page 73: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 71

2.12. Apuração do resultado

O resultado é apurado pelo regime de competência. As receitas decorrentes da captura das transações com cartões de

crédito e de débito são apropriadas ao resultado na data do processamento das transações. A receita de serviços prestados

para os parceiros e os estabelecimentos é reconhecida no resultado quando da prestação de serviços.

2.13. Provisões

Reconhecidas quando um evento passado gerou uma obrigação legal ou implícita, existe a probabilidade de uma saída de

recursos e o valor da obrigação pode ser estimado com segurança.

O valor constituído como provisão é a melhor estimativa do valor de liquidação na data do encerramento das

demonstrações financeiras, levando em consideração os riscos e as incertezas relacionados à obrigação. Quando se

espera que o benefício econômico requerido para liquidar uma provisão seja recebido de terceiros, esse valor a receber é

registrado como um ativo, quando o reembolso é virtualmente certo e o montante pode ser estimado com segurança.

As provisões contabilizadas pela Sociedade decorrem substancialmente de processos judiciais, inerentes ao curso normal

dos negócios, movidos por terceiros e ex-funcionários, mediante ações cíveis e trabalhistas. Essas contingências são

avaliadas pela Administração da Sociedade e de suas controladas com seus assessores jurídicos e são quantificadas por

meio de critérios que permitam a sua mensuração de forma adequada, apesar da incerteza inerente a prazo e valor.

As provisões que envolvem processos tributários estão constituídas por valor equivalente à totalidade dos tributos em

discussão judicial, atualizados monetariamente e computados os juros moratórios como se devidos fossem, até as datas

dos balanços.

2.14. Moeda estrangeira

Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira foram convertidos para reais pela taxa de câmbio

da data de fechamento dos balanços e as diferenças decorrentes de conversão de moeda foram reconhecidas no

resultado do exercício.

2.15. Uso de estimativas

A preparação das demonstrações financeiras requer a adoção de estimativas por parte da Administração da Sociedade e

de suas controladas que impactam certos ativos e passivos, divulgações sobre contingências passivas e receitas e despesas

nos períodos demonstrados. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem valor residual

do ativo imobilizado e intangíveis, provisão para créditos de liquidação duvidosa (aluguel de equipamentos POS), imposto

de renda e contribuição social diferidos ativos e provisão para contingências. Uma vez que o julgamento da Administração

envolve estimativas referentes à probabilidade de ocorrência de eventos futuros, os montantes reais podem diferir dessas

estimativas. A Sociedade e suas controladas revisam as estimativas e premissas anualmente.

2.16. Remuneração com base em ações

A Sociedade oferece aos seus administradores e executivos, e aos de sua controlada Servinet, plano de opção de compra

de ações. As opções são precificadas pelo valor justo na data de concessão dos planos e são reconhecidas de forma

linear ao resultado pelo prazo de concessão da opção em contrapartida ao patrimônio líquido. Nas datas dos balanços a

Sociedade revisa suas estimativas da quantidade de opções cujos direitos devem ser adquiridos com base nessas condições

e reconhece o impacto da revisão das estimativas iniciais, se houver, na demonstração do resultado, em contrapartida ao

patrimônio líquido, de acordo com os critérios estabelecidos no IFRS 2 – Pagamentos Baseados em Ações.

Page 74: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo72

2.17. Novos IFRS e Interpretações do IFRIC

As seguintes normas e interpretações, novas e revisadas, entraram em vigor e foram adotadas nos exercícios de 2009 e/ou

2008 e afetaram os valores divulgados nestas demonstrações financeiras:

• Revisão do IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras: introduz determinadas modificações na apresentação

das demonstrações financeiras, inclusive modificações nos títulos de cada demonstração financeira. A demonstração de

mutações do patrimônio líquido só incluirá mutações do patrimônio líquido decorrentes de transações com acionistas

agindo como tais. Quanto a mutações com “não acionistas” (por exemplo, transações com terceiros ou receitas e

despesas reconhecidas diretamente no patrimônio líquido), as entidades não podem mais apresentar itens de outro

resultado abrangente separadamente nas demonstrações de mutações do patrimônio líquido. Essas movimentações

com não acionistas devem ser apresentadas em uma declaração do resultado abrangente e o total transportado para a

demonstração das mutações do patrimônio líquido. Todos os itens de receita e despesa (inclusive os reconhecidos fora

do resultado) devem ser apresentados em uma única demonstração do resultado abrangente com subtotais ou em duas

demonstrações separadas (uma demonstração do resultado e uma demonstração do resultado abrangente).

O IAS 1 também introduz novos requisitos de declaração quando a entidade adota uma modificação na prática contábil

retrospectivamente, refaz uma demonstração ou reclassifica itens de demonstrações emitidas anteriormente;

• IFRS 8 – Segmentos Operacionais: essa norma substitui o IAS 14 e exige que o valor declarado para cada segmento sirva

como medida utilizada internamente e seja comunicado ao responsável operacional para fins de alocação de recursos

para esse segmento e para avaliação de seu desempenho;

• Alteração ao IFRS 2 – Pagamento Baseado em Ações: o objetivo da alteração é basicamente esclarecer a definição de

condições de aquisição e o tratamento contábil de cancelamentos pela contraparte em um acordo baseado em ações.

As seguintes normas e interpretações, novas e revisadas, entraram em vigor nos exercícios de 2009 e/ou 2008. A adoção

não teve impacto significativo nestas demonstrações financeiras, mas podem impactar a contabilização de transações ou

contratos futuros:

• IAS 16 (emenda) – Ativo Imobilizado;

• IAS 19 (emenda) – Benefícios a Empregados;

• IAS 32 (emenda) – Instrumentos Financeiros: Apresentação;

• IAS 38 (emenda) – Ativos Intangíveis;

• IAS 39 (emenda) – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;

• IFRS 1 (emenda) – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade;

• IAS 23 (emenda) – Custos de Empréstimos;

• IFRS 5 – Ativos Não Correntes Destinados à Venda e Operações Descontinuadas;

• IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgação.

Page 75: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 73

Os seguintes novos pronunciamentos, emendas ou interpretações foram emitidos, mas não são efetivos para o exercício

findo em 31 de dezembro de 2009 e não foram adotados pela Sociedade antecipadamente:

• IFRS 1 (emenda) – Adoção Inicial: efetivo para exercícios iniciando em 1º de janeiro de 2011;

• IFRS 2 (emenda) – Pagamentos Baseados em Ações: efetivo para os exercícios iniciando em ou após 1º de julho de 2009

e 1º de janeiro de 2010;

• IFRS 7 (emenda) – Apresentação de Instrumentos Financeiros: efetivo para os exercícios iniciados a partir de

1º de janeiro de 2011;

• IAS 1 (emenda) – Apresentação das Demonstrações Financeiras: efetivo para os exercícios iniciados a partir

de 1º de janeiro de 2010 e de 2011;

• IAS 7 (emenda) – Fluxo de Caixa: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;

• IAS 17 (emenda) – Leasing: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;

• IAS 36 (emenda) – Redução ao Valor Recuperável de Ativos: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2010;

• IAS 34 (emenda) – Demonstração Financeira Interina: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011;

• IAS 39 (emenda) – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração: efetivo para os exercícios iniciados a partir

de 1º de janeiro de 2010;

• IAS 40 (emenda) – Investimento em Propriedade: efetivo para os exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2011;

• IFRS 3 (emenda) – Combinação de Empresas, e consequentes emendas ao IAS 27 – Demonstrações Financeiras

Consolidadas e Separadas, IAS 28 – Investimentos em Associadas e IAS 31 – Participações em Joint Ventures, vigentes

prospectivamente para combinações de negócios cuja data de aquisição tenha sido em ou após o início do primeiro

exercício iniciado em ou após 1º de julho de 2009, 1º de julho de 2010 e 1º de janeiro de 2011. A Administração da

Sociedade está analisando o impacto desses novos requerimentos.

Page 76: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo74

3. TRANSIÇÃO PARA O IFRS

3.1. Fundamentação da transição para o IFRS

3.1.1. Aplicação do IFRS 1

As demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 são as primeiras

apresentadas de acordo com o IFRS, conforme descrito na Nota Explicativa nº 2.1.

A Sociedade preparou o seu balanço de abertura com a data de transição 1º de janeiro de 2008 de acordo com o IFRS 1;

portanto, a Sociedade aplicou as exceções obrigatórias e certas isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa do IFRS.

3.1.2. Isenções da aplicação retrospectiva completa escolhidas pela Sociedade

A Sociedade adotou a utilização das seguintes isenções opcionais de aplicação retrospectiva completa dos IFRS:

a) Isenção para combinação de negócios: a Sociedade optou por não remensurar as aquisições de negócios ocorridas

antes da data de transição do IFRS de acordo com o IFRS 3; portanto, os ágios oriundos de aquisições anteriores a essa data

foram mantidos pelos saldos líquidos de amortização apurados na data de transição, de acordo com as práticas contábeis

adotadas no Brasil (BR GAAP).

b) Isenção para apresentação do valor justo de imobilizado como custo de aquisição: a Sociedade optou por não

remensurar seus ativos imobilizados na data de transição pelo valor justo, optando por manter o custo de aquisição adotado

no BR GAAP como valor de imobilizado.

c) Isenção relativa à mensuração dos instrumentos financeiros compostos: a Sociedade não possuía instrumentos

financeiros compostos na data de transição para o IFRS.

d) Isenção relativa ao reconhecimento de participação em controladas, joint ventures (empresas com controle

compartilhado) e associadas: as controladas, empresas com controle compartilhado e associadas da Sociedade, na data de

transição, não apresentam demonstrações financeiras em IFRS; dessa forma, a Sociedade optou por adotar a mesma data

de transição para o IFRS, para todas as suas controladas, joint ventures e associadas.

e) Isenção relativa à classificação de instrumentos financeiros: a Sociedade optou pela designação dos ativos e passivos

financeiros na data de transição para o IFRS.

3.1.3. Dispensas obrigatórias da aplicação retrospectiva completa seguidas pela Sociedade

Não foram identificados impactos nas demonstrações financeiras consolidadas da Sociedade decorrentes da aplicação das

dispensas obrigatórias previstas no IFRS 1.

Page 77: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 75

3.2. Reconciliação entre o IFRS e o BR GAAP

Descrição das principais diferenças entre IFRS e BR GAAP que afetaram as demonstrações financeiras da Sociedade:

a.) Ativo intangível: de acordo com o IFRS, os gastos pré-operacionais não se enquadram na definição de um ativo intangível

e devem ser contabilizados como gastos. Os custos incorridos para obter um ativo intangível gerado internamente

normalmente não são capitalizados.

b.) De acordo com o BR GAAP, até o exercício de 2008, os gastos pré-operacionais e com projetos em fase pré-operacional

eram contabilizados no ativo pelo custo. As amortizações eram calculadas pelo método linear sobre o custo, em taxas

determinadas em virtude da produção dos projetos implantados com relação a suas capacidades instaladas. Durante

o exercício de 2008, o BR GAAP foi alterado pelo CPC 04 – Ativos Intangíveis, convergindo para o mesmo tratamento

contábil em IFRS, sendo adotado e contabilizado pela Sociedade durante o exercício de 2008 de forma prospectiva.

Formação de joint ventures: de acordo com o IFRS, ativos não monetários contribuídos para a formação de joint venture

em troca de participação acionária são contabilizados pela joint venture a valor justo ou a valor de livros mais prêmio do

venturer. A CBGS (joint venture) contabilizou as participações acionárias contribuídas pela CBGS Ltda. (venturer) pelos

mesmos valores contábeis que estavam registrados na CBGS Ltda. (venturer) acrescidos do prêmio. Adicionalmente, a CBGS

contabilizou como aporte de capital, a valor justo, os intangíveis contribuídos pelos outros venturers Bradesco e Cassi, e as

respectivas amortizações subsequentes desses intangíveis pela vida útil definida pela Administração da joint venture.

De acordo com o BR GAAP, os intangíveis contribuídos pelos outros venturers Bradesco e Cassi não foram contabilizados

como ativos que formam o capital da joint venture. Sendo assim, todas as contribuições de ativos monetários e não

monetários pela CBGS Ltda. na joint venture são consideradas como aumento de investimento na proporção de 40,95% e a

participação restante como ágio na integralização, haja vista que os demais venturers não contribuíram com nenhum ativo

contabilizável para possuírem o direito de 59,05% de participação acionária.

c.) Contribuição de capital das ações da Visa Inc.: de acordo com o IFRS, a contribuição de capital das ações da Visa Inc.

foi contabilizada a valor justo na data de recebimento das ações, sendo registrada nas rubricas “Investimentos – ativo

financeiro disponível para venda” e “Reservas de capital”, líquida do imposto diferido. Adicionalmente, as alterações do valor

justo das ações desde a data de recebimento até as datas de venda e depois até a data de transferência aos acionistas,

conforme explicado na Nota Explicativa nº 20, foram contabilizadas na demonstração do resultado abrangente e depois

revertidas para o resultado do exercício na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.

De acordo com o BR GAAP, o recebimento dessas ações da Visa Inc. foi contabilizado como doação ao valor de custo de

R$ 2, diretamente no resultado do exercício. Posteriormente, na data da venda de parte das ações, foi contabilizado um

ganho de capital no resultado do exercício no montante de R$ 502.893.

d.) Imposto de renda e contribuição social diferidos: o imposto de renda e a contribuição social diferidos foram

contabilizados sobre as diferenças entre o BR GAAP e o IFRS, quando aplicável.

Page 78: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo76

e.) Divulgação de informações por segmento: de acordo com o IFRS, as informações por segmento de negócios são

requeridas para as companhias de capital aberto. O IFRS 8 define que os segmentos operacionais sejam identificados

com base no relatório interno sobre os resultados da Sociedade que são regularmente revisados pelos responsáveis pelas

decisões, objetivando a alocação dos recursos para o segmento e para avaliar sua performance.

Um segmento de negócio ou geográfico deve ser divulgado se a maior parte das receitas registradas provier de vendas

a clientes externos e representar pelo menos 10% do total das receitas, internas e externas, de todos os segmentos, ou

10% do resultado combinado de todos os segmentos, ou 10% do total dos ativos de todos os segmentos. Segmentos

adicionais para divulgação devem ser identificados se o total das receitas externas atribuível aos segmentos divulgados

constituir menos de 75% do total das receitas consolidadas ou da companhia. Os relatórios internos da Sociedade são

regularmente revisados pelo segmento de adquirência, o qual representa substancialmente o consolidado das operações, e

pelo segmento Projeto Saúde, o qual é proveniente do resultado das operações da joint venture CBGS e representa menos

que 10% dos parâmetros citados. O Projeto Saúde é contabilizado pelo método de consolidação proporcional e divulgado

de forma condensada na Nota Explicativa nº 4.2. Dessa forma, em relação à materialidade, a Sociedade entende que a

divulgação por segmento não acrescentará nenhuma informação nestas demonstrações financeiras.

As principais receitas de serviços estão sendo divulgadas conforme apresentado nas demonstrações do resultado para os

exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 e são auferidas integralmente no Brasil.

De acordo com o BR GAAP, normas específicas que regulem a apresentação de informações por segmento foram emitidas

no exercício de 2009 e são aplicáveis para exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010.

f.) Lucro por ação: de acordo com o IFRS, as entidades de capital aberto devem divulgar o lucro por ação básico e diluído na

posição de resultados (vide Nota Explicativa nº 21).

O lucro básico por ação deve ser calculado dividindo o lucro líquido do período atribuível aos acionistas pela

média ponderada da quantidade de ações em circulação durante o período, incluindo as emissões de direitos e bônus

de subscrição.

Uma entidade deve calcular o lucro diluído por ação, considerando o lucro líquido atribuível aos acionistas e a quantidade

média ponderada de ações em circulação, acrescida dos efeitos de todas as ações potenciais. Todos os instrumentos e

contratos que possam resultar na emissão de ações são considerados ações potenciais.

Page 79: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 77

As cifras comparativas devem ser ajustadas para refletir capitalizações, emissões de bônus de subscrição ou desdobramento

de ações. Se essas alterações ocorrerem depois da data do balanço, mas antes da autorização para emissão das

demonstrações financeiras, os cálculos por ação daquelas ou de quaisquer demonstrações financeiras de períodos

anteriores devem ser baseados no novo número de ações.

De acordo com o BR GAAP, o lucro por ação é calculado pela divisão do lucro líquido do exercício pelo número de

ações em circulação do capital social no término do exercício. Não existe o conceito de lucro por ação diluído.

Não existe a obrigatoriedade de ajustar as cifras de períodos anteriores por desdobramento ou agrupamento de ações

ou transações similares.

g.) Reclassificações de acordo com o IFRS: foram ainda efetuadas as seguintes principais reclassificações nas

demonstrações financeiras consolidadas em IFRS:

Em IFRS, os depósitos judiciais estão sendo apresentados de forma bruta no ativo não circulante. Em BR GAAP, os depósitos

judiciais foram apresentados de forma líquida das contingências no passivo não circulante.

Em IFRS, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos foram integralmente reclassificados como não

circulante. Em BR GAAP, os saldos de imposto de renda e contribuição social diferidos foram apresentados no circulante e

não circulante, conforme expectativa de realização.

Em IFRS, o saldo de lucros acumulados acima dos dividendos mínimos obrigatórios permanece no patrimônio líquido. Em

BR GAAP, o saldo de lucros acumulados foi integralmente provisionado no passivo circulante como dividendos a pagar.

h.) Provisão dos dividendos a pagar: o estatuto social da Sociedade assegura aos acionistas o dividendo mínimo de 50% do

lucro líquido ajustado de cada exercício. Para fins de IFRS, os dividendos são reconhecidos como passivo no momento em

que são aprovados pela Assembleia dos acionistas. Portanto, a Sociedade reconhece como passivo, no encerramento do

exercício social, o valor correspondente ao dividendo mínimo que ainda não tenha sido distribuído durante o exercício, até

o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente. Os dividendos excedentes ao estipulado em estatuto, que

não se enquadram para registro de acordo com IFRS, são revertidos a crédito do patrimônio líquido, sendo deduzidos dos

lucros acumulados somente quando aprovados em Assembleia pelos acionistas. De acordo com o BR GAAP, a Sociedade

registra um passivo pelos dividendos propostos pela Administração que, após o encerramento do exercício, são submetidos

à aprovação da Assembleia dos acionistas.

Page 80: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo78

3.2.1. Reconciliação do balanço patrimonial consolidado da Sociedade na data de transição

para o IFRS – 1º de janeiro de 2008

BALANÇO PATRIMONIALEfeito da Nota

transição Explicativa

ATIVO BR GAAP para IFRS nº 3.2.   IFRS

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 995.224 - 995.224

Contas a receber operacional 14.703 - 14.703

Impostos antecipados e a recuperar 877 - 877

Imposto de renda e contribuição social diferidos 35.118 (35.118) g -

Outros valores a receber 6.674 - 6.674

Direitos a receber – securitização no exterior 149.119 - 149.119

Juros a receber – securitização no exterior 6.544 - 6.544

Despesas pagas antecipadamente 1.950 - 1.950

Total do ativo circulante 1.210.209 (35.118) 1.175.091

NÃO CIRCULANTE

Realizável a longo prazo:

Direitos a receber – securitização no exterior 367.516 367.516

Imposto de renda e contribuição social diferidos 94.150 62.613 a, g 156.763

Depósitos judiciais - 221.687 g 221.687

Outros valores a receber 249 - 249

Investimentos:

Outros investimentos 288 - 288

Imobilizado 210.483 - 210.483

Intangível:

Ágio na aquisição de investimentos 41.157 - 41.157

Outros intangíveis 124.681 (80.868) a 43.813

Total do ativo não circulante 838.524 203.432 1.041.956

 

TOTAL DO ATIVO 2.048.733 168.314 2.217.047

Page 81: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 79

BALANÇO PATRIMONIALEfeito da Nota

transição Explicativa

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO BR GAAP para IFRS nº 3.2.   IFRS

CIRCULANTE

Financiamentos – arrendamento mercantil 1.034 - 1.034

Contas a pagar a estabelecimentos 437.487 - 437.487

Fornecedores 85.595 - 85.595

Impostos e contribuições a recolher 227.803 - 227.803

Provisão para contingências 2.520 - 2.520

Obrigações a pagar – securitização no exterior 148.941 - 148.941

Juros a pagar – securitização no exterior 6.544 - 6.544

Dividendos a pagar - - -

Outras obrigações 98.632 - 98.632

Total do passivo circulante 1.008.556 - 1.008.556

NÃO CIRCULANTE

Obrigações a pagar – securitização no exterior 367.516 367.516

Provisão para contingências 60.773 221.687 g 282.460

Outras obrigações 868 - 868

Total do passivo não circulante 429.157 221.687 650.844

PATRIMÔNIO LÍQUIDO -

Capital social 74.534 74.534

Reserva de capital 3.627 3.627

Reserva de lucros – legal 14.907 14.907

Lucros acumulados 517.952 (53.373) a, d 464.579

Ações em tesouraria - - -

Total do patrimônio líquido 611.020 (53.373) 557.647

   

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.048.733 168.314 2.217.047

Reconciliação do patrimônio líquido de BR GAAP para IFRS na data de transição para o IFRS – 1º de janeiro de 2008

Nota

Explicativa

nº 3.2.  

Patrimônio líquido em BR GAAP 611.020

Ajustes em IFRS:

Estorno dos efeitos da baixa dos diferidos em IFRS no resultado de 2008 a (80.868)

Imposto de renda e contribuição social diferidos d 27.495

Patrimônio líquido em IFRS 557.647

Page 82: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo80

3.2.2. Reconciliação das demonstrações financeiras consolidadas do último exercício apresentado em

BR GAAP – 31 de dezembro de 2008

BALANÇO PATRIMONIAL

Efeito da Nota

transição Explicativa

ATIVO BR GAAP para IFRS nº 3.2.   IFRS

CIRCULANTE

Caixa e equivalentes de caixa 1.072.157 - 1.072.157

Contas a receber operacional 162.943 - 162.943

Contas a receber de controlada 177 - 177

Impostos antecipados e a recuperar 1.219 - 1.219

Imposto de renda e contribuição social diferidos 37.054 (37.054) g -

Outros valores a receber 4.941 - 4.941

Direitos a receber – securitização no exterior 207.979 - 207.979

Juros a receber – securitização no exterior 6.341 - 6.341

Despesas pagas antecipadamente 4.488 - 4.488

Total do ativo circulante 1.497.299 (37.054) 1.460.245

NÃO CIRCULANTE

Realizável a longo prazo:

Direitos a receber – securitização no exterior 277.000 - 277.000

Imposto de renda e contribuição social diferidos 132.344 37.054 g 169.398

Depósitos judiciais - 323.073 g 323.073

Outros valores a receber 1.703 - 1.703

Investimentos:

Outros investimentos 174 - 174

Imobilizado 213.295 - 213.295

Intangível:

Ágio na aquisição de investimentos 17.795 - 17.795

Outros intangíveis 49.075 20.766 b 69.841

Total do ativo não circulante 691.386 380.893 1.072.279

TOTAL DO ATIVO 2.188.685 343.839 2.532.524

Page 83: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 81

BALANÇO PATRIMONIAL

Efeito da Nota

transição Explicativa

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO BR GAAP para IFRS nº 3.2.   IFRS

CIRCULANTE

Financiamentos – arrendamento mercantil 401 - 401

Contas a pagar a estabelecimentos 487.628 - 487.628

Fornecedores 96.604 - 96.604

Impostos e contribuições a recolher 275.066 - 275.066

Dividendos a pagar 542.985 (542.985) h -

Contas a pagar a joint venture - 20.766 b 20.766

Obrigações a pagar – securitização no exterior 207.943 - 207.943

Juros a pagar – securitização no exterior 6.341 - 6.341

Outras obrigações 66.526 - 66.526

Total do passivo circulante 1.683.494 (522.219) - 1.161.275

NÃO CIRCULANTE

Obrigações a pagar – securitização no exterior 277.000 - 277.000

Provisão para contingências 68.390 323.073 g 391.463

Outras obrigações 740 - 740

Total do passivo não circulante 346.130 323.073 669.203

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social 75.379 - 75.379

Reserva de capital 68.606 - 68.606

Reserva de lucros – legal 15.076 - 15.076

Lucros acumulados - 542.985 h 542.985

Total do patrimônio líquido 159.061 542.985 h 702.046

     

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.188.685 343.839 - 2.532.524

Page 84: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo82

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

2008

BR GAAP

Efeito da

transição

para IFRS

Nota

Explicativa

nº 3.2.  

IFRS

RECEITA BRUTA

Receita de comissões 2.184.840 2.184.840

Receita de aluguel 903.061 903.061

Receita de prestação de serviços 127.652 - 127.652

Receita de comissões, de aluguel e de prestação de serviços 3.215.553 - 3.215.553

Impostos sobre serviços (340.087) - (340.087)

 

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.875.466 - 2.875.466

CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (851.119) - (851.119)

 

LUCRO BRUTO 2.024.347 - 2.024.347

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS

Pessoal (95.613) - (95.613)

Gerais e administrativas (147.386) (15.098) a, b (162.484)

Remuneração de administradores e executivos (9.520) - (9.520)

Marketing (77.948) - (77.948)

Outras receitas operacionais, líquidas 325.101 (63.344) a, b, c 261.757

 

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 2.018.981 (78.442) 1.940.539

RESULTADO FINANCEIRO

Receitas financeiras 153.405 - 153.405

Despesas financeiras (59.875) - (59.875)

Antecipação de recebíveis 17.388 - 17.388

Variação cambial, líquida 947 - 947

111.865 - 111.865

 

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 2.130.846 (78.442) 2.052.404

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Correntes (774.180) - (774.180)

Diferidos 37.177 26.671 a, d 63.848

 

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.393.843 (51.771) 1.342.072

Reconciliação do patrimônio líquido de BR GAAP para IFRS em 31 de dezembro de 2008

Page 85: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 83

Nota

Explicativa

nº 3.2.  

Patrimônio líquido em BR GAAP 159.061

Ajustes em IFRS:

Reclassificação dos dividendos acima do mínimo obrigatório

para o patrimônio líquidoh 542.985

Patrimônio líquido em IFRS 702.046

FLUXOS DE CAIXA

Exercício findo em 31 de dezembro de 2008

BR GAAP

Efeito da

transição

para IFRS

Nota

Explicativa

nº 3.2.  

IFRS

Caixa gerado pelas atividades operacionais 1.067.557 (172.394) c 895.163

Caixa gerado pelas atividades de investimento 312.826 13.084 325.910

Caixa aplicado nas atividades de financiamento (1.303.450) 159.310 c (1.144.140)

 

AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 76.933 - 76.933

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Saldo final 1.072.157 - 1.072.157

Saldo inicial 995.224 - 995.224

 

AUMENTO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 76.933 - 76.933

Page 86: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo84

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADASAs demonstrações financeiras consolidadas incorporam os saldos das contas da Sociedade (controladora), das controladas

Servinet, Servrede e CBGS Ltda. (até 31 de outubro de 2009) e das joint ventures CBGS (até 30 de novembro de 2009), Orizon,

anteriormente denominada Polimed, Dativa (até 29 de maio de 2008), Prevsaúde e Precisa (a partir de 28 de fevereiro de 2009). Na

elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas foram eliminados os saldos e as transações entre essas Sociedades.

Os componentes de ativo, passivo, receitas e despesas das joint ventures CBGS (incorporada em 30 de novembro de 2009),

Orizon, Dativa (incorporada em 29 de maio de 2008), Prevsaúde e Precisa foram incluídos proporcionalmente à participação da

controladora no capital social destas.

A conversão para reais das demonstrações financeiras da filial em Grand Cayman, preparadas originalmente em dólares norte-

americanos, foi efetuada com base nas taxas correntes do câmbio de fechamento nas datas dos balanços.

4.1. Controladas diretas (controle individual)

A lista a seguir apresenta as participações nas subsidiárias consolidadas, como segue:

Participação – %

Capital total Capital votante

2009 2008 2009 2008

Controladas diretas:

Servinet 99,99 99,99 99,99 99,99

Servrede 99,99 99,99 99,99 99,99

CBGS Ltda. - 99,99 - 99,99

4.2. Joint ventures (empresas com controle compartilhado)

As participações nas joint ventures incluem a CBGS, Orizon, anteriormente denominada Polimed, Dativa (até 29 de maio de

2008), Prevsaúde e Precisa (a partir de 28 de fevereiro de 2009), conforme descrito na tabela a seguir:

Participação – %

Capital total Capital votante

2009 2008 2009 2008

Joint ventures:

CBGS 40,95 40,95 40,95 40,95

Orizon 40,95 40,95 40,95 40,95

Prevsaúde 40,95 40,95 40,95 40,95

Precisa 40,95 40,95 40,95 40,95

Page 87: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 85

As informações financeiras condensadas das joint ventures foram consolidadas pelo método de consolidação proporcional. Está

demonstrada a seguir a totalidade dos saldos de ativos e passivos das controladas:

CBGS

2009 2008

Ativo:

Circulante 39.795 20.667

Não circulante 51.395 73.794

Total do ativo 91.190 94.461

Passivo:

Circulante 12.221 6.404

Não circulante 3.585 5.414

Patrimônio líquido 75.384 82.643

Total do passivo e patrimônio líquido 91.190 94.461

Receita bruta 65.841 30.955

Lucro bruto 12.098 2.179

Prejuízo operacional (32.474) (20.468)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro (32.474) (20.468)

Prejuízo do exercício (34.403) (22.157)

5. TRANSAÇÕES SEM EFEITO DE CAIXADurante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Sociedade realizou as seguintes atividades de investimento sem efeitos

de caixa que não estão refletidas nas demonstrações dos fluxos de caixa:

• Conforme descrito na Nota Explicativa nº 1, a controlada CBGS Ltda. adquiriu participação de 40,95% da CBGS, restando o

saldo do principal a integralizar em 31 de dezembro de 2008 no montante de R$ 35.166, registrado no contas a pagar do

consolidado após eliminação contra o contas a receber na proporção da participação da Sociedade; no exercício findo em 31

de dezembro de 2009, foi integralizado o montante de R$ 35.166;

• Conforme descrito na Nota Explicativa nº 20.(a), a Sociedade recebeu 11.990.744 ações da Visa Inc. como contribuição de

capital ao valor justo na data no total de R$ 897.276, registrado nas rubricas “Investimentos” e “Reservas de capital”, líquido do

imposto de renda e da contribuição social diferidos.

Adicionalmente, conforme descrito na Nota Explicativa nº 20.(a) e (b), a Sociedade transferiu 5.253.684 ações da Visa Inc. para os

acionistas da Sociedade a título de distribuição de dividendos com transferência de ativos financeiros no valor de R$ 487.058.

Page 88: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo86

6. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

2009 2008 01.01.2008

Caixa e bancos:

Moeda nacional 1.945 8.184 22.811

Moeda estrangeira 12.456 6.513 6.196

Aplicações financeiras:

Debêntures compromissadas (a) 58.085 616.653 416.843

Certificados de Depósito Bancário – CDBs (a) 439.479 436.381 544.017

Money Market Deposit Account – MMDA (b) 2.315 4.426 5.357

Total 514.280 1.072.157 995.224

Os saldos de caixa e bancos são constituídos por fundo fixo de caixa e valores disponíveis em contas bancárias no Brasil e no

exterior, substancialmente representados por montantes depositados pelas instituições financeiras emissoras de cartões de crédito,

sendo tais valores utilizados para a liquidação financeira das transações com os estabelecimentos.

As aplicações financeiras têm as seguintes características:

(a) Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, as aplicações financeiras em debêntures e CDBs foram

rentabilizadas, em média, a 102,4% e 103,1%, respectivamente, do Certificado de Depósito Interbancário – CDI;

(b) Os recursos aplicados no exterior (Nova York – EUA) em MMDA são rentabilizados a uma taxa prefixada de 0,1% ao ano.

As aplicações financeiras mencionadas têm liquidez imediata e seus valores de mercado não diferem dos valores contabilizados.

7. CONTAS A RECEBER OPERACIONAL

2009 2008 01.01.2008

Antecipação de recebíveis (a) 1.164.376 146.643 -

Trava de domicílio bancário (b) 2.333 6.051 2.275

Prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica entre operadoras de saúde (c) 4.534 3.943 4.883

Companhia Brasileira de Soluções e Serviços – CBSS (d) 3.351 3.353 4.994

Outras contas a receber 4.190 2.953 2.551

Total 1.178.784 162.943 14.703

(a) A Sociedade iniciou em 1º de setembro de 2008 e 5 de janeiro de 2009 a prestação de serviços de antecipação de recebíveis dos créditos à vista e

parcelados, respectivamente, à sua rede de estabelecimentos comerciais credenciados. Em 31 de dezembro de 2009, o saldo corresponde às operações de

antecipação de recebíveis realizadas que serão recebidas dos bancos emissores em até 360 dias da data de antecipação aos estabelecimentos comerciais.

Em 31 de dezembro de 2009, referido montante está líquido do ajuste a valor presente referente aos encargos incidentes no montante de

R$ 35.266, registrado a débito do resultado financeiro (vide Nota Explicativa nº 30).

Os dez maiores estabelecimentos comerciais que efetuaram operações de antecipação de recebíveis representaram 27,5% do total da receita de

antecipação de recebíveis no exercício findo em 31 de dezembro de 2009.

(b) A Sociedade oferece aos bancos emissores o serviço de trava de domicílio bancário mediante autorização prévia do estabelecimento comercial para

bloquear qualquer transferência de recebíveis desse estabelecimento para outro banco. Por esse serviço, a Sociedade recebe comissão, a qual é liquidada

no mês subsequente à solicitação da trava de domicílio bancário pelos bancos emissores.

(c) Contas a receber da controlada em conjunto Orizon decorrentes da prestação de serviços de interconexão de rede eletrônica, em plataforma tecnológica

única, objetivando a troca de informações entre as operadoras de saúde e os prestadores de serviços médicos e hospitalares e quaisquer outros agentes do

sistema de saúde suplementar e drogarias.

(d) Contas a receber da CBSS (entidade sob controle comum) decorrentes da prestação de serviços de captura e processamento de cartões de vale-refeição

e vale-transporte.

Page 89: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 87

O saldo da rubrica “Contas a receber operacional”, por período de vencimento, está apresentado a seguir:

2009 2008 01.01.2008

A vencer 1.175.302 160.997 12.641

Vencidos até 45 dias 3.482 1.946 2.062

1.178.784 162.943 14.703

O saldo registrado na rubrica “Contas a receber operacional” está líquido da provisão para devedores duvidosos no montante de

R$ 1.457 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 2.164 em 31 de dezembro de 2008).

8. DIREITOS A RECEBER – SECURITIZAÇÃO NO EXTERIOR Referem-se aos direitos a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A., contratados em julho de 2003, no montante

de US$ 500 milhões, dividido em US$ 100 milhões e US$ 400 milhões, respectivamente, com taxas de juros de 4,777% e 5,911% ao

ano e prazo de vencimento de oito anos com amortizações trimestrais e carência de dois anos.

Em 31 de dezembro de 2009, o principal a receber do Banco Bradesco S.A. e do Banco do Brasil S.A. é de R$ 206.295 (R$ 484.979

em 31 de dezembro de 2008).

Esses saldos foram segregados entre circulante e não circulante de acordo com o cronograma de recebimentos, sendo R$ 163.850

(R$ 207.979 em 31 de dezembro de 2008) e R$ 42.445 (R$ 277.000 em 31 de dezembro de 2008), respectivamente.

Os juros são recebidos e pagos de forma antecipada, trimestralmente, e estão contabilizados nas rubricas “Juros a receber –

securitização no exterior” e “Juros a pagar – securitização no exterior”, no montante de R$ 2.914 (R$ 6.341 em 31 de dezembro

de 2008).

Esses direitos foram contratados com as mesmas taxas e prazos da obrigação da Sociedade para com a Brazilian Merchant Voucher

Receivables Limited, sociedade de propósito específico constituída em Grand Cayman (Nota Explicativa no 19).

A parcela de longo prazo, em 31 de dezembro de 2009, será integralmente liquidada durante o exercício de 2011.

Page 90: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo88

9. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOSOs valores de imposto de renda e contribuição social diferidos são provenientes de diferenças temporárias ocasionadas,

principalmente, por provisões não dedutíveis temporariamente e estão mantidos no circulante e não circulante, considerando a

expectativa de realização.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às

diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e passivos e o respectivo valor contábil. Os valores apresentados são

revisados mensalmente.

A composição do imposto de renda e da contribuição social diferidos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 é como segue:

Imposto de renda   Contribuição social  

2009 2008 01.01.2008 2009 2008 01.01.2008

Diferenças temporárias:

Provisão para contingências 124.338 97.311 69.228 44.762 35.032 24.922

Provisão para despesas diversas 27.949 24.445 19.010 10.065 8.800 6.843

Baixa do ativo diferido - - 20.217 - - 7.278

Ajuste a valor presente do contas a receber de

antecipação de recebíveis8.816 - - 3.174 - -

Provisão para manutenção de equipamentos POS - - 1.296 - - 466

Provisão para perdas com equipamentos POS 713 1.133 772 257 408 278

Provisão para perdas com gastos diferidos 1.416 1.668 4.744 510 601 1.709

Total 163.232 124.557 115.267 58.768 44.841 41.496

A Administração considera que os ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias serão realizados na proporção da solução final

das contingências e dos eventos correlatos. A expectativa de realização dos impostos e das contribuições diferidos é como segue:

2010 58.299

2014 163.701

Total 222.000

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Demonstrações Financeiras 2009 89

10. IMOBILIZADO

Consolidado

2009

Taxa anual de

depreciação – %Custo

Depreciação

acumulada Líquido

Equipamentos POS(*) 33 693.860 (422.466) 271.394

Equipamentos de processamento de dados 20 27.214 (18.043) 9.171

Máquinas e equipamentos 10 68.612 (64.814) 3.798

Instalações 10 17.080 (9.893) 7.187

Móveis e utensílios 10 6.584 (2.999) 3.585

Veículos 20 1.198 (212) 986

Total 814.548 (518.427) 296.121

Consolidado

2008

Taxa anual de

depreciação – %Custo

Depreciação

acumulada Líquido

Equipamentos POS(*) 33 550.237 (363.592) 186.645

Equipamentos de processamento de dados 20 23.824 (15.742) 8.082

Máquinas e equipamentos 10 70.168 (62.991) 7.177

Instalações 10 16.244 (8.920) 7.324

Móveis e utensílios 10 6.233 (2.595) 3.638

Veículos 20 478 (49) 429

Total 667.184 (453.889) 213.295

(*) Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, está contabilizada a provisão para perdas de equipamentos POS, nos montantes de R$ 2.851 e R$ 520,

respectivamente, que está registrada como redutora do saldo da conta.

A movimentação do imobilizado no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é como segue:

2008Adições/

transferências

Baixas/

reversõesDepreciações 2009

Equipamentos POS 186.645 215.722 (6.162) (124.811) 271.394

Equipamentos de processamento de dados 8.082 4.739 (100) (3.550) 9.171

Máquinas e equipamentos 7.177 2.861 (47) (6.193) 3.798

Instalações 7.324 1.531 (454) (1.214) 7.187

Móveis e utensílios 3.638 898 (287) (664) 3.585

Veículos 429 915 (147) (211) 986

Total 213.295 226.666 (7.197) (136.643) 296.121

Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, existem ativos imobilizados, advindos de operações de arrendamento financeiro,

representados apenas por ativos classificados como equipamentos de processamento de dados com valores líquidos de R$ 2.215

e R$ 6.203, respectivamente. O prazo médio residual de depreciação desses equipamentos é de aproximadamente três anos. As

depreciações dos equipamentos de informática adquiridos através de operações de arrendamento mercantil nos exercícios findos

em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, registradas na rubrica “Despesas gerais e administrativas”, montam a R$ 3.988 e R$ 4.112,

respectivamente. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade não possuía saldos de arrendamento financeiro a pagar.

Page 92: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo90

11. áGIOConforme a Nota Explicativa nº 1, em 2 de janeiro de 2008, a CBGS Ltda. subscreveu na controlada em conjunto CBGS 693.480

novas ações ordinárias, sem valor nominal, pelo montante de R$ 139.045, representando o valor justo na data.

Como parte do pagamento, a CBGS Ltda. entregou a totalidade das cotas representativas do capital social da Orizon e da Dativa

pelo montante de R$ 71.691, composto pelos ativos líquidos totais de R$ 9.188, transferindo o ágio na aquisição dessas controladas

originado quando da aquisição de terceiros e gerando um contas a pagar de R$ 67.266 a ser integralizado em até dois anos,

conforme detalhes na Nota Explicativa nº 1.

O saldo do ágio no consolidado é apresentado líquido do estorno do ganho não realizado no consolidado pela transferência das

cotas do capital social da Orizon e da Dativa no montante de R$ 5.880, como também líquido da provisão de impairment do ágio

constituída durante o exercício de 2008, no montante consolidado de R$ 1.956.

No final do exercício de 2008, a Companhia avaliou a recuperabilidade do ágio e determinou que o saldo de ágio associado com a

contribuição na joint venture estava em excesso ao seu montante recuperável em R$ 1.956. O montante recuperável foi calculado

com base em seu valor em uso. O principal fator que contribuiu para o montante não recuperável foi a avaliação da Administração

sobre as expectativas de rentabilidade do Projeto Saúde.

O montante não recuperável do ágio foi contabilizado na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas” na

demonstração do resultado do exercício de 2008.

A composição analítica dos ágios em 31 de dezembro de 2009 está apresentada a seguir:

ágio Participação – %   Líquido

CBGS 25.631 100,00 25.631

Prevsaúde 7.372 40,95 3.019

Precisa 3.381 40,95 1.384

Lucro não realizado (5.880)

Provisão para perda (1.956) (1.956)

Total 22.198

Conforme a Nota Explicativa nº 1, em 16 de março de 2009 a controlada indireta CBGS adquiriu a totalidade das cotas

representativas do capital social das empresas Prevsaúde e Precisa. O valor do investimento registrado contabilmente pela CBGS

inclui ágio na aquisição das cotas no montante de R$ 10.753. O referido ágio está fundamentado na expectativa de lucratividade

futura daquelas Sociedades, em face do acréscimo operacional previsto para os próximos anos.

A movimentação do ágio no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é como segue:

2008Adições/

transferências

Baixas/

reversões2009

CBGS 25.631 - - 25.631

Prevsaúde - 3.019 - 3.019

Precisa - 1.384 - 1.384

Provisão de perda (1.956) - - (1.956)

Lucro não realizado (5.880) - - (5.880)

Total 17.795 4.403 - 22.198

Page 93: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 91

12. INTANGÍVEL

2009 2008 01.01.2008

Taxa anual de

amortização – %Custo

Amortização

 acumulada Líquido Líquido Líquido

Software (a) 20 83.124 (55.319) 27.805 35.928 43.685

Desenvolvimento de projetos (b) 20 28.543 (15.064) 13.479 19.820 19.109

Provisão para perda com projetos (c) - - - - (6.673) (18.981)

Relacionamento com clientes (d) 32 35.464 (35.464) - 20.766 -

147.131 (105.847) 41.284 69.841 43.813

(a) Refere-se a itens adquiridos de terceiros e utilizados na prestação de serviços de processamento de informações e transações comerciais de clientes. Não

há software individualmente relevante em 31 de dezembro de 2009.

(b) Representam gastos com desenvolvimento de novos produtos e serviços que visam incrementar o faturamento e a receita da Sociedade e de

suas controladas.

(c) Refere-se à provisão para perdas com gastos incorridos no desenvolvimento de projetos e de software pela controlada em conjunto Orizon.

(d) Refere-se à consolidação proporcional de 40,95% dos intangíveis contribuídos na joint venture CBGS pelos outros venturers Bradesco e Cassi, e às

respectivas amortizações subsequentes desses intangíveis pela vida útil definida de 38 meses. Adicionalmente, para fins de consolidação, a Administração da

Sociedade constituiu provisão de perda desses intangíveis com saldo consolidado de R$ 46.641 em 31 de dezembro de 2009 (R$ 35.444 em 31 de dezembro

de 2008), sendo apresentado o montante de custo na tabela anterior líquido dessa provisão.

Para fins de consolidação, no final do exercício de 2008 a Sociedade avaliou a recuperabilidade desses intangíveis na joint venture

e determinou que seu saldo residual estava em excesso ao seu montante recuperável em R$ 35.444, sendo constituída provisão de

perda. Adicionalmente, no final do exercício de 2009 a Sociedade avaliou novamente o montante recuperável desses intangíveis e

complementou a provisão de perda para um saldo de R$ 46.641.

O montante recuperável foi calculado com base em seu valor em uso. O principal fator que contribuiu para o montante não

recuperável foi a avaliação da Administração sobre as expectativas de rentabilidade do Projeto Saúde.

A contrapartida da provisão de perda dos intangíveis foi contabilizada na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais,

líquidas” na demonstração do resultado do exercício, no montante de R$ 11.197, em 31 de dezembro de 2009 (R$ 35.444 em

31 de dezembro de 2008).

As despesas com amortização dos intangíveis foram incluídas na rubrica “Despesas gerais e administrativas” na demonstração

do resultado.

A movimentação do intangível no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é como segue:

2008Adições/

transferências

Baixas/

reversõesAmortizações 2009

Software 35.928 4.457 (74) (12.506) 27.805

Desenvolvimento de projetos 19.820 1.888 (6.676) (1.553) 13.479

Provisão para perdas com projetos (6.673) - 6.673 - -

Relacionamento com clientes 20.766 - (11.197) (9.569) -

Total 69.841 6.345 (11.274) (23.628) 41.284

Page 94: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo92

13. TRANSAÇÕES PENDENTES DE REPASSEOs valores devidos pelos portadores de cartões de crédito por intermédio dos bancos emissores e os valores a serem repassados

aos estabelecimentos comerciais estão registrados em contas de compensação. Em 31 de dezembro de 2009, os saldos

correspondem a R$ 25.963.741 (R$ 20.767.459 em 31 de dezembro de 2008) e R$ 26.631.263 (R$ 21.255.087 em 31 de dezembro

de 2008), respectivamente.

Adicionalmente à prestação de serviço de repasse dos montantes transacionados nos cartões de crédito entre os bancos emissores

e os estabelecimentos comerciais, a Sociedade também garante aos estabelecimentos comerciais afiliados ao sistema que eles

receberão, de qualquer forma, os repasses das transações de cartões de crédito.

A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões da bandeira VISA,

com o intuito de proteger-se quanto a eventual risco de default dessas instituições, que prevê a solicitação de garantias (reais

ou bancárias) considerando o risco de crédito do banco emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões da bandeira

VISA e o risco residual da inadimplência dos portadores dos cartões de crédito. O fornecimento das garantias é obrigatório para

todos os bancos emissores classificados com risco de crédito e os valores são revistos periodicamente pela bandeira VISA e

pela Sociedade. Caso não sejam oferecidas as garantias solicitadas, o banco emissor não é aceito como membro do sistema ou

perde essa condição. O sistema de garantias do negócio tem a finalidade de assegurar aos estabelecimentos comerciais que

receberão os valores das transações realizadas com cartões da bandeira VISA. Os bancos emissores garantem a Sociedade contra

eventual inadimplência dos portadores, e ela garante o estabelecimento contra eventual inadimplência caso o banco emissor

sofra intervenção pelo Banco Central do Brasil – BACEN. A Visa International gerencia o sistema de garantias que são exigidas dos

bancos emissores nesse processo, bem como é a garantidora final do sistema, inclusive da Sociedade.

Com base no valor irrelevante de histórico de perdas da Sociedade com problemas de inadimplência de bancos emissores e

atuais riscos de crédito dessas instituições financeiras, a Sociedade estima que o valor justo das garantias aos estabelecimentos

comerciais não é relevante, e, portanto, não é contabilizado como passivo.

14. CONTAS A PAGAR A ESTABELECIMENTOSO montante de R$ 667.522, em 31 de dezembro de 2009 (R$ 487.628 em 31 de dezembro de 2008), corresponde à diferença entre

os valores recebidos dos portadores dos cartões VISA por intermédio dos bancos emissores e os montantes a serem repassados

aos estabelecimentos. De forma geral, o prazo de recebimento dos emissores é de 27 dias e o prazo médio de liquidação aos

estabelecimentos comerciais é de 30 dias a partir da data da transação. Portanto, esse saldo a pagar em 31 de dezembro de 2009

corresponde ao float de aproximadamente três dias.

15. FORNECEDORES

2009 2008 01.01.2008

Fornecedores 66.156 22.877 63.065

Provisão para pagamento a fornecedores 50.287 73.727 22.530

Total 116.443 96.604 85.595

Page 95: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 93

16. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLhER

2009 2008 01.01.2008

Imposto de renda e contribuição social, líquidos de antecipações efetuadas 388.289 248.525 203.189

Imposto Sobre Serviços – ISS 6.098 5.477 4.466

Imposto de Renda Retido na Fonte – IRRF 5.016 5.661 4.487

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS 13.928 12.430 11.163

Programa de Integração Social – PIS 3.051 2.798 2.110

Outros tributos a recolher 563 175 2.388

Total 416.945 275.066 227.803

17. OUTRAS OBRIGAÇÕES

2009 2008 01.01.2008

Passivo circulante:

Provisão para despesas diversas 21.861 19.864 25.492

Provisão para férias e 13º salário e encargos 19.503 17.374 13.532

Participação dos funcionários e diretores 36.619 20.743 17.409

Outros valores a pagar 2.058 8.545 42.199

Total 80.041 66.526 98.632

Passivo não circulante:

Valores a pagar 233 740 868

18. PROVISÃO PARA CONTINGêNCIAS E DEPóSITOS JUDICIAIS

a) Provisão para contingências

A Administração da Sociedade e de suas controladas constituiu, com base nos pareceres apresentados pelos assessores

jurídicos, provisão para contingências para cobrir perdas com os processos fiscais, trabalhistas e cíveis em andamento, cuja

chance de desfecho desfavorável foi considerada provável.

A movimentação das provisões para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de 2009 está demonstrada a seguir:

2008Adições

(a)  

Baixas/

reversões (b)

Atualização

 monetária Pagamentos (c) 2009

Fiscais 369.430  154.047 (21.400) 2.870 (20.501) 484.446

Cíveis 11.196  2.771 (2.102) - (497) 11.368

Trabalhistas 10.837  7.376 (2.446) - (3) 15.764

Total 391.463  164.194 (25.948) 2.870 (21.001) 511.578

(a) Correspondem substancialmente ao complemento da provisão para contingências no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, referente a

tributos com exigibilidade suspensa, registrada em contrapartida de “Despesas gerais e administrativas” e “Outras (despesas) receitas operacionais” na

demonstração do resultado.

(b) Substancialmente representadas por provisão para contingências fiscais, em que a Sociedade desistiu das ações e procedeu à inclusão delas no

programa de parcelamento de débitos federais.

(c) Correspondem substancialmente às liquidações à vista dos processos incluídos no programa de parcelamento de débitos federais.

Page 96: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo94

Contingências trabalhistas e previdenciárias – consideram o estágio atual dos processos em andamento em caso de perdas prováveis.

Contingências cíveis – são relacionadas a fraudes ocorridas em processos operacionais de cartão de crédito.

Contingências fiscais – correspondem a divergências de interpretação em relação à autoridade fiscal, substancialmente quanto a:

•PIS–majoraçãodaalíquota – a Sociedade e sua controlada Servinet, desde janeiro de 2003, estão questionando judicialmente

a majoração da alíquota de apuração do PIS para 1,65%. Consequentemente, desde então a diferença entre a alíquota do PIS

calculada pela sistemática cumulativa e pela não cumulativa vem sendo registrada como provisão para contingências. Os

montantes não recolhidos desse tributo estão sendo depositados judicialmente. Em 31 de dezembro de 2009, o valor dessa

provisão para contingências é de R$ 87.458 e do depósito judicial é de R$ 92.244. A ação movida pela Sociedade foi ajuizada

na 2ª Vara da Justiça Federal de São Bernardo do Campo, o acórdão transitou em julgado e aguarda-se execução da sentença

e conversão do depósito em renda. A ação movida pela controlada foi ajuizada na 7ª Vara da Justiça Federal de São Paulo e

está aguardando julgamento do recurso de apelação;

•COFINS–não cumulatividade – a Sociedade e sua controlada Servinet, desde fevereiro de 2004, impetraram mandado de

segurança visando a afastar a exigibilidade da COFINS nos moldes da Lei nº 10.833/03, que introduziu a sistemática de apuração

no método não cumulativo à alíquota de 7,60%, e passaram a efetuar o depósito judicial dos valores apurados mensalmente.

Como consequência, desde então a diferença de alíquota calculada pela sistemática cumulativa e pela não cumulativa vem

sendo registrada como provisão para contingências. Os montantes não recolhidos desse tributo estão sendo depositados

judicialmente. Em 31 de dezembro de 2009, o valor dessa provisão para contingências é de R$ 361.833 e o saldo do depósito

judicial é de

R$ 362.474. A ação encontra-se no Supremo Tribunal Federal aguardando julgamento;

•ImpostosobreCirculaçãodeMercadoriaseServiços–ICMSsobreimportação – em 2003, a Sociedade, por meio de mandado

de segurança e da defesa de autos de infração que tratam do desembaraço aduaneiro de equipamentos POS adquiridos

no exterior e destinados a integrar o seu ativo imobilizado, pleiteou a não incidência de ICMS. Em 31 de dezembro de 2009,

o valor dessa provisão para contingências é de R$ 5.881 e do depósito judicial é de R$ 3.040. As ações movidas pela

Sociedade foram ajuizadas na 1ª, 3ª, 6ª, 7ª, 10ª, 13ª e 14ª Varas da Fazenda Pública do Estado de São Paulo e os autos estão

aguardando julgamento;

•FundodeInvestimentosdaAmazônia–FINAM – em 2007, a controladora sofreu auto de infração referente ao ano-calendário

2002, exercício 2003. A Receita Federal do Brasil alega a não apresentação do Pedido de Revisão de Ordem de Emissão de

Incentivos Fiscais – PERC nos prazos requeridos e, assim, não reconhece a parcela do Imposto de Renda Pessoa Jurídica –

IRPJ destinado ao FINAM. Aguarda-se distribuição do Recurso Voluntário para Câmara do 1º Conselho de Contribuintes. Em 31

de dezembro de 2009, o valor da provisão para contingências constituída é de R$ 11.080;

•IRRF–cartõesdeincentivos – em 2008, a controladora sofreu auto de infração referente ao ano-calendário 2005. A Receita

Federal do Brasil está requerendo os créditos, provenientes de campanhas de marketing de incentivo. Esse processo encontra-se

em fase de defesa administrativa. Em 31 de dezembro de 2009, o valor da provisão para contingências constituída é de R$ 390;

•Autosdeinfraçãosobrecréditosnãoidentificados – em 23 de dezembro de 2009, a Sociedade sofreu autos de infração

referentes aos anos-calendário de 2004 a 2007 quanto aos recolhimentos de IRRF, PIS, COFINS e CSLL. A Receita Federal do

Brasil está requerendo os créditos que não foram identificados em obrigações acessórias. O processo encontra-se em fase

de defesa administrativa, mas, com base na opinião dos assessores jurídicos, a Sociedade efetuou o registro da provisão para

perdas no montante de R$ 16.953.

Page 97: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 95

A Sociedade e suas controladas possuem outras divergências de interpretação em relação às autoridades fiscais e, para isso, têm

provisão para contingências constituída em 31 de dezembro de 2009 no montante de R$ 851.

A Administração da Sociedade e de suas controladas, fundamentada na opinião de seus assessores jurídicos, entende que o

efetivo desembolso de referidas provisões não ocorrerá antes de 2014.

Adicionalmente, em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade e suas controladas possuem ações fiscais, cíveis e trabalhistas

envolvendo riscos de possíveis perdas, com base na avaliação de seus assessores jurídicos, para as quais não há provisão

constituída, como segue:

Fiscais 117.816

Cíveis 124.041

Trabalhistas 16.269

Total 258.126

Os riscos com ações cíveis referem-se substancialmente à cobrança de transações realizadas por meio do sistema da Sociedade

que não foram repassadas aos estabelecimentos comerciais em virtude do descumprimento de cláusulas que compõem o

contrato de afiliação, adicionadas de indenizações pelos prejuízos causados pelas transações não repassadas à época.

As ações trabalhistas, quando iniciadas, são consideradas possíveis. Somente após decisão do Tribunal elas são reclassificadas

para prováveis ou remotas, dependendo do teor da decisão e considerando o histórico de perdas em ações trabalhistas

similares. Em geral, as ações trabalhistas são referentes a equiparação salarial, horas extras, reflexo do bônus anual,

enquadramento sindical, reconhecimento de vínculo, estabilidade decorrente de doença profissional e dano moral,

considerando o histórico de perda.

b) Depósitos judiciais – ativo não circulante

A Sociedade mantém depósitos judiciais vinculados às provisões tributárias, trabalhistas e cíveis, os quais estão assim demonstrados:

2009

Fiscais 452.273

Cíveis 1.325

Trabalhistas 1.694

Total 455.292

Page 98: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo96

19. Obrigações a pagar – Securitização no exteriorReferem-se à operação de securitização descrita nas Notas Explicativas nº 1 e nº 8, representando a obrigação de a Sociedade

entregar os direitos creditórios denominados em moeda estrangeira gerados ou a serem gerados por ela contra a Visa International

Service Association, decorrente, principalmente, de operações de compra de bens/serviços com cartões de crédito e de débito de

bandeira VISA nos estabelecimentos comerciais brasileiros realizadas por pessoas físicas residentes e domiciliadas no exterior, que

foram objeto de contrato de cessão de fluxo futuro de direitos creditórios para a Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited,

sociedade de propósito específico constituída em Grand Cayman, que emitiu títulos no mercado internacional, lastreados nos

recebíveis cedidos pela Sociedade.

Conforme as disposições do contrato multilateral (Indenture) firmado para viabilizar a emissão, a Brazilian Merchant Voucher

Receivables Limited pagará a totalidade de suas obrigações referentes à operação de securitização, por meio do fluxo de recebíveis

denominados em moeda estrangeira contra a Visa International Service Association.

Os bancos participantes dessa operação (Banco Bradesco S.A. e Banco do Brasil S.A.) firmaram acordo de garantia cruzada em

que, no caso de inadimplência de um deles, a outra parte garante a operação, tendo direito a exercer a opção de compra de ações

sobre o total ou uma porção da participação do banco inadimplente no capital social da Sociedade.

A amortização da parcela registrada no passivo não circulante em 31 de dezembro de 2009 tem vencimento até o ano 2011, sendo

o cronograma de pagamentos das parcelas do longo prazo igual ao divulgado na Nota Explicativa nº 8.

20. Patrimônio líquido

a) Capital social e reserva de capital

O capital social em 31 de dezembro de 2009 está representado por 1.364.783.800 ações ordinárias, todas subscritas e

integralizadas. Conforme mencionado no item (d) a seguir, com a recompra de 4.532.300 ações em 2009, a quantidade de

ações em circulação em 31 de dezembro de 2009 é de 1.360.251.500.

Em 31 de janeiro de 2008, a Caixa Econômica Federal exerceu o direito de subscrição de ações e, nessa data, foram subscritas

7.690.493 ações pelo valor de R$ 65.825, sendo R$ 846 registrados como aumento de capital e R$ 64.979 registrados como

reserva de capital – ágio na subscrição de ações.

Em 18 de março de 2008, a Visa Inc. concluiu o seu processo de reestruturação societária. O resultado dessa reestruturação,

que teve por objetivo ajustar a participação acionária das empresas-membro de acordo com os resultados financeiros gerados

para cada uma das cinco regiões operacionais daquela empresa, foi a concessão de ações de sua titularidade aos membros

participantes do Sistema Visa.

Naquela data, em virtude desse processo, a Sociedade recebeu 11.990.744 ações ao valor nominal de US$ 0,0001,

sendo contabilizadas como contribuição de capital ao valor justo na data no total de R$ 897.276, registrado nas rubricas

“Investimentos” e “Reservas de capital”, líquido do imposto de renda e da contribuição social diferidos.

Em 28 de março de 2008, o correspondente a 6.737.060 ações da Visa Inc. foi vendido ao valor de mercado da data de abertura

de capital da Visa Inc. pelo valor total de R$ 502.893, líquido das respectivas comissões.

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Demonstrações Financeiras 2009 97

Na Assembleia Geral Extraordinária de 2 de junho de 2008 foi deliberada a redução de capital da Sociedade em R$ 1. Em

contrapartida à referida redução de capital, foi transferido o investimento que a Sociedade possuía em 5.253.684 ações

ordinárias classe “C” (Série I) da Visa Inc. As ações da Visa Inc. foram entregues aos acionistas na mesma proporção destes no

capital da Sociedade. A movimentação no valor justo dessas ações desde a data em que foram recebidas até esta data, a qual

estava sendo contabilizada na demonstração do resultado abrangente, foi transferida para o resultado do exercício.

Em 25 de junho de 2008, mediante reunião do Conselho de Administração da Sociedade, foi deliberada a emissão de 96.757

ações ordinárias classe “B”, mediante utilização de parte do capital autorizado, as quais foram subscritas pela Caixa Econômica

Federal, sem aporte adicional de capital.

Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 25 de agosto de 2008 foi aprovada a conversão da totalidade das 332.391.900

ações ordinárias classe “B” em ações ordinárias classe “A” na mesma proporção, passando o capital social da Sociedade a ser

representado por uma única classe de ações ordinárias, sem valor nominal.

Na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 22 de setembro de 2008 foi aprovado o desdobramento das ações ordinárias

de emissão da Sociedade, passando cada 1 ação ordinária existente a corresponder a 2 ações ordinárias. O capital social da

Sociedade passou a ser dividido em 1.364.783.800 ações, todas ordinárias, nominativas e sem valor nominal.

b) Dividendos

Dividendos são reconhecidos como passivo no momento em que os dividendos são aprovados pelos acionistas da Sociedade.

Aos acionistas é assegurado, estatutariamente, dividendo mínimo de 50% sobre os lucros auferidos, após a constituição

da reserva legal de 5% do lucro líquido do exercício, até que essa reserva atinja 20% do capital social. O eventual saldo

remanescente de lucro líquido do exercício societário será destinado de acordo com a deliberação da Assembleia Geral. A

Sociedade registra, no encerramento do exercício social, provisão para o montante de dividendo mínimo que ainda não tenha

sido distribuído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito anteriormente. Em 31 de dezembro

de 2009, o montante de dividendos a pagar era de R$ 105.365, já deduzido dos pagamentos de dividendos antecipados e

intercalares efetuados no montante de R$ 661.532.

Durante reunião do Conselho de Administração realizada em 28 de janeiro de 2009, foi deliberada a distribuição do saldo de

lucros acumulados, com base no balanço de 31 de dezembro de 2008, no montante de R$ 542.985. Esse valor foi distribuído

aos acionistas, na forma de dividendos, em 27 de fevereiro de 2009.

Conforme ata da reunião do Conselho de Administração realizada em 22 de abril de 2009, foi deliberada a distribuição do

resultado do trimestre findo em 31 de março, na forma de dividendos intercalares e antecipados, no montante de R$ 333.199.

Em 4 de agosto de 2009, conforme ata da reunião do Conselho de Administração, foi deliberada a distribuição do resultado do

trimestre findo em 30 de junho de 2009, no montante de R$ 328.333.

Em 2 de junho de 2008, foi transferido o investimento que a Sociedade possuía em 5.253.684 ações ordinárias classe “C”

(Série I) da Visa Inc. aos acionistas na mesma proporção destes no capital da Sociedade, a título de distribuição de dividendos

com transferência de ativos financeiros.

c) Reserva de lucros – legal

A rubrica “Reserva de lucros – legal” representa os montantes constituídos à razão de 5% do lucro líquido apurado no

encerramento de cada exercício, nos termos do artigo 193 da Lei nº 6.404/76, até o limite de 20% do capital social. Em 31 de

dezembro de 2009, o saldo dessa reserva é de R$ 15.076.

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Cielo98

d) Ações em tesouraria

Em 23 de novembro de 2009, o Conselho de Administração da Sociedade, em consonância com disposições do artigo 17 do

seu Estatuto Social, aprovou a aquisição de até 6.000.000 de ações ordinárias, sem valor nominal, de sua própria emissão, para

cancelamento, alienação ou manutenção em tesouraria e, em especial, para atender ao exercício das opções outorgadas no

âmbito do Plano de Opção de Compra de Ações da Sociedade, sem redução de capital social, dentro do prazo de 180 dias a

partir dessa data, com encerramento, portanto, no dia 21 de maio de 2010.

Cabe à Administração da Sociedade definir a oportunidade e a quantidade de ações a ser adquirida, dentro dos limites autorizados.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, as recompras de ações ocorreram conforme o quadro a seguir:

MêS Quantidade Valor

Custo

médio – R$

por ação(*)       

Novembro 513.100 8.212 16,00

Dezembro 4.019.200 61.016 15,18

Total 4.532.300 69.228

(*) O maior e menor valor pago nessas recompras de ações é de R$ 16,46 e R$ 13,83, respectivamente.

21. LUCRO POR AÇÃO

a) Movimentação do número de ações ordinárias:

AÇÕES EMITIDAS Ordinárias

Ações em 31 de dezembro de 2007 1.349.209.300(*)

Emissão de novas ações em 23 de janeiro de 2008 15.380.986(*)

Emissão de novas ações em 25 de junho de 2008 193.514(*)

Ações em 31 de dezembro de 2008 1.364.783.800

Recompra de ações para tesouraria – 26 e 27 de novembro de 2009 (513.100)

Recompra de ações para tesouraria – 1º a 15 de dezembro de 2009 (4.013.200)

Ações em 31 de dezembro de 2009 1.360.257.500

(*) Considerando desdobramento de ações de 1 para 2, ocorrido em 22 de setembro de 2008.

Page 101: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 99

b) Lucro por ação

Conforme requerido pelo IAS 33 – Earnings per Share, as tabelas a seguir reconciliam o lucro líquido e a média ponderada das

ações em circulação aos montantes usados para calcular o lucro por ação básico e o diluído.

BáSICO 2009 2008

Lucro líquido do exercício disponível para as ações ordinárias 1.533.794 1.342.072

Média ponderada das ações ordinárias em circulação (em milhares) 1.364.364 1.363.763

Lucro por ação (em R$) – básico 1,1242 0,9841

DILUÍDO 2009 2008

Lucro líquido do exercício disponível para as ações ordinárias 1.533.794 1.342.072

Denominador diluído:

Média ponderada das ações ordinárias em circulação (em milhares) 1.364.364 1.363.763

Potencial incremento nas ações ordinárias em virtude do plano de opções de ações 576 -

Total (em milhares) 1.364.940 1.363.763

Lucro por ação (em R$) – diluído 1,1237 0,9841

22. DESPESAS POR NATUREZAA Sociedade optou por apresentar a demonstração do resultado consolidado por função. Conforme requerido pelo IFRS, o

detalhamento da demonstração do resultado consolidado por natureza está apresentado a seguir:

2009 2008

Despesas com pessoal (221.722) (180.197)

Depreciação e amortização (160.271) (148.635)

Serviços profissionais (652.697) (654.630)

Ganho de capital com alienação de participação societária - 12.848

Ganho de capital com alienação de ações - 343.583

Outras despesas (307.152) (307.896)

Total (1.341.842) (934.927)

Classificado como:

Custo dos serviços prestados (936.312) (851.119)

Despesas de pessoal (123.380) (95.613)

Despesas gerais e administrativas (147.145) (162.484)

Remuneração de administradores e executivos (6.829) (9.520)

Marketing (72.960) (77.948)

Outras despesas operacionais (55.216) 261.757

Total (1.341.842) (934.927)

Page 102: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo100

23. FILIAL NO EXTERIORA Sociedade efetua operações (Nota Explicativa nº 1) por meio de sua filial em Grand Cayman, Ilhas Britânicas Ocidentais. O

saldo das contas patrimoniais e do resultado das operações dessa filial, em 31 de dezembro de 2009, consolidado com as contas

da Sociedade (matriz), após eliminações, é o seguinte: ativos circulante e não circulante de R$ 215.800 (R$ 499.213 em 31 de

dezembro de 2008), passivos circulante e não circulante de R$ 209.270 (R$ 491.453 em 31 de dezembro de 2008) e patrimônio

líquido de

R$ 7.760 (R$ 7.760 em 31 de dezembro de 2008). O resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi de R$ 1.230 (R$

2.248 em 31 de dezembro de 2008).

No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, o efeito da variação cambial sobre a tradução das demonstrações financeiras

da filial em Grand Cayman de R$ 1.824 (R$ 1.587 no exercício findo em 31 de dezembro de 2008) foi registrado na rubrica

“Resultado financeiro”.

24. TRANSAÇÕES E SALDOS COM PARTES RELACIONADASNo curso habitual das atividades e em condições de mercado, são mantidas pela Sociedade operações com partes relacionadas,

tais como contas a receber dos emissores, que são conglomerados financeiros dos quais os acionistas controladores detêm

participação social, bem como despesas e receitas com serviços prestados pela Servinet e Orizon.

A Sociedade, na realização de seus negócios e contratação de serviços, realiza cotações e pesquisas de mercado, tendo por critério

a busca pelas melhores condições técnicas e de preços, cabendo a decisão da realização das transações, independentemente de

esta ser realizada entre partes relacionadas ou não, pelo responsável da área que motivou a contratação do produto ou serviço.

Ainda, a natureza das atividades da Sociedade faz com que ela celebre contratos com diversos emissores, sendo alguns desses

emissores seus acionistas diretos ou indiretos. A Sociedade acredita que todos os contratos firmados com suas partes relacionadas

observam condições equânimes de mercado (arms-length basis).

As tabelas a seguir incluem o valor, discriminado por modalidades de contrato, acionistas e controladas, das operações com partes

relacionadas em que a Sociedade é parte, relativas aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008:

2009 2008

Acionistas Controladas

Banco

Bradesco S.A.

Banco do

Brasil S.A.

Banco

Santander S.A.Outros Servinet Orizon Total Total

Ativos (passivos):

Aplicações financeiras (a) 58.885 281.694 111.238 47.812 - - 499.629 1.030.395

Contas a receber operacional:

Serviços de prevenção à fraude 144 154 137 54 - - 489 1.007

Serviços de trava de domicílio bancário 592 90 330 458 - - 1.470 6.051

Direitos a receber – securitização no

exterior (b)115.863 93.346 - - - - 209.209 491.320

Contas a receber de controlada - - - - 5 2.554 2.559 206

Contas a pagar a controlada - - - - (6.324) - (6.324) (10.398)

Outras obrigações – comissão de afiliação

e outras obrigações (393) (396) (136) (190) - - (1.115) (2.165)

Page 103: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 101

2009 2008

Acionistas Controladas

Banco

Bradesco S.A.

Banco do

Brasil S.A.

Banco

Santander S.A.Outros Servinet Orizon Total Total

Receitas:

Receitas de aplicações financeiras (a) 15.323 14.468 18.117 2.287 - - 50.195 116.127

Receitas de prevenção à fraude 1.752 2.108 1.322 2.889 - - 8.071 6.684

Receitas de trava de domicílio bancário 5.137 902 4.548 16.503 - - 27.090 37.887

Receitas de serviços e aluguel de

equipamentos POS- - - - - 4.029 4.029 1.569

Despesas:

Outras despesas operacionais – comissão

de afiliação(5.957) (6.137) (2.035) (2.822) - - (16.951) (19.274)

Contratos de prestação de serviços

com a Servinet (c)- - - - (83.991) - (83.991) (82.349)

Acordo de investimento com a CBGS - - - - - - - (32.245)

Acordo para pagamentos de verba

de incentivo (d)(2.470) - (2.018) (5.180) - - (9.668) (18.386)

Contrato de seguro coletivo empresarial de

assistência médica hospitalar e odontológica (9.453) - - - - - (9.453) (8.340)

Contrato de previdência privada (e) (1.209) (1.309) (953) - - - (3.471) (5.069)

Contrato de seguro de vida

coletivo empresarial - - (817) (817) (659)

(a) As aplicações financeiras, quanto a prazos, encargos e taxas de remuneração, foram realizadas em condições semelhantes às que seriam aplicáveis a partes

não relacionadas.

(b) Vide Nota Explicativa nº 8.

(c) A Sociedade contratou a Servinet para prestar serviços de instalação e manutenção dos equipamentos POS nos estabelecimentos comerciais.

A remuneração prevista pelos serviços prestados é estabelecida com base nos custos incorridos pela Servinet quando da prestação dos referidos serviços,

acrescida de impostos e contribuições, bem como de margem de remuneração.

(d) Pagamento de incentivo a emissores de acordo com metas contratadas relacionadas à emissão de cartões com bandeira VISA.

(e) Vide Nota Explicativa nº 35.

Page 104: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo102

25. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIALA seguir está demonstrada a taxa efetiva do imposto de renda e da contribuição social para os exercícios findos em 31 de dezembro

de 2009 e de 2008:

2009 2008

Lucro líquido antes do imposto de renda e da contribuição social 2.331.098 2.052.404

Imposto de renda e contribuição social às alíquotas vigentes – 34% (792.573) (697.817)

Efeito de diferenças permanentes, líquidas(*) (4.731) (12.515)

Imposto de renda e contribuição social (797.304) (710.332)

Correntes (853.151) (774.180)

Diferidos 55.847 63.848

(*) Representado substancialmente por provisões para contingências permanentemente indedutíveis na apuração do lucro real e da base negativa da

contribuição social.

26. INSTRUMENTOS FINANCEIROSOs valores de realização estimados de ativos e passivos financeiros da Sociedade foram determinados por meio de informações

disponíveis no mercado e metodologias apropriadas de avaliação. Entretanto, considerável julgamento foi requerido na

interpretação dos dados de mercado para produzir a estimativa do valor de realização mais adequada. Como consequência, as

estimativas a seguir não indicam, necessariamente, os montantes que poderão ser realizados no mercado. O uso de diferentes

metodologias de mercado pode ter um efeito material nos valores de realização estimados.

A administração desses instrumentos é efetuada por meio de estratégias operacionais, visando à liquidez, rentabilidade e

segurança. A política de controle consiste em acompanhamento permanente das taxas contratadas versus as vigentes no mercado.

A Sociedade não efetua aplicações de caráter especulativo, nem em derivativos nem em nenhum outro ativo de risco.

(a) Ativos e passivos

Os ativos e passivos financeiros da Sociedade são caixa e equivalentes de caixa, contas a receber operacional, direitos a receber

e obrigações a pagar de securitização no exterior, contas a pagar a estabelecimentos e fornecedores. Em 31 de dezembro de

2009, os valores estimados de mercado dos instrumentos financeiros podem ser assim demonstrados:

2009

Valor contábil Valor de mercado

Caixa e equivalentes de caixa 514.280 514.280

Contas a receber operacional 1.178.784 1.178.784

Direitos a receber – securitização no exterior 209.209 215.110

Obrigações a pagar – securitização no exterior 209.270 215.110

Fornecedores 116.443 116.443

Contas a pagar a estabelecimento 667.522 667.522

O valor de mercado dos ativos financeiros e dos financiamentos de curto e longo prazos, quando aplicável, foi determinado

utilizando taxas de juros correntes disponíveis para operações remanescentes com condições e vencimentos similares.

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Demonstrações Financeiras 2009 103

b) Risco de crédito

A Sociedade dispõe de instrumento para mitigação de risco de crédito dos bancos emissores dos cartões VISA, com o intuito de

proteger-se quanto a eventual risco de default dessas instituições.

Esse instrumento de proteção está respaldado na obrigação assumida pela bandeira VISA, conforme estabelecido no

regulamento internacional, em garantir o repasse aos estabelecimentos afiliados à Sociedade de todas as vendas realizadas com

os cartões VISA nas respectivas datas de vencimento, caso ocorra inadimplência de um determinado emissor.

O modelo de garantia implementado pela bandeira VISA, em conjunto com a Sociedade, prevê a solicitação de garantias (reais

ou bancárias) considerando o risco de crédito do emissor, os volumes das vendas realizadas com os cartões VISA e o risco

residual da inadimplência dos portadores de cartões. O fornecimento das garantias é obrigatório para todos os emissores

classificados com risco de crédito e os valores são revistos periodicamente pela bandeira VISA e pela Sociedade. Caso não sejam

oferecidas as garantias solicitadas, o emissor não é aceito como membro do sistema ou perde essa condição.

Aos estabelecimentos credenciados que não mantêm sistemas próprios para a captura eletrônica de transações a Sociedade

disponibiliza, mediante contrato de locação, o equipamento POS. O valor do aluguel é descontado, no seu vencimento, do

montante das transações liquidadas aos estabelecimentos. Entretanto, há a possibilidade de não recebimento do valor do

aluguel na data de vencimento em razão da não existência de saldos a serem pagos aos estabelecimentos. Nesses casos, a

Sociedade faz a gestão da cobrança desses valores por meio de débito de vendas futuras, conta corrente ou recuperação

através de escritórios especializados na recuperação de créditos, podendo haver perdas dos valores de aluguel.

O sistema da bandeira VISA também prevê a possibilidade de que as transações efetuadas com cartões de crédito sejam

contestadas pelos respectivos portadores, dentro de determinados prazos, contados da data da realização da transação. Para

tanto, a Sociedade firma contrato de afiliação com todos os estabelecimentos credenciados no qual estão definidas todas as

regras para aceitação dos cartões VISA no ponto-de-venda. Se ocorrerem contestações pelos portadores e o estabelecimento

não mais estiver credenciado na data da reclamação ou não tiver valores a receber da Sociedade, será efetuada cobrança por

meio de débito em conta corrente ou escritórios especializados na recuperação de créditos, existindo a possibilidade de perdas

para a Sociedade.

c) Risco de fraude

A Sociedade utiliza um sofisticado sistema antifraude no monitoramento das transações efetuadas com cartões de crédito e de

débito, que aponta e identifica transações suspeitas de fraude no momento da autorização e envia um alerta ao banco emissor

do cartão para que este contate o portador do cartão.

Page 106: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo104

d) Risco de taxa de câmbio

Os gastos efetuados por estrangeiros no Brasil com os cartões VISA são creditados pela Visa International Service Association à

Sociedade no dia seguinte, convertidos em dólares norte-americanos pela PTAX de compra fixada pelo Banco Central do Brasil

– BACEN na data de realização dos gastos.

A Sociedade dispõe de operação de proteção contra oscilação de moedas, que consiste na pré-venda dos dólares norte-americanos

a receber convertidos pela mesma taxa de câmbio, o que reduz significativamente eventuais riscos de exposição de oscilação

da moeda.

Não existem outras operações significativas em moeda estrangeira que possam causar variações relevantes no resultado da

Sociedade, em virtude dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio sobre os demais ativos e passivos atrelados a moedas

estrangeiras, principalmente o dólar norte-americano.

Em 31 de dezembro de 2009, a exposição líquida ao risco da taxa de câmbio em milhares de dólares norte-americanos

é como segue:

ATIVO:

Caixa e bancos 7.148

Aplicações financeiras 1.330

Direitos a receber – securitização no exterior 118.568

127.046

PASSIVO:

Contas a pagar a estabelecimentos comerciais (4.470)

Obrigações a pagar – securitização no exterior (118.568)

(123.038)

 

Posição comprada de dólares norte-americanos 4.008

e) Risco de taxa de juros

Os resultados da Sociedade estão suscetíveis a variações significativas decorrentes das operações de aplicações financeiras

contratadas a taxas de juros flutuantes.

De acordo com suas políticas financeiras, a Sociedade vem aplicando seus recursos em instituições financeiras de primeira linha,

não tendo efetuado operações envolvendo instrumentos financeiros que tenham caráter especulativo.

f) Análise sensitiva de variações na taxa de juros – aplicações financeiras

Os rendimentos oriundos das aplicações financeiras da Sociedade são afetados pelas variações nas taxas de juros, tais como

CDI. Em 31 de dezembro de 2009, estimando um aumento ou uma redução de 25% e 50% nas taxas de juros, haveria um

aumento ou uma redução das receitas financeiras de aproximadamente R$ 12.245 e R$ 24.490, respectivamente. Esse montante

foi calculado considerando o impacto de aumentos ou reduções hipotéticos nas taxas de juros sobre o saldo médio das

aplicações financeiras em 2009.

Page 107: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 105

g) Derivativos

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade não manteve operações com instrumentos financeiros

derivativos.

h) Instrumentos financeiros por categoria

31 de dezembro de 2009

ATIVOS:Empréstimos e

  recebíveis  

Caixa e equivalentes de caixa 514.280

Contas a receber operacional 1.178.784

Direitos a receber – securitização no exterior 209.209

Total 1.902.273

PASSIVOS:Outros passivos

financeiros

Contas a pagar a estabelecimentos 667.522

Fornecedores 116.443

Obrigações a pagar – securitização no exterior 209.270

Total 993.235

31 de dezembro de 2008

ATIVOS:Empréstimos e

recebíveis  

Caixa e equivalentes de caixa 1.072.157

Contas a receber operacional 162.943

Direitos a receber – securitização no exterior 491.320

Total 1.726.420

PASSIVOS:

Outros passivos

financeiros

Contas a pagar a estabelecimentos 487.628

Fornecedores 96.604

Obrigações a pagar – securitização no exterior 491.284

Total 1.075.516

Page 108: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo106

27. COMPROMISSOSA Sociedade tem como principais atividades os serviços de captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das

transações realizadas com cartões de crédito e de débito da bandeira VISA. Para viabilizar tais atividades, a Sociedade celebrou os

seguintes contratos:

a) Contratos de aluguel

Em 31 de dezembro de 2009, com base nos contratos vigentes, são os seguintes os pagamentos anuais futuros estimados

de aluguel:

ANO

2010 6.239

2011 6.551

Total 12.790

A maioria dos contratos possui cláusula de multa rescisória, com caução de três aluguéis, podendo a devolução parcial ser

negociada em cada caso.

b) Fornecedores de telecomunicações, tecnologia (processamento de transações) e logística

Em 31 de dezembro de 2009, com base nos contratos vigentes, são os seguintes os pagamentos futuros estimados de

fornecedores de telecomunicações, tecnologia e logística:

ANO

2010 391.472

2011 407.475

Total 798.947

Os contratos de captura e processamento de transações preveem multas rescisórias no valor total de R$ 100.000. Para

telecomunicações, os contratos variam conforme a demanda operacional, não sendo possível estabelecer um prazo médio,

tendo uma multa rescisória média de R$ 9.300. Os contratos de logística estão vigentes desde junho de 2007, com prazo

mínimo de 12 meses, tendo como multa rescisória o valor de R$ 9.068.

c) Fianças bancárias

Em 31 de dezembro de 2009, com base nos contratos vigentes, as fianças bancárias contratadas apresentam as seguintes

composições:

MODALIDADE

Garantia para transações com cartões 35

Garantias sobre contratos de aluguel(*) 504

Total 539

(*) Caução cedida por instituições financeiras para garantir o pagamento dos contratos de locação de imóveis.

Page 109: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 107

d) Outros compromissos

Conforme descrito na Nota Explicativa nº 1, a Sociedade e a controlada CBGS Ltda. celebraram contrato para futuro aumento

de capital e a Sociedade comprometeu-se a aportar recursos financeiros até 2 de janeiro de 2010 no montante de R$ 67.354.

Em 31 de dezembro de 2009, o saldo estava totalmente integralizado, tendo a atualização ocorrida no exercício, no montante

de R$ 4.363, sido registrada na rubrica “Despesas financeiras”.

28. PARTICIPAÇÃO DOS COLABORADORES E ADMINISTRADORES NO LUCROA Sociedade e suas controladas concedem participação nos lucros a seus colaboradores e administradores, vinculada ao alcance

de metas operacionais e objetivos específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício.

Os valores de participação dos colaboradores e administradores no lucro dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de

2008 foram registrados na rubrica “Despesas de pessoal” na demonstração do resultado e estão apresentados como segue:

2009 2008

Colaboradores 30.369 19.168

Administradores 6.251 1.574

Total 36.620 20.742

29. REMUNERAÇÃO DE ADMINISTRADORES E EXECUTIVOSNa Assembleia Geral Extraordinária da controladora de 13 de abril de 2009, foi fixada a remuneração global anual dos

administradores em R$ 14.515.

2009

Remuneração Outorga de opções

Fixa Variável TotalSaldo

de opções (a)

Preço de

exercício (b)

Diretores estatutários 4.114 3.338 7.452 1.611.700 12,80

Conselho de Administração 518 - 518 - -

Total 4.632 3.338 7.970 1.611.700 12,80

(a) Refere-se à quantidade de opções outorgadas e não exercidas até 31 de dezembro de 2009.

(b) Refere-se ao preço médio ponderado de exercício das opções à época das outorgas.

Page 110: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo108

30. RESULTADO FINANCEIRO

2009 2008

Receitas financeiras:

Rendimentos de aplicações financeiras 50.218 116.127

Juros sobre postergação de recebíveis 3.742 7.663

Juros de securitização no exterior 22.208 28.804

Reversão de multa e juros de contingências 4.490 -

Reversão de multa e juros no parcelamento de débitos federais (a) 17.712 -

Outras receitas financeiras 1.381 811

99.751 153.405

Despesas financeiras:

Juros de securitização no exterior (22.208) (28.804)

Juros de mora e multas (12.206) (8.129)

Multas e juros de contingências (2.830) -

Multa e juros no parcelamento de débitos federais (a) (11.103) -

Juros passivos (2.995) (21.105)

Outras despesas financeiras (5.177) (1.837)

(56.519) (59.875)

Receita com antecipação de recebíveis:

Antecipação de recebíveis 218.150 17.388

Despesa de ajuste a valor presente:

Ajuste a valor presente do contas a receber (b) (35.266) -

Variação cambial, líquida (c) 1.903 947

Total 228.019 111.865

(a) Vide Nota Explicativa nº 32.

(b) Conforme descrito na Nota Explicativa nº 7.(a), o ajuste a valor presente registrado nas demonstrações financeiras foi calculado sobre as operações de

antecipações de recebíveis. As seguintes premissas foram adotadas no referido cálculo:

• As taxas de juros utilizadas foram aquelas contratadas nas operações e são de até 4,2% ao mês;

• Os cálculos foram efetuados individualmente, descontando-se os fluxos de caixa de cada um dos recebíveis registrados.

A Administração da Sociedade reconheceu o ajuste a valor presente do saldo de contas a receber em virtude da materialidade dos valores objeto do ajuste,

das taxas de juros contratadas e dos prazos das operações.

Mensalmente, a Administração revisa as premissas mencionadas e as variações são consignadas ao resultado do exercício.

(c) Decorre basicamente da operação de securitização de recebíveis no exterior e de ganhos e perdas em contas originalmente registradas em moeda

estrangeira, representada por receita no montante de R$ 126.625 (R$ 391.812 em 31 de dezembro de 2008) e despesa no montante de R$ 124.722

(R$ 390.865 em 31 de dezembro de 2008).

Page 111: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 109

31. OUTRAS (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS, LÍQUIDASEstão representadas por:

2009 2008

Ganho no valor justo das ações da Visa Inc. (a) - 343.583

Ganho de capital na alienação de participação societária (b) - 12.848

Multa por distrato com prestador de serviços (c) (30.992) -

Baixa de créditos incobráveis (15.461) (12.967)

Baixa por impairment do intangível (11.197) (35.445)

Provisão para contingências (15.496) (6.217)

Parcelamento de débitos federais (2.088) -

Perda com a incorporação da CBGS Ltda. (4.431) -

Provisão para perda com equipamento POS inativo (2.331) (520)

Outras receitas (despesas) operacionais (d) 26.780 (39.525)

Total (55.216) 261.757

(a) Corresponde ao ganho na movimentação do valor justo das ações da Visa Inc., contabilizado como ativos financeiros disponíveis para venda, conforme

Nota Explicativa nº 20.

(b) Refere-se ao ganho de capital auferido pela controlada CBGS Ltda. na alienação integral de sua participação societária na Orizon, conforme Nota

Explicativa nº 1.

(c) Refere-se à multa contratual estabelecida por distrato com prestador de serviços.

(d) Em 31 de dezembro de 2009, referem-se, substancialmente, ao reembolso de despesas dos bancos acionistas em razão da oferta pública das

ações da Sociedade.

32. PARCELAMENTO DE DéBITOS FEDERAISEm 28 de maio de 2009, foi publicada a Lei nº 11.941, resultado da conversão da Medida Provisória nº 449/08, que, entre outras

questões, instituiu um novo programa de parcelamento de débitos federais.

Com base nessa Lei, em 25 de novembro de 2009 a Administração da Sociedade decidiu pelo pagamento à vista de determinados

débitos, conforme a seguir:

PROCESSO Valor contábil PagamentoGanho contábil

Controladora Consolidado

PIS Repique 17.939 (10.026) 7.913  7.913 

IRRF – cartões de incentivo 4.073 (629) 3.444  3.444 

COFINS – compensação do IPI 3.731 (2.556) 1.175  1.175 

IRPJ, CSLL, PIS e COFINS de 1999 - (9.610) (9.610) (9.610)

PIS – cumulatividade (*) 7.952 (6.657) -  1.295 

COFINS – majoração de alíquota (*) 310 (6) -  304 

Total 34.005 (29.484) 2.922  4.521 

(*) Corresponde aos efeitos do parcelamento da controlada Servinet.

Os ganhos gerados a título de desconto nos juros e nas multas, registrados na controladora e no consolidado, nos montantes de

R$ 5.038 e R$ 6.609, respectivamente, estão registrados na rubrica “Resultado financeiro”. Esses ganhos foram parcialmente

liquidados por provisões adicionais registradas na data do parcelamento, nos montantes de R$ 2.116 e R$ 2.088, registrados na

controladora e no consolidado, respectivamente, na rubrica “Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.

Page 112: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo110

33. COBERTURA DE SEGUROSEm 31 de dezembro de 2009, a cobertura de seguros é como segue:

MODALIDADEImportância

segurada  

Responsabilidade civil e executivos 103.785

Incêndio 20.000

Vendaval e fumaça 1.500

Danos elétricos 1.500

Equipamentos eletrônicos 1.500

Roubo 500

Alagamento e inundação 1.500

Lucros cessantes 8.500

Veículos 1.096

Outros 1.400

34. PLANO DE OPÇÃO DE COMPRA DE AÇÕESEm 22 de setembro de 2008, foi realizada a Assembleia Geral Extraordinária que aprovou o plano de opções de compra de ações

ordinárias de emissão da Sociedade. Esse plano foi ratificado pela Assembleia Geral Extraordinária de 1º de junho de 2009 e tem

vigência de dez anos a partir da data da primeira outorga aos beneficiários.

Poderão ser outorgadas opções de compra de ações de forma que a diluição do capital social não exceda, a qualquer tempo

durante a vigência do plano, 0,3% ao ano. O prazo de vigência para o exercício da opção é de cinco anos contados da outorga

aprovada pelo Conselho de Administração. Os beneficiários do plano serão definidos anualmente ou em periodicidade julgada

conveniente pelo Conselho de Administração.

Em reuniões do Conselho de Administração de 1º de julho e 23 de setembro de 2009, foram aprovadas a primeira e segunda

outorgas de opção de compra de ações ordinárias, respectivamente, conforme demonstradas em quadro a seguir, não havendo a

opção de liquidação das opções em caixa.

Os beneficiários, nos termos do Plano e do Contrato de Outorga de Opção de Compra, poderão exercer a primeira parcela,

equivalente a 1/3 do total das opções de compra a eles outorgadas após um ano da data da outorga.

Preço de

exercício R$

Prazo de

carência 

Valor justo

das opções –

R$ por açãoData de

outorga

Quantidade

Outorgadas Canceladas Saldo

01/07/09 2.848.700 (242.900) 2.605.800 11,25 (a) 5 anos 3,86

23/09/09 551.200 - 551.200 16,84 (b) 5 anos 4,55

Total 3.399.900 (242.900) 3.157.000

(a) Corresponde a 75% do valor de lançamento das ações da Sociedade na primeira distribuição pública de ações.

(b) Corresponde à média ponderada dos pregões compreendidos entre 7 de agosto e 18 de setembro de 2009.

Page 113: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 111

Para determinar o valor justo das opções pelo modelo de precificação Black & Scholes, a Companhia utilizou as seguintes

premissas econômicas:

Outorga em

 julho de 2009 

Outorga em

 setembro de 2009 

Dividend yield 6,66% 6,66%

Volatilidade do preço da ação 36,67% 36,67%

Período esperado para o exercício 4 anos 4 anos

O valor justo está sendo apropriado ao resultado do exercício e a contrapartida na reserva de capital de forma linear pelo prazo

de até 36 meses. No exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foi reconhecida despesa de R$ 3.699, registrada na rubrica de

“Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas”.

35. OUTRAS INFORMAÇÕESa) A Sociedade contribui mensalmente com o Plano Gerador de Benefícios Livres – PGBL (contribuição definida) para os

colaboradores, tendo incorrido, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, em despesas de contribuições no montante de

R$ 3.471 (R$ 1.151 em 31 de dezembro de 2008), contabilizadas nas rubricas “Custo dos serviços prestados” e “Despesas

com pessoal”.

b) As despesas com Imposto sobre Operações Financeiras – IOF, no exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foram no

montante de R$ 368 (R$ 4.091 em 31 de dezembro de 2008), contabilizadas na rubrica “Despesas gerais e administrativas”.

36. ASSUNTOS REGULAMENTARESEm 1º de outubro de 2009, o Banco Central do Brasil – BACEN concluiu a análise sobre a indústria de cartões de pagamentos

no Brasil, em que as equipes técnicas daquele órgão, da Secretaria de Direito Econômico – SDE do Ministério da Justiça e da

Secretaria de Acompanhamento Econômico – SEAE do Ministério da Fazenda encaminharão aos três Ministros um conjunto de

medidas a ser adotado no sentido de atender às recomendações do estudo sobre os seguintes pontos:

• Abertura da atividade de credenciamento;

• Interoperabilidade de redes e de POS (terminal de captura de transações);

• Neutralidade nas atividades de compensação e liquidação;

• Fortalecimento de esquemas nacionais de cartões de débito;

• Transparência na definição da tarifa de intercâmbio.

O cronograma de implementação das medidas será definido pelas autoridades. Em paralelo, os reguladores estão discutindo outras

medidas, que, depois de submetidas aos Ministros, terão encaminhamentos institucionais distintos, dependendo do escopo.

Page 114: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo112

37. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASAs demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Sociedade e autorizadas para emissão em

27 de janeiro de 2010.

38. INFORMAÇÃO SUPLEMENTAR – RECONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E LUCRO LÍQUIDO DA CONTROLADORA (NÃO REQUERIDA PELO IFRS)De acordo com a Instrução CVM nº 457, de 13 de julho de 2007, apresentamos a seguir a reconciliação do patrimônio líquido e do

lucro líquido atribuído à controladora entre as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP) e o IFRS, nos períodos

apresentados a seguir:

Nota Explicativa 3.2.2. 2009 2008

Patrimônio líquido atribuído à Controladora em BR GAAP 860.429 159.061

Ajustes de IFRS, líquidos de impostos

Reclassificação dos dividendos acima do mínimo obrigatório para o PL h - 542.985

- -

Patrimônio líquido atribuível à Controladora em IFRS 860.429 702.046

Lucro líquido atribuído à Controladora em BR GAAP 1.533.794 1.393.843

Ajustes de IFRS, líquidos de impostos: - -

Ajuste em ganho no valor justo das ações da Visa Inc. c - (105.145)

Estorno dos efeitos da baixa dos diferidos em IFRS no resultado de 2008 a - 53.373

Lucro líquido atribuído à Controladora em IFRS 1.533.794 1.342.071

Page 115: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Demonstrações Financeiras 2009 113

AOS ACIONISTAS DA CIELO S.A. Barueri – SP

1. Examinamos os balanços patrimoniais consolidados da Cielo S.A. (anteriormente denominada Companhia Brasileira de Meios

de Pagamento) (“Sociedade”) e controladas, levantados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e 1º de janeiro de 2008, e as

respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos

fluxos de caixa correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, elaborados de acordo com o

padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB e sob a responsabilidade de sua

Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o

planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles

internos da Sociedade e de suas controladas; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam

os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas

adotadas pela Administração da Sociedade e de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações financeiras

consolidadas tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos

os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada da Cielo S.A. e controladas em 31 de dezembro de 2009

e de 2008 e 1º de janeiro de 2008, o resultado consolidado de suas operações, o resultado abrangente, das mutações do

patrimônio líquido e os seus fluxos de caixa consolidados referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de

2008, de acordo com o padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB.

4. As práticas contábeis adotadas no Brasil diferem, em certos aspectos significativos, das práticas contábeis de acordo com o

padrão contábil internacional emitido pelo International Accounting Standards Board – IASB. As informações relacionadas à

natureza e ao efeito dessas diferenças estão apresentadas na Nota Explicativa nº 3 às demonstrações financeiras consolidadas.

São Paulo, 27 de janeiro de 2010.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Walter Dalsasso

Auditores Independentes Contador

CRC nº 2 SP 011609/O-8 CRC nº 1 SP 077516/O-9

Page 116: 17 09-2010 - relatório anual 2009

114

GLOSSáRIO

ABECS: Associação Brasileira das Empresas de Cartões de

Crédito e Serviços (ABECS).

Adquirente: Empresa responsável pela captura, transmissão,

processamento e liquidação financeira de Transações,

pela implementação e gestão da rede de aceitação e pelo

credenciamento de Estabelecimentos.

Bandeira: Empresa, geralmente internacional, detentora dos

direitos de propriedade e franqueadora de suas marcas e

logotipos para uso de adquirentes e emissores, entre outros,

mediante a especificação de regras gerais de organização e

funcionamento do sistema de cartões de crédito e débito e

outros meios de pagamento.

Bandeira Visa: Bandeira Visa International® para cartões de

crédito e débito.

BMVRL: Brazilian Merchant Voucher Receivables Limited,

sociedade de propósito específico constituída para emissão

no mercado externo de títulos lastreados em recebíveis. A

Companhia não detém participação societária direta ou indireta

na BMVRL.

BRGAAP: Práticas contábeis adotadas no Brasil, conforme a Lei

das Sociedades por Ações com suas atualizações, as normas e

instruções emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

e pelo Instituto Brasileiro de Contabilidade (IBRACON) e as

resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

CAGR: Taxa média composta de crescimento anual.

Câmara de Arbitragem: Câmara de Arbitragem do Mercado,

instituída pela BM&FBOVESPA.

Cartão: Instrumento de identificação e de pagamentos físicos

ou virtuais, emitidos e concedidos pelos Emissores, para uso

pessoal e intransferível dos Portadores, com funções múltiplas

ou não, de débito, crédito e crédito direto ao consumidor

(CDC), dentre outras.

Free Float: Ações em circulação no mercado pertencentes

a investidores. Ações emitidas pela Companhia, excetuadas

as detidas pelos Acionistas Controladores, por pessoas a eles

vinculadas, por administradores da Companhia e aquelas em

tesouraria.

Equipamento de Captura: POS e Pin Pad.

Estabelecimentos Ativos: Estabelecimentos comerciais que

realizaram pelo menos uma Transação nos 180 (cento e oitenta)

dias que antecederam a uma determinada verificação.

IFRS: International Financial Reporting Standards.

PDV: Equipamentos do próprio Estabelecimento, denominados

Ponto-de-Venda.

POS (Point-of-Sale): É a sigla utilizada para se referir aos

equipamentos para captura eletrônica de Transações.

Private Label: Cartões de crédito emitidos por grandes varejistas

com o objetivo de fidelizar seus clientes, sem Bandeira.

Private Label híbrido: Modalidade de cartões de crédito

emitidos por grandes varejistas com o objetivo de fidelizar seus

clientes, tendo como vantagem a associação a uma Bandeira.

Regulamento do Novo Mercado: Regulamento de Listagem

do Novo Mercado que prevê as práticas diferenciadas de

governança corporativa a serem adotadas pelas companhias

com ações listadas no Novo Mercado.

Taxa de Administração: Percentual sobre a Transação cobrado

pela Companhia dos Estabelecimentos pela prestação dos

serviços de captura, transmissão, processamento e liquidação

financeira das Transações realizadas.

Taxa de Administração Líquida: A Taxa de Administração menos

a Taxa de Intercâmbio. Constitui a receita de comissões auferida

pela Companhia.

Page 117: 17 09-2010 - relatório anual 2009

115

Taxa de Intercâmbio: É a taxa paga pelo Adquirente ao Emissor.

Esta taxa é determinada pela Visa International.

Transação: Toda e qualquer aquisição de bens e serviços por

meio de cartões de pagamento realizada por Portadores em

Estabelecimentos credenciados no País. No caso das vendas

parceladas, a Companhia considera cada parcela como sendo

uma nova Transação realizada.

Trava de Domicílio Bancário: Um Estabelecimento, para

receber o pagamento relativo a suas vendas com cartões e

também realizar operações de antecipação de recebíveis com

cartões, requer que um Emissor atue como seu banco de

domicílio. Para tanto, o Estabelecimento concorda em não

mudar seu banco de domicílio por um determinado período,

ou seja, o Estabelecimento passa a ter uma Trava de Domicílio

Bancário com um determinado Emissor.

Troco Fácil: Produto que permite aos Portadores dos cartões

Visa Electron realizar saques associados a compras em

Estabelecimentos afiliados à Companhia.

US GAAP: Práticas contábeis geralmente aceitas nos Estados

Unidos (Generally Accepted Accounting Principles in the

Unites States).

Visa International: Visa International Service Association.

Visa do Brasil: Visa do Brasil Empreendimentos Ltda.

Visa Vale: Produto da Bandeira Visa no Brasil associado a

benefícios de refeição e alimentação.

Volume Financeiro de Transações: Volume financeiro das

Transações capturadas, transmitidas, processadas e liquidadas

financeiramente por Adquirentes ou qualquer outra sociedade

que realize a liquidação financeira de Transações.

Page 118: 17 09-2010 - relatório anual 2009

Cielo116

Este material foi impresso usando tinta à base de soja

Page 119: 17 09-2010 - relatório anual 2009

A EmpresaCielo S.A.

CNPJ: 01.027.058/0001-91

Código CVM: 02173-3

NIRI: 35.300.144.112

Sede

Alameda Grajaú, 219 – Alphaville

Barueri/SP – CEP: 06454-050

Telefone: (11) 2184-7600

Escritório em São Paulo

R. Cardoso de Mello, 1184, 7º andar

São Paulo/SP – CEP: 06454-050

Relações com Investidores (RI)Diretor de RI

Marcos Grodetzky

Equipe de RI

Roberta Noronha

Daniela Ueda

André Cazotto

Endereço eletrônico: [email protected]

Sítio de RI: www.cielo.com.br/ri

Jornais de DivulgaçãoValor Econômico

Diário Oficial

Informações Corporativas

Informações sobre ADRDeutsche Bank Trust Company Americas

c/o American Stock Transfer & Trust Company

Peck Slip Station

P.O. Box 2050

New York, NY 10272-2050

e-mail: [email protected]

Serviço de Assistência ao Acionista

Telefone: (866) 249-2593 (grátis)

Telefone: (718) 921-8137 (internacional)

Ticker: CIOXY

Código Cusip: 171778103

Código ISIN: US171778103

Auditores IndependentesDeloitte Touche Tomatsu

Valter Dalsasso

Calendário de eventos de 2010 – RI

• J.P. Morgan Brazil Opportunities Conference

(Sofitel Jequitimar Hotel in Guarujá) – 14.04

• Cielo Day (Alphaville) – 05.05

• Bradesco Open Day (Cidade de Deus) 06.05

• Conferência Goldman Sachs BRIC’s (Hotel Landmark –

Londres) – 12/13.05

• Santander Latin American Real Estate, Infrastructure and

Financials Conference (Londres) – 17.05

• 38th Annual J.P. Morgan Global Technology, Media and

telecom Conference (Westin Boston Waterfront hotel in

Boston, Massachusetts) – 17/18/19.05

• 12º Encontro Nacional de RI (Sheraton WTC Hotel – SP) –

14/15.06

• Deutsche Bank Global Emerging Markets One on One

• Conference (The Waldorf Astoria) – 15/16/17.09

• Conferência Barclays – Fiel Trip (SP) – 16.11

• Conferência UBS LAT/EMEA One on One Conference

2010 (NY) – 30.11, 01/02.12

Page 120: 17 09-2010 - relatório anual 2009

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