16. como aceita nosso trabalho

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1 | A p o s t i l a – C o m o D e u s A c e i t a N o s s o T r a b a l h o

COMO DEUS ACEITA NOSSO TRABALHO

Num futuro próximo, entenderemos um pouco do que si gnifica ser provado. Haverá leis no país que interferirão em no ssa obediência às leis de Deus e então virá a prova quanto ao lado em que nos encontramos, o lado de Deus ou daqueles que estão c ontra Deus . Queremos, todos nós, estar preparados para aquilo que virá sobre nosso mundo. Vocês não podem, nenhum de vocês, saltar de repente para a posição na qual resistirão à prova de Deus. É por paciente continuidade nas boas ações que obterão os aspectos do caráter que os capacitarão a resistir por fim ao teste. É por perseverante integridade de caráter, dia a dia, e por buscar a Deus, que recebemos forças para suportar a prova. (MM, Cristo Triunfante, pág. 60)

"Ser-Me-eis testemunhas." Atos 1:8. Estas palavras de Jesus não perderam nada de sua força. Nosso Salvador pede fiéis testemunhas nestes dias de formalismo religioso; mas quão poucos mesmo entre os professos embaixadores de Cristo, se acham prontos a dar um fiel testemunho pessoal em favor de seu Mestre! Muitos podem dizer o que têm feito os grandes e bons homens das gerações passadas, o que ousaram, o que sofreram e sentiram. Tornam-se eloqüentes ao salientar o poder do evangelho que habilitou outros a se regozijarem em suas aflições, e a se manterem firmes diante de cruéis tentações. Mas, conquanto tão fervorosos em apresentar outros cristãos como testemunhas de Jesus, eles próprios não parecem possuir uma experiência nova, atual, para relatar.

Ministros de Cristo, que tendes vós a contar quanto a vós mesmos? Que conflito de alma experimentastes vós, que se tornou em bem para vós, para outros, e para a glória de Deus? Vós, que professais estar proclamando a última e solene mensagem de misericórdia ao mundo, qual é vossa experiência no conhecimento da verdade, e quais têm sido seus efeitos sobre o vosso próprio coração? Acaso vosso caráter testifica em favor de Cristo? Podeis vós falar da influência da verdade como é em Jesus, a qual refina, enobrece e santifica? Que tendes vós visto, que tendes vós conhecido, do poder de Cristo? Esta é a espécie

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de testemunho que o Senhor pede, e por cuja falta a s igrejas estão sofrendo .

Sem uma fé viva em Cristo como um Salvador pessoal, é impossível fazer sentir vossa fé a um mundo cético. Se quereis arrebatar pecadores da impetuosa corrente, vossos próprios pés não se devem achar em lugar escorregadio.

Precisamos constantemente de nova revelação de Cristo, uma experiência diária que esteja em harmonia com os Seus ensinos. Altas e santas realizações se acham ao nosso alcance. Um progresso contínuo em conhecimento e virtude, eis o desígnio de Deus a nosso respeito . Sua lei é o eco de Sua própria voz, fazendo a todos o convite: "Subi mais alto. Sede santos, mais santos ainda." Podemos avançar cada dia na perfeição do caráter cristão.

Os que se acham ocupados no serviço do Mestre, necessitam uma experiência muito mais elevada, profunda e vasta do que muitos já pensaram em obter. Muitos dos que já são membros da grande família de Deus, pouco sabem do que significa contemplar Sua glória, e ser transformados de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, contudo o seu coração palpita de alegria. Anseiam por uma compreensão mais plena e profunda do amor do Salvador. Nutram eles todo desejo da alma em busca de Deus. (Obreiros Evangélicos, 273/274)

Os servos de Deus não devem ser "vagarosos no cuida do", mas "fervorosos no espírito, servindo ao Senhor". Rom. 12:11. Indiferença e ineficiência não são piedade. Quando sentirmos que estamos trabalhando para Deus, teremos um mais elevado senso do que nunca, da santidade do serviço espiritual. Este sentimento porá vida, vigilância e perseverante energia no desempenho de cada dever. A religião pura, a imaculada religião, é intensamen te prática. Nada mais que atuação fervorosa, de todo o coração preva lecerá na salvação de almas . Devemos tornar nossos deveres diários atos de devoção, crescendo constantemente em utilidade, porque vemos nossa obra do ponto de vista eterno. Carta 43, 1902. (O Colportor Evangelista, 77)

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Os rapazes devem entrar no ministério como coobreiros de Jesus, partilhando de Sua vida de abnegação e sacrifício, publicando as palavras do Mestre: "E por eles Me santifico a Mim mesmo, para que também eles sejam santificados." João 17:19. Se se entregarem a Deus, Ele Se servirá deles para auxiliar a executar Seu plano para a salvação de almas. Que o jovem que entrou no ministério encare de frente seu chamado, e decida consagrar à obra tempo , forças e influência, bem ciente das condições sob que serve o Redentor .

Os porta-estandartes estão sucumbindo, e os jovens devem preparar-se para tomar os lugares vagos, para que a mensagem possa ser ainda proclamada. A luta ativa tem de ser estendida. Aos que são jovens e têm forças, cumpre ir aos lugares entenebrecidos da Terra, a chamar ao arrependimento pessoas que estão morrendo . Devem, porém, primeiramente, limpar de toda a impureza o templo da alma, e entronizar a Cristo no coração. (O. Evang, 104)

O Senhor deseja que cada obreiro faça o melhor. Os que não tiveram instrução especial numa de nossas instituiç ões médicas podem pensar que só lhes é possível fazer muito pou co; mas, meus queridos coobreiros, lembrai-vos de que na par ábola dos talentos Cristo não representou todos os servos com o havendo recebido a mesma soma. A um servo foram dados cinco talentos; a outro, dois; e ainda a outro, um. Se possuís apenas um talento, usai-o sabiamente, aumentando-o mediante sua entrega aos banqueiros. Alguns não podem fazer tanto como outros, mas cada um deve fazer tudo que pode para conter a onda de enfermidades e aflição que está varrendo o mundo. Vinde em socorro do Senhor, em socorro do Senhor contra os grandes poderes das trevas. Deus deseja que cada um de Seus filhos tenha inteligência e conhecimento, de maneira que com clareza e poder Sua glória seja revelada em nosso mundo. Review and Herald, 9 de junho de 1904. (BS, 120)

O que Cristo era na Terra, o obreiro cristão se dev e esforçar por ser. Ele é nosso exemplo, não somente em Sua imacul ada pureza, como na paciência, amenidade e disposição cativante . Sua vida é uma ilustração da verdadeira cortesia. Tinha sempre um olhar bondoso e uma palavra de conforto para o necessitado e o oprimido. Sua presença criava em casa uma atmosfera mais pura, e Sua vida era

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como um fermento operando entre os elementos da sociedade. Puro e incontaminado, andava entre os excluídos, os rudes, os descorteses; entre injustos publicanos, ímpios samaritanos, soldados pagãos, rústicos camponeses e a multidão mista. ... (Comp. Evang, 73)

Conquistando pessoas para Cristo. O que trabalha pa ra Deus deve revestir-se de humildade como de um traje . O Senhor reconhecerá e abençoará o obreiro humilde, cujo espírito seja suscetível de ensino e que tenha reverente amor pela verdade e justiça. Se assim sois, cuidareis de vossos alunos, fazendo esforços especiais para sua salvação. A eles vos unireis em amorável simpatia, visitando-os em seu lar e, ao conversar com eles a respeito de sua experiência nas coisas de Deus, haveis de conhecer-lhes a verdadeira condição e, nos braços da fé, os levareis ao trono do Pai. Testimonies on Sabbath School Work, págs. 68 e 69. (CSES, 76)

Os que desejam ser aceitos como coobreiros de Deus não devem imitar o tom, maneiras ou idéias de qualquer outro homem. Devem aprender de Deus e ser dotados de sabedoria celestial. Deus deu o dom da razão e do intelecto a um obreiro como a outro e, de acordo com vossa capacidade, deveis negociar com vossos talentos. O Senhor não quer que nenhum obreiro seja a simples sombra de outro a quem admira. O professor deve crescer até à estatura de Cristo e não até à de um finito e falível mortal. Deveis "crescer na graça" (II Ped. 3:18), e onde se encontra ela? Só em Cristo, o modelo divino. (CSES, 106)

O superintendente do rebanho de Deus, deve-se desem penhar fielmente de seu dever. Se, porque isso lhe é desag radável, ele toma a atitude de deixar que qualquer outro o faça, não é um obreiro fiel . Leia ele as palavras do Senhor em Malaquias, acusando o povo de roubo para com Ele ao reterem os dízimos. O poderoso Deus declara: "Com maldição sois amaldiçoados." Mal. 3:9. Quando aquele que ministra por palavra e doutrina, vê o povo seguindo um caminho que trará sobre si essa maldição, como pode negligenciar seu dever de dar instruções e advertências? Todo membro de igreja deve ser ensinado a ser fiel em devolver um dízimo honesto. (Obreiros Evangélicos, pág. 228.)

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Esse lugar não deve ser ocupado por um homem de tem peramento irritável, de combatividade violenta. Deve-se ter c uidado para que a religião de Cristo não se torne repulsiva em virtud e de severidade ou impaciência. Os servos de Deus devem procurar, por meio da mansidão, da bondade e do amor representar corretamente nossa fé sagrada. Conquanto a cruz jamais deva ser ocultada, deve ele apresentar também o inigualável amor do Salvador. O obreiro deve estar imbuído do espírito de Jesus, e então os tesouros da alma devem ser apresentados em palavras que encontrem o seu caminho para o coração dos ouvintes. A religião de Cristo, exemplificada na vida diária de Seus seguidores, exercerá uma influência dez vezes maior do que os mais eloqüentes sermões. ... Se todos os que estão ligados com o sanatório forem bons representantes das verdades da reforma de saúde e de nossa fé sagrada, estarão exercendo uma influência tendente a moldar a mente de seus pacientes. O contraste entre os hábitos errôneos e os que estão em harmonia com a verdade de Deus, exerce um poder convincente. (Testimonies, vol. 4, págs. 546 e 547.)

O Espírito Santo opera nos que querem ser trabalhad os, molda os que querem ser moldados, talha os que querem ser ta lhados. Cultivai os pensamentos espirituais e as santas com unhões . (Não tendes visto senão os primeiros raios do alvorecer de Sua glória.) À medida que prosseguirdes em conhecer ao Senhor, sabereis que "a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Prov. 4:18. (Obreiros Evangélicos, 274)

A confissão não será aceitável a Deus sem o sincero arrependimento e reforma. E preciso que haja decisi vas mudanças na vida; tudo que seja ofensivo a Deus tem de ser r enunciado . Este será o resultado da genuína tristeza pelo pecado. A obra que nos cumpre fazer de nossa parte, é-nos apresentada clar amente: "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vosso s atos de diante dos Meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas." Isa. 1:16 e 17. "Restituindo esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniqüidade, certamente viverá, não morrerá." Ezeq. 33:15. Paulo diz, falando da obra do arrependimento: "Quanto cuidado não produziu isso mesmo em

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vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que apologia, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança! Em tudo mostrastes estar puros neste negócio." II Cor. 7:11. (CC, 39)

Fui instruída a dizer aos alunos: Elevai-vos na bus ca de conhecimento, acima da norma estabelecida pelo mund o; segui por onde Jesus tem guiado. E aos professores, eu quero dizer: Acautelai-vos, não semeeis as sementes da incredulidade em mentes e corações humanos. Purificai-vos de toda contaminaçã o da carne e do espírito . A suprema glória dos atributos de Cristo, é Sua santidade. Os anjos se inclinam diante dEle em adoração, exclamando: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso." Apoc. 4:8. Declara-se a Seu respeito que Ele é glorioso em Sua santidade. Considerai o caráter de Deus. Contemplando a Cristo, buscando-O com fé e oração, podeis tornar-vos semelhantes a Ele. (CPPE, 402)

Nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em Me conhecer e saber que Eu sou o Senhor, que faço beneficência, j uízo e justiça na Terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Sen hor." Jer. 9:23 e 24. "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?" Miq. 6:8. "Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniqüidade e que Te esqueces da rebelião do restante da Tua herança? O Senhor não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade." Miq. 7:18. "Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de di ante dos Meus olhos e cessai de fazer mal. Aprendei a fazer o bem." Isa. 1:16 e 17. (CSE, 135)

"Retirai-vos do meio deles, separai-vos", diz o Sen hor, e outra vez: "Purificai-vos." Mas como saberemos nós que temos impurezas? A lei de Deus mostra isso. Os primeiros quatro mandamentos apontam o nosso dever para com Deus, e os seis últimos não permitem egoísmo algum para com nossos amigos e conhecidos. Quando vejo minhas faltas, fujo para o Baluarte. Sei que Ele perdoa os pecados da ignorância. Jesus é um Salvador que perdoa pecados. Jesus guardou

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os mandamentos de Seu Pai e diz: Benditos são os que guardam; eles entrarão. (MM, CT, 62)

"Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vosso s atos de diante dos Meus olhos e cessai de fazer mal . [Mas não vos detenhais aqui; ide avante seguindo a Luz do mundo.] Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas. Vinde, então, e argüi-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Isa. 1:16-18. Eis aí o terreno em que deveis exercitar o intelecto e prover-vos uma mudança de atividade. "Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra." Isa. 1:19. (FEC. 221)

“Purificai-vos"

A palavra do Senhor aos que estão ligados com Suas instituições é: "Purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor." Isa. 52:11. Em todas as nossas instituições deixai que o egoísmo dê lugar a o amor e trabalho abnegados. Então o óleo dourado será vertido dos dois ramos da oliveira nos tubos de ouro, os quais se esvaziarão nos vasos preparados para recebê-los. Então a vida dos obreiros de Cristo será realmente uma revelação das verdades sagradas de Sua Palavra. (MS, 184).

Temos uma obra a fazer. Educai, educai, educai jove ns para que se dêem a si mesmos para o ministério da Palavra . Educai-os para que se tornem colportores e se dediquem à venda de todos os livros que o Senhor por Seu Espírito Santo impressionou as mentes para que escrevessem. Esta espécie de publicações poderá ser assim levada a uma grande classe de pessoas que não ouviriam a verdade a menos que esta lhes fosse levada à porta. Essa é a obra dos evangelistas. Carta 135, 1900. (C. Evang. 19)

Tem-se-me mostrado que em dardes atenção a este ramo da obra removeis grande quantidade de preconceitos de muitas mentes, o qual

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lhes tem barrado o caminho para que recebam a verdade e leiam as publicações que expõem a verdade em que cremos. Este assunto não deve ser passado por alto como não essencial; pois quase todas as famílias necessitam ser ativadas nesta questão, e sua consciência despertada para que sejam praticantes da Palavra de Deus na prática da abnegação quanto ao apetite. Quando tornais o povo esclarecido sobre questões da reforma de saúde, tendes preparado o caminho para que dêem atenção à verdade presente para estes últimos dias. Disse meu guia: "Educai, educai, educai!" A mente deve se r iluminada; pois o entendimento está entenebrecido, tal como Satanás deseja, para que possa encontrar acesso através do apetite pervertido e rebaixar o ser humano. ... (C, Evang, 136)

Não é vontade de Deus que nos segreguemos do mundo. Enquanto estamos no mundo, porém, devemos santifica r-nos para Deus. Não devemos conformar-nos com o mundo. Importa estarmos no mundo como uma influência corretiva, como o sal que conserva seu sabor. No meio de uma geração profana, impura e idólatra, devemos ser puros e santos, mostrando que a graça de Cristo tem poder para restaurar no homem a semelhança divina. Devemos exercer sobre o mundo uma influência salvadora. (CSS, 592)

A longanimidade e a abnegação assinalam as palavras e atos de todos quantos vivem vida nova em Cristo . Ao procurardes viver Sua vida, lutando por vencer o próprio eu e o egoísmo, e ajudar os outros em suas necessidades, alcançareis uma vitória após outra. Assim, vossa influência abençoará o mundo. (CBV, 362)

Os obreiros cristãos devem-se aproximar do povo na posição em que este se encontra, e educá-lo, não no orgulho, m as na edificação do caráter . Ensinai-lhes como Cristo trabalhava e Se negava a Si mesmo. Ajudai-os a aprender dEle as lições de abnegação e sacrifício. Ensinai-os a estar alerta quanto à condescendência com o próprio eu no se conformar com a moda. A vida é demasiado valiosa, demasiado cheia de solenes e sagradas responsabilidades para ser desperdiçada em agradar-se a si mesmo. (CBV, 198)

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Mesmo o mais pobre deve levar a Deus a sua oferta. Devem eles ser repartidores da graça de Cristo, mediante o negarem -se a si mesmos para ajudar aqueles cujas necessidades são m ais prementes que a deles próprios. A dádiva do pobre, fruto da abnegação, sobe perante Deus como suave incenso . E cada ato de abnegado sacrifício fortalece o espírito de beneficência no coração do doador, aliando-o mais intimamente Àquele que era rico, e por amor a nós Se fez pobre, para que por Sua pobreza enriquecêssemos. (AA, 341)

Desde os primeiros anos de sua profissão de fé, a experiência cristã de Marcos tinha-se aprofundado. Ao estudar mais acuradamente a vida e a morte de Cristo, tinha ele obtido mais clara visão da missão do Salvador, Suas provas e conflitos. Lendo nas cicatrizes das mãos e pés de Cristo as marcas de Seu serviço pela humanidade, e até aonde leva a abnegação para salvar os perdidos e prestes a per ecer, Marcos se dispusera a seguir o Mestre na senda do sacrifíc io . Agora, partilhando a sorte de Paulo, o prisioneiro, ele compreendeu melhor que nunca, que é infinito ganho ganhar a Cristo, e infinita perda ganhar o mundo e perder a alma por cuja redenção foi o sangue de Cristo derramado. Em face de severa adversidade e prova, Marcos continuou firme, um sábio e amado auxiliar do apóstolo. (AA, 455)

Tinha sido de pobreza, abnegação, sofrimento. Não o bstante a persistente difamação, opróbrios, maus-tratos com q ue seus inimigos tinham procurado intimidá-lo, destemidamen te mantivera no alto o estandarte da cruz . Como seu Mestre, tinha sido um errante sem lar, e como Ele vivera para abençoar a humanidade. Como poderia Nero, tirano caprichoso, licencioso e apaixonado, compreender ou apreciar o caráter e os intuitos deste filho de Deus? (AA, 494)

A educação que Moisés recebera no Egito foi-lhe de grande auxílio sob muitos pontos de vista; mas a preparação mais valiosa para o trabalho de sua vida foi a que recebeu quando empregado como pastor. Moisés tinha por natureza um espírito impetuoso. No Egito, como bem-sucedido chefe militar e favorito do rei e da nação, estava acostumado a receber louvor e adulação. Tinha atraído o povo para si. Esperava realizar por suas próprias forças a obra da libertação de Israel. Muito diferentes

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eram as lições que, como representante de Deus, devia receber. Conduzindo seus rebanhos pelas montanhas selvagens e pelos verdes pastos dos vales, aprendeu a fé, a mansidão, a paciência, humildade e abnegação. (CBV, 474)

É um erro grave negligenciar a adoração pública de Deus. Os privilégios do culto divino não devem ser considerados levianamente. Os que assistem aos doentes encontram-se muitas vezes impossibilitados de desfrutar desses privilégios, mas devem ser cuidadosos em não deixar de freqüentar, sem razão plausível, a casa de oração. Na assistência aos doentes, mais do que em qualquer outra ocupação secular, o bom êxito depende do espírito de consagração e abne gação com que o trabalho é feito . Os que desempenham responsabilidades carecem de se colocar onde possam ser profundamente impressionados pelo o Espírito de Deus. (CBV, 511)

Os que desejam alcançar a bênção da santificação tê m de primeiro aprender o que seja a abnegação . A cruz de Cristo é a coluna central sobre que repousa o "peso eterno de glória mui excelente". II Cor. 4:17. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Jesus, "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mat. 16:24. É o perfume de nosso amor aos semelhantes o que r evela nosso amor a Deus . É a paciência no serviço, o que traz repouso à alma. É pelo humilde, diligente e fiel labor que se promove o bem-estar de Israel. Deus sustém e fortalece aquele que está disposto a seguir o caminho de Cristo. (AA, 560)

Jesus não oferece a Seus seguidores a esperança de alcançar glórias e riquezas terrestres, de viver uma vida li vre de provações . Ao contrário, chama-os para segui-Lo no caminho da abnegação e ignomínia. Aquele que veio para redimir o mundo sofreu a oposição das arregimentadas forças do mal. Numa impiedosa confederação, homens e anjos maus se aliaram contra o Príncipe da paz. Cada um de Seus atos e palavras revelava divina compaixão, e Sua inconformidade com o mundo provocou a mais acérrima hostilidade. (AA, 576)

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Seguem a Cristo através de penosos conflitos; supor tam a abnegação e passam por amargos desapontamentos; mas deste modo aprendem o que significam a culpa e os ais do pecado, e olham para ele com repulsa . Tendo sido participantes das aflições de Cristo, podem contemplar a glória além da obscuridade, dizendo: "Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada." Rom. 8:18. (AA, 577)

"Isto diz Aquele que tem na Sua destra as sete estr elas." Apoc. 2:1. Essas palavras são ditas aos que ensinam na igreja - aqueles a quem Deus confiou pesadas responsabilidades. As suaves influências que devem existir na igreja têm muito que ver com os ministros de Deus, os quais devem revelar o amor de Cristo. As estrelas do céu estão sob o Seu controle. Ele as ilumina com Sua luz. Guia-as e dirige-lhes os movimentos. Se Ele não fizesse isto tornar-se-iam estrelas caídas. Assim é com Seus ministros. Eles são apenas instrumentos em Suas mãos, e todo o bem que realizam é feito por meio de Seu poder. Através deles deve a Sua luz brilhar. (AA, 586)

O ato da viúva que deitou na arca duas pequenas moedas - tudo quanto possuía - é posto em realce para encorajamento dos que, lutando com a pobreza, ainda desejam com suas dádivas ajudar a causa de Deus. Cristo chamou a atenção dos discípulos para esta mulher, que dera "todo o seu sustento". Mar. 12:44. Ele considerou sua dádiva de maior valor que as grandes ofertas daqueles cujos óbolos não representavam abnegação. Deram de sua abundância uma pequena porção. Para dar a sua oferta a viúva se havia privado mesmo dos gêneros de primeira necessidade, confiando em Deus para o suprimento de suas necessidades para o dia de amanhã. A respeito dela, declarou o Salvador: "Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro." Mar. 12:43. Assim ensinou Ele que o valor da oferta é estimado, não pela quantidade, mas pela proporção em que é dada e pelos motivos que animaram o doador. (AA, 342)

Cristo apela aos membros de Sua igreja para que alimentem a verdadeira e genuína esperança do evangelho. Aponta-lhes para cima,

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afirmando-lhes nitidamente estarem as riquezas que perduram em cima, e não embaixo. A esperança deles está no Céu, não na Terra. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua Justiça", diz Ele , e "todas essas coisas " - tudo o que é essencial ao nosso bem - "vos serão acrescentadas". Mat. 6:33. (CSM, 218)

O Senhor olha com compaixão para os que se permitem andar sobrecarregados com os cuidados domésticos e com as perplexidades nos negócios. Estão embaraçados com o muito servir, e negligenciam o essencial. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça", diz o Salvador, "e todas essas coisas vos serão acrescent adas." Mat. 6:33. Isto é: Desviai o olhar deste mundo, para o e terno . Esforçai-vos por alcançar as coisas a que Deus dá valor, e para cuja obtenção, Cristo deu Sua preciosa vida. Seu sacrifício vos tem aberto, de par em par, os portais do comércio celestial. (CSM, 225)

Somos testemunhas de Cristo, e não devemos permitir que os interesses mundanos de tal maneira nos absorvam o tempo e a atenção que não demos ouvidos às coisas que Deus disse que deviam vir primeiro. Estão em jogo interesses mais elevados. "Buscai pri meiro o reino de Deus, e a sua justiça ." Cristo deu tudo à obra que viera fazer, e Sua ordem a nós é: "Se alguém quiser vir após Mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-Me." Mat. 16:24. "E assim sereis Meus discípulos." João 15:8. (CSM, 302)

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus". Mat. 4:4. Muitas vezes o seguidor de Cristo é colocado em situação em que não lhe é possível servir a Deus e continuar seus empreendimentos mundanos. Talvez pareça que a obediência a qualquer claro reclamo da parte de Deus o privará dos meios de subsistência. Satanás quer fazê-lo crer que deve sacrificar as convicções de sua consciência. Mas a única coisa no mundo em que podemos repousar é a Palavra de Deus. "Buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Mat. 6:33. Mesmo nesta vida não nos é proveitoso apartar-nos da vontade de nosso Pai no Céu. Quando aprendermos o poder de Sua palavra, não seguiremos as sugestões de Satanás par a obter

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alimento ou salvar a vida. Nossa única preocupação será: Qual é o mandamento de Deus? Qual Sua promessa? Sabendo isso , obedeceremos ao primeiro, e confiaremos na segunda. (DTN, 121)

Assim é que nossas ocupações ou vocação são uma parte do grande plano de Deus e, tanto quanto são realizadas de acordo com Sua vontade, Ele próprio Se responsabiliza pelos resultados. Como "cooperadores de Deus" (I Cor. 3:9) nossa parte consiste em uma conformidade fiel com Suas orientações. De maneira que não há lugar para ansiosos cuidados. Requer-se diligência, fidelidade, responsabilidade, economia e discrição. Toda faculdade deve ser exercitada na sua mais alta possibilidade. A confiança deverá ser, porém, não no desfecho feliz de nossos esforços, ma s na promessa de Deus. A palavra que alimentou Israel no deserto e sustentou Elias durante o tempo da fome, tem o mesm o poder hoje. "Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos? ... Buscai primeiro o reino de Deus, e Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas." Mat. 6:31 e 33. (ED, 138)

Outra espécie de educação existe, bem diversa. Seu princípio fundamental, segundo é declarado pelo maior Mestre que o mundo já viu, é: "Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça." Mat. 6:33. Seu intento não é egoísta; visa a honrar a Deus, e servi-Lo no mundo. Tanto os estudos seguidos como o preparo industrial buscado, têm em vista esse mesmo fim. Estuda-se a Palavra de Deus; mantém-se com Ele comunhão vital, e exercitam-se os melhores sentimentos e traços de caráter. (CPPE, 64)

Jesus, aproximando-Se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que v os tenho ordenado . E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mat. 28:18-20.

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As últimas palavras de Cristo a Seus discípulos mostram a importância a ser dada à obra de disseminar a verdade. Pouco antes de Sua ascensão Ele deu-lhes a ordem: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que v os tenho ordenado . E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mat. 28:19 e 20. (MM, Este Dia Com Deus, 105)

Deus espera que as pessoas a Seu serviço batalhem diligentemente pela fé que uma vez foi entregue aos santos . Nossa empreendedora ação missionária deve ser mais abundante do que foi no passado. Deve ser anexado mais território; o estandarte da verdade tem de ser fincado em novos lugares; devem ser estabelecidas igrejas; deve-se fazer tudo que pode ser feito para cumprir a incumbência: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Mat. 28:19 e 20. (MM, Exaltai-o, 295)

Pouco antes de fazer este pedido, o Salvador disse a Seus discípulos: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos o deiam." Luc. 6:27. Devemos amar os nossos inimigos com o mesmo amor que Cristo mostrou para com os Seus inimigos, ao dar Sua vida para salvá-los. Muitos podem dizer: "Este é um mandamento difícil, pois eu quero ficar o mais longe possível de meus inimigos." Mas agir de acordo com vossa natural inclinação não seria praticar os princípios que nosso Salvador nos deu. "Fazei o bem aos que vos odeiam" (Luc. 6:27), Ele diz, "e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos." Mat. 5:44 e 45. Essa passagem bíblica ilustra uma fase da perfeição cristã. Enquanto ainda éramos inimigos de Deus, Cristo deu Sua vida por nós. Devemos seguir o Seu exemplo. (MS, 253/245)

Devemos ser consagrados condutos através dos quais a vida celeste flua para outros. O Espírito Santo deve ani mar e encher toda a igreja, purificando e unindo os corações. Os que foram sepultados com Cristo no batismo devem erguer-se para novidade de vida, dando

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uma demonstração viva da vida de Cristo. Sobre nós está colocado um sagrado encargo. Foi-nos dada a comissão: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações." ... Mat. 28:19. Estais consagrados para a obra de tornar conhecido o evangelho da salvação. A perfeição celeste deve ser vosso poder. (Testemunhos Seletos, vol. 3, págs. 288 e 289.)

"Quem não toma a sua cruz e não segue após Mim não é digno de Mim . Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de Mim achá-la-á." Mat. 10:38 e 39. Dia a dia devemos negar-nos a nós mesmos, tomar a cruz e seguir nas pegadas do Mestre. ... (MM, Filhos e Filhas de Deus, 248)

A obra religiosa que o Senhor dá aos jovens e aos homens de todas as idades, mostra o respeito que tem por eles como filhos Seus. Dá-lhes a obra de se governarem a si mesmos. Chama-os a serem participantes com Ele na grande obra da redenção e do reerguiment o. Como um pai toma o filho como sócio em sua empresa comercia l, assim toma o Senhor Seus filhos como sócios . ... (MM, Filhos e Filhas de Deus, 324)

Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; ant es, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a m ansidão . Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas. I Tim. 6:11 e 12. (MM, Cuidado de Deus, 143)

Seu caráter era absolutamente perfeito, isento da m ais leve mancha de pecado. Ele veio como expressão do perfei to amor de Deus, não para esmagar, não para julgar e condenar, mas para sanar todo caráter fraco e defeituoso, para salvar homens e mulheres do poder de Satanás . Ele é o Criador, Redentor e Sustentador da humanidade. A todos faz Ele o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:28-30. (BS, 54)

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A regeneração é o único caminho pelo qual podemos c hegar à cidade santa. É estreito, e a porta pela qual passa mos é apertada, mas devemos conduzir homens, mulheres e crianças ao longo desse caminho, ensinando-lhes que a fim de serem sa lvos, precisam ter um novo coração e um novo espírito . Os velhos traços de caráter hereditários têm de ser vencidos. Os desejos naturais da alma precisam ser modificados. Todo engano, toda falsidade, toda crítica precisam ser removidos. Tem de ser vivida a nova vida, que torna os homens e as mulheres semelhantes a Cristo. Devemos, por assim dizer, nadar contra a correnteza do mal. (MM, Cuidado de Deus, 266)

Precisamos ver que o caminho é estreito, e apertada a porta. Mas transposta a porta estreita, a amplidão é sem limites. Carta 138, 1897. (MM, Para Conhecê-lo, 304)

"Aquele que Me negar diante dos homens, também Eu o negarei diante de Meu Pai, que está nos Céus." Mat. 10:33 . Que direito temos nós de professar ser cristãos, negando, porém, nosso Senhor na vida e ações? "Quem não toma a sua cruz e vem após Mim não é digno de Mim. Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por Minha causa achá-la-á." Mat. 10:38 e 39. Dia a dia devemos negar-nos a nós mesmos, tomar a cruz e seguir os passos do Mestre. (MM, RP, 78)

O Salvador declarou a Seus discípulos que não esperassem que a inimizade do mundo para com o evangelho fosse vencida, e sua oposição deixasse de existir depois de algum tempo. Disse: "Não vim trazer paz, mas espada." Esse suscitar de conflitos não é efeito do evangelho, mas o resultado da oposição que lhe é mo vida. De todas as perseguições a mais dura de sofrer é a dis córdia no lar, o afastamento dos mais queridos entes da Terra. Mas J esus declara : "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após Mim, não é digno de Mim." (DTN, 357)

Ao homem é permitido desempenhar uma parte nesta gr ande luta pela vida eterna; ele deve responder à operação do Espírito Santo.

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Será preciso travar uma batalha para penetrar as de fesas das forças das trevas, e o Espírito opera na pessoa par a realizar isto. Mas o homem não é um ser passivo, que deva ser salv o na indolência. Ele é chamado a exercitar e a pôr em aç ão cada músculo e cada uma de suas faculdades na luta pela imortalidade; todavia é Deus quem supre a eficiência . Nenhum ser humano pode ser salvo na indolência. O Senhor nos ordena: "Porfiai por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão." Luc. 13:24. "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." Mat. 7:13 e 14. (CSE, 233)

Jesus está chamando a muitos missionários - homens e mulheres que se consagrem a Deus, dispostos a gastar-se e de ixar-se gastar em Seu serviço. Oh! não nos podemos lembrar de que há aqui um mundo pelo qual trabalhar? Não haveremos de avançar, passo a passo, deixando Deus usar-nos como Sua mão auxiliadora? Não haveremos de colocar-nos a nós mesmos no altar do serviço? Então o amor de Cristo haverá de tocar-nos e transformar-nos, e fazer-nos dispostos a, por Sua causa, agir ousadamente. Review and Herald, 7 de janeiro de 1903. (Colp, Evang. 18)

Todo fiel e abnegado obreiro de Deus está disposto a gastar e deixar-se gastar por amor dos outros. ... Mediante diligentes, refletidos esforços para ajudar onde é necessário o auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor para com Deus e seus semelhantes. Pode perder a vida no serviço. Mas quando Cristo vier buscar Suas jóias para Si, tornará a achá-la. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 86. (MM. Maravilhosa Graça, 235)

No futuro, homens nas posições comuns da vida serão impressionados pelo Espírito do Senhor a deixar sua ocupação habitual e sair a proclamar a última mensagem de misericórdia. Eles devem ser preparados o mais rápido possível para o trabalho, para que o êxito coroe os seus esforços. Cooperam com os instrumentos celestiais, pois estão dispostos a se gastar e deixar-se gastar no s erviço do

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Mestre. Ninguém está autorizado a impedir esses obr eiros . Deve-se desejar-lhes bom êxito ao se colocarem a caminho para cumprir a grande comissão. Ao lançarem a semente do evangelho nas rústicas regiões da Terra, não se deve dizer a seu respeito nenhuma palavra depreciativa. (MM, RP, 22)

Por quarenta dias permaneceu Cristo na Terra, prepa rando os discípulos para a obra que deviam fazer, e explanan do o que até então eles tinham sido incapazes de compreender . Falou-lhes das profecias concernentes a Seu advento, Sua rejeição pelos judeus e Sua morte, mostrando que cada especificação dessas profecias tinha sido cumprida. Falou-lhes também que deviam considerar o cumprimento dessas profecias como garantia do poder que haveria de assisti-los nos seus futuros labores. (AA, 26)

Deviam os discípulos levar avante sua obra no nome de Cristo. Cada uma de suas palavras e atos devia atrair a ate nção sobre Seu nome como possuindo esse poder vital pelo qual os p ecadores podem ser salvos. Sua fé devia centralizar-se nAque le que é a fonte de misericórdia e poder . Em Seu nome deviam apresentar suas petições ao Pai, e receberiam resposta. Deviam batizar no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O nome de Cristo devia ser a senha, a insígnia, o laço de união, a autoridade para sua norma de prosseguimento e a fonte de seu sucesso. Nada devia ser reconhecido em Seu reino que não trouxesse Seu nome e inscrição. (AA, 28)

ATENÇÃO!

A lição é para todos os que ocupam posição de confi ança. Quando Deus abre o caminho para a realização de certa obra , e dá garantias de sucesso, o instrumento escolhido deve fazer tudo que estiver em seu poder para alcançar os resultados pr ometidos. O sucesso será proporcional ao entusiasmo e persevera nça com que o trabalho é levado a cabo . Deus pode operar milagres em favor de Seu povo unicamente quando este desempenha sua parte com incansável energia. Ele reclama para Sua obra homens de devoção,

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homens de coragem moral, com ardente amor pelas almas e zelo que nunca esmorece. Tais obreiros não acharão nenhuma tarefa demasiado árdua, nenhuma perspectiva demasiado sem esperança; eles trabalharão, indômitos, até que a aparente derrota seja tornada em gloriosa vitória. Nem mesmo as paredes das prisões, ou o martírio em perspectiva, levá-los-á a mudar de rumo em seus propósitos de trabalhar unidos com Deus para a edificação de Seu reino. (PR, 263)

Esta é a verdadeira Sacudidura

A purificação do povo de Deus não se pode realizar sem que eles sofram . Deus permite ao fogo da aflição que lhes consuma a escória, para separar o imprestável do que é valios o, a fim de que o metal puro possa brilhar . Passa-nos de uma a outra fornalha, provando nosso verdadeiro valor. Se não podemos suportar essas provas, que faremos no tempo de angústia? Se a prosperidade ou a adversidade descobre falsidade, orgulho ou egoísmo em nosso coração, que faremos nós quando Deus provar a obra de todo homem como pelo fogo, e puser a descoberto os segredos de todos os corações?

A graça genuína está disposta a ser provada; se relutamos em ser esquadrinhados pelo Senhor, nossa condição é na verdade séria. Deus é o refinador e purificador de almas; no calor da f ornalha separa-se para sempre a escória da prata e do ouro verdadeiro s do caráter cristão . Jesus observa a prova. Sabe o que é preciso para purificar o precioso metal a fim de que Lhe reflita a glória do divino amor. (I TS pág. 474/475)

Esta palavra pessoal a Zorobabel foi registrada par a encorajamento dos filhos de Deus em todos os séculos . Deus tem um propósito em enviar a Seus filhos. Ele jamais os dirige de outra forma que não aquela mesma que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão preenchendo. Tudo que Ele traz sobre eles em provação e infortúnio vem para que sejam fortes a fim de agirem e sofrerem por Ele. (PR. Pag. 578)

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Todos que neste mundo prestam verdadeiro serviço a Deus e ao homem, recebem um preparo prévio na escola das afli ções. Quanto mais pesado for o encargo e mais elevado o serviço maior será a prova e mais severa a disciplina. (ED, pág. 151)

Tanto os pais como os filhos pertencem a Deus, para serem por Ele dirigidos. Mediante a afeição e a autoridade combinadas, Abraão governou sua casa. A Palavra de Deus nos dá regras para nossa orientação. Essas regras constituem a norma da qual não nos podemos desviar, se quisermos seguir o caminho do S enhor. A vontade de Deus tem de ser soberana. A pergunta que nos devemos fazer não é: Que fizeram os outros? Que pensarão meus parentes? ou: Que dirão eles de mim, se eu sigo este procedimento? Mas sim: Que disse Deus? Nem pais nem filhos podem na verdade prosperar em qualquer rumo, a não ser no caminho do Senhor. Testimonies, vol. 5, pág. 548. (MM, Cuidado de Deus, 200)

Bem faríamos em considerar o caso de Eliseu, quando foi escolhido para sua obra. Eliseu era de uma família que havia conservado a antiga e genuína fé em Israel. Não vivia nas cidades densamente povoadas. Seu pai era um cultivador do solo, um fazendeiro. Mesmo durante o cativeiro, houve pessoas que não se corromperam e caíram em apostasia, e essa família se incluía entre os sete mil que não haviam dobrado os joelhos a Baal.

A atenção de Elias foi atraída para Eliseu, o filho de Safate. ... Longe da dissipação da corte e da cidade, havia Eliseu recebido a sua educação. Tinha sido criado com hábitos de simplicidade, de obediência aos pais e a Deus. ... Mas a despeito de um espírito manso e quieto, Eliseu não revelava caráter volúvel. Possuía integridade, fidelidade e o amor e temor a Deus. Tinha as características de um governante, mas com tudo isso estava a mansidão de alguém que se dispõe a servir. Sua mente havia sido exercitada para ser fiel nas pequenas coisas; para ser fiel em tudo o que fizesse, a fim de que, se Deus o chamasse a agir mais diretamente em favor dEle, estivesse preparado para ouvir-Lhe a voz. ... (MM, CT, 165)

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Quando Elias viu Eliseu no campo com os servos, lavrando com suas doze juntas de bois, entrou no campo do labor e, enquanto passava, desprendeu seu manto e o lançou sobre os ombros de Eliseu. Durante os três anos e meio de sequidão e fome, a família de Safate se havia relacionado com a obra e missão de Elias, o profeta. O Espírito de Deus impressionou o coração de Eliseu quanto ao significado daquele ato. Isso foi o sinal de que Deus o havia chamado para ser o sucessor de Elias. Fora semelhante à comissão de Cristo para que o jovem rico deixasse tudo - casas, terras, amigos, riquezas, conforto e tranqüilidade, para ir e segui-Lo.

Elias passou adiante como se aquilo fosse o fim da questão. Mas sabia que Eliseu havia entendido o significado de seu ato, e deixou-o, sem proferir palavra, para que decidisse se aceitaria ou rejeitaria o chamado. Eliseu apressou-se após o profeta e, alcançando-o, pediu permissão para despedir-se de seus pais e familiares.

A resposta de Elias foi: "Vai e volta, pois já sabes o que fiz contigo." I Reis 19:20. Isso não foi uma repulsa, mas um teste, uma prova. Se o seu coração se apegasse ao lar e suas vantagens, ele estava livre para permanecer ali. Mas Eliseu se havia preparado para ouvir o chamado de Deus. Não havia estado a correr desordenadamente antes de ter vindo o convite, e quando foi chamado revelou que não hesitaria, não se intimidaria, não retrocederia. ...

Tivesse Eliseu perguntado a Elias o que se esperava dele - qual seria sua obra - e lhe teria sido respondido: Deus o sabe; Ele o fará conhecido de ti. Se esperares no Senhor, Ele responderá a todas as tuas inquirições. Podes vir comigo, se tens a evidência de que Deus te chamou. Sabe por ti mesmo que Deus me está sustentando, e que é Sua voz que ouves. Se podes considerar todas as coisas como escória, para que possas ganhar o favor de Deus, vem.

Eliseu imediatamente deixou tudo para começar seu ministério. Carta 12, 1897. (MM, CT, 166)

Antes de tentar guiar o jovem, deve o professor aprender a governar-se. Se ele não é um discípulo constante na escola de Cristo, se não tem o discernimento e discriminação que o habilitem a empregar sábios métodos em seu trabalho, se não pode governar com firmeza embora com jovialidade e bondade os que se acham sob seu cuidado, como ser

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bem-sucedido em seu ensino? O professor que não está sob a direção de Deus necessita atender a este convite: " Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma . Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:29 e 30. ( CPPE, 211)

"O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." Prov. 28:13. Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses defeito s forem acariciados, será bem-sucedido. Portanto, está constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer. Mas Jesus apresenta em seu favor Suas mãos feridas, Seu corpo moído; e declara a todos os que desejam segui-Lo: "A Minha graça te basta." II Cor. 12:9. "Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Por que o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:29 e 30. Ninguém, pois, considere incuráveis os seus defeitos. Deus dará fé e graça para vencê-los. (Cristo em Seu Santutário, 118)

Que ninguém se exalte, falando de si mesmo, gabando -se de suas capacidades, ostentando seu conhecimento e cultivan do a presunção . Que ninguém procure demolir a obra de outros que não labutam de acordo com a sua norma. O Mestre celestial nos faz o convite: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:28-30. Cristo nunca foi cheio de Si, fanático ou presunçoso. Ele declarou: "O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que Este fizer, o Filho também semelhantemente o faz." João 5:19. (MM, Este Dia Com Deus, 130)

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Deus escolheu Abraão como Seu mensageiro, para por seu intermédio comunicar luz ao mundo. Veio-lhe a palavra de Deus, não com a apresentação de perspectivas lisonjeiras de grande salário nesta vida, de vasto prestígio e honras mundanas. "Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que E u te mostrarei " (Gên. 12:1), esta foi a mensagem divina a Abraão. O patriarca obedeceu. ... Deixou sua terra, seu lar, seus parentes, e todas as aprazíveis associações de sua vida anterior, para tornar-se peregrino e estrangeiro. Testimonies, vol. 4, pág. 523. (MM, Nos Lugares Celestiais, 112)

Abraão se achava cercado de seus parentes e amigos idólatras. Segundo a ordem de Deus, ele devia partir sozinho e atender à voz de Cristo, o dirigente dos filhos de Israel. Jesus estava na Terra para instruir e educar o povo escolhido de Deus. Abraão decidiu obedecer à lei de Deus, e o Senhor sabia que não haveria de sua parte tra ição de encargos sagrados, nem submissão a qualquer outr o guia senão Àquele ao qual se achava na obrigação de obed ecer . Ele reconhecia que era responsável pela instrução de sua casa e de seus filhos, e ordenou-lhes que praticassem juízo e justiça depois dele. Ao ensinar-lhes as leis de Deus, mostrou-lhes que o Senhor é nosso Juiz, nosso Legislador e Rei, e que os pais e os filhos devem ser governados por Ele; não deve haver opressão da parte dos pais, nem desobediência da parte dos filhos. (FEC, 287)

O Senhor escolheu Abraão para cumprir a Sua vontade . Ele foi instruído a deixar sua nação idólatra e separar-se de seus parentes . O Senhor tinha-Se revelado a Abraão na sua juventude, dando-lhe entendimento e preservando-o da idolatria. Propunha-Se fazer dele um exemplo de fé e verdadeira devoção a Seu povo, que posteriormente vivesse sobre a Terra. Seu caráter era marcado pela integridade, generosidade e hospitalidade. Ele impunha respeito como um poderoso príncipe entre o povo. Sua reverência e amor por Deus, e sua estrita obediência no cumprimento de Sua vontade, granjearam-lhe o respeito de seus servos e vizinhos. Seu piedoso exemplo e vida justa, unidos com suas fiéis instruções aos servos e toda a sua família, levou-os a temer, amar e reverenciar o Deus de Abraão. (HR, 75)

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"Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia." Heb. 11:8. Aquela obediência expedita de Abraão é uma das provas mais notáveis de fé a serem encontradas em toda Bíblia. Para ele, a fé era "o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem". Heb. 11:1. Confiando na promessa divina, sem a menor garantia exterior de seu cumprimento, abandon ou o lar, os parentes e a terra natal, e saiu, sem saber para on de, a fim de seguir aonde Deus o levasse. "Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiro com ele da mesma promessa." Heb. 11:9. (PP, 126)

Pudesse habilitar para a sua grande obra, como guardador dos oráculos sagrado; Abraão devia desliga-se das relações de sua vida anterior. A influência de parentes e amigos incompatibilizar-se -ia com o ensino que o Senhor Se propunha dar Seu servo . Agora que Abraão estava em sentido especial, ligado ao Céu, devia habitar entre estranho. Seu caráter devia ser peculiar. Deferindo de todo o mundo. Ele não podia nem mesmo explicar sua maneira de proceder, de modo que fosse compreendido por seus amigo. (PP. 126)

Deixar influência agradável e proveitosas, e separa rem-se dos parentes, para entrarem naquilo que parece ser apen as uma senda de abnegação, dificuldades e sacrifícios. Deus tem uma obra para eles fazerem; mas uma vida de comodidade, e a influência de amigos e parentes, embaraçariam o desenvolvimento dos traços essenciais para a sua realização. Ele os chama para fora das influências e auxílio humanos, e os leva a sentirem a necessidade de Seu auxílio, e a confiarem nEle somente, para que Ele possa revelar-Se-lhes. Quem está pronto, ao chamado da Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares? Quem aceitará novos deveres e entrará em campos não experimentados, fazendo a obra de Deus com um coração firme e voluntário, considerando por amor a Cristo suas perdas como ganho? Aquele que deseja fazer isto tem a fé de Abraão, e com ele partilhará daquele "peso eterno de glória mui excelente" (II Cor. 4:17), com o qual "as aflições deste tempo presente não são para comparar". Rom. 8:18. (PP, 127)

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As dificuldades pelas quais têm de passar os que se revestem de Cristo e guardam Seus mandamentos, não são inventadas por Cristo. "Se alguém quer vir após Mim" - diz Ele, - "a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me." Mat. 16:24. O dever de pesso as inteligentes é manter-se fiéis à verdade e praticar a virtude . Nascemos com aversão a ambas essas coisas. É lamentável encontrar em nossa própria estrutura uma oposição às virtudes que são louváveis à vista de Deus, como submissão, caridade, suavidade de espírito e paciência que não se exaspere. Dizei a vós mesmas, prezadas crianças: Sou fraco, mas Deus é minha força. Ele me deu o meu posto do dever. O General a quem eu sirvo ordena que eu seja um vencedor. (MM, Este Dia Com Deus, 32)

Cristo, por intermédio do profeta, mandou que: "Repartas o teu pão com o faminto", e fartes a "alma aflita"; "vendo o nu o cubras", e "recolhas em casa os pobres desterrados". Isa. 58:7 -10. Ordenou-nos: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." Mat. 16:15. Quantas vezes, porém, nosso coração sucumbe e falha-nos a fé, ao vermos quão grande é a necessidade, quão limitados os meios em nossas mãos! (BS, 263/264)

Não menos que aos seguidores de Cristo outrora, são dirigidas aos de hoje essas palavras : "É-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações." Mat. 28:18 e 19. "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." Mar. 16:15. (CBV, 106)

A mais alta honra que se possa conferir a seres hum anos, sejam jovens ou idosos, ricos ou pobres, é permitir-se-lh es que levantem os oprimidos, confortem os desanimados . O mundo está cheio de sofredores. Ide, pregai o evangelho aos pobres, curai os doentes. Esta é a obra que se deve relacionar com a mensagem do evangelho. "Aos pobres é anunciado o evangelho." Mat. 11:5. Os cooperadores de Deus devem preencher com o amor de Jesus o espaço que ocupam no mundo. ... O amor de Cristo no coração exprime-se nas ações. Se é frouxo nosso amor a Cristo, o amor àqueles pelos quais Cristo morreu há de degenerar. ... (Cuidado de Deus, 180)

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Há diante de nós uma grande obra. A obra que ocupa o interesse e a atividade do Céu é confiada à igreja de Cristo . Jesus disse: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Mar. 16:15. A obra para nosso tempo é acompanhada das mesmas dificuldades que Jesus teve de enfrentar, e que os reformadores de todos os séculos têm tido de vencer; e precisamos assentar nossa vontade ao lado de Cristo, marchando avante com firme confiança em Deus. Review and Herald, 13 de março de 1888. (Evangelismo, 301)

Cavalheiros, quais são vossas ordens de marcha ? O êxito não é o que deveis discutir. Se leio corretamente vossas ordens, elas rezam assim: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Mar. 16:15. Cavalheiros, obedecei a vossas ordens de marcha. (Obreiros Evangélicos, pág. 115)

O Senhor dotou os jovens de aptidões e talentos com que devem efetuar a obra de Deus. Pergunto-vos, caros jovens, entregar-vos-eis ao Senhor ? Estais dispostos a empenhar-vos na obra que Ele vos deixou para fazer? Jesus disse aos discípulos: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura." Mar. 16:15. Em face dessa ordem, empregareis vosso tempo e energias segundo vo-lo ditem as inclinações, em vez de seguir o conselho de Deus? ... (MM, Filhos e Filhas de Deus, 273)

Ele diz para cada alma convertida: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura." Mar. 16:15. Não é necessário que o Senhor Se assente primeiro em assembléias legislativas terrestres e pergunte aos que pensam ter de traçar planos para Sua obra: "Permitireis que os homens a quem escolhi se unam a vós para trabalh ar nalguma parte de Minha vinha moral?" Cristo estava apenas a alguns passos de Seu trono celestial quando deu Sua comissão aos discípulos, incluindo como missionários a todos os que cressem em Seu nome. (MM, RP, 171)

Os que quiserem sinceramente seguir a Cristo, preci sam deixar que Ele lhes habite no coração, entronizando-O aí c omo soberano. Cumpre-lhes representar Seu espírito e caráter na v ida doméstica,

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e manifestar cortesia e bondade àqueles com quem se puserem em contato . Há muitas crianças que professam conhecer a verdade, e não rendem a seus pais a honra e a afeição que lhes é devida, que não manifestam senão bem pouco amor ao pai e à mãe, e deixam de honrá-los em satisfazer-lhes os desejos, ou em procurar aliviá-los de ansiedades. Muitos que professam ser cristãos não sabem o que significa "honra a teu pai e a tua mãe" e, por conseguinte, pouco saberão também o que quer dizer "para que se prolonguem os teus dias na Terra que o Senhor, teu Deus, te dá". Êxo. 20:12. ... O Esquadrinhador dos corações sabe qual é a vossa atitude para com vossos pais; pois pesa o caráter moral nas áureas balanças do santuário celeste. - Oh, confessai a negligência com que tendes tratado a vossos pais, confessai vossa indiferença para com eles, e o desprezo que tendes manifestado ao santo Mandamento de Deus. The Youth's Instructor, 22 de junho de 1893. (Filhos e Filhas de Deus 60)

Todos os que desejarem ser soldados da cruz de Cris to devem cingir a armadura e preparar-se para o conflito. Nã o se devem intimidar por ameaças, nem deixar-se apavorar com o perigo. Devem ser cautelosos nos perigos, embora firmes e bravos no enfrentar o inimigo e no travar a batalha por Deus. A consagração dos seguidores de Cristo deve ser completa. Pai, mãe, esposa, filhos, casas, terras, tudo, deve ser considerado secundário em relação ao trabalho e à causa de Deus . Devem estar dispostos a conduzir-se com paciência, alegria e prazer, onde quer que na providência de Deus forem chamados para sofrer. Sua final recompensa será partilhar com Cristo o trono de glória imortal. SDA Bible Commentary, vol. 2, pág. 1.003. (MM 1971,Vidas Que Falam, 128)

A obra da colportagem deve ser considerada sagrada, e os que têm as mãos impuras e coração manchado não devem ser en corajados a dedicar-se a ela . Os anjos de Deus não podem acompanhar aos lares do povo pessoas não consagradas; portanto todos os não-convertidos, cujos pensamentos são corruptos, que irão deixar a marca de suas imperfeições em tudo que tocarem, devem ser impedidos de manusear a verdade de Deus. Review and Herald, 20 de maio de 1890. (C, Evang, 29)

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Jesus está chamando a muitos missionários - homens e mulheres que se consagrem a Deus, dispostos a gastar-se e de ixar-se gastar em Seu serviço. Oh! não nos podemos lembrar de que há aqui um mundo pelo qual trabalhar? Não haveremos de avançar, passo a passo, deixando Deus usar-nos como Sua mão auxiliadora? Não haveremos de colocar-nos a nós mesmos no altar do serviço? Então o amor de Cristo haverá de tocar-nos e transformar-nos, e fazer-nos dispostos a, por Sua causa, agir ousadamente. Review and Herald, 7 de janeiro de 1903. (Colp. Evang, 18)

Todo fiel e abnegado obreiro de Deus está disposto a gastar e deixar-se gastar por amor dos outros. ... Mediante diligentes, refletidos esforços para ajudar onde é necessário o auxílio, o verdadeiro cristão mostra seu amor para com Deus e seus semelhantes. Pode perder a vida no serviço. Mas quando Cristo vier buscar Suas jóias para Si, tornará a achá-la. (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 86)

O Senhor usa muitos dons na obra de salvar pecadore s. No futuro, homens comuns serão impressionados pelo Espírito de Deus a deixar sua ocupação habitual para sair a proclamar a última mensagem de misericórdia. Eles devem ser fortalecidos e encorajados, e preparados para o trabalho tão depressa como for possível, para que o êxito coroe os seus esforços. Cooperam com influências celestiais invisíveis, pois estão dispostos a se gastar e deixar-se gastar no serviço do Mestre. São cooperadores de Deus, e seus irmãos devem desejar-lhes bom êxito, orando por eles ao colocarem-se a caminho para cumprir a grande comissão. Ninguém está autorizado a impedir tais obreiros. Eles devem ser tratados com o maior respeito. Não deve ser proferida nenhuma palavra depreciativa a seu respeito ao lançarem a semente do evangelho nos ásperos recantos da Terra. Review and Herald, 4 de julho de 1907. (MM, RP. 209)

O Espírito Santo está fazendo Sua obra nos corações. Mas se os pastores não tiverem recebido primeiro Sua mensagem do Céu, se não tiverem retirado sua própria provisão das corre ntes refrigeradoras e doadoras de vida, como poderão ele s deixar fluir aquilo que eles não receberam ? Que pensamento o de que almas

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famintas e sedentas são despedidas vazias! O homem pode dar em profusão todo o tesouro de seus conhecimentos, pode gastar as energias morais de sua natureza e ainda assim nada realizar, porque ele mesmo não recebeu o óleo de ouro dos mensageiros celestes; portanto não pode este fluir dele comunicando vida espiritual ao necessitado. As boas novas de alegria e esperança devem vir dos Céus. Aprendei, oh, aprendei de Jesus o que significa estar em Cristo. (TM, Ob, Evang. 338)

De laboriosidade, perseverança, economia e abnegaçã o. Não sabem se dirigir. Freqüentemente, por falta de cuidado e são discernimento, há desperdícios que lhes manteriam a família com decência e conforto, fossem cuidadosa e economicamente empregados. "Abundância de mantimento há na lavoura do pobre, mas alguns há que se consomem por falta de juízo." Prov. 13:23 . (BS, 199)

Cristo é nosso exemplo. Ele era a Majestade do Céu, e no entanto fez mais por nossos semelhantes do que possivelment e qualquer de nós fará. "Sois coobreiros de Deus." Que não se faça qualquer desnecessária despesa na satisfação do orgulho e da vaidade. Ponde vossos centavos e vossas somas maiores no banco do Céu, onde se acumularão. Muitos que têm tido preciosas oportunidades de tomar o jugo de Cristo nesta mui preciosa linha de trabalho têm recusado submeter-se ao jugo. Não têm encontrado prazer na prática da abnegação, recusando tornar seus os casos de pobres e infortunados. Não acatam as ordens de Cristo e nem multiplicam cada talento que o Senhor lhes tem dado, cooperando com os agentes celestiais na busca de pessoas que servirão, honrarão e glorificarão o nome de Cristo. Review and Herald, 15 de janeiro de 1895. (BS, 223)

A vida do cristão testificará que ele é governado p or outras leis que as obedecidas pelo mundo - leis de mais elevada ord em que as que controlam os amantes do mundo. A vontade de Deus, nosso Criador, deve ser feita evidente em nós, não apenas no nome que trazemos, mas em nossa vida de abnegação. Devemos dar provas de que somos influenciados e controlados por princípios altruístas. Todos os nossos

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propósitos e atividades devem permanecer em distinto contraste com o egocentrismo do mundo. (BS, 296)

Levai o povo a estudar as manifestações do amor e da sabedoria de Deus nas obras da natureza. Levai-os a estudar esse maravilhoso organismo que é o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que compree ndem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas le is, e os resultados da obediência, virão a considerar seus d everes e obrigações sob um ponto de vista inteiramente diver so . Em vez de olhar a observância das leis da saúde como um sacrifício ou uma abnegação, considerá-la-ão, como em realidade é, uma inestimável bênção. (CBV, 147)

Aqueles que se empenham em trabalho de casa em casa encontrarão oportunidades para servir em muitos ram os. Devem orar pelos doentes e fazer tudo que estiver ao seu alcance para os aliviar de sofrimentos . Devem trabalhar entre os humildes, os pobres e oprimidos. Devemos orar pelos desamparados que não têm força de vontade para dominar os apetites que a paixão tem degradado, e orar com eles também. Um esforço sincero e perseverante tem que ser feito em prol da salvação daqueles em cujo coração se despertou algum interesse. Muitas pessoas só podem ser alcançadas mediante atos de desinteressada bondade. É necessário socorrer primeiramente suas necessidades materiais. Ao verem evidências de nosso desinteressado amor, é-lhes mais fácil crer no amor de Cristo. (Testimonies, vol. 6, págs. 83 e 84.)

Lembrai-vos de que se deve ver na vida dos seguidores de Cristo a mesma devoção, a mesma sujeição à obra de Deus de todos os reclamos sociais e de todas as afeições terrenas, que se via em Sua vida. As reivindicações de Deus devem sempre tornar-se supremas. "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é di gno de Mim." Mat. 10:37. A vida de Cristo é o nosso compên dio. Seu exemplo deve inspirar-nos a fazer incansáveis e abn egados esforços para o bem dos outros. ... (CSM, 53)

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O Salvador declarou a Seus discípulos que não esper assem que a inimizade do mundo para com o evangelho fosse venci da, e sua oposição deixasse de existir depois de algum tempo . Disse: "Não vim trazer paz, mas espada." Esse suscitar de conflitos não é efeito do evangelho, mas o resultado da oposição que lhe é movida. De todas as perseguições a mais dura de sofrer é a discórdia no lar, o afastamento dos mais queridos entes da Terra. Mas Jesus declara: "Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após Mim, não é digno de Mim." (DTN 357)

O evangelho deve ser pregado aos pobres. Nunca o ev angelho encontra sua mais ampla manifestação de amor do que quando é levado às regiões mais necessitadas e carentes . Aos homens de cada classe social ele apresenta os seus preceitos, que lhes regulam os deveres, e suas promessas, que os animam a cumprir as suas obrigações. É então que a luz do evangelho brilha em sua mais radiante claridade e em seu maior poder. A verdade provinda da Palavra de Deus entra na choupana do camponês, ilumina a rústica palhoça dos pobres, brancos ou negros. Os raios do Sol da Justiça levam alegria aos enfermos e sofredores. Anjos de Deus estão ali, e a fé simples manifestada faz que a fatia de pão e o copo de água pareçam um luxuoso banquete. Os que têm sido desprezados e aba ndonados são erguidos pela fé e perdão e elevados à dignidad e de filhos e filhas de Deus . Exaltados acima de tudo no mundo, assentam-se nos lugares celestiais em Cristo Jesus. Eles não têm tesouros terrestres, mas encontraram a Pérola de grande preço. O Salvador que perdoa os pecados recebe os pobres e ignorantes e dá-lhes a comer o pão que vem do Céu. (BS, 169)

A religião pura e imaculada não é um sentimento, ma s a prática de obras de misericórdia e amor . Essa religião é necessária à saúde e à felicidade. Penetra no poluído templo da alma, expulsando, com um açoite, o pecado intruso. Tomando o trono, tudo consagra pela sua presença, iluminando o coração com os brilhantes raios do Sol da Justiça. Abre as janelas da alma em direção ao Céu, dando entrada à luz do amor de Deus. Com ela sobrevêm a serenidade e o domínio próprio . Aumenta a resistência física, mental e moral em virtude da

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atmosfera do Céu, à medida que um vivo e ativo poder enche a alma. Cristo é formado em vós, a esperança da glória. Review and Herald, 15 de outubro de 1901. (BS, 38)

ATENÇÃO!

Muitos indagam: "Como devo eu fazer a entrega do próprio eu a Deus?" Desejais entregar-vos a Ele, mas sois faltos de poder moral, escravos da dúvida e dirigidos pelos hábitos de vossa vida de pecado. Vossas promessas e resoluções são como palavras escritas na areia. Não podeis dominar os pensamentos, os impulsos, as afeições. O conhecimento de vossas promessas violadas e dos votos não cumpridos, enfraquece a confiança em vossa própria sinceridade, levando-vos a julgar que Deus não vos pode aceitar; mas não precisais desesperar. O que deveis compreender é a verdadeira força da vontade. Esta é o poder que governa a natureza do h omem, o poder da decisão ou de escolha. Tudo depende da ret a ação da vontade. O poder da escolha deu-o Deus ao homem; a ele compete exercê-lo . Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas afeições; mas podeis escolher servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade. Desse modo toda a vossa natureza será levada sob o domínio do Espírito de Cristo; vossas afeições centralizar-se-ão nEle; vossos pensamentos estarão em harmonia com Ele. (CC. 47)

Cedo deve ficar a juventude acostumada à submissão, renúncia e consideração pela felicidade de outrem . Devem ser ensinados a subjugar seu temperamento repentino, a conter a palavra apaixonada, a manifestar invariável bondade, cortesia e domínio próprio. (CPPE, 124,)

Ensinai vossos filhos desde o berço a praticar a re núncia e o domínio próprio. Ensinai-os a apreciar as belezas da natureza, e com ocupação útil exercer todas as faculdades do espírito e do corpo. Criai-os de modo a terem constituição sadia e boa moral, a terem disposição jovial e temperamento aprazível. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resisti-la é nobre e varonil. (CPPE, 127)

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RESTAURAÇÃO

Deus dá hoje aos homens oportunidade de mostrar se amam ao próximo. Aquele que verdadeiramente ama a Deus e aos semelhantes é o que mostra misericórdia ao desvalido, ao sofredor, ao ferido, aos que estão prestes a perecer. Deus apela a cada homem para que assuma sua negligenciada obra de buscar restaurar a imagem moral do Criador na humanidade . Carta 113, 1901. (BS, 49)

Nunca mostra o homem loucura maior do que ao buscar assegurar-se a aceitação e reconhecimento do mundo por meio do sacrifício de qualquer grau de fidelidade e honra d evidas a Deus . Ao pormo-nos onde Deus não pode cooperar conosco, nossa força ficará transformada em fraqueza. Tudo quanto é feito no sentido de restaurar a imagem de Deus no homem, é o porque Deus é a eficiência do obreiro. Seu poder, somente, é que re staura o corpo, fortalece a mente ou renova a alma. Em nossa obra de publicações, como em todo outro ramo de esforço ou viver cristãos, demonstrar-se-á a verdade das palavras de Cristo: "Sem Mim nada podeis fazer." João 15:5. (III TS, 152)

O Senhor utiliza instrumentos humanos. O divino e o humano devem unir-se, tornando-se colaboradores na obra de reerguer o homem e nele restaurar a imagem moral de Deus. ... Agi inteligente e perseverantemente. Não vos desanimeis se desde logo não tendes toda a simpatia e cooperação que esperáveis. Se trabalhais fazendo do Senhor vossa dependência, estai certos de que o Senhor sempre ajuda o humilde, manso e simples. Mas necessitais a operação do Espírito Santo sobre vosso próprio coração e mente, a fim de saber como prestar ajuda cristã. Orai muito por aqueles que estais procurando ajudar. Vejam eles que vossa dependência é de um poder mais alto, e assim os ganhareis para Cristo. Carta 24, 1898. (BS, IX, Os Mais Pobres)

Ao lerdes as promessas, lembrai-vos de que são a expressão de amor e misericórdia indizíveis. O grande coração de Amor infinito

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inclina-Se para o pecador com ilimitada compaixão. "Temos a redenção pelo Seu sangue, a remissão das ofensas." Efés. 1:7. Sim, tão-somente crede que Deus é vossa ajuda. Ele quer restaurar no homem Sua imagem moral . À medida que dEle vos aproximardes, em arrependimento e confissão, Ele Se aproximará de vós, com misericórdia e perdão. (CC, 55)

Quando o evangelho é recebido em sua pureza e poder , é uma cura para as doenças originadas pelo pecado. O Sol da Justiça ergue-Se "trazendo salvação nas Suas asas". Mal. 4:2. Todos os recursos do mundo não podem curar um coração quebrantado, nem comunicar paz de espírito, nem remover o cuidado, nem banir a enfermidade. A fama, o engenho, o talento - são todos impotentes para alegrar um coração dolorido ou restaurar uma vida arruinada. A vida de Deus na alma, eis a única esperança do homem. (CSS, 29)

Havendo-Se empenhado nesta obra, a surpreendente ob ra de nossa redenção, Cristo deliberou em concílio com o Pai, nada poupar, por custoso que fosse, não reter coisa alguma, por mais elevada que fosse sua avaliação, para livrar o pobre pecador. Ele daria o Céu inteiro a essa obra de salvação, de restaurar a imagem moral de Deus no homem. ... Ser filho de Deus é ser um com Cristo e beneficiar as pessoas a perecer em seus pecados . Cumpre-nos comunicar-lhes o que Cristo nos comunicou a nós mesmos. Carta 10, 1897. (MM, Cuidado de Deus, 38)

Nossa obra é restaurar a imagem moral de Deus no ho mem mediante a abundante graça dada por Ele por intermé dio de Jesus Cristo . Por toda parte encontraremos pessoas prestes a morrer, e quão essencial é que a compaixão de Cristo nos seja por Ele comunicada, de sorte que nunca levemos uma pessoa à rejeição por não manifestarmos longanimidade e compassiva benignidade. ... Indago: nunca havemos de aprender a brandura de Cristo? Oh, quanto necessitamos conhecer a Jesus e a nosso Pai celeste, para que O representemos no caráter! ... (MM, Cuidado de Deus, 137)

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Todo homem terá em certa estima o seu valor, quando se torna coobreiro de Cristo, fazendo a obra que Cristo fez, enchendo o mundo com a justiça de Cristo, como portador de uma comissão entregue pelo Altíssimo . ... A comissão confiada aos discípulos é dada a todos os que se acham relacionados com Cristo. Devem fazer todo e qualquer sacrifício pela satisfação de ver, salvas, vidas que estão a perecer sem Cristo. Tudo que seja feito em nome de Jesus, para abençoar e enobrecer, e para restaurar em seres humanos a imagem divina, é tão aceitável a Deus como o foi a obra de Moisés. ... (MM, Cuidado de Deus, 180)

Pela desobediência, porém, isto se perdeu. Com o pecado a semelhança divina ficou obscurecida, sendo quase qu e totalmente apagada . Enfraqueceu-se a capacidade física do homem e sua capacidade mental diminuiu; ofuscou-se-lhe a visão espiritual. Tornou-se sujeito à morte. Todavia, o ser humano não foi deixado sem esperança. Por infinito amor e misericórdia foi concebido o plano da salvação, concedendo-se um tempo de graça. Restaurar no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em que fo ra criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alm a para que se pudesse realizar o propósito divino da sua criação - tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida. (ED, 15/16)

HÁ DESCANÇO NESTA CAMINHADA?

Essas palavras são plenas de instrução e ferem a no ta tônica da vitória. O apóstolo apresenta perante os crentes a escada do progresso cristão, cujos degraus representam cada q ual um acréscimo no conhecimento de Deus e em cuja ascensã o não deve haver parada . Fé, virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal e caridade são os degraus da escada. Somos salvos pelo subir degrau a degrau, passo após passo, para o alto ideal de Cristo para nós. Assim é Ele feito para nós sabedoria, e justiça, e santificação e redenção. (AA, 530)

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Diz Jesus: "Permanecei em Mim." Estas palavras dão idéia de repouso, firmeza, confiança. Outra vez Ele convida: "Vinde a Mim, ... e encontrareis descanso para a vossa alma." Mat. 11:28 e 29. As palavras do salmista exprimem o mesmo pensamento: "Descansa no Senhor e espera nEle." Sal. 37:7. E Isaías dá a certeza: "No sossego e na confiança, estaria a vossa força." Isa. 30:15. Este descanso não se encontra na inatividade; pois que no convite do Sal vador a promessa de descanso está unida ao chamado para o t rabalho: "Tomai sobre vós o Meu jugo, ... e encontrareis descanso." Mat. 11:29. O coração que mais plenamente descansa em Cristo será o mais zeloso e ativo no labor por Ele. (CC, 71)

Não houve para nós período de descanso, por muito q ue disso necessitássemos . Deviam ser publicados a Review, o Reformer e o Instructor. [Nessa ocasião todos os redatores estavam doentes.]... Meu marido começou seu trabalho e eu o ajudei quanto pude. ... (CSRA, 467)

Se tomarmos a Cristo para nosso guia, Ele nos conduzirá seguramente pelo caminho estreito. Pode a estrada ser acidentada e espinhosa; íngreme e perigosa pode ser a ascensão; pode haver ciladas à direita e à esquerda; teremos talvez de suportar fa diga em nossa jornada; quando cansados, quando ansiando por descanso, teremos talvez de prosseguir na luta; quando desfalecidos, talvez tenhamos que lutar; desanimados, seremos possivelmente solicitados a ter esperança; mas com Cristo como nosso Guia, não perderemos o caminho da vida imortal, não deixaremos de alcançar afinal o almejado porto. (MM, Cuidado de Deus, 154)

Como Abraão, pela fé, saíra em obediência ao chamado de Deus, "sem saber para onde ia" (Heb. 11:8); como, pela fé Israel seguira a coluna de nuvem até à terra prometida, assim esses gentios saíram à procura do prometido Salvador. Esse país oriental era rico em coisas preciosas, e os magos não se puseram a caminho de mãos vazias. Era costume, a príncipes ou outras personagens de categoria, oferecer presentes como ato de homenagem, e os mais ricos dons proporcionados por aquela região foram levados em oferta Àquele em quem haviam de ser benditas todas as famílias da Terra. Era necessário viajar de noite, a

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fim de não perderem de vista a estrela; mas os viaj antes entretinham as horas proferindo ditos tradicionais e profecias a respeito dAquele a quem buscavam. Em toda parada qu e faziam para repouso, examinavam as profecias; e neles se a profundava a convicção de que eram divinamente guiados. Enquanto, como sinal exterior, tinham diante de si a estrela, sentiam interiormente o testemunho do Espírito Santo, que lhes impressionava o coração, inspirando-lhes também esperança. Se bem que longa, a viagem foi feita com alegria. (DTN, 60)

Este mundo não é uma parada militar, mas sim um cam po de batalha. Todos são chamados a suportar aflições, co mo bons soldados. Devem ser fortes e portar-se como homens. ... A verdadeira prova de caráter se encontra na disposição para suportar encargos, assumir difíceis posições, efetuar o trabalho que precisa ser feito, ainda que não alcance nenhum reconhecimento ou recompensa terrestre. (Educação, pág. 295)

Deus não é "servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse". Atos 17:25. Nenhuma pompa de demonstração exterior pode agradar a Deus quando o coração está servindo a ídolos e as mãos estão poluídas com iniqüidade. O Espírito Santo Se unirá àqueles na igreja que, com coração contrito, andarem humildemente perante Deus. A todos quantos O contemplam e andam nas pegadas de Cristo Ele concede santificação, conforto, e vitória sobre o mundo. O povo de Deus, Seu reino escolhido, não é como uma cisterna parada. É como um rio, constantemente fluindo, a avançar, tor nando-se mais profundo e mais largo, até que suas águas transmiss oras de vida são espalhadas por toda a Terra. Sempre que o evangelho de Deus é recebido, sua graça cura os danos que o pecado tem produzido. O Sol da Justiça Se ergue com salvação em Seus raios. Luz, força e refrigério vêm do Senhor, e o bom fruto produzido dá testemunho de uma obra de justiça. Manuscrito 33, 1903. (MM, Olhando Para o Alto, 125)

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ATENÇÃO!

Enquanto deixarmos predominar na lembrança os atos desagradáveis e injustos de outros, parecer-nos-á i mpossível amá-los como Cristo nos ama ; se, porém, nossos pensamentos se fixam no extraordinário amor e piedade de Cristo para conosco, esse mesmo espírito irradiará de nós para os nossos semelhantes. Cumpre-nos amar e respeitar uns aos outros, não obstante as faltas e imperfeições que não podemos, malgrado nosso, deixar de notar neles. Necessitamos cultivar a humildade e a desconfiança de nós mesmos, bem como paciente benevolência para com as faltas do próximo. Isso destruirá em nós todo o mesquinho egoísmo, tornando-nos magnânimos e generosos.

Diz o salmista: "Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na Terra e, verdadeiramente, serás alimentado." Sal. 37:3. "Confia no Senhor." Cada dia tem suas preocupações, seus cuidados e perplexidades; e ao encontrar-nos, uns com os outros, como nos sentimos inclinados a falar de nossas dificuldades e provações! Damos lugar a tantas aflições emprestadas, condescendemos com tantos temores, damos expressão a um tal fardo de ansiedades, que se poderia supor que não possuímos um Salvador compassivo e amante, pronto a ouvir todas as nossas petições, e a ser-nos um auxílio bem presente em todas as nossas necessidades.

Pessoas há que andam sempre em temor, e buscando aflições. Cercam-nas dia a dia as provas do amor de Deus; desfrutam diariamente as liberdades de Sua Providência. (CC, 121/122)

Os cardos e espinhos não servirão senão para vos ferir e magoar; e se os não colheis senão a eles, apresentando-os aos demais, não estais vós, sobre desdenhar a bondade de Deus, impedindo que os que vos rodeiam palmilhem a estrada da vida?

Não é sábio ajuntar todas as penosas recordações da vida passada - injustiças e decepções - e falar tanto so bre elas e lamentá-las tanto, que nos sintamos esmagados pelo desânimo. Uma alma desalentada acha-se rodeada de trevas, exc luindo a luz de Deus de si própria, e lançando sombras sobre o c aminho dos outros . (CC, 118)

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Muitos através da estrada da vida, pensam demasiado em seus erros e faltas e decepções, ficando com o coração cheio de amargura e desalento. Durante minha estada na Europa, certa irmã que assim fazia, achando-se profundamente acabrunhada, escreveu-me pedindo uma palavra de animação. Na noite seguinte à leitura de sua carta sonhei que me achava num jardim, e alguém que parecia o dono do mesmo me ia conduzindo por ele. Eu apanhava as flores e fruía-lhes o aroma, quando essa irmã, que ia a meu lado, me chamou a atenção para alguns feios cardos que lhe embaraçavam o caminho. Ali estava ela, lamentando-se e afligindo-se. Não andava pelo caminho, em seguimento do guia, mas ia por entre os espinhos e cardos. "Oh!" lamentava ela, "que pena que este belo jardim esteja assim tão feio por causa dos espinhos?" Então, o guia disse: "Não te importes com os espinhos, pois só te podem magoar. Colhe as rosas, os lírios e os cravos."

Acaso não tendes tido quadros luminosos em vossa vida? Não haveis experimentado preciosos momentos, em que vosso coração pulsou de alegria à influência do Espírito de Deus? Volvendo o olhar aos capítulos de vossa passada existência, não encontrais algumas páginas aprazíveis? Acaso as promessas de Deus, quais flores fragrantes, não crescem a cada passo na vereda que trilhais? E não permitireis que sua beleza e suavidade vos encham de alegria o coração? (CC, 116/ 117)

Os cristãos são postos como luminares no caminho pa ra o Céu. Cumpre-lhes refletir sobre o mundo a luz que de Cri sto sobre eles incide . Sua vida e caráter devem ser de molde a que outros possam obter por seu intermédio uma justa concepção de Cristo e Seu serviço. (CC, 115)

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