1481 jornal do vestibulando - etapa guitarra e piano. eu achei que não daria tempo de fazer tudo...

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JV – Quando e por que você escolheu Medicina como carreira? Felipe – Por volta da 8ª série estava entre Medicina e Engenharia. Pendia mais para Engenharia. Mas teve um fórum de profissões no meu colégio e no 1º ano do Ensino Médio optei por Medicina. O motivo foi meu interesse pela Biologia com enfoque no ser humano e a possibilidade de ajudar as pessoas a terem mais saúde e melhorar a vida delas. Além da Fuvest, você prestou outros vestibulares? Prestei Unicamp, Unesp, Enem e Unifesp. O Enem vale como 1ª fase da Medicina Unifesp. Passei em todas. Qual era sua primeira opção? Era a Pinheiros. Por quê? Sei que a Unicamp é muito boa, meu pai fez Unesp e é médico em Botucatu, mas nasci em São Paulo e por morar aqui achei que o melhor era estudar na Pinheiros. Como você conheceu o Etapa? No meu colégio era o curso pré-vestibular de que mais falavam bem. Daí achei que era o melhor curso mesmo e segui o que o pessoal falava. Você prestou vestibular no final do 3º ano do Ensino Médio? Prestei. Para Medicina. Só na Unicamp não fiz Medicina, fiz Engenharia Mecânica. Passei para a 2ª fase da Unesp e da Fuvest. Na Fuvest peguei Santa Casa, na segunda chamada, mas vim para cá porque achei que estudando um ano no cursinho conseguiria a Pinheiros. Você estava animado quando entrou aqui? Estava. Queria aprender, saber mais. Que- ria resolver todas as minhas defasagens e fazer um bom vestibular no fim do ano. Como ficou sua confiança durante o ano? Durante o ano minha confiança foi razoá- vel, sabia que tinha chance de passar por causa do meu desempenho no ano ante- rior. Achei que se me dedicasse eu conse- guiria passar. Como você fazia nas aulas para apro- veitar melhor o que era ensinado? Eu prestava atenção e conseguia pegar bem as matérias. Anotava o que achava mais pertinente, o que eu não sabia ou que parecia ter mais chances de cair no vestibular. E resolvia exercícios nos intervalos, nas trocas de aula. Como você resolvia suas dúvidas? Procurava rever o conteúdo na parte teórica da apostila. Se não conseguia fazer a revisão da parte teórica, procurava uma resolução do exercício no site do Etapa. Se não tivesse jeito mesmo, ia ao Plantão de Dúvidas. Nos simulados, quais eram os seus re- sultados? Ficava sempre na faixa A. Uma vez ou outra ficava na B. Quais dificuldades você enfrentou du- rante o ano? Uma foi o cansaço, que bateu mais forte em junho. Você tinha algum hobby para relaxar? Na época do colégio eu fazia aulas de guitarra e piano. Eu achei que não daria tempo de fazer tudo isso e mais o curso. Então parei. Mas, em casa, às vezes, eu tocava violão, piano. Dava para descontrair um pouco. Como foi perto dos vestibulares? Em outubro o cansaço surgiu de novo, mas quando começou a Revisão dei um gás, peguei mais pesado. Chegava em casa e resolvia exercícios até completar a minha cota diária. Enquanto não acabasse eu não parava. A minha meta era completar a apostila de Revisão, pelo menos os testes. Organizei meu estudo em cotas diárias para cumprir e com isso consegui fechar a apostila de Revisão. Qual era a cota diária? Peguei o número total de exercícios e dividi pelos dias que eu tinha até a Fuvest. Depois da apostila de Revisão teve outra apostila. Eu fui fazendo todas. Todas as matérias. “Só não alcança os seus sonhos quem desiste. Siga em frente lutando, vai chegar sua vez.” Felipe Seiti Sekiya está na Medicina da USP. No ano anterior, ao sair do colégio, ele tinha entrado na Santa Casa, mas queria a USP, então veio para o cursinho. Na Fuvest ficou em 42º lugar entre 1 050 convocados que chegaram na 2ª fase da Medicina. Um resultado que foi a resposta a todo o seu esforço – como ele próprio explica no seu depoimento a seguir. ENTREVISTA Felipe Seiti Sekiya 1 CONTO Questão de honra – Artur Azevedo 3 1481 JORNAL ETAPA – 2014 • DE 18/09 A 01/10 Jornal do Vestibulando ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA ENTREVISTA Felipe Seiti Sekiya Em 2013: Etapa Em 2014: Medicina Pinheiros/USP ENTRE PARÊNTESIS More money 8 ARTIGO A Semana de 22 4 Inscrições 8 SERVIÇO DE VESTIBULAR

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Page 1: 1481 Jornal do Vestibulando - ETAPA guitarra e piano. Eu achei que não daria tempo de fazer tudo isso e mais o curso. Então parei. Mas, em casa, às vezes, eu tocava violão, piano

JV – Quando e por que você escolheu

Medicina como carreira?

Felipe – Por volta da 8ª série estava entre

Medicina e Engenharia. Pendia mais

para Engenharia. Mas teve um fórum de

profissões no meu colégio e no 1º ano

do Ensino Médio optei por Medicina. O

motivo foi meu interesse pela Biologia com

enfoque no ser humano e a possibilidade

de ajudar as pessoas a terem mais saúde

e melhorar a vida delas.

Além da Fuvest, você prestou outros

vestibulares?

Prestei Unicamp, Unesp, Enem e Unifesp.

O Enem vale como 1ª fase da Medicina

Unifesp. Passei em todas.

Qual era sua primeira opção?

Era a Pinheiros.

Por quê?

Sei que a Unicamp é muito boa, meu pai

fez Unesp e é médico em Botucatu, mas

nasci em São Paulo e por morar aqui achei

que o melhor era estudar na Pinheiros.

Como você conheceu o Etapa?

No meu colégio era o curso pré-vestibular

de que mais falavam bem. Daí achei que

era o melhor curso mesmo e segui o que

o pessoal falava.

Você prestou vestibular no final do 3º

ano do Ensino Médio?

Prestei. Para Medicina. Só na Unicamp

não fiz Medicina, fiz Engenharia Mecânica.

Passei para a 2ª fase da Unesp e da Fuvest.

Na Fuvest peguei Santa Casa, na segunda

chamada, mas vim para cá porque achei

que estudando um ano no cursinho

conseguiria a Pinheiros.

Você estava animado quando entrou

aqui?

Estava. Queria aprender, saber mais. Que-

ria resolver todas as minhas defasagens e

fazer um bom vestibular no fim do ano.

Como ficou sua confiança durante o

ano?

Durante o ano minha confiança foi razoá-

vel, sabia que tinha chance de passar por

causa do meu desempenho no ano ante-

rior. Achei que se me dedicasse eu conse-

guiria passar.

Como você fazia nas aulas para apro-

veitar melhor o que era ensinado?

Eu prestava atenção e conseguia pegar

bem as matérias. Anotava o que achava

mais pertinente, o que eu não sabia ou

que parecia ter mais chances de cair

no vestibular. E resolvia exercícios nos

intervalos, nas trocas de aula.

Como você resolvia suas dúvidas?

Procurava rever o conteúdo na parte

teórica da apostila. Se não conseguia fazer

a revisão da parte teórica, procurava uma

resolução do exercício no site do Etapa. Se

não tivesse jeito mesmo, ia ao Plantão de

Dúvidas.

Nos simulados, quais eram os seus re-

sultados?

Ficava sempre na faixa A. Uma vez ou

outra ficava na B.

Quais dificuldades você enfrentou du-

rante o ano?

Uma foi o cansaço, que bateu mais forte

em junho.

Você tinha algum hobby para relaxar?

Na época do colégio eu fazia aulas de

guitarra e piano. Eu achei que não daria

tempo de fazer tudo isso e mais o curso.

Então parei. Mas, em casa, às vezes, eu

tocava violão, piano. Dava para descontrair

um pouco.

Como foi perto dos vestibulares?

Em outubro o cansaço surgiu de novo, mas

quando começou a Revisão dei um gás,

peguei mais pesado. Chegava em casa e

resolvia exercícios até completar a minha

cota diária. Enquanto não acabasse eu

não parava. A minha meta era completar a

apostila de Revisão, pelo menos os testes.

Organizei meu estudo em cotas diárias

para cumprir e com isso consegui fechar a

apostila de Revisão.

Qual era a cota diária?

Peguei o número total de exercícios e

dividi pelos dias que eu tinha até a Fuvest.

Depois da apostila de Revisão teve outra

apostila. Eu fui fazendo todas. Todas as

matérias.

“Só não alcança os seus sonhos quem desiste.

Siga em frente lutando, vai chegar sua vez.”

Felipe Seiti Sekiya está na Medicina da USP. No ano anterior,

ao sair do colégio, ele tinha entrado na Santa Casa, mas

queria a USP, então veio para o cursinho. Na Fuvest ficou em

42º lugar entre 1 050 convocados que chegaram na 2ª fase

da Medicina. Um resultado que foi a resposta a todo o seu

esforço – como ele próprio explica no seu depoimento a seguir.

ENTREVISTA

Felipe Seiti Sekiya 1CONTO

Questão de honra – Artur Azevedo 3

1481

JORNAL ETAPA – 2014 • DE 18/09 A 01/10

Jornal do Vestibulando ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

ENTREVISTA

Felipe Seiti Sekiya

Em 2013: Etapa

Em 2014: Medicina Pinheiros/USP

ENTRE PARÊNTESIS

More money 8

ARTIGO

A Semana de 22 4 Inscrições 8SERVIÇO DE VESTIBULAR

Page 2: 1481 Jornal do Vestibulando - ETAPA guitarra e piano. Eu achei que não daria tempo de fazer tudo isso e mais o curso. Então parei. Mas, em casa, às vezes, eu tocava violão, piano

ENTREVISTA2

Jornal ETAPA, editado por Etapa Ensino e Cultura

REDAÇÃO: Rua Vergueiro, 1 987 – CEP 04101-000 – Paraíso – São Paulo – SP

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Egle M. Gallian – M.T. 15343

Jornal do Vestibulando

Você leu as obras indicadas como

obrigatórias?

Li Til, Capitães da Areia, Vidas secas. Tem

livro que você não consegue entender

direito. Por exemplo, Viagens na minha

terra tem citação de filósofos, da história

de Portugal e sozinho você não consegue

entender muito bem. Vendo uma pales-

tra, uma videoaula, acaba fazendo mais

sentido.

Você assistiu às palestras sobre os

livros?

Assisti às videoaulas. Eram ótimas. Mas

não pude ver as palestras porque moro

muito longe e acabaria chegando em casa

às 11 horas para acordar às 5 da manhã.

E como foi nas questões que envolviam

os livros?

Acertei todas.

Você prestou vestibulares para quatro

faculdades públicas. Em qual você

achava que tinha mais chance de

entrar?

Na Pinheiros mesmo, que era meu foco

de estudos.

Quantos pontos você fez na 1ª fase da

Fuvest?

81.

Você ficou, sem bônus, 11 pontos

acima do corte, que foi 70. Como viu

esse resultado?

Era mais ou menos o que eu fazia nos

simulados. Fiquei bem contente, deu

mais autoconfiança. Mas também sabia

que não podia relaxar porque se fosse

mal nos outros exames não ia adiantar

ter ido muito bem na 1ª fase.

Da 1ª para a 2ª fase o que ajudou mais

durante seus estudos?

Para a 2ª fase resolvi vestibulares de

anos anteriores. Fui fazendo as provas da

Fuvest, de uns quatro anos para cá.

Na 2ª fase, quais foram suas notas?

No primeiro dia, Português e Redação, tirei

72,5. Na Redação o meu desempenho

foi de 75%. No segundo dia tirei 75. No

terceiro dia minha nota foi 95,83.

Alguma surpresa nessas notas?

Eu me surpreendi com o terceiro dia, eu

queria tirar mais de 90, mas achava que

não conseguiria. E me surpreendi muito

com o primeiro dia também. No segundo

dia esperava ter ido melhor.

Na escala de zero a 1 000, qual foi sua

pontuação na Fuvest?

833,3.

Sua classificação na carreira Medicina?

42º, entre os 1 050 chamados para a

2ª fase.

Nos outros vestibulares, como você se

classificou?

Na Unifesp eu passei bem, em 17º. Na

Unicamp eu não lembro, mas foi na

primeira chamada. Na Unesp passei acho

que na terceira chamada.

Como soube de sua aprovação para a

Pinheiros?

Vi em casa. Estava com minha mãe.

Ela ficou muito feliz. Depois fui para a

comemoração no Etapa.

Você já conhecia a Pinheiros?

O primeiro contato foi na matrícula. Até

me surpreendi porque é muito bonito lá

dentro.

Como foi no dia da matrícula?

Foi bom. Os veteranos foram muito

receptivos, sempre dando parabéns,

perguntando como eu tinha ido, se estava

feliz, qual era minha expectativa. Não

teve nenhum tipo de trote, foram bem

amigáveis mesmo. Depois da matrícula,

no porão, que é um espaço dos alunos,

eles estavam vendendo roupa, camiseta,

chaveiro, caneta, agenda. Comprei tudo.

Quis renovar o guarda-roupa com roupas

da Medicina.

Que matérias você está tendo agora?

Basicamente, as primeiras semanas do

semestre foram de estudo do sistema

nervoso e do sistema cardiovascular.

Estou tendo Neuroanatomia, Anatomia

do Sistema Cardiovascular, Fisiologia,

Histologia, Atenção Primária à Saúde, Fi-

siocardiologia, Medicina e Humanidades,

com aulas que buscam humanizar a prá-

tica médica, saber lidar com o paciente,

conversar. A parte humana da Medicina

é muito importante. Por enquanto temos

isso.

De qual matéria você está gostando

mais?

De Neuroanatomia. Fisiocardiologia tam-

bém é bem interessante. Para ser sincero,

acho que estou gostando de tudo.

Qual matéria o pessoal fala que é mais

difícil?

Basicamente, as Fisiologias, em geral,

são difíceis.

Com relação ao que viu até agora na

faculdade, do que você mais gostou?

Eu gostei mais das aulas práticas. Em

Anatomia a gente já foi vendo várias pe-

ças anatômicas, várias estruturas. Em

Atenção Primária à Saúde fizemos algu-

mas visitas domiciliares para conversar

com pacientes, saber como eles lidam

com a saúde, a doença. A teoria é muito

importante, mas eu acho as partes práti-

cas mais legais.

Tem alguma área da Medicina em

que você pretende trabalhar ou ain -

da é cedo para escolher uma espe-

cialização?

Ainda é cedo. Se eu fechar minha cabeça

para uma determinada especialidade vou

acabar não aproveitando tanto as outras

especialidades que vou aprender. Quando

estiver mais perto da prova de Residência

eu escolho o que quero fazer.

Que dicas você dá a quem vai prestar

vestibular este ano?

Só não alcança os seus sonhos quem

desiste. Por mais que o caminho tenha

obstáculos, tem de seguir em frente, tem

de aguentar as dificuldades e superá-las.

Siga em frente lutando, vai chegar sua

vez.

Como fica marcado o ano passado

para você?

Foi um ano corrido. O estresse e a luta

foram características do ano passado. E o

resultado final foi a resposta a todo esse

esforço.

Hoje você está diferente de quando

começou no cursinho?

Acho que estou. Quando você começa

não sabe se vai conseguir passar. Não

sabe qual vai ser seu futuro. Mas quando

entra na faculdade você sabe que tem

seis anos pela frente para estudar e

no final disso você vai ser médico, vai

trabalhar com pacientes, vai seguir sua

vida.

O que ficou de lição para você da

experiência de fazer o cursinho?

Você tem de se empenhar. Tem de correr

atrás. Essa foi uma lição que eu aprendi

no cursinho.

Você quer dizer mais alguma coisa

para nossos alunos?

O segundo semestre é cansativo, mas é

para continuar estudando. Isso dá retorno

e é muito gratificante no final.