1470 jornal do vestibulando ensino, … conseguia tempo. aquilo que todo mundo fazia o ano inteiro,...

2
ENTREVISTA Gabriel de Moura Corrêa 1 CONTO Último beijo de amor – Álvares de Azevedo 3 1470 JORNAL ETAPA – 2014 • DE 10/04 A 23/04 Jornal do Vestibulando ENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA ENTREVISTA Trabalhava. Fez o cursinho noturno. Em algumas provas a nota foi baixa. E foi o 62º dos 150 aprovados na FAU! Gabriel de Moura Corrêa Em 2013: Etapa Em 2014: Arquitetura FAU – USP Gabriel de Moura Corrêa fez o cursinho à noite e entrou na FAU-USP. Na carreira, pretende seguir a área de Projetos: “Quero construir uma coisa boa, habitação boa, quero saber projetar, montar um espaço onde as pessoas se sintam bem”. ENTRE PARÊNTESIS Do baile 8 JV – Quando você escolheu Arquitetura como carreira? Gabriel – Foi há muito tempo, eu tinha uns 10 anos. Desde criança eu ficava com aqueles bloqui- nhos de construir e também gostava de desenhar. Depois, teve uma época em que comecei a pen- sar em ser jornalista. Mas decidi seguir Arquitetura mesmo. Na escola em que fiz o Ensino Médio fiz também curso técnico de Desenho de Construção Civil. Além da Fuvest, você prestou quais vestibulares? Mackenzie, também para Arquitetura. Mais ne- nhum. Como conheceu o Etapa? No 3º ano do Ensino Médio muita gente falava que ia fazer cursinho no Etapa. Você confiava que poderia entrar na USP? Sim. Ia às aulas, fazia os exercícios, escrevia, aquele esforço todo. Comecei no noturno porque estava pensando em trabalhar, arranjar alguma coisa. Em julho veio o emprego. Onde você foi trabalhar? Num escritório de Engenharia Civil. Foi meu pri- meiro emprego, legal, divertido, todo o pessoal atuante na área. O serviço começava à 1 hora, ter- minava às 6. Saía do escritório voando para chegar no cursinho. Chegava às vezes em cima da hora. Como você estudava? Antes de começar a trabalhar eu chegava em casa, resolvia exercícios, procurava me informar. Depois, com o trabalho, a rotina ficou mais puxa- da. Eu acordava às 9 horas e estudava de manhã. Dava uma lida principalmente nas matérias em que tinha dificuldade. E prestava muita atenção nas aulas. A aula é muito importante. Às vezes o professor dá uma dica que parece minúscula, mas resolve sua vida. Quais eram as matérias em que você tinha mais dificuldade? Física. A parte de Eletricidade exige muita aten- ção. Às vezes pensava que não iria conseguir en- tender. De Química eu gostava muito, mas tinha umas dificuldades. Em que matérias você tinha mais base? História e Geografia. Achava muito interessante. Inglês também. Você estudava no fim de semana? Sábado e domingo eu tentava pegar o que o pro- fessor tinha falado na semana, dar uma lida pelo menos. Como você estudou para Redação? Redação foi um peso na consciência. Devo ter fei- to duas redações. Não conseguia tempo. Aquilo que todo mundo fazia o ano inteiro, sacrificando fins de semana, eu falava: “Como vou passar?” . Eu devia ter feito. Era terrível para mim porque con- seguia prestar atenção e fazer as outras matérias. Mas as partes que envolviam Redação, e também os simulados, eram mais pesadas para mim. No cursinho, o pessoal falava sobre as redações que tinham feito e eu ficava escutando a discussão deles. Na aula, prestava atenção no professor, no que era dito e ia agregando ideias. Como você fazia isso de agregar as ideias? Você tem um ponto de vista, uma opinião, e tem de se expressar da forma mais clara possível. Tem de ter uma sequência, o que você quer dizer com aquilo. Ficava tentando encontrar isso na aula. Teve alguma matéria que você passou a gostar mais no cursinho? Gostava de Geografia, menos da Geografia Física. Isso passei a achar muito interessante aqui. Muito legal. Como você resolvia as dúvidas sobre a matéria ou exercícios? Às vezes eu chegava com folga, dava para ir ao Plantão. Dependia do trânsito. Quando não con- seguia chegar mais cedo, nos intervalos entre a saída e a chegada dos professores procurava re- solver as dúvidas com o pessoal que estava lá estudando. Eu via quem tinha conseguido fazer o exercício e perguntava como tinha feito. Em que matérias você ia mais ao Plantão de Dú- vidas? Física, na parte de Elétrica. Você chegou a utilizar o Plantão Virtual? Sim, mas só para ver as palestras sobre literatura. Você viu então as palestras em casa, no Etapa Online? Eu escutava as palestras sobre os livros no servi- ço. Isso “salvou a pátria” . O trabalho lá na empresa era tranquilo, dava para acompanhar. E deu para resolver as questões de literatura no vestibular? No vestibular foi tranquilo. Mas, infelizmente, justa- mente no Til eu errei a questão. Era sobre a Berta como mulher misto de anjo e demônio. Eu sabia, o professor tinha falado sobre o tema, mas travou. O que você fez nas férias de julho? Eu tentei recuperar o tempo perdido. Foi um pou- co frustrante, não consegui resolver tudo que SERVIÇO DE VESTIBULAR Inscrições 8 ARTIGO O papel do imigrante na evolução do Brasil 4 Descoberto gene que regula potencial de formação de tumores das células-tronco embrionárias 7

Upload: phungnhi

Post on 11-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ENTREVISTA

Gabriel de Moura Corrêa 1

CONTOÚltimo beijo de amor – Álvares de Azevedo 3

1470

JORNAL ETAPA – 2014 • DE 10/04 A 23/04

Jornal do VestibulandoENSINO, INFORMAÇÃO E CULTURA

ENTREVISTA

Trabalhava. Fez o cursinho noturno. Em algumas

provas a nota foi baixa. E foi o 62º dos 150

aprovados na FAU!

Gabriel de Moura CorrêaEm 2013: EtapaEm 2014: Arquitetura FAU – USP

Gabriel de Moura Corrêa fez o cursinho à noite e entrou na

FAU-USP. Na carreira, pretende seguir a área de Projetos:

“Quero construir uma coisa boa, habitação boa, quero saber

projetar, montar um espaço onde as pessoas se sintam bem”.

ENTRE PARÊNTESIS

Do baile 8

JV – Quando você escolheu Arquitetura como

carreira?

Gabriel – Foi há muito tempo, eu tinha uns 10 anos. Desde criança eu ficava com aqueles bloqui-nhos de construir e também gostava de desenhar. Depois, teve uma época em que comecei a pen-sar em ser jornalista. Mas decidi seguir Arquitetura mesmo. Na escola em que fiz o Ensino Médio fiz também curso técnico de Desenho de Construção Civil.

Além da Fuvest, você prestou quais vestibulares?

Mackenzie, também para Arquitetura. Mais ne-nhum.

Como conheceu o Etapa?

No 3º ano do Ensino Médio muita gente falava que ia fazer cursinho no Etapa.

Você confiava que poderia entrar na USP?

Sim. Ia às aulas, fazia os exercícios, escrevia, aquele esforço todo. Comecei no noturno porque estava pensando em trabalhar, arranjar alguma coisa. Em julho veio o emprego.

Onde você foi trabalhar?

Num escritório de Engenharia Civil. Foi meu pri-meiro emprego, legal, divertido, todo o pessoal atuante na área. O serviço começava à 1 hora, ter-minava às 6. Saía do escritório voando para chegar no cursinho. Chegava às vezes em cima da hora.

Como você estudava?

Antes de começar a trabalhar eu chegava em casa, resolvia exercícios, procurava me informar. Depois, com o trabalho, a rotina ficou mais puxa-da. Eu acordava às 9 horas e estudava de manhã. Dava uma lida principalmente nas matérias em que tinha dificuldade. E prestava muita atenção

nas aulas. A aula é muito importante. Às vezes o professor dá uma dica que parece minúscula, mas resolve sua vida.

Quais eram as matérias em que você tinha mais

dificuldade?

Física. A parte de Eletricidade exige muita aten-ção. Às vezes pensava que não iria conseguir en-tender. De Química eu gostava muito, mas tinha umas dificuldades.

Em que matérias você tinha mais base?

História e Geografia. Achava muito interessante. Inglês também.

Você estudava no fim de semana?

Sábado e domingo eu tentava pegar o que o pro-fessor tinha falado na semana, dar uma lida pelo menos.

Como você estudou para Redação?

Redação foi um peso na consciência. Devo ter fei-to duas redações. Não conseguia tempo. Aquilo que todo mundo fazia o ano inteiro, sacrificando fins de semana, eu falava: “Como vou passar?”. Eu devia ter feito. Era terrível para mim porque con-seguia prestar atenção e fazer as outras matérias. Mas as partes que envolviam Redação, e também os simulados, eram mais pesadas para mim. No cursinho, o pessoal falava sobre as redações que tinham feito e eu ficava escutando a discussão deles. Na aula, prestava atenção no professor, no que era dito e ia agregando ideias.

Como você fazia isso de agregar as ideias?

Você tem um ponto de vista, uma opinião, e tem de se expressar da forma mais clara possível. Tem de ter uma sequência, o que você quer dizer com aquilo. Ficava tentando encontrar isso na aula.

Teve alguma matéria que você passou a gostar

mais no cursinho?

Gostava de Geografia, menos da Geografia Física. Isso passei a achar muito interessante aqui. Muito legal.

Como você resolvia as dúvidas sobre a matéria

ou exercícios?

Às vezes eu chegava com folga, dava para ir ao Plantão. Dependia do trânsito. Quando não con-seguia chegar mais cedo, nos intervalos entre a saída e a chegada dos professores procurava re-solver as dúvidas com o pessoal que estava lá estudando. Eu via quem tinha conseguido fazer o exercício e perguntava como tinha feito.

Em que matérias você ia mais ao Plantão de Dú-

vidas?

Física, na parte de Elétrica.

Você chegou a utilizar o Plantão Virtual?

Sim, mas só para ver as palestras sobre literatura.

Você viu então as palestras em casa, no Etapa

Online?

Eu escutava as palestras sobre os livros no servi-ço. Isso “salvou a pátria”. O trabalho lá na empresa era tranquilo, dava para acompanhar.

E deu para resolver as questões de literatura no

vestibular?

No vestibular foi tranquilo. Mas, infelizmente, justa-mente no Til eu errei a questão. Era sobre a Berta como mulher misto de anjo e demônio. Eu sabia, o professor tinha falado sobre o tema, mas travou.

O que você fez nas férias de julho?

Eu tentei recuperar o tempo perdido. Foi um pou-co frustrante, não consegui resolver tudo que

SERVIÇO DE VESTIBULAR

Inscrições 8

ARTIGO

O papel do imigrante na evolução do Brasil 4

Descoberto gene que regula potencial de formação de tumores das células-tronco embrionárias

7

ENTREVISTA2

Jornal ETAPA, editado por Etapa Ensino e Cultura

REDAÇÃO: Rua Vergueiro, 1 987 – CEP 04101-000 – Paraíso – São Paulo – SP

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Egle M. Gallian – M.T. 15343Jornal do Vestibulando

tinha de resolver. Peguei para copiar as coisas, peguei para ler o que tinha deixado de lado, aprender mesmo naquelas semanas.

Quais atividades você tinha no final de semana?

Eu ia para a igreja. Faço isso desde pequeno quando meus pais me levavam. Era uma ativida-de muito prazerosa para mim. Ia ao cinema e vi-sitava parentes também, minha tia principalmen-te. Sou filho único e lá tem cinco. Eram estas as minhas atividades para relaxar.

Você achava que tinha mais chances na Fuvest

ou no Mackenzie?

No Mackenzie. Justamente porque é particular você imagina que o nível do vestibular é mais baixo. Para mim não foi. Não fui bem.

Você iria estudar no Mackenzie?

Inicialmente meu plano era permanecer no em-prego e conseguir uma bolsa no Mackenzie. O pessoal do serviço me dava muito gás para que-rer estudar lá. Na FAU o curso é integral, não tem como trabalhar. Depois que vi o resultado do Mackenzie – passei na 4ª lista – pensei: “E agora?”.

Se não passasse na Fuvest, o que você faria?

Primeiro ia entrar em desespero. Depois prova-velmente ia fazer cursinho de novo.

Durante o ano você tinha mais preocupação

com a 1ª ou a 2ª fase da Fuvest?

Minha preocupação era ir para a 2ª fase e não morrer na praia. Eu queria muito passar.

No ano anterior você prestou Fuvest também?

Prestei. Fiquei 12 pontos abaixo da nota de corte.

Quais épocas foram mais pesadas para você?

A época mais pesada foi quando esperava o re-sultado da 1ª fase. Um período difícil, de incerte-za: “Será que deu certo?”.

Quantos pontos você fez na 1ª fase da Fuvest

2014?

Eu fiz 54 pontos. Com bônus de escola pública subiu para 60.

A nota de corte para a FAU ficou em 57. O que

achou de seu resultado? Ficou satisfeito?

Estava inseguro. Conversei com alunos que fizeram 68, 70 pontos. “E agora?”. Como passei quase em cima do corte, tive de correr atrás do tempo perdido.

Para a 2ª fase mudou seu método de estudo?

Mudou. Dei ênfase para as matérias em que eu tinha problema. Física, Química, algumas coisas de Matemática, Biologia. No conjunto, acho que dei uma melhorada.

Na 2ª fase, no primeiro dia, qual foi sua nota

em Português e Redação?

Tirei 55 em Português. Na Redação, 62,5. De-ram para redigir um tema legal sobre idosos. Eu gostei.

No segundo dia, na prova geral, como foi?

No segundo dia só deixei uma questão em bran-co, mas tirei 39 e entrei em crise.

E seu terceiro dia, das matérias prioritárias

para Arquitetura?

Tive prova de Física, Geografia e História. Em Física, coisas fundamentais, que eu precisava saber na ponta da língua, eu não esqueci. Fiquei com 35,4 – abaixo da média.

E como foi na prova de Habilidades Específicas?

A primeira parte no primeiro dia das provas de Habilidades Específicas era de Geometria. No segundo bloco do primeiro dia era para represen-tar a cidade usando o que quisesse. Depois tinha de pegar o seu desenho e transformá-lo em mó-dulos. Cheguei a me confundir e não fui muito bem. No segundo dia, o tema era expansão.

Você tirou quanto nas provas de Habilidades

Específicas?

83. A média foi 47,6.

Na escala de zero a 1 000, qual foi sua pontua-

ção na carreira?

656,1.

Como você se classificou?

A FAU tem 150 vagas. Eu me classifiquei em 62º lugar entre os 403 que foram para a 2ª fase.

Como ficou sabendo de sua aprovação na

Fuvest?

Estava no serviço, atualizando o computador. Quando saiu a lista, vi meu nome lá, dei um grito: “Passei!” Todo mundo: “O que foi?” “Passeeeei”. Foi aquela festa, o pessoal muito legal. Minha mãe, quando soube, deu um grito, meu pai tam-bém ficou superfeliz. O legal de ter passado é que é uma conquista para sua vida e todos que estão ao redor compartilham dela. Isso é muito bom.

Você acha que tem algum segredo para entrar

na FAU trabalhando durante o dia e se prepa-

rando à noite?

Eu sempre falo: “Tem que ter fé e ter atitude também”. Por mais que você não tenha tempo e ache que não vai conseguir, deve prestar atenção na aula e fazer o que você pode. Focar e fazer a sua parte. Se puder fazer simulados, melhor ain-da, porque você vai ter mais prática. Eu não fiz simulados, quebrei a cara em muita coisa, como dá para perceber. Não ache que você não pode, porque você pode. Você chega lá, sim.

Seu primeiro contato com a FAU foi no primei-

ro dia das provas de Habilidades Específicas?

Há muitos anos eu tinha passado em frente, meu pai tinha me mostrado o prédio. Gostei mui-to. Depois veio o primeiro dia das provas de Ha-bilidades Específicas e lá dentro é maravilhoso.

A FAU é em período integral e você teve de sair

do emprego. Trabalhou até quando?

Até o começo deste ano, em janeiro. Tem alguns estágios lá. Ainda não sei direito, ainda não estou fa-miliarizado com a FAU, mas falam que fica legal para o 4º ano, você vai ter mais tempo para fazer estágio.

O que você tem de matéria neste semestre?

Geometria Descritiva, Geometria Aplicada à Arquitetura, História da Arte, História da Arqui-

tetura, Relação Homem-Arquitetura-Ambiente, Projetos. As tardes todas são de Projetos.

Dessas matérias, de qual você está gostando

mais?

História da Arte é fantástica.

E a mais difícil?

Geometria Descritiva. Se você não entende uma parte, não entende nada.

Do que você mais gostou até agora na FAU?

Aquele prédio é lindo. É incrível. Você fica apaixo-nado. Tem suas falhas, às vezes chove lá dentro.

E da parte humana?

Os alunos de lá são gente fina, muito simpáti-cos. Os professores de lá são fantásticos, muito bons.

Hoje, qual é sua maior motivação para conti-

nuar na Arquitetura?

É a realização de um sonho, aquilo que você vê lá na frente. Quero chegar lá. Quero construir uma coisa boa, quero saber projetar, montar um espa-ço onde as pessoas se sintam bem.

Na carreira, qual área você pensa seguir?

Projetos. Seja de construção de edifício, seja projeto de decoração.

Quais as boas lembranças de sua luta?

Foi um ano muito corrido, principalmente no se-gundo semestre, mas foi um ano excelente. Di-vertido também. Você vem para o Etapa estudar, mas quando você está cercado de gente legal fica muito mais fácil aprender. Fica muito bom. A galera do ano passado era insuperável, gente muito legal.

Do que você mais gostou no Etapa?

Dos professores. Além da galera que estuda com você, os amigos.

Que mudanças de hábito ficaram do ano pas-

sado?

Principalmente em relação aos estudos. Não dá mais para ficar deixando as coisas para amanhã. Está cansado? Tem compromisso? Senta e faz.

Você tem saudade de alguma coisa?

Tenho. Do ambiente muito agradável do Etapa, muito bom mesmo. Os professores, os alunos, um lugar muito bom de estudar.

O que você tira de lição da experiência de lutar

por sua vaga?

Não se deve desistir. Por mais que você ache que não vai, não desista. Não conseguiu fazer a questão? Bola para frente, tente refazer. Não conseguiu? Vá para a próxima. Vai indo.

Você quer dizer mais alguma coisa para nossos

alunos?

Só a questão do pessoal da noite. Apesar de tudo, cansaço, sono, fome, é importante con-tinuar. Depois que sai o resultado, vale a pena. Você comemora, vê quem está lá comemorando com você. É muito bom.