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INTRODUÇÃO O Município de Maringá está inserido no contexto da região Norte do Paraná cuja sua produção teve como agente hegemônico a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná a qual planejou minuciosamente a constituição de uma rede urbana. A cidade nasce em 1947 com o intuito de ser uma capital regional e por tanto tem uma localização privilegiada geograficamente e um sitio urbano favorável. Para Endlich e Moro (2003) o principal papel do município em seus primórdios era receber a produção agrícola e fornecer alguns produtos manufaturados. O ritmo de construção que se impôs foi bastante acelerado com um rápido surgimento de papeis urbanos tais como comércio, prestação de serviços e indústrias, sobretudo alimentícias. Com esta vasta gama de estabelecimentos que visavam atender a população local e regional a cidade passa a assumir seu papel pré-estabelecido de localidade central. Os mesmos autores acrescentam que nos idos de 1970, a revolução verde promoveu mudanças no espaço regional do Norte do Paraná, compondo novos grupos sociais na região de Maringá. Houve a égide das agroindústrias e cooperativas além da instalação de outras empresas. A modernização da agricultura foi estopim para uma mudança no cenário causando a diversificação agropecuária, a concentração fundiária e a reorganização da população local, diferenciando a articulação entre cidade e campo. Diante dessas transformações houve duas repercussões nas relações interurbanas: o declínio dos pequenos núcleos e a concentração de novas atividades nas capitais regionais que passaram também a receber parte da população oriunda dos pequenos núcleos. Maringá, incluída nessas novas relações, passa então a ser efetivamente um polo regional concentrando uma série de serviços e atividades comerciais atendendo a demanda da agricultura moderna, ampliando e reforçando seus papéis urbanos (ENDLICH e MORO, 2003).

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Page 1: 1404346114 ARQUIVO barbaracbgfinal - AGB

INTRODUÇÃO

O Município de Maringá está inserido no contexto da região Norte do Paraná

cuja sua produção teve como agente hegemônico a Companhia Melhoramentos Norte

do Paraná a qual planejou minuciosamente a constituição de uma rede urbana. A cidade

nasce em 1947 com o intuito de ser uma capital regional e por tanto tem uma

localização privilegiada geograficamente e um sitio urbano favorável.

Para Endlich e Moro (2003) o principal papel do município em seus primórdios

era receber a produção agrícola e fornecer alguns produtos manufaturados. O ritmo de

construção que se impôs foi bastante acelerado com um rápido surgimento de papeis

urbanos tais como comércio, prestação de serviços e indústrias, sobretudo alimentícias.

Com esta vasta gama de estabelecimentos que visavam atender a população local e

regional a cidade passa a assumir seu papel pré-estabelecido de localidade central.

Os mesmos autores acrescentam que nos idos de 1970, a revolução verde

promoveu mudanças no espaço regional do Norte do Paraná, compondo novos grupos

sociais na região de Maringá. Houve a égide das agroindústrias e cooperativas além da

instalação de outras empresas. A modernização da agricultura foi estopim para uma

mudança no cenário causando a diversificação agropecuária, a concentração fundiária e

a reorganização da população local, diferenciando a articulação entre cidade e campo.

Diante dessas transformações houve duas repercussões nas relações

interurbanas: o declínio dos pequenos núcleos e a concentração de novas atividades nas

capitais regionais que passaram também a receber parte da população oriunda dos

pequenos núcleos. Maringá, incluída nessas novas relações, passa então a ser

efetivamente um polo regional concentrando uma série de serviços e atividades

comerciais atendendo a demanda da agricultura moderna, ampliando e reforçando seus

papéis urbanos (ENDLICH e MORO, 2003).

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Ainda na década de 1960 inicia-se em Maringá um processo de verticalização.

Sobre este fato Machado e Mendes (2003) caracterizam quatro fases distintas. No

primeiro período (1960-69), os recursos são resultado do excedente de riquezas,

oriundas sobretudo da fase inicial da cultura cafeeira e das atividades comerciais, neste

período a verticalização maringaense só não foi mais expressivo dada as altas taxas de

inflação pela qual passava a economia brasileira no momento. No segundo momento

(1970-79), marcado pela modernização da agricultura, Maringá vivenciou a expansão

vertical, para atender a classe média e alta, cada vez mais significativa

quantitativamente no solo urbano. A terceira fase (1980-1989), marcada pela

agroindústria, há uma distribuição ampla da área de edifícios e um acentuado aumento

no número de construções. O quarto período (1990 - 1999), foi marcado por uma

instabilidade político-econômica do país no início dos anos 90, diminuindo novamente

o número de construções de edifícios.

Com base no Cadastro Imobiliário do Município de Maringá observa-se dois

períodos de maior relevância na história da construção civil maringaense com foco na

construção de edifícios. O primeiro momento entre 1986 e 1989 no qual foram

concedidos o maior número de Habite-se da história local e o segundo entre 2009 e

2013, quando o setor se recupera de uma crise acentuada na década de 1990.

A pujança do setor da construção civil em Maringá, sobretudo o pautado no

padrão de verticalização demanda, via de regra, um grande volume de trabalhadores. A

distância temporal entre esses dois períodos de intenso crescimento imobiliário nos

incita a investigar as diferenças no padrão desta mão-de-obra, sobretudo no que tange a

mobilidade desta força de trabalho. Ressaltamos que o objetivo deste artigo é trazer

algumas notas preliminares sobre a temática que ainda está em desenvolvimento em

uma pesquisa de dissertação de mestrado.

A metodologia empregada neste baseia-se numa abordagem multidimensional,

envolvendo dados estatísticos, pesquisa documental, levantamento bibliográfico e

questionário quantitativo/qualitativos tratados no software Sphinx Plus Léxica.

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Assim, trabalhamos na perspectiva teórica dos estudos de população nas ciências

geográficas nos apoiando, entre outros, em: BEAUJEU-GARNIER (1980), DAMIANI

(1991), GEORGE (1971), OLIVEIRA (2013), ROCHA (1998). A partir desses podemos

conceber os deslocamentos de população como as migrações e movimentos pendulares.

Compreendendo a existência da centralidade das relações de trabalho na mobilidade

espacial da população trabalhadora da construção civil, nos pautamos na teoria da

Mobilidade da Força do Trabalho de Gaudemar (1977) para balizar nossa investigação.

NOTAS PRELIMINARES SOBRE A MOBILIDADE DA FORÇA DE

TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL DE MARINGÁ – PR ENTRE 1986 –

1989 E 2009 – 2013

Neste item, abordamos uma das características do setor da construção

habitacional, sobretudo da construção verticalizada, que é pouco investigada no

município de Maringá, a mobilidade da força de trabalho empregada no setor.

Procuramos dispender maior esforço acadêmico sobre os períodos de maior

aquecimento do setor de 1986 a 1989 e 2009 a 2013.

Durante a década de 1980 houve um período de grande investimento na

construção civil maringaense, entre o período de 1986 e 1989 foram concedidos 295

documentos de habite-se pela prefeitura municipal de Maringá. Neste período a

espacialização desses empreendimentos foi bastante concentrada nas zonas centrais do

município, zonas 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07, conforme observamos na figura 01.

Devida à alta rotatividade do setor da construção civil e à distância temporal

desse primeiro período de quatro anos da década de 1980 foram poucos, 21 dos 130,

entrevistados que vivenciaram esse período trabalhando na construção civil

maringaense. Destes, cinco são naturais de Maringá - PR, dois naturais de Paiçandu -

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PR, e dois naturais de Sarandi - PR. Os quatro últimos trabalhadores se deslocam

diariamente de suas cidades para o município de Maringá para trabalhar no setor da

construção civil desde o ingresso em suas profissões. Para além disso, dois

trabalhadores maringaenses residem no município de Sarandi, passando a também se

deslocar diariamente.

Os outros 12 trabalhadores entrevistados que vivenciaram o período são

migrantes, cinco oriundos do estado de São Paulo, um do estado do Rio Grande do Sul e

os outros seis do próprio estado do Paraná. Desses 12 trabalhadores migrantes três

paulistas e sete paranaenses moram fora do município de Maringá, em Sarandi,

Paiçandu, Cambé e Itambé, se deslocando de forma pendular diariamente.

Figura 01 - Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais com Habite-se concedido entre 1986 e 1989 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.

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Ainda que o número de trabalhadores entrevistados que vivenciaram este

período seja modesto é o suficiente para inferir que desde aquele período o setor da

construção civil maringaense possui um cenário de mobilidade territorial bastante

complexo, incluindo migrantes de ao menos três estados da união e deslocamentos

pendulares relativos a quatro municípios paranaenses.

Ao final da década de 2000, após um declínio acentuado do número de

edificações com quatro pavimentos ou mais ocorreu uma retomada no ritmo de

crescimento do setor. Entre o período de 2009 e Abril de 2013, quando foi gerado o

relatório de edifícios da prefeitura municipal de Maringá, houve a liberação de 108

registros de Habite-se. Embora as áreas com maior número de edifícios finalizados no

período ainda se concentrassem nas áreas centrais, sobretudo na zona 07, a distribuição

dos edifícios tomaram uma área de abrangência maior do que o período entre 1986-

1989, estendendo-se às seguintes zonas: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11, 15,

23, 27, 28, 33, 46, 39 e 43, conforme o observado na figura 02.

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Figura 02- Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais com Habite-se concedido entre 2009 e 2013 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.

Em Abril de 2013 constava no relatório de edificações da prefeitura o número de

231 edifícios com quatro pavimentos ou mais sem habite-se, ou seja, que

burocraticamente não estavam finalizados, configurando-se como localidade de trabalho

do setor da construção civil naquele momento. Esses 231 edifícios, representados na

figura 03, estão distribuídos também em maior parte em algumas zonas centrais do

município como: 07, 01, 03, 08, mas também estão presentes nas zonas:

27,02,04,05,06,08,09,10,11,15,23,28,33,46,39 e 43.

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Figura 03- Espacialização dos edifícios com quatro pavimentos ou mais sem Habite-se concedido em Abril de 2013 na malha urbana de Maringá – PR. Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2013. Elaboração: Santos, B.M., 2014.

Quanto ao perfil desses trabalhadores na atualidade o Sindicato dos

Trabalhadores da Construção Civil - SINTRACON - destaca que apenas nos canteiros

de obra são 4.000 trabalhadores, porém apenas 1.900 se encontram sindicalizados. Essa

disparidade se deve, sobretudo, a exigência do sindicato que todos os sindicalizados

tenham carteira de trabalho assinada. Na maioria são homens entre 18 e 57 anos que

possuem apenas o ensino fundamental. A forma de contratação na maioria das vezes é

feita por empreita, na qual os trabalhadores são registrados no nome do condomínio dos

edifícios, justificando pela a alta rotatividade do setor. Atualmente a necessidade de

mão de obra do setor não é suprida pela mão de obra local e se faz necessário a

contratação de migrantes. (SINTRACON, 2013).

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Entre os meses de Janeiro e Junho de 2014 foram realizados trabalhos de campo

percorrendo edifícios em construção situados nas Zonas 07, 01, 03, 09 e 02 nos quais

foram aplicados 130 questionários que possibilitaram a compreensão da mobilidade do

trabalho no atual estágio do setor da construção civil maringaense.

Observa-se que apenas 19 trabalhadores (14,6%) são maringaenses e moram no

município de Maringá, os demais 121 trabalhadores (85,4%) ou são migrantes ou fazem

mobilidade pendular1 diária para trabalhar.

Quanto à naturalidade 25 trabalhadores são nascidos em Maringá – PR, sendo

que seis deles migraram para outros municípios do aglomerado de Maringá. Quanto aos

outros 105 trabalhadores, 75 são de outros municípios do Paraná, 12 do estado de São

Paulo, cinco do estado de Minas Gerais, três do estado de Alagoas, dois do estado do

Ceará, dois do estado de Rondônia, dois do estado da Bahia, um do estado do Rio

Grande do Sul, um do estado do Mato Grosso do Sul, um do estado da Paraíba e um do

estado do Piauí.

Quanto aos motivos que levaram essas pessoas a migrar para a região de

Maringá, verificou-se que 49,5% dos migrantes citaram a busca por emprego como um

dos fatores principais, 19% vieram com a família quando ainda eram crianças, 9,5%

declararam a busca por melhores condições de vida como motivação.

Ainda que quando questionados sobre os motivos de migração os trabalhadores

migrantes não tenha citado com expressividade o êxodo rural como fator, 82 dos 130

entrevistados afirmaram já ter trabalhado no meio rural. Desses 46,3% afirmaram ter

vontade de voltar a viver no meio rural caso tivesse incentivo, 48,8% não voltariam a

viver no meio rural, 2,4% voltariam dependendo das condições e 1,2% tem o desejo de

viver no rural e continuar trabalhando no urbano.

1 Considerando o fenômeno da mobilidade pendular como um importante elemento na compreensão das dinâmicas interurbanas o caracterizamos como: o conjunto de deslocamentos que o indivíduo efetua para executar os atos de sua vida cotidiana (trabalho, compras, lazer). Em concordância com Adan, D’Arcier e Raux apud Pereira e Herrero, 2009.

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No que se refere ao município de residência 53,8% residem em Maringá – PR,

26,9% em Sarandi - PR, 12,3% em Paiçandu - PR, 1,5% em Itambé - PR, 0,8% em

Ângulo - PR bem como 0,8% em Cambé - PR, Cruzeiro do Sul – PR e Tamboara - PR.

A média de tempo de deslocamento para chegar ao trabalho é de 31 minutos

sendo que a média por cidade se mostra diferente, os residentes de Maringá demoram

26 minutos para chegar ao trabalho, os residentes de Paiçandu 27 minutos, o residente

de Marialva 30 minutos, os residentes de Sarandi 32 minutos, os residentes de Itambé

45 minutos, os residentes de Ângulo e Cambé 60 minutos, os residentes de Cruzeiro do

Sul 1 hora e 30 minutos.

As explicações sobre o tempo de deslocamento dos residentes de cada município

são diversas, os residentes de Maringá, Sarandi e Paiçandu apresentam tempos de

deslocamentos semelhantes dada a conurbação urbana existente entre os três

municípios. O tempo de deslocamento do residente de Marialva se apresenta menor do

que os residentes do município de Sarandi por causa do modal utilizado, no caso o carro

enquanto dos moradores de Sarandi 30,8% utilizam a bicicleta como modal, 25,71% a

moto, 22,4% ônibus circular, 8,5% carro e 2,8% vão a pé para o trabalho. Ângulo,

Cambé, Cruzeiro do Sul e Itambé possuem essa média de tempo dada a distância

percorrida.

A justificativa para residir em um município diferente do qual trabalham pauta-

se primeiramente por questões relacionadas ao emprego (58,3%), são 10% que alegam

dificuldade em conseguir emprego no município de residência; 10% se sentem atraídos

para Maringá devido à maior oferta de emprego; 8,3% pelo valor da remuneração; 5%

alegam a falta do setor de construção de edifícios nos municípios de residência como

impulsionador dessa mobilidade; 3,3% se deslocam diariamente pois foram contratados

por empresas prestadoras de serviços com sede no município de origem e 5% alegam

que a qualidade do emprego em Maringá é melhor incluindo fatores além da

remuneração, como o registro em carteira assinada e garantia dos direitos trabalhistas.

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Em segundo lugar entre as justificativas para a realização de deslocamentos

diários estão os fatores econômicos (15%). Durante a realização das entrevistas muitos

citaram o valor do aluguel, o preço dos imóveis e o custo de vida maringaense como um

fato excludente. Ainda como fator de exclusão há 3,32% dos entrevistados que habitam

em outros municípios por não encontraram moradia no município de Maringá.

Questões pessoais relacionadas à família, costumes e pertencimento ao

município de residência é a motivação de 10% dessa população, há ainda 3,3% que

permanecem no município por causa da aquisição da casa própria.

Quanto à fixação no município de residência 81,9% dos migrantes pretendem

continuar morando onde residem, 2,9% tem outros planos, 1,9% não sabem, 1%

pretende migrar novamente conforme o mercado de trabalho exigir.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por todos os dados apresentados nessa investigação, nota-se que no bojo do

desenvolvimento do setor da construção civil maringaense há uma demanda de mão de

obra que mobiliza uma gama de trabalhadores. Assim, influencia na dinâmica territorial,

configurando-se como uma importante forma de inserção de muitos migrantes no

mundo do trabalho local, bem como mobilizando diariamente um montante de

trabalhadores vindos de outros municípios da região.

Ressaltamos que há indícios de que a dinâmica populacional desses

trabalhadores vem se desenvolvendo desde o primeiro boom do setor da construção

civil, e que desde este período há uma relevante relação dos trabalhadores da construção

civil com o mundo rural onde muitos já trabalharam e viveram.

Apontamos que para a melhor apreensão do fenômeno da mobilidade da força

do trabalho na construção civil maringaense é necessário pontuar a forte dinâmica que

existe entre o município estudado e os demais municípios que compõem o Aglomerado

Urbano de Maringá onde residem grande parte dos trabalhadores. Para Borges (2004) à

luz do desenvolvimento desigual e combinado o aglomerado se configura de forma

desorganizada, sem a existência de um objetivo comum nem a integração entre as

cidades, assim prevalece a esfera privada na gestão dos envolvidos na dinâmica local.

Durante o decorrer da pesquisa, percebeu-se a importância e a centralidade do

trabalho nas decisões pessoais dos trabalhadores da construção civil. Ainda que os

resultados presentes neste sejam notas preliminares de um trabalho em andamento

espera-se que o mesmo possa estimular e servir de subsídio a outras pesquisas no ramo.

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REFERÊNCIAS

BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia da População. São Paulo: Editora Nacional e Editora da USP, 1980. BORGES, William Antonio. A Periferia Decorrente Da Mobilidade Centrada No Trabalho: A Questão No Aglomerado Urbano De Maringá. 2004. Dissertação (Mestrado em Geografia). Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Maringá. Maringá. DAMIANE, Amélia Luisa. População e Geografia. São Paulo: Contexto, 1991. EDLICH, Angela Maria; MORO, Dalton Aureo. Maringá e a Produção do Espaço Regional. In: Maringá Espaço e Tempo: Ensaio de Geografia Urbana. Org. Moro, Dalton Aureo. Maringá: Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2003. GAUDEMAR, Jean-Paul de. Mobilidade do Trabalho e Acumulação do Capital. Lisboa: Editora Estampa, 1977. GEORGE, Pierre. Geografia da População. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1971. MACHADO, José Roberto; MENDES, César Miranda. O Centro De Maringá E A Sua Verticalização. Boletim de Geografia. Maringá. 2003. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12836 Acesso em: Junho de 2014. MARINGÁ (Prefeitura Municipal). Cadastro Imobiliário. Maringá: Prefeitura Municipal, 2013. OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro de. Algumas Abordagens Teóricas a Respeito do Fenômeno Migratório. In: Reflexões Sobre os Deslocamento Populacionais no Brasil. Org. OLIVEIRA, Luiz Antônio Pinto; OLIVEIRA, Antônio Tadeu Ribeiro. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 2011. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/reflexoes_deslocamentos/deslocamentos.pdf> Acesso em: Março de 2013. PEREIRA, Rafael Henrique Moraes; HERRERO, Verónica. Mobilidade Pendular: Uma Proposta Teórico-Metodológica. Rio de Janeiro: IPEA, 2009. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1395.pdf> Acesso em: Junho de 2013. ROCHA, Márcio Mendes. A Espacialidade Das Mobilidades Humanas: Um olhar para o Norte Central Paranaense. 1998. 186p. Tese (Doutorado em Geografia) Programa de Pós- graduação em Geografia. Universidade de São Paulo. São Paulo. SINTRACON. Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil. Entrevista concedida em: Fevereiro de 2013.

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