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Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) 30/05/2014 Prof. Ms. Agnes Arruda | Ética e Legislação Publicitária 1

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Diferença entre propaganda política, partidária, eleitoral e governamental. Legislações aplicáveis e estratégias. Slides da disciplina Ética e Legislação Publicitária, ministrada pela prof. ms. Agnes Arruda aos alunos do 5º período de Publicidade e Propaganda da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).

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Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

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Legislação e Aplicabilidade

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Partidária Lei 9.096/05 Artigos 45 a 49: tem por finalidade divulgar, pelo rádio e pela

televisão, assuntos de interesse das agremiações partidárias.

Visa assim, exclusivamente, a: ▪ I - difundir os programas partidários; ▪ II - transmitir mensagens aos filiados sobre a execução do programa

partidário, dos eventos com este relacionados e das atividades congressuais do partido;

▪ III - divulgar a posição do partido em relação a temas político-comunitários.

▪ IV - promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento). (TSE, 2014)

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Partidária Suspensa no 2º semestre dos anos eleitorais (§ 2º art.

36 da Lei nº 9.504/97). Não é permitido (§ 1º do art. 45 da Lei nº 9.096/95):

▪ I - a participação de pessoa filiada a partido que não o responsável pelo programa;

▪ II - a divulgação de propaganda de candidatos a cargos eletivos e a defesa de interesses pessoais ou de outros partidos;

▪ III - a utilização de imagens ou cenas incorretas ou incompletas, efeitos ou quaisquer outros recursos que distorçam ou falseiem os fatos ou a sua comunicação. (TSE, 2014)

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Partidária Restrita ao horário gratuito

Proibida a veiculação de qualquer propaganda paga

Legislação Aplicável: ▪ Resolução/TSE nº 20.034/1997 e alterações (acesso

gratuito aos meios de comunicação)

▪ Lei nº 9.096/95 (específica)

▪ Lei nº 9.504/97 (normas para as eleições)

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Propaganda Política

Partidária

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Governamental ▪ A comunicação governamental pode ser interpretada como um

processo de potencialização da relação do poder público com os atores sociais vinculados com a opinião pública. Fica sob responsabilidade solidária da comunicação de governo, promover um elo das ações de uma determinada gestão, visando informar e consequentemente construir uma identidade positiva de governo, favorecendo em futuros pleitos eleitorais. (MACEDO, 2014)

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Governamental A Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF – LC nº 101)

prevê: ▪ É dever do Governo divulgar; e não uma prerrogativa.

▪ Dar publicidade dos seus atos oficiais, ou seja, prestar contas, é dever de todo governante. É necessário dar ao eleitor transparência daquilo que tem sido feito; de como o dinheiro público está sendo gasto, até mesmo para gerar novos investimentos.

TRANSFORMAR A PRESTAÇÃO DE CONTAS EM PUBLICIDADE. ESTE É O NOESSO DESAFIO.

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De onde vêm os recursos para obras e serviços? A arrecadação de um município se volta diretamente para

atividades corriqueiras. Folha de pagamento, aluguéis, suprimentos, maquinários... E pouco ou quase nada sobram para as obras.

Os recursos que realmente fazem a diferença em um governo vêm de fora. Mas de fora onde? ▪ Emendas parlamentares; convênios com o governo estadual e com o

governo municipal e investidores da área privada; incentivos fiscais e industriais.

SÓ TEM VERBA QUEM TEM CREDIBILIDADE. CREDIBILIDADE TAMBÉM SE GANHA COM PUBLICIDADE.

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EX.: PREFEITURA DE GUARUJÁ

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EX.: PREFEITURA DE GUARUJÁ

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Governamental

Mas como divulgar sem cair na improbidade administrativa?

▪ Divulgando apenas ações de governo; prestando contas; informando. O tempo do marketing eleitoral é só no período eleitoral. Precisamos dar credibilidade ao governo, à cidade e ao político.

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Governamental

Credibilidade do Governo

▪ Divulgação dentro do município, fazendo a informação chegar aos moradores, em todos os bairros, levando a eles conhecimento para poder formar a opinião pública. Ações começam da equipe até a zona rural.

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Governamental

Credibilidade do Governo

▪ Divulgação da cidade fora de suas fronteiras. Tudo aquilo que tem além. A opinião de quem está fora é importante para a obtenção de recursos externos. Se faz com assessoria de imprensa também.

▪ Em cidades turísticas: comerciais de eventos; mexe com

a autoestima, gera orgulho de viver na cidade; círculo virtuoso.

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Credibilidade da Cidade

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Credibilidade da Cidade

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Governamental

Mas... E o político eleito?

▪ O modelo de gestão pública que temos hoje, tanto eleitoral quanto administrativo, cultua a imagem do governante com base em sua capacidade de liderança, carisma e articulação política sobre a própria competência de administrar. Assim, divulgando a realização, divulga-se a imagem. (TEMPERO DE MÃE)

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Governamental Mas... E o político eleito?

▪ Deve ser colocado como figura eleita do povo; que o representa. Ele tem a cara do povo que está com ele e sua personalidade não deve se sobressair personalidade institucional.

▪ A personalidade humana do político só aflora no momento da campanha eleitoral; no período em que as pessoas estão propensas a absorver essa condição. Se você faz isso antes, não é produtivo. Além do mais, sua obrigação é governar e você vai fazer campanha. Além de ser ilegal, não funciona. As pessoas não estão permeáveis a essas informações neste momento.

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Governamental Planejamento das Ações

▪ PESQUISA: Levantar informações das condições em que você se encontra; apontar diretamente os problemas da cidade e agir na solução dessas questões.

▪ Honestidade: fazer com que a comunidade entenda quais são as limitações. Não se pode criar expectativa do que não se vai conseguir fazer. ▪ Quando as pessoas não conhecem, misturam tudo e nunca consegue

saciar os problemas da comunidade.

▪ Mostra transparência com as informações técnicas e aquilo que puder superar as expectativas, explorar publicitariamente. Ou seja: se o governo é obrigado a investir 15% em Saúde, se investe 20%, é publicidade.

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Eleitoral

Visa à captação de votos por partidos, coligações e candidatos. Por meio dela, busca-se influenciar o eleitorado no processo decisório. (TSE, 2014)

▪ Lei nº 9.504/97 (normas para as eleições) ▪ Artigos 36 a 57.

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Eleitoral

Guerrilha

▪ “Vale Tudo”

▪ 4 etapas: ▪ Análise

▪ Planejamento

▪ Implementação

▪ Monitoramento

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Eleitoral

1. Análise

▪ Pesquisa Qualitativa, quantitativa, quantitativa em profundidade

▪ Fruto para o desenvolvimento do discurso.

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Eleitoral

1. Análise

▪ Outra análise: situação política (coligação, parcerias...)

▪ Esquema para articular grupos que vão apoiá-lo. Equipe de assessoria política parlamentar, ligada à eleição do legislativo. Determinar agente para articular entre partidos, coligações, alianças. Noção de com quantos candidatos a vereador vai poder contar para montar grupo. Vereador: porta de entrada que prefeito tem para determinado grupo. Elemento importante na campanha.

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Eleitoral 2. Planejamento ▪ Não consegue planejar se não tiver feito a análise. ▪ (Ex. 1: fortalecer o que está forte; Ex. 2: escolha do vice – rejeição)

▪ Características de marketing: ▪ Objetivo; público-alvo; diferencial; concorrência; investimento...

▪ Fundamento: ▪ Fazer com que as características positivas sejam percebidas numa

intensidade maior que as negativas.

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Eleitoral

2. Planejamento

▪ Primordial: ▪ Respeito à legislação

▪ Respeito ao calendário eleitoral

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Eleitoral

2. Planejamento

▪ Calendário Eleitoral ▪ Dispões sobre questões importantes como quando é permitido

fazer comícios, convenções, etc.; quando começa – e termina – o período de propaganda,

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Eleitoral 2. Planejamento Atenção ao que não é permitido

▪ Lei 9.504/97 ▪ Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas

tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: I - ceder ou usar, em benefício de candidato, partido político ou coligação, bens móveis ou

imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada a realização de convenção partidária;

II - usar materiais ou serviços, custeados pelos Governos ou Casas Legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas nos regimentos e normas dos órgãos que integram;

III - ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, partido político ou coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou empregado estiver licenciado;

IV - fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público;

(...)

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Eleitoral

2. Planejamento

Atenção ao que não é permitido

▪ Lei 9.504/97 ▪ Art. 73. (continuação)

V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, (...)

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Eleitoral

2. Planejamento

Atenção ao que não é permitido

▪ Lei 9.504/97 ▪ Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na

realização de inaugurações é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos.

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste artigo, sem prejuízo da suspensão imediata da conduta, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma.

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Eleitoral

2. Planejamento

Atenção ao que não é permitido

▪ Lei 9.504/97 ▪ Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três)

meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras públicas.

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Eleitoral

3. Implementação

▪ Criação e produção de material. ▪ TV e rádio: + difícil, + demorado, + trabalhoso, precisa começar

antes

▪ Santinho, material impresso.

▪ Organização de reuniões, eventos e comícios.

▪ Assessoria de imprensa, redes sociais, equipe de rua, mobilização (PT)

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Eleitoral

3. Implementação

▪ Mobilização: passar e pegar informação. ▪ Se você está no governo é importante atribuir as realizações ao

chefe do executivo. Candidato tem que se fazer presente principalmente nas localidades onde fez as realizações. Ele leva a imagem dele. Divulgado, registrado, chegar até as pessoas. Levar a comunidade a conhecer benfeitorias. Ônibus, tour, cidade. Líderes.

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Eleitoral

3. Implementação

▪ Candidato: apresenta, qualifica, pede voto

▪ Pesquisa: índice de conhecimento

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Eleitoral 3. Implementação

▪ Reuniões: vereadores; importantes porque é uma oportunidade do candidato estar próximo ao eleitor. Fortalecem vereador e prefeito.

▪ Comício: celebração; momento de mostrar força, congregar os candidatos, fortalecer o discurso. Importante que todos estejam nos comícios. Maneira pela qual você tem oportunidade de visitar. Vai na casa para convidar. Caminhada, contato. Passa pelo local e convida. Imagens, exibe momento na TV. Sola de sapato. Você dá antes de pedir.

▪ Carreatas: Campanha da carreata, que você utiliza de demonstração do nível da campanha. Demonstração de força.

▪ Dia da eleição: combate, guerra. Dia que define.

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Eleitoral

4. Controle

▪ Monitoramento e pesquisa, direito de resposta, rebate às críticas.

▪ Informações da equipe de rua.

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Referências

MACEDO, Roberto Gondo. Propaganda Governamental no Fomento da Cidade: Uma Análise do Projeto “Respeite o Pedestre” na Cidade de São Paulo. Disponível em <http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-2635-2.pdf>. Acesso em 8 mai. 2014.

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